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    ARTIGO ORIGINALARTIGO ORIGINALARTIGO ORIGINALARTIGO ORIGINALARTIGO ORIGINAL

    A GINSTICA LABORAL NAPROMOO DA SADE E

    MELHORIA DA QUALIDADE

    DE VIDA NO TRABALHOTHE LABOR WORK OUT TO PROMOTE THE HEALTH

    AND THE QUALITY OF LIFE AT WORK

    ADELARAPARECIDO SAMPAIO JOO RICARDO GABRIEL DE OLIVEIRAMestre em Educao (PUCRS), Professor na Faculdade Centro Especialista emAvaliao e Prescrio de Exerccio Fsico (UEL),Mato-grossense (FACEM) e na Unio do Ensino Superior de Professor na Faculdade Centro Mato-grossense (FACEM).Nova Mutum (UNINOVA).

    Resumo: A ginstica laboral na preveno de doenasocupacionais vem sendo alvo de estudos e ganha terreno apartir do advento da era industrial, a acelerada incorporaodas novas tecnologias de automao, associadas s novas

    formas de organizar o trabalho e na medida em que as Lesespor Esforos Repetitivos (LER) e Distrbios OsteomuscularesRelacionados ao Trabalho (DORT) so evidenciados. Nessetrabalho, desenvolvemos um breve histrico e analisamosaspectos relacionados com a ginstica laboral, as LER/DORTem diferentes mtodos dessa ginstica, bem como osresultados positivos obtidos em alguns exemplos napromoo de benefcios tanto para o trabalhador quanto paraa empresa. Alm de prevenir as LER/DORT, se destaca porapresentar resultados mais rpidos e diretos na promoo dasade e melhoria da qualidade de vida para o trabalhador.

    Abstract: The labor workout helps to prevent theoccupational diseases, it has been studied and it is gainingterrain from the beginning of the industrial era, the fastincorporation of the new technologies of automation,

    associated to new ways of organizing the work and as far asthe Repetitive Strain Injuries (RSI) and the Work-relatedMusculoskeletal Disorders (WMD) are evidenced. In thispaperwork we have developed a brief historic and analyzedaspects related to the labor workout, the RSI/WMD indifferent methods of this workout, as well as the positiveresults obtained in some examples to promote benefits bothfor the worker and for the company. Besides preventing theRSI/WMD, it presents faster and more direct results on thepromoting of the health and the improvement of the lifequality to the worker.

    Palavras-chave:Ginstica Laboral; LER; DORT; Qualidade deVida. Keywords: Labor Workout; Repetitive Strain Injuries; Work-related Musculoskeletal Disorders; Life Quality.

    Caderno de Educao Fsica (ISSN 1676-2533) Marechal Cndido Rondon, v.7, n.13, p. 2. sem. 200871-79,

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    72 SAMPAIO; OLIVEIRA

    1 INTRODUO

    Investir na qualidade de vida voltada aos

    funcionrios nas empresas se constitui hoje uma das

    principais aes para a preveno de problemas oriundos

    do exerccio laboral que, em condies inadequadas, podem

    ocasionar, pelo excessivo ritmo de trabalho, grandes males

    sade dos trabalhadores. Atualmente, em um pas como

    o nosso, infelizmente, as questes relacionadas com a

    adequao econmica dos ambientes de trabalho ainda

    esto longe de ser realidade. Existem bons exemplos de

    empresas e instituies que oferecem a seus colaboradores

    melhores condies para o trabalho, mas uma grande parte

    ainda persiste em conduzir seus planejamentos baseados

    no que os trabalhadores podem produzir, no investindo

    em melhorias para promover a qualidade de vida de seus

    funcionrios.

    Os programas de promoo da sade e melhoria

    da qualidade de vida, designadamente por meio da ginstica

    laboral nos locais de trabalho, esto se tornando

    indispensveis e que devem integrar a cultura das

    empresas.

    Existe um crescimento, embora ainda lento, do

    pensamento no meio empresarial de que a melhoria da

    qualidade de vida dos funcionrios est intimamente ligada

    maior produtividade, de forma que investir no capital

    humano deve fazer parte de toda empresa na atualidade.

    Silva e Marchi (1997) nos apresentam dois

    pr incipa is desafios (dentre outros) para o mundo

    empresarial: o primeiro est relacionado necessidade de

    uma fora de trabalho saudvel, motivada e preparada

    para a extrema competio atualmente existente; o

    segundo a capacidade da empresa responder demanda

    de seus funcionrios em relao a uma melhor qualidade

    de vida. Estas variveis, segundo os autores, esto

    profundamente interligadas e induzem as empresas a

    investir mais na implementao de programas de qualidade

    de vida.

    Na perspectiva de contribuir com a questo, nos

    propusemos a condensar algumas idias que nomeiam a

    ginstica laboral como promotora da sade e melhoria das

    condies de trabalho, contribuindo na preveno e na

    reduo das Leses por Esforos Repetitivos (LER) e

    dos Distrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho

    (DORT), que so as maiores causas de afastamento nas

    empresas alm de melhorar o relacionamento interpessoal,

    reduzir acidentes de trabalho e, conseqentemente,

    aumentar a produtividade, gerando um maior retorno

    financeiro para empresa.

    2 DISTRBIOS OSTEOMUSCULARESRELACIONADOS AO TRABALHO (DORT) ELESES POR ESFOROS REPETITIVOS (LER)

    As Leses por Esforo Repetitivo (LER) ouDistrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho

    (DORT) so os designaes que podem levar a ocorrncia

    de afeces de msculos, tendes, sinvias (revestimento

    das articulaes), nervos, fscias (envoltrio dos msculos)

    e ligamentos, isoladas ou combinadas, com ou sem

    degenerao de tecidos. Elas atingem principalmente

    mas no somente os membros superiores, regio

    escapular (em torno do ombro) e regio cervical. Tm

    origem ocupacional, e decorrem, de forma combinada ouno, do uso repetido ou forado de grupos musculares e

    da manuteno de postura inadequada

    (FUNDACENTRO, 2007).

    Segundo Ribeiro (1997, BARBOSA et al., 1997)

    na tentativa de tornar mais fcil e abrangente a avaliao

    clnica, o termo LER amplamente utilizado e conhecido,

    mas existem outros comumente utilizados como: Leses

    por Traumas Cumulativos (LTC), que so definidas como

    desordens dos tecidos moles causadas por esforos emovimentos repetidos. Apesar de poder ocorrer em quase

    todos os tecidos do corpo, os nervos, tendes, bainhas

    tendneas e msculos da extremidade superior so os mais

    acometidos. Estas leses podem ser causadas pela

    utilizao biomecanicamente incorreta dos msculos,

    tendes, fscias ou nervos, que resultam em dor, fadiga,

    queda do rendimento no trabalho e incapacidade

    temporria, podendo evoluir para uma sndrome dolorosa

    crnica, nesta fase agravada por todos os fatores psquicos

    Caderno de Educao Fsica (ISSN 1676-2533) Marechal Cndido Rondon, v.7, n.13, p. 71-79, 2. sem. 2008

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    73A GINSTICA LABORAL NA PROMOO DA SADE E MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

    (no trabalho ou fora dele) capazes de reduzir o limiar de

    sensibilidade dolorosa do indivduo.

    Historicamente o primeiro relato a associar queixas

    dolorosas nos membros superiores a tipos de atividade de

    trabalho foi feito, provavelmente, por Ramazzini, em 1713.

    Apesar desta primeira associao datar do sculo XVIII,

    s recentemente o assunto despertou interesse mundial

    (FUNDACENTRO, 2007; MARTINS, 2001).

    Talvez, a mais significativa das diferenas seja que

    as LER so um modo bem mais raro de adoecer, posto

    que, antes do sculo XIX, a escrita como trabalho era

    uma atividade de um nmero bem pequeno de pessoas.

    No primeiro ciclo da revoluo industrial (1770/1870), o

    carter ocupacional restrito, tanto da escrita como das

    LER, permaneceu, mesmo quando em 1830, a pena de

    ave foi substituda pela palha de ao, tornando mais veloz

    o trabalho de escrever e mais freqentes os casos das

    doenas (RIBEIRO, 1997).

    Tipos de esforos parecidos vieram a vitimar, de

    modo semelhante, duas outras novas categorias de

    trabalhadores assalariados, a dos mecangrafos/

    datilgrafos e a dos telefonistas. Desde 1918, na Sua, os

    trabalhadores dessas duas categorias, que adoeciam de

    LER eram indenizados pelos empregadores (BAADER,

    1960).

    Segundo Figueiredo e MontAlvo (2005) e Ribeiro

    (1997), o Japo, que mais precoce e velozmente avanou

    em termos de automao e racionalizao do trabalho, foi

    o primeiro a se dar conta da gravidade da situao no

    final da dcada de cinqenta.

    Os que historiam a evoluo dos distrbios crvico

    braquiais de natureza ocupacional (OCD), nome da doena

    no pas, afirmam que sua expanso foi devido elevada

    sobrecarga do trabalho intensivo e em alta velocidade,

    exigida por mquinas operadas manualmente, jornadas

    longas de trabalho contnuo, aumento individual das tarefas

    que requeriam movimentao exagerada dos dedos e dos

    outros segmentos dos membros superiores,

    empobrecimento do contedo do trabalho, controle rgido

    das chefias e reduo do repouso e do lazer. Segundo

    eles, de 1,6 milho de trabalhadores, 10% em mdia, eram

    sintomticos. A maior prevalncia (21%) foi encontrada

    em trabalhadores da linha de montagem. A terceira

    categoria mais atingida, com uma prevalncia de 9% foi a

    de escriturrios (NAKASEKO et al. apudRIBEIRO,

    1997).

    No rastro da acelerada incorporao das novas

    tecnologias de automao, sempre associadas s novas

    formas de organizar o trabalho, as LER ganharam os pases

    industrializados, com os nomes de cumulative trauma

    disorders (CTD), repetitive strain injury (RSI),

    occupational overuse syndrome (OOS), occupational

    cervicobrachial disorders (OCD) e lsions attribuibles

    au travail rptitif(LATR), respectivamente nos Estados

    Unidos, Austrlia, Alemanha e pases escandinavos e

    Canad (KUORIKA et al. apudRIBEIRO, 1997).

    Com o advento da era industrial, teve incio o

    processo de fabricao de produtos em massa, e a

    crescente especializao dos operrios no sentido de

    melhorar a qualidade, aumentar a produo e diminuir

    custos. Essa especializao levou os trabalhadores a

    executarem funes especficas nas empresas, com a

    realizao de movimentos repetitivos, associados ao

    esforo excessivo, levando muitos indivduos a sentir dores.

    As LER/DORT so, atualmente causa de muitos

    debates quanto nomenclatura, ao diagnstico e ao

    tratamento. H os que no acreditam em sua existncia,

    e os que ainda no se convenceram. O fato que existem

    inmeros trabalhadores com queixas de dor atribudas s

    suas funes. A patologia reconhecida pela atual

    legislao brasileira, gerando grande interesse pela

    medicina.

    O termo Leses por Esforos Repetitivos (LER),

    adotado no Brasil, est sendo, aos poucos, substitudo por

    Distrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho

    (DORT). Essa denominao destaca o termo distrbio

    ao invs de leses, o que corresponde ao que se percebe

    na prtica: ocorrem distrbios em uma primeira fase

    precoce, tais como fadiga, peso nos membros e dor,

    aparecendo, em uma fase mais adiantada, as leses

    (BARBOSA et al., 1997; MENDES, 1998; PINTO e

    VALRIO, 2000).

    Caderno de Educao Fsica (ISSN 1676-2533) Marechal Cndido Rondon, v.7, n.13, p. 71-79, 2. sem. 2008

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    74 SAMPAIO; OLIVEIRA

    Distrbios Osteomusculares Relacionados ao

    Trabalho so doenas ocupacionais relacionadas a leses

    por traumas cumulativos. So o resultado de uma

    descompensao entre a capacidade de movimento da

    musculatura e a execuo de movimento rpido e

    constante (MARTINS e DUARTE, 2001; OLIVEIRA,

    2006). Esses distrbios atingem, atualmente, trabalhadores

    de diversas reas. Especialistas em medicina do trabalho

    estimam que 5 a 10% dos digitadores so portadores de

    LER/DORT. Na Frana, este j o maior motivo de

    afastamento do trabalho e de comprometimento da

    produtividade (BARBOSA et al., 1997).

    Segundo a Organizao Mundial do Trabalho (OIT),

    os pases arcam com custos mdios equivalentes a 4% de

    seu Produto Interno Bruto (PIB), a cada ano, em

    decorrncia de acidentes de trabalho, de tratamento de

    doenas, de leses e de incapacidades relacionadas ao

    trabalho (ANDRADE, 2000).

    Partindo da mesma idia, Teixeira (2001) confirma

    que entre trabalhadores brasileiros, 80 a 90% das doenas

    ocupacionais, desde 1993, esto relacionadas aos distrbios

    osteomusculares decorrentes de problemas de trabalho.

    O mesmo autor relata os valores da perda econmica

    decorrente de acidentes de trabalho calculado em 20 bilhes

    de reais, ou seja, 2% do PIB nacional, e os Distrbios

    Osteomusculares Relacionados ao Trabalho tm uma

    ocorrncia de 70% entre as doenas ocupacionais.

    Um estudo, desenvolvido por Miranda e Dias (1999)

    constatou que 20% das LER/DORT registradas no

    Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ocorrem em

    funcionrios que trabalham como caixa de bancos,

    conforme a seguir.

    Tabela 1 Distribuio dos trabalhadores portadores de LER, segundo funo, Salvador-BA.

    FUNO %

    1. CAIXA DE BANCO 20,0

    2. ESCRITURRIO 14,3

    3. AUXILIAR ADMINISTATIVO 10,1

    4. CAIXA DE SUPERMERCADO 8,6

    5. DIGITADOR 8,1

    6. ATENDENTE 4,3

    7. OPERADOR INDUSTRIAL 3,8

    8. TELEFONISTA 3,4

    9. AUXILIAR DE PRODUO 3,2

    10. SECRETRIA 3,1

    Fonte: Miranda e Dias (1999).

    Em um outro estudo, desenvolvido pela Folha de

    So Paulo (2001), verificou-se que, dos 310.000

    trabalhadores paulistanos diagnosticados pelos mdicos,

    14% eram portadores de LER/DORT, sendo 6% dos

    trabalhadores da cidade de So Paulo, ou seja, 4% da

    populao. Dessa forma, fica evidente que se as entidades

    que envolvam governo, empresrios, mdicos, entre outros,

    no tomarem providncias com relao a esse problema,

    em um futuro prximo, teremos um grande nmero de

    pessoas afastadas do trabalho, gerando cifras milionrias

    em custos com aposentadorias, com tratamentos de

    problemas, como os ndices destacados a seguir.

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    75A GINSTICA LABORAL NA PROMOO DA SADE E MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

    Figura 1 Trabalhadores com diagnstico de LER/DORT emSo Paulo-SP.

    Fonte: Folha de So Paulo (2001)

    Baseado nesses resultados interessante notar que

    os fatores contributivos mais importante das LER/DORT

    so: fora, repetitividade e velocidades de movimentos

    como clculos, digitao, escrita, atendimento ao telefone,

    entre outros (FORNASARI et al., 2000).Outro dado alarmante que, aproximadamente, 75

    a 90% dos custos mdios nas empresas so devido aos

    doentes com lombalgias crnicas, o que tambm poder

    desencadear os distrbios osteomusculares relacionados

    ao trabalho (KSAN, 2003).

    3 HISTRICO DA GINSTICA LABORAL

    Do mesmo modo que no caso da LER/DORT, ha necessidade de se colocar um pequeno histrico sobre a

    origem da ginstica laboral. O primeiro registro de ginstica

    de pausa foi registrado na Polnia em 1925 e, depois, no

    Japo em 1928. Outros pases como a Blgica e Frana

    tambm apresentam um histrico no pioneirismo da adoo

    da Ginstica Laboral.

    Na Polnia, operrios se exercitavam com uma

    pausa adaptada a cada ocupao particular. Alguns anos

    depois esta ginstica foi introduzida na Holanda e Rssia.

    No incio da dcada de 60, ela comeou a ser praticada

    naAlemanha, Sucia, Blgica e Japo. Os Estados Unidos

    adotaram a Ginstica Laboral em 1968. (LIMA apud

    FIGUEIREDO e MONTALVO, 2005; REVISTA

    CONFEF, 2004).

    No Japo, segundo Alvarez apud Figueiredo e

    MontAlvo (2005), era aplicada diariamente nos

    funcionrios dos correios visando a descontrao e o

    cultivo da sade, contemplando que aps a Segunda

    Guerra Mundial, o hbito foi difundido por todo o Japo.

    No Brasil, asprimeiras manifestaes de atividades

    fsicas entre funcionrios foram em 1901, mas a ginstica

    laboral teve sua proposta inicial publicada em 1973.

    Algumas empresas comearam a investir em

    empreendimentos com opo de lazer e esporte para os

    seus funcionrios, como a Fbrica de Tecidos Bangu a

    pioneira e o Banco do Brasil, com a posterior criao da

    Associao Atltica do Banco do Brasil (REVISTA

    CONFEF, 2004).

    Conforme tem sido registrado no Caderno Tcnico-

    Didtico SESI Ginstica na Empresa (2006), em 1973, a

    Escola de Educao Fsica da Federao dos

    Estabelecimentos de Ensino de Novo Hamburgo-RS

    (FEEVALE), torna-se a pioneira da Ginstica Laboral com

    o Projeto Educao Fsica Compensatria e Recreao,

    elaborada a partir de exerccios fsicos baseados em

    anlises biomecnicas. Em parceria com a FEEVALE,

    em 1978, o SESI/RS desenvolveu o Projeto Ginstica

    Laboral Compensatria. Ainda em 1978 em Betim-MG,

    na fbrica FIAT de automveis, iniciou-se o Programa

    de Ginstica na Empresa fundamentado nos princpios

    da Ginstica Laboral. Este programa do SESI abrange

    todo o pas atualmente.

    4 CONCEITOS E DEFINIES DA GINSTICALABORAL

    A ginstica laboral uma atividade desenvolvida

    por meio de exerccios especficos de alongamento, de

    fortalecimento muscular, de coordenao motora e de

    relaxamento, realizados nos diferentes setores ou

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    departamentos da empresa, tendo como objetivo principal

    prevenir e diminuir os casos de LER/DORT (OLIVEIRA,

    2006).

    Segundo Martins e Duarte (2001), so exerccios

    efetuados no prprio local de trabalho, com sesses de

    cinco, dez ou quinze minutos, tendo como principais

    objetivos a preveno das LER/DORT e a diminuio do

    estresse, atravs dos exerccios de alongamento e de

    relaxamento.

    A ginstica laboral consiste em exerccios

    realizados no local de trabalho, atuando de forma

    preventiva e teraputica, enfatizando o alongamento e a

    compensao das estruturas musculares envolvidas nas

    tarefas ocupacionais dirias (CAETE et al., 2001 apud

    POLITO; BERGAMASCHI, 2002).

    Seguindo a mesma idia, Picoli e Guastelli (2002)

    definem a ginstica laboral como atividade fsica realizada

    no prprio local de trabalho, com exerccios elaborados

    para compensar e prevenir os efeitos negativos da LER/

    DORT, das dores na coluna, dos desvios de postura e de

    outros problemas.

    Lima (2004) conceitua a ginstica laboral como a

    prtica de exerccios, realizada coletivamente, durante a

    jornada de trabalho, prescrita de acordo com a funo

    exercida pelo trabalhador, tendo como finalidade a

    preveno de doenas ocupacionais, promovendo o bem

    estar individual, por intermdio da conscincia corporal:

    conhecer, respeitar, amar e estimular o seu prprio corpo.

    Para Figueiredo e MontAlvo (2005), a ginstica

    laboral uma atividade fsica realizada durante a jornada

    de trabalho, com exerccios de compensao aos

    movimentos repetitivos, ausncia de movimentos, ou a

    posturas desconfortveis assumidas durante o perodo de

    trabalho.

    A ginstica laboral tem sido classificada, por diversos

    autores, de formas diferentes, gerando certa confuso com

    relao aos seus objetivos de execuo. Observar-se-,

    nesta reviso, as diferentes opinies de autores referentes

    ginstica laboral classificada em 4 tipos: preparatria,

    compensatria, de relaxamento e corretiva.

    1. Ginstica laboral preparatria: Atividade fsica

    realizada antes de se iniciar o trabalho, aquecendo e

    despertando o funcionrio, com objetivo de prevenir

    acidentes de trabalho, distenses musculares e doenas

    ocupacionais (DIAS, 1994). Targa (apudCAETE, 2001)

    define como ginstica preparatria ou pr-aplicada como

    um conjunto de exerccios que prepara o indivduo

    conforme suas necessidades de velocidade, de fora ou

    de resistncia para o trabalho, aperfeioando a

    coordenao. Pode-se, entretanto, notar que a definio

    mais adequada para ginstica laboral preparatria so

    exerccios realizados antes da jornada de trabalho, com

    objetivo principal de preparar o indivduo para o incio do

    trabalho, aquecendo os grupos musculares solicitados em

    suas tarefas, despertando-os para que se sintam mais

    dispostos (ALVES e VALE 1999; OLIVEIRA, 2006).

    2. Ginstica compensatria: Tem sido definido por

    Kolling (1980), um dos precursores da ginstica laboral

    no Brasil, como a ginstica que tem por objetivo,

    precisamente, trabalhar os msculos que esto sendo

    utilizados com mais freqncia na jornada de trabalho e

    relaxar os msculos que esto em contrao durante a

    maior parte da jornada de trabalho. Partindo desse ponto

    de vista, fica claro que em um programa de ginstica

    laboral compensatria necessrio fortalecer os msculos

    mais fracos, ou seja, os menos usados durante a jornada

    de trabalho, alm de alongar os mais solicitados,

    proporcionando, dessa forma, compensao dos msculos

    agonistas para com os antagonistas de forma equilibrada.

    Assim sendo, exerccios fsicos realizados durante ou aps

    a jornada de trabalho atuam de forma teraputica,

    diminuindo o estresse atravs do alongamento e do

    relaxamento (MARTINS, 2001). Sendo da mesma opinio,

    Mendes (2000) e Oliveira (2006) definem ginstica

    compensatria como exerccios fsicos praticados durante

    o expediente de trabalho, normalmente aplicando-se uma

    pausa ativa de 3 a 4 horas aps incio do expediente, tendo

    como objetivo aliviar a tenses e fortalecer os msculos

    do trabalhador.

    3. Ginstica laboral de relaxamento: de grande

    importncia desenvolver exerccios especficos de

    relaxamento, principalmente em trabalhos com excesso

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    de carga horria ou em servios de cunho intelectual.

    Nesse sentido, Mendes (2000) confirma que a ginstica

    laboral de relaxamento, praticada ao final do expediente,

    tem como objetivo relaxar o corpo e, especificamente,

    extravasar tenses das regies que acumulam mais tenso.

    Assim, exerccios praticados aps o expediente de trabalho

    tm como objetivo proporcionar relaxamento muscular e

    mental aos trabalhadores (OLIVEIRA, 2006).

    4. Ginstica laboral corretiva: Tem sido registrado por

    Targa (apud CAETE, 2001), que a finalidade da

    ginstica laboral corretiva estabelecer o antagonismo

    muscular, utilizando exerccios que visam fortalecer os

    msculos fracos e alongar os msculos encurtados,

    destinando-se ao indivduo portador de deficincia

    morfolgica no patolgica e sendo aplicada a um grupo

    reduzido de pessoas. Entretanto, a ginstica laboral

    corretiva visa combater e, principalmente, atenuar as

    conseqncias decorrentes de aspectos ecolgicos

    ergonmicos inadequados ao ambiente de trabalho

    (PIMENTEL, 1999).A aplicabilidade dessa ginstica tem

    como objetivo trabalhar grupos especficos dentro da

    empresa, em conjunto com a rea da medicina do trabalho,

    da enfermagem e da fisioterapia, com a finalidade de

    recuperar casos graves de leses, de limitaes e de

    condies ergonmicas.

    5 BENEFCIOS DA GINSTICA LABORAL

    A ginstica laboral proporciona benefcios tanto para

    o trabalhador quanto para a empresa. Alm de prevenir a

    LER/DORT, ela tem apresentado resultados mais rpidos

    e diretos como a melhora do relacionamento interpessoal

    e o alvio das dores corporais (GUERRA, 1995; MENDES,

    2000; OLIVEIRA, 2006).

    Um estudo desenvolvido no Banrisul Banco do

    Estado do Rio Grande do Sul e na Petroqumica Triungo,

    no perodo 2003 a 2006, registrou-se uma reduo de 44%

    dos novos casos de LER/DORT aps a implantao da

    Ginstica Laboral (REVISTA CONFEF, 2007).

    Partindo desse pressuposto, evidncias tm

    demonstrado que a ginstica laboral, em mdia, aps trs

    meses a um ano de sua implantao em uma empresa,

    tem apresentado benefcios tais como: diminuio dos

    casos de LER/DORT, menores custos com assistncia

    mdica, alvio das dores corporais, diminuio das faltas,

    mudana de estilo de vida e, o que mais interessa para as

    empresas, o aumento da produtividade, conforme

    apresentado a seguir.

    Quadro 1 Resultados positivos de programas de ginstica laboral segundo os autores.

    FONTE EMPRESAS

    Alves e Vale (1999)

    Faber-Castell - houve diminuio nos casos de LERNEC do Alves Brasil - diminuio de 40% do volume de queixas de dores corporais.Siemens - reduo de 60% de reclamaes de dores corporais.Atlas Copco Brasil - diminuio de 20% no nmero de acidentes de trabalho.

    Pavan e Michels (apud Mendes e Leite,2004)

    Em duas empresas alimentcias do Sul do pas aumentou a produo em 27% (passou de 30para 38 frangos por minuto). Aps doze semanas da implantao da ginstica laboral, houveuma diminuio de 40% dos acidentes do trabalho.

    Oliveira (2006), Revista "Isto " Xerox do Brasil - aumento da Produtividade em at 39%.

    Revista Economia e Negcio (2001) Embraco - queda no nmero de casos confirmados de LER de 46, em 1997, para cinco, em1999.

    Ferreira (1998) Cecrisa - em 1 ano de implantao do programa, constatou-se um aumento em torno de 17%na produtividade e uma diminuio das ausncias e de afastamentos em torno de 70%.

    Martins e Duarte (2001)

    Dona-Albarus (Gravata-RS) - aps 3 meses de ginstica laboral, houve uma diminuio de46% dos acidentes ocorridos e de 54% da procura ambulatorial- traumatoortopdica.Eletrnica-Selenium - em 6 meses de ginstica laboral, o ndice de absteno ao trabalho

    decresceu 86,67%, as dores corporais diminuram em 64% e 100% dos trabalhadoresafirmaram estar mais dispostos a realizar suas tarefas.

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    78 SAMPAIO; OLIVEIRA

    de grande importncia prtica e terica no levar

    em considerao o aumento de produtividade de uma

    empresa baseando-se s na ginstica laboral, mas sim por

    um conjunto de atributos que envolvem a ginstica, a

    ergonomia, a produtividade, os benefcios e o investimento

    em qualidade de vida.

    Neste sentido, a implantao de um programa de

    ginstica laboral busca despertar nos trabalhadores a

    necessidade de mudanas do estilo de vida e no apenas

    de alterao nos momentos de ginstica orientada dentro

    da empresa. Segundo Nahas e Fonseca (2004), do ponto

    de vista empresarial, desenvolver aes de promoo da

    sade e da qualidade de vida para os trabalhadores

    representa um investimento com retorno garantido a mdio

    e longo prazo. Trabalhadores bem informados e

    conscientes de que seus comportamentos podem

    determinar o risco maior ou menor de adoecer (ou mesmo

    de ficar incapacitado ou morrer precocemente) so,

    certamente, mais saudveis, produtivos e, possivelmente,

    mais felizes.

    importante entender neste sentido que aes

    isoladas no surtiro o efeito desejado. Existe a

    necessidade de um conjunto de melhorias que devem ser

    adotadas, como por exemplo, modificao do processo de

    trabalho, instituio de revezamentos ou rodzios, realizao

    de anlises ergonmicas dos postos de trabalho e

    adequao dos instrumentos ou equipamentos de trabalho,

    alm de outras medidas que influenciaro positivamente

    no estilo de vida.

    6 CONSIDERAES FINAIS

    Vrias evidncias demonstram a importncia da

    ginstica laboral na preveno de doenas ocupacionais,

    tais como LER/DORT, reduo dos acidentes de trabalho

    e das faltas, bem como, o aumento da produtividade, a

    diminuio dos gastos com assistncia mdica e,

    conseqentemente, um maior retorno financeiro para as

    empresas. Porm, com relao a LER/DORT, h um

    grande nmero de trabalhadores portadores dessas

    doenas e em muitos casos no h ainda os investimentos

    necessrios para o exerccio da ginstica laboral no sentido

    da preveno das doenas ocupacionais. Dessa forma, a

    ginstica laboral um recurso para fazer frente ao

    problema, pois considerado um exerccio fsico eficaz

    na preveno de doenas relacionadas ao trabalho que

    pode promover a sade e melhorar a qualidade de vida do

    trabalhador. Entretanto, interessante notar que a

    ginstica, por si s, no ter resultados significativos se

    no houver uma elaborada poltica de benefcios sociais,

    alm de estudos ergonmicos, da colaborao de

    encarregados setoriais, tcnicos de segurana do trabalho,

    dos mdicos ocupacionais e dos profissionais de recursos

    humanos.

    7 REFERNCIAS

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    79A GINSTICA LABORAL NA PROMOO DA SADE E MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

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    Correspondncia:

    Autor: Adelar Aparecido Sampaio

    Endereo: Travessa das Hortnsias, 363, Jardim Bela Vista,

    SorrisoMT, CEP78890-000

    E-mail: [email protected]

    Recebido em: 04/11/2008

    Revisado em: 06/02/2009

    Aceito em: 26/02/2009

    Caderno de Educao Fsica (ISSN 1676-2533) Marechal Cndido Rondon, v.7, n.13, p. 71-79, 2. sem. 2008

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