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CONFEDERAÇÃO DO COMÉRCIO E SERVIÇOS DE PORTUGAL ACÇÃO DE IMPLEMENTAÇÃO DO CIRCUITO DE CRÉDITO E CONSUMO Objectivo: 1.Desenhar e construir um circuito de crédito que reflicta a imagem exacta ou próxima das cadeias de valor acrescentado já existentes na economia; 2. Analisar os pontos críticos do circuito (empresas e sub-sectores onde a liquidez não é reintroduzida no circuito local de comércio de forma natural). Adoptar medidas que atenuem a saída de liquidez nestes mesmos pontos críticos; 3. Operacionalizar a rede; parcerias locais, planos de promoção e formação teórica e prática de membros e líderes locais, registo de adesão dos utilizadores, delegação de competências, etc (gestão por processos) 4. Adoptar todas as estratégias que permitam, sem efeitos deflacionários ou inflacionários, acelerar a velocidade de circulação das unidades de pagamento pela rede. MEDIDAS (PRIORIDADES DE ACÇÃO): A) Estimular o consumo de bens semi-duráveis: 1- favorecendo os bens com maior incorporação de valor acrescentado nacional 2- pagamento pelo comprador em unidades na modalidade de prestações mensais sem juros 3- valor fica em débito numa subconta do comprador sujeito a uma garantia financeira 4- o comprador fica com a conta corrente livre para outras transacções 5- valor total é creditado imediatamente na conta C3 do fornecedor do bem (empresa A) B) Segmentar o bónus em função da durabilidade do bem, promovendo a entrada de consumidores finais no circuito 1-o bónus é “activado no momento da compra” e não no momento da entrega de euros ao fundo de reserva

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CONFEDERAÇÃO DO COMÉRCIO E SERVIÇOS DE PORTUGAL

ACÇÃO DE IMPLEMENTAÇÃO DO CIRCUITO DE CRÉDITO E CONSUMO

Objectivo:

1.Desenhar e construir um circuito de crédito que reflicta a imagem exacta ou próxima das cadeias de valor acrescentado já existentes na economia;

2. Analisar os pontos críticos do circuito (empresas e sub-sectores onde a liquidez não é reintroduzida no circuito local de comércio de forma natural). Adoptar medidas que atenuem a saída de liquidez nestes mesmos pontos críticos;

3. Operacionalizar a rede; parcerias locais, planos de promoção e formação teórica e prática de membros e líderes locais, registo de adesão dos utilizadores, delegação de competências, etc (gestão por processos)

4. Adoptar todas as estratégias que permitam, sem efeitos deflacionários ou inflacionários, acelerar a velocidade de circulação das unidades de pagamento pela rede.

MEDIDAS (PRIORIDADES DE ACÇÃO):

A) Estimular o consumo de bens semi-duráveis:

1- favorecendo os bens com maior incorporação de valor acrescentado nacional

2- pagamento pelo comprador em unidades na modalidade de prestações mensais sem juros

3- valor fica em débito numa subconta do comprador sujeito a uma garantia financeira

4- o comprador fica com a conta corrente livre para outras transacções

5- valor total é creditado imediatamente na conta C3 do fornecedor do bem (empresa A)

B) Segmentar o bónus em função da durabilidade do bem, promovendo a entrada de consumidores finais no circuito

1-o bónus é “activado no momento da compra” e não no momento da entrega de euros ao fundo de reserva

2- bem de consumo instantâneo: 4%

3- máximo do bónus(bens semi-duráveis): 10%

C) Leilão Invertido

1-empresa A pretende bem X, não disponível na rede, coloca no portal do software um leilão invertido (de compra) e respectivas condições

2-empresa B (que pode ser um broker especializado associado ao administrador C3) adquire o bem X a “Companhia K” por 300 euros (a desconto ou a prazo)

3-empresa B vende bem a empresa A por 500 unidades

4-empresa B tem propensão a consumir estes créditos na rede

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5-empresa A ficou satisfeita / pode agora produzir mais e também ficou com um débito de 500.

D) Member-get –a-member

Igual ao exemplo anterior com excepção de:

2-Empresa B compra a Companhia K por 350 créditos e vende por 500 créditos a empresa A

-Empresa B ganhou assim um prémio “member-get-a-member” de 150 créditos

E) Criar um sistema de contas-empregado (vouchers electrónicos)

1- dar prioridade a este sistema para empresas no início da cadeia de valor nacional (corresponde ao fim do circuito de crédito)

2- associar a oferta de vouchers a prémios de produtividade interna

3- canalizar os vouchers para o início do circuito (maior efeito multiplicador da procura)

4- universalizar o acesso gratuito ao sistema de pagamento por telemóvel para estes consumidores finais

F) Analisar o Sistema de avaliação de membros e a Política de satisfação do cliente.

O software permite avaliar

1- se as condições de entrega foram respeitadas (cliente)

2- o grau de satisfação do consumidor (final ou intermédio)

3- se foi cumprido o pagamento em unidades no momento exacto da transacção (fornecedor)

G) Possibilitar a devolução dos fees (taxa de juro negativa ou demurrage) logo que o projecto atinja o “break even” e o “payback period” (projecto sem fins lucrativos)

1- a taxa demurrage pretende desincentivar a acumulação de créditos no sistema, através do consumo dessas unidades excedentários. Promove a compensação progressiva de créditos

2-empresa terminou o período 1 com um saldo médio credor de 5.000 unidades

3-Exemplo, taxa demurrage 2%: 100 unidades

4-Período 2: empresa tem direito a um desconto de 10% (debitado na conta do sistema C3, não no vendedor) por compra, com valor máximo de 10 unidades por desconto

5- estrutura do desconto dependerá dos custos administrativos unitários ( função da dimensão da rede)

H) Criar ou Virtualizar um sistema de dual account interno (modelo WIR)

1- O programa Cyclos permite gerir mais do que uma unidade de pagamento

2- O C3 nasce como uma associação (mutualista) onde um dos objectivos secundários é transformar os euros em poupança/investimento comum, o qual serve de colateral a unidades de crédito internas. O

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outro colateral é constituído por garantias financeiras. O fundo é privado e detido em unidades de participação conforme a entrada de euros de cada associado. Este tem direito ao fundo na condição de liquidar a sua conta C3, caso esteja em débito.

-Eventualmente o sistema pode limitar-se a operações de curto prazo, mas para tal é necessária uma provisão inicial (fundo de reserva) ou constituído ao fim de 2 anos, como o projecto C3 advoga. Nesse momento as saídas de liquidez do circuito por reconversão já poderão ser iguais às entradas. Até essa data, a taxa de saída de liquidez deve ser uma função das necessidades de pagamento de impostos resultantes das operações directas no C3.

- as operações em sistema dual account permitem reduzir as necessidades de fundo de maneio e obter recursos para pagar “importadores” e à máquina fiscal, sem haver qualquer desconto.

- visto que a maior parte dos pagamentos não é efectuada de imediato em euros na economia, podemos” virtualizar” este modelo de dual account da seguinte forma

Exemplo:

Factura da Empresa B sobre a empresa A, a 30 dias, do bem X – valor tota l= 100 Euros

- Registo no Cyclos: Empresa A credita a conta da Empresa B em 60 unidades

Findo os 30 dias, a factura é paga integralmente em Euros

- Registo no cyclos: Empresa B credita a conta da Empresa A em 60 unidades

Vantagem: crédito imediatamente disponível para transacções da Empresa B no valor de 60 unidades na rede entre o dia 1 e o dia 30. A empresa B produz com essas novas aquisições algo que consegue vender. (acelerando literalmente o seu ciclo produtivo e a geração de valor acrescentado na economia)

I) Definir uma política de investimento do fundo de reserva

- apostar na criação de start-ups com forte componente tecnológica e de disseminição rápida na rede

- em cooperação com a instituição financeira gestora do fundo

- com todos os parceiros cujos os membros são detentores de UP’s do fundo

- assegurar financeiramente a garantia de retorno de 100% do capital investido

- promovendo / incorporando parcerias com estabelecimentos de saúde

- criando a prazo sistema complementares de previdência social para os membros ou empregados destes.

Nota final: ao administrador do Cyclos não deve competir arquivar nem analisar estas facturas, embora o sistema permita emissão de notas de pagamento entre membros. A unidade tecnológica do C3 deve fiscalizar através de algoritmos a correcta utilização do sistema pelos seus membros. A unidade tecnológica do C3 deve transmitir e delegar as competências de promoção e formação do sistema às associações parceiras, adoptando estas, os modelos mais adequados à sua própria estrutura organizativa. Será disponibilizado, a tempo inteiro, um serviço de helpdesk profissional informático e atendimento ao cliente e ao parceiro.