RIO DE JANEIRO

Ano 4 | edição 183

6 a 8 de junho de 2016 distribuição gratuita

EBC Memória

SAÚDE PODERÁ SOFRER CORTE DE ATÉ R$ 45 BILHÕES

EBC Memória

O Senado Federal está prestes a votar uma emenda constitucional que retira a obrigatoriedade de gastos em saúde e educação. Se a medida for aprovada, o Conselho Nacional de Saúde estima que a perda para o setor de saúde será de até R$ 45 bilhões já em 2017. Isso representa quase a metade do orçamento anual do Ministério da Saúde, que gira em torno de R$ 100 bilhões. A votação no plenário pode ocorrer nesta semana. | Brasil, pág.7

Frente Parlamentar visita área da Barragem do GuapiaçuDeputados ouviram relatos de produtores rurais que contestam obraCidades, pág.6

EDUCAÇÃO Professores da rede estadual do Rio de Janeiro decidiram manter a greve da educação, que já dura três meses. Mesmo após a decisão da Justiça, que determinou o retorno imediato das aulas nos colégios ocupados, o movimento dos estudantes está longe de acabar. | Cidades, pág.5

Quadrilhas e comidas típicas animam festas de São João no RioBoa música também promete aquecer corações e não deixar ninguém paradoCultura, pág.11

Divulgação

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Judocas são convocados para as OlimpíadasSarah Menezes (foto) disputará medalha ao lado de outros 13 atletasEsportes, pág.15

EDITORIAL

Segunda-feira, 6 de junho, Rio de Janeiro, Brasil

º C | F27Tempestades isoladas

com trovoadas

PREVISÃO DO TEMPO

Font

e: G

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e

O governo interino está fazendo em poucos

dias o Brasil retroceder al-gumas décadas. As medi-das já adotadas na Empre-sa Brasil de Comunicação (EBC), que atingem o pro-jeto da mídia pública, são exemplos concretos.

Inicialmente, o governo golpista exonerou o presi-dente da EBC, Ricardo Melo, que tem mandato de quatro anos, conforme determina a Lei 11.652, de 7 de abril de 2008, de criação da EBC. Em seu lugar entrou Laerte Ri-moli, um jornalista de intei-ra confiança dos grupos que usurpam o poder e que foi indicado pelo afastado pre-sidente da Câmara dos De-putados, Eduardo Cunha. Melo ingressou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) arguindo a inconstitucionalida-de da nomeação e, na última quinta-feira (2), garantiu uma liminar para voltar ao posto.

CIDADANIAOs usurpadores da EBC se-guiram adiante no proje-to de liquidar a nascente ex-

Governo golpista ataca o projeto da mídia pública

EXPEDIENTE

Desde 1º de maio de 2013

CONSELHO EDITORIAL:Alexania Rossato,Antonio Neiva (in memoriam), Joaquín Piñero, Kleybson Andrade, Mario Augusto Jakobskind, Nicolle Berti, Rodrigo Marcelino, Vito Giannotti (in memoriam)

EDIÇÃO:Vivian Virissimo (MTb 13.344)

SUB-EDIÇÃO:Fania Rodrigues

REPORTAGEM:André Vieira, Bruno Porpetta, Mariana Pitasse e Pedro Rafael Vilela

ESTAGIÁRIO: Victor Ohana

REVISÃO: Sheila Jacob

COLUNA SINDICAL: Claudia Santiago

ADMINISTRAÇÃO: Angela Bernardino e Marcos Araújo

DISTRIBUIÇÃO: Kleybson Andrade

DIAGRAMAÇÃO: Juliana Braga

TIRAGEM MENSAL: 200 mil exemplares/mês

(21) 4062 7105redacaorj@brasildefato.com.br

O jornal Brasil de Fato circula com edições regionais nos seguintes estados: Ceará, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Pernambuco. O Brasil de Fato RJ circula todas as segundas e quintas-feiras. Queremos contribuir no debate de ideias e na análise dos fatos do ponto de vista da necessidade de mudanças sociais.

27° 20°

SEG

23° 18°

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24° 18°

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periência da mídia pública. Essa iniciativa, que agora está sendo atacada, tem por obje-

tivo proporcionar aos brasi-leiros um espaço com ênfase

na defesa de valores demo-cráticos, dos direitos huma-nos, da cidadania.

Além de exonerar jornalis-tas que opinavam, a presi-dência da EBC imposta pelo governo interino passou a censurar informativos, bem como cancelar programas, como o Estação Periferia, que davam espaço a setores sociais sem vez e voz na mí-dia comercial. Não contentes com essas medidas, os usur-padores proibiram a divul-gação nos noticiários do ter-mo “presidenta”.

AUTORITARISMOEm pouco mais de dez dias, além das medidas autoritá-rias adotadas, apareceu uma série de informações de-sencontradas. Algumas de-las são: a possível adoção de uma Medida Provisória que poria fim ao projeto de mí-dia pública; a demissão de funcionários das mídias que integram a EBC; e a extinção do Conselho Curador inte-grado por representantes da sociedade civil, através de consulta pública. Tais no-tícias criaram um clima de

apreensão e instabi-lidade, que na prá-tica visam desesta-bilizar o projeto da mídia pública.

Resumo da ópe-ra: o governo gol-

pista de Michel Temer confir-

ma que não aceita de forma al-guma de-

mocratizar os meios

de comuni-cação e só

faz mesmo o jogo do mercado.

O governo interino está fazendo em poucos dias o Brasil retroceder algumas décadas

Sheyden Souza

Rio de Janeiro, 6 a 8 de junho de 20162 | Opinião

EM FOCO

Divulgação

Divulgação

Petroleiros mandaram bem ao anunciar greve ge-ral para o próximo dia 10. Os trabalhadores denun-ciam a tentativa de privati-zação do pré-sal e da Petro-brás e criticam o golpe con-tra a democracia brasileira.

Pegou muito mal a in-dicação, pelo governo Te-mer, da nova secretária de Mulheres, a ex-deputada federal Fátima Pelaes. Ela já se manifestou contra o aborto inclusive em caso de estupro, o que é permi-tido por lei no Brasil desde 1984. Mais um retrocesso!

FRASE DA SEMANA

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disse a atriz Letícia Sabatella em um vídeo em suas redes sociais.

Precisamos falar sobre violência, machismo, sobre a cultura do estupro. A cada 11 minutos uma mulher é violentada no Brasil.

mandouBEM

mandouMAL

Ocupação Compositor

Pesquisadores de pelo me-nos 15 países assinaram

uma carta aberta para a Or-ganização Mundial da Saú-de (OMS) e o Comitê Olímpi-co Internacional (COI) na qual pedem o adiamento dos Jo-gos Olímpicos do Rio de Ja-neiro ou a troca de local do evento em nome “da saúde pública” devido à presença do vírus Zika na cidade.

Segundo o documen-to, é desnecessário que cerca de 500 mil pes-soas do mundo todo

Ivo Lima/ME

Cientistas pedem adiamento da Olimpíada por causa do vírus Zika

Na carta, os cientistas res-saltam que os Jogos Olímpi-cos de 1916, 1940 e de 1944 foram cancelados por causa de doenças. A pesquisadora Débora Diniz, da Universida-de de Brasília, é a única brasi-leira que assina a carta.

MINISTÉRIOEm resposta à carta, o Mi-nistério da Saúde divulgou nota dizendo que o Zika está presente em 60 países e que a população brasileira representa 15% das pessoas expostas ao vírus.

se exponham a um vírus e ain-

da corram o risco de levar a seus países de

origem, aumen-tando as chan-ces de tornar a doença endêmica em outras regiões. No Brasil, especia-listas sugerem que o vírus Zika che-gou em situação de alta circulação de turistas, no pe-

ríodo da Copa do Mundo.

OCUPAÇÃO ESCOLAR Cansados de esperar o governo do estado do Rio esvaziar a piscina de água suja, os alunos da ocupação do Colégio Estadual Compositor Luiz Carlos da Vila resolveram botar a mão na massa. Eles fizeram um mutirão e retiraram a água que inclusive ameaçava a vizinhança por ser um possível foco de dengue.

VIOLÊNCIA DE GÊNEROMulheres lançam rede de juristas

Para combater a vio-lência de gênero, foi lan-çada, na última terça-fei-ra (31), a Rede Feminista de Juristas, a DeFEMde. O objetivo é colaborar para a emancipação feminina por meio do atendimento jurídico a vítimas.

“A rede atua no atendi-mento gratuito de vítimas de violência, principal-mente nas universidades. Nós não pegamos os ca-sos, mas fazemos a orien-tação jurídica inicial de forma gratuita. A socieda-de tem um problema es-trutural que é o machismo e o patriarcado”, diz Mari-na Ganzarolli, advogada. O caso de estupro coletivo ocorrido no último dia 26, no Rio, foi um dos motivos para a criação da rede.

ENEMTravestis e trans podem solicitar nome social

Os candidatos transe-xuais ou travestis que vão participar do Exame Na-cional do Ensino Médio (Enem) e quiserem ser identificados pelo nome social no dia das provas devem fazer a solicitação pela internet até o dia 8 de junho. No dia do exa-me, deverão ser tratados pelo nome com o qual se identificam e não pelo que consta no documen-to de identidade. A solici-tação deve ser feita exclu-sivamente na Página do Participante do Enem: http://enem.inep.gov.br/participante

Rio de Janeiro, 6 a 8 de junho de 2016 Geral l 3

Mariana Pitassedo Rio de Janeiro (RJ)

80É o número de colégios que foram ocupados no Rio

NÚMEROS

Queremos propostas concretas e não promessas vagas. Existem colégios em que a situação é tão ruim que oferecer R$ 15 mil não adianta nada Michel Policeno, estudante

Nós decidimos pela continuidade da greve porque o secretário de educação não apresentou avanço nas pautasMarcelo Ferreira, do Sepe

Mesmo após a decisão da Justiça que determinou

na última semana o retorno imediato das aulas nos colé-gios estaduais ocupados, o movimento dos estudantes e a greve dos professores estão longe de acabar. Em assem-bleia realizada na quinta-fei-ra (2), os professores da rede estadual decidiram pela ma-nutenção da greve.

A determinação judicial vale para os colégios e tam-bém prédios públicos ocupa-dos, como é o caso da Secre-taria de Estado de Educação (Seeduc). A decisão foi anun-ciada durante uma audiên-cia de conciliação com a pre-sença do secretário de Edu-cação, Wagner Victer, estu-dantes do movimento, es-tudantes contrários às ocu-pações, Ministério Público e Defensoria Pública.

“Estamos esperando a no-tificação judicial, que estabe-lece um prazo para desocu-par, e depois decidiremos co-letivamente o que fazer. Mas queremos deixar claro que a luta não acabou, vamos con-tinuar resistindo de outras formas”, garante o estudante Michel Policeno, do Colégio Estadual Mendes de Moraes.

A ocupação da Seeduc teve início no dia 31 de maio, com o objetivo de co-brar uma conversa com o governador em exercício, Francisco Dornelles, para que as pautas conquistadas

Tânia Rêgo /Agência Brasil

Estudantes e professores da rede estadual seguem mobilizadosEnquanto alunos ocupam a Secretaria de Educação, professores mantêm greve que já dura três meses

durante a ocupação dos co-légios sejam oficializadas.

OCUPAÇÃO DA SECRETARIAEssa é a segunda vez que a Seeduc é ocupada pelos es-tudantes em menos de um mês. A primeira aconteceu no dia 20 de maio e termi-nou na madrugada do dia 21, quando o Batalhão de Cho-que da Polícia Militar retirou com violência os estudantes.

Em nota, a secretaria de educação garante que aten-deu praticamente todos os pe-didos dos alunos, como o fim do sistema de avaliação esta-dual (Saerj), a escolha demo-crática dos diretores e refor-

mas emergenciais das escolas ocupadas, com verba de R$ 15 mil para cada uma. Porém, os estudantes não concordam.

“Queremos propostas con-cretas e não promessas vagas.

Eles atenderam a deman-da pelo fim do Saerj e depois voltaram atrás. Não há trans-parência no repasse da verba emergencial para os colégios.

Também existem escolas em que a situação é tão ruim que oferecer R$ 15 mil não adian-ta nada”, acrescenta o estu-dante Michel Policeno.

Muitos dos cerca de 80 co-légios que foram ocupados desde o final de março estão sendo desocupados após a decisão judicial, segundo os estudantes, por questão de segurança. Porém, as ativida-des desses colégios não retor-narão ao normal, já que a gre-ve dos professores estaduais, iniciada em 2 de março, con-tinua.

GREVE CONTINUA“Nós decidimos pela conti-nuidade da greve porque o secretário de educação não apresentou avanço nas pau-tas. Ele disse ainda que só vai cumprir com algumas exigên-cias, garantidas em lei, após o fim da greve. Isso é um ab-surdo”, afirmou o coordena-dor do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe-RJ), Marcelo Ferrei-

ra, durante o ato em defesa da educação, que aconteceu na quinta-feira (2) em frente ao Palácio Guanabara.

Na manifestação, professo-res, alunos e servidores pedi-ram uma conversa com o go-vernador para reivindicar as pautas da greve, mas foram recebidos por policiais mi-litares fortemente armados. “Não estamos entendendo. Não somos bandidos, esta-mos lutando por nossos direi-tos”, concluiu o professor.

Colégios estão sendo desocupados após

decisão judicial

Rio de Janeiro, 6 a 8 de junho de 2016 Cidades l 5

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Roberto Stuckert Filho

Os deputados da Fren-te Parlamentar da Agricultu-ra Familiar e Reforma Agrá-ria fizeram, na última sema-na, uma visita técnica à área da futura barragem do Rio Guapiaçu, em Cachoeiras de Macacu. Ela será construída pelo governo do Estado para abastecer o leste fluminense e o Comperj. A presidente da Frente, deputada Zeidan (PT), e o deputado Sadinoel (PMB), ouviram moradores e entida-des que estão preocupados com os efeitos da obra, ainda não iniciada, para a agricul-tura familiar na região. A su-perintendente do Incra, Ma-ria Lúcia Mota, órgão respon-sável pela titularidade das ter-ras, também participou da vi-sita. Ao todo, mil pessoas ocu-pam o assentamento do Incra.

Os moradores protestaram contra a construção da bar-

Deputados fazem visita à futura área da Barragem do Guapiaçu

ragem. Eles pedem a cria-ção de uma política estadual para os atingidos por barra-gens e a regularização fun-diária dos assentamentos.

PRODUÇÃO DE ALIMENTOS Cachoeiras de Macacu é o sexto município em extensão territorial e o quinto maior produtor agrícola do estado. A área alagada pela barragem é uma das regiões fluminen-ses com mais intensa produ-ção agrícola de base familiar. Estima-se que a barragem atingirá cerca de 2000 hecta-res de terra, o que correspon-de a dois mil campos de fute-bol. Aproximadamente 330 famílias serão desalojadas, entre assentados arrendatá-rios e proprietário – sendo 216 propriedades indenizadas.

A produção na região é uma

das maiores do estado, abran-gendo frutas, legumes, ver-duras, tubérculos e pequenos animais, que chegam à segun-da maior central de abasteci-mento da América Latina, a Ceasa do Irajá, no Rio de Janei-ro. O comércio em feiras livres e mercados em todo o Gran-de Rio gera uma economia de mais de R$ 200 milhões por ano para o município.

A construção da barra-gem do rio Guapiaçu tem como objetivo fundamen-tal abastecer o Complexo Pe-troquímico do Rio de Janei-ro (Comperj), que envolve a construção de refinarias e fá-bricas de beneficiamento de derivados de petróleo. A obra também pretende ampliar a oferta de água para o entorno do Complexo, como na Ilha de Paquetá e nos municípios Niterói e São Gonçalo.

Na última quinta-feira (2), o Tribunal Regional Eleito-ral (TRE) de São Paulo en-viou à zona eleitoral de Mi-chel Temer uma certidão que afirma que o presiden-te interino não é mais um “candidato ficha limpa” e está inelegível pelos próxi-mos oito anos. A decisão não afeta o cargo de presi-dente em exercício ou de vi-ce-presidente, mas impe-de futuras candidaturas. Te-mer foi condenado em no-vembro do ano passado por doações pessoais acima do legalmente permitido.

FICHA SUJATemer está inelegível por 8 anos

Organizado pela Fren-te Brasil Popular e pela

Frente Povo Sem Medo, o ato “Mulheres pela Demo-cracia” reuniu 25 mil pes-soas na Praça XV, na última quinta-feira (2). Em discur-so, a presidente Dilma Rou-sseff afirmou ser seu dever lutar para garantir a digni-dade da mulher brasileira.

A presidente também reite-rou sua inocência e classificou o processo de impeachment como um golpe, além de uma maneira de desvirtuar as in-vestigações de corrupção que incluem o presidente interino Michel Temer e o presidente da Câmara afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

A plateia do ato era majori-tariamente feminina e, de

Em ato no Rio, Dilma condena violência contra a mulher

Dilma participou do ato “Mulheres pela Democracia”

na última semana, no Rio

mulher para mulheres, a pre-sidenta lamentou que a se-cretária das mulheres do go-verno interino tenha se ma-nifestado contra o aborto em caso de estupro. Para Dilma,

essa é uma pequena conquis-ta das mulheres e as opiniões pessoais da secretária não de-vem se sobrepor à lei.

“É grave que a secretária das mulheres diga isso no

momento em que ocorreu um estupro coletivo que nos enche de vergonha. Nenhu-ma mulher pode se calar frente a isso”, afirmou. Dil-ma. Ela também lembrou o caso da babá que foi proi-bida de usar o banheiro no Country Club. “Essa cultu-ra de estupro contra as mu-lheres e ao mesmo tempo da exclusão social tem que ser combatida”, afirmou.

Quanto ao governo inte-rino, que em 20 dias perdeu dois ministros em escânda-los, Dilma se mostrou preo-cupada com o descaso em relação às conquistas so-ciais, como o Bolsa Família, com a educação e com a ex-tinção do Ministério da Cul-tura. (Revista Fórum)

Rio de Janeiro, 6 a 8 de junho de 20166 | Geral

R$ 100 bilhõesÉ o orçamento anual do Ministério da Saúde

Pedro Rafael Vilelade Brasília (DF)

Divulgação / Outras Palavras

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Se reduzirem o orçamento da saúde, nós não vamos conseguir nem manter postos de saúdeThiago Henrique, médico

O Senado Federal está pres-tes a votar uma emen-

da constitucional que retira a obrigatoriedade de gastos em saúde e educação. Se a me-dida for aprovada, o Conse-lho Nacional de Saúde esti-ma que a perda para o setor de saúde será de até R$ 35 a R$ 45 bilhões já em 2017. Isso representa quase a metade do orçamento anual do Mi-nistério da Saúde, que gira em torno de R$ 100 bilhões. A votação no plenário pode ocorrer nesta semana.

Segundo o médico Thia-go Henrique, da Rede de Mé-dicas e Médicos Populares, o efeito prático dessa medi-da será devastador. “Se redu-zirem o orçamento da saú-de, nós não vamos conseguir nem manter postos de saúde. Vários equipamentos de saú-de podem ser fechados, inclu-sive unidades de pronto aten-dimento e hospitais. Essa é a

Senado pode aprovar corte de até R$ 45 bilhões na saúde Frente Brasil Popular organiza semana de luta em defesa do SUS contra projeto que pode acabar com gasto obrigatório no setor

Cortes no orçamento podem resultar em fechamento de unidades de saúde

Anunciada pelo minis-tro da Fazenda, Henrique Meirelles, uma proposta de emenda à Constituição deve criar um teto no cres-cimento dos gastos públi-cos federais. Em nota publi-cada recentemente, o pre-sidente do Conselho Na-cional de Saúde, Ronald Ferreira do Santos, não faz sentido limitar os gastos em saúde no Brasil, que já são muito menores que a mé-dia de outros países.

Em termos consolida-dos, União, estados e muni-cípios investem, em saúde, cerca de 3,9% do PIB, que

tendência”, denuncia. Por causa dessa ameaça,

movimentos de saúde ligados à Frente Brasil Popular (FBP) estão organizando ocupações,

atos e escrachos em todo o país. Em São Paulo e Pernam-buco, manifestações estão

Michel Temer promete limitar gastos na saúde

são todas as riquezas gera-das no país. Outras nações, com modelos semelhantes ao SUS, investem de 7% a 8% do PIB em saúde. Nes-se cenário, enfatiza Ronald, “não tem como assegurar atendimento de saúde nos mais de 5,5 mil municípios brasileiros, que incluem va-cinas para pessoas e ani-mais, fiscalização sanitária de diversos estabelecimen-tos e ambientes, consultas e exames laboratoriais e de imagem, cirurgias simples, complexas e transplantes, entre outros, ao preço de R$ 3,30/dia per capita!”.

sendo programadas para de-nunciar o desmonte no se-tor. Na última segunda-feira (30), por exemplo, trabalha-dores da saúde ocuparam a sede do Ministério da Saú-de, em Salvador (BA).

Em Fortaleza (CE), na quar-ta-feira (1), o ministro da saú-de, Ricardo Barros, foi alvo de escracho por mais de qua-tro mil participantes do Con-gresso Nacional das Secre-tarias Municipais de Saúde (Consasems). As imagens fo-ram parar nas redes sociais.

Barros tem dado declara-ções polêmicas sobre o SUS. Em uma delas, o ministro ale-gou que o governo não teria condições financeiras para ga-rantir acesso universal à saú-de e defendeu que a população migre para planos privados.

Se aprovada no Senado, emenda poderá afetar atendimento médico

Rio de Janeiro, 6 a 8 de junho de 2016 Brasil l 7

Mídia Ninja

Poucos dias após assumir o cargo de presidente de

forma provisória, Michel Te-mer destituiu o então diretor--presidente da Empresa Bra-sil de Comunicação (EBC), Ricardo Melo, no dia 17 de maio. Em seu lugar assu-miu Laerte Rimoli, ex-coor-denador de comunicação da campanha de Aécio Neves. Em seu primeiro discurso, Rimoli prometeu devolver a empresa de comunicação para a sociedade e disse que faria o básico, um jornalismo “arroz com feijão”. A nomea-ção foi questionada na justi-ça, já que Melo tem manda-to de quatro anos. Uma limi-nar garantindo a sua volta foi concedida na quinta-feira (2).

Criada em 2007 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre as emissoras sob o comando da EBC estão a TV Brasil, a Rádio Nacio-nal, a Agência Brasil, dentre outras. Nos últimos dias an-tes do afastamento de Dilma Rousseff, a empresa fez a co-bertura dos protestos contrá-rios e favoráveis ao golpe.

Em suas primeiras ações, Ri-moli tratou de modificar a pro-gramação, demitir comenta-ristas e apresentadores. “Não conhecemos esse tal de Laer-te que está aí. Os 2.500 fun-cionários são aliados na defe-sa da comunicação pública”, afirmou Leonel Quirino, presi-dente do Sindicato dos Radia-listas do Rio de Janeiro e fun-cionário da EBC.

Temer tenta desmontar a comunicação pública

André Vieirado Rio de Janeiro (RJ)

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A senadora Lúcia Vânia (PSB-GO) foi eleita, em vo-tação simbólica, integran-te da comissão especial do Senado que analisa o mé-rito da denúncia por cri-me de responsabilidade contra a presidente afas-tada Dilma Rousseff. Ela substitui o senador Romá-rio (RJ), que apresentou pedido de renúncia.

Em entrevistas recentes, o ex-jogador disse estar “pensando seriamente” na possibilidade de votar con-tra a cassação de Dilma.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou na quarta-feira (1º) ao Supremo Tribunal Fe-deral (STF) manifestação a favor do prosseguimen-to do inquérito que inves-tiga o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Segundo o procurador, há novas pro-vas sobre os supostos cri-mes cometidos pelo sena-dor em Furnas, empresa subsidiária da Eletrobrás.

Há duas semanas, o mi-nistro Gilmar Mendes, re-lator da investigação, sus-pendeu as diligências e devolveu o processo para Janot. Entre as provas es-tão os depoimentos do ex-senador Delcídio do Ama-ral, nos quais Aécio foi ci-tado como recebedor de “pagamentos ilícitos”.

SUPREMOJanot mantém inquérito contra Aécio Neves

IMPEACHMENTRomário renuncia a cargo na comissão

A opinião de Quirino é compartilhada por outra sin-dicalista, que classificou a chegada do governo Temer à EBC como uma ameaça à comunicação pública. “Des-montar a EBC é um retroces-so de todo o projeto de comu-nicação pública que foi cons-truído ao longo dos últimos anos”, denunciou Claudia Abreu, do Sindicatos dos Jor-nalistas da Cidade do Rio.

As reações também vie-

ram do Conselho Curador da EBC, formado por represen-tantes da sociedade civil, do governo federal e do poder legislativo. O grupo divul-gou uma nota no dia 14 de maio em repúdio à possibi-

lidade de mudanças na pre-sidência da empresa de co-municação. Para o jornalista Mario Augusto Jakobskind, conselheiro pela sociedade civil na EBC, a mudança na presidência da empresa tem

o objetivo de calar a voz de parcela da população. “Re-pudiamos a nomeação de Rimoli. Os golpistas estão se lixando para a comunicação pública. Eles não aceitam que aqueles que nunca tive-ram voz entrem na progra-mação de alguma emissora”, critica Jakobskind.

AMEAÇA Para a Frente em Defesa da EBC, os veículos de comuni-cação pública devem ter auto-nomia frente ao governo fede-ral e a destituição de um pre-sidente da empresa em ple-no mandato mostra a tentati-va de interferência. “Isso pode significar mais na frente uma porta aberta para mudan-ças na lei que assegura mini-mamente que a EBC seja au-tônoma em relação ao gover-no federal em questão. Para a gente, foi um sinal muito cla-ro de que o governo [Temer] não está comprometido com a comunicação pública”, des-taca, em nota, a Frente. Até o fechamento desta edição, a EBC não se pronunciou.

Movimentos denunciam desmonte da comunicação pública pelo governo Temer

Repudiamos a nomeação do novo presidente da EBC. Os golpistas estão se lixando para a comunicação públicaMario Augusto Jakobskind, do Conselho da EBC

Melo garantiu liminar para voltar à presidência da EBC na quinta-feira (2)

Manifestação durante reunião do Conselho Curador

Sheyden Souza

Rio de Janeiro, 6 a 8 de junho de 20168 | Brasil

André Vieira e Fania Rodrigues

do Rio de Janeiro (RJ)

Glenn Greenwald é o jorna-lista responsável por um

conjunto de matérias que re-velaram ao mundo as espiona-gens do governo dos Estados Unidos por meio da Agência Nacional de Inteligência (NSA, em sua sigla em inglês). Entre as pessoas espionadas de for-ma ilegal estava a presidente Dilma Rousseff. Atualmente ele é correspondente do jor-nal The Intercept no Brasil.

Em entrevista ao Brasil de Fato, ele falou sobre a cober-tura da mídia do processo de impeachment e também so-bre a América Latina. Nos-sa conversa com o jornalista ocorreu após um debate pro-movido pela Casa Pública, no Rio de Janeiro, no dia 21 de maio. Portanto, dois dias an-tes da revelação pelo jornal Folha de São Paulo dos áu-dios de conversas entre líde-res do PMDB e o ex-presiden-te da Transpetro, Sérgio Ma-chado. Dias depois, o então ministro do planejamento do governo Temer, Romero Jucá, foi afastado. Os outros envol-vidos nas gravações eram o presidente do Senado Fede-ral, Renan Calheiros, e o ex-senador José Sarney.

COBERTURA DA MÍDIAEu fiz reportagens em muitos países do mundo nos últimos sete, oito anos, e eu nunca vi nada parecido com o compor-tamento da mídia dominan-te no Brasil. Três famílias ricas são donas de quase todos os meios de comunicação e eles são, quase em sua totalida-de, unidos contra o PT, contra o governo [de Dilma]. Os jor-nalistas que trabalham nessas organizações estão quase que de forma unânime apoiando o impeachment. Eles não fazem jornalismo, pois não estão pu-blicando uma pluralidade de opiniões. Estão fazendo pro-paganda para ajudar os donos dessas organizações a colocar

Wikileaks mostra que Temer é ainda mais próximo dos EUA, diz Greenwald

o governo que eles preferem. Isso para mim é uma ameaça não só à liberdade de impren-sa, mas também à democra-cia. No Brasil, os meios de co-municação que têm respon-sabilidade de informar o pú-blico, ao contrário disso, es-tão distribuindo propaganda. A coisa boa é que agora com a internet os jornais não podem mais controlar todas as infor-

mações que os brasileiros es-tão recebendo.

SITUAÇÃO NA AMÉRICA LATINAÉ preciso dividir as situações porque a direita ganhou com uma eleição mais ou menos limpa e justa [na Argentina]. Também na Bolívia teve elei-ção para manter o limite do mandato do presidente Evo

Morales. Então se o povo quer votar por mudança, ele tem o direito de fazer isso. Outros países como Paraguai, Hon-duras, aqui no Brasil e tam-bém na Venezuela, os gover-nos de esquerda que foram eleitos estão sendo tirados por governos de direita que não foram eleitos. Acho que isso é uma coisa que é conecta-da. Então tem um movimen-

to pela direita na América La-tina que é justo, pois acontece em eleições, e tem outro mo-vimento que ataca a demo-cracia. É preciso separar isso quando se está analisando.

IMPEACHMENTAcho que agora está mui-to claro que o impeachment não tem nada a ver com cor-rupção. Isso pode ser explica-do por um fato simples: o PT ganhou quatro eleições con-secutivas e os mais ricos, as pessoas mais poderosas, não conseguiram derrotar o PT dentro da democracia. O so-frimento econômico e a fal-ta de popularidade de Dilma [nas pesquisas] deram a opor-tunidade para eles finalmen-te tirarem e destruírem o PT fora do processo da democra-cia. O impeachment é isso: as frações mais ricas, mais po-derosas, explorando a opor-tunidade para mudar o go-verno que eles não consegui-ram ganhar na democracia.

Agora está muito claro que o impeachment não tem nada a ver com corrupção

A coisa boa é que agora com a internet os jornais não podem mais controlar todas as informações que os brasileiros estão recebendo

Tem um movimento pela direita na América Latina que é justo, pois acontece com eleições, e tem outro movimento que ataca a democracia

Glenn Greenwald é

correspondente do jornal The

Intercept

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Rio de Janeiro, 6 a 8 de junho de 2016 Mundo l 9

O quê: Evento musical de funk conta com participação de grandes MCs e DJs cariocas. O show será apresentado por Anderson França e Alan Oliveira, da rádio FM O Dia. Onde: Acadêmicos da Rocinha – Rocinha. Quando: Sexta-feira (10), 22h.Quanto: De R$ 10 a R$ 20

O quê: Quarta edição da Festa Literária de Duque de Caxias promove o escritor e a arte literária caxiense em parceria com diversos espaços culturais da cidade.Onde: Praça do Pacificador, Centro, Duque de Caxias. Quando: Sexta-feira (10), 18h.Quanto: 0800

O quê: Roda de samba reúne músicos expoentes do gênero que são moradores ou nasci-dos na zona oeste. Onde: Espaço Cultural Via-duto de Realengo – Rua Ma-rechal Joaquim Inácio, em-baixo do viaduto de Realengo, em frente ao número 128.Quando: Segunda (13), 18h.Quanto: 0800

O quê: Baile Black Bom tem participação da banda Consciência Tranquila e DJs como Flash, Jailson da Silva e Juan, colocando o melhor do flashback, charme e hip hop.Onde: Praça Mauá – Av. Rodrigues Alves, 135, Centro.Quando: Sábado (11), 17h.Quanto: 0800

O quê: A pedido do público, pub recebe dois tributos especiais a grandes figuras do rock internacional: as bandas The Strokes e Arctic Monkeys.Onde: Zapp Pub – Rua Coronel Francisco Soares, 680, Nova Iguaçu.Quando: 20h.Quanto: R$ 15 até 22h. Depois, R$ 20

O quê: Peça de teatro conta história de mulheres de 50 a 76 anos que revelam suas memórias de corpo. Quais são as nossas procuras mais íntimas?Onde: Anfiteatro Gustavo Dutra, UFRRJ – BR 465, km 7, Seropédica. Quando: Terça-feira (7), 19h.Quanto: 0800 O quê: Segunda temporada

traz espetáculos que apresentam grandes clássicos da literatura mundial e outros temas, voltados especialmente para crianças.Onde: Praça Jardim do Méier, s/n (ao lado do Hosp. Salgado Filho) – Méier. Quando: Sábados, 11h. Quanto: 0800

Bonecos no Teatro de Guignol

Gigantes do Funk

Cover The Strokes & Arctic Monkeys

Fios de memória

Samba Zona Oeste Portal 22 Black BomFesta Literária

de Duque de Caxias

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O quê: Evento musical anima público com o show da Velha Guarda da Mangueira, com um repertório cheio de samba das antigas para agitar o domingão.

Onde: Arena Carioca Jovelina Pérola Negra – Praça Enio, s/n, Pavuna.

Quando: Domingo (12), 14h.

Quanto: 0800

Velha Guarda da Mangueira

AGENDA CULTURAL DA SEMANA | agendarj@brasildefato.com.br

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PROMOÇÃO

*A promoção é válida para as apresentações dos dias 3, 4, 5, 10, 11 e 12 de junho

Apresente o Brasil de Fato e ganhe desconto na peça Sacco e Vanzetti, da Companhia Ensaio AbertoPreço original é R$ 40, mas com essa filipeta cai para R$ 10

Rio de Janeiro, 6 a 8 de junho de 201610 | Cultura

Fotos Divulgação

PROGRAMAÇÃOOrganizações que reali-zam a festa pelo Rio de Janeiro estão fechando os últimos detalhes para divulgar os diversos ar-raiás pelo estado, que iniciam este mês, mas que seguem até agosto. Aqui vão duas dicas:

CENTROPois era noite de São João - Arraiá do Largo de Santa Rita

Local: Beco das Sardi-nhas - Centro Horário: Das 10h às 22hData: 12 de junhoEntrada Franca

MÉIER1º Arraiá Gourmet do Méier

Local: Jardim Do Méier - MéierHorário: Sexta, das 16h às 22h; sábado e domin-go, das 12h às 22hData: 17 a 19 de junhoEntrada Franca

O mês de junho finalmen-te chegou, para a alegria

dos amantes das festas juni-nas. Esse momento de alegria é marcado pelas comidas típi-cas, fogueiras e muito concur-so de quadrilha. A música ofi-cial é o forró, com suas deri-vações que vão desde o Baião ao Xote, do Xaxado ao Pé de Serra. O cantor mais tocado sem dúvida é Luiz Gonzaga, a maior referência do gênero que o Brasil já conheceu.

Mas de onde vem toda essa tradição? O Brasil de Fato pesquisou a origem dessa grande festa e compartilha com nossos leitores. E ao fi-nal ainda tem uma progra-mação inicial de arraiás para os próximos dias.

FESTAS JUNINASNo Brasil, a tradição foi tra-zida pelos portugueses na época da colonização. Lá na Europa, continente onde está Portugal, o costume vem desde a Idade Média. Festas joaninas ou festa dos santos populares lá, como também aqui, homenageiam três im-portantes figuras do cristia-nismo: Santo Antônio (13 de junho), São João (24 de junho) e São Pedro (29 de junho). A tradição manda comemorar na noite da véspera, para celebrar logo nas primeiras horas a chega-da do dia dos santos.

Apesar de serem difundi-das em todo o país, estas fes-tas encontraram na região nordeste sua principal raiz no Brasil. Por lá, as comemo-rações não se restringem às

Festas de São João movimentam o RioQuadrilhas, comidas típicas e boa música prometem aquecer corações e não deixar ninguém parado no festejo dos santos mais queridos do Brasil

André Vieirado Rio de Janeiro (RJ)

datas dos santos apenas, mas se estendem por todo o mês. Como acontecem em junho, que é um mês caracterizado pela diminuição da tempera-tura, a fogueira é um elemen-to importante porque reúne as pessoas ao seu redor, para aquecer durante a estação.

QUADRILHASAnarriê. Alavantú. Duas ve-lhas conhecidas palavras das quadrilhas juninas. Am-bos os termos são de ori-gem francesa e querem di-zer: anarriê, voltar todos a

Festas juninas de bairros são uma boa pedida em tempos de crise. Quadrilhas não podem faltar nas festas

ça e na Inglaterra. Chegou pela primeira vez à cidade do Rio de Janeiro por volta de 1820 e era dançada pelos poderosos daquela época, pertencentes à elite impe-rial, que viviam com base na exploração do povo bra-sileiro e das riquezas natu-rais de nosso país.

Mas foi no sertão nordesti-no que a festa se consolidou ao encontrar a musicalidade da região e receber a inclu-são de novos personagens, como o padre, os noivos, o rei e a rainha do milho. Aca-bou virando um casamen-to na roça, com direito a juiz e delegado para garantir que o matrimônio seja realizado.

COMIDAS TÍPICASOutra característica brasileira da festa é a culinária, toda ba-seada no milho, colhido no fi-nal de maio e junho. É assim também um momento de ce-lebrar e agradecer o grão que germinou e deu frutos. De-pois de retirá-lo da terra, basta preparar as guloseimas: canji-ca, munguzá, pamonha, mi-lho cozido ou assado.

Comidas típicas deixam os arraiás com aquele gostinho especial

Festas de São João chegam espalhando alegria, com comidas típicas, fogueiras e muito concurso de quadrilha

seus lugares, e alavantú, to-dos vão para a frente. Pes-quisas apontam que a qua-drilha tem origem na Fran-

Rio de Janeiro, 6 a 8 de junho de 2016 Cultura l 11

Ao longo de todo o pro-cesso de mobilização das pessoas indignadas com a crise política, que desem-bocou nessa crise econô-mica que estamos viven-do, o Movimento Brasil Li-vre (MBL) bateu no peito para dizer que era apartidá-rio. Segundo o movimento quem bancava aqueles car-ros de sons, viagens, pas-seios e andanças eram as doações via internet que re-cebiam de seus apoiadores.

Acontece que na sema-na passada vazou um áudio de um de seus líderes, onde comenta as alianças com o PMDB, PSDB, DEM e o So-lidariedade. No áudio ficou bem claro a serviço de quem estava o MBL. Iludiram mi-lhares de pessoas que se aliaram a eles, acreditan-do que estavam, de fato, lu-tando contra a corrupção.

Somando aos áudios do ex-ministro Romero Jucá e do recém afastado ministro Fabiano Silveira, fica claro que as pedaladas não foram o motivo do afastamento da presidenta Dilma.

Agora é preciso saber de onde veio esse dinheiro que esses partidos coloca-ram para insuflar o MBL. Esse movimento que ata-ca artistas, e entidades es-

Não podemos esquecer que, quando o petróleo

era apenas um sonho, na dé-cada de 40, a sociedade bra-sileira organizou a maior campanha que este país co-nheceu: “O Petróleo é Nos-so”. Dessa iniciativa resultou a criação da Petrobrás.

A nossa autossuficiência em petróleo hoje é concre-ta. Temos reserva para no mínimo 50 anos, produzin-do mais de um milhão de barris por dia, o suficien-te para abastecer todos os países do Mercosul.

Será que agora, depois de tanta luta e investimen-to, vamos permitir a entre-ga do nosso petróleo? A Pe-trobrás nunca foi tão amea-çada como está agora nesse governo golpista, pela Globo, PSDB e a operação Lava Jato.

A Globo, na década de 90, durante o governo de Fer-nando Henrique Cardoso, fez campanha pela privatiza-ção da Petrobrás. Na época, a emissora chamava os petro-leiros de “marajás”.

Falta transparência nas contas dos movimentos pró impeachment

tudantis, criminaliza movi-mentos populares dizendo que recebem para “defen-der o governo do PT”.

SEM RESPOSTAEm sua página nas redes sociais o MBL atacou a imprensa, me atacou em diversos posts e bloqueou todos que perguntavam: “Quem financia o MBL?”

Pois bem, insistimos em querer saber. De onde vem essa grana que movimentou Kim Kataguiri e seus com-parsas? Manipularam os brasileiros que neles coloca-ram a função de liderar um impeachment feito para bar-rar a Lava Jato e livrar cor-ruptos da cadeia. Agora, res-ponda MBL. De onde veio esse dinheiro que financiou vocês? Estamos no aguardo.

Emanuel Cancella

Agora, mesmo com o su-cesso incontestável do pré-sal, a Globo lançou um edito-rial no dia 20 de dezembro de 2015, dizendo que “O pré-sal

pode ser patrimônio inútil”. Fica clara a ligação entre a

Lava Jato e a Globo, já que todos os vazamentos de delação premiada da Operação Lava Jato são divulgados primei-ro na Globo, parecendo um reality show.

Todos os vazamentos da Lava Jato são no sentido de destruir o PT e desmorali-zar a Petrobrás. Querem en-tregar a companhia, como fizeram com a Vale do Rio Doce, uma das maiores mi-

neradora do mundo, vendi-da a preço de banana. Isso foi feito na gestão do PSDB, partido que agora apoio o governo golpista.

O governo interino de Michel Temer já declarou que vai privatizar tudo, principalmente a Petrob-rás, Banco do Brasil e Cai-xa Econômica.

O mundo e a sociedade brasileira têm repudiado for-temente o golpe. A greve dos petroleiros já está decidida pelas duas federações que di-rigem a categoria. Os parti-dos políticos que estão contra o golpe, os movimentos po-pulares e as centrais sindicais têm que apoiar a greve dos petroleiros e ajudar a ocupar as unidades da Petrobrás.

Com a retomada da parti-cipação da sociedade pode-mos resgatar a campanha “O Petróleo é Nosso!” e impedir a entrega da Petrobrás.

Emanuel Cancella é coordenador do Sindipetro-RJ

e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).

“O Petróleo é Nosso” salvará Petrobrás

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DivulgaçãoNO OLHO DA REVOLUÇÃO | Tico Santa Cruz

Semana passada vazou um áudio de um de seus líderes do MBL, onde ele comenta as alianças com o PMDB, PSDB, DEM e o Solidariedade

Líderes de protestos contra Dilma não esclarecem origem de recursos

A greve dos petroleiros já está decidida pelas duas federações que dirigem a categoria

Petroleiros garantem que não vão permitir privatização da Petrobrás

Rio de Janeiro, 6 a 8 de junho de 201612 | Opinião

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Boa tarde amiga! Estou com 30 anos e meus dentes sisos ainda não nasceram. Preciso me preocupar com isso?

Micaela Vitória, secretária.

Dúvidas? amigadasaude@brasildefato.com.br Sofia Barbosa | Coren MG 159621-Enf

Cara Micaela, existem al-gumas pessoas que não

têm os dentes do siso. Isso acontece pela evolução na-tural da espécie humana, pois esses dentes não têm mais utilidade. Entretanto, a maioria das pessoas têm esses dentes mas eles ficam inclusos, ou nascem apenas parcialmente. Em todo caso, recomenda-se uma avalia-ção pelo dentista da situa-ção dos sisos, através da ra-diografia. Se for indicada a extração, ela deve ser fei-ta o quanto antes, pois após os 30 anos, os dentes estão mais calcificados ao osso,

mesmo infecções cardía-cas. Portanto, procure um dentista e saiba se é o caso de extrair seus sisos antes que eles se tornem um pro-blema para sua saúde.

sendo mais difícil extraí-los. Além disso, as chances de in-fecções aumentam com o pas-sar do tempo e essas infecções podem agravar e causar pro-blemas sérios de saúde, até

Ingredientes• 1 xícara de aveia em flocos finos

• 3/4 xícara de farinha (trigo, quinoa, centeio como quiserem)

• 1/2 xícara de gergelim

• 1/3 xícara de manteiga

• 1/2 xícara de água

• 1/2 xícara de açúcar mascavo

Modo de preparoMisture todos os ingredientes até atingir uma massa homogênea. Faça bolinhas e achate levemente. Se quiser uma cor mais dourada, pincele com gema de ovo. Arrume em uma assadeira untada, e leve ao forno médio por aproximadamente 20 minutos.

Alternativa aos biscoitos industrializadosNa correria do dia a dia, acabamos muitas vezes lanchando ou até substituindo o almoço por biscoitos industrializados. Além de não fornecer os nutrientes que precisamos para manter a saúde, os biscoitos vendidos nos mercados e barracas normalmente contêm níveis altíssimos de gordura hidrogenada, sal e açúcar. Além disso, são cheios de corantes e aromatizantes artificiais, e ainda contêm conservantes. O consumo regular destas substâncias provoca danos graves à saúde, contribuindo com a hipertensão e diabetes.Por isso, fazer seu próprio biscoito é mais barato, e principalmente mais saudável. Experimente!

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Biscoito de aveia com gergelim

Rio de Janeiro, 6 a 8 de junho de 2016 Variedades l 13

DICAS MASTIGADAS | Alan Tygel ANDRÉ DAHMER | malvados.com.br

AMIGA DA SAÚDE

Áries (21/3 a 20/4)Procure conviver um pouco mais com os amigos. Deixe a televisão de lado e curta com eles.

Touro (21/4 a 20/5)Não deixe que os assuntos domésticos interfiram na sua vida amorosa.

Gêmeos (21/5 a 20/6)Não deixe que o seu orgulho fira a pessoa que tem a seu lado. Procure fazer o bem que puder.

Câncer (21/6 a 22/7)Dê mais atenção ao seu parceiro. Um pequeno gesto é bem mais importante do que as palavras.

Leão (23/7 a 22/8)O ciúme não leva a lado nenhum, tenha confiança na pessoa que está com você pro que der e vier.

Virgem (23/8 a 22/9)Dê mais atenção às pessoas de sua família. Procure ser bom e justo pois, assim será feliz.

Libra (23/9 a 22/10)Boa conjuntura neste setor, aproveite, o amor estará perto. Efetuará bons negócios.

Escorpião (23/10 a 21/11)Demonstre todos os seus sentimentos e dedique-se mais às pessoas que ama, não perca tempo.

Sagitário (22/11 a 21/12)Todos temos defeitos, aceite a pessoa que ama do jeito que ela é. Aceite as imperfeições.

Capricórnio (22/12 a 20/1)O passado jamais pode ser esquecido. Suas memórias são importantes para lutar pelo futuro.

Aquário (21/1 a 19/2)Acredite nos seus projetos, tudo correrá dentro do normal, você só precisa se prevenir e ter cautela.

Peixes (20/2 a 20/3)O esforço próprio pode ser importante, mas é preciso enfrentar as condições que o sistema te impõe.

HORÓSCOPO FASES DA LUANova 6/6

Cheia 20/6

Crescente 12/6

Minguante 27/6

Rio de Janeiro, 6 a 8 de junho de 201614 | Variedades

Tânia Rêgo/Agência Brasil

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Confiante, CBJ define time para os Jogos OlímpicosEquipe brasileira usou slogan “Preparada para vencer” em apresentação

A Associação Internacio-nal de Boxe Amador (AIBA) admitiu que profissionais disputem as competições classificatórias para os Jo-gos Olímpicos do Rio 2016 e possam participar do torneio olímpico. A deci-são gerou grande polêmi-ca com a Confederação Mundial de Boxe (CMB).

A CMB considera a deci-são da AIBA uma “jogada comercial”, além de repre-

sentar risco à vida de lutado-res amadores. Para a Confe-deração, a admissão de pro-fissionais gera uma desigual-dade muito grande nas dis-putas, por conta do preparo físico diferenciado.

Lutadores amadores tam-bém não gostaram da deci-são, em razão das diferenças de preparação. A CMB puni-rá lutadores que estejam entre os 15 primeiros do seu ranking e disputarem as seletivas. (BP)

Irmãos Gasol na pré-lista

Do outro lado do mundo, mais precisamente na Chi-na, um conhecido treina-dor brasileiro vem passan-do maus bocados. Contra-tado no ano passado para mais um “projeto”, Van-derlei Luxemburgo pode ver sua carreira ruir na ter-ra do pastel.

Segundo seu manager Gabriel Skinner, que este-ve com ele no Flamengo, Luxa está sendo sacanea-do pelos chineses. O tradu-tor deixou de fazer seu ser-viço e o time vem confun-dindo pombo com frango. Não vence há várias roda-das e dificilmente cumpri-rá seu objetivo de ir à pri-meira divisão chinesa.

Pare, esfregue os olhos, leia novamente o pará-grafo anterior.

É isso mesmo. Luxem-burgo está com dificulda-des para levar um time que ele montou, com muito di-nheiro à disposição, para a primeira divisão. Da China.

Por mais que o Campeo-nato Chinês esteja com dinheiro a rodo, pagan-do multas rescisórias in-tegrais de bons jogadores para fortalecer o futebol local, oferecendo salários

milionários, não é possível entender como ele conse-guiu essa proeza.

É mais um capítulo da triste decadência de um treinador que, de tão revo-lucionário que era no co-meço dos anos 90, foi o úni-co brasileiro que chegou ao banco do Real Madrid. Isso não é pouca coisa.

Mas em algum lugar do

passado, Vanderlei esque-ceu o futebol. Tornou o es-porte secundário na sua vida. Ele queria ser o Sir Alex Ferguson, assim deixou de ser o Vanderlei Luxemburgo.

O treinador vem cain-do de patamar, saindo do rol dos grandes treinado-res brasileiros e passando ao panteão de nomes que fizeram história e viraram apenas um busto na Aca-demia Brasileira de Treina-dores de Futebol.

A Espanha, adversária do Brasil na primeira fase dos Jogos Olímpicos do Rio 2016, divulgou a pré-lista de convocados da se-leção de basquete mascu-lino do país. Na relação, constam os nomes dos ir-mãos Pau e Marc Gasol, que atuam pelo Chica-go Bulls e Memphis Griz-zlies, da NBA.

Porém, os dois pivôs – ícones da geração mais vitoriosa da história do basquete espanhol – ainda são dúvidas para os Jogos. Enquanto Pau está receoso com rela-ção à proliferação do ví-rus zika no Brasil, Marc se recupera de cirurgia no pé direito, que o dei-xou de fora de parte da temporada nos EUA.

Fernando Frazão/Agência Brasil

A Confederação Brasileira de Judô (CBJ) divulgou a

lista de atletas que represen-tarão o Brasil nos Jogos Olím-picos do Rio 2016. Ao todo são 14 judocas, sendo sete mulheres e outros sete ho-mens. O evento de apresen-tação aconteceu no Aeropor-to Santos Dumont.

O esporte garantiu meda-lhas ao Brasil nos últimos oito Jogos Olímpicos. A expectati-va da CBJ é superar o desem-penho conquistado em Lon-dres 2012, onde o país levou um ouro e três bronzes. A en-tidade garante dar “tudo o

A decadência do Professor Luxemburgo

liar na preparação, mas a CBJ desobrigou a presença deles nos treinos. Judocas como Eric Takabatake, Luciano Corrêa e David Moura fica-ram de fora. (BP)

que for necessário” aos judo-cas para ganhar medalhas na modalidade.

Os atletas que não conse-guiram vaga na equipe pode-rão ser chamados para auxi-

Equipe foi apresentada em evento no Aeroporto Santos Dumont

Gabriel Skinner com Luxemburgo: a batata já está assando

O tradutor deixou de fazer seu serviço e o time vem confundindo pombo com frango

Luta sem proteção

na cabeça também

foi alvo de críticas da

CMB

Profissionais do boxe nos Jogos causam polêmica

Rio de Janeiro, 6 a 8 de junho de 2016 Esportes l 15

TOQUES CURTOS | Bruno Porpetta

O Flamengo enfrentou o Palmeiras em Brasília (DF), no estádio Mané Garrincha, e viu a boa sequência que o co-locou no G-4 ser interrompi-da na derrota por 2 a 1. As fa-lhas defensivas foram funda-mentais para o placar.

O jogo começou a toda ve-locidade, com os dois times procurando o gol e criando chances, mas não demorou muito para que houvesse a primeira grande falha da defesa rubro-negra.

César Martins inverteu uma bola na frente da área, ao contrário do que man-da o bê-a-bá da zaga, e Tchê Tchê tocou de cabeça para Gabriel Jesus, que dominou e bateu para abrir o placar aos três minutos.

Dois minutos depois, uma cobrança de lateral pela es-querda caiu no pé de Alan Patrick, que deu um belíssi-mo chute no ângulo de Fer-nando Prass, sem chances

Fla perde para o Palmeiras no Mané GarrinchaFalhas da defesa foram fundamentais para a derrota por 2 a 1

Alan Patrick fez um golaço, mas não evitou derrota do Fla

para o goleiro palmeirense.Depois dos gols relâmpa-

gos, o Palmeiras conseguiu ser superior, principalmen-te no setor de meio-cam-po. O Flamengo tinha difi-culdades para fazer a tran-sição da defesa para o ata-que, pela ausência de maior qualidade entre os volantes. O placar não se alterou até o fim do primeiro tempo.

Durante o intervalo, as torcidas protagonizaram mais uma briga dentro do estádio. A Polícia Militar

usou gás de pimenta e pre-judicou o reinício da parti-da, com jogadores e torce-dores se sentindo mal por inalar o gás.

No segundo tempo, o Fla-mengo melhorou e passou a incomodar mais, mas sem conseguir ser efetivo. O Pal-meiras contou com a falha de Léo Duarte para bater para o gol. A bola não entrou, pois César Martins, que não é go-leiro, fez grande defesa. Jean bateu o pênalti e definiu a vi-tória do alviverde paulista.

O número 1 do ranking mundial e grande astro do tênis na atualidade con-seguiu o último Grand Slam que faltava em sua coleção. O sérvio Novak Djokovic derrotou o britâ-nico Andy Murray e con-quistou o torneio de Ro-land Garros, na França.

Djoko leva título inédito em Roland GarrosO início da partida pare-

cia que adiaria os planos de Djoko por mais um ano, com Andy Murray jogando muito bem e confirmando a boa fase nesta temporada. O britânico começou o primeiro set mui-to forte e, depois de duas que-bras de saque contra uma do sérvio, fechou em 6-3.

Depois disso, Djoko se acal-mou e fez o seu melhor jogo. Foi um segundo set arrasador, o qual fechou em 6-1. Nos de-mais, manteve o ritmo e fez 6-2 e 6-4, conquistando o títu-lo em 3h03min. No final, o sér-vio repetiu o gesto de Gustavo Kuerten e desenhou um cora-ção na quadra. (BP)

Djoko recebe troféu ao lado de Murray

O Botafogo foi ao es-tádio do Pacaembu enfrentar o Santos, pela sexta rodada do Cam-peonato Brasileiro. O time carioca já estava na zona de rebaixamen-to, em virtude da vitória do Atlético-PR diante do Santa Cruz, no sábado.

A pressão sobre a ga-rotada do Botafogo ficou evidente. Não houve uma partida neste cam-peonato em que o time tenha jogado tão mal. Desta forma, acabou vi-rando presa fácil para o Santos, melhor organi-zado em campo, apesar de vários desfalques.

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Gilvan de Souza/Flamengo

Vitor Silva SSPress/Botafogo

Botafogo perde e segura a lanterna

No primeiro tempo, o San-tos sobrou e o Botafogo não viu a cor da bola. Com 10 minutos, Victor Bueno deu um lindo lençol em Helton Leite e fez um golaço. Aos 34, Paulinho, ex-Flamengo, ampliou o placar após boa trama do ataque santista.

Após o intervalo, bem que o Botafogo tentou ser mais perigoso e conseguiu um pênalti. Neilton bateu muito mal e perdeu. Para piorar a trágica atuação do Glorioso, Bruno Silva fez contra aos 24 minutos e de-finiu o placar de 3 a 0 para o Peixe. Com a derrota, o time carioca caiu para o úl-timo lugar. (BP)

Lanterna joga pressão sobre o trabalho de Ricardo Gomes

Bruno Porpettado Rio de Janeiro (RJ)

16 | Esportes Rio de Janeiro, 6 a 8 de junho de 2016