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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

EMESCAM – Biblioteca Central

Congresso de Cirurgia Geral (28. : 2019 : Vitória, ES) .

C749a [Anais do] XXVIII Congresso de Cirurgia Geral : Minas. Espírito Santo. Brasil / realização Santa Casa de Vitória e Emescam]. – Vitória: EMESCAM, 2019. 162 p. Congresso realizado de 12 a 14 de setembro de 2019.

ISBN 978-85-99564-54-7 1. Cirurgia - Congressos. 2. Cirurgia – estudo e ensino. 3. Educação - eventos. I. Santa Casa de Vitória. II. Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória, EMESCAM. III. Título.

CDD 617.0063

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SUMÁRIO

AVALIAÇÃO DA ESTRATIFICAÇÃO INVASIVA PARA ISQUEMIA EM

PACIENTE COM BLOQUEIO ATRIOVENTRICULAR TOTAL COM INDICAÇÃO

DE IMPLANTE DE MARCAPASSO DEFINITIVO. ........................................... 11

PRESSÕES MÁXIMAS INSPIRATÓRIAS E EXPIRATÓRIAS NO PRÉ E PÓS-

OPERATÓRIO DE PACIENTES COM HÉRNIA INCISIONAIS ABDOMINAIS. 12

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 18

RELAÇÃO DO TRAUMA ABDOMINAL COM ESPLENECTOMIA E SUAS

TÉCNICAS OPERATÓRIAS ............................................................................ 19

URETEROHIDRONEFROSE EM PACIENTE COM URETEROCELE GIGANTE

......................................................................................................................... 20

A IMPORTÂNCIA DA MONITORIA ACADÊMICA DE HABILIDADES MÉDICAS:

UM RELATO DE EXPERIÊNCIA ..................................................................... 22

PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA TROMBÓTICA E ANEMIA HEMOLÍTICA

MICROANGIOPÁTICA EM PACIENTE MASCULINO ..................................... 23

INTUSSUSCEPÇÃO INTESTINAL POR ADENOCARCINOMA: RELATO DE

CASO ............................................................................................................... 24

ASPECTOS TÉCNICOS DAS ANASTOMOSES DO APARELHO DIGESTIVO –

CONTRIBUIÇÃO .............................................................................................. 25

COMPLICAÇÕES DAS ANASTOMOSES INTESTINAIS ................................ 26

PSEUDOCISTO ABDOMINAL GIGANTE COMO COMPLICAÇÃO DE

DERIVAÇÃO VENTRICULOPERITONEAL: RELATO DE CASO .................... 27

ALTERAÇÕES NO METABOLISMO DO PACIENTE VÍTIMA DE QUEIMADURA

GRAVE: UMA REVISÃO DE LITERATURA ..................................................... 28

HAMARTOMA GIGANTE ................................................................................. 29

AMILOIDOSE NODULAR PULMONAR: UM RELATO DE CASO ................... 30

RISCOS E BENEFÍCIOS DA CIRURGIA BARIÁTRICA PARA A GESTAÇÃO 31

ANÁLISE DA QUALIDADE DE SERVIÇO PRESTADO À POPULAÇÃO

QUANTO AO ÍNDICE DE MORTALIDADE EM CIRURGIAS DE

APENDICECTOMIA EM 2017 NO ESPÍRITO SANTO .................................... 32

RESPOSTA SISTÊMICA DE ÁCIDOS BILIARES À DERIVAÇÃO GÁSTRICA EM

Y-DE-ROUX E SUA RELAÇÃO COM REMISSÃO PÓS-OPERATÓRIA DE

DIABETES TIPO-2. .......................................................................................... 33

IMPACTO DA COLECISTECTOMIA NO PERFIL DE ÁCIDOS BILIARES (ABS)

FECAIS ANTES E APÓS DERIVAÇÃO GÁSTRICA EM Y DE ROUX (DGYR) 34

PRINCIPAIS CAUSAS DE INTERNAÇÃO DENTRO DO CAPÍTULO XI DO CID-

10 – DOENÇAS DO APARELHO DIGESTIVO NO BRASIL E ESPIRÍTO SANTO

......................................................................................................................... 35

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IMPORTÂNCIA DE CONHECER A ANATOMIA HUMANA DURANTE A

GRADUAÇÃO PARA FORMAÇÃO DE FUTUROS CIRURGIÕES .................. 36

A ABORDAGEM DA CIRURGIA RECONSTRUTIVA NO TRATAMENTO DE

ALTERAÇÕES CONGÊNITAS E PACIENTES VÍTIMAS DE QUEIMADURAS

NO ESPÍRITO SANTO. .................................................................................... 37

SÍNDROME DE BURNOUT E SEUS IMPACTOS NA VIDA DOS

PROFISSIONAIS DA SAÚDE .......................................................................... 38

DISCUTIR A RELAÇÃO DO ESÔFAGO DE BARRET COM A

ESOFAGECTOMIA .......................................................................................... 39

COMPARAÇÃO QUANTO AS FORMAS DE INCISÕES USADAS NA

ABORDAGEM CIRÚRGICA DA SÍNDROME COMPARTIMENTAL NA PERNA.

......................................................................................................................... 40

VOCÊ JÁ OUVIU FALAR NA DOENÇA DE MOYAMOYA? ............................. 41

SÍNDROME DE FOURNIER: UM RELATO DE CASO .................................... 42

CIRURGIAS MÚLTIPLAS EM PACIENTE COM MEGAESÔFAGO IDIOPÁTICO,

HÉRNIA INCISIONAL VOLUMOSA E CISTO OVARIANO .............................. 43

LOBECTOMIA TERAPÊUTICA EM PACIENTE COM

PARACOCCIDIOIDOMICOSE BOLHOSA GIGANTE QUE EVOLUIU COM

PNEUMOTÓRAX E SEPSE: RELATO DE CASO ............................................ 44

COLECISTITE AGUDA: UM RELATO DE CASO ............................................ 45

ESOFAGECTOMIA SUBTOTAL COMO PROPOSTA DE TRATAMENTO À

CARDIOMIOTOMIA DE HELLER REFRATÁRIA NO MEGAESÔFAGO

CHAGÁSICO .................................................................................................... 46

FISTULOTOMIA COMO TRATAMENTO DE CRIPTA INFECTADA EM

PACIENTE COM ABSCESSO ANORRETAL ................................................... 47

ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO SECUNDÁRIO A VOLVO DE SIGMÓIDE: UM

RELATO DE CASO .......................................................................................... 48

O IMPACTO PSICOSSOCIAL EM INDIVÍDUOS OSTOMIZADOS - REVISÃO

BIBLIOGRÁFICA .............................................................................................. 49

O USO ROTINEIRO DO DRENO EM TIREOIDECTOMIAS: UMA REVISÃO

SISTEMÁTICA COM META-ANÁLISE ............................................................. 50

A NECESSIDADE DE CRIAÇÃO DO CURRÍCULO LATTES ENTRE

ESTUDANTES DE MEDICINA: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA LIGA

ACADÊMICA .................................................................................................... 51

AVALIAÇÃO DO TIPO DE PELE DE PACIENTES ATENDIDOS EM UM

PROGRAMA DE RASTREAMENTO DE CÂNCER DE PELE NA REGIÃO

METROPOLITANA DE VITÓRIA, ES. .............................................................. 52

PERFIL DAS INFECÇÕES EM SÍTIO CIRÚRGICO CAUSADOS POR GRAM-

NEGATIVOS PRODUTORAS DE Β-LACTAMASES DE ESPECTRO

ESTENDIDO (ESBL) ........................................................................................ 53

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ABSCESSO HEPÁTICO COM DRENAGEM ESPONTÂNEA PELA PAREDE

ABDOMINAL .................................................................................................... 54

METASTASECTOMIA PULMONAR E CÂNCER DE MAMA: RELATO DE CASO

......................................................................................................................... 55

REMOÇÃO DE FECALOMA EM PACIENTE PÓS COLOSTOMIA .................. 56

DIAGNÓSTICO TARDIO DE CÂNCER COLORRETAL A DESPEITO DE

HISTÓRICO FAMILIAR IMPORTANTE: ERRO MÉDICO? .............................. 57

RELATO DE CASO: ÚLCERA DE MARJOLIN. ............................................... 58

RELATO DE CASO: SÍNDROME DE MIRIZZI ................................................. 59

RELATO DE CASO: HÉRNIA DE AMYAND .................................................... 60

INTRODUÇÃO DA ANTIBIOTICOTERAPIA PRECOCE COMO FORMA DE SE

EVITAR A EVOLUÇÃO DE ABSCESSOS PERIANAIS PARA SÍNDROME DE

FOURNIER ....................................................................................................... 61

PROFILAXIA COM ANTIBIOTICOTERAPIA EM CIRURGIA DE

COLECISTECTOMIA LAPAROSCÓPICA ....................................................... 62

DERMATOFRIBOSARCOMA PROTUBERANS EM PAREDE ABDOMINAL .. 63

COLECTOMIA SEGMENTAR COM COLOSTOMIA À HARTMANN EM

PACIENTE COM DOENÇA DIVERTICULAR AGUDA ..................................... 64

PANCREATECTOMIA DISTAL PARA TUMOR DE PÂNCREAS ..................... 65

TRATAMENTO CIRÚRGICO DO PÂNCREAS ANULAR ................................. 66

GASTRECTOMIA SUBTOTAL EM PACIENTE COM ADENOCARCINOMA

GÁSTRICO ....................................................................................................... 67

TRAUMA ABDOMINAL FECHADO COM LESÃO DE CECO: RELATO DE CASO

......................................................................................................................... 68

CISTO PERICÁRDICO: TRATAMENTO POR VIDEOTORACOSCOPIA ........ 69

COMO AS VARIAÇÕES ANATÔMICAS DA ÁRVORE BILIAR INTERFEREM NA

ABORDAGEM CIRÚRGICA DA COLECISTECTOMIA .................................... 70

PERITONEOSTOMIA EM PACIENTE COM SEPSE ABDOMINAL GRAVE PÓS

ACIDENTE AUTOMOBILÍSTICO ..................................................................... 71

SIRINGOMIELIA SECUNDÁRIA A EPENDIMOMA INTRAMEDULAR

CERVICAL: RELATO DE CASO ...................................................................... 72

TRATAMENTO CONSERVADOR DO BAÇO EM PACIENTE VÍTIMA DE

TRAUMA: RELATO DE CASO ......................................................................... 74

RELATO DE CASO: APÊNDICE EM HÉRNIA INGUINAL ESQUERDA (HÉRNIA

DE AMYAND?) ................................................................................................. 75

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 76

PERICARDITE PURULENTA VOLUMOSA DE CAUSA DESCONHECIDA .... 78

TRATAMENTO CIRÚRGICO DE DOENÇA DE CROHN: RELATO DE CASO 79

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TENOSSINOVITE ESTENOSANTE BILATERAL EM DEDO ANELAR: RELATO

DE CASO ......................................................................................................... 80

ABORDAGEM TERAPÊUTICA NA SÍNDROME DE GARDNER ..................... 81

OS BENEFÍCIOS DO SHUNT PORTOSSISTÊMICO INTRA-HEPÁTICO

TRANSJUGULAR (TIPS) PARA PACIENTES CIRRÓTICOS: UMA REVISÃO DE

LITERATURA ................................................................................................... 82

BY-PASS GÁSTRICO EM Y-DE-ROUX E O REFLUXO GASTROESOFÁGICO:

UMA RELAÇÃO BENÉFICA ............................................................................ 83

INFLUÊNCIA DO BYPASS GÁSTRICO E DA GASTRECTOMIA VERTICAL NA

SINTOMATOLOGIA DA DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO ..... 84

ALTERNATIVAS EM SUBSTITUIÇÃO AOS ANIMAIS EM AULAS PRÁTICAS

DE TÉCNICA OPERATÓRIA ........................................................................... 85

CONDIÇÕES CLÍNICAS QUE CURSAM COM POLIPOSE E COLECTOMIA

PROFILÁTICA .................................................................................................. 86

OPÇÕES AO MANEJO DE VARIZES .............................................................. 87

HETEROGENEIDADE EPIGENÉTICA DO CÂNCER COLORRETAL E SUA

INFLUÊNCIA PARA O CIRURGIÃO ................................................................ 88

ANÁLISE DE PACIENTES SUBMETIDOS À GASTRECTOMIA COM

LINFADENECTOMIA D2 VIDEOLAPAROSCÓPICA. ...................................... 89

RELATO DE CASO: PACIENTE SUBMETIDO A

COLANGIOPANCREATOGRAFIA RETRÓGRADA ENDOSCÓPICA (CPRE)

COM EVOLUÇÃO PARA ABDOME AGUDO PERFURATIVO ........................ 90

CARREIRA CIRÚRGICA E BURNOUT ENTRE RESIDENTES: UMA REVISÃO

DA LITERATURA ............................................................................................. 91

REVERSÃO DE COLOSTOMIA À HARTMANN: RELATO DE CASO ............. 92

A INSERÇÃO PRECOCE DE ACADÊMICOS DE MEDICINA EM PROJETOS DE

INICIAÇÃO CIENTÍFICA .................................................................................. 93

HERNIOPLASTIA INCISIONAL: RELATO DE CASO ...................................... 94

CONSEQUÊNCIAS FÍSICAS E PSICOSSOCIAIS DA NEOVAGINOPLASTIA

EM MULHERES TRANSSEXUAIS: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........... 95

A IMPORTÂNCIA DA GASTRECTOMIA PROFILÁTICA NO CÂNCER

GÁSTRICO DIFUSO HEREDITÁRIO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA ........... 96

UTILIZAÇÃO DE APLICATIVOS 3D PARA O ESTUDO DA ANATOMIA ........ 97

DA MÁGICA DO CARDISTRY E DA MANIPULAÇÃO DE OBJETOS À

HABILIDADES CIRÚRGICAS .......................................................................... 98

ABDOME AGUDO PERFURATIVO POR INGESTÃO DE PALITO DE DENTE:

RELATO DE CASO. HUCAM ........................................................................... 99

IMPORTÂNCIA DO RECONHECIMENTO VEGETAL PARA A PROMOÇÃO DA

SAÚDE EM UM BAIRRO DE VITÓRIA/ES .................................................... 100

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UM COMPILADO BIBLIOGRÁFICO DAS PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES

OPERATÓRIAS E PÓS-OPERATÓRIAS NO TRATAMENTO DO TUMOR DE

WILMS ........................................................................................................... 101

RELATO DE CASO: SARCOMA SINOVIAL MONOFÁSICO PRIMÁRIO DE

MEDIASTINO ................................................................................................. 102

REFERÊNCIAS: ............................................................................................. 103

SÍNDROME DE GARDNER: RELATO DE CASO DE APRESENTAÇÃO

CLÁSSICA...................................................................................................... 103

REFERÊNCIAS: ............................................................................................. 104

RELATO DE CASO: HEMATOMA NO PÓS-OPERATÓRIO DE HÉRNIA

INCISIONAL ................................................................................................... 105

RELATO DE CASO: IMPORTÂNCIA DO EXAME ANATOMOPATOLÓGICO

APÓS COLECISTECTOMIA .......................................................................... 106

LEIOMIOSSARCOMA PRIMÁRIO DE PULMÃO: RELATO DE CASO .......... 107

REFERÊNCIAS: ............................................................................................. 108

RELATO DE CASO: FÍSTULA PANCREATICOPLEURAL PÓS

ESPLENECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA .............................................. 108

RELATO DE CASO: DEISCÊNCIA DE ANASTOMOSE NO PÓS-OPERATÓRIO

DE CIRURGIA COLORRETAL ....................................................................... 109

DISTROFIA TORÁCICA ASFIXIANTE DE JEUNE – RELATO DE CASO DE UM

RECÉM-NASCIDO ......................................................................................... 110

DOENÇA DE HIRSCHSPRUNG ASSOCIADO A AGANGLIONOSE COLÔNICA

TOTAL – UM RELATO DE CASO .................................................................. 111

CARACTERIZAÇÃO DAS CIRURGIAS GINECOLÓGICAS E OBSTÉTRICAS

DE UM HOSPITAL E MATERNIDADE DO NORTE DO ESPÍRITO SANTO,

BRASIL. ......................................................................................................... 112

INQUÉRITO CIRÚRGICO: PERFIL DE PROCEDIMENTOS DE UM HOSPITAL

E MATERNIDADE DO NORTE DO ESPÍRITO SANTO, BRASIL. ................. 113

IMPORTÂNCIA DO ENVOLVIMENTO DE LIGAS ACADÊMICAS COM A

COMUNIDADE POR MEIO DE AÇÕES SOCIAIS ......................................... 114

WORKSHOP COMO FERRAMENTA PARA MELHORIA NO ENTENDIMENTO

DO FUNCIONAMENTO DO CENTRO CIRÚRGICO ..................................... 115

RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA LIGA ACADÊMICA DE

ANESTESIOLOGIA SOBRE O PROJETO SALVE UMA VIDA ...................... 116

IMPORTÂNCIA DO ENSINO DOS AVANÇOS DA MEDICINA PARA

ACADÊMICOS POR MEIO DE LIGAS ACADÊMICAS .................................. 117

ESTÁGIO PRÁTICO EM LIGA ACADÊMICA: UM INSTRUMENTO PARA A

FORMAÇÃO DO MÉDICO ............................................................................. 118

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ACOMPANHAMENTO DE UM PACIENTE QUE AGUARDA NA FILA ESPERA

PARA TRANSPLANTE HEPÁTICO ............................................................... 119

O CONHECIMENTO DO ESTUDANTE DE MEDICINA SOBRE O PACIENTE

TRANSPLANTADO ........................................................................................ 120

SAÚDE BRASILEIRA DIANTE DA IMIGRAÇÃO: DIREITO INTERNACIONAL,

MULTIDISCIPLINARIDADE E DIREITOS HUMANOS ................................... 121

RODA DE CONVERSA SOBRE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E TRANSPLANTES:

INTEGRAÇÃO DE SABERES DE ACADÊMICOS DE MEDICINA E DE

PROFISSIONAIS DA ÁREA DA SAÚDE........................................................ 122

A FORMAÇÃO MÉDICA E O CONHECIMENTO SOBRE O CUIDADO

INTEGRADO .................................................................................................. 123

PROJETO “SALA DE ESPERA”: UMA VIVÊNCIA NA EXTENSÃO

UNIVERSITÁRIA DA EMESCAM ................................................................... 124

RARO CASO DA ARTÉRIA SUPRAESCAPULAR EMERGINDO DA ARTÉRIA

SUBESCAPULAR: DESCRIÇÃO E RELEVÂNCIA CIRÚRGICA ................... 125

DIFERENTES MODALIDADES DE ABORDAGEM TERAPÊUTICA DOS

PSEUDOTUMORES HEMOFÍLICOS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA ......... 126

ABORDAGEM TERAPÊUTICA DO PSEUDOTUMOR HEMOFÍLICO: RELATO

DE CASO ....................................................................................................... 127

SÍNDROME DE OGILVIE ASSOCIADA À PERFURAÇÃO COLÔNICA NÃO

HABITUAL: RELATO DE CASO .................................................................... 128

PROLAPSO DE ÓRGÃOS PÉLVICOS: CARACTERÍSTICAS E

TERAPÊUTICAS ATUAIS .............................................................................. 129

COLECISTECTOMIA LAPAROSCÓPICA EM PACIENTE COM SITUS

INVERSUS TOTALIS: RELATO DE CASO .................................................... 130

HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA COMO APRESENTAÇÃO INICIAL DE

NEOPLASIA PANCREÁTICA......................................................................... 131

ABSCESSO ESPLÊNICO APRESENTAÇÃO ATÍPICA COM RESSECÇÃO DE

MÚLTIPLOS ÓRGÃOS .................................................................................. 132

FÍSTULA TARDIA DA ANASTOMOSE ESÔFAGO-JEJUNAL APÓS

ESOFAGOGASTRECTOMIA POR TUMOR DA TRANSIÇÃO

ESOFAGOGÁSTRICA ................................................................................... 133

ASPECTO MACROSCÓPICO DOS POLOS SUPERIOR E INFERIOR DO BAÇO

EM RATOS APÓS CIRURGIA CONSERVADORA ........................................ 134

PENTALOGIA DE CANTRELL: RELATO DE CASO ..................................... 135

EFICÁCIA DA REPOSIÇÃO DE VITAMINA B12 VIA ORAL APÓS BYPASS

GÁSTRICO EM Y-DE-ROUX ......................................................................... 136

REFERÊNCIAS .............................................................................................. 142

VIABILIDADE DO POLO SUPERIOR DO BAÇO EM RATOS ....................... 145

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PIELOPLASTIA VIDEOLAPAROSCÓPICA EM PACIENTE COM ESTENOSE

DE JUP: UM RELATO DE CASO ................................................................... 146

QUANTIFICAÇÃO DOS ESTOMAS CONFORME O TIPO E O TEMPO DE

PERMANÊNCIA EM PACIENTES CADASTRADOS NO NRE-

METROPOLITANO ........................................................................................ 147

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES ESTOMIZADOS CADASTRADOS

NO NRE-METROPOLITANO ......................................................................... 148

INFLUÊNCIA DOS SISTEMAS DE ATENDIMENTO À SAÚDE PRIVADOS E

PÚBLICO NA PREVISÃO DE REVERSÃO DOS ESTOMAS ........................ 149

O GÊNERO FAZ DIFERENÇA NAS CARACTERÍSTICAS DA INFLAMAÇÃO

SISTÊMICA EM PACIENTES COM APENDICITE AGUDA ........................... 150

CARACTERÍSTICAS DA DOENÇA E EVOLUÇÃO PÓS-OPERATÓRIA NA

APENDICITE AGUDA: O GÊNERO FAZ DIFERENÇA?................................ 151

LINFOHEMANGIOMA NASAL DE CRESCIMENTO RÁPIDO EM PACIENTE

JOVEM ........................................................................................................... 152

A TÉCNICA DE MILLIGAN-MORGAN PARA HEMORROIDECTOMIA E SUA

CONTRIBUIÇÃO PARA A COLOPROCTOLOGIA: UMA REVISÃO DA

LITERATURA ................................................................................................. 153

RETOSIGMOIDECTOMIA ABDOMINAL, INDICAÇÕES PRINCIPAIS E

QUANDO REALIZAR VIA CONVENCIONAL OU LAPAROSCOPIA: UMA

REVISÃO DA LITERATURA .......................................................................... 154

A IMPORTÂNCIA DA CAPACITAÇÃO TEÓRICO: PRÁTICA EM NÓS E

SUTURA PARA O ACADÊMICO DE MEDICINA ........................................... 155

A SATISFAÇÃO DE UM ACADÊMICO DE MEDICINA EM PARTICIPAR DE

UMA LIGA DE CIRURGIA .............................................................................. 156

COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS EM PACIENTES SUBMETIDOS À

REVERSÃO DE ESTOMA, COM E SEM PREPARO DE CÓLON, NO

AMBULATÓRIO DE REVERSÃO DOS ESTOMAS (ARE) DO HOSPITAL

SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA (HSCMV-ES) .................... 157

TEMPO DE INTERNAÇÃO TOTAL EM PACIENTES SUBMETIDOS À

REVERSÃO DE ESTOMA, COM E SEM PREPARO DE CÓLON, NO

AMBULATÓRIO DE REVERSÃO DOS ESTOMAS (ARE) DO HOSPITAL

SANTA CASA DE MISERICÓRIDA DE VITÓRIA (HSCMV-ES) .................... 158

PERFIL SOCIOEPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES PORTADORES DE

ESTOMA ABDOMINAL TEMPORÁRIA (EAT) CADASTRADOS NO

AMBULATÓRIO DE REVERSÃO DOS ESTOMAS (ARE) DO HOSPITAL

SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA (HSCMV) – ES ................. 159

TEMPO DE ESPERA PARA REVERSÃO DE ESTOMAS ABDOMINAIS

TEMPORÁRIOS (EAT) EM PACIENTES CADASTRADOS NO AMBULATÓRIO

DE REVERSÃO DOS ESTOMAS (ARE) DO HOSPITAL SANTA CASA DE

MISERICÓRDIA DE VITÓRIA (HSCMV-ES) .................................................. 160

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PERFIL ETIOLÓGICO DOS ESTOMAS ABDOMINAIS TEMPORÁRIOS EM

PACIENTES CADASTRADOS NO AMBULATÓRIO DE REVERSÃO DOS

ESTOMAS (ARE) DO HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE

VITÓRIA (HSCMV-ES) ................................................................................... 161

TRANSPLANTE DE RIM: TEMPO DE ESPERA NA FILA, TIPOS DE DOADOR

E NECESSIDADE DE RETRANSPLANTE DOS PACIENTES A ESPERA PARA

TRANSPLANTE RENAL NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO – ES ............ 162

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AVALIAÇÃO DA ESTRATIFICAÇÃO INVASIVA PARA ISQUEMIA EM

PACIENTE COM BLOQUEIO ATRIOVENTRICULAR TOTAL COM

INDICAÇÃO DE IMPLANTE DE MARCAPASSO DEFINITIVO.

Kênia Janaína Calil Jorge de Lima; Lara Rodrigues Ferreira Braga; Lucas

Piovezantardin Rodrigues; Luciana Caetano Nogueira Dias; Marcella Lima

Seibert; Solayne Silva Alves.

Objetivo: Averiguar a realização do CATE antes da implantação direta do MCPD

em pacientes com BAVT sem evidência clínica de DAC.

Metodologia: Estudo transversal retrospectivo com análise estatística de

prontuários eletrônicos a partir de dados clínicos e epidemiológicos de 191

pacientes admitidos entre janeiro de 2015 e dezembro de 2017 com BAVT em

um Hospital do Espírito Santo.

Resultados: Analisou-se 191 pacientes com BAVT. Destes, 77 foram

submetidos ao CATE devido à hipótese de cardiopatia isquêmica e 18

apresentaram lesão em ACD, percebendo-se maior frequência na faixa etária

entre 65 e 75 anos. Seguidamente, implantado MCPD em 57 pacientes. Dos 37

homens submetidos ao CATE, 15 (40,54%) apresentaram a lesão, enquanto das

40 mulheres, apenas 07 (17,5%). Dentre os fatores de risco destacam-se o

tabagismo e a DAC prévia. Dos 27 tabagistas, 44,4% apresentaram lesão em

ACD e entre os 50 não tabagistas, 20%. Já entre os 49 pacientes com a DAC

prévia 39% apresentaram a lesão e entre aqueles sem DAC, somente 11%.

Conclusão: Verificou-se maior prevalência de lesão em ACD nos homens e

idosos e que pacientes tabagistas e portadores de DAC prévia, respectivamente,

apresentam 5,093 e 3,06 vezes mais chances de o BAVT ser de etiologia

isquêmica. E, por fim, 23,38% apresentaram BAVT secundário a isquemia,

justificando o CATE perante 74,02% que implantaram MCPD. Constata-se a

necessidade de cautela para sua indicação como rotina em todos os pacientes

com BAVT que irão se submeter à MCPD, visto ser um exame invasivo e não

isento de riscos.

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PRESSÕES MÁXIMAS INSPIRATÓRIAS E EXPIRATÓRIAS NO PRÉ E PÓS-

OPERATÓRIO DE PACIENTES COM HÉRNIA INCISIONAIS ABDOMINAIS.

Danilo Nagib Salomão Paulo; Alcino Lázaro da Silva; Matheus Nagib Lemos

Paulo; Lucas Nagib Lemos Paulo; Marcela Souza Lima Paulo.

Objetivo: Verificar o efeito da cirurgia de hérnia incisional abdominal longitudinal

na pressão dos músculos da respiração.

Método: A técnica de herniorrafia incisional utilizada foi a proposta por Lázaro

da Silva. Para aferir a pressão foi utilizado um manômetro de água em 20

pacientes com idade mediana de 48,5 anos (mínimo 24, máximo 70). Foram

analisadas a pressão máxima inspiratória no nível do volume residual (PIVR) e

da capacidade residual funcional (PICRF) e a pressão máxima expiratória no

nível da capacidade residual funcional (PECRF) e da capacidade pulmonar total

(PECPT), ambas no pré e pós-operatório tardio (além de 30 dias) em 13

pacientes com hérnias grandes e em 7 pacientes com hérnias médias.

Resultados: Houve aumento significante da PICRF (p=0.027), da PIVR

(p=0.011), da PECPT (p=0.003) nos pacientes com grandes hérnias. A PECRF

aumentou, porém, de forma não significante. Nos pacientes com hérnias médias

as alterações não foram significantes.

Conclusão: A cirurgia da grande hérnia incisional melhora a função dos

músculos da respiração, porém, a cirurgia de hérnia incisional média não altera

a referida função.

Abstract

Objective: To verify the effect of longitudinal abdominal incisional hernia surgery

on the pressure of the muscles of the breath. Method: The incisional

herniorrhaphy technique used was proposed by Lázaro da Silva. To measure the

pressure, a water pressure gauge was used in 20 patients, mean age 48.5 years

(minimum 24, maximum 70). The maximum inspiratory pressure in the residual

volume level (PIVR) and the functional residual capacity (PICRF) and the

maximum expiratory pressure at the level of functional residual capacity (PECRF)

and total lung capacity (PECPT) were analyzed in the pre- and post- (over 30

days), in 13 patients with large hernias and in 7 patients with medium hernias.

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Results: There was a significant increase in PICRF (p = 0.027), PIVR (p = 0.011),

PECPT (p = 0.003) in patients with large hernias. PECRF increased, but not

significantly. In patients with medium hernias the changes were not significant.

Conclusion: The surgery of the large incisional hernia improves the function of

the muscles of the breath. However, the surgery of the medium incisional hernia

does not alter the mentioned function.

Dec,s: Incisional hernia, respiratory muscles, respiratory function test.

Introdução: A hérnia incisional abdominal é uma doença cirúrgica relativamente

frequente em nosso meio com incidência estimada em torno de 15% a 20% de

todas as laparotomias1. Sem tratamento adequado, tende a aumentar

progressivamente e complicar-se com encarceramento2,3, obstrução4,

estrangulamento5, desvio da coluna lombar com lombalgia, úlcera de pele,

infecção cutânea, ruptura herniária2, alterações musculares, perda de direito de

domicílio,5 alterações circulatórias6, insuficiência respiratória7, tendendo a piorar

a qualidade de vida dos pacientes8,9.

A disfunção respiratória tem sido atribuída à disfunção diafragmática e à falta de

ação normal dos músculos abdominais que estão anatomicamente mal

posicionados. Quando se cura a hérnia incisional com restabelecimento

anatômico dos músculos da parede abdominal e melhora-se o reposicionamento

do diafragma, é de se esperar que haja melhora da função dos músculos da

respiração. Diante dessa questão foi realizado o presente estudo.

O objetivo foi verificar a pressão máxima respiratória em pacientes com hérnias

incisionais abdominais longitudinais grandes e médias antes e após a cirurgia

em diferentes volumes pulmonares e o efeito da cirurgia sobre essas pressões.

Método: Após a aprovação do Comitê de Ética da Instituição, foi realizado um

estudo retrospectivo com dados obtidos em prontuário médico próprio. Foram

analisados 20 pacientes com hérnias incisionais abdominais longitudinais, idade

entre 24 e 70 anos (M.A 48,50± 14,13), sendo 9 do gênero masculino, 11

femininos, 13 com hérnias grandes (anel herniário > 10cm no sentido

transversal) e 7 com hérnias médias (anel herniário < 10cm no sentido

transversal), submetidos a herniorrafia incisional abdominal pela técnica de

Lázaro da Silva13,14.

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Foram avaliadas a pressão inspiratória máxima na capacidade residual funcional

(PICRF) e no volume residual (PIVR) e a pressão expiratória na capacidade

residual funcional (PECRF) e na capacidade pulmonar total (PECPT) por meio

de um manômetro de água no pré-operatório da herniorrafia incisional e no pós-

operatório tardio (além de 30 dias). Os resultados foram tratados pelo teste não

paramétrico de Wilcoxon para amostras relacionadas. Todos os testes foram

bicaudais. Um valor p<0.05 foi considerado significante.

Resultados: Do pré-operatório para o pós-operatório tardio, nos pacientes com

grandes hérnias incisionais a variação da mediana da PICRF, da PIVR, da

PECRF, da PECPT podem ser observadas na tabela 1, figuras 1 e 2. Neste

período, nos pacientes com hérnias incisionais médias, a variação da mediana

da PICRF, da PECRF, da PIVR, da PECPT podem ser observadas na tabela 2

e figura 2. Observa-se que houve aumento significante da PIVR, da PICRF e da

PECPT do pré-operatório para o pós-operatório tardio em pacientes com hérnias

grandes. A PECRF, neste tipo de hérnia, não teve aumento significante. Nos

pacientes com hérnias médias não houve alterações significantes do pré-

operatório para o pós-operatório tardio (tabela 2, figuras 1 e 2).

Tabela 1 - Valores das pressões máximas respiratórias no pré-operatório e nos pós-operatório de pacientes com hérnias incisionais grandes.

Pré-operatório Pós-operatório tardio Valor mínimo valor máximo mediana Valor mínimo valor máximo mediana p

PIVR 65 116 65 90 125 90 0.011 PECRF 30 150 93 45 160 88 0.080 PICRF 33 116 60 21 115 95 0.027 PECPT 32 160 85 52 160 120 0.003

PIVR-Pressão inspiratória no nível do volume residual; PECRF-Pressão

expiratória no nível da capacidade residual funcional. PICR-Pressão inspiratória

no nível da capacidade residual funcional; PECPR-Pressão expiratória na

capacidade pulmonar total p≤0.05 –significante. Teste de Wilcoxon. p≤0.05-

significante.

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Tabela 2 - Valores das pressões máximas respiratórias no pré-operatório e nos pós-operatório de pacientes com hérnias incisionais médias.

Pré-operatório Pós-operatório tardio valor mínimo valor máximo mediana Valor mínimo valor máximo mediana p

PIVR 68 120 100 65 125 97 0.83 PECRF 55 160 104 55 160 110 0.22 PICRF 55 102 79 45 125 100 0.09 PECPT 84 170 125 70 170 125 0.60

PIVR-Pressão inspiratória no nível do volume residual; PECRF-Pressão

expiratória no nível da capacidade residual funcional. PICR-Pressão inspiratória

no nível da capacidade residual funcional. PECPT-Pressão expiratória na

capacidade pulmonar total. p≤0.05–significante. Teste de Wilcoxon. p≤0.05-

significante.

Figura 1- Pressão inspiratória no volume residual (PIVR) na hérnia grande e na hérnia média. Observar que na hérnia grande (gráfico a esquerda) o aumento da PIVR foi significante, na hérnia média não houve alteração (gráfico à direita).

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Figura 2- Pressão inspiratória na capacidade residual funcional (PICRF) no pré-operatório de hérnia grande (PICRFpreHG) e no pós-operatório (PICRF pós HG) e a PICRF na hérnia média no pré-operatório (PICRF pré HM) e PICRF no pós-operatório da hérnia média (gráfico à esquerda).

Discussão: Foram avaliadas as pressões respiratórias com um manômetro de

água que, embora pareça um aparelho rudimentar, é fiel em medidas, desde que

não haja entupimento ou vazamento da tubulação, inclusive sendo utilizado para

calibrar outros tipos de manômetros10. Observou-se que as pressões

respiratórias avaliadas em diferentes volumes pulmonares em pacientes com

hérnias incisionais grandes apresentaram aumento significante do pré-operatório

para o pós-operatório tardio. Conforme demonstrado, houve melhora significante

da PICRF, da PIVR e da PECPT do pré-operatório para o pós-operatório tardio.

Isto poderia ser explicado pelo fato de que, nas hérnias incisionais grandes, há

um afastamento maior dos músculos abdominais da linha média, músculos estes

que podem, inclusive, estar alterados pela cirurgia prévia, o que dificulta a ação

desses músculos que passam a gerar menor pressão. Com a cirurgia, o

reposicionamento normal desses músculos passa a gerar maior pressão

conforme demonstrado pelo aumento da PECRF (p=0.08) e da PECPT

(p=0.003) no pós-operatório tardio. O aumento significante da PECPT,

observado neste estudo, vai ao encontro do resultado relatado por Jensen KK et

al11, que observaram, após 1 ano da cirurgia de hérnia incisional, melhora

significante da pressão máxima expiratória. Um estudo mostrou que a correção

da hérnia incisional com restauração da linha alba melhora a função da parede

abdominal13, o que implica maior pressão expiratória conforme anteriormente

assinalado. É importante lembrar que a técnica de herniorrafia utilizada neste

trabalho foi a proposta por Lázaro da Silva14,15 e que, dentre suas vantagens,

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está a restauração da linha alba. Cumpre lembrar que nas grandes hérnias

incisionais há também rebaixamento do diafragma, diminuição da zona de

aposição deste músculo10, o que faz com que esse músculo não exerça a sua

ação normal. Aliás, já foi relatado que nas hérnias incisionais grandes há

disfunção diafragmática, comprovada pela ultrassonografia abdominal e que

essa alteração melhora com o enfaixamento abdominal e, consequente, redução

do conteúdo visceral à cavidade abdominal11. Com a cirurgia, o diafragma,

reposicionado normalmente, passa a exercer maior força inspiratória,

considerando que é o principal músculo da inspiração. Isso pode ser verificado

com o aumento significante das PICRF e da PIVR. Considerando o diafragma

como o principal músculo da inspiração, não foi surpresa o fato da PIVR e da

PICRF estarem diminuídas nos pacientes com hérnia incisional e haver

restabelecimento dessas pressões após a correção da hérnia incisional, o que

se traduziu em aumento das referidas pressões.

Nesse estudo, as pressões respiratórias avaliadas em pacientes com hérnias

médias não sofreram variações significantes, podendo ser verificado pela não

alteração da PIVR, PECRF, PICRF e PECPT do pré-operatório para o pós-

operatório tardio. Imagina-se que, nas hérnias médias, os músculos da

inspiração e da expiração não estejam anatomicamente mal posicionados para

gerar força muscular. Assim, a pressão respiratória, gerada por esses músculos,

não cairiam tanto em pacientes com hérnias médias e a elevação dessas

pressões, após a cirurgia, não seria tão pronunciada quanto nas hérnias

grandes, o que parece explicar a razão pela qual a variação dessas pressões

não tenha sido significante nas hérnias médias. É importante lembrar que a cura

cirúrgica da hérnia incisional com melhora da função dos músculos da respiração

melhora a função respiratória em termos de ventilação, o que poderia prevenir

as doenças pulmonares decorrentes da má ventilação pulmonar.

Contudo, o estudo apresenta limitações. A primeira é que a amostra é pequena.

Para contornar essa questão utilizamos um teste não paramétrico para amostras

pequenas sob a orientação de uma bioestatística. Um estudo com maiores

amostras poderia confirmar os resultados. No entanto, as variações das

pressões respiratórias nos pacientes com hérnias grandes foram significantes. A

segunda limitação é que foi utilizado um manômetro de água, criticado por alguns

cirurgiões pois trata-se de um aparelho rústico, não habitualmente utilizado,

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porém fornece resultados confiáveis, conforme assinalamos. A terceira limitação

é que o exame pós-operatório foi realizado em períodos após 30 dias. Nesse

estudo os exames foram realizados no mínimo com 40 dias e, no máximo, 90

dias. Essa diferença de tempo de realização dos exames poderia enviesar os

resultados, uma vez que a recuperação da parede abdominal poderia variar

neste período de 40 e 90 dias.

Conclusões: A cirurgia da grande hérnia incisional melhora a função dos

músculos da respiração, porém, a cirurgia de hérnia incisional média não altera

a referida função.

REFERÊNCIAS

1-Hernández-Granados P, López-Cano M, Morales-Conde S, Muysoms F, García-Alamino J, Pereira-Rodríguez JA. Incisional hernia prevention and use of mesh. A narrative review. Cir Esp. 2018; 96(2):76-87. 2-Emegoakor C, Dike E, Emegoakor F. Unusual complications of incisional hernia. Ann Med Health Sci Res. 2014 ;4(6):971-4. 3-Azin A, Hirpara D, Jackson T, Okrainec A, Elnahas A, Chadi SA, Quereshy FA. Emergency laparoscopic and open repair of incarcerated ventral hernias: a multi-institutional comparative analysis with coarsened exact matching. Surg Endosc. 2018 Nov 12 4-Pandey H, Thakur DS, Somashekar U, Kothari R, Agarwal P, Sharma D. Use of polypropylene mesh in contaminated and dirty strangulated hernias: short-term results. Hernia. 2018 ;22(6):1045-1050. 5-Bueno-Lledó J, Torregrosa A, Jiménez R, Pastor PG. Preoperative combination of progressive pneumoperitoneum and botulinum toxin type A in patients with loss of domain hernia. Surg Endosc. 2018; 32(8): 3599-3608 . 6-Stoppa R, Henry X, Canarelli JP, Larqueche S, Verhaeghe P, Abel D et al . Les indications de méthods opératoires selectionnée dans le traitement des venetrations post-operatoires de la paroi abdominale antero-laterále. Propositions sur une serie de 326 observations. Chir. 1979; 105: 276-86. 7-Rives J, La Rdennois, B, Pire JC, Hibon J. Les grandes éventrations. Importance du volet abdominale et des troubles respiratoires qui lui sont secondaires. Chir. 1973; 99: 547-63. 8-Dietz UA, Menzel S, Lock J, Wiegering A.The Treatment of Incisional Hernia. Dtsch Arztebl Int. 2018 ;115(3):31-37.

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19

9-Chung L, O'Dwyer PJ. Pain and its effects on physical activity and quality of life before operation in patients undergoing elective inguinal and ventral hernia repair. Am J Surg. 2014 ;208(3):406-11. 10-Jardim JRB. Respiratory muscle. Rev Hosp S.Paulo. 1989. 1: 101-112. 11-Koo P, Gartman EJ, Sethi JM, McCool FD. Physiology in Medicine: physiological basis of diaphragmatic dysfunction with abdominal hernias-implications for therapy. J Appl Physiol (1985). 2015 ;118(2):142-7. 12-Jensen KK, Backer V, Jorgensen LN3.Abdominal wall reconstruction for large incisional hernia restores expiratory lung function. Surgery. 2017; 161(2):517-524. 13-Criss CN, Petro CC, Krpata DM, Scafler CM, Lai N, Fiutem J, Novitsky YW, Rosen MI. Functional abdominal wall reconstruction improves core physiology and quality-of-life. Surgery 2014; 156(1): 176-182. 14-Lázaro da Silva A. Surgical correction of longitudinal median or paramedian incisional hérnia. Surg Gynecol Obstet. 1979; 148: 579-83.

15-Lázaro da Silva A. Plástica com o saco herniário na correção das hérnias incisionais longitudinais, medianas ou para-retais e nas diástases dos retos abdominais. Rev Col Bras Cir. 1974; 1:113-16.

RELAÇÃO DO TRAUMA ABDOMINAL COM ESPLENECTOMIA E SUAS

TÉCNICAS OPERATÓRIAS

Kamilla Faberleya Castro; João Victor Martins Doro; Welderson Luiz Specimilli

Rodrigues.

Objetivos: Discutir a relação entre o trauma abdominal e a indicação de

esplenectomia em pacientes, além das técnicas utilizadas.

Métodos: Para realizar o trabalho foi feita a captação de dados e de revisão

bibliográfica, com o intuito de alinhar os estudos e possibilitar uma abordagem

objetiva do tema.

Resultados: O baço é um órgão linfoide, localizado no hipocôndrio esquerdo,

tendo suas funções relacionadas ao sistema imune e circulatório. Atualmente,

há uma crescente incidência de traumas em que o baço é atingido, conferindo

destaque nos serviços de emergência. A lesão esplênica é a segunda causa

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mais frequente de complicações por trauma abdominal fechado e seus

mecanismos são divididos em traumatismos esplénicos fechados (TEF) e

abertos (TEA). Os TEF são responsáveis pela maioria das lesões do baço –

como os acidentes rodoviários e as quedas. Com menor frequência ocorrem

lesões esplénicas por TEA, as quais incluem as lesões causadas por armas

brancas e de fogo.

Conclusões: A esplenectomia é uma intervenção cirúrgica que consiste na

extração parcial ou total do baço e pode decorrer de causas traumáticas ou não-

traumáticas. Podem inferir três técnicas cirúrgicas, sendo elas: a técnica a céu

aberto, a esplenorrafia e a esplenectomia laparoscópica. A esplenorrafia, no

passado, era aplicada a quase metade das lesões, porém, a incidência dessa

técnica foi reduzida de maneira substancial. Muitos cirurgiões, hoje, preferem a

abordagem laparoscópica na maioria das esplenectomias eletivas, visto que esta

pode ser realizada com a mesma segurança e eficiência que a esplenectomia a

céu aberto (esplenectomia aberta).

URETEROHIDRONEFROSE EM PACIENTE COM URETEROCELE GIGANTE

Eduardo Medeiros Zerbone; Pedro Piassaroli de Abreu; Juliano Cozer dos

Santos; Alan dos Santos Guerra; Alexander Cassini.

Introdução: A ureterocele é definida como uma dilatação cística da parte

terminal do ureter, cuja etiologia ainda não está bem definida. Suspeita-se que

sua etiologia esteja relacionada com uma falha embriológica relacionada ao

broto ureteral. A incidência varia de acordo com séries entre 1: 500-4000

pacientes. A infecção do trato urinário e a ureterohidronefrose constituem a

forma de apresentação clínica mais frequente. Outras vezes, a sintomatologia é

inespecífica, como alterações gastrointestinais, retardo no crescimento da

criança, dor no flanco ou hematúria. Incontinência urinária, quando presente, é,

em geral, causada por infecção urinária ou, mais raramente, está relacionada a

uma ureterocele extensa que distorce o colo vesical, provocando perda urinária.

Pode ocorrer retenção urinária por obstrução do colo vesical. Em mulheres, há

possibilidade de prolapso da ureterocele pela uretra.

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A ureterocele pode ser classificada como intravesical/simples/ortópica ou

ectópica de acordo com a posição do meato ureteral, associada ou não com

anomalias congênitas do trato urinário como: ectopias ureterais e duplicidade de

ureter (ocorre no ureter que drena o polo superior do rim).

Geralmente o diagnóstico é feito na ultrassonografia (USG) pré-natal. Em

adultos, no caso de suspeita, pode-se optar como exame diagnóstico: urografia

excretora, USG, TC ou uretrocistografia miccional.

Descrição do caso: Paciente do sexo feminino, 38 anos, moradora de Vitória –

ES, em acompanhamento com o serviço de ginecologia oncológica no HSCMV

devido ao diagnóstico de câncer de colo uterino IB1/T1b1Mx. Tratada com

cirurgia de Wertheim-Meigs/Histerectomia* e, posteriormente, com radioterapia

adjuvante. A histerectomia total ampliada Wertheim-Meigs consiste na retirada do útero

com os seus ligamentos de suporte (paramétrio), trompas, ovários, e 1/3 da parte

superior da vagina. Geralmente, é associada também à remoção dos gânglios linfáticos

(linfonodos) retroperitoneais pélvicos e até para-aórticos (linfadenectomia

retroperitoneal). Durante o seguimento clínico pós-operatório, em decorrência de

queixa de dor lombar à direita e relato de infecção do trato urinário de repetição,

foi pedido uma tomografia computadorizada (TC) de controle. A TC foi realizada

dia 20 de outubro de 2017 e revelou dilatação do sistema uretero-pielocalicial à

direita, com imagens sugestivas de formação de uma grande ureterocele ao nível

do meato ureteral correspondente. Encaminhada para o serviço de urologia. Na

consulta urológica, dia 26 de abril de 2018, confirmou a queixa de dor lombar à direita e

o histórico de infecção do trato urinário de repetição. A TC mostrou ureterohidronefrose

direita com imagem sugestiva de grande ureterocele à direita. Em virtude do quadro

clínico apresentado e da alteração radiológica encontrada, foi indicado tratamento

cirúrgico da ureterocele. Solicitado exames pré-operatórios para ser marcada a cirurgia.

Discussão: Embora o tratamento da ureterocele seja eminentemente cirúrgico,

o tipo de procedimento a ser empregado é motivo de muita controvérsia. A

ureterocele apresenta-se de forma variável. Isso dificulta a utilização de

algoritmos e faz com que o tratamento seja individualizado. Em linhas gerais, o

tratamento depende do tipo de ureterocele (intravesical ou ectópica), da função

que apresenta o polo renal superior (nos casos de duplicidade) e do quadro

clínico de apresentação (infecções repetidas do trato urinário,

ureterohidronefrose, prolapso, etc.).

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Os principais procedimentos cirúrgicos para o tratamento de ureterocele são:

1. Punção Endoscópica;

2. Nefrectomia Polar com Aspiração do ureter

3. Ressecção da ureterocele com reimplante ureteral

Há alguns estudos em andamento sobre a eficácia e indicação de cirurgia

endoscópica x cirurgia aberta.

REFERÊNCIAS 1. Sociedade Brasileira de Urologia. Ureterocele. Projeto Diretrizes. Brasília: Associação Médica Brasileira; Conselho Federal de Medicina; 2006.

2. Gualpa Jácome, Nery María Díaz Yanes, Taimi Conde Cueto. Ureterocele. A Case Report. Medisur vol.11 no.6 Cienfuegos dic. 2013

3. Michael J. Hagg, Pavel V. Mourachov, Howard M. Snyder, Douglas A. Canning, William A. Kennedy, Steven A. Zderuc, John W. Duckett. The modern endoscopic approach to ureterocele. The journal of urology, Volume 163, Issue 3, Pages 940–943, march 2000.

4. David D. Thiel; Steven P. Petrou; Gregory A. Broderick. Orthotopic ureterocele masquerading as a bladder tumor in a woman with pelvic pain. Int. braz j urol. vol.31 no.6 Rio de Janeiro Nov./Dec. 2005.

5. Marcos Dall'Oglio; Miguel Srougi; Luciano J. Nesrallah; Valdermar Ortiz. Guias de medicina ambulatorial e hospitalar de urologia. Unifesp - escola paulista de medicina. 2005.

6. Emil A. Tanagho; Jack W. McAninch. Urologia geral de smith, 16ª edição. 2005.

A IMPORTÂNCIA DA MONITORIA ACADÊMICA DE HABILIDADES

MÉDICAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Isadora Gomes de Souza Schafascheck; Kênia Janaína Calil Jorge de Lima;

Tânia Mara Machado;

Introdução: Tendo em vista que a maioria dos médicos recém-formados

trabalha inicialmente em cenários envolvendo pacientes críticos, é fundamental

que o egresso tenha as habilidades e competências necessárias para lidar com

situações de urgência e emergência, sejam elas traumáticas ou não. O papel do

aluno monitor junto ao docente durante a graduação é significativo nesse

processo, funcionando como ferramenta auxiliar de ensino-aprendizagem para

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a formação médica. Este trabalho visa relatar a experiência de duas discentes

durante atuação como monitoras de Habilidades Médicas.

Descrição da Experiência: A participação no programa de monitoria ocorreu ao

longo de dois semestres, sendo a referida disciplina direcionada a acadêmicos

de Medicina matriculados no terceiro período de uma instituição e ministrada por

médica vinculada ao SAMU. Envolveu temas como Atendimento ao Trauma,

Acesso às Vias Aéreas, Suporte Básico e Suporte Avançado de Vida. Após

exposição teórica dos conteúdos, os alunos eram encaminhados ao centro de

treinamento, onde as monitoras organizavam previamente o cenário prático das

aulas e auxiliavam a professora na demonstração dos procedimentos em

manequins. Semanalmente, as monitoras agendavam horários para auxiliar os

alunos no desenvolvimento de habilidades práticas e em possíveis dificuldades

teóricas relacionadas aos conteúdos. Ainda, elaboravam revisão para as provas

e disponibilizavam e-mail e WhatsApp como veículos adicionais de assistência

aos estudantes.

Comentários: Em caráter complementar à docente, as monitoras exerceram

importante papel no aprendizado dos alunos. Além disso, diante das

responsabilidades e desafios impostos pelo programa de monitoria,

amadureceram pessoal e profissionalmente, ao mesmo tempo em que

despertaram interesse pela docência.

PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA TROMBÓTICA E ANEMIA HEMOLÍTICA

MICROANGIOPÁTICA EM PACIENTE MASCULINO

Emanuella Esteves Machado; Gabriela Campos Fernandes; Marianne Caballero

Introdução: A púrpura trombocitopênica trombótica (PTT) é uma doença rara e

fatal que deve ser diagnosticada e tratada rapidamente, para que a melhor

resposta terapêutica seja obtida. Acomete 5-10 casos, 1.000.000 pessoas por

ano, sendo predominante na idade adulta, com pico de incidência na terceira

década de vida, geralmente em mulheres, com proporção de 3 por 1 em relação

aos homens. Sua pêntade clássica é composta por trombocitopenia, anemia

hemolítica microangiopática, febre, disfunção neurológica e renal. O principal

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mecanismo implicado na etiopatogênese da PTT é a deficiência ou inibição da

metaloproteinase (ADAMTS13) responsável pela degradação dos polímeros de

fator de von Willebrand (FvW), gerando microtrombos desses polímeros no

endotélio e trombos ricos em plaquetas, podendo chegar na grande circulação.

Descrição do caso: Paciente masculino, 36 anos, procura pronto atendimento

após 20 dias de astenia, hiporexia, emagrecimento (11 quilos) e febre não

aferida; confusão mental com desorientação temporo-espacial e cefaleia. Foi

internado e recebeu diagnostico de PTT e anemia hemolítica microangiopatica,

comprovado por exames laboratoriais, como plaqueta de 7.000, esquizócitos em

sangue periférico, DHL 990, com necessidade de plasmaférese durante 8 dias e

uso de corticoide (prednisona 20mg/dia 3cp pela manhã). Após tratamento,

evolui com melhora aparente, plaquetas de 187.000, DHL 219, sem esquizócitos.

Comentários: A PTT é, portanto, uma doença rara, com um tratamento de alto

custo, tornando o acesso da população limitado à plasmaférese terapêutica.

Sendo assim, a doença não deve ser negligenciada, devido aos grandes riscos

e ótima resposta ao tratamento.

Palavras-chave: Púrpura trombocitopênica trombótica. Plasmaférese.

Tratamento.

INTUSSUSCEPÇÃO INTESTINAL POR ADENOCARCINOMA: RELATO DE

CASO

Leandro José Krause Binda; Tássia Faller Tetemann; Rovena Onofre dos

Santos; Taynara de Oliveira Sena; Flávio Gera.

A intussuscepção pode ser definida quando o segmento proximal do intestino

(intussuscepto) invagina-se dentro do segmento distal (intussusceptado). Afeta

qualquer parte do trato gastrointestinal, sendo mais frequente no intestino

delgado. A dor abdominal é o sintoma mais comum, seguido por náuseas,

vômitos e consequente perda ponderal. Se identificado tardiamente, pode estar

clinicamente avançado, causando obstrução e isquemia. Em 80 a 90% dos

casos, as neoplasias são as principais etiologias notadas, quase sempre,

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durante a cirurgia de reparo da intussuscepção. O objetivo deste estudo é

apresentar o relato de caso de intussuscepção intestinal causado por um

adenocarcinoma intramucoso. A.L., 54 anos, sexo masculino, pardo, relata que

há aproximadamente 2 meses iniciou quadro de dor em barra intermitente em

andar inferior do abdômen, hiporexia, perda ponderal de 4 quilos, episódios de

diarreia e piora dos sintomas nos últimos 15 dias, apresentando dor abdominal

em cólica associada a vômitos. Na tomografia computadorizada (TC) de

abdômen total, observa-se invaginação intestinal acometendo os cólons direito

e transverso. Foi optado pela laparotomia e, à palpação do ceco no

intraoperatório, evidenciou-se tumoração de aspecto borrachoso com lesão

espraiada extensa, optando por rafia de ceco e hemicolectomia direita com

linfadenectomia retroperitoneal. Esse relato apresenta um caso de

adenocarcinoma intramucoso diagnosticado durante laparotomia para correção

de intussuscepção intestinal. Sabe-se que o diagnóstico de intussuscepção é

difícil em consequência da sua inespecificidade, pois geralmente possui

desenvolvimento insidioso e pode ser descoberto devido a uma patologia

subjacente – como no caso supracitado – tendo, na maioria das vezes, um bom

prognóstico.

Palavras-Chave: cirurgia; intussuscepção; adenocarcinoma; laparotomia.

ASPECTOS TÉCNICOS DAS ANASTOMOSES DO APARELHO DIGESTIVO –

CONTRIBUIÇÃO

Mitre Kalil; Abdo Magnago de Mattos Júnior; Danilo Salomão Paulo; Alexandre

Oliosi Caliman; Mitre Kalil Júnior (Ex-Aluno); Natália Abrantes Grossi.

Objetivo: A Anastomose é uma das habilidades básicas do cirurgião do

Aparelho Digestivo, sendo até hoje um assunto muito discutido e controverso em

relação à melhor técnica. A busca por uma anastomose tecnicamente

impermeável tem sido objetivo constante nas cirurgias gastrointestinais. Atribui-

se a Dieffenbach a primeira anastomose intestinal término-terminal feita com

sucesso.

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Introdução: A deiscência anastomótica representa a complicação mais temida

a que está sujeito o paciente submetido à cirurgia do aparelho digestivo. O risco

é mais alto nas anastomoses com o pâncreas, esôfago, cólon e reto

extraperitoneal, mas pode ocorrer qualquer segmento do aparelho digestivo.

Realizá-las manualmente em um ou dois planos de suturas, com pontos

separados, de forma contínua ou mecânica, depende de cada situação e de

acordo com cada cirurgião.

Aspectos técnicos: A forma anastomótica mista, se faz com o grampeamento

seguido de sutura manual de reforço seromuscular, com pontos separados ou

contínua.

As suturas manuais realizadas no Aparelho Digestivo com pontos separados

são: Total ou Parcial (Seromuscular ou extramucoso de Weinberg).

As suturas contínuas totais (Chuleio simples, Chuleio Festonado (Reverdin),

Schimieden, Connel-Mayo) e Seromusculares (parcial): Lembert, Halsted,

Cushing e Sutura em bolsa.

COMPLICAÇÕES DAS ANASTOMOSES INTESTINAIS

Precoces: Isquemia, necrose do segmento, sangramento, infecção, edema de

boca anastomótica, torção de alças, obstrução intestinal.

Tardias: Estenose, obstrução, fístulas, abscessos intraperitoneais.

Conclusões: Comparando-se a sutura manual com a mecânica nas

anastomoses, a primeira depende da habilidade do cirurgião e de uma boa

técnica cirúrgica, e na sutura mecânica, o grampeador utilizado nas

anastomoses realiza esses procedimentos de maneira uniforme e automática.

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PSEUDOCISTO ABDOMINAL GIGANTE COMO COMPLICAÇÃO DE

DERIVAÇÃO VENTRICULOPERITONEAL: RELATO DE CASO

Izabel Feitosa da Mata Leite; Adelina Mouta Moreira Neto; Felipe Areias Mourão;

Francisco Eduardo Silva.

Introdução: A inserção cirúrgica de shunt ventriculoperitoneal é um dos

tratamentos mais realizados para hidrocefalia. Seu objetivo é desviar o excesso

de líquor dos ventrículos para a cavidade peritoneal, melhorando

significativamente o prognóstico desses pacientes. Contudo, o procedimento

pode apresentar falhas e requer revisão cirúrgica, sendo o pseudocisto

abdominal uma das formas de complicação.

Descrição do caso: Feminino, 21 anos. Há 10 anos, após traumatismo

cranioencefálico com hemorragia subaracnóidea, evoluiu para hidrocefalia

tardia. O tratamento consistiu na implantação de derivação ventriculoperitoneal.

Desde então, paciente realizou 16 revisões do sistema por disfunção do shunt.

2 meses após última revisão, desenvolveu quadro de náuseas, vômitos e

cefaleia associado à distensão e dor abdominal. A paciente foi internada,

submetida à tomografia computadorizada de crânio e abdômen e a exames

laboratoriais que revelaram volumosa coleção líquida na extremidade distal do

cateter, característico de pseudocisto intraperitoneal de líquor, condição em que

nova intervenção cirúrgica foi necessária.

Comentários: O tratamento de pseudocistos tem conduta variável: pode ser

drenado por cirurgia ou via percutânea guiada por exames de imagens. O shunt

defeituoso pode ser revisado com cateter distal inalterado, reposicionado em um

local alternativo ou substituído por novo sistema de shunt com terminação no

espaço pleural ou átrio direito. Se houver suspeita de infecção, o desvio é

geralmente externalizado por um período e o paciente recebe antibioticoterapia.

Assim, o pseudocisto abdominal é complicação incomum da derivação

ventriculoperitoneal. Portanto, o diagnóstico assertivo define o prognóstico do

tratamento e evita progressão de complicações.

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ALTERAÇÕES NO METABOLISMO DO PACIENTE VÍTIMA DE

QUEIMADURA GRAVE: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Brenda Palles de Abreu; Bruna Fachetti Ferreguete; Anna Julia Thompson

Borini; Betina Bessert Dutra; Aline Ramos De Freitas.

Objetivo: Evidenciar as principais alterações metabólicas da vítima de

queimadura grave, dando enfoque ao processo de desdobramento destas

modificações e das fisiopatologias que desencadeiam.

Métodos: Levantamento bibliográfico no período de outubro a novembro de

2018 nas bases de dados PubMed/MedLine através dos descritores

"metabolism", "burns" e "physiopathology" obtidos no MeSH. Identificaram-se

então, 114 artigos dentre os quais, filtrados os publicados nos últimos 5 anos,

com texto completo, gratuito e, excluídos trabalhos realizados com animais e

sobre queimaduras leves. Posteriormente, realizou-se a leitura dos resumos e

deletou-se os que não se referiam ao metabolismo, selecionando ao final 28

textos para leitura completa. Suprimiram-se, ainda, 10 estudos que não

correlacionavam alterações metabólicas com quaisquer fisiopatologias.

Resultados: A resposta metabólica após graves queimaduras apresenta-se

como hiperdinâmica devido ao aumento do consumo de oxigênio e glicose,

proteólise e lipólise sendo, o estresse oxidativo, fator perpetuante da resposta

inflamatória ao piorar progressivamente o estado do paciente. Este quadro

revela-se como determinante no surgimento de infecções e retardo na

cicatrização da ferida, contribuindo para a formação de um grande edema, o qual

pode culminar em um quadro agudo de choque hipovolêmico ou séptico.

Conclusão: As manifestações comumente observadas foram hiperglicemia,

hipercatabolismo muscular esquelético e aumento significativo da concentração

de cortisol e citocinas na mediação do processo inflamatório. Assim, o paciente

vítima de queimadura grave requer da medicina contemporânea um tratamento

multidisciplinar e prévio, visando aumento da sobrevida e melhora da qualidade

de vida, haja vista estarem suscetíveis a sequelas indeléveis e,

consequentemente, à morte.

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HAMARTOMA GIGANTE

Bruno Fonseca Simões; Wagner Santos da Silva; Hane Esteves Nedir; Gabriela

Araújo Faber da Silva.

Introdução: O hamartoma (HP) é uma neoplasia benigna de pulmão que

acomete 0,3% da população em geral, com incidência no sexo masculino na

sexta década de vida, manifestando-se como nódulo único e bem definido. É

formado por tecido conectivo fibroso do brônquio envolto por epitélio respiratório,

podendo conter cartilagem, tecido gorduroso e calcificações. É notado à

radiografia (RX) de tórax ocasional, mas, é melhor evidenciado à tomografia

computadorizada (TC) de tórax. A maioria desse tumor pode ser ressecado por

toracotomia ou por videotoracoscopia, o que diagnostica e trata a doença.

Descrição do caso: Paciente, sexo masculino, 24 anos, hígido, manifestou

tosse seca por 15 dias sem outros sinais ou sintomas associados. No

atendimento médico, o RX de tórax evidenciou massa hipertransparente em

base de hemitórax esquerdo, seguindo à investigação com TC de tórax, que

apresentou massa com calcificações “em pipoca” em lobo inferior esquerdo,

medindo 8,2 x 6,7 x 6,5cm, sugerindo hamartoma. A ressecção cirúrgica foi

realizada por toracotomia com retirada completa da lesão e sem complicações.

O HP foi confirmado pelo histopatológico.

Comentários: O hamartoma pode crescer até 3,2mm ao ano, sendo

frequentemente confundido com nódulo maligno e tratado com ressecção. Mas,

excetuando hamartomas intrabrônquicos, não há indicação de ressecar um

hamartoma intrapulmonar assintomático, a menos que seja para excluir

malignidade. Por isso que, tanto pelo tamanho da lesão quanto pela faixa etária

do paciente em questão, foi fortemente indicado a exérese total do tumor.

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AMILOIDOSE NODULAR PULMONAR: UM RELATO DE CASO

Wagner Santos da Silva; Hane Esteves Nedir; Gabriela Araújo Faber da Silva

Introdução: Amiloidose é uma condição rara, com incidência de 10

casos/milhão/ano, em que há depósito extracelular anormal de proteína amiloide

em vários órgãos, de acometimento sistêmico ou local. A apresentação pulmonar

pode ser traqueobrônquica, nodular pulmonar (ALNP) e septal alveolar. As

manifestações clínicas e o prognóstico dependem da etiologia e localização

anatômica. A doença requer exames de imagem e biópsia para estabelecer o

diagnóstico. As opções terapêuticas incluem uso de corticosteroides, excisão

conservadora, laser de dióxido de carbono, ablação ou radiação de feixe externo

de baixa dose.

Descrição do caso: Paciente do sexo masculino, 60 anos, ex-tabagista (60

maços/ano) e cardiopata. Sofreu acidente automobilístico, apresentando dor

precordial esquerda que irradiava para o braço homolateral. Durante

atendimento hospitalar, um dos exames, a Tomografia Computadorizada (TC)

de tórax, revelou nódulo medindo 2,0x1,8x1,3cm em lobo superior esquerdo. Foi

encaminhado ao serviço de Cirurgia Torácica, no qual indicou-se

segmentectomia pulmonar por toracotomia esquerda. O procedimento foi

realizado sem intercorrências. A análise histopatológica da lesão confirmou

amiloidose nodular.

Comentários: A ALNP acomete pacientes acima de 60 anos, prevalecendo no

sexo masculino. A maioria é assintomático, com nódulos bem definidos,

lobulados, que variam de 0,5 a 15cm, podendo apresentar focos de calcificação.

O achado é incidental através de TC de tórax e histopatológico, que diferencia o

nódulo benigno do metastático e é feito pelo encontro de amiloide, que se cora

pelo Vermelho-Congo (padrão ouro). O tratamento por excisão conservadora é

satisfatório e, a longo prazo, o prognóstico é excelente em acompanhamento

com especialista.

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RISCOS E BENEFÍCIOS DA CIRURGIA BARIÁTRICA PARA A GESTAÇÃO

Íris de Castro Assis; Eduarda Gomes Martins; Kamilla Faberleya Castro; João

Victor Martins Doro; Welderson Luiz Specimilli Rodrigues

Objetivo: Analisar a relação entre a cirurgia bariátrica e a gravidez, além de seus

reflexos oriundos, tais como: complicações, fertilidade, nutrição, orientações

médicas pré e pós-operatórias para assegurar a saúde do bebê e da mãe.

Métodos: Realizou-se um estudo bibliográfico com base em artigos científicos

originais e de revisão, disponíveis online em revistas acadêmicas que alinharam

os riscos adicionais da gravidez com os benefícios que a cirurgia gástrica trouxe

à saúde e à fertilidade da mulher.

Resultados: A recomendação para mulheres que realizaram a cirurgia bariátrica

é de aguardarem cerca de 15 a 18 meses para engravidarem, pois, a grande

perda de peso pode afetar o crescimento do feto. O estudo relatou que houve

aumento significativo da probabilidade de engravidar e diminuição das

complicações como hipertensão arterial e diabetes gestacional. Entretanto, o

acompanhamento nutricional fez-se necessário, já que os enjoos, vômitos e

dores abdominais difusas estão presentes com mais frequência e, em muitos

casos, foram relatados deficiência de ferro, zinco e vitaminas (B12 e D).

Ademais, a grávida apresenta riscos de aborto espontâneo, descolamento

prematuro de placenta e pode precisar de uma cesariana, já que o bebê

necessita de grande consumo de energia. Há também o risco de casos de

recém-nascidos abaixo do peso e desnutridos.

Conclusões: A cirurgia bariátrica é um recurso para combater a obesidade, além

de trazer benefícios sobre a fertilidade da mulher e ajudar a prevenir outras

doenças gestacionais relacionadas à obesidade. Todavia, a gravidez para ser

segura, necessita de orientação, acompanhamento e reposição de nutrientes.

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ANÁLISE DA QUALIDADE DE SERVIÇO PRESTADO À POPULAÇÃO

QUANTO AO ÍNDICE DE MORTALIDADE EM CIRURGIAS DE

APENDICECTOMIA EM 2017 NO ESPÍRITO SANTO

Emanuella Esteves Machado; Franceline Kuffer de Almeida; Gabriela Campos

Fernandes; Matheus Callegari Souza

Objetivos: A apendicite aguda é uma das doenças intra-abdominais mais

comuns, cuja solução é uma operação relativamente simples, portanto, deseja-

se realizar uma análise crítica da qualidade das apendicectomias e

apendicectomias videolaparoscópicas em relação ao número de cirurgias e

índice de mortalidade no Espírito Santo, no ano de 2017, em toda rede pública

do SUS.

Métodos: O estudo foi realizado na base de dados TABNET – DATASUS, com

a pesquisa de indicadores de mortalidade e internações para realização de

apendicectomias no ano de 2017.

Resultados: Foram realizadas 1.994 cirurgias de apendicectomia em todo o

estado com registro de internação no SUS. Dentre essas, houveram apenas 19

casos de morte por complicações, representando menos de 1% de todos os

casos. Além disso, os casos de maior mortalidade proporcional ocorreram em

pequenos centros de saúde, como cidade do interior (Nova Venécia, Piúma,

Ecoporanga).

Conclusões: O advento dos antibióticos e o manejo cirúrgico eficiente têm

reduzido substancialmente a sua mortalidade, entretanto, ainda se associa à

morte, particularmente em idosos, já que, com a idade, existe a tendência de

aparecimento de comorbidades e avanço na graduação na classificação da

Sociedade Americana de Anestesia. É necessária a identificação dos fatores de

risco pré e intraoperatório que possam ser controlados para amenizar a

morbimortalidade dos pacientes submetidos às apendicectomias. A mortalidade

em cirurgias de apendicectomia chega a 3% em casos de perfuração e atinge

15% quando a perfuração ocorre em pacientes idosos. Portanto, o serviço

prestado no Espírito Santo possui qualidade relevante devido à baixa taxa de

mortalidade.

PALAVRAS-CHAVE: Apendicectomia. Apendicite. Mortalidade.

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RESPOSTA SISTÊMICA DE ÁCIDOS BILIARES À DERIVAÇÃO GÁSTRICA

EM Y-DE-ROUX E SUA RELAÇÃO COM REMISSÃO PÓS-OPERATÓRIA DE

DIABETES TIPO-2.

Natasha M. Machado; Raquel S. Torrinhas; Priscila C. Sala; Marco A. Santo; Dan

L. Waitzberg.

ABs modulam o metabolismo ao ativar receptores do farnesoide-X (FXR) e de

proteína-G Takeda-5 (TGR5). Sua elevação sistêmica é observada após DGYR

e sugerida como moduladora da homeostase glicêmica pós-operatória precoce.

Estudamos a resposta do poll sistêmico de ABs à DGYR e sua relação com

remissão do DM2. Amostras de plasma coletadas de mulheres obesas com DM2

(n=21) antes e 3 meses após DGYR foram avaliadas por espectrometria de

massas, com alvo em ABs. Alterações de ABs por DGYR (pré- vs. pós-

operatório) foram testadas por Wilcoxon e análises fold change em obesas com

(R) e sem (NR) remissão de DM2, diagnosticada pelos critérios da American

Diabetes Association. Observou-se aumento do poll de ABs na população geral

após DGYR, mas com alterações distintas de suas subfrações em obesas R e

NR: níveis aumentados de ABs primários conjugados com glicina e taurina

(ácidos glicoquenodeoxicólico e tauroquenodeoxicólico) vs. níveis aumentados

de ácido glicoxicólico e diminuídos de ácido litocólico, respectivamente (p<0,05).

Conclui-se que DGYR aumentou o poll de ABs plasmáticos, com enriquecimento

de subfrações agonistas de FXR em obesas R e de TGR5 em obesas NR. Essas

observações sugerem que DGYR aumenta níveis de ABs às custas de

subfrações atuantes em pontos-chave distintos do metabolismo da glicose,

condicionando precocemente a melhora da homeostase glicêmica. Nesse

cenário, o aumento de ABs agonistas de FXR pode constituir mecanismo crítico

para remissão de DM2 pós-DGYR.

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IMPACTO DA COLECISTECTOMIA NO PERFIL DE ÁCIDOS BILIARES (ABS)

FECAIS ANTES E APÓS DERIVAÇÃO GÁSTRICA EM Y DE ROUX (DGYR)

Camila S. Cardinelli; Raquel S. Torrinhas; Natasha M. Machado; Priscila C. Sala;

Marco A. Santo; Dan L. Waitzberg

O poll de ABs circulantes resulta da interação entre microbiota intestinal e

ambiente sistêmico. Sua modificação após DGYR é sugerida como moduladora

de efeitos metabólicos precoces da cirurgia. Colecistectomia, um procedimento

comum em pacientes bariátricos, altera a concentração e disponibilidade de ABs.

Estudamos a influência da colecistectomia no perfil fecal de ABs e sua resposta

à DGYR. Antes e 3 e 12 meses após DGYR, amostras fecais foram coletadas de

mulheres obesas com (CC; n = 7) ou sem (NCC; n = 13) colecistectomia e

analisadas por espectrometria de massas com alvo em ABs. No pré-operatório,

obesas CC tinham perfil fecal de ABs diferente de NCC, caracterizado por níveis

comparativamente mais elevados de ácido cólico, quenodeoxicólico,

glicoquenodeoxicólico e tauroquenodeoxicólico (Mann Whitney, p < 0,05). No

pós-operatório, o ácido deoxicólico fecal aumentou em obesas CC e diminuiu em

NCC após 3 (Anova, p = 0,006) e 12 meses (Anova, p = 0,047), em relação ao

pré-operatório. Conclui-se que, em mulheres obesas, colecistectomia afeta o

perfil de fecal de ABs e sua resposta à DGYR. Considerando-se as propriedades

sinalizadoras de ABs, a possível interferência da colecistectomia na resposta

metabólica do DGYR deve ser estudada. Além disso, a colecistectomia pode

constituir viés importante em estudos dessa área e sua presença deve ser

considerada como critério de exclusão do paciente, ou implicar em análises de

subgrupos de pacientes com e sem o procedimento.

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PRINCIPAIS CAUSAS DE INTERNAÇÃO DENTRO DO CAPÍTULO XI DO CID-

10 – DOENÇAS DO APARELHO DIGESTIVO NO BRASIL E ESPIRÍTO SANTO

Emanuella Esteves Machado; Franceline Kuffer de Almeida; Gabriela Campos

Fernandes; Matheus Callegari Souza

Objetivos: As doenças do aparelho digestivo estão diretamente associadas com

uma alimentação pouco saudável, devido às cobranças do mundo moderno.

Portanto, estudar as principais causas de internações por essas causas se

tornou um importante meio de prevenção e promoção da saúde, visando evitar

novas ocorrências de internações por essas causas. Essas informações são de

grande relevância no âmbito coletivo pois são auxiliares, apontando metas e

intervenções específicas a serem adotadas pelos níveis locais de acordo com

suas demandas.

Métodos: O estudo foi realizado na base de dados TABNET – DATASUS, com

a pesquisa de indicadores de internações para realização desses procedimentos

em 2018.

Resultados: Dentre as principais causas de internação relacionadas às doenças

do aparelho digestivo estão: colelitíase e colecistite, outras doenças do aparelho

digestivo, hérnia inguinal, outras hérnias, doenças do apêndice, outras doenças

dos intestinos e peritônio e outras doenças do fígado, de acordo com o SIH/SUS

em todo o Brasil. Em relação ao Espírito Santo, as principais causas foram:

colelitíase e colecistite, outras doenças do aparelho digestivo, hérnia inguinal,

outras hérnias, doenças do apêndice, outras doenças dos intestinos e peritônio

e outras doenças do fígado. Foram realizadas 1.167.252 internações para

realização desses procedimentos no Brasil, enquanto 21.884 foram realizadas

no ES.

Conclusões: As principais causas de internações têm sua fisiopatogênese em

excesso de açúcares e gorduras, além da falta de exercícios físicos. Visando

uma melhora do quadro, é possível concluir que os principais meios de

prevenção têm sua base numa alimentação equilibrada e mudança de estilo de

vida.

Palavras-chave: Trato Gastrointestinal. Hospitalização. Prevenção primária.

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IMPORTÂNCIA DE CONHECER A ANATOMIA HUMANA DURANTE A

GRADUAÇÃO PARA FORMAÇÃO DE FUTUROS CIRURGIÕES

Emanuella Esteves Machado, Gabriela Campos Fernandes, Matheus Callegari

Souza

Objetivo: Tendo como princípio estudar, nomear e descrever o corpo humano,

a anatomia humana é uma das bases da educação médica e da cirurgia. O

conhecimento anatômico é essencial para capacitar os alunos a reconhecerem

e descreverem as diferentes estruturas e regiões do corpo humano,

compreenderem a relação anatômica e funcional entre os órgãos e sistemas e

poderem observar a importância do conhecimento das variações anatômicas.

Método: Experiências pessoais dos autores, além de revisão bibliográfica de

literatura.

Resultados: A prática do estudo com cadáveres foi uma das bases do início da

educação médica e possibilita aos acadêmicos a identificação e localização de

diferentes estruturas, além de permitir que seja feita a correlação entre diferentes

órgãos e sistemas. Além disto, a anatomia faz com que o aluno tome

conhecimento das variações anatômicas, o que é de grande importância para

formação de futuros cirurgiões, sendo que o conhecimento das possíveis

variações morfológicas é essencial para realização de diagnósticos corretos e

tratamentos efetivos. O conhecimento teórico e prático anatômico é de essencial

importância na formação médica, sendo necessário para realização de um

exame físico de qualidade ou na interpretação de exames de imagem.

Conclusões: É possível concluir que o estudo da matéria de anatomia humana

durante a graduação é de extrema relevância para formação de futuros

cirurgiões, tanto quanto para aquisição de conhecimentos teóricos e práticos

essenciais, quanto para identificação da relação entre as estruturas e patologias

e para elevar as chances de um diagnóstico adequado e tratamento efetivo.

Palavras-chave: Cirurgia Geral. Anatomia. Métodos de Estudo de Matéria

Médica.

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A ABORDAGEM DA CIRURGIA RECONSTRUTIVA NO TRATAMENTO DE

ALTERAÇÕES CONGÊNITAS E PACIENTES VÍTIMAS DE QUEIMADURAS

NO ESPÍRITO SANTO.

Emanuella Esteves Machado; Gabriela Campos Fernandes; Matheus Callegari

Souza; Franceline Kuffer de Almeida.

Objetivo: A cirurgia plástica reconstrutiva é um dos métodos atuais para

tratamento de grandes queimados e tratamento de pequenas alterações

congênitas como fenda palatina e lábio leporino. Portanto, o principal objetivo é

quantificar e avaliar as cirurgias reconstrutivas realizadas no estado do Espírito

Santo.

Método: O estudo foi realizado na base de dados TABNET – DATASUS, com a

pesquisa de procedimentos hospitalares realizados pelo SUS, por local de

internação, no estado do Espírito Santo, sendo o subgrupo de procedimento as

cirurgias reparadoras, no ano de 2018. Além disso, foi realizada uma busca

sistemática eletrônica nas bases de dados bibliográficos, nas bases de dados

Scielo, PUBmed, Lilacs e Google Scholar.

Resultados: Foram realizadas 1.030 cirurgias dessa categoria em 2018 no

estado, sendo mais de 50% realizadas em 2 cidades: Vitória (277) e São

Matheus (340). A cirurgia plástica é uma especialidade médica voltada para o

tratamento de defeitos e deformidades da superfície corporal e estruturas

ósseas, apresenta papel de extrema importância no tratamento de pacientes

vítimas de quaisquer alterações causadas contra sua vontade. Além da

recuperação funcional, nessas vítimas, a estética também entra em ação e

apresenta papel fundamental, pois influencia na recuperação psicológica e

emocional desses pacientes, aumentando sua autoestima.

Conclusões: A cirurgia reconstrutiva não deve ser considerada apenas

“estética”, pois os procedimentos realizados visam resgatar como a pessoa era

antes de sofrer o acidente. Portanto, o tratamento desses pacientes, atualmente,

tem como ênfase não somente a sobrevivência, mas também a otimização da

funcionalidade e aparência do indivíduo.

Palavras-chave: Cirurgia Plástica. Procedimentos Cirúrgicos Reconstrutivos.

Lesões.

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SÍNDROME DE BURNOUT E SEUS IMPACTOS NA VIDA DOS

PROFISSIONAIS DA SAÚDE

Kamilla Faberleya Castro; Eduarda Gomes Martins; Iris de Castro Assis; João

Victor Martins Doro; Welderson Luiz Specimilli Rodrigues.

Objetivo: Discutir a relação entre a Síndrome de Burnout – SB – e a sua

indicação em pacientes, além dos seus impactos na vida dos profissionais de

saúde.

Método: Para realizar o trabalho foi feita a captação dos dados e revisão

bibliográfica, com o intuito de alinhar os estudos e possibilitar uma abordagem

objetiva do tema.

Resultado: A SB é a resposta prolongada ao estado de exaustão causado pela

atividade profissional, além disso, pode ser definida pela combinação de três

fatores: exaustão emocional, despersonalização devido ao senso de distância

emocional do trabalho e baixa realização pessoal, causando sensação de baixa

autoestima. Os profissionais mais predispostos a SB, geralmente, são aqueles

que possuem um alto grau de perfeccionismo e frequentemente apresentam a

sensação de culpa por não terem alcançados suas próprias expectativas.

Conclusões: Verifica-se que os profissionais de saúde são susceptíveis a

desenvolver tal síndrome, visto que constantemente lidam com intensas

emoções, sendo expostos a um alto grau de estresse, bem como a uma

crescente exaustão física e psicológica. Desse modo, a SB pode ser considerada

um problema de saúde pública, visto que sua incidência tem aumentado

significativamente nos últimos anos, inclusive no Brasil. Tal Síndrome causa

implicações nas saúdes física e mental do trabalhador, prejudicando a qualidade

de vida no ambiente profissional. Ademais, o instrumento mais utilizado como

ferramenta diagnóstica é o questionário Maslach Burnout Inventory (MBI), o qual

inclui vinte e dois itens que medem as três dimensões da SB. O MBI é

considerado o padrão-ouro na pesquisa clínica.

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39

DISCUTIR A RELAÇÃO DO ESÔFAGO DE BARRET COM A

ESOFAGECTOMIA

João Victor Martins Doro; Irís de Castro Assis; Eduarda Gomes Martins; Kamilla

Faberleya Castro; Welderson Luiz Specimilli Rodrigues.

Objetivo: Discutir a relação do Esôfago de Barret (EB) com a Esofagectomia,

além de sua indicação e impactos na vida do paciente.

Métodos: Foi realizada uma pesquisa exploratória numa base de dados, a fim

de ampliar e alinhar os conhecimentos sobre tal assunto.

Discussão: O EB é uma metaplasia do epitélio escamoso estratificado por tecido

colunar especializado, no esôfago distal, ocasionada por um longo período de

tempo de exposição ácida, resultante de uma condição avançada da Doença do

Refluxo Gastroesofágico e é o principal fator de risco para o adenocarcinoma de

esôfago. É mais comum em homens com média de idade de 55 anos com maus

hábitos alimentares e tabagistas. No que tange ao diagnóstico, este é feito a

partir de uma endoscopia digestiva alta, evidenciando as áreas de metaplasia. O

tratamento consiste em uma abordagem conservadora, a partir da mudança do

estilo de vida associada com Inibidores da Bomba de Prótons em doses diárias,

já se houver complicações parte-se para uma abordagem cirúrgica, com a

esofagectomia.

Conclusão: A esofagectomia consiste na exérese de parte ou de todo o esôfago

e pode ser realizada por dois métodos: a Esofagectomia Aberta, em que o órgão

é retirado por uma incisão no tórax e no abdome e a Esofagectomia

Minimamente Invasiva, a qual é feita por vídeo laparoscopia através de

pequenas incisões. Isso faz com que haja uma restauração na função do

esfíncter esofagiano inferior, evitando que o conteúdo ácido atinja o esôfago.

Essa cirurgia propicia maior qualidade de vida ao paciente.

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COMPARAÇÃO QUANTO AS FORMAS DE INCISÕES USADAS NA

ABORDAGEM CIRÚRGICA DA SÍNDROME COMPARTIMENTAL NA PERNA.

Alexandre Calegari Oliosi; Irís de Castro Assis; Eduarda Gomes Martins; Kamilla

Faberleya Castro; João Victor Martins Doro; Welderson Luiz Specimilli

Rodrigues.

Objetivos: Analisar as formas de incisões cirúrgicas na abordagem de urgência

da síndrome compartimental da perna.

Métodos: Foi realizada uma revisão bibliográfica sobre o tema nas revistas

científicas acadêmicas, disponíveis online e em livros. Foram examinados

artigos originais publicados nos últimos 05 (cinco) anos e estudos feitos em

humanos.

Resultados: A síndrome compartimental é definida como o aumento da pressão

intersticial sobre a pressão de perfusão capilar dentro de um compartimento

osteofascial fechado, o que pode comprometer vasos, músculos e terminações

nervosas, provocando danos tecidual. O rápido diagnóstico e tratamento da SC

aguda evita sequelas, incluindo falência renal, choque e até morte. O diagnóstico

é baseado no quadro clínico do paciente, sendo a dor o sintoma clínico mais

sensível. Além disso, o diagnóstico pode ser auxiliado pela medida da pressão

intracompartimental. Além disso, a referida síndrome representa uma

complicação comum em fraturas, sendo essencial a intervenção imediata por

meio da fasciotomia descompressiva de urgência, que permitirá a expansão dos

tecidos, a normalização da pressão e, consequentemente, reperfusão.

Conclusões: Existem duas técnicas comumente usadas para liberação dos

compartimentos da parte inferior da perna: a fasciotomia perifibular de incisão

única e a fasciotomia com dupla incisão. A técnica de incisão única pode ser útil

quando o acometimento do tecido mole do membro não for amplo. Como isso

raramente ocorre, a técnica de dupla incisão é mais segura e eficaz e,

geralmente, deve ser utilizada.

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VOCÊ JÁ OUVIU FALAR NA DOENÇA DE MOYAMOYA?

Alexandre Calegari Oliosi; Irís de Castro Assis; Eduarda Gomes Martins; Kamilla

Faberleya Castro; João Victor Martins Doro; Welderson Luiz Specimilli

Rodrigues.

Objetivos: elucidar aspectos importantes acerca da Doença de Moyamoya

(DMM).

Métodos: foi realizada uma revisão bibliográfica de artigos retirados a partir de

diferentes bases de dados publicados nos últimos 10 anos.

Resultados: Descrita pela primeira vez em 1957, no Japão, a DMM é pouco

compreendida na comunidade médica. Essa desordem crônica definida por

obstrução progressiva dos vasos intracranianos parece estar relacionada à

proliferação excessiva das células endoteliais e da musculatura lisa dos vasos,

resultando na oclusão e na angiogênese colateral. As apresentações clínicas

dessa doença podem variar, incluindo: ataque isquêmico transitório, acidente

vascular cerebral isquêmico e hemorrágico, convulsões, cefaleia e

comprometimento cognitivo. Interessante ressaltar que a angiografia é o padrão-

ouro para o diagnóstico, porém alguns exames são considerados em uma

primeira abordagem, como a Tomografia Computadorizada e a Ressonância

Nuclear Magnética de crânio. A abordagem cirúrgica com a revascularização é

bastante eficaz para as manifestações repetidas, progressivas e isquêmicas da

doença. As técnicas mais utilizadas são a anastomose de artéria temporal

superficial com artéria cerebral média (bypass), encéfalo-mio-sinangiose

(músculo temporal), encéfalo-duro-artério-sinangiose (troncos vasculares

arteriais) e pial-sinangiose (pia-máter).

Conclusões: Por se tratar de uma doença pouco elucidada na literatura médica,

torna-se importante sempre evidenciarmos o tema e reconhecermos o mais

precocemente possível o diagnóstico da Doença de Moyamoya, a fim de instituir

a terapêutica correta e esperar que o paciente tenha um bom prognóstico, que,

por sua vez, também é pouco conhecido.

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SÍNDROME DE FOURNIER: UM RELATO DE CASO

Ederline Vanini de Brito; Nelson Coutinho Bechara

Introdução: A Síndrome de Fournier é uma infecção ocasionada por

microrganismos aeróbicos e anaeróbicos. Estes atuam em conjunto e

determinam uma fasceíte necrosante rápida e progressiva que acomete

principalmente a região do períneo e a região genital.

Descrição do caso: Paciente do sexo masculino, 50 anos, natural e procedente

de Vicência – PE. Admitido na emergência com queixa de dor abdominal há 3

semanas. Relatava distensão abdominal mais perda ponderal de

aproximadamente 20kg e edema escrotal durante esse período. Paciente

negava comorbidades e histórico de câncer. Ao exame apresentava-se

consciente, orientado, taquicardíaco, abdome globoso, distendido, doloroso à

palpação associado a hiperemia e edema de parede abdominal. Ao exame do

aparelho geniturinário apresentava coleção em bolsa testicular e pênis,

encaminhado ao bloco cirúrgico onde foi feita uma incisão em área de flutuação

em rafe mediana. Ocorreu a saída de grande quantidade de secreção purulenta

das hemibolsas testiculares. Foi realizado drenagem de abscesso escrotal,

peniano e suprapubiano e ressecção de toda a pele peniana e prepucial. Foi

realizado incisão na parede abdominal, pois a mesma apresentava-se com áreas

de necrose. Foram feitos os desbridamentos da pele, subcutâneo com exposição

de planos musculares. O paciente foi encaminhado à UTI onde não apresentou

melhora evoluindo para óbito.

Comentários: Na maioria das vezes, a causa desta síndrome é uma infecção

anorretal, sendo os abscessos perirretais os mais frequentes, especialmente

quando diagnosticado tardiamente e representa entidade clínica grave

requerendo intervenção hospitalar prolongada. Além disso, apresenta taxa de

mortalidade variando entre 9 a 40%.

Descritores: Síndrome de Fournier; Gangrena de Fournier; Abscesso.

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REFERÊNCIAS:

KUZAKA, B. et al. Fournier's Gangrene: Clinical Presentation of 13 Cases. Medical science monitor: international medical journal of experimental and clinical research, v. 24, p. 548, 2018. CHERNYADYEV, Sergey A. et al. Fournier’s Gangrene: Literature Review and Clinical Cases. Urologia internationalis, p. 1-7, 2018. MALUF, Maira Marranghelo; NASRALA, Ana Flávia Soares; HENRY, Pedro. Síndrome de Fournier. REVISTA COORTE, n. 04, 2017. AZEVEDO, Cassius Clay S. F. Et al. SÍNDROME DE FOURNIER: UM ARTIGO DE

REVISÃO. REVISTA ELETRÔNICA, N. 15, 2016.

CIRURGIAS MÚLTIPLAS EM PACIENTE COM MEGAESÔFAGO

IDIOPÁTICO, HÉRNIA INCISIONAL VOLUMOSA E CISTO OVARIANO

Raphael Paiva Cock Ferreira; Ana Beatriz da Silva Barbosa; Leonardo dos

Santos Silva; Leticia Colodetti Zanandréa; Rafael Leite Aguilar

Introdução: Cirurgias múltiplas são procedimentos em que cirurgias são

realizadas em locais diferentes durante a mesma operação. Os riscos estão

ligados ao tempo de indução anestésica, ao risco de contaminação e o pós-

operatório, mas se tornam uma opção dependendo da situação do paciente e do

tempo na fila de espera em caso de procedimentos individualizados.

Descrição do caso: Feminino, 50 anos, diagnosticado megaesôfago devido

quadro de disfagia progressiva há 10 anos. Há 5 tem que assumir a posição

sentada para dormir. Ao exame físico, hérnia incisional volumosa em hipocôndrio

direito. Antecedentes: HAS tratada com losartana e hidroclorotiazida; apendicite

aguda corrigida por videolaparoscopia; incontinência urinária corrigida com

colocação de faixa Sling, cisto ovariano à direita. Equipe cirúrgica ginecológica

e gastrointestinal optaram por intervenção cirúrgica múltipla, realizando uma

Salpingooforectomia à direita + Cardiomiotomia à Heller e fundoplicatura à Pinotti

+ Hernioplastia incisional com técnica de Lázaro da Silva com colocação de tela

fixadora. Apesar da cirurgia de longa duração (07 horas), não houve

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intercorrências e a paciente recebe alta depois de 5 dias apenas mantendo

tratamento clínico.

Comentários: O caso mostra que cirurgias múltiplas são uma opção em

pacientes poliqueixosos, com grande limitação funcional e impacto grave na

qualidade de vida. Lembrar que o procedimento ocorreu de maneira eletiva e

que a paciente possuía poucas comorbidades e estas bem controladas. A

experiência da equipe de cirurgiões, a vontade da paciente e o controle de

comorbidades são pontos a serem levados em conta antes de se optar por

cirurgias múltiplas.

LOBECTOMIA TERAPÊUTICA EM PACIENTE COM

PARACOCCIDIOIDOMICOSE BOLHOSA GIGANTE QUE EVOLUIU COM

PNEUMOTÓRAX E SEPSE: RELATO DE CASO

Raphael Paiva Cock Ferreira; Ana Beatriz da Silva Barbosa; Leonardo dos

Santos Silva; Leticia Colodetti Zanandréa; Rafael Leite Aguilar

Introdução: A paracoccidioidomicose é uma infecção fúngica sistêmica,

endêmica em áreas subtropicais, causada principalmente pelo paracoccidioides

brasilienses que acomete, majoritariamente, homens adultos.

Descrição do caso: Masculino, 50 anos, admitido na emergência com queixa

de dispneia há dois dias em repouso, associada a dor em hemitórax esquerdo e

tosse com expectoração amarelada. Nega demais queixas. Diagnóstico de

paracoccidioidomicose há cerca de um ano, com duas descompensações no

período; hipertensão pulmonar (pressão de 78 mmHg); carcinoma epidermóide

in situ em terço médio esofágico; tabagista 70 maços-ano e alcoolismo de longa

data. Identificado pneumotórax que foi devidamente drenado. À tomografia

computadorizada foi observada lesão bolhosa medindo 5,4cm em seu maior

eixo, com pneumotórax e atelectasia restritiva, além de pneumopatia intersticial

em bases pulmonares e bronquiectasias no lobo médio e inferior do pulmão

direito. Diagnóstico de pneumotórax espontâneo por ruptura de bolha. Após uma

semana evolui para sepse de foco pulmonar sendo tratada com Piperacilina +

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Tazobactam. Após estabilização optou-se pela lobectomia do lobo superior

direito. Durante a cirurgia foi identificado encarceramento pulmonar resolvido

com decorticação. Relato de intubação difícil pela anestesia e cirurgia de seis

horas de duração. Transferido para unidade de terapia intensiva, tendo melhora

significativa, sem complicações, recebendo alta oito dias após cirurgia.

Comentários: A infecção por P brasiliensis evoluir para sepse é um fenômeno

raro na literatura, principalmente em quadro de infecção crônica e paciente

imunocompetente. A lobectomia foi escolhida como forma de remover o foco

infeccioso da sepse e mostrou-se uma opção terapêutica em casos de

paracoccidioidomicose bolhosa.

COLECISTITE AGUDA: UM RELATO DE CASO

Ederline Vanini de Brito; Nelson Coutinho Bechara

Introdução: A colecistite consiste na inflamação da vesícula biliar geralmente

secundária a obstrução do canal cístico. Vários fatores colaboram para o

desencadear do processo inflamatório. Quando a obstrução cística persiste, o

processo inflamatório pode culminar com formas complicadas de colecistite

aguda, como: vesícula enfisematosa, necrotizante, perfuração e fístula bilio-

entérica, além da possibilidade de infecção bacteriana em 80% das situações,

sendo a E. coli o microrganismo mais comum.

Descrição do caso: paciente, masculino, 68 anos, dor abdominal difusa,

associada a ausência de flatos e evacuações. Hipertenso, diabético, além de

sequelas neurológicas de AVC. Ao exame físico apresentava-se consciente,

orientado, anictérico, abdome globoso, doloroso à palpação superficial e

profunda, sem sinais de irritação peritoneal. Foram solicitadas radiografia

simples de tórax e abdome assim como uma TAC evidenciando distensão de

alças intestinais e vesícula de paredes espessadas, os exames laboratoriais

apontaram leucocitose de 24.500 e fosfatase alcalina=360. Desta forma, foi

indicada uma laparotomia exploratória.

Comentários: Essas doenças vesiculares são patologias do aparelho digestivo

de alta prevalência e que aumentam com a expectativa de vida. Sintomas

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específicos podem proporcionar diagnóstico precoce e diminuir a

morbimortalidade decorrente da colecistite. Na colecistite complicada o paciente

apresenta na maioria das vezes pouquíssimo sinais e sintomas clássicos da

colecistite aguda, o que retarda o diagnóstico e o expõe a situação de extrema

gravidade como a sepse. Assim, é importante que seja aprofundado o

conhecimento acerca das formas graves, visando diminuir o tempo de exposição

à inflamação, infecção e obstrução, diminuindo as complicações intra e pós-

operatórias.

ESOFAGECTOMIA SUBTOTAL COMO PROPOSTA DE TRATAMENTO À

CARDIOMIOTOMIA DE HELLER REFRATÁRIA NO MEGAESÔFAGO

CHAGÁSICO

Leticia Colodetti Zanandréa; Ana Beatriz da Silva Barbosa; Leonardo dos Santos

Silva; Rafael Leite Aguilar; Raphael Paiva Cock Ferreira

Introdução: O megaesôfago chagásico ocorre devido à destruição dos plexos

nervosos da parede esofágica pelo Trypanossoma cruzi, resultando em

diminuição do peristaltismo e hipertonia do esfíncter esofagiano inferior (EEI) da

parede esofágica. Os principais sintomas são disfagia e perda de peso.

Descrição do caso: Feminino, 50 anos, com sorologia positiva para Chagas,

megaesôfago diagnosticado devido quadro de disfagia progressiva há 10 anos

associada à dor retroesternal após refeições. Em 2013, foi submetida à

cardiomiotomia de Heller em razão de megaesôfago chagásico não avançado.

Após um ano e meio de evolução pós-operatória observou-se recidiva dos

sintomas de seu quadro clínico de megaesôfago. Ao exame físico, apresentava

bom estado geral e emagrecimento significativo. Antecedentes: HAS tratada com

losartana e hidroclorotiazida; apendicite aguda corrigida por videolaparoscopia.

Devido às queixas da paciente e bom controle pressórico, equipe cirúrgica optou

por esofagectomia subtotal. Paciente permaneceu com sonda nasoenteral e

dreno abdominal tubulolaminar por oito dias para monitorar formação de fístulas

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na linha de sutura. Houve boa resposta aos procedimentos realizados, não

havendo intercorrências.

Comentários: O tratamento de escolha para o megaesôfago chagásico é

cirúrgico. Nos casos não avançados, opta-se pela cardiomiotomia de Heller; já

nos avançados, pode-se optar pela esofagectomia subtotal, mucosectomia ou

cirurgia de Serra-Dória. As taxas de recidiva após a cardiomiotomia, com

necessidade de reabordagem cirúrgica são significativas, como no caso em

questão. Paciente evoluiu bem, no entanto, deve-se lembrar que o tratamento

cirúrgico para o megaesôfago chagásico, apesar de ser o mais indicado, não

está sempre isento de complicações e recidivas.

FISTULOTOMIA COMO TRATAMENTO DE CRIPTA INFECTADA EM

PACIENTE COM ABSCESSO ANORRETAL

Leticia Colodetti Zanandréa; Ana Beatriz da Silva Barbosa; Leonardo dos Santos

Silva; Rafael Leite Aguilar; Raphael Paiva Cock Ferreira.

Introdução: O abscesso anorretal ocorre a partir de contaminação de uma

glândula anal, secundária a uma criptite (normalmente em razão de infecção),

podendo, em sua etiologia, evoluir para fístula anorretal com drenagem do

abscesso.

Descrição do caso: Feminino, 39 anos, queixando de dor em região glútea

baixa, iniciada há 5 dias, associada a febre, mesmo em vigência de paracetamol.

Procura atendimento apresentando abscesso perianal ao exame físico

admissional de grande volume, com pequeno ponto de flutuação e, então

realizada drenagem parcial do abscesso em pronto-socorro para alívio

sintomático, com saída de grande quantidade de secreção. Ademais, abdome

flácido, indolor, sem sinal de irritação peritoneal, curativo compressivo no glúteo,

com uma gaze deixada dentro da incisão realizada. Paciente é, então, internada

em enfermaria de cirurgia geral para manter antibioticoterapia e

acompanhamento clínico. A conduta foi dieta zero, solicitação de exames

laboratoriais e TC de pelve. Após drenagem, houve persistência de trajeto

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fistuloso, com eliminação contínua de secreção purulenta, exigindo correção de

fístula anorretal cirúrgica, adicionado a necessidade de tratar cripta infectada.

Identificada a cripta, efetuou-se ampla abertura de trajeto, desde a cavidade do

abscesso até cripta infectada, deixando a ferida aberta para completa

cicatrização (fistulotomia).

Comentários: Os abscessos, após diagnosticados, possuem tratamento

essencialmente cirúrgico. Deverão ser sempre drenados, não aguardando

flutuação. É comum, após drenagem, haver persistência de trajeto fistuloso,

exigindo nova cirurgia para correção. Nos processos superficiais, a drenagem

pode ser realizada sob anestesia local, ambulatorialmente. Já nos abscessos

profundos, deve ser efetuada sob bloqueio medular, em centro cirúrgico.

ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO SECUNDÁRIO A VOLVO DE SIGMÓIDE:

UM RELATO DE CASO

Ederline Vanini de Brito; Nelson Coutinho Bechara

Introdução: O volvo é a torção de uma víscera oca em torno de sua fixação e

pode ocorrer em qualquer segmento do trato digestivo. Trata-se uma emergência

cirúrgica sendo importante causa de obstrução intestinal. Hábitos de constipação

voluntária, dieta rica em fibras vegetais, gravidez e bridas pós-operatórias

também têm sido identificados como fatores de risco. O quadro clínico apresenta

distensão abdominal, dor abdominal e constipação, fazendo parte do espectro

do abdome agudo obstrutivo.

Discussão do caso: Paciente masculino, 63 anos de idade, com história de dor

abdominal difusa associada a náuseas e vômitos, evoluindo com constipação,

ausência de flatos e recusa alimentar. Ao exame físico, taquicardíaco,

acianótico, afebril, desidratado, anictérico, distensão abdominal doloroso sem

sinais de irritação peritoneal. Realizada radiografia e TAC de abdome

evidenciando abdome agudo obstrutivo. Foi realizada laparotomia encontrando-

se dilatação de sigmoide em sua topografia com sinais de isquemia e

comprometimento de sua viabilidade seguido de secção de coto proximal e distal

invaginante em coto distal com exteriorização de alça proximal em flanco

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esquerdo. Paciente no sexto mês de pós-operatório, foi realizado o

restabelecimento do trânsito intestinal.

Comentários: Volvo é mais frequente em homens entre a 4ª e 8ª décadas de

vida e a mortalidade é inferior a 7% na ausência de necrose intestinal. A maioria

dos pacientes apresenta dor em cólica, distensão abdominal, constipação e

náuseas. Devendo ser investigado com cautela devido aos riscos cirúrgicos e

suas complicações fatais inerentes da patologia, inespecíficos e tardios. O rápido

diagnóstico permite uma conduta adequada e menor morbimortalidade.

O IMPACTO PSICOSSOCIAL EM INDIVÍDUOS OSTOMIZADOS - REVISÃO

BIBLIOGRÁFICA

Ana Paula Ribeiro Perini; Fernando Henrique Rabelo Abreu dos Santos; Juliana

Suave Mayrink; Lucas Vieira Pinto.

Objetivo: Elaborar um referencial teórico sobre os impactos psicossociais em

indivíduos ostomizados; fornecer aos profissionais de saúde informações atuais

sobre aspectos psicossociais que influenciam na qualidade de vida do paciente

que possui ostomia e avaliar possíveis condutas médicas que devem ser

adotadas visando o cuidado aos aspectos psicossociais que influenciam

negativamente a vida do indivíduo ostomizado.

Métodos: Revisão bibliográfica, na qual foram examinados artigos originais no

PubMed, publicados nos últimos 5 anos e realizados em humanos. As palavras-

chave utilizadas foram “ostomy”, “adaptation, psychological” e “public health”.

Foram incluídos os estudos que abordaram o impacto psicossocial em pacientes

ostomizados.

Resultados: a maioria dos artigos citam uma série de mudanças a nível

fisiológico e psicossocial, vivenciadas pelo paciente ostomizado. Os sentimentos

mais relatados incluem raiva, frustração, ansiedade e perda da autoestima.

Muitos estudos analisados propuseram manejos clínicos para cuidar do paciente

de forma holística, dentre estes inclui-se: apoio da equipe médica na educação

do paciente, apoio familiar e terapias cognitivo-comportamentais e de apoio em

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grupo. Além disso, foi evidenciado que maiores índices de auto aceitação estão

relacionados com melhora da qualidade de vida do indivíduo.

Conclusão: Os principais problemas apresentados foram: ansiedade,

depressão, má imagem corporal, problemas sexuais, comprometimento nas

relações sociais e problemas de ajustamento, assim como sentimento de

frustração, constrangimento e medo. As relações sociais, o apoio do parceiro e

o apoio familiar foram considerados importantes para o paciente, além da

atuação dos profissionais de saúde, que devem prestar assistência psicossocial

no período pré e pós-ostomia.

O USO ROTINEIRO DO DRENO EM TIREOIDECTOMIAS: UMA REVISÃO

SISTEMÁTICA COM META-ANÁLISE

Eron Machado Cobe; Lucas Venturini de Rezende Mendes Glória; Luciano

Ronchi dos Santos; Marcus Vinícius Correia Silva.

Objetivo: O propósito desta meta-análise é avaliar o uso rotineiro do dreno em

pacientes submetidos a tireoidectomia. Demonstrar os malefícios e/ou benefícios

do uso do dreno em pacientes submetidos a esse procedimento cirúrgico.

Analisar se existe significância estatística entre as complicações pós-operatórias

relacionadas ou não com o uso do dreno que influenciam na morbidade do

paciente. Avaliar se houve diferença no tempo de internação do grupo Drenado

e Não Drenado.

Métodos: Após uma revisão sistemática utilizando as plataformas MEDLINE e

LILACS, foram selecionados 4 ensaios clínicos randomizados. Artigos não

randomizados, abordagem com linfadenectomia, bócio retroesternal, e

coagulopatia foram excluídos.

Resultados: Analisamos 4 estudos, nos quais o total de pacientes foi de 866,

sendo 434 no grupo Drenado e 432 no grupo dos pacientes Não Drenados. Os

resultados demonstraram: associação entre o uso de dreno e a incidência de

reoperação (POR = 4.50, 95% IC, 1.12 – 18.08, P = 0.03); O risco de infecção

foi significantemente maior no grupo de pacientes drenados. (POR = 4.14 95%

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IC, 1.81 – 9.49, P = 0.0008); O tempo de internação hospitalar se mostrou

prolongado no grupo dos pacientes submetidos ao procedimento com drenagem

(Diferença média = 0.98, 95% IC, 0.48 – 1.48, P = 0.0001).

Conclusão: Concluímos que o uso do dreno deve ser individualizado, uma vez

que seu uso pode estar associado ao aumento de algumas complicações,

sobretudo infecções e reoperações. Encorajamos o uso seletivo do dreno.

A NECESSIDADE DE CRIAÇÃO DO CURRÍCULO LATTES ENTRE

ESTUDANTES DE MEDICINA: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA LIGA

ACADÊMICA

Maria Ingrid Barbosa Passamani; Yasmin de Rezende Beiriz; Américo Carnelli

Bonatto; Mariana Stefenoni Ribeiro; Guilherme Maia Costa Varejão Andrade;

Carlos Eduardo David de Almeida.

Objetivos: Sabe-se que o currículo Lattes, criado em agosto de 1999, tornou-

se um padrão nacional no registro da vida pregressa e atual dos estudantes e

pesquisadores do país. Assim, esse trabalho objetiva descrever a experiência

dos membros da Liga Acadêmica de Anestesiologia do Espírito Santo

(LIANES) com o Currículo Lattes.

Métodos: Um questionário qualitativo foi criado no “Google Forms” e enviado

para 21 estudantes de Medicina da LIANES durante uma reunião científica. O

questionário abordou sobre o conhecimento acerca do currículo Lattes, o

desejo de criar, para os que não possuem e o recebimento de instruções

acerca do currículo. Após a resposta do questionário, os diretores da liga

orientaram aos membros a importância do currículo atualizado.

Resultados: Os 21 participantes sabem o que é currículo Lattes, 17 (80,95%)

possuem currículo e 4 pretendem criá-lo. 13 (76,47%) criaram por

determinação de alguma disciplina na faculdade, 3 (17,64%) criaram para se

inscrever no programa de Iniciação Científica e Tecnológica e apenas 1 criou

para, exclusivamente, manter atualizada suas atividades curriculares. Além

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disso, apenas 4 alunos que apresentam currículo (23,52%) criaram sem

instruções prévias.

Conclusões: Os resultados ressaltam a importância das disciplinas de incentivo

à pesquisa e nota-se que exigir currículo Lattes para se inscrever no programa

de Iniciação Científica e Tecnológica é um meio de fomentar sua criação. Desse

modo, observa-se a importância das ligas acadêmicas, devido ao acesso à

grande quantidade de estudantes, se envolverem em assuntos de cunho

científico, em especial um dos mais básicos, a criação do currículo Lattes.

AVALIAÇÃO DO TIPO DE PELE DE PACIENTES ATENDIDOS EM UM

PROGRAMA DE RASTREAMENTO DE CÂNCER DE PELE NA REGIÃO

METROPOLITANA DE VITÓRIA, ES.

Caroline Feitosa Dibai de Castro; João Basílio de Souza Filho; Francine Alves

Gratival Raposo; Letícia Zanotti Duccini; Luiza de Aguiar Lima; Rafael Moura

Castro

Objetivo: Identificar o tipo de pele (com base na escala de Fitzpatrick) prevalente

nos pacientes com lesões cutâneas (Carcinoma Basocelular/Carcinoma

Espinocelular/Melanoma) participantes do projeto Salve Sua Pele, consultados

no ambulatório de Dermatologia da Santa Casa de Misericórdia de Vitória

(HSCMV).

Método: Trata-se de um estudo quantitativo observacional retrospectivo. A

amostra foi constituída pelos pacientes do Projeto Salve sua Pele no período de

Jan/2014 a Dez/2016 que realizaram biópsia com suspeita de neoplasias. Para

a coleta de dados foi utilizado um formulário próprio que continha a escala de

Fitzpatrick. Os dados foram lançados em planilha de Excel 2010.

Resultados: Foram avaliados 658 pacientes, dentre os quais o tipo de pele mais

prevalente foi o tipo 2 que apresentou 38,4%. O tipo 1 apresentou 37,2%, o tipo

3 apresentou 12,5% e o tipo 4 apresentou 2% da amostra total. Nenhum paciente

foi enquadrado no tipo de pele 5. Ressalta-se que 9,9% dos pacientes não

informaram tipo de pele.

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Conclusão: Houve maior prevalência dos tipos de pele 1 e 2, o que vai ao

encontro da literatura científica no tocante a relação direta do câncer de pele com

o tipo de pele. Percebe-se assim, a necessidade de promoção da saúde e

prevenção dessa doença na população, assim como medidas de proteção solar

para evitar o surgimento de lesões neoplásicas.

PERFIL DAS INFECÇÕES EM SÍTIO CIRÚRGICO CAUSADOS POR GRAM-

NEGATIVOS PRODUTORAS DE Β-LACTAMASES DE ESPECTRO

ESTENDIDO (ESBL)

Carolina Frizzera Dias; Victor Peyneu Poncio; Gabriel Toledo dos Santos; Pedro

Hemerly Figueiredo; Maria das Graças Silva Mattede; Cristiana da Costa Gomes.

Objetivos: Descrever o perfil de pacientes que apresentaram Infecção de sítio

cirúrgico (ISC) por Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae produtoras de β-

lactamases de espectro estendido (ESBL), se houve uso prévio de

antimicrobianos e se foi feito ajuste de terapia conforme o resultado das culturas.

Metodologia: Análise retrospectiva de casos de pacientes com quadro

sugestivo de ISC em que houve crescimento de Escherichia coli e Klebsiella

pneumoniae produtoras de ESBL.

Resultados: Entre 2012 e 2016 tivemos 21 pacientes com ISC por gram-

negativos produtores de ESBL, sendo 15 (71,4%) por K. pneumoniae e 6 (28,6%)

por E. coli. Em relação ao tipo de cirurgia, 9 (42,8%) após cirurgias abdominais,

8 (38,1%) após cirurgias ortopédicas, 3 (14,3%) após cirurgias ginecológicas e 1

(4,8%) após cirurgia urológica. Em 17 casos (81%) houve uso prévio de

antimicrobiano para tratamento de infecção ou antibioticoprofilaxia e o mais

utilizado foi o Ceftriaxone (9 casos – 42,8%). No tratamento, em 15 situações

(71,4%) foi utilizado o antibiótico correto, iniciados após cultura. O mais utilizado

foi o Meropenem (14 casos – 93,3%). Em apenas 1 caso foi utilizado

Cirprofloxacina, pois o antibiograma mostrava sensibilidade e o paciente tinha

condições de desospitalização. Nos demais 6 casos (28,6%) o antibiótico não foi

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ajustado mesmo após o resultado da cultura e do antibiograma e esses pacientes

apresentaram melhora clínica.

Conclusão: Atentar ao aumento de ISC causados por bactérias ESBL,

especialmente em pacientes que fizeram uso prévio de Cefriaxona. Coleta de

culturas e ajuste do tratamento conforme o resultado é importante para melhor

resposta clínica.

ABSCESSO HEPÁTICO COM DRENAGEM ESPONTÂNEA PELA PAREDE

ABDOMINAL

Anna Carla Silveira Rodrigues; Lara Alves Paiva; Letícia Araújo Machado; Joyce

Duda Gonçalves; Ruston Louback da Mata Filho

Introdução: O abscesso hepático geralmente é causado por bactérias e em

menor incidência por protozoários ou fungos. A incidência do abscesso hepático

piogênico tem aumentado e a taxa de mortalidade variado de 8% a 31%,

tornando-o uma doença de relevância mundial.

Descrição do caso: M.F.F., 59 anos, mulher, hipertensa, internada há duas

semanas com quadro de hemorragia digestiva alta. Dois dias após sua alta

evoluiu com forte dor abdominal, febre, hiporexia e sinais flogísticos em região

epigástrica. Realizou-se drenagem e posterior internação. Iniciou-se

antibioticoterapia. Ao exame físico apresentava secreção purulenta, com odor

fétido e exteriorização em região epigástrica, ruídos hidroaéreos positivos,

abdome flácido, doloroso em região epigástrica com massa palpável de

aproximadamente 10mm. Eliminações fisiológicas presentes, estável

hemodinamicamente e afebril. Tomografia computadorizada de abdome total

apresentou abscesso abdominal hepático bem delimitado e fistulização cutânea.

Ultrassonografia, apresentou coleção hipoecoica em lobo hepático esquerdo de

52mL, esplenomegalia e ausência de líquido livre intraperitoneal. Após cinco

dias essas dimensões reduziram-se a 23ml. Resultados negativos para

culturas de amebíase e actinomices.

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Comentários: A drenagem percutânea apresenta menor morbidade, sendo

indicada quando o volume estimado do abscesso na ultrassonografia é superior

a 150cm ou quando a antibioticoterapia é ineficaz, já drenagem por laparotomia

se reserva a abscessos múltiplos, falhas na drenagem percutânea ou ruptura

espontânea. O diagnóstico de um abscesso hepático com drenagem espontânea

pela pele é de difícil reconhecimento, uma vez que se trata de uma manifestação

incomum. Contudo deve-se atentar para esta possibilidade a fim de evitar que

se protele o tratamento adequado.

METASTASECTOMIA PULMONAR E CÂNCER DE MAMA: RELATO DE

CASO

Taynara Oliveira Sena; Tássia Faller Tetemann; Rovena Onofre dos Santos;

Stéfany Jacobsen; Wagner Santos da Silva

O câncer de mama é a principal neoplasia na população feminina brasileira.

Consequentemente, o câncer de mama metastático (CMM) é considerado uma

doença sistêmica e 10-25% das pacientes têm envolvimento pulmonar isolado.

A ressecção é estratégia paliativa, contudo, para pacientes com doença

metastática limitada, a ressecção cirúrgica ou a radioterapia ablativa demonstrou

maior controle da doença a longo prazo comparada a terapia sistêmica isolada.

O.B.D.S.T, 40 anos, procedente de Baixo Guandu, implantou prótese mamária

em 2015, detectando posteriormente nódulo em região medial inferior da mama

direita, orientada ser um ponto cirúrgico invertido. Subsequentemente, notou

aumento e surgimento de mais dois nódulos, sendo informada que as suturas

teriam sido encapsuladas. Nos meses seguintes, surgiu um terceiro em região

axilar, doloroso à palpação. Realizou propedêutica para linfonodomegalia. Em

2016, fez nodulectomia axilar com biópsia, diagnosticando carcinoma ductal

infiltrante grau II, com necrose e invasão vascular. Iniciou quimioterapia e

realizou esvaziamento axilar direito, colocando expansor para radioterapia,

apresentando regressão dos nódulos mamários. Em 2017, evidenciou nódulos

pulmonares. Retornou à quimioterapia, realizou ressecção em lobo inferior

direito devido ao carcinoma metastático e biópsia excisional do lobo superior

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direito detectando neoplasia não pequenas células. Alterou-se protocolo

quimioterápico e realizou segmentectomia pulmonar do lobo superior com

margens. Atualmente, sem nódulos suspeitos, continua com mesmo tratamento,

programando-se para retirada de expansor em agosto. Estudos demonstraram

possíveis melhoras na sobrevida após metastasectomia pulmonar para

pacientes com CMM. Como a morbimortalidade da ressecção pulmonar vem

diminuindo, esse procedimento deve ser analisado, identificando pacientes que

se beneficiarão do procedimento.

Palavras-Chave: câncer de mama; metastasectomia; carcinoma pulmonar;

cirurgia.

REMOÇÃO DE FECALOMA EM PACIENTE PÓS COLOSTOMIA

Raphael Paiva Cock Ferreira; Ana Beatriz da Silva Barbosa; Leonardo dos

Santos Silva; Leticia Colodetti Zanandréa; Rafael Leite Aguilar

Introdução: A formação de fecaloma é comum em pacientes com afecções do

sistema nervoso autônomo do intestino grosso, pacientes psiquiátricos e,

principalmente, em pacientes idosos que sofrem de constipação crônica. Os

sintomas, na maior parte dos casos, são inespecíficos (diarreia de

transbordamento, constipação, perda de peso, vômitos, desconforto abdominal).

Descrição do caso: Masculino, 91 anos, portador de insuficiência cardíaca.

Histórico de 2 AVE’s prévios, sendo o último ocorrido há mais de 1 ano. Deu

entrada no pronto socorro queixando-se de constipação associada à vômitos,

distensão e dor abdominal difusa, há 7 dias. Relata realização de colostomia em

2016 devido sub-oclusão intestinal a nível de cólon sigmóide (imagem

estenosante de 4 cm). Ao exame físico o paciente encontrava-se em regular

estado geral, pouco desorientado, anictérico, acianótico, afebril; auscultas

cardíaca e respiratória normais; abdome flácido, doloroso e timpânico à

percussão, ruídos hidroaéreos positivos e presença de colostomia. Foi solicitada

tomografia computadorizada de abdome total cujo resultado evidenciou:

volumosa distensão gástrica, com níveis hidroaéreos internos, importante

dilatação das alças jejunais, predominando no hipocôndrio e flanco esquerdos

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com níveis hidroaéreos internos. Foi realizada extração manual do fecaloma e

prescreveu-se medidas laxativas.

Discussão: O fecaloma deve ser considerado no diagnóstico diferencial de

qualquer paciente com história de constipação crônica, massa abdominal ou

complicações intestinais. Geralmente o tratamento conservador através de

evacuação digital e enemas, é eficaz. Porém em casos graves e recidivantes, a

abordagem cirúrgica faz-se necessária para evitar complicações significativas

(obstruções, ulceração, megacólon).

DIAGNÓSTICO TARDIO DE CÂNCER COLORRETAL A DESPEITO DE

HISTÓRICO FAMILIAR IMPORTANTE: ERRO MÉDICO?

Raphael Paiva Cock Ferreira; Ana Beatriz da Silva Barbosa; Leonardo dos

Santos Silva; Leticia Colodetti Zanandréa; Rafael Leite Aguilar

Introdução: O câncer colorretal, quando localizado à direita, possui

sintomatologia menos evidente do que quando à esquerda, podendo manifestar

sintomas inespecíficos ou anemia ferropriva. O histórico familiar é um fator de

risco, devendo ser interrogado e investigado nos pacientes.

Descrição do caso: Feminino, 59 anos, investigando anemia há 3 anos, com

perda de 12 quilos no período, em uso de sulfato ferroso. Nega comorbidades

ou cirurgias prévias. Antecedentes familiares: Mãe com câncer de mama, pai

faleceu aos 60 anos devido câncer de cólon e irmão com diagnóstico de câncer

colorretal aos 45 anos. Paciente relata que, apesar de ter acompanhado a

evolução médica de seu pai e irmão, nunca foi orientada que ela própria deveria

fazer exames de investigação. Solicitada TC de abdome e tórax que mostra

lesão em cólon ascendente, sem demais alterações. À colonoscopia apresenta

lesão vegetante em cólon ascendente, confirmado, por biópsia, adenocarcinoma

in situ. Realizada colectomia direita com anastomose primária, sem

intercorrências. Paciente recebe alta e parentes de primeiro grau são

convocados na consulta de retorno. Segue em manejo clínico e seus parentes

de primeiro grau estão sob vigilância colonoscópica.

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Discussão: O rastreio de câncer colorretal é recomendado a partir dos 50 anos.

Caso parentes de primeiro grau com esse diagnóstico, a vigilância deve começar

aos 45 anos ou 10 anos antes da idade do parente ao diagnóstico, o que vier

primeiro. No caso, a paciente relatou nunca ter sido orientada a realizar rastreio,

evidenciando uma falha da equipe médica para diagnóstico precoce dessa

condição.

RELATO DE CASO: ÚLCERA DE MARJOLIN.

Ábila Dutra Oliveira; Marina Bonifácio Gomes Laignier Nolasco; Rúbia Soares de

Sousa Gomes; Luiza Gomes Santiago; Mayza Domiciano Araújo; Sergio Alvim

Leite.

Introdução: A úlcera de Marjolin é caracterizada como uma malignização sobre

lesões ulcerosas crônicas, cicatrizes e fístulas. As cicatrizes por queimaduras

correspondem a 75% dos casos. Pode ser classificada como aguda ou crônica,

sendo esta influenciada pelo ambiente inflamatório das úlceras e pela

abundância de materiais citotóxicos derivados das atividades dos macrófagos.

O objetivo do artigo é ressaltar a importância da prevenção, assim como o

diagnóstico precoce para melhor prognostico do paciente.

Descrição do caso: J.L.P.D., em 2010 percebeu crescimento de nódulo em 2

ocasiões após a excisão de miíase em dorso inferior direito, removeu-se

cirurgicamente sem biópsia. Em 2014, com a recidiva do nódulo, fez-se ablação

de sarcoma de, aproximadamente, 5 kg na região, sem sucesso na enxertia. No

mesmo ano, paciente foi diagnosticado e tratado um outro sarcoma no mesmo

local. Paciente volta ao atendimento em 2019 com queixa de deiscência de

cicatriz e secreção, à biópsia firmou o diagnóstico de úlcera de Marjolin:

dermatite crônica com acantose e acentuada hiperplasia pseudoepiteliomatosa

extensamente ulcerada.

Comentários: Úlcera de Marjolin é uma patologia incomum, de gênese

multifatorial, que ocorrem sobre locais de cicatrizes. Estes locais produzem um

ambiente propicio a carcinogênese. O prognóstico é ruim, sendo considerado

pior que os de neoplasias sobre peles íntegras. Além disso, devido ao alto nível

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de agressividade e metastização demonstra ser de alta morbimortalidade. Desse

modo fica evidente a necessidade de diagnóstico e tratamento precoce, a fim de

evitar recidivas e proporcionar melhor qualidade de vida.

Palavras chave: Úlceras; Úlcera de Marjolin; Cicatrização de feridas.

REFERÊNCIAS: BAUK, Vanessa O. Zagne et al. Úlcera de Marjolin: relato de 12 casos. Anais Brasileiros de Dermatologia, Rio de Janeiro, v. 4, n. 81, p.355-358, jun. 2006. DINATO, Sandra Lopes Mattos e et al. Úlcera de Marjolin: relato de caso. Diagn Tratamento, São Paulo, v. 1, n. 20, p.4-7, jul. 2015. GARCIA-MARÍN, José Andrés et al. Úlcera de Marjolin: experiencia de 10 años en una unidad de pie diabético. Cirugía y Cirujanos, [s.l.], v. 84, n. 4, p.340-343, jul. 2016. MARTÍNEZ-RAMOS, D. et al. Úlcera de Marjolin sobre una úlcera venosa crónica: revisión de la bibliografía y comunicación de un caso. AngiologÍa, S.l., v. 1, n. 58, p.63-66, abr. 2006. RITZ FILHO, Gerson de Mattos; MARTINS, Maria Roberta Cardoso. Sarcoma pleomórfico em úlcera de Marjolin. Revista Brasileira de Cirurgia Plástica, Joinville, v. 1, n. 28, p.172-174, fev. 2013. RUIZ, Lucía González et al. Úlcera de Marjolin. Piel, [s.l.], v. 34, n. 5, p.302-306, maio 2019. TAVARES, Ermelindo et al. Úlcera de Marjolin associada a ulceração e osteomielite crônicas. Anais Brasileiros de Dermatologia, Santarém, v. 2, n. 86, p.366-369, maio 2010.

RELATO DE CASO: SÍNDROME DE MIRIZZI

Pedro Piassaroli de Abreu; Felipe de Souza Vial; Alessandro Mendes Miranda

Introdução: A síndrome de Mirizzi é uma forma rara (1%) e grave de doença

litiásica biliar. Consiste na impactação de cálculos biliares na região do

infundíbulo ou ducto cístico gerando fístula bilio-biliar com compressão

extrínseca do ducto hepático comum ou colédoco.

Descrição do caso: Paciento do sexo feminino, 42 anos, deu entrada no pronto

socorro com quadro de dor epigástrica que irradiava para hipocôndrio direito

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associada a náuseas e vômitos. Paciente referiu ser portadora de colelitíase.

Exames físicos e laboratoriais foram compatíveis com pancreatite aguda biliar.

A colangio ressonância mostrou múltiplos cálculos na vesícula e ao longo do

colédoco e ducto hepático comum com pequena a moderada dilatação das vias

biliares intra-hepáticas e pancreatite leve. Sendo assim, indicado a

colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE). Durante o exame

foram evidenciados múltiplos cálculos na via biliar e realizado papilotomia com

extração dos cálculos. Logo submetida a colecistectomia videolaparoscópica,

onde evidenciou cálculo na região infundibular comprimindo cerca de 2/3 da

região de transição entre ducto hepático comum e ducto colédoco.

Comentários: A síndrome de Mirizzi pode ser classificada de acordo com a

presença de fístula bilio-biliar e a extensão desta fístula sobre o ducto hepático

comum ou colédoco, sendo importante para definir o tratamento. O diagnóstico

é difícil e frequentemente feito intraoperatório. O tratamento cirúrgico da

síndrome de Mirizzi requer cuidado e habilidade na dissecção da via biliar para

realizar a colecistectomia. Nesse caso, foi optado por uma colecistectomia com

coledocoplastia videolaparoscópica.

RELATO DE CASO: HÉRNIA DE AMYAND

Pedro Piassaroli de Abreu; Felipe de Souza Vial; Alessandro Mendes Miranda

Introdução: A hérnia de Amyand foi descrita em 1735 por Claudius Amyand. É

a presença de apendicite aguda no interior de um saco herniário inguinal. Hoje,

o termo é empregado também nas situações em que o apêndice vermiforme não

se encontra inflamado. A condição é rara e sua incidência é de aproximadamente

0,13%. O quadro clínico é variável e pode apresentar-se como uma hérnia

inguinal redutível ou irredutível, hérnia inguinal estrangulada, apendicite leve ou

apendicite grave com ou sem irritação peritoneal. O diagnóstico pré-operatório é

raro, sendo frequentemente feito durante o tempo intraoperatório.

Descrição do caso: Paciente sexo masculino, 15 anos, deu entrada no pronto

socorro com quadro de dor abdominal difusa e intensa, mais localizada em fossa

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ilíaca direita, associada a febre a 2 dias. Exame físico mostrou defesa abdominal

à palpação sendo indicado videolaparoscopia de urgência com suspeita de

apendicite aguda grave. Durante a cirurgia foi evidenciado apendicite aguda com

base preservada, bloqueada e perfurada (abscesso com secreção purulenta) em

orifício de hérnia inguinal direita.

Comentários: Após o diagnóstico de hérnia de Amyand é importante classificá-

la (Losanoff e Bason ou Fernando e Leelartre) para indicar o tratamento. Mesmo

com as classificações, a abordagem cirúrgica é variável, devendo ser adequada

para o doente e à experiência do cirurgião. Nesse caso foi optado por uma

apendicectomia. A reparação da hérnia foi deixada para uma cirurgia em um

segundo momento devido a friabilidade do tecido peritoneal no momento da

cirurgia.

INTRODUÇÃO DA ANTIBIOTICOTERAPIA PRECOCE COMO FORMA DE SE

EVITAR A EVOLUÇÃO DE ABSCESSOS PERIANAIS PARA SÍNDROME DE

FOURNIER

João Pedro Lima Trindade; Fernanda Alves Luz; Rafael Nakahara Melo;

Hemerson Garcia de Oliveira Silva; Valeriano Martins Medina; Carlos Ardel

Colombo.

Introdução: A síndrome de Fournier caracteriza-se por uma infecção de partes

profundas com rápida progressão, que acomete a região perineal/genital

gerando destruição tissular do tecido subcutâneo. Sua etiologia mais frequente

provém de abscessos perianais, sendo de extrema importância o tratamento

adequado e precoce para prevenção de complicações graves, como Fournier.

Descrição do caso: V.B.S, sexo masculino, 63 anos, hipertenso de longa data,

alcoólatra, tabagista 35 maços/ano, higiene não habitual. Procurou atendimento

na UPA de Manhuaçu-MG no dia 11/06/19, queixando-se de “ferida na região de

nádega direita” iniciada há 10 dias, com intensa flogose, incapacidade de

eliminação de fezes e flatos, distensão e dor abdominal. Febre (39ºc) há 07 dias.

Ao exame, região perianal endurada com presença de flutuação sem orifício de

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drenagem. Realizado drenagem com saída abundante de secreção purulenta,

administração de ceftriaxona e encaminhado para o Hospital César leite de

Manhuaçu. Evoluindo com ampliação da área de acometimento do abscesso,

piora do estado geral, modificação do esquema antibiótico para Clindamicina

2,4g/dia + Ampicilina 4g/dia+ Amicacina 500mg/dia durante 15 dias. Vem

apresentando melhora geral do quadro, sinais vitais estáveis, parada da

evolução das úlceras, em involução.

Comentários: Abscessos e fístulas representam 60-70% das supurações

perianais, estimando-se uma incidência de 1/10.000 habitantes/ano. Predomínio

de acometimento em homens. Devido quadro clínico muito semelhante com a S.

Fournier iniciou-se antibioticoterapia supracitada, esquema este diferente do

preconizado para o manejo da fasciíte necrosante –ampicilina, gentamicina,

clindamicina- visando à prevenção de possível progressão do caso com esta

síndrome. Paciente apresentou excelente resposta ao tratamento adotado.

PROFILAXIA COM ANTIBIOTICOTERAPIA EM CIRURGIA DE

COLECISTECTOMIA LAPAROSCÓPICA

Daniel Toledo Wernersbach; Heitor Buback Araújo

Objetivo: Este estudo visa compreender se a antibioticoterapia profilática em

cirurgia de colecistectomia laparoscópica é benéfica ou não.

Método: A revisão foi feita na base de dados do Pubmed/Scielo/LILACS

considerando artigos publicados entre 2009 e 2019. As publicações foram

selecionadas a partir dos termos: "Cholecystectomy”, “Laparoscopic” e

“Antibiotic Prophylaxis”, definidos pelo Medical Subject Heading (MeSH). Os

filtros utilizados foram: data de publicação (10 anos), idioma (português e

inglês), artigos em texto integral disponível, humanos e “best mach”,

considerando os demais critérios de inclusão e exclusão.

Resultado: Após análise dos artigos mais relevantes, as pesquisas

mostraram que o uso de antibiótico profiláticos aumenta a taxa de infecção

por superbactérias e envolve custos desnecessários, devendo ser usado

apenas em casos de alto risco, como derramamento de bile.

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Conclusão: De acordo com a literatura, o índice de infecções pós-cirúrgicas

é inferior à 5%, concluindo- se que não há benefícios na antibioticoterapia

profilática em cirurgia de colecistectomia de baixo risco, excetuando-se

cirurgias para colecistite aguda desenvolvida há menos de 4 semanas. Não

obstante, em procedimentos cirúrgicos de alto grau, cabe avaliação técnica

para a utilização ou não da terapia profilática. Ressalta-se que esta profilaxia

deva ser utilizada com parcimônia, conhecendo a atual conjuntura da

resistência bacteriana.

DERMATOFRIBOSARCOMA PROTUBERANS EM PAREDE ABDOMINAL

Rodrigo Bertani Simão; Ruston Louback da Matta; Vítor Lelis Caldeira Rocha;

Júlia Esteves de Morais; Derley Thiago Silva Ribeiro

Introdução: O Dermatofibrosarcoma Protuberans é um tumor de pele com

malignidade intermediaria, apresenta como principal característica o seu

potencial de crescimento lento, infiltrativo e grande taxa de recidiva após sua

exérese. Acomete principalmente tronco e membros, sendo raro em parede

abdominal. O objetivo deste estudo é relatar um caso de Dermatofibrosarcoma

Protuberans em uma localização pouco frequente (parede abdominal) e sua

abordagem terapêutica.

Descrição Do Caso: Relata-se o caso de uma paciente, do sexo feminino, 55

anos, atendida no serviço de cirurgia geral de um hospital referência para a

microrregião de Manhuaçú, MG, e admitida devido a lesão expansiva em região

de flanco esquerdo com surgimento há 30 anos e crescimento expansivo há 3

anos, com a suspeita clínica de um Dermatofibrosarcoma Protuberans. Após

avaliação inicial foi solicitado exames de imagem e laboratoriais, sendo

evidenciado uma lesão expansiva em tela subcutânea com limites bem definidos

e regulares com realce importante na fase arterial, exames laboratoriais sem

alterações. Optou-se pela abordagem cirúrgica multidisciplinar, com exérese

total da lesão com margens de segurança e reconstrução através de retalho

fascio miocutâneo em fossa ilíaca esquerda. A paciente evoluiu sem

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intercorrências recebendo alta hospitalar no 2º dia pós-operatório e

encaminhado para acompanhamento ambulatorial.

Comentários: O Dermatofibrosarcoma Protuberans é um tumor de evolução

lenta, sem sintomatologia exuberante, podendo complicar com metástases em

pulmão, cérebro, ossos e altas taxas de recidivas. A abordagem cirúrgica é um

tratamento com indicação precisa e neste caso sem complicações intra-

operatória e com boa evolução pós-operatória.

COLECTOMIA SEGMENTAR COM COLOSTOMIA À HARTMANN EM

PACIENTE COM DOENÇA DIVERTICULAR AGUDA

Luíza Araújo Diniz; Dr. Cirênio de Almeida Barbosa; Rayane Elen Fernandes

Silva; Thais Oliveira Dupin; Dr. Weber Moreira Chaves; Dr. Ronald Soares dos

Santos

Introdução: A diverticulose descreve a presença de divertículos protrusões

multicausais em forma de saco da parede colônica em pontos de fraqueza.

Doença diverticular é a diverticulose clinicamente significativa e sintomática,

tratando-se cirurgicamente 15% dos pacientes.

Relato de caso: Paciente JLRO, masculino, 60anos, diabético, foi admitido com

dor abdominal difusa há um dia. Relata calafrios, hiporexia, fezes em fita e nega

alterações urinárias, febre e vômitos. A tomografia computadorizada (TC) de

abdome total evidenciou pneumoperitôneo e divertículos nos cólons

descendente e sigmoide com densificação dos planos adiposos adjacentes na

região do segmento médio do sigmoide. Notou-se aorta com placas

ateromatosas calcificadas esparsas, hepatomegalia com esteatose acentuada e

litíase renal à esquerda medindo 3,0mm. Havia inflamação intensa no sigmoide

médio, percebido à inventário da cavidade. Liberou-se sigmoide e ligadura do

meso com seda 0, fez-se colectomia segmentar, exteriorização e confecção da

colostomia à Hartmann. Passados três dias, TC de abdome total evidenciou

coleção peritoneal de 2,1x1,5x2,2cm junto à borda interna da parede abdominal

anterior paramediana esquerda do hipogástrio, adjacente à cicatriz cirúrgica

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infraumbilical, contendo líquido e gás de permeio. Nove dias pós-cirurgia,

percebeu-se abdome agudo e ferida operatória com sinais flogísticos, retirando-

se dois pontos desta para melhor drenagem local.

Comentários: Hartmann é o procedimento de dois estágios mais realizado,

envolvendo ressecção do segmento colônico doente e criação de colostomia

terminal e coto retal, com reversão futura da colostomia. Pacientes com

contaminação fecal da cavidade abdominal pós-cirúrgica têm colostomia

revertida após aproximadamente um ano; aqueles sem contaminação fecal, em

três a quatro meses.

PANCREATECTOMIA DISTAL PARA TUMOR DE PÂNCREAS

Luíza Araújo Diniz; Dr. Cirênio de Almeida Barbosa; Rayane Elen Fernandes

Silva; Thais Oliveira Dupin; Dr. Weber Moreira Chaves; Dr. Ronald Soares dos

Santos

Objetivos: A pancreatectomia distal consiste na remoção do corpo e da cauda

do pâncreas à esquerda da artéria e da veia mesentérica superior e pode ser

realizada por meio de uma abordagem aberta ou laparoscópica. Sabe-se que

complicações pós-operatórias são comuns, ocorrendo em até 40% dos

pacientes, por isso é imprescindível seu conhecimento para redução do tempo

de internação e de custos hospitalares.

Métodos: Analisou-se principais indicações, técnica cirúrgica e complicações

para ressecção de lesões do pâncreas distal a partir do trabalho publicado por

DONAHUE et al na plataforma UpToDate em 2019.

Resultados e discussão: A pancreatectomia distal é responsável por

aproximadamente 25% de todas as ressecções pancreáticas. Geralmente é

realizada para doenças malignas e pré-malignas do pâncreas, incluindo

adenocarcinoma pancreático, neoplasias císticas pancreáticas, tumores

neuroendócrinos e metástase isolada da glândula. As indicações benignas

incluem pancreatite crônica, pseudocistos pancreáticos e trauma associado à

ruptura ductal pancreática. Prefere-se abordagem anatômica retrógrada do

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pâncreas com concomitante realização de esplenectomia. Caso a indicação

para a operação seja câncer ou uma massa ou cisto suspeito de câncer, deve-

se realizar uma laparoscopia antes de proceder à ressecção formal. Se não

houver evidência de irressecabilidade na laparoscopia, prossegue-se com a

ressecção pancreática. As principais complicações consistem em vazamento,

trombose da veia esplênica, diabetes mellitus dependente de insulina de início

recente, abscesso intra-abdominal, sangramento pós-operatório, sepse pós-

esplenectomia, fístula pancreática, insuficiência exócrina e endócrina. O

conhecimento adequado das principais complicações pós-operatórias é

crucial para o melhor manejo dos pacientes submetidos à pancreatectomia.

TRATAMENTO CIRÚRGICO DO PÂNCREAS ANULAR

Rayane Elen Fernandes Silva; Dr. Cirênio de Almeida Barbosa; Luíza Araújo

Diniz; Thais Oliveira Dupin; Dr. Weber Moreira Chaves, Dr. Ronald Soares dos

Santos

Objetivos: O pâncreas anular é uma anomalia congênita rara, caracterizada

por um anel de tecido pancreático ao redor da porção descendente do

duodeno. Associa-se à polidrâmnio materno e a anomalias congênitas, como

síndrome de Down, atresia esofágica e duodenal. Como cerca de dois terços

dos pacientes são assintomáticos, torna- se imprescindível diagnóstico

diferencial por meio da idade e da apresentação clínica.

Métodos: O estudo analisa o diagnóstico e o tratamento do pâncreas anular

a partir da análise do trabalho publicado por THUKRAL et al, na plataforma

UpToDate em 2019.

Resultados e conclusões: A prevalência do pâncreas anular varia de 5 a 15

por 100.000 adultos. Tal condição resulta da falha do broto ventral em girar

com o duodeno, causando envolvimento dele. A idade de início dos sintomas

depende da gravidade da obstrução duodenal. Deve ser suspeitado em

lactentes e crianças com intolerância alimentar, distensão abdominal e

vômitos. Em adultos, pode ocorrer dor abdominal, obstrução duodenal, úlcera

péptica, pancreatite. O diagnóstico é estabelecido pela presença de tecido

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pancreático ao redor da porção descendente do duodeno na imagem

abdominal. Em lactentes, o diagnóstico definitivo ocorre durante a

laparotomia, sendo os achados radiográficos abdominais apenas sugestivos.

Em crianças mais velhas e em adultos, o diagnóstico é definido com uma série

gastrointestinal superior ou uma tomografia computadorizada abdominal,

respectivamente. Em crianças e adultos sintomáticos, sugere-se cirurgia de

bypass do anel (Grau 2C). Salienta-se que a avaliação clínica atenta e a

análise dos exames complementares tornam-se cruciais para o diagnóstico e

o manejo adequado.

GASTRECTOMIA SUBTOTAL EM PACIENTE COM ADENOCARCINOMA

GÁSTRICO

Rayane Elen Fernandes Silva; Dr. Cirênio de Almeida Barbosa; Luíza Araújo

Diniz; Thais Oliveira Dupin; Dr. Weber Moreira Chaves, Dr. Ronald Soares dos

Santos

Introdução: câncer gástrico é o segundo mais comum do mundo, sendo

frequente em idosos ≥70anos. O adenocarcinoma gástrico é o tipo histológico

mais recorrente- mais de 90% das neoplasias malignas estomacais.

Relato de caso: Paciente MLA, feminino, 84 anos, admitida com sintomas

dispépticos, plenitude, azia recorrente, perda de peso há quatro meses,

astenia e anorexia. Bom estado geral ao exame físico, lúcida, emagrecida

discretamente, mucosa hipocorada +/4+, escleras anictéricas e acianóticas,

linfonodos impalpáveis. A tomografia computadorizada de tórax e abdome

evidenciou espessamento parietal junto ao antro gástrico na curvatura menor

estomacal e estudo anatomopatológico da biópsia gástrica confirmou

adenocarcinoma gástrico moderadamente diferenciado invasor do cório e

ulcerado e pangastrite crônica associada à moderada atrofia antral e

metaplasia intestinal completa. Realizada gastrectomia subtotal com

linfadenectomia à D2 e reconstrução em Y-de-Roux com anastomoses

gastrojejunal e jejunojejunal.

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Comentários: O estadiamento tumoral define prognóstico e tratamento

adequado, sendo procedimento padrão a gastrectomia subtotal ou total com

linfadenectomia à D2 para tratamento de tumores M0 e T2/T3/T4a segundo a

Japanese Gastric Cancer Treatment Guidelines-2010. Ascite, derrame pleural

ou linfadenopatias são sinais de metástases. A gastrectomia subtotal em Y-

de-Roux anastomosa o estômago remanescente a membro isoperistáltico

jejunal, desviando a drenagem biliar do remanescente gástrico. Caso o

membro seja muito curto, há risco de gastrite de refluxo biliar; se muito longo,

há possibilidade de Síndrome de Estase de Roux. Dentre as complicações

pós-gastrectomia, destacam-se hérnia interna, intussuscepção jejunal e

Síndrome de Dumping. Pode haver perda de peso (70-80% dos pacientes);

dor e dispepsia (70%); anemia (40-50%).

TRAUMA ABDOMINAL FECHADO COM LESÃO DE CECO: RELATO DE

CASO

Rodrigo Bertani Simão; Valeriano Medina; Marcos Vinicius Barroso; Henrique

Fajardo; Lucas Nunes Meireles; Yan Heringer de Oliveira

Introdução: O Trauma Abdominal Fechado (TAF) é comumente abordado nos

serviços de emergência e devido à sua gravidade é necessário avaliação e

conduta imediata. No TAF pode haver trauma de ceco, que ocorre em 9% das

lesões colorretais ocasionadas por traumatismo abdominal contuso, sendo

necessária a intervenção cirúrgica o mais rápido possível devido à grande

morbimortalidade desse tipo de lesão.

Descrição do caso: Paciente MGS, sexo masculino, 8 anos, deu entrada em

uma Unidade de Pronto Atendimento no dia 02/05/2019 vítima de acidente

ciclístico que culminou com quadro de dor abdominal com intensificação à

palpação, vômitos, hematoma em quadrante abdominal inferior direito. Á

abordagem clínica foi solicitado rotina radiológica para abdome agudo e exames

laboratoriais, que foram inconclusivos, sendo prescrito tratamento suporte. O

paciente evoluiu com quadro séptico e distensão abdominal, sendo solicitada

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avaliação de emergência da cirurgia geral, a qual optou por uma laparotomia

exploradora. No intraoperatório foi evidenciado extravasamento de secreção

fecalóide para cavidade abdominal, ruptura de ceco de aproximadamente 3 cm.

Realizou-se colorrafia em dois planos e apendicectomia.

Comentários: O TAF continua sendo um desafio devido às variadas

manifestações clínicas e risco de morbimortalidade. No entanto, mesmo com

disponibilidade de exames de diagnóstico de imagem e a possibilidade de

tratamento conservador ainda há divergências quanto a melhor conduta em cada

caso. Quando o paciente apresenta quadro instável com contusão limitada ao

abdome a laparotomia exploradora é a conduta a ser tomada, sendo isso o que

foi feito no caso.

CISTO PERICÁRDICO: TRATAMENTO POR VIDEOTORACOSCOPIA

Gabriela Araújo Faber da Silva; Wagner Santos da Silva; Sibeli Machado

Gonçalves; Maximila de Oliveira Malta

Introdução: Os cistos pericárdicos (CPs) são raros, benignos, correspondendo

a 20% dos tumores de coração e pericárdio. Sua incidência é entra a quarta e

quinta década de vida e de caráter assintomático, manifestam-se como

deformidades arredondadas na silhueta cardíaca, mais comumente no ângulo

costofrênico direito, formado por líquido claro e de revestimento mesotelial ou

endotelial com uma parede fibrosa tênue. Seu diagnóstico é incidental através

de radiografia (RX) de tórax, ecocardiografia ou Tomografia Computadorizada

(TC) de tórax.

Relato de caso: Paciente, sexo feminino, 50 anos, cardiopata, asmática e

portadora de nódulo mamário, procurou Pronto Atendimento local decorrente de

dispneia por descompensação do quadro respiratório no qual, foi realizado RX

de tórax que evidenciou uma massa em mediastino. Foi encaminhada a cirurgia

torácica para seguir investigação e que, na TC de tórax mostrou massa

hipodensa, cística e bem delimitada, medindo 7,1 x 7,0 cm em mediastino

anterior adjacente ao pericárdio, sugerindo lesão cística congênita do

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mediastino. A cirurgia foi indicada e a lesão retirada por videotoracoscopia

(VATS). Paciente evoluiu sem complicações e o histopatológico confirmou cisto

mesotelial simples.

Comentários: Os CPs podem ser congênitos ou adquiridos, sendo esses,

associados a neoplasia mediastinal, infecção parasitária ou cirurgia cardíaca.

Assim, levando em consideração o quadro da paciente foi-se indicado ressecção

cirúrgica para exclusão de neoplasia. A escolha da abordagem pode ser por

toracotomia, toracoscopia com três portais ou com portal único. Vale ressaltar

que, a VATS apresenta menor morbimortalidade e melhor recuperação pós-

operatória por isso, quando disponível, é a primeira escolha.

COMO AS VARIAÇÕES ANATÔMICAS DA ÁRVORE BILIAR INTERFEREM

NA ABORDAGEM CIRÚRGICA DA COLECISTECTOMIA

Maria Luiza Font Juliá Grossi; Maria Eduarda Bonadiman Gonçalves; Elisa Inês

Demuner Vallandro; Amanda Lessa Martins; Marcello Mendes Gonring; Bárbara

Sarnaglia Colnaghi

Objetivo: Sintetizar as conclusões mais recentes sobre as relações entre as

variações anatômicas da árvore biliar e a colecistectomia.

Método: Revisão sistemática utilizando os dados BVS e aplicando o descritos

“Ductos biliares AND Alterações AND Colecistectomia” para busca de

evidências. Foram empregados os seguintes critérios de inclusão: Artigos de

revisão relacionados ao objetivo e acessíveis gratuitamente na íntegra.

Resultado: Colecistectomia é uma intervenção cirúrgica indicada principalmente

em doentes com patologia benigna da vesícula biliar - dificultada pela existência

de variedades anatômicas. Se dá por dissecção do triângulo de Calot e liberação

da artéria e ducto cístico, com posterior secção e ligadura das estruturas,

possibilitando a retirada da vesícula e se atentando para evasão da lesão

parenquimal hepática. Dentre as principais alterações problemáticas, valem

citar: duplicação da vesícula biliar - onde se deve evitar lesão da via biliar

principal; variações de ducto, como a adesão tardia do ducto cístico ao hepático

comum, atrapalhando o clampeamento. É importante salientar que a baixa

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implantação das vias extra-hepáticas pode ser um empecilho e causar confusão

no cirurgião quanto a ligadura do ducto hepático direito. É relevante a percepção

de que a variação anatômica mais comum é a presença exclusiva da artéria

cística no trígono cisto-hepático - cerca de 30% dos casos.

Conclusão: É perceptível a importância do conhecimento da anatomia e suas

variações quanto à árvore biliar, visando a redução de iatrogenias e aumentando

a segurança do procedimento - juntamente ao próprio processo de dissecção do

trígono cisto-hepático para proteção das estruturas intrínsecas.

PERITONEOSTOMIA EM PACIENTE COM SEPSE ABDOMINAL GRAVE PÓS

ACIDENTE AUTOMOBILÍSTICO

Luíza Gomes Santiago; Flávio Cunha de Faria; Mauro Garcia da Silva; Valeriano

Martins Medina; Rodrigo Bertani Simão; Marcos Vinícius Mendes Barroso.

Introdução: A principal abordagem cirúrgica do trauma abdominal consiste em

avaliar como será realizada a reparação anatômica e funcional. Dessa forma,

como forma de tratamento temporário de sepse abdominal, utiliza-se a

peritoneostomia, técnica caracterizada pela manutenção do abdome aberto.

Descrição do caso: L.A.V., 23 anos, vítima de trauma por acidente

automobilístico, admitida em unidade hospitalar mais próxima diagnosticada com

fratura de fêmur. Foi submetida a procedimento cirúrgico e liberada. Após 4 dias,

deu entrada no nosso serviço com quadro de distensão e dor abdominal difusa.

Ao exame físico: Palidez, taquicardia, taquipnéia, abdome em “tábua” e

hipertimpanismo com descompressão brusca dolorosa. Encaminhada ao centro

cirúrgico, realizou laparotomia exploradora, evidenciando conteúdo entérico na

cavidade abdominal, lesões no intestino delgado e laceração no omento.

Realizado enterorrafia, lavagem e ileostomia de proteção. Devido ao edema

local, aumento da pressão intra-abdominal e peritonite difusa, optou-se pela

peritoneostomia, com colocação de plástico estéril e posterior fixação. Após 72

horas, a paciente foi reabordada, procedendo à retirada do plástico estéril e

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realizada lavagem da cavidade com aspiração de secreção purulenta. Foi

colocado um dreno de penrose e fechamento da pele com pontos de contenção.

Comentários: A peritoneostomia é uma técnica eficaz para o tratamento de

pacientes com sepse intra-abdominal, pela qual é possível controlar danos ao

organismo, como reduzir a resposta inflamatória sistêmica e facilitar a drenagem

de secreções purulentas. Essa técnica influencia na diminuição da mortalidade,

como também permite fornecer um melhor prognostico ao paciente.

SIRINGOMIELIA SECUNDÁRIA A EPENDIMOMA INTRAMEDULAR

CERVICAL: RELATO DE CASO

Luana Marques Ribeiro; Filipe Moreira de Almeida Pinheiro; José Álvaro Bastos

Pinheiro.

Introdução: Ependimoma é a neoplasia medular benigna mais frequente no

adulto do sexo masculino, de crescimento lento e possui tropismo pela região

cervical e lombar, portanto é diagnóstico diferencial de cervicalgia e lombalgia.

Geralmente é oligossintomático, atrasando o diagnóstico, baseado na RNM e

estudo histopatológico. O tratamento é cirúrgico, associado a radioterapia e/ou

quimioterapia.

Objetivo: Expor caso raro polissintomático de tumor intrarraquidiano e sua

importância no diagnóstico diferencial.

Descrição do caso: Paciente masculino,30, acamado, procurou atendimento

devido à perda de forca progressiva em hemicorpo esquerdo. Previamente

hígido, chegou na emergência apresentando turvação visual esquerda,

disestesia cervical irradiando para os ombros, disfagia, atrofia palmar,

hipoestesia e hemiparesia esquerda (força grau IV) com início há 1 ano, que

progrediu para tetraparesia. Foi internado, solicitou-se TC e RM de crânio e

coluna cervical, que evidenciou siringomielia iniciada no bulbo e lesão expansiva

intramedular de C5-T1.Durante internação, evoluiu com piora da

tetraparesia(grau III).Submetido a laminectomia de C5-T2 para exposição da

lesão, microcirurgia para exérese de tumor intramedular e artrodese

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cervicotorácica por via posterior de C5-T12.Apresentou piora da

tetraparesia(grau II) na primeira semana de pós-operatório, porém evoluiu com

melhora progressiva do quadro ao longo de 3 semanas(grau IV).

Comentários: As lesões do ependimoma são friáveis, acinzentadas e bem

definidas. Podem estar associadas a siringomielia, síndrome da cavidade tubular

medular que abrange cistos da junção craniocervical e exacerba o déficit

neurológico devido à compressão da medula, conforme estudo de Rodrigues et

al. (2000), o que contribuiu para esse quadro polissintomático raro. O

ependimoma, apesar de raro, deve participar do diagnóstico diferencial da

cervicalgia e lombalgia. Portanto, como os doentes atribuem pouco significado à

dor na coluna, deve-se documentar qualquer queixa suspeita.

Palavras-chave: neoplasia medular; diagnóstico diferencial; caso raro polissintomático. BIBLIOGRAFIA:

1. BATISTA, Manuel; PINA, Rui; FONSECA, Isabel; SALDANHA, Maria Helena. Ependimoma intramedular: Revisão da literatura a propósito de um caso clínico. Case Reports - Medicina Interna, Sociedade Portuguesa de Medicina Interna - VOL.16 | Nº 3, jul. 2009. Disponível em: http://rihuc.huc.min-saude.pt/bitstream/10400.4/1319/1/Ependimoma%20intramedular.pdf. Acesso em: 10 jul. 2019.

2. DOS SANTOS, Marcos Juliano. A avaliação da evolução pós-operatória dos

ependimomas intramedulares. Dissertação (Pós-Graduação em Ciências Médicas) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas, 2013. Disponível em: http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/309592/1/Santos_MarcosJulianodos_M.pdf. Acesso em: 10 jul. 2019.

3. SÁEZ, Mariuska Forteza; TREJO, Migdalia Pérez; SOCARRÁS, Débora García; SILVA,

José Alert. Ependimomas intracraneanos en el Instituto Nacional de Oncología y Radiobiología. Revista Cubana de Pediatría, La Habana, Cuba., 23 set. 2017. Disponível em: http://scielo.sld.cu/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-75312018000100008. Acesso em: 10 jul. 2019.

4. *RODRIGUES, Flávio Freinkel; CIMINI, Vinícius Teixeira; DE VUONO, Leonardo

Mendes; TINOCO, Elaine Marques. Alternativas terapêuticas na siringomielia. Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia, Rio de Janeiro, p. 88-91, 26 mar. 2000. Disponível em: http://www.sbn.com.br/files/downloads/publicacoes/arquivos-brasileiros-de-neurocirurgia/arqbrneuro19_2.pdf. Acesso em: 10 jul. 2019.

5. GONIK, Renato; DE ROSSO, Ana L. Zuma; FILHO, Péricles A. Maranhão; NOVIS,

Sérgio A. Pereira. Siringomielia: revisão da literatura e relato de caso. Arquivos de Neuropsiquiatria, São Paulo, 26 jul. 2019. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/anp/v48n3/19.pdf. Acesso em: 10 jul. 2019.

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TRATAMENTO CONSERVADOR DO BAÇO EM PACIENTE VÍTIMA DE

TRAUMA: RELATO DE CASO

Juliana Peterle Barbosa; João Vitor Peterle Barbosa; Lucas Merchak Vieira; Ana

Carolina Merchak Vieira

Introdução: A abordagem no tratamento de pacientes com trauma esplênico

envolve duas estratégias principais: cirúrgica ou conservadora. A septicemia em

pacientes esplenectomizados surge como a complicação mais comum e de

maior mortalidade quando comparados à população em geral. O objetivo deste

relato é apresentar o tratamento conservador como opção terapêutica para

casos de traumatismo esplênico.

Descrição do caso: Paciente do sexo masculino, 38 anos, encaminhado para o

Serviço de Urgência, vítima de acidente automobilístico com evolução de 4

horas. Ao exame físico, apresentava-se lúcido e orientado, com ligeira palidez

mucocutânea, pressão arterial de 110x70 mmHg sem taquicardia associada, e

dor em nível de quadrante superior esquerdo do abdômen. O hemograma

apresentava hemoglobina de 9,0 g/dl, sendo iniciadas medidas de suporte. Foi

realizada Tomografia Computadorizada abdomino-pélvico, evidenciando fratura

do polo inferior do baço com presença de sangue na cavidade abdominal. Como

o paciente estava estável hemodinamicamente uma hora após atendimento, foi

indicado tratamento conservador. Paciente foi internado em UTI, monitorado

diariamente com USG e dosagem de hemoglobina. Mantendo abdômen flácido

e sem irritação peritoneal, no quinto dia de acidente, recebeu alta com

orientações a serem seguidas.

Comentários: A melhor acuidade na caracterização das lesões, a capacidade

de monitorização em unidades de alta dependência e a disponibilidade de Bloco

Operatório proporcionaram uma mudança de estratégia no tratamento de lesões

esplênicas, sendo o tratamento conservador indicado para pacientes que

apresentem estabilidade hemodinâmica e ausência de lesões viscerais e

diafragmáticas.

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RELATO DE CASO: APÊNDICE EM HÉRNIA INGUINAL ESQUERDA

(HÉRNIA DE AMYAND?)

Ronaldo Duarte Araújo Abreu; Rodrigo Duarte de Araújo Abreu; Ronaldo Araújo

Abreu.

Introdução: Em 1735, Claudius Amyand descreveu um caso de herniação do

apêndice vermiforme em hérnia inguinal direita numa criança. O presente caso

relata uma nova apresentação do apêndice em hérnia inguinal encarcerada a

esquerda.

Relato de caso: Paciente B.H.S.G, sexo masculino, 1 ano, internado

eletivamente no Hospital e Maternidade Vital Brasil-Timóteo MG para submeter-

se a tratamento cirúrgico de hérnia inguinal encarcerada bilateral. A abordagem

cirúrgica iniciou-se pelo lado esquerdo, decorrendo o ato cirúrgico, se encontrou

o apêndice cecal e ceco dentro do saco herniário. No segundo dia de pós-

operatório, a criança apresentou distensão abdominal sem eliminação de fezes

e gases. Executou rotina radiológica para abdômen agudo evidenciando

distensão abdominal com a presença de gases no reto. A criança deixada em

dieta zero com sonda nasogástrica e supositório infantil de glicerina de 12h/12h.

Após 2 dias, sem apresentar melhora deste quadro, foi realizada TC abdominal

com contraste evidenciando vólvulo mesentérico e obstrução intestinal,

confirmados na laparotomia. Durante a laparotomia foi encontrado má rotação

do tipo IIIA – Rotação normal do duodeno, com não rotação do cólon, sem banda

de Ladd, encontrando-se o ceco situado na fossa ilíaca esquerda e ausência de

fixação parietal do cólon e mesentérico. Cecopexia realizada na parede interna

do quadrante superior esquerdo pela técnica de Ladd-Gross. O paciente evoluiu

sem anormalidades recebendo alta no 4o dia de pós-operatório.

Comentários: Após revisão de literatura, não foi encontrada descrição de

apêndice em hérnia inguinal esquerda por má rotação intestinal até o presente

relato, caracterizando o primeiro relato da literatura médica.

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REFERÊNCIAS

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13. FERNANDEZ, Pedro Munoz; POLLACHI, Fabíola; APPOLONIO, Fernanda. Hérnia de Amyand estrangulada. Arq. Med. ABC, v. 29, n.2, pp.117-119, 2004. 14. ORZECH, Neil; POLLACHI, Fabíola; APPOLONIO, Fernanda. Is ultrasonography a good screening test for intestinal malrotation?. Journal of Pediatric Surgery, (41): pp.1005–1009, 2006. 15. AL MAKSOUD, Ahmed M.; AHMED, Ahmed Salah. Left Amyand’s hernia: An unexpected finding during inguinal hernia surgery. International Journal of Surgery Case Reports, (14): pp.7–9, 2015. 16. AL MAKSOUD, Ahmed M.; AHMED, Ahmed Salah. Sliding Appendiceal Inguinal Hernia: Preoperative Sonographic Diagnosis. JOURNAL OF CLINICAL ULTRASOUND, v. 31, n. 3, pp.156-158, 2003. 17. TYCAST, James F.; KUMPF, Arthur L.; SCHWARTZ, Theresa L.; COLN, Charles E. Amyand's hernia: a case report describing laparoscopic repair in a pediatric patient. Jornal of Pediatric Surgery, (43): pp.2112–2114, 2008. 18. MICHALINOS, Adamantios; MORIS, Demetrios; VERNADAKIS, Spiridon. Amyand’s hernia: a review. The American Jornal of Surgery, v.207, n. 6, pp. 989–995, 2014. 19. CIGSAR, Emine Burcu; KARADAG, Cetin Ali; DOKUCU, Ali Ihsan. Amyand's hernia: 11 years of experience. Jornal of Pediatric Surgery, v.51, n.8, pp.1327 - 1329, 2016. 20. SHABAN, Youssef; ELKBULI, Adel; MCKENNEY, Mark; BONEVA, Dessy. Amyand’s hernia: A case report and review of the literature. International Journal of Surgery Case Reports, (47): pp.92–96, 2018. 21. ALI, Syed M.; MALIK, Kamran A.; AL-QADHI, Hani. Amyand’s Hernia Study of four cases and literature review. SQU Med J, v. 12, n. 2, pp. 232-236, 13 abr. 2012. 22. GUPTA, S; SHARMA, R; KAUSHIK, R. Left-sided Amyand’s hernia. SingaporeMedJ, 46(8):424, 2005. 23. BURGESS, Pamela L.; BROCKMEYER, Joel R.; JOHNSON, Eric K. Amyand Hernia Repaired with Bio-A: A Case Report and Review. Journal of Surgical Education, v.68, n.1, pp.62-66, 2011. 24. RAVISHANKARAN, P; MOHAN, G; SRINIVASAN, A; RAVINDRAN, G; RAMALINGAM, A. Left Sided Amyand’s Hernia, A Rare Occurance: A Case Report. Indian J Surg , v.75, n.3, pp.247–248, 2013. 25. GHAFOURI, Ali; ANBARA, Taha; FOROUTANKIA, Raheleh. A rare case report of appendix and cecum in the sac of left inguinal hernia (left Amyand’s hernia). Medical Journal of Islamic Republic of Iran, v. 26, n. 2, pp. 94-95, 2012. 26. LLULLAKU, Sadik S.; HYSENI, Nexhmi Sh.; KELMENDI, Baton Z.; JASHARI, Hysni J.; HASANI, Antigona S. A pin in appendix within Amyand's hernia in a six-years-old boy: case report and review of literature. World Journal of Emergency Surgery, v. 5, pp. 1-3, 13 abr. 2010. 27. MAHAJAN, Amit; PAWAR, Pranay; LUTHER, Anil; HAQUE, Parvez. Right sided Amyand’s hernia: a rare case report. International Surgery Journal, (1): pp.43-44, 2014.

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28. IVASHCHUK, Galyna; CESMEBASI, Alper; SORENSON, Edward P.; BLAAK, Christa; TUBBS, Shane R.; LOUKAS, Marios. Amyand’s hernia: A review. Med Sci Monit, (20): pp140-146, 2014. 29. MUROYA, Daisuke; SATO, Shinji; OKABE, Masayuki; KISHIMOTO, Yukiya; TAYAMA, Keiichiro. Simultaneous laparoscopic total extraperitoneal inguinal hernia repair and laparoscopic appendectomy for Amyand’s hernia: a case report. Journal of Medical Case Reports, v.13 , n.195, pp.1-4, 26 jul. 2019. 30. NIDHI, Amrita; SINHA, D.N.; SINGH, A.K.; THOMAS, Sonali. MORPHOLOGY AND MORPHOMETRY OF VERMIFORM APPENDIX IN HUMAN FETUSES AT DIFFERENT GESTATIONAL AGES. J. Anat. Sciences, v.24, n.1, pp.18-25, 2016. 31. PAUL, Uttam Kumar; NAUSHABA, Humaira; BEGUM, Tahmina; ALAM, Md. Jahangir; ALIM, Afshan Jesmin; AKTHER, Jesmin. Position of Vermiform Appendix: A Postmortem Study. Bangladesh Journal of Anatomy , v. 7, n. 1, pp. 34-36, 2009. 32. BELTRE, Raquel Libanesa Rosario; FRANKLIN, Reginaldo. Topographic presentation of the Appendix in 100 cases. Acta Sci Anat., v.1, n.2, pp.144-147, 2019. 33. DE SOUZA, Sandro Cilindro; DA COSTA, Sérgio Ricardo Matos Rodrigues; DE SOUZA, Iana Gonc alves Silva. Vermiform appendix: positions and length – a study of 377 cases and literature review. J coloproctol, v.35, n.4, pp.212–216, 2015.

PERICARDITE PURULENTA VOLUMOSA DE CAUSA DESCONHECIDA

Wagner Santos da Silva; Maximila de Oliveira Malta; Gabriela Araújo Faber da

Silva;

Em geral o envolvimento patológico do pericárdio cursa com pericardite e/ou derrame

pericárdico. E se dá a partir de variadas etiologias conhecidas ou desconhecidas,

associadas ou não a fatores predisponentes como: derrame pericárdico pré-existente,

imunossupressão, diabetes mellitus, abuso de álcool, doenças autoimunes e em

pacientes com história de cirurgia cardíaca ou trauma torácico. Pode acontecer de forma

isolada e ou ser um dos elementos do processo de adoecimento.

A pericardite purulenta é uma entidade rara cuja mortalidade chega a 100% e

de curso rápido. Mesmo quando prontamente diagnosticada e tratada, a taxa

de mortalidade é de quase 40% que na maioria das vezes ocorre em virtude

de tamponamento cardíaco, com ou sem choque séptico.

Paciente 48 anos, tabagista e etilista de longa data, encaminhado do Hospital

Silvio Ávidos com relato de dispneia iniciada no dia 21 de junho de

2019, agitado e confuso. Laudo do Ecocardiograma Transtorácico

(25\06\19) visualizado derrame pericárdico, fração de ejeção de 50% com

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disfunção sistólica biventricular devido à restrição, com PSAP (pressão

sistólica da artéria pulmonar) estimada de 45mmHg, sugestivo de hipertensão

pulmonar associada.

Paciente submetido a pericardiotomia com acesso por toracotomia lateral no

dia 26 de junho de 2019 para drenagem de derrame. Saída de 900ml de

líquido purulento; amarelo; turvo; coágulo presente; citometria > 100.000

leucócitos, 100% neutrófilos; albumina 4,11; DHL (lactato desidrogenasse)

404; glicose 3mg\dl; proteínas totais 6,3. Colocado dreno de mediastino, e

paciente foi encaminhado aos cuidados da unidade de terapia intensiva. Foi

iniciado no mesmo dia antibioticoterapia e tratamento empírico de verminose.

O reconhecimento precoce desta patologia rara e a instituição da terapêutica

adequada com drenagem do derrame associada antibioticoterapia constituem

os pilares do sucesso na evolução clínica do paciente, mas sempre tendo

como base os dados de morbimortalidade e potência letal de tal afecção.

TRATAMENTO CIRÚRGICO DE DOENÇA DE CROHN: RELATO DE CASO

Julia Rodrigues Matos; Yasmina Gripp Carreño; Victória Tozzi Simões; Thayna

dos Santos Batista; Júlia Assad Trés Henrique; Lorena Oliveira Fonseca

Introdução: A doença de Crohn é uma enfermidade inflamatória que pode

se manifestar em qualquer parte do tubo digestivo, sendo mais comum no íleo e

no intestino grosso. Não há causa esclarecida. O tratamento medicamentoso

e/ou cirúrgico pode influenciar positivamente no controle da doença, permitindo

longos períodos sem sintomas.

Descrição do caso: Paciente do sexo feminino, 29 anos, nega comorbidades,

alergias, medicamentos de uso domiciliar e etilismo/tabagismo.

Apresentou quadro de artralgia e de aumento de frequência evacuatória,

com grande perda de peso. Após colonoscopia, a avaliação histopatológica

evidenciou processo inflamatório crônico ativo em válvula ileocecal. Foi indicado

o uso Mesalazina, não havendo melhora do quadro, iniciando-se, portanto,

protocolo com Prednisona, sem melhora da dor, porém com redução do número

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de evacuações. Foi realizada uma enterotomografia, que demonstrou Doença

de Crohn com intenso processo inflamatório ileal, espessamento/estratificação

parietais, ulcerações mucosas, aderências entre alças e aparente fístula

enteroentérica na região pericecal. Linfonodos mesentéricos proeminentes,

sobretudo na região pericecal. A paciente foi submetida a ileocolectomia direita,

retossigmoidectomia com anastomose por grampeador circular, enterectomia

segmentar e ileocolostomia a Mikulicz. Procedimentos realizados sem

intercorrências, apresentando boa evolução.

Comentários: O tratamento cirúrgico para a doença de Crohn envolve uma

decisão complexa, uma vez que a ressecção do segmento comprometido

não garante a cura, e recidivas são frequentes no intestino remanescente. A

indicação cirúrgica visa corrigir complicações não controladas clinicamente.

TENOSSINOVITE ESTENOSANTE BILATERAL EM DEDO ANELAR:

RELATO DE CASO

Julia Rocha Franzosi; Iara Barcelos Sperandio; Talita Barbosa Moreira; Thayna

dos Santos Batista; Yasmina Gripp Carreño

Introdução: Segundo a literatura, dedo em gatilho ou tenossinovite estenosante

é uma enfermidade comum em crianças, sendo 10 vezes mais frequente

o acometimento do polegar do que os outros dedos. Geralmente há dor, edema

e limitação de movimento no local afetado. Relata-se o caso incomum de um

paciente com presença de dedo em gatilho congênito bilateral dos dedos

anelares e sem queixas de dor.

Descrição do caso: Paciente do sexo masculino, 2 anos de idade, branco, parto

à termo, cesariana, apresenta comorbidades de rinite alérgica recorrente e pele

atópica. Possui histórico familiar de artrite e de diabetes em segundo grau.

Procurou assistência médica após a mãe identificar anormalidade no movimento

dos dedos anelares. A criança não referia dor e não apresentava patologias

como hipertensão e diabetes. Após o diagnóstico de tenossinovite estenosante,

foi internada para a cirurgia, na qual foi feita incisão volar nas mãos, com

identificação e abertura da polia dos dedos anelares. Não houve intercorrências.

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Comentários: A análise sobre a tenossinovite estenosante pode ser feita no

momento do exame neonatal ou pelo pediatra nos retornos ambulatoriais, sendo

de extrema importância o diagnóstico precoce em crianças com essa patologia,

pois se tratado nas fases iniciais pode ter uma ótima evolução. Caso

a identificação não ocorra inicialmente, o paciente será submetido a cirurgia e

poderá aparecer nódulos que causam o travamento do dedo e o ressalto durante

o movimento mais intensos.

ABORDAGEM TERAPÊUTICA NA SÍNDROME DE GARDNER

Amanda Lessa Martins; Maria Luiza Font Juliá Grossi; Maria Eduarda

Bonadiman Gonçalves; Elisa Inês Demuner Vallandro; Marcello Mendes

Gonring; Bárbara Sarnaglia Colnaghi

Objetivo: Sintetizar as conclusões mais recentes sobre as opções terapêuticas

na Síndrome de Gardner (SD).

Método: Revisão sistemática utilizando como banco de dados PubMed e

aplicando os descritores “Gartner Syndrome AND Surgery” para busca. Foram

empregados os critérios de inclusão: Artigos de revisão relacionados ao objetivo,

publicados nos últimos 5 anos e acessíveis gratuitamente na íntegra.

Resultado: A SD é frequentemente acompanhada por

adenomas/adenocarcinomas do cólon e reto, ampola de Vater, estômago e

duodeno. Os tratamentos para os adenomas incluem excisão local, quando as

lesões são benignas, e ressecção radical, quando as lesões são malignas ou há

complicações. O primeiro tratamento tem maior risco de recorrência, porém, o

segundo pode resultar em perda de função devido à dificuldade de se localizar

as margens negativas do tumor. Raramente são encontrados tumores no ducto

biliar comum, sendo a excisão local ou o procedimento de Whipple as opções

cirúrgicas razoáveis. Quanto ao tumor desmoide, o tratamento ainda é

insatisfatório, porém a ressecção cirúrgica continua sendo a terapia de escolha.

Em casos de tumores desmoides não ressecáveis, houve eficácia na

combinação de doxorrubicina com dacarbazina e meloxicam, entretanto, deve-

se atenção para o risco de perfuração intestinal.

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Conclusão: O manejo dos tumores da SD varia a depender dos seus subtipos.

Dentre as inúmeras terapias propostas, a ressecção cirúrgica foi considerada de

primeira linha para a maior parte dos tumores da SG. Porém, é importante a

identificação das variáveis pessoais para a escolha do tratamento mais

adequado e eficaz.

OS BENEFÍCIOS DO SHUNT PORTOSSISTÊMICO INTRA-HEPÁTICO

TRANSJUGULAR (TIPS) PARA PACIENTES CIRRÓTICOS: UMA REVISÃO

DE LITERATURA

Anna Bárbara Scárdua Parreira, José Artur Jacob De Almeida E Stella

Fernandes Nassur

Objetivo: Avaliar os benefícios do Shunt Portossistêmico Intra-Hepático

Transjugular (TIPS) para pacientes cirróticos.

MÉTODOS: Este estudo constitui-se de uma revisão de literatura feita por consulta

a artigos científicos no banco de dados Pubmed, utilizando a chave de busca:

Transjugular Intrahepatic Portosystemic Shunt AND Cirrhosis AND Liver. As

publicações não adequadas foram excluídas, resultando em 13 artigos analisados.

Resultados: A maioria dos artigos apoiou o uso do TIPS como intervenção de

primeira linha para atenuação das manifestações secundárias à cirrose, tais como

ascite refratária, varizes esofágicas e dor abdominal, uma vez que promove

descompressão portal. Os estudos evidenciaram a natureza pouco invasiva deste

procedimento como uma vantagem sobre os demais. Além disso, o TIPS

foi relacionado com aumento da sobrevida e da função renal, diminuição do tempo

de internação e da necessidade de paracenteses, e menor taxa de complicações

por hérnias.

Conclusões: Apesar de seus riscos, o TIPS tem ganhado cada vez mais espaço

na abordagem do paciente cirrótico complicado. Deve-se considerar sua utilização

em todos os candidatos a transplante hepático, já que diminui a mortalidade e

aumenta a qualidade de vida dos que estão na lista de espera. Portanto,

novas pesquisas são essenciais para levar à prática esta ferramenta, que tem se

mostrado tão eficaz e benéfica aos portadores de cirrose hepática.

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BY-PASS GÁSTRICO EM Y-DE-ROUX E O REFLUXO GASTROESOFÁGICO:

UMA RELAÇÃO BENÉFICA

Íris de Castro Assis; Eduarda Gomes Martins; Kamilla Faberleya Castro; João

Victor Martins Doro, Michelly Santiago Boti; Welderson Luiz Specimilli Rodrigues.

Objetivo: Estabelecer as indicações do by-pass gástrico em Y-de-Roux para

tratamento e prevenção da doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) em

pacientes com obesidade grave.

Método: Foi realizada uma revisão bibliográfica nas bases virtuais

Medline/Pubmed, Scielo e Lilacs e com base em artigos científicos originais e de

revisão, disponíveis online em revistas acadêmicas que alinharam a relação

benéfica do by-pass gástrico em Y-de-Roux com a melhora do refluxo

gastroesofágico em pacientes obesos.

Resultado: O by-pass gástrico tem contribuído na melhora dos sintomas de

DRGE e redução da exposição ácida esofágica na maioria dos estudos, devido

a redução do volume gástrico, ao desvio da bile e de quase todo o ácido gástrico,

alcançado pela reconstrução em Y-de-Roux. Com a redução do volume gástrico

após a cirurgia, acredita-se que a quantidade de células parietais seja reduzida,

sendo assim acompanhada por uma redução da secreção de suco gástrico.

Dessa forma, acontece redução da pressão na cavidade gástrica, redução da

exposição ao ácido, dificultando refluxo biliar e, no conjunto, resultando em

melhoria acentuada da DRGE.

Conclusão: A realização de uma cirurgia bariátrica pode tanto ser usada para

tratamento da DRGE, quanto pode ser um fator de risco para o seu

desenvolvimento. A análise de qual técnica cirúrgica deve ser considerada para

certificar a qualidade de vida em um pós-operatório. O by-pass gástrico em Y-

de-Roux tornou-se a operação padrão-ouro, correspondendo a 75% das

cirurgias realizadas, mais amplamente utilizada pelos seus resultados na perda

de peso, controle de comorbidades, incluindo a melhora do refluxo

gastroesofágico.

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INFLUÊNCIA DO BYPASS GÁSTRICO E DA GASTRECTOMIA VERTICAL NA

SINTOMATOLOGIA DA DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO

Sophia Lima Castro; Ana Beatriz Parma Marçal; Alana Silva Batista; Sara Araújo

Pedro

Objetivos: Avaliar efeitos na sintomatologia da Doença do Refluxo

Gastroesofágico (DRGE) em pacientes submetidos a dois diferentes métodos de

cirurgia bariátrica (CB): Bypass Gástrico (BG) e Gastrectomia Vertical (GV).

Métodos: Trata-se de uma revisão da literatura com base em artigos científicos

do banco de dados PubMed que avaliavam os sintomas da DRGE após duas

técnicas de CB.

Resultados: Uma vez que a DRGE possui a obesidade como fator de risco, é

recomendada a redução de peso. A CB é uma forma eficaz de perda ponderal,

mas muitos que a realizam apresentam piora na sintomatologia da DRGE. A

técnica mais utilizada é a GV, por apresentar perda de peso e resultados

metabólicos excelentes, com maior preservação da anatomia do trato

gastrointestinal. Entretanto, estudos concluíram que essa técnica favorece a

DRGE “de novo” ou a piora dos sintomas quando pré-existentes. Isso deve-se,

dentre outros fatores, à divisão cirúrgica da musculatura em torno do esôfago

abdominal e na junção esofagogástrica. Logo, segundo os artigos analisados,

caso apresente como comorbidade a DRGE, a técnica mais indicada é o BG,

que confere melhor qualidade de vida aos pacientes. Somente um estudo obteve

como resultado a mesma indicação para ambas as técnicas, mesmo em

pacientes com DRGE, porém com possíveis vieses.

Conclusão: É relevante buscar melhorias nas técnicas cirúrgicas da GV para

evitar a piora ou surgimento da DRGE. Além disso, é necessário estabelecer

critérios padronizados para o diagnóstico da DRGE, uma vez que esta foi uma

dificuldade encontrada em diversos estudos analisados.

Palavras-chave: Cirurgia Bariátrica; Refluxo Gastroesofágico; Obesidade.

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ALTERNATIVAS EM SUBSTITUIÇÃO AOS ANIMAIS EM AULAS PRÁTICAS

DE TÉCNICA OPERATÓRIA

Elisa Inês Demuner Vallandro; Maria Luisa Font Juliá Grossi; Marcela Souza

Lima Paulo; Lucas Nagib Lemos Paulo; Daniel Robert Alexander; Danilo Nagib

Salomão.

Objetivo: Descrever a experiência do ensino com uso de animais em aulas

práticas de cirurgia no curso de Medicina.

Método: Foram avaliados quais procedimentos cirúrgicos eram possíveis em

animais para o treinamento de cirurgia nas aulas de Técnica Operatória. Para o

estudo, considerou-se o uso de cães, ratos e língua de boi.

Resultado: De 1997 a 2009, cães eram utilizados como modelo animal para o

ensino de Técnica Operatória. Neles, demonstravam-se intubação orotraqueal,

punção venosa, dissecção venosa, drenagem torácica, laparatomia,

enteroctomia com anastomose intestinal e outros. Os alunos participavam

dessas operações como primeiro auxiliar ou realizavam o experimento com

auxílio do professor. Com a proibição do uso de cães, passou-se a utilizar ratos,

que somente permitiam a incisão, sutura e esplenectomia. Após 2012, foram

substituídos pela língua de boi, na qual o aluno faz uma incisão e diversos tipos

de suturas. Além disso, com a utilização apenas da língua de boi, o ensino

prático foi estendido a aulas em simuladores de vídeo, pranchas de madeira,

filmes e práticas no Anatômico e Centro Cirúrgico para complementar o

conteúdo.

Conclusão: O cão era o mais adequado, por permitir muitos procedimentos e

estar disponível em grande número. No entanto, o uso da língua de boi na prática

da técnica operatória tornou-se uma alternativa viável à substituição do animal.

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CONDIÇÕES CLÍNICAS QUE CURSAM COM POLIPOSE E COLECTOMIA

PROFILÁTICA

Elisa Inês Demuner Vallandro; Maria Luiza Font Juliá Grossi; Maria Eduarda

Bonadiman Gonçalves; Patrick Bolzan Guidoni; Marcello Mendes Gonring;

Bárbara Sarnaglia Colnaghi

Objetivo: Analisar indicações da colectomia profilática na Doença Inflamatória

Intestinal, na Síndrome de Lynch e na Polipose Adenomatosa Familiar.

Método: Revisão sistemática utilizando o banco de dados PubMed e aplicando

o descritor “Colectomy Prophylactic“ para busca de evidências. Foram

empregados os seguintes critérios de inclusão: Artigos de revisão relacionados

ao objetivo, publicados nos últimos 5 anos e acessíveis gratuitamente na íntegra.

Resultado: Evidências atuais sugerem a importância integral da endoscopia

associada à biópsia para diagnóstico e manejo dessas doenças. Ademais, por

serem condições pré-cancerosas, cujos riscos podem chegar a 100% como na

PAF, a colectomia profilática tem impacto positivo na expectativa de vida. Há

diferentes abordagens a serem consideradas, como: colectomia total com

anastomose ileorretal (IRA), proctocolectomia total com ileostomia (TPI) e

proctocolectomia restaurativa (RPC) com ou sem mucosectomia e anastomose

íleo-anal. Em certos casos, como na Síndrome de Lynch, a IRA é recomendada

como primeira escolha. Contudo, diversas características clínicas, como os

sintomas apresentados, a apresentação endoscópica da lesão, juntamente com

a vontade do paciente e as características genéticas devem ser consideradas

nas decisões cirúrgicas.

Conclusão: Nota-se a importância da colectomia na profilaxia e no tratamento

das condições clínicas abordadas. Diversos fatores devem ser considerados em

relação ao momento de realização da cirurgia e ao tipo de abordagem, como a

idade, visto que o paciente precisa compreender sua condição para que medidas

adequadas sejam tomadas. Deve-se também realizar aconselhamento genético

nas famílias afetadas pelas doenças, de modo a triar novos casos e pacientes

em risco.

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OPÇÕES AO MANEJO DE VARIZES

Elisa Inês Demuner Vallandro; Helena Demuner Vallandro; Pedro Hemerly

Figueiredo; Vitória Ortelan Filetti; Maria Clara Gomes Emerick Padilha; Germano

Gianizeli Paganotti.

Objetivo: Sintetizar as conclusões mais recentes quanto ao melhor manejo de

varizes.

Método: Revisão sistemática utilizando o banco de dados PubMed e aplicando

os descritores “varicose veins“ e “surgery“ e “recovery“ para busca de evidências.

Foram empregados os seguintes critérios de inclusão: Artigos de revisão

relacionados ao objetivo, publicados nos últimos 5 anos, em humanos e

acessíveis gratuitamente na íntegra.

RESULTADO: As varizes consistem em veias tortuosas e dilatadas, as quais

geram complicações e grande impacto na redução da qualidade de vida do

paciente. Por isso, há a necessidade de intervenções para aliviar os sintomas e

prevenir a sua progressão. Há vários métodos de tratamentos para as varizes,

sendo eles: Escleroterapia com Espuma guiada por ultrassom (UGFS), Ablação

por Laser Endovenoso (EVLA), Ablação Mecanoquímica (MOCA) e Adesivo de

Cianoacrilato (CAE), além da cirurgia convencional.

Conclusão: A cirurgia convencional no tratamento das varizes está bastante

associada a hematomas e a recorrência após o procedimento, logo nem sempre

é a melhor escolha. A ablação endovenosa ainda é o tratamento de primeira

linha, porém pode gerar trombose e tromboflebite induzida pelo calor, o que pode

ser minimizado pela deambulação precoce, as vezes indica-se sua

complementação com Flebectomia Ambulatorial. Quanto a Escleroterapia com

espuma, mostrou-se bastante eficaz com raros episódios de hematomas ou

tromboflebite. Há ainda a citação da MOCA e da CAE como uma opção

promissora para diminuir o desconforto comum nas técnicas térmicas.

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HETEROGENEIDADE EPIGENÉTICA DO CÂNCER COLORRETAL E SUA

INFLUÊNCIA PARA O CIRURGIÃO

Maria Eduarda Bonadiman Gonçalves, Maria Luiza Font Juliá Grossi, Amanda

Lessa Martins, Marcello Mendes Gonring, Elisa Inês Demuner Vallandro,

Bárbara Sarnaglia Colnaghi

Objetivo: Sintetizar as conclusões mais recentes sobre os processos genéticos

envolvidos na carcinogênese do câncer colorretal e sua influência para o

cirurgião.

Método: Revisão sistemática utilizando como banco de dados PubMed e

aplicando a expressão “Genes APC AND Cirurgia Colorretal” para busca de

evidências. Foram empregados os seguintes critérios de inclusão: Artigos de

revisão relacionados ao objetivo, publicados nos últimos 5 anos e acessíveis

gratuitamente na íntegra.

Resultado: O câncer colorretal (CRC) advém do acúmulo de alterações

genéticas e epigenéticas nas células da mucosa colônica, que têm como

resultado final o aumento da proliferação celular, como a metilação do DNA nas

“ilhas CpG” na região promotora dos genes, além de mutações em genes

reguladores de vias de sinalização celular, como APC, Kras e Smad, e

instabilidade de microssatélites altamente associada à desestabilização celular

e início da tumorigênese. Tal cenário permite a realização de testes em painéis

multigênicos, que detectam susceptibilidade genética, magnitude do risco e

fenótipo clínico, fundamentais para a terapêutica, mostrando-se como uma

ferramenta na escolha da abordagem cirúrgica mais adequada para a ressecção

do CRC.

Conclusão: Dado o caráter genético da carcinogênese, é importante

compreender os processos biológicos envolvidos no surgimento do CRC para

tratamento e sobrevida dos pacientes. Assim, os testes em painéis multigênicos

devem ser utilizados quando possível, devendo-se associar seus resultados com

achados clínicos, visando a abordagem cirúrgica mais adequada para o

paciente, de modo a respeitar a vontade deste acima de tudo.

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ANÁLISE DE PACIENTES SUBMETIDOS À GASTRECTOMIA COM

LINFADENECTOMIA D2 VIDEOLAPAROSCÓPICA.

Olivio Battisti Netto; João Carlos Nepomuceno Gonçalves; Welderson Luis

Specimilli Rodrigues; Raul Edmo Teixeira Amiti; Luiz Alves da Silva Neto

Objetivos: Avaliar os resultados da gastrectomia com linfadenectomia D2 por

videolaparoscopia quanto ao número de linfonodos ressecados e complicações

do método.

Métodos: foram realizadas sete gastrectomias videolaparoscópicas com

linfadenectomia D2, todas por adenocarcinoma. Duas delas subtotais e cinco

totais. O posicionamento dos portais e os materiais utilizados seguiram o mesmo

padrão da cirurgia bariátrica laparoscópica do tipo by pass gástrico em Y de

Roux, inclusive com auxílio da Sonda de Fouchet. Foram utilizados seis portais

(três de 5mm, um de 10mm e dois de 12mm). Em todas as cirurgias foram

usados bisturi ultrassônico ou pinça bipolar avançada, assim como

grampeadores laparoscópicos. A técnica de reconstrução para gastrectomia

subtotal foi em Y de Roux com anastomose gastroentérica término-lateral e

enteroanastomose látero-lateral. Na gastrectomia total a reconstrução foi em Y

de Roux com anastomose esofagojejunal látero-lateral e enteroanastomose

látero-lateral. Todos pacientes foram drenados com dreno de sucção

siliconizado. As peças foram retiradas da cavidade por uma pequena

laparotomia transversal suprapúbica.

Resultados: o exame histopatológico das peças demonstrou um número médio

de 33 linfonodos ressecados nos pacientes submetidos à técnica subtotal e uma

média de 34,2 nos pacientes submetidos à técnica total. Houve um caso de

pneumonia nosocomial e um caso de estenose da anastomose esofagojejunal,

ambos com desfecho favorável. Não houve reoperações.

Conclusões: o método videolaparoscópico do ponto de vista oncológico,

apresenta-se viável quanto ao número de linfonodos ressecados. A casuística

apesar de pequena apresentou reduzido número de complicações.

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RELATO DE CASO: PACIENTE SUBMETIDO A

COLANGIOPANCREATOGRAFIA RETRÓGRADA ENDOSCÓPICA (CPRE)

COM EVOLUÇÃO PARA ABDOME AGUDO PERFURATIVO

Matheus Kuster; Pedro Siqueira; Vinícius Veloso; Bruno Rocha; Igor Furlan;

Mateus Caprini

Introdução: A colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) é um

exame que utiliza ao simultaneamente a endoscopia digestiva e a imagem

radiográfica com contraste para diagnosticar e tratar doenças associadas ao

sistema biliopancreático. O procedimento deve ser reservado para os casos de

real necessidade pois pode gerar diversas complicações, como, pancreatite

aguda, sangramentos e colangite. Além disso, a perfuração do duodeno

representa uma pequena parte das complicações (aproximadamente 0,6%),

devendo ser corrigida cirurgicamente. Este trabalho tem como objetivo relatar o

caso de um paciente que evoluiu com perfuração duodenal após uma CPRE,

que possui uma mortalidade de 20% em alguns estudos.

Descrição do caso: Paciente, 85 anos, submetido a uma CPRE para retirada

de cálculo biliar que evoluiu para um quadro de abdome agudo perfurativo, sendo

realizado uma Laparotomia Exploradora para correção de lesão e confirmação

da perfuração a nível papilar, no qual foi optado pela introdução do dreno de

Kehr transpapilar em nível de papila duodenal com introdução por incisão em

colédoco e realização de drenagem de coleção retroperitoneal com dreno de

Penrose. No decorrer do caso foram realizados mais quatro Laparotomias

Exploradoras devido a drenagem de grande volume de secreção hemática, além

da abordagem de coleção retroperitoneal e lavagem de cavidade. Tendo uma

evolução com falência de múltiplos órgãos que levou a óbito.

Comentários: As complicações relacionadas à CPRE estão presentes em

aproximadamente 10% dos procedimentos realizados, logo, baixa incidência,

mas potencialmente graves.

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CARREIRA CIRÚRGICA E BURNOUT ENTRE RESIDENTES: UMA REVISÃO

DA LITERATURA

Ana Beatriz Parma Marçal; Ana Carolina Cau; Fernando Henrique Rabelo Abreu

dos Santos.

Objetivos: Avaliar possíveis causas de ocorrência de síndrome de burnout entre

residentes de cirurgia.

Métodos: Trata-se de uma revisão de literatura a respeito da influência de

diversos fatores no desenvolvimento de burnout em residentes de cirurgia, por

meio de consulta à base de dados MEDLINE e a referências de estudos

previamente selecionados.

Resultados: Selecionaram-se 10 artigos para compor a revisão. A prevalência

de burnout entre os residentes de cirurgia é de 58,39%. Embora apresente

falhas, o método avaliativo mais utilizado é o Maslach Burnout Inventory. A

ocorrência da síndrome sofre influência de fatores como número de horas

trabalhadas, privação de sono, sedentarismo, supervisão clínica falha,

indisponibilidade de recursos de trabalho, idade e sexo. Comparados a

residentes de outras especialidades, os residentes de cirurgia têm maior

quantidade de horas semanais trabalhadas, possuem a menor média de horas

diárias de sono e, frequentemente, não atingem a quantidade de sono diário

recomendada. Idade mais avançada e sexo masculino foram associados a maior

prevalência de burnout.

Conclusão: O burnout é prevalente em mais da metade dos residentes de

cirurgia. O real impacto da sobrecarga de trabalho e da privação de sono deve

ser melhor investigado. Mais estudos são necessários na busca por fatores de

risco e formas de prevenção e de tratamento, no sentido de implementar políticas

educacionais que auxiliem a formação de cirurgiões capacitados e saudáveis.

Palavras-chave: Esgotamento Psicológico, Corpo Clínico Hospitalar.

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REVERSÃO DE COLOSTOMIA À HARTMANN: RELATO DE CASO

Yasmina Gripp Carreño; Eliena Perini Cazotto

Introdução: A operação de Hartmann consiste na ressecção de um

segmento colônico doente, com realização de colostomia proximal e

fechamento do coto distal remanescente. Ela era inicialmente indicada para

neoplasia de cólon esquerdo obstrutiva, mas atualmente é bastante

empregada em ressecções colônicas de caráter de urgência. Após este

procedimento, pode-se realizar o fechamento eletivo da colostomia, com

reconstrução do trânsito intestinal.

Descrição do caso: Paciente de sexo masculino, 35 anos, nega

comorbidades, alergias, medicamentos de uso domiciliar e

etilismo/tabagismo. Há dois anos, apresentou quadro de constipação

intestinal crônica com suspeita de megacólon, sendo descartada etiologia

chagásica. Devido a perfuração colônica por fecaloma, foi submetido a

retossigmoidectomia, com ressecção de 70 cm de intestino. Realização de

colostomia à Hartmann. Recentemente internado de maneira eletiva para

fechamento de colostomia terminal. Feita colonoscopia demonstrando reto

com resíduos sólidos, normalmente pelo orifício de colostomia. Presença de

clister opaco com preenchimento de contraste até o reto no nível da metade

do sacro, contrastado do estoma (cólon descendente até o ceco). O paciente

foi submetido a laparotomia mediana para realização de

anastomose colorretal com grampeador circular, sem intercorrências.

Realizado teste azul de metileno para avaliar anastomose, sem

extravasamentos.

Comentários: Os pacientes submetidos a cirurgia de Hartmann usualmente

apresentam condições mais graves, não havendo segurança para realização

da anastomose primária. A operação de reversão da colostomia deverá ser

bem indicada e os princípios cirúrgicos devidamente observados, com o intuito

de reduzir os riscos de morbimortalidade.

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A INSERÇÃO PRECOCE DE ACADÊMICOS DE MEDICINA EM PROJETOS

DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

Maria Luiza Font Juliá Grossi; Elisa Inês Demuner Vallandro; Danilo Nagib

Salomão Paulo; Julia Belizario Silveira; Giseli Celestino Nunes; Gabriel Souza

Lorenzoni

Objetivo: Descrever a importância da inserção precoce dos estudantes de

medicina nos programas de iniciação científica (IC) e sua interferência no

processo de ensino-aprendizagem.

Método: Foi acrescentado no plano de ensino da faculdade, aos alunos do 1˚

período, o conceito, assim como a importância da IC. Por meio da confecção de

seminários os alunos foram orientados sobre a pesquisa e coleta de artigos,

pesquisa e coleta de dados em plataformas especializadas, apresentação de

trabalhos, confecção de banners, didática e oralidade. Posteriormente o estudo

comparou o 9˚ período da faculdade antes deste acréscimo, com o 9˚ período

após este acréscimo.

Resultado: Foi observado que ao implementar o conceito e a importância da IC

no plano de ensino do 1˚ período da faculdade, a maioria dos estudantes nunca

tinha tido contato com pesquisa e, portanto, não tinham concepção sobre o que

se tratava tal projeto. Dessa forma a IC exerceu seu papel ao introduzir os alunos

no meio científico. Atualmente no 9 período, os alunos que experienciaram essa

introdução precoce no meio científico, permaneceram inseridos em pesquisas

diversas e são continuidade ao projeto atual. Além disso, apresentaram maior

facilidade na pesquisa de artigos, montagem e apresentação de trabalhos.

Conclusão: A iniciação científica, desde o princípio da faculdade, tem sido

importante para a inserção e manutenção do graduando na ciência, de modo

que oferece, não só conhecimento na área da pesquisa, mas também aprimora

habilidades que serão úteis em outras atividades da faculdade e após a

graduação.

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HERNIOPLASTIA INCISIONAL: RELATO DE CASO

Eliena Perini Cazotto; Yasmina Gripp Carreño

Introdução: As hérnias abdominais ocorrem quando há um aumento da

pressão intra-abdominal e um segmento do intestino faz protrusão em uma

área fraca da musculatura abdominal. As Hérnias Incisionais (HI) surgem em

locais do abdome em que já foram submetidos a uma incisão cirúrgica.

Hernioplastia é uma cirurgia para reparação de hérnia, normalmente com

utilização de tela para fechar o orifício herniário.

Descrição do caso: R.G., 69 anos, relata que realizou em abril de 2017 uma

hernioplastia supra umbilical, porém observou retorno do abaulamento na

mesma região. Realizou Ultrassonografia de abdome total que evidenciou

hérnia supra umbilical com anel de aproximadamente 3 cm e retratação da

tela. Em junho de 2019 foi realizado a hernioplastia incisional em região supra

umbilical. Foi feita exploração e abertura de saco herniário. Notou- se

presença de aderências em alças de intestino delgado em parede

abdominal. Realizadas lise de aderências e enterorrafia de camada serosa.

Procedimento sem intercorrências, e deixado dreno suctor.

Comentários: Cerca da metade de todas as HI desenvolvem-se nos

primeiros dois anos e três quartos ocorrem dentro de três anos de pós-

operatório. A utilização das órteses (telas) para assegurar a força da parede

abdominal sem tensão diminui significativamente a taxa de recorrência das

hérnias incisionais. A cirurgia tradicional (“aberta”) com tela é considerada a

abordagem mais indicada no tratamento das HI.

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CONSEQUÊNCIAS FÍSICAS E PSICOSSOCIAIS DA NEOVAGINOPLASTIA

EM MULHERES TRANSSEXUAIS: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Bruno Saliba Helmer; Giulia Caillaux Bacelar de Castro; Gustavo José Ronchi;

Mariana Moulin Martins; Amanda Martinez Alves; Marcela Souza Lima Paulo

Objetivo: Analisar as consequências dos procedimentos pós-cirúrgicos após a

neovaginoplastia no processo de redesignação sexual em mulheres

transsexuais.

Método: Trata-se de uma revisão sistemática, realizada nos meses de abril a

junho de 2019, em que foram selecionados 15 artigos (8 artigos do PUBMED

utilizando o MeSH e 7 artigos do BVS utilizando o DeCS) que abordam os

delimitadores escolhidos - “Sex reassignment surgery AND Transgender

persons”. Critérios de inclusão: estudos com humanos, publicados em inglês,

português e espanhol, nos últimos 10 anos e artigos com o texto completo

disponível gratuitamente. Critérios de exclusão: artigos de revisão, relatos de

caso, artigos que fugissem ao tema, estudos com outros animais.

Resultados: O pós-operatório da cirurgia de redesignação sexual em mulheres

transsexuais apresenta certas complicações à paciente. Dentre elas, encontram-

se problemas psicológicos (falta de protocolos padrões para o acompanhamento

psicológico das pacientes), tamanho do canal neovaginal (cerca de 60% das

pacientes apresentam alto grau de satisfação), possibilidade da falta de orgasmo

(acima de 80% conseguem atingir o orgasmo), infecções na neovagina (por volta

de 15% apresentam infecções), fístulas (1,2% das pacientes estudadas sofreram

com essa complicação) e prolapso (aconteceu em aproximadamente 7,7% das

pacientes). Além disso, há certas consequências exclusivas da Neovaginoplastia

Intestinal como o mau odor associado ao muco excessivo, além dos benefícios

de auto lubrificação e obtenção de boa profundidade neovaginal.

Conclusão: A cirurgia de redesignação sexual é uma etapa extremamente

complexa na transição de pessoas transsexuais, a qual pode acarretar diversas

complicações à paciente, sejam elas físicas, psicológicas e social.

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A IMPORTÂNCIA DA GASTRECTOMIA PROFILÁTICA NO CÂNCER

GÁSTRICO DIFUSO HEREDITÁRIO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Amanda Lessa Martins, Bruno Rocha Moreira, Isabella Augusto Pascoal,

Gustavo Lopes Silva, Júlia Lessa Bretas, Patrick Bolzan Guidoni.

Objetivo: Sintetizar as conclusões mais recentes sobre o manejo dos pacientes

com câncer gástrico difuso hereditário (CGDH).

Método: Este estudo constitui-se de uma revisão de literatura feita por consulta

à Diretriz atualizada de CGDH e a artigos científicos no banco de dados Pubmed,

utilizando a chave de busca: Prophylactic gastrectomy AND Hereditary diffuse

gastric cancer AND CDH1 gene. Foram selecionados 5 artigos dentro dos

seguintes critérios de inclusão: Artigos de revisão relacionados ao objetivo,

publicados nos últimos 5 anos e acessíveis gratuitamente na íntegra.

Resultados: A alteração genética relacionada à síndrome de CGDH, de

característica autossômica dominante, é uma mutação germinativa do gene

CDH1 que aumenta o risco de CGD e de câncer de mama lobular (CML). Ao

identificar essa mutação, torna-se imprescindível a indicação de gastrectomia

profilática no início da idade adulta, entre 20 e 30 anos. Em casos de

contraindicação ou não aceitação, deve-se fazer vigilância endoscópica

anualmente, com um mínimo de 30 biópsias. Caso sejam encontradas células

em anel de sinete, frequentemente presentes nessas mutações, o paciente

precisa ser submetido à gastrectomia imediatamente. É importante lembrar que

a síndrome está associada com CML, tornando-se necessária a realização de

RM bilateral de mama anualmente a partir dos 30 anos, e a mastectomia

profilática pode ser uma opção razoável.

Conclusão: É perceptível a importância da gastrectomia profilática nos casos de

mutação do gene CDH1, visto que é responsável por anular o risco de CGD nos

pacientes. Além disso, torna-se evidente a necessidade da vigilância

endoscópica anual nos casos não-cirúrgicos.

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UTILIZAÇÃO DE APLICATIVOS 3D PARA O ESTUDO DA ANATOMIA

André Louzada Colodette

Introdução: Considerada uma das matérias mais importantes e difíceis da

medicina, o estudo da anatomia, que no passado foi proibido e que hoje enfrenta

dificuldade para a aquisição de novos cadáveres. Pode contar com as novas

tecnologias, como os exames de imagens, e mais recentemente, as imagens em

três dimensões (3D), para ajudar os estudantes na compreensão do corpo humano.

Objetivo: Relatar a utilização de aplicativos tridimensionais, como ferramenta de

auxílio para o estudo da anatomia humana.

Relato: Nas aulas de anatomia os alunos estudavam através da observação e

comparação das peças anatômicas de cadáveres, com os atlas e livros clínicos de

anatomia humana. Sendo auxiliados pelos professores e monitores da disciplina.

Quando necessário, contam com os exames de imagens. Porém muitos alunos

utilizam os smartphones com aplicativos de anatomia, com a opção de visualização

em três dimensões, como auxílio ao estudo da anatomia.

Conclusão: Esses softwares ajudam na visualização, leitura e compreensão dos

componentes do corpo humano, pois permitem o estudo de sua forma, função e

ação, posição e relação com outras estruturas. Alguns, ainda possibilita ao aluno

testar seus conhecimentos, respondendo questões de identificação e de relação

clínica. Como as peças anatômicas ficam restritas ao anatômico e outras,

infelizmente, não se encontram em um bom estado de conservação, o que dificulta

o seu estudo. A utilização de sites e aplicativos que ofereçam a possibilidade da

visualização dessas estruturas, ajudam os estudantes a estudar. Assim com a

tecnologia e a medicina avança, os métodos de estudo também devem evoluir.

Palavras chaves: Anatomy; Aplicativos Móveis; Software; Medicina; Ensino.

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DA MÁGICA DO CARDISTRY E DA MANIPULAÇÃO DE OBJETOS À

HABILIDADES CIRÚRGICAS

André Louzada Colodette

Introdução: “A mão de cirurgião” é vista como um requisito necessário para se

seguir a carreira de cirurgião, mas visto pelos acadêmicos de medicina como um

dom que nasce com a pessoa, fazendo com que muitos desistam de seguir a

área cirúrgica, devido à falta de habilidades de suas mãos. Mas essas perícias

podem ser adquiridas e aperfeiçoadas com a prática.

Objetivo: Relatar a prática da manipulação de objetos, como complemento para o

desenvolvimento de habilidades cirúrgicas.

Relato: Paralelamente a prática de técnica operatória, o estudante praticava

e tentava aperfeiçoar a sua coordenação motora e suas habilidades com a

mão, através das mais variadas atividades de manipulação de objetos.

Inicialmente treinava PenSpinning, que só necessitava de uma caneta e que podia

ser praticado em qualquer ambiente. Depois, começou a realizar Cardistry, o qual

já exigia a utilização de ambas as mãos de forma coordenada e em um ritmo

uniforme. Paralelamente, em seguida, passou para a Mágica, que requisitava um

trabalho mais corporal, de angulação e de atuação. Além da prática de manipulação

de uma grande variedade de objetos.

Conclusão: Qualquer habilidade pode ser adquirida e aperfeiçoada através da

prática. O treinamento de Técnicas Operatórias permite o estudante conhecer os

principais movimentos necessário para manusear os instrumentos. Mas a prática

de diferentes habilidades, ao mesmo tempo parecidas e que utilizam movimentos

parecidos, permite e facilita a aquisição dessas perícias que podem ajudar na

prática de técnicas operatórias. Além da coordenação motora, há a aquisição de

outras habilidades.

PALAVRAS CHAVES: Aptidão; Habilidades Motoras; Cirurgia; Estudantes;

Medicina.

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ABDOME AGUDO PERFURATIVO POR INGESTÃO DE PALITO DE DENTE:

RELATO DE CASO. HUCAM

Luis Caco dos Lucio Generoso; Paulo Alves Bezerra Moraes; Paloma Alves

Bezerra Moraes; Rafael Lopes Moraes; Mylene Bastos Barbosa; Filipe Botto

Crispim Silva.

Introdução: A ingestão de corpo estranho ocorre com maior frequência em

crianças, adultos com prótese dentária e alcoólatras. A maioria destes objetos é

eliminada de forma espontânea pelo trato gastrointestinal, e menos de 1%

causam injuria intestinal.

Em relação à ingestão de palitos de dente, a sintomatologia é heterogênea,

sendo dor abdominal mais comum.

Caso: Paciente masculino 67 anos, admitido no PS com dor abdominal há 12

dias, associada à hiporexia e evacuações (3/3 dias) acompanhadas de grande

esforço. Ao exame físico apresenta abdome distendido, hipertimpânico e com

dor difusa a palpação profunda, com predomínio em flanco esquerdo. Apresenta

também colon palpável em flanco direito. Exames laboratoriais evidenciaram

leucitose sem desvio e radiografia de abdome mostrou distensão em intestino

delgado. Devido estabilidade, optado por seguimento com tomografia

computadorizada (TC) de abdome, que mostrou diminuta coleção entre a parede

anterior de alça ileal e o peritônio parietal do quadrante inferior esquerdo.

Realizada laparotomia exploradora que evidenciou importante distensão de

alças em intestino delgado e perfuração de Ileo a cerca de 20 e 50 cm da válvula

ileocecal por palito de dente. Realizada enterotomia segmentar (10 a 50 cm da

válvula ileocecal) e enteroanastomose

Comentários: O diagnóstico pré-operatório de perfuração do TGI por palitos de

dente é muitas vezes difícil e apresenta alta taxa de mortalidade, pois a maioria

dos pacientes raramente lembra o episódio de ingestão. A TC e a

ultrassonografia devem ser utilizadas na investigação mesmo com achados

inespecíficos.

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IMPORTÂNCIA DO RECONHECIMENTO VEGETAL PARA A PROMOÇÃO DA

SAÚDE EM UM BAIRRO DE VITÓRIA/ES

André Louzada Colodette; Aldren Thomazini Falçoni Júnior

Introdução: No segundo período de medicina, a saúde coletiva como objetivo,

ensinar o reconhecimento de algum território, constatando as condições

de saneamento, moradia, infraestrutura urbana, fauna e flora e como afetam a vida

e a saúde dos moradores. Contudo, a abordagem botânica é preterida pela maioria

dos profissionais da saúde, designando essa análise para outras ciências

biológicas.

Objetivo: Divulgar a importância da identificação e conhecimento de espécies

vegetais, e como interferem no processo saúde doença.

Relato: Visitando o território, os alunos percorreram o bairro Ariovaldo Favalessa,

com um guia para identificação de plantas da mata atlântica, pudendo inspecionar,

coletar, fotografar, reconhecer e registrar algumas espécies de plantas tóxicas

durante o percurso. Com os achados, a UBS foi alertada sobre os sintomas de

contaminação pelas toxinas dessas plantas, aperfeiçoando o diagnóstico,

tratamento e prevenção.

Conclusão: As plantas reconhecidas costumam estar relacionada com dor

semelhante à queimadura, vermelhidão, inchaço dos lábios e língua,

hipersalivação, dispneia, enjoo, vômitos, diarreia e disfagia, quando mastigadas ou

engolidas. Algumas delas foram: comigo-ninguém-pode, tinhorão, bico-de-

papagaio. A dedaleira, com flores possuindo digitalina, causa arritmia. Essas

plantas são usadas na ornamentação, cultivadas em locais públicos, praças e

escolas, jardins e ambientes domésticos, facilitando o contato de pessoas

desavisados. Necessário que os moradores tenham maiores informações sobre

essas plantas para evitarem eventuais acidentes, efetivando uma medida profilática

barata e impactante, e a UBS precisa estar atento aos sinais e sintomas da

contaminação para um tratamento eficaz. Se as ações forem realizadas, ocorrerá

um aperfeiçoamento na promoção da saúde.

Palavras chaves: Plantas Tóxiacas; Medicina Comunitária; Determinantes do

Processo Saúde-Doença; Projeto de Intervenção.

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UM COMPILADO BIBLIOGRÁFICO DAS PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES

OPERATÓRIAS E PÓS-OPERATÓRIAS NO TRATAMENTO DO TUMOR DE

WILMS

Bruno Saliba Helmer; Isabela Ávila Nascimento; Isabella Izaita Polese Pinto;

Lucas Zon Andrade De Assis.

Objetivo: Identificar as complicações operatórias e pós-operatórias no

tratamento de pacientes pediátricos oncológicos com tumor de Wilms.

Método: Trata-se de uma revisão bibliográfica na base de dados MEDLINE,

utilizando a combinação dos descritores "Surgical Procedures, Operative"

"Wilms Tumor" "Postoperative Complications". Adotaram-se como critérios de

inclusão: período de publicação - 1990 a 2018; limite - humanos; idade - neonato

à maioridade; e artigos disponíveis na íntegra, sendo utilizado como critério de

exclusão: revisões bibliográficas. 12 artigos, portanto, foram selecionados para

estudo.

Resultados: Os dados obtidos nesta revisão centraram-se nas principais

complicações operatórias no tratamento multimodal do Tumor de Wilms. Dentre

as quais, exemplifica-se no intra operatório a possibilidade de ruptura tumoral e

de hemorragias, enquanto no pós-operatório, pontua-se às insuficiências renais,

obstrução intestinal, infecções e incontinência urinária. Além disso, observa-se

diferentes estratégias buscando prevenir complicações cirúrgicas, tais quais a

utilização de quimioterápicos no pré-operatório, comumente vincristina e

dactinomicina, visando a redução do tamanho do tumor e a diminuição do estágio

tumoral. Outrossim, a preservação de parte do parênquima renal mostra-se

como outro ponto em discussão para evitar comorbidades como a diminuição do

clearance de creatinina devido à disfunção renal.

Conclusão: Compreende-se que o entendimento holístico das possíveis

complicações operatórias e pós-operatórias supracitadas é essencial para a

atuação médica. Dessa forma, com fins acadêmicos, esta revisão bibliográfica

reuniu as principais adversidades associadas ao tratamento do tumor de Wilms,

visando auxiliar em sua abordagem terapêutica.

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RELATO DE CASO: SARCOMA SINOVIAL MONOFÁSICO PRIMÁRIO DE

MEDIASTINO

Aloysio Abdo Silva Campos, Luilson Geraldo Coelho Junior, Gabriel Benevides

Valiate Martins, Ricardo Prado Correia, Guilherme Neves Furtado, Rogério

Ignacio de Oliveira

Introdução: O sarcoma sinovial (SS) é uma entidade bem definida que

representa aproximadamente 10% de todos os sarcomas de tecidos moles¹ ².

Apesar de ter uma forte predileção por áreas periarticulares dos membros

inferiores, já foi encontrado em outros sítios. Sua origem parece ser a célula

multipotencial mesenquimal³. Histologicamente, o sarcoma sinovial é organizado

em 4 categorias pela proporção de células epiteliais a fusiformes. Neste trabalho,

relatamos o caso de um sarcoma sinovial monofásico primário de mediastino.

Caso: Paciente masculino, 45 anos, sem comorbidades, dá entrada em Unidade

de Pronto Atendimento com queixa de dispneia e dor pleurítica de início súbito,

associada a perda ponderal de 10 Kg em 3 meses. Abordagem diagnóstica inicial

evidencia massa mediastinal volumosa, sendo assim, encaminhado a um

hospital de referência. Durante investigação, é realizada toracocentese

diagnóstica, e biópsia pleural, que não demonstraram agentes específicos ou

neoplasias. É optado, portanto, por realização de videotoracoscopia com biópsia

por congelamento, que demonstrou neoplasia fusocelular indiferenciada, sendo

assim, considerada irressecabilidade cirúrgica do tumor. Material enviado para

himunohistoquímica que evidenciou SS Monofásico Fibroso. Paciente foi então

encaminhado para realização de quimioterapia paliativa, porém faleceu em

poucos meses.

Comentários: O diagnóstico de SS é extremamente difícil, visto que, em sua

maioria, é oligo ou assintomático. Um fator agravante, neste caso, é a sua

localização. Massas mediastinais são corriqueiramente relacionadas a outros

diagnósticos, como afecções no timo, na tireoide, na aorta torácica, ou tumores

como linfomas e teratomas, que normalmente possuem caráter muito menos

agressivo.

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REFERÊNCIAS:

[1] NIELSEN, Torsten O.; POULIN, Neal M.; LADANYI, Marc. Synovial sarcoma: Recent discoveries as a roadmap to new avenues for therapy. Cancer Discovery. [S.l: s.n.]. , 2015 [2] QI, Yan et al. Identification of potential mutations and genomic alterations in the epithelial and spindle cell components of biphasic synovial sarcomas using a human exome SNP chip. BMC Medical Genomics, 2015. [3] NAKA, Norifumi et al. Synovial sarcoma is a stem cell malignancy. Stem Cells, 2010.

SÍNDROME DE GARDNER: RELATO DE CASO DE APRESENTAÇÃO

CLÁSSICA

Luilson Geraldo Coelho Junior; Aloysio Abdo Silva Campos; Gabriel Benevides

Valiate Martins; Guilherme Neves Furtado; Monica Vieira Pacheco; Isabella

Vargas Baldon

Introdução: A Síndrome de Gardner (SG) é uma doença genética autossômica

dominante, considerada uma subcategoria da Polipose Adenomatosa Familiar

(PAF), caracterizada por múltiplos pólipos intestinais associados a

manifestações extraintestinais clássicas como tumores desmóides, osteomas de

crânio e mandíbula, tumores de tireoide, cistos epidermoides, cistos sebáceos,

anormalidades dentarias e tumores periampulares¹ ². Estimativas de prevalência

evidenciam a raridade das duas entidades, que varia de 2,29 a 3,2 casos a cada

100.000 pessoas³ 4. Descrevemos um caso de Síndrome de Gardner com

apresentação clássica, com dados clínicos e de imagem, além de seu

seguimento.

Caso: Paciente feminina, 31 anos, dá entrada no serviço com quadro de

fibromatose cervical do tipo desmoide recidivante diagnosticado aos 13 anos,

osteomas em fronte e palato duro, e dentes supranumerários. Aventada hipótese

de SG e é solicitada colonoscopia, que evidência múltiplos pólipos sésseis e

realiza algumas polipectomias, com diagnóstico histopatológico de adenoma

tubular atípico de baixo grau. Paciente apresenta heredograma compatível com

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doença com herança autossômica dominante. Diante de tais achados, é

confirmada hipótese de SG e indicada colectomia total como forma de prevenção

do câncer de cólon.

Comentários: Assim como na PAF, a progressão dos pólipos para câncer de

cólon é inevitável na SG caso o cólon não seja retirado por completo⁵ . Cerca de

50% dos pacientes apresentam adenomas intestinais aos 15 anos e 95% aos 35

anos⁶ . Sendo assim, quase que a totalidade dos pacientes apresentam tumores

colônicos aos 40 – 50 anos, evidenciando a importância do conhecimento desta

síndrome para realização de um diagnóstico precoce.

REFERÊNCIAS:

1. Bisgaard ML, Bülow S. Familial adenomatous polyposis (FAP): genotype correlation to FAP phenotype with osteomas and sebaceous cysts. Am J Med Genet A 2006; 140:200. 2. Galiatsatos P, Foulkes WD. Familial adenomatous polyposis. Am J Gastroenterol 2006; 101:385. 3. Bussey HJR. Familial polyposis coli. In: Family Studies, Histopathology, Differential Diagnosis and Results of Treatment, Johns Hopkins University Press, Baltimore 1975. 4. Bülow S, Faurschou Nielsen T, Bülow C, et al. The incidence rate of familial adenomatous polyposis. Results from the Danish Polyposis Register. Int J Colorectal Dis 1996; 11:88. 5. Jasperson KW, Burt RW. APC-Associated Polyposis Conditions. In: GeneReviews, Pagon RA, Adam MP, Ardinger HH, et al (Eds), Seattle 1998. 6. Trimbath JD, Giardiello FM. Review article: genetic testing and counseling for hereditary colorectal cancer. Aliment Pharmacol Ther 2002, 16:1843–57

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RELATO DE CASO: HEMATOMA NO PÓS-OPERATÓRIO DE HÉRNIA

INCISIONAL

Paula Fontes Lelis; Thaís Oliveira Dupin; Cirênio de Almeida Barbosa; Weber

Chaves Moreira; Maxlanio Azevedo Borges; Wilson Santana Silva Júnior

Introdução: A cirurgia para correção de hérnia incisional abdominal acontece

em 11% das laparotomias. A taxa de complicação após esse procedimento tem

relação com os fatores de risco do paciente, tamanho da hérnia, tipo de técnica

operatória e nível de experiência do cirurgião. De acordo com dados retirados da

literatura, o hematoma foi encontrado em 1,4% dos casos de complicações pós-

operatórias de hérnia incisional.

Relato de caso: Masculino, 31 anos. Histórico de cirurgia para controle de

obesidade, submetido à laparotomia mediana supraumbilical. Após alguns anos,

diagnosticado com hérnia incisional. Realizada Herniorrafia com tela não

absorvível (polipropileno). A evolução pós-operatória do procedimento

transcorreu com acúmulo de coleção líquida. Paciente queixava de abaulamento

na região do epigástrio esquerdo e desconforto abdominal. A Ultrassonografia

revelou formação ovalada sem vascularização ao Doppler, com volume estimado

em 397cm³. Estrutura exibiu várias septações internas presentes no tecido

subcutâneo. Hipótese diagnóstica de seroma encistado ou hematoma. Realizado

tratamento cirúrgico para evacuação da coleção. Encontrado aproximadamente

350ml de material sanguinolento durante drenagem.

Comentários: Entre as complicações mais frequentes após cirurgias

abdominais, os hematomas são os mais encontrados. É de comum acordo com

a maioria dos cirurgiões o uso de drenos no pós-operatório imediato para evitar

o acúmulo de sangue. Isso porque a presença de líquidos pode dificultar a

cicatrização e favorecer infecções. O tratamento do hematoma pode ser feito de

forma conservador, se pequeno, ou cirúrgico, se maior tamanho. Uma dissecção

e hemostasia adequadas reduz a incidência de hematomas.

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RELATO DE CASO: IMPORTÂNCIA DO EXAME ANATOMOPATOLÓGICO

APÓS COLECISTECTOMIA

Paula Fontes Lelis; Thaís Oliveira Dupin; Cirênio de Almeida Barbosa; Weber

Chaves Moreira; Rayane Elen Fernandes Silva; Luíza Araújo Diniz

Introdução: O Carcinoma de Vesícula Biliar (CVB) é relativamente raro. É a

neoplasia de vias biliares mais comuns e a sétima mais frequente do trato

gastrointestinal. Cerca de 90% dos casos tem um padrão histológico de

Adenocarcinoma. Sua detecção precoce é difícil, pois apresenta sintomas

tardios e inespecíficos, como dor abdominal e cólica. A sintomatologia pode estar

associada ou ser confundida com Colelitíase. Segundo dados da literatura,

aproximadamente 95% dos casos CVB estão associados com Colelitíase.

Descrição do caso: Feminino, 71 anos. Em junho/2019, paciente procura

atendimento queixando de dispneia, dor torácica direita e tosse produtiva com

10 dias de evolução. Exames de imagem detectaram Derrame Pleural. O

resultado da citologia do líquido pleural continha células atípicas, sugestivo de

adenocarcinoma. Após pesquisa do histórico patológico, foi descoberto

Colecistectomia em janeiro/2019 após diagnóstico de Colelitíase. Questionada

sobre o exame anatomopatológico, paciente relatou não sabia do resultado.

Orientada a buscá-lo no laboratório. O exame descreveu a presença de

Adenocarcinoma moderadamente diferenciado, invasivo, localizado no colo da

vesícula biliar, comprometendo toda a espessura da parede. Presença de

êmbolos neoplásicos intravasculares. Estadiado em pT2. Margem cirúrgica livre.

Também foi encontrado Colecistite crônica calculosa.

Comentários: Devido a associação com a colelitíase e a sintomatologia

inespecífica, o diagnóstico do CVB pode ocorrer após uma cirurgia para retirada

de vesícula por colelitíase. Dado isso, é necessário que o cirurgião oriente o

paciente da importância de se manter informado sobre o exame

anatomopatológico da peça cirúrgica.

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LEIOMIOSSARCOMA PRIMÁRIO DE PULMÃO: RELATO DE CASO

Gabriel Benevides Valiate Martins; Luilson Geraldo Coelho Junior; Aloysio Abdo

Silva Campos; Ricardo Prado Correia; Rogério Ignacio de Oliveira; Carlos

Musso.

Introdução: Sarcomas primários do pulmão são extremamente raros,

representando menos de 0,5% dos tumores malignos de pulmão¹ e constituem

um grupo heterogêneo de neoplasias com características morfológicas similares,

sendo o Leiomiossarcoma o tipo histológico mais comum dentro deste grupo².

Descrevemos um caso de Leiomiossarcoma primário em lobo inferior do pulmão

com dados clínicos, de imagem e patológicos, além de seu seguimento a longo

prazo.

Caso: Paciente feminino, 22 anos, encaminhada com quadro de pneumonia

complicada com derrame pleural. Há um mês com queixa de dispneia, dor em

hemitórax direito ventilatório-dependente, tosse e febre vespertina, e Tomografia

computadorizada (TC) de tórax evidenciando volumosa massa em hemitórax

direito. Realizado broncoscopia, que não revelou alterações. Submetido a

lobectomia pulmonar inferior direita sem intercorrências. O exame

histopatológico evidenciou neoplasia fusocelular consistente com

Leiomiossarcoma, medindo 12,5x8,4 cm. A Imuno-histoquímica confirmou o

diagnóstico de leiomiossarcoma. Realizado TC de crânio, TC e ressonância

nuclear magnética de tórax, abdome e pelve para avaliar o sítio de origem do

tumor, e nenhum dos exames de imagem foi capaz de evidenciar outro foco

primário alternativo ao pulmonar. Como achado, foi demonstrado apenas zonas

de lipossubstituição no musculo serrátil direito, consistente com Elastofibroma

dorsi.

Comentários: A maioria dos sarcomas de pulmão são secundários, sendo

necessário para confirmar o diagnóstico de sarcoma primário de pulmão uma

ampla investigação clínica e radiológica a fim de excluir um sítio primário

alternativo¹. Além disso, é necessário a confirmação diagnóstica por imuno-

histoquímica pois outros tumores primários do pulmão podem mimetizar

morfologicamente um sarcoma¹.

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REFERÊNCIAS:

1. Attanoos R.L., Appleton M.A., Gibbs A.R. Primary sarcomas of the lung: a clinicopathological and immunohistochemical study of 14 cases. Histopathology. 1996;29:29–36. Attanoos RL, Appleton MA, Gibbs AR: Primary sarcomas of the lung: a clinicopathological and immunohistochemical study of 14 cases. Histopathology 1996, 29:29-36. 2. Janssen J.P., Mulder J.J., Wagenaar S.S., Elbers H.R., van den Bosch J.M. Primary sarcoma of the lung: a clinical study with long-term follow-up. Ann. Thorac. Surg. 1994, 58:1151–1155.

RELATO DE CASO: FÍSTULA PANCREATICOPLEURAL PÓS

ESPLENECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA

Thaís Oliveira Dupin; Cirênio de Almeida Barbosa; Weber Chaves Moreira;

Marcelo de Alencar Resende; Paula Fontes Lelis; Arthur de Andrade Carvalho

Moreira

Introdução: A fístula pancreaticopleural foi descrita por Tombroff em 1973. É

estimado uma ocorrência de 0,4% em pacientes com pancreatite, principalmente

em casos de pancreatite crônica alcoólica (99%). Elas podem ocorrer devido à

vários distúrbios inflamatórios, traumáticos, pós-operatórios e de forma

iatrogênica. A incidência após cirurgias pancreáticas é relatada em 25% dos

casos. A esplenectomia, devido à proximidade com o pâncreas, pode promover

fístulas pancreáticas devido a danos teciduais inadvertidas.

Relato de caso: Feminino, 58 anos. Encaminhada por hematologista para

esplenectomia devido a Púrpura Trombocitopênica Imune, corticodependente,

diagnosticada em 2017. Realizada esplenectomia videolaparoscópica (18/07)

sem intercorrências. No outro dia, evoluiu com desconforto tóracoabdominal e

dispneia. Raio x demonstrou velamento do hemitórax esquerdo, diagnosticado

derrame pleural. Executada descorticação pulmonar por videotoracoscopia e

toracostomia com drenagem pleural fechada. Achado operatório de líquido

espesso e seroso. Ausência de sangue no líquido pleural. Transferida ao CTI,

em uso de noradrenalina e saída de secreção serohemática nos drenos de tórax.

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TC evidenciou pequena quantidade de líquido na cavidade abdominal superior,

com pequenos focos hiperdensos e enfisema subcutâneo no flanco esquerdo.

Não mostrou alterações no pâncreas. Como hipótese diagnóstica, fístula

pancreaticopleural decorrente de esplenectomia. Houve pinçamento do

pâncreas durante ato cirúrgico, ocasionando pancreatite e, consequentemente,

a fístula.

Discussão: A esplenectomia videolaparoscópica é frequente em patologias

hematológicas. É preciso ser cauteloso durante a dissecção da cauda do

pâncreas para que não haja lesões inadvertidas. Assim, é possível evitar

complicações pós-operatórias, como o surgimento de fístulas.

RELATO DE CASO: DEISCÊNCIA DE ANASTOMOSE NO PÓS-

OPERATÓRIO DE CIRURGIA COLORRETAL

Thaís Oliveira Dupin, Cirênio de Almeida Barbosa, Ronald Soares dos Santos,

Paula Fontes Lelis; Rayane Elen Fernandes Silva; Luíza Araújo Diniz

Introdução: As complicações decorrentes da anastomose colorretal não são

incomuns e, frequentemente, são graves. A descontinuidade da anastomose é

um fato preocupante no pós-operatório, pois permite o extravasamento do

conteúdo intestinal para a cavidade peritoneal e, com isso, pode ocasionar

peritonite difusa, abscessos intra-abdominais e fístulas.

Descrição de caso: Feminino, 66 anos, submetida a Retossigmoidectomia em

18/06/2019 para tratamento de diverticulite complicada. Cirurgia inicialmente por

videolaparoscopia e convertida para laparotomia durante processo operatório.

Realizada anastomose do colo descendente e do reto. Após 11 dias, paciente

necessitou de uma nova abordagem por laparotomia para tratamento de fístula

decorrente da anastomose. Achado operatório de peritonite bacteriana

generalizada. Realizado colostomia de Hartmann. Em 07/07, paciente

novamente submetida a procedimento cirúrgico por deiscência da anastomose,

com achado operatório de peritonite pélvica e em flanco esquerdo. Houve

necrose de segmento de colo descendente que havia recebido a colostomia, com

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vazamento de fezes. Executado exteriorização da alça viável (ângulo esplênico

do colo). Colocado 2 drenos de Maloscot em flanco esquerdo e pelve.

Colostomia fixada no ângulo hepático. Colectomia distal do colo transverso em

busca de uma melhor visibilidade sanguínea para o órgão.

Comentários: Essas complicações aumentam a morbimortalidade nas

operações colorretais, o que torna o diagnóstico e tratamento precoces

essenciais para que haja um bom prognóstico do quadro. Quando há

necessidade de se abordar cirurgicamente a deiscência, a anastomose pode ser

reparada ou desfeita. Esta última opção poderá ser efetuada com o segmento

proximal reconstituído com uma colostomia terminal.

DISTROFIA TORÁCICA ASFIXIANTE DE JEUNE – RELATO DE CASO DE UM

RECÉM-NASCIDO

Leonardo Ramos Machado da Silva; Lara Maria Francisco Féres; Anna Carolina

Pereira Mares Guia; Glauber Felizardo Alvim¹; Carmen Cardilo Lima; Fernanda

Cardilo Lima.

Introdução: a distrofia torácica asfixiante (síndrome de Jeune – 1954) é uma

displasia esquelética autossômica recessiva rara, caracterizada por um tórax

pequeno e estreito, alongado e por condrodistrofia generalizada com membros

curtos variáveis.

Descrição do caso: M.F.M.C., 37 anos, G2P2A0, com sete consultas pré-natais

e ultrassom morfológico, no qual foi identificado anormalidades congênitas. No

dia 18/04/2018 entrou em trabalho de parto e nasceu J.P.M.C., parto por

cesariana, a termo, com Apgar de 6 e 8, na sala de parto foi verificado

encurtamento de membros, onfalocele, pequena estatura e tórax pequeno,

assim sendo encaminhado para a UTI Neonatal. Com um dia de nascido, foi

corrigido a onfalocele. Devido ao acometimento pulmonar e desconforto

respiratório gerados pela distrofia torácica, o RN foi traqueostomizado e feita a

abordagem para toracoplastia direita e dois meses depois reabordada para

toracoplastia esquerda.

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Comentários: o RN encontra-se em boa recuperação cirúrgica, está com

traqueostomia, mas evoluindo satisfatoriamente nos parâmetros pulmonares. A

previsão é para alta hospitalar com homecare. Sendo a síndrome uma entidade

rara, o diagnóstico deve ser pensado nas anormalidades de caixa torácica, dado

o seu grau de acometimento pulmonar e evolução da doença, a maioria dos

pacientes malconduzidos possuem pior prognóstico e baixa qualidade de vida.

DOENÇA DE HIRSCHSPRUNG ASSOCIADO A AGANGLIONOSE COLÔNICA

TOTAL – UM RELATO DE CASO

Leonardo Ramos Machado da Silva; Lara Maria Francisco Féres; Henrique

Pinheiro Leite Benedito; Rodrigo de Assis Gusmão; Carmen Cardilo Lima;

Fernanda Cardilo Lima

Introdução: A doença de Hirschsprung (megacolón congênito aganglionar) é

uma desordem intestinal, que resulta em sintomas graves de constipação

intestinal, com hipertrofia e acentuada dilatação dos cólons. Em grande parte

dos pacientes manifesta-se imediatamente após o nascimento. Foi observado

que a aganglionose é o fator desencadeante para a obstrução intestinal. Estima-

se que a prevalência seja de 0,005% a 0,02%, mais comumente observadas no

sexo masculino (4:1).

Descrição do caso: Recém-nascido de parto cesária, a termo, APGAR 9/10,

com alta hospitalar em 48 horas de vida, sem intercorrências, retorna ao

nosocômio no quinto dia de vida, em uso exclusivo de seio materno por

apresentar distenção abdominal importante e vômitos fecaloides. Foi realizado

exame de trânsito de delgado o qual resultou em dilatação de alças do intestino

delgado e realizado enema opaco visualizado distenção de cólon. Recebeu

indicação de laparotomia, onde se realizou uma colectomia total com ileostomia

em íleo terminal. A análise macroscópica da peça revelou-se ausência total de

gânglios linfáticos.

Comentários: Sendo um caso raro, visto que a incidência da aganglionose total

do cólon é incomum; o RN até o momento está em bom estado geral, evoluindo

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satisfatoriamente após procedimento cirúrgico sem intercorrências. A

programação cirúrgica é a de 2 tempos com aproximação transanal.

CARACTERIZAÇÃO DAS CIRURGIAS GINECOLÓGICAS E OBSTÉTRICAS

DE UM HOSPITAL E MATERNIDADE DO NORTE DO ESPÍRITO SANTO,

BRASIL.

Greice Kelly Palmeira Campos; Graziella Marques de Araújo Fernandes; Marcos

Campos Pontara; Adriene de Freitas Moreno Rodrigues; Luciano Antônio

Rodrigues.

Objetivos: Caracterizar os procedimentos cirúrgicos em ginecologia e

obstetrícia de um hospital filantrópico.

Métodos: Trata-se de um estudo descritivo de abordagem quantitativa,

transversal, realizado no período de fevereiro a abril de 2019. Foi desenvolvido

um inquérito de informações das cirurgias ginecológicas e obstétricas

registradas no centro cirúrgico de um hospital de pequeno porte do norte do

Espírito Santo, referência na assistência à saúde da mulher.

Resultados: Foram realizados 342 procedimentos cirúrgicos ginecológicos e

obstétricos, sendo 77,48% cesarianas, 15,2% curetagens, 4,09% histerectomias,

0,87% ooforectomias, 0,58% perineoplastias e 1,75% laqueaduras tubárias. A

caracterização do perfil das cirurgias ginecológicas e obstétricas possibilitou

reflexões sobre o desenvolvimento de ferramentas que reduzem as

complicações provenientes desses procedimentos, como infecções na ferida

operatória, que pertence ao rol das infecções nosocomiais.

Conclusões: Os diversos procedimentos ginecológicos e obstétricos a

cesariana foi o que mais prevaleceu na instituição com (77,48%) corroborando

com estudos anteriores os quais mostram que o Brasil apresenta uma das taxas

de cesárea mais elevadas do mundo, divergindo das recomendações da

Organização Mundial de Saúde, que é de 15%.

PALAVRAS-CHAVE: Maternidade. Medicina. Cirurgia.

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INQUÉRITO CIRÚRGICO: PERFIL DE PROCEDIMENTOS DE UM HOSPITAL

E MATERNIDADE DO NORTE DO ESPÍRITO SANTO, BRASIL.

Greice Kelly Palmeira Campos; Graziella Marques De Araújo Fernandes; Marcos

Campos Pontara; Adriene de Freitas Moreno Rodrigues; Luciano Antônio

Rodrigues.

Objetivos: Apresentar o inquérito e o perfil cirúrgico de procedimentos

realizados em um hospital e maternidade filantrópica do norte do Espírito Santo.

MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo, de abordagem quantitativa,

transversal, realizado no período de fevereiro a abril de 2019. Foi desenvolvido

um inquérito de informações de procedimentos registrados no centro cirúrgico

de um hospital de pequeno porte. As variáveis analisadas foram constituídas dos

seguintes elementos: tipo de cirurgia e procedimentos de anestesiologia.

Resultados: Neste período foram realizados 513 procedimentos cirúrgicos,

sendo 66,86% cirurgias ginecológicas/obstétricas; 18,65% oftalmológicas;

6,23% urológicas; 4,87% cirurgias gerais; 1,55% proctológicas; 1,36%

angiológicas e 0,77% cirurgias ortopédicas. Para essas cirurgias foram utilizados

520 procedimentos anestésicos, sendo 65,19% raquianestesia; 32,88%

anestesias gerais e 1,92% anestesias locais. Observou-se que, o número de

procedimentos anestésicos foi superior e de forma discreta, uma vez que em

algumas cirurgias era necessário fazer mais de um procedimento de bloqueio.

Obteve-se um maior número de procedimentos ginecológicos/obstétricos, pois o

hospital é uma referência em maternidade e em segundo lugar os procedimentos

oftalmológicos. Apresentar o inquérito e o perfil cirúrgico de procedimentos

realizados em um hospital e maternidade filantrópica do norte do Espírito Santo.

Conclusões: Foi possível identificar que devido perfil do hospital e suas

características assistenciais e posicionamento geográfico destacou que as

cirurgias ginecológicas/obstétricas são os procedimentos mais frequentes nesta

unidade hospitalar. O perfil das internações cirúrgicas permite desfecho que

levam à procura do serviço e o levantamento de tais dados são fundamentais

para estruturação e inserção de novas políticas no atendimento hospitalar.

Palavras-chave: Perfil das cirurgias. Medicina. Hospitalização. Sistema de

Saúde.

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IMPORTÂNCIA DO ENVOLVIMENTO DE LIGAS ACADÊMICAS COM A

COMUNIDADE POR MEIO DE AÇÕES SOCIAIS

Renzo Stefenoni Finamore Simoni; Mariana Stefenoni Ribeiro; Yasmin de

Rezende Beiriz; Américo Carnelli Bonatto; Gabriel Lima Barbosa; Carlos

Eduardo David de Almeida.

Introdução: Uma liga acadêmica (LA) é formada pelo “tripé da educação”, que

consiste em ensino, pesquisa e extensão. É possível comparar a extensão com

a promoção e prevenção da saúde, que é um dos principais objetivos de uma

LA, já que esta possui um compromisso social. A fim de cumprir esse

compromisso são feitas as ações sociais, as quais trazem benefícios tanto para

os acadêmicos quanto para a comunidade. O trabalho objetiva explanar o

comprometimento de uma LA com a comunidade evidenciando a importância de

seu compromisso social.

Descrição da experiência: Através de uma parceria entre LAs foi realizada uma

ação social em uma escola em Vitória-ES, cujo público alvo eram crianças de 6

a 8 anos. Os acadêmicos calcularam o Índice de Massa Corporal, aferiram a

pressão arterial e aplicaram a tabela de Snell, analisando e comparando os

resultados com os padrões de normalidade. Posteriormente, todos os dados

colhidos foram documentados e direcionados aos pais com as devidas

orientações.

Comentários: O alcance da ação foi de 100 alunos. Apesar da maioria se

enquadrar nos padrões de normalidade, um número razoável de estudantes

encontrava-se com sobrepeso e alterações na acuidade visual, ressaltando a

relevância da atividade. A ação contribuiu para a saúde das crianças e

possibilitou aos ligantes não só a prática de técnicas e conhecimentos adquiridos

em aulas, como também o exercício de seu lado humano. Assim, os alunos de

medicina reconheceram seu dever de compromisso com a comunidade, a qual

por meio dessas ações se sentiu devidamente amparada.

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WORKSHOP COMO FERRAMENTA PARA MELHORIA NO ENTENDIMENTO

DO FUNCIONAMENTO DO CENTRO CIRÚRGICO

Lucas Moreira Pires Martins; Luis Felipe Scampini Siqueira Rangel; Yasmin de

Rezende Beiriz; Américo Carnelli Bonatto; Maria Ingrid Barbosa Passamani;

Carlos Eduardo David de Almeida

Introdução: A Anestesiologia tem evoluído exponencialmente devido ao

desenvolvimento de novas drogas mais eficientes, otimizando procedimentos

como a raquianestesia e a anestesia peridural. Juntamente com processo de

modernização, torna-se necessária a capacitação de discentes e constante

atualização dos profissionais da área, tanto nos aspectos teóricos quanto

práticos, por meio de workshops. Esse estudo objetiva descrever a experiência

do workshop acerca de raquianestesia e anestesia peridural realizado pela Liga

Acadêmica de Anestesiologia do Espírito Santo (LIANES) para o congresso

CONCAM.

Descrição da experiência: Os membros da liga notaram que o currículo de

medicina carecia da prática de raquianestesia e anestesia peridural que, embora

sejam procedimentos do anestesiologista, seu domínio pode melhorar a

compreensão do funcionamento do centro cirúrgico por parte do discente de

medicina. Assim, foi organizado um workshop de modo que o acadêmico

pudesse treinar, em manequins, os procedimentos.

Comentários: participaram do evento 15 acadêmicos de Medicina não membros

da liga, e 3 diretores da LIANES. O retorno sobre o ensino proposto foi positivo,

sendo obtido através de observações dos participantes. A partir do aprendizado

das técnicas de anestesia, o aluno pode ter um maior entendimento do

funcionamento do ambiente cirúrgico, além de fomentar o conhecimento de

vantagens, contraindicações, complicações e tempo de duração. Desse modo,

o aprendizado de técnicas anestésicas auxilia o acadêmico a compreender os

processos cirúrgicos, ressaltando a necessidade da analgesia.

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RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA LIGA ACADÊMICA DE

ANESTESIOLOGIA SOBRE O PROJETO SALVE UMA VIDA

Maria Ingrid Barbosa Passamani; Amanda Castro de Bone; Gabriel Lima

Barbosa; Joao Vitor Elizeu Cerqueira; Nemer Emanoel Crevelario da Silva; Erick

Freitas Curi.

Introdução: Ensino, pesquisa e extensão formam o tripé da educação que

constitui as ligas acadêmicas e são de extrema importância para o sucesso das

atividades no meio acadêmico e na comunidade. No cenário brasileiro, a cultura

dos primeiros socorros não está bem difundida e o projeto ‘’Salve uma Vida’’ se

apresenta rompendo esse paradigma, levando conhecimento para a população

que não se configura na área da saúde. Esse estudo objetiva descrever o ‘’Salve

uma Vida’, um projeto de extensão da Liga Acadêmica de Anestesiologia do

Espírito Santo (LIANES), chancelado pela Sociedade Brasileira de

Anestesiologia, que consiste em ensinar suporte básico de vida (BLS) para a

população leiga.

Descrição da experiência: Encontros gratuitos são agendados em escolas,

faculdades, comunidades, empresas ou outros locais que careçam de

conhecimento. Os encontros consistem em uma apresentação teórica, seguida

de um treinamento prático em BLS com manequins, técnicas para ventilação,

reanimação cardiopulmonar (RCP) e manobras de desengasgo.

Comentários: O curso é de grande utilidade para os leigos e ressalta-se que

houve relatos de participantes de turmas anteriores afirmando que a técnica

adquirida foi crucial para um desfecho positivo de uma determinada situação.

Ademais, o assunto aborda as requisições da Lei 13.722, de 04 de outubro de

2018, que reafirma a importância social do projeto. O projeto de extensão ‘’Salve

uma Vida’’ possui grande impacto social e é de extremo valor para a

comunidade, orientando como reagir ao se depararem com situações extremas

e evitar um desfecho ruim.

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IMPORTÂNCIA DO ENSINO DOS AVANÇOS DA MEDICINA PARA

ACADÊMICOS POR MEIO DE LIGAS ACADÊMICAS

Bruna Valle Cesconeti; Yasmin de Rezende Beiriz; Américo Carnelli Bonatto;

João Pedro Brandão Borges; Gabriel Alves de Paula Araújo; Augusto dos

Santos.

Introdução: a evolução e o avanço científico modificaram a medicina e sua

maneira de exercê-la, levando a alterações no cenário da educação médica.

Todavia, nota-se a necessidade por parte do discente de medicina do contato

com assuntos que envolvam tecnologias, como os procedimentos

endovasculares no contexto da cirurgia vascular. Assim, as ligas acadêmicas

apontam como uma alternativa para alcançar esse objetivo de forma

extracurricular.

Descrição da experiência: Trata-se de um relato de experiência vivenciado por

acadêmicos de medicina em uma reunião científica teórica organizada pela

LACIVES. Houve um momento de aula teórica ministrada por um médico

cirurgião vascular e endovascular, em que foram expostas as atribuições

cabíveis à profissão. Ao final, foi aberto espaço para perguntas e comentários.

Comentários: em um contexto de liga acadêmica de cirurgia vascular, o contato

com o especialista para conhecimento de suas atribuições profissionais, isto é,

desde a realização de exames como o Eco-Doppler até implantes de próteses

em artérias e dissolução de trombos em veias, torna-se inspirador. Aulas com

imagens de exames, como angiografia e recontrução tridimensional volumétrica,

por exemplo, são um meio encontrado para estimular o discente a estudar novas

tecnologias.

Conclusão: devido à escassa abordagem acerca do tema durante a graduação,

devido à especificidade, a participação dos discentes em ligas acadêmicas é o

momento propício para esse conhecimento. Assim, essas reuniões instigam o

aluno com a modernidade das possibilidades de tratamento e o estimulam na

busca constante por atualização e conhecimento.

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ESTÁGIO PRÁTICO EM LIGA ACADÊMICA: UM INSTRUMENTO PARA A

FORMAÇÃO DO MÉDICO

Yasmin de Rezende Beiriz; Américo Carnelli Bonatto; Lucas Martins Duarte

Figueira; Laís Rosa Boscalha; Bruna Valle Cesconeti; Eliud Garcia Duarte Junior.

Introdução: O estágio extracurricular para graduandos em medicina se

configura como uma importante fonte de conhecimento entre o que é exposto

em sala de aula e como o assunto se aplica na prática. Assim, estar em contato

constante com o paciente e com profissionais possibilita um maior aprendizado

acerca do tema estudado. Esse estudo objetiva descrever a experiência vivida

por membros da Liga Acadêmica de Cirurgia Vascular do Espírito Santo

(LACIVES) durante o estágio prático em um programa de proteção ao pé

diabético (PROPÉ), localizado no centro de especialidades médicas de Vila

Velha (CEMAS).

Descrição da experiência: O estágio supervisionado no PROPÉ permite

acompanhar mais de perto a realidade dos pacientes com neuropatias e lesões

nos pés, orientando para a redução das taxas de complicações e para a melhoria

da qualidade de vida desses pacientes. Durante o tempo que os acadêmicos

permaneceram no serviço, foi possível acompanhar afecções como vasculites,

osteomielites, pé de Charcot, aprender sobre utilização da bota de unna e

métodos para os curativos.

Comentários: No decorrer do estágio foi possível a concretização dos

conhecimentos sobre as patologias apresentadas e um maior aprendizado

acerca delas. Os acadêmicos aperfeiçoaram habilidades como anamnese e

exame físico, adquirindo experiência e confiança. A possibilidade de inserção em

estágios, por meio de ligas acadêmicas, garante mais acesso às atividades

práticas. Além disso, o acompanhamento de tais serviços oferece uma visão

mais ampla do conhecimento e fornece experiência para mostrar a realidade da

saúde brasileira.

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ACOMPANHAMENTO DE UM PACIENTE QUE AGUARDA NA FILA ESPERA

PARA TRANSPLANTE HEPÁTICO

Aline Fonseca Sandrini; Américo Carnelli Bonatto; Daiany Bromonschenkel de

Angeli; Américo Carnelli Bonatto; Samara Rafaela Balbino Lopes; Yasmin de

Rezende Beiriz

Introdução: Em 1968 o transplante hepático iniciou-se no Brasil. Contudo,

apenas em 1980 o passou a ser indicado rotineiramente para doenças crônicas

de origem hepática e de caráter irreversível. No entanto, seja por desinformação

ou escassez de programas governamentais, atualmente, há um número

insuficiente de doadores. Esse estudo objetiva descrever o acompanhamento de

um paciente e seus familiares na fila de espera pelo transplante hepático.

Descrição da experiência: A trajetória de um paciente foi acompanhada por

seis meses na fila do transplante de fígado e suas repercussões na família. Ele

era portador de esteato-hepatite não alcoólica que evoluiu para cirrose, foi

internado na enfermaria e posteriormente transferido para a Unidade de Terapia

Intensiva (UTI). Para a inscrição na lista de transplante hepático, realizou-se por

meio de equipe multidisciplinar uma avaliação global constituída de exames

laboratoriais, exames de imagem, história de vida do paciente e avaliação

psicossocial, entre outras especificidades.

Comentários: Pelo fato de ser uma modalidade terapêutica que possibilita a

reversão do quadro terminal de um paciente com doença hepática avançada,

muitos familiares notaram a importância da doação, mudaram de opinião e

manifestaram a vontade de se tornarem doadores.

Conclusão: Nota-se, ainda, a dificuldade em encontrar doadores para o

transplante hepático. Existem barreiras a serem quebradas em relação ao

preconceito e medo acerca do assunto. No entanto, foi observado que a vivência

da dificuldade de obtenção do órgão compatível mobiliza pessoas a serem

doadoras. Assim, a informação sobre o assunto aliada a empatia se mostra um

caminho a ser explorado.

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O CONHECIMENTO DO ESTUDANTE DE MEDICINA SOBRE O PACIENTE

TRANSPLANTADO

Aline Fonseca Sandrini; Américo Carnelli Bonatto; Samara Rafaela Balbino

Lopes; Larissa Firme Rodrigues; Ana Beatriz Parma Marçal; Yasmin de Rezende

Beiriz

Introdução: O transplante de órgãos é um tema que precisa ser abordado pelo

acadêmico de medicina, uma vez que é de tamanha importância para formação

acadêmica, necessitando de mais discussões por meio de reuniões científicas.

Esse estudo objetiva avaliar o conhecimento dos acadêmicos de Medicina sobre

o paciente transplantado.

Descrição da experiência: Durante o mês de setembro de 2018, os alunos da

Liga Acadêmica de Saúde Coletiva-LASCES convidaram profissionais

integrantes da equipe de transplante de um hospital de referência do estado para

discussão acerca do contexto social no qual o paciente transplantado está

inserido. No decorrer da discussão, os acadêmicos se depararam com os vários

entraves enfrentados pelo paciente transplantado para reingressar no mercado

de trabalho e a obrigatoriedade do acompanhamento médico após cirurgia e

como isso é realizado, relatando a negligência da abordagem integral desse

tema durante a graduação.

Comentários: Os encontros proporcionaram aos alunos um conhecimento

abrangente sobre o tema, os incentivando a se tornarem doadores e a instruir os

familiares e amigos acerca da importância dessa atitude. O acompanhamento

de um transplantado permite a ampliação do compromisso social do acadêmico

com o cuidado à saúde, além de desenvolver a comunicação e empatia do aluno

com o paciente.

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SAÚDE BRASILEIRA DIANTE DA IMIGRAÇÃO: DIREITO INTERNACIONAL,

MULTIDISCIPLINARIDADE E DIREITOS HUMANOS

Yasmim Costa Gomes; Rafael Froede Catapane; Icaro Pratti Sarmenghi; Yasmin

de Rezende Beiriz; Emanuella Esteves Machado; Estela Vieira Cristina.

Introdução: Descrever a atividade realizada em outubro de 2018 aberta aos

acadêmicos dos cursos da Escola Superior de Ciências da Santa Casa de

Misericórdia de Vitória (EMESCAM) no formato de reunião científica, para

discutir o atual momento imigratório e os impactos para o Sistema Único de

Saúde (SUS) promovido pela Liga de Saúde Coletiva do Espírito Santo

(LASCES).

Descrição da experiência: Diante da crise imigratória vigente na região Norte

do país, aonde venezuelanos encontram abrigo em pequenos municípios, a

LASCES convidou uma doutoranda em Direito Internacional pela Universidade

de São Paulo (USP) para explicar como os refugiados são inseridos no SUS,

quais as maiores demandas e problemáticas político-estruturais que o Brasil

apresenta para acomodar estes indivíduos.

Comentários: Notou-se o aprendizado dos alunos quanto a legislação, a política

internacional e a saúde no Brasil atualmente. Foi evidenciado a dificuldade que

o SUS enfrenta em garantir, aos cidadãos e refugiados, acesso à saúde. Além

da carência vigente na Venezuela, aonde 50% dos centros cirúrgicos não

funcionam e existe uma escassez de recursos em quase 78% da sua população.

O contexto imigratório brasileiro contemporâneo é intenso e preocupa diversos

setores da sociedade, como o sistema de saúde. Os hospitais de estados como

Roraima já possuem 80% dos pacientes venezuelanos, detectando um colapso

a curto prazo de um cenário que já apresentava demandas.

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RODA DE CONVERSA SOBRE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E TRANSPLANTES:

INTEGRAÇÃO DE SABERES DE ACADÊMICOS DE MEDICINA E DE

PROFISSIONAIS DA ÁREA DA SAÚDE

Américo Carnelli Bonatto; Aline Fonseca Sandrini; Larissa Firme Rodrigues;

Samara Rafaela Balbino Lopes; Yasmin de Rezende Beiriz; Henriqueta Tereza

do Sacramento

Introdução: O Sistema Único de Saúde (SUS) é o responsável pelo transplante

de órgãos no Brasil. Mesmo do aumento dos transplantes no país, ainda existe

desinformação sobre esse método terapêutico, inclusive no meio acadêmico.

Com isso, a discussão em torno da temática e a aprendizagem interdisciplinar

compartilhada tornam-se uma ótima estratégia para aprimoramento do

conhecimento entre estudantes. Esse estudo objetiva relatar a experiência

vivida pelos integrantes da Liga de Saúde Coletiva do Espírito Santo (LASCES)

numa roda de conversa com estudantes do curso de medicina e profissionais de

outras áreas da saúde, sobre o funcionamento do programa público de doação

e transplantes de órgãos, tecidos e células.

Descrição da experiência: Integrantes da LASCES realizaram uma roda de

conversa sobre desafios, paradigmas e avanços do transplante no SUS. A

abertura foi com um psicólogo e uma assistente social da rede de transplantes,

explanaram para um grupo de 20 ligantes que estudaram previamente o tema.

Depois, foi aberto espaço para discussão, onde todos participaram ativamente.

Comentários: Notou-se que os estudantes não sabiam de muitas informações

no início da roda de conversa. Com a atividade, eles puderam sanar as dúvidas,

quebrar mitos e reduzir os temores em relação ao assunto. Também se

constatou que essa estratégia fortaleceu o entendimento sobre o trabalho

fundamental exercido pela equipe multiprofissional. A roda de conversa foi

bastante enriquecedora tanto para os estudantes quanto para os profissionais

da área, por oportunizar uma aprendizagem interdisciplinar acerca da realidade

do programa público de Transplante de órgãos no SUS.

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A FORMAÇÃO MÉDICA E O CONHECIMENTO SOBRE O CUIDADO

INTEGRADO

Samara Rafaela Balbino Lopes; Aline Fonseca Sandrini; Yasmin de Rezende

Beiriz; Daiany Bromonschenkel de Angeli; Américo Carnelli Bonatto; Maria

Auxiliadora Fiorillo Mariani.

Introdução: A Associação Albergue Martim Lutero tem como objetivo oferecer

suporte às pessoas do interior do estado do Espírito Santo que buscam hospitais

da Grande Vitória para tratamento médico especializado. Essa instituição

oferece hospedagem, refeições, auxílio para o agendamento de consultas, além

de acompanhamento psicológico. A Escola Superior de Ciências da Santa Casa

de Misericórdia de Vitória (EMESCAM) em parceria com a Associação realiza a

visita de acadêmicos do curso de Medicina ao local para realizarem atividades

práticas. Esse trabalho objetiva apresentar aos estudantes de Medicina uma

visão integrada da assistência à saúde por meio de atividades práticas

envolvendo os pacientes em seu próprio meio social.

Descrição da experiência: Os alunos realizaram palestras educativas

quinzenalmente com os pacientes da Associação. Os estudantes abordaram

temas como alimentação saudável, malefícios do tabagismo, prevenção do

câncer, hipertensão arterial e diabetes. Além disso, realizaram anamnese dos

pacientes, aferiram pressão arterial e glicemia capilar.

Comentários: As visitas proporcionaram aos discentes aprimoramentos de seus

conhecimentos quanto a relação médico-paciente e a prática de uma medicina

centrada na pessoa. Ao final das atividades, os acadêmicos estavam totalmente

inseridos na realidade da instituição e em sincronia com a equipe e com os

pacientes. A abordagem multidisciplinar, incluindo as dimensões biológicas e

psicossociais do paciente são fundamentais para a formação profissional de

médicos que priorizem o paciente ao invés da patologia com o intuito de ouvir e

ter empatia. Dessa forma, o tratamento e a reabilitação dos doentes são

efetuados com excelência.

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PROJETO “SALA DE ESPERA”: UMA VIVÊNCIA NA EXTENSÃO

UNIVERSITÁRIA DA EMESCAM

Daiany Bromonschenkel de Angeli; Yasmin de Rezende Beiriz; Icaro Pratti

Sarmenghi, Emanuella Esteves Machado, Larissa Firme Rodrigues, Diana de

Oliveira Frauches

Introdução: A cirurgia, geralmente, é percebida como um procedimento de risco

pelos pacientes. Esta desencadeia desequilíbrios emocionais que podem gerar

vulnerabilidade emocional, prejudicando a recuperação pós-operatória. Segundo

as Diretrizes Curriculares Nacionais de medicina, é necessário vincular a

formação médico-acadêmica às necessidades sociais de saúde. Assim, tornam-

se imprescindíveis ações de educação em saúde, um processo de diálogo,

indagação e reflexão, visando construção coletiva do saber, melhoria do bem-

estar e diminuição dos níveis de estresse e sentimentos negativos dos pacientes

pré-operatórios. O estudo objetiva relatar a vivência dos estudantes da Liga de

Saúde Coletiva do Espírito Santo (LASCES) no Projeto “Sala de Espera”.

Descrição da experiência: Os estudantes, em trios, abordam os pacientes nas

salas de espera dos ambulatórios do Hospital Santa Casa de Misericórdia de

Vitória. Apresentado o projeto, aspectos relativos a uma doença são discutidos

baseados na literatura e na vivência dos participantes, a partir de uma lista de

perguntas contidas em panfleto distribuído ao público presente. As ações

estimulam reflexão dos pacientes sobre sua relação com a doença, destacando

fatores culturais e influência dos hábitos no processo saúde-doença. Outros

aspectos positivos são flexibilidade de horários para realização, estímulo às

habilidades comunicativas, baixo custo e potencial de evolução para

intervenções particularizadas.

Comentários: Ações de educação em saúde são importantes e mostram-se

viáveis mesmo em unidades de atenção terciária. Na ótica da integralidade da

atenção, é competência dos profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS)

atuar para promover a conscientização, orientação, apoio psicológico e

empoderamento dos pacientes.

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RARO CASO DA ARTÉRIA SUPRAESCAPULAR EMERGINDO DA ARTÉRIA

SUBESCAPULAR: DESCRIÇÃO E RELEVÂNCIA CIRÚRGICA

João Gabriel Alexander; Josemberg da Silva Baptista

Introdução: A artéria supraescapular (ASupE) tem origem anatômica do tronco

tireocervical. Entretanto, descrevemos uma rara variação anatômica: a ASupE

originando-se da artéria subescapular (ASubE), juntamente com mais 3

variações. A descrição de variações anatômicas é fundamental para estabelecer

acompanhamento bibliográfico e subsidiar a prática médica cirúrgica no

planejamento e no procedimento, sobretudo nas complicações neurovasculares.

Descrição do caso: Durante dissecção rotineira na região da raiz do membro

superior direito de um homem com aproximadamente 60-70 anos de idade,

fixado em formalina a 10%, identificamos a ASupE emergindo da ASubE,

apresentando trajeto sinuoso sobre a fossa subescapular, flexionando-se

inferiormente ao plexo braquial, atravessando a incisura escapular sob o

ligamento transverso superior da escápula, para alcançar a fossa supraespinal.

Três outras variações anatômicas acompanharam essa primeira: a artéria

circunflexa posterior do úmero emergiu da ASubE, ocorreu ausência da artéria

circunflexa anterior do úmero, e dois ramos peitorais da artéria toracoacromial

emergiram da terceira parte da artéria axilar e da AsubE respectivamente. Com

auxílio de três avaliadores independentes verificamos que as artérias axilar,

ASubE e AsupE possuíam calibre médio de 4,75mm, 5,92mm e 2,57mm

respectivamente.

Comentários: O trajeto e calibre da ASubE, 25% maior que o da artéria axilar,

permite acertar que a anastomose da escápula possuía maior relevância nesse

indivíduo. Sua relação com a incisura escapular coloca-a em íntima relação com

o nervo supraescapular e poderia oferecer um estrangulamento neurovascular

na região com a movimentação do membro superior, culminando em neuropatia

supraescapular e dor crônica.

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DIFERENTES MODALIDADES DE ABORDAGEM TERAPÊUTICA DOS

PSEUDOTUMORES HEMOFÍLICOS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Júlia Lessa Bretas; Ana Clara Savignon Aride; Julia Amaral Fregonazzi; Júlia

Assad Trés Henriques; Paulo Emilio Gouvea Provedel; Saulo Gomes de Oliveira.

Objetivo: Avaliar as diferentes abordagens terapêuticas de pseudotumores em

pacientes hemofílicos.

Método: Foi realizada uma revisão da literatura sobre as variadas abordagens

terapêuticas dos pseudotumores hemofílicos, levando-se em consideração as

informações encontradas em livros e no PubMed através da chave de busca:

hemophilia AND pseudotumor AND treatment. Foram selecionados 5 artigos

dentro dos seguintes critérios de inclusão: artigos de revisão relacionados ao

objetivo, publicados nos últimos 5 anos e acessíveis gratuitamente na íntegra.

Resultados: A partir da revisão da literatura, nota-se que dada a raridade dos

pseudotumores hemofílicos, não há consenso entre os autores sobre o melhor

tratamento. Apesar disso, a terapia de reposição é frequentemente a primeira

abordagem terapêutica, mesmo que a excisão cirúrgica total seja o mais efetivo

e o único tratamento definitivo. Diante dos estudos e das diversas estratégias

existentes: manejo percutâneo, irradiação, embolização arterial e radiação

externa; a cirurgia associada à reposição do fator de coagulação VIII é o

tratamento de escolha, ainda que esteja associada a elevadas taxas de

morbidade e mortalidade. Além disso, cabe reconhecer que diferentes

modalidades de manejo podem ser associadas para garantir a hemostasia. Vale

ressaltar que a aspiração do fluido dos cistos como terapia é contraindicada.

Ademais, recomenda-se a manutenção da administração no fator VIII no pós-

operatório.

Conclusão: Apesar da maioria dos cirurgiões relutarem em operar

pseudotumores hemofílicos, o tratamento cirúrgico pode oferecer o melhor

resultado. Cabe reconhecer a importância da abordagem diante do impacto na

qualidade de vida do paciente.

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ABORDAGEM TERAPÊUTICA DO PSEUDOTUMOR HEMOFÍLICO: RELATO

DE CASO

Ana Clara Savignon Aride; Julia Amaral Fregonazzi; Júlia Assad Trés Henriques;

Júlia Lessa Bretas; Paulo Emilio Gouvea Provedel; Saulo Gomes de Oliveira.

Introdução: Pseudotumores hemofílicos são complicações raras, crônicas,

graves. Apresentam-se como hematomas de crescimento descontrolado,

constituídos por hemocomponentes, revestidos por pseudocápsula fibrosa. A

terapêutica relaciona-se com presença do inibidor de fator VIII, resposta

terapêutica conservadora, localização, idade, capacidade expansiva e de

evacuação do pseudotumor.

Discussão do caso: A.A.S, 45 anos, masculino, diagnosticado com hemofilia

grave desde infanto, negativo para inibidor anti-fator VIII. Apresentou abdome

doloroso e tumoração à palpação em flanco esquerdo. Submetido à

ultrassonografia constatando duas coleções sanguíneas no músculo iliopsoas,

evoluindo para formação tumoral em hemipelve esquerda e região

retroperitoneal, caracterizando pseudotumor hemofílico falso, não colapsável,

evacuável, limitado. Realizou-se tratamento conservador, sem redução de mais

de 50%, sendo indicada cirurgia de evacuação videoassistida associada à

ressecção. Reabordado após 11 dias.

Comentários: Apesar de não haver terapia padrão, uma baseia-se no algoritmo

de Buenos Aires: pacientes adultos negativos para inibidor de fator VIII são

submetidos à estratégia conservadora (administração de doses substitutivas de

fator VIII ativado e fator IX), posteriormente avaliada através de RM da região

afetada, analisando se houve redução superior a 50% da tumoração. Havendo

resposta positiva, mantém-se terapia por mais 6 semanas, quando não, indica-

se cirurgia. Na permanência do tratamento conservador reavalia-se, sendo

necessária redução de mais de 25% para prosseguir com essa terapêutica; caso

contrário, recomenda-se intervenção cirúrgica. Na 18º semana de terapia

conservadora, realiza-se nova RM e havendo rastros tumorais recomenda-se

cirurgia. Caso pseudotumor ausente, considera-se curado. A abordagem

cirúrgica muda com localização, com necessidade de evacuação videoassistida

em tumores na pelve e psoas.

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SÍNDROME DE OGILVIE ASSOCIADA À PERFURAÇÃO COLÔNICA NÃO

HABITUAL: RELATO DE CASO

Maurício Carvalho Guerra; Daniel Toledo Wernersbach; Henrique Castro Rocha

de Aquino Santos; Lucas Alves Pedrada; Vinicius Araújo Santos

Introdução: A síndrome de Ogilvie caracteriza-se por obstrução em alça

fechada do intestino grosso devido disfunção do sistema nervoso autônomo com

risco de ruptura. A característica radiológica é uma dilatação acentuada do cólon

sem causa mecânica. Nesse relato, o paciente evoluiu com rompimento do cólon

transverso.

Descrição do caso: Masculino, 51 anos, portador de anemia hemolítica,

mielodisplasia, esplenomegalia e infecção recente por influenza H1N1, internado

em unidade de terapia intensiva, evoluiu com choque séptico de foco pulmonar

e distensão abdominal acentuada. A TC de abdome evidenciou

pneumoperitônio. Indicado laparotomia exploradora. No inventário cirúrgico foi

constatado pneumoperitônio, esplenomegalia, distensão colônica global mais

acentuada no segmento proximal à flexura esplênica, trajeto sinuoso do cólon no

hipocôndrio esquerdo, endurecimento de omento maior paralelo a curvatura

gástrica maior próximo ao polo inferior do baço. Ausência de divertículos, líquido

livre e secreções entérica, gástrica e biliar. Procedeu-se a descompressão

colônica com tubo traqueal via retal, infusão de soro fisiológico e azul de metileno

via cateterismo nasogástrico sem vazamento. A dissecção do ligamento

gastrocólico permitiu diagnosticar perfuração do cólon transverso. Os bordos da

parede colônica foram desbridados, suturados em dois planos e associados a

epiploplastia e drenagem.

Comentários: A Síndrome de Ogilvie é caracterizada pela distensão abdominal

aguda, progressiva, parada de eliminação de flatos e fezes e hipertimpanismo.

O risco iminente de perfuração é mais comum no ceco ao atingir diâmetro entre

12 a 14 cm. Neste caso, provavelmente, o baço aumentado serviu de anteparo,

ocasionando compressão a parede colônica com posterior necrose e ruptura.

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PROLAPSO DE ÓRGÃOS PÉLVICOS: CARACTERÍSTICAS E

TERAPÊUTICAS ATUAIS

Luciana Zambon Diniz; Bruno Oggioni Moura

Objetivo: abordar as características dos prolapsos de órgãos pélvicos (POP) e

atuais terapêuticas disponíveis;

Método: a coleta de materiais foi feita na base de dados do PubMed não

sistematicamente, para análise crítica da literatura médica sobre o assunto;

Resultados: POP consiste em protrusão de um ou mais órgãos pélvicos através

da vagina, podendo haver herniação da bexiga (cistocele) e reto (retocele)

através da parede vaginal. Ocorrem cerca de 4,9 casos a cada 1000 mulheres,

com pico de incidência entre 60 e 69 anos. Os principais fatores de risco são

parto vaginal – o principal –, obesidade e idade avançada. A sintomatologia inclui

desconforto hipogástrico, opressão urinária ou defecatória, prolapso visível do

órgão, tenesmo. O principal sistema de diagnóstico é o POP-Quantitative,

avaliando o grau do prolapso. Pacientes assintomáticos normalmente não são

tratados. O manejo inicial é conservador, podendo incluir exercícios da

musculatura do assoalho pélvico, terapia hormonal e inserção de pessário. Em

caso de falha do tratamento conservador, é feito tratamento cirúrgico, podendo

ser realizados reparos via abdominal ou vaginal, por abordagem laparotômica,

laparoscópica ou robótica. Atualmente, as vantagens da cirurgia robótica são

menor dor pós-operatória, menor tempo de recuperação pós-anestésica e menor

recorrência de herniações, principalmente quando associada a malhas

cirúrgicas, como sacrocolpopexia robótica induzida por malha;

Conclusão: POPs são uma condição clínica frequentemente subdiagnosticada

cuja identificação e manejo devem ser conhecidos, pelos desconfortos causados

às pacientes. Vistos os benefícios da cirurgia robótica, recomenda-se ampliação

de seu uso na terapêutica cirúrgica desse agravo ginecológico.

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COLECISTECTOMIA LAPAROSCÓPICA EM PACIENTE COM SITUS

INVERSUS TOTALIS: RELATO DE CASO

Bruno Oggioni Moura; Luciana Zambon Diniz; Carlos Alberto de Castro

Fagundes

Introdução: situs inversus totalis (SIT) consiste em transposição das vísceras

para o lado oposto do corpo, proporcionando algumas dificuldades para

cirurgias, como colecistectomia laparoscópica (CL). A imagem anatômica

espelhada e as dificuldades técnicas da cirurgia são os principais desafios

enfrentados pelos cirurgiões, principalmente os destros;

Relato de caso: paciente feminina, 38 anos, portadora de SIT, apresenta

colelitíase diagnosticada há 1 mês em ultrassonografia, sem dilatação de vias

biliares. Abdome indolor, plano e flácido. À colangiorressonância, ectasia das

vias biliares intra e extra-hepáticas, múltiplos cálculos no colédoco, redução

abrupta do calibre do colédoco. Apresenta aumento de transaminases hepáticas

e gama-GT. Realizada colangiopancreatografia retrógrada endoscópica, com

fistulotomia para retirada de cálculos nas vias biliares. Realizada CL no 13º dia

de internação, por acesso infraumbilical mediano, inserção de trocarte em

acesso subxifoide e acessos auxiliares em flanco e hipocôndrio esquerdos,

identificação do trígono de Calot, clipagem e secção do ducto cístico e artéria

cística, descolamento da vesícula biliar do leito hepático, hemostasia e lavagem,

retirada por cicatriz umbilical, síntese de aponeurose e pele. À histopatologia,

material macroscopicamente granuloso com vários cálculos.

Microscopicamente, parede fibrosada, com hipertrofia da muscular e processo

inflamatório. Paciente evolui bem no pós-operatório e recebe alta hospitalar no

dia seguinte;

Comentários: atualmente, não existe técnica padronizada para CL de pacientes

com SIT, porém modificações na técnica cirúrgica, como uso da mão esquerda

ou ajuste do posicionamento dos equipamentos permite o sucesso da cirurgia.

Além disso, deve-se considerar a possibilidade de o paciente apresentar alguma

variação anatômica, como dupla artéria cística.

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HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA COMO APRESENTAÇÃO INICIAL DE

NEOPLASIA PANCREÁTICA

Camila Nunes Faioli Canuto; Luis Caco dos Lucio Generoso; Marcio Bonato

Junior; Kamila Vidal Braun; Renan Torres Caetano da Silva; Alberto Buge Stein

Introdução: A neoplasia de pâncreas é de início insidioso, geralmente agressiva

e com mau prognóstico devido seu diagnóstico tardio, sendo a abordagem

cirúrgica imprescindível para o tratamento.

Descrição do caso: N.C.Z., feminino, 72 anos, admitida após múltiplas

internações por hemorragia digestiva alta em outro serviço. Durante abordagem

endoscópica devido à HDA, notou-se úlcera em corpo gástrico com sangramento

ativo Forrest Ib. Após resolução do quadro hemorrágico, a complementação

diagnóstica evidenciou por tomografia computadoriza de abdome uma massa

retrogástrica arredondada, sólido-cística, bem delimitada, sem planos de

clivagem com a transição do corpo gástrico e com aparente comunicação com a

câmara gástrica, infiltrando a parede da pequena curvatura, e apresentando

íntimo contato com a cauda pancreática. Após biópsia por ecoendoscopia,

confirmou-se neoplasia mucinosa papilar bem diferenciada de pâncreas.

Paciente foi submetida à gastrectomia total mais pancreatectomia distal e

esplenectomia, com esofagojejunoanastomose e enteroenteroanastomose em Y

de Roux. No oitavo pós-operatório, paciente foi submetida à toracocentese

devido a derrame pleural. Paciente satisfatoriamente, recebendo alta no 14º pós-

operatório.

Comentários: Sintomas secundários à invasão de outros órgãos ocorrem com

certa frequência nas neoplasias pancreáticas, sendo o quadro de compressão

gástrica com empanzinamento precoce o mais comum. A hemorragia digestiva

alta apresentada pela paciente constitui um quadro atípico como manifestação

inicial da neoplasia pancreática.

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ABSCESSO ESPLÊNICO APRESENTAÇÃO ATÍPICA COM RESSECÇÃO DE

MÚLTIPLOS ÓRGÃOS

Camila Nunes Faioli Canuto, Luize Meloti Fiorio, Luiz Caco dos Lucio Generoso;

Vanessa Evangelista de Toledo, Renan Torres Caetano da Silva, Jose Alberto

de Mota Correa

Introdução: Abscesso esplênico é uma condição relativamente rara. Os

sintomas são inespecíficos, o que pode levar a um atraso no diagnóstico, e

incluem febre, perda ponderal e dor abdominal. Fatores de risco incluem

imunodeficiência, trauma, neoplasias, infarto esplênico, hemoglobinopatias e

diabetes.

Descrição do caso: J.S.S., masculino, 63 anos, queixa-se de dor ventilatória-

dependente em hipocôndrio esquerdo, náuseas, hiporexia, febre e perda de 30

kg em três meses. Tomografia computadorizada evidenciou imagem de aspecto

cístico no hipocôndrio esquerdo, em íntimo contato com o baço, artéria

esplênica, estômago e lobo hepático esquerdo; lesão hipodensa de contornos

mal definidos de permeio ao parênquima pancreático na sua porção caudal. A

punção dessa coleção demonstrou material espesso piossanguinolento em

pequena quantidade, crescendo Streptococcus anginosus na cultura da

secreção. Paciente foi submetido a esplenectomia, pancreatectomia corpo-

caudal, gastrectomia vertical, segmentectomia hepática (segmento II) e entero-

entero anastomose em y de roux. Anatomopatológico da peça cirúrgica

evidenciou infarto esplênico subcapsular associado a inflamação supurativa

(abscesso), periesplenite subaguda com aderências fibrosas ao fígado e

pâncreas; pâncreas com pancreatite crônica fibrosante com ectasia do sistema

ductal e acutização purulenta em extremidade caudal além de fígado com fibrose

portal e capsulite fibrosante adesiva. Paciente apresentou boa evolução no pós-

operatório, recebendo alta para acompanhamento ambulatorial.

Comentários: Enquanto a tendência atual inclina-se para o tratamento clínico

de abscessos esplênicos, a ressecção cirúrgica mostrou-se necessária neste

caso devido a extensão do abscesso e processo inflamatório concomitante. A

necessidade de ressecção de órgãos adjacentes em abscessos esplênicos

volumosos traz grande morbidade aos pacientes.

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FÍSTULA TARDIA DA ANASTOMOSE ESÔFAGO-JEJUNAL APÓS

ESOFAGOGASTRECTOMIA POR TUMOR DA TRANSIÇÃO

ESOFAGOGÁSTRICA

Luize Meloti Fiorio, Camila Nunes Faioli Canuto, Luís Caco Dos Lucio Generoso,

Vanessa Evangelista De Toledo, Kamila Vidal Braun, José Jorge da Silva

Introdução: A incidência da neoplasia de transição esofagogástrica tem

aumentado nas últimas décadas, constituindo um grave problema de saúde

pública. Fístula após esofagogastrectomia é uma das complicações mais

frequentes e está relacionada com pneumonia, mediastinite, peritonite e sepse.

Descrição do caso: J.L., masculino, 55 anos, admitido no serviço com queixa

de dor abdominal alta, predominante em epigástrio e hipocôndrio direito e perda

de 7 Kg em um mês. Diagnosticado com adenocarcinoma invasor tipo difuso de

Lauren em esôfago distal e fundo gástrico, sem metástase. Paciente realizou 5

sessões de quimioterapia neoadjuvante e, em seguida, foi submetido à

esofagogastrectomia. No trigésimo pós-operatório, paciente evoluiu com saída

de secreção purulenta em ferida operatória e derrame pleural à esquerda. Após

exame tomográfico, que evidenciou pequena coleção líquida em face ântero-

medial do baço, associada a gás e líquido em região do hiato esofágico, foi

aventada a hipótese de deiscência de sutura e fístula. Realizada toracocentese

esquerda e acompanhamento clínico. Paciente evoluiu com estabilidade clínica

e hemodinâmica, recebendo alta hospitalar.

Comentários: As principais complicações pós-operatórias da

esofagogastrectomia incluem broncopneumonia, derrame pleural e fístulas. A

fístula geralmente é uma complicação precoce, diferente do observado no caso

aqui descrito, e tratamento conservativo com jejum oral ou dieta pastosa

associada à drenagem é resolutivo na maioria das vezes.

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ASPECTO MACROSCÓPICO DOS POLOS SUPERIOR E INFERIOR DO

BAÇO EM RATOS APÓS CIRURGIA CONSERVADORA

Elisa Inês Demuner Vallandro; Daniel Robert Alexander; Lucas Nagib Lemos

Paulo; Maria Luisa Font Juliá Grossi; Marcela Souza Lima Paulo; Danilo Nagib

Salomão Paulo.

Objetivo: Avaliar a viabilidade e os parâmetros macroscópicos dos polos

esplênicos de ratos após esplenectomia subtotal com preservação do polo

superior (ESTPS) e do polo inferior (ESTPI).

Método: 15 ratos machos Wistar, com dois meses de vida, foram submetidos à

ESTPS e ESTPI. Após 80 dias, os ratos foram eutanasiados, o polo inferior (PI)

e superior (PS) remanescentes foram fotografados e os aspectos macroscópicos

foram avaliados quanto à cor, consistência, tamanho (comprimento, largura e

espessura) e presença ou não de fibrose/necrose. Este estudo foi aprovado pelo

Comitê de Ética em Pesquisa no Uso de Animais (CEUA) sob o nº 003/2018.

Resultado: Dos 17 ratos operados, 2 foram a óbito no transoperatório e

excluídos da análise estatística. A análise macroscópica do polo superior e do

inferior, mostrou que em 15 polos inferiores, um deles se mostrou inviável e em

15 polos superiores, todos se mostraram viáveis. Na análise estatística, pelo

teste Qui-Quadrado, o valor de p foi >0.05, não havendo diferença em relação a

viabilidade. Os PI e PS analisados apresentaram variação de tamanho, que foi

significativo na análise do comprimento do PS (p<0,05), em que houve aumento.

Além disso, o peso do PS foi significantemente maior que o do PI.

Conclusão: Quando se compara a viabilidade do PS com o PI, observa-se que

não houve diferença estatisticamente significante.

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PENTALOGIA DE CANTRELL: RELATO DE CASO

Júlia Rocha Franzosi; Yasmina Gripp Carreño; Iara Barcelos Sperandio; Talita

Barbosa Moreira

Introdução: Conforme a literatura, a Pentalogia de Cantrell é uma anomalia

congênita rara, com presença de defeitos que envolvem o diafragma, parede

abdominal, pericárdio, coração e região inferior do esterno. É geralmente

detectada no período neonatal, evidenciando-se a complexidade das más-

formações presentes, as quais determinam uma baixa expectativa de vida.

Relatamos o caso de um paciente diagnosticado com Pentalogia de Cantrell que

evoluiu a óbito após duas horas de nascimento

Descrição do caso: Recém-nascido pré-termo, nasceu de parto cesáreo, 35

semanas de gestação, sexo masculino, Apgar 4/6, PN 3 kg. Com diagnóstico de

pentalogia de Cantrell. Múltiplas malformações visíveis: presença de lábio

leporino, fenda palatina, agenesia do globo ocular direito, exteriorização de

coração, fígado, alças intestinais e estômago. FC= 123 bpm e Sat 86%. Foi

entubado no centro obstétrico e encaminhado à UCI. Colocado em berço

aquecido, em ventilação mecânica, realizado AVP para iniciar

medicações. Passada sonda orogástrica para drenagem, diurese ausente. RN

iniciou com bradicardia e queda de saturação. Parada cardiorrespiratória,

evoluindo a óbito.

Comentários: Atualmente, a maioria dos casos de Pentalogia de Cantrell é

avaliada no período neonatal, e é de extrema importância que o diafragma seja

reparado neste período para evitar a migração de órgãos abdominais ou do

coração. O reparo consiste em aproximar o diafragma anteriormente,

conectando-o à parede torácica anterior e à margem costal.

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EFICÁCIA DA REPOSIÇÃO DE VITAMINA B12 VIA ORAL APÓS BYPASS

GÁSTRICO EM Y-DE-ROUX

Bianca Catarina Melo Barbiero; Bruna Binda Milaneze; Camilla Pazini Pereira;

Carlos Renato de Castro Renon; Catarina Pioli Lamêgo de Faria; Daniel Gottardi

Villas; Gustavo Alves de Oliveira; João Paulo Uliana Zanoni; Júlia Dela Fuente

da Fonseca; Pedro Luciano Almeida Nogueira da Gama; Jose Tarcísio Barroso

Zovico; Thais Poubel Araujo Locatelli; Vinícius Santana Nunes

Cada vez mais as indicações da cirurgia bariátrica aumentam, principalmente

como intervenção cirúrgica no tratamento da obesidade e de outras

comorbidades como dislipidemias e hipertensão arterial sistêmica. A técnica

mais realizada na atualidade é o bypass gástrico em Y-de-Roux, uma cirurgia

mista, pois restringe o tamanho da cavidade gástrica (cirurgia restritiva) e reduz

a superfície intestinal que fica em contato com o alimento (cirurgia disabsortiva).

Contudo, um dos seus efeitos adversos é a hipovitaminose relacionada à

vitamina B12 (cobalamina), sintetizada exclusivamente por microrganismos e

incorporada através dos alimentos de origem animal. Na maioria dos casos sua

reposição é realizada intramuscular (IM). Contudo essa via possui

desvantagens, como a injeção ser dolorosa, tendência a sangramentos e

dependência de terceiros para sua aplicação. Com isso, o estudo visa analisar a

possibilidade de substituição da reposição via IM para terapia de reposição via

oral, avaliando os valores bioquímicos nutricionais necessários, custo benefício

para o tratamento com uso de comprimidos, seu efeito na recuperação dos

pacientes e se ocorrerá melhor adesão ao tratamento. Será conduzido estudo

do tipo Ensaio Clínico Aleatorizado, Longitudinal Prospectivo, no Espírito Santo,

e como público alvo indivíduos de 16 aos 65 anos de idade que realizaram

cirurgia bariátrica no Hospital Evangélico de Vila Velha ou Vila Velha Hospital,

no período de 2017 e 2018. Os dados serão colhidos em um consultório

particular e os resultados serão divulgados por meio de um artigo científico e

publicados em revistas científicas de impacto na área do estudo.

Palavras-chave: Bariátrica; Vitamina B12; Reposição.

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OBJETIVO

OBJETIVO GERAL

Avaliar a eficácia terapêutica da suplementação de vitamina B12 via oral em

detrimento à suplementação via intramuscular em pacientes que realizaram

cirurgia bariátrica pela técnica bypass gástrico em Y-de-Roux.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1- Comparar os níveis séricos em pacientes submetidos à gastroplastia nas

diferentes vias oral e intramuscular de reposição de vitamina B12.

Através de observações clínicas, identificar uma possível melhora na adesão ao

tratamento por via oral.

2- Avaliar custo/benefício para o tratamento de reposição da vitamina B12 por

via oral em comparação com a via intramuscular.

METODOLOGIA

Cenário

O cenário será em uma clínica particular, localizada na cidade de Vila Velha,

Espírito Santo, no Brasil, situado na região Sudeste que apresenta 78

municípios, com uma população total de 3.979.697 habitantes.

Tipos de estudo

O estudo será do tipo Ensaio Clínico Aleatorizado, Longitudinal Prospectivo que,

segundo Soares (2002), visa à introdução de um novo método de tratamento

comparando-o com o antigo, avaliando qual deles é mais efetivo ao longo do

tempo, sendo usado quando o valor de uma nova terapia está em mérito.

Questões éticas

A pesquisa será realizada com orientação e regência da resolução 466/12 e da

510/16 de ética em pesquisa com seres humanos vigente no Comitê Nacional

de Ética em Pesquisa e Ministério da Saúde.

Após seleção dos pacientes que realizaram cirurgia bariátrica, em ambiente

seguro e confidencial, ler-se-á o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido da

pesquisa (TCLE), Apêndice A, em conjunto com os participantes, para que estes

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obtenham ciência dos procedimentos médicos e éticos da pesquisa. Reitera-se

que os pesquisadores, cordialmente, apresentarão em português simples e

linguagem compreensível todos os procedimentos a serem adotados no estudo,

estando aqueles sempre à disposição para esclarecimentos de qualquer

natureza.

Após compreensão total dos procedimentos, o paciente poderá opinar em

voluntariamente participar, ou não, do estudo proposto. Reforça-se que será

garantido fielmente aos pacientes o direito de autonomia como princípio bioético

da Medicina. Refuta-se qualquer ato de coerção ou manipulação do julgamento

dos pacientes.

Como ressaltado no TCLE, é garantido total sigilo aos pacientes que participarão

da pesquisa, assim como sua exclusão dos dados da pesquisa se assim,

posteriormente, o desejar.

Essas etapas serão seguidas com o intuito de promover segurança, respaldo

ético e jurídico ao preservar o anonimato dos participantes, seguindo os quatro

princípios básicos da medicina, a saber: autonomia, não maleficência,

beneficência e justiça. Os pesquisadores ressaltam que se o paciente não obtiver

os níveis séricos adequados de vitamina B12 após a administração oral, será

excluído da pesquisa e voltará à administração intramuscular.

População

A pesquisa será realizada com pessoas que realizaram cirurgia bariátrica no

Hospital Evangélico de Vila Velha (HEVV) e Vila Velha Hospital (VVH) no ano de

2017 e 2018.

A escolha dos pacientes será feita de forma aleatória e a abordagem por meio

de consultas agendadas previamente na clínica particular, seguindo a

disponibilidade dos pesquisadores.

Critério de Inclusão:

Pessoas acima de 16 a 65 anos de idade que realizaram cirurgia bariátrica pela

técnica de bypass em Y-de-Roux por videolaparoscopia no HEVV e VVH e que

apresentam filiação a planos de saúde, que desejam participar da pesquisa, além

dos que precisem fazer reposição de vitamina B12 devido à cirurgia bariátrica,

porém apresentavam níveis séricos dentro da normalidade antes do

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procedimento cirúrgico. Além disso, os que assinem ao Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido.

Critério de Exclusão:

Pessoas de 0 a 16 anos incompletos e mais de 66 anos de idade que não

realizaram cirurgia Bariátrica no HEVV ou VVH, os que realizaram pelo Sistema

Único de Saúde (SUS) ou os que realizaram cirurgia bariátrica por outras

técnicas que não sejam bypass em Y-de-Roux. Pacientes de possuem doenças

intestinais inflamatórias, anemia perniciosa ou megaloblástica, ou que

apresentarem estenose na anastomose gastrojejunal após a cirurgia, além dos

que apresentam níveis séricos de vitamina B12 diminuídos antes da cirurgia

bariátrica e/ou que não autorizem sua voluntária participação deste estudo

assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido desta pesquisa, ou,

quando inviável assinatura, negando o uso da digital.

RISCOS

Na reposição de vitamina B12 através da via oral, há risco de o paciente não

seguir corretamente o tratamento a longo prazo. Caso a reposição de B12 oral

seja insatisfatória por longo período, poderá ocorrer deficiência nutricional

assintomática. Se mantida sem acompanhamento periódico adequado, poderá

gerar manifestações neuropsiquiátricas irreversíveis, anemia megaloblástica e

aparecimento da tríade fraqueza, glossite e parestesias. Estes riscos serão

evitados pelo acompanhamento periódico dos pacientes, caso detectado uma

necessidade nutricional de limite de risco, o paciente será submetido a

administração convencional de vitamina B12 via intramuscular. Além disso, há o

risco do viés de dados sobre a pesquisa que está sendo realizada através dos

pacientes, pesquisadores e pessoas envolvidas, mas este risco será evitado pelo

aleatorização da amostragem no estudo. Caso algum destes riscos venham

acontecer os pesquisadores se responsabilizam em oferecer orientação e

encaminhamento do paciente a profissionais multidisciplinares, se necessário.

BENEFÍCIOS

A partir dos resultados coletados, caso sejam satisfatórios para a reposição de

vitamina B12 por via oral nos pacientes submetidos à gastroplastia, os benefícios

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serão significativos para esses indivíduos. A administração intramuscular,

procedimento realizado em grande escala atualmente, é um procedimento

doloroso e desconfortável para o paciente, sendo, muitas vezes, motivo de

desistência da cirurgia. Além disso, permitirá ao paciente, junto com a equipe

multiprofissional de saúde, escolher a forma farmacêutica de apresentação de

vitamina B12 que melhor lhe convier, levando cada caso em consideração, o

contexto social e a facilidade de acesso a esses medicamentos.

ARMAZENAMENTO E ANÁLISE DE DADOS

A coleta de dados para esse estudo será realizada no consultório particular,

mediante consultas previamente agendadas, avaliando os resultados de exames

complementares periódicos a cada quatro meses durante um ano. A análise dos

dados será feita pela utilização de texto, tabelas ou gráficos, realizada de forma

eletrônica pelo Excel versão 2007 ou Word versão 2007, utilizando dessa forma

a análise estatística descritiva e quantitativa, que busca o melhor esclarecimento

e compreensão sobre o assunto. Todos os dados serão guardados por 5 (cinco)

anos e após serão deletados.

CRONOGRAMA

Cronograma

Etapas Jul/17 Jun/19 Nov/19 Jan/20 Maio/20 Dez/20

Submissão ao Comitê de Ética em Pesquisa

X

Coleta de Dados após aprovação pelo CEP MULTIVIX

X

X

Análise de dados

X

X

Redigir artigo científico X

Apresentação no Simpósio de Medicina na MULTIVIX

X

Divulgação externa dos resultados X

ORÇAMENTO

Elemento de despesa

Descrição Qtde Valor

unitário(R$) Total

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PREVENÇÃO DE RISCOS

Exames laboratoriais: dosagem Vit. B12 sérica periódica por paciente

480 52,00 24.960,00

TRATAMENTO Vitamina B12 oral 57.600 0,40 23.040,00

MATERIAL PERMANENTE

Microcomputador 1 1600,00 1600,00

Impressora 1 300,00 300,00

MATERIAL DE CONSUMO

Cartucho para impressora 1 60,00 60,00

Papel A4 (pacote 50 fls) 1 6,00 6,00

Gasolina 20 3,50 70,00

SERVIÇOS DE TERCEIROS

Impressão 50 0,20 10,00

Encadernação 1 3,00 3,00

TOTAL 50.049,00

Os exames laboratoriais periódicos e a Vitamina B12 via oral serão custeados

pelo paciente e os demais custos pelos pesquisadores.

RESULTADOS

Todos os resultados da pesquisa serão divulgados em forma de artigo científico

e publicados em revista científica de impacto na área do estudo. Além disso, os

resultados obtidos na pesquisa poderão ser apresentados em congressos e

eventos científicos.

Espera-se que com o conhecimento da alternativa de reposição da vitamina B12

via oral no estado do Espírito Santo contribua para que as equipes de saúde

consigam utilizar esse método, fornecendo ao paciente uma alternativa e melhor

conforto no tratamento.

CONCLUSÃO

A vitamina B12 poderá ter níveis decrescidos em pacientes após cirurgia

bariátrica e é essencial no estado nutricional destes pacientes. Diante disso, a

suplementação de B12, neste caso, ocorre, na maioria das vezes, como

administração parenteral (IM). Apesar de muito eficiente, a administração

intramuscular é um procedimento doloroso e gera grande incômodo aos

pacientes operados. Uma vez provada a eficiência no tratamento por via oral

deste nutriente, os pacientes seriam beneficiados por um tratamento mais

cômodo e sem dependência de terceiros, podendo refletir em uma melhor

adesão ao tratamento de reposição de vitamina B12.

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REFERÊNCIAS

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11 PANIZ, Clóvis et al. Fisiopatologia da deficiência de vitamina B12 e seu diagnóstico laboratorial. J BrasPatolMedLab, v. 41, n. 5, p. 323-34, Outubro 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/jbpml/v41n5/a07v41n5.pdf> Acesso em 25 de jun. 2017. 12 REPETTO, Giuseppe; RIZZOLLI, Jacqueline; BONATTO, Cassiane. Prevalência, riscos e soluções na obesidade e sobrepeso: Here, There, and Everywhere. Arq Bras Endocrinol Metab. 2003, vol.47, n.6, pp.633-635. Disponível em:<http://dx.doi.org/10.1590/S0004-27302003000600001> Acesso em 25 de jun. 2017. 13 ROCHA, José Carlos Gomes. Deficiência de vitamina b12 no pós-operatório de cirurgia bariátrica. InternationalJournalofNutrology, v.5, n.2, p. 82-89, mai/ago 2012. Disponível em: <http://www.abran.org.br/RevistaE/index.php/IJNutrology/article/viewFile/70/89>Acesso em 25 de jun. 2017. 14 TEDESCO, Amanda Kaseker et al.PRE- AND POSTOPERATIVE IN BARIATRIC SURGERY: SOME BIOCHEMICAL CHANGES. ABCD, Arq. Bras. Cir. Dig. 2016, vol.29, suppl.1, pp.67-71. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/0102-6720201600S10017> Acesso em 25 de jun. 2017. 15 TOREZAN, Erika Franco Gaeti. Revisão das principais deficiências de micronutrientes no pós-operatório do Bypass Gástrico em Y de Roux. International Journal Of Nutrology, [s. L.], v. 6, n. 1, p.37-42, abr. 2013. Disponível em: <http://www.abran.org.br/RevistaE/index.php/IJNutrology/article/viewFile/93/108> Acesso em 25 jun. 2017. 16 VANNUCCH, Helio; MONTEIRO, Thaís Helena. Funções Plenamente Reconhecidas de Nutrientes - Cobalamina (Vitamina B12). ILSI Brasil (2010). Disponível em <http://ilsi.org/brasil/wp-content/uploads/sites/9/2016/05/13-Cobalamina.pdf>Acesso em 25 de jun. 2017. 17 VIDAL-ALABALL, Josep; BUTLER, Christopher; CANNINGS-JOHN Rebecca et al. Oral vitamin B12 versus intramuscular vitamin B12 for vitamin B12 deficiency. Cochrane Database Syst. Rev, 2005. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5112015/>Acesso em 24 jun. 2017. 18 ZEVE, Jorge Luiz Mattos; NOVAIS, Poliana Oliveira; JÚNIOR, Nilvan Oliveira. Técnicas em cirurgia bariátrica: uma revisão da literatura.Revista Ciência & Saúde, Porto Alegre, v. 5, n. 2, p. 132-140, jul./dez. 2012. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.15448/1983-652X.2012.2.10966> Acesso em 25 de jun 2017. 19 Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e metabólica. Número de Cirurgias Bariátricas no Brasil cresce 7,5% em 2016. Disponível em: <http://www.sbcbm.org.br/wordpress/numero-de-cirurgias-bariatricas-no-brasil-cresce-75-em-2016> Acesso em 28 de jun de 2017. 20 BOR, Mustafa Vakur; CASTEL-ROBERTS, Kristina et al. Daily intake of 4 to 7 µg dietary vitamin B-12 is associated with steady concentrations of vitamin B-12–related biomarkers in a healthy young population. Am J Clin Nutr 2010 91: 3 571-577; 2010. Disponível em: <file:///C:/Windows/system32/config/systemprofile/Desktop/TRABALHO%20B12/Am%20J%20Clin%20Nutr-2010-Bor-571-7.pdf> Acesso em: 09 de jul. 2017.

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Médica. Sociedade Brasileira de Clínica Médica, São Paulo, p.123-124, maio/jun. 2008. 31 VOMERO, Nathália Dalcin; COLPO, Elisângela. Cuidados nutricionais na úlcera péptica. ABCD, arq. bras. cir. dig., São Paulo , v. 27, n. 4, p. 298-302, Dec. 2014. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-67202014000400298&lng=en&nrm=iso> Acesso em 09 jul. 2017.

VIABILIDADE DO POLO SUPERIOR DO BAÇO EM RATOS

Amanda Lessa Martins; Maria Luiza Font Juliá Grossi; Anna Bárbara Scárdua

Parreira; Luciene Lage da Motta; Marcela Souza Lima Paulo; Danilo Nagib

Salomão Paulo

Objetivo: Estudar a evolução do polo superior (PS) do baço após esplenectomia

subtotal com preservação do polo superior (ESTPS), em 80 dias.

Método: Dezessete ratos machos Wistar, pesando entre 278 e 359 (MA=

314,07), foram submetidos à ESTPS após a aprovação do Comitê de Ética da

Instituição em Pesquisa de animais de experimentação. A técnica cirúrgica

utilizada seguiu a proposta de Petroianu A. Os ratos foram anestesiados com

cloridrato de cetamina na dose de 75 mg/kg associado a cloridrato de xylasina,

via intraperitoneal. Durante a primeira cirurgia o PS esplênico foi medido

(comprimento, largura e espessura). Após as cirurgias os animais eram

colocados em gaiolas com controle de dieta e fazendo uso de medicamentos

analgésicos. Após 80 dias, uma segunda cirurgia foi realizada e o PS

remanescente foi avaliado em relação aos aspectos macroscópicos cor,

consistência, tamanho (comprimento, largura e espessura) e presença ou não

de fibrose e necrose. Os ratos foram eutanasiados. Resultado: Dois ratos, dos

operados, faleceram no transoperatório, portanto, excluídos da análise

estatística. Na análise macroscópica dos quinze polos esplênicos, treze estavam

viáveis e dois não foram encontrados, logo, foram considerados inviáveis. Ou

seja, 86,6% dos polos estavam presentes com características de viabilidade.

Ademais, houve aumento da largura, espessura e aumento significante do

comprimento do PS (p=0,04). Todos os ratos ganharam peso, sendo a média de

ganho de 191,4 gramas.

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Conclusão: O PS do baço dos ratos analisados manteve-se viável em 86,6%

dos casos após ESTPS em 80 dias.

PIELOPLASTIA VIDEOLAPAROSCÓPICA EM PACIENTE COM ESTENOSE

DE JUP: UM RELATO DE CASO

Bruno Rocha Moreira; Amanda Lessa Martins; Patrick Bolzan Guidoni; Isabella

Augusto Pascoal; Júlia Lessa Bretas; Gustavo Lopes Silva

Introdução: A estenose de junção ureteropélvica (JUP) é uma condição sem

causa elucidada, caracterizada pelo fechamento parcial ou total da junção entre

a pelve renal e o ureter, ocasionando acúmulo de urina e dilatação renal,

necessitando intervenção cirúrgica, pois pode gerar perda progressiva da função

renal. Embora a pieloplastia aberta ainda seja considerada o padrão-ouro,

técnicas mais atuais estão sendo aprimoradas, melhorando o prognóstico como

a pieloplastia videolaparoscópica. Este relato expõe e analisa uma pieloplastia

videolaparoscópica realizada no Hospital Santa Casa de Misericórdia de Vitória

– HSCMV.

Descrição do caso: Paciente masculino, 53 anos, casado, pardo, chega ao

HSCMV se queixando de muita dor lombar há algumas semanas. Nos exames

de imagem trazidos pelo paciente foi evidenciado uma hidronefrose esquerda

com quadro sugestivo de Estenose de JUP. Após definição do quadro, foi

indicada uma cintilografia renal que demonstrou uma hipofunção da filtração

glomerular do rim esquerdo com estase urinária de longa duração com resposta

moderada e clareamento parcial após o diurético. Visto a evolução da clínica,

recomendou-se uma pieloplastia. Contudo, durante o procedimento percebeu-se

que se tratava de uma estenose de JUP ‘’não-verdadeira’’ com uma variação

anatômica anômala do ureter que comprimia a passagem,

causando sintomatologia parecida com a Estenose ureteropélvica.

Comentários: A cirurgia ocorreu sem complicações e com boa recuperação pós-

cirúrgica. Cerca de 90% dos pacientes conseguem após a cirurgia, manter

estável e até mesmo recuperar uma parte da função renal no rim afetado. Os

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estudos sobre a estenose de JUP e outras anomalias associadas ainda são

escassos.

QUANTIFICAÇÃO DOS ESTOMAS CONFORME O TIPO E O TEMPO DE

PERMANÊNCIA EM PACIENTES CADASTRADOS NO NRE-

METROPOLITANO

Santos, Larissa Barbeiro; Gonçalves, Maria Eduarda Bonadiman; Barbosa,

Natália Almeida, Aguiar, Diego Moura de; Tavares, Rodrigo; Guerra, Maurício

Carvalho

Objetivo: Quantificar os tipos de estomas em relação ao tempo de permanência,

classificando-os em temporários e definitivos.

Método: Estudo transversal, retrospectivo descritivo, com inclusão de 1013

pacientes cadastrados no Programa de Atenção aos Estomizados (PAE). Dados

coletados de prontuários do PAE localizado no Núcleo Regional de

Especialidade Metropolitano (NRE Metropolitano) em abril de 2019. As variáveis

em análise foram o tipo de estoma e classificação do quanto ao tempo de

permanência.

Resultado: Em relação ao tipo de estoma, 759 (74,92%) são colostomias e 123

(12,14%) ileostomias. Quanto ao tempo de permanência, 521 (51,43%) são

definitivos, 476 (46,98%) temporários e 16 (1,58%) indefinidos.

Conclusão: A colostomia representa 74,92%, possivelmente devido a maior

incidência de neoplasia nessa região. 51,43% dos pacientes analisados

possuem estomas definitivos. Esses pacientes sofrem importantes modificações

na fisiologia, configuração corporal, qualidade de vida e no âmbito psicossocial.

Aqueles submetidos às estomias temporárias, apesar de representarem menos

da metade (46,98%), também sofrem essas alterações e necessitam de

assistência. Desse modo, é evidente a importância do conhecimento médico

acerca do encaminhamento dos pacientes estomizados ao programa de

referência de sua macrorregião de saúde. Além disso, é fundamental ampliar e

estimular a assistência prestada pelos Serviços de Saúde ao estomizado, por

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meio de uma rede de apoio social, através da equipe multidisciplinar com a

colaboração dos familiares para auxiliar os pacientes em sua adaptação.

Ademais, fica evidente a importância do PAE, no que se refere à caracterização

epidemiológica dos pacientes assistidos.

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES ESTOMIZADOS

CADASTRADOS NO NRE-METROPOLITANO

Santos, Larissa Barbeiro dos; Gonçalves, Maria Eduarda Bonadiman; Barbosa,

Natália Almeida; Aguiar, Diego Moura de; Tavares, Rodrigo; Guerra, Maurício

Carvalho

Objetivo: Avaliar o perfil epidemiológico de pacientes estomizados cadastrados

no Programa de Atenção aos Estomizados (PAE).

Método: Estudo transversal, retrospectivo descritivo, com amostragem de 1011

pacientes cadastrados no PAE. Os dados coletados foram obtidos de prontuários

do PAE, no Núcleo Regional de Especialidades Metropolitano em abril de 2019.

Foram analisados: tipo de estoma, CID, classificação quanto ao tempo de

permanência, faixa etária e gênero.

Resultado: Predominaram as colostomias temporárias 389 (51,52%), dentre

elas, 204 (52,44%) gênero masculino, 169 (43,44%) com idade maior que 60

anos, 154 (39,5%) neoplasias de cólon e reto, 29 (7,45%) traumatismo de órgãos

abdominais. Seguidas das colostomias definitivas 359 (47,54%), 185 (51,53%)

gênero feminino, 253 (70,47%) com idade maior que 60 anos, 259 neoplasias de

cólon e reto. As colostomias indefinidas representam 0,92%.

Conclusão: 51,52% foram colostomias temporárias, na qual predominou o

gênero masculino (52,44%) e maiores de 60 anos (43,44%), já nas definitivas

(47,54%) foram maiores de 60 anos (70,47%) e gênero feminino (51,52%).

Neoplasias, principalmente de cólon e reto, são a principal causa dos estomas

definitivos e temporários, além da etiologia traumática, uma também frequente

causa dos estomas temporários, pois, normalmente, o dano causado não é

permanente. Devido à grande incidência desses tipos de neoplasias fica

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evidente a necessidade de políticas públicas para o apoio ao estomizado, como

o PAE.

INFLUÊNCIA DOS SISTEMAS DE ATENDIMENTO À SAÚDE PRIVADOS E

PÚBLICO NA PREVISÃO DE REVERSÃO DOS ESTOMAS

Santos, Larissa Barbeiro dos; Gonçalves, Maria Eduarda Bonadiman; Barbosa,

Natália Almeida; Aguiar, Diego Moura de; Tavares, Rodrigo; Guerra, Maurício

Carvalho

Objetivo: Analisar a influência dos planos assistenciais de saúde na previsão da

reversão de estomas em pacientes cadastrados no Programa de Assistência ao

Estomizados (PAE) do NRE-Metropolitano.

Método: Estudo transversal, retrospectivo descritivo, com inclusão de 476

portadores de estomas temporários. Dados coletados de prontuários do PAE, no

NRE Metropolitano em abril de 2019. Variáveis analisadas: tipo de plano

assistencial de saúde, tipo de estoma temporário, tempo de permanência

conforme data de inclusão no PAE e previsão da reversão do estoma.

Resultado: Quanto ao tipo de estoma temporário, 389 (50,71%) colostomias e

74 (59,67%) ileostomias. Em relação ao tempo de permanência do estoma, 168

(78,5%) até 3 anos e 46 (21,49%) mais de 3 anos. Dos planos assistenciais à

saúde 69 (14,49%) privados e 401 (84,2%) públicos. 214 (44,9%) possuem

previsão de reversão, sendo desses 175 (81,8%) pela rede pública, 37 (17,2%)

pela rede privada, 155 (72,4%) com prazo de reversão vencido, sendo 34 (22%)

da rede privada e 121 (78%) da rede pública. 277 (58,19%) são sem informação

ou data de reversão prevista.

Conclusão: 44,9% possuem previsão de reversão, sendo 81,8% da rede

pública. 72,4% da rede privada apresentam prazo de reversão vencido,

possivelmente devido a não inclusão do procedimento de retirada do estoma

pelos planos ambulatoriais ou a não efetividade da portaria nº 400 de 16 de

novembro de 2009, que obriga os planos de saúde a fornecerem materiais e

ressarcirem gastos usados no procedimento.

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O GÊNERO FAZ DIFERENÇA NAS CARACTERÍSTICAS DA INFLAMAÇÃO

SISTÊMICA EM PACIENTES COM APENDICITE AGUDA

Camila Turra de Carvalho; Julia Sousa Passamani; Paulo Roberto Souza

Machado; Antônio Pôncio de Andrade; Álvaro Armando Carvalho de Morais

Objetivo: Avaliar alguns marcadores da resposta inflamatória em homens e

mulheres operados por apendicite aguda (AA), em toda a amostra e divididos em

três faixas etárias.

Método: Foram avaliados, retrospectivamente, 462 pacientes operados por

AA. Como marcadores da resposta inflamatória foram utilizados: leucócitos,

neutrófilos, linfócitos, monócitos, plaquetas, relação neutrófilos/linfócitos (RNL),

relação plaquetas/linfócitos (RPL), relação linfócitos/monócitos (RLM) e proteína

C reativa (PCR). Utilizou-se o último hemograma e a última dosagem de PCR

avaliados antes da operação. Os pacientes foram analisados em conjunto e

divididos em três grupos de acordo com a idade: inferior a 15, entre 15 e 50, e

superior a 50 anos.

Resultados: Dos 462 pacientes analisados, 233 (50,4%) eram homens; 330

(71,4%) tiveram AA não complicada. Avaliando-se todos os pacientes, observou-

se que os valores de linfócitos, plaquetas e RLM eram menores, e de monócitos

e RNL maiores nos homens; não havia diferença de leucócitos, RPL e PCR entre

homens e mulheres. Quando se estratificou por faixa etária, nos pacientes com

idade inferior a 15 anos e naqueles com idade superior a 50 anos, não houve

diferença entre os sexos em relação a todos os marcadores inflamatórios

analisados. Mas nos doentes com idade entre 15 e 50 anos, houve diferença

entre linfócitos, monócitos, plaquetas, RNL e RPL, sempre indicando maior

gravidade nos homens.

Conclusão: Houve diferença em alguns marcadores da inflamatória sistêmica

entre homens e mulheres operados por AA com idade entre 15 e 50 anos, com

um perfil que sugere pior prognóstico nos homens.

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CARACTERÍSTICAS DA DOENÇA E EVOLUÇÃO PÓS-OPERATÓRIA NA

APENDICITE AGUDA: O GÊNERO FAZ DIFERENÇA?

Julia Sousa Passamani; Camila Turra de Carvalho; Gustavo Coelho Bravim;

Antônio Pôncio de Andrade; Álvaro Armando Carvalho De Morais

Objetivo: Comparar as características da doença e a evolução pós-operatória

em homens e mulheres operados por apendicite aguda (AA).

Método: Foram avaliados, retrospectivamente, 462 pacientes operados por AA,

95,9% por acesso videolaparoscópico. Definiu-se como apendicite não

complicada a forma edematosa e apendicite complicada quando havia abscesso,

peritonite, gangrena ou perfuração. Os pacientes foram analisados em conjunto

e divididos em três grupos de acordo com a idade: inferior a 15, entre 15 e 50, e

superior a 50 anos.

Resultados: Dos 462 pacientes analisados, 233 (50,4%) eram homens; 330

(71,4%) tiveram AA não complicada. Ocorreram complicações em 7,8% dos

casos e um óbito em paciente idosa, com a forma complicada da doença e várias

comorbidades. Comparando-se mulheres e homens, não houve diferença

estatisticamente significante em relação à idade (32 ± 16 e 29 ± 16), percentual

de AA complicadas [62 casos (27,6%) e 69 (29,2%)], complicações pós-

operatórias [17 casos (7,5%) e 19 (8,1%)] e tempo de internação (3 ± 2 dias em

ambos). Na distribuição por faixa etária, apesar de existir menor percentual de

AA complicadas, menos complicações pós-operatórias e menor tempo de

internação nos pacientes com idade entre 15 e 50 anos, não houve diferença

entre homens e mulheres nos três grupos.

Conclusão: Não houve diferença estatisticamente significante, entre homens e

mulheres, em relação ao percentual de formas não complicada e complicada de

AA, à incidência de complicações pós-operatórias e ao tempo de internação,

tanto em toda a amostra quanto nas três faixas etárias analisadas.

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LINFOHEMANGIOMA NASAL DE CRESCIMENTO RÁPIDO EM PACIENTE

JOVEM

Mylene Bastos Barbosa; Igor Peixoto Biral; Karoline Fardim Sartori; Patrícia

Henriques Lyra Frasson; Márcio Bonatto Júnior; Rafael Lopes Moraes

O hemangioma é um dos tumores vasculares benignos mais frequentes na

criança. É comum no sexo feminino, 3 a 5 vezes maior que no masculino e, cerca

de 70% das lesões evoluem aos 7 anos de idade. Esse relato refere- se a um

caso de hemangioma com evolução e crescimento rápidos em paciente jovem.

Paciente L.F.S., feminina, 23 anos, solteira, residente de Vila Velha, ES,

internada dia 27/06/2018 na unidade de Cirurgia Plástica, relata crescimento,

aos 14 anos de idade, de mancha avermelhada em ponta nasal, indolor,

associada à parestesia e sangramento. Relata crescimento mais acelerado

durante a gravidez. Tratada inicialmente com duas embolizações (última em

2015), com melhora do sangramento. Ressonância magnética realizado dia

26/05/2018 mostra espessamento tecidual de limites imprecisos comprometendo

plano cutâneo e subcutâneo nasal, de provável natureza vascular,

possivelmente hemangioma, lesão restrita às partes moles sem sinais de erosão

das estruturas osteocartilaginosas subjacentes. Realizado cirurgia de ressecção,

observado deslocamento e adelgaçamento da cartilagem alar esquerda, sem

intercorrências, dia 27/06/2018, após diagnóstico histopatológico de

linfohemangioma. Alta dia 28/06/2018, com cicatriz cirúrgica de excelente

aspecto, sem sinais flogísticos ou deiscências. Paciente mantém

acompanhamento ambulatorial. Apesar de ser uma lesão que pode regredir com

a idade, este caso não houve regressão e sim uma proliferação do

linfohemangiona. Nesses casos em que há a proliferação ativa do tumor, é

indicada como tratamento a cirurgia, que possui baixo risco de complicação e é

considerada uma alternativa eficaz, o que foi obtido no caso apresentado.

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A TÉCNICA DE MILLIGAN-MORGAN PARA HEMORROIDECTOMIA E SUA

CONTRIBUIÇÃO PARA A COLOPROCTOLOGIA: UMA REVISÃO DA

LITERATURA

Bruno Rocha Moreira; Matheus Kuster Ronconi; Pedro Leonardo Miranda

Siqueira; Vinicius Veloso Cavassani

Objetivos: Analisar a eficácia para a resolução definitiva do quadro de doença

hemorroidária (DH) ao empregar a técnica de Milligan e Morgan e suas

complicações mais comuns presentes na literatura, avaliando assim a sua

colaboração para a coloproctologia.

Metodologia: Foi realizada uma revisão da literatura utilizando as bases Scielo,

Thieme Medical Publishers; e E-volution. Elsevier, Revista Brasileira de

Coloproctologia. A pesquisa inclui artigos de revisão, metanálises, estudos

clínicos, tratados, projetos de referências e outros, publicados. Não houve

restrição ao idioma nem ao período de publicação.

Resultado: Os artigos ressaltaram que a hemorroidectomia aberta ainda é

considerada o "padrão ouro", já que é a técnica de melhor desempenho. No

entanto, a dor pós-operatória continua sendo um grande desafio. Todavia, a taxa

de recidiva na literatura recente se mostrou menor em relação às técnicas como

a hemorroidopexia por grampeamento. Além disso, as complicações como

sangramentos, necrose, edema, doença residual e estenose anal não

ultrapassam 15% dos acometimentos pós-cirúrgicos.

Conclusão: Os estudos e atualizações ainda são escassos e precisam ser

valorizados. A contribuição da técnica de Milligan-Morgan mesmo após 80 anos

é relevante e significativa para a coloproctologia, pois a DH atinge cerca de 4%

da população mundial e tem prevalência de mais de 40% nos indivíduos com

mais de 50 anos. Assim, a terapia cirúrgica ainda é a técnica que garante

resultados significativamente melhores do que aqueles obtidos com terapias

conservadoras, especialmente para as hemorróidas grau III e IV.

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RETOSIGMOIDECTOMIA ABDOMINAL, INDICAÇÕES PRINCIPAIS E

QUANDO REALIZAR VIA CONVENCIONAL OU LAPAROSCOPIA: UMA

REVISÃO DA LITERATURA

Bruno Rocha Moreira, Matheus Kuster Ronconi, Pedro Leonardo Miranda

Siqueira, Vinicius Veloso Cavassani

Objetivo: Este trabalho tem por objetivo esclarecer quais são as principais

indicações para a retossigmoidectomia abdominal e em qual dessas indicações

seria mais adequado utilizar a via convencional ou laparoscópica.

Método: Foi realizada uma revisão literária utilizando as bases Scielo, PubMed

e E- volution. Não houve restrição ao idioma nem ao período de publicação. A

pesquisa inclui, mas não foi limitada, aos artigos de revisão, metanálises,

estudos clínicos, projetos de referências e outros, publicados. Os seguintes

unitermos foram utilizados: Retossigmoidectomia, Cirurgia de Dixon, via de

acesso convencional e via de acesso laparoscópica.

Resultados: Dentre os artigos, livros e trabalhos estudados, ficou evidente que

a retossigmoidectomia abdominal pode ser amplamente empregada, como em

correção do prolapso retal que por meio da via abdominal pode ser mobilizado e

fixado de maneira adequada, além de pode haver correção de defeitos

simultâneos como o reparo do assoalho pélvico. Outra indicação importante é no

tratamento de câncer colorretal. A definição de qual via de acesso utilizar fica

inerente à subjetividade do cirurgião, estudos demonstram que ambos

apresentam desvantagens e vantagens, sendo equivalentes em relação a

sobrevida do paciente.

Conclusão: Dessa forma, identifica-se que uma das principais indicações da

Retossigmoidectomia é o tratamento de câncer colorretal. Ademais, no tocante

a definir qual método utilizar em determinada indicação para melhor orientação

do profissional, esbarra-se em um empecilho que é a escassez de material em

relação a esse importante ponto.

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A IMPORTÂNCIA DA CAPACITAÇÃO TEÓRICO: PRÁTICA EM NÓS E

SUTURA PARA O ACADÊMICO DE MEDICINA

Emmyli Nunes de Freitas; Amanda Pylro Betzel; André Comarella Coutinho;

Érica Patrícia Ramalho de Caldas; Gabriel Barbosa Valadão Almeida; José

Tadeu Carvalho Martins

Objetivos: Demonstrar a importância de curso de capacitação teórico-prático

em nós e sutura para o acadêmico de medicina.

Métodos: O curso teórico – prático é desenvolvido semestralmente por uma liga

acadêmica de cirurgia de Vila Velha. As aulas teóricas são ministradas pelos

membros da liga sendo coordenadas pelo cirurgião responsável. Em todo

momento há monitores ligantes para auxiliar os inscritos em seu processo de

aprendizagem. A capacitação é feita em dois dias com a duração total de 6

horas. O primeiro dia consiste em aulas teóricas seguidas de prática de nó

simples, nó quadrado, nó duplo e ponto simples. O segundo dia, segue com a

didática abordando: ponto simples interrompido, ponto Blair Donatti, ponto

simples contínuo e ponto intradérmico. Todos os pontos são treinados em língua

bovina com a finalidade de simular situações encontradas na prática médica

Resultados: Através da exposição teórica inicial e da posterior parte prática

realizada pelos participantes com acompanhamento de monitores, o curso se

torna um instrumento de construção e aperfeiçoamento do aprendizado em nós

e suturas. Dessa forma, a capacitação permite não só a aquisição de

conhecimentos e habilidades manuais para os alunos que ainda não tiveram

técnica operatória em sua grade curricular, como também, a fixação e

consolidação do conteúdo pelos ligantes mais experientes que ministram as

aulas ou monitoram os participantes.

Conclusão: A capacitação teórico-prática em nós e suturas proporciona meios

adequados para que o acadêmico de medicina aprimore suas habilidades

durante a sua graduação que serão essenciais para a prática médica futura.

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A SATISFAÇÃO DE UM ACADÊMICO DE MEDICINA EM PARTICIPAR DE

UMA LIGA DE CIRURGIA

Emmyli Nunes de Freitas; Eduarda Dumer Lube; Fabrícia Oliveira Sandoval

Carvalho; Paula Barcelos dos Santos; Raiana Barcellos Caludio; José Tadeu

Carvalho Martins

OBJETIVOS: Foi feito um estudo descritivo quantitativo com o objetivo de relatar

a experiência de participação na Liga de cirurgia de acadêmicos de medicina.

Métodos: Composta por 29 acadêmicos de medicina e 2 professores cirurgiões

orientadores, a Liga de cirurgia realiza encontros quinzenais que intercalam

aulas teóricas, apresentação de casos clínicos, aulas de anatomia orientadas

para cirurgia e capacitação teórico-prática em nós e sutura. Um questionário no

modelo Likert de satisfação foi aplicado a 19 ligantes em junho de 2019,

respondendo à pergunta “Como está a sua satisfação em relação aos

conhecimentos adquiridos por meio da liga?” cujas respostas podiam ser: muito

insatisfeita; insatisfeito; nem insatisfeito, nem satisfeito; satisfeito e muito

satisfeito.

Resultados: Os resultados encontrados foram: 36,8% dos alunos participantes

da pesquisa (n=7) se encontram muito satisfeitos com os seus conhecimentos

adquiridos por meio das atividades da liga de cirurgia; 36,8% (n=7) se

consideram satisfeitos; 10,5% se avaliaram como nem insatisfeito, nem

satisfeito; porém, 15,8% (n=3) dos discentes se encontram insatisfeitos; e

nenhum muito insatisfeito com o seu aprendizado.

Conclusões: A liga acadêmica por ser constituída de alunos com o objetivo de

ampliar o aprendizado em uma área especifica, facilita a troca de conhecimentos

e permite uma maior integração. Além disso, a maioria dos participantes

reconhece a sua importância na vida acadêmica. É importante que cada vez

mais estudantes se unam com o objetivo de crescimento intelectual, além de

melhorar e inovar cada vez mais as atividades das ligas para que elas se

fortaleçam nas escolas de medicina.

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COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS EM PACIENTES SUBMETIDOS À

REVERSÃO DE ESTOMA, COM E SEM PREPARO DE CÓLON, NO

AMBULATÓRIO DE REVERSÃO DOS ESTOMAS (ARE) DO HOSPITAL

SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA (HSCMV-ES)

Carla Campos Miranda; Ingrid Ardisson Colodete; Mayara da Silva, Mauricio de

Carvalho Guerra

Objetivo: Analisar e comparar as complicações pós-operatórias em pacientes

submetidos à reversão de estoma com e sem preparo de cólon no ARE do

HSCMV-ES.

Método: Estudo longitudinal, retrospectivo, com análise dos dados coletados a

partir dos prontuários de pacientes atendidos no ARE do HSCMV - ES. A

amostra consta de 133 pacientes adultos, de ambos os sexos operados entre

fevereiro de 2012 a maio de 2017.

Resultado: No sítio do estoma foi observado 44,3% de complicações nos

pacientes com preparo de cólon e 36,5% nos pacientes sem preparo (p=0,774).

CONCLUSÕES: Não houve diferença significativa entre os grupos com e sem

preparo de cólon em relação às complicações pós-operatórias nos campos

analisados.

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TEMPO DE INTERNAÇÃO TOTAL EM PACIENTES SUBMETIDOS À

REVERSÃO DE ESTOMA, COM E SEM PREPARO DE CÓLON, NO

AMBULATÓRIO DE REVERSÃO DOS ESTOMAS (ARE) DO HOSPITAL

SANTA CASA DE MISERICÓRIDA DE VITÓRIA (HSCMV-ES)

Carla Campos Miranda; Ingrid Ardisson Colodete; Mayara da Silva, Mauricio de

Carvalho Guerra

Objetivo: Analisar o tempo de internação total em pacientes submetidos à

reversão de estoma com e sem preparo de cólon dos pacientes cadastrados no

ARE do HSCMV-ES.

Método: Estudo longitudinal, retrospectivo, com análise dos dados coletados a

partir dos prontuários de pacientes cadastrados no ARE do HSMCV-ES. A

amostra consta de 133 pacientes adultos, de ambos os sexos operados entre

fevereiro de 2012 a maio de 2017.

Resultado: O tempo de internação total foi de 6 ± 4 dias (3 a 31 dias) nos

pacientes com preparo de cólon e de 6 ± 8 dias (3 a 60 dias) nos sem preparo

de cólon (p=0,661). Discriminando tipo de estoma, foi observado nos pacientes

com colostomia em alça um tempo de internação total de 6 ± 2 dias (4 a 11 dias)

nos pacientes com preparo de cólon e de 7 ± 11 dias (3 a 60 dias) nos sem

preparo de cólon (p=0,019). Nos pacientes com estoma terminal o tempo de

internação total foi de 6 ± 2 dias (3 a 10 dias) nos pacientes com preparo de

cólon e de 8 ± 5 dias (3 a 25 dias) nos sem preparo de cólon (p=0,174).

Conclusões: Foi observada diferença significativa do tempo de internação total

apenas para o grupo de colostomia em alça sem preparo de cólon.

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PERFIL SOCIOEPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES PORTADORES DE

ESTOMA ABDOMINAL TEMPORÁRIA (EAT) CADASTRADOS NO

AMBULATÓRIO DE REVERSÃO DOS ESTOMAS (ARE) DO HOSPITAL

SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA (HSCMV) – ES

Carla Campos Miranda, Ingrid Ardisson Colodete, Mayara Da Silva, Mauricio De

Carvalho Guerra

Objetivo: Descrever perfil socioepidemiológico de pacientes portadores de EAT

cadastrados no ARE do HSCMV.

Método: Estudo longitudinal, retrospectivo, com análise dos dados coletados a

partir dos prontuários de pacientes atendidos no Ambulatório de Reversão de

Estomas do Hospital Santa Casa de Misericórdia de Vitória-ES. A amostra

consta de 133 pacientes adultos, de ambos os sexos operados entre fevereiro

de 2012 a maio de 2017. As variáveis em análise foram: idade, sexo, etnia ou

raça, Índice de Massa Corporal (IMC), escolaridade, ocupação, renda, hábitos

de vida e comorbidades.

Resultados: A média de idade dos pacientes foi de 44 ± 17 (15 a 77).

Predominaram homens (69,4%), de cor branca (46%), eutróficos (39,5%), com

ensino fundamental incompleto (33,9%), renda entre um e dois salários mínimos

(33,3%) e a maioria recebia auxílio do INSS (19,4%). Quanto aos hábitos de vida

a maioria negou vícios (37,1%) e não possuíam comorbidades (54,8%).

Conclusões: Neste estudo, a população foi predominantemente de adultos

jovens brancos, com baixo nível socioeconômico, sem vícios e sem

comorbidades conhecidas.

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TEMPO DE ESPERA PARA REVERSÃO DE ESTOMAS ABDOMINAIS

TEMPORÁRIOS (EAT) EM PACIENTES CADASTRADOS NO AMBULATÓRIO

DE REVERSÃO DOS ESTOMAS (ARE) DO HOSPITAL SANTA CASA DE

MISERICÓRDIA DE VITÓRIA (HSCMV-ES)

Carla Campos Miranda, Ingrid Ardisson Colodete, Mayara Da Silva, Mauricio De

Carvalho Guerra

Objetivo: Avaliar o intervalo do tempo de espera entre a confecção do estoma

e a primeira consulta pré-operatória (confecção-consulta), entre a primeira

consulta pré-operatória até a operação de reversão (consulta-reversão) e entre

a confecção do estoma e a operação de reversão (confecção-reversão) dos

pacientes cadastrados no ARE do HSCMV-ES.

Método: Estudo longitudinal, retrospectivo, com análise dos dados coletados a

partir dos prontuários dos pacientes atendidos no ARE do HSCMV-ES. A

amostra consta de 133 pacientes adultos, de ambos os sexos operados entre

fevereiro de 2012 a maio de 2017.

Resultado: A média do tempo de espera confecção-reversão foi de cerca de 24

meses (663 ± 551 dias), do tempo de espera confecção-consulta foi de cerca de

14 meses (441 ± 514 dias) e do tempo consulta-reversão foi de cerca de 7 meses

(214 ± 199 dias).

Conclusões: Neste estudo, observou-se que o intervalo do tempo de espera

para reversão do estoma foi prolongado, fator que pode estar associado à

dependência dos pacientes do Sistema Único de Saúde.

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PERFIL ETIOLÓGICO DOS ESTOMAS ABDOMINAIS TEMPORÁRIOS EM

PACIENTES CADASTRADOS NO AMBULATÓRIO DE REVERSÃO DOS

ESTOMAS (ARE) DO HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE

VITÓRIA (HSCMV-ES)

Carla Campos Miranda, Ingrid Ardisson Colodete, Mayara da Silva, Mauricio de

Carvalho Guerra

Objetivo: Descrever a etiologia dos estomas abdominais temporários em

pacientes cadastrados no ARE do HSCMV-ES.

Método: Estudo longitudinal, retrospectivo, com análise dos dados coletados a

partir dos prontuários de pacientes atendidos no Ambulatório de Reversão de

Estomas do Hospital Santa Casa de Misericórdia de Vitória-ES. A amostra

consta de 133 pacientes adultos, de ambos os sexos operados entre fevereiro

de 2012 a maio de 2017.

Resultado: As três etiologias mais frequentes para confecção de estoma neste

estudo foram perfuração por arma de fogo (24,2%), diverticulite complicada

(12,1%) e câncer de cólon (11,3%).

Conclusões: Neste estudo, foi possível observar que os dados do nosso serviço

de cirurgia geral estão em consonância com os dados nacionais.

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TRANSPLANTE DE RIM: TEMPO DE ESPERA NA FILA, TIPOS DE DOADOR

E NECESSIDADE DE RETRANSPLANTE DOS PACIENTES A ESPERA PARA

TRANSPLANTE RENAL NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO – ES

Bárbara Ahnert Blanco de Moura Magalhães, Lucas Durão de Lemos, Lara Pin

Venturini, Larissa Strutz Salviato, Victor Catrinque Nascimento; Mayara da Silva

Objetivo: Descrever o tempo médio de espera na fila para transplante renal, os

tipos de doador e a necessidade de retransplante dos pacientes à espera por

transplante renal no ES.

Método: Estudo retrospectivo, transversal, descritivo e analítico. Os dados foram

coletados na Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos do

Espírito Santo (CNCDO/ES) por meio do Sistema Nacional de Transplantes

(SNT). A amostra foi constituída pelos pacientes que permaneceram em lista de

espera para transplante renal no ES no período de janeiro de 2015 a janeiro de

2018.

Resultados: O tempo médio de espera dos 608 pacientes do estudo foi de 299

dias. Em relação aos tipos de doadores, 97,2% dos pacientes receberam rim de

doadores falecidos, 2,6% de doador vivo aparentado e 0,2% de doador vivo não

aparentado. Quanto à necessidade de retransplante, 99,5% dos transplantes

foram válidos e em 0,3% houve perda do enxerto devido à trombose venosa e

0,2% devido a outras causas.

Conclusões: Neste trabalho foi observado um tempo médio de espera de 299

dias, o que pode ser decorrente da grande demanda por este órgão no ES. Pode

ser constatado também, que houve sucesso na maioria dos transplantes e que

boa parte dos rins transplantados era de doador falecido, o que pode sugerir boa

adesão à conscientização quanto à doação de órgãos no ES.

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