BOLETIM - crmvto.gov.br · Ruth Mercês Lustosa Nogueira Paranaguá Fernando Pedroso Berdarraín...
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BOLETIM
SUPERI NTEN DÊNC IA D E VI GIL ÂNCI A E P ROT EÇ ÃO À SAÚD E DO TOCAN TI NS
ANO V NÚMERO 09 2009
EDITORIAL
Dando continuidade ao processo de divulgação das ações da Superintendência de Vigilância e Proteção a Saúde (SVPS) apresento o Boletim Epidemiológico de número IX, o primeiro de 2009.
Segundo Donabedian (1990) há uma grande quantidade de informações registradas rotineiramente pelos serviços, que não são utilizadas nem para análise da situação de saúde, nem para a definição de prioridades nem para a orientação de práticas.
Daí ser mandatário a divulgação do monitoramento executado pelas áreas técnicas da SVPS, para a construção do perfil de saúde do Estado, e para elaboração de projetos de intervenção.
Nessa edição, entre vários temas destaco o Monitoramento do Sistema de Informação de Agravos Notificáveis referente aos anos 2007 e 2008. Resultado de capacitação básica em Vigilância Epidemiológica, proporcionada pela Gerência de Vigilância Hospitalar o Núcleo Hospitalar de Epidemiologia de Miracema/To, apresenta perfil dos casos de dengue atendidos naquela unidade de saúde em 2008, revelando um exemplo a ser seguido nas demais unidades do Estado. A área técnica de Doença e Agravos Não Transmissíveis (DANT) faz-se presente em dois temas
NESTA EDIÇÃO
Monitoramento do Sinan durante o Biênio2007 a 2009 ............................................................ 01Informe Epidemiológico do Hospital Regionalde Miracema-TO ..................................................... 02Beribéri .................................................................... 03Identificação das Marcas de Violência Física ......... 06Nota Técnica : 001/2009 SVPS/CIEVS/NUVIS/LACEN 07Agenda Ambiental na Administração Pública A P............................................................................ 08
Reflexão .................................................................. 08
.....................................................................
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MONITORAMENTO DO SINAN DURANTE O BIÊNIO 2007/2008
O Núcleo de Vigilância e Informação em Saúde (NUVIS) é uma Gerência que possui a missão de avaliar o impacto das medidas de intervenção por meio de coleta e análise sistemática de informações de morbidade e mortalidade por doenças e agravos selecionados, e, produzir e disseminar informações.
Segundo Contandriopoulos (1997) a avaliação representa uma atividade bastante antiga, presente desde os primórdios da história da humanidade.
E avaliar consiste fundamentalmente em fazer um julgamento de valor a respeito de uma intervenção ou sobre qualquer um dos seus componentes, com o objetivo de ajudar na tomada de decisão. Consistindo assim, em um processo complexo e seguramente definido em seus objetivos.
Já o monitoramento pode ser definido por uma ação contínua, que utiliza a coleta sistemática de dados sobre indicadores específicos, com o intuito de prover aos gestores as partes interessadas de uma intervenção, para o desenvolvimento de indicadores,
Equipe TécnicaErlaene Tedesco Canêdo
Fernado Pedroso BerdarraínTwiggy Cristina Alves Batista
Regina Mª Figueiredo Garcia TeixeiraVandilson Ferreira de Oliveira
Henrique Ferreira MédiceLudmyla Amorim
Tiragem:
Endereço para contato:
2.000 exemplares -Distribuição GratuitaObs.: O conteúdo, bem como ortografia dos textos são de responsabilidade dos autores.
Secretaria de Estado da Saúde - Anexo ISuperintendência de Vigilância e Proteção à Saúde
Coordenação de Informação d e Vigilância em Saúde104 Norte, Av. LO 02, Lote 30 - 3º andar Edifício Lauro
Knop - Fone (63) 3218-1785E-mail: [email protected]
Ministério da Saúde
Marcelo de Carvalho Miranda
Eugênio Pacceli de Freitas Coêlho
Ruth Mercês Lustosa Nogueira Paranaguá
Fernando Pedroso Berdarraín
Boletim Epidemiológico da SVPS/SESAU-TO
Cláudio Nogueira Teixeira
Governador do Estado do Tocantins
Secretário de Estado da Saúde
Superintendente de Vigilância e Proteção à Saúde
Coordernador de Informação de Vigilância em Saúde
Ano V, número 09 ,2009
Gerente Técnico
S E C R E T A R I ADA SAÚDE
AGENDA AMBIENTAL NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A Agenda Ambiental na Administração Pública - A P -
está em processo de inserção na Secretaria de Saúde do Estado do Tocantins.A A P é uma estratégia de construção de uma nova
cultura institucional para inserção de critérios socioambientais na administração pública, dentre as quais: redução dos desperdícios e dos impactos ambientais, que engloba a consciência sobre os processos de produção e de consumo e o zelo pelo patrimônio público. A mesma será monitorada por esta Secretaria e pelo Instituto Natureza do Tocantins (NATURATINS).A primeira reunião aconteceu no dia 02 de dezembro de 2008, onde foram sensibilizados 23 servidores. E em decorrência da sensibilização, no dia 14 de abril, aconteceu uma reunião com os membros que fazem parte do com intuito de desenvolver estratégias para a adesão de todos os setores desta Secretaria à A
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ecotime,
Participe! Você fará o grande diferencial neste processo!
P.
REFLEXÃO
Organização/divulgação: Diretoria de Vigilância Ambiental e do Trabalho
Contatos: Telefones: 3218.4883/ 318.4889 /3218.17448 Fax; 3218.2734 email: [email protected]
“Talvez o mais trágico na sociedade brasileira atual, não seja a existência da desigualdade, da miséria e da violência. O mais trágico é a naturalidade com que todos nós convivemos com esta realidade.”
Dra. Margarida Luiza Vieira de Matos. possui doutorado pela Universidade Federal Fluminense (1994) e atualmente é professor titular da Universidade Vale do Rio Doce, cunhou essa frase no texto
publicado no jornal "Estado de Minas" (25/09/1995).A banalização do mal
EXPEDIENTE
8 Boletim Epidemiológico, ano V nº 09, 2009 1Boletim Epidemiológico, ano V nº 09, 2009
Autor: Claudio Nogueira TeixeiraGerente do Nuvis
bastante oportunos. O primeiro expõe o perfil dos casos de beribéri, doença que, assim como o segundo tema, a violência física, tem sua etiologia intimamente relacionada às condições sociais da população.
Por fim, apresento Nota Técnica elaborada pelo Lacen com participação do Núcleo de Vigilância e Informação em Saúde (NUVIS), abordando a coleta e exame laboratorial a ser executado nas unidades de saúde, frente a casos suspeitos de Estomatite Vesicular, zoonose que tem acometido rebanho bovino em três municípios tocantinenses.
Boa leitura.Cláudio Nogueira Texeira
Casos Notificados Casos Confirmados Incidência/100.000Evento com aumento na incidência2007 2008 2007 2008 2007 2008
Pneumoconiose 8 2 0 2 0 0,16Acidente. de trabalho com exposição amaterial Biológico 117 150 117 150 9,41 11,71
Acidente de trabalho grave 233 299 233 299 17,93 23,35Intoxicação exógena 286 579 184 385 14,8 30,07Acidente por animal peçonhento 1.252 1.550 1.252 1.550 100,67 121,05Tétano 3 3 2 3 0,02 0,23Raiva 0 1 0 - - -Doença de Chagas 4 7 2 3 0,16 0,23Doença Exantemática 203 146 0 10 0 0,78Febre Hemorrágica do Dengue 14 46 14 46 1,13 3,59Dengue com complicação 16 56 16 56 1,29 4,37Leishmaniose Visceral 1.372 1.727 450 509 36,18 39,75Leptospirose 10 14 - 2 0 0,16Difteria/Febre Tifóide 24 22 - 14 0,56 1,09**Hanseníase 1.334 1.458 1.334 1.458 10,73 11,39Meningite 115 174 80 92 6,43 7,18Sífilis Adulto 212 197 78 98 6,27 7,65Pênfigo 8 5 1 4 0,08 0,31AIDS Criança 2 6 2 6 0,16 0,47AIDS Adulto 92 128 92 128 7,4 10Varicela 2.204 2.129 223 315 1,79 24,6─ = Não há registro no SINAN** Somente casos novos
Obs.; Prazo para encerramento do caso: Hepatite virais, Síndrome da Rubéola Congênita é de 180 dias, os demais agravos de 60 dias após a notificação
Evento com diminuição na incidência2007 2008 2007 2008 2007 2008 2007 2008
LERT/DORT 2 0 - 0 2 0 0,16 0Eventos adversos vacinais 41 29 - - 4 2 0,32 0,16Atendimento anti-rábico 4.682 4.747 ***0 ***0 4.682 4.747 376,48 370,7Dengue 22.098 21.646 9.197 10.976 12.227 9.438 983,17 737,1Dengue Clássico - - - - 12.196 9.335 980,68 729*Malária (casos autóctones) 57 18 ***0 ***0 57 18 0,24 0,06
Incidência/100.000Casos Notificados Casos Descartados Casos Confirmados
NOTA TÉCNICA: 001/2009 - SVPS/CIEVS/NUVIS/LACEN
Nota Técnica: 001/2009 SVPS/CIEVS/NUVIS/LACENAssunto: Estomatite vesicularAutores:Núcleo de Vigilância e Informação em Saúde - CIEVSCoordenadoria de Ações Operacionais - Lacen-ToProtocolo para coleta de amostras humanas com suspeita de Estomatite vesicular
Considerando a ocorrência da zoonose Estomatite
vesicular, no rebanho bovino dos municípios Paraná, Jaú do Tocantins e Pedro Afonso, com confirmação
laboratorial pela Agência de Desenvolvimento
Agropecuário (ADAPEC), a Superintendência de
Vigilância e Proteção à Saúde através do Núcleo de
Vigilância e Informação em Saúde e da Coordenadoria de Ações Operacionais - Lacen-To apresenta às
Secretarias Municipais da Saúde e profissionais que
atuam em saúde, informações técnicas sobre os
procedimentos a serem adotados frente a suspeita
clínica de caso humano de Estomatite vesicular para o
diagnóstico laboratorial.
Para o diagnóstico laboratorial de amostras humanas
suspeitas de Estomatite vesicular, humana poderá ser
coletado: soro, material das lesões em forma de crosta
e material das vesículas (pústulas ou líquido). É necessário enviar uma ficha clinica o mais completa
possível incluindo idade, sexo, data de início dos
sintomas, sinais/sintomas, ingestão de leites e/ou
derivados e carnes (indicando quando possível a
origem do produto), tratamento indicado.
1- MATERIAL: Pústulas ou Líquido Vesicular:1. O material das vesículas, pústulas ou líquido,
deverá ser coletado com estéril.2. Coletar o material da parte mais profunda da lesão.3. Inserir imediatamente o swab em tubo estéril, Não
acrescentar líquido conservantes.4. Fechar o tubo, identificar e refrigerar 2º a 8º.5. As amostras deverão ser transportadas até o
LACEN em caixa de térmica contendo gelo reciclável,
preferencialmente em até 24h.
2-MATERIAL: Crosta das lesões1. Remover um pouco da crosta sem ferir e passar um
na área.
swab
swab
3- MATERIAL: Soro
1. Identificar os tubos com o nome do paciente.
2. Coletar de 5 a 10 mL de sangue, não utilizar anticoagulante.
3. Centrifugar e separar o soro.
4. Alíquotar o soro em 2 microtubos tipo 5. Volume das alíquolas: 1,0 a 1,5 mL.
6. Identificar as amostras com o nome do paciente.
7. Armazenar a -20ºC.
8. As amostras deverão ser transportadas até o LACEN em caixa de térmica contendo gelo reciclável.
Obs. 1: Durante todos os procedimentos de coleta e manuseio da amostra o profissional deverá esta utilizando os seguintes Equipamentos de Proteção Individual:
- Máscara de proteção- Óculos de proteção ou protetor facial - Luvas- Avental descartável
Obs. 2: O material necessário a coleta deve ser providenciado pela unidade que procederá a coelta.
NÃO ENVIAR AMOSTRAS AOS SÁBADOS, DOMINGOS E FERIADOS, A MENOS QUE A INSTITUIÇÃO AUTORIZE.
eppendorf.
ATENÇÃO:
consecução dos objetivos e utilização dos fundos alocados. Assim, podemos diferenciar monitoramento de avaliação da seguinte forma:
É um processo estruturado de coleta e análise de informações sobre as atividades, as características e os
MONITORAMENTO:
AVALIAÇÃO:
2 Boletim Epidemiológico, ano V nº 09, 2009 7Boletim Epidemiológico, ano V nº 09, 2009
L. Tegumentar 515 444 ***0 ***0 515 444 41,41 34,67Tuberculose 242 234 ***0 ***0 242 234 19,46 18,27Sífilis em Gestante 123 87 ***0 ***0 123 87 9,89 6,79Sífilis Congênita 78 74 ***0 ***0 78 74 6,27 5,78
efeitos de um programa, respondendo a uma pergunta avaliativa e determina o mérito ou valo do programa e/ou explica a relação entre ele e seus efeitos.
Tanto o monitoramento quanto a avaliação são usados para melhorar o programa e subsidiar decisões gerenciais.
Nessa oportunidade apresentamos o monitoramento de alguns eventos definidos como de notificação compulsória para o Estado do Tocantins, apresentando aqueles que aumentaram ou diminuíram a incidência de casos confirmados no biênio 2007 a 2008.
─ = Não há registro no SINAN* Somente casos autóctones*** Somente é notificado caso confirmado
Síndrome da Rubéola Congênita é de 180 dias, os demais agravos de 60 dias após a notificação Pesquisa em 04/02/2009
Obs.: Prazo para encerramento do caso: Hepatite virais, 0800-642-7300
Acompanha rotineiramente informações prioritárias;Provê informações que podem ser utilizadas para a avaliação do programa;Acompanha os custos e o funcionamento do programa.
2. Inserir imediatamente o em tubo estéril, Não
acrescentar líquido conservantes.3. Fechar o tubo, identificar e refrigerar 2º a 8º.4. As amostras deverão ser transportadas até o
LACEN em caixa de térmica contendo gelo reciclável,
preferencialmente em até 24h.
swab
104 NORTE AV. NS 02 LT 30 EDIFÍCIO LAURO KNOP 3º ANDAR TEL. (63)3218-1716/1767 - CEP: 77053110
Março de 2009
NOTIFICA
INFORME EPIDEMIOLÓGICO DO HOSPITAL REGIONAL DE MIRACEMA - TO
A dengue é uma doença viral aguda, causada pela
picada do mosquito com alta
prevalência nos meses chuvosos e de evolução
variável: casos assintomáticos, leves e graves. A
doença pode ser classificada em dengue clássica,
dengue hemorrágica e dengue com complicações.
A dengue é hoje uma das doenças com maior incidência
no Brasil, atingindo a população de todos os estados,
independente da classe social. Nesse cenário, torna-se
imperioso que um conjunto de ações para o controle da
doença seja intensificado, permitindo assim a
identificação precoce dos casos de dengue, a tomada
de decisões e a implantação de medidas de maneira
oportuna,
Os dados gerados a partir das fontes de notificação e
por meio das investigações epidemiológicas realizadas
irão determinar a implantação das medidas de controle
no município.
Aedes aegypti,
preservar a vida humana é obrigação de
todos.
FLUXO DA NOTIFICAÇÃO
A organização do fluxo da notificação segue do Núcleo
Hospitalar de Vigilância par a a Secretaria
Municipal de Saúde. A digitação é processada no
próprio Núcleo e os dados (lotes) são transferidos
às terças-feiras. Diariamente são encaminhadas
as fichas de notificações e investigações para
que o município, centrado em dados de notificação de
casos suspeitos (gráfico 1), possa desenvolver ações
de controle do agravo.
Distribuição de casos notificados que realizaram sorologia nos meses de Janeiro à Outubro/2008Gráfico 2:
Dos 720 casos notificados, 39,44% dos pacientes
procuraram o laboratório para realização de sorologia para Dengue. Os pacientes são orientados no momento
da notificação inclusive da importância de fazer a
sorologia para Dengue. Ainda existe muita resistência
por parte da população em retornar a partir do 6º dia
para a realização do exame.
140120100806040200 18
33
86
120
204 2 1 0 5
Exames Realizados
350300250200150100500
4176
200
324
49 14 3 1 012
Distribuição de casos suspeitos de Dengue notificadospelo Hospital Regional de Miracema do Tocantins nos meses de Janeiro à Outubro/2008.
Gráfico 1:
IDENTIFICAÇÃO DAS MARCAS DE VIOLÊNCIA FÍSICA
Regina Gomes da SilvaGerência de Acidentes e Violência Coordenação de Doenças Não Transmissíveis
6 Boletim Epidemiológico, ano V nº 09, 2009 3Boletim Epidemiológico, ano V nº 09, 2009
Fonte: Violência contra a Criança e Adolescente: Não Permita! Secretaria de Estado do Trabalho e Ação Social do Tocantins.
A violência é um alarmante e inquestionável fato da
realidade mundial que fez com que a Organização
Mundial de Saúde passasse a reconhecê-la como um
problema de saúde pública recomendando seu alerta e
prevenção.
A violência pode manifesta-se de várias formas, dentre
elas, a forma física a qual dá-se através de emprego da
força física ou utilizando-se de algum tipo de arma ou
instrumento capaz de causar lesões internas, externas
ou ambas.
Algumas pistas podem ser úteis para auxiliar os
profissionais de saúde a identificar casos de violência
física, principalmente àquela relativa à criança e ao
adolescente.
A presença de lesões físicas como feridas que não se
adequam à causa alegada, bem como marcas de
queimadura que aparecem espalhadas pelo corpo,
muitas vezes revelam em sua forma o contorno do
objeto que as produziu.
Abaixo, apresentamos algumas marcas provocadas
por objetos, para a melhor identificação do meio
causador da agressão.
Em caso de suspeita ou confirmação de violência ou
maus tratos cometidos contra a criança ou adolescente,
o profissional de saúde deve preencher a Ficha de
Notificação/Investigação de Violência Doméstica,
Sexual e/ou Outras Formas de Violência, a qual seguirá
o seguinte fluxo: a notificação em 3 (três) vias, sendo
que uma das vias fica nos serviço de saúde, a outra vai
para a vigilância epidemiológica das DANT da
Secretaria Municipal de Saúde – SEMUS e a 3ª via
deverá ir para o Conselho Tutelar da Criança e do
Adolescente, conforme determina o Estatuto da
Criança e do Adolescente – ECA.
Contato:
E-mail: [email protected]
Fone: 3218-3244
CONTROLE DA DENGUE - UMA PARCERIA DO NÚCLEOHOSPITALAR DE EPIDEMIOLOGIA E ATENÇÃO BÁSICA
Raimunda Hélia Cerqueira Paes - Enfermeira Especialista em Saúde da Família.Dayane C. Silva- Auxiliar de Serviços de Saúde.Ingride Caroline P. da S. Amorim - Assistente de Serviços de Saúde.Evânio Castanheira Cordeiro - Auxiliar AdministrativoAlex José de Oliveira – Núcleo de Educação Permanente.
Fonte: NHV-HRM
Fonte: NHV-HRM
7
9
41
46
10
30 1 0 1
50454035302520151050
Casos Positivos
Distribuição dos casos por critério de confirmação
laboratorial de Janeiro à Outubro/2008.Gráfico 3:
Dos 284 pacientes que realizaram sorologia para
Dengue foram confirmados 127 casos distribuídos em
diversas áreas do Município (gráfico 4).
4035302520151050
2626
28
38
2 1 5
28
3 26 6
1
Nº de Casos
Gráfico 4: Distribuição de casos com sorologia positiva em setores no município de Miracema do Tocantins.
BERIBÉRI
Denise Marengo CarlosTécnica da área das Doenças Crônicas/Doenças e Agravos não Transmissíveis (DANT)
Estado, quadro 1, (Araguatins, Araguaína, Axixá, Campos Lindos, Goiatins, Guaraí, Itacajá, Maurilândia, Riachinho, São Miguel, Sítio Novo, Tocantinópolis, Wanderlândia), em região com clima pré-amazônico, onde predomina o calor intenso e a alta umidade, que de acordo com Maranhão (2007), é uma condição propícia ao desenvolvimento do fungo
secretor da microtoxina , um antagonista da Tiamina por competição de sítios de ligação, inibindo a sua função no organismo.
Penicillium Citreonigrun, citreoviridina
FIGURA 02: Distribuição de casos notificados, segundo município e ano de ocorrência. Tocantins- 2008
NÚMERODECASOSPORANOMUNICÍPIOS
2006 2007 2008
Araguatins - 2 1
Araguaína - - -
Axixá 1 - -
CamposLindos - - 1
Goiatins - - 3
Itacajá - 1 3
Maurilândia - 1 5
Riachinho - - -
SãoMiguel - 10 4
SítioNovo 12 2 4
Tocantinópolis - - 10
NTRODUÇÃO
Beribéri é uma síndrome clínica, resultante da deficiência da vitamina B1, também denominada de Tiamina, que tem a função de catalisadora no metabolismo dos carboidratos para a produção de ATP (Trifosfato de adenosina), além de iniciar a
propagação do estímulo nervoso, independente de sua função de catalisadora. É um agravo debilitante, podendo causar seqüelas neurológicas permanentes, manifestações cardíacas e até mesmo óbito (MARANHÃO, 2007).
Em Tocantins, houve notificação de Beribéri em treze municípios localizados na área norte do
Perfil dos casos notificados no Tocantins
4 Boletim Epidemiológico, ano V nº 09, 2009 5Boletim Epidemiológico, ano V nº 09, 2009
Fonte: NHV-HRM
Fonte: NHV-HRM
CONCLUSÃO
Uma das ferramentas de trabalho mais importante para vigilância em saúde é a informação. Dispor de informações de qualidade, que
retrate de forma fidedigna a situação da saúde no município, permite que a Secretária Municipal de Saúde planeje melhor suas ações e o controle das doenças, bem como a preservação da saúde da população.Assim os dados coletados demonstram com fidelidade o perfil do agravo, servindo de instrumento para a Atenção Básica, em conjunto com as Vigilâncias Epidemiológica, Ambiental e Sanitária planejem e desenvolvam ações e medidas pro ativas, no sentido de controlar a doença. Dentre as ações podem-se destacar as seguintes:
Acompanhamento das tendências do agravo;
Avaliação das medidas de controle ou do impacto de intervenções;
Identificar local de risco;
Analisar as informações obtidas em notificações e investigações e detectar área de maior vulnerabilidade;
Estreitar as relações de trabalho entre a Atenção Básica e Vigilância Epidemiológica, considerando que o Hospital continua sendo a porta principal dos agravos, inclusive a “Dengue” (notificação de 85% dos casos do município).
NHV/HRM/TO, Núcleo Hospitalar de Vigilância – Hospital Regional de Miracema. Relatórios e base de dados deste núcleo. (2008).
CEARÁ, Secretaria de Saúde. Manual de Vigilância Epidemiológica Hospitalar. 3 ed. revisada e ampliada. (2006).
BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Diretoria Técnica de Gestão. Dengue: Manual de Enfermagem – adulto e criança – Brasília: Ministério da Saúde, 2008.
DENGUE É UM DESAFIO A SER VENCIDO.NOTIFIQUE TODO CASO SUSPEITO.
REFERÊNCIAS
O Beribéri é uma patologia multicausal, caracterizada pela dieta monótona com o consumo exagerado de carboidratos, atividade física extenuante, consumo de café, o qual é antagonista da Tiamina. Consumo de bebidas alcoólicas por ser extremamente energéticas e ocasionarem baixa absorção e alteração do metabolismo intermediário da Tiamina. Podendo ser agravada a situação de insuficiência de Tiamina pelo baixo consumo ou mesmo a ausência de consumo de alimentos variados na ocasião da ingesta de tais bebidas. O consumo de arroz contaminado pelo fungo é mais um fator de risco para o agravo, mas não o principal já que pesquisa realizada recentemente no Maranhão, em área de risco, das amostras de arroz coletado para análise, apenas 20% apresentou a contaminação por
A atividade física extenuante proporciona alto nível de consumo de Tiamina, catalisadora na produção de ATP, unidade de energia corpórea e também mantenedora dos estímulos nervosos que desencadeiam os movimentos. A Tiamina tem a vida média em nosso organismo após absorvida, de 2 a 3 meses, porem não temos reservas orgânicas.O que faz o indivíduo se sentir enfraquecido, com dificuldades de executar movimentos, perda da força
citroeviridina.
muscular, etc. Após esforço físico intenso com baixo ou nenhum consumo de alimentos que contenham Tiamina.Encontramos nas notificações do agravo quase em sua totalidade, indivíduos do sexo masculino, residentes na zona rural, com idade variando entre 14 e 35 anos e exercendo a ocupação de lavrador. 90% dos casos notificados no Tocantins são homens e 56% são trabalhadores rurais que vivem do plantio e colheita principalmente do arroz. O número de notificações de Beribéri vem aumentando ano a ano (figura 1), assim como o trabalho de monitoramento executado pela área técnica responsável pelo agravo e às capacitações oferecidas pela SESAU para os profissionais de saúde que passaram a reconhecer tal patologia, notificar e tratar. Tratamento: (OMS)
010203040506070
2006 2007 2008 totalNotificações
QUADRO 01: Distribuição de casos notificados, segundo ano de ocorrência. Tocantins – 2008.
FONTE: Vigidante/SVPS/SESAU-TO 2009
É feito pela reposição oral ou venosa de Tiamina nas doses: Crianças: 0.3-0.9 mg/kg/dia Adolescentes: 1.0-1.2 mg/kg/dia Adultos: 1.2 mg/kg/dia O esquema básico para o tratamento é de 06 meses, porém a critério médico, poderá chegar a 12 meses de tratamento.
MARANHÃO, Secretaria do Estado de Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Plano de Enfrentamento da Síndrome Neurológica por Hipovitaminose B1 (Beribéri). Secretaria Estadual de Saúde do Maranhão. Secretaria de Políticas de Saúde. Maranhão, Secretaria Estadual
REFERÊNCIA