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ADRIANORIBEIRO:Esperamosque a nossacoernciasejareconhecida
nas urnas
ERMESINDEN. 904 ANO LIII/LV 30 de abril de 2013 DIRETORA: Fernanda Lage PREO: 1,00 Euros (IVA includo) Tel.s: 229757611 / 229758526 / 938770762 Fax: 229759006 Redao: Largo Antnio da Silva Moreira, Casa 2, 4445-280 Ermesinde E-mail: [email protected]
A VOZ DEA VOZ DE
ERMESINDEMAIS DE 50ANOS E MAIS DE 900NMEROS! M E N S R I O
TAXA PAGAPORTUGAL
4440 VALONGO
DESTAQUE
FUTEBOLEntrevistacom a ComissoAdministrativado Formiga
Pg. III
A V o z d e E r m e s i n d e - p g i n a w e b : h t t p : / / w w w . a v o z d e er m e s i n d e . c o m /
ASSEMBLEIADE FREGUESIADE ERMESINDE
Limitesda freguesiae Contasde 2012aprovados
PG. 3ASSEMBLEIAMUNICIPALDE VALONGO
Satisfeitacom acordo
sobre territrioentre todasas freguesias
Pg. 7CMARAMUNICIPALDE VALONGORegulamentode Propagandapoltica epublicidade... a escaldar!
Pg. 8ASSEMBLEIAMUNICIPAL
DE JOVENSQuais so osproblemasdo municpio?
Pg. 9
Comemoraesdo 25 de Abrilem Ermesinde
Pg. 10
Acompanhe tambm A Voz de Ermesinde online no facebook
Adriano Ribeiro, operrio metalrgico aposen-tado e conhecido autarca local do PCP que che-gou poltica pela mo do MDP/CDE aps o 25de Abril, o cabea de lista da CDU presidnciada Cmara Municipal de Valongo nas prximas
eleies autrquicas. Aderiu ao PCP no 25 de No-vembro, porque nas horas difceis que a gen-te tem que se definir.Pg.s 4, 5 e 6
FOTO UUURSULA ZANGGER
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2 A Voz de Ermesinde 30 de abril de 2013Destaque
FERNANDA LAGEDIRETORA
Rituais de primavera
EDITOR
IAL
Hoje so muito raras as pessoas que continuam a colocar
giestas nas portas, a porta deixou de ser o limite daprivacidade, a comunicao social invade-nos e os demnios
entram nas nossas casas com giestas ou sem elas, eles
continuam por a, difcil encontrar rituais que os expulsem
No sul do Pas a tradio dos Maios e das Maias, bonecos
feitos de palha centeia vestidos de trapos ainda no se
perdeu de todo, que o digam os habitantes de Olho.
Depois das Maias e dos Maios, o Dia da Espiga.
Herdeiros de tradies ancestrais, os portugueses
sempre souberam associar as velhas lendas, crenas e
memrias ao calendrio litrgico, como no Dia da Espiga.
Associado 5 feira da Ascenso,
quarenta dias depois da Pscoa,
temos o Dia da Espiga, foi noutros
tempo um dos feriados mais santos,
at este j acabou h muito!...
Dia sagrado e festivo em que o
trabalho era completamente posto de
parte, nalgumas regies at as re-
feies eram preparadas de vspera.
Nesse dia destaca-se o perodo
que vai do meio-dia uma hora da
tarde a Hora
Era tempo mgico em que a gua
no corre no rio, os pssaros no
bolem no ninho, o po no leveda, o
leite no coalha. (1)
As pessoas iam ao campo apanhara espiga, raminho constitudo por
espigas de cereais, pampilhos, mar-
garidas, papoilas e ranquinhos de
oliveira, todas estas plantas com um
significado simblico. A espiga era
guardada na cozinha ou na sala at ao ano seguinte.
A primavera foi e continua a ser motivo de inspirao e
renovao cultural, disso testemunho a Sagrao da
Primavera, criao do msico Igor Stravinsky, do filsofo e
pintor Nicholas Roerich e do coregrafo Vaslav Nijinsky, que
marcou a histria da msica e da dana do sculo XX. Mais
uma vez um exemplo de rutura e inovao to necessria
nos nossos tempos.
(1) Ernesto Veiga de Oliveira, Festividades Cclicas em Portugal, Publicaes Dom
Quixote,1984.
humanidade, atenta ao meio que a envolve,
sempre encontrou explicaes e signi-ficados para a transformao do tempo,
com especial incidncia nas mudanas
das estaes do ano.
A primavera no entanto aquela queAapresenta um maior nmero de inventos e rituais,
muitos deles atualmente associados a atos ou
acontecimentos religiosos.
Com o incio da primavera tudo se quer puro e limpo,
poca das grandes limpezas e recuperao das casas,
a Pscoa esse marco cheio de significado em que
se preparam e enfeitam as
casas para receber o Senhor.
Segue-se o Primeiro de Maio
com toda a tradio dos Maios
e das Maias, o Pas enfeitava-
se de flores das giestas as
maias para que o carrapato
no entrasse nas casas.
Lembro-me de, na Maia, se
fazerem coroas com giestas e
rosas que se colocavam nos
portes e portas de entrada das
casas de lavoura e de ter an-
dado vestida de branco com
uma coroa de maias com brin-
cos de princesa.
Estes festejos do Primeiro deMaio nada tm a ver com o Dia
do Trabalhador, refiro-me a outro
tipo de cerimnias, de crenas
pags muito antigas, em que se
acredita que o Primeiro de Maio
corresponde noite de Valpurgis, que a demonologia
medieval germnica povoou de bruxas invisveis que
andavam no ar a praticar as suas obras infernais,
certamente por herana da crena pag nos espritos
nocivos do Inverno e da Morte, de que era necessrio
purificar ritualmente a terra no incio do ano agrrio. (1)
Em Portugal as flores so as maias, mas nos ltimos
anos j poucas so as pessoas que as colocam nas
casas. Quando era pequena lembro-me de ver maias
nas casas, nos carros de bois, nos animais e at nas
mquinas dos comboios.
IMAGEM DE ARQUIVO
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30 de abril de 2013 A Voz de Ermesinde 3Destaque
ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE ERMESINDE
MIGUEL BARROS
Foi com o habitual perodode informaes que o presidente
da AFE, Raul Santos, deu incio
aos trabalhos, dando ento contado pedido de substituio por
parte do deputado Jorge Aguiar,o qual pretendia agora integrar a
Assembleia na qualidade de in-dependente, aps a sua recente
sada da bancada da Coragem deMudar (CM). Posteriormente foi
dada a palavra aos membros daAFE na qual Jorge Aguiar j se
fazia representar como indepen-
dente perodo preenchido qua-
se na sua totalidade pela CDU,
fora poltica que pela voz de
Snia Sousa comearia por traar
uma espcie de balano das co-
memoraes da vspera alusivasao 25 de Abril levadas a cabo
pela Junta de Freguesia de Er-
mesinde (JFE). A autarca comu-
nista recordou ento que a ideia
comum retirada dos discursos de
todas as foras partidrias com
assento na AFE no decorrer das
cerimnias das citadas comemo-
raes focou a necessidade de fa-
zer com que os ideais do 25 de
Abril estivessem mais presen-
tes na atualidade, e que esta data
no se limitasse a ser apenas um
mero facto histrico. Mas como
da teoria prtica o caminho
longo, Snia Sousa criticou a Jun-ta de pouco estar a fazer para man-
ter o esprito de Abril vivo entre
a comunidade local, j que em seuentender as comemoraes da his-trica data tm vindo a perder al-
gum dinamismo. Exemplificouesta sua opinio com o facto de a
Corrida Juvenil 25 de Abril ter
deixado de ser realizada em si-
multneo com as habituais inter-
venes das foras partidrias na
assembleia, o que atraa muita
gente ao exterior do edifcio da
JFE, pequenos e grados, s cen-
tenas, e consequentemente uma
maior envolvncia da populao
na iniciativa. Lamentaria o fim da
prova Ermesinde Corre Livre
direcionada populao adulta
, do concurso de cartazes desti-nado comunidade escolar, e dos
debates com esta mesma comu-nidade em volta da temtica do
25 de Abril, questionando emseguida o porqu de a Junta ter
acabado com estas iniciativas,acrescentando que estas no tra-
ziam qualquer custo adicional
edilidade.
Na resposta o presidente da
JFE, Lus Ramalho, referiu que
as comemoraes deste ano ha-
viam sido divididas em trs mo-mentos o concerto Memrias
Partilhadas na noite de 24, o tra-
dicional hasteamento da bandei-
ra seguido das intervenes pol-
ticas na manh de 25, e a corrida
juvenil na parte da tarde deste
mesmo dia e que tinha pena de
s ter visto a autarca da CDU
apenas num deles o das inter-
venes partidrias , explican-
do ainda que a caminhada Er-
mesinde Corre Livre no se fez
porque, contrariamente ao que
Snia Sousa havia dito, a realiza-
o do evento custa dinheiro, j
que seria necessrio pagar pol-
cia. O concurso de cartazes noteve este ano continuidade devi-
do a alguns problemas que surgi-ram na edio passada, enquanto
que sobre a corrida juvenil oautarca sublinhou a excelncia da
prova deste ano, muito partici-
pada, classificando-a mesmo de
sonho, voltando a frisar que ha-
via tido pena de no ter visto
Snia Sousa por l! A resposta
desta no se fez esperar, e at
com algum sentido de humor
mistura, dizendo que Ramalho
deveria era querer ver os er-
mesindenses nas iniciativas da
Junta, e no ela em particular, no
querendo que o presidente orga-
nizasse propositadamente a cor-
rida para a ver por l, at porque
era uma mulher casada!
Sem perder o fio meada
Snia Sousa colocaria ainda em
cima da mesa algumas questes,
entre outras saber onde era apli-
cado o dinheiro proveniente das
vendas da Loja Social da JFE,
mais precisamente se este era
direcionado para a ajuda aos ci-
dados mais carenciados, e se asituao (da colocao) das m-
quinas do andante no apeadeiro
da Travagem j estava resolvida.Sobre a primeira questo LusRamalho disse que a receita pro-
veniente da Loja Social serve es-sencialmente para suportar os
custos do espao e pagar s duasfuncionrias que ali trabalham,
acrescentando que nenhuma ver-
ba proveniente de receitas pode
ser includa na rubrica de apoio
s famlias (carenciadas). Quan-
to segunda questo referiu que
a Junta havia recebido a informa-
o de que o assunto estava ain-
da a ser estudado.
Ainda antes da entrada no
perodo da Ordem do Dia Lus
Ramalho lanou um apelo
assembleia, para que todos par-
ticipassem na sesso de fados afavor de Iara, uma menina quei-
mada com leo num restaurante,
cuja famlia se encontra sem re-
cursos financeiros aps a luta ju-
dicial travada com o espao co-
mercial no sentido de conseguir
uma indemnizao que possa su-
portar os tratamentos da meni-
na. Espetculo de solidariedade
este que se realiza no prximo dia
12 de maio, e ter lugar no Frum
Cultural de Ermesinde, sendo que
os interessados em contribuir
para esta causa podem adquirir
os bilhetes ou na sede da JFE ou
no prprio local do evento.
Perododa Ordem do Dia
Aps a aprovao por maio-
ria da ata da reunio anterior
com trs abstenes justificadas
com o facto de os seus votan-
tes no terem estado na referida
sesso Raul Santos colocaria em
cima da mesa os pontos da Or-
dem de Trabalhos, comeando
com a votao da proposta sobre
os limites da freguesia. Aps umadetalhada explicao sobre a co-misso que acompanhou a dis-
cusso e anlise aos limitesterritoriais das cinco freguesias do
nosso concelho, Raul Santos in-formaria que as negociaes,
digamos assim, entre as juntas de
Ermesinde e Alfena haviam sido
pacficas, passando em seguida a
palavra a Lus Ramalho para que
este pudesse explicar melhor o
que se havia passado. O presi-
dente da JFE disse ento que con-
trariamente ao que verificou com
Sobrado e Alfena, ou Sobrado e
Valongo, a reunio entre Erme-
sinde e Alfena para definir os li-
mites das freguesias foi rpida e
pacfica, j que houve apenas umfoco de discusso situado no
Bairro de Mirante de Sonhos. Ou
seja, presumia-se que metade do
referido bairro pertenceria a
Ermesinde, enquanto que outra
metade a Alfena, uma questo que
foi ento rapidamente esclarecida
entre as duas freguesias (o bairro
Um dia depois de ter participadonas comemoraes do 39 aniver-srio do 25 de Abril, a Assembleiade Freguesia de Ermesinde (AFE)
voltou a reunir-se, desta feita numasesso ordinria, onde em cima damesa esteve precisamente umaanlise levada a cabo pela CDU s celebraes deste ano da Re-voluo dos Cravos. Os limites dafreguesia e as contas de gernciado ano de 2012 tambm foram alvode debate por parte das foraspartidrias com assento nestaassembleia.
Limites da freguesia e contasde gerncia de 2012 prenderamas atenes da Assembleia
MANUEL VALDREZ
est situado em territrio erme-sindense), uma vez que os limi-
tes entre ambas estavam errados.Ramalho sublinhou ento que
Ermesinde no perdeu terreno
para nenhuma outra freguesia doconcelho, situao que j no se
pode confirmar ou desmentir em relao a concelhos vizinhos,
uma vez que continua acesa adiscusso com Baguim do Mon-
te, freguesia gondomarense paraa qual Ermesinde corre o risco de
perder territrio.Na hora de votar o ponto a
CM mostrou-se bastante crtica
quanto ao relatrio apresentado
pela comisso que acompanhou
todo este processo dos limites
territoriais das freguesias, classi-
ficando-o, entre outras coisas, de
inconclusivo e de insultuoso paraquem faz relatrios (!), j que
nem assinado estava, no sendo
mais do que um enunciado de
nomes e datas, assim se podia ler
na declarao de voto dos inde-
pendentes. Na sequncia desta
interveno Raul Santos expli-
caria que aquele no seria o rela-
trio final da comisso, mas sim
uma espcie de ata anexa ao novo
mapa territorial do concelho de
Valongo. Colocado votao o
ponto seria aprovado por maio-
ria, com trs abstenes da CM.
Outro ponto que suscitaria
alguma discusso aludiu apre-ciao e votao das contas de
gerncia de 2012. Mais uma vez
a CDU usaria da palavra paraapreciar o documento, comean-do por salientar que no coloca-
va em causa a correo conta-bilstica do mesmo, mas antes a
execuo do oramento/plano de
atividades a que as contas dizi-
am respeito. Continuamos a
considerar que uma Junta digna
para a cidade de Ermesinde no
pode apresentar contas de gern-
cia em que as despesas de capital
na administrao autrquica, noscemitrios, na feira e mercados
tm um grau de execuo de zeropor cento. Num ano de agrava-
mento de crise a Junta conseguiu
diminuir o grau de execuo refe-
rente s despesas com as insti-
tuies sem fins lucrativos, pas-
sando de 70 por cento no ano
anterior para 56 por cento neste
ano e conseguiu no gastar toda a
verba referente s famlias, ape-
nas tendo executado 84,6 por
centro dessa verba. Na sua de-
clarao de voto os comunistas
terminariam com a seguinte ques-
to: Sendo estas as ltimas con-
tas de gerncia aprovadas por
este executivo ser que aguardampelos ltimos meses de gover-
nao para efetuarem os investi-
mentos de capital, querendo aqui
o PSD aproveitar-se destes in-
vestimentos para efetuar campa-
nha eleitoral?. Com o voto con-tra da CDU e as abstenes dos
trs elementos da CM e do agoraindependente Jorge Aguiar, o do-
cumento seria viabilizado pormaioria.
Com a mesma linha de vo-tao seria aprovado o ponto
seguinte, alusivo primeira re-viso do oramento e plano
plurianual de investimentos do
ano de 2013, sendo que aqui o
Partido Socialista faria uma de-
clarao de voto para justificara sua posio favorvel vota-
o do documento, frisando que
o havia feito porque o oramen-
to iria ser reforado com uma
verba destinada rea da ao
social, precisamente uma pro-
posta dos socialistas no execu-
tivo da Junta.
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30 de abril de 2013 A Voz de Ermesinde 5Destaque
GRANDE ENTREVISTA GRANDE ENTREVISTA GRANDE ENTREVISTA
Queremos iniciaro processo de reverso
para a tutela do municpiodas concessesque foram feitas
aos privados
AR Neste momento quemtem os cordelinhos e o aparelhona mo o PSD, agora desfasadodo CDS, porque tudo indica queno concorrero coligados. Epor isso vai utilizar todos osmeios ao seu dispor no sentidode ganhar a Cmara. Est numaposio de vantagem dados osapoios financeiros que tem. OPartido Socialista tambm, tra-dicionalmente, tem tido um bomapoio por parte da populaode Valongo e um dos dois par-tidos melhor colocados. No en-tanto fazemos depender o re-sultado da vontade da popula-o e esperamos que ela perce-ba que o caminho traado pelacoligao PSD/CDS ao longodestes 20 anos deu no que deu!E tambm de certa forma issofoi facilitado pelo Partido Soci-alista, que lhe estendeu o tape-te em muitas ocasies. Pensa-mos que o PSD no merece con-tinuar ganhar a Cmara e o PS,pelo que tem feito na oposio,tambm no merecedor. Porisso ns fazemos um apelo paraque as pessoas reconheam quea CDU deve estar representadana Cmara, naturalmente a umadistncia considervel, commais dificuldades, mas que devedar uma oportunidade CDU.
AVE Considera possvel
a CDU, claramente isso temsido afirmado eleger um ve-
reador. E quanto Assem-
bleia Municipal?AR O nosso grande obje-tivo eleger um vereador, equanto Assembleia Municipalo nosso objetivo reforar a re-presentao, porque muito di-fcil a interveno de um elemen-to isolado no que no somoscaso nico entre trinta e dois
deputados municipais. No casode aumentarmos a representa-o na Assembleia Municipal, oobjetivo no aliviar o trabalhode um ou do outro, mas o derefor-lo e abord-lo com maisprofundidade, o que com umas voz no possvel.
AVE O que tem a dizer
sobre esta gesto camarria?AR A atual gesto cama-
rria vem na senda do percursoiniciado com a vinda de Fer-nando Melo para Valongo. Nose trata de uma governaounipessoal, mas da governaode um partido, que traou estecaminho, que infelizmente emnosso entender conseguiu al-gumas maiorias absolutas que lhepermitiram continuar desabrida-mente, sobretudo em anos deeleies, a levar o concelho a umasituao financeira catastrficada qual dificilmente agora nosvamos ver livres. Quando se dizque h uma alterao nos lti-mos tempos, ns consideramosque apenas houve uma altera-o fruto da perda da maioriaabsoluta e portanto, o PSD foiobrigado a pr um travo.
Depois, independentemen-te do estilo, Joo Paulo Baltazarfoi vicepresidente de FernandoMelo, foi membro da Assemblei-a Municipal e assessor de Fer-nando Melo, e portanto est li-gado Direo do PSD no con-celho e a esta poltica traada ao
longo dos ltimos anos, que nose trata de obra do acaso ou frutoda ao de uma pessoa isolada.
AVE Quais so as prin-cipais crticas que a CDU tem
a apresentar?AR Ns temos muitas cr-
ticas a fazer, naturalmente. Pen-
samos que a concessodos SMAES, a entrega dosservios de limpeza e aconcesso dos parqume-tros se mostraram ruino-sas, prejudiciais ao conce-lho, e necessrio rever-ter esse caminho.
Foram feitos investi-mentos megalmanos nun-ca justificados, estou alembrar-me da Biblioteca,sobre a qual tenho gran-des dvidas da sua utili-dade presente. necess-ria uma biblioteca, masno atirada para o stioque foi. Muito provavel-mente ser mais um servi-
o a encerrar.Consideramos o PSD
como um partido bipolar,ou vtima dessa doena, capaz de fazer tudo, de semeter em grandes aventu-ras, e depois, a seguir, co-mea a encerrar piscinas,bibliotecas, servios essen-ciais para o concelho. umpartido com comporta-mentos desequilibrados.
AVE Fale-me de al-gumas propostas que a
CDU tem para apresentar.AR Se ns tivermos re-
presentante na Cmara, uma dasnossas principais propostasser iniciarmos o caminho dereverso desses servios para atutela do municpio. Ainda hbem pouco tempo foi publica-do um estudo feito por umaempresa da especialidade nombito do Plano de Saneamen-to Financeiro entretanto abor-tado, que reconhecia algumasasneiras que foram feitas e apossibilidade que h de renego-ciar a concesso. Por exemplonos SMAES, a utilizao deinstalaes municipais pela en-tidade a quem o servio foiconcessionado, no trazia ne-nhum benefcio para a Cmara.Ns sabemos que no podemos
chegar l e rasgar tudo, h com-promissos assumidos a respei-tar, mas devemos explorar apossibilidade de iniciar a rever-so desses servios para a tute-la do concelho. Naturalmenteque com uma gesto melhor issopermitiria dar apoio ao associ-ativismo, pois em nosso enten-der, a gesto atual, mais nunscasos do que noutros, est a tra-zer malefcios s associaespela falta de ateno e disponi-bilidade financeira da Cmara,uma vez que se meteu num bu-raco de que agora tem dificulda-de em sair. Com uma gesto me-lhor deveramos dar ateno aoutras frentes que tm sido
abandonadas.
AVE Tem esperanas deque a reviso do PDM possa
trazer um ordenamento do
territrio mais harmonioso econsentneo com o que so as
aspiraes e interesses do
AR Ns temos acompa-nhado os trabalhos da reviso,e vo sendo dados alguns es-clarecimentos sobre a evoluoda reviso, e estamos confian-tes em que o PDM ir clarifi-car melhor a situao no con-celho. Pelas informaes de quedispomos, creio que o PDMpode ser uma mais-valia parao concelho, a sua concluso que est atirada eternamentepara as calendas. J vem sendoanunciada a sua concluso des-de 2000 ou 2001, todos osanos assim! Temos grandes re-servas em que o PDM seja con-cludo ainda neste mandato.
AVE J est a trabalharpara construir a candidatu-
ra e lista de candidatos? H
alguma coisa mais que pos-sa ser anunciada, por exem-
plo s freguesias, no s cin-
co mas s quatro, Cmarae Assembleia Municipal?
AR Estamos a trabalharnisso. So processos diferen-tes, mas as candidaturas C-mara e Assembleia Municipal en-volvem elementos das freguesi-as e, por isso, estamos a traba-lhar em paralelo. E pensamosapresentar publicamente as lis-tas completas Cmara e Assembleia Municipal e s fre-
guesias durante o ms de junho.
AVE Que critrios
que vo presidir a essas can-
didaturas, o que que se pri-vilegia? Que as pessoas te-
nham trabalho associativo,
que sejam reconhecidas
pela comunidade, que te-nham uma ligao de ideias
ao PCP? E o que que o PCP
considera que importantefazer na CDU relativamen-
tea pessoas vindas de ou-tras reas de ideias?
AR Eu penso que colo-cou bem o leque de questesque ns privilegiamos quandocontactamos os nossos candi-
datos. Tem que ser gente liga-da aos problemas da popula-o, gente com conhecimentos,gente dedicada causa pblica
e naturalmente gente que estejadisponvel, porque h muitagente que conhece as questesmas no est disponvel. A nos-sa batalha no sentido de ir procura dessas pessoas, paraque, dentro daquele esprito quepossumos e preside nossainterveno progressista, en-contremos pessoas dedicadas causa pblica e que estejam na-turalmente em coerncia com osprincpios que defende o PCP.E encaramos isto com uma gran-de abertura gente que muitasdas vezes no tem ligaes par-tidrias mas nas quais reconhe-cemos um grande valor. Muitasvezes conseguimos convenceras pessoas, outras no. Estaest a ser uma batalha que jestamos a desenvolver.
AVE Do ponto de vista
da Histria daquilo que tm
sido as candidaturas da CDUh algumas ms experinci-
as no passado recente lem-
bremos, por exemplo, a pes-soa que foi presidente da
Mesa da Assembleia Muni-
cipal de Valongo, Sofia de
Freitas e que depois fez opercurso que se conhece, lem-
bremos at, em certa medida,
por exemplo o candidato presidncia da Cmara an-
terior, Serafim Vieira. Essesperigos que decorrem daabertura das listas foram
tor em que esto inseridas, nosoferecem alguma confiana que,s vezes, no se confirma, comopor exemplo no caso concretoda referida candidatura Assembleia Municipal. No en-tanto, com Serafim Vieira a si-tuao diferente. Ele era umhomem dos movimentos cat-licos em quem a gente apostou,um sindicalista, algum ligadoao movimento dos trabalhado-res. No foi um tiro no escuro.s vezes as coisas no corremcomo a gente espera. Mas istotambm prova que damos opor-tunidades s pessoas e comelas que a gente trabalha.
AVE Sofia de Freitas foium tiro no escuro?
AR Foi um pouco maisarriscado.
AVE O trabalho da CDU
pode ser seguido com interesse,
mesmo por outros setores?
AR - Est criada algumaexpetativa tendo em conta onosso trabalho na AssembleiaMunicipal. um trabalho reco-nhecido, em que a CDU se temprestigiado por aquilo que apre-senta. Ainda h bem pouco tem-po, e na sequncia de uma pro-posta da CDU, est creio resolvido o problema dos limi-
tes entre as freguesias, falta-meapenas conhecer o resultado daAssembleia de Freguesia de So-brado, que foi no dia 30 de abril.
Este foi um problema que se
arrastou ao longo dos tempos eem que no havia vontade deresolver no seria por todosnaturalmente, quem se manifes-
povo do concelho?
ponderados?
AR Ns no temos uma
viso esttica sobre o que aspessoas foram. Naturalmenteque analisamos e h pessoasque, pelo seu empenho no se-
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6 A Voz de Ermesinde 30 de abril de 2013Destaque
ENTERRO DO JOO ENTERRO DO JOO ENTERRO DO JOO GRANDE ENTREVISTA GRANDE ENTREVISTA GRANDE ENTREVISTA GRANDE ENTREVISTA GRANDE ENTREVISTA GRANDE ENTREVISTA
tava mais a favor da resoluoera a freguesia de Alfena. Todosacabaram por reconhecer que foiuma importante deciso daCDU apresentar essa propostaem que num prazo quase recor-de se resolveu um problema quepoucos acreditavam que fosseresolvido. Tambm agora, na l-tima Assembleia, apresentamosuma proposta para analisar aconcesso dos SMAES. Espe-ramos que isso possa clarificar asituao, e isso ir permitir quetodos tenham acesso ao proces-so, mesmo os que no tm aces-so vereao e so alguns.Enfim, creio que o nosso traba-lho de iniciativa no s resis-tir mas tambm ir apresentandopropostas nos permite acalen-tar a esperana de que, na prxi-ma vereao, iremos estar repre-sentados.
AVE Mas acha que esse
trabalho conhecido pela po-
AR Ns temos algumadificuldade em divulgar esse tra-balho, naturalmente contamos,como o caso de A Voz de
Ermesinde, com a comunica-o social local. No contamoscom todos, porque alguns noexistem para uma comunicaoisenta, existem apenas para operodo das eleies e ao servi-o de um partido. Mas, comodizia, os rgos de comunica-o social local tm desempe-nhado um papel importante nadivulgao do nosso trabalho ens, internamente, tambm va-mos divulgando dentro das nos-sas possibilidades, o trabalhoque vamos desenvolvendo e,por isso, esperamos chegar jun-to das populaes, mostrandoo nosso papel coerente, em queaquilo que defendemos ao nvellocal o mesmo que defende-mos na Assembleia da Repbli-ca. No temos duas caras, comotem sido o caso do PSD, queat est contra a extino das
freguesias, mas so eles queacabam com as freguesias. Es-peramos que essa coerncia aca-be por ser reconhecida.
AVE Tem esperanasento que em Sobrado o PSD
possa ser castigado por esta
situao?AR Espero bem que sim.
Alis, numa Assembleia Muni-cipal fiz uma interveno nosentido de as pessoas percebe-rem o que se estava a passar,quem os estava a castigar, etc..E todas as vezes que temos idoa Sobrado temos sido bem rece-bidos. J fizemos l uma sessode esclarecimento, j fomos feira e fizemos uma visita fre-guesia e as pessoas tm-nos re-cebido muito bem. Aquele rece-ber o papel e olhar de lado jno o mesmo, e as pessoasprocuram saber o que h denovo, porque h, de facto, umsentimento de revolta em So-brado. conhecida uma certatendncia em Sobrado para aabsteno, o que seria um erro.As pessoas devem com o seuvoto castigar quem as est aprejudicar.
AVE A CDU s vezesacusada de divisionismo...
AR Sim, muitas das ve-zes somos acusados da falta deunio. Mas ns no queremosestar unidos s por estar uni-dos, queremos estar unidos emtermos de coisas concretas. Ese aparecerem propostas, ve-nham elas donde vierem, nsanalisamo-las e no vamos, partida, distinguir as propostaspela sua cor.
AVE Quanto s vossas
ideias e propostas, por exem-plo no campo da sade?
AR H vrios assuntosque nos preocupam. Por exem-
plo, o no encerramento dosservios do Hospital de Valon-go, de que temos grande receioque aps as eleies seja umprocesso retomado e que jesteve em cima da mesa, e a so-luo definitiva porque ataqui eram terrenos que falta-vam, para a construo dos cen-
tros de sade de Alfena e Cam-po. O problema de Alfena estresolvido em termos de terre-no. Quanto ao problema doCentro de Sade de Campo foianunciado o incio da a suaconstruo no ano 2011, paraconcluso em 2012, e at hoje...
maior cidade do concelho,
Ermesinde?AR Ermesinde foi uma ci-
dade fustigada pelos efeitos daFertor, problema que foi resol-vido com os dinheiros pblicos,intermunicipais e comunitrios,na sua maior parte. Mas hoje
comea a temer-se a privatiza-o [da Lipor]. Isto , antes noapareceu nenhum privado aquerer tomar conta do proble-ma, mas hoje, que no fundamen-tal est resolvido, j aparece.
O pblico de todos e o pri-vado s do interesse de alguns.Outra questo o problema dagua, de que se reconhece a m-
Temo que depoisdas eleies volte
a tomar corpo a tentativade encerramento
das urgnciasdo Hospital de Valongo
pulao?
rito a quem o resolveu, mas quehoje tambm nos preocupa.
AVE Voltando e finali-
zando com a freguesia de
Campo. Recentemente foi
anunciado um grande papelda Cmara na resoluo do
problema do campo de jogos
do Sporting Clube de Campo...AR Isso foi abordado na
ltima reunio da AssembleiaMunicipal. Surgiu uma notciaque basicamente dizia que bas-tou uma hora para [a Cmara]resolver um problema de 15anos. Ns requeremos umacpia do documento assinadoentre a Cmara e os propriet-rios e... no se resolveu nada.
A Cmara s deu uma gorjetaaos proprietrios do terreno. Seo Sporting Clube de Campo su-bir de diviso ter de ir jogarpara Sobrado ou Valongo. Se aCmara resolveu alguma coisa,ento diremos que levou 15 anosa resolver um assunto que seresolvia numa hora. Mas nemisso!
nem um prego! Foi mais umapromessa, anunciada compompa e circunstncia, com apresena do secretrio de Es-tado, o presidente da Cmara,as autoridades... Foi um tirode plvora seca. Continuar aser uma das nossas lutas.
AVE Que questes lhe
merecem maior ateno na
-
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7/28
30 de abril de 2013 A Voz de Ermesinde 7Destaque
A Assembleia Municipal de Valongo reuniu em sessoordinria no passdo dia 29 de abril para, entre outrasmatrias, aprovar as Contas Consolidadas do Municpiode Valongo e as Contas dos SMAES e a alterao aoMapa de Pesoal para 2013, mas igualmente para apreciaro Relatrio Final da comisso para o estudo e retificaodos limites histricos das freguesias do concelho deValongo, entre outros pontos agendados. Os GruposParlamentares apresentaram ainda uma srie de propos-tas, fazendo a sesso prolongar-se at altas horas, sendonecessrio votar a sua continuao.
Assembleia Municipal satisfeita com trabalhode fixao dos limites das freguesias
LC
Albino Poas, do PSD,
abriu as hostilidades, criti-
cando o lder socialista lo-
cal Jos Manuel Ribeiro por
este ter acusado a Cmara
Municipal de Valongo de ter
pouco peso poltico,
como se tinha visto pelo fac-
to das escolas do concelho
terem ficado de fora das que
primeiro vo ser intervencio-nadas para a retirada do ami-
anto dos telhados.
Albino Poas conside-
rou que o problema real da
Escola EB 2,3 de Valongo era
sobretudo de ampliao e
acusou por sua vez o lder
socialista de, enquanto de-
putado, tambm no ter de-
monstrado ter qualquer
peso poltico.
Jorge do Aido, da Cora-
gem de Mudar, evocou Abril,
em tom crtico da realidade
atual: No se diga que por
representar uma maioria de
eleitores se governa em de-mocracia. E fez ainda vri-
as crticas pontuais CMV.
Nuno Monteiro, do Blo-
co de Esquerda denunciou
o ataque ao Poder Local, em
que depois de se terem ex-
tinto mais de um milhar de
freguesias, so agora extin-
tas as Assembleias Metro-
politanas de Lisboa e Porto.
E avisou que se prev
que o novo regime de arren-
damento deve levar ao des-
pejo de 40 mil famlias.
Por fim manifestou-se
contra as candidaturas
autrquicas fora da lei, ma-tria sobre a qual apresen-
tou uma proposta de moo
[ver mais frente].
Adriano Ribeiro, da CDU,
referiu a promessa de novo
edifcio da CMV no antigo
quartel dos Bombeiros como
mera fumaa, denunciou a fal-
sa resoluo do problema do
campo de jogos do Sporting
Clube de Campo, questionou
sobre informaes a prop-
sito da providncia cautelar
contra a fuso das freguesi-
as de Sobrado e Campo e,
finalmente, apresentou uma
proposta de constituio de
uma comissso para fiscali-
zar a privatizao das guas
e saneamento.Daniel Gonalves (PSD)
anunciou um voto de pesar
pela morte do ex-presidente
da CMV Joo Moreira Dias.
Orlando Rodrigues, do
PS, responderia a Albino
Poas, reafirmando a falta
de peso poltico da CMV.
E Alexandre Teixeira
(CDS), lamentando a falta de
pblico nas assembleias
municipais, acusou a CMV
de pouca divulgao destas.
E manifestou-se ainda
contra os ataques polticos
pessoais [de Albino Poas a
Jos Manuel Ribeiro]. ACmara est em campanha,
acusou por fim.
Albino Poas respon-
der-lhe-ia que Alexandre Tei-
xeira tem memria curta e
que o seu desejo seria sen-
tar-se num cadeiro.
O deputado municipal do
CDS responderia que nunca
se ofereceu para nenhuma
lista, mas que de facto, o CDS
quer estar representado na
Cmara Municipal, onde no
tem assento.
Aps este perodo segui-
ram-se as respostas do pre-
sidente da CMV, Joo PauloBaltazar.
As respostas
da Cmara
O presidente da CMV
comeou por recordar a
Orlando Rodrigues a reunio
havida em Ermesinde com o
ministro da Educao, em
que o compromisso daquele
foi, assim que a Parque Es-
colar ou empresa semelhan-
te reatasse funes, as es-
colas do concelho seriam de
interveno prioritria.
E denunciou depois as
obras sumpturias realizadas
nalgumas escolas, e que im-
pediram, por falta posterior demeios, a interveno noutras.
Referiu que a entrega de
5 000 euros aos proprietri-
os do terreno do Sporting
Clube de Campo era um m-
nimo devido e que o clube
tambm no tinha cumprido
o acordo assinado em 2001.
Adriano Ribeiro respon-
deria que alterando o terreno
da contrapartida para urba-
nizvel, a CMV dava dois be-
nefcios aos proprietrios.
Joo Paulo Baltazar res-
ponderia que os terrenos
esquerda e direita tinham
estatuto de urbanizveis e quea CMV no fez nada de mais.
Ordem do Dia
Entrou-se de seguida na
Ordem do Dia, sendo o pri-
meiro ponto a merecer vri-
as intervenes o relativo ao
Relatrio Final da comisso
para a fixao dos limites das
freguesias.
Adriano Ribeiro subli-
nhou o bom desempenho desta
comisso (no remunerada e
proposta pela CDU), o con-
tributo dos presidentes de
Junta, e ainda o do tcnicoManuel Santos.
Castro Neves, da CDU,
por sua vez, secundando os
destaques de Adriano Ribei-
ro, salientou a prestao
te da Junta de Freguesia de
Ermesinde, salientou igual-
mente o conhecimento e aju-
da de Manuel Santos.
Seguiu-se a discusso das
Contas Consolidadas da C-
mara e Contas dos SMAES,
com Nuno Monteiro do BE a
anunciar desde logo a abs-
teno nos dois pontos.
Adriano Ribeiro anunci-
aria quanto ao primeiro pon-
to, o voto contra da CDU.Rosa Maria Rocha (PSD)
por sua vez, elogiaria a ver-
dade do documento, anun-
ciando o voto favorvel.
O voto de absteno do
PS foi, por suas vez anuncia-
do por Jos Manuel Ribeiro,
de acordo com a orientao
dos vereadores, que apon-
tou ter-se ficado longe de
uma execuo a 100% do Or-
amento, que a CMV nunca
tinha explicado o encerramen-
to das piscinas nem os resul-
tados do Plano de Saneamen-
to Financeiro.
Por outro lado, passadostrs meses, continuava sem
apresentar o relatrio mensal
de gesto devido, o que cons-
titua gravssima violao.
Rosa Maria Rocha res-
ponderia que o fecho das pis-
cinas foi explicado, que o
PAEL tinha impedido maio-
res receitas e, passando ao
ataque, acusou a freguesia
de Campo de m gesto, por
compra, cara, de terreno in-
cludo na RAN.
Alfredo Sousa, presiden-
te da Junta de Freguesia de
Campo, intervindo em defesa
da honra, declarou-se alar-mado pela falta de dignidade
e respondeu que ele no ti-
nha levado a freguesia de
Campo falncia, como o PSD
levou a Cmara.
Joo Paulo Baltazar expli-
cou que a execuo o deixa-
va satisfeito, que o PS no
passado tambm muitas ve-
zes tinha subscrito as obras
emblemticas que agora acu-
sa o PSD de ter promovido, e
por fim acusou Jos Manuel
Ribeiro de no ter propostas,
mas se limitar a atacar os su-
postos erros dos outros.
Acusaria ainda o PS de
ter votado a favor do primei-
ro Plano de Saneamento Fi-
nanceiro s por este incluiralgumas obras que o PS de-
fendia nas freguesias.
Diomar Santos (PS) rea-
giria em defesa da honra, es-
clarecendo que aquilo que
moveu o PS no foram as
obras, mas que resolvessem
as dvidas aos fornecedores.
O documento viria a ser
aprovado com 15 votos a fa-
vor (PSD, CDS e UPA), 16
abstenes (PS, BE e CM) e 1
voto contra (CDU).
As Contas dos SMAES,
por sua vez seriam aprovadas
com 13 votos a favor, 17 abs-
tenes e sem votos contra.Finalmente o Regula-
mento de Propaganda e Pu-
blicidade, depois de muita
discusso e acertos, l seria
aprovado sem oposio
Perodo final
Foram ainda votadas uma
srie de propostas apresenta-
das pelos vrios grupos par-
lamentares.
Votao idntica aprovaria
o Mapa de Pessoal para 2013.
Assim foi aprovada uma
moo do Bloco de Esquerda -
Democracia local no podeaceitar candidaturas fora da
lei, com 9 votos a favor, 14 abs-
tenes e 6 votos contra. Ro-
grio Palhau (UPA) que se abs-
teve, faria uma declarao de
voto em que afirmou estar de
acordo com a ideia da moo,
mas que no a poderia apro-
var por razes de ordem jur-
dica. Tambm Daniel Gonal-
ves (PSD) faria uma declara-
o de voto no qual consi-
derou ser uma vergonha os
partidos polticos terem dei-
xado chegar as coisas a este
ponto, quando h muito o
podiam ter clarificado.
Outra moo do BE, so-
bre a autonomia local, seria
igualmente aprovada, com 13votos a favor e 16 abstenes.
Finalmente, uma terceira
moo deste partido, sobre
o arrendamento urbano, se-
ria chumbada por 15 votos
contra, 5 abstenes e 9 vo-
tos a favor.
Um voto de louvor do
PSD aos Bombeiros Volunt-
rios de Valongo foi aprovado
por unanimidade, tal como o
voto de pesar igualmente apre-
sentado pelo PSD relativo
morte do ex-presidente Joo
Moreira Dias.
A Mesa da Assembleia
Municipal de Valongo (AMV)apresentou ainda um voto de
louvor relativo ao trabalho
de fixao dos limites das fre-
guesias, tambm aprovado
por unanimidade.
Foi aprovada ainda, por
unanimidade, uma proposta
de deliberao da CDU para
a constituio de uma Comis-
so Eventual de Avaliao da
privatizao dos servios de
guas e saneamento.
No ponto destinado ao
pblico interveio Celestino
Neves, que considerou pou-
co amigvel o site da Cmara,
j que este imporia um browserproprietrio da Microsoft, sen-
do hostil para outras solues.
Joo Paulo Baltazar responde-
ria que a CMV ir melhorar a
acessibilidade do site, criando
uma ferramenta colaborativa
para os utilizadores.
FOTO URSULA ZANGGER
ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE VALONGO
deste ltimo.
Lus Ramalho, presiden-
-
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8 A Voz de Ermesinde 30 de abril de 2013Destaque
LC
Com o incio da sesso a
redefinir a Ordem de Trabalhos retirado um ponto e acrescen-
tados vrios, de alterao aoOramento e de interrupes de
trnsito devido a eventos pr-ximos, at demasiado prximos,
j que pelo regulamento ca-
marrio as propostas chegadas
j deveriam h muito ter dado
entrada na Cmara apenas
Afonso Lobo (e naturalmente
o presidente Joo Paulo
Baltazar em resposta) usou da
palavra no perodo antes da
Ordem do Dia.
O vereador independente
chamou a ateno para o estado
lastimoso dos passeios na Quin-
ta da Lousa, uma urbanizao
cuja qualidade de vida ficou mui-
to aqum das expetativas ali cri-
adas aos muncipes.
Joo Paulo Baltazar respon-
deria que os promotores da ur-
banizao, por necessidade de
a valorizar no imediato, tinham
optado por plantar rvores decrescimento rpido, que logo
passados alguns anos comeama danificar irremediavelmente
os passeios. Referiu que a C-
mara tem estado, em vrios lo-cais, e f-lo- igualmente naQuinta da Lousa a substituir as
rvores, que sero transplanta-das para outro local, por
citrinos, que alm de no dani-
ficarem os passeios, no so
rvores de folha caduca, o que
coloca ainda outros problemas
autarquia.
Passou-se logo de seguida
discusso da proposta de re-
gulamento municipal de ativi-
dades dispersas, com Pedro
Panzina, da Coragem de Mu-
dar, desde logo a colocar algu-
mas dvidas sobre o interesse
e oportunidade de regular ati-
vidades como as de guarda-no-
turno, vendedor ambulante delotaria ou arrumador de carros.
Alm do mais, no concreto,
os potenciais destinatrios do
regulamento nem caberiam nele.
Tambm Maria Jos Aze-
vedo, da mesma fora poltica,
defendeu que seria prefervel
nem regulamentar. E apontouo caso dos arrumadores, cuja
atividade que muitas vezesconstitua quase uma coao
sobre os automobilistas, nodeveria ser caucionada.
Pedro Panzina tambmchamou a ateno para o facto
de alguns potenciais destinat-
rios cidados comunitrios
terem vedado ao acesso a ativi-
dades como as de deputado,
polcia, veterinrio municipal,e no caso que aqui interessava,
guarda noturno.
Joo Paulo Baltazar, aps
informar estar a decorrer um
concurso para guardas noturnos,
props a retirada do ponto para
maior esclarecimento e eventual
introduo de alguns ajustes.
Regulamentomunicipalde publicidadee propagandapoltica
Coube ao vereador Sr-
gio Sousa a apresentao
deste regulamento, o qual
vinha de novo reunio daCmara aps esgotado o pe-rodo de consulta pblica
sem ter havido qualquer
proposta de alterao.
Lusa Oliveira, do Parti-
do Socialista, apresentou
contudo uma questo: a do
parecer negativo da Comis-so Nacional de Eleies
(CNE), que considerava po-der o referido regulamento,
nalguns pontos, estar feridode inconstitucionalidade.
Perante esta posio, Sr-gio Sousa manifestou a sua sur-
presa, j que nem na anteriorreunio da Cmara, nem no pe-
rodo de consulta pblica, o PS
se tinha manifestado contra, ao
que Lusa Oliveira responderiaque, nessa altura, o PS no co-
nhecia o parecer da CNE.
Joo Paulo Baltazar preci-
sou que, aps a proposta de re-
gulamente ter recebido aprova-
o unnime na Cmara, houve
uma denncia do regulamento
CNE por parte do presidente da
Concelhia do PS, cuja nica pre-ocupao seria a de criar factos
polticos, sem preocupaes detica. Tem que haver coluna
CMARA MUNICIPAL DE VALONGO
No passado dia 18 de abril reu-niu a Cmara Municipal de Valongopara discutir algumas questespendentes, sendo as mais impor-tantes uma proposta de regulamen-to municipal de atividades disper-sas e o regulamento municipal depublicidade e propaganda poltica,tendo sido este ltimo objeto demuita controvrsia poltica a prop-
sito da interveno do PartidoSocialista neste assunto.
Propaganda poltica... a escaldar! FOTOS URSULA ZANGGER
sobre o assunto.
Com a polmica instaurada
e a azedar-se, coube ao socialis-
ta Jos Lus Catarino pr um
pouco de gua na fervura. No
h inteno de criar problemas,
garantiu, mas o parecer da
CNE diz taxativamente que a
lei no d a possibilidade de de-
finir lugares proibidos de pro-
paganda. E no podemos incor-
rer no perigo de inconstitucio-
nalidade do regulamento.
Maria Jos Azevedo colocou
ento a questo de se saber se o
parecer da CNE seria ou novinculativo. Alm do mais ele
apontava que os potenciais lesa-
dos poderiam recorrer aos tribu-
nais. Seriam ento estes e no a
CNE que deveriam pronunciar-se pela inconstitucionalidade ou
no do regulamento.Pedro Panzina, por sua
vez, apontou que o dirigentedo PS, mesmo sabendo que a
autarquia iria reunir a 7 de mar-o, e conhecendo a agenda da
autarquia, no dia 5 de maro
fez seguir a denncia para a
CNE, o que considerou inqua-
lificvel. Apontou depois que
o parecer desta no seria
vinculativo, e mesmo que ha-
ver um regulamento, s por si
no provocava leso. Apontou
tambm que todas as candida-
turas, nas eleies anteriores,
tinham violado o regulamento,
sem que qualquer delas tivesse
sido penalizada por isso.
Regulamento que, por sua
vez, acrescentou Joo Paulo
Baltazar, teria resultado de um
acordo PSD/PS.
Colocado votao foi a
proposta aprovada por 6 vo-
tos a favor (PSD, Coragem de
Mudar e Afonso Lobo, e 2
abstenes, do PS).
Foram ainda aprovados,por unanimidade, o regula-
mento de esplanadas, vriasdeclaraes de caducidade de
obras, vrias interrupes detrnsito e a 2 alterao ao or-
amento, questo que, comofrisou Joo Paulo Baltazar, era
meramente administrativa.
vertebral!, comentou.
Polmica ainda acerca do fac-
to de o presidente da Cmara ter
sido notificado ou no, j que di-
zia no ter conhecimento de ne-
nhuma posio contrria ao re-
gulamento. Lusa Oliveira afirma-
va ter sido notificado da posioda CNE, Joo Paulo Baltazar afir-
mava apenas ter sido avisado por
e-mail, da entrega da denncia, e a
perguntar se se queria pronunciar
Contas dos SMAES e Vallis HabitaaprovadasLC
A sesso da Cmara Munici-pal de Valongo (CMV), realizada
no dia 12 de abril (inabitualmentea uma sexta-feira) viu a aprovadas
as contas de gesto do Municpio,da Vallis Habita e dos SMAES,
umas e outras contudo alvo de cr-
ticas, que valeram a absteno dasforas da Oposio. Aprovado foi
ainda a alterao ao Mapa de Pes-soal e a abertura de procedimen-
tos concursais para o preenchi-mento de cargos de chefia.
Sem intervenes antes doperodo da Ordem do Dia, deu-se
incio discusso dos pontos em
agenda, o primeiro dos quais seri-
am as contas da Vallis Habita.
Pedro Panzina usou da palavra,
primeiro para protestar sobre a
maneira como estas contas esta-
vam apresentadas, com grficos
que tornavam incompreensveis a
sua leitura, depois para voltar a
frisar o seu desacordo com a for-
ma enganadora como aVallis Ha-bitacontabiliza o valor patrimonial
dos edifcios, encobrindo o dfice
real das suas contas.
Este ponto e seguinte, acerca
da aplicao do resultado lquido
das contas de exerccio da Vallis
Habita foi aprovado com 4 votos
a favor (PSD) e 4 abstenes (2
PS e 2 Coragem de Mudar, CM,
estando ausente o vereador inde-
pendente Afonso Lobo).
A criao de um regulamen-
to de fundos de maneio foi apro-
vada de seguida, pacificamente,
por unanimidade.
Seguiu-se a discusso das
contas consolidadas do municpio
de Valongo, com Joo Paulo Bal-tazar a esclarecer que o resultado
lquido negativo de 6 milhes deeuros resultava, sobretudo, da
amortizao da dvida, mas queem termos de resultado de explo-
rao se tinham feito grandes pro-gressos, com a reduo das des-
pesas em 700 mil euros de ilumi-
nao, 300 mil euros com o en-
cerramento das piscinas de Cam-
po e Sobrado e 400 mil euros nas
concesses contratadas.
Joo Paulo Baltazar acrescen-
tou ainda que as verbas do PAEL
s chegaram em 2013 e que, alm
disso, as contas refletem tambma situao no s do municpio de
Valongo, mas do ecossistema,permitindo por isso um sentimen-
to de satisfao moderada.O presidente da CMV subli-
nhou ainda algumas alteraesintroduzidas no servio aos mun-
cipes, garantindo que a autarquiateria nesse servio, de forma glo-
A socialista Lusa Oliveira,
pelo seu lado, sublinhou o re-
sultado lquido negativo, verifi-
cado mais uma vez, apontou que
a reduo da dvida era sobretu-
do com a banca e no com os
fornecedores, e terminou dese-
jando que a Cmara se encon-
trasse to bem como a Junta de
Freguesia de Valongo, que apoiaas pessoas e no tem dvidas.
Pedro Panzina, ao invs dodocumento da Vallis Habita, elo-
giou a apresentao deste e apon-tou que grande parte destes re-
sultados derivava das contas dosSMAES. Em geral apontou que
as contas refletem com verdade
a situao financeira do munic-
pio, exceo feita s contas j
referidas da Vallis Habita. Mas
concordando com a verdade dos
documentos, discordava contudo
da sua realidade. O documento
seria aprovado com 4 votos a fa-
vor (PSD) e 4 abstenes (2 PS +
2 CM). Discutiram-se a seguir as
contas dos SMAES, cuja votaoteve idntico desfecho.
Aprovou-se depois a alte-rao ao Mapa de Pessoal da C-
mara e a abertura de procedimen-tos concursais para provimento
de cargos de direo na Cmara,com 6 votos a favor (PSD + CM)
e 2 abstenes (PS).bal, a sua grande preocupao.
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30 de abril de 2013 A Voz de Ermesinde 9
CMARA MUNICIPAL DE VALONGO Assembleia Municipal de Jovens chama
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Valongo, ao incio da noite do
passado dia 24 de abril, mais uma
edio da Assembleia Munici-
pal de Jovens, uma iniciativa da
Assembleia Municipal de
Valongo que assim pretende en-
sinar os jovens a saberem in-
tervir em democracia, criticando
junto do poder local (Assembleia
Municipal e Cmara Municipal)
e das foras polticas (estiveram
presentes dirigentes de todos osquadrantes polticos com assen-to na Assembleia Municipal)
tudo aquilo que consideram es-tar menos bem neste municpio
e, nalguns casos, recomendandosolues. Deve dizer-se, em abo-
no da verdade, que este ano mai-or nmero de pessoas testemu-
nhou ao vivo o desempenho dos
jovens deputados, conforme fez
notar o Presidente da Assembleia
nas suas palavras de congratula-
o pelo sucesso do evento.
Depois de curtas palavras
dos lderes polticos (PPD/PSD,
Coragem de Mudar, CDS/PP,
PS, CDU, Bloco de Esquerda e
um Presidente de Junta eleito em
lista de cidados independentes)
que estimularam os jovens a
serem determinados nas suas
intervenes e crticas, foi a vez
de desfilarem os 7 estabele-
cimentos de ensino, que este
ano aderiram a este Projeto e
que foram os seguintes: EB 2,3
de Campo, Agrupamento de
Escolas Vallis Longus, Escola
Secundria de Ermesinde, Agru-
pamento de Escolas de Alfena,
Escola D. Antnio Ferreira
Gomes, CENFIM ncleo de
Ermesinde e Agrupamento de
Escolas de Valongo.
Logo a primeira escola re-
cordou ao Presidente da Cma-ra, Joo Paulo Baltazar que es-teve presente em toda a ses-
so, as necessidades em termosde desporto, lazer e ambiente
que sentem os muncipes resi-dentes em Campo, bem como
a urgncia da antiga estrada na-cional n. 15 ser dotada de pas-
seios e passadeiras para maior
segurana dos muitos transe-
untes que por ela quotidiana-
mente se deslocam.
O Agrupamento de Escolas
Vallis Longus explanou a questo
da educao ambiental to cara a
este segmento da populao e deu
interessantes sugestes.
O jovem deputado da
Escola Secundria de Ermesinde
reivindicou uma Casa da Juven-
tude digna para este dinmico
grupo da cidade e apresentou al-
gumas crticas pontuais para
maleitas da cidade, designa-
damente o eterno problema do
antigo cinema de Ermesinde um
edifcio cada vez mais degrada-
do, bem no centro desta cidade.
O Agrupamento de Esco-
las de Alfena falou de vrios
aspetos que preocupam a ju-
ventude daquela novel cidade do
Municpio, designadamente da
reabilitao do antigo cinema
que, conforme mostraram com
a exibio de vrias fotos, se
encontra em adiantado estado
de degradao.
Os jovens deputados da
escola ermesindense D. Antnio
Ferreira Gomes trouxeram ao
parlamento municipal vrios
assuntos, nomeadamente o ve-
lho problema do Museu da Ci-
dade, o estado de alguns espa-
os ajardinados, designada-mente o largo onde se fazia a
antiga Feira de Ermesinde e a
proteo das jazidas de fsseis
do alto dos Montes da Costa.
Seguiu-se o Cenfim - ncleo
de Ermesinde (nico estabele-
cimento de ensino privado a
fazer-se representar), que levou
aos ouvidos dos polticos locais
um problema que afeta a juven-
tude da cidade, mas tambm toda
a sociedade - o trfico de droga
em vrias zonas da Ermesinde,
que identificou. Recomendou,
ainda que as autoridades provi-
denciem, junto da Brisa, a colo-
cao de um placard eletrnico
no acesso ao n da A4 em Er-
mesinde, para informar os con-
dutores sempre que haja um aci-
dente na A4, evitando assim o
aglomerar de filas interminveis
que prejudicam muitas pessoasno cumprimento do seu dever
de pontualidade.Terminaram as intervenes
os jovens do Agrupamento deValongo, que trouxeram
Assembleia alguns dos ex-librisda cidade, no campo da natureza
e da gastronomia, que importavalorizar no sentido de atrair cada
vez maior nmero de turistas.
O Presidente da Cmara,
interveio quase no final da ses-
so, elogiando o trabalho das
escolas e dos professores en-
volvidos, demonstrando ter es-
tado muito atento sesso e
prometendo que ter em conta
todas as crticas feitas e suges-
tes apresentadas.
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10 A Voz de Ermesinde 30 de abril de 2013Destaque
Memrias Partilhadasabremcomemoraes da Revoluo dos Cravos
MIGUEL BARROS
Noite primaveril a dar in-cio s comemoraes do 39 ani-versrio do 25 de Abril na nos-sa cidade. Recorrendo ao idlicoparque urbano como cenrio, aJunta de Freguesia de Ermesinde
(JFE) levou a cabo na noite de24 o espetculo intitulado Me-mrias Partilhadas, protago-nizado por trs nomes bem co-nhecidos do meio artstico naci-onal, Francisco Mendes (filhodo cantor e compositor CarlosMendes), Jos Fanha, e AntnioPalma. No anfiteatro ao ar li-
vre do recinto os trs convi-dados deram vida a um leque dehistrias muitas delas alusi-vas, claro est, poca do 25 deAbril de 1974 transformadasnuma mescla de msica e poe-sia. Conjunto de msicas e po-emas que foram sendo atira-
dos de forma alternada para abem composta plateia ondesobressaam algumas figuraslocais, casos dos presidente daJFE, Lus Ramalho, e da mesada Assembleia de Freguesia deErmesinde, Raul Santos numa espcie de dilogo a trs,onde as msicas revisitadas pela
voz de Francisco Mendes in-terpretou temas de Carlos doCarmo (Os Putos), Dany Sil-va (Branco Velho, Tinto e Je-rupiga), Francisco Jos (OlhosCastanhos), ou Trovante (SerPoeta), eram adornadas pelopoeta e declamador Jos Fanha
(declamou, entre outros, poe-mas de Joo Villaret, JorgeLima, ou Rosa Lobato Faria),sempre acompanhados pelasuavidade do piano de AntnioPalma.
Se tivssemos de descrevernuma s palavra este espetcu-lo diramos que foi: memorvel.
FOTO JFE
Sesso poltica comemorativa do 25 de Abril
na Junta de Freguesia de Ermesinde FOTOS LC
LC
Decorreu, alis como jvem sendo habitual, no Audit-rio da Junta de Freguesia deErmesinde, na manh do dia 25de abril, a comemorao da his-trica data da Revoluo dosCravos.
tarde teve lugar a CorridaJuvenil comemorativa.
Na sesso da manh inter-vieram representantes de todosos partidos com assento naAssembleia de Freguesia de
Ermesinde, o presidente da Jun-ta e o presidente da Assembleiade Freguesia de Ermesinde. Anota mais comum nestas inter-venes foi o lamento da situa-o presente e o consequente in-cumprimento de Abril.
O primeiro a usar da pala-vra foi Adelino Soares, da CDU,que denunciou as tentativas ma-labaristas de destruio da Cons-tituio e a alternativa vazia doora agora mandas tu, ora agoramando eu entre o PSD e o PS,denunciou os mesmos proble-mas da explorao.
E continuou: Mas fica opovo. Os trabalhadores, a po-pulao e muitos de ns aqui
presentes que encaramos a nos-sa atividade solidria e militan-te na defesa das populaes
com o assumir de muitos pro-blemas que se colocam no dia adia. Num tempo em que aumen-tam as dificuldades dos traba-lhadores e do povo em geral.Com nveis de desemprego cadadia mais preocupante pelos dra-mas individuais e familiares queprovocam e que nos empurrama caminho de uma cada vez mai-or pobreza.
Ficamos muitos de ns, quevamos fazendo o Poder Local (...)a aguentar diretamente todos asdificuldades criadas por estas po-
lticas de destruio dos nobresobjetivos do 25 de Abril de 1974.Seguiu-se-lhe Joo Arcn-
gelo, da Coragem de Mudar,que com uma interveno igual-mente muito crtica sublinhouque comemorar Abril no podeser um ato circunstancial. Orepresentante da fora polticaindependente apontou ainda quehoje no h vergonha quando osjovens so obrigados a emi-grar.Denunciou tambm que sevive hoje num pas suposta-mente livre, democrtico e so-berano, sem rumo, sem es-perana e sem dignidade, emque cada vez so menos os quepodem comemorar Abril.
A letra D, apontou ainda, jno de democracia, mas de
E considerou ainda muitocustico, que vivemos num pasonde o povo geme e j no grita,barafusta mas nada faz.
Desejou, por fim, que nasprximas Autqrquicas, o votosirva para um momento de re-flexo cvica.
Tambm Tavares Queijo, doPartido Socialista, se no afastoudeste registo muito crtico, queiniciou, alis com uma refernciaaos vampiros de Zeca Afonso.
Apontou depois a marca doPS em muitas das conquistas de
Abril o Sistema Nacional deSade, o parque escolar (aprovei-tando aqui para denunciar a atualsituao da Escola Secundria deErmesinde que mais parece umaescola do 3 Mundo.
Passados 39 anos dizem-nos que so os troikos que nosdeixam uns trocos, gracejou,mas apontou que quando aTroika manda baixar os preosda energia, por exemplo, o Go-verno no o faz.
E traou depois um quadrogeral da degradao social que estem marcha, referindo por exem-plo que os idosos no comprammedicamentos, as crianas vopara a escola sem pequeno almo-
o, apelando por fim a um ou-tro Abril, no pela fora das ar-mas, mas ainda contra o capita-
lismo selvagem, a quem s inte-ressam os nmeros.
Lus Vasques, do PSD foio orador seguinte, bem menoscustico que todos os anterio-res. Preferindo apontar para arealidade local em vez de umarealidade nacional, como as vo-zes anteriores, e citando de no-vo John Kennedy, tal como noano passado, apelou a que noperguntem o que Ermesindepode fazer por ns, mas sim oque que podemos fazer porErmesinde?. E foi apontando
neste patamar mais micro, asconquistas dos ltimos trsanos, em que os interesses ge-rais se sobrepuseram a qualquerinteresse particular.
Lus Vasques defendeu ain-da uma sociedade civil livre masmais ativa e uma cultura de res-ponsabilidade. E advogandouma posio bem mais prximada linha do Governo, ao contr-rio dos oradores anteriores, apon-tou que O Estado tem de sersustentvel tem que se mudartudo o que possa ser um entrave. necessrio libertarmo-nos deestigmas e ortodoxias. Sim aocarcter ao mtodo, inovao.
E defendeu depois a gesto
social-democrata em Ermesinde:O PSD est concentrado emErmesinde no que essencial,
adiando projetos que consumi-riam recursos. E terminou afir-mando que, em Ermesinde, osideais polticos reformistas ti-veram xito, conseguido o con-senso [numa referncia ao quetem sido a posio do PS lo-cal]. O lema foi cumprido: AVitria de todos!.
Foi ento a vez do presidenteda Junta de Freguesia, LusRamalho, afirmar que continua-mos procura da forma de poder-mos ser livres. E referiu algunsdos limites dessa liberdade, as ca-
deias de supermercados, a publi-cidade enganosa, a televiso.E retomando uma ideia j
expressa por Lus Vasques,apontou que Abril liberdade eresponsabilidade.
Criticou depois os crticosque no votam.
E a partir de um pequenocravo feito na escola pelo seuprprio filho, considerou que oEstado do Pas era como aquelecravo, preso por arames e fr-gil como o papel de celofane.Mas terminou com uma pala-vra positiva: Abril esperan-a e renovao de votos.
O ltimo orador foi o presi-dente da Assembleia de Freguesia
de Ermesinde, Raul Santos.Comeando por lembrar
que este era o ltimo 25 de Abril
deste mandato, recordou, aocontrrio do presidente da Jun-ta, muito mais jovem, a suavivncia da data histrica do 25de Abril, a concentrao daspessoas na Rua do Heroismo, alibertao dos presos polticos,a caa aos pides, alguns tirosainda disparados pela polciaafeta ao regime, felizmente semconsequncias.
Referiu depois o surgimentodo Portugal democrtico, o so-nhar constante e tambm a de-mocracia que virou anarquia, cul-
pa da quantidade de grupos par-tidrios que se formaram. Para,a seguir, e referindo-se aos diasde hoje, os qualificar como operodo mais negro da histriados Portugueses desde que foiinstalada a democracia. Eexemplificou, entre outros comestes dados: Os jovens, hojemais habilitados para o mercadode trabalho, so convidados aemigrar e os que no saem notm outro remdio seno sobre-carregar a reforma dos pais. uma autntica tragdia, sem fim vista, fruto de uma criseeuropeia (...), mas principal-mente pelas polticas de austeri-dade que nos impuseram.
No final, o presidente da Jun-ta anunciou o restante programada comemorao.derrota e derrocada.
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30 de abril de 2013 A Voz de Ermesinde 11
Relatrio e Contas do Centro Socialde Ermesinde aprovados por unanimidadeLC
Mais uma vez com a aflu-
ncia de um reduzido nmero
de associados e tal facto le-
vou mesmo o presidente da
Mesa da Assembleia Geral,
Jos Maria Ferreira dos San-
tos, a fazer um apelo aos sci-
os para uma maior participa-
o a Assembleia Geral do
Centro Social de Ermesinde
viu aprovadas as Contas e
Atividades apresentadas pelaDireo que, em interveno
do seu presidente, Henrique
Queirs Rodrigues, traou,
em linhas gerais um quadro
da situao atual da IPSS, os
seus constrangimentos e as
suas conquistas.
Assim o presidente, co-
meando por destacar os re-
sultados de explorao posi-
tivos com um saldo superior
a 25 mil euros , resultados
positivos estes repetidos pelo
terceiro ano seguido, alertou
para que a instituio no se
deixasse distrair de outros
factos, causadores de cons-
Salientou o quadro exter-
no, que entre outras coisas
arrastou com ele a com-
participao das famlias, a di-
ficuldade, neste enqua-
dramento, de diminuir signi-
ficativamente, a dvida ao for-
necedores e banca, mesmo
NOTCIAS DO CENTRO SOCIAL DE ERMESINDE
CONDURIL - CONSTRUTORA DURIENSE, S.A.
assim com substancial dimi-
nuio da dvida, uma e outra.
Apontou depois os pon-
tos mais crticos deste exer-
ccio, ATL, Formao Profis-
sional e jornal A Voz de
Destaque
sitria referente ao Centro de
Formao (pelo desmante-
lamento dos Centros Novas
Oportunidades), valncia
esta que apontou contudo
como atuando numa rea que
fulcro de uma instituio
trangimentos.
Relativamente ao jornal
apontou um caminho de
aumento de receitas, pelo
alargamento da rede de lei-
tores e assinantes e por u-
ma mais eficaz cobrana
quer a assinantes quer a
anunciantes.
Referiu a adeso do
CSE ao Plano de Emergn-
cia Social e a colaborao
com a Cmara Municipal de
Valongo no fornecimento
de refeies escolares.Destacou depois o que
foi alcanado pela institui-
o em termos do processo
de certificao de qualida-
de, agradeceu a dedicao
dos trabalhadores e encer-
rou a sua interveno com
um agradecimento a vrias
instituies pela sua coope-
rao Cmara de Valongo
e Junta de Freguesia de
Ermesinde, Centro de Em-
prego de Valongo, Delega-
o Regional do IEFP e
Centro Distrital da Seguran-
a Social do Porto.
Aps apresentada a
posio da Direo passou-
se discusso do Relatrio
e Contas, que foi aprovado
por unanimidade.
Artur Carneiro, presi-
dente do Conselho Fiscal, leu
depois o parecer deste rgo,
que ressaltou o controlo ri-
goroso dos custos e dos re-
sultados de explorao pro-
movido pela Direo e elo-
giou a qualidade dos docu-
mentos ali apresentados. O
Parecer do Conselho Fiscal
chamou a ateno, contudo,para a situao financeira
negativa do jornal A Voz de
Ermesind e, colocando,
mais ano menos ano em cau-
sa a sobrevivncia do Cen-
tro Social de Ermesinde. O
mesmo rgo apelou ainda
Direo para equacionar a
sua continuidade, embora
fosse favorvel sua sobre-
vivncia, mas em moldes di-
ferentes dos atuais.
Finalmente o Parecer sa-
lientou Algum que ma-
nifestamente se excedeu, em
silncio os colaborado-
res do Centro Social de Er-
mesinde.
Ermesinde.
Explicou a situao tran- como a nossa.
FOTO URSULA ZANGGER
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12 A Voz de Ermesinde 30 de abril de 2013Literatura
Eugnio: alguns traos
RICARDO
SOARES (*)
fronteira do silncio / a mo ilumina a ter-ra inacabada / Interminavelmente.
Neste poema, como em muitos outros, apalavra como que um recorte do silncioeterno.
uma poesia cristalina, que valoriza apalavra, quer no seu valor imagtico-simb-lico, quer rtmico, sendo a musicalidade umdos aspetos mais marcantes, aproximando-a,assim, do lirismo primitivo da poesia galaico-
-portuguesa ou, mais recentemente, do sim-bolismo de Camilo Pessanha. Marcada porum lirismo puro, carregado de metforas lu-minosas que harmonizam o amor e os quatroelementos primordiais: gua, terra, ar, fogo.Exemplo:
Fogo: vero.gua: fonte, rio, mar.Ar: vento, msica, poesia.Terra: ruralidade, casa, me, corpo, cri-
ana, pastor; reino vegetal (frutos, rosa...);reino animal.
H a perspetivao da msica entendidacomo metfora da poesia. A essncia de umapoesia/msica provm de um obses-sivo labor em relao ao qualo poeta, implcita ou expli-
citamente, convoca omodelo analgico deordem musical. Re-escrevo os textos ob-sessivamente. Emmim o ataque do po-ema da ordem mu-sical. Uma palavra como a nota quep r o c u r aoutras
para o acorde perfeito. A metfora da msi-ca revela a dimenso ontolgica e aidealidade de um mundo ordenado por umaharmonia e equilbrio essenciais, de profun-das ressonncias maternas. O poema, quecongrega todos os elementos, aspira ao ide-al de perfeio; como msica verdadeiramen-
O acto de criao de natureza obscura,nele impossvel destrinar o que de ra-zo e o que do instinto, o que do mundoe o que da terra; o acto potico o empe-nho total do ser para a sua revelao; o po-ema conquistado slaba a slaba. Particu-larmente expressivo o poema A Slaba:
Toda a manh procurei uma slaba. / pouca coisa, certo: uma vogal, / umaconsoante, quase nada. / Mas faz-me falta.S eu sei / a falta que me faz.
Esforo, equilbrio, capacidade de hau-
rir as lies dos grandes mestres do passa-do (desde Homero), renovando-as e afeio-ando-as ao tempo presente, numa escritadespojada, mas tambm musical e fluida.
A Casa, muitas vezes descrita na poesiade Eugnio, assume lugar da me e do cor-po. A habitabilidade augura o preenchimen-to, a totalidade. A casa desabitada (portafechada, casa na chuva...), sinal da ausn-cia da me, lugar de desproteo e aban-dono, e, portanto, metfora do vazio.
O Tempo assume uma impor-tncia constante em toda a
sua obra. Essencialmente
h trs linhas segundo ametfora vitalista: a in-fncia, a idade madura(onde se instaura acoincidncia estrutu-ral que faz represen-tar a idade como ve-ro) e por fim odeclnio.
Outra caractersticasonante o fluir dagua, que simboliza ofluir do tempo e supe
uma ideia de percurso.Um procurado universo de
gua equivalente de um uni-verso do desejo, do materno
e da potica. O chamamento domar (o ir e vir das mars) ma-terno.
O mar. O mar novamen-te minha porta. / Vi-o pelaprimeira vez nos olhos / de
minha me, onda apsonda, / perfeito e calmo,depois, / contra falsias,j sem bridas
A poesia fez o pro-dgio de Eugnio deAndrade, Eugniode Andrade fez oprodgio da sua po-
esia: deixou-nos poemas e versos que noressuscitam os mortos mas so ardor, ful-gor, vigor e amor; amor que envolve pes-soas, coisas, palavras; palavras que nosajudaro a viver melhor e contribuiro paraque a terra seja cada vez mais habitvel.
20 de Maio s 18h30 - Lana-mento do livro "O Mundo de EnidBlyton", de Alice Vieira. Livraria LeYana Buchholz, Lisboa.
quinta edio o Prmio Leya(100 mil euros) vai pela segunda vezpara um autor portugus: NunoCamarneiro, de 35 anos, vencecom Debaixo de Algum Cu. Acerimnia de entrega do PrmioLeYa ser presidida pelo Presiden-te da Repblica, Anbal Cavaco Sil-va, e est marcada para 8 de maio,
em Lisboa.
Est venda nas livrarias onovo romance de Manuel Alegre,"Tudo e no ", editado pelas Pu-blicaes Dom Quixote, um livro di-ferente e perturbador, escrito a par-tir de sonhos, porque, como diz oautor, citando Shakespeare, "somosfeitos da mesma matria de queso feitos os sonhos."
J est nas livrarias o novo livrode crnicas de Miguel Esteves Car-doso, intitulado Como linda a putada vida - a primeira coleo decrnicas publicadas pela Porto Edi-tora , e ainda outras quatro novasedies: A causa das coisas, Oamor fodido, Os meus problemase Explicaes de Portugus ex-plicadas outra vez.
Curso de Escrita Criativa car-ga horria de 14 horas, na AcademiaApamm de Ermesinde. Contactos: tlf-220924475, tlm-918963100; morada:Rua Jos Joaquim Ribeiro Teles, n.545, 4445-485 Ermesinde; email:[email protected]
A VOZ DAS PALAVRAS A VOZ DAS PALAVRAS A VOZ DAS PALAVRAS
Breves
herana que Eugnio deAndrade nos deixa incal-culvel, poucas haver tofecundas para a cultura por-tuguesa: mais de duas dzi-as de livros de poemas, trs
ou quatro livros de prosas mais ou menos po-ticas, dois livros para crianas, vrias antologi-as, com destaque para a Antologia Pessoal daPoesia Portuguesa, vrias tradues, sobretu-do de poetas desde a grega Safo a contempo-rneos seletos. Por algum motivo Eugnio era,depois de Pessoa, o poeta portugus mais es-tudado e traduzido, pois j foi traduzido, e comsucesso, em mais de duas dezenas de lnguas,incluindo o leto, o servo-croata, o russo, chi-ns, japons. E no admira que a sua produo
tenha merecido medalhas, condecoraes eprmios nacionais e internacionais, com desta-que para o Prmio Cames, que ele recebia comagrado mas que rapidamente esquecia, logo seentregando com humildade ao seu minuciosotrabalho com as palavras.
Eugnio no nos deixou s um legadoliterrio, de uma poesia que soube concili-ar o antigo e o moderno, o oral e o escrito,o popular e o culto, a cultura ocidental e aoriental; deixou-nos tambm o exemplo deum homem ntegro, rigoroso, devotado causa da Justia, da Verdade ou do Amor,implacvel inimigo da frivolidade, damentira e da hipocrisia e firme no cum-primento do dever.
Nunca lhe faltou o gosto em viver
nem desdenhou o prazer do corpo quetanto celebrou, e pde at fazer, comonunca em portugus algum fizera, o elo-gio do sorriso:
Apetecia / entrar nele, tirar a roupa,ficar / nu dentro daquele sorriso. / Correr,navegar, morrer naquele sorriso.
Para o Poeta a morte to pouco.Alis, como ele tambm disse, o que maisnos deve doer no a morte, o quenos divide e mata / antes de morrer.
H no poeta uma interessantedicotomia entre palavra e silncio, sendoque aquela se apresenta, face ao todo docorpo potico, como uma caracterstica
forma de silncio. No poema "Sobre a pala-vra" isso bem visvel quando se l:
Entre a folha branca e o gume doolhar/ a boca envelhece / Sobre a palavra
/a noite aproxima-se da chama / Assim semorre dizias tu/ Assim se morre dizia o ven-to acariciando-te a cintura / Na porosa
FOTO ARQUIVO
te elementar.
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30 de abril de 2013 A Voz de Ermesinde Desporto
AnuncieAqui
Suplemento de "A Voz de Ermesinde" N. 904 30 de abril de 2013 Coordenao: Miguel Barros
Formiga prepara o regresso ao ativo
ENTREVISTA...
A Unio Desportiva e Recreativa da Formiga est viva,ao contrrio do que muita gente possa pensar. Quem odiz a Comisso Administrativa que neste momentoguia os destinos de um clube que se prepara paraterminar a longa travessia no deserto trilhada ao longodo ltimo ano e, em breve, voltar ao ativo.
Ermesinde SC
confirmadescidade diviso
FOTO MANUEL VALDREZ
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A Voz de Ermesinde 30 de abril de 2013DesportoII
ATLETISMO
CORRESPONDENTES
SE TEM UM GOSTO PARTICULARPOR ALGUMA MODALIDADE EGOSTA DE ESCREVER, PORQUE NONOS AJUDA A FAZER UM
CORRESPONDENTES
PRECISAM-SE!
Cerca de duas centenas de jovens deram vidaa mais uma Corrida Juvenil "25 de Abril"
MBMBMBMBMB
Cerca de duas centenas de crianas deram vida a mais uma edio da Corrida Juvenil "25de Abril", certame como habitualmente acontece chancelado pela Junta de Freguesia de
Ermesinde (JFE). Ocorrida durante a tarde das comemoraes do 39 aniversrio da "revo-luo dos cravos" a prova transformou as imediaes da edilidade ermesindense num imen-so mar de alegria, ambiente criado no s - mas sobretudo - pelas cerca de duas centenas de
crianas oriundas de diversos estabelecimentos escolares de ensino bsico da nossa cidade,mas tambm pelos respetivos progenitores que as acompanhavam e que vibraram de orgulhocom as faanhas atlticas dos seus rebentos. Entre a multido vislumbraram-se algumas
figuras locais, entre outros o presidente da JFE, Lus Ramalho, que se fazia acompanhar no
s de outros membros do executivo como tambm da Assembleia de Freguesia de Ermesinde,o presidente da Cmara de Valongo, Joo Paulo Baltazar, e Jos Manuel Ribeiro, o j anun-
ciado candidato do Partido Socialista autarquia valonguense. Poder poltico que assistiuento a uma srie de animadas e bem disputadas corridas, cujo percurso contemplava metadeda avenida da Junta e parte da Rua D. Antnio Ferreira Gomes, junto s escolas Secundria
e de S. Loureno. Novidade na prova deste ano foi o parceiro escolhido pela Junta para oauxlio na organizao do cada vez mais popular evento desportivo, o qual deu pelo nome deClube Zupper, coletividade local cujo dinamismo na prtica do desporto e agora tambm na
ajuda edificao de competies a nvel local tem sido por demais evidente ao longo dosltimos tempos.
Finalmente, os nomes dos vencedores da Corrida Juvenil "25 de Abril": Pinguins mas-
culinos: Jos Miguel Pereira; Pinguins femininos: Alexandra Maria Arajo; Infantis "A"masculinos: Leonardo Henrique Martins Vaz; Infantis "A" femininos: Marta Cruz Meneses;Infantis "B" masculinos: Joo Lus Alves Perdigo; Infantis "B" femininos: Ana SofiaFigueirinha Fagundes; Iniciados masculinos: Joo Pedro Esmoriz da Silva; Iniciados femi-
ninos: Sofia Alexandrina Carneiro; Juvenis masculinos: Rafael Ferreira de Sousa.
AgostinhoPinto entre os
100 melhores
treinadores
da histria!
MB
Incontornvel figu-
ra da histria do Clube
de Propaganda da Na-
tao (CPN) Agostinho
Pinto foi neste final de
abril nomeado pelo s-
tio "Planeta Basket"
como um dos 100 me-
lhores treinadores de
basquetebol da hist-
ria, no que ao plano
nacional diz respeito.
Segundo o "Planeta
Basket" - conceituado
jornal on line dedicado
modalidade - esta inici-
ativa - de nomear os me-
lhores treinadores - visa
mencionar os tcnicos
que ao longo dos lti-
mos 100 anos contribu-
ram para o desenvolvi-
mento do basket em
solo lusitano.
BASQUETEBOL
FOTOS MANUEL VALDREZ
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30 de abril de 2013 A Voz de Ermesinde Desporto
ENTREVISTA COM A COMISSO ADMINISTRATIVA DA UNIO DESPORTIVA E RECREATIVA DA FORMIGA
III
Travessia no desertodo Formiga tem os dias contadosH um ano atrs, mais coisa menos coisa, andavam nas bocas do mundo, graas ao surpreendente trajeto percorrido nos campeonatos
distritais da Associao de Futebol do Porto (AFP), onde pela primeira vez na sua histria marcavam presena. Terminada a - boa - temporadafutebolstica o cu desabou sobre a coletividade! O timoneiro que guiou a nau do clube ao longo dos ltimos seis anos decidiu sair, alegandomotivos pessoais e profissionais, e posteriormente, a pouco e pouco, outros seus pares seguiram-lhe o exemplo. A nau ficou ento como que deriva, isto , sem uma Direo, o que levou a um desaparecimento do mapa desportivo local desde ento. Na ausncia de uma soluo diretivaa coletividade passou a ser guiada por uma comisso administrativa de trs elementos, os trs ltimos resistentes (!), que procuram agoraarrumar a casa e abrir novamente as portas do clube cidade que continua a chamar por eles.
Esta breve sinopse retrata a atualidade da Unio Desportiva e Recreativa da Formiga, emblema ermesindense que o nosso jornal visitoueste ms de abril, e que junto dos seus responsveis testemunhou que apesar dos muitos obstculos que presentemente se atravessam noseu caminho, o popular Formiga tem planos para no futuro prximo regressar ao ativo.
MIGUEL BARROS
Contrariamente ao que mui-ta gente possa pensar no seio danossa comunidade, o Formiga nomorreu, est vivo. Quem o dizso dois dos trs elementos quecompem a Comisso Adminis-trativa (CA) que por estes diasvai mantendo a porta do clubeentreaberta. Francisco Arajo eJoaquim Neto, foram os respon-sveis formiguenses (o terceiro e-lemento da comisso, Paulo Ro-drigues, esteve ausente por moti-vos profissionais) que nos rece-beram na pequena sede da co-letividade, onde o futebol seria oprimeiro tema a saltar para cima
da mesa de conversa. Ainda fres-ca na memria de todos est acampanha realizada em 2011/12,a poca em que o Formiga deci-diu arriscar - pela primeira vez nasua histria - participar nos cam-peonatos distritais da AFP, e paraum principiante certo que as coi-sas at correram muito bem. Fi-zemos uma primeira volta espe-tacular, como comprova o quartolugar que ocupvamos na classi-ficao. Antes de comear a se-gunda volta estvamos a ver queamos ficar sem 6 ou 7 jogadores- que eram cobiados por outrosclubes - mas no entanto acabari-am por ficar, pois mesmo no lhesdando dinheiro, a nica coisa que
lhes dvamos era um sumo e umasandes no final de cada jogo, elesgostavam de aqui estar, conse-guindo cativ-los com o espritode amizade que reinava dentro doclube. Tnhamos um ambiente es-petacular. Como fazem questode sublinhar, o futebol colocou oego do clube l em cima, e a po-pularidade deste junto da popu-lao - em especial das zonas daFormiga e dos Montes da Costa -crescia de jogo para jogo. ramosseguramente dos clubes do con-celho de Valongo que mais adep-tos levava quando jogava fora decasa. Organizvamos excursescom 70 ou 80 pessoas sempre
que amos fora. Alm de um gran-de esprito de amizade tnhamosuma boa organizao. Todas aspessoas se apercebiam do nossobom trabalho. Sabiam que no t-nhamos muito dinheiro, e mesmoassim fizemos um trabalho reco-nhecido por todos. Davam-nos
valor, e estamos em crer que se
tivssemos permanecido no 4lugar at final do campeonato te-ramos subido 1 Diviso Dis-trital, de acordo com a reestru-turao feita pela AFP no final dapoca, e hoje poderamos estar a
jogar com o Alfenense e estarmais prximos do outro clube dacidade que se dedica ao futebol, oErmesinde. Teria sido espetacularver o Ermesinde e o Formiga namesma diviso. Contudo, dosonho realidade por vezes o ca-minho longo e sinuoso, e o fute-bol acabou por ser apedra no sa-
pato do Formiga nos meses quese seguiram ao final da tempora-da 2011/12. Hoje, Francisco Ara-jo e Joaquim Neto reconhecemque foi talvez um erro o clube ter--se dedicado exclusivamente aofutebol, at porque diz a histriaque o Formiga muito mais doque um clube de futebol. No en-tanto odesporto reiabsorvia mui-to do tempo dos 12 elementosque compunham a Direo lide-rada pelo jovem Nuno Ferreira.Recordam que o futebol obriga-va-os a ter sempre 10 ou 12 ele-mentos a trabalhar volta de um
jogo todos os domingos. Em diasde jogo comevamos a trabalhars 8 horas da manh e terminva-
mos s 8 horas da noite. Com istofomos esquecendo a parte cultu-ral que o clube sempre teve, comoas marchas populares, que sem-pre atraram ao Formiga muitagente, lamentam agora, de certaforma, ao olhar para trs.
O futebol foi pois um sonho
que saiu caro ao clube. E embora
sublinhem que o Formiga nadadeve a ningum, que o saldo dasua contabilidade atualmentepositivo, curto, mas , o que certo que no era sustentvelcontinuar a suportar a modalida-de por mais um ano. A conjunturaeconmica do pas assim o dita,pois se no passado recente o co-mrcio vizinho - cafs, talhos,etc. - apoiava o clube com dona-tivos na casa dos 25 euros atu-almente esse apoio no chega nema metade! Para participarmosnum campeonato distrital preci-
svamos de cerca de 4 000 eurospara comear. Depois, ao longoda poca eram precisos pelomenos 500 euros mensais parafazer face s despesas, como porexemplo pagar o policiamentodos jogos em casa. Inicialmentetnhamos os cafs e talhos dazona, que nos davam donativosde 25, 30, 50, ou 100 euros que,com mais alguns fundos anga-riados - o bar, por exemplo, queem dias de jogo originava umareceita na ordem dos 300 euros -iam dando para colmatar essasdespesas. Os nossos amigos pa-trocinadores comearam a reduzirpara menos de metade os do-nativos, o bar a certa altura co-
meou a dar algum prejuzo, e odinheiro comeou a ficar muitocerto, e a dada altura comemosa pr dinheiro do nosso bolso!Perante isto no tnhamos con-dies para comear uma novapoca futebolstica com o mni-mo de condies de trabalho.
Dinheiro, ou a escassez dele,
foi a principal razo pela qual oFormiga no continuou a sua aven-tura futebolstica, no pela faltade jogadores, pois ainda hoje somuitos os que ligam para o clube aquestionar o porqu deste noavanar novamente para a com-petio, disponibilizando-se avestir a indumentria formiguensede forma graciosa, apenas peloprazer de jogar e de viver o ambi-ente saudvel que sempre reinouno clube. Mas fizemos con-tas e vimos que no dava para con-tinuar, e o Formiga decidiu parar.
Sem Direotudo fica
mais difcil
Mas no foi s o dinheiro acausa desta sbita paragem de a-tividade desportiva do emblemaermesindense. No final da tempo-rada passada o presidente daDireo, Nuno Ferreira, comuni-cou aos seus pares que por moti-vos pessoais e profissionais noiria recandidatar-se a mais ummandato. Liderava uma jovem Di-reo - da qual faziam parte ostrs elementos da atual CA - h jseis anos, um grupo de dirigentesque arrumou a casa assim que che-gou ao leme da coletividade. Li-
quidaram-se as dvidas, e posteri-ormente deu-se algum dinamismoao clube. Nuno Ferreira saiu, mascolocou-se ao dispor dos pares deDireo para ajudar no que fossepreciso. Mas com a sada do jo-vem dirigente o Formiga no en-controu um novo rumo diretivo.
Realizaram-se trs assembleias ge-
rais no sentido de encontrar umanova Direo, mas ao invs dissoos scios foram-se afastando. Osscios e a grande parte dos paresde Nuno Ferreira, ficando apenasPaulo Rodrigues, Francisco Ara-jo, e Joaquim Neto, trs amigosde longa data que prometeram asi mesmos que o clube no iriamorrer. Dizem-se algo cansados,pois no tarefa fcil guiar umclube com to pouca gente, e quecom uma Direo tudo seria di-ferente, j que com mais genteera mais fcil trabalhar para
reerguer o emblema. preci-so apoio humano dizem, aomesmo tempo que lamentamque os reformados da zona, porexemplo, podiam ajudar, fazeralguma coisa, no s pelo clubemas tambm por eles, estarmais ativos ao envolver-senuma atividade, mas preferemestar quietos no seu canto.