Barroso - Uma outra voz sobre o país e o mundo. - AOutraVoz · poderá ainda haver um ou outro...

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Director: Carvalho de Moura Ano XXXII, Nº 499 Montalegre, 18.08.2016 Quinzenário E-mail:[email protected] 0,90 € (IVA incluído) Barroso Noticias de i CARUÇO, de Gralhas, na galeria dos barrosões mais ilustres Maria Eugénia Neto é barrosã e 1ª dama de Angola «Ela nasceu em 8 de Março de 1934, na vila de Montalegre. Ele nascera em 17/9/1922. no Catete. Ainda jovem foi ela viver para Lisboa, onde conheceu Agostinho Neto, 12 anos mais velho. Tinha ele 33 e a «Genny» tinha 21», no excelente trabalho de Barroso da Fonte P3 Alcunhas dos Barrosões Um poeta popular de Meixide passou por toas as aldeias do concelho e “baptizou” os seus habitantes. Ele lá sabe que «Arreguilas são de Arcos/ Vinhateiros de Vilar/ Andapistas do Antigo e Gatos são os de Amiar» P4 O Poder do Guarda Nocturno, de Bento Monteiro (O Juiz declarou) “condeno ainda os nossos Regentes a, de imediato, desencadearem todos os mecanismos legais, no sentido de atribuir ao nosso Vigilante um chorudo suplemento remuneratório, pelas constantes rondas efetuadas pelas ruas da terra, capazes de inibir os meliantes, ao mesmo tempo que controla os potenciais conspiradores contra o nosso maravilhoso reino” P5 POLITICAMENTE FALANDO «António Costa tem aqui uma excelente oportunidade, para com uma estadulhada matar dois coelhos: substituir Rocha Andrade no Governo e rectificar as trapalhadas que o mesmo engendrou em termos de IMI», diz Domingos Chaves. P7 A Jornada Mundial da Juventude «Este ano foi na Polónia, país do cativante e inesquecível João Paulo II. Os momentos e as celebrações com o Papa Francisco foram os momentos altos da jornada, onde o Papa Francisco fez passar uma mensagem de alegria e incentivo aos jovens, mas onde também apontou caminhos de exigência e de séria reflexão, questionando a cultura e os valores ou contravalores atuais em que nasce e vive a juventude». P11 Paz e Tolerancia entre os Homens e Preservação da Natureza Uma festa brasileira de encher os olhos do mundo. A mensagem passada pelo Brasil ao Planeta inteiro não podia ser outra. Um país que nasceu da miscigenação de raças, tão bem representado na cerimônia de abertura da Olimpíada. Sua própria origem era a mensagem. Lita Moniz, correspondente do Nb no Brasil P13 IV Exposição de Clássicos (Carros e Motos) no Multiusos de Montalegre Está aberta até dia 21, no pavilhão Multiusos de Montalegre, a habitual exposição de carros e motos. É uma montra de antiguidades que promete surpreender os visitantes. O evento, apoiado pelo município, é promovido pelo Grupo de Amigos de Automóveis Clássicos de Montalegre. A entrada é livre, das 15 às 22 horas. O povo de Montalegre, os emigrantes e as pessoas que, nestes dias, passam por Montalegre não devem deixar de apreciar uma Mostra de grande qualidade tanto em carros como em motos. No último dia, está programado um cortejo destas preciosidades pelo concelho. Chegas de bois de grande nível promoveram o desporto rei dos Barrosões Arouquês de Meixide arrebatou a “bandeira” ao mirandês de Padroso Nos da raça barrosã, o boi de Bagulhão, Salto, foi um digno e justo campeão do Torneio José Gonçalves Caruço, natural de Gralhas, é um empresário de sucesso que subiu a pulso na vida. Nos dias de hoje, a empresa CARUÇO & FILHOS, LDA é conhecida em quase toda a Grande Lisboa. Para além do sucesso empresarial, é cidadão benemérito. Várias instituições religiosas e de solidariedade social já beneficiaram da sua generosidade. O Cacém reconheceu os seus méritos e condecorou-o com a medalha de Mérito Municipal – Grau Ouro. Agora, foi a vez de Gralhas lhe prestar homenagem com a atribuição dum Largo com o seu nome. (Ver última Página)

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Director: Carvalho de Moura

Ano XXXII, Nº 499Montalegre, 18.08.2016

Quinzenário

E-mail:[email protected]

0,90 € (IVA incluído) BarrosoNoticias dei

CARUÇO, de Gralhas, na galeria dos barrosões mais ilustres

Maria Eugénia Neto é barrosã e 1ª dama de Angola

«Ela nasceu em 8 de Março de 1934, na vila de Montalegre. Ele nascera em 17/9/1922. no Catete. Ainda jovem foi ela viver para Lisboa, onde conheceu Agostinho Neto, 12 anos mais velho. Tinha ele 33 e a «Genny» tinha 21», no excelente trabalho de Barroso da Fonte

P3

Alcunhas dos Barrosões

Um poeta popular de Meixide passou por toas as aldeias do concelho e “baptizou” os seus habitantes. Ele lá sabe que «Arreguilas são de Arcos/ Vinhateiros de Vilar/ Andapistas do Antigo e Gatos são os de Amiar»

P4

O Poder do Guarda Nocturno, de Bento Monteiro

(O Juiz declarou) “condeno ainda os nossos Regentes a, de imediato, desencadearem todos os mecanismos legais, no sentido de atribuir ao nosso Vigilante um chorudo suplemento remuneratório, pelas constantes rondas efetuadas pelas ruas da terra, capazes de inibir os meliantes, ao mesmo tempo que controla os potenciais conspiradores contra o nosso maravilhoso reino”

P5

POLITICAMENTE FALANDO

«António Costa tem aqui uma excelente oportunidade, para com uma estadulhada matar dois coelhos: substituir Rocha Andrade no Governo e rectificar as trapalhadas que o mesmo engendrou em termos de IMI», diz Domingos Chaves.

P7

A Jornada Mundial da Juventude

«Este ano foi na Polónia, país do cativante e inesquecível João Paulo II. Os momentos e as celebrações com o Papa Francisco foram os momentos altos da jornada, onde o Papa Francisco fez passar uma mensagem de alegria e incentivo aos jovens, mas onde também apontou caminhos de exigência e de séria reflexão, questionando a cultura e os valores ou contravalores atuais em que nasce e vive a juventude».

P11

Paz e Tolerancia entre os Homens e Preservação da Natureza

Uma festa brasileira de encher os olhos do mundo. A mensagem passada pelo Brasil ao Planeta inteiro não podia ser outra. Um país que nasceu da miscigenação de raças, tão bem representado na cerimônia de abertura da Olimpíada. Sua própria origem era a mensagem.

Lita Moniz, correspondente do Nb no Brasil P13

IV Exposição de Clássicos (Carros e Motos) no Multiusos de MontalegreEstá aberta até dia 21, no pavilhão Multiusos de

Montalegre, a habitual exposição de carros e motos. É uma montra de antiguidades que promete surpreender os visitantes.

O evento, apoiado pelo município, é promovido pelo Grupo de Amigos de Automóveis Clássicos de Montalegre. A entrada é livre, das 15 às 22 horas.

O povo de Montalegre, os emigrantes e as pessoas que, nestes dias, passam por Montalegre não devem deixar de apreciar uma Mostra de grande qualidade tanto em carros como em motos.

No último dia, está programado um cortejo destas preciosidades pelo concelho.

Chegas de bois de grande nível promoveram o desporto rei dos BarrosõesArouquês de Meixide arrebatou a

“bandeira” ao mirandês de Padroso

Nos da raça barrosã, o boi de Bagulhão,

Salto, foi um digno e justo campeão do

Torneio

José Gonçalves Caruço,

natural de Gralhas, é um

empresário de sucesso que subiu

a pulso na vida. Nos dias de

hoje, a empresa CARUÇO &

FILHOS, LDA é conhecida em

quase toda a Grande Lisboa.

Para além do sucesso

empresarial, é cidadão

benemérito. Várias instituições

religiosas e de solidariedade

social já beneficiaram da sua

generosidade.

O Cacém reconheceu os seus

méritos e condecorou-o com a

medalha de Mérito Municipal –

Grau Ouro. Agora, foi a vez de

Gralhas lhe prestar homenagem

com a atribuição dum Largo com

o seu nome.

(Ver última Página)

18 de Agosto de 20162 BarrosoNoticias de

PADROSOPresidente da Câmara inaugurou sede da Associação dos Peraltas

Foi inaugurada, na aldeia de Padroso, a sede da Associação Cultural e Recreativa dos Peraltas. O renovado espaço da antiga escola primária sofreu obras de requalificação que custaram cerca seis mil euros. A partir de agora está ao serviço da população local.

O lugar, outrora dedicado às crianças, é a partir de agora um espaço de convívio para a população. Aproveitando a presença dos emigrantes, que nesta altura do

ano estão de férias, foi inaugurada a sede da Associação Cultural e Recreativa dos Peraltas. O momento contou com a presença do executivo municipal, numa jornada de confraternização e boa disposição.

Sónia Gonçalves, presidente da Associação, referiu que «foi um dia muito especial em que toda a comunidade de Padroso conviveu. As reparações no interior do edifício estão concluídas. No entanto, poderá ainda haver um ou outro pormenor para retocar. Tentamos manter a identidade da escola, com os objetos caraterísticos: as lareiras, o quadro, etc. Acabamos, também, por introduzir alguma modernidade. Neste convívio cada pessoa contribuiu com os ingredientes que bem entendeu. Quero agradecer os donativos da população, da Câmara Municipal e da Junta da União de Freguesias de Montalegre e Padroso».

FRADES DO RIOInaugurada sede da associação

Foi num ambiente de festa que a

população da aldeia de Frades do Rio, fez a inauguração da sede da associação local, que ficou instalada no edifício da antiga escola primária.

Sendo uma das mais antigas escolas primárias do concelho passa agora a desempenhar novas funções. A Associação local foi de encontro às aspirações da população que agora tem um espaço físico que será motivo de convívio. A força de

vontade dos habitantes da terra e o contributo dos emigrantes permitiram a realização de algumas melhorias no edifício e no recinto exterior.

Ana Costa, presidente da Associação Recreativa e Cultural da Mocidade de Frades do Rio, emocionada, à altura disse «estou muito contente. Foi um dia de muita emoção. Foi o terminar de uma cruzada com a realização pessoal e social. Somos um povo trabalhador mas muito alegre e, a partir de agora, este espaço será palco de muitas festas e convívios. Sonhávamos com este espaço. Será a casa do povo. Isto para nós simboliza muito. Um agradecimento especial aos nossos emigrantes que foram muito generosos».

SALTOQuim Barreiros encerrou III “Semana do Barrosão”

Um concerto do conhecido artista popular

Quim Barreiros fechou a porta à 3.ª edição da “Semana do Barrosão”, evento que decorreu na vila de Salto.

O popular artista atraiu centenas de pessoas ao parque de lazer do Torrão da Veiga, desta freguesia.

Alberto Fernandes, presidente da Junta de Freguesia de Salto, mostrou-se satisfeito: «Termina da melhor maneira possível. Na minha opinião, a edição deste ano da “Semana do Barrosão” esteve muito melhor. Os agricultores e associações colaboraram mais e houve sempre muita animação com os grupos locais que se disponibilizaram para ajudar. Acho que fizemos uma boa promoção da carne

barrosã».De referir que uma das principais atrações

do programa foi o concurso de Gado de Raça Barrosã destinado apenas a exemplares de criadores do concelho de Montalegre. Os primeiros prémios

ficaram em Salto, precisamente na sede do solar da raça.

A aposta parece ter sido bem aceite pelos criadores do concelho, em especial dos de Salto, que estão a ter mais em conta o concurso de gado e a concorrer ao contrário do que acontecia anteriormente com o concurso de âmbito nacional.

MONTALEGRE“Festa da Freguesia” 2016

A Junta da União das Freguesias de

Montalegre e Padroso voltou a promover o tradicional convívio da freguesia. Apesar de ser especialmente dedicado aos idosos, reuniu população de várias faixas etárias numa tarde de muita animação no Parque de Lazer Fernando Rodrigues, nas margens do rio Cávado.

Do programa fez parte uma missa campal, seguida de um lanche convívio e muita animação.

V Festival de Música Júnior

A 5.ª edição do Festival de Música Júnior voltou a superar todas as expetativas. Três centenas de estudantes oriundos das melhores escolas de música de Portugal e de Espanha estiveram durante uma semana em intensa atividade musical no pavilhão multiusos de Montalegre, com ensaios de Naipe e Tutti, Master-Classes, concertos da Orquestra de Cordas e Orquestra Sinfónica, Big Band e Coro. Foram supervisionados por um coletivo dos melhores professores, num ambiente musical único. Todos os dias, após os ensaios os participantes, realizaram várias atividades ao ar livre de forma a conhecerem melhor o concelho. Protagonizaram, ainda, três miniconcertos em locais distintos da vila e concertos de descentralização e dinamização cultural noutros municípios do distrito. O resultado final foi um concerto ímpar que voltou a surpreender o público. Este ano, com o tema “O Folk e o Étnico no Universo Erudito”, contou com a participação especial do solista Gilles Apap e apresentação do jornalista André Cunha Leal.

108 – JOÃO DIAS AFONSO, de 72 anos, casado com Maria Alice Marques de Bastos, natural da freguesia de Fiães do Rio, e residente em Choisy-le-Roi, França, onde faleceu no passado dia 8 de Julho.109 – BENTA FRANCISCO, de 92 anos, viúva de António José Gonçalves Branco, natural da freguesia de Sezelhe e e residente em Travassos do Rio da mesma freguesia, faleceu em Braga sendo sepultada no cemitério de Travassos do Rio.112 – PALMIRA DE CASTRO DIAS, de 90 anos, viúva de Albino Alves de Castro, natural da freguesia de Outeiro, e residente em Parada da mesma freguesia, faleceu no dia 20 de Julho no Hospital de Chaves, sendo enterrada no cemitério de Outeiro.113 – ANTÓNIO JOSÉ GONÇALVES, de 84 anos, casado com Albertina Pinto Esteves, natural da freguesia de Morgade e residente em Cervos, faleceu no dia 22 de Julho em Cervos onde foi sepultado.114 – MARIA DA CONCEIÇÃO FERNANDES, de 95 anos, solteira, natural de Pitões das Júnias, e residente em Valpaços, faleceu no dia 23 de Julho no Hospital de Chaves, sendo enterrada no cemitério de Pitões.115 – MANUEL DIAS DOS SANTOS, de 58 anos, viúvo de Maria do Carmo Afonso Branco, natural e residente na Chã, faleceu no Hospital de Lordelo, Vila Real, no dia 26 de Julho, sendo enterrado no cemitério de Medeiros.117 – MANUEL PIRES LOPES, de 58 anos, viúvo de Maria Helena Rodrigues Fontes Lopes, natural e residente na freguesia de Vila da Ponte, faleceu no Hospital de Vila Real, no dia 25 de Julho.118 – MARIA BERNARDES AFONSO DIAS, de 73 anos, casada com António Afonso Dias, natural e residente em Covelães, faleceu no dia 28 de Julho.119 – MARIA COSTA FERNANDES, de 67 anos, viúva de Acácio da Silva Gonçalves, natural da freguesia de Reigoso e residente em Currais da mesma freguesia, faleceu no Hospital de Chaves no dia 29 de Julho.120 – FRANCISCO ANDRÉ XAVIER, de 78 anos, funcionário da Câmara aposentado, casado com Maria Inácia de Morais Enes Gonçalves, natural e residente em Montalegre, faleceu no Hospital de Vila Real, no dia 1 de Agosto.121 – PRAZERES DIAS JUSTO, de 98 anos, viúva de João Justo de Miranda, natural e residente em Morgade, faleceu no dia 2 de Agosto.122 – JOSÉ FERREIRA LOPES, de 78 anos, casado com Laurinda Teixeira Vaz, natural da freguesia de Outeiro, faleceu no dia 3 de Agosto, sendo enterrada no cemitério de Tourém.123 – DOMINGOS GONÇALVES MADEIRA, de 93 anos, viúvo de Deolinda Lopes Afonso, natural e residente em Gralhas, faleceu no dia 4 de Agosto.124 – GERMANO GOMES DA SILVA, de 93 anos, viúvo de Deolinda Pires, natural e residente em Montalegre, faleceu no Hospital de Chaves, no dia 5 de Agosto.125 - FERNANDO MARIA DE MOURA VILHENA GUSMÃO, de 88 anos, Engenheiro agrícola, viúvo de Maria Olímpia Teixeira, natural de Covelães e residente em Montalegre, faleceu no passado dia 7 de Agosto indo a enterrar no cemitério de Covelães.126 – MANOEL ALDEIA AFONSO PEREIRA, de 78 anos, casado com Fernanda Magalhães Correia Pereira, natural da freguesia de Salto e residente em Amiar, da mesma freguesia, faleceu no dia 6 de Agosto, sendo enterrado no cemitério de Salto.127 – MARIA BENTA DIAS FERREIRA, de 79 anos, casado com Acácio da Mota Jorge, natural de Cabril e residente na Peneda do Meio, freguesia de Covelo do Gerês, faleceu no dia 4 de Agosto sendo enterrada no cemitério de Peneda de Baixo.128 - FRANCISCO GONÇALVES DE CARVALHO, de 90 anos, viúvo de Luisa Gonçalves Poças, natural e residente em Reboreda, freguesia de Salto, faleceu no Hospital de Chaves, no dia 12 de Agosto, sendo enterrado no cemitério de Salto.129 – TERESA DIAS MARTINS, de 98 anos, viúva de Domingos Dias Maquinês, natural da freguesia de Outeiro, faleceu no dia 16 de Agosto.130 – JOSÉ GONÇALVES ALVES, de 60 anos, casado com Maria José Fernandes de Morais, natural da freguesia da Chã, faleceu no dia 15 de Julho em Nanterre (Hauts-de-Seine), França.

PAZ ÀS SUAS ALMAS!

Nota – A numeração corresponde ao total de falecidos, no corrente ano, até à presente data

CORTEJO CELESTIAL

18 de Agosto de 2016 3BarrosoNoticias de

Barroso da Fonte

Maria Eugénia Neto é barrosã e 1ª dama de AngolaAcaba de publicar as suas cartas para Agostinho Neto

Se há temas que gosto de abordar na imprensa regional, este é um deles. Falar dos nossos para os nossos vindouros, de modo a saberem que as Terras de Barroso que se alongavam até à Ponte romana de Chaves, não têm apenas montanhas, rios, neve, frio e abandono. Aqui nasceram e se fizeram à vida e ao mundo, pessoas que deram mais do que receberam e que devem ser lembradas para que os sucessivos poderes públicos nos respeitem mais do que têm feito. Todos eles!

Há menos de um mês recebi de Luanda e através deste Jornal o último livro da autoria de Maria Eugénia Neto, que foi casada com o médico Angolano Agostinho Neto que ficou conhecido como «o pai da República Popular de Angola».

Ela nasceu em 8 de Março de 1934, na vila de Montalegre. Ele nascera em 17/9/1922. no Catete. Ainda jovem foi ela viver para Lisboa, onde conheceu Agostinho Neto, 12 anos mais velho. Tinha ele 33 e a «Genny» tinha 21.

Estas cartas foram escritas «no período ante-guerra colonial dos anos 50 e após o início da luta armada em 1961». E não foi possível reunir toda a correspondência porque esse período entre 1955 e 1957 foi vivido, praticamente na prisão e, em diversas cadeias, pelo que o prisioneiro político Agostinho Neto, já médico e a exercer a medicina em condições precárias, não lhe permitiu acautelar todo o correio que «Genny» lhe fazia chegar. Mesmo assim a Fundação Dr. Agostinho Neto patrocinou a edição das «Cartas de Maria Eugénio a Agostinho Neto», numa tiragem de três mil exemplares, vinda a público em Abril deste ano, com 380 páginas, em capa dura.

O volume de agradável aspeto gráfico é enriquecido por um notável prefácio escrito pela filha mais velha da Autora das Cartas, Irene Alexandra da Silva Neto, com treze gratificantes páginas que permitem reconhecer nesta jovem ensaísta, qualidades artísticas e literárias de grandes recursos.

O Professor Pires Laranjeira, docente na Universidade de Coimbra que vem acompanhando a vida e a obra deste casal Luso-Angolano que perdurará para sempre na História da República Popular de Angola, escreveu uma introdução (pp 25-38) a que

chamou (A) bordar as palavras: «Tua para sempre». Quer a introdução quer o prefácio são elementos indispensáveis para a contextualização e enquadramento destas cerca de duzentas cartas de amor e de perfume que Pires Laranjeira enaltece, citando o poeta sírio Nizar Kabbani quando afirma que «o perfume do amor não se pode ocultar». O docente coimbrão começa por dizer que «as cartas de Maria Eugénia, que vivia em Lisboa entre 13 de Julho de 1955 e 10 de Junho de 1957, se incluem num âmbito que podemos apelidar de «cartas de namoro, camaradagem e julgamento». O analista desenvolve a fase difícil da vida do jovem casal que por essa altura teve os três filhos do casamento: Mário Jorge, Irene e Leda. Laranjeira escreve que «para uma jovem de raça branca, naquela época em que a cor da pele era o principal fator separatista, estabelecer amizade com um grupo de africanos era considerado, no mínimo, deselegante», abraçar a causa independentista das colónias, era traição e crime-de lesa-pátria. Namorar e casar com um desses elementos inter-raciais, nos quais a mulher de raça negra casava com um europeu era considerado um ato considerado como movimento ascendente, para melhor. O inverso era suspeito, era piorar voluntariamente a vida, ligo inconcebível».

«O contexto histórico em que surgem as cartas é o da ditadura imposta por Salazar ao povo Português, de cariz fascista, embora a doutrina e o engajamento de Salazar não o inclinassem para o apoiar abertamente o nazismo durante a II guerra mundial. Pires Laranjeira faz saber nesta obra que Agostinho Neto esteve preso entre 1955 e 1957, como já estivera no começo da década «por se encontrar emerso na luta contra os fascismos, o imperialismo euro-norte-americano e os colonialismos». Nos 3 anos em que esteve preso Agostinho Neto surge, em 1956, o documento (por Viriato da Cruz) que fica conhecido pelo manifesto que está na origem do MPLA.

As 200 cartas que constituem o fundamento da obra e os considerandos que Irene Neto e Pires Laranjeira adicionam ao livro, fazem dele um documento indispensável para os muitos investigadores da Lusofonia que, um após outro, chegam ao mercado, com aspetos nem sempre claros porque estavam por conhecer estas fontes que são essenciais ao conhecimento verdadeiro da autonomia da República Popular de Angola. Maria Eugénia Neto viveu intensamente a dedicação ao marido. Tudo o que dela se conhece confirma que foi uma namorada ao nível do jovem que conheceu aos 16 anos e

que casou aos 24 sendo «Sua para sempre». Dessa dedicação exclusiva falam os seus diversos livros em prosa e em verso. É igualmente visível a dedicação ao 3 filhos e já aos netos. Para que esta demonstração seja clara, espontânea e universal, como convém a uma República nascente, usou ela, desde jovem as apetências para a escrita, quer em prosa quer em verso. Ajudou a fundar e tem sido dirigente da União dos Escritores Angolanos.

«Ao amigo Barroso da Fonte esta parte da nossa História comum, gravada para as gerações futuras. Um grande abraço da Eugénia Neto».

Já em Abril deste ano, um outro casal, com análogo percurso de vida, através da filha de ambos: IVA Cabral, deliciou os amigos e admiradores com obra análoga: Cartas de Amílcar Cabral a Maria Helena– a outra face do Homem. Maria Helena Vilhena Pereira e Amílcar Cabral, deliciaram os amigos do saber. Os dois casais conheceram-se no mesmo espaço luso-africano pela mesma causa. Foram compadres e amigos. Ela nascera em Casas Novas (Chaves, embora também oriunda de Montalegre). Ele nasceu em Bafatá e morreu ao serviço da independência do PAIGC da Guiné-Bissau. Trás-os-Montes tem boas razões para falar destes dois líderes e suas damas.

Sem surpresas, saiu o jornal que pretende dar sequência ao Correio do Planalto(CP) de que foi proprietário e director Bento da Cruz.

Sem surpresas porque tal ideia foi logo dada a conhecer publicamente pelo Sr. Orlando Alves ainda Bento da Cruz não tinha descido à tumba.

Bem vindo seja! A posição dum concorrente não pode ser outra porque, como já se referiu noutras circunstâncias, “neste mundo cabemos todos”.

No entanto, como nota informativa, o n.º 1 que devia ser o n.º 0, leva-nos a tecer algumas considerações provocadas pelo seu “dono e proprietário”, Orlando Alves, ilustre presidente da Câmara.

Bento da Cruz deixou

ordens à família que não permitia que o CP continuasse jornal, ou seja, ele quis que o seu jornal morresse com ele. E aqui levanta-se a questão: que imperiosas razões terão levado Bento da Cruz a tomar esta tão estranha decisão?

Suspeitas de variadíssima ordem: terá ele visto incompetência nos seus camaradas? Não acreditou na continuidade do projecto? Porque?

Seja o que seja, o que é facto é que Bento da Cruz deu uma bofetada em Fernando Rodrigues e companhia. Lamentável, não é?

O novo jornal dá logo boa conta do que vai ser. Orlando Alves surge em primeira página a explicar tudo. Ocupando o

espaço reservado ao Director, publica um Editorial em que se fica a saber que o jornal é do sr. Orlando Alves e da Câmara Municipal. E que vai servir-se dele para fazer a sua própria propaganda eleitoral. E no mesmo, infeliz, como quase sempre, ataca os que criticam as comezainas e vai ao ponto de declarar: «Que seja o jornal onde os feitos da Câmara possam ser divulgados de modo a que se não fiquem pela visão dos que da política municipal só têm olhos para ver comezainas ou festanças esquecidos que estão do tempo em que tudo faziam para se fazerem convidados e ocuparem a primeira fila». Orlando Alves tem de fazer uma reciclagem porque, à

falta de inteligência, junta-se agora a falta de memória. Mais uma mentira, a juntar a tantas outras.

Acerca do dito, cabe aqui referir que muito raramente (e eu devia estar sempre presente devido à função de jornalísta) alguém viu o director do NB nessas comezainas que, em tempos idos, até me punham os cabelos em pé. Ver (eu) milhares de pessoas a comer do bom e do melhor e de borla, só no concelho de Montalegre! À custa de todos nós! Mas o fado, cantado mais em surdina, continua, nos dias de hoje, a ser o mesmo.

Será, no entanto, de ter dúvidas sobre o futuro do projecto do «Planalto Barrosão». Porque? Porque vem

lá o selo do punho fechado, i. é., do Partido Socialista. Um jornal marcadamente partidário … Por outro lado, quando a política da Câmara se mete onde não deve, geralmente dá para o torto. E o sr. Orlando Alves que, no jornal, se deu a conhecer nos seus propósitos já tem experiência disto. Vamos esperar para ver!

Outra nota pertinente é que o novo jornal é mais uma oportunidade para nós ficarmos a conhecer melhor os barrosões, os dos quatro costados ou os de espinhela caída que, para serem agradáveis ao chefe, agacham-se ao primeiro toque de caixa.

Carvalho de Moura

“Planalto Barrosão» saudação crítica

18 de Agosto de 20164 BarrosoNoticias de

Arreguilas são de Arcos

Vinhateiros de Vilar

Andapistas do Antigo

Gatos são os de Amiar.

Borralheiros da Borralha

Barraqueiros do Barracão

Barqueiros são os da Barca

Bogalhas de Bagolhão.

Cerieiros os de Cervos

Cambados os de Cambeses

Cansados Casais da Veiga

Petiscas os de Peirezes.

Cabreiros os de Cabril

Beiçudos os de Beçós

Cavaleiros de Cavalos

Gravatinhas de Gralhós.

Chatinhos são os de Chãos

Bombeiros os de Bustelo

Graudos são os de Gralhas

Rabujentos de Rebordelo.

Gorilas são so da Gorda

Aldrabões da Aldeia Nova

Goludos são os de Golas

Ventoinhas de Vila Nova.

Ferreiros os de Ferral

Dentistas os de Donões

Fracos são os de Frades

Negam tudo os de Negrões.

Lavalava são de Lamas

Castiços de Castanheira

Louvadores são os de Loivos

Pontuais os da Ponteira.

Lambidos de Lamachã

Frita ovos de Friães

Linhaças de Linharelhos

Fiadores os de Fiães.

Modistas de Montalegre

Meiguinhos os de Meixedo

Mouros são os de Mourilhe

Sobrados de Sabuzedo.

Ordeiros são os de Ormeche

Cu afumados de Codeçoso

Povoadores são os da Póvoa

Perigosos de Reigoso.

Perfeitos de Parafita

Vividos os de Viveiro

Pinga Pinga de Pincães

Lobos são os de Lodeiro.

Peixeiros de Penedones

Pisoeiros de Pisões

Parapentes de Padornelos

Pintassilgos de Pitões.

Pedreiros os de Pedrário

peneireiros da Peneda

Poupados são os de Pondras

Sapateiros de Cepeda.

Vigários de Vila da Ponte

Pombeiros Pomar da Rainha

Parados os de Paredes

Santos de Santa Marinha.

Sem azar os de Santo André

Primos são os de S. Pedro

Seca odres os de Salto

Cegonhas de Sanguinhedo.

Vendem tudo Venda Nova

Folgados de Fontainho

Certinhos os de Cerdeira

Vinagreiros de Vilarinho.

Latoeiros de Lama da Missa

Cataventos de Caniçó

Penicos os de Peneda

Nozeiros de Nogueiró.

Pacóbios os de Paredes

Torgueiros os de Torgueda

Amantes os de S. Ane

Retorcidos de Reboreda.

Azedos de Azevedo

Ceboleiros os da Cela

Sendeiros os de Sendim

Parvos os de Paradela.

Víboras os de Vilaça

Cafeteiros de Carvalhais

Mexilhões os de Meixide

Curandeiros de Currais.

Fervidos são os de Fírvidas

Morangueiros de Morgade

Fanfarras de Fafião

Viajantes de Viade.

Paraquedistas de Paredes

Medorentos de Medeiros

Paipiras de Pai Afonso

Pardais os de Pardieiros.

Saidos os de Sendim

Sacarrolhas de Sacuzelo

Saltamontes S. Mateus

Serviçais de Sirvuzelo.

Sem vícios de S. Vicente

Poderosos de Padroso

Safados os de S. Fins

Cu saidos de Codeçoso.

Trica portas de Travassos

Solta bois os de Solveira

Serranos de Sarraquinhos

Perigosos os de Pereira

Cesteiros de Sexta Freita

Lampiões os de Lapela

Toureiros os de Tourém

Tafulas os de Taboadela.

Forgeiros de Fervidelas

Ougados os de Outeiro

Pacientes dos Padrões

Vidrinhos do Vidoeiro.

Sem luvas de S. Lourenço

Amigos os do Amial

Violas de Vilarinho

E zebras os de Zebral.

Travessos os de Travassos

Labregos de Ladrugães

Telhudos os do Telhado

Cosquetes de Covelães.

Vida bela de Vila Boa

Chota moscas de Xertelo

Semeadores da Seara

Xá vertidos os de Chelo.

Vergas Antigo Viade

Cedreiros os de Cidrós

Vigias os de Viade

Que vigiam por todos nós.

São todas estas alcunhas

Dos nossos queridos barrosões

A viverem na Terra Fria

A exercer suas funções.

José Manuel Gonçalves dos

Santos

Alcunhas dos Barrosões As Velhas TradiçõesOs sinos da minha aldeia

Não tocam como tocavam

Já não informam a gente

Como outrora informavam.

As primeira badaladas

Com atenção se escutava

Para se ficar a saber

P’ra que é que o sino tocava.

Tocava sempre p’ra a missa

Baptizados e Trindades

A lume e outros toques

Que deixavam saudades.

Quando havia um baptizado

Lá se ia tocar o sino

A informar toda a gente

Se era menina ou menino.

Quando tocava às Trindades

Era sempre ao fim do dia

Quem tinha boné tirava-o

Rezava-se Ave Maria.

Quando tocava a lume

Ai, meu Deus, que aflição!

Todos a correr e a gritar

Com sachos e baldes na mão.

Corriam de todo o lado

Todos queriam ser primeiros

Era assim que se apagava o fogo

Porque não havia Bombeiros.

Inda havia outros toques

De arrebate e dos namorados

Mas eu já não me lembro

Como esses eram tocados.

Distinguiam-se bem os toques

Ninguém fazia confusão

Porque a mesma concertina

Toca o vira e o malhão.

J A L S

18 de Agosto de 2016 5BarrosoNoticias de

Eram tempos difíceis aqueles que, à época, se viviam na Barroseilândia. A miséria, a fome, a falta de trabalho e o medo, conduziu a Região a uma austeridade sem precedentes, obrigando as suas pacatas gentes a alterar os hábitos de vida. Os que puderam, partiram para outras Regiões ou emigraram para o estrangeiro. Os que teimaram em cá ficar, foram confrontados com uma onda de assaltos e roubos em catadupa, ocorridos pela calada da noite. Nada escapava aos meliantes: batatas, galinhas, vacas, ovelhas, cabritos, maquinaria, couves ou

ferramentas, desapareciam num ápice.

A culpa da insegurança vivida, claro está, era dos pobretanas. Essa gentalha que servia para bater palmas e ser explorada e que, ao mesmo tempo, tão desprezada era por quem a (des)governava. Nunca passou pela cabeça dos Regentes que uma das suas obrigações deveria ser a segurança das pessoas e bens. Enfim, defeitos de outros tempos …

Mas eis que, do nada,

apareceu o guarda-noturno. Sozinho, trabalhava todas as noites com zelo, empenho, regularidade e probidade. A ele nada escapava. Nem mesmo os novos buracos que, com irritante regularidade, apareciam nas esburacas estradas da Região. Desconfiado, muitas eram as

vezes em que, durante breves momentos, percorria a mesma rua meia dúzia de vezes seguidas. Ao menor sinal de perigo, avisava as autoridades locais para, dentro dos rigores da lei, resolver a situação. Claro está que, do ponto de vista do guarda-noturno, demoravam uma eternidade a chegar ao local. Tanto assim é que, rezam as crónicas, chegou mesmo a escrever uma carta para Lisboa, a denunciar a lentidão das autoridades locais.

A verdade é que estas temiam cada vez mais o seu poder, mas, ao mesmo tempo,

confiavam no zeloso guarda-noturno. Tanto assim é que, só iniciavam as suas próprias rondas, quando este, já altas horas da noite, recolhia ao seu dormitório.

O guarda-noturno, esse, entusiasmou-se, e passou também a fazer as rondas durante o dia. Para as autoridades policiais, foi um tremendo alívio. A segurança da Região estava, finalmente, assegurada. Os meliantes que se cuidassem.

Chegou mesmo a haver festa no quartel. Os guardas dividiram entre si “as despesas”. Não faltou pão, presunto, queijo, cerveja e muito vinho, claro está. O problema foi que não avisaram o guarda-noturno. Ora, quando este se apercebeu, altas horas da noite, do enorme barulho oriundo do quartel, foi

“a correr” avisar as autoridades vizinhas.

Já podem os nossos estimados leitores, imaginar a carga de trabalhos que foi para o comandante do posto. Bem tentou justificar, junto dos seus superiores, os motivos de tal comemoração. Mas a segunda queixa do guarda-noturno não deixava margem para dúvidas: o comandante tinha de ser

severamente castigado. O barulho vindo do quartel dava a sensação de se tratar de uma enorme zaragata. Tanto assim é, que ele - que nessa altura já acumulava enorme experiência no “posto” – se viu na obrigação de ir pedir ajuda aos polícias vizinhos.

A sentença foi clara: multa e

degredo para o comandante do posto.

A lição serviu para todos: quem, a partir daquele momento, mandava na Região, era o guarda-noturno, agora transformado em Vigilante permanente.

Nunca ninguém o viu acompanhado. Sempre sozinho. Muitos foram aqueles que se interrogaram se tinha problemas familiares - ou mesmo se tinha família -, ou algum amigo próximo. Nunca ninguém soube responder a tal questão. A verdade é que o poder do guarda-noturno, inexplicavelmente, se acumulou de dia para dia. Há quem, fundamentadamente, diga que as pessoas lhe tinham medo. Era melhor deixá-lo fazer o que queria do que enfrentá-lo. Nós, duvidamos que assim fosse. Afinal de contas, diga-se o que se disser, era ele quem zelava pela segurança da Barroseilândia. Temos até uma certeza: as autoridades locais apreciavam, e muito, as suas rondas. Tanto assim é que, como atrás referimos, só iniciavam as suas próprias patrulhas depois

do Vigilante lhes comunicar que iria “descansar” uns breves momentos. Sim, uns breves momentos, porque o homem era incansável e a segurança da Barroseilândia uma preocupação permanente.

Nessa altura, e as estatísticas

não mentem, a criminalidade na Região era quase nula. Mais, o indigente que, na época, teve a ousadia de escrever, num pasquim da terra, que tinha ocorrido uma vaga de assaltos na Região, capaz de deixar os residentes muito preocupados, foi de imediato processado.

Sentenciou o juiz: condeno o irresponsável candidato a jornalista, que teve a ousadia de, com o seu escrito, colocar em causa o zelo, brio, responsabilidade e profissionalismo do nosso – vejam bem, “do nosso”, disse o juiz – Vigilante, a publicar, nas próximas cinco edições, um sentido pedido de desculpa bem como demonstrar à sociedade a enorme segurança que reina nesta linda e nobre Região.

Sabemos bem, acrescentou

o juiz, que o jornaleiro pretenderia atingir os Regentes da terra. Mas, também sabemos, que a única coisa que conseguiu foi colocar em causa a autoridade do nosso ilustre Vigilante, uma vez que, não é segredo para ninguém – como aliás o atual comandante

do Posto tão bem testemunhou em Tribunal -, é ele o principal responsável pelo patrulhamento da zona.

Condeno ainda os nossos Regentes a, de imediato, desencadearem todos os mecanismos legais, no sentido de atribuir ao nosso Vigilante um chorudo suplemento remuneratório, pelas constantes rondas efetuadas pelas ruas da terra, capazes de inibir os meliantes, ao mesmo tempo que controla os potenciais conspiradores contra o nosso maravilhoso reino.

Foi o primeiro momento

de suprema glória do Vigilante. A partir daí ninguém mais o segurou.

Até que um dia, acordou,

e constatou que, tal como acontece, nos dias de hoje, com a Rainha de Inglaterra, já só tinha o poder que dava jeito que ele tivesse.

Há quem diga que foi traído. Outros dizem que foi ele o traidor. Há mesmo quem avance que sempre estiveram bem uns para os outros. Consta-se que teve um fim muito triste. A verdade, essa, ainda permanece no segredo dos deuses.

Tudo isto aconteceu na Barroseilândia. Qualquer semelhança com a realidade é pura imaginação dos nossos estimados leitores.

Bento Monteiro

“Barroseilândia: o poder do guarda-noturno”

“a culpa da insegurança vivida, claro está, era dos pobretanas. Essa gentalha que servia para bater palmas e ser explorada e que, ao mesmo tempo, tão desprezada era por quem a (des)governava. Nunca passou pela cabeça dos Regentes que uma das suas obrigações deveria ser a segurança das pessoas e bens”

“temos até uma certeza: as autoridades locais apreciavam, e muito, as suas rondas. Tanto assim é que, como atrás referimos, só iniciavam as suas próprias patrulhas depois do vigilante lhes comunicar que iria “descansar” uns breves momentos. Sim, uns breves momentos, porque o homem era incansável e a segurança da Barroseilândia uma preocupação permanente”

Convocado pelo Presidente da Câmara Municipal de Montalegre, para as 14:30 horas de 27.07.2016, deveria reunir o Conselho Municipal de Educação do Município de Montalegre. No entanto, o que demonstra bem o divórcio existente com as questões da Educação neste Concelho, a reunião não se realizou por falta de quórum. Sim: por falta de quórum!

Mas, mais do que a vergonha, e a falta de responsabilidade política, por uma questão com a importância da Educação

das nossas crianças, o que sobressaiu da reunião foram os comentários paralelos que se estabeleceram.

A começar, pela justificação da ausência do Presidente da Câmara Municipal: segundo o que foi transmitido, é que estaria numa reunião em Braga. Mas, a fazer crer pelos imediatos comentários “à boca fechada”, a justificação não pegou. Agora, verdade, verdadinha, é que às 15:00h, o BMW da Câmara Municipal de Montalegre, usado, permanentemente pelo Presidente da Câmara, estava estacionado em Medeiros.

Vergonha e falta de

responsabilidade da

Câmara

A dúvida está lançada: os

presentes na reunião, próximos

do autarca, terão dado a

entender aos demais que a

justificação não corresponderia

à verdade. Por outro lado,

o carro, estacionado em

Medeiros, poderia ter sido

ali deixado, apanhando o

Presidente boleia para Braga

ou mesmo estar ao serviço de

outra pessoa.

De uma coisa estamos

certos: onde há fumo, há fogo! A justificação dada, essa, merece urgente clarificação. Também seria interessante saber qual o objetivo da insinuação lançada.

Por outro lado, o que é mais importante, é que a reunião, convocada pelo Presidente da Câmara de Montalegre, não se realizou por falta de quórum. Pior: segundo nos foi transmitido, o mesmo aconteceu nas anteriores reuniões deste órgão.

Quem não terá faltado à reunião, foi o fotógrafo oficial da Câmara Municipal. As fotografias, essas, terão

de esperar para uma nova oportunidade. Talvez para a reunião seguinte …

Assim vai a (falta de) política educativa no Concelho de Montalegre.

Uma sugestão: dada a (falta de) dinâmica imprimida à causa da Educação no Concelho de Montalegre, é de ponderar a atribuição um louvor público à responsavél por esta pasta.Talvez até fosse justo atribuir-lhe o nome de um canteiro no Parque dos Planetas.

In A outra voz, jornal online

Conselho Municipal de Educação de Montalegre não se realiza por falta de quórum.

18 de Agosto de 20166 BarrosoNoticias de

MAPC

UM PARÁGRAFOUm Parágrafo # 77 – Ausência

De que forma é que sentimos a ausência? Sentimos a ausência dos outros

em nós ou a nossa ausência nos outros? Sentimos um propósito na ausência

ou ausentamo-nos propositadamente? Vamos sentindo as ausências, tentando

colocar de parte tudo aquilo que nos falta, sonhando com uma plenitude que só

o é, verdadeiramente, quando não há ausências. Um ser ou estar de ausências

permanentes, intercalado com momentos de aparente completude. A ânsia de

preencher vazios por nós criados e sistematicamente ampliados na voracidade

com que tentamos excluí-los de nós próprios. Um eterno ciclo vicioso em

que vamos construindo buracos no processo inconsciente de os preencher ou

eliminar. O esburacar da alma, enquanto procuramos enchê-la até ao limite.

Ausentamo-nos, por isso, de uma realidade de ausências e de ausências reais.

Concebemos virtudes imaginárias que promovam a colmatação da ausência,

num carrossel interminável e de voltas inconsequentes que nos fazem sempre

regressar ao ponto de partida, talvez ainda mais vazios do que antes. Talvez

ainda mais ausentes… Será que quando sentimos a ausência dos outros não

seremos nós quem está realmente ausente…?

João Nuno Gusmão

Para a História da 1ª República em Montalegre

Ano de 1915

(Continua do n.º anterior... com

a questão de Salto)

A glosar a Questão de Salto

apareceram, por alturas da Feira de

S. Miguel, algumas quadras, que o

povo cantava. Eis algumas:

Estribilho

Oh valentes Barrosões

Caramba! Caramba!

Não vos poupeis a canseiras;

Caramba! Caramba!

Para correr os ladrões,

Caramba! Caramba!

Das bandas de Cabeceiras…

Caramba! Caramba!

Mas oh que caramba!

Cabeceiras já tinha

A “mina’’ de Gondarém,

Depois de tanto minar

Queria a Borralha também.

Oh Cabeceiras de Basto

Tenha lá mão… faça alto!...

Que a Montalegre não rouba,

A freguesia de Salto.

De Barroso a Cabeceiras

Corre um rio de dinheiro;

Num barco vai o “francês’’

Rufando forte pandeiro…

Oh Cabeceiras de Basto

Terra da conspiração;

Querias fazer a Barroso

O que fizeste à Nação.

S. Miguel veio aqui

No dia da nossa feira;

Para dar as boas vindas

Ao Senador Madureira.

Tudo brinca, tudo salta,

Nesta santa reinação;

Só Salto não quer saltar,

Quer ser sempre Barrosão.

De O Montalegrense

“1910 - Comemorando uma data

histórica - 1915

No dia 5 de Outubro, quinto

aniversário da proclamação da

República Portuguesa, o povo

de Montalegre não deixou de se

associar às manifestações de alegria

que do peito de todos os verdadeiro

portugueses, nesse dia, brotavam

aclamando a memória de todos esses

Heróis que pelo seu esforço e pelo

sacrifício do seu generoso sangue,

fizeram nesse dia raiar em Portugal

uma nova era de prosperidade.

Muitos e estrondosos morteiros

anunciaram essas manifestações,

percorrendo as ruas da vila a

afamada banda Montalegrense e

iluminando à noite os paços do

concelho e casas particulares. Mas o

entusiasmo que em todos se via não

provinha só de recordar esse feito

de Heróis que naquele dia depôs

um regime de séculos: é que nesse

dia também se marcava nass páginas

da nossa história mais um facto

que, de certo, nossos horizontes vai

abrir a esta Pátria de ‘’tão ditosos

filhos’’: a posse do novo presidente

da República, o ilustre cidadão e

ínclito português doutor Bernadino

Machado.

Por isso, Montalegre tão

ruidosamente comemorou esse

faustoso dia vitoriando a República

Portuguesa e o seu ilustre Presidente.

Viva a República Portuguesa!

Viva o Dr. Bernadino Machado!

O Montalegrense, 11 de

Novembro

Grave Epidemia

Há bastante tempo que grassa na

vizinha povoação de Donões, distante

desta vila 3 quilômetros, uma grave

epidemia que tem vitimado bastantes

pessoas e, ao que nos consta, estão

outras em perigo de vida.

Pessoa de todo o crédito nos

disse que não há meio de convencer

aquela gentinha a seguir à risca as

determinações dos médicos, pois

segundo dizem, não querem tomar

medicamentos alguns; chás de musgo e

que Deus é que há-de determinar o dia

em que a epidemia há-de desaparecer,

é o que aquela santa gente diz e faz.

Naquela povoação a falta de

higiene é grande, e portanto pedem-se

providências a quem compete, para

que tal doença não alastre mais.

À última hora consta-nos que

chamaram o Dr. Pereira da Silva,

médico distinto para, juntamente

com os médicos do partido, haver

uma conferência a fim de verem se

conseguem debelar tão grande mal.

O Montalegrense, 25 de Novembro

Relógio

Quando será que, o malfadado relógio

que à câmara municipal deste concelho

custou uma boa conta, se fará ouvir nesta

vila?

(...)

Pedimos à Exm.ª Câmara para que o

ponha a funcionar o mais breve possível,

porque além de ser um melhoramento para

esta vila, que muita falta faz, evita a sua

deterioração.

É necessário atender à escolha do local

para a sua colocação.

Na torre, perto do Observatório, era,

na nossa opinião, onde deveria ficar, já

porque se fazia ouvir a maior distância e

também porque era o local mais visível

para quase toda a vila.

Mas se a Comissão dos Monumentos

Nacionais se opõe à sua colocação ali, não

é razão para ele continuar invisível a toda a

gente, como acontece há uns 5 anos.

(Fim do ano 1915, continua com o

ano 1916)

José Enes Gonçalves

18 de Agosto de 2016 7BarrosoNoticias de

Domingos Chaves

As imagens de Portugal durante o mês de Agosto variam entre praias repletas de gente e fogo em todos os distritos, ou quase todos. Durante décadas a história triste do mês de Agosto repete-se sem que se consiga debelar um problema que, para além dos custos materiais, tem um efeito devastador nas populações que sofrem com os incêndios.

Diz-se que muito se fez nestes últimos anos, o próprio primeiro-ministro fez questão de o afirmar. No entanto, em 2013, o Governo de então decidiu promover o eucalipto, facilitando a cultura do mesmo, sob a premissa do costume: maior quantidade de dinheiro no mais curto espaço de tempo, mesmo que não inteiramente assumido.

Resta saber que impacto é que essa política terá para o país. Assim como veremos como o facto do incêndio florestal ter deixado de ser, desde Setembro do ano passado, um crime de investigação prioritário determinará a gravidade do problema em questão. Uma lei contra o parecer da própria Procuradoria-Geral da República.

É também evidente que existem outros factores a pesar na balança, factores conhecidos por todos. O resultado esse é também ele sobejamente conhecido: a destruição de bens materiais e o já referido efeito devastador nas populações afectadas.

O actual Governo promete um nova reforma para a floresta. Espera-se que esta seja uma reforma com vista a proteger a floresta ao invés de atender quase exclusivamente a interesses económicos, como tem sido prática até aqui. Espera-se que este Governo tenha a coragem de trazer a política para a sua verdadeira essência: o bem comum. Contrariamente ao que tem sido prática com a salvaguarda de interesses de alguns. De resto, os incêndios alimentam negócios de meios

aéreos e madeira queimada. A verdade é que o resultado é conhecido e repete-se a mesma história triste a cada Agosto que passa.

Até na esfera politica, este verão quente, quentinho, não deixou os seus créditos por mãos alheias!... Entrou a todo o vapor com a história do IMI; prosseguiu com os juízes na teimosa “guerra” entre os colégios privados e o Governo, e as acusações mútuas de que alguém havia decidido assim porque tinha a filha num desses colégios, ou decidiu assado porque tinha trabalhado com o actual Primeiro-Ministro. Ainda estes temas ferviam em pouca água, e já o Primeiro-Ministro – e bem - devolvia o cheque que o Presidente da República havia enviado para o Ministério da Defesa para pagar a sua deslocação a França no Falcon da Força Aérea, para assistir ao jogo das meias-finais do Euro 2016, mas enquanto isso, “rebentava” um novo esquema, igualmente relacionado com cheques e o Europeu de Futebol. Ficou a saber-se que o Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, tinha marcado presença na final do Europeu a soldo da GALP,

com quem o Estado português mantém um litigio por dívidas ao fisco de milhões de euros.

Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, que entendeu que resolveria o seu caso com a Galp, devolvendo-lhe também um cheque para pagar as viagens a França, para assistir aos jogos da selecção nacional.

As contas não são obviamente da nossa conta!.... Isso é problema deles. Da nossa conta, enquanto contribuintes são as motivações que eventualmente poderão estar por detrás desse comportamento, uma vez que como todos sabemos, hoje em dia não há “almoços grátis”.

Esqueceu-se, porém, Rocha Andrade – assim se chama o Secretário de Estado, que a politica se subjuga à ética e que por via de tal, a sua conduta só tem uma saída: a demissão voluntária ou mesmo forçada se o bom senso não prevalecer. António Costa tem aqui uma excelente oportunidade, para com uma estadulhada matar dois coelhos: substitur Rocha Andrade no Governo e rectificar as trapalhadas que o mesmo engendrou em termos de IMI.

A “mulher de César não basta ser séria, tem de parece-lo”. Sendo natural que uma empresa faça este tipo de convites, não pode ser natural que um governante ache natural ser convidado por uma empresa. Menos ainda se essa empresa tiver um conflito de 100 milhões de euros com o Estado. A promiscuidade entre as partes, só pode pois ter uma saída – cortar o mal pela raiz.

Não deixa porém de ser curioso, ver a oposição exigir um comportamento ético dos outros com toda a veemência humanamente possível, esquecendo que em suas próprias casas reina a mesma doença, ainda que com maior ou menor nojo. Essa oposição é a mesma que vocifera incessantemente que se desrespeitou a ética republicana, sem que aprofundem o que consideram como sendo essa mesma ética republicana. Mas se para esta oposição a ética é quando convém, para os portugueses nem os fogos que enxameiam o país, permitirão que condutas impróprias possam ser esquecidas.

Domingos Chaves

POLITICAMENTE FALANDO

- “ESTÓRIAS QUE SE REPETEM”…

Como sempre esteve muita gente, e este ano porventura mais gente do que em anos anteriores, na grandiosa Festa do Senhor da Piedade. Logo pela manhã, deu em juntar-se o povo crente para se organizar a procissão com a santa Cruz na dianteira, os bombeiros, os escuteiros, os andores e as Bandas de Música.Após o seu começo, pelas ruas da vila, as pessoas iam entrando no cortejo de fé, uns com promessas outros com o hábito de cumprir este

dia de forma a agradecer ao bom Deus as graças recebidas. Também muitos curiosos a ver os andores, a fanfarra dos Bombeiros, as Bandas de Música e as pessoas em oração. De quando em quando, os foguetes estralejavam nos ares a avisar que a procissão do Senhor estava nas ruas a caminho do Santuário do Senhor da Piedade.Sob o comando do arcipreste Pe Victor Pereira, a procissão lá seguia ao ritmo imposto pelas Bandas, e sempre em oração ou entoando cânticos de louvor a Deus e à

Virgem Maria.O dia esteve quente e todos, mesmo

todos com sacrifício percorreram os dois Kms até ao Santuário.

O celebrante agradeceu a todos a participação tanto na procissão como nas cerimónias litúrgicas que se lhe seguiram e saudou de modo especial os emigrantes que aparecem sempre no Senhor da Piedade a quem fazem as suas preces e as suas orações e as suas promessas.A procissão do Senhor da Piedade é um momento de fé em Deus que toca os sentimentos dos montalegrenses, crentes ou não, e que deve merecer o apoio de todos.

O povo de Montalegre festejou o Senhor da Piedade

Câmara lançou desafio a emigrantes, empresários e agricultores a investirem no concelho

A Câmara de Montalegre

promoveu reunião com emigrantes, empresários e agricultores desafiando-os a investir no concelho. Foram dadas indicações acerca das melhores áreas para investimento no concelho.

O espaço do salão nobre dos Paços do concelho foi pequeno para acolher os interessados no desenvolvimento local que identificaram as potencialidades e as oportunidades. Dos vários assuntos em discussão, destaque para as áreas de Reabilitação Urbanas (ARU`S) que estão disponíveis em Montalegre, Salto, Vilar

de Perdizes e Vilarinho de Negrões. Têm como benefícios a isenção de

Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), durante 10 anos, e numa primeira transação do imóvel a isenção do Imposto Municipal sobre Transição (IMT).

As obras a realizar para a reconstrução dos imóveis, por empreitada particular, estão sujeitas apenas à taxa mínima do Imposto de Valor Acrescentado (IVA) de 6%. A produção pecuária, a batata de semente e outros produtos locais, a atividade turística e da restauração também estiveram em debate. Os emigrantes foram desafiados a mostrar capacidade de investimento e vontade de avançar com novos projetos que criem emprego e possam gerar dinâmica

económica.

VILAR DE PERDIZESInauguração do “Largo do Souto”

O presidente da Câmara de

Montalegre inaugurou, em Vilar de Perdizes, o denominado “Largo do Souto”, uma obra que rende homenagem ao “Contrabando”, imagem de marca desta conhecida aldeia do concelho. No mesmo local, foi construído um moderno ringue de futebol.

Numa das mais conhecidas aldeias do Barroso, ficou um espaço dado ao lazer e ao desporto.

Além do ringue, foram ali instaladas imagens que fazem referência ao “contrabando” e que representam a história e a

identidade desta terra, como referiu o presidente da Junta».

GRALHASJunta de Freguesia presta homenagem a conterrâneo benemérito

No passado dia 14, pelas 11,00 horas, no Largo do Eirão, juntaram-se muitas pessoas de Gralhas para assistir à homenagem a José Gonçalves Caruço, empresário da Caruço & Filhos, Lda, do Cacém.

A iniciativa partiu da Junta de Freguesia que se dignou ter um gesto de reconhecimento para com um conterrãneo que tem sido um benemérito para a freguesia.

A última atenção que teve para com a sua terra natal ficou a dever-se a um pedido da

mesma Junta de Freguesia para ver resolvido uma necessidade reclamada pelos proprietários das casas situadas ao longo da rua principal numa extensão de mais de cem metros acima do Largo do Cruzeiro.

Sendo a obra da responsabilidade da Câmara Municipal, a Junta de Freguesia tentou obter da autarquia o financiamento necessário mas, como não teve resposta, recorreu ao conterrâneo que acedeu suportar o investimento da construção duma valeta que melhorasse consideravelmente os acessos às casas da referida Rua Principal.

Como recompensa, a Junta de Freguesia deliberou com o apoio da assembleia atribuir a José Gonçalves Caruço o nome dum dos principais Largos da freguesia.

BarrosoNoticias de

8 18 de Agosto de 2016

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918 de Agosto de 2016

18 de Agosto de 201610 BarrosoNoticias de

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BarrosoNoticias de

ExtratoCERTIFICO, para efeitos de publicação, que por escritura outorgada em nove de agosto do ano dois mil e dezasseis, exarada a folhas cinquenta e uma e seguintes, do livro de notas número cento e setenta e dois - A, do cartório da Notária, AIDA MANUELA ROCHA DE SOUSA, em Braga, que Maria co Céu Martins Pires, NIF 196 348 820, viúva, natural da freguesia de Mourilhe, concelho de Montalegre, residente na rua padre Himalaia, n.º 177, bloco sul, 3º esqº frente, freguesia Viana do Castelo (Santa Maria Maior e Monserrate) e Meadela, concelho de Viana do Castelo, tendo sido casada sob o regime da comunhão de adquiridos com Ramon Nunes Calaboso, é com exclusão de outrem, dona e legítima possuidora do seguinte imóvel, Prédio rústico, composto de lameiro, com a área de mil oitocentos e quarenta metros quadrados, situado no lugar de Apala, extinta freguesia de Mourilhe, atual freguesia de Cambeses do Rio, Donões e Mourilhe, concelho de Montalegre, atualmente a confrontar do norte e do poente com José de Moura Rodrigues, do sul com António Castro Moura e do nascente com caminho público, não descrito na conservatória do registo predial de Montalegre, inscrito em seu nome na matriz da extinta freguesia sob o artigo 1305 e na matriz da atual freguesia sob o artigo 4406, com o valor patrimonial tributário para efeitos de imt/is de € 300,23, ao qual para efeitos deste ato atribui o valor de quinhentos euros. Que o imóvel veio à sua posse, no estado de solteira, maior, por doação meramente verbal efetuada pelos seus pais, Antonio Pires e mulher, Judite da Conceição Miranda Martins, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes que foram no dito lugar de Sabuzedo no ano de mil novecentos e setenta e um, em data que não pode precisar, não chegando todavia a realizar-se a projetada escritura de doação. Que assim não dispõe de título para efetuar o registo do referido prédio na conservatória, embora sempre tenha estado há mais de trinta anos, na detenção e fruição do mesmo. Esta detenção e fruição foram adquiridas e mantidas sem violência, e exercida sem interrupção ou qualquer oposição ou ocultação de quem quer que seja, de modo a poderem ser conhecidas por todo aquele que pudesse ter interesse em contrariá-las. Esta posse, assim mantida e exercida, foi-o sempre em seu próprio nome e interesse e traduziu-se nos factos materiais conducentes ao integral aproveitamento de todas as utilidades do prédio, designadamente, cultivando-o, colhendo os frutos, cortando as árvores, fazendo a sua limpeza e pagando o respetivo imposto. É assim tal posse pacífica, pública e contínua e dura há mais de vinte anos, facultando-lhe a aquisição do direito de propriedade do dito prédio por usucapião, que invoca, direito que não pode ser comprovado por qualquer título formal extrajudicial normal. Está conforme com o original.Braga, 09 de agosto de 2016.A Notária,

Conta: Fac 2016001/1249

Notícias de Barroso, n.º 499, de 18.08.2016

AGRADECIMENTOFERNANDO MARIA DE MOURA

VILHENA DE GUSMÃO

(COVELÃES – MONTALEGRE, 01-121928/07/08/2016)

A família do Eng.º Fernando Maria de Moura Vilhena Gusmão vem por este único meio agradecer publicamente todas as manifestações de condolências e solidariedade que lhe foram prestadas na sequência do falecimento do seu ente querido.

Instituto dos Registos e do NotariadoConservatória dos Registos Civil, Predial e

Cartório Notarial de Montalegre

EXTRATOCertifico para efeitos de publicação que, por escritura lavrada em 9 de agosto de 2016, na Conservatória dos

Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre, a cargo da Dr.ª Maria Carla de Morais Barros Fernandes, exarada a folhas 37 e seguintes do livro984-A, JOAQUIM GONÇALVES DA CRUZ, viúvo, natural da freguesia da Chã, deste concelho,onde reside no lugar de Castanheira, na Travessa da Tulha, n.º 2, declarou:

Que é dono, com exclusão de outrém, dos seguintes bens imóveis situados na freguesia da Chã, concelho de Montalegre:

- Um: Prédio rústico situado em CHÃES, composto de lameiro, com a área de cento e dezanove metros quadrados, a confrontar do norte com maria das Neves Dias Pereira, sul com Teresa Afonso Dias, nascente com Isabel Rodrigues Dias e do poente com o ribeiro, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 7419.Que este prédio estava inscrito na matriz antes de mil novecentos e noventa e sete sob o atifo 7006.- Dois: Prédio rústico situado em TRÁS-DAS-CASAS, composto de cultura arvense de sequeiro, com a área de mil quatrocentos e treze metros quadrados, a confrontar do norte com caminho e Rosa Afonso, sul com João Pires, nascente com herdeiros de Maria José Mendes e do poente com António Costa Mendes Marques, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 7692.- Três: Prédio rústico situado em TRÁS-DAS-CASAS, composto de cultura arvense de sequeiro, com a área de dois mil oitocentos e vinte e sete metros quadrados, a confrontar do norte com caminho e Joaquim Gonçalves da Cruz, sul com José Vaz, nascente com caminho e do poente com Joaquim Gonçalves da Cruz, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 7693.

Que, relativamente aos imóveis das verbas duas e três, apesar das pesquisas efetuadas, não foi possível identificar os artigos da matriz antes de mil novecentos e noventa e sete se todos eles se encontram ainda por descrever na Conservatória do Registo Predial de Montalegre.

Que não tem qualquer título de onde resulte pertencer-lhe o direito de propriedade dos prédios, mas iniciou a sua posse em mil novecentos e sessenta e seis, ano em que os adquiriu, ainda no estado de solteiro, tendo enmtretanto sido casado com Maria Inácia da Cruz, em comunhão de adquiridos, da seguinte forma:

O da verba um, metade indivisa por compra meramente verbal a Maria José Mendes e marido Gervásio Martins, ambos já falecidos, residentes que foram no indicado lugar de Castanheira e a restante metade indivisa, por doação meramente verbal de sua mãe Joaquina Gonçalves da Cruz, solteira, residente que foi também em Castanheira.

O da verba número dois, por doação meramente verbal aos referidos Maria José Mendes e Gervásio Martins.Finalmente, o da verba número três, por compra meramente verbal aos referidos Maria José Mendes e Gervásio

Martins.Que desde essa data, sempre tem usado e fruído os indicados prédios, apascentando o gado e cortando o feno,

cultivando-os e colhendo os seus frutos, pagando todas as contribuições por eles devidas e fazendo essa exploração com a consciência de ser o seu único dono, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriu o direito de propriedade sob os indicados prédios por USUCAPIÃO, que expressamente invoca para efeito de ingresso dos mesmos no registo predial.Montalegre, 9 de agosto de 2016O 1.º Ajudante,(Ilegível)

Conta: Art.igos: “ 20.4.5) ------------ 23,00 €São vinte e três euros.Registada sob o n.º 390

Notícias de Barroso, n.º 499, de 18.08.2016

18 de Agosto de 2016 11BarrosoNoticias de

A Jornada Mundial da Juventude, que a Igreja Católica organiza todos os anos desde 1984, tem sido sempre um sucesso. Deixará marcas indeléveis em muitos jovens que nela participam e ajudará muitos a amadurecer a fé e a se comprometerem mais com Cristo e com a Igreja. Este ano foi na Polónia, país do cativante e inesquecível João Paulo II. Os momentos e as celebrações com o Papa Francisco foram os momentos altos da jornada, onde o Papa Francisco fez passar uma mensagem de alegria e incentivo aos jovens, mas onde também apontou caminhos de exigência e de séria reflexão, questionando a cultura e os valores ou contravalores atuais em que nasce e vive a juventude. Espero que muitas famílias e jovens, e a sociedade em geral, escutem as palavras sábias do

interpelante Papa Francisco. O Papa começou por exaltar

a fase da juventude, de quem a Igreja e o mundo esperam muito: «Nos meus anos de bispo, aprendi uma coisa (aprendi muitas; mas uma quero dizer-vo-la agora): não há nada mais belo do que contemplar os anseios, o empenho, a paixão e a energia com que muitos jovens abraçam a vida. Como é belo isto! É um dom do céu poder ver muitos de vós que, com as vossas questões, procurais fazer com que as coisas sejam diferentes». O que é marcante na juventude é a capacidade de sonhar, de querer construir algo de novo, de contribuir para a mudança e o melhoramento do mundo, é a rebeldia diante do mal e da injustiça, é o questionar ideias e convicções que já não têm sentido, é dar um sentido novo e mais profundo à vida, é o querer ser mais e ir sempre mais além. Será esta a «cultura» da nossa juventude atual?

O Papa apontou dois «vícios» perturbadores que, infelizmente, se entranharam na cultura e no espírito da nossa juventude atual: a aposentação juvenil e a paralisia do sofá/felicidade. Quanto ao primeiro, o Papa foi claro: «Entristece-me encontrar jovens que parecem «aposentados» antes do tempo. Isto deixa-me triste: jovens que

parecem ter–se aposentado aos 23, 24, 25 anos. Isto entristece-me. Preocupa-me ver jovens que desistiram antes do jogo; que «se renderam» sem ter começado a jogar. Entristece-me ver jovens que caminham com a cara triste, como se a sua vida não tivesse valor. São jovens essencialmente chateados e chatos, que chateiam os outros, e isto deixa-me triste. É duro, e ao mesmo tempo interpela-nos, ver jovens que deixam a vida à procura da «vertigem», ou daquela sensação de se sentir vivos por vias obscuras que depois acabam por «pagar» e pagar caro». E, de facto, hoje, é triste vermos jovens «aposentados», não só aqueles que se perdem na droga, no álcool, na sexualidade lasciva e desregrada, no furto, nos negócios imundos, na ilicitude, na devassidão da noite, mas também aqueles que vivem sem um ideal, sem um projeto de vida, sem causas, sem horizontes humanizantes, entregues ao hedonismo vazio e escravizante, ao improviso, ao facilitismo e ao imediato da vida, que se deixam ir na onda, como diz o papa, «de vendedores de falsas ilusões ou vendedores de fumaça». São jovens que vivem sem viver, sem alma e sem o carisma e a força que marca a juventude. Não quero dizer que todos os jovens são assim, mas temos um bom

número que escolheu ou foi empurrado pela sociedade para esta frivolidade e esta vacuidade.

Quanto ao segundo vício, disse o Papa: «Gosto de a chamar a paralisia que brota quando se confunde a FELICIDADE com um SOFÁ/KANAPA. Sim, julgar que, para ser felizes, temos necessidade de um bom sofá. Um sofá que nos ajude a estar cómodos, tranquilos, bem seguros. Um sofá – como os que existem agora, modernos, incluindo massagens para dormir – que nos garanta horas de tranquilidade para mergulharmos no mundo dos videojogos e passar horas diante do computador. Um sofá contra todo o tipo de dores e medos. Um sofá que nos faça estar fechados em casa, sem nos cansarmos nem nos preocuparmos. Provavelmente, o «sofá-felicidade é a paralisia silenciosa que mais nos pode arruinar, que mais pode arruinar a juventude. Porque pouco a pouco, sem nos darmos conta, encontramo-nos adormecidos, encontramo-nos pasmados e entontecidos. Não viemos ao mundo para «vegetar», para transcorrer comodamente os dias, para fazer da vida um sofá que nos adormeça; pelo contrário, viemos com outra finalidade, para deixar uma marca». Espero que a sociedade

atual, o mais rapidamente possível, se aperceba do mal que tem feito à juventude: em nome de uma vida cómoda e de bem-estar, com todas as proteções e seguranças, em que a maioria das coisas lhe foi oferecida de mão beijada e se decretou o superior direito à diversão, a juventude foi decepada da capacidade de sofrimento e de sacrifício, de lutar por metas e objetivos, de aprender a fazer-se à vida, de servir os outros, essencial na vida, e temos um bom número de jovens imaturos, amorfos, abúlicos e impreparados para a vida e seus desafios, que não tem outro «nobre» objetivo que estar horas e horas pasmados num sofá, rodeados de tecnologia, alheios do mundo e da vida.

É fascinante trabalhar e estar com jovens e acreditamos e esperamos muito deles. Mas não estamos a proporcionar a melhor educação e a oferecer a melhor cultura para que isso aconteça. Urge repensar seriamente nesta banha da cobra que lhe vendemos ou oferecemos, porque não estamos a ajudá-los a dar o melhor se si mesmos à vida e ao mundo e não é este o sentido e não é esta a grandeza e nobreza com a vida deve ser vivida.

A Jornada Mundial da Juventude

Pe Vítor Pereira

BOTICAS“Boticas Fashion” com casa cheia

Foi com casa cheia que se realizou, dia 4 de agosto, na Praça do Município, o “Boticas Fashion”. Iniciativa organizada pela Câmara Municipal e que contou com o apoio dos Empreendimentos Hidroeléctricos do Alto Tâmega e Barroso (EHATB) e da recém criada Associação Empresarial Botiquense - Mais Boticas.

O objetivo principal da realização deste evento, que já vai no sétimo ano consecutivo, é dinamizar e atrair clientes para o comércio tradicional de Boticas. Os comerciantes podem, através da participação no desfile de moda, exibir alguns exemplares dos seus artigos de roupa, acessórios e calçado, cativando assim a atenção e interesse do público.

O Presidente da Câmara

Municipal, Fernando Queiroga, destacou a forma como o “Boticas Fashion” se tornou num evento obrigatório na

agenda cultural do município. “Este evento já garantiu um lugar de destaque nas atividades de verão organizadas pelo Câmara Municipal pelo seu carácter dinamizador. O “Boticas Fashion” é a oportunidade perfeita para os lojistas dinamizarem o comércio local mostrando as suas marcas e produtos”, afirmou o autarca.

À semelhança dos anos anteriores participaram no evento as lojas Giro Sol (Roupa de Criança), Palmo e Meio (Roupa de Criança), Sapataria e Pronto a Vestir Bom Gosto (Calçado e Acessórios), Ótica Flavea, Boutique Cristela (Pronto a Vestir), Joana Bijuterias (Acessórios), Angel (Roupa de Criança e Pronto a Vestir), Sapataria Verónica Ponteira, Boutique Mateus (Pronto a Vestir), Cantinho Charmoso (Acessórios), Óptica Cristina e ainda a loja flaviense A Noiva Perfeita.

A maquilhagem das modelos do desfile ficou a cargo, mais uma vez, das revendedoras da Oriflame em Boticas Luísa Pereira e Carina Ferreira. O DS Cabeleireiros foi o responsável pelos penteados de algumas das manequins.

Para além do desfile na passerelle, o evento contou ainda com momentos musicais e de dança, interpretados por Sara Madeira, pelas alunas de Ballet da Escola Mozart Boticas,

pela AM Dance – Botikorpus SPA e Zumba com Rkia.

Inauguração da sede da Associação de Desenvolvimento de Dornelas

Foi inaugurada, dia 10 de agosto, pelo Presidente da Câmara Municipal de Boticas, Fernando Queiroga, e pela Presidente da Associação de Desenvolvimento de Dornelas, Alda do Carmo Barroso Pires, a sede desta coletividade local.

Logo após o descerramento da placa teve lugar um lanche convívio para todos aqueles que participaram na iniciativa.

Muita festa, convívio e animação marcaram este dia tão importante para a Associação de Desenvolvimento de Dornelas.

22.º Aniversário da Associação Recreativa e Cultural de Bobadela

A Associação Recreativa e Cultural de Bobadela deu início, dia 7 de agosto, às comemorações do 22º aniversário da associação, com a realização um lanche convívio para os sócios.

As comemorações do 22º aniversário continuaram no dia 10 de agosto com a celebração de uma missa solene em Honra

de São Lourenço, seguida de procissão.

No programa constam ainda para a tarde e noite do dia 10, a realização de jogos populares e do arraial popular, com a atuação do grupo musical “Alta Definição”, respetivamente.

Festa da vitela em Carvalhelhos

Aproveitando a altura do ano em que muitos conterrâneos regressam às suas

aldeias para passar as habituais férias de verão, praticamente todos os dias se realizam vários convívios, um pouco por todo o concelho de Boticas.

Carvalhelhos não foi exceção e realizou, dia 11 de agosto, um lanche convívio com a tradicional vitela assada no espeto, acompanhada com pão centeio e vinho.

Foram muitos os que aceitaram o repto e se associaram à confraternização, que se realizou no Pavilhão Polidesportivo de Carvalhelhos.

18 de Agosto de 201612 BarrosoNoticias de

Na edição do Notícias de Barroso de 30 de janeiro último publicou-se uma notícia com o título: «Ana Soutinho prisionei-ra do seu próprio destino». Foi o único jornal que deu vez e voz a essa jovem que nascera a setembro de 1968, na freguesia de Salto, frequentou a escola primária de Pereira, prosseguiu estudos secundários na Escola Profissional das Minas da Borra-lha. Habilitada com essa forma-ção básica, fez-se ao mundo e foi parar a uma empresa têxtil na zona de Joane, Famalicão. Atra-vés de um engenheiro que tinha uma ligação parental à família da Ana e ligação profissional à empresa, conseguiu para todos os efeitos arranjar-lhe emprego administrativo. E suas qualida-des inatas depressa agradaram à administração que lhe garantiu um estatuto privilegiado, du-rante seis anos. Os dois irmãos, irmã e pais admiravam-se com a evolução da Ana e digeriram mal essa evolução. Preocupava--os o facto da irmã e filha poder virar rica, começaram a fazer tentativas para a afastar da enti-dade empregadora. Aos 19 anos a jovem deparou-se com um drama: estava grávida de três meses e optou por sujeitar-se a um aborto que tem uma expli-

cação plausível. O empresário que a escolhera para ocupar um cargo ligado à restauração, dada a existência de uma “cantina”, inserida na empresa, mais uma vez depositou nela os cuidados de quem gosta de receber bem as visitas influentes. Suposta-mente começou a ser alvo de porfiadas diligências de todos os lados, nomeadamente de colaboradoras da empresa que não aceitavam o estatuto da jo-vem barrosã. Esse era o estatuto por elas desejado. Retomou os estudos na Escola Secundária Francisco de Holanda, em Gui-marães. Ana Soutinho levava seis anos de ligação à empresa que, em poucos anos, subiu de cotação. O proprietário ostenta-va sucesso entre os seus pares. E tal fato dava nas vistas,causando inveja,os carros de alta cilindra-da, viagens que empreendia, convidados que selecionava, pelo ambiente que se transmi-tia ao pequeno burgo dessa po-lémica zona do Vale do Ave. A jovem não mantinha qualquer cumplicidade nesses festins. Mas desenvolvia as tarefas que sobre ela recaiam e minudên-cias próprias de tempos áureos e inseguros. De facto a roleta mudou de agulha e a sorte foi parar a outro lado.

Ana Soutinho não se la-menta do empresário, mas do ambiente interno e externo que provocou um corte radical. Al-guém se intrometeu, em nome de intuitos demoníacos. Nem os telefones, nem as telefonistas, nem os intermediários, nem os amigos dos amigos, até hoje, se aproximaram da desamparada barrosã para lhe explicarem os mistérios que fizeram dessa mu-lher prendada, inteligente e útil, um farrapo humano.

Esquemas maquiavélicos lhe surgiram pela frente. Nun-ca mais teve acesso ao prote-tor desses anos dourados. Nem uma carta, uma mensagem, um e-mail que alentasse a jo-vem. Pelo contrário: nunca mais conseguiu ter paz de espírito e direito à sua vida pessoal. Confrontou-se com processos ínvios, iníquos e nunca expli-cados por parte das instituições públicas que visam prestar ser-viços cívicos de vária nature-za. A própria segurança social não a convocou para exames e aposentou-a compulsivamente, sem que ela, alguma vez, tenha requerido esse estatuto. Tinha poucos descontos e o seu de-sejo era continuar a ser benefi-ciária desse sistema. Com base nesses lamentáveis incidentes

ficou com a casa que comprara anos antes. Mas também aqui se intrometeram. O irmão assume o papel de apoiante e desenvol-ve esforços no sentido da habi-tação ficar para ele, tentando o arresto. Os processos que ele lhe instaurou fizeram com que ela passasse por sofrimentos e lutas inexplicáveis. “Vencidos” esses tormentos, retomou Ana Soutinho o inicio do seu crédi-to à habitação, ficando a pagar para o resto da sua vida, uma cota de valor irrisório ao seu ir-mão, proposta que nunca lhe foi explicada, nem em termos fami-liares, nem em termos judiciais.

Aos 47 anos, Ana Soutinho quer trabalhar mas está cercada por todos os lados. A máfia sa-tisfez o ego dos seus persegui-dores e não a deixam ter a paz de espírito a que ela tem pleno direito.

Em Janeiro deste ano pro-curou-me para saber o modo como poderia gritar ao mundo as injustiças de que tem vindo a ser vítima sem culpa formada.

Entendi tornar públicas es-sas mágoas em termos jornalís-ticos. Mas em oito meses nunca ninguém tugiu ou mungiu, acer-ca desta mártir da sociedade a que pertence. Ora a cumplici-dade, concretiza-se quando não

reage.O tribunal de Braga consti-

tuiu-a ré no processo nº459/14.9 TBBRG ao qual Ana Soutinho respondeu em carta: «vem por este meio requerer que o cura-dor nomeado seja removido. Estou em perfeitas condições de saúde e capacitada para gerir a minha vida, tal como sempre es-tive até ao momento em que a minha família colocou a minha saúde em causa».

Para ver se a consciência nacional acorda Ana Soutinho decidiu publicar, em livro de 246 páginas, o perfil de O rosto de uma vida.

É a história de vida desta Jovem Barrosã que vive em Bra-ga, se cruza todos os dias com os seus carrascos, sem que al-gum deles repare no mal que fez, a quem se limitou a viver dentro das normas cívicas que, para mal de si e dos seus so-nhos, nunca experimentou es-sas normas. É por esse regresso à normalidade que, aos 47 anos de vida, Ana Soutinho protesta nesta novela real de leitura obri-gatória.

F. P.

Barrosã de Salto caiu nas malhas da máfia e explica-se em livro

Pode já perceber-se que de tudo se está a deitar mão a fim de tentar inverter o resultado do referendo no Reino Unido, em que os britânicos deram a vitória ao BREXIT. Teria, aliás, de ser assim, porque a democracia na atual União Europeia é um elemento meramente decorativo, apenas destinado a legitimar o exercício do poder, se este estiver ocupado por apaniguados do atual comando alemão.

O mais recente argumento é o de que o recente referendo

não é vinculativo, havendo a necessidade do Parlamento Britânico aprovar o mesmo. Não foi assim, porém, no caso do referendo escocês, porque o Parlamento Britânico aceitou-o e o Escocês também, pelo que o resultado válido foi o determinado pelos escoceses que se pronunciaram depois de autorizados a fazê-lo.

Ao autorizar o referendo que conduziu à vitória do BREXIT o Parlamento Britânico delegou nos britânicos um poder que era seu. De resto só assim se

pôde realizar o referendo. O mesmo que no caso da Catalunha, onde o Tribunal Constitucional de Espanha deu por inconstitucional o referendo pretendido, pelo que o mesmo acabou por não ter lugar. Se tivesse o referendo sido realizado, criar-se-ia uma situação de facto, com elevada probabilidade de degenerar numa outra de jure.

Ao mesmo tempo, diz-se que a nova liderança dos Conservadores poderá operar um novo referendo, sobretudo,

se vierem a ter lugar novas eleições. Mas, e se o BREXIT voltar a sair vencedor? Sairá a nova liderança, repetindo-se todo este mecanismo? Bom, é mesmo o fim da democracia, o que será ouro sobre azul para a máquina neoliberal internacional.

Numa outra vertente, surgiu por igual uma firma de advogados a defender a ilegalidade do poder do resultado do referendo. Bom, caro leitor, é mesmo o fim da democracia no mundo, Para

mais com Obama a usar o avião presidencial para transportar Hillary Clinton, andando ambos a fazer campanha por quem – já todos perceberam – nunca lá chegará só por si. Esteve mesmo à vista uma ida a tribunal, sendo legítimo que nos interroguemos sbre se esta decisão do FBI teria sido como foi se fosse outro o americano visado.

E assim vai a democracia no mundo.

Hélio Bernardo Lopes

E Viva a Democrática União Euroeia!

18 de Agosto de 2016 13BarrosoNoticias de

Lita Moniz

Uma festa brasileira de encher os olhos do mundo. A mensagem passada pelo Brasil ao Planeta inteiro não podia ser outra. Um país que nasceu da miscigenação de raças, tão bem representado na cerimônia de abertura da Olimpíada. Sua própria origem era a mensagem.

A chegada dos imigrantes, imigrante é aquele que entra no país, emigrante é o que sai.

As caravelas portuguesas se misturando à paisagem da Cidade Maravilhosa, o desembarque dos primeiros portugueses em solo brasileiro, e ao mesmo tempo se ia contando a história deste povo, desta nação. Outros povos vieram e aqui formaram um povo só.

Um povo que aprendeu a viver com as diferenças, a praticar tolerância.

Num mundo em guerra, como o Papa Francisco disse em um de seus comentários, e disse que não era uma guerra religiosa, nem de cor de pele, mas sim de dinheiro.

Chega o Brasil sem grandes recursos financeiros, sem grande ostentação de riqueza, mas com muita criatividade, organização ofereceu ao mundo um espetáculo impecável, de rara beleza.

A mensagem de amor e tolerância entre os homens e respeito à natureza era um recado do Brasil para o mundo,

e para este povo que também está atravessando tempos difíceis em todas as áreas.

Os jornais do mundo inteiro entenderam a mensagem e estamparam na primeira página de seus jornais, em letras garrafais este recado bem dado.

Washington Post : “Rio traz seu estilo sambista à cerimônia de abertura da Olimpíada de verão” e nem podia ser diferente, afinal as escolas de samba do Rio de Janeiro detêm a maestria em fazer o

máximo com pouco dinheiro. Mais um bom recado para o mundo, ali pessoas vindas da pobreza superam, mesmo que seja só por quatro dias de carnaval a sua condição social e desfilam na avenida como se rainhas fossem. Ainda não é real, é sonho, mas também é possibilidade, um vir a ser, uma mensagem de otimismo.

O La Nación, da Argentina: “O Rio é Uma Festa”, uma mensagem positiva, todos sabemos que não é bem assim, ali se concentra grande parte do crime organizado espalhado pelos morros. A droga chegou

ali com força, o tráfico foi mais rápido do que as organizações sociais e adotou as crianças, ali vale o slogan “ adote uma criança antes que o traficante o faça”, o governo demorou muito a chegar, e está chegando devagar, abriu espaço para o tráfico crescer e se espalhar.

O Jornal Britânico The Guardian: “Cerimônia de abertura entrega as boas-vindas do Brasil para o mundo e uma mensagem sobre mudança climática”. Sim, sem dúvida

foi este espírito de boas-vindas e mensagem de tolerância e preservação da natureza que nortearam o tema desta festa

inesquecível.A entrada da delegação

Portuguesa na festa de abertura

foi um momento de muita euforia: atletas felizes a esbanjar sorrisos e manifestações de alegria, campeões da Copa do Mundo, entraram como a celebrar o nobre feito, prontos a repetir outros durante as suas apresentações nas Olimpíadas 2016.

Marcelo Rebelo de Sousa, chefe de Estado Português, ali estava presente à cerimônia para alegria de tantos imigrantes portugueses presentes ali no Estádio do Maracanã.

Ainda a bordo do Navio-Escola Sagres, após a cerimônia de entrega da bandeira Nacional ao atleta

João Rodrigues, o porta-bandeira na cerimônia de abertura nos jogos olímpicos,

concedeu uma entrevista aos jornalistas, dizia estar aqui para participar de uma linda festa de abertura dos jogos Olímpicos. Sobre a vida política e social do Brasil disse: “O Chefe de Estado Português não formula juízo sobre a política interna de outros Estados, menos ainda de um Estado irmão, aquilo que permanentemente deseja é que esse Estado irmão seja feliz na sua democracia, como Portugal quer ser feliz na sua democracia”.

Com uma mensagem semelhante outra festa em Montalegre, no extremo Norte de

Portugal. No Brasil, um monumento a Cristo Redentor da Humanidade, ali de braços abertos irradiando as cores da bandeira do Brasil, dando boas vindas ao mundo inteiro. Em Montalegre, o Senhor da Piedade, uma festa para agradecer ao Senhor da Piedade, uma presença divina a ajudar os filhos de Montalegre ali residentes ou emigrantes: os filhos da diáspora espalhados pelo mundo inteiro.

Paz e Tolerância entre os Homens e Preservação da Natureza

Durante três dias, desde 3

a 5 de Setembro (Labor Day

weekend), vai ser celebrada

a 68.ª edição consecutiva da

Grande Festa anual em honra

de Nossa Senhora de Fátima, em Ludlow, Massachusetts. A igreja portuguesa foi fundada em 1949.

Ludlow é uma vila com cerca de 21.000 habitantes. Existe ali uma comunidade portuguesa muito antiga, sendo muitos dos seus residentes naturais do concelho de Montalegre. O census de 2010 contou 1.963 portugueses, mas deve haver o dobro deste número, porque muitos luso-americanos não dão a saber que são portugueses e são contados como residentes de

raça branca.

Do programa consta missa,

procissão, folclore, encontro

de concertinas, espetáculo

de variedades, música para

dançar, comes e bebes, etc.

Alguns dos artistas que vão

ali atuar são o Roberto Leal,

Anjinho de Vila Verde, e os conjuntos Great Escape e Chop shop.

O Clube Grémio Lusitano está situado na mesma rua da igreja, que é a Winsor Street. Este Clube Português foi fundado em 1922 e tem um Estádio de futebol junto às suas instalações, onde foi eregida a estátua do grande jogador Eusébio Ferreira da Silva.

É costume comparecerem nesta grandiosa festa cerca de 200.000 pessoas, vindas de toda a costa leste dos Estados Unidos.

DOS ESTADOS UNIDOS

Grandes Festejos em Ludlow em Honra de N.ª Sra de Fátima

Domingos Dias

Com uma mensagem de alerta para questões como respeito às diferenças e necessidade de preservarmos as reservas naturais do Planeta: o Brasil possui a maior floresta do mundo, o maior rio do mundo em volume de água, e um povo que nasceu da miscigenação de muitos povos, raças e cores. O Brasil é, sem dúvida, um país que se preparou desde as suas origens para ser exemplo de ordem, progresso, paz, harmonia e respeito à natureza

18 de Agosto de 201614 BarrosoNoticias de

Arouquês de Meixide arrebata a “bandeira” ao mirandês de Padroso

Era considerada a Chega do Ano e não defraudou as expectativas. Dois poderosos Bois, provavelmente os melhores Bois da região, tinham encontro marcado para o Dia de Festa do Senhor da Piedade. No Campo das Chegas muita gente, umas três mil pessoas, a maioria emigrantes, aguardavam o grande embate.

Entrou primeiro o boi

arouquês, de Meixide, tocado pelo seu dono, Tony Mourão. Sem bruar e em passada calma, seguiu, sem paragens, até ao meio do campo. Como que bem amestrado, volta-se para o portão de entrada donde devia sair o rival. Que não demorou. Zé Augusto, de Padroso, é com Paulo Viage o dono do designado “campeão dos campeões”, um mirandês de raça para liar, de galha bem apurada, mas com menos peso que o arouquês.

De pronto estavam a fazer

carranca, como que a medir-se um ao outro. Começa a Chega com o mirandês a atacar com melhor jogo de galha e o arouquês a parecer deixar-se levar pelas investidas. Após renhida luta de algum tempo, numa paragem, o mirandês ataca forte o adversário com golpes na cabeça. Mas, o arouquês aguentou. O boi mirandês sempre mais afoito e a atacar, o arouquês quase sempre na defesa a segurar-se bem e a responder. O mirandês lutou até aos limites contra um boi maior, mais pesado e igualmente valente. E a força do arouquês fez-se notar a acabou por despedir o campeão.

O ceptro passou para o boi de Meixide, grande boi e grande campeão.

No final, Tony Mourão, visivelmente emocionado, com a voz embargada, declarou ao Notícias de Barroso: «Estou

orgulhoso, ando à procura deste dia há 40 anos, eu sabia que o meu boi me ia dar esta grande alegria».

Nos barrosos, o boi do António, de Bagulhão, sagrou-se campeão

Foi uma linda Chega, a final do Torneio entre os bois do António de Bagulhão e o do Zé de Paredes.

Durante cerca de 15 minutos, o boi que tinha ganho

ao campeão de 2015, com muita valentia e habilidade, superou o de Paredes. Este, um boi raçudo e de bom trato, lutou muito, teve as iniciativas de atacar. A incerteza acerca do vencedor da luta manteve-se até final com palpites e apostas sobre um e sobre outro. E se a Chega demora mais alguns minutos, o desfecho poderia ser diferente.

Mas o boi do António venceu bem e merecidamente sagrou-se o justo Campeão dos bois do Torneio das Chegas.

Chegas de bois de grande nível promoveram o desporto rei dos Barrosões

SOS – Número nacional 112Protecção à Floresta 117Protecção Civil 118Câmara Municipal de Boticas 276 410 200Câmara Municipal de Montalegre 276 510 200Junta de Freguesia de Boticas 276 410 200Junta de Freguesia de Montalegre 276 512 831Junta de Freguesia de Salto 253 750 082Bombeiros Voluntários de Boticas 276 415 291Bombeiros Voluntários de Montalegre 276 512 301Bombeiros Voluntários de Salto 253 659 444GNR de Boticas 276 510 540 GNR de Montalegre 276 510 300GNR de Venda Nova 253 659 490 Centro de Saúde de Boticas 276 410 140 Centro de Saúde de Montalegre 276 510 160Extensão de Saúde de Cabril 253 652 152Extensão de Saúde de Covelães 276 536 164Extensão de saúde de Ferral 253 659 419Extensão de Saúde de Salto 253 659 283Extensão de Saúde de Solveira 276 536 183Extensão de Saúde de Tourém 276 579 163Extensão de Saúde de Venda Nova 253 659 243Extensão de saúde de Viade de Baixo 276 556 130Extensão de saúde de Vilar de Perdizes 276 536 169Hospital Distrital de Chaves 276 300 900

Agrupamento de Escolas G. M. de Boticas 276 415 245Agrupamento de Escolas de Montalegre 276 510 240Agrupamento de Escolas do Baixo Barroso 253 659 000Escola Profissional de Chaves 276 340 420Centro de Formação Profissional de Chaves 276 340 290Tribunal Judicial de Boticas 276 510 520Tribunal Judicial de Montalegre 276 090 000Instituto de Emprego de Chaves 276 340 330Região de Turismo do Alto Tâmega e Barroso 276 340 660ADRAT (Chaves) 276 340 920ACISAT (Chaves) 276 332 579Direcção Regional de Agricultura (Chaves) 276 334 359EDP – Electricidade de Portugal 276 333 225Cruz Vermelha Portuguesa Boticas 276 410 200Cruz Vermelha Portuguesa Montalegre 276 518 050APAV – Apoio à Vítima 707 200 077SOS – Criança 800 202 651SOS – Grávidas 800 201 139SOS – Deixe de Fumar 808 208 888SOS – Voz Amiga 800 202 669Linha SIDA 800 266 666Intoxicações 808 250 143NOTÍCIAS DE BARROSO 91 4521 740NOTÍCIAS DE BARROSO 276 512 285Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre 276 512 442

Informações úteis

18 de Agosto de 2016 15BarrosoNoticias de

BarrosoNoticias de

Sede: Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tel: +351 276 512 285 e 91 452 1740 email: [email protected]: José António Carvalho de Moura, Contribuinte nº 131 503 324, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tels: +351 276 512 285 e 91 452 1740 FAX: +351 276 512 281 Email: [email protected]

Editor: Nuno Moura, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre, email: [email protected]: Maria de Lourdes Afonso Fernandes Moura

Paginação e composição: [email protected], Rua Miguel Torga, 492 5470-211 MontalegreRegisto no ICS: 108495

Impressão: Empresa Diário do Minho, Lda Rua de Santa Margarida, 4 A, 4710-306 Braga email: [email protected] http://www.diariodominho.pt

Colaboradores: António Chaves, António Pereira Alves, Barroso da Fonte, Carlos Branco, Custódio Montes, Dias Vieira, Domingos Cabeças (Inglaterra), Domingos Dias (USA), Duarte Gonçalves, Fernando Moura, Fernando Rosa (USA), João Soares Tavares, José dos Reis Moura, José Manuel Vaz, José João Moura, Lita Moniz (Brasil), João Adegas, José Duarte (França), José Rodrigues (USA), Lobo Sentado, Domingos Chaves, José Fernando Moura, José Manuel Rodriguez,

Manuel Machado, Maria José Afonso, Norberto Moura, Nuno Carvalho, Ricardo Moura e Victor Pereira

Assinaturas: Nacionais: 20,00 € Estrangeiros: 35,00 €

Tiragem: 2.000 exemplares por edição

(Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores não vinculando necessariamente a orientação do jornal ou da sua direcção)

José Gonçalves Caruço, mais conhecido entre nós por José Calhelha, é um dos muitos barrosões que abandonaram a terra que os viu nascer em procura duma vida condigna para si e família.

Como muitos outros, assentou arraiais em terras desconhecidas e adversas, mas a força de vontade de vencer aliada a um trabalho árduo sem limites conseguiram fazer dele um empresário de sucesso.

Contudo, uma particularidade distingue José Caruço. É que ele não tem só o estatuto de empresário de sucesso da Grande Lisboa, acima de tudo revela-se um homem bom que se preocupa com os outros e a comunidade em geral. Ele próprio diz que sente vaidade em ajudar quem precisa e quando lhe batem à porta associações de solidariedade mostra-se logo pronto a prestar a sua ajuda, por vezes, considerável. Quem o conhece de perto só pode dizer bem dum homem que nasceu e foi pobre. Sofreu como muitos outros o trauma da descolonização. Ainda jovem mas já com a vida familiar constituida, quando a vida lhe sorria em Angola, viu-se forçado a deixar tudo, a fortuna amealhada durante 30 anos

e, após breve passagem pela África do Sul, regressou a Portugal para começar a construir uma nova vida. E de novo venceu, como ele diz: «à custa de muitos sacrifícios ao longo da vida, mas valeu a pena».

José Gonçalves Caruço é natural de Gralhas, oriundo de famílias pobres. Emigrou para Angola e na vila Sousa Lara, perto de Lobito, começou a trabalhar numa padaria. Constituiu família, casou com Esperança Caruço (infelizmente já falecida) que lhe deu dois filhos, Fernando e António. Formou a sua própria empresa de panificação e, depois de 30 anos de trabalho, em 1976 ruma à África do Sul onde montou um supermercado que explorou durante três anos. Vindo a Portugal, o Cacém era nessa altura uma simples vila mas ele viu ali palpitar um surto de desenvolvimento sem precedentes e já não voltou atrás. Mandou vir a família e arranjou emprego numa padaria. Pouco tempo depois, criou a sua própria empresa de panificação. Sempre em crescendo, hoje CARUÇO & FILHOS,LDA é uma das maiores empresas do ramo a operar na Grande Lisboa. O fabrico do pão passa por um forno de 28 metros que

tira 14.000 carcaças por hora.Empresário de sucesso, é também

homem solidário com instituições privadas de solidariedade social. O seu nome consta como um dos beneméritos da Igreja de Agualva – Cacém. E muitas associações têm beneficiado dos seus préstimos.

Pelos seus muitos méritos a Junta de Freguesia do Cacém condecorou José Gonçalves Caruço, em Outubro de 2008, com a Medalha de Mérito Municipal – Grau Ouro que lhe foi atribuida pelo Dr Fernando Seara, então presidente da Câmara. E em dia a determinar do mês de Outubro desde corrente ano, ser-lhe-á atribuido o nome de uma rua do Cacém pela mesma Câmara Municipal de Sintra, agora liderada por Basílio Horta.

Entretanto, a Freguesia de Gralhas também já beneficiou da solidariedade de José Caruço. Os bancos da Capela de Santa Rufina, uma cadeira de rodas para deficientes e ultimamente um investimento da responsabilidade do município no valor de alguns milhares de euros que, a solicitação da Junta de Freguesia, decidiu corresponder assumindo o pagamento da obra.

A Junta de Freguesia de Gralhas,

que tem como presidente o jovem Eng.º Bruno Madeira, como recompensa pelo que tem feito em prol da sua terra natal, decidiu atribuir-lhe o nome do Largo antes conhecido por Largo do Eirão, e agora rebaptizado como Largo José Gonçalves Caruço.

A cerimónia simples teve lugar no dia 14 deste mês de Agosto, pelas 11H15, no próprio Largo do Eirão, onde se juntaram alguns dos seus conterrâneos para assistir à cerimónia presidida pela Junta de Freguesia e com todos os membros da assembleia presentes e alguns amigos.

Bruno Madeira, presidente da Junta, antes do descerramento da placa, justificou a homenagem a um homem da terra que muito tem ajudado a freguesia.

José Caruço, emocionado, agradeceu à Junta de Freguesia e à Câmara Municipal por esta homenagem que por ser da sua terra natal tem outro sabor. Como disse Caruço, «já tive outras homengens no segundo maior concelho do país, Sintra, mas a homenagem da minha terra é especial».

C. M.

JOSÉ GONÇALVES CARUÇOHomenageado Ilustre Barrosão de Gralhas benemérito e solidário

MEL DO LAROUCO O mel do Larouco é produzido nas encostas da serra com o mesmo

nome e resulta das florações da urze, sargaço, sangorinho, carvalho e outras espécies ve-getais da região de Barroso Apicultor nº 110796J. A. Carvalho de MouraRua Miguel Torga, nº 4925470-211MONTALEGRETels: +351 91 452 1740 e 276 412 285Fax: +351 276 512 281Mail: [email protected]

Bruno Madeira descerra a placa com o nome «Largo José Gonçalves Caruço»

O homenageado ao lado do filho Fernando posa com os parentes Caruços, Fernando, António e Carlos

Em frente da placa, José David, Bruno Madeira, José Caruço, Fernando Caruço (filho do homenageado) e João Roscas

O povo de Gralhas acorreu à cerimónia da simples homenagem prestada pela Junta de Freguesia

Junta e Assembleia de Freguesia posam com o homenageado

José Caruço em amena cavaqueira com alguns populares de Gralhas.