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Saiba mais sobre a economia brasileira nos anos 80, incluindo o famoso "dragão da inflação" e "As moedas brasileiras".

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• A década de 80 é considerada a década perdida da economia brasileira, na medida que os níveis de crescimento do PIB apresentaram significativas reduções, só para recordar o crescimento médio na década de 70 foi de 7%, já na década de 80 foi de somente 2% .

• Além disso, tivemos um aumento do déficit público devido ao crescimento da divida externa ocasionada pela elevação das taxas internacionais de juros, com a divida interna seguindo a mesma direção com o governo dando continuidade a sua política fiscal expansionista.

• Ainda para caracterizar a década de 80, podemos citar a escalada inflacionária que chegou no final de 89 perto do que podemos considerar como hiperinflação.

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• De acordo com o jornalista Sanderson Oliveira, em matéria publicada no portal Centro de Mídia Independente (CMI): “A década de 80 não foi de um todo ruim para o país. Na medida em que as pressões sobre o governo militar foram tantas e insuportáveis frente à crise que se instalou no Brasil, que em 1985 iniciava-se a nova república com a eleição de um presidente civil pelo voto indireto que seria a porta de entrada para a retomada da democracia. Pelo menos no campo cívico o país teve um grande avanço nos anos 80”.

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• Nos anos 80, o investimento externo no Brasil diminuiu abruptamente, a dívida explodiu e a economia entrou em parafuso. Desse caldo pavoroso, emergiu o dragão da inflação.

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• Sofrendo com altos índices inflacionários do mercado de produtos e serviços e da instabilidade da nossa moeda, primeiro o cruzeiro e depois o cruzeiro novo (de 70 até início de 90, vivíamos trocando de moeda nacional e fazendo cálculos para as conversões monetárias - cada conversão o valor diminuia e a inflação aumentava), que afetavam diretamente o preço das mercadorias e o bolso de todos os brasileiros, principalmente os dos assalariados da classe média e baixa.

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• O preço do leite ou da carne ou de qualquer outro gênero alimentíceo ou bem material que era comprado pela manhã no supermercado, quando chegava no final da tarde já havia mudado. A troca de tarifação era diária. O dinheiro era desvalorizado e ia embora da carteira rapidamente. Quem podia, poupava na caderneta econômica no banco, sem muitos rendimentos.

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MÁQUINAS FRENÉTICASRemarcadores em ação em um supermercado: nos tempos da inflação galopante, os produtos amanheciam com um preço e anoiteciam com outro

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DESCONTROLE TOTALDESCONTROLE TOTAL• O governo Sarney consolidou a volta da democracia ao Brasil. Na economia, porém, marcou o início de experiências desastrosas calcadas no populismo. •Para tentar conter a inflação, Sarney anunciou o Plano Cruzado, em 1986, baseado no congelamento geral de preços. Foi o período dos "fiscais do Sarney" – cidadãos que, espontaneamente, monitoravam as gôndolas dos supermercados. A medida conteve a inflação artificialmente, mas produziu desabastecimento. Com os produtos em falta, o comércio passou a cobrar ágio. A inflação voltou sem dó. Em 1989, atingiu 1 973% ao ano. O recorde mensal foi batido em março de 1990, quando a taxa alcançou 82%. Os comerciantes remarcavam os preços diariamente. •Nesse quadro pré-apocalíptico, os brasileiros levavam às últimas consequências a correção monetária, uma loucura econômica institucionalizada no Brasil. Com ela, preços e salários eram reajustados automaticamente assim que era divulgada a inflação do mês anterior. Essa prática realimentava o monstro, pois a alta de preços era replicada no futuro. Uma praga só extinta com o Plano Real, em 1994.

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O vigoroso crescimento experimentado pelo país na segunda metade da década de 60 fez decolar as vendas da indústria. Em 1970, o Brasil contava com 2,6 milhões de veículos de passeio, o quádruplo da frota de 1960. E não foram só os Fuscas que se multiplicaram: Os aparelhos de TV, presentes em 600 000 lares em 1960, passaram a fazer parte do cotidiano de 4,6 milhões de famílias brasileiras em 1970.

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• Mil Réis foi um padrão monetário que durou de 1500 a 1942, passando pelos períodos colonial, imperial e parte da república. Foi substituído pelo Cruzeiro às 00:00 horas do dia 1 de Novembro de 1942. A substituição foi causada pela divisão milesimal, que dificultava o comércio internacional, baseado na divisão centesimal da moeda. Um "Mil Réis" passou a ser um " Cruzeiro".

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• O Cruzeiro foi criado dia 5 de Outubro de 1942, mas só passou a valer como unidade monetária a partir da meia-noite do dia 31 de Outubro de 1942. Ele substituiu o padrão Mil-Réis, que causava problemas por ter divisão milesimal. Outro objetivo dessa mudança foi unificar o meio circulante, já que na época existiam 56 tipos diferentes de cédulas, sendo 35 do tesouro nacional, 14 do Banco do Brasil e 7 da extinta Caixa de Estabilização. Foram usadas aproximadamente 8 notas do padrão Mil-Réis, carimbadas para o novo valor.1$000 = Cr$ 1,00

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• Cruzeiro Novo foi implantado no dia 13 de fevereiro de 1967. É criado para substituir o cruzeiro, que levou outro corte de três zeros. Mais uma vez, isso ocorre por causa da desvalorização da moeda. Para adaptar as antigas cédulas que estavam em circulação, o governo manda carimbá-las. O Cruzeiro Novo foi o único padrão monetário que não teve cédulas próprias.O Banco Central reaproveitou cédulas do Cruzeiro, carimbando-as para o Cruzeiro Novo. O carimbo utilizado era formado por 2 círculos concêntricos, com o valor expresso no centro e as palavras BANCO CENTRAL e CENTAVOS ou CRUZEIROS NOVOS no espaço entre os círculos.Cr$ 1.000 = NCr$ 1,00

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• A moeda troca de nome e volta a se chamar cruzeiro. Dessa vez, porém, só muda o nome, mas não o valor. Ou seja, 1 cruzeiro novo vale 1 cruzeiro.

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• Por causa da inflação, que alcança 200% ao ano, o governo de José Sarney lança o cruzado. Mil cruzeiros passam a valer 1 cruzado em fevereiro deste ano. No fim do ano, os preços seriam congelados, assim como os salários dos brasileiros.

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• Por causa de inflação de 1000% ao ano, ocorre uma nova troca de moeda. O cruzado perde três zeros e vira cruzado novo. A mudança é decorrência de um plano econômico chamado Plano Verão, elaborado pelo então ministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega.

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• O cruzado novo volta a se chamar cruzeiro, durante o governo de Fernando Collor de Mello. O mesmo plano econômico decreta o bloqueio das cadernetas de poupança e das contas correntes de todos os cidadãos brasileiros por 18 meses.

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• No governo de Itamar Franco, com Fernando Henrique Cardoso como ministro da Fazenda, o cruzeiro sofre outro corte de três zeros e vira cruzeiro real. No fim do ano, o ministro cria um indexador único, a unidade real de valor (URV).

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• Após uma inflação de 3700% em 11 meses de existência do cruzeiro real, entra em vigor a Unidade Real de Valor (URV). Em julho, a URV, equivalendo a 2750 cruzeiros reais, passa a valer 1 real.

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• 1500 – Tostão: Ao chegar ao Brasil, os portugueses encontram cerca de 3 milhões de índios vivendo em economia de subsistência. Já os colonizadores usam moedas de cobre e ouro, que têm diversos nomes de acordo com a origem: tostão, português, cruzado, vintém e São-Vicente.

• Século 16 - Jimbo e réis: A pequena concha era usada como moeda no Congo e em Angola. Chegando ao Brasil, os escravos a encontram no litoral da Bahia e mantêm a tradição. Desde o descobrimento, porém, a moeda mais usada é o real português, mais conhecido em seu plural “réis”, que valeu até 1942.

• 1614 – Açúcar: Por ordem do governador do Rio de Janeiro, Constantino Menelau, o açúcar é aceito como moeda oficial no Brasil. De acordo com a lei, comerciantes eram obrigados a aceitar o produto para pagar compras.

• 1695 - Cara e coroa: A Casa da Moeda do Brasil, inaugurada na Bahia um ano antes, cunha suas primeiras moedas de ouro. Em 1727, surgem as primeiras moedas brasileiras com a figura do governante de um lado e as armas do reino do outro, conforme a tradição européia. Os termos “cara” e “coroa” vêm daí.