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Prof. John Eloi FUNDAÇÕES - UFERSA 1 Prof. John Eloi Bezerra FUNDAÇÕES PROFUNDAS Parte III UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL Disciplina: FUNDAÇÕES

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    Prof. John Eloi Bezerra

    FUNDAES PROFUNDAS

    Parte III

    UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-RIDO

    CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

    Disciplina: FUNDAES

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    A carga admissvel de um estaqueamento (grupo de elementosisolados de fundao em estacas) fixada por cada profissional que sejulgue especialista neste tipo de fundao. O valor numrico por elefixado decorre de sua experincia pessoal com aquele tipo especfico defundao naquela formao geolgica, quando executado com oequipamento daquela firma especializada. Neste contexto fundao uma arte e as decises de engenharia dependero da sensibilidade eexperincia do artista. Neste caso, entende-se por experinciaprofissional o fato de ter projetado um estaqueamento para umdeterminado valor de carga admissvel e ter tomado conhecimentoposterior do seu comportamento sob ao deste tipo de carga em provade carga esttica. Se o comportamento foi satisfatrio h tendncia emse consolidar o valor adotado e at de aument-lo medida que aexperincia se acumula sempre com bons resultados. Se ocomportamento foi deficiente a tendncia contrria. A experinciaconfere uma medida confiabilidade de um determinado tipo defundao e um fator subjetivo.

    (Prof. Nelson Aoki, 2000).

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    Capacidade de Carga de Estacas

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    So de dois tipo:

    Capacidade de carga Estrutural

    Capacidade de carga Geotcnica

    CAPACIDADE DE CARGA ESTRUTURAL

    a capacidade de resistir aos esforos atuantes sem sofrer fissuras danosas ou se romper.

    A Tabela 7.1, extrada do livro de Velloso e Lopes (2002), mostra a capacidade estrutural e tambm a tenso mxima () para estacas prmoldadas de concreto.

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    Capacidade de Carga de Estacas

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    Tabela 7.1 Capacidade de carga estrutural de estacas prmoldadas de concreto (Velloso e Lopes,2002).

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    Capacidade de Carga

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    Capacidade de Carga Geotcnica

    Um sistema estaca-solo submetido a uma carga vertical resistir a essa solicitao parcialmente pela resistncia ao cisalhamento gerada ao longo de seu fuste e parcialmente pelas tenses normais geradas ao nvel de sua ponta.

    Portanto, podemos definir como capacidade de carga de um sistema estaca-solo (Qr) a carga que provoca a ruptura do conjunto formado pelo solo e a estaca.

    Essa carga de ruptura pode ser avaliada atravs dos mtodos estticos, dinmicos e das provas de carga.

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    Mtodos Estatsticos de Previso

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    Os mtodos estticos de previso da capacidade de carga de uma estaca se dividem em:

    i) MTODOS RACIONAIS OU TERICOS: utilizam solues tericas de capacidade de carga e parmetros do solo;

    ii) MTODOS SEMI-EMPRICOS: se baseiam em ensaios in situ de penetrao, como por exemplo, o SPT e o CPT.

    ** Poderia se falar ainda dos mtodos empricos, a partir dos quais se pode tambm estimar,grosseiramente, a capacidade de carga de uma estaca ou tubulo com base apenas na descrio dascamadas atravessadas.

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    Conceituao Bsica da Capacidade de Carga de Estacas Isoladas

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    Equilbrio entre a carga aplicada mais o peso prprio da estaca ou tubulo e a resistncia oferecida pelo solo:

    Figura 7.1 Estaca padro submetida a carga de ruptura de compresso.

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    O Conceito de Ruptura

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    De Beer (1988) apresenta os conceitos de ruptura fsica e ruptura convencional, conforme definies que seguem.

    Dcourt (1996) prope definir a ruptura fsica a partir do conceito de rigidez:

    - Rigidez de uma fundao qualquer (R) expressa a relao entre a carga a ela

    aplicada e o recalque produzido (s).

    Ruptura convencional (QUC): definida quando existe uma carga correspondente a uma

    deformao da ponta (ou do topo) equivalente a um percentual do dimetro da estaca,

    sendo 10% de B, no caso de estacas de deslocamento e de estacas escavadas em

    argila, e 30% no caso de estacas escavadas em solos granulares.

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    Mtodos de Previso de Capacidade de Carga de Estacas

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    Frmulas Tericas (Racionais) para Resistncia de Ponta

    i) Soluo de Terzaghi

    a mesma teoria desenvolvida para a capacidade de carga de fundaes superficiais.

    Hiptese de que ao longo docomprimento L da estaca osolo bem mais compressvelque o existente abaixo dabase tenses cisalhanteslaterais podem serdesprezadas.

    OBS: B = D = dimetro daestaca.

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    Frmulas Tericas (Racionais) para Resistncia de Ponta

    i) Soluo de Terzaghi

    Em argilas homogneas, em condio no drenada ( = 0), a resistncia de ponta se tornapraticamente constante para valores de L/D acima de 4, podendo ser admitida iguala 9.Su, portanto,independente das dimenses da estaca, como sugere Skempton (1951).

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    Mtodos de Previso de Capacidade de Carga de Estacas - Terzagui

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    Na Tabela 7.2 so apresentados os valores dos fatores de capacidade de carga Nc, Nq e N, para o caso de ruptura geral, e Nc, Nq e N, para o caso de ruptura localizada.

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    Frmulas Tericas (Racionais) para Resistncia de Ponta

    ii) Soluo de Meyerhof

    anloga soluo de Terzaghi, tendo a seguinte

    diferena: enquanto na soluo de Terzaghi o solo

    situado acima do nvel da base da fundao

    substitudo por uma sobrecarga frouxa .L, onde as

    linhas de ruptura so interrompidas no plano BD, na

    soluo de Meyerhof essas linhas de ruptura so

    levadas ao macio situado acima de tal plano,

    conforme mostrado na Figura 7.2b.

    Meyerhof (1953) props um procedimento

    relativamente simples para o clculo da capacidade

    de carga de estacas, sendo a resistncia de ponta

    obtida de:

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    Frmulas Tericas (Racionais) para Resistncia de Ponta

    ii) Soluo de Meyerhof

    Em que KS = coeficiente de empuxo do solo contra o fuste na zona de ruptura prxima ponta e Nc, Nq e N = fatores de capacidade de carga, que dependem de e da relao L/B.

    ** Os valores de KS, empuxo do terreno contra o fuste, na vizinhana da ponta de uma estaca cravada situam-se em torno de 0,5 (areias fofas) e 1,0 (areias compactas), conforme resultados obtidos de ensaios de laboratrio e de campo (Velloso e Lopes, 2002).

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    Frmulas Tericas (Racionais) para Resistncia de Ponta

    ii) Soluo de Meyerhof

    No caso de fundaes profundas, o valor da relao L/B muito grande. Por essa razo, despreza-se a ltima parcela da Equao 8, ficando:

    Onde os fatores Nc e Nq so obtidos dos bacos da Figura 7.3, para o caso de estacas de seo circular ou quadrada e para valores comuns de .

    Figura 7.3 Fatores de capacidade de carga propostos por Meyerhof (1953).

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    Frmulas Tericas (Racionais) para Resistncia de Ponta

    ii) Soluo de Meyerhof

    Figura 7.3 Fatores de capacidade de carga propostos por Meyerhof (1953).

    Capacidade de carga de estacas em solos argilosos: como neste caso, = 0

    onde Nc est entre 9 e 10, e de acordo com a Teoria da Plasticidade, Nq = 1 e KS aproximadamente igual unidade. Exige-se que a ponta da estaca pe-netre na camada argilosa pelo menos 2B.- Para penetraes menores, valor de Nc diminui quase linearmente at 2/3 do seu valor quando a base se apia no topo da camada argilosa.

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    Frmulas Tericas (Racionais) para Resistncia de Ponta

    ii) Soluo de Meyerhof

    Figura 7.3 Fatores de capacidade de carga propostos por Meyerhof (1953).

    - necessrio que a ponta da estaca penetre pelo menos 2B na camada de base. - Para penetraes menores que 2B (ou 2D), sero utilizados os valores de Nq e N que

    correspondam penetrao real, introduzindo-os na Equao 8, com c = 0.

    - Capacidade de carga de estacas em solos estratificados: para uma estaca instalada em perfil de solo estratificado, pode-se considerar a resistncia por atrito lateral total como sendo a soma das resistncias individuais de cada camada atravessada. J a resistncia de ponta , inevitavelmente, determinada pela camada na qual est fincada a ponta da estaca, conforme as Equaes 10 e 11.

    Capacidade de carga de estacas em solos granulares: como neste caso, c = 0, a equao 8 fica:

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    Referncias Bibliogrficas:

    1. ABEF (2004), Manual de Especificaes de Produtos e Procedimentos ABEF Engenharia de Fundaes e Geotecnia. Ed. PINI, 3 Edio revisada, So Paulo.

    2. ALONSO, U. R. Dimensionamento de Fundaes Profundas. 1a edio, Edgard Blucher, 1994.3. ALONSO, U. R. Exerccio de Fundaes. 9a edio. Edgard Blucher, 1995.4. ANJOS, G. M. Apostila Fundaes UFPA.5. ANTUNES, W. R. e TAROZZO, H. (1998), Estacas Tipo Hlice Contnua, Captulo 9,6. Atravs da Utilizao de Ensaios de Placa, Dissertao de Mestrado, UFPB, Campina Grande,

    PB.7. Cavalcanti Jnior, D. A. (2004), Comunicao pessoal.8. DANZIGER, B.R. (1991), Analise Dinmica de Cravao de Estacas, Tese de D.Sc., COPPE

    UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.9. DAS, B.M. (2000), Fundamentals of Geotechnical Engineering, Brooks/Cole.10. FUNDAES: Teoria e Prtica (1998), Editora PINI, Patrocnio da Associao Brasileira de

    Mecnica dos Solos, 2 Edio, So Paulo.11. HACHICH, W.; FALCONI, F.; FROTA, R.; CARVALHO, C.S.; NIYAMA, S. Fundaes: teoria e

    prtica. 2. ed. So Paulo: Pini, 2003.12. MONTEIRO, P.F. (1980), Estacas Escavadas, Relatrio interno de Estacas Franki Ltda, citado

    por Velloso e Lopes (2002).13. NBR 6122 (2010), Projeto e Execuo de Fundaes, ABNT, 91p.14. PASSOS, P.G. (2001), Contribuio ao Estudo do Melhoramento de Depsitos Arenosos15. SOARES , J. M. D. Apostila de Fundaes. UFSM.16. SOARES, V. B. e SOARES, W. C. (2004), Estacas de Compactao Melhoramento de Solos

    Arenosos com Estacas de Compactao Ed. Paraibana, 176p.17. TERZAGHI, K. & Peck, R.B. (1967), Soil Mechanics in Engineering Practice, 2nd ed., John

    Willey & Sons, Inc., New York.18. VELLOSO, D. A, e LOPES, F. R. (2002), Fundaes Profundas, Vol. 2, Ed. COPPE/UFRJ.