BOLETIM - crmvto.gov.br · Ruth Mercês Lustosa Nogueira Paranaguá Fernando Pedroso Berdarraín...

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BOLETIM SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA E PROTEÇÃO À SAÚDE DO TOCANTINS ANO V NÚMERO 09 2009 EDITORIAL Dando continuidade ao processo de divulgação das ações da Superintendência de Vigilância e Proteção a Saúde (SVPS) apresento o Boletim Epidemiológico de número IX, o primeiro de 2009. Segundo Donabedian (1990) há uma grande quantidade de informações registradas rotineiramente pelos serviços, que não são utilizadas nem para análise da situação de saúde, nem para a definição de prioridades nem para a orientação de práticas. Daí ser mandatário a divulgação do monitoramento executado pelas áreas técnicas da SVPS, para a construção do perfil de saúde do Estado, e para elaboração de projetos de intervenção. Nessa edição, entre vários temas destaco o Monitoramento do Sistema de Informação de Agravos Notificáveis referente aos anos 2007 e 2008. Resultado de capacitação básica em Vigilância Epidemiológica, proporcionada pela Gerência de Vigilância Hospitalar o Núcleo Hospitalar de Epidemiologia de Miracema/To, apresenta perfil dos casos de dengue atendidos naquela unidade de saúde em 2008, revelando um exemplo a ser seguido nas demais unidades do Estado. A área técnica de Doença e Agravos Não Transmissíveis (DANT) faz-se presente em dois temas NESTA EDIÇÃO Monitoramento do Sinan durante o Biênio 2007 a 2009 ............................................................ 01 Informe Epidemiológico do Hospital Regional de Miracema-TO ..................................................... 02 Beribéri .................................................................... 03 Identificação das Marcas de Violência Física ......... 06 Nota Técnica : 001/2009 SVPS/CIEVS/NUVIS/ LACEN 07 Agenda Ambiental na Administração Pública AP ............................................................................ 08 Reflexão .................................................................. 08 ..................................................................... 3 MONITORAMENTO DO SINAN DURANTE O BIÊNIO 2007/2008 O Núcleo de Vigilância e Informação em Saúde (NUVIS) é uma Gerência que possui a missão de avaliar o impacto das medidas de intervenção por meio de coleta e análise sistemática de informações de morbidade e mortalidade por doenças e agravos selecionados, e, produzir e disseminar informações. Segundo Contandriopoulos (1997) a avaliação representa uma atividade bastante antiga, presente desde os primórdios da história da humanidade. E avaliar consiste fundamentalmente em fazer um julgamento de valor a respeito de uma intervenção ou sobre qualquer um dos seus componentes, com o objetivo de ajudar na tomada de decisão. Consistindo assim, em um processo complexo e seguramente definido em seus objetivos. Já o monitoramento pode ser definido por uma ação contínua, que utiliza a coleta sistemática de dados sobre indicadores específicos, com o intuito de prover aos gestores as partes interessadas de uma intervenção, para o desenvolvimento de indicadores, Equipe Técnica Erlaene Tedesco Canêdo Fernado Pedroso Berdarraín Twiggy Cristina Alves Batista Regina Mª Figueiredo Garcia Teixeira Vandilson Ferreira de Oliveira Henrique Ferreira Médice Ludmyla Amorim Tiragem: Endereço para contato: 2.000 exemplares -Distribuição Gratuita Obs.: O conteúdo, bem como ortografia dos textos são de responsabilidade dos autores. Secretaria de Estado da Saúde - Anexo I Superintendência de Vigilância e Proteção à Saúde Coordenação de Informação d e Vigilância em Saúde 104 Norte, Av. LO 02, Lote 30 - 3º andar Edifício Lauro Knop - Fone (63) 3218-1785 E-mail: [email protected] Ministério da Saúde Marcelo de Carvalho Miranda Eugênio Pacceli de Freitas Coêlho Ruth Mercês Lustosa Nogueira Paranaguá Fernando Pedroso Berdarraín Boletim Epidemiológico da SVPS/SESAU-TO Cláudio Nogueira Teixeira Governador do Estado do Tocantins Secretário de Estado da Saúde Superintendente de Vigilância e Proteção à Saúde Coordernador de Informação de Vigilância em Saúde Ano V, número 09 ,2009 Gerente Técnico SECRETARIA DA SAÚDE AGENDA AMBIENTAL NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA A Agenda Ambiental na Administração Pública - A P - está em processo de inserção na Secretaria de Saúde do Estado do Tocantins. A A P é uma estratégia de construção de uma nova cultura institucional para inserção de critérios socioambientais na administração pública, dentre as quais: redução dos desperdícios e dos impactos ambientais, que engloba a consciência sobre os processos de produção e de consumo e o zelo pelo patrimônio público. A mesma será monitorada por esta Secretaria e pelo Instituto Natureza do Tocantins (NATURATINS). A primeira reunião aconteceu no dia 02 de dezembro de 2008, onde foram sensibilizados 23 servidores. E em decorrência da sensibilização, no dia 14 de abril, aconteceu uma reunião com os membros que fazem parte do com intuito de desenvolver estratégias para a adesão de todos os setores desta Secretaria à A 3 3 3 ecotime, Participe! Você fará o grande diferencial neste processo! P. REFLEXÃO Organização/divulgação: Diretoria de Vigilância Ambiental e do Trabalho Contatos: Telefones: 3218.4883/ 318.4889 /3218.17448 Fax; 3218.2734 email: [email protected] “Talvez o mais trágico na sociedade brasileira atual, não seja a existência da desigualdade, da miséria e da violência. O mais trágico é a naturalidade com que todos nós convivemos com esta realidade.” Dra. Margarida Luiza Vieira de Matos. possui doutorado pela Universidade Federal Fluminense (1994) e atualmente é professor titular da Universidade Vale do Rio Doce, cunhou essa frase no texto publicado no jornal "Estado de Minas" (25/09/1995). A banalização do mal EXPEDIENTE 8 Boletim Epidemiológico, ano V nº 09, 2009 1 Boletim Epidemiológico, ano V nº 09, 2009 Autor: Claudio Nogueira Teixeira Gerente do Nuvis bastante oportunos. O primeiro expõe o perfil dos casos de beribéri, doença que, assim como o segundo tema, a violência física, tem sua etiologia intimamente relacionada às condições sociais da população. Por fim, apresento Nota Técnica elaborada pelo Lacen com participação do Núcleo de Vigilância e Informação em Saúde (NUVIS), abordando a coleta e exame laboratorial a ser executado nas unidades de saúde, frente a casos suspeitos de Estomatite Vesicular, zoonose que tem acometido rebanho bovino em três municípios tocantinenses. Boa leitura. Cláudio Nogueira Texeira

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BOLETIM

SUPERI NTEN DÊNC IA D E VI GIL ÂNCI A E P ROT EÇ ÃO À SAÚD E DO TOCAN TI NS

ANO V NÚMERO 09 2009

EDITORIAL

Dando continuidade ao processo de divulgação das ações da Superintendência de Vigilância e Proteção a Saúde (SVPS) apresento o Boletim Epidemiológico de número IX, o primeiro de 2009.

Segundo Donabedian (1990) há uma grande quantidade de informações registradas rotineiramente pelos serviços, que não são utilizadas nem para análise da situação de saúde, nem para a definição de prioridades nem para a orientação de práticas.

Daí ser mandatário a divulgação do monitoramento executado pelas áreas técnicas da SVPS, para a construção do perfil de saúde do Estado, e para elaboração de projetos de intervenção.

Nessa edição, entre vários temas destaco o Monitoramento do Sistema de Informação de Agravos Notificáveis referente aos anos 2007 e 2008. Resultado de capacitação básica em Vigilância Epidemiológica, proporcionada pela Gerência de Vigilância Hospitalar o Núcleo Hospitalar de Epidemiologia de Miracema/To, apresenta perfil dos casos de dengue atendidos naquela unidade de saúde em 2008, revelando um exemplo a ser seguido nas demais unidades do Estado. A área técnica de Doença e Agravos Não Transmissíveis (DANT) faz-se presente em dois temas

NESTA EDIÇÃO

Monitoramento do Sinan durante o Biênio2007 a 2009 ............................................................ 01Informe Epidemiológico do Hospital Regionalde Miracema-TO ..................................................... 02Beribéri .................................................................... 03Identificação das Marcas de Violência Física ......... 06Nota Técnica : 001/2009 SVPS/CIEVS/NUVIS/LACEN 07Agenda Ambiental na Administração Pública A P............................................................................ 08

Reflexão .................................................................. 08

.....................................................................

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MONITORAMENTO DO SINAN DURANTE O BIÊNIO 2007/2008

O Núcleo de Vigilância e Informação em Saúde (NUVIS) é uma Gerência que possui a missão de avaliar o impacto das medidas de intervenção por meio de coleta e análise sistemática de informações de morbidade e mortalidade por doenças e agravos selecionados, e, produzir e disseminar informações.

Segundo Contandriopoulos (1997) a avaliação representa uma atividade bastante antiga, presente desde os primórdios da história da humanidade.

E avaliar consiste fundamentalmente em fazer um julgamento de valor a respeito de uma intervenção ou sobre qualquer um dos seus componentes, com o objetivo de ajudar na tomada de decisão. Consistindo assim, em um processo complexo e seguramente definido em seus objetivos.

Já o monitoramento pode ser definido por uma ação contínua, que utiliza a coleta sistemática de dados sobre indicadores específicos, com o intuito de prover aos gestores as partes interessadas de uma intervenção, para o desenvolvimento de indicadores,

Equipe TécnicaErlaene Tedesco Canêdo

Fernado Pedroso BerdarraínTwiggy Cristina Alves Batista

Regina Mª Figueiredo Garcia TeixeiraVandilson Ferreira de Oliveira

Henrique Ferreira MédiceLudmyla Amorim

Tiragem:

Endereço para contato:

2.000 exemplares -Distribuição GratuitaObs.: O conteúdo, bem como ortografia dos textos são de responsabilidade dos autores.

Secretaria de Estado da Saúde - Anexo ISuperintendência de Vigilância e Proteção à Saúde

Coordenação de Informação d e Vigilância em Saúde104 Norte, Av. LO 02, Lote 30 - 3º andar Edifício Lauro

Knop - Fone (63) 3218-1785E-mail: [email protected]

Ministério da Saúde

Marcelo de Carvalho Miranda

Eugênio Pacceli de Freitas Coêlho

Ruth Mercês Lustosa Nogueira Paranaguá

Fernando Pedroso Berdarraín

Boletim Epidemiológico da SVPS/SESAU-TO

Cláudio Nogueira Teixeira

Governador do Estado do Tocantins

Secretário de Estado da Saúde

Superintendente de Vigilância e Proteção à Saúde

Coordernador de Informação de Vigilância em Saúde

Ano V, número 09 ,2009

Gerente Técnico

S E C R E T A R I ADA SAÚDE

AGENDA AMBIENTAL NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

A Agenda Ambiental na Administração Pública - A P -

está em processo de inserção na Secretaria de Saúde do Estado do Tocantins.A A P é uma estratégia de construção de uma nova

cultura institucional para inserção de critérios socioambientais na administração pública, dentre as quais: redução dos desperdícios e dos impactos ambientais, que engloba a consciência sobre os processos de produção e de consumo e o zelo pelo patrimônio público. A mesma será monitorada por esta Secretaria e pelo Instituto Natureza do Tocantins (NATURATINS).A primeira reunião aconteceu no dia 02 de dezembro de 2008, onde foram sensibilizados 23 servidores. E em decorrência da sensibilização, no dia 14 de abril, aconteceu uma reunião com os membros que fazem parte do com intuito de desenvolver estratégias para a adesão de todos os setores desta Secretaria à A

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ecotime,

Participe! Você fará o grande diferencial neste processo!

P.

REFLEXÃO

Organização/divulgação: Diretoria de Vigilância Ambiental e do Trabalho

Contatos: Telefones: 3218.4883/ 318.4889 /3218.17448 Fax; 3218.2734 email: [email protected]

“Talvez o mais trágico na sociedade brasileira atual, não seja a existência da desigualdade, da miséria e da violência. O mais trágico é a naturalidade com que todos nós convivemos com esta realidade.”

Dra. Margarida Luiza Vieira de Matos. possui doutorado pela Universidade Federal Fluminense (1994) e atualmente é professor titular da Universidade Vale do Rio Doce, cunhou essa frase no texto

publicado no jornal "Estado de Minas" (25/09/1995).A banalização do mal

EXPEDIENTE

8 Boletim Epidemiológico, ano V nº 09, 2009 1Boletim Epidemiológico, ano V nº 09, 2009

Autor: Claudio Nogueira TeixeiraGerente do Nuvis

bastante oportunos. O primeiro expõe o perfil dos casos de beribéri, doença que, assim como o segundo tema, a violência física, tem sua etiologia intimamente relacionada às condições sociais da população.

Por fim, apresento Nota Técnica elaborada pelo Lacen com participação do Núcleo de Vigilância e Informação em Saúde (NUVIS), abordando a coleta e exame laboratorial a ser executado nas unidades de saúde, frente a casos suspeitos de Estomatite Vesicular, zoonose que tem acometido rebanho bovino em três municípios tocantinenses.

Boa leitura.Cláudio Nogueira Texeira

Casos Notificados Casos Confirmados Incidência/100.000Evento com aumento na incidência2007 2008 2007 2008 2007 2008

Pneumoconiose 8 2 0 2 0 0,16Acidente. de trabalho com exposição amaterial Biológico 117 150 117 150 9,41 11,71

Acidente de trabalho grave 233 299 233 299 17,93 23,35Intoxicação exógena 286 579 184 385 14,8 30,07Acidente por animal peçonhento 1.252 1.550 1.252 1.550 100,67 121,05Tétano 3 3 2 3 0,02 0,23Raiva 0 1 0 - - -Doença de Chagas 4 7 2 3 0,16 0,23Doença Exantemática 203 146 0 10 0 0,78Febre Hemorrágica do Dengue 14 46 14 46 1,13 3,59Dengue com complicação 16 56 16 56 1,29 4,37Leishmaniose Visceral 1.372 1.727 450 509 36,18 39,75Leptospirose 10 14 - 2 0 0,16Difteria/Febre Tifóide 24 22 - 14 0,56 1,09**Hanseníase 1.334 1.458 1.334 1.458 10,73 11,39Meningite 115 174 80 92 6,43 7,18Sífilis Adulto 212 197 78 98 6,27 7,65Pênfigo 8 5 1 4 0,08 0,31AIDS Criança 2 6 2 6 0,16 0,47AIDS Adulto 92 128 92 128 7,4 10Varicela 2.204 2.129 223 315 1,79 24,6─ = Não há registro no SINAN** Somente casos novos

Obs.; Prazo para encerramento do caso: Hepatite virais, Síndrome da Rubéola Congênita é de 180 dias, os demais agravos de 60 dias após a notificação

Evento com diminuição na incidência2007 2008 2007 2008 2007 2008 2007 2008

LERT/DORT 2 0 - 0 2 0 0,16 0Eventos adversos vacinais 41 29 - - 4 2 0,32 0,16Atendimento anti-rábico 4.682 4.747 ***0 ***0 4.682 4.747 376,48 370,7Dengue 22.098 21.646 9.197 10.976 12.227 9.438 983,17 737,1Dengue Clássico - - - - 12.196 9.335 980,68 729*Malária (casos autóctones) 57 18 ***0 ***0 57 18 0,24 0,06

Incidência/100.000Casos Notificados Casos Descartados Casos Confirmados

NOTA TÉCNICA: 001/2009 - SVPS/CIEVS/NUVIS/LACEN

Nota Técnica: 001/2009 SVPS/CIEVS/NUVIS/LACENAssunto: Estomatite vesicularAutores:Núcleo de Vigilância e Informação em Saúde - CIEVSCoordenadoria de Ações Operacionais - Lacen-ToProtocolo para coleta de amostras humanas com suspeita de Estomatite vesicular

Considerando a ocorrência da zoonose Estomatite

vesicular, no rebanho bovino dos municípios Paraná, Jaú do Tocantins e Pedro Afonso, com confirmação

laboratorial pela Agência de Desenvolvimento

Agropecuário (ADAPEC), a Superintendência de

Vigilância e Proteção à Saúde através do Núcleo de

Vigilância e Informação em Saúde e da Coordenadoria de Ações Operacionais - Lacen-To apresenta às

Secretarias Municipais da Saúde e profissionais que

atuam em saúde, informações técnicas sobre os

procedimentos a serem adotados frente a suspeita

clínica de caso humano de Estomatite vesicular para o

diagnóstico laboratorial.

Para o diagnóstico laboratorial de amostras humanas

suspeitas de Estomatite vesicular, humana poderá ser

coletado: soro, material das lesões em forma de crosta

e material das vesículas (pústulas ou líquido). É necessário enviar uma ficha clinica o mais completa

possível incluindo idade, sexo, data de início dos

sintomas, sinais/sintomas, ingestão de leites e/ou

derivados e carnes (indicando quando possível a

origem do produto), tratamento indicado.

1- MATERIAL: Pústulas ou Líquido Vesicular:1. O material das vesículas, pústulas ou líquido,

deverá ser coletado com estéril.2. Coletar o material da parte mais profunda da lesão.3. Inserir imediatamente o swab em tubo estéril, Não

acrescentar líquido conservantes.4. Fechar o tubo, identificar e refrigerar 2º a 8º.5. As amostras deverão ser transportadas até o

LACEN em caixa de térmica contendo gelo reciclável,

preferencialmente em até 24h.

2-MATERIAL: Crosta das lesões1. Remover um pouco da crosta sem ferir e passar um

na área.

swab

swab

3- MATERIAL: Soro

1. Identificar os tubos com o nome do paciente.

2. Coletar de 5 a 10 mL de sangue, não utilizar anticoagulante.

3. Centrifugar e separar o soro.

4. Alíquotar o soro em 2 microtubos tipo 5. Volume das alíquolas: 1,0 a 1,5 mL.

6. Identificar as amostras com o nome do paciente.

7. Armazenar a -20ºC.

8. As amostras deverão ser transportadas até o LACEN em caixa de térmica contendo gelo reciclável.

Obs. 1: Durante todos os procedimentos de coleta e manuseio da amostra o profissional deverá esta utilizando os seguintes Equipamentos de Proteção Individual:

- Máscara de proteção- Óculos de proteção ou protetor facial - Luvas- Avental descartável

Obs. 2: O material necessário a coleta deve ser providenciado pela unidade que procederá a coelta.

NÃO ENVIAR AMOSTRAS AOS SÁBADOS, DOMINGOS E FERIADOS, A MENOS QUE A INSTITUIÇÃO AUTORIZE.

eppendorf.

ATENÇÃO:

consecução dos objetivos e utilização dos fundos alocados. Assim, podemos diferenciar monitoramento de avaliação da seguinte forma:

É um processo estruturado de coleta e análise de informações sobre as atividades, as características e os

MONITORAMENTO:

AVALIAÇÃO:

2 Boletim Epidemiológico, ano V nº 09, 2009 7Boletim Epidemiológico, ano V nº 09, 2009

L. Tegumentar 515 444 ***0 ***0 515 444 41,41 34,67Tuberculose 242 234 ***0 ***0 242 234 19,46 18,27Sífilis em Gestante 123 87 ***0 ***0 123 87 9,89 6,79Sífilis Congênita 78 74 ***0 ***0 78 74 6,27 5,78

efeitos de um programa, respondendo a uma pergunta avaliativa e determina o mérito ou valo do programa e/ou explica a relação entre ele e seus efeitos.

Tanto o monitoramento quanto a avaliação são usados para melhorar o programa e subsidiar decisões gerenciais.

Nessa oportunidade apresentamos o monitoramento de alguns eventos definidos como de notificação compulsória para o Estado do Tocantins, apresentando aqueles que aumentaram ou diminuíram a incidência de casos confirmados no biênio 2007 a 2008.

─ = Não há registro no SINAN* Somente casos autóctones*** Somente é notificado caso confirmado

Síndrome da Rubéola Congênita é de 180 dias, os demais agravos de 60 dias após a notificação Pesquisa em 04/02/2009

Obs.: Prazo para encerramento do caso: Hepatite virais, 0800-642-7300

Acompanha rotineiramente informações prioritárias;Provê informações que podem ser utilizadas para a avaliação do programa;Acompanha os custos e o funcionamento do programa.

2. Inserir imediatamente o em tubo estéril, Não

acrescentar líquido conservantes.3. Fechar o tubo, identificar e refrigerar 2º a 8º.4. As amostras deverão ser transportadas até o

LACEN em caixa de térmica contendo gelo reciclável,

preferencialmente em até 24h.

swab

104 NORTE AV. NS 02 LT 30 EDIFÍCIO LAURO KNOP 3º ANDAR TEL. (63)3218-1716/1767 - CEP: 77053110

Março de 2009

NOTIFICA

INFORME EPIDEMIOLÓGICO DO HOSPITAL REGIONAL DE MIRACEMA - TO

A dengue é uma doença viral aguda, causada pela

picada do mosquito com alta

prevalência nos meses chuvosos e de evolução

variável: casos assintomáticos, leves e graves. A

doença pode ser classificada em dengue clássica,

dengue hemorrágica e dengue com complicações.

A dengue é hoje uma das doenças com maior incidência

no Brasil, atingindo a população de todos os estados,

independente da classe social. Nesse cenário, torna-se

imperioso que um conjunto de ações para o controle da

doença seja intensificado, permitindo assim a

identificação precoce dos casos de dengue, a tomada

de decisões e a implantação de medidas de maneira

oportuna,

Os dados gerados a partir das fontes de notificação e

por meio das investigações epidemiológicas realizadas

irão determinar a implantação das medidas de controle

no município.

Aedes aegypti,

preservar a vida humana é obrigação de

todos.

FLUXO DA NOTIFICAÇÃO

A organização do fluxo da notificação segue do Núcleo

Hospitalar de Vigilância par a a Secretaria

Municipal de Saúde. A digitação é processada no

próprio Núcleo e os dados (lotes) são transferidos

às terças-feiras. Diariamente são encaminhadas

as fichas de notificações e investigações para

que o município, centrado em dados de notificação de

casos suspeitos (gráfico 1), possa desenvolver ações

de controle do agravo.

Distribuição de casos notificados que realizaram sorologia nos meses de Janeiro à Outubro/2008Gráfico 2:

Dos 720 casos notificados, 39,44% dos pacientes

procuraram o laboratório para realização de sorologia para Dengue. Os pacientes são orientados no momento

da notificação inclusive da importância de fazer a

sorologia para Dengue. Ainda existe muita resistência

por parte da população em retornar a partir do 6º dia

para a realização do exame.

140120100806040200 18

33

86

120

204 2 1 0 5

Exames Realizados

350300250200150100500

4176

200

324

49 14 3 1 012

Distribuição de casos suspeitos de Dengue notificadospelo Hospital Regional de Miracema do Tocantins nos meses de Janeiro à Outubro/2008.

Gráfico 1:

IDENTIFICAÇÃO DAS MARCAS DE VIOLÊNCIA FÍSICA

Regina Gomes da SilvaGerência de Acidentes e Violência Coordenação de Doenças Não Transmissíveis

6 Boletim Epidemiológico, ano V nº 09, 2009 3Boletim Epidemiológico, ano V nº 09, 2009

Fonte: Violência contra a Criança e Adolescente: Não Permita! Secretaria de Estado do Trabalho e Ação Social do Tocantins.

A violência é um alarmante e inquestionável fato da

realidade mundial que fez com que a Organização

Mundial de Saúde passasse a reconhecê-la como um

problema de saúde pública recomendando seu alerta e

prevenção.

A violência pode manifesta-se de várias formas, dentre

elas, a forma física a qual dá-se através de emprego da

força física ou utilizando-se de algum tipo de arma ou

instrumento capaz de causar lesões internas, externas

ou ambas.

Algumas pistas podem ser úteis para auxiliar os

profissionais de saúde a identificar casos de violência

física, principalmente àquela relativa à criança e ao

adolescente.

A presença de lesões físicas como feridas que não se

adequam à causa alegada, bem como marcas de

queimadura que aparecem espalhadas pelo corpo,

muitas vezes revelam em sua forma o contorno do

objeto que as produziu.

Abaixo, apresentamos algumas marcas provocadas

por objetos, para a melhor identificação do meio

causador da agressão.

Em caso de suspeita ou confirmação de violência ou

maus tratos cometidos contra a criança ou adolescente,

o profissional de saúde deve preencher a Ficha de

Notificação/Investigação de Violência Doméstica,

Sexual e/ou Outras Formas de Violência, a qual seguirá

o seguinte fluxo: a notificação em 3 (três) vias, sendo

que uma das vias fica nos serviço de saúde, a outra vai

para a vigilância epidemiológica das DANT da

Secretaria Municipal de Saúde – SEMUS e a 3ª via

deverá ir para o Conselho Tutelar da Criança e do

Adolescente, conforme determina o Estatuto da

Criança e do Adolescente – ECA.

Contato:

E-mail: [email protected]

Fone: 3218-3244

CONTROLE DA DENGUE - UMA PARCERIA DO NÚCLEOHOSPITALAR DE EPIDEMIOLOGIA E ATENÇÃO BÁSICA

Raimunda Hélia Cerqueira Paes - Enfermeira Especialista em Saúde da Família.Dayane C. Silva- Auxiliar de Serviços de Saúde.Ingride Caroline P. da S. Amorim - Assistente de Serviços de Saúde.Evânio Castanheira Cordeiro - Auxiliar AdministrativoAlex José de Oliveira – Núcleo de Educação Permanente.

Fonte: NHV-HRM

Fonte: NHV-HRM

7

9

41

46

10

30 1 0 1

50454035302520151050

Casos Positivos

Distribuição dos casos por critério de confirmação

laboratorial de Janeiro à Outubro/2008.Gráfico 3:

Dos 284 pacientes que realizaram sorologia para

Dengue foram confirmados 127 casos distribuídos em

diversas áreas do Município (gráfico 4).

4035302520151050

2626

28

38

2 1 5

28

3 26 6

1

Nº de Casos

Gráfico 4: Distribuição de casos com sorologia positiva em setores no município de Miracema do Tocantins.

BERIBÉRI

Denise Marengo CarlosTécnica da área das Doenças Crônicas/Doenças e Agravos não Transmissíveis (DANT)

Estado, quadro 1, (Araguatins, Araguaína, Axixá, Campos Lindos, Goiatins, Guaraí, Itacajá, Maurilândia, Riachinho, São Miguel, Sítio Novo, Tocantinópolis, Wanderlândia), em região com clima pré-amazônico, onde predomina o calor intenso e a alta umidade, que de acordo com Maranhão (2007), é uma condição propícia ao desenvolvimento do fungo

secretor da microtoxina , um antagonista da Tiamina por competição de sítios de ligação, inibindo a sua função no organismo.

Penicillium Citreonigrun, citreoviridina

FIGURA 02: Distribuição de casos notificados, segundo município e ano de ocorrência. Tocantins- 2008

NÚMERODECASOSPORANOMUNICÍPIOS

2006 2007 2008

Araguatins - 2 1

Araguaína - - -

Axixá 1 - -

CamposLindos - - 1

Goiatins - - 3

Itacajá - 1 3

Maurilândia - 1 5

Riachinho - - -

SãoMiguel - 10 4

SítioNovo 12 2 4

Tocantinópolis - - 10

NTRODUÇÃO

Beribéri é uma síndrome clínica, resultante da deficiência da vitamina B1, também denominada de Tiamina, que tem a função de catalisadora no metabolismo dos carboidratos para a produção de ATP (Trifosfato de adenosina), além de iniciar a

propagação do estímulo nervoso, independente de sua função de catalisadora. É um agravo debilitante, podendo causar seqüelas neurológicas permanentes, manifestações cardíacas e até mesmo óbito (MARANHÃO, 2007).

Em Tocantins, houve notificação de Beribéri em treze municípios localizados na área norte do

Perfil dos casos notificados no Tocantins

4 Boletim Epidemiológico, ano V nº 09, 2009 5Boletim Epidemiológico, ano V nº 09, 2009

Fonte: NHV-HRM

Fonte: NHV-HRM

CONCLUSÃO

Uma das ferramentas de trabalho mais importante para vigilância em saúde é a informação. Dispor de informações de qualidade, que

retrate de forma fidedigna a situação da saúde no município, permite que a Secretária Municipal de Saúde planeje melhor suas ações e o controle das doenças, bem como a preservação da saúde da população.Assim os dados coletados demonstram com fidelidade o perfil do agravo, servindo de instrumento para a Atenção Básica, em conjunto com as Vigilâncias Epidemiológica, Ambiental e Sanitária planejem e desenvolvam ações e medidas pro ativas, no sentido de controlar a doença. Dentre as ações podem-se destacar as seguintes:

Acompanhamento das tendências do agravo;

Avaliação das medidas de controle ou do impacto de intervenções;

Identificar local de risco;

Analisar as informações obtidas em notificações e investigações e detectar área de maior vulnerabilidade;

Estreitar as relações de trabalho entre a Atenção Básica e Vigilância Epidemiológica, considerando que o Hospital continua sendo a porta principal dos agravos, inclusive a “Dengue” (notificação de 85% dos casos do município).

NHV/HRM/TO, Núcleo Hospitalar de Vigilância – Hospital Regional de Miracema. Relatórios e base de dados deste núcleo. (2008).

CEARÁ, Secretaria de Saúde. Manual de Vigilância Epidemiológica Hospitalar. 3 ed. revisada e ampliada. (2006).

BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Diretoria Técnica de Gestão. Dengue: Manual de Enfermagem – adulto e criança – Brasília: Ministério da Saúde, 2008.

DENGUE É UM DESAFIO A SER VENCIDO.NOTIFIQUE TODO CASO SUSPEITO.

REFERÊNCIAS

O Beribéri é uma patologia multicausal, caracterizada pela dieta monótona com o consumo exagerado de carboidratos, atividade física extenuante, consumo de café, o qual é antagonista da Tiamina. Consumo de bebidas alcoólicas por ser extremamente energéticas e ocasionarem baixa absorção e alteração do metabolismo intermediário da Tiamina. Podendo ser agravada a situação de insuficiência de Tiamina pelo baixo consumo ou mesmo a ausência de consumo de alimentos variados na ocasião da ingesta de tais bebidas. O consumo de arroz contaminado pelo fungo é mais um fator de risco para o agravo, mas não o principal já que pesquisa realizada recentemente no Maranhão, em área de risco, das amostras de arroz coletado para análise, apenas 20% apresentou a contaminação por

A atividade física extenuante proporciona alto nível de consumo de Tiamina, catalisadora na produção de ATP, unidade de energia corpórea e também mantenedora dos estímulos nervosos que desencadeiam os movimentos. A Tiamina tem a vida média em nosso organismo após absorvida, de 2 a 3 meses, porem não temos reservas orgânicas.O que faz o indivíduo se sentir enfraquecido, com dificuldades de executar movimentos, perda da força

citroeviridina.

muscular, etc. Após esforço físico intenso com baixo ou nenhum consumo de alimentos que contenham Tiamina.Encontramos nas notificações do agravo quase em sua totalidade, indivíduos do sexo masculino, residentes na zona rural, com idade variando entre 14 e 35 anos e exercendo a ocupação de lavrador. 90% dos casos notificados no Tocantins são homens e 56% são trabalhadores rurais que vivem do plantio e colheita principalmente do arroz. O número de notificações de Beribéri vem aumentando ano a ano (figura 1), assim como o trabalho de monitoramento executado pela área técnica responsável pelo agravo e às capacitações oferecidas pela SESAU para os profissionais de saúde que passaram a reconhecer tal patologia, notificar e tratar. Tratamento: (OMS)

010203040506070

2006 2007 2008 totalNotificações

QUADRO 01: Distribuição de casos notificados, segundo ano de ocorrência. Tocantins – 2008.

FONTE: Vigidante/SVPS/SESAU-TO 2009

É feito pela reposição oral ou venosa de Tiamina nas doses: Crianças: 0.3-0.9 mg/kg/dia Adolescentes: 1.0-1.2 mg/kg/dia Adultos: 1.2 mg/kg/dia O esquema básico para o tratamento é de 06 meses, porém a critério médico, poderá chegar a 12 meses de tratamento.

MARANHÃO, Secretaria do Estado de Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Plano de Enfrentamento da Síndrome Neurológica por Hipovitaminose B1 (Beribéri). Secretaria Estadual de Saúde do Maranhão. Secretaria de Políticas de Saúde. Maranhão, Secretaria Estadual

REFERÊNCIA