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Unesp Bauru é vencedora do prêmio Luiz Beltrão 2010
O prêmio foi criado em 1997 com o intuito de reconhecer a qualidade do trabalho acadêmico realizado nas universidades e centros de pesquisa, além dos grupos ou instituições que contribuem para a área de comunicação. Página 2
Boletim Informativo da Agência Júnior de Jornalismo
Edição EspecialTerça, 7 de setembro de 2010
RPjr
Alunos de Relações Públicas da Unesp Bauru apresentaram trabalhos na Expocom .
Página 5
Charges
Mesa redonda traz figuras renomadas do humor gráfico, em um debate engajado sobre a relação dessa arte com o jornalismo
Página 6
Faces do Cinema
Sessão explica uso da música, da pornochanchada e da abordagem das favelas
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EXPEDIENTEPresidência - Damaris Rota
Administrativo - Financeiro- Vanessa
Cancian
Comunicação – Mariana Zaia
Projetos – Laís Modelli
Marketing – Tamirys Seno
Recursos Hume anos - Beatriz Mansur
Qualidade – Renan Simão
Trainees
Trainee da Presidência – Odelmo Serrano
Filho
Trainee do Administrativo – Lucas Gandia
Trainee de Comunicação – Caroline
Galhardo
Trainee de Projetos – Laura Luz
Trainee de Marketing – Pablo Marques
Trainee de Recursos Humanos – Amanda
Savioli
Trainee de Qualidade – Samantha de
Andrade
Edição: Mariana Zaia
Projeto Gráfico: Tamirys Seno
Diagramação: Fernando Araujo
unespUNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
“JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
Unesp Bauru é vencedora do prêmio Luiz Beltrão Departamento de Comunicação Social ganha prêmio por inovação
Por Beatriz Almeida
Foi com palavras de orgulho e
admiração oferecidas a seus colegas
acadêmicos que o diretor Roberto
Deganutti, da FAAC (UNESP), realizou
seu discurso após a entrega formal
do prêmio Luiz Beltrão de Ciências
da Comunicação, que aconteceu no
Personal Royal Hotel, em Caxias do Sul,
sede do Intercom 2010.
O prêmio foi criado em 1997 com
o intuito de reconhecer a qualidade
do trabalho acadêmico realizado nas
universidades e centros de pesquisa,
além dos grupos ou instituições que
contribuem para a área de comunicação.
Ele também homenageia o jornalista e
professor pernambucano pioneiro em
pesquisas científicas sobre os fenômenos
comunicacionais da universidade
brasileira: Luiz Beltrão.
A FAAC recebeu através do
Departamento de Comunicação
Social o prêmio na categoria Grupo
Inovador. Ela é destinada a núcleos de
pesquisa que venham se destacando
pela capacidade de inovar nos planos
teórico, metodológico, tecnológico ou
pragmático, construindo idéias, gerando
produtos ou modelos comunicacionais e
outros vínculos informacionais.
Segundo Rosa Maria Dalla Costa,
diretora cultural do Intercom, a
importância do prêmio está ligada
à renovação do meio acadêmico de
comunicação, já que “a cada ano são
identificadas novas equipes de pesquisa
na área”.
As indicações são feitas no período
de março a maio de cada ano e julgadas
por personalidades importantes da
área de pesquisa e por ex-presidentes
do Intercom. Além da UNESP, outros
premiados foram a Fundação Joaquim
Nabuco, por Instituição Paradigmática;
o professor Rogério Cristofoleti, da
UFSC, por Liderança Emergente; e a
professora Lúcia Santa Ella, da PUC-SP,
por Maturidade Acadêmica.
Confesso que senti uma pontinha
de desespero quando a organização do
evento nos deu um livro de quase 400
páginas só de programação do Intercom
Nacional 2010. Busquei o olhar dos mais
3 diretores da JJr que estavam do meu
lado e pude ler um “nossa” nos olhos de
cada um.
Ao todo, foi uma semana juntos: 5
dias em Caxias do Sul e 2 dias de viagem.
Desses 7 dias, foram 4 de muita correria,
muita tinta de caneta gasta em vários
bloquinhos de papel, muitos clicks de
máquinas fotográficas, muitos plays em
gravadores e muitos e-mails recebidos e
enviados. Tudo isso para tentar realizar
a melhor cobertura do mega Intercom
2010.
Viajamos com uma equipe de 15
pessoas: 4 diretores da JJr e mais 11
repórteres. Em Bauru, no aguardo das
matérias de cada dia de cobertura,
estavam mais 2 diagramadores e as
outras 3 diretoras da nossa agência,
além dos trainees.
E o resulto de todos esses números?
O resultado foi a produção de 4 boletins
diários, mais de 60 matérias (quase que
a totalidade delas está no blog), cerca
de 125 tweets que nos ajudaram a dar a
notícia em tempo real, além dos inúmeros
vídeos, fotos e coberturas ao vivo pelo
sistema de live blog. Nossa cobertura
também teve direito a transmissão ao
vivo do encerramento do Intercom 2010
e da entrega dos prêmios Expocom
Nacional pela Twitcam. Vale retratar aqui
que fomos a única empresa júnior que
cobriu diariamente o evento.
Muito obrigada a todos que ajudaram
a JJr a realizar mais esse trabalho.
Obrigada a todos que nos prestaram
serviços, a todos os entrevistados e a
organização do evento, que nos recebeu
muito bem na UCS, Universidade de
Caxias do Sul. E parabéns a todos!
Laís Modelli, Diretora de Projetos
Editorial Terça, 7 de setembro de 2010
olharolhar 3
AtividadesRPjr na Expocom 2010
No penúltimo dia do Intercom
2010 aconteceu o Expocom
Nacional, que reúne os melhores
trabalhos de comunicação do Brasil
e dá oportunidade aos graduandos
de apresentarem seus trabalhos
extracurriculares. Neste dia, os
alunos de Relações Públicas da
Unesp Bauru e membros da RPjr, a
Empresa Junior de Relações Públicas,
se apresentaram.
O primeiro projeto apresentado
pelos alunos foi o “Meeting2009 -
Um encontro com o futuro”, que
teve o objetivo de trazer para
dentro dos portões da universidade
a experiência do mercado de um
Relações Públicas. O trabalho é um
projeto anual da RPjr e já entrou para o calendário
de eventos da FAAC - a Faculdade de Arquitetura,
Artes e Comunicação da Unesp. O projeto nasceu
de uma ideia de ex-diretores da Empresa Junior
do curso. A aluna e então diretora de Projetos da
RPjr Nicolle Stathourakis fez a apresentação.
Alunos do curso de Relações Públicas da Unesp apresentam trabalhos na Expocom
Por Laís Modelli
O Meeting 2009 estava na
categoria Projetos de Eventos com
mais 3 projetos: 3º Cine RP1, dos
alunos da UFRS; RP em Debate, dos
alunos da UFG e Encontro Nacional dos
Grupos PET - XIV ENAPET, dos alunos
da UFA.
O segundo trabalho apresentado
diante da banca do Expocom foi o
“Projeto de Revitalização: reconstrua
ideias”, com a função de revitalizar
o bosque do bairro Geisel, da cidade
de Bauru (SP). O estudante Renan
França, aluno e diretor de Recursos
Humanos da RPjr, foi quem apresentou
o trabalho em nome do grupo Ação
Gestão de Responsabilidade do curso
de Relações Públicas da Unesp.
Créditos: Laís Modelli
Entretendo os telespectadoresImagens e recursos usados em seriados e novelas são tema de pesquisas no Intercom
Por Jaderson Souza
Quando vemos uma cena de novela
ou filme, temos a certeza de tudo o que
aquela representação significa? O grupo de
pesquisa de ficção seriada esteve ontem
tentando responder a essa pergunta
durante a sessão de apresentação de
trabalhos do último dia do Intercom 2010.
Em pauta, telenovelas, minisséries e
sitcoms capazes de captar a atenção do
público por meio de elementos estéticos
ou pela identificação com o modo de vida
das personagens.
Klydes Batista Vicente, pesquisadora
da UFBA, falou sobre a minissérie “Os
Maias”, baseada na obra homônima de Eça
de Queiroz. Ela explicou como a produção
da TV Globo, exibida em 2001, utilizou-
se de elementos musicais para chamar
a atenção do telespectador. O resultado
foi uma atmosfera sombria semelhante à
obra do escritor português.
A construção de imagens nas
telenovelas foi abordada por Plábio
Martins Desidério da UnB. Desidério
acredita que, apesar do público
diversificado, a telenovela distingue
de maneira maniqueísta. Ele ressaltou
como as pessoas que estão vivendo
situações de sofrimento na trama são
caracterizadas de maneira diferente.
Já o sitcom americano “Family Guy”
(Uma Família da Pesada) foi tema da
tese de Fabíola Calazans, também da
UnB. Ela defendeu que as paródias,
algo marcante do seriado exibido pelo
canal pago FX, podem ser observados
sob o olhar do materialismo cultural.
“Eu acredito que haja um paralelo
entre o homem americano e o homem
brasileiro”, disse Fabíola.
Os trabalhos apresentados ainda
não estão finalizados. Os palestrantes
receberam análises do coordenador do
GP e de professores doutores a fim de
aperfeiçoarem suas teses.
Projeto Revitalização sendo apresentado e
representado por Renan França
Terça, 7 de setembro de 2009
olharolhar 5
As dificuldades em se fazer jornalismo em tempo real
Não seria muito mais interessante
receber a informação no momento em que
ela acontece? A mesa-redonda “Você está
preparado para trabalhar em uma redação
que opera em tempo real?” discutiu se
os jornalistas acostumados à rotina dos
noticiários impressos diários estão aptos a
trabalhar em tempo real.
Para o professor Marcos Santuario,
a web invadiu a redação e as editorias
de forma positiva. “O online veio para
modernizar, senão o impresso ia morrer ”,
disse o professor. Além disso, o advento
da web permitiu uma maior liberdade
para o público. “O usuário é quem manda.
Antigamente, o usuário era passivo para
comprar o jornal, para assistir tv. Hoje, não.
Se ele quiser ver um vídeo, não depende
mais da programação da tv, ele procura
onde ele quiser.”, afirmou Antonio Prada,
jornalista e curador do MediaOn.
Os convidados da mesa salientaram
a importância em unir o jornal clássico
com todas as possibilidades oferecidas
pela web, sem tentar modificar totalmente
o tradicional. Para o jornalista, Bob
Fernandes,do Portal Terra, nenhuma mídia
existe para substituir a outra. “Quando
fazemos reunião de pauta, estão todos
os editores e inclusive o “cara” da versão
online. E as matérias que nós pautamos
para o dia seguinte, ele já colocou no site.”,
explicou Santuario
Alguns toques, porém, continuam os
mesmos para todas as mídias. Checagem
de fontes, criati, criatividade sem perder
o caráter informativo, texto que atraia o
leitor, entre outros, permanecem válidos.
“Sempre será necessário que o jornalista
organize essa massa de informações.”,
disse Prada, citando o jornalista Michael
Rogers, do The New York Times.
Mesa-redonda avalia a preparação dos jornalistas em noticiar instantaneamentePor Regiane Folter
As inúmeras faces do cinema brasileiro Sessão explica uso da música, da pornochanchada e da abordagem das favelas
No último dia de atividades do XXXIII
Intercom, o Grupo de Pesquisas de
Cinema discutiu as “Abordagens do Cinema
Brasileiro”. Na sessão, foram apresentadas
pesquisas sobre o uso da música, o gênero
pornochanchada e a abordagem de favelas.
Entrelaçando a história do cinema
brasileiro e a música, a Prof. Dr. Márcia
Carvalho da Faculdade Paulus de Tecnologia
e Comunicação, explorou como a ferramenta
foi usada em cada época. Partindo do
cinema mudo e a música instrumental, a
pesquisa passou pela influência da “era
de ouro do rádio”, pela década de 60 e os
festivais musicais da TV, até chegar aos anos
90 e 2000, nos quais as canções aparecem
diversificadas e com muito mais força.
“O objetivo não é discutir as canções
comerciais, mas a força do uso da música
para caracterizar um personagem, a
contribuição para o enredo e a influência na
temporalidade do filme”, afirma Márcia.
O Prof. Luiz Paulo Gomes Neves da
Universidade Federal Fluminense (UFF),
apresentou o estudo “A pornochanchada:
uma revolução sexual à brasileira”. Luiz
mostrou o gênero como um movimento
de contracultura, buscando fugir dos
estereótipos e levando em consideração
o contexto da Ditadura Militar. Em sua
explicação, ressalta: “a pornochanchada
é um gênero difícil de ser definido, mas
quando o vemos, o identificamos”.
O último trabalho a ser discutido
foi sobre a favela carioca e a busca do
realismo no filme “Cidade dos Homens”. A
pesquisa desenvolvida por Bruna Wernec
da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ) mostrou como o imaginário
cinematográfico que reproduz o que é
difundido nos jornais. “Quando você fala de
minorias, o que se mostra é estigmatizado
como verdade”, destaca Bruna.
Por Juliana Santos
Membros do Grupo de Pesquisa que discutiu “Abordagens do Cinema Brasileiro“
Terça, 7 de setembro de 2009
olharolhar4
AtividadesCharge, política e jornalismo: o humor como coisa séria
A Mesa Redonda de sobre Charge
Jornalística: Cartum, Liberdade e
Poder mediada por Adolpho Queiroz da
Universidade Metodista de São Paulo
(UMESP), trouxe os mais renomados
profissionais do humor gráfico do Brasil
e do Mundo em uma exposição de
informações sobre as implicações dessa
arte na sociedade e a importância do seu
engajamento político.
Renato Canini, ilustrador conhecido
pela criação do Zé Carioca, os cartunistas
e chargistas Santiago, Edgar Vasques
e Celso Schröeder e Luiz Humberto da
AssIBERCOM- Portugal e diretor do Musel
da Imprensa de Porto falaram de suas
carreiras e expuseram suas visões sobre
como a mídia trata desses profissionais,
em um debate sem pudores e um discurso
enérgico sobre os podres da censura em
se tratando do desenvolvimento dessa arte.
Quando abordada pela mesa sobre
quem gostaria de seguir a profissão de
cartunista, apenas uma pessoa na platéia
assentiu com o braço, algo que de certa
forma representa o grande interesse de
leigos pela arte.
O que poucos presentes sabiam é
que a charge foi a primeira manifestação
jornalística impressa, levando ao divertido
comentário de Edgar: “Quando o jornalista
desrespeita a charge é um desrespeito
com a vovó.”
O chargista também afirmou que
o humor representado nessas formas
gráficas “tem a ver com toda a produção
da narrativa e não a uma arte menor”
apenas desenhada aleatoriamente.
Outra questão abordada foi a falta
de prêmio para jornalismo gráfico nos
concursos e levou à promessa de incluir
essa categoria no Intercom 2011. E,
surpreendentemente, em meio ao debate,
o escritor conhecido como João dos Rios
se levantou da platéia e fez um discurso
bem humorado sobre mídias e politicagens
recebendo aplausos e sorrisos de todos
aqueles presenciaram a cena.
Mesa redonda traz figuras renomadas do humor gráfico, em um debate engajado sobre a relação dessa arte com o jornalismo
Por Laura Luz
“Não existe humor a favor, só existe contra” Santiago
Imprensa Gratuita é Alternativa para a Sobrevivência do Impresso
A imprensa gratuita não é novidade.
Existente desde 1995, este tipo de
veiculação vem ganhando força e gosto
entre seus leitores. Jornais generalistas
registram quedas significativas de
tiragens. No ano passado, no Brasil, os 20
maiores jornais apresentaram uma queda
de 6,9% em sua circulação. Ameaçados
pela velocidade das informações e
praticidade possibilitada pela internet,
o jornal impresso tradicional procurou
na veiculação gratuita dos exemplares a
alternativa para continuar existindo.
O Jornal do Ônibus nasceu dessa
necessidade; distribuído no transporte
público de Curitiba (PR) e de veiculação
gratuita, o jornal circula há cinco anos,
de segunda a sexta, tendo uma tiragem
diária de 30 mil exemplares e sendo a
circulação de passageiros do transporte
de 2,4 milhões por dia.
Segundo a Associação Mundial de
Jornais, 8% dos jornais do planeta são
gratuitos. Este tipo de veiculação vem
se tornando um segmento expressivo e
atraindo o interesse de grandes empresas.
Países europeus concentram hoje cerca de
120 títulos de jornais gratuitos distribuídos
nos metrôs de 32 países.
Dos 230 leitores entrevistados, 122
informaram ler todas as páginas das edições
que recebem e 210 disseram que outras
pessoas além deles lêem os exemplares.
A distribuição gratuita de jornais cresce no país como alternativa para crise do jornal impresso tradicional
Por Lais Semis
Atividades
Créditos: Laís Modelli
Créditos: Laura Luz
olharolhar 6
Terça, 7 de setembro de 2009
AtividadesPublicidade e consumo atuais discutidos no Intercom 2010
Uma mesa bem diversificada discutiu o tema
“Publicidade e consumo: interfaces com a
comunicação e a juventude” na tarde do dia
6 de setembro, data de encerramento do
INTERCOM 2010.
A primeira palestrante foi
Maria Berenice da Costa, professora da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS), que discutiu a relação entre política
e jovens e de que maneira a política se
tornou uma forma de consumo. Ela também
apresentou dados de sua pesquisa e de
estatísticas da UNESCO e afirmou que “os
jovens já não se sentem mais responsáveis
por transformações sociais”.
Depois foi a vez de Maria Ilia Dias, professora
da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
Ela pontuou as mudanças inerentes ao mercado
publicitário e ressaltou que “o público não é
mais passivo: ele é critico, quer dialogar e não
quer ser tratado como um público homogêneo,
exigindo um tratamento quase individual”.
Já André Tezza, professor de
legislação publicitária da Universidade Positivo,
discutiu a problemática existente entre o
consumismo e a infância, ressaltando os limites
da regulamentação da publicidade com esse
público. Ele usou um viés filosófico para explicar
seu estudo e negou que o consumismo seja
uma ideologia construída pelo capitalismo.
A última a expor seu trabalho foi Bianca
Nieckel, jornalista de um impresso de Caxias
do Sul, que comentou sobre o saudável
ceticismo gerado pela contestação dos jovens
aos comerciais atuais
No ultimo dia de evento a mesa debateu as interfaces de comunicação com a juventude
Os palestrantes que compunham a mesa
Créditos: Renata Coelho
olharolhar5
Atividades
Chimarrão: a bebida que aquece e aproxima as pessoas
Se para os gaúchos 10ºC é um clima
ameno, para os bauruenses é sinal de
inverno rigoroso, propicio para se tomar o
chimarrão, bebida típica do sul do país. A
equipe da Jornal Jr não resistiu a tentação, e
experimentou a bebida a base de erva mate.
No Intercom, a ONG Escola do
Chimarrão esteve presente durante todo o
evento e duas tendas foram armadas: uma
para contar a história da bebida e outra para
degustá-la em um ambiente que simula uma
estância gaúcha.
A Escola do Chimarrão, proveniente
de Venâncio Aires-RS, circula pelo Brasil
inteiro para divulgar o chimarrão e esclarecer
mitos. Além disso, levam informações para
gaúchos e não-gaúchos sobre os benefícios
que o consumo da bebida traz.
O chimarrão consiste em uma
bomba e uma cuia na qual é colocada uma
porção de erva-mate e água quente. Apesar
da simplicidade do preparo, ele esconde os
grandes benefícios da bebida à saúde. Segundo
Liliane Pappen, presidente do instituto Escola do
Chimarrão, a erva-mate possui vitaminas e sais
minerais, é digestivo e diurético, estimulante,
regenerador celular e contribui para dietas de
emagrecimento.
O gaúcho, apesar de possuir uma
dieta rica em proteína de carne vermelha,
possui uma alta expectativa de vida em grande
parte devido ao consumo do chimarrão.
“Nós vivemos em média 75 anos, apesar de
termos uma dieta condenada por qualquer
nutricionista.”, afirmou Liliane.
Para recepcionar os visitantes,
os gaúchos oferecem o mate em um sinal
de cordialidade. “Se você for à casa de um
gaúcho, a primeira coisa que lhe é oferecido é
um chimarrão.”, disse Liliane.
O chimarrão se mostra uma bebida saúdavel e conquista novos adeptos no IntercomPor Pablo Marques e Regiane
Uma tradição semelhante ao chimarrão é a cultura do cafezinho em São Paulo.
Por Renata Coelho
Créditos: Pablo Marques
Coutinho vira tema no GP de Cinema
Quem resolveu enfrentar os ventos
gelados do último dia do congresso
conferiu, a partir das 14 horas, um grupo
de pesquisa cinematográfica cheio de
questões filosóficas.A razão de tamanha
multidisciplinaridade aconteceu devido
ao tema da mesa: “O cinema de Eduardo
Coutinho”.
O grupo contava com a coordenadora
Leila Beatriz Ribeiro (Unirio),com
a estudante Bianca Elisa da Costa
(Unisinos), o documentarista Felipe
Maciel Xavier (Universidade Federal do
Rio Grande do Sul) e o professor Alfredo
Dias d Almeida (Universidade Metodista
de São Paulo). Todos buscaram uma
análise a respeito do modo de fazer
cinema de Coutinho, usando como
ilustração os documentários “Cabra
Marcado para Morrer” (1984) e o
premiado “Jogo de Cena” (2007).
Bianca abordou temas de “Cabra
Marcado para morrer” e de acordo com
ela “ a temática de cada filme revela
que a memória é quem conduz as
histórias, e que elas são endereçadas
ao público para manter viva a luta dos
trabalhadores camponeses. O filme
solicita do espectador um olhar solidário”
diz.
Já Felipe e Alfredo buscaram em “Jogo de
Cena” a inspiração de seus argumentos.
“Me parece que o que o Eduardo Coutinho
quer designar em seus filmes é o
acontecimento.O principal dos filmes dele
são as histórias, e essas são construídas
através do instante” argumenta Felipe
Xavier.
“O que importa é a forma como as coisas
são contadas para gerar o clima de dúvida.
O filme mescla os depoimentos verdadeiros
com os que são atuados.O espectador se
sente instigado a saber se quem fala é
ator ou não” disse Alfredo Dias.
Felipe Xavier disse ainda que não estava
em questão insvestigar a verdade, “a
ambiguidade é o que interessa, a narração
é o que conta.O documentário não está
em busca da verdade” o que vai contra as
espectativas do público quando assiste a
um documentário. Quando questionados
sobre se o filme “Jogo de cena” pode
ser considerado um documentário, visto
que possue atrizes interpretando alguns
depoimentos, o grupo se manteve unido:
“É tudo cinema” finalizam.
Documentarista é estudado sob uma perspectiva acadêmica
Por Ana Navarrete
Bianca, Felipe e Alfredo em discussão sobre o estilo de Coutinho
Créditos: Ana Navarrete
“A ambiguidade é o que interessa, a narração é o que
conta. O documentário não está em busca da verdade”
“O que importa é a
forma como as coisas
são contadas para gerar
o clima de dúvida.”
olharolhar
Você no INTERCOM
O Intercom em Caxias do Sul-RS reuniu estudantes de jornalismo e profissionais da área de comunicação do país todo. No ” Você
no Intercom” de hoje, cinco congressistas e uma organizadora avaliaram o congresso e comentaram suas experiencia no evento .
Por Pablo Marques
7
Eurico Oliveira Lopes Neto é da
Universidade Federal do Maranhão(UFMA).
Para ele é importante um evento do
porte do Intercom para saber o que
está “rolando” de novo na acadêmica
sobre comunicação. Além disso, acha
importante ver as novas e antigas idéias
sendo recontextualizadas para as novas
mídias.
Najara Ferrari Pinheiro é professora
da Universidade de Caxias do Sul (UCS)
e particpou da organização do Intercom.
Os ministrantes estão felizes com o
público presente, mas afirma que alguns
congressistas acharam os academicos
muito conservadores. “Congressistas
são convidados para um novo diálogo,
mas a universidade continua aprisionada
ao sistema tradicional’. Apesar disso ela
avalia o Intercom como um sucesso.
Dyuli Soarez tem 18 anos e cursa
jornalismo na Unipampa em São Borja-RS.
Ela gostou do evento por tratar de temas
bem diversos. Afirma que sua formação
como profissional de comunicação
será turbinada pela boa qualidade das
palestras e oficinas.
Natália da Costa, cursa o 6º semestre
de jornalismo na Univerisade Federal
de Santa Maria (UFSM-RS). Esteve
presente em palestras do congresso e
considerou os temas muito importante
para sua formação acadêmica. Ela avalia
o Intercom omo um evento muito bem
organizado e interessate.
Franciele Mendes tem 22 anos e
cursa jornalismo na Unipampa em São
Borjas-RS. O intercom para ela foi uma
experiencia muito boa. Os grupos de
pesquisas que ela frequentou contribuiram
para amplias formaçaõ universitária.
Principalmente quando foi discutido o
jornalismo impresso e a cyber cultura.
Iuri Almeida é de Salvador-BA e tem
25 anos, é jornalista especializado em
jornalismo contemporâneo . O Intercom
para ele é um evento ímpar para ter
aproximação com os profissionais e
academicos da área de sua pesquisa. E
também uma oportunidade de conhecer
pessoas novas e trocar informações.