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«ANGOLA SEM POBRES É META DO GOVERNO» O Presidente da República disse em entrevista à televisão portuguesa SIC, que um dos principais desafios do País é a criação de condições para o crescimento económico e a transformação desse crescimento em desenvolvimento social. Edição dos Serviços de Imprensa da Embaixada de Angola em Portugal - Junho de 2013 Visite o site da Embaixada de Angola em www.embaixadadeangola.org Visite o site da Embaixada de Angola em www.embaixadadeangola.org a ctualidade ctualidade Edição dos Serviços de Imprensa da Embaixada de Angola em Portugal - Junho de 2013 a ctualidade ctualidade Edição dos Serviços de Imprensa da Embaixada de Angola em Portugal Edição dos Serviços de Imprensa da Embaixada de Angola em Portugal a ctualidade ctualidade ANGOLA ANGOLA PÁGINA 6 PÁGINAS 2 e 3 ANGOLA NUNCA DEIXOU DE APOIAR A GUINÉ-BISSAU PÁGINA 5 PALANCAS NEGRAS FORA DO BRASIL - 2014 PÁGINA 11 PÁGINA 12 O ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti, pediu o apoio da Rússia à candidatu- ra de Angola a membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, para o período de 2015/2016. ANGOLA CONQUISTA “LEÃO DE OURO” EM VENEZA JEAN-JACQUES ATLETA MUNDIAL O primeiro vice-presidente da Assembleia Nacional, João Lourenço, negou em Lisboa que Angola tenha deixado de apoiar o processo de estabilização política na Guiné-Bissau. O Pavilhão de Angola conquistou, este mês, o Leão de Ouro da Bienal de Arte de Veneza 2013 para a representação nacional, anunciou a organização do certame numa cerimónia de entrega dos prémios realizada nos Giardini, em Veneza, Itália. GEORGES CHICOTI QUER APOIO RUSSO PÁGINA 12 A cidade de Mies no cantão de Vaud tes- temunhou, este mês, a entrada de Jean Jacques da Conceição para o assento da fama do Museu de Basquetebol da FIBA. PRESIDENTE DA REPÚBLICA NA SIC JOÃO LOURENÇO MEMBRO NÃO-PERMANENTE DO CS DA ONU RENDIMENTO DOS ANGOLANOS SOBE SETE VEZES PÁGINA 7 Boletim Junho 2013:Angola Teste.qxd 13-07-2013 23:03 Page 1

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«ANGOLA SEM POBRES É META DO GOVERNO»O Presidente da República disse ementrevista à televisão portuguesaSIC, que um dos principais desafiosdo País é a criação de condições

para o crescimento económico e atransformação desse crescimentoem desenvolvimento social.

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Visite o site da Embaixada de Angola em www.embaixadadeangola.orgVisite o site da Embaixada de Angola em www.embaixadadeangola.org

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ANGOLAANGOLA

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PÁGINAS 2 e 3

ANGOLA NUNCA DEIXOUDE APOIAR A GUINÉ-BISSAU

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PALANCAS NEGRAS FORA DO BRASIL - 2014

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O ministro das Relações Exteriores, GeorgesChikoti, pediu o apoio da Rússia à candidatu-ra de Angola a membro não permanente doConselho de Segurança das Nações Unidas,para o período de 2015/2016.

ANGOLA CONQUISTA“LEÃO DE OURO”

EM VENEZA

JEAN-JACQUESATLETA MUNDIAL

O primeiro vice-presidente da AssembleiaNacional, João Lourenço, negou em Lisboa queAngola tenha deixado de apoiar o processo deestabilização política na Guiné-Bissau.

O Pavilhão de Angola conquistou, estemês, o Leão de Ouro da Bienal de Artede Veneza 2013 para a representaçãonacional, anunciou a organização docertame numa cerimónia de entregados prémios realizada nos Giardini, emVeneza, Itália.

GEORGES CHICOTIQUER APOIO RUSSO

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A cidade de Mies no cantão de Vaud tes-temunhou, este mês, a entrada de JeanJacques da Conceição para o assento dafama do Museu de Basquetebol da FIBA.

PRESIDENTE DA REPÚBLICA NA SIC

JOÃO LOURENÇO

MEMBRO NÃO-PERMANENTE DO CS DA ONU

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POLÍTICA

O Presidente da República disse em entrevista à televisão portuguesa SIC, que um dosprincipais desafios do País é a criação de condições para o crescimento económico

e a transformação desse crescimento em desenvolvimento social.

ntre as grandes apostas, Eduardodos Santos referiu ainda a forma-ção de pessoal qualificado e a

estabilidade política e macroeconómi-ca. “Temos uma meta mais longínquaque é fazer Angola crescer até acabar apobreza”, referiu. O objectivo, frisou, émanter os actuais níveis de crescimen-to de modo a aumentar a riqueza doEstado. Ao falar sobre a evolução doEstado desde o fim da guerra, em 2002,destacou os processos de consolidaçãoda paz, democracia e reconstruçãonacional. O Presidente fez referência aorealojamento de mais de quatro mi-lhões de pessoas deslocadas e a cria-ção de condições para garantir a suaalimentação, de que resultou o fim doapoio do Programa Alimentar Mundial(PAM). Lembrou o programa de reen-contro de famílias separadas durante aguerra, desenvolvido na mesma alturaem que se consolidavam as institui-ções democráticas, particularmente asdo Estado, e à criação das condiçõespara aprofundar a democracia e doEstado de Direito, o funcionamentonormal dos partidos e a garantia dodireito à livre expressão e ao desenvol-vimento da imprensa privada. Após aassinatura do acordo de Paz “o grandeobjectivo era reconciliar os angolanos,fortalecer a unidade nacional e criar ascondições para que todos os angola-nos, independentemente da sua ori-gem, filiação política e partidária, parti-cipassem no grande esforço de recons-trução nacional e de edificação de umapátria que orgulhasse a todos”.

O SEGREDO DA PAZJosé Eduardo dos Santos explicou areceita para uma nação em paz ereconciliada: “os interesses gerais e daNação devem ser postos acima dosinteresses particulares”. Para alcançar aPaz, explicou, também foi necessáriorecorrer ao princípio de uma aplicação

equilibrada do esforço de guerra comnegociação política, mas que tivesseem conta os interesses de todas as par-tes e procurasse uma solução de equi-líbrio, nalguns casos consensual, para ointeresse nacional. Sobre como traduzirna prática uma solução de equilíbriopara o interesse nacional, afirmou queisso se consegue “dialogando, com-preendendo a vontade dos outros elevando-os à razão, para soluçõesracionais, que acabem por trazer con-forto a todos e criar um quadro em quetodos possam encontrar uma realizaçãopessoal, mas também dentro de umcontexto mais geral para o sonho detodos”.

CONTRIBUTO DA CHINAAo falar da relação com a China e dapresença de empresas chinesas emAngola, recordou a situação em que opaís estava logo a seguir à assinaturados acordos de paz. Falou da necessi-dade de recorrer a empréstimos paradar início à recuperação das infra-estru-turas destruídas pela guerra. Na alturatinha sido programada uma conferên-cia internacional de doadores que nãochegou a realizar-se, porque algunspaíses ocidentais entenderam queAngola não precisava por ser um país

rico. “A solução foi conseguir emprésti-mos em condições aceitáveis para rea-lizar os grandes projectos de reconstru-ção nacional. A China manifestou a suadisponibilidade”. Mas salientou que sóagora algumas empresas chinesascomeçaram a despertar para a realiza-ção de investimentos em Angola, fri-sando que a relação com essas empre-sas é baseada, sobretudo, na contrata-ção de empreitadas, de construçãocivil, e na compra de materiais de servi-ço.

PAÍS MINADONa entrevista à SIC, José Eduardo dosSantos falou das grandes obras realiza-das numa década e que permitiramreconstruir a rede fundamental deestradas e parte da secundária, oscaminhos-de-ferro, com mais de doismil quilómetros de extensão, pontes,centrais de produção de energia elé-ctrica e estações de tratamento e con-dutas de transporte de água. “Angolaera um dos países mais minados quan-do terminou a guerra, em 2002. Dizia-se que só era comparada ao Cambodjanesse domínio. Falava-se até em maisde seis milhões de minas espalhadaspelo território nacional e, evidentemen-te, durante a guerra e até depois daguerra, tivemos várias vítimas deminas”, afirmou. Para resolver a situa-ção, foram gastos 100 milhões de dóla-res, na primeira fase do programa dedesminagem. “Todas as linhas de cami-nhos-de-ferro estavam minadas. Foinecessário um esforço muito grandepara que, em seis anos, se reabilitas-sem mais de dois mil quilómetros delinhas ferroviárias. Era desminar, recons-truir ou construir de novo, mas omesmo aconteceu nas estradas, naspontes. Portanto, era um país com mui-tos campos de minas até nas áreasonde se desenvolvia a agricultura”,sublinhou.

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POLÍTICA

SUBSTITUIÇÃOÉ NO MPLA

José Eduardo dos Santosabordou a questão dasua substituição e reme-teu para a esfera partidá-ria o ponto de partidapara um processo queconsidera “humanamen-te natural”.O primeiro exercício éencontrar “um líder queme substitua à frentedos destinos do partidoMPLA. Afinal, para alémde Presidente da Re-pública, sou líder de umpartido político e tenhosido candidatado às elei-ções presidenciais como apoio dos militantesdeste partido político”,declarou. Nas próximaseleições o partido vai indicar o seu can-didato à Presidência da República quedeve ser o seu líder, de acordo com aLei Eleitoral.E quando deixar de ser Presidente daRepública? “Os ex-presidentes normal-mente escrevem memórias, mas nãosei se me vou dedicar a isso. Tambémtenho uma fundação, a FundaçãoEduardo dos Santos, que tem umaintervenção social muito importante.Também gosto de desporto, pois souum homem do desporto emprestado àpolítica. Posso trabalhar em váriasáreas”, respondeu.

SITUAÇÃO POLÍTICA E SOCIALQuestionado sobre a situação política esocial, o Chefe de Estado considerouremotas as hipóteses de instabilidadepolítica e social em Angola, uma vezque o Executivo e o partido MPLA“estão atentos a todas as situações quepreocupam os cidadãos e procuram tra-balhar com as associações e a socieda-de civil na solução dos problemas”. OPresidente disse que o governo estásempre preocupado com os problemasde carácter social e dá “atenção muitoparticular à execução da sua agenda”,procurando resolver os problemas dasaúde, através da extensão da rede dosserviços sanitários às zonas mais recôn-ditas, e da educação, aumentandoconstantemente a rede escolar. Faloutambém dos programas de assistênciaàs crianças em situação vulnerável,assistência a pessoas idosas e deficien-tes, combate à pobreza. “Penso que a

sociedade, consciente desse esforçodo Governo e até com a sua própriaparticipação, esbate todos os factoresconducentes a uma possível perturba-ção ou instabilidade social”, sublinhou.E acrescentou: “mas há focos de con-testação. De quando em vez, há gruposde jovens que se organizam para reali-zar manifestações, particularmente emLuanda, mas nunca reúnem mais de300 pessoas”.

PRIMAVERA FALHADAReferindo-se à “contaminação” aAngola das revoltas da “PrimaveraÁrabe”, o Presidente José Eduardo dosSantos foi liminar: “eles tentaram, logodepois das revoltas na Tunísia, noEgipto e depois do conflito que eclodiuna Líbia. Tentaram aqui também incitara juventude para realizar grandes mani-festações, utilizaram as redes sociaispara comunicarem as suas mensagense estabelecerem mecanismos demobilização e sensibilização. Mas nãopegou”.E “não pegou” porque em Angola exis-te uma acção positiva “no sentido de semelhorar as condições dos cidadãos,trabalhar para o bem comum e a maio-ria da população compreende que háesta vontade, esta entrega dos gover-nantes, dos quadros, salvo raras exce-pções, para trabalhar para este bemcomum”.

PARCEIROS DE ANGOLAO Presidente também falou das rela-ções com Israel, Brasil, Portugal e a

China. Quanto a Israel,há empresários israeli-tas que mostram grandeinteresse nas oportuni-dades de negócios queAngola oferece.Existe também “umarelação especial” decooperação na área dedefesa e segurança. Emrelação ao Brasil, afir-mou que as relaçõesassentam num pressu-posto de os dois paísesfalarem a Língua Por-tuguesa e terem tidoum colonizador comum.De Angola saíram mui-tos escravos que tive-ram uma forte participa-ção na formação danação brasileira. “Hárelações entre os dois

países de forte amizade, de algumacumplicidade e os laços económicosestendem-se a várias áreas de activida-de”, salientou. O Pre-sidente JoséEduardo disse que existe uma nova eranas relações entre Angola e Portugal.Falou mesmo em “era de amizade egrande compreensão”, apesar de algu-mas “reminiscências do passado”,explicadas por “um certo saudosismo”.Mas concluiu: “a vida continua.O caminho é para a frente”. JoséEduardo dos Santos considerou difíceisos primeiros anos de independência, jáque Portugal não reconheceu imedia-tamente Angola como um país inde-pendente.O Presidente afirmou que as relaçõesentre os dois países também estão vol-tadas para o futuro e desenvolvem-seem todas as áreas da actividade, comvantagens mútuas.Declarou o seu apoio total à realizaçãode investimentos angolanos emPortugal. E realçou a situação privilegia-da em que se encontram os portugue-ses para realiza negócios, desde o maispequeno até ao de maior porte, já quealém da vantagem da língua, conhe-cem bem o país.Os jovens portugueses que procuramuma oportunidade em Angola, comqualificações à altura para apoiar pro-jectos de desenvolvimento, são bem-vindos, disse o Presidente José Eduar-do. Interrogado sobre como gostava deser recordado na História de Angola,respondeu sem hesitação: “como umbom patriota”.

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POLÍTICA

DOS SANTOS DIALOGA COM JOVENSPresidente da República, JoséEduardo dos Santos, reuniu-se, este mês, no Palácio da

Cidade Alta, com 30 líderes de organiza-ções filiadas no Conselho Nacional daJuventude (CNJ). O Chefe de Estadodisse que encontro, solicitado pelo CNJ,abre uma “nova página no diálogo coma juventude”.Dos Santos considerou positivo oencontro pela elevação das sugestões epropostas dos jovens, que apresen-taram preocupações em relação àspolíticas para a juventude e solicitaramo empenho pessoal do Chefe de Estadona definição de estratégias para a pro-moção do emprego, ensino de quali-dade, habitação e créditos.O Presidente reafirmou o seu empenhono trabalho em prol do bem-estar detodos os angolanos e pediu que ajuventude participe como até aqui naconstrução de uma sociedade an-golana “próspera e equilibrada”.O Chefe de Estado lembrou que “jávencemos o abismo em que nosencontrávamos” e agora Angola temfuturo.Dirigindo-se ao ministro da Juventude eDesportos, presente na reunião, aopresidente da Comissão Nacional daJuventude e aos jovens das associ-ações, José Eduardo dos Santos disseque “a imensa maioria dos jovens deste

país tem uma consciência política epatriótica elevada, é educada, está con-sciente dos seus deveres e contribuipara o desenvolvimento nacional.É por isso que devemos trabalhar todosjuntos - Governo, Partidos Políticos,

Igrejas e Sociedade Civil - para recuper-armos todos os que se estão a desviardo caminho certo, estudando bem ascausas desse comportamento e encon-trando para ele as soluções ade-quadas”.

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«GOVERNO APOSTOUSEMPRE NA JUVENTUDE»

Presidente da República referiu ainda que “emtodas as etapas e fases da nossa História a juven-tude foi sempre a força principal em que os diri-

gentes máximos se apoiaram para conseguir transformar asociedade. Foi sobretudo a juventude que pegou em armaspara combater contra o colonialismo e para vencer as forçasdo Exército do apartheid no Cuito Cuanavale e foi também ajuventude que criou as condições no terreno para a obtençãoda paz”.José Eduardo dos Santos lembrou que na fase da reconstruçãonacional, “a força activa, a força de trabalho para a mudança,continua a ser maioritariamente constituída por jovens.São sobretudo jovens os que estão nos nossos centros de for-mação profissional, nos institutos médios e superiores e nasuniversidades, se prepararam para o futuro”. O Governo apos-

tou sempre na juventude: “a maior parte dos seus programasdestina-se à resolução dos problemas dos jovens, porqueeles constituem a maioria da população.Agora temos também desafios, como tivemos no passado,mas construir um futuro para todos está ao nosso alcance.Basta que cada um, dirigente, quadro, trabalhador, professor,empresário, homem, mulher, jovem, assuma com consciênciao seu papel social e no seu posto realize o trabalho que lhecabe”.O Presidente da República lembrou ainda que “ontem foi piordo que hoje e o amanhã pode ser melhor do que hoje. Tudodepende de nós. É preciso acreditar, ter confiança em nóspróprios e trabalhar juntos. O bom futuro para todos só podeser o resultado de um bom trabalho de todos, feito a favor dodesenvolvimento da Nação angolana”.

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SÃO TOMÉ ABRE PORTAS A ANGOLA

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POLÍTICA

Primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, GabrielCosta, convidou os empresários angolanos a inve-stirem nos sectores do Turismo e Petróleos e asse-

gurou as condições jurídicas para um investimento seguro.Gabriel Costa disse que uma das preocupações do seu go-verno tem sido a reforma do sistema judicial, para que hajagarantia de investimento seguro no país.“Estamos a trabalhar na criação de condições para que investi-dores angolanos possam investir em São Tomé e Príncipe emcondições de segurança e estabilidade e que a experiênciaangolana possa promover o empreendedorismo são-to-

mense”, garantiu. O chefe do Governo são-tomense frisouque, desde que assumiu funções, a sua equipa tem estado atrabalhar na reforma do sistema judicial, sendo um dos obje-ctivos a garantia de segurança nos investimentos. Ao consi-derar frutuosa a visita de quatro dias a Angola, apontou o tur-ismo, a prestação de serviços e, futuramente, a exploração depetróleo como as áreas prioritárias para o investimento no seupaís.elativamente ao petróleo, afirmou que a cooperação comAngola pode ser “extremamente profícua”, devido à experiên-cia que o país já tem neste sector.

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GEORGES CHICOTIQUER APOIO RUSSOministro das RelaçõesExteriores, Georges Chi-koti, pediu o apoio da

Rússia à candidatura de Angola amembro não permanente doConselho de Segurança das NaçõesUnidas, para o período de 2015/2016.O chefe da diplomacia angolana fezesse pronunciamento durante umaaudiência com o homólogo russo,Sergei Lavrov, em São Petersburgo,com quem abordou questões sobreo reforço das relações bilaterais e decooperação entre Angola e a Rússia.Durante o encontro, os dois diplo-matas passaram ainda em revistaassuntos da agenda política interna-cional, com destaque para o conflitona Síria, que tem preocupado acomunidade Internacional. SergeiLavrov manifestou o interesse doseu país em intensificar a coope-ração com Angola no do-mínio daconstrução de infra-estruturas, dostransportes aéreos, da banca, dastelecomunicações, no âmbito doprojecto Angosat, nos petróleos edo sector energético (barragem deKapanda), bem como na exploraçãode diamantes, através da empresarussa Alrosa.

GEORGES CHIKOTI VAI A WASHINGTONO encontro entre o ministro dasRelações Exteriores, GeorgesChikoti, e o secretário de Estado dosEUA, John Kerry, vai acontecer embreve, em Washington, depois de

ter sido adiado devido a compromis--sos de última hora do diplomatanorte-americano. A garantia foi dadapelo embaixador dos EstadosUnidos em Angola, Chris-topherMcMullen, ontem, no final de umaaudiência com o secretário deEstado das Relações Exteriores,Manuel Augusto. McMullen disseque a visita do ministro angolano aWashington está a ser preparada edeve acontecer num período queseja favorável para os dois diplo-matas. “A visita depende do ca-lendário do ministro Georges Chikotie do secretário de Estado JohnKerry”, sublinhou. “É muito impor-tante que haja um diálogo de altonível”, considerou o embaixadornorte-americano. Um dos obje-ctivos da visita de Chikoti aWashington, disse, é a preparaçãodo encontro entre o Presidente daRepública, José Eduardo dos Santos,e o Presidente dos EUA, BarackObama.

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ANGOLA DEFENDESOLUÇÃO PACÍFICA

NA SÍRIAngola absteve-se da votaçãopara a adopção de uma re-solução pelo Conselho dos

Direitos Humanos, que condena a ofensi-va das forças governamentais na cidadede Al-Qusayr, perto da fronteira libanesa.A posição foi manifestada no final da 23ªSessão do Conselho dos DireitosHumanos, em Genebra, com a adopçãode várias resoluções.Na qualidade de membro do Conselhodos Direitos Humanos, Angola reiterou asua posição de abstenção nas resoluçõessobre a Síria, por defender uma soluçãopacífica e negociada para o fim da crise,que leve em conta as aspirações e inte-resses de reconciliação e de paz do povoda Síria.A delegação angolana entende que orecurso às armas e ao uso da força nãoajuda a melhorar a situação humanitáriae dos direitos humanos na Síria, bempelo contrário, agrava o sofrimento dapopulação síria, principalmente das mu-lheres e crianças.Para Angola, o fornecimento de armas àoposição abre o caminho para umaregionalização e internacionalização doconflito naquele país.O objectivo do debate foi a adopção deuma resolução pelo Conselho dosDireitos Humanos, que condena a ofensi-va das forças governamentais paraimpedir o trânsito da logística das forçasda oposição.

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MEMBRO NÃO-PERMANENTE DO CS DA ONU

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POLÍTICA

antigo presidente daNigéria, Olusegun Oba-sanjo, disse, em Luanda,

após um encontro com o Pre-sidente José Eduardo dos Santos,que o crescimento de Angola évisível e reflecte o desenvolvimen-to do continente africano.Obasanjo reafirmou o sentimentode orgulho com que África olha atransformação de Angola, país quesoube dar a volta depois de maisde três décadas de guerra. “Disse-oao Presidente. Não é necessárioque outras pessoas venham falar, porque vemos e sentimosas transformações por todos os lados, com as obras, edifíciosa serem construídos e muito mais”, referiu Obasanjo, antes desublinhar: “dizem que África está a crescer. Angola é a provareal deste crescimento”.

O antigo Presidente da Nigériadefendeu uma nova perspectivapara a Bacia do Atlântico fundadaem quatro pilares: América doNorte, Europa, África e América doSul. “Os quatro pilares devem le-vantar questões de interessecomum, em áreas como a energiae segurança.Não nos referimos à segurançarelacionada com guerras, mas comas oportunidades que temos eque pretendemos maximizá-las”,disse o general Obasanjo.

Além de Olusegun Obasanjo participaram no encontro o anti-go Presidente da Costa Rica, Miguel Ángel RodríguezEcheverría, o ex-Vice-Presidente da Bolívia, Jorge Quiroga, eos antigos primeiros-ministros de Espanha e de Moçambique,José Maria Aznar e Luísa Diogo.

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primeiro vice-presidenteda Assembleia Nacional,João Lourenço, negou

em Lisboa que Angola tenha dei-xado de apoiar o processo deestabilização política na Guiné--Bissau. “Angola nunca deixou deapoiar a Guiné-Bissau, é um paísirmão e em momento nenhum oabandonou”, disse João Lourenço,na conferência de imprensa reali-zada no final da reunião de líderesparlamentares da Comunidade dePaíses de Língua Portuguesa(CPLP), que abordou a situação política naquele país da ÁfricaOcidental. João Lourenço informou que a retirada da MIS-SANG (Missão Militar de Angola na Guiné-Bissau) não deveser entendida como o fim do apoio de Angola àquele paíslusófono.Pelo contrário, disse, “Angola está sempre com o povo gui-neense”. “No quadro da CPLP e das Nações Unidas, Angolavai fazer tudo para apoiar a Guiné-Bissau a voltar à normalida-de constitucional e a pensar na situação económica e socialdo país”, disse o deputado. João Lourenço disse ter constata-do que, com a nomeação de José Ramos Horta, como repre-sentante especial do secretário-geral das Nações Unidas para

a Guiné-Bissau, houve progressossignificativos no sentido do diálo-go entre os vários actores políti-cos. “Se este esforço conduzir àseleições, Angola e a CPLP só terãode se congratular”, disse o“número dois” do Parlamentoangolano, que considerou impor-tante que o futuro Governo naGuiné-Bissau seja legitimado pelovoto popular. Os líderes parla-mentares da CPLP defenderamem Lisboa que a actual situaçãopolítica na Guiné-Bissau exige

uma grande colaboração dos Estados membros.Durante o encontro dos líderes parlamentares da comunida-de lusófona, o representante especial do secretário-geral dasNações para a Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, falou sobre aactual situação naquele país, tendo no final concluído que épreciso ajudar os guineenses a encontrarem a normalidadeconstitucional.“Foi uma tarde inesquecível, porque tivemos um relato com-pleto da situação da Guiné-Bissau, com a impressão de umactor empenhado, que nos trouxe algo sobre a Guiné-Bissau”,disse, em conferência de imprensa, a presidente daAssembleia da República portuguesa, Assunção Esteves.

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«CRESCIMENTO DE ANGOLA ORGULHA AFRICANOS» OLUSEGUN OBASANJO

«ANGOLA NUNCA DEIXOUDE APOIAR A GUINÉ-BISSAU»

VICE-PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA NACIONAL

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Deutsche Bank (DB) consi-dera que os cinco mil mil-hões de dólares disponíveis

no Fundo Soberano de Angola, lança-do em Outubro de 2012, “ vão ajudar opaís a isolar a sua economia dospreços voláteis do petróleo”. O relatório“Angola: Uma economia petrolífera acaminho da diversificação”, revela queo Deutsche Bank prevê que Angolatenha um crescimento à volta de 7,0por cento nos próximos anos, depoisda média de 11 por cento alcançada naúltima década. “Representando cercade metade do Produto Interno Bruto, 95por cento das exportações e 75 porcento das receitas, o sector petrolíferode Angola é o mais dinâmico da Áfricaa sul do Sahara, devido à exploraçãocontínua e a um ambiente reguladorfavorável”, destaca o Deutsche Bank.A produção de petróleo deve atingirdois milhões de barris diários até 2015,acima dos 1,75 milhões de barris diários

em 2012. “No longo prazo, se as reser-vas do pré-sal recentemente descober-tas provarem ser semelhantes àsencontradas no Brasil, Angola podepassar a ser o maior produtor depetróleo de África”, revela o estudo dobanco alemão. O Deutsche Bankdestaca ainda que o Produto InternoBruto “per capita”, actualmente situadoem 5.980 dólares (598 mil kwanzas),aumentou sete vezes desde o final daguerra civil, em 2002, embora a dispari-dade na distribuição do rendimentocontinue a ser muito elevada emAngola.

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ECONOMIA

RENDIMENTO DOS ANGOLANOSSOBE SETE VEZES

PORTUGAL ALARGACOOPERAÇÃO

secretário de Estadoportuguês para osNegócios Estran-

geiros e Cooperação, FranciscoLeite, afirmou em Benguelaque as relações de cooperaçãoentre o seu país e Angoladevem ser descentralizadas.Francisco Leite, que visitouBenguela durante 48 horas,afirmou no fim da audiênciaque lhe foi concedida pelogovernador Isaac dos Anjos, que a cooperação deve deixar de incluir apenas a ca-pital de Angola e alargar-se para o interior do país. O encontro entre os dois inter-locutores incidiu sobre questões ligadas à saúde, educação e aumento da coope-ração com o Governo Provincial de Benguela. O secretário de Estado portuguêsrevelou que Benguela está a aplicar um plano estratégico que se baseia na criaçãode infra-estruturas dinâmicas com o objectivo de facilitar o crescimento. FranciscoLeite sublinhou que a cooperação portuguesa está a aplicar em Benguela proje-ctos ligados à educação baseados na formação de professores. Garantiu que o seupaís vai continuar a apostar na educação e na saúde. A cooperação portuguesacom Benguela está também centrada na área do empreendedorismo, disse.

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ANGOLAENTRE PAÍSESCOM MAIS

PROGRESSOSOrganização das Nações Uni-das para a Alimentação eAgricultura (FAO) confirmou

Angola como um dos 20 países queatingiram as metas internacionalmenteestabelecidas de combate à fomeantes do prazo final, estabelecido para2015.A confirmação foi feita, em Roma(Itália), pelo director-geral da FAO, JoséGraziano da Silva, numa sessão dereconhecimento a esses países, du-rante a 38ª sessão da Conferência daOrganização das Nações Unidas para aAlimentação, que decorre até ao dia 22.O progresso foi medido nos biénios1990 a 1992 e de 2010 a 2012.“Esses países estão a liderar o caminhopara um futuro melhor. Eles são umaprova de que, com forte vontade políti-ca e cooperação, é possível obterreduções rápidas e duradouras dafome”, disse o director-geral da FAO.Graziano da Silva pediu a todos os paí-ses que mantenham o empenho para acompleta erradicação da fome, comoproposto no Desafio Fome Zero, lança-do em 2012 pelo Secretário-Geral dasNações Unidas, Ban Ki-moon.

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SOCIEDADE

MINISTRO RUI MANGUEIRAQUER ESTRATÉGIAS INTEGRADAS

ministro da Justiça e dosDireitos Humanos, RuiMangueira, defendeu em

Lisboa a criação de estratégiasintegradas de respostas ao problemada protecção das crianças, adaptadas àrealidade dos Estados envolvidos.Discursando no segundo e último diada 13ª Conferência dos Ministros daJustiça dos Países de Língua Portu-guesa, que debateu a protecção inter-nacional da criança na CPLP, RuiMangueira defendeu que os Estadosadoptem medidas para o combate àdeslocação e retenção ilícita de cri-anças fora dos respectivos países.O dirigente angolano pronunciou-seainda a favor da “harmonização eimplementação da cooperação bilate-ral e multilateral das disposições le-gislativas e regulamentares dos Esta-dos em questões de matéria penal ecivil, mormente sobre o tráfico interna-cional de crianças, a adopção interna-cional, bem como o reconhecimento eexecução de decisões relativas à obri-gações alimentares”.Rui Mangueira afirmou que o tráfico decrianças constitui uma forma de violên-cia contra os menores, sendo um fenó-

meno multidimensional que exigeuma resposta multifacetada, envolven-do todos os agentes institucionais enão institucionais do Estado. O diri-gente adiantou que o Executivoangolano, por intermédio do PlanoEstratégico Nacional de Prevenção eCombate à Violência, elaborou umaestratégia para fortalecimento dosmecanismos de prevenção e combatedo trabalho infantil e tráfico de cri-

anças, com enfoque na região sul”.Reconhecendo serem ainda insufi-cientes as informações relacionadascom a temática, Rui Mangueira con-siderou como “factores que propiciama prática destes crimes o fraco rendi-mento económico das famílias, aausência de registos de nascimento ea falha do sistema de controlomigratório nas fronteiras”.

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REFORMA DO DIREITO E DA JUSTIÇApesar da inexistência, no ordenamento jurídicoangolano, de legislação específica que regule amatéria, o ministro adiantou que tais crimes são

puníveis nos termos do Código Penal vigente. “Com a cri-ação da Comissão de Reforma do Direito e da Justiça, estáem curso a revisão do Código Penal, que irá consagrar, à luzdos novos conceitos internacionais e consagrados naordem jurídica, a protecção física, psíquica e moral das cri-anças angolanas”, disse. Rui Mangueira garantiu que, nonovo Código Penal, a criança será especialmente protegida,nomeadamente com a agravação da pena para o agentedo crime, quando praticado contra criança, em acto sexualpraticado com menor, assim como nos casos de abuso se-xual contra menor dependente, tráfico sexual, pornografiae a substituição ou subtração de recém-nascido. Outroponto de protecção da criança, segundo Rui Mangueira,tem a ver com o Código da Família, que vai acrescentar umimportante condicionalismo legal à adopção, exigindo aintervenção da Assembleia Nacional, quando o adoptante

seja cidadão estrangeiro, para se proteger o menor contrao tráfico internacional.A

PROTECÇÃO INFANTIL NA CPLP

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SOCIEDADE

novo cônsul-geral de An-gola no Porto, Domin-gos Custódio Vieira Lo-

pes, foi apresentado, este mês, aocorpo consular e funcionários doCon-sulado, pelo embaixador ex-traordinário e plenipotenciário deAngola em Portugal, José MarcosBarrica. Durante o acto de apresen-tação, Marcos Barrica apelou “aosentido de responsabilidade e zelo,dos funcionários daquele Consu-lado-geral, no desempenho das funções, enquanto servi-dores da pátria angolana”. O diplomata angolano pediuainda apoio e colaboração de todos para o engrandecimen-to do país, “prestando um serviço público que possa darexemplo da nossa capacidade de organização e de trabal-ho”. Domingos Vieira Lopes, licenciado em gestão dodesenvolvimento e cooperação internacional pela

Universidade Moderna (Portugal),substitui Bento Salazar André Mor-gado, exonerado do cargo no finalde Fevereiro passado.Antes de ser nomeado cônsul-geralno Porto, Domingos Vieira Lopesfoi, entre outras funções, consultordo ministro das Relações Exteriores,director de cooperação bilateral doMinistério das Relações Exteriores,ministro-conselheiro na Embaixadade Angola na Suécia e director da

unidade técnica na SADC.A cerimónia de apresentação contou com as presenças daministra-conselheira da Embaixada de Angola em Portugal,Isabel Godinho; do conselheiro de imprensa, EstevãoAlberto; da administrativa, Ilda Carlos; assim como de vice-cônsules e agentes consulares destacados na “cidade invi-cta”.

APRESENTADO NOVO CÔNSUL-GERALNO PORTO

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embaixador de Angola emPortugal, José Marcos Barri-ca, conviveu, no dia 1 de

Junho, Dia Internacional da Criança,com perto de 500 crianças angolanasresidentes em várias localidades deLisboa e de Setúbal, em dia de céuaberto, na Quinta da Rainha, emQueluz de Baixo, concelho de Sintra,em Lisboa.O local foi minúsculo para acolher apequenada deslocada pela organiza-ção, para a efectivação de um convívioentre o representante diplomático deAngola e crianças angolanas. Duranteo convívio, animado por vários mo-mentos de música e dança, comtemas a recair sobre Angola, os maispequenos divertiram-se ainda comestórias protagonizadas pela escritoraangolana Kanguimbo Ananás, ba-seadas na sua mais recente obra “Asférias de Yahula”, que esteve presentena 83ª Feira do Livro de Lisboa.Músicas infanto-juvenis de um passa-do recente do país, da autoria de can-tores como Mamborró ou Joseca,

entre outros, constaram do vastorepertório ostentado, empolgando osmais pequenos e até os “ilustres” pais,que foram “forçados” a experimentaros passos, mesmo que meio-equili-brados, de noviços estilos dançaisangolanos como “kuduro”. Depois deum curto período de intervalo para o

lanche, com os doces e os “cachorrosquentes” entre os mais solicitados, omomento ficou marcado pela entregade presentes, nomeadamente brin-quedos, tendo os primeiros sidosentregues pelo embaixador MarcosBarrica, acompanhado pela ministra--conselheira, Isabel Godinho.

EMBAIXADOR BARRICACONVIVE COM CRIANÇAS ANGOLANAS

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DIA INTERNACIONAL DA CRIANÇA

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SOCIEDADE

RELATÓRIO DO SEF

número de angolanos re-sidentes em Portugal em2012 decresceu 5,5 por

cento, registando-se 20.366 cidadãosnacionais, contra os 21.563 de 2011,indica um relatório do Serviço deEstrangeiros e Fronteiras (SEF) dePortugal, apresentado, este mês, emLisboa. No entanto, o relatório indicaque a diáspora angolana continua aquinta mais representativa, atingin-do 4,9 por cento do total da popu-lação estrangeira em Portugal, quese cifrou em 417.042 imigrantes em 2012, menos 4,5 por centodo que no ano de 2011. A diminuição de perto de vinte mil dototal de imigrantes em Portugal é justificada pela “alteraçãodos fluxos migratórios, o regresso ao país de origem e aaquisição da nacionalidade portuguesa", segundo o SEF. Alista de estrangeiros em Portugal é dominada pelo Brasil, comcerca de 25,3 por cento, totalizando 105.622 indivíduos (111.445em 2011), secundada pela Ucrânia (10,6 por cento, com 44.074nacionais, contra 48.022 em 2011) e Cabo Verde, com 10,3 porcento, com 42.857 (43.920 em 2011). A Roménia é a quarta prin-cipal comunidade estrangeira em Portugal (8,4 por cento),com 35.216 residentes (39.312 em 2011), enquanto a Guiné-Bissau é a sexta (4,3 por cento), com 17.759 cidadãos (em 2012eram 18.487).

151 ANGOLANOS BARRADOSNum outro capítulo, o relatório do SEF português revela querecusou a entrada no seu território de 151 angolanos, numtotal de 1.246 estrangeiros. Os outros estrangeiros “barrados”foram cidadãos do Brasil (510), Mali (93), Senegal (83) e Nigéria

(38). Ainda assim, no total, houveuma descida de 30,66 porcentocomparativamente a 2011, adianta odocumento. “Em termos gerais, osprincipais fundamentos da recusade entrada em Portugal foram aausência de motivos que justificas-sem a entrada, a ausência de vistoadequado ou visto caducado e aexistência de documento falso oufalsificado”, assinala, notando-senesse último aspecto a ausência deenvolvimento de angolanos. No

domínio do afastamento de estrangeiros em terras lusas,embora não se refira à nacionalidades, o documento registou625 cidadãos expulsões em 2012, por irregularidade em te-rritório nacional ou no cumprimento de penas acessórias deexpulsão. Desse número, 392 foram expulsos no âmbitoadministrativo, 73 em sede de procedimento de condução àfronteira e 160 em cumprimento de decisões judiciais de penaacessória de expulsão, verificando-se, ainda assim, umdecréscimo de 5,16 porcento face a 2012, justificado, essencial-mente, pela redução da execução de conduções à fronteira epelas expulsões administrativas.Contudo, lamenta ter havido um aumento de decisões judi-ciais de pena acessória de expulsão (29 porcento). Em termosde retorno voluntário, o SEF português, ao abrigo de um pro-tocolo com a Organização Internacional para as Migrações(OIM), apoiou, em 2012, o regresso aos países de origem, “deforma sustentada e digna”, de 753 estrangeiros (aumento de26,77 porcento face a 2011), onde se incluíram 19 angolanos e22 cidadãos de São Tomé e Príncipe, muito aquém dos 644brasileiros.

DIMINUIU NÚMERO DE ANGOLANOSEM PORTUGAL

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FEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES ANGOLANAS TEM NOVA DIRECÇÃOovos órgãos sociais da Federação das AssociaçõesAngolanas em Portugal (FAAP) tomaram posse, estemês, em Lisboa, tendo como objectivo resolver os

problemas dos associados no seu trabalho com as comu-nidades. Segundo Jerónimo David, o novo presidente dedirecção, a FAAP “vai ainda defender, em sede própria, os maisvariados interesses das associações junto das instituições nopaís de origem (Angola) e no de acolhimento (Portugal)”.Constam igualmente das metas da FAAP, “a articulação muitoespecífica” na relação com a Embaixada e com os Consulados-gerais de Angola em Portugal, no âmbito da resolução dequestões que mais afectam a diáspora angolana em terras deCamões. Integrada por mais de 50 associações angolanas emLisboa, Porto, Minho, Coimbra, Setúbal e Algarve, a que seincluem também entidades eclesiásticas filiadas de Portugal, aFAAP pretende atingir o maior número possível de membros emtodo o território português, sem quaisquer tipos de exclusões.

NOVA DIRECÇÃOAlém de Jerónimo David, da Associação de Apoio Sem Limites,a nova direcção da organização tem como primeiro e segundovice-presidentes, respectivamente, Rosa de Almeida, daAssociação da Mulher Migrante Angolana (AMMA), e EdvaldoFonseca, da Associação dos Estudantes Angolanos em Portugal(AEAP). Já o secretariado de direcção é liderado por Edmundo daCruz, da Associação da Mulher Angolana (AMA); o conselho fis-cal por Júlia Pascoal, da Associação Unida Cultural do Terraço daPonte; enquanto que a Assembleia-Geral tem como presidenteBento Monteiro (Casa de Angola em Coimbra).Entre várias ou-tras entidades, marcaram presença no acto, oprimeiro secretário da Embaixada de Angola em Portugal, AbreuBreganha, em re-presentação do embaixador José MarcosBarrica, assim como a cônsul-geral de Angola em Lisboa, CecíliaBaptista, e representantes dos Consulados Gerais do país noPorto e no Algarve.

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CULTURA

LUÍS KANDJIMBOPEDE MAIOR ABERTURA

director de Cultura e LínguaPortuguesa do SecretariadoExecutivo da Comunidade

dos Países de Língua Portuguesa(CPLP), o angolano Luís Kandjimbo,reiterou, este mês, em Lisboa, a im-portância da circulação dos bens cul-turais e a mobilidade de criadores nosEstados-membros. Em declarações noâmbito da participação de autores daCPLP na 83ª Feira do Livro de Lisboa, Kandjimbo particu-larizou Angola, afirmando que o país teve uma boa pre-sença do ponto de vista da representatividade, emboraadmita que as incidências decorrentes dos custos com a

deslocação e transporte de carga te-nham limitado o número de escritoresangolanos na actividade.“Essa é a razão que levou a Direcçãoda Cultura e Língua Portuguesa doSecretariado Executivo da CPLP a orga-nizar um colóquio para debater aproblemática da circulação de bensculturais e mobilidade de criadores naCPLP”, referiu o escritor, para quem o

sentido de comunidade pretendido não pode enfrentarobstáculos e deve estar bem focada na circulação doslivros e deslocação dos escritores. Kandjimbo recordouque já existem deliberações nesse sentido.

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CIRCULAÇÃO DE BENS CULTURAIS NA CPLP

Pavilhão de Angola conquis-tou, este mês, o Leão de Ouroda Bienal de Arte de Veneza

2013 para a representação nacional,anunciou a organização do certamenuma cerimónia de entrega dosprémios realizada nos Giardini, emVeneza, Itália. O prémio foi anunciadopelo presidente do comité da Bienalde Arte de Veneza, Paolo Baratta. O júriinternacional foi presidido pela britâni-ca Jessica Morgan, curadora da TateGallery de Londres, e ainda compostopelos curadores Sofía HernándezChong Cuy (Mexico), FrancescoManacorda (Itália), Bisi Silva (Nigéria) eAli Subotnick (Estados Unidos).A 55.ª edição da Exposição Inter-nacional de Arte de Veneza foi inaugu-rada oficialmente com 88 represen-tações nacionais, entre as quaisPortugal, Brasil e Angola, que participapela primeira vez.O evento internacional de arte con-temporânea teve como tema geral "OPalácio Enciclopédico", escolhido pelocurador Massimiliano Gioni, para evo-car o artista ítalo-americano MarinoAuriti, que, em 1955, esboçou um pro-jecto de museu imaginário, com aintenção de reunir todo o conhecimen-to do mundo, desde a invenção daroda ao satélite.Além das represen-

tações nacionais, a Bienal integraainda a mostra internacional comobras de 150 artistas de 37 países, euma programação paralela de de-zenas de debates e eventos culturais,até 24 de Novembro.

MINISTRA APONTA EMPENHOPARA DISTINÇÃO DE ANGOLA

A ministra da Cultura, Rosa Cruz e Silva,apontou o factor dedicação, empenhoe abnegação da classe artísticaangolana e da equipa de trabalho doPavilhão, bem como a aposta daExecutivo como factor preponderantepara a atribuição a Angola do Leão deOuro na Bienal de Veneza. "Esteprémio demonstra que estamos nobom caminho. É também um prémioque vem valorizar o trabalho feito pelaequipa que montou o Pavilhão deAngola, portanto estamos de pa-

rabéns por este reconhecimento inter-nacional", reforçou. Segundo a minis-tra, a distinção vai incentivar o Governoangolano a trabalhar constantementeem conjunto com a classe artísticapara que nas próximas edições o Paísvolte a estar em destaque. "Esteprémio vai obrigar-nos a um esforçoredobrado, pois na próxima edição osolhos estarão voltados para o queAngola vai apresentar", admitiu. Deacordo com a governante, a conquistado prémio servirá também comoforma dos parceiros reforçarem a suaajuda para com as acções culturais,como forma de ajudar o Executivo adifundir o nome do país além-fron-teiras através das artes.O pavilhão angolano instalado nopalácio Cini, um edifício histórico ondese encontra uma colecção de arte emobiliário renascentista, acolhe aexposição de pintura e escultura"Angola em Movimento", com obrasvindas da colecção da seguradoraENSA, na qual estão representadosartistas como Francisco Van-Dúnem,António Ole, Fineza Teta e Marco Ka-benda, e "Luanda, Cidade Enci-clopédica", que inclui 23 fotografias deEdson Chagas. Tem como cura-doresPaula Nascimento, Jorge Gumbe eStefano Pansera.

OPAVILHÃO DE ANGOLA CONQUISTA “LEÃO DE OURO”

BIENAL DE VENEZA

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DESPORTO

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BASQUETEBOL

Direcção: Embaixador José Marcos Barrica _ Editor: Estevão AlbertoProdução e Coordenação: Serviços de Imprensa _ Co-Produtor: Paulo de Jesus _ Paginação e design: Madalena Raimundo

Avenida da República , 68 _ 1069-213 Lisboa _ Tel: 217 942244 _ 217 971736 _ Fax: 217 986405

www.embaixadadeangola.org _ E-mail: [email protected]: 6.000 exemplares _ Depósito Legal: 171.523/01

Ficha Técnica

presidente da Federação An-golana de Andebol afirmou quea Selecção Nacional sénior fem-

inina de andebol que disputa em De-zem-bro, na Sérvia, o Campeonato Mundial deveter a determinação de ficar no segundolugar do grupo C. Pedro Godinho reagiudesta forma ao sorteio da prova mundial,que determinou que Angola figura nogrupo C juntamente com Noruega, Polónia,Espanha, Argentina e Paraguai. “É obrigação

da selecção chegar aos oitavos-de-final. AArgentina e o Paraguai estão ao nossoalcance. Com a Espanha e a Polónia temosde lutar de igual para igual, com os olhos nosegundo lugar do grupo. A nossa classifi-cação na fase preliminar determina o adver-sário da fase seguinte”, disse e sublinhou:“O objectivo é garantir a passagem aosquartos-de-final, onde podemos encontrara Roménia, República Checa, Alemanha oua Hungria”. Sobre os adversários que

podem criar maiores dificuldades referiu: “aNoruega é sem sombra de dúvidas aequipa mais forte do grupo, mas tambémhá a Polónia que está cada vez melhor e éa responsável pela ausência da Rússia naprova”. A Rússia, lembrou, era uma das can-didatas ao título, portanto se ficarmos emsegundo no grupo cruzamo-nos com o ter-ceiro da outra série, mas se ficarmos em ter-ceiro as coisas tornam-se mais difíceis, poistemos de jogar com o segundo do grupo D.

OANGOLA ASPIRA O SEGUNDO LUGAR NA FASE DE GRUPO

PALANCAS NEGRASFORA DO MUNDIAL

Selecção Nacional deFutebol de Honras compro-meteu a esperança de mar-

car presença na última fase de apura-mento para o Campeonato do Mundode Futebol de 2014, no Brasil, aoperder frente ao Uganda, por 1-2, noestádio Nacional Nelson Mandela, emKampala, em jogo da quinta jornadado grupo J. Os dois conjuntosentraram determinados e com von-tade de vencer. Angola pressionavanos minutos iniciais o sector defensi-vo ugandês, com Mateus Galiano eDjalma Campos a deambularempelas alas. Aos seis minutos, os donosde casa organizaram-se e passaram adominar o meio campo, na ânsia dechegarem ao tento inaugural.

Acidade de Mies no cantão deVaud testemunhou, este mês, aentrada de Jean Jacques da

Conceição para o assento da fama doMuseu de Basquetebol da FIBA. Uma honraapenas ao alcance de um grupo restrito debasquetebolistas que durante as suas car-reiras dignificaram a modalidade com o seusaber e qualidade. A escolha remete Jean-Jacques para a eternidade do desporto e damodalidade. Foi desta forma que YvanMainini, presente da Federação Interna-cional de Basquetebol, comentou a entradade Jean-Jacques da Conceição para o assen-to da fama do Museu de Mies, sob o olharatento de Jacques Rougge, presidente doComité Olímpico Interna-cional (COI), e ElliMaurer, presidente da Federação Helvética.Além de Jean-Jacques da Conceição, viramos seus nomes no espaço da fama mais 11personalidades: David Robison, JohnDonohue, Teresa Edwards, Adrew Gaze,Valentin Lazarov, Paula Gonçalves da Silva,Costas Rigas, Cesare Rubini, Zoran Slavnic,Pat Summitt e Aldo Vitale. “É um orgulhomuito grande para nós, termos nesteespaço restrito uma figura como Jean-Jacques, que muito emprestou ao bas-quetebol africano, europeu e mundial”,reconheceu o presidente da FIBA, YvanMainini. O presidente da FederaçãoHelvética, Elli Maurer, apontou os feitos de

Jean-Jacques na sua carreira basquetebolís-tica, como um exemplo de desportivismo ehumanismo a ser seguido pelas novas ger-ações de basquetebolistas e praticantes deoutros desportos colectivos e individuais.Jean-Jacques é o primeiro atleta africano aconstar do “Hall of Fame” da FIBA. Mas já láestá desde 2010 o nome do senegalêsAbdoulaye Seye Moreu, antigo presidenteda FIBA Áfirca e da FIBA mundial. JeanJacques manifestou-se orgulhoso peloreconhecimento, mas lamentou a ausênciana cerimónia da figura que em Angola seocupa da pasta do Desporto.

AJEAN-JACQUES ATLETA MUNDIAL

FUTEBOL

CAMPEONATO MUNDIAL FEMININO DE ANDEBOL

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