Barroso - Uma outra voz sobre o país e o mundo. - AOutraVoz · publicitar dá azo ao Dr Manuel...

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Director: Carvalho de Moura Ano XXX, Nº 459 Montalegre, 29.10.2014 Quinzenário E-mail:[email protected] 0,90 € (IVA incluído) Barroso Noticias de António Pires da Cela aparece morto Em circunstâncias estaranhas António Pires aparece morto no monte. Não há qualquer suspeita de crime no caso. P2 Morre a mulher mais velha do norte do país Infância, figura conhecida da grande freguesia de Salto, faleceu aos 105 anos. Seria das pessoas mais velhas do país. P2 Política Municipal vista de fora O aniversário do 1.º ano de mandato que o presidente Orlando Alves muito se preocupou em publicitar dá azo ao Dr Manuel Ramos para sobre o caso tecer uma análise crítica pouco favorável. P5 Desfolhada em Salto Temos vindo a assinalar com regularidade as iniciativas levadas a cabo pelo Ecomuseu Barroso, de Salto, que procuram projectar o futuro na reposição das tradições do passado. Um bom ensinamento para as gerações mais jovens. P5 O Larouco Serra de Gralhas A serra do Larouco é quase toda ela de Gralhas. A maior parte das suas gentes por lá andou no ventre das suas mães que, de sol a sol, pastoreavam as vezeiras. A poesia reflete a paixão por uma serra referência maior dos de Gralhas. P6 Os custos da “nossa” Justiça e a transparência Pouco antes de fechar a edição do jornal, em conversa de café, casualmente, alguém falou que a Cooperativa de Montalegre estava à venda em hasta pública. Confrontado com a falta de detalhes sobre tal informação que considerei ser de relevante interesse público, desloquei-me à Repartição de Finanças. Aqui foi-me dada a informação que tinha sido pedida a insolvência da Coagrimonte, nomeado um administrador para tratar do processo o qual corria os seus termos no Tribunal. Neste acontece a surpresa: o processo, por se tratar de acção de mais de 50.000 euros, só poderia ser consultado em Vila Real. Fiz contas às viagens, às portagens, ao dia perdido em deslocações etc... e desisti. Por outro mero acaso, felizmente, colhi junto de um amigo as informações de que necessitava para levar ao conhecimento dos leitores que podem ler na página 2. Em conclusão, a sra Ministra da Justiça está de “parabéns” porque o acesso à justiça por parte dos cidadãos está aqui mesmo à mão de semear e a transparência (sobre o processo em apreço, não há um edital em parte nenhuma, ninguém sabe do que se passa, o processo a correr seus termos em Vila Real e os eventuais interessados terem de se deslocar a Braga saber do resultado da hasta pública) é cristalina. Bem ao alcance dos oportunistas e dos mais corruptos homens de negócios. Insolvência da COAGRIMONTE Cooperativa Agrícola de Montalegre Um Professor que virou Costureiro Ver a reportagem de Maria José Afonso na P8

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Director: Carvalho de Moura

Ano XXX, Nº 459Montalegre, 29.10.2014

Quinzenário

E-mail:[email protected]

0,90 € (IVA incluído) BarrosoNoticias de

António Pires da Cela aparece morto

Em circunstâncias estaranhas António Pires aparece morto no monte. Não há qualquer suspeita de crime no caso.

P2

Morre a mulher mais velha do norte do país

Infância, figura conhecida da grande freguesia de Salto, faleceu aos 105 anos. Seria das pessoas mais velhas do país.

P2

Política Municipal vista de fora

O aniversário do 1.º ano de mandato que o presidente Orlando Alves muito se preocupou em publicitar dá azo ao Dr Manuel Ramos para sobre o caso tecer uma análise crítica pouco favorável.

P5

Desfolhada em Salto

Temos vindo a assinalar com regularidade as iniciativas levadas a cabo pelo Ecomuseu Barroso, de Salto, que procuram projectar o futuro na reposição das tradições do passado. Um bom ensinamento para as gerações mais jovens.

P5

O Larouco Serra de Gralhas

A serra do Larouco é quase toda ela de Gralhas. A maior parte das suas gentes por lá andou no ventre das suas mães que, de sol a sol, pastoreavam as vezeiras. A poesia reflete a paixão por uma serra referência maior dos de Gralhas.

P6

Os custos da “nossa” Justiça e a transparência

Pouco antes de fechar a edição do jornal, em conversa de café, casualmente, alguém falou que a Cooperativa de Montalegre estava à venda em hasta pública. Confrontado com a falta de detalhes sobre tal informação que considerei ser de relevante interesse público, desloquei-me à Repartição de Finanças. Aqui foi-me dada a informação que tinha sido pedida

a insolvência da Coagrimonte, nomeado um administrador para tratar do processo o qual corria os seus termos no Tribunal. Neste acontece a surpresa: o processo, por se tratar de acção de mais de 50.000 euros, só poderia ser consultado em Vila Real. Fiz contas às viagens, às portagens, ao dia perdido em deslocações etc... e desisti. Por outro mero acaso, felizmente, colhi junto de um amigo as informações de que necessitava para levar ao conhecimento dos leitores que podem ler na página 2.

Em conclusão, a sra Ministra da Justiça está de “parabéns” porque o acesso à justiça por parte dos cidadãos está aqui mesmo à mão de semear e a transparência (sobre o processo em apreço, não há um edital em parte nenhuma, ninguém sabe do que se passa, o processo a correr seus termos em Vila Real e os eventuais interessados terem de se deslocar a Braga saber do resultado da hasta pública) é cristalina. Bem ao alcance dos oportunistas e dos mais corruptos homens de negócios.

Insolvência da COAGRIMONTE Cooperativa Agrícola de Montalegre

Um Professor que virou Costureiro

Ver a reportagem de Maria José Afonso na P8

29 de Outubro de 20142 BarrosoNoticias de

INFÂNCIA DE JESUS ARAÚJO, de 105 anos de idade, solteira, natural e residente em Salto, faleceu no passado dia 2 de Outubro.MANUEL RODRIGUES “Africano”, de 78 anos, natural e residente em Montalegre, faleceu em Espanha, no passado dia 19 de Outubro sendo enterrado no cemitério de Montalegre, no dia 21.AUGUSTO FONSECA OLIVEIRA, de 57 anos, solteiro, natural e residente em Vilar de Perdizes, faleceu no Hospital de Chaves, no passado dia 26 de Outubro.JOAQUIM GONÇALVES SEARA, de 89 anos, casado com Deolinda Gonçalves da Fonte, natural e residente em Codeçoso, da freguesia de Meixedo, faleceu no dia 27 de Outubro.LUISA GONÇALVES, de 78 anos, viúva de António de Moura Carlos, natural e residente em Torgueda, da freguesia da Chã, faleceu no passado dia 24 de Outubro.ANTÓNIO PIRES GONÇALVES, de 76 anos, viúvo de Maria Aurora de Magalhães Moura, natural e residente na Cela, freguesia de Outeiro, faleceu no passado dia 21 de Outubro, sendo enterrado no cemitério de Sirvuzelo.DOMINGOS GONÇALVES DO SOBRADO, de 95 anos, viúvo de Teresa Afonso, natural de Negrões e residente em Reigoso, faleceu no Hospital de Chaves no passado dia 22 de Outubro, sendo enterrado no cemitério desta localidade de Reigoso.GENEROSA DE JESUS FERREIRA, de 92 anos, viúva de Manuel José Gonçalves Guerra Barroso, natural da freguesia de Pondras e residente em Ormeche, faleceu em Braga, no dia 18 de Outubro, sendo enterrada no cemitério de Ormeche.JOSÉ ALVES GOMES, solteiro, natural de Padornelos, faleceu em Poissy, França, no passado dia 7 de Outubro.JOAQUINA ALVES AFONSO DUARTE, de 65 anos, solteira, natural de Montalegre e residente em Braga ( S. Lázaro), faleceu nesta cidade em 15 de Outubro, sendo enterrada no cemitério de Montalegre.MARIA GONÇALVES MATEUS, de 82 anos, viúva de Editor Alves, natural da freguesia de Pondras e residente na freguesia de Venda Nova, faleceu no Hospital de Chaves, no passado dia 7 de Outubro, sendo enterrada no cemitério de S. Fins, freguesia de Pondras.MARIA ANGELINA GONÇALVES, de 85 anos, viúva de Manuel José Gonçalves, natural de Cabril e residente na freguesia de S. Vicente, Braga, onde faleceu no passado dia 2 de Outubro, sendo enterrada no cemitério de Bostochão, de Cabril.

PAZ ÀS SUAS ALMAS!

Aviso aos caros leitores:Esta secção do CORTEJO CELESTIAL deixará de ser publicada em todas as edições. Ela vai sair apenas uma vez por mês, na 2.ªa edição do fim de cada mês.

CORTEJO CELESTIALMONTALEGREInsolvência da COAGRIMONTE Cooperativa Agrícola de Montalegre

No próximo dia 6 de Novembro, pelas 10 horas, no escritório do Administrador da Insolvência da COAGRIMONTE Cooperativa Agrícola de Montalegre, Amadeu Magalhães, Soc. Unipessoal, Lda, situado em Braga, na Rua Gabriel Pereira de Castro, n.º 77, irá proceder-se à abertura das propostas entregues em carta fechada até às 18.00 horas, do dia 5.

De acordo com o Processo N.º 322/11.5TBMTR, o edital, a que este jornal teve acesso por mero acaso, menciona a listagem dos diversos Lotes postos à venda, situação, respectivas áreas, confrontações e preço base.

Os primeiros oito Lotes respeitam aos prédios urbanos, incluindo-se os 3 armazéns que outrora foram propriedade da extinta Junta Nacional das Frutas e cuja respectiva venda se condiciona a parecer do Ministério, e os restantes seis Lotes a mobiliário diverso arrolado nos imóveis à venda.

Segundo os termos do referido edital, o insolvente aceita propostas com valores de 86% abaixo do preço base indicado para cada Lote.

O Lote 2 que junta a sede da Cooperativa Agrícola, a casa de habitação, o armazém e terreno dos silos está indicado pelo preço base de mais de meio milhão de Euros.

CELAHomem aparece morto no monte

António Pires Gonçalves, de 77 anos, natural e residente em Cela, da freguesia de Outeiro, apareceu morto no monte, no passado dia 21. Tinha “botado” as vacas e, ao entardecer, o gado voltou às suas cortes mas o António não apareceu em casa. A filha, Ana Paula, algo preocupada, deu a saber aos vizinhos do sucedido. Estes, um tanto surpreendidos, logo se mobilizaram em procura do António. Com as indicações recolhidas sobre o sítio por donde tinha levado as vacas a pastar, não demorou muito tempo que Simão Ferreira, técnico da Câmara Municipal, e vizinho e amigo do António o descobrisse caido num dos regos do lameiro, com a boina para trás e o corpo estendido no chão.

As causas da morte, ao fecho da edição do jornal, não são ainda conhecidas porque o resultado da autópsia também ainda não foi apresentado. Presume-se que tenha tido algum ataque cardíaco ou outro e caisse no rego tendo a água podido ajudar à asfixia.

António Pires Gonçalves estava viúvo com dois filhos, era uma pessoa muito respeitada no lugar pelo que a sua morte chocou não só a população da Cela como a doutras aldeias em redor. Segundo testemunhos de pessoas do lugar da Cela, António era um homem bom, conversador e a sua morte foi considerada uma grande perda para todos sem excepção. Que Deus o tenha em bom lugar.

Foi a enterrar no passado dia 23 no cemitério de Sirvuzelo.À família enlutada os nossos sentimentos de pesar.

SALTOMorre mulher mais velha do norte?

Infância de Jesus Araújo, natural de Salto, faleceu na madrugada do dia 2 de Outubro na sua residência, da Rua do Arrabalde, em Salto. Era solteira e tinha 105 anos de idade.

Mau grado se ter feito diligências no sentido de se apurar outros idosos da região norte do país, não se conseguiu a informação reclamada. Contudo, podemos afirmar que se trata dum caso de longevidade muitíssimo raro.

PITÕES DAS JÚNIASExecutivo municipal de visita à freguesia

Prossegue a caminhada por todas as freguesias do concelho de Montalegre levada a cabo pelo executivo municipal. Desta feita, a viagem foi ao encontro da conhecida e turística freguesia de Pitões das Júnias. Da troca de impressões, saíram algumas obras para concretizar: “Largo da Escola” e ramal de energia elétrica ao antigo posto da Guarda Fiscal.

Aldeia turística por excelência, Pitões das Júnias tem como presidente da Junta de freguesia Lúcia Jorge, uma das poucas mulheres que exerce a presidência de uma junta de freguesia. Elogiou a presença da Câmara de Montalegre e referiu que a vinda do senhor Presidente é sempre positiva porque é uma pessoa que contribui para o desenvolvimento local e bem estar das populações.

Fonte: cm-montalegre

MONTALEGREApresentação do livro «Enquanto for sempre»

O romance “Enquanto for sempre” de Irene Silva é apresentado esta sexta-feira, dia 31, pelas 21.00 horas, no auditório da biblioteca municipal de Montalegre.

Aniversário da delegação da Cruz Vermelha

A delegação da Cruz Vermelha de Montalegre assinalou mais um aniversário. Nas instalações do antigo ciclo, na vila, foram muitos aqueles que se juntaram para celebrar a efeméride. A festa, muito animada, foi acompanhada, entre outros, pelo executivo municipal. Orlando Alves, presidente da edilidade, reconheceu o «trabalho feito» e fez «votos de continuidade».

A festejar mais um ano de existência no concelho, a delegação da Cruz Vermelha de Montalegre abriu portas à comunidade para comemorar o aniversário. Do evento constou a apresentação do livro “A voz que nos chama”, da autoria de Deolinda Silva, presidente da instituição. Para a autora, «o inicio é sempre difícil em qualquer situação». Todavia, «nós já temos a estrutura

montada, temos instalações e um bom grupo de trabalho de voluntários». A qualidade «está assegurada», porém, «não temos quantidade», lamentou. Ato contínuo, salientou que «estamos a crescer, com muitos projetos para abraçar... mas precisamos de gente para ajudar». Por sua vez, Orlando Alves, presidente da Câmara Municipal de Montalegre, saudou todos os presentes e felicitou a Cruz Vermelha «por ser incansável» e reconheceu «o excelente trabalho que tem vindo a ser feito». Para rematar, o edil fez votos de que a instituição continue com «esta dinâmica».

In: cm-montalegre

CHÃPresidente Orlando de visita à freguesia

O presidente da junta de freguesia da Chã, Rui Duarte, aproveitou a presença do executivo para chamar a atenção para questões que urge tomar mão. Algumas questões que poderão resolver, até de uma forma rápida e sem grandes custos, algumas das nossas necessidades, referiu o jovem presidente. As outras obras, que exigem orçamentos mais avultados, temos consciência que irão demorar mais algum tempo». Todavia, «a

nossa principal missão foi indicar algumas prioridades no sentido de, em conjunto, conseguirmos fazer um mandato digno», disse.

E o que se reclamou? «pedimos o melhoramento de alguns arruamentos, nomeadamente em Penedones, Medeiros e Fírvidas. Temos uma questão nos caminhos agrícolas em Travassos da Chã. É um pequeno problema jurídico para resolver e onde pedimos a intervenção do município. Temos, também, um problema de velocidade na estrada municipal em São Vicente onde, por exemplo, este mês houve dois acidentes. Na passagem para peões, junto ao cruzamento, há uma situação que tem que ser melhorada. Depois há outras questões como, por exemplo, a degradação das placas da toponímia, embora não sejam muito antigas».

Fonte: cm-montalegre

FAFIÃOTrilho do Medronheiro

Vai realizar-se a 4ª Edição do Trilho do Medronheiro, na simpática aldeia de Fafião. É no (Sábado), dia 15 de Novembro, pelas 10 horas.

O trilho deste ano de 2014, outrora muito usado pelos pastores, é considerado de grau de dificuldade médio, possuí apenas cerca de 9,5 Km de comprimento, através de bonitas paisagens, donde se pode aproveitar para ficar com recordações maravilhosas em fotos e comer saborosos medronhos.

A Associação Vezeira convida à participação, fornece (7,5 medronhos) e o lanche típico a meio do percurso.

29 de Outubro de 2014 3BarrosoNoticias de

Barroso da Fonte

O eterno retorno à terra que nos alimenta

Os políticos que nos administram a nível local, regional ou nacional costumam assinalar com entrevistas, inaugurações ou visitas surpresa, essa etapa percorrida. Em tempo de vacas gordas promoviam-se jornadas partidárias, que davam ânimo ao ego dos governantes. Agora que as vacas leiteiras da Europa, têm as tetas a secar, limitam-se os interessados nessa prospecção, a usar os meios mediáticos de que dispõem para garantirem aos quatro ventos, que a vida continua, à boa imagem daquela ideia feliz que o filósofo alemão Friedrich Nietzsche ensaiou no aforismo 341 de A Gaia Ciência. De acordo com a teoria desse aforismo: «a eterna ampulheta da existência será sempre virada outra vez». E cada um de nós terá de refazer o trajecto, como essa ampulheta impõe.

Ocorre-me recorrer a Nietzshe que nos remete para a obra «Assim falou Zaratustra», quando leio o texto da entrevista que o Presidente da Câmara de

Montalegre, Orlando Alves, difundiu através do Gabinete de Imprensa da autarquia, na semana em que completou um ano de mandato.

Nesta crónica o jornalista joga em «casa». E se tem gosto em pugnar por Trás-os-Montes e pelos Transmontanos, com grande júbilo, louva esta entrevista do autarca do seu concelho, onde o autarca relata o que fez e o que deseja fazer, nos três anos que lhe restam de mandato. Assistimos ao acto de posse. Nesse discurso Orlando Alves afirmou que tudo iria fazer para promover o «retorno à terra». Se saúdo este retorno dos Barrosões à terra e se recordo a simbologia de Nietzsche a um político que reconhece o mito das origens telúricas, como sobrevivência possível de um Povo, ancestralmente fustigado pelo desprezo de todas as crises, é porque esse povo foi enganado pelo el-dourado europeu. Portugal, mercê de um amadorismo primário de governantes sem escrúpulos, matou a galinha dos ovos que o manteve vivo, pelos tempos fora. Sempre foi um país pobre, mas de alma grande. Qualquer esfomeado de alimentação ligth, vivia confortado pelos produtos da terra. Havia sempre pão, caldo, batatas e grelos para uma sobrevivência condigna. A

ilusão das promessas sem nexo, a ganância pelo que pertence aos outros e o incontrolado assalto ao dinheiro fácil, «mataram» a agricultura básica. Quem vivia daquilo que a terra dava, só dependente do braço humano, empobreceu. Pobreza gera pobreza. E o país que tudo dava, virou terra de ninguém.

Desta certeza nenhum português duvida, porque a fatalidade mora em cada família que foi proibida de trabalhar o que herdara. Perdeu a herança, perdeu o que a terra produzia e perdeu a dignidade de comer o que trabalhava. Este calamitoso crime político gerou um clima de subserviência generalizada. Os pobres ficaram muito mais pobres. Os intermediários que sempre viveram do mal dos outros, parasitaram dos sacrifícios de quem sempre foi sério e nunca deixou de merecer o que consumia. Os ricos proliferaram, como as moscas que nascem de um momento para o outro, nos restos das comidas vomitadas pela burguesia incontrolada.

Esta crise ultrapassou todas as crises de que há memória. Porque no passado conheciam-se e eram severamente punidos os seus algozes. Desta vez não é possível punir os criminosos porque em todas as classes sociais existem cadastrados,

deixando de haver classes virgens e intocáveis.

O país real, aquele do qual provenho e com o qual me identifico, vive e sobrevive este holocausto.

No balanço que Orlando Alves faz aos leitores, afirma: «considero criminoso que haja tanta terra arável, abandonada e onde muita dela já nem sabe quem são os seus proprietários. Uma situação de «pelintrice» vergonhosa. Ninguém se preocupa em produzir aquilo que as bocas dos portugueses precisam para sobreviver. Não há outra forma que não seja virarmo-nos para os «tesouros» que estão escondidos, dentro do nosso espaço: potencial agrícola e florestal».

Isto que o autarca-mor de Montalegre diz da sua jurisdição municipal, penso que paira no espírito de todos os autarcas do país e, em especial, da região norte que vive, a 90%, daquilo que o campo dá. Sempre foi este o palco de sobrevivência das submissas populações do país real, do país que produz, mesmo em cima dos penedos, o pão que come. Assentou neste binómio (terra e floresta) a promessa eleitoral. Ao fim do primeiro ano, «este retorno à terra» centrou-se na batata de semente e na aposta nos pequenos ruminantes.

«Prometi apoio a todos os empresários que decidissem investir nos parques industriais de Montalegre e Salto. Nunca ninguém apareceu, nem aqui nem, estou certo, em nenhuma zona do interior do país». Pudera! Gato escaldado de água fria tem medo, dizemos nós. Mesmo assim regozija-se Orlando Alves: «uma das primeiras coisas que fiz foi acabar com a vergonha do ordenado mínimo nacional: «retirar os funcionários da Câmara da indignidade e da vergonha de levarem para casa, 400 e poucos euros. Logo de uma assentada foram todos aumentados. Uns 50, outros 70, outro 80 e outros até 200 e tal euros!»...

Foram aplicados mais de 100 mil euros no fomento da actividade desportiva. Um dos dossiers que marcou este ano de mandato foi a estrada Montalegre-Chaves. A meio (continua) erguida a Ponte da Assureira que classificou como um monumento ao desprezo. Outra promessa cumprida consistiu em levar a volta a Portugal em bicicleta à Serra do Larouco. Decisões polémicas, discutíveis, mas inseridas no contexto da campanha eleitoral. Tem a palavra a oposição.

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BRAGANÇAAgricultor do Parque de Montesinho multado

Um agricultor do Parque Natural de Montesinho, em Bragança, foi autuado e incorre numa coima entre dois mil e quase 85 mil euros por ter limpado um terreno agrícola de que é proprietário sem pedir autorização. Foi acusado pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) de ter cometido duas infrações graves por ter cortado/arrancado 13 azinheiras e por abrir um caminho no terreno agrícola de que é proprietário próximo da aldeia.

CHAVESFeira dos Santos

A cidade de Chaves irá

realizar mais uma edição da tradicional Feira dos Santos, o grande acontecimento de Trás-os-Montes e Alto Douro, no plano socioeconómico e cultural.

Considerada um dos maiores eventos nos planos comercial, social, económico e lúdico que se realizam no Norte do país, constitui o ex-libris festivo da cidade flaviense e de toda a região Transmontana.

Organizado pela Associação Empresarial do Alto Tâmega (ACISAT) e Município de Chaves, o certame mantém o caráter popular que o caracteriza e espera receber, à semelhança do ano passado, mais de 100 mil visitantes de todo o país e da vizinha Espanha.

Durante três dias (31 de outubro, 1 e 2 de novembro), os visitantes poderão adquirir nos mais de 500 expositores presentes,

instalados pelas principais ruas da cidade, numa extensão de cerca de três quilómetros, todo o tipo de produtos: desde vestuário, calçado, artesanato nacional e internacional, antiguidades, cutelarias, louças, enchidos, queijos, produtos agrícolas, entre outros.

Os “Santos” sempre foram também uma excelente oportunidade para vender o gado. Hoje em dia, a Feira dos Santos é, além de uma feira, uma festa para as populações locais e para todos aqueles que visitam a cidade.

MELGAÇOPNPG (PARQUE NACIONAL DA PENEDA GERÊS)

A APCV juntamente com a ADERE-Peneda Gerês, dando continuidade ao processo de

candidatura do território do Parque Nacional da Peneda-Gerês à Carta Europeia de Turismo Sustentável – CETS, vAI REALIZAR a 2ª reunião do Fórum Permanente Turismo Sustentável do PNPG.

Esta reunião terá como objetivo apresentar as linhas de atuação identificadas nas reuniões territoriais e proporcionar uma reflexão sobre as ações a implementar nos próximos 5 anos no território CETS.

A 2ª reunião do Fórum Permanente Turismo Sustentável do PNPG terá lugar no dia 06 de novembro de 2014 às 09h45, na Casa da Cultura de Melgaço, destinando-se a todos os agentes económicos e institucionais (ligados de forma direta ou indireta ao turismo), dos municípios de Melgaço, Arcos de Valdevez, Ponte da Barca, Terras de Bouro e Montalegre.

29 de Outubro de 20144 BarrosoNoticias de

\Reminiscências do Passado\

Rotas do carvão - 1

«A ausência é mais clara que a presença. Somos feitos duma substância que, desaparecida, é que se mostra. As cousas revelam-se na memória, bem melhor, que à luz do Sol. A memória é o prolongamento dos sentidos; está por isso, em íntimo contacto com a realidade. Só ela conhece a realidade. Só existe o que nela se fixar. Se me recordo dum sonho, é que ele existe, como qualquer nuvem ou penedo». (“S. Paulo”, de Teixeira de Pascoais).

Ajusta-se a presente citação de Pascoais como nota introdutória ao artigo que se

segue, para que a memória e formas de vida do passado, tão próprias da nossa terra e das nossas gentes, não se percam nas brumas do esquecimento. E simultaneamente destacar a heroicidade e a capacidade de sofrimento e de sobrevivência, evidenciadas pelos nossos antecessores em luta permanente contra a penúria e contra as condições de vida extremamente adversas do meio natural. Presto aqui uma sentida homenagem a todos esses heróis anónimos do infortúnio e das tribulações, que sentiram na própria “carne” as agruras da vida…!

O material e depoimentos de que me servi recolhi-o directamente nas próprias fontes, ou seja, foram-me relatados na primeira pessoa; pelos próprios intervenientes deste período repleto de miséria e privações.

A narração circunscreve-se ao século XX, abarcando mais precisamente a década de 20 e 30.

Esta fase caracteriza-se por uma grande instabilidade e turbulência política, social e económica, com todo o tipo de carências, e com o país mergulhado no caos. Assiste-se ao estrebuchar final da anárquica primeira república, de tão má memória, deposta pelo pronunciamento militar de 28 de Maio de 1926, também conhecido como: “movimento revolucionário militar”. E, por fim, começa a tomar corpo a ascensão e a consolidação de um regime de cariz totalitário, o que realmente vem a acontecer em 1933 com a criação do Estado Novo.

À época, a nossa região encontrava-se num isolamento bastante acentuado, cujos horizontes pouco mais além se prolongavam do que as suas serranias. A topografia acidentada do terreno tornou-se um grande obstáculo e, simultaneamente, um agente condicionante desse modelo de organização sócio-económica (comunitarismo),

baseado na interacção harmoniosa do homem com o meio ambiente. A sua economia assentava e dependia exclusivamente da actividade agro-pastoril; supria-se a si própria, constituindo-se desse modo numa economia fechada. O homem aprendeu a viver e a interagir com a natureza e com os seus parcos recursos, num equilíbrio coerente e equilibrado, e a extrair dela tudo aquilo que basicamente necessitava para a sua sobrevivência, contribuindo desse modo como um factor de equilíbrio do ecossistema.

No passado o solo era revestido dum manto vegetal menos denso e pujante do que na actualidade; o índice demográfico apresentava uma taxa bastante mais elevada confrontado com o presente. Estes factores determinaram uma exploração intensiva do solo e dos recursos naturais, já que se tornava imperioso alimentar muitas bocas com tão reduzidos meios! E uma

dessas actividades que contribuía para o desbate e limpeza do solo, e ao mesmo tempo para o equilíbrio e renovação das espécies arbóreo-arbustivas, prendia-se com a produção de carvão. Procurava-se, de preferência, os montes onde tinha ardido no ano anterior para arrancarem os torgos mais facilmente, já desprovidos da rama.

O fabrico do carvão vegetal, através de métodos ancestrais, tornou-se numa prática corrente já que o seu fabrico e comercialização permitiam alguma liquidez às famílias de escassos recursos, especialmente os cabaneiros. Mesmo os lavradores de poucos haveres (uma casa pequena), também faziam carvão para vender, socorrendo-se assim desse expediente para fazer face às despesas mais prementes do dia-a-dia.

(Continua)

Um casal mais a mãe de um de-les resolveu fazer uma tournée pelo velho continente. O casal tem residência nos Estados Uni-dos e aí trabalha donde retira rendimentos acima da média nacional. A mãe está reformada e divide o seu tempo entre Mon-talegre, sua terra natal, e os Esta-dos Unidos onde tem os filhos.Transportados em carro próprio, resolveram os três fazer uma viagem por algumas cidades da Europa onde passaram e se de-moraram alguns dias.Em Barcelona foram protagonis-tas dum caso que marcará para sempre as suas vidas. Quando se dirigiam para o carro e já com este carregado com as malas da viagem, foram avisados por um indivíduo montado numa moto que tinham um pneu do car-ro cortado. Visto o caso, entre o alarmismo e a insegurança sentidos pela família, o sujeito logo avisou que não podiam substituir ali o pneu por causa do tráfego da rua mas que se propunha a, seguindo à frente, indicar um local onde deviam parar para proceder à substitui-ção do pneu.

Enquanto o casal se ocupava da operação, vem um outro sujeito a meter conversa com a mãe e a dizer que ele andava à pro-cura dum gato que tinha fugi-do de casa (conversa estranha para atrair as atenções). Neste interim, a filha lembrou-se de ir ao carro para pegar a cartei-ra, mas, para seu enorme pavor, viu que esta e a da mãe não es-tavam no acento do carro. Não querendo acreditar no que esta-va a contecer, veio à razão de que tinham caido numa cilada bem montada que levou ao de-saparecimento das carteiras de mão e de muitos outros valores próprios e outros comprados na viagem, tudo num valor aproxi-mado de cerca de 20.000 euros. A operação foi executada de tal forma que nenhum dos três deu conta de ninguém nem sequer deu conta de a porta do carro ser aberta. O caso foi denunciado à polícia de Barcelona sem qualquer su-cesso.

Recomendações

O que acima se descreve acon-

teceu no mês de Setembro, os factos relatados são reais. Por respeito para com a privacidade das pessoas envolvidas no assal-to, evitamos dar conhecimento dos seus nomes. Que isto sirva de lição a todos os que saem de casa e andam por outras paragens. Resumindo, tome-se atenção a estes conselhos muito simples:a) Não dar seguimento à con-versa de pessoas desconheci-das, mesmo que se mostrem disponíveis a ajudar;b) Não permitir nunca a limpe-za dos vidros do parabrisas do carro por jovens, mesmo que atraentes;c) Se, pela frente ou pelo vidro traseiro, aparecer a placa da matrícula do carro, não se deve parar. Esse é o princípio duma cilada;d) Se alguém tiver a infeliz sorte de ser assaltado (a), não mostre resistência porque essa gente usa de métodos muito violentos e pode chegar a extremos de colocar a vida dos seus interlo-cutores em perigo.

Carvalho de Moura Giliciemust

Aconteceu em Barcelona

Família de barrosões, assaltada, fica sem cerca de 20.000 euros Alunos do Seminário confraternizam em TinhelaHá cerca de 5 décadas que, todos os anos, os antigos alunos do Seminário de Vila Real, do curso de 1942/43, se reunem em casa de cada um, ano após ano, para uma reunião de convívio que mete almoço.Este ano, a dita reunião realizou-se em Tinhela de Baixo, de Bor-ges de Aguiar, em casa do Dr. Horácio Teixeira Fernandes.Com a chegada dos primeiros, por volta das 11 horas, logo se

notou a ansiedade de todos para saberem quem vinha ou não, pois, de ano para ano, o grupo vai sendo me-nor, como é natural.Por volta do meio dia, o grupo assistiu à mis-sa, na Igreja de Tinhela de Baixo, celebrada pelos padres Matos e

Portelinha, membros do grupo. De seguida, realizou-se o almoço no restaurante de Tinhela.Durante o repasto, houve naturalmente a troca de impressões, lembrando tempos passados com muitas peripécias, bons e maus momentos, mas que serviram para cimentar uma verdadeira amizade.Depois de um dia bem passado, começou a debandada com os abraços da praxe e os desejos de boa saúde e com a esperança de que, no próximo ano, se realize novo convívio, com a pre-sença de todos, incluindo os que faltaram, e que, em princípio, se realizará em Adoufe – Vila Real, em casa do P.e Augusto de Matos.

PM

José Fernando Moura

29 de Outubro de 2014 5BarrosoNoticias de

Política municipal vista de fora

“Orlando Alves - 1 Ano de Presidente”Estava para escrever sobre

outro assunto, bem oportuno, mas quando recebi por e-mail a entrevista de Orlando Alves a fazer o balanço do seu primeiro ano de Presidente da Câmara, achei-a tão surpreendente que decidi abordá-la neste artigo de opinião. Ou é agora, ou perderá o interesse. Também não é para fazer dela uma análise exaustiva, mas simplesmente para abordar poucos conteúdos e de preferência cruzá-los com os artigos que tenho escrito acerca da política municipal.

A primeira consideração que me merece é que nela encontro solução para uma dúvida que tinha exposto num artigo anterior: depois da ponte no meio do monte, há já quatro anos, que é feito da estrada Montalegre - Chaves? A resposta é a pior que se poderia imaginar: não haverá estrada pela ponte; a estrada velha será melhorada no piso até aos limites do concelho e continuará a servir as pessoas que demandam Chaves. Assim sendo, enquanto não apodrecer e não cair, a ponte da Assureira, de quase meio milhão de euros, ficará como monumento erguido ao mau planeamento da anterior Câmara, mas também será um monumento à incapacidade de uma câmara socialista dar continuidade à gestão da anterior, também

socialista. Orlando Alves tinha

como lema de campanha “Continuar Barroso”, isto é, dar continuidade à gestão de Fernando Rodrigues, mas agora está mais interessando em pôr em prática o seu próprio projecto político. Daí que tenha instantaneamente feito uma estrada para o Larouco, de 6,4 quilómetros (que é uma distância maior do que de Solveira aos limites do concelho) por fazer parte do seu programa, mas já não dá continuidade ao bom projecto da ponte, não tanto pelo dinheiro, mas mais por outros motivos. No meio disto, quem sofre, como sempre, é o povo que agora tem uma boa estrada para o Larouco, para ver uma corrida anual (a qual só será feita se a Câmara for patrocinador no valor de 65 mil euros), mas para ir a Chaves, por tantos motivos, já não tem estrada!

Prevejo que este facto irrite o antigo Presidente, e seus partidários, e que encontre neste motivo uma forte e até justa razão para regressar como candidato do PS nas próximas eleições. Dirá, como diz a canção, que vem “fazer o que ainda não foi feito”. Oxalá que, se isso acontecer, o PSD-Montalegre coligado com o CDS /PP não fique em terceiro

lugar. E agora um desabafo, amigo leitor: que sorte não seria se nas próximas eleições aparecesse um bom candidato, de preferência independente, e desse uma valente vassourada nos quatro!

A segunda consideração que me merece é que o primeiro ano de mandato não foi assim tão bom como o Presidente parece sugerir: “Soube estar à altura com aquilo que me era exigido. Cumpri com os objetivos a que me propus”. Cumpriu na Volta a Portugal, que por acaso era o último dos seus objectivos - e é caso para dizer que o Presidente começou

a cumprir o mandato pelo fim -, mas no resto (floresta, pecuária e agricultura) pode dizer-se que mal começou. Que foi feito em termos de floresta, para lá da plantação de castanheiros em

quatro leiras, sendo duas de donos idosos e uma em terra onde não germina castanha? E porque é que na campanha eleitoras era esta a ordem de prioridades: floresta, pecuária, agricultura + Volta a Portugal no Larouro e, passadas as eleições, foi dada toda a prioridade à Volta a Portugal?

Mas o melhor estava escondido no meio, simplesmente numa frase ambígua, como que disfarçada entre muitos elogios. Dizia o Presidente acerca do anterior: “Deixou um legado difícil.”

Como entender a ambiguidade destas palavras, não sendo possível ler o pensamento? “Legado difícil” tanto pode significar difícil de igualar, por ter sido bom, como um legado difícil de continuar por ter sido mau; isto é, difícil de dar continuidade por, durante muito tempo, não se ter criado emprego, por se ter gastado muito dinheiro em projectos inúteis, por se ter feito muito investimento sem retorno, mais para ganhar eleições do que para desenvolver o concelho, enfim, por se terem feito muitas pontes no meio dos montes. O facto de Orlando Alves ter seguido outro tipo de política e de ter dito “isto tem de mudar” parece sugerir como verdadeira a segunda interpretação, mas

não estou certo. A verdade é que, vistas as

coisas a um ano de distância, muita gente não apreciou a política de Fernando Rodrigues. Eu, pessoalmente, acho que a Câmara devia ter seguido na nossa região o que os municípios de montanha fizeram na Europa central, uma das zonas mais desenvolvidas do mundo e parecida com Montalegre. E quem já lá foi, como eu fui, verá que das muitas coisas que é possível observar, quase nenhuma ainda foi aplicada em Montalegre. Coisas que eles aplicaram nos anos 50 e 60, como a rica floresta/bosque, em Montalegre ainda não começaram a ser aplicadas. E não é uma questão de dinheiro: o orçamento da Câmara nos últimos 20 anos foi maior do que o da maior parte dessas regiões de montanha no passado.

É por isso que eu sou crítico da gestão socialista e continuarei a ser, enquanto andarem a inventar, enquanto enveredarem por aventuras e, parecendo frustrados com a antiga profissão, andarem na política simplesmente para ganharem eleições e perpetuarem-se no poder.

Manuel Ramos

No passado Sábado, dia 18 de outubro, a Casa do Capitão aco-lheu e dinamizou a terceira ‘Des-folhada do Barroso’. Tratou-se de uma iniciativa com organização conjunta entre a Casa do Capi-tão, a Casa Rural e o Grupo de Cantares de Salto, que teve como propósito reavivar usos e costu-mes das desfolhadas tradicionais.Esta recriação, realizada na Eira da Casa do Borralheiro, em Sal-to Antigo, envolveu pessoas de diversas idades em momentos alegres e de convívio numa via-gem ao passado, reavivando me-mórias que foram transmitidas às gerações mais jovens. À D. Mariquinhas, anfitriã da Casa, se agradece a cedência do espaço.Além do apoio prestado pela Casa Rural, que colaborou ce-dendo os materiais necessários e o respectivo transporte, o Grupo

de Cantares de Salto contribuiu interpretando diversas cantigas populares da região enquadradas na temática do milho e das des-folhadas. Tal foi possível através de uma recolha, que se pretende reproduzir noutros momentos sobre outros temas, dando con-tinuidade a esta parceria com a Casa do Capitão.No auditório da Casa do Capitão, decorreu ainda um enquadra-mento do tema, feito pela equipa do museu de Salto, que eviden-ciou o valor histórico e cultural do Zea mays, ressalvando a sua importância na alimentação e nas relações comunitárias. Se-guiu-se a apresentação de um trabalho realizado pelas estagiá-rias da Casa do Capitão, que des-tacou as várias etapas do ciclo do milho, ‘Entre a Sementeira e o Forno’.

No final da tarde, todos os pre-sentes puderam saborear uma merenda, fazendo cumprir o an-tigo costume de oferecer comida e bebida às pessoas que iam aju-dar à desfolhada. Caldo verde, presunto e broa milha assumiram destaque na ementa com que a Junta de Freguesia de Salto, atra-vés dos restaurantes da Vila, pre-

senteou esta iniciativa.Com o espírito participativo de todos os que se envolveram, foi possível promover o convívio entre gerações, sendo simulta-neamente um contributo para a preservação das tradições e cos-tumes da cultura barrosã, refor-çando assim o valor identitário da região.

Rita MarquesMestre em Educação de Adultos

e Intervenção Comunitária

Salto recria Desfolhada Tradicional

29 de Outubro de 20146 BarrosoNoticias de

MAPC

UM PARÁGRAFOUm Parágrafo # 39 – Reencontros

Assumimos uma realidade cíclica nas nossas breves existências quando nos deparamos com reencontros. Sejam eles de que espécie for: reencontro de pessoas, lugares, sons, cheiros, paladares, sensações… O reencontro é a assumpção clara da obediência das nossas vidas e percursos a uma estrutura que desenvolve as suas dinâmicas através de processos cíclicos, num permanente devir matizado por cadências repetitivas e sequentes. Uma câmara de eco que, como um fantasma eternamente perdido, regressa sistematicamente aos mesmos cantos da sua existência. Suspiramos por esses ecos, procurando, no meio da neblina de um quotidiano que nos enfada, por mais um reencontro com momentos que nos trazem de volta à vida e nos impelem na procura de mais sensações. Demandamos em cada esquina a repetição de um pedaço do puzzle que a espuma dos dias arrastou para longe. Sentimos cada reencontro como o retorno de um pedaço de alma que nos foi arrancado com a violência de um suspiro. Um copo de vinho perfumado. A suave carícia da ponta de uma pluma que se passeia pelo meio das nossas costas… Um regresso às origens e ao que temos de mais básico e fundamental. Um sentimento de completude. O sentir de novo que não somos mais do que a mera pertença a algo ou a alguém…

João Nuno Gusmão

Alerta para suplementos de selénio e vitamina E

Os suplementos com selênio e vitamina E não oferecem proteção contra o câncer de próstata; pelo contrário, eles podem até mesmo aumentar o risco. Esse é o resultado de um estudo norte-americano multicêntrico liderado pelo Centro de Pesquisas do Câncer Fred Hutchinson em Seattle e publicado no “Journal of the National Cancer Institute”.

Os dados foram obtidos pelo estudo SELECT (Selenium and Vitamin E Cancer Prevention Trial), um estudo clínico randomizado e controlado por placebo em 35.000 homens. O estudo teve como objetivo determinar se os suplementos nutricionais de alta dose com vitamina E (44 UI por dia) e/ou selênio (200 mcg por dia) protegem ou não os participantes contra o câncer de próstata.

O estudo foi iniciado em 2001 e projetado para durar até 2012. No entanto, ele foi interrompido em 2008, pois não foi observado nenhum efeito protetor do selênio e havia receio de que a vitamina E pudesse mesmo aumentar o risco. Apesar de interromper a ingestão dos suplementos nutricionais, os pesquisadores continuaram a observar os participantes. Depois de mais dois anos, observou-se que os homens tratados com vitamina E tiveram um risco 17% maior de câncer de próstata. Contudo, isso dependeu do status de selênio do participante no baseline. Em homens com um nível baixo de selênio, o risco de câncer de próstata aumentou 63% e o risco de tumores anaplásicos, 111%.

O status do mineral no baseline também foi importante para a suplementação de selênio. Nos participantes com status de selênio alto no início do estudo, a suplementação do mineral na dieta aumentou o risco de tumores anaplásicos em 91%. A suplementação em homens com níveis suficientes de selênio resultou em níveis tóxicos do mineral.

“Os homens que utilizam esses suplementos devem parar; ponto final”, disse o autor principal, Alan Kristal. “Nem a suplementação com selênio, nem com vitamina E, confere qualquer benefício conhecido - somente riscos”.

Rui Relvas, médico

Aos 108 anos de idade

A velhota dá as receitas da sua longa viagem:

“Para uma melhor digestão eu bebo cerveja;

no caso de perda de apetite bebo vinho branco;

se a tensão arterial está

baixa, um copinho de vinho tinto;

no caso de tensão alta, toca a beber whisky;

e... quando tenho uma gripe lá vem um belo medronho”.

“E então quando é que

a senhora bebe água?”, perguntam-lhe:

- “Eu nunca estive tão doente assim...!”

Uma do Joãozinho

Na aula, diz a professora

para os alunos:- Amanhã, tragam todos um

animal de estimação.No outro dia, diz a professora

para a menina Raquel:- Então, menina Raquel,

diga-me lá o que é que trouxe... - Eu trouxe uma cadelinha,

senhora professora.- E como é que sabe que

é uma cadelinha e não um cãozinho?

- Porque é uma menina tal como eu.

- E o Pedrinho o que trouxe?- Eu trouxe uma pombinha,

senhora professora.- E como é que sabe que

é uma pombinha e não um pombo?

- Porque ela põe ovos.- Muito bem! E agora o

menino Joãozinho, vá, diga-me lá o que é que trouxe?

- Eu trouxe um sardinho, senhora professora.

E como é que sabe que é um sardinho e não uma sardinha?

Porque na lata dizia “sardinha com tomates”!!!

Cão da polícia secreta

Um sujeito resolveu comprar um cão. Contudo, ao contrário do que seria normal, notou logo que o cão não ladrava. Surpreendido, foi ter com o vendedor e diz-lhe:

- Ouve lá, o cão que me vendeste não ladra nada, e tu disseste-me que era cão-polícia.

O vendedor, na maior das calmas, responde-lhe:

- É da polícia secreta.

No julgamento O Meritíssimo Juiz: - Como é que o sr. conseguiu

entrar numa casa gradeada e tirar todos os bens?

Resposta do ladrão: - Saiba V. Senhoria que eu

vim aqui para ser julgado pelos crimes que cometi, e não para ensinar a ninguém como se faz. É que ficam a saber tanto como eu.

A Mula do Zé Alentejano

O pobre do Zé Alentejano tinha uma mulher que o incomodava sem piedade, de manhã à noite, estava sempre reclamando de alguma coisa! O único momento de alívio era quando ele andava no campo, arando com a sua velha mula.

Um dia, quando ele estava a trabalhar, a mulher trouxe-lhe o almoço. Ele levou a velha mula para a sombra, sentou-se num toro de madeira e começou a

comer.Imediatamente, a mulher

começou a importuná-lo, a reclamar, reclamar, a criticar, não parava. De repente, a velha mula deu um coice na mulher acertando-lhe na nuca, que lhe provocou morte instantânea.

No dia seguinte, no enterro, o padre notou algo bastante estranho: quando uma mulher enlutada se aproximava do viúvo, ele ouvia-a durante uns minutos, e depois fazia que sim com a cabeça; mas quando um homem se aproximava dele, ele também os ouvia por uns minutos, mas depois balançava a cabeça negativamente.

Até que, acabado o enterro, o padre perguntou :

- Olha lá, porque é que tu concordavas sempre com as mulheres, e disseste sempre que

não a todos os homens?O Zé Alentejano respondeu :- Bem, as mulheres vinham

e diziam coisas bonitas sobre a minha mulher, então eu acenava com a cabeça concordando.

- E os homens?, perguntou o padre.

- Ora, esses só queriam saber se a mula estava à venda…

ATÃO BÁ! ATÃO BÁ!...

29 de Outubro de 2014 7BarrosoNoticias de

Naquele dia, lá em casa, as mulheres andavam numa fona. É que era a vez de cozer e, por isso, não faltava que fazer. Ele era preciso peneirar farinha para três cestos, ele era o fermento, lavar os cestos, ver os lençõis de linho, … sei lá que mais, enquanto os homens se ocupavam da lenha, um bom carro de bois trazido do monte, dos matões, dos aguços, da pá, etc. etc. etc.

A Tia Bina, logo que soube que a Mana ia coser, apressou-se a falar para “botar a vez”, mas recebeu como resposta:

- “Olha, Bina, já não cabes”.O forno do povo, cada

semana, era de seu vizinho e rodava pelo rol da Igreja. Assim, cada segunda feira, o forno era aquecido com um bom carro de lenha e os vizinhos, necessitados de cozer pão, logo se mexiam para “botar a vez”, isto é, falavam geralmente à dona de casa que ia cozer e esta anotava os pedidos dos interessados até que preenchessem os dias da semana. Daí que, por vezes, acontecia que um ou outro pedia “vez” e não era possível, “já não cabes”.

O Forno, depois da primeira fornada, estava sempre em funcionamento. Tal como o rego da rega, do meio dia às 5 da tarde, das 5 da tarde à meia noite, da meia noite às 7 da manhã e das 7 ao meio dia. Quatro fornadas

durante um dia com a vantagem das fornadas a seguir à primeira não necessitarem de tanta lenha para aquecer o forno.

Mas, vamos atrás, ao ponto do centeio sair dos moinhos de água em sacos de farinha.

Depois de feita a moagem, a farinha era peneirada para se lhe tirar o farelo. Na masseira estendia-se a cernideira, uma espécie de grelha onde duas peneiras eram movidas continuadamente até se conseguir a farinha que caía na masseira enquanto o farelo, retido nas peneiras, ia ter a outro recipiente e que serviria para a alimentação dos porcos.

Após esta operação, logo que chegasse a vez de cozer, num canto da masseira colocava-se o fermento emprestado por um vizinho, o qual se destinava a fazer levedar a farinha que, depois se metia nos cestos de verga embrulhada em lençóis de linho. E na cama da cozinha ou noutro local mais ou menos quente deixava-se, um tempo, a levedar.

Entretanto, o forneiro, todo banhado em suor, sacava lenha do carro de bois e introduzia-a na fornalha já a arder com labareda que tomava conta de todo o espaço.

- Ó Zé, diz a patroa, vai lá abaixo e avisa o forneiro que a massa está quase no ponto.

Zé galga rua abaixo e, dali a pouco, estava a passar o recado.

- Ó Quim, aperta com ele.Dali a pouco, três homens

aparecem ao cimo da rua com os cestos da massa às costas. Chegados ao forno, pousados os cestos no tendal, a dona de casa pegava na massa e fazia pães de cerca de 20 cm de diâmetro que

colocava no tendal. Quando de novo levedassem, logo se ouvia a voz:

- Ó Quim, podes barrer.Então, o forneiro com

matões de urzeira, preparados de antemão, varria a fornalha de pedra onde dali a pouco, com o auxílio da pá de cabo comprido, se depositavam os pães com a curiosidade de, não existindo qualquer medida, eles ficarem todos iguais no tamanho e na forma.

Depois dos pães, vinha a vez de meter as bicas. Umas duas ou três, não mais, as bicas da crosta, a que também chamavam coscorões, grandes mas finas, depois de bem tostadas, deliciosas. O forneiro tinha direito a uma dessas bicas

mais uma garrafa de vinho que, naquela hora, ele distribuia pelos que estavam no forno a trabalhar e a aqueloutros que lhes faziam companhia à esperavam do fim da cozedura. Sabia pela vida um bocado destas bicas com um gole de vinho da garrafa a circular entre todos.

Além destas, outras bicas

das cavacas, ou seja, dos restos da masseira, estas mais grossas que as anteriores e salpicadas com pequenos pontos rebatidos.

A luz, antes fornecida pela fogueira do forno, substituida depois pelos aguços colocados na boca da fornalha, dava para acompanhar a evolução da cozedura.

Aí, finda a empreitada, a dona de casa benzia-se e rezava:

Aqueça o pão no fornoE todos os bens do seu donoDeus nos livre de quem bem

nos fala e mal nos querPela graça de Deus e da Virgem

Maria,Um Pai Nosso e uma Ave Maria

Cada pão dava para

alimentar uma família de sete ou oito pessoas por dois ou três dias. E, geralmente, quando se cozia o pão no forno a média entre a maior parte das casas do lugar seria de uns 20 a 30 pães. Daí que os cabaneiros, de menos posses, procuravam o favor de cozer uns três ou quatro pães para fazer face às necessidades

familiares das suas casas.

Nas noites de Inverno, após a cozedura do pão, no forno do povo juntava-se a mocidade onde, aproveitando a quentura da fornalha, passava algum tempo em amenas conversas.

E para além de brincadeiras sem fim, a mocidade falava do Brasil donde se encontravam alguns amigos idos para lá há já algum tempo, da América donde vieram uns tantos há décadas atrás, da África e também da França. E as novidades corriam pela aldeia, tal como o dito por um homem sabido do lugar, que em Paris, capital da França, havia duas cidades, uma delas debaixo de terra.

O sonho de emigrar começava a agitar a imaginação da mocidade. De quando em quando ouvia-se falar em passadores de Vilar de Perdizes e de Montalegre, que, a troco de muito dinheiro, levavam os homens “a salto” por Espanha e dali seguiam, não se sabia bem como, até às terras de França.

Carvalho de Moura

Notas:Rol da Igreja. A “vez de

quentar” o forno seguia à vez pelas casas da aldeia. Começava no vizinho situado mais perto da Igreja, seguia para o outro, ao lado, e assim sucessivamente até dar a volta ao povo. O Rego da Rega que as famílias do lugar utilizavam para regar as hortas e os nabais também se orientava segundo o Rol da Igreja.

Coscorões são bicas grandes, espalmadas e finas, muito cozidas, tostadas.

O Toque das Trindades

O Forno do Povo

Criada em 2009, a RESINORTE comemorou a 20 de outubro o seu 5º aniversário. Nestes 5 anos tratou e valorizou 1,9 milhões de toneladas de resíduos produzidos por aproximadamente 1 milhão de habitantes, o equivalente a cerca de 10% da população portuguesa. Do total de resíduos tratados, 90% são provenientes da recolha indiferenciada e apenas 10% provenientes da recolha seletiva, que é também efetuada pela RESINORTE.

A atividade de tratamento e valorização de resíduos efetuada pela RESINORTE tem sido determinante na melhoria do ambiente no Norte Central, ao mesmo tempo que tem dado um significativo contributo à economia local.

Atualmente, a RESINORTE dá emprego a cerca de 250 trabalhadores, contribuindo assim ativamente para a empregabilidade e desenvolvimento sustentável da

região.A RESINORTE, em articulação

com os Municípios, tem estado também particularmente empenhada na formação e sensibilização da população por si servida, desenvolvendo diversas ações de formação, em especial junto dos jovens, neste caso também em pareceria com as escolas da região.

Sendo uma jovem empresa,

a RESINORTE beneficia porém da experiência herdada das empresas de cuja fusão resultou – REBAT, RESAT e RESIDOURO e sistemas multimunicipais que integrou - Associação de Municípios do Vale do Ave e Associação de Municípios do Vale do Douro Norte.

A RESINORTE é a entidade responsável pela exploração e gestão do Sistema Multimunicipal

de Triagem, Recolha, Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos do Norte Central, e encontra-se estruturada em quatro Unidades de Produção: Unidade de Produção de Boticas, Unidade de Produção de Celorico de Basto, Unidade de Produção de Lamego e Unidade de Produção de Riba de Ave, tratando os resíduos provenientes dos municípios de Alijó, Amarante, Armamar, Baião, Boticas, Cabeceiras

de Basto, Celorico de Basto, Chaves, Cinfães, Fafe, Guimarães, Lamego, Marco de Canaveses, Mesão Frio, Moimenta da Beira, Mondim de Basto, Montalegre, Murça, Penedono, Peso da Régua, Resende, Ribeira de Pena, Sabrosa, Santa Marta de Penaguião, Santo Tirso, São João da Pesqueira, Sernancelhe, Tabuaço, Tarouca, Trofa, Valpaços, Vila Nova de Famalicão, Vila Pouca de Aguiar, Vila Real e Vizela.

RESINORTE comemorou o seu 5º aniversário de mãos dadas com o ambiente

Forno do Povo de Meixedo outrora viveiro de fornadas de pão centeio hoje votado ao mais completo abandono

BarrosoNoticias de

8 29 de Outubro de 2014

Um Professor que virou Costureiro«São 7 dias por semana, e não sei

quantas horas por dia, de manhã, à tarde e por vezes noite dentro» que Carlos passa o tempo no corte e costura.

Licenciado em Animação e Produção Artística e com alguma experiência na área, Carlos Medeiros, 31 anos e natural de Montalegre, é um dos casos de quem foi e voltou à terra que o viu nascer.

«O motivo? A família» diz com um sorriso que espelha o grau de satisfação por ter feito esta escolha na vida.

Já foi animador turístico, professor e agora é costureiro.

«Quando decidi regressar, arranjei

trabalho como professor. A leccionar uma hora por dia, não era o suficiente para ter estabilidade financeira», afirma.

E se as ocasiões fazem as oportunidades, numa altura de crise, Carlos arregaçou as mangas, pegou na máquina de costura centenária que tinha lá por casa, e começou a dar asas à criatividade ao produzir pequenas peças, como porta-chaves em burel.

E porquê o burel? «Procuramos trabalhar com matéria-

prima que se identificasse com esta região. Lamentavelmente, aqui já não é produzido, pelo que é adquirido na Serra da Estrela e transformado cá.»

Autodidacta, e com força de vontade, diz crer num projecto que tem dois anos de existência, «acima de tudo é preciso primeiramente acreditarmos em nós e não desistir. Aqui os mais próximos desempenham um papel fundamental, no apoio moral que é dado.» refere.

«Único no Momento», conta com uma produção que ultrapassou já as 1.000 peças feitas de forma artesanal. Empresa familiar, constituída pelo Carlos e a esposa Elsa Gonçalves.

A reacção das pessoas é de espanto ao saberem quem domina a arte do corte e cose.

«Para quem nos conhece pensa que é a Elsa a costurar e não eu. Primeiro, estranha-se e depois entranha-se», ri-se.

São ideias criativas que ganham corpo. No pré-escolar, há várias crianças que vestem esta marca com «batas personalizadas de acordo com aquilo que cada menino é e gosta. Depois há as mochilas, e outros adereços criados de acordo com as opções do freguês.»

A originalidade é uma das características que preconiza: «São peças diferentes e únicas, inspiradas nos nossos filhos. Temos no entanto outras ofertas como capas de burel para senhora, carteiras, malas, etc.»

Quando lhe pedem algo, como nasce o impulso de criar uma peça original e única?

«É um pouco difícil de explicar, há sempre duas perguntas: Qual a cor preferida ou alguma que não goste de todo. Depois há uma informação que vou buscar

à pessoa, aquilo que eu observo no cliente, tentar perceber como é a pessoa, et voilà.»

Abrir a própria empresa não foi fácil, com poucos recursos, e neste sentido as opções foram trabalhar em casa, vender aos conhecidos e promover os produtos nas feiras e na internet. Vendas que chegaram já aos Estados Unidos da América ou Suíça. Os preços vão até aos 170 euros.

Conta num futuro poder viver desta fonte de rendimento e torná-la autónoma.

Quando se pergunta: O que faz falta a Montalegre, para poder fixar os jovens?

Diz que «as oportunidades não surgem, nós temos que as criar. Não sou formado na área em que trabalho. Apenas tentei ver aquilo que conseguia fazer, com os recursos que tenho e que marcasse um pouco a diferença.»

Para os jovens que se encontram em situação semelhante deixa a mensagem:

«Temos que ir à luta e procurar o que gostamos de fazer. Eu, particularmente, sinto-me realizado com o que faço, cortei muitos tecidos e parti muitas agulhas, mas cheguei lá.

Somos nós que fazemos a oportunidade, claro que há desemprego, mas conseguimos sempre dar a volta. Importa acreditarmos em nós e sentir que os outros também confiam. Se não conseguimos um emprego na área de formação, tentar descobrir o que podemos e gostaríamos de fazer. Tudo evolui.»

Maria José Afonso

BarrosoNoticias de

929 de Outubro de 2014

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29 de Outubro de 201410 BarrosoNoticias de

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“Bom filho, bom marido,excelente pai, bom amigo e colega”

Vítima de doençaprolongada desde o dia 5 deJunho de 2002 faleceu nopassado dia 25 de Fevereiro oTito. Tina 59 anos de idade.Funcionário das Finanças deMontalegre, por isso conhecidoem todo o concelho, o Tito eranatural de Sabuzedo. Casoucom Mariana Francisca AnjoAfonso Freitas, da Vila daPonte, de quem teve duas filhas,a Alexandra e a Ana Margaridaque ajudou a criar e educoucom muita dedicação, não sepoupando a sacrifícios para quenada lhes faltasse. Conseguiudar a cada uma delas umestatuto social para enfrentarema vida com mais facilidade, umaenfermeira e a outra analista.

Devido às fragilidades comque vivia em consequência da

doença que o obrigou a deixaro emprego com 54 anos deidade, passou a viver na sua casade Vila da Ponte sob oscuidados da extremosa esposa,Mariana, funcionária da ZonaAgrária de Barroso que, por sua

vez, se viu obrigada a pedir areforma antecipada para sededicar a tempo inteiro, de alma

e coração, ao seu marido Tito.Asua esposa Mariana e as

filhas Alexandra e Ana Maria erestante família vêm por estemeio agradecera todos quantosse dignaram assistir ao funerale missa de sétimo dia ou que deoutra forma lhe manifestaramo seu pesar e solidariedad.Agradecem de modo especialaos seus dois médicos defamília, Drs António Sousa eCarlos Reis, pessoas muitohumanas, dedicadas e sempredisponíveis, bem como aossenhores enfermeiros e pessoalauxiliar do Centro de Saúde quecom carinho o trataram duranteos últimos 5 dias da sua vida.

O Tito foi bom filho, bommarido, excelente pai, bomamigo e colega.

GABINETE DE APOIO AO EMIGRANTEGABINETE DE APOIO AO EMIGRANTEGABINETE DE APOIO AO EMIGRANTEGABINETE DE APOIO AO EMIGRANTEGABINETE DE APOIO AO EMIGRANTE

Tito Cruz Gonçalves de Freitas24.05.1948 - 25.02.2008

Vendem-seApartamentos T3 e Lojas Comerciais

Rua do Salgado, s/n 5470-239 Montalegre

Contactos: 0034 – 988 460 4250034 – 66 416 6214

EXTRATO

Certifico para efeitos de publicação que, por escritura lavrada em 27 de outubro de 2014, na Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre, a cargo da Dra Maria Carla de Morais Barros Fernandes, exarada a folhas 7 e seguintes do livro 980-A, ANTÓNIO DE MOURA e mulher ANA GONÇALVES AFONSO MOURA, casados em comunhão de adquiridos, naturais da freguesia de Contim, concelho de Mon-talegre e residentes na Rua do Meio, n.º 15, no lugar de Contim, União das Freguesias de Paradela, Contim e Fiães, concelho de Montalegre, declararam:

Que são donos, com exclusão de outrém, do seguinte bem imóvel, situado na União das Freguesias de Paradela, Contim e Fiães, concelho de Montalegre:

- Prédio rústico situado em PALHEIROS, composto de cultura arvense de sequeiro, com a área de cento e vinte metros quadrados, a confrontar do norte com herdeiros de Domingos Dias, sul e poente com António Moura e do nascente com o caminho, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 3560, (que corresponde ao artigo 1864 da freguesia de Contim (Extinta).

Que este prédio está inscrito na atual matriz em nome de quem os justificantes o ad-quiriram e, apesar de pesquisas efectuadas, não foi possível obter o artigo matricial antes de mil novecentos e noventa e sete, encontrando-se ainda por descrever na Conservatória do Registo Predial de Montalegre.

Que não têm qualquer título de onde resulte pertencer-lhes o direito de propriedade do prédio, mas iniciaram a sua posse em mil novecentos e noventa e dois, ano em que o adquiriram por compra meramente verbal a Cândida Augusta Afonso Rodrigues e Manuel Teotónio Alves Rodrigues, residentes no mencionado lugar de Contim.

Que desde essa data, sempre têm usado e fruído o indicado prédio, cultivando-o e colhendo os seus frutos, pagando todas as contribuições por ele devidas e fazendo essa exploração com a consciência de serem os seus únicos donos, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição, há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriram o direito de propriedade sob o prédio por USUCAPIÃO, que expressamente invocam para efeitos de ingresso do mesmo no registo predial.Está conforme.Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre, 27 de outu-bro de 2014.O 1.º Ajudante, (Assinatura ilegível)

Conta:Emol: Art.º 20.4.5) ------------ 23,00 €São: vinte e três eurosRegistado sob o n.º 677

Notícias de Barroso, n.º 459, de 29 de outubro de 2014

AGRADECIMENTO

JOAQUINA ALVES AFONSO DUARTE

(Montalegre, 24.02.1949 – 15.10.2014)

Seus irmãos, sobrinhos e restante família vêm por este único meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à última morada,

e a aquelas que, não podendo estar presentes, duma ou doutra forma lhes manifestaram a sua solidariedade e o seu pesar.

A todos MUITO OBRIGADO! A Família

CARTÓRIO NOTARIAL DE VIEIRA DO MINHONOTÁRIA SUSANA SOUSA

CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por escritura do dia vinte de Outubro de dois mil e catorze, lavrada a folhas cento e seis do livro sessenta e quatro-A, deste Cartório, que:

MANUEL CUNHA DE MOURA e mulher MARIA DA ASCENSÃO PEREIRA ALVES MOURA, casados sob o regime de comunhão geral, ambos naturais da freguesia de Fiães do Rio, concelho de Montalegre onde residem na Rua do Forno, nº 14, lugar de Fiães do Rio, contribuintes 155598538 e 224929097, representados no ato por procuradora,

São donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem dos seguintes imóveis, da freguesia de Fiães do Rio, concelho de Montalegre, não descritos na competente Conservatória do Registo Predial de Montalegre e omissos na anterior matriz:

- UM - Prédio urbano composto de casa de habitação, de rés do chão e primeiro andar, sito na Rua da Fonte, com a área coberta de trinta e seis metros quadrados, a confrontar de norte com Herdeiros de Adelino Lourenço, de sul e nascente com Manuel Cunha de Moura e de poente com Rua pública, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 257 da União das freguesias de Paradela, Contim e Fiães, que provém do artigo 73 urbano da freguesia de Fiães do Rio (extinta);

- DOIS - Prédio urbano composto de casa de habitação, de rés do chão e primeiro andar, sito no lugar da Fonte, com a área coberta de quarenta metros quadrados, a confrontar de norte com caminho, de sul com Manuel Cunha de Moura, de nascente com caminho e de poente com herdeiros de Augusto Rodrigues, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 538 da União das freguesias de Paradela, Contim e Fiães, que provém do artigo 184 urbano da freguesia de Fiães do Rio (extinta);

- TRÊS - Prédio rústico denominado “Horta do Forno” composto de cultura arvense de regadio e horta, sito no lugar de Fiães do Rio, com a área de cinquenta metros quadrados, a confrontar de norte com caminho, de sul com Regadio, de nascente com herdeiros de Adelino Lourenço e de poente com Teresa Barroso, inscrito na atual matriz sob o artigo 746 da União das freguesias de Paradela, Contim e Fiães, que provém do artigo 297 rústico da freguesia de Fiães do Rio (extinta);

- QUATRO - Prédio rústico denominado “Cortinha” composto de cultura arvense de regadio e horta, sito no lugar de Fiães do Rio, com a área de mil e quatrocentos metros quadrados, a confrontar de norte com Manuel Cunha de Moura e herdeiros de Adelino Lourenço, de sul com Manuel Dias dos Santos e outros, de nascente com herdeiros de Adelino Lourenço e de poente com caminho, inscrito na atual matriz sob o artigo 762 da União das freguesias de Paradela, Contim e Fiães, que provém do artigo 305 rústico da freguesia de Fiães do Rio (extinta);

- CINCO - Prédio rústico denominado “Horta da Fonte” composto de culturas arvense de regadio e horta, sito no lugar de Fiães do Rio, com a área de trinta e cinco metros quadrados, a confrontar de norte com Manuel Cunha de Moura, de sul com Canelha, de nascente com caminho e de poente com e herdeiros de Adelino Lourenço, inscrito na atual matriz sob o artigo 758 da União das freguesias de Paradela, Contim e Fiães, que provém do artigo 303 rústico da freguesia de Fiães do Rio (extinta);

Que estes prédios advieram à sua posse, por compra e venda meramente verbal a Maria Silvina Marcos Gonçalves de Almeida Pires, viúva e residente na Calçada Agostinho Carvalho, n.º 24, 1.º freguesia de Socorro, concelho de Lisboa, em data que não pode precisar do ano de mil novecentos e noventa sem contudo ser reduzida a escritura pública.

Que, desde essa data, têm possuído os ditos prédios em nome próprio e sem a menor oposição de quem quer que seja, desde o seu início, posse que sempre exerceeu sem interrupção e ostensivamente, à vista e com conhecimento de toda a gente e traduzida no amanho da terra, na recolha dos seus frutos, fazendo roçar os seus matos, aproveitando lenhas, limpando-os para evitar incêndios e quanto aos prédios urbanos procedendo a obras de conservação e suportando os inerentes custos, bem como em todos os demais actos materiais de fruição, pagando os respectivos impostos, sendo, por isso, uma posse pacífica, porque exercida sem violência, contínua e pública.

Como esta posse assim exercida o foi sempre de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, acabaram por adquirir os prédios por usucapião, o que invocam para justificar o direito de propriedade para fins de registo predial, dado que este modo de aquisição não pode ser comprovado extrajudicialmente de outra forma.

Declarações estas confirmadas por três testemunhas.ESTÁ CONFORME O ORIGINAL.Vieira do Minho, vinte de Outubro de 2014

A Notária,

Fatura/registo nº 1422/002/2014

Notícias de Barroso, 29 de Outubro de 2014

ASSEMBLEIA GERAL ORDIARIACOVOCATÓRIA

Ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 25.º do Compromisso da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Montalegre, pessoa colectiva de utilidade pública com o IPC 501745963, com sede na vila de Montalegre, na Rua General Humberto Delgado n.º 473, Convoco todos os irmãos, no pleno gozo dos seus direitos, a reunirem em Assembleia-Geral Ordinária, no próximo dia 14 de

Novembro de 2014, pelas 15,00 horas, na sede da Irmandade, com a seguinte

ORDEM DE TRABALHOS

Ponto 1. - Orçamento rectificativo para o exercício de 2014;Ponto 2. - Plano de Actividades e Orçamento para o ano de 2015;

Ponto 3. - Outros assuntos de interesse para a Irmandade.

Se à hora anunciada a Assembleia-Geral não se puder realizar, por falta de maioria legal, a reunião terá lugar uma hora depois, em segunda convocação, com qualquer número de irmãos.

(n.º 1 do artigo 26.º do Compromisso). Os elementos preparatórios encontram-se à disposição dos irmãos, para consulta, na sede

(Provedoria), durante as horas de expediente, nos termos legais.

Montalegre, 28 de Outubro de 2014

O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral (Eng.º José Gonçalves Justo)

Notícias de Barroso, n.º 459, de 29 de Outubro de 2014

29 de Outubro de 2014 11BarrosoNoticias de

Alfred Nobel foi um químico sueco, do século dezanove, que inventou a dinamite, para facilitar a construção de obras públicas de grande utilidade para a sociedade. Mas rapidamente Nobel se apercebeu de que o seu invento também viria a ser causador de grandes atrocidades contra a humanidade, usada em conflitos e guerras. Possivelmente acossado por alguns remorsos, deixou grande parte da sua fortuna para ser distribuída por personalidades e instituições que contribuam para o bem e o desenvolvimento da humanidade. Assim nasceram os prémios nobel.

Este ano, o prémio nobel da paz foi atribuído a uma paquistanesa e a um indiano: Malala Yousufzai e Kailash Satyarthi, respectivamente. Dois países que têm vivido em grande tensão, com a agravante de serem duas potências nucleares. Mais uma vez fica claro que a atribuição deste prémio nobel tem sido feita de forma estratégica e

cirúrgica e a pensar no futuro, como estímulo ao diálogo, à fraternidade e ao alívio de beligerâncias em muitas regiões do mundo.

Kailash Satyarthi tem feito um trabalho esplêndido na India, no combate à exploração infantil e ao trabalho infantil. Luta para que as crianças tenham direito à sua infância e à educação. Na India, é uma obra hercúlea. É considerado o

líder mundial no combate ao trabalho infantil. Mas a pessoa e o percurso de vida que tenho acompanhado com alguma admiração e curiosidade é o de Malala, a pessoa mais jovem até agora a receber um prémio nobel, com 17 anos.

Malala tem revelado uma bravura e uma coragem impressionantes. Há já vários anos que no Paquistão, na sua tenra idade, tem sido uma voz defensora do acesso das crianças à educação e da igualdade entre homem e mulher, num país que tem sido

assolado pela opressão e pelo extremismo perpetrado pelo movimento talibã. Em 2013, este movimento, que dominava a região onde Malala vivia, ordenou a instauração da Sharia, a lei islâmica, que, entre outras coisas, proíbe o acesso das mulheres à escola. Malala não se conformou. Decidiu continuar a ir à escola, sabendo que a todo o momento poderia ser barbaramente assassinada.

Num certo dia, num período em que os talibãs já estavam a perder o domínio da região, num puro ato de maldade e vingança, dois soldados talibãs entram no autocarro escolar, dirigem-se ao lugar onde estava Malala com mais algumas colegas e desferem meia dúzia de tiros. Malala é atingida na cabeça e no pescoço, correndo perigo de vida. Ao fim de seis dias, uma equipa de médicos ingleses, que se encontrava no Paquistão, aconselhou a sua transferência para Inglaterra, onde ainda vive, para poder

ter uma recuperação o mais perfeita possível. Chegou-se a temer que a jovem ficasse indelevelmente afetada na sua fala e na sua capacidade de raciocínio, mas não ficou. Está mais forte do que nunca e disposta a ser uma política ativa na defesa do direito das crianças à educação e uma intrépida combatente contra a repressão que é exercida sobre as mulheres em muitas partes do mundo.

Num deserto de grandes referências como é este em que vivemos, vale a pena dizer aos nossos jovens que, afinal, ainda existem pessoas exemplares e causas pelas quais vale a pena lutar, sem armas e sem violência, e que ainda há por muito por fazer para o bem e o progresso da humanidade, em vez de se andar a perder o tempo em futilidades e em diversão bacoca. A vida que nos foi dada não é para ser atrofiada no egoísmo e degradada nos seus prazeres, mas é para ser promovida e realizada no altruísmo e na dedicação aos outros, na construção de um mundo solidário e fraterno, onde todos possam viver com dignidade. Assim nos diz a jovem Malala: «Não interessa a cor da pele, a língua que falamos, a religião em que acreditamos, devemos considerar-nos todos seres humanos e devemos respeitar-nos e lutar pelos direitos das crianças, das mulheres e de todos os seres humanos”.

O vírus do Ébola e o Ocidente

No caso do vírus do Ébola, o comportamento dos Estados Unidos da América e da Europa tem sido uma vergonha. Enquanto a doença não foi uma ameaça para americanos e europeus, pouco ou nada nos importou

que morressem pessoas em África há vários anos. Agora que passou fronteiras, tocou a sirene e toca a mobilizar a ciência e a medicina para abater o vírus. E andamos todos os dias com os direitos humanos na boca.

Os africanos não são pessoas?

O Prémio Nobel da Paz

Pe Vítor Pereira

BOTICASCoimbró de luto

Um morto e um ferido no acidente que ocorreu ao Km 65 da estrada A-62 que liga Burgos a Portugal, no passado dia 18 deste mês de Outubro, eram do concelho de Boticas.

O acidente teve lugar nesta referida estrada, em Torquemada, perto de Palencia, pelas 21H00 locais, 20H00 de Portugal. Dois autocarros da empresa Andrade Voyages que seguiam na mesma direcção e que transportavam 59 passageiros chocaram e do acidente resultaram 3 mortos e 26 feridos, 4 deles em estado grave que logo foram transportados para o Hospital Río Carrion, de Palencia.

António Alves Pires, de 74 anos, natural da Coimbró, freguesia de Alturas de Barroso, residente em Bourgoin-Jallieu, perto de Grenoble faleceu enquanto Domingos Perauta, de 79 anos, natural de Bobadela, ficou gravemente ferido e, depois de socorrido, entrou em estado de coma devido às dores que não suportava. Outro dos feridos, Manuel Joaquim Andrade, um dos condutores e fundador da empresa é natural

de Cabeceiras de Basto. Tanto António como

Domingos que foram emigrantes em França e agora estão reformados viajavam, na altura, para se juntarem aos filhos

Fernando Queiroga na Mesa do Congresso da LBP

Fernando Queiroga, Presidente da Câmara Municipal de Boticas e que desempenha também as funções de Presidente da Direção dos Bombeiros de Boticas e da Federação Distrital de Bombeiros de Vila Real, foi eleito para o cargo de vice-presidente da Mesa do Congresso da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), no decorrer do 42º Congresso Nacional da LBP, realizado durante o passado fim-de-semana (24 a 26 de outubro) em Coimbra.

Apoiante do atual presidente da Liga e recandidato a um segundo mandato, Fernando Queiroga aceitou integrar a lista de Jaime Marta Soares “com sentido de responsabilidade, por entender que era claramente o melhor projeto e a garantia de

continuidade do bom trabalho que a Liga tem feito em prol dos Bombeiros Portugueses, tendo garantido mais meios, condições e benefícios para os Bombeiros em apenas três anos do que os que foram conseguidos nos 20 anteriores”.

Misericórdia avança para a construção de novo Lar de Acamados

A Santa Casa da Misericórdia de Boticas vai avançar para a construção de um novo Lar de Grandes Dependentes - mais conhecido como Lar de Acamados - como forma de dar resposta às necessidades sociais e procurando aumentar o número de camas disponíveis, já que o atual Lar de Acamados, localizado paredes contíguas com o Centro de Saúde, já não tem capacidade para responder às solicitações da população.

A nova valência irá nascer nos terrenos junto ao Centro de Apoio a Deficientes do Alto Tâmega (CADAT), já tendo dado entrada na Câmara Municipal o Projeto referente à obra, entregue pessoalmente pelo Provedor da Misericórdia de Boticas, Fernando Campos.

Câmara reforça apoios às famílias mais desfavorecidas

Mantendo-se fiél à política de apoio social às famílias e estratos sociais mais desfavorecidos, a Câmara Municipal de Boticas vai reforçar os apoios sociais concedidos aos seus munícipes com menores recursos financeiros, tendo, para tal, apresentado à votação da Assembleia Municipal uma proposta de alteração ao regulamento do Cartão Social do Município de Boticas e um regulamento para apoios a estratos sociais desfavorecidos, dois documentos que mereceram a “luz verde” da Assembleia Municipal, tendo sido aprovados por unanimidade.

No que toca ao Cartão Social do Município de Boticas, a principal novidade diz respeito ao montante global das comparticipações (sobretudo na área da saúde) de que cada beneficiário pode usufruir, que passa de 150 euros anuais para o dobro, ou seja, para 300 euros. Alteradas são também as condições de acesso ao cartão social, nomeadamente no que

diz respeito ao rendimento per capita, que passa de 80% do valor do Indexante de Apoios Sociais (IAS) para os 100%, ou seja, permite alargar o múmero de beneficiários destes apoios concedidos pelo município.

Relativamente ao regulamento para apoios a estratos sociais desfavorecidos, trata-se, sobretudo, de reunir num único regulamento um conjunto de apoios diversificados atribuídos pelo Município, que passam agora a estar devidamente regulados. No âmbito deste regulamento, o Município apoiará as famílias mais desfavorecidas nas áreas da Saúde, Habitação, Deficiência e Idosos, Subsistência, educação e através de apoios pontuais a situações de exceção e que não se enquadram nas outras áreas de atuação. Com a regulamentação destes apoios, os mesmos são também reforçados, tendo como exemplo a comparticipação do passe escolar aos alunos que frequentam o ensino secundário público (fora do concelho, onde existe apenas até ao 9º ano) e estejam posicionados no Escalão A ou B, que passa de 50% do valor para a sua totalidade.

29 de Outubro de 201412 BarrosoNoticias de

Caríssimo diretor do Jornal Notícias de Barroso

Quem é Bento Monteiro?

Em primeiro lugar, permita-me que lhe dê os meus parabéns por conseguir, quinzenalmente, fazer sair um jornal, livre e apartidário (embora todos conheçamos as suas raízes e tendências) numa das regiões mais pobres do País, onde o mercado publicitário, como bem sabemos, não abunda, e onde, aqueles que ousam manter a sua independência têm muitas dificuldades em sobreviver.

Devo confessar, que é com elevada expectativa que aguardo a saída do seu jornal, para ler o artigo do Bento Monteiro, sentindo até uma certa frustração nos dias em que ele não escreve. Com efeito, não me lembro de um outro “articulista” que, nos jornais da nossa terra, de forma sistemática, tenha tido a coragem, e ousadia, de pôr a nu os podres da governação. Mais, em praticamente todos os seus artigos, alertou consciências, provocando a discussão do assunto. Para já não falar do mau estar que causou, a todos aqueles que, dada a sua seriedade, têm de fazer de conta que não percebem, alegando que se trata de um ataque político que, claro está, bem sabem que o não é. É apenas a realidade dos factos!

Mas, quem é, afinal, Bento Monteiro?

Esta é a questão que muitos colocam mas que, muito certamente, poucos terão a resposta.

Há quem diga que o

Bento Monteiro é o próprio Prof. Carvalho de Moura. Outros, dizem que é o Prof. Paulo Alves. E outros ainda, avançam com o nome do Jorge Silva, ex-presidente da junta da Venda Nova, do Pedro Giesteira, ex-presidente da junta de Cabril. Há ainda aqueles que avançam com o nome do David Teixeira, atual vice-presidente da Câmara Municipal de Montalegre. Também já ouvi falar no Prof. Alcino Moura e no Inspetor Manuel Batista. Há mesmo quem avance com o nome de pessoas muito próximas de Fernando Rodrigues, com o pretexto de que este necessita de recorrer à teoria da vitimização, para se manter “na crista da onda”.

Confesso que, depois de pôr de parte estas últimas pessoas (era preciso ser muito masoquista para recorrer a tal procedimento), em todos os outros, encontro argumentos capazes de sustentar tal teoria que, claro está, para o caso, pouco interessa.

No entanto, a interrogação persiste: será que Bento Monteiro é algum dos nomes atrás referidos?

Mas que importa, para o comum do cidadão, saber quem é, ao certo, Bento Monteiro? Absolutamente nada!

Aliás, será que se se soubesse quem é (eu próprio, parto de pressuposto que se trata de um pseudónimo), ele poderia, em segurança, continuar a escrever da forma que escreve?

Infelizmente, estou convencido que não.

Por isso, meu caro diretor, o que é importante mesmo, é

que, Bento Monteiro, seja lá ele quem for, continue, com a inteligência que põe naquilo que escreve, a nos presentear com as verdades que têm de ser ditas, e escritas, para que mais tarde possam fazer parte da História de Montalegre.

Com efeito, tal como diz o Povo, “dos fracos, não reza a História” e, sem o Bento Monteiro, muitas seriam as verdades que continuariam por se dizer, e sem se saber.

Bem-haja Bento Monteiro por escrever e o senhor diretor por divulgar aquilo que ele escreve.

Lembram-se d` “O Jipe do povo”, saído em 18 de dezembro de 2013? Já o li mais de uma dezena de vezes. E quanto mais o leio, mais gosto de o ler, e de o comentar com aqueles que me são próximos. É óbvio que a Carta aberta ao Presidente da Assembleia Municipal de Montalegre, tão cedo, não sai da memória dos Barrosões. De “A demissão envergonhada” estamos a aguardar esclarecimentos.

Montalegre merece, e precisa, de pessoas livres, com caráter e independência.

Ricardo Carvalho

NR – Agradecemos as referências elogiosas a este jornal e ao seu Director. É verdade, meus senhores, que fazer um jornal não é tarefa fácil. Para além de não se receber um tostão do governo, a Câmara de Montalegre que gasta MILHÕES em publicidade, ignora pura e simplesmente o Notícias de Barroso. É um escândalo, tanto

mais que este jornal apresenta-se com independência e isenção e a maior parte dos seus colaboradores são conotados com o PS ou seus simpatizantes. Então como é possível a saida do jornal com custos de 1.500 euros cada edição? A resposta é: a fidelidade dos seus muitos assinantes, a dedicação dos seus excelentes colaboradores, a ajuda de algumas empresas do concelho e sobretudo muito trabalho por parte de quem o faz.

E o que seria este concelho sem o Notícias de Barroso? Por exemplo, quando saberiam os barrosões que as Armas Reais do Pelourinho são uma fraude,

uma vergonha? E quem saberia do “Jipe do povo”? E o que dirão os leitores, a maioria fora de portas, do silêncio da nossa Câmara acerca de pertinentes questões colocadas pelo NB?

Os trabalhos de Bento Monteiro, pseudónimo dum assinante (não é o director do jornal), têm constituido um estímulo para todos não só pela qualidade dos seus escritos como pela oportunidade dos temas tratados. E com Bento Monteiro, uma voz oportuna, sábia, crítica por vezes agressiva sem ofender, o jornal vale mais e, consequentemete, vende mais.

Cartas dos Leitores

VENDE-SETerreno em Paio Afonso, freguesia de Pondras,

situado perto da aldeia e a poucos metros da EN 103.

Contactos: 0044 2078 010377 e 0044 77 170 12329

CARTÓRIO NOTARIAL DE VIEIRA DO MINHO

NOTÁRIA SUSANA SOUSACERTIFICO, para efeitos de publicação, que por escritura do dia vinte de Outubro dois mil e catorze, lavrada a folhas cento e nove do livro sessenta e quatro-A, deste Cartório, que:ANTÓNIO LOURENÇO GONÇALVES e mulher ANA DA ASSUNÇÂO GONÇAL-VES MOURA, casados sob o regime de comunhão geral, ambos naturais da freguesia de Viade de Baixo, concelho de Montalegre, onde residem na Rua do Outeiro, nº 32, lugar de Friães, contribuintes 148539297 e 148539300, São donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem do seguinte imóvel: - Prédio rústico denominado “Fiainhos”, composto de mato, sito no lugar de Friães, com a área de nove mil duzentos e setenta metros quadrados, a confrontar de norte e poente com baldio e de sul e nascente com caminho, inscrito na atual matriz sob o artigo 2472 da União das freguesias de Viade de Baixo e Fervidelas, que provém do artigo 1203 rústico da freguesia de Viade de Baixo (Extinta), Que este prédio adveio à sua posse, por doação meramente verbal de António José Roxo, viúvo, residente que foi no lugar de Friães, da citada freguesia de Viade de Baixo, em data que não pode precisar do ano de 1975 sem contudo ser reduzida a escritura pública.Que, desde essa data, têm possuído o dito prédio em nome próprio e sem a menor oposição de quem quer que seja, desde o seu início, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, à vista e com conhecimento de toda a gente e traduzida no amanho da terra, na recolha dos seus frutos, fazendo roçar os seus matos, aproveitando lenhas, limpando-os para evitar incêndios, bem como em todos os demais actos materiais de fruição, pagando os respectivos impostos, sendo, por isso, uma posse pacífica, porque exercida sem violência, contínua e pública.Como esta posse assim exercida o foi sempre de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, por adquirir o prédio por usucapião, o que invocam para justificar o direito de propriedade para fins de registo predial, dado que este modo de aquisição não pode ser comprovado extrajudicialmente de outra forma.Declarações estas confirmadas por três testemunhas.ESTÁ CONFORME O ORIGINAL.Vieira do Minho, vinte de Outubro de 2014A Notária,

Fatura/registo nº 1423/002/2014

Notícias de Barroso, 29 de Outubro de 2014

29 de Outubro de 2014 13BarrosoNoticias de

Lita Moniz

Domingos Dias

As urnas deram a vitória a Dilma Rousseff, ( PT ) atual presidente do Brasil, votaram pela continuidade. Uma vitória apertada, 51,64% dos votos válidos, uma diferença de pouco mais de três pontos percentuais decretaram a derrota de Aécio Neves.

Quem decidiu o pleito foram as regiões do Norte, especialmente o Nordeste. Nem

mesmoPernambuco, onde a viúva

de Eduardo Campos declarou apoio a Aécio Neves, nem os votos

de Marina Silva foram decisivos para cobrir esta diferença tão apertada.

Ainda assim, diante de um país dividido em proporções tão próximas que nenhuma pesquisa arriscava antever a vitória deste ou daquele candidato. Algo mais colocou um forte entrave na frente desta possibilidade de vitória.

A apertada diferença deixa claro que o estado de Minas onde a liderança dos Neves sempre ditou a tendência foi a ajuda mais eficaz para a decisão deste pleito. Aécio perdeu em Minas, perdeu onde deveria ter uma margem larga de vantagem, os três por cento que decretaram a sua derrota deveriam ter saído dali. Minas Gerais foi o fiel da

balança, ganhou o candidato para onde Minas Gerais pendeu.

Aécio perdeu na sua terra natal, na terra dos Neves. O

povo votou no bolsa família,

no salário educação, enfim, nas bolsas tão apregoadas no decorrer da campanha como tábua de salvação para tirar da extrema pobreza grande parte da população brasileira. A bandeira da campanha eleitoral da presidente foi mesmo espalhar boatos e medo de que estes benefícios fossem retirados da população mais carente. Votaram em Dilma Rousseff com medo de vir a perder o tão pouco que tanta falta lhe faz. Triste realidade!

O candidato Aécio Neves, depois de telefonar para a Presidente eleita parabenizando-a pela vitória, fez um pronunciamento à nação, despediu-se assim da campanha eleitoral com

as palvras do apóstolo Paulo de Tarso: “Combati o bom combate, cumpri a minha missão e guardei a fé”.

A candidata eleita em seu

discurso de agradecimento pela vitória alcançada pediu que a sociedade brasileira se una, dizia não acreditar que os combates acirrados entre os candidatos tenham dividido o país ao meio. Realmente não dividiram, faltou Minas Gerais.

Divergências de lado, a realidade não é animadora. O Brasil precisa de paz, de ânimo para prosseguir rumo a melhorias em todos os setores. Nada está como devia estar, falta tudo.

Todas as áreas sociais, políticas , econômicas e outras, tudo reclama benfeitorias em todos

os setores. Venceu a situação, uma vitória apertada, tomara que tudo isto seja uma boa lição de vida, o povo brasileiro merece muito mais, merece respeito, merece uma vida mais digna, uma vida de qualidade à altura desta nação tão pródiga quanto bela.

No próximo dia 22 de Novembro, vai ser celebrado o 23.º aniversário da Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro, de Newark, New Jersey, Estados Unidos da América do Norte.

Do programa faz parte jantar que será servido pelo restaurante Valença, baile com música do Duo Rotação e atuação da cantora Ágata, vinda de Portugal.

O local onde se vai realizar este importante evento é no Portuguese Instructive Social Club, 401 Route 1 & 9, Elizabeth, New Jersey. Para reservas e informações, é favor telefonar para Frank, 908-4183585; Heitor Alves, 908-451-1371; Natália Tavares, 973-202-1682; São Quintela, 908-370-7203.

Na comemoração de outros aniversários anteriores foram convidados de honra alguns presidentes das Câmaras

Municipais Transmontanas, inclusive de Montalegre, Boticas, Chaves, Valpaços, Mirandela, etc. Há cerca de vinte anos passados, um dos primeiros transmontanos a ser convidado de honra foi o dr. Barroso da Fonte, jornalista e escritor.

Os corpos gerentes atuais são os seguintes:

Assembleia geral: Presidente, Jorge Pereira; vice

president, João Gonçalves; secretário, José Oliveira.

Direcção: Presidente, Heitor Alves; vice president, Frank Alexandre; secretário, José Sousa; vice secretário, Natália Tavares; tesoureiro,

São Quintela; vice tesoureiro, Jenny Alves; relações públicas, Nuno Pereira; director de Sede, Manuel Sobral e Justino Sá.

Assistentes: Rodrigo Fonseca, Paulo Couceiro, Marcelo Giallorenzo, Jorge Costa. Mestre de Obras: Jorge Romão.

Conselho Fiscal: Presidente, Manuel Alves; Fernando Parente e Tony Chaves, fiscais.

Director de Eventos: Anabela Dias.

Grupo de Apoio à Direcção: Paula Alves, Anabela Dias, Cesaltina Dinis, Julieta Anes, Mário Fins, Paulo Couceiro e Marcelo Giallorenzo.

É sempre agradável saber que os Transmontanos e Alto Durienses gostam de ter as suas Associações, onde convivem

e praticam os seus usos e costumes.

Parabéns por celebrarem mais um aniversário.

Quem Venceu quem Perdeu

Dos Estados Unidos

Aniversário da Casa de Trás-os-Montes de Newark

EXTRATOCertifico para efeitos de publicação que, por escritura lavrada em 29 de outubro de 2014, na

Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre, a cargo da Dra Maria Carla de Morais Barros Fernandes, exarada a folhas 9 e seguintes do livro 980-A, VICENTE PAULO ALVES DIAS e mulher ILDA AFONSO DE MOURA DIAS, casados em comunhão de adquiridos, naturais ele da freguesia de Viade de Baixo, deste concelho, onde residem no lugar de Friães, na Rua do Manco nº 1 e ela da freguesia de Contim, do mesmo concelho, declararam:

Que ele é dono, com exclusão de outrém, do seguinte bem imóvel, situado na União das Freguesias de Montalegre e Padroso, concelho de Montalegre:

- Prédio urbano situado na AVENIDA DA NORUEGA, composto de terreno para construção, com a área de dois mil quinhentos e quarenta e nove metros quadrados, a confrontar do norte com Eugénio Pires Fecha, sul com Avenida da Noruega, nascente com José Carlos Pires e do poente com António Teixeira Gonçalves, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 1740, que corresponde ao artigo 2156 da freguesia de Montalegre (Extinta).

Que, apesar de pesquisas efectuadas, desconhece se o prédio alguma vez esteve inscrito na matriz rústica, encontra-se ainda por descrever na Conservatória do Registo Predial de Montalegre e está inscrito na respetiva matriz em nome do justificante marido.

Que não tem qualquer título de onde resulte pertencer-lhe o direito de propriedade do prédio, mas iniciou a sua posse em mil novecentos e oitenta e três, ano em que o seu pai o adquiriu para si, ainda como menor, já com a indicada natureza, por compra meramente verbal a João Afonso dos Santos, viúvo, residente que foi nesta vila, já falecido.

Que desde essa data, por intermédio de seus pais e posteriormente por si, sempre tem usado e fruído o indicado prédio, demarcando-o e nele projetando construir uma moradia, pagando todas as contribuições por ele devidas e fazendo essa exploração com a consciência de ser o seu único dono, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição, há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriu o direito de propriedade sob o prédio por USUCAPIÃO, que expressamente invoca para efeitos de ingresso do mesmo no registo predial.Está conforme.Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre, 29 de outubro de 2014.O 1.º Ajudante, (Assinatura ilegível)

Conta:Emol: Art.º 20.4.5) ------------ 23,00 €São: vinte e três eurosRegistado sob o n.º 682

Notícias de Barroso, n.º 459, de 29 de outubro de 2014

29 de Outubro de 201414 BarrosoNoticias de

SOS - Número nacional 112Protecção à Floresta 117Protecção Civil 118Câmara Municipal de Boticas 276 410200Câmara Municipal de Montalegre 276 510200Junta de Freguesia de Boticas Junta de Freguesia de Montalegre 276 512831Junta de Freguesia de Salto 253 750082Bombeiros Voluntários de Boticas 276 415291Bombeiros Voluntários de Montalegre 276 512301Bombeiros Voluntários de Salto 253 659444GNR de Boticas 276 510540 GNR de Montalegre 276 510300GNR de Venda Nova 253 659490 Centro de Saúde de Boticas 276 410140 Centro de Saúde de Montalegre 276 510160Extensão de Saúde de Cabril 253 652152Extensão de Saúde de Covelães 276 536164Extensão de saúde de Ferral 253 659419Extensão de Saúde de Salto 253 659283Extensão de Saúde de Solveira 276 536183Extensão de Saúde de Tourém 276 579163Extensão de Saúde de Venda Nova 253 659243Extensão de saúde de Viade de Baixo 276 556130Extensão de saúde de Vilar de Perdizes 276 536169

Hospital Distrital de Chaves 276 300900Agrupamento de Escolas G. M. de Boticas 276 415245Agrupamento de Escolas de Montalegre 276 510240Agrupamento de Escolas do Baixo Barroso 253 659000Escola Profissional de Chaves 276 340420Centro de Formação Profissional de Chaves 276 340290Tribunal Judicial de Boticas 276 510520Tribunal Judicial de Montalegre 276 090000Instituto de Emprego de Chaves 276 340330Região de Turismo do Alto Tâmega e Barroso 276 340660ADRAT (Chaves) 276 340 920ACISAT (Chaves) 276 332579Direcção Regional de Agricultura (Chaves) 276 334359EDP - Electricidade de Portugal 276 333225Cruz Vermelha Portuguesa Boticas 276 410200Cruz Vermelha Portuguesa Montalegre 276 518050APAV - Apoio à Vítima 707 200077SOS - Criança 800 202651SOS - Grávidas 800 201139SOS - Deixe de Fumar 808 208888SOS - Voz Amiga 800 202669Linha SIDA 800 266666Intoxicações 808 250143NOTÍCIAS DE BARROSO 91 4521740NOTÍCIAS DE BARROSO 276 512285

Informações úteis

29 de Outubro de 2014 15BarrosoNoticias de

BarrosoNoticias de

Sede: Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tel: +351 276 512 285 e 91 452 1740 email: [email protected] http://omontalegrense.blogspot.comPropriedade: José António Carvalho de Moura, Contribuinte nº 131 503 324, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tels: +351 276 512 285 e 91 452 1740 FAX: +351 276 512 281 Email: [email protected]

Editor: Nuno Moura, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre, email: [email protected]: Maria de Lourdes Afonso Fernandes Moura

Paginação e composição: [email protected], Rua Miguel Torga, 492 5470-211 MontalegreRegisto no ICS: 108495

Impressão: Empresa Diário do Minho, Lda Rua de Santa Margarida, 4 A, 4710-306 Braga email: [email protected] http://www.diariodominho.pt

Colaboradores: António Chaves, António Pereira Alves, Barroso da Fonte, Carlos Branco, Custódio Montes, Dias Vieira, Domingos Cabeças (Inglaterra), Domingos Dias (USA), Duarte Gonçalves, Fernando Moura, Fernando Rosa (USA), Francisco Laranjeira, João Soares Tavares, José dos Reis Moura, José Manuel Vaz, José João Moura, Hélder Alvar, Lita Moniz (Brasil), João Adegas, José Duarte (França), José Rodrigues (USA), Lobo

Sentado, Manuel Machado, Maria José Afonso, Norberto Moura, Nuno Carvalho, Ricardo Moura, Sérgio Mota e Victor Pereira

Assinaturas: Nacionais: 20,00 € Estrangeiros: 35,00 €

Tiragem: 2.000 exemplares por edição

(Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores não vinculando necessariamente a orientação do jornal ou da sua direcção)

1

Nome do Centro de Emprego Nome da Profissão Nº Oferta

Ajudante Familiar 588483749 Contrato a termo por 6 meses (a tempo completo) Madalena, Samaiões / Chaves

Ajudante de Cozinha 588483730 Contrato a termo por 6 meses (a tempo completo) Sta. Maria Maior / Chaves

Cozinheiro 588483876 Contrato a termo por 6 meses (a tempo completo) Santa Maria Maior/Chaves

Mecânico de Automóveis 588465814 Contrato a termo por 6 meses (a tempo completo) Outeiro Seco / Chaves

Engenheiro Civil 588483739 Contrato a termo por 6 meses (a tempo completo) Vidago/Chaves

Serralheiro Civil 588483847 Contrato a termo por 6 meses (a tempo completo) Sta. Cruz, Trindade / Chaves

Carpinteiro de Limpos e de Tosco 588483889 Contrato a termo por 6 meses (a tempo completo) Vila Verde da Raia/Chaves

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego.

Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de

situações em que a oferta de emprego publicada já foi

preenchida devido ao tempo que medeia a sua

disponibilização e a sua publicação.

Indicação do Regime de Trabalho ( a tempo parcial ou

completo) e Informações Complementares

Nome da Freguesia/Concelho a que respeita

o Posto Trabalho a ser preenchido

Centro de Emprego e Formação Profissional de Alto Trás-os-

Montes Serviço de Emprego de

Chaves Rua Bispo Idácio nº 50/54

5400 303 Chaves Telefone: 276340330

E-mail: [email protected]

2

Pedreiro 588483866 Contrato a termo por 6 meses (a tempo completo) Sanfins / Valpaços

Trabalhador não Qualificado de Eng. Civil 588483869 Contrato a termo por 6 meses (a tempo completo) Valpaços

Cabeleireiro e Barbeiro 588483904 Contrato a termo por 6 meses (a tempo completo) Santa Maria Maior/Chaves

Centro de Emprego e Formação Profissional de Alto Trás-os-

Montes Serviço de Emprego de

Chaves Rua Bispo Idácio nº 50/54

5400 303 Chaves Telefone: 276340330

E-mail: [email protected]

DESPORTOFUTEBOL

Campeonato Distrital da AF Vila Real

Jornada nº 4, no Campo da Avenida, Dia 19-10-2014

Sabroso 0 Montalegre 4

O Montalegre alinhou com:Vieira; Fortunato, Leonel

Costa, Rendeiro e Abreu; Leonel Fernandes, Veras, Fidalgo (Zack 68) e Carvalho (Ptt 64); Bruno Madeira e Gabi. Treinador: Zé Manuel Viage

Depois de algumas dificuldades iniciais, o Montalegre abriu o activo aos vinte minutos. Veras ganha a bola pelo ar, assiste Fidalgo que oferece o golo a Bruno Madeira. Jorge Fidalgo foi a grande figura do jogo, pois, além de uma assistência para golo, ainda marcou dois tentos de belo efeito aos 32 e 38 minutos. O Sabroso cometeu erros defensivos imperdoáveis e saiu para o intervalo já com a derrota no bolso.

Na etapa complementar e a perder por 0-3 pouco podia fazer a equipa treinada por Rui Fernandes, senão jogar um futebol positivo… Honra seja feita ao Sabroso que tentou sempre jogar bem. Já o Montalegre a vencer por 0-3 passou a gerir o jogo a seu belo

prazer. Zack, um dos reforços, estreou-se a marcar aos 90 e no minuto seguinte, isolado, atirou ao lado.

Nas ultimas duas partidas, o Montalegre marcou 8 golos(!) e não sofreu nenhum… Está portanto no bom caminho a equipa barrosã ….!

ResultadosV. Perdizes 3 R. de Pena 1Valpaços 3 Noura 1Mesão Frio 2 Atei 0Fontelas 0 Cerva 4Sabroso 0 Montalegre 4Mondinense 4 Régua 3Vila Pouca 2 Abambres 3

5.ª Jornada, no Estádio Dr Diogo Vaz Pereira, Dia 26-10-2014

Montalegre 2 Mondinense 1

O Montalegre alinhou com:Vieira; Fortunato, Abreu,

Rendeiro e Leonel Fernandes; Lenel Costa, Rafa (Chico 61), Carvalho (PTT 69), Veras (Vasques 89); Bruno Madeira e Fidalgo. Treinador: Zé Manuel Viage

Graças a um primeiro tempo de grande nível, o Montalegre somou a terceira vitória consecutiva.

A equipa barrosã entrou muito forte nesta partida e

dominou a primeira parte, e o Mondinense acabou por ficar manietado e a falhar muitos passes. O Montalegre a jogar um futebol objectivo e dinâmico fez o primeiro golo logo aos 11m, por intermédio de Bruno Madeira a passe de Fidalgo…

Depois Veras faz o 2-0 num pontapé comprido com grande chapéu a César, um golão a mais de trinta metros!

Na etapa complementar, o Montalegre não conseguiu manter o mesmo nível do primeiro tempo, o Mondinense soltou-se mais e passou a chegar mais perto da baliza de Vieira. Depois de um pontapé longo, Henrique reduz a desvantagem dos visitantes.

A partir daqui, o Montalegre tremeu um pouco e o Mondinense não empatou o jogo por manifesta falta de sorte.

O Montalegre acabou o jogo com o credo na boca mas conseguiu o objectivo da vitória que acaba por ser justa graças a uma primeira parte de bom nível.

Nuno Carvalho c/redacção

Resultados:Atei 1-0 SabrosoRégua 1-0 Vila PoucaGD Valpaços 8-0 FC FontelasGD Cerva 3-2 Vilar Perdizes

Ribeira Pena 2-0 Mesão FrioMontalegre 2-1 MondinenseNoura 1-2 Abambres

O GD Cerva é a grande suspresa deste início de época. 5 jogos 5 vitórias = 15 pontos

Outras Notícias

Autarquia gasta mais de 100 mil euros na prática desportiva

A Câmara Municipal de Montalegre, à luz dos protocolos celebrados com as instituições envolvidas, disponibiliza uma verba superior a 100 mil euros no apoio da prática desportiva. Uma aposta que está canalizada desta forma: Montalegre (55 mil), Vilar de Perdizes (45 mil) e associação “A Colmeia” (3 mil). Ao todo são 180 atletas a competir e a defender o nome do concelho.

«A promoção e o apoio ao desporto, consubstanciado na criação de condições de prática desportiva são uma das competências e obrigações das Autarquias na prossecução dos interesses próprios, comuns e específicos das populações respetivas».

Centro Desportivo e Cultural de Montalegre (55.000 € - 105 jogadores):

- Futebol Sénior (24)- Futebol Júnior (21)- Futebol Iniciados (20)- Petizes (20)- Traquinas (20)Grupo Desportivo da

ACRecreativa de Vilar de Perdizes (45.000 € - 38 jogadores)

- Futebol Sénior (22)- Futsal Sénior (16) Associação Desportiva e

Cultural “A Colmeia” (3.000 € - 37 jogadores)

- Futsal Iniciados (15)- Futsal Infantis (22)

MEL DO LAROUCO O mel do Larouco é produzido nas encostas da serra com o mesmo

nome e resulta das florações da urze, sargaço, sangorinho, carvalho e outras espécies ve-getais da região de Barroso Apicultor nº 110796J. A. Carvalho de MouraRua Miguel Torga, nº 4925470-211MONTALEGRETels: +351 91 452 1740 e 276 412 285Fax: +351 276 512 281Mail: [email protected]

VILAR DE PERDIZES

Padre Fontes esconjura “males” no Halloween

O padre António Fontes vai esconjurar com a queimada os “males do corpo e da alma”

a quem for a Vilar de Perdizes festejar a noite de `Halloween”.

À luz das velas, bruxas, diabos, personagens bizarras, mortos-vivos, trasgos, duendes e mafarricos vão desfilar pelas ruas de Vilar de Perdizes, para pregar partidas e “sustos de morte” aos visitantes.

O ponto alto da noite de `Halloween” é a preparação da QUEIMADA,

licor feito à base de aguardente, açúcar, maçã e canela, pelo

padre António Fontes, conhecido por “Dom Bruxo”, com efeitos alegadamente esconjurativos de todos os males deste e do outro mundo.

Antes de servir a Queimada - “mistela abençoada” - o “Dom Bruxo” faz o esconjuro da bebida, recitando a ladainha do Conxuro “mochos, corujas, sapos e bruxas, demónios, trasgos e diabos, espíritos das enevoadas veigas”, livrando-a de maus-olhados, feitiços, invejas e bruxedos.

O sacerdote católico explicou hoje à Lusa que a queimada é uma brincadeira, uma fantasia e um entretenimento, relembrando ser “anti bruxo, anti magia e anti feitiçaria”.

“O objetivo desta festividade é libertar as pessoas do stresse do dia-a-dia e diverti-las”, disse o padre António Fontes.

Assim, por volta das 18h30 dar-se-á início a uma noite onde as personagens principais

vão ser as bruxas e os bruxos. Depois da hora de jantar, às 22h30, será a reunião das bruxas no Terreiro das Bruxas, junto aos castanheiros da Escola, e

meia hora depois (23h) é hora do Cortejo. À meia-noite em ponto será a vez do Padre Fontes realizar a Queimada à volta da fogueira envolto num ritual satânico do “Beijo de despedida

no cú do diabo”.Pela noite decorrerá ainda

o concurso para as melhores abóboras decoradas e haverá muita música e animação.

A iniciativa é organizada pela Associação de Defesa do Património de Vilar de Perdizes e que conta, uma vez mais, com o apoio da Câmara Municipal de Montalegre.

Encontro Regional dos Escuteiros em Sabrosa