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Air France 447 Avião caiu inteiro nas águas do Atlântico O primeiro relatório sobre o acidente que atingiu o voo 447 da Air France, entre o Rio de Janeiro e Paris, diz que o avião não se par- tiu antes de cair no Atlântico. Pág.9 » Tatiana Carvalho/RR OPINIÃO A segunda vida das cabines telefónicas José Tolentino Mendonça Pág.4 » Págs.2 a 3 » Amanhã Hoje Porto Lisboa man Am h h oje H Li Lisboa boa Sábado Por Po to o Porto Lisboa Sexta Gratuito BPN: Oliveira e Costa no DCIAP - AVIAÇÃO: Ryanair escolhe Porto para nova base - CAP: apelo a não-voto no PS Leia mais ÚLTIMAS Directora Graça Franco Editor Raul Santos Grupo Renascença www.rr.pt www.rfm.pt www.mega.fm www.radiosim.pt Quinta-feira 2 Julho de 2009 A 2 de Julho... 1932: morte de D. Manuel II Pág.14 » Circuito da Boavista: o Porto revisita a sua memória Benfica Vilarinho fala “à nação” ao final da tarde A confusão é total. Poderá não haver elei- ções. Poderá haver, mas sem a lista de Viei- ra. Parece que tudo é possível. A “nação benfiquista” aguarda por esclarecimentos do presidente da Assembleia Geral. Pág.13 » Gripe A Ministério da Saúde deixa de divulgar casos suspeitos O número crescente de casos suspeitos motivou a decisão do Ministério de Ana Jorge. A partir de agora, só serão conhecidos os casos de contaminação. Os que já foram registados - 21, até de manhã, 23 já ao início da tarde - foram todos “im- portados”. Págs. 6 e 15 »

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Air France 447

Avião caiu inteiro nas águas do AtlânticoO primeiro relatório sobre o acidente que atingiu o voo 447 da Air France, entre o Rio de Janeiro e Paris, diz que o avião não se par-tiu antes de cair no Atlântico. Pág.9 »

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OPINIÃO

A segunda vida das cabines

telefónicas

José Tolentino Mendonça

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Págs.2 a 3 »

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Gratuito BPN: Oliveira e Costa no DCIAP - AVIAÇÃO: Ryanair escolhe Porto para nova base - CAP: apelo a não-voto no PS Leia mais ÚLTIMAS

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Quinta-feira2 Julho de 2009

A 2 de Julho...

1932: morte de

D. Manuel II

Pág.14 »

Circuito da Boavista: o Porto revisita a sua memória

Benfi ca

Vilarinho fala “à nação” ao fi nal da tardeA confusão é total. Poderá não haver elei-ções. Poderá haver, mas sem a lista de Viei-ra. Parece que tudo é possível. A “nação benfi quista” aguarda por esclarecimentos do presidente da Assembleia Geral. Pág.13 »

Gripe A

Ministério da Saúde deixa de divulgar casos suspeitos

O número crescente de casos suspeitos motivou a decisão do Ministério de Ana Jorge. A partir de agora, só serão conhecidos os casos de contaminação. Os que já foram registados - 21, até de manhã, 23 já ao início da tarde - foram todos “im-portados”. Págs. 6 e 15 »

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O aparato gerado em torno da mon-tagem do Circuito da Boavista marca as últimas horas antes do arranque da edição deste ano. Como nos anteriores. Altera-se o normal desenrolar do dia-a-dia na ligação entre a Boavista e a Cir-cunvalação, com trânsito condicionado e o incómodo do barulho para os mo-radores. É um pequeno preço a pagar, considera a generalidade das pessoas, ouvidas na zona, pelo Página1, para se assistir a um espectáculo que “divulga a cidade”.“É, é muito bom para o Porto”, real-ça José Cardoso, dono do «Quiosque

do Castelo», junto à Praça Gonçalves Zarco, explicando o seu ponto de vista com as vantagens para a economia da cidade: “Isto divulga a cidade, desen-volve o comércio, a hotelaria”.Diante do paddock (zona de acolhi-mento de carros e pilotos) vive António Cardoso, 66 anos, reformado. Ele afi na pelo mesmo diapasão: as corridas da Boavista, com mais de meio século de história, até “dão um ar cosmopolita” à cidade: “Isto parece uma festa! Passo aqui todos os dias e apercebo-me do crescimento. Tudo isto dá um ar cos-mopolita. Traz movimento ao Porto e até a Matosinhos”.Já as desvantagens são óbvias aos olhos de Diamantino Pereira e Ana de Fátima, um casal de reformados que, diaria-mente, passa pela praia de Matosinhos. “Acho que o presidente da Câmara do Porto podia melhorar as condições de vida nos bairros sociais, em vez de gas-tar o dinheiro que gasta aqui, que é mal gasto”, diz Diamantino, de pronto apoiado pela mulher. Ana acrescenta a preocupação com as difi culdades ori-

ginadas para os transportes públicos: “Realmente, os transportes vão ser afectados. Não sabemos se o trajecto do autocarro que vai para nossa casa é o mesmo”.Para os estabelecimentos situados na zona onde Tiago Monteiro rolará a toda a velocidade já a partir de amanhã, ao volante do seu Seat Léon, os dias que antecedem as corridas são maus para o negócio, mas a tendência inverte-se nos dias de competição. “Contamos ter mais clientela nos três dias das corri-das. Nestes dias, é normal que os clien-tes mais habituais não passem tanto, porque esta zona está com o trânsito cortado”, explica José Cardoso.Ainda assim, António Cardoso não vê problemas causados pela transforma-ção das artérias em autódromo nem com todo o barulho originado pela montagem do extenso paddock. “Inco-moda-me mais a Queima das Fitas, com uma barulheira tremenda que se ouve a quilómetros de distância. Isto não me incomoda. E também gosto de automo-bilismo...”, conclui.

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As bancadas estão praticamente montadas e as estruturas de apoio às corridas já se instalaram na Circunvalação, no espaço do “queimódromo”. Está tudo a postos para receber, durante este primeiro fi m-de-semana, a WTCC, a Taça de Por-tugal de Circuitos, a Seat Leon Eurocup, a 500 Abarth Europe Trophy e a Corrida VIP.Quanto à pista – com 4330 metros –, não há gran-des novidades. Apenas “alguns ajustamentos relativamente ao circuito anterior”, explicou à Renascença Gonçalo Gonçalves, vereador da Cultura, Turismo e Lazer da Câmara do Porto.Em partes signifi cativas do circuito, “foram subs-tituídos os maciços de betão por protecções me-tálicas, o que permite um alargamento da própria pis-ta”, enquanto “a chicane da recta da meta, que tantos problemas deu em 2007, também foi alterada”, indica o vereador, que vê este circuito como “muito mais ape-lativo para os pilotos”. Também o presidente da autarquia, Rui Rio, sustenta que está tudo preparado para “uma enchente” e para que as corridas garantam “uma grande visibilidade do

Porto no mundo”.

Tiago Monteiro é estrela em casaTiago Monteiro é estrela em casa

Para a maioria dos espectadores, o circuito é uma opor-tunidade de ver alguns dos melhores pilotos mundiais em acção e, entre eles, Tiago Monteiro, piloto da Seat, que tem, na tabela do Mundial de Turismo, 22 pontos e em 10º lugar.

Circuito da Boavista

Acelerar a fundo para divulgar o PortoPela terceira vez na sua “era moderna”, o Circuito da Boavista garante ao Porto dois fi ns-de-semana de corridas automóveis – o primeiro com maiores investidas no acelerador. Amanhã, começam os treinos para a 13ª e 14ª rondas do Campeonato do Mundo de Turismo (WTCC), a mais importante e mediática competição de carros de turismo, que decorre no sábado e do-mingo. No fi m-de-semana seguinte, será a vez do Grande Prémio Histórico, um “mergulho” na memória da cidade.

Catarina Santos (*) »

Corridas “divulgam a cidade e desenvolvem o comércio”

José Pedro Pinto

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O piloto portuense diz que “é uma incógnita” o modo como a prova irá correr, porque “há sempre a dúvida da potência do motor, já que nos foi reduzida a pressão turbo. Temos alguma difi culdade, agora, com as rectas longas, porque perdemos alguma velocidade de ponta, mas também sabemos que temos um bom carro nas travagens e nas curvas. Por isso, pode compensar... A Chevrolet tem sempre muita força nos circuitos cita-dinos e achamos que vai ser o nosso principal rival”, disse à Renascença. Correr na sua própria cidade é motivo-extra de “adre-nalina” para Tiago Monteiro. O piloto considera o cir-cuito “muito completo”. Sendo um traçado citadino, “tem as rectas longas e rápidas, na parte da Boavista, com curvas também rápidas, e, depois, uma zona mui-to técnica”. Entre as maiores difi culdades do percurso, o piloto portuense identifi ca as “travagens muito com-plicadas, algumas com ângulos um pouco estranhos, o piso, que por ser citadino nunca é perfeito” e, depois, “há sempre aquela parte da Vilarinha, mais técnica, mais apertada, com curvas ‘cegas’, que origina um grau de difi culdade puxado”.

Estratégias para ver a corrida: ontem como hojeEstratégias para ver a corrida: ontem como hoje

À terceira edição deste ‘novo tempo’, o evento con-tinua a remeter para o velhinho Circuito da Boavista, sobretudo, para aqueles que presenciaram e partilha-ram do entusiasmo da cidade, no passado. Germano Silva, jornalista e historiador do Porto, era adolescente quando os circuitos mais competitivos começaram, nos anos 50. A tradição de corridas vinha já das décadas de 20 e 30.“Acompanhei aquilo com muito entusiasmo, porque vi-nham as grandes fi guras da Fórmula 1”, conta Germano Silva. Isto apesar de “não existirem as condições que hoje existem”.Ao Página1, o historiador diz ainda que, em torno do circuito, “havia muita gente” e, à semelhança do que acontece hoje, havia lugares pagos e não pagos. “Cada um punha a imaginação a funcionar, de modo a arran-jar um sítio que fosse privilegiado, onde se pudesse ver a corrida”. Estratagemas que eram mais fáceis naquela altura, “porque não havia o tecido urbano que hoje existe; havia muito menos casas naquela zona da Vila-rinha e mesmo na Avenida da Boavista”, recorda.Nesta edição, para quem quiser garantir um bom lugar sentado para assistir às provas, as principais bancadas estão montadas no Castelo do Queijo, na Praça Cidade S. Salvador (Rotunda da Anémona) e na Avenida da Boa-vista, junto à entrada do Parque da Cidade. Os bilhetes variam entre os cinco e os 55 euros para cada dia e há também passes de três dias entre os 50 e os 70 euros.Mas continuam a existir áreas onde se pode assistir de graça, porque, garante Gonçalo Gonçalves, “nunca quisemos fazer um evento que não permitisse que toda

a cidade pudesse assistir”.Seja qual for o lugar de visionamento, a organização aconselha o uso dos transportes públicos para chegar ao local. O vereador lembra que “há uma estação de metro relativamente próxima do centro nevrálgico do circuito da Boavista” - a de Brito Capelo, da Linha Azul - e apela a quem queira assistir que estacione o carro junto a uma estação, deslocando-se, dpeois, de metro ou nos autocarros da STCP.Este ano, é esperada nova enchente - pelo menos, na ordem dos cem mil espectadores que estiveram pre-sentes em cada uma das edições anteriores.

(*) com Raul Santos e António Nicolau »

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Desde a reedição da prova, em 2005, o Circuito da Bo-avista tem sido frequentemente referido pelos partidos da oposição como uma “obsessão do dr. Rui Rio”. Não pelo evento em si, garante Renato Sampaio, líder da Federação Distrital do Porto do PS, mas pelo facto de ter nascido “de uma relação de promiscuidade entre a Câmara e a Metro do Porto” que levou a um protocolo “estabelecido entre o senhor presidente da Câmara, o dr. Rui Rio, e o presidente da Metro do Porto, à altura, o dr. Rui Rio”, lembra, em declarações ao Página 1.Em Outubro de 2008, fi cou a saber-se que não seria construída a linha de metro na Avenida da Boavista, como estava inicialmente previsto. Por este motivo, a Câmara do Porto poderá ter de devolver as quantias que, em 2005, recebeu da Metro do Porto como adian-tamento das despesas de requalifi cação que a passagem da linha implicaria. As obras abrangeram, precisamente, o percurso ao longo do Parque da Cidade, onde se de-senrolam as corridas. Os arranjos custaram 4,9 milhões de euros, dos quais 3,8 milhões foram suportados pela empresa do Metro. O restante - 1,1 milhões - saiu dos cofres camarários.Neste contexto, Renato Sampaio afi rma que o PS “não tem nada contra o Circuito da Boavista, desde que ele não seja um obstáculo à concretização do grande projec-to de mobilidade da cidade, que é o Metro do Porto”.Para Elisa Ferreira, o circuito é um projecto “global-mente interessante”, mas a candidata do PS à Câmara do Porto faz questão de deixar “uma recomendação”: que “não se confunda este evento, assim como o dos aviões, com o que há de essencial para fazer na cidade, porque isto são momentos durante o ano – momentos de projecção, naturalmente, mas não se pode assentar a dinâmica económica de uma cidade nisto”.Questionada pelo Página 1 sobre o futuro do Circuito da Boavista caso seja eleita presidente, Elisa Ferreira admite manter o projecto, mas sublinha que não pode “assumir um compromisso sem saber exactamente cus-tos e proveitos de uma forma mais detalhada”, algo que “infelizmente, não é agora fornecido pela Câmara nem pela empresa Porto Lazer”.

Elisa Ferreira: projecto é

“globalmente interessante”

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A segunda vida das cabines telefónicas

Houve um momento em que as cabines telefó-nicas morreram. Elas continuavam nos mesmos sítios, é verdade: nos largos das aldeias, no ali-nhamento aparentemente anónimo das grandes vias urbanas, numa estação de serviço, na dobra apetecível de um jardim… Mas já sem qualquer uso, apenas assinaladas por uma solidão melancólica e mais ou menos cinematográfi ca, que estáva-mos a ponto de garantir como irrever-sível. Os portugueses euforicamente tinham-se tornado campeões nos grá-fi cos europeus de posse de telemóvel por habitante e votavam à extinção o arqueológico sistema anterior.Até que, quase sem nos darmos con-ta, surgiu uma segunda vida para as cabines telefónicas que abandona-mos. Raramente se ouve nelas agora o português ou o português de Portugal. Dispensadas das cha-madas nacionais, tornam-se um ponto de conexão com o vasto mundo, da América do Sul aos Urais. E, por imposição dos fusos horários, descobrimo-las acesas noite dentro, em funcionamentos que julgávamos imprevistos.

Ao constatar a reactivação das cabines telefóni-cas, vem-me à memória muitas vezes o fabuloso fi lme de Sérgio Tréfaut, “Lisboetas”, estreado em 2004. Quem quiser compreender a realidade humana do Portugal de hoje tem ali um guia com-

petente. O fi lme elege como objecto o acolhimento aos imigrantes, toman-do e cruzando vários pontos de vista. E dessa narrativa depreendemos que a integração laboral (feita segundo critérios de legalidade e justiça, nem sempre seguidos) é um ponto de par-tida claramente necessário, mas não é o único a dever ser cuidado numa cidadania cada vez mais partilhada. Tréfaut fala dos que não vemos, e que contudo estão por todo o lado, diante dos nossos olhos. Pode-se ri-

postar dizendo que houve sempre muitas cidades dentro de uma cidade, mas de certeza fi camos mais pobres quando não conseguimos articular criativamente (e humanamente!) as nossas singu-laridades.A segunda vida das cabines telefónicas de que maneira nos toca?

Dispensadas das chamadas nacionais, tornam-se um ponto de conexão com o vasto mundo, da América do Sul aos Urais.

José Tolentino MendonçaTeólogo

Parceria Renascença/VER

Portugueses pouco capacitados para a mudança

Gabriela Costa »

Nos últimos dias, a imprensa nacional repetiu para quem quis ouvir: os portugueses são pobres, mas feli-zes. A afi rmação aparentemente contraditória, resulta da leitura feita a um estudo cujas conclusões foram apresentadas ontem, em Lisboa. O VER quis perceber, afi nal, como se sentem os portugueses com a vida e, para tanto, conversou com Teresa Costa Pinto, sociólo-ga do Centro de Estudos Territoriais do ISCTE Portugal é um país socialmente frágil, pouco capaz de se mo-bilizar individual e socialmente mas, estranhamente, com elevados níveis de satisfação e felicidade. O es-tudo “Necessidades em Portugal – Tradição e tendên-cias emergentes”, encomendado pela TESE ao CET do ISCTE, revela, entre muitas outras realidades, que 57 por cento das famílias vive com menos de 900 euros mensais. No país vive-se um clima de desconfi ança nos outros e nas instituições e as condições de vida precá-rias atingem uma fatia signifi cativa da população, que se alarga para além dos 20% que vive tradicionalmente no limiar da pobreza. Os níveis de desigualdades sociais

acentuam-se, com cerca de um terço da população a viver situações de precariedade - e diariamente preo-cupada com a sua sobrevivência. Factores de privação como não conseguir usufruir de uma baixa médica na totalidade por razões económicas ou gozar uma sema-na de férias fora de casa atingem hoje 35 por cento dos portugueses.Leia mais em http://www.ver.pt/conteudos/ver_mais_Valores.aspx?docID=852.

Estratégias para um mundo multi-polarEstratégias para um mundo multi-polar

Ainda na edição desta semana, destaque para um rela-tório da consultora Accenture, denominado “Strategies for achieving high performance in a multi-polar world”. O estudo aponta cinco dimensões que irão permitir às organizações de alto desempenho atingir fl exibilidade e crescimento, de curto e longo prazo: novos consumi-dores, captação de talento, novos clusters de inova-ção, exploração de recursos e fontes de investimentos globais.

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Parlamento

Debate do Estado da Nação marcado por calendário eleitoral

O último debate sobre o Estado da Nação da Legisla-tura está em curso, a esta hora, no Parlamento, com a generalidade dos partidos políticos a assumir, antes do início da sessão, que as suas intervenções de hoje se enquadram no calendário marcado pela realização próxima das Legislativas e autárquicas.A maioria PS mostra-se disposta a apresentar novas ideias. O ministro dos Assuntos Parlamentares sublinha que estamos “a menos de três meses” das eleições, es-tando o PS “a preparar o programa que vai apresentar às eleições e que será, evidentemente, a prossecução da política reformista, de modernização e coesão so-cial” do Governo, sem esquecer “ novas ideias, novas propostas e novas medidas”.Quando se virar para a direita, José Sócrates vai ouvir o CDS a apontar falhas ao Governo e as alternativas centristas, promete o deputado Diogo Feio: “É um de-bate entre partidos, para confrontar o Governo com as diferenças entre o discurso e a realidade. O discurso que o Governo tem e a realidade tem uma enormíssima distância”.À esquerda, Bernardino Soares, líder parlamentar do PCP, assume que “ os partidos vão apresentar algumas das ideias com que se comprometerão junto dos elei-tores. Pela nossa parte, esses compromissos são bem diferentes dos do Partido Socialista, por duas razões: primeiro, porque as políticas que defendemos são dife-rentes e, depois, porque as nossas propostas são mes-mo para cumprir”.No Bloco de Esquerda, o líder parlamentar, Luís Fazen-da, sublinha que as políticas seguidas pelo PS agrava-ram “as injustiças sociais”, não ajudaram no combate ao desemprego, “degradaram os serviços públicos e retiraram esperança aos portugueses”. Esta será a pre-ocupação da bancada do Bloco no debate de hoje.O PSD recusou antecipar as suas expectativas para o debate.

ExpectativasExpectativas

O Bispo do Porto, D. Manuel Clemente, pede, entre-tanto, aos responsáveis políticos que não esqueçam a necessidade de dar grande atenção às questões sociais. O Bispo do Porto foi questionado pela Renascença no quadro de debate sobre o Estado da Nação. D. Manuel Clemente esteve hoje na conferência inaugural do I Congresso de História da Santa Casa da Misericórdia do Porto, subordinado ao tema “A Solidariedade Social nos Séculos: a confraternidade e as obras”.O ensaísta Eduardo Lourenço, também ouvido pela Re-nascença, detecta a Nação está inquieta e confessa-se preocupado com as propostas da Esquerda.O Padre Lino Maia, Presidente da CNIS (Confederação das Instituições Particulares de Solidariedade Social ) destaca, ainda assim, da governação socialista a im-portância dada ao sector solidário.Paulo Morais, professor universitário, militante do PSD e habitual comentador da Renascença, não acredita que o debate de hoje mereça particular atenção dos portugueses, que se mostram cansados de promessas

não cumpridas. Morais sustenta mesmo que o não cum-primento de promessas eleitorais é motivo sufi ciente para a demissão de um Governo.

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Na semana do debate do Estado da Nação, a Renascen-ça avaliou aspectos positivos e negativos em várias áre-as. Hoje, a Informação da Manhã centrou-se na área da Saúde.Um aspecto positivo encontrado prende-se com o fun-cionamento das Unidades de Saúde Familiares (USF) que servem mais de dois milhões de portugueses.Manhã bem cedo, a reportagem da Renascença estava na sala de espera da unidade de saúde familiar de Mãe d´Àgua, em Massamá. Ao contrário de tantos centros de saúde pelo país, aí apenas quatro pessoas aguardam por consulta e, na sala de espera, ninguém reclamava.O coordenador da Unidade, Mário Silva, diz que o facto de a organização passar mais directamente pelos médi-cos é um factor importante. Por outro lado, este médico explica que as novas tecnologias, bem usadas – telefone-mas, internet e fax – ajudam a descongestionar os con-sultórios e facilitam a vida de todos - dos pacientes e de quem os atende. Também António Frazão, o responsável da unidade de saúde familiar que funciona no mesmo edifício, subli-nhou a importância da organização e, ainda, de uma maior ligação no relacionamento com os utentes. Em conjunto estas duas unidades servem perto de 30 mil pessoas.É visível a aposta nas USF, embora, muitas vezes, isso se faça à custa da capacidade de resposta dos centros de saúde. Em Peniche, por exemplo, mantêm-se as velhas fi las de espera à porta do Centro de Saúde. Bem de ma-drugada, às 04h00, já há gente à porta, muitas vezes à chuva e ao frio, para conseguir uma das 12 vagas para o dia. Às 06h00, engrossa a fi la e quem chega às 8h00 já não consegue, seguramente, lugar. Já em 2007, no mesmo centro de saúde de Peniche, a reportagem da Renascença dava conta de uma realidade que, passados dois anos, não mudou.

Saúde: um país, duas realidades

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Medicamentos

Médicos ameaçam boicotar os unidose

Os médicos ameaçam boicotar a dispensa de medica-mentos por unidose, alegando que a portaria respecti-va indica que apenas podem ser vendidos os fármacos receitados pela composição, sem referência a marcas ou laboratórios. O bastonário da Ordem dos Médicos contesta esta dis-posição: “Foi dada aos comerciantes de medicamen-tos, aos donos da loja, a possibilidade de escolher qual o medicamento que fornecem. Deixou de haver con-trolo sobre a prescrição, controlo de qualidade. Dei-xou de haver fármaco-vigilância. Portanto, os médicos, seguramente, irão tentar evitar esse risco para os seus doentes”. Pedro Nunes lamenta a opção do Ministério, sustentando que havia uma alternativa, que consistiria em o “Governo lançar um concurso público e comprar um único produto para distribuir nos centros de saúde e nos hospitais”.

Vitória de Sócrates, diz ANFVitória de Sócrates, diz ANF

A venda em unidose integra um acordo estabelecido,

em 2006, entre Governo e Associação Nacional de Far-mácias (ANF). João Cordeiro, o presidente desta asso-ciação, já disse à Renascença que esta é uma vitória de José Sócrates contra alguns membros do seu Go-verno.

“O Primeiro-ministro teve que se envolver nesta le-gislação, porque havia muita relutância da parte de membros do Governo nesta matéria. O diploma tem algumas limitações, é a título experimental, mas, a partir desta experiencia, vai ser possível depois avan-çar com uma legislação que abranja todo o país”, dis-se Cordeiro. Para já, a medida avança nas farmácias da região de Lisboa, à experiencia por um ano, e apenas para medi-camentos usados no tratamento de situações agudas.A indústria farmacêutica contesta e não se responsabi-liza pela qualidade dos medicamentos vendidos desta forma, enquanto a bastonária da Ordem dos Farma-cêuticos, Elisabete Mota Faria, diz que, à partida, apoia a medida, apesar de ainda haver aspectos pouco claros.

Gripe A

Casos suspeitos não serão revelados

O Ministério da Saúde vai deixar de divulgar o número de casos suspeitos de gripe A. Em comunicado, o gabinete de Ana Jorge justifi ca a decisão com o crescente número de casos suspeitos. A partir de agora, o Ministério divulgará, apenas, os casos confi rmados da doença.Hoje mesmo, foi anunciada a 21ª ocorrência. A informação saiu da secreta-ria regional da Saúde, nos Açores. Trata-se do segundo caso de infecção por H1N1 no arquipélago. A doente é uma mulher, 43 anos, proveniente de Pal-ma de Maiorca, que se encontra no Hospital do Santo Espírito, em Angra.Os 21 casos já registados no espaço nacional são “importados”, ou seja, todos os doentes foram contaminados em viagens pelo estrangeiro.Aparentemente, a nova gripe não está a alarmar os portugueses, embora a população esteja, de algum modo, em alerta. A conclusão é tirada pelo Centro de Análise da Resposta à Gripe Pandémica, que hoje lança um blo-gue e abre uma conta na rede social Twitter.Trata-se de um projecto da Escola Nacional de Saúde Pública para avaliar a percepção dos portugueses perante o avanço da pandemia. Numa fase mais avançada da pandemia, o Centro vai estender essa análise a um grupo pré-defi nido de empresas, escolas, centros de saúde e famílias.O lema é que, quando a pandemia atingir Portugal, as autoridades terão o seu papel, mas será cada um e, sobretudo, os grupos de proximidade, quem terão de arranjar formas de enfrentar as difi culdades.Assumindo que não é possível evitar a pandemia, mas apenas minorar os efeitos, o centro pretende chegar à comunidade, perceber dúvidas e falhas e dar informação correcta de forma rápida, bem como orientar acções para desenvolver trabalho e ensino à distância ou tentar gerir a incerteza à medida que a pandemia se intensifi ca. Para já, conclui-se que existe algum grau de alerta, mas não há sinais de alarme entre os portugueses. Muitas empresas hesitam sobre o grau de preparação que devem atingir e há infor-mações distorcidas, nomeadamente, sobre teorias da conspiração ou sobre o momento em que haverá vacinas para a nova gripe: aqui o esclarecimento é que ainda não se sabe quando estarão disponíveis em quantidades sig-nifi cativas, embora se saiba que no Outono haverá vacina contra a gripe comum. (mais informação na pág.15)

Saúde

Banco público de células está regulamentadoEstá criada a base legal para o ban-co público de células do cordão um-bilical. O despacho do Ministério da Saúde é publicado hoje em Diário da República. A localização do banco, no Centro de Histocompatibilidade do Norte, era já conhecida. Agora, sabe-se que a instituição terá que elaborar, no prazo de dois meses, um plano de trabalho até 2011 e defi nir as necessidades de fi nanciamento.As colheitas e a criopreservação das células, cujo principal objectivo é a transplantação, podem avançar quando o centro considerar que estão reunidas as condições neces-sárias.

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PRODER

Gabriela Ventura no lugar de Carlos Guerra

Maria Gabriela Ventura é a nova responsável pelo Programa de Desenvol-vimento Regional (PRODER), em substituição de Carlos Guerra, que deixou o organismo há uma semana, quando foi constituído arguido no âmbito so “caso Freeport”. Gabriela Ventura é licenciada em Direito e especialista em gestão de fundos comunitários. Tem larga experiência na gestão de fundos comunitários e de negociação, em Bruxelas.A nova gestora do PRODER também já fez algumas incursões pela política, nomeadamente, na lista de António Costa, candidata à Câmara de Lisboa, em 2007. Era sétima e, por isso, não foi eleita.

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Lisboa

Grupo Jerónimo Martins visado por protesto da Greenpeace

O Grupo Jerónimo Martins garante o cumprimento integral das leis em vigor nas regiões onde opera. Esta é a mensagem da empresa detentora de grandes superfícies face a um protesto desencadeado hoje por activistas do grupo ambientalista Gre-enpeace.Face à passividade policial, um grupo de ambientalistas tentou, esta ma-nhã, bloquear parcialmente a entrada da sede da empresa, em Lisboa, em protesto contra a política de compra de peixe do grupo.Em nota à imprensa, a Jerónimo Martins lembra que, há já vários anos, desenvolve uma política pró-activa na área ambiental.

Função Pública

Governo revê estatuto de aposentação e reformas

O Governo vai alterar, uma vez mais, o estatuto de aposentação dos funcionários públicos e rever as pensões atribuídas desde Janeiro de 2008.A notícia, avançada pelo Diária Eco-nómico, foi confi rmada à Renas-cença pelo Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado.Em causa estão 30 mil reformas que foram penalizadas devido a uma norma que defi ne que o valor da pensão é atribuído com base na data do pedido e não na da sua aprovação pela Caixa Geral de Apo-sentações. O sindicalista Bettencourt Picanço não concorda com esta proposta de alteração que vai ser discutida amanhã, entre sindicatos e Gover-no. Curiosamente, o Ministério das Finanças não confi rma essa reunião, embora admita que, a acontecer, esta alteração resulta de uma reco-mendação do Provedor de Justiça.

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Sector automóvel

Forte quebra de vendas no primeiro semestre

No primeiro semestre deste ano, foram vendidas menos 54 mil viatu-ras, em comparação com o mesmo período do ano passado.Os dados são da Associação do Co-mércio Automóvel Português. Segundo o presidente da Associa-ção Nacional do Ramo Automóvel, António Teixeira Lopes, as notícias não podiam ser piores para o sector. Assim, a ARAN pediu medidas con-cretas ao Governo, mas os apoios tardam em chegar.

Lisboa

Santana quer “desenterrar” Parque Mayer

Santana Lopes promete voltar ao negócio Parque Mayer-Feira Popular, caso vença as Autárquicas. O antigo presidente da Câmara disse, na apresenta-ção da sua candidatura à autarquia, que o arquitecto Gehry está disponível para voltar a colaborar. “Os artistas querem o Parque Mayer e eu quero di-zer que têm direito a tê-lo. Os cidadãos de Lisboa querem um novo parque de diversões e assim acontecerá no próximo mandato”, disse Santana.

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Como previsto nos acordos entre os EUA e o governo iraquiano (ainda do tempo de Bush), as unidades de combate americanas co-meçaram a sair das cidades do Iraque. De momento, não vão para longe – fi cam em bases americanas, não muito afastadas dessas cidades. É que ninguém está certo de que as forças militares e de segurança iraquianas tenham capacidade para manter a ordem no país. A situação está melhor do que há anos, mas os atentados das últimas semanas mostram que a tranquilidade ainda não chegou ao Iraque. Será que ela virá até à retirada total das tropas dos Estados Unidos, prevista para o fi m de 2011?

As principais preocupações têm a ver com a falta de entendimento entre as três grandes facções étnicas e religiosas em que se divide a população iraquiana – xiitas, sunitas e curdos. O falhanço, até agora, da reconciliação refl ecte-se, por exemplo, na falta de acor-do quanto à repartição dos lucros do petróleo.

São muitas as dúvidas, mas o passo agora dado é um marco no caminho da paz. Oxalá corra bem. O essencial dependerá dos ira-quianos.

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Iraque

20 milhões de minas no país

Cerca de 20 milhões de minas ter-restres e 2,66 milhões de bombas de fragmentação estão espalhadas por mais de 1700 quilómetros qua-drados do território iraquiano. O alerta vem expresso num relató-rio da UNICEF e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvi-mento.O relatório “Visão de conjunto das minas terrestres e engenhos ex-plosivos não detonados no Iraque” foi divulgado em Bagdade, numa sessão que contou com a presença do ministro do Ambiente do Iraque, Narmin Othman.Os engenhos explosivos não de-tonados, que se encontram tanto em campos petrolíferos como em terrenos agrícolas, estão a afectar mais de 1,6 milhões de iraquianos em cerca de quatro mil comunida-des, constituindo um obstáculo à recuperação económica local e do país, sublinha o documento.

Afeganistão

Ofensiva dos EUA em terreno talibã Cerca de quatro mil soldados dos Estados Unidos e 650 mi-litares afegãos lançaram-se, esta madrugada, com o apoio de aviões da NATO, numa ofensiva em grande escala na região sul do Afeganistão, centro de produção de ópio e de heroína sob controlo dos talibãs, sendo o principal meio de fi nanciamento das redes terroristas. A ofensiva, com apoio de blindados e helicópteros, corresponde à es-tratégia anunciada pelo Presidente norte-americano de intensifi car a guerra “esquecida” do Afeganistão para reassumir o controlo territo-rial, perante o avanço e implantação das forças talibãs. As operações tiveram início à 01h00 hora local (21h30 em Portugal con-tinental) na província de Helmand, um reduto talibã no sul do país e a maior área de plantação de papoila opiácea do mundo.Esta acção militar norte-americana é a mais importante desde que o Pentágono decidiu aumentar o número de efectivos militares. Alguns ofi ciais, citados pela CNN, afi rmam, mesmo, que se trata da maior ofen-siva levada a cabo por marines desde as acções militares no Vietname.Enquanto isso, os Estados Unidos estão a pressionar um dos seus princi-pais aliados europeus, a Alemanha, para um maior envolvimento militar no Afeganistão.

Ponto de vista

Um passo e muitas dúvidas

Francisco Sarsfi eld CabralJornalista

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Coreia do Norte

Pyongyang lança dois mísseis de curto alcanceA Coreia do Norte lançou hoje dois mísseis de curto alcance a partir da costa oriental do país, em direcção ao Mar do Leste (Mar do Japão). A informação foi avançada pelo Minis-tério da Defesa sul-coreano, citado pela agência Yonhap.A Coreia do Norte tinha já alerta-do, no passado dia 23 de Junho, o Japão de que iria proibir, até 10 de Julho, a navegação nesta região, porque tinha previsto realizar exer-cícios militares. O regime de Pyongyang reiterou, ontem, o aviso às autoridades ja-ponesas, sendo que os serviços de inteligência da Coreia do Sul já ti-nham informado, no mês passado, que a Coreia do Norte estava a pre-parar-se para o teste de vários mís-seis, incluíndo de longo alcance. O porta-voz do Governo japonês afi rmou, hoje, que não é de descar-tar a possibilidade de a Coreia do Norte lançar vários mísseis de curto e médio alcance à medida que se aproxima o dia 4 de Julho, dia da independência dos Estados Unidos.

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Os militares norte-americanos começaram, de madrugada,

a chegar às zonas controladas pelos talibãs

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Honduras

Zelaya adia regresso ao país O Presidente deposto no passado domingo nas Honduras pretendia regres-sar já hoje ao país, mas não o vai fazer para não interferir com o prazo dado pela Organização dos Estados Americanos (OEA) para que os golpistas reponham a ordem democrática. A OEA deu, ontem, 72 horas ao novo Pre-sidente, Roberto Michelleti, para que devolva o poder a Zelaya.No terreno reina uma calma aparente e a hora é de grande expectativa. Caso Manuel Zelaya regresse ao país, a maioria dos hondurenhos é favorá-vel à sua detenção, como revelou à Renascença Aracelli Ramos, jornalista hondurenha da Rádio América. O próprio Governo golpista, liderado por Mechelleti, insiste na detenção de Zelaya caso este pise solo hondurenho. Uma posição duramente criticada pela comunidade internacional. Henrique Yevez, porta-voz da Assembleia Geral das Nações Unidas, não comenta a mudança de planos de Manuel Zelaya, mas reclama o recondução imediata do presidente deposto. Entretanto, os Estados Unidos e a União Europeia suspenderam os contac-tos diplomáticos para pressionar os golpistas.

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Guiné

Kumba Ialá e Bacai Sanhá na segunda volta das eleições

Os antigos Presidentes da Guiné-Bissau Malam Bacai Sanhá e Kumba Ialá vão disputar a segunda volta das eleições presidenciais, em data ainda a anunciar, divulgou hoje a Comissão Nacional de Eleições (CNE) guineense.De acordo com os dados provisórios divulgados pela CNE, Malam Bacai Sanhá passou à segunda volta com cerca de 39,59% dos votos e Kumba Ialá com 29,42%.O candidato Henrique Rosa, também dado como favorito, obteve cerca de 24,19% dos votos, tendo já reconhecido a derrota. A abstenção foi de 40%.

Bacai Sanhá surpreendidoBacai Sanhá surpreendido

Malam Bacai Sanhá, apoiado pelo partido no poder na Guiné-Bissau, não contava ir à segunda das eleições presidenciais porque estava confi ante na vitória logo na primeira volta. O seu director da campanha, Augusto Olivais, disse hoje, em Bissau, que não contava com os resultados. “Con-távamos com a vitória logo à primeira volta, mas assim não aconteceu. É o jogo democrático e temos que aceitar. Estamos prontos para participar e vencer a segunda volta”, disse.

Air France 447

Relatório revela que avião não se partiu no arO Airbus A330 da Air France, que se despenhou no Atlântico, não se par-tiu durante o voo, antes de cair no Oceano Atlântico. O dado faz parte do primeiro re-latório sobre o acidente e que foi, esta tarde, divulgado em Paris pe-los responsáveis do gabinete que está a investigar a queda do avião da Air France.De acordo com Alain Bouillard, o avião caiu, na água, na vertical, o que signifi ca que o aparelho chocou contra a água em forte aceleração.Um mês depois do acidente, as cai-xas negras do Airbus ainda não fo-ram encontradas.Sem elas, os especialistas franceses retiraram estas conclusões sobre o acidente a partir das informa-ções obtidas da análise dos corpos encontrados, dos destroços e dos alertas enviados pelo avião antes do acidente.Os equipamentos que monitoriza-ram a velocidade na parte externa do avião podem ter congelado, o que fez com que a aeronave rece-besse informações incorrectas, de acordo com os especialistas.O relatório apresentado esta tarde confi rma, ainda, que a manutenção do avião corresponde à regulamen-tação em vigor e que não havia qualquer problema técnico na ae-ronave.

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Comores

Sobrevivente regressa a casa

A adolescente que sobreviveu ao acidente do Airbus A310 da compa-nhia aérea Yemenia Air, ao largo das Ilhas Comores, no Oceano Índico, chegou hoje a França, onde se re-encontrou com o pai.O avião em que viajava Bahia Baka-ri, a única sobrevivente da catás-trofe de terça-feira, aterrou no aeroporto de Le Bourget ao início da manhã.Bakari fracturou a clavícula e sofreu queimaduras num joelho, depois de ter passado várias horas no mar, agarrada a uma peça da fuselagem do avião, que tinha 153 pessoas a bordo.

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Apoiantes do Presidente Roberto Micheletti reuniram-se, esta noite,

frente à delegação da ONU em Tegucigalpa

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Há diversos cidadãos portugueses envolvidos numa fraude fi scal relacionada com uma empresa off-shore no Liechtenstein. O Ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, não quis adiantar pormenores sobre o caso, nem sequer quantos são os portugueses em causa. O governante diz que ainda está a ser analisada a gravidade das infracções: “Neste momento, acho que não devo revelar mais nada. O caso está sujeito a sigilo fi scal e nós vamos fazer o nosso trabalho nesse domínio. Havendo infrac-ções, haverá, concerteza a abertura de proces-sos que a lei exige”.“Estamos a analisar a gravidade das infracções, da sua natureza criminal ou não – é um traba-lho que tem que ser feito e eu acho que temos que respeitar as regras do sigilo fi scal, como a lei impõe”, sublinhou Teixeira dos Santos .Esta fraude fi scal foi descoberta pelas auto-ridades alemãs, no inicio de 2008, e envolve

centenas de pessoas e instituições que terão fugido aos impostos cobrados na Alemanha, transferindo elevadas verbas para o Liechtenstein.

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Liechtenstein

Portugueses envolvidos em fraude fi scal

Zona Euro

Desemprego no valor mais alto desde 1999

A taxa de desemprego em Portugal era, em Junho, de 9,3%, o mesmo registo de Abril, mas, na Zona Euro, a taxa aumentou para 9,5% e no con-junto da União Europeia (UE) aumentou igualmente duas décimas, mas para 8,9%. Os dados foram hoje divulgados pelo Eurostat, o gabinete de estatística da UE. Em Maio de 2008, a taxa na Zona Euro era de 7,4% e na UE de 6,8%. No mês passado, havia 21,4 milhões de pessoas sem emprego na UE, dos quais 15 milhões na Zona Euro. Entre os 27 países que constituem a União Europeia, a Espanha apresenta a mais elevada taxa de desemprego (18,7%), mais do dobro do conjunto comunitário. Seguem-se a Letónia (16,3%) e a Estónia (15,6%). A Holanda, com uma taxa de 3,2%, é o país menos afectado pela crise do mercado de trabalho, seguido pela Áustria (4,3%) e Chipre (5,3%). Portugal fi cou, ainda assim, abaixo da média europeia. A percentagem de desempregados era, em Maio, de 9,3%. No mês homólogo de 2008, a per-centagem de portugueses desempregados era de 7,6%. A Comissão Europeia decidiu disponibilizar 100 milhões de euros para aju-dar as microempresas e trabalhadores desempregados a criar pequenas empresas. De futuro, a verba poderá ser alargada para 500 milhões de euros.

BCE

Taxa de referência mantém-se em 1%

O conselho de governadores do Banco Central Europeu decidiu hoje manter a sua principal taxa de refe-rência em 1%. Ao início da tarde, o presidente Jean-Claude Trichet explicará os fundamentos da decisão. O BCE anunciou que a taxa de juro manteve-se em 1%, um ano depois de o BCE ter anunciado o último au-mento de juros para a Zona Euro. Recorde-se que na reunião de Julho de 2008, a autoridade monetária decidiu voltar a subir os juros para os 4,25%, ao contrário das políticas seguidas pela Reserva Federal (Fed) e pelo Reino Unido.De acordo com o comentador da Renascença, Francisco Sarsfi eld Cabral, “a decisão era a espera-da”. “Espera-se que Trichet expli-que, agora, um plano que ele tem de comprar 60 mil milhões de euros de obrigações, que é uma forma de ajudar e de dar liquidez à econo-mia”, sublinha.“São métodos não convencionais que, hoje em dia, possivelmente são mais efi cazes do que baixar a taxa de juro que já está em 1%. Não poderia baixar muito mais, para ajudar uma economia da Zona Euro que está talvez mais perto da recu-peração”, refere Sarsfi eld Cabral.

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Guerra Civil de Espanha

Bispos recordam 14 padres assassinados pelas forças nacionalistas

A Guerra Civil espanhola registou a maior perseguição à Igreja Católica do século XX. Para alguns, terá sido mesmo a maior de sempre, mas poucos sabem que houve padres mortos dos dois lados da contenda.Os números são assustadores. Nos três anos de guerra, foram assassinados 13 bispos, mais de quatro mil padres e seminaristas diocesanos, mais de dois mil monges frades e cerca de 250 freiras. Esta contabilidade não conta com a onda de perseguição que se deu antes do levantamento dos nacionalistas.Desde o fi nal da guerra, que os nacionalistas venceram, as vítimas têm sido recordadas e homenageadas. O Vaticano já beatifi cou ou canonizou cerca de mil e há, pelo menos, mais dois mil processos abertos. Contudo, há pelo menos 14 sacerdotes que permaneceram todos estes anos no esquecimento ofi cial. Trata-se de um grupo de padres do País Basco que fez capelania às forças que combateram Franco. Os 14 foram executados pelos nacionalistas no fi nal da guerra. Não tiveram direito a funeral nem viram os seus nomes inscritos nos registos diocesanos e paroquiais.Agora, 70 anos depois, os bispos do País Basco escreveram uma carta pas-toral intitulada “Purifi car a memória, servir a verdade, pedir perdão”, onde recordam os 14 padres e anunciam a celebração de uma missa em sua memória, no dia 11 de Julho. Proceder-se-á, então, à sua inscrição nos registos respectivos.Numa república fortemente anti-clerical, o País Basco sempre foi uma ex-cepção, sendo as suas gentes muito conservadoras e devotas. Aquando do levantamento militar contra o regime, os bascos consideraram lutar ao lado de Franco, mas acabaram por ceder às promessas de maior autono-mia. Durante a guerra, os bascos foram os únicos do lado republicano que conti-nuaram a ter capelanias militares e onde a Igreja não foi perseguida. Cerca de 70 padres serviram as tropas bascas.

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João Paulo II

Beatifi cação poderá estar concluída na Primavera

O processo de beatifi cação de João Paulo II, o Papa falecido a 2 de Abril de 2005, deu mais um passo e admi-te-se que possa estar concluído na Primavera do próximo ano.A lentidão do processo prende-se com os milhares de páginas, docu-mentos e testemunhos, mas, até ao fi nal do ano, uma comissão de Car-deais deverá analisar as virtudes he-róicas do Papa polaco.Nenhum dos oito teólogos nomea-dos pelo Vaticano tem dúvidas sobre a santidade do Papa João Paulo II, mas dois deles gostariam de ter obtido outras provas e depoimentos sobre algumas testemunhas.Na origem da lentidão deste processo está também o facto de Karol Wo-jtyla ter escrito milhares de cartas, antes e depois de ser Papa, e de nem todas terem sido incluídas no processo que conta, mesmo assim, com mi-lhares de páginas.O passo seguinte à aprovação dos teólogos será a entrega do processo nas mãos da comissão dos Cardeais nomeada pela Santa Sé para analisar as virtudes heróicas de João Paulo II.

Fátima

País deve dar mais apoio à defi ciência profundaÉ preciso aproveitar todas as opor-tunidades para investir no apoio à defi ciência profunda.O alerta foi lançado, em Fátima, pela mulher do Presidente da Re-pública, Maria Cavaco Silva, no encerramento das Jornadas come-morativas do vigésimo aniversário do Centro de Apoio a Defi cientes Profundos João Paulo II.Maria Cavaco Silva disse que “é nos-so dever aproveitar ao máximo to-das as oportunidades que os novos tempos nos dão e resgatar assim o que os velhos tempos não puderam e não quiseram fazer”. As Jornadas foram organizadas pela União das Misericórdias Portugue-sas, responsável pelo Centro de apoio a Defi cientes Profundos João Paulo II, instituição que, em lista de espera, tem 600 defi cientes profun-dos.A União das Misericórdias Portugue-sas prepara-se para abrir um centro de apoio em Borba e, em Fátima, quer abrir as portas do Centro João Paulo II a doentes de Alzhaimer.

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EUA

Senadores pedem libertação de padre vietnamitaUm grupo de representantes do Senado norte-americano pediu ao presidente do Vietname que liber-te o Padre Thadeus Nguyen Van Ly, condenado a oito anos de prisão por, alegadamente, divulgar propa-ganda anti-comunista.A detenção deste sacerdote foi vis-ta como razão sufi ciente para colo-car o Vietname na lista negra dos países que não respeitam a liberda-de religiosa, na avaliação de muitos movimentos de defesa dos Direitos do Homem.O padre Van Ly já tinha estado 16 anos preso por promover os direitos humanos e é, claramente, persona non grata para o regime comunista de Hanói. Os 37 senadores questionam o pro-cesso jurídico que conduziu à sen-tença e pedem a libertação ime-diata do clérigo, cujo julgamento durou apenas quatro horas.

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CULT

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12 Michael Jackson

Não haverá cerimónia em Neverland Não será realizada nenhuma cerimónia, nem pública nem privada, no ran-cho Neverland, em memória do cantor Michael Jackson, anunciou ontem a família, em comunicado. “Os planos relativos a uma cerimónia pública estão em processo de decisão e iremos anunciá-los em breve”, acrescenta o documento.Terça-feira, a CNN tinha anunciado, citando fontes familiares do artista, que o corpo de Jackson, falecido a 25 de Junho, em Los Angeles, seria transportado hoje para Neverland.O canal informativo afi rmava ainda que o corpo seria exposto ao público amanhã e que teria lugar uma cerimónia pública, no domingo.

Passatempo RFM

Taxi animam Jumbo de Aveiro

Um hipermercado é um cenário pouco habitual para um concerto rock. Mas é o que vai acontecer amanhã, das 11h00 às 13h00, no Jumbo de Aveiro e em directo para todo o país através da RFM.Os Taxi, de regresso aos discos, e a RFM organizaram um passatempo, sugestivamente chamado “Rock In Offi ce”. Amanhã, os trabalhadores do Jumbo, os grande vencedores do passatempo, verão os autores de “Chicle-te” a actuar nas suas instalações.Ontem, os Taxi estiveram nos escritórios da Timw.e em Lisboa e na Telepi-zza de Abrantes, segundo e terceiro classifi cados, respectivamente.Para receber a RFM e os Taxi no seu escritório, os ouvintes tinham de mos-trar o seu talento e o dos seus colegas, enviando para a rádio um vídeo a cantar “Não sei se sei“, single do novo disco da banda portuense. Os vídeos estão disponíveis no site da RFM (www.rfm.pt).

Música

Vanessa da Mata mostra álbum ao vivo

A cantora brasileira Vanessa da Mata actua amanhã e sábado em Portugal e apresenta o primeiro ál-bum ao vivo, num momento de fase de laboratório para um novo disco.Vanessa da Mata estará amanhã no Coliseu do Porto e no dia seguin-te no Festival Delta Tejo, em Lis-boa, nos dois únicos concertos da cantora este mês na Europa, para apresentar o álbum e DVD ao vivo, que resume o que a brasileira fez nos últimos anos, reunindo temas de três álbuns de originais e alguns inéditos que poderão entrar no pró-ximo trabalho discográfi co.“Multishow ao vivo”, que a Sony Music acaba de editar, foi gravado em fi nais de 2008 em Paraty, no Brasil, e conta com a participação dos jamaicanos Sly & Robbie, que imprimiram uma toada reggae ao repertório de Vanessa da Mata.Os dois concertos que marcam o re-gresso de Vanessa da Mata a Portu-gal terão alguns dos traços do que fi cou registado no álbum ao vivo, mas também incluirão novas expe-riências e arranjos, disse a cantora à agência Lusa.

Óbito

Morreu o actor norte-americano Karl Malden

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O actor nor-te-americano Karl Malden, p r e m i a d o com um Ós-car de melhor actor secun-dário em “Um eléctrico cha-mado dese-jo”, em 1951,

morreu ontem, aos 97 anos, em Los Angeles.Karl Malden nasceu em 1912, em Chicago, fi lho de pai sérvio e mãe checa, e estreou-se em palco em 1937, com um desempenho que chamou a atenção de Elia

Kazan. O realizador e encenador começou por convidá-lo para as peças “Todos eram meus fi lhos”, de Arthur Miller, e “Um eléctrico chamado desejo”, de Tennessee Williams. Malden entrou em fi lmes de Kazan, entre os quais “Há lodo no cais”, “A voz do desejo” e “Um eléctrico cha-mado desejo”. “A conquista do Oeste” (1962), de John Ford, “I confess” (1953), de Alfred Hitchcock, “The great impostor” (1961), de Robert Mulligan, e “One-eyed Jacks” (1961), de Marlon Brando, foram outros fi lmes em que Malden trabalhou. Realizou “Time limit”, em 1957, e fez várias produções de televisão, como a série “The Streets of San Francis-co”. Entre 1989 e 1992, presidiu à Academia de Artes e Ciências Cinematográfi cas, que atribui os Óscares.

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Com Marlon Brando, em “Um eléctrico chamado desejo”

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Futebol

Rio Ave e Belenenses iniciam trabalhoMais duas equipas iniciaram hoje os trabalhos de preparação da época 2009/2010.Com um plantel ainda incompleto, o Belenenses teve hoje a sua apresen-tação depois da decisão da Comissão Executiva da Liga de Futebol Profi s-sional que não aceitou a inscrição do Estrela da Amadora. Assim, a equipa do Restelo manteve-se no escalão principal do futebol nacional. O clube quer, ainda, contratar alguns reforços.A outra equipa que iniciou hoje os trabalhos foi o Rio Ave. Dez jogadores da equipa de Vila do Conde fi zeram testes médicos.

Wimbledon

Serena Williams é a primeira fi nalista

A norte-americana Serena Willia-ms qualifi cou-se esta tarde para a fi nal do torneio de Wimbledon. A primeira das irmãs Williams a jogar as meias-fi nais venceu a russa Ele-na Dementieva, quarta cabeça-de-série, em três sets, com os parciais de 6-7, 7-5 e 8-6. A outra meia-fi nal, que se joga à hora de fecho desta edição, opõe a russa Dinara Safi na, líder do ranking mundial, à irmã de Serena, Venus Williams.

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Benfi ca

Manuel Vilarinho promete declaração ao fi nal da tarde

O presidente da Mesa da Assembleia-Geral do Benfi ca, Manuel Vilarinho, vai fazer uma declaração às 17h30 no Estádio da Luz, disse à agência Lusa fonte do clube. A mesma fonte recusou-se a esclarecer se a declaração de Vilarinho é relacionada com os recentes aconteci-mentos que envolvem as eleições para os órgãos sociais do Benfi ca.Os últimos dias têm sido pródigos em notícias que dão conta de uma possível anulação do acto eleitoral ou do impedimento da lista liderada por Luís Filipe Vieira concorrer.Esta manhã, em declarações à Renascença, Paulo Olavo Cunha, professor de Direito e presidente da Assembleia Geral do Benfi ca durante o mandato de Manuel Damá-sio, quando os estatutos foram alterados, defendeu que se o acto eleitoral marcado para amanhã não for cancelado, o Benfi ca corre o risco de ver o resultado das eleições anulado pelos tribunais. Olavo Cunha diz que isso seria muito desagradável e pouco recomendá-vel para o clube.Em causa está o facto de o Benfi ca ter sido citado pelo tribunal depois de uma providência cautelar apresen-tado pelo candidato Bruno Carvalho, onde se considera que a candidatura de Luís Filipe Vieira não é legal.

Carvalho responde a VieiraCarvalho responde a Vieira

Perante este cenário, Bruno Carvalho disse hoje, à Re-nascença, que o acto eleitoral deve realizar-se com uma lista única, a sua, prometendo eleições para den-

tro de seis meses e reprovando a desobediência de Luís Filipe Vieira a uma decisão do judicialDepois das duras críticas do presidente demissionário do Benfi ca, que chamou “garoto” a Bruno Carvalho, este diz não querer falar de ataques pessoais, mas sim de ideias para o clube.

Varandas Fernandes defende suspensãoVarandas Fernandes defende suspensão

Entretanto, Varandas Fernandes, um dos principais ros-tos do movimento “Benfi ca Vencer, Vencer” mostrou o seu desagrado pela situação que o Benfi ca está a pas-sar e pela atitude do Luís Filipe Vieira de ir a votos, mesmo contrariando a decisão do tribunal. “Assistir a um Benfi ca triste, à beira do precipício, para nós e para todos os benfi quistas, é dramático. O golpe tem de penalizar quem o faz e nunca, em situação alguma, a instituição. Devemos estar atentos às consequências quaisquer que elas sejam”, disse Varandas Fernandes que acusou, ainda, Manuel Vilarinho de ter tido “uma total irresponsabilidade para com os benfi quistas”.

UEFA

Aprovados cinco árbitros na Liga EuropaA UEFA aprovou hoje, ofi cialmente, a utilização experimental de equipas de arbitragem com cinco elementos nos jogos da fase de grupos da Liga Europa, em Setembro.A decisão foi tomada durante a reunião do Comité Executivo da UEFA, em Vilnius, na Lituânia, depois de experiências que foram consideradas como favoráveis nos torneios de apuramento para o Europeu de sub-19, em fi nais de 2008.

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O Mosteiro de Arou-ca vai transformar-

se, de amanhã a do-mingo, num cenário do século XIX, para

recriar nos seus diversos espaços o ambiente em que

viviam as monjas da Ordem de Cister.

Cerca de 200 acto-res e fi gurantes vão

encenar situações do antigo quotidia-

no das monjas no interior do mostei-ro, assim como no terreiro de Santa

Mafalda e nos jar-dins em redor.

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A 2 de Julho de 1932...

Morre D. Manuel II, o fugaz e último rei de PortugalPedro Rios »

Foi um rei que “não estava de modo nenhum pre-parado para ser rei”, diz a biógrafa Maria Cândida Proença. Mas D. Manuel II foi o monarca português durante dois anos, os últimos da monarquia em Por-tugal, terminada em 1910. Tinha apenas 18 anos. Os anos seguintes, até 2 de Julho de 1932, data da sua morte, foram passados em Twickenham, nos arre-dores de Londres, no exílio - sem perder o “grande amor a Portugal e a tudo o que era português”. Foi um rei jovem, mas não “era tonto”, ao contrário do que a propaganda republicana de então quis pas-sar, diz a autora de “D. Manuel II”, editada em 2008. “Compreendia muito bem o que se passava, era um rapaz inteli-gente e conhecedor dos assuntos, embora sem experiência nas lides com as velhas raposas políticas”.A sua acção foi infl uenciada pelo contexto em que assumiu o trono (depois do assassínio do pai, D. Carlos I): “D. Manuel II procurou seguir a máxima constitucional de ‘O rei reina, mas não governa’. Nunca quis ter um papel interven-tivo, atribuindo o trágico fi m de seu pai, precisamente ao facto de ter tido uma intervenção forte na governação”. Mas “estava profun-damente interessado nos proble-

mas políticos, sociais e económicos do país, estudan-do os assuntos até altas horas da noite”, vinca.No exílio, D. Manuel II pôde explorar os seus interes-ses, que iam da música ao ténis, passando pelo então emergente futebol e pela jardinagem. “Foi sempre um estudioso e tornou-se um erudito bibliófi lo. Como homem, era religioso, caritativo, considerado inte-ligente, de fortes convicções e espirituoso, apesar da sua trágica condição, por alguns dos políticos in-fl uentes do seu tempo, como [Winston] Churchill”. “Mesmo no exílio, algumas vezes procurou ajudar o país, intervindo junto do governo britânico e junto

da Santa Sé”, refere. Na 1ª Guerra Mundial, prestou auxílio aos soldados portugue-ses, “oferecendo equipamento para um hospital de campanha, uma casa de repouso e recupe-ração para os feridos e enviando para os soldados que estavam na frente frequentes encomendas” e pediu “aos monárquicos para não tentarem acções revolucionárias, enquanto durasse o confl ito, para não causarem mais embaraços ao Governo e apoiarem o esforço de guerra português”. A atitude “não agradou a todos os monár-quicos”.

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Foto: João Abreu Miranda/Lusa

Page 15: BPN: - AVIAÇÃO: Ryanair escolhe Porto para nova base Circuito …mediaserver.rr.pt/rr/others/1513252312819b1.pdf · DESTAQUE 02 O aparato gerado em torno da mon-tagem do Circuito

Caso BPN

Oliveira e Costa está no DCIAP

José Oliveira e Costa, ex-presiden-te da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), está no Departamento Cen-tral de Investigação e Acção Penal (DCIAP), em Lisboa, para ser ouvi-do. Oliveira e Costa, que está em prisão preventiva há vários meses, chegou por volta das 14h40, numa carrinha celular e não quis prestar declara-ções.O ex-conselheiro de Estado Manuel Dias Loureiro esteve da parte da manhã no DCIAP.

Educação

PSD promete mudanças profundas

A presidente do PSD, Manuela Fer-reira Leite, assumiu, hoje, uma ruptura de larga dimensão com as políticas do Governo PS na área da Educação.Em novo Fórum Portugal de Ver-dade, hoje dedicado à Educação, Ferreira Leite garantiu que um Go-verno por si liderado introduzirá mudanças profundas, que passarão por alterações nos estatutos do alu-no e da carreira docente, no siste-ma de avaliação dos professores e pelo alívio da carga burocrática a que os docentes estão sujeitos.

Gripe A

23 casos em Portugal

O número de casos confi rmados de gripe A em Portugal subiu para 23, ao início da tarde.De acordo com um comunicado do Ministério da Saúde, um dos casos é o de uma mulher de 54 anos, re-gressada de Valência, Espanha, e internada no Hospital Curry Cabral, em Lisboa. Outro caso é o de um bebé de oito meses, proveniente de Palma de Maiorca e que está inter-nado no Hospital D. Estefânia, tam-bém em Lisboa.

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CAP pede a associados que não votem PS

O presidente da Confederação de Agricultores de Portu-gal apelou hoje, em Mirandela, directamente aos agricul-tores para que não votem no PS, nas próximas eleições.

Para-motores para a PSP

A PSP vai contar com quatro para-motores, aparelhos se-melhantes a parapentes, mas com motor. A novidade foi conhecida nas celebrações dos 142 anos da corporação.

Reino Unido: previsão de cem mil casos/dia a curto prazo

O Reino Unido admite vir a ter, dentro de semanas, uma média de cem mil novos casos de gripe A por dia.

Ryanair escolhe Porto para base

A companhia de voos low-cost Ryanair anunciou hoje que o Aeroporto Sá Carneiro, no Porto, acolherá a sua 33ª base operacional, com dois aviões e 16 rotas. A previsão de movimento de passageiros é de 1,5 milhões/ano.