Boletim «ESMORIZ (BARRINHA) EM FOCO» - 30ª Edição

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1 Edição: Associação Ambiental e de Lazer de Esmoriz Outubro de 2012 http://www.aalesmoriz.blogspot.com http://issuu.com/pedrodredd/docs/aale30 e-mail: [email protected] Comunicações entre Espinho, Furadouro, Ria de Aveiro e Vice-versa Acerca do relatório em que se fala da Barrinha de Esmoriz / Plano parcial de urbanização Freguesia de Esmoriz, concelho de Ovar, faço a seguinte observação: Não digo que no meio de tudo isto não possa haver uma ou outra observação digna se ser ouvida e até mesmo que entre os técnicos que percebem do assunto se possa encontrar um ou outro que até queira fazer alguma coisa que sirva para alguma coisa, mas para isso seria necessário que houvesse alguém que efectivamente pudesse e quisesse mandar. No meu entender o citado relatório não passa dum amontoado de papéis, na maior parte inú- teis. Basta dizer que até há quem afirme que uma ETAR comum a Cortegaça e Esmoriz, construída no desbasta- do Buçaquinho, é mais vantajosa do que a ETAR de Paramos, que descarrega directamente para o mar e já se encontra em estado muito avançado de construção. Querem maior prova de ignorância? Valia a pena, penso eu, que se fizesse um estudo cuidadoso a respeito da construção duma terceira ponte de ligação entre uma e a outra margem do Canal das Pontes, por forma a tornar possível que no prolongamento das ruas número DOIS da planta de 1913 e a actual estrada de acesso ao Nosso Café, em Espinho, com passagem pelas praia de Paramos, Campo de Golfe, etc. Desta forma, com menos quilómetros a percorrer, menos gasolina a gastar e menos tempo a perder, os moradores de Espinho, Furadouro, Ria de Aveiro e vice-versa, poderiam trocar entre si visitas fre- quentes, tendo além disso a vantagem de poderem dar uma voltinha pela moderna feira da Barrinha de Esmoriz. Não digo que no meio de tudo isto não pudesse haver um ou outro erro que tivesse de ser notado por um ou outro experiente, porque não há ninguém que tudo saiba, e os problemas variam muito de lugar para lugar. José Sá Ferreira 30 de Dezembro de 1989 30 GESTÃO PARA VENCEDORES... Agente GESTWIN: HOT CHIP Av. da Praia, 1760 / 3885-406 Esmoriz www.hotchip.com.pt - [email protected] Visite a Barrinha de Esmoriz e a Lagoa de Paramos grafirefl[email protected] ESMORIZ (BARRINHA) EM FOCO

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Boletim informativo mensal da Associação Ambiental e de Lazer de Esmoriz.

Transcript of Boletim «ESMORIZ (BARRINHA) EM FOCO» - 30ª Edição

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Edição: Associação Ambiental e de Lazer de EsmorizOutubro de 2012

http://www.aalesmoriz.blogspot.comhttp://issuu.com/pedrodredd/docs/aale30

e-mail: [email protected]

Comunicações entre Espinho, Furadouro, Ria de Aveiro e Vice-versa

Acerca do relatório em que se fala da Barrinha de Esmoriz / Plano parcial de urbanização Freguesia de Esmoriz, concelho de Ovar, faço a seguinte observação:Não digo que no meio de tudo isto não possa haver uma ou outra observação digna se ser ouvida e até mesmo que entre os técnicos que percebem do assunto se possa encontrar um ou outro que até queira fazer alguma coisa que sirva para alguma coisa, mas para isso seria necessário que houvesse alguém que efectivamente pudesse e quisesse mandar. No meu entender o citado relatório não passa dum amontoado de papéis, na maior parte inú-teis. Basta dizer que até há quem afirme que uma ETAR comum a Cortegaça e Esmoriz, construída no desbasta-do Buçaquinho, é mais vantajosa do que a ETAR de Paramos, que descarrega directamente para o mar e já se encontra em estado muito avançado de construção. Querem maior prova de ignorância? Valia a pena, penso eu, que se fizesse um estudo cuidadoso a respeito da construção duma terceira ponte de ligação entre uma e a outra margem do Canal das Pontes, por forma a tornar possível que no prolongamento das ruas número DOIS da planta de 1913 e a actual estrada de acesso ao Nosso Café, em Espinho, com passagem pelas praia de Paramos, Campo de Golfe, etc. Desta forma, com menos quilómetros a percorrer, menos gasolina a gastar e menos tempo a perder, os moradores de Espinho, Furadouro, Ria de Aveiro e vice-versa, poderiam trocar entre si visitas fre-quentes, tendo além disso a vantagem de poderem dar uma voltinha pela moderna feira da Barrinha de Esmoriz. Não digo que no meio de tudo isto não pudesse haver um ou outro erro que tivesse de ser notado por um ou outro experiente, porque não há ninguém que tudo saiba, e os problemas variam muito de lugar para lugar.

José Sá Ferreira30 de Dezembro de 1989

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GESTÃO PARA VENCEDORES...Agente GESTWIN: HOT CHIP

Av. da Praia, 1760 / 3885-406 Esmoriz www.hotchip.com.pt - [email protected]

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O REVIGORAMENTO DA BARRINHA DE ESMORIZNOTAS preliminares

Desde há bastantes anos que os amigos da Barrinha se preocupam com os diversos males de que enferma a lagoa comum a Esmoriz e Paramos.

Tem-se tentado, pelos mais variados processos, dar-lhes remedeio, mas com insignificantes resultados. A não ser o caso dos serviços Florestais e Aquícolas, que mandaram construir uns açudes no rio de Maceda (vala da florestal), destinados a impedir o refundamento do rio e um carreamento adicional de areias para a lagoa, pouco ou nenhum resultado deram as diligências empreendidas junto das entidades oficiais no sentido de impedir a extinção da Barrinha, salvo uma ou outra medida de carácter paleativo, levada a cabo ao aproximar-se a época balnear e destinada a manter alguma água no braço da lagoa paralelo ao mar. Tentou-se em tempos, por meio duma associação denominada “Liga de Melhoramentos e Defesa da Barrinha da Esmoriz “, com sede em Espinho, interessar as entidades superiores pelos problemas da lagoa comum a Esmoriz e Paramos, mas tratava-se duma associação sem receitas, e por conseguinte com diminutas possibilidades de acção.

Presentemente existe uma “Comissão de Melhoramentos de Esmoriz”, pobríssima de recursos, a não ser quando se promovem subscrições para a socorrer.

É verdade que se paga em Esmoriz um imposto especial, lançado em nome da Junta de Turismo da Praia do Furadouro, mas trata-se duma entidade que não pertence à bacia hidrográfica da Barrinha, e portanto pouco familiarizada com os nossos problemas.

A única entidade local com alguns poderes, embora diminutos em relação à importância da terra que representa, é a Junta de Freguesia de Esmoriz, que é na realidade o motor da vila, mas trata-se dum motor com muito pouca potência, muito pouco combustível, e muito pouco quem o queira dirigir, o que não é de admirar, dado que to-dos desejam que os seus esforços frutifiquem e ninguém gosta de desapontar os seus conterrâneos.

Entre outras medidas tendentes à valorização económica de Esmoriz e maior comodidade da sua população afigura-se-nos indisponível conceder às entidades locais um maior poder de realização, nomeadamente à Junta de Freguesia de Esmoriz, que dado o facto de nos encontramos a considerável distancia da sede do concelho e tudo em atenção a importância da vila que representa e os problemas específicos que lhe são inerentes, necessita de maiores receitas e maiores possibilidades de acção.

E preciso não esquecer que entre a nossa estação de caminho de ferro e a de Ovar distam 11 quilómetros, e que por maior que seja a boa-vontade de quem governa o concelho, uma coisa há que não pode fazer, e que é en-curtar a distância que nos separa. Não se trata de substituir as entidades a quem compete velar pelo desenvolvi-mento local, nomeadamente no que diz respeito aos problemas da Barrinha, mas de poder actuar, quando for oportuno, sem deixar perder as oportunidades que se nos ofereçam de fazer coisas úteis ao bem comum.

Ultimamente, com a visita que Sua excelência o ministro das obras públicas fez à praia de Esmoriz, e dado o facto de por iniciativa própria ter visitado mais do que um ponto da lagoa, o que denota desejo de conhecer as suas possibilidades, os carolas da Barrinha sentiram renascer a esperança de que finalmente haja alguém que im-peça o desaparecimento de um dos maiores valores turísticos do norte do pais, que apesar de muito prejudicado, mesmo assim, é o alvo das inúmeras pessoas que até lá se deslocam na época calmosa.

No intuito de facilitar qualquer estudo que porventura se queira fazer, tendente a revigorar a Barrinha e impedir

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a inundação dos campos que a circundam, apresentamos em esboço, e precedida de breves notas as sugestões que se seguem (1)e que se nos afiguram ser as mais viáveis, menos dispendiosas e de resultados mais imediatos para solucionar os problemas mais prementes da lagoa comum a Esmoriz e Paramos.

(1) – constam do nosso arquivoJosé Sá Ferreira

BARRINHA EM 1941 - SUGESTÕES

O Mapa que juntamos é uma fantasia daquilo que seria no futuro a lagoa comum a Esmoriz e Paramos se se viesse um dia a ser reconstituída.

Para levar a efeito uma tal obra teríamos que começar por escavar uma nova Barrinha, isto é, a areia que hoje a entulha e ainda mais a que se lhe há-de juntar daqui para o futuro, teriam que ser removidas para os sítios mais baixos das proximidades. Seguidamente, a foz do rio de Maceda, seria mudada para o Canal das pontes, onde desaguaria cerca de cento e cinquenta metros a poente dos restos da antiga ponte. Desde a Rua da aldeia até ao novo desaguadouro, o rio seguiria à margem da lagoa, da qual ficaria separado por um aterro. Como em circun-stâncias normais a Barrinha só está em comunicação com o mar aquando dos seus escoamentos periódicos, adquirido, quando o rompimento se dá, ao passar pelos sítios mais apertados, uma velocidade impetuosa, to-dos os detritos que o rio de Maceda depositasse no Canal das Pontes seriam, forçosamente, arrastados para o oceano.

Quando ao braço da lagoa paralelo ao mar, seria posto no local que em circunstâncias normais deveria ocupar nos meados do século XXI se nesse tempo a lagoa fosse alguma coisa mais do que um simples charco e tivesse as necessárias dimensões para nela se poder velejar.

A margem nascente da Barrinha seria consideravelmente alteada e sobre o aterro marginal construída uma es-trada que unisse entre si as diversas vias de acesso às praias de Cortegaça, Esmoriz e Paramos, bem assim como aos respectivos apeadeiros e estação do caminho de ferro.Poderá acaso este sonho tornar-se um dia realidade?

Nota: O avanço do mar faz-se ao ritmo decrescente, impossível, no entanto, de prever com exactidão.Quanto ao Regueirão, há um atraso no seu deslocamento, que teria de ser repensado.

José Sá Ferreira