Boletim Intercom

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Unesp Bauru é vencedora do prêmio Luiz Beltrão 2010 O prêmio foi criado em 1997 com o intuito de reconhecer a qualidade do trabalho acadêmico realizado nas universidades e centros de pesquisa, além dos grupos ou instituições que contribuem para a área de comunicação. Página 2 Boletim Informativo da Agência Júnior de Jornalismo Edição Especial Terça, 7 de setembro de 2010 RPjr Alunos de Relações Públicas da Unesp Bauru apresentaram trabalhos na Expocom . Página 5 Charges Mesa redonda traz figuras renomadas do humor gráfico, em um debate engajado sobre a relação dessa arte com o jornalismo Página 6 Faces do Cinema Sessão explica uso da música, da pornochanchada e da abordagem das favelas Página 3 Créditos: Divulgação

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Boletim referente ao último dia de Intercom.

Transcript of Boletim Intercom

Page 1: Boletim Intercom

Unesp Bauru é vencedora do prêmio Luiz Beltrão 2010

O prêmio foi criado em 1997 com o intuito de reconhecer a qualidade do trabalho acadêmico realizado nas universidades e centros de pesquisa, além dos grupos ou instituições que contribuem para a área de comunicação. Página 2

Boletim Informativo da Agência Júnior de Jornalismo

Edição EspecialTerça, 7 de setembro de 2010

RPjr

Alunos de Relações Públicas da Unesp Bauru apresentaram trabalhos na Expocom .

Página 5

Charges

Mesa redonda traz figuras renomadas do humor gráfico, em um debate engajado sobre a relação dessa arte com o jornalismo

Página 6

Faces do Cinema

Sessão explica uso da música, da pornochanchada e da abordagem das favelas

Página 3

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Page 2: Boletim Intercom

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EXPEDIENTEPresidência - Damaris Rota

Administrativo - Financeiro- Vanessa

Cancian

Comunicação – Mariana Zaia

Projetos – Laís Modelli

Marketing – Tamirys Seno

Recursos Hume anos - Beatriz Mansur

Qualidade – Renan Simão

Trainees

Trainee da Presidência – Odelmo Serrano

Filho

Trainee do Administrativo – Lucas Gandia

Trainee de Comunicação – Caroline

Galhardo

Trainee de Projetos – Laura Luz

Trainee de Marketing – Pablo Marques

Trainee de Recursos Humanos – Amanda

Savioli

Trainee de Qualidade – Samantha de

Andrade

Edição: Mariana Zaia

Projeto Gráfico: Tamirys Seno

Diagramação: Fernando Araujo

unespUNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

“JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

Unesp Bauru é vencedora do prêmio Luiz Beltrão Departamento de Comunicação Social ganha prêmio por inovação

Por Beatriz Almeida

Foi com palavras de orgulho e

admiração oferecidas a seus colegas

acadêmicos que o diretor Roberto

Deganutti, da FAAC (UNESP), realizou

seu discurso após a entrega formal

do prêmio Luiz Beltrão de Ciências

da Comunicação, que aconteceu no

Personal Royal Hotel, em Caxias do Sul,

sede do Intercom 2010.

O prêmio foi criado em 1997 com

o intuito de reconhecer a qualidade

do trabalho acadêmico realizado nas

universidades e centros de pesquisa,

além dos grupos ou instituições que

contribuem para a área de comunicação.

Ele também homenageia o jornalista e

professor pernambucano pioneiro em

pesquisas científicas sobre os fenômenos

comunicacionais da universidade

brasileira: Luiz Beltrão.

A FAAC recebeu através do

Departamento de Comunicação

Social o prêmio na categoria Grupo

Inovador. Ela é destinada a núcleos de

pesquisa que venham se destacando

pela capacidade de inovar nos planos

teórico, metodológico, tecnológico ou

pragmático, construindo idéias, gerando

produtos ou modelos comunicacionais e

outros vínculos informacionais.

Segundo Rosa Maria Dalla Costa,

diretora cultural do Intercom, a

importância do prêmio está ligada

à renovação do meio acadêmico de

comunicação, já que “a cada ano são

identificadas novas equipes de pesquisa

na área”.

As indicações são feitas no período

de março a maio de cada ano e julgadas

por personalidades importantes da

área de pesquisa e por ex-presidentes

do Intercom. Além da UNESP, outros

premiados foram a Fundação Joaquim

Nabuco, por Instituição Paradigmática;

o professor Rogério Cristofoleti, da

UFSC, por Liderança Emergente; e a

professora Lúcia Santa Ella, da PUC-SP,

por Maturidade Acadêmica.

Confesso que senti uma pontinha

de desespero quando a organização do

evento nos deu um livro de quase 400

páginas só de programação do Intercom

Nacional 2010. Busquei o olhar dos mais

3 diretores da JJr que estavam do meu

lado e pude ler um “nossa” nos olhos de

cada um.

Ao todo, foi uma semana juntos: 5

dias em Caxias do Sul e 2 dias de viagem.

Desses 7 dias, foram 4 de muita correria,

muita tinta de caneta gasta em vários

bloquinhos de papel, muitos clicks de

máquinas fotográficas, muitos plays em

gravadores e muitos e-mails recebidos e

enviados. Tudo isso para tentar realizar

a melhor cobertura do mega Intercom

2010.

Viajamos com uma equipe de 15

pessoas: 4 diretores da JJr e mais 11

repórteres. Em Bauru, no aguardo das

matérias de cada dia de cobertura,

estavam mais 2 diagramadores e as

outras 3 diretoras da nossa agência,

além dos trainees.

E o resulto de todos esses números?

O resultado foi a produção de 4 boletins

diários, mais de 60 matérias (quase que

a totalidade delas está no blog), cerca

de 125 tweets que nos ajudaram a dar a

notícia em tempo real, além dos inúmeros

vídeos, fotos e coberturas ao vivo pelo

sistema de live blog. Nossa cobertura

também teve direito a transmissão ao

vivo do encerramento do Intercom 2010

e da entrega dos prêmios Expocom

Nacional pela Twitcam. Vale retratar aqui

que fomos a única empresa júnior que

cobriu diariamente o evento.

Muito obrigada a todos que ajudaram

a JJr a realizar mais esse trabalho.

Obrigada a todos que nos prestaram

serviços, a todos os entrevistados e a

organização do evento, que nos recebeu

muito bem na UCS, Universidade de

Caxias do Sul. E parabéns a todos!

Laís Modelli, Diretora de Projetos

Editorial Terça, 7 de setembro de 2010

olharolhar 3

AtividadesRPjr na Expocom 2010

No penúltimo dia do Intercom

2010 aconteceu o Expocom

Nacional, que reúne os melhores

trabalhos de comunicação do Brasil

e dá oportunidade aos graduandos

de apresentarem seus trabalhos

extracurriculares. Neste dia, os

alunos de Relações Públicas da

Unesp Bauru e membros da RPjr, a

Empresa Junior de Relações Públicas,

se apresentaram.

O primeiro projeto apresentado

pelos alunos foi o “Meeting2009 -

Um encontro com o futuro”, que

teve o objetivo de trazer para

dentro dos portões da universidade

a experiência do mercado de um

Relações Públicas. O trabalho é um

projeto anual da RPjr e já entrou para o calendário

de eventos da FAAC - a Faculdade de Arquitetura,

Artes e Comunicação da Unesp. O projeto nasceu

de uma ideia de ex-diretores da Empresa Junior

do curso. A aluna e então diretora de Projetos da

RPjr Nicolle Stathourakis fez a apresentação.

Alunos do curso de Relações Públicas da Unesp apresentam trabalhos na Expocom

Por Laís Modelli

O Meeting 2009 estava na

categoria Projetos de Eventos com

mais 3 projetos: 3º Cine RP1, dos

alunos da UFRS; RP em Debate, dos

alunos da UFG e Encontro Nacional dos

Grupos PET - XIV ENAPET, dos alunos

da UFA.

O segundo trabalho apresentado

diante da banca do Expocom foi o

“Projeto de Revitalização: reconstrua

ideias”, com a função de revitalizar

o bosque do bairro Geisel, da cidade

de Bauru (SP). O estudante Renan

França, aluno e diretor de Recursos

Humanos da RPjr, foi quem apresentou

o trabalho em nome do grupo Ação

Gestão de Responsabilidade do curso

de Relações Públicas da Unesp.

Créditos: Laís Modelli

Entretendo os telespectadoresImagens e recursos usados em seriados e novelas são tema de pesquisas no Intercom

Por Jaderson Souza

Quando vemos uma cena de novela

ou filme, temos a certeza de tudo o que

aquela representação significa? O grupo de

pesquisa de ficção seriada esteve ontem

tentando responder a essa pergunta

durante a sessão de apresentação de

trabalhos do último dia do Intercom 2010.

Em pauta, telenovelas, minisséries e

sitcoms capazes de captar a atenção do

público por meio de elementos estéticos

ou pela identificação com o modo de vida

das personagens.

Klydes Batista Vicente, pesquisadora

da UFBA, falou sobre a minissérie “Os

Maias”, baseada na obra homônima de Eça

de Queiroz. Ela explicou como a produção

da TV Globo, exibida em 2001, utilizou-

se de elementos musicais para chamar

a atenção do telespectador. O resultado

foi uma atmosfera sombria semelhante à

obra do escritor português.

A construção de imagens nas

telenovelas foi abordada por Plábio

Martins Desidério da UnB. Desidério

acredita que, apesar do público

diversificado, a telenovela distingue

de maneira maniqueísta. Ele ressaltou

como as pessoas que estão vivendo

situações de sofrimento na trama são

caracterizadas de maneira diferente.

Já o sitcom americano “Family Guy”

(Uma Família da Pesada) foi tema da

tese de Fabíola Calazans, também da

UnB. Ela defendeu que as paródias,

algo marcante do seriado exibido pelo

canal pago FX, podem ser observados

sob o olhar do materialismo cultural.

“Eu acredito que haja um paralelo

entre o homem americano e o homem

brasileiro”, disse Fabíola.

Os trabalhos apresentados ainda

não estão finalizados. Os palestrantes

receberam análises do coordenador do

GP e de professores doutores a fim de

aperfeiçoarem suas teses.

Projeto Revitalização sendo apresentado e

representado por Renan França

Page 3: Boletim Intercom

Terça, 7 de setembro de 2009

olharolhar 5

As dificuldades em se fazer jornalismo em tempo real

Não seria muito mais interessante

receber a informação no momento em que

ela acontece? A mesa-redonda “Você está

preparado para trabalhar em uma redação

que opera em tempo real?” discutiu se

os jornalistas acostumados à rotina dos

noticiários impressos diários estão aptos a

trabalhar em tempo real.

Para o professor Marcos Santuario,

a web invadiu a redação e as editorias

de forma positiva. “O online veio para

modernizar, senão o impresso ia morrer ”,

disse o professor. Além disso, o advento

da web permitiu uma maior liberdade

para o público. “O usuário é quem manda.

Antigamente, o usuário era passivo para

comprar o jornal, para assistir tv. Hoje, não.

Se ele quiser ver um vídeo, não depende

mais da programação da tv, ele procura

onde ele quiser.”, afirmou Antonio Prada,

jornalista e curador do MediaOn.

Os convidados da mesa salientaram

a importância em unir o jornal clássico

com todas as possibilidades oferecidas

pela web, sem tentar modificar totalmente

o tradicional. Para o jornalista, Bob

Fernandes,do Portal Terra, nenhuma mídia

existe para substituir a outra. “Quando

fazemos reunião de pauta, estão todos

os editores e inclusive o “cara” da versão

online. E as matérias que nós pautamos

para o dia seguinte, ele já colocou no site.”,

explicou Santuario

Alguns toques, porém, continuam os

mesmos para todas as mídias. Checagem

de fontes, criati, criatividade sem perder

o caráter informativo, texto que atraia o

leitor, entre outros, permanecem válidos.

“Sempre será necessário que o jornalista

organize essa massa de informações.”,

disse Prada, citando o jornalista Michael

Rogers, do The New York Times.

Mesa-redonda avalia a preparação dos jornalistas em noticiar instantaneamentePor Regiane Folter

As inúmeras faces do cinema brasileiro Sessão explica uso da música, da pornochanchada e da abordagem das favelas

No último dia de atividades do XXXIII

Intercom, o Grupo de Pesquisas de

Cinema discutiu as “Abordagens do Cinema

Brasileiro”. Na sessão, foram apresentadas

pesquisas sobre o uso da música, o gênero

pornochanchada e a abordagem de favelas.

Entrelaçando a história do cinema

brasileiro e a música, a Prof. Dr. Márcia

Carvalho da Faculdade Paulus de Tecnologia

e Comunicação, explorou como a ferramenta

foi usada em cada época. Partindo do

cinema mudo e a música instrumental, a

pesquisa passou pela influência da “era

de ouro do rádio”, pela década de 60 e os

festivais musicais da TV, até chegar aos anos

90 e 2000, nos quais as canções aparecem

diversificadas e com muito mais força.

“O objetivo não é discutir as canções

comerciais, mas a força do uso da música

para caracterizar um personagem, a

contribuição para o enredo e a influência na

temporalidade do filme”, afirma Márcia.

O Prof. Luiz Paulo Gomes Neves da

Universidade Federal Fluminense (UFF),

apresentou o estudo “A pornochanchada:

uma revolução sexual à brasileira”. Luiz

mostrou o gênero como um movimento

de contracultura, buscando fugir dos

estereótipos e levando em consideração

o contexto da Ditadura Militar. Em sua

explicação, ressalta: “a pornochanchada

é um gênero difícil de ser definido, mas

quando o vemos, o identificamos”.

O último trabalho a ser discutido

foi sobre a favela carioca e a busca do

realismo no filme “Cidade dos Homens”. A

pesquisa desenvolvida por Bruna Wernec

da Universidade Federal do Rio de Janeiro

(UFRJ) mostrou como o imaginário

cinematográfico que reproduz o que é

difundido nos jornais. “Quando você fala de

minorias, o que se mostra é estigmatizado

como verdade”, destaca Bruna.

Por Juliana Santos

Membros do Grupo de Pesquisa que discutiu “Abordagens do Cinema Brasileiro“

Terça, 7 de setembro de 2009

olharolhar4

AtividadesCharge, política e jornalismo: o humor como coisa séria

A Mesa Redonda de sobre Charge

Jornalística: Cartum, Liberdade e

Poder mediada por Adolpho Queiroz da

Universidade Metodista de São Paulo

(UMESP), trouxe os mais renomados

profissionais do humor gráfico do Brasil

e do Mundo em uma exposição de

informações sobre as implicações dessa

arte na sociedade e a importância do seu

engajamento político.

Renato Canini, ilustrador conhecido

pela criação do Zé Carioca, os cartunistas

e chargistas Santiago, Edgar Vasques

e Celso Schröeder e Luiz Humberto da

AssIBERCOM- Portugal e diretor do Musel

da Imprensa de Porto falaram de suas

carreiras e expuseram suas visões sobre

como a mídia trata desses profissionais,

em um debate sem pudores e um discurso

enérgico sobre os podres da censura em

se tratando do desenvolvimento dessa arte.

Quando abordada pela mesa sobre

quem gostaria de seguir a profissão de

cartunista, apenas uma pessoa na platéia

assentiu com o braço, algo que de certa

forma representa o grande interesse de

leigos pela arte.

O que poucos presentes sabiam é

que a charge foi a primeira manifestação

jornalística impressa, levando ao divertido

comentário de Edgar: “Quando o jornalista

desrespeita a charge é um desrespeito

com a vovó.”

O chargista também afirmou que

o humor representado nessas formas

gráficas “tem a ver com toda a produção

da narrativa e não a uma arte menor”

apenas desenhada aleatoriamente.

Outra questão abordada foi a falta

de prêmio para jornalismo gráfico nos

concursos e levou à promessa de incluir

essa categoria no Intercom 2011. E,

surpreendentemente, em meio ao debate,

o escritor conhecido como João dos Rios

se levantou da platéia e fez um discurso

bem humorado sobre mídias e politicagens

recebendo aplausos e sorrisos de todos

aqueles presenciaram a cena.

Mesa redonda traz figuras renomadas do humor gráfico, em um debate engajado sobre a relação dessa arte com o jornalismo

Por Laura Luz

“Não existe humor a favor, só existe contra” Santiago

Imprensa Gratuita é Alternativa para a Sobrevivência do Impresso

A imprensa gratuita não é novidade.

Existente desde 1995, este tipo de

veiculação vem ganhando força e gosto

entre seus leitores. Jornais generalistas

registram quedas significativas de

tiragens. No ano passado, no Brasil, os 20

maiores jornais apresentaram uma queda

de 6,9% em sua circulação. Ameaçados

pela velocidade das informações e

praticidade possibilitada pela internet,

o jornal impresso tradicional procurou

na veiculação gratuita dos exemplares a

alternativa para continuar existindo.

O Jornal do Ônibus nasceu dessa

necessidade; distribuído no transporte

público de Curitiba (PR) e de veiculação

gratuita, o jornal circula há cinco anos,

de segunda a sexta, tendo uma tiragem

diária de 30 mil exemplares e sendo a

circulação de passageiros do transporte

de 2,4 milhões por dia.

Segundo a Associação Mundial de

Jornais, 8% dos jornais do planeta são

gratuitos. Este tipo de veiculação vem

se tornando um segmento expressivo e

atraindo o interesse de grandes empresas.

Países europeus concentram hoje cerca de

120 títulos de jornais gratuitos distribuídos

nos metrôs de 32 países.

Dos 230 leitores entrevistados, 122

informaram ler todas as páginas das edições

que recebem e 210 disseram que outras

pessoas além deles lêem os exemplares.

A distribuição gratuita de jornais cresce no país como alternativa para crise do jornal impresso tradicional

Por Lais Semis

Atividades

Créditos: Laís Modelli

Créditos: Laura Luz

Page 4: Boletim Intercom

olharolhar 6

Terça, 7 de setembro de 2009

AtividadesPublicidade e consumo atuais discutidos no Intercom 2010

Uma mesa bem diversificada discutiu o tema

“Publicidade e consumo: interfaces com a

comunicação e a juventude” na tarde do dia

6 de setembro, data de encerramento do

INTERCOM 2010.

A primeira palestrante foi

Maria Berenice da Costa, professora da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS), que discutiu a relação entre política

e jovens e de que maneira a política se

tornou uma forma de consumo. Ela também

apresentou dados de sua pesquisa e de

estatísticas da UNESCO e afirmou que “os

jovens já não se sentem mais responsáveis

por transformações sociais”.

Depois foi a vez de Maria Ilia Dias, professora

da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Ela pontuou as mudanças inerentes ao mercado

publicitário e ressaltou que “o público não é

mais passivo: ele é critico, quer dialogar e não

quer ser tratado como um público homogêneo,

exigindo um tratamento quase individual”.

Já André Tezza, professor de

legislação publicitária da Universidade Positivo,

discutiu a problemática existente entre o

consumismo e a infância, ressaltando os limites

da regulamentação da publicidade com esse

público. Ele usou um viés filosófico para explicar

seu estudo e negou que o consumismo seja

uma ideologia construída pelo capitalismo.

A última a expor seu trabalho foi Bianca

Nieckel, jornalista de um impresso de Caxias

do Sul, que comentou sobre o saudável

ceticismo gerado pela contestação dos jovens

aos comerciais atuais

No ultimo dia de evento a mesa debateu as interfaces de comunicação com a juventude

Os palestrantes que compunham a mesa

Créditos: Renata Coelho

olharolhar5

Atividades

Chimarrão: a bebida que aquece e aproxima as pessoas

Se para os gaúchos 10ºC é um clima

ameno, para os bauruenses é sinal de

inverno rigoroso, propicio para se tomar o

chimarrão, bebida típica do sul do país. A

equipe da Jornal Jr não resistiu a tentação, e

experimentou a bebida a base de erva mate.

No Intercom, a ONG Escola do

Chimarrão esteve presente durante todo o

evento e duas tendas foram armadas: uma

para contar a história da bebida e outra para

degustá-la em um ambiente que simula uma

estância gaúcha.

A Escola do Chimarrão, proveniente

de Venâncio Aires-RS, circula pelo Brasil

inteiro para divulgar o chimarrão e esclarecer

mitos. Além disso, levam informações para

gaúchos e não-gaúchos sobre os benefícios

que o consumo da bebida traz.

O chimarrão consiste em uma

bomba e uma cuia na qual é colocada uma

porção de erva-mate e água quente. Apesar

da simplicidade do preparo, ele esconde os

grandes benefícios da bebida à saúde. Segundo

Liliane Pappen, presidente do instituto Escola do

Chimarrão, a erva-mate possui vitaminas e sais

minerais, é digestivo e diurético, estimulante,

regenerador celular e contribui para dietas de

emagrecimento.

O gaúcho, apesar de possuir uma

dieta rica em proteína de carne vermelha,

possui uma alta expectativa de vida em grande

parte devido ao consumo do chimarrão.

“Nós vivemos em média 75 anos, apesar de

termos uma dieta condenada por qualquer

nutricionista.”, afirmou Liliane.

Para recepcionar os visitantes,

os gaúchos oferecem o mate em um sinal

de cordialidade. “Se você for à casa de um

gaúcho, a primeira coisa que lhe é oferecido é

um chimarrão.”, disse Liliane.

O chimarrão se mostra uma bebida saúdavel e conquista novos adeptos no IntercomPor Pablo Marques e Regiane

Uma tradição semelhante ao chimarrão é a cultura do cafezinho em São Paulo.

Por Renata Coelho

Créditos: Pablo Marques

Coutinho vira tema no GP de Cinema

Quem resolveu enfrentar os ventos

gelados do último dia do congresso

conferiu, a partir das 14 horas, um grupo

de pesquisa cinematográfica cheio de

questões filosóficas.A razão de tamanha

multidisciplinaridade aconteceu devido

ao tema da mesa: “O cinema de Eduardo

Coutinho”.

O grupo contava com a coordenadora

Leila Beatriz Ribeiro (Unirio),com

a estudante Bianca Elisa da Costa

(Unisinos), o documentarista Felipe

Maciel Xavier (Universidade Federal do

Rio Grande do Sul) e o professor Alfredo

Dias d Almeida (Universidade Metodista

de São Paulo). Todos buscaram uma

análise a respeito do modo de fazer

cinema de Coutinho, usando como

ilustração os documentários “Cabra

Marcado para Morrer” (1984) e o

premiado “Jogo de Cena” (2007).

Bianca abordou temas de “Cabra

Marcado para morrer” e de acordo com

ela “ a temática de cada filme revela

que a memória é quem conduz as

histórias, e que elas são endereçadas

ao público para manter viva a luta dos

trabalhadores camponeses. O filme

solicita do espectador um olhar solidário”

diz.

Já Felipe e Alfredo buscaram em “Jogo de

Cena” a inspiração de seus argumentos.

“Me parece que o que o Eduardo Coutinho

quer designar em seus filmes é o

acontecimento.O principal dos filmes dele

são as histórias, e essas são construídas

através do instante” argumenta Felipe

Xavier.

“O que importa é a forma como as coisas

são contadas para gerar o clima de dúvida.

O filme mescla os depoimentos verdadeiros

com os que são atuados.O espectador se

sente instigado a saber se quem fala é

ator ou não” disse Alfredo Dias.

Felipe Xavier disse ainda que não estava

em questão insvestigar a verdade, “a

ambiguidade é o que interessa, a narração

é o que conta.O documentário não está

em busca da verdade” o que vai contra as

espectativas do público quando assiste a

um documentário. Quando questionados

sobre se o filme “Jogo de cena” pode

ser considerado um documentário, visto

que possue atrizes interpretando alguns

depoimentos, o grupo se manteve unido:

“É tudo cinema” finalizam.

Documentarista é estudado sob uma perspectiva acadêmica

Por Ana Navarrete

Bianca, Felipe e Alfredo em discussão sobre o estilo de Coutinho

Créditos: Ana Navarrete

“A ambiguidade é o que interessa, a narração é o que

conta. O documentário não está em busca da verdade”

“O que importa é a

forma como as coisas

são contadas para gerar

o clima de dúvida.”

Page 5: Boletim Intercom

olharolhar

Você no INTERCOM

O Intercom em Caxias do Sul-RS reuniu estudantes de jornalismo e profissionais da área de comunicação do país todo. No ” Você

no Intercom” de hoje, cinco congressistas e uma organizadora avaliaram o congresso e comentaram suas experiencia no evento .

Por Pablo Marques

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Eurico Oliveira Lopes Neto é da

Universidade Federal do Maranhão(UFMA).

Para ele é importante um evento do

porte do Intercom para saber o que

está “rolando” de novo na acadêmica

sobre comunicação. Além disso, acha

importante ver as novas e antigas idéias

sendo recontextualizadas para as novas

mídias.

Najara Ferrari Pinheiro é professora

da Universidade de Caxias do Sul (UCS)

e particpou da organização do Intercom.

Os ministrantes estão felizes com o

público presente, mas afirma que alguns

congressistas acharam os academicos

muito conservadores. “Congressistas

são convidados para um novo diálogo,

mas a universidade continua aprisionada

ao sistema tradicional’. Apesar disso ela

avalia o Intercom como um sucesso.

Dyuli Soarez tem 18 anos e cursa

jornalismo na Unipampa em São Borja-RS.

Ela gostou do evento por tratar de temas

bem diversos. Afirma que sua formação

como profissional de comunicação

será turbinada pela boa qualidade das

palestras e oficinas.

Natália da Costa, cursa o 6º semestre

de jornalismo na Univerisade Federal

de Santa Maria (UFSM-RS). Esteve

presente em palestras do congresso e

considerou os temas muito importante

para sua formação acadêmica. Ela avalia

o Intercom omo um evento muito bem

organizado e interessate.

Franciele Mendes tem 22 anos e

cursa jornalismo na Unipampa em São

Borjas-RS. O intercom para ela foi uma

experiencia muito boa. Os grupos de

pesquisas que ela frequentou contribuiram

para amplias formaçaõ universitária.

Principalmente quando foi discutido o

jornalismo impresso e a cyber cultura.

Iuri Almeida é de Salvador-BA e tem

25 anos, é jornalista especializado em

jornalismo contemporâneo . O Intercom

para ele é um evento ímpar para ter

aproximação com os profissionais e

academicos da área de sua pesquisa. E

também uma oportunidade de conhecer

pessoas novas e trocar informações.