CAAE - Manual Do Aluno

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  • CURSO AVANADO DE ATENDIMENTO A EMERGNCIAS - CAAE MANUAL DO PARTICIPANTE

    ESTADO DE SANTA CATARINA

    SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANA PBLICA

    CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

    COORDENADORIA DE PROGRAMAS COMUNITRIOS

    1 Edio

    2013

  • CURSO AVANADO DE ATENDIMENTO A EMERGNCIAS - CAAE MANUAL DO PARTICIPANTE

    APRESENTAO

    Todos os dias nos deparamos com situaes que podem colocar em risco nossa

    integridade fsica, nosso conforto e nossos bens. Muitas vezes, por desconhecimento de

    determinados riscos, acabamos provocando ou contribuindo com acidentes que podem ser

    evitados com adoo de simples medidas de preveno.

    Vivemos iludidos de que os acidentes s acontecem com os outros, at que somos atingidos por algum evento natural adverso, acidente ou incidente que expe toda a nossa

    fragilidade e nos acorda para o mundo real, demonstrando que devemos estar sempre preparados.

    Visando contribuir ainda mais com a comunidade catarinense, buscando a preparao das

    pessoas e a formao de mentalidade e cultura de preveno, de antecipao e de disseminao

    de conhecimentos, o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, disponibiliza a comunidade

    o Curso Avanado de Atendimento de Emergncia CAAE. O CAAE tem por finalidade a formao do agente comunitrio de proteo civil nvel II e

    brigadista particular, curso que o capacita a atuar no auxlio da comunidade em emergncias,

    tambm o tornam apto a se candidatar ao ingresso no servio comunitrio do Corpo de

    Bombeiros Militar. Inserida nesta capacitao esto o Atendimento pr-hospitalar, o Controle de

    incndios, a Preveno e sistemas preventivos, a Brigada de incndio e o Estgio Operacional.

    Dentre outros critrios o candidato a frequentar o CAAE dever ter sido aprovado no

    Curso Bsico de Atendimento a Emergncias CBAE, e ter concludo este a menos de dois anos, ter conceito favorvel da Coordenadoria do Servio Comunitrio da OBM e estar

    classificado no nmero de vagas oferecidas pela OBM.

    Deste modo, disponibilizamos este manual para voc aluno (a) do Curso Avanado de

    Atendimento as Emergncias, visando fornecer informaes necessrias para que possa

    aprimorar seus conhecimentos de proteo civil, que far a diferena quando algum necessitar

    no salvamento de vidas ou proteo do patrimnio.

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    IMPORTANTE

    ORIENTAES GERAIS DO ALUNO

    Apresentaes das Unidades Didticas (UD)

    Todas as matrias possuem apresentaes pr-definidas, nelas esto definidas o assunto abordado, o tempo de instruo e os objetivos que devem ser alcanados.

    Ao final os objetivos so revistos para que verifiquem se foram ou no cumpridos.

    Cada slide possui um assunto para ser apresentado em aproximadamente 2 a 3 minutos. Existem casos que alguns slides so considerados mais importantes ou requerem um tempo

    maior para sua apresentao ou execuo, o caso de aulas prticas por exemplo. Neste caso o

    tempo vir discriminado no prprio slide (Canto inferior direito) com o tempo mdio necessrio

    para execuo da tarefa.

    Ao final da aula, toda a apresentao prevista dever ser repassada, pois as apresentaes seguem rigidamente o plano de aula, qualquer reposio deve ser feita em horrio extra ao

    previsto, para que no afete a quantidade e qualidade dos temas abordados pelo referido curso.

    As apresentaes foram organizadas de maneira que seja de fcil localizao, obedecendo aos seguintes critrios:

    A sigla CAAE refere-se ao Curso Avanado de Atendimento a Emergncias.

    Os primeiros dois caracteres aps a sigla CAAE se referem ao Mdulo, identificado com a letra M, seguido do numero deste modulo, exemplo: M1, ou seja, Mdulo 1;

    Os prximos dois caracteres se referem a Lio, identificado com a letra L, seguido do numero desta lio, exemplo, L1, ou seja, Lio 1;

    Seguido do nome da unidade didtica desta lio, exemplo, Noes Bsicas de anatomia e fisiologia (corpo humano);

    Exemplos: CAAE-M1L1 - Noes Bsicas de anatomia e fisiologia (corpo humano), ou seja, Mdulo 1, lio 1 Unidade Didtica: Noes Bsicas de anatomia e fisiologia (corpo humano); CAAE-M4L3 - Aspectos Tcnicos, ou seja, Modulo 4, lio 3- Unidade Didtica: Aspectos Tcnicos.

    BOA SORTE E BOM APRENDIZADO!

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    CURSO AVANADO DE ATENDIMENTO A EMERGNCIAS - CAAE

    Comisso de Elaborao

    MDULO I - Atendimento pr-hospitalar

    2 Ten BM Fbio Luiz Alves Pacheco

    2 Ten BM Marcos Luciano Colla

    MDULO II - Controle de incndios

    2 Ten BM Maicon der Motelievicz

    Sd BM Clodoaldo Ribas dos Santos

    MDULO III - Preveno e sistemas preventivos

    2 Ten BM Maicon der Motelievicz

    MDULO IV - Brigada de incndio

    2 Ten BM Marcos Luciano Colla

    Sd BM Marcio Floriano Barbosa

    MDULO V - Estgio Operacional

    2 Ten BM Fbio Luiz Alves Pacheco

    Edio e Diagramao

    2 Ten BM Marcos Luciano Colla

    Superviso

    Tenente Coronel BM Altair Francisco Lacowicz

    COORDENADORIA DE PROGRAMAS COMUNITRIOS

    Ten Cel BM Altair Francisco Lacowicz

    Ten Cel BM Edson Biluk

    Cap BM Jorge Artur Cameu Junior

    1 Ten BM Davi Pereira de Souza

    2 Ten BM Nauro Ricardo Muck

    1 Edio

    2013

  • CURSO AVANADO DE ATENDIMENTO A EMERGNCIAS - CAAE MANUAL DO PARTICIPANTE

    SUMRIO

    APRESENTAO...................................................................................................................................................... 3

    PLANO DE ESTUDO (PROGRAMA DE MATRIAS) .................................................................................................... 7

    1. ATENDIMENTO PR-HOSPITALAR ...................................................................................................... 15 1.1 NOES BSICA DE ANATOMIA E FISIOLOGIA (CORPO HUMANO) ......................................................... 15 1.2 PRINCPIOS BSICOS DE BIOSSEGURANA (SEGURANA DO SOCORRISTA) .............................................. 28 1.3 SINAIS VITAIS: PRTICA E VERIFICAO .............................................................................................. 31 1.4 AVALIAO DO PACIENTE ................................................................................................................... 37 1.5 PARADA RESPIRATRIA E OXIGENOTERAPIA......................................................................................... 45 1.6 PARADA CARDACA E PRTICA DE RCP ................................................................................................ 61 1.7 HEMORRAGIAS E ESTADO DE CHOQUE .................................................................................................. 70 1.8 INTOXICAO E ENVENENAMENTO ...................................................................................................... 78 1.9 FERIMENTOS EM TECIDOS MOLES E USO DE BANDAGENS E ATADURAS ................................................... 84 1.10 TRAUMA CRNIO ENCEFLICO ............................................................................................................ 91 1.11 TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR ......................................................................................................... 95 1.12 PARTOS EM SITUAO DE EMERGNCIA ............................................................................................. 100 1.13 ESCALA DE TRAUMA E FICHAS DE APH ............................................................................................. 106 1.14 FRATURAS, LUXAES E ENTORSES .................................................................................................... 110 1.15 TCNICAS DE REMOO .................................................................................................................... 115 1.16 LIMPEZA E DESINFECO .................................................................................................................. 119 1.17 QUEIMADURAS E LESES AMBIENTAIS ................................................................................................ 124 2. EXTINO DE INCNDIOS .................................................................................................................... 132 2.1 FUNDAMENTOS BSICOS DO COMBATE AOS SINISTROS ........................................................................ 132 2.2 EQUIPAMENTO DE PROTEO INDIVIDUAL - EPI ................................................................................. 151 2.3 CLASSES DE INCNDIO ....................................................................................................................... 157 2.4 FUNDAMENTOS OPERACIONAIS .......................................................................................................... 169 2.5 FUNDAMENTOS TCNICOS .................................................................................................................. 189 2.6 TCNICAS E TTICAS DE EXTINO .................................................................................................... 216 2.7 OPERAES DE COMBATE A INCNDIO E SALVAMENTO ....................................................................... 235 2.8 TREINAMENTO PRTICO .................................................................................................................... 250 3. PREVENO E SISTEMAS PREVENTIVOS ........................................................................................ 253 3.1 SISTEMAS PREVENTIVOS .................................................................................................................... 253 3.2 RELATRIOS ..................................................................................................................................... 264 3.3 INSPEES PREVENTIVAS .................................................................................................................. 272 4. BRIGADA DE INCNDIO ......................................................................................................................... 275 4.1 ASPECTOS LEGAIS ............................................................................................................................. 279 4.2 ASPECTOS TCNICOS ........................................................................................................................ 287 5. ESTGIO OPERACIONAL ...................................................................................................................... 313 5.1 DO ESTGIO OPERACIONAL SUPERVISIONADO .................................................................................... 313 REFERNCIAS ...................................................................................................................................................... 318

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    PLANO DE ESTUDO

    O plano de estudos visa a orient-lo/a no desenvolvimento da disciplina. Possui

    elementos que o/a ajudaro a conhecer o contexto da disciplina e a organizar o seu tempo de

    estudos.

    Objetivo Geral:

    O Curso Avanado de Atendimento de Emergncias e destina formao do agente

    comunitrio de proteo civil nvel II e brigadista particular, curso que o capacita a atuar no

    auxlio da comunidade em emergncias, tambm o torna apto a se candidatar ao ingresso no

    servio comunitrio do Corpo de Bombeiros Militar.

    CONTEDO PROGRAMTICO

    Programa de matrias do curso avanado de atendimento a emergncias

    Contedo Programtico Carga horria horas/aula

    I Atendimento pr-hospitalar 40

    II Extino de incndios 40

    III Preveno e sistemas preventivos 15

    IV Brigada de incndio 15

    V Estgio Operacional 240

    TOTAL 350

    MDULO I

    ATENDIMENTO PR-HOSPITALAR

    40 horas/aula

    Unidade Didtica Assunto Horas/

    Aula

    01 Noes Bsicas de Anatomia e Fisiologia

    (Corpo Humano)

    Conhecer principais termos utilizados em APH.

    Descrever as funes gerais dos seguintes sistemas: respiratrio, circulatrio, muscular, esqueltico,

    nervoso, reprodutivo (masc. e fem.) e digestivo.

    Definir as cavidades do corpo humano com seus componentes.

    Listar o nome dos principais ossos do sistema esqueltico.

    Descrever a coluna vertebral.

    04

    02 Princpios Bsicos de Biossegurana (segurana

    do Socorrista)

    Listar os principais EPI utilizados pelo socorrista.

    Citar e enumerar as principais enfermidades infecciosas a qual o socorrista est sujeito e os meios

    de transmisso no ambiente pr-hospitalar

    01

  • Conhecer principais riscos no APH.

    03- Sinais Vitais, Prtica e

    Verificao.

    Definir sinais/sintomas.

    Listar os sinais diagnsticos.

    Demonstrar o uso correto dos principais equipamentos utilizados para aferio dos sinais vitais.

    Executar de forma correta a aferio FR e FC e a qualidade de cada.

    Definir as principais alteraes pupilares

    02

    04 - Avaliao do paciente

    Avaliao geral do paciente dimensionamento da cena.

    Avaliao inicial.

    Avaliao dirigida.

    Avaliao detalhada.

    Avaliao continuada.

    Mensurao e colocao do colar cervical.

    04

    05 Parada Respiratria e Oxigeno terapia

    Revisar as principais partes do sistema respiratrio, listando 5 componentes e funes, bem como percurso

    do ar.

    Descrever a importncia de O2 no organismo.

    Listar os sinais e sintomas de uma obstruo de vias areas superiores por corpo estranho (OVACE).

    Listar os sinais e sintomas de uma parada respiratria.

    Descrever o uso correto dos equipamentos auxiliares utilizados para reanimao respiratria.

    Citar a importncia da oxigeno terapia, riscos, inalao uso correto do gs e dos equipamentos.

    03

    06 Parada Cardaca e Prtica de RCP

    Listar sinais/sintomas de uma parada cardaca e das principais patologias cardiovasculares.

    Aplicar corretamente o tratamento ao nvel de suporte bsico as emergncias cardiovasculares.

    Executar corretamente RCP para adulto, criana e beb.

    03

    07 Hemorragias e Estado de Choque

    Descrever o funcionamento do sistema circulatrio, bem como sua importncia e nomenclatura bsica.

    Demonstrar os mtodos para o controle de hemorragias.

    Descrever o procedimento a ser aplicado para hemorragia interna.

    Definir estado de choque.

    Descrever os mecanismos fisiopatolgicos do choque.

    Diferenciar os principais tipos de choque.

    Identificar os principais sinais e sintomas.

    Executar corretamente o tratamento pr-hospitalar no estado de choque.

    03

    08- Intoxicao e

    envenenamento

    Definir intoxicao e envenenamento

    Identificar as formas mais comuns do envenenamento.

    Descrever os tratamentos bsicos, ao nvel de SB das vtimas envenenadas.

    01

    09 Ferimentos em tecidos moles e uso de bandagens

    Definir os principais tipos de ferimento

    Descrever os procedimentos bsicos usados no 01

  • e ataduras cuidado de feridas.

    Executar corretamente a aplicao da bandagem e ataduras

    10 Traumatismo Crnio Enceflico

    Revisar aspectos anatmicos e fisiolgicos da cavidade craniana.

    Descrever sinais e sintomas de vtima com TCE.

    Descrever sinais e sintomas das principais leses cranianas e enceflicas. E procedimentos.

    01

    11 Traumatismo Raquimedular

    Revisar aspectos anatmicos e fisiolgicos da cavidade espinhal.

    Descrever sinais e sintomas de vtima com TRM.

    Descrever sinais e sintomas das principais leses da coluna e procedimentos.

    01

    12 Partos em situao de emergncia

    Descrever a anatomia de uma mulher grvida.

    Descrever os sinais e sintomas indicativos de perodo expulsivo.

    Identificar as principais complicaes do parto e os procedimentos no atendimento pr-hospitalar.

    Demonstrar os procedimentos a serem aplicados no parto normal para a me e o beb. Praticar com

    boneco, se possvel.

    02

    13 Escala de Trauma e fichas de APH

    Definir escala de Trauma

    Descrever o correto preenchimento das escalas de trauma.

    Descrever o correto preenchimento da documentao do atendimento pr-hospitalar.

    02

    14 Fraturas, Luxaes e Entorses.

    Revisar aspectos anatmicos do sistema msculo esquelticos

    Definir as leses musculoesquelticas e articulares.

    Identificar sinais e sintomas de cada tipo de leso.

    Aplicar corretamente as tcnicas de imobilizao ao trauma de extremidade.

    03

    15 Tcnicas de remoo Executar corretamente a remoo de vtima em locais

    tpicos e atpicos do ambiente pr-hospitalar 02

    16 Limpeza e desinfeco

    Descrever a importncia dos procedimentos de limpeza e desinfeco de viaturas e equipamentos.

    Citar os cuidados e acondicionamento adequado do lixo hospitalar.

    Citar os produtos qumicos, materiais e EPI, utilizados nos procedimentos de desinfeco terminal e

    concorrente, ao nvel de equipamento pr-hospitalar.

    01

    17 Queimaduras e Leses Ambientais

    Revisar os aspectos anatmicos do sistema tegumentar.

    Definir os tipos de queimaduras e leses ambientais.

    Descrever os procedimentos de atendimento pr-hospitalar para atender vtimas de queimaduras e

    leses ambientais.

    02

    Verificao Final Avaliao terica e/ou prtica 04

  • MDULO II

    EXTINO DE INCNDIOS

    40 horas/aula

    Unidade Didtica Assunto Horas/

    Aula

    01- Fundamentos bsicos

    do combate aos sinistros

    Comportamento do Fogo: Calor, combustvel, comburente e reao em cadeia, fases do fogo, formas

    de combusto e mtodos de extino.

    Caractersticas da edificao: tipo construo, material, ambientes, outros.

    Ambiente do Incndio: Calor, visibilidade, estrutura fsica e produtos da combusto.

    04

    02 Equipamentos de Proteo Individual

    Capacete, capa, cala, bota, luva, cinto, lanterna,

    Equipamentos de proteo respiratria: Tipos, caractersticas, uso, manuteno.

    Procedimentos em ambientes de incndio

    04

    03 Classes de incndio

    Combate a Incndio Classe A;

    Combate a Incndio Classe B;

    Combate a Incndio Classe C;

    Combate a Incndio Classe D;

    Incndio em Ambientes Fechados;

    Segurana na Extino;

    Procedimento no Rescaldo;

    Preservao do Local Sinistrado.

    04

    04 Fundamentos Operacionais

    Extintores portteis: Tipos, verificao, emprego, manuteno.

    Mangueiras de incndio: classificao, conservao, manuteno, acondicionamento, transporte, manuseio,

    esguichos, ferramentas e acessrios.

    Guarnies de Incndio: Completa, reduzida, funes e procedimentos.

    Linhas de mangueiras e evolues.

    Escada de bombeiros: escada simples, de gancho, prolongvel.

    Outros equipamentos.

    04

    05- Fundamentos Tcnicos

    Emprego de gua e espuma: Propriedades extintoras, presso e tipos de jatos, manuseio de esguicho.

    Formas de emprego da gua, vantagens e desvantagens;

    Ventilao;

    Backdraft;

    Salvatagem e rescaldo.

    04

    06 Tcnicas e tticas de extino

    Identificao e gerenciamento de riscos

    Estratgia ofensiva e defensiva

    Combate interno e externo

    Produtos Qumicos identificao, riscos e cuidados.

    04

    07- Operaes de Combate

    a incndios e Salvamento

    Operaes de combate a incndio em edificaes

    Operaes de combate a incndio florestal e em veculos;

    04

  • Operaes de salvamento em incndios.

    Treinamento Prtico

    Prtica com mangueiras e escadas;

    Prtica de combate a incndios;

    Prtica de salvamento em locais confinados.

    08

    Verificao Final Avaliao terica e/ou prtica 04

    MDULO III

    PREVENO E SISTEMAS PREVENTIVOS

    15 horas/aula

    Unidade Didtica Assunto Horas/

    Aula

    Sistemas Preventivos

    Identificar quais os sistemas preventivos exigidos para a edificao;

    Conhecer os princpios de funcionamento e manuteno

    Conhecer as tcnicas de preveno para avaliao dos riscos em potencial

    4

    Relatrios Confeco dos relatrios de inspeo 4

    Inspees Preventivas Inspeo dos sistemas preventivos da edificao 5

    Verificao Final Avaliao terica e/ou prtica 02

    MDULO IV

    BRIGADA DE INCNDIO

    15 horas/aula

    Unidade Didtica Assunto Horas/

    Aula

    01 Objetivo geral Objetivo Geral da Brigada de Incndio 1

    2 Aspectos legais e

    Aspectos tcnicos

    Aspectos legais do brigadista

    Atuaes do Brigadista

    Preveno de incndio

    Psicologia em emergncias

    Abandono de rea

    Pessoas com mobilidade reduzida

    Planos de emergncia em edificaes

    Preservao de local para Percia

    13

    Verificao Final Avaliao terica 01

  • MDULO V

    ESTGIO OPERACIONAL

    240 horas/aula

    Unidade Didtica Assunto Horas/

    Aula

    Parte Terica

    Preparao para o estgio

    O que e o seu objetivo;

    Uniforme padro e procedimentos bsicos;

    Comportamento do estagirio nas guarnies de servio;

    Forma de atuao na guarnio de servio em apoio s equipes operacionais;

    Riscos e responsabilidades.

    Relacionamento com os bombeiros profissionais e comunitrios;

    240*

    Estgio no Servio de

    Atendimento Pr-hospitalar

    e de preveno e controle

    de incndios

    Auxiliar os bombeiros militares em execuo de atividades de atendimento pr-hospitalar.

    Auxiliar os bombeiros militares em execuo das atividades preventivas e reativas nos casos de

    incndios

    * A critrio do Comando local poder ser reduzida a carga horria do Estgio Operacional

    para 140horas desde que previsto e justificado no plano de ensino.

  • CAAE Mdulo I

    40 h/a

    CBMSC

    Instrutor

    _______________________________________________

    _______________________________________________

    ATENDIMENTO PR-HOSPITALAR

  • CURSO AVANADO DE ATENDIMENTO A EMERGNCIAS - CAAE MANUAL DO PARTICIPANTE

    CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SANTA CATARINA MP 14

    Mdulo I Unidade Didtica 1

    Noes Bsica de Anatomia e Fisiologia (Corpo Humano)

    Objetivos:

    Ao final desta lio, os participantes sero capazes de:

    1) Conhecer principais termos utilizados em APH; 2) Descrever as funes gerais dos seguintes sistemas: respiratrio, circulatrio, muscular,

    esqueltico, nervoso, reprodutivo (masculino e feminino) e digestivo;

    3) Definir as cavidades do corpo humano com seus componentes; 4) Listar o nome dos principais ossos do sistema esqueltico; 5) Descrever a coluna vertebral.

    Quando a preveno falha o acidente acontece

    CBMSC

    Instrutor: _______________________________________________

    Assistente: _____________________________________________

    Aluno: ________________________________________________

    Tempo previsto para a lio: 4 h/a

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    CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SANTA CATARINA MP 15

    1. ATENDIMENTO PR-HOSPITALAR

    1.1 Noes Bsica de Anatomia e Fisiologia (Corpo Humano)

    Termos utilizados no APH

    Durante todo seu estudo voc ir se deparar com termos novos que so de uso comum no

    atendimento pr-hospitalar. Alguns por si s j se fazem compreender como, por exemplo,

    Presso Alta, outros como necessitar de pesquisa ou auxlio do instrutor para melhor compreenso como diaforese. Aproveite e pesquise o que significa esse termo! Significado de Diaforese: o mesmo que sudorese, suor intenso.

    Anote outros termos

    Ocorrncia:

    Socorrista:

    Omisso de socorro:

    Negligncia:

    Imprudncia:

    Impercia:

    Consentimento implcito:

    Consentimento explcito:

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    CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SANTA CATARINA MP 16

    Resumo das Funes Geais dos Sistemas do Corpo Humano

    Sistema Circulatrio

    Movimenta o sangue, transporta o oxignio e nutrientes para as clulas do corpo, remove

    os resduos e o dixido de carbono das clulas.

    O sistema circulatrio composto por _______________ (veias, artrias e capilares) _______ e

    ________.

    Sistema Respiratrio

    Promove a troca de ar, introduzindo o oxignio e expelindo o dixido de carbono. Este

    oxignio deslocado para o sangue, enquanto o dixido de carbono removido. O sistema

    respiratrio e o sistema circulatrio so intimamentes ligados, pois o sangue que leva o

    oxignio at as clulas e capta o gs carbnico para lev-lo at o pulmo a fim de realizar a troca

    por oxignio e trocar por gs carbnico nas clulas novamente.

    O sistema respiratrio composto pelas __________________ e _________.

  • CURSO AVANADO DE ATENDIMENTO A EMERGNCIAS - CAAE MANUAL DO PARTICIPANTE

    CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SANTA CATARINA MP 17

    Sendo estas compostas basicamente por:

    Vias areas superiores: cavidade oral, lngua, faringe, laringe e parte da traqueia; Vias areas inferiores: parte da traqueia, brnquios e bronquolos.

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    CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SANTA CATARINA MP 18

    Sistema Musculoesqueltico

    O Esqueleto

    O sistema esqueltico composto de ______ e __________.

    Conceito de Cartilagem: uma forma elstica de

    tecido conectivo semirrgido forma partes do esqueleto nas quais ocorre movimento. A cartilagem no possui suprimento

    sanguneo prprio; consequentemente, suas clulas obtm

    oxignio e nutrientes por difuso de longo alcance.

    Conceito de Ossos: Ossos so rgos esbranquiados, muito duros, que se unindo aos

    outros, por intermdio das junturas ou articulaes constituem o esqueleto. uma forma

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    CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SANTA CATARINA MP 19

    especializada de tecido conjuntivo cuja principal caracterstica a mineralizao (clcio) de sua

    matriz ssea (fibras colgenas e proteoglicanas).

    O osso um tecido vivo, complexo e dinmico. Uma forma slida de tecido conjuntivo,

    altamente especializado que forma a maior parte do esqueleto e o principal tecido de apoio do

    corpo. O tecido sseo participa de um contnuo processo de remodelamento dinmico,

    produzindo osso novo e degradando osso velho.

    O osso formado por vrios tecidos diferentes: tecido ______, ________________,

    conjuntivo denso, epitelial, adiposo, nervoso e vrios tecidos formadores de sangue.

    Funes do Sistema Esqueltico:

    - __________________________________ (apoio para o corpo) - __________________________________ (corao, pulmes, crebro). - __________________________________ (movimentao) - __________________________________ (clcio, por exemplo). - __________________________________ (suprimento contnuo de clulas sanguneas

    novas)

    Nmero de Ossos do Corpo Humano:

    clssico admitir o nmero de 206 ossos.

    Cabea = 22

    Crnio = 08

    Face = 14

    Pescoo = 8

    Trax = 37

    24 costelas

    12 vrtebras

    1 esterno

    Abdmen = 7

    5 vrtebras lombares

    1 sacro

    1 cccix

    Membro Superior = 32

    Cintura Escapular = 2

    Brao = 1

    Antebrao = 2

    Mo = 27

    Membro Inferior = 31

    Cintura Plvica = 1

    Coxa = 1

    Joelho = 1

    Perna = 2

    P = 26

    Ossculos do Ouvido Mdio = 3

    Diviso do Esqueleto

    Esqueleto Axial Composta pelos ossos da _______, _______ e do _______. Esqueleto Apendicular Composta pelos membros _________ e _________. A unio do esqueleto axial com o apendicular se faz por meio das cinturas ________ e

    _________.

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    Crnio

    O crnio possui duas divises principais: caixa enceflica (crnio propriamente dito):

    composto por 8 ossos ________ e irregulares que se fundem formando a cobertura que protege o

    encfalo. Face: composta por 14(quatorze) _______ que se fundem para dar sua forma.

    Coluna vertebral

    A coluna vertebral uma estrutura ssea central, composta de 33(trinta e trs)

    _________, dividida em cinco regies:

    Coluna cervical (pescoo): composta de ____________ vrtebras; Coluna torcica (parte superior do dorso): composta de ____________ vrtebras; Coluna lombar (parte inferior do dorso): composta de ____________ vrtebras; Coluna sacral (parte da pelve): composta de ____________ vrtebras; Coluna coccgea (cccix ou cauda): composta de ____________ vrtebras.

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    Os msculos

    Conceito de Msculos:

    So estruturas individualizadas que cruzam uma ou mais articulaes e pela sua

    contrao so capazes de transmitir-lhes movimento. Este efetuado por clulas especializadas

    denominadas fibras musculares, cuja energia latente ou pode ser controlada pelo sistema

    nervoso. Os msculos so capazes de transformar energia qumica em energia mecnica.

    O msculo vivo de cor vermelha. Essa colorao denota a existncia de pigmentos e de

    grande quantidade de sangue nas fibras musculares.

    Os msculos representam 40-50% do peso corporal total.

    Funes dos Msculos:

    a) Produo dos __________________: Movimentos globais do corpo, como andar e

    correr.

    b) Estabilizao das __________________: a contrao dos msculos esquelticos

    estabilizam as articulaes e participam da manuteno das posies corporais, como a de ficar

    em p ou sentar.

    c) Regulao do __________________: a contrao sustentada das faixas anelares dos

    msculos lisos (esfncteres) pode impedir a sada do contedo de um rgo oco.

    d) Movimento de __________________: as contraes dos msculos lisos das paredes

    vasos sanguneos regulam a intensidade do fluxo. Os msculos lisos tambm podem mover

    alimentos, urina e gametas do sistema reprodutivo. Os msculos esquelticos promovem o fluxo

    de linfa e o retorno do sangue para o corao.

    e) _________________: quando o tecido muscular se contrai ele produz calor e grande

    parte desse calor liberado pelo msculo usada na manuteno da temperatura corporal.

    Sistema reprodutor

    O sistema reprodutor humano fica localizado na cavidade plvica.

    Encontramos na espcie humana diferenas anatmicas sexuais entre homem e mulher que so

    muito relevantes para a procriao da espcie. A clula reprodutora masculina recebe o nome de

    espermatozoide e a clula feminina conhecida como vulo.

    Tanto o espermatozoide como o vulo caracteriza-se por apresentar somente a metade do

    nmero de cromossomos encontrados normalmente nas clulas que constituem o corpo humano.

    Todas as diferenas anatmicas e sentimentais experimentadas pelo homem e pela mulher

    so provenientes dos hormnios sexuais, que tambm so diferentes em ambos os sexos.

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    No homem atua a testosterona e na mulher a progesterona e o estrogeno. Tambm na

    mulher h o ciclo menstrual onde h aproximadamente cada 28 dias ela perde aproximadamente

    20 a 80 ml de sangue atravs da vagina. Hemorragia natural designada de metrorragia.

    Sistema nervoso

    Funes

    Colher informaes do meio externo e interno e transform-las em estmulos; Controlar e coordenar as funes de todos os sistemas do organismo.

    Diviso

    Sistema Nervoso Central SNC O sistema nervoso central uma poro de

    recepo de estmulos, de comando e

    desencadeadora de respostas. A poro perifrica

    est constituda pelas vias que conduzem os

    estmulos ao sistema nervoso central ou que levam

    at aos rgos, as ordens emanadas da poro

    central. Pode-se dizer que o SNC constitudo por

    estruturas que se localizam no esqueleto axial

    (___________ __________ e __________): a

    medula espinhal e o encfalo.

    Sistema Nervoso Perifrico SNP O sistema nervoso perifrico compreende os

    nervos cranianos e espinhais, os gnglios e as

    terminaes nervosas.

    Sistema Nervoso Visceral SNV: O sistema nervoso visceral relaciona o indivduo com o meio interno, compreendendo fibras sensitivas (aferente) interoceptores e motoras (eferente) msculo liso e gnglios. A este ltimo, est relacionado o sistema nervoso autnomo (SNA), ou

    involuntrio, constitudo apenas da parte motora do SNV.

    Sistema Nervoso Somtico SNS: O sistema nervoso somtico relaciona o indivduo com o meio externo, compreendendo fibras sensitivas (aferente) exteroceptores e motoras

    (eferente) msculo estriado esqueltico.

    Sistema nervoso central

    Meninges: O encfalo e a medula espinhal so envolvidos e protegidos por lminas (ou

    membranas) de tecido conjuntivo chamado em conjunto, de meninges. Estas lminas so de fora

    para dentro: dura-mter, aracnoide e pia-mter.

    O Sistema Nervoso Central SNC dividido anatomicamente em:

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    __________: Poro do sistema nervoso central localizado na caixa craniana e que

    compreende o crebro, o cerebelo e o tronco enceflico.

    _________________: a continuao direta do encfalo, localizada dentro do canal

    vertebral. A medula espinhal tem papel fundamental na recepo de estmulos sensitivos e

    retransmisso de impulsos motores. Todos os centros importantes do encfalo so conectados

    atravs de longos feixes nervosos, diretamente aos rgos ou msculos que controlam. Estes

    feixes se unem formando a medula espinhal, transmitindo mensagens entre o encfalo e o

    sistema nervoso perifrico. Estas mensagens so passadas ao longo do nervo sob a forma de

    impulsos eltricos. Da base do crnio, a medula se estende pelo tronco at o nvel da primeira ou

    segunda vrtebra lombar. Na poro final da medula localizam-se nervos espinhais que formam

    uma espcie de cabeleira nervosa, comparada cauda equina. ___________: Constitui a parte mais importante do encfalo, localiza-se na caixa

    craniana, centro da conscincia. As funes do crebro normal incluem a percepo de ns

    mesmos e do ambiente ao nosso redor, controla nossas reaes em relao ao meio ambiente,

    respostas emocionais, raciocnio, julgamento e todas as nuances que formam a conscincia, as

    sensaes e origem dos movimentos, compreendendo o telencfalo e o diencfalo.

    Cerebelo: Possui a funo de determinar o _____________________ e sua orientao no

    espao, bem como, a regulao do tnus muscular e a coordenao das atividades motoras do

    organismo.

    Tronco enceflico: Parte do encfalo que une a medula espinhal aos hemisfrios

    cerebrais e por onde transitam todas as grandes vias sensitivas e motoras.

    Telencfalo: O telencfalo a poro mais anterior e mais desenvolvida do crebro,

    ocupa a maior parte da cavidade craniana e envolvido pelas meninges, sendo o segmento mais

    desenvolvido do encfalo humano. Nele encontra-se o crtex cerebral que uma lmina

    cinzenta, de espessura varivel e que constitui a superfcie do hemisfrio cerebral.

    Diencfalo: um dos principais centros receptores de impulsos eltricos oriundos das

    vias perifricas, possui volumosos ncleos cinzentos.

    Mesencfalo: Protuberncia que constitui o ponto de juno do crebro, do cerebelo e da

    medula espinhal. Comunica-se com o crebro atravs de fibras nervosas encarregadas de

    conduzir estmulos oculares, visuais, acsticos e outros.

    Ponte: Localizada na parte mediana do tronco enceflico, formada por agrupamentos

    de fibras e clulas nervosas. A Ponte possui trs pares de nervos responsveis pela inervao dos

    msculos que movimentam os olhos para os lados, dos msculos mmicos da face, das glndulas

    salivares e lacrimais, e conduz sensaes de paladar captadas na lngua.

    Bulbo: Poro inferior do tronco enceflico no sentido craniocaudal, sendo que o grande

    forame (forame magno) constitui o limite convencional com a medula espinhal. Possui feixes de

    fibras motoras que comandam os movimentos dos msculos voluntrios. Essas fibras dirigem-se,

    paralelamente, at o forame occipital, onde trocam de lado. No resto do percurso, caminham do

    lado oposto quele em que estavam originalmente. Este cruzamento de fibras faz com que as

    ordens emitidas, a partir do hemisfrio cerebral direito, sejam transmitidas ao lado esquerdas do

    corpo e vice-versa. Por isso, acidentes que lesem o lado esquerdo da cabea provocam, em geral,

    paralisia do lado direito. Alm disso, no bulbo, localizam-se dois centros vitais, encarregados de

    controlar a respirao e o funcionamento vasomotor. Um tiro que atinja o bulbo mata

    instantaneamente. A presso sangunea cai de forma to acentuada que no permite mais a

    irrigao dos diversos rgos. Com a leso do bulbo, so cortados os impulsos que controlam o

    funcionamento dos vasos sanguneos e dos pulmes.

    Sistema nervoso perifrico

    O Sistema Nervoso Perifrico SNP dividido anatomicamente em:

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    Nervos: So cordes esbranquiados formados por fibras nervosas unidas por tecido conjuntivo,

    tendo como funo conduzir impulsos ao SNC e tambm conduzi-los do SNC ao perifrico.

    Distinguem-se dois grupos, os nervos cranianos e os espinhais.

    Nervos cranianos: So 12 pares de nervos que fazem conexo com o encfalo. A maioria deles

    (10) originam-se no tronco enceflico. Alm do seu nome, os nervos cranianos so tambm

    denominados por nmeros em sequncia craniocaudal.

    Nervos espinhais: Os 31 pares de nervos espinhais mantm conexo com a medula e

    abandonam a coluna vertebral atravs de forames intervertebrais. A coluna pode ser dividida em

    pores cervical, torcica, lombar, sacral e coccgea. Da mesma maneira, reconhecemos nervos

    espinhais que so cervicais, torcicos, lombares, sacrais e coccgeos.

    Sistema digestrio

    O trato digestrio e os rgos anexos constituem o sistema digestrio. O trato digestrio

    ____________ que se estende da cavidade bucal ao nus, sendo tambm chamado de canal

    alimentar ou trato gastrintestinal. As estruturas do trato digestrio incluem:

    ___________________________________________________________________________.

    O comprimento do trato gastrintestinal, medido no cadver, de cerca de 9m. Na pessoa

    viva menor porque os msculos ao longo das paredes dos rgos do trato gastrintestinal

    mantm o tnus.

    Os rgos digestrio acessrios so os dentes, a lngua, as glndulas salivares, o fgado,

    vescula biliar e o pncreas. Os dentes auxiliam no rompimento fsico do alimento e a lngua

    auxilia na mastigao e na deglutio. Os outros rgos digestrios acessrios, nunca entram em

    contato direto com o alimento. Produzem ou armazenam secrees que passam para o trato

    gastrintestinal e auxiliam na decomposio qumica do alimento.

    O trato gastro intestinal um tubo longo e sinuoso de 10 a 12 metros de comprimento

    desde a extremidade ceflica (cavidade oral) at a caudal (nus).

    Funes

    Destina-se ao aproveitamento pelo organismo, de substncias estranhas ditas alimentares, que asseguram a manuteno de seus processos vitais.

    Transformao mecnica e qumica das macromlculas alimentares ingeridas (protenas, carbohidratos, etc.) em molculas de tamanhos e formas adequadas para serem

    absorvidas pelo intestino.

    Transporte de alimentos digeridos, gua e sais minerais da luz intestinal para os capilares sanguneos da mucosa do intestino.

    Eliminao de resduos alimentares no digeridos e no absorvidos juntamente com restos de clulas descamadas da parte do trato gastro intestinal e substncias secretadas

    na luz do intestino.

    Fases

    ____________: Desintegrao parcial dos alimentos, processo mecnico e qumico.

    ____________: Conduo dos alimentos atravs da faringe para o esfago.

    ____________: Introduo do alimento no estmago.

    ____________: Desdobramento do alimento em molculas mais simples.

    ____________: Processo realizado pelos intestinos.

    ____________: Eliminao de substncias no digeridas do trato gastro intestinais.

    Noes de anatomia humana

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    CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SANTA CATARINA MP 25

    Posio anatmica

    Posio Anatmica a posio padronizada de descrio do

    organismo, empregando-se os termos de posio e direo.

    O corpo humano dever estar em:

    em posio ortosttica;

    com a face voltada para frente;

    com o olhar dirigido para o horizonte;

    com os membros superiores estendidos ao longo do tronco;

    com as palmas voltadas para frente;

    com os membros inferiores unidos.

    Diviso do corpo humano e planos anatmicos

    O corpo humano dividido em:

    Cabea;

    Pescoo;

    Tronco; e

    Membros.

    Nos membros empregam-se termos

    especiais de posio

    Proximal: situado mais prximo raiz do membro;

    Mdio: situado entre proximal e distal; e

    Distal: situado mais distante da raiz do membro.

    Alm desta diviso, para identificar as

    partes do corpo humano, so definidos como

    Planos Anatmicos:

    Plano mediano: direito e esquerdo;

    Plano transversal: superior e inferior;

    Plano frontal: anterior (ventral) e posterior (dorsal).

    Quadrantes abdominais

    Divide-se o abdmen em quatro para avaliar possveis leses internas. Podemos referir a

    eles como Quadrante superior esquerdo e direito e quadrante inferior esquerdo e direito. Ou nos

    referimos como 1, 2, 3 ou 4 quadrante, em sentido horrio. Observe a figura:

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    CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SANTA CATARINA MP 26

    QSD

    Maior parte do fgado

    Vescula biliar

    Parte do intestino

    delgado

    Parte do intestino grosso

    Parte do pncreas

    Parte do estmago

    QSE

    Bao

    Maior parte do estmago

    Parte do intestino grosso

    Parte do intestino

    delgado

    Parte do pncreas

    Parte do fgado

    QID

    Apndice

    Parte do intestino

    delgado

    Parte do intestino grosso

    Parte do ovrio (mulher)

    QIE

    Parte do intestino grosso

    Parte do intestino

    delgado

    Parte do ovrio (mulher)

    Cavidades do corpo humano e seus componentes

    O corpo humano possui 5 cavidades. As cavidades tm por objetivo alojar e proteger os

    rgos vitais. As cinco cavidades so:

    1. Cavidade _____________; 2. Cavidade _____________; 3. Cavidade _____________; 4. Cavidade _____________; e 5. Cavidade _____________.

    Pulsos palpveis

    Cabea e pescoo

    Membros inferiores e superiores

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    CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SANTA CATARINA MP 27

    Mdulo I - Unidade Didtica 2

    Princpios Bsicos de Biossegurana (Segurana do Socorrista)

    Objetivos:

    Ao final desta lio, os participantes sero capazes de:

    1) Conceituar Biossegurana.

    2) Conceituar Doenas infectocontagiosas;

    3) Listar os principais EPIs utilizados pelos socorristas;

    4) Citar e enumerar as principais enfermidades infecciosas a qual o socorrista est sujeito e

    os meios de transmisso no ambiente pr-hospitalar;

    Quando a preveno falha o acidente acontece

    CBMSC

    Instrutor: _______________________________________________

    Assistente: _____________________________________________

    Aluno: ________________________________________________

    Tempo previsto para a lio: 1 h/a

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    CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SANTA CATARINA MP 28

    1.2 Princpios bsicos de biossegurana (segurana do socorrista)

    Biossegurana

    o conjunto de aes voltadas para a preveno, minimizao ou eliminao de riscos

    inerentes s atividades de pesquisa, produo, ensino, desenvolvimento tecnolgico e prestao

    de servios, que pode comprometer a sade do homem, dos animais, do meio ambiente ou a

    qualidade dos trabalhos desenvolvidos.

    O servio pr-hospitalar, devido sua peculiaridade, faz com que o socorrista fique muito

    exposto a riscos, entre eles o biolgico. Por isso, necessria a utilizao rigorosa dos

    Equipamentos de Proteo Individual (EPIs): luva de ltex ou de vinil, culos protetor, mscara

    facial e coletes. Estas normas devem ser seguidas, para diminuir os riscos pelos quais o

    socorrista est exposto.

    Doenas infectocontagiosas

    So enfermidades causadas por micro-organismos patognicos (bactrias, vrus ou

    parasitas) que so transmitidas a outra pessoa atravs da gua, alimentos, ar, sangue, fezes,

    fludos corporais (saliva, muco ou vmito) ou ainda pela picada de insetos transmissores de

    doenas.

    Principais EPIs utilizados pelos socorristas

    __________________;

    __________________;

    __________________;

    __________________

    Saiba mais

    Coloque aqui as definies de cada equipamento:

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    CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SANTA CATARINA MP 29

    luvas descartveis:.

    culos de proteo:

    mascaras faciais:

    colete:

    Principais enfermidades infecciosas

    Em ambiente pr-hospitalar

    Dentre as enfermidades mais comuns encontram-se: AIDS, hepatite, tuberculose,

    meningite, gripe, entre outras.

    Meios de Transmisso

    Pelas mos at a boca, nariz, olhos ou feridas na pele;

    Por objetos ou roupas contaminadas, em contato com a boca, nariz, olhos ou ferimentos

    na pele;

    Por acidentes com perfuro cortantes.

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    CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SANTA CATARINA MP 30

    Mdulo I - Unidade Didtica 3

    Sinais Vitais, Prtica e Verificao

    Objetivos:

    Ao final desta lio, os participantes sero capazes de:

    1) Definir sinais/sintomas.

    2) Listar os sinais diagnsticos.

    3) Demonstrar o uso correto dos principais equipamentos utilizados para aferio dos sinais

    vitais.

    4) Executar de forma correta a aferio FR e FC e a qualidade de cada.

    5) Definir as principais alteraes pupilares.

    Quando a preveno falha o acidente acontece

    CBMSC

    Instrutor: _______________________________________________

    Assistente: _____________________________________________

    Aluno: ________________________________________________

    Tempo previsto para a lio: 2 h/a

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    CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SANTA CATARINA MP 31

    1.3 Sinais vitais: prtica e verificao

    Sinais e sintomas

    A avaliao dos sinais e sintomas ajuda o socorrista a definir a suspeita das leses ou

    emergncia mdica que acomete a vtima.

    Sinal: tudo o que possvel verificar, aferir, medir, mesurar.

    Ex.: palidez, diaforese, cianose, mese.

    Sintoma: tudo o que descrito pelo paciente, que no pode ser verificado, medido,

    mensurado, aferido.

    Ex.: dor, enjoo, tontura, astenia.

    Idades referenciais para APH

    No APH classificamos as pessoas conforme as idades da seguinte forma:

    Adulto: maior que 8 anos;

    Criana: entre 1 ano e 8 anos;

    Lactente: do nascimento at 1 ano.

    Essa diviso feita para facilitar o atendimento pr-hospitalar para cada faixa etria.

    Considerando as diferenas fisiolgicas e anatmicas em cada uma das faixas etrias que

    existem tcnicas diferenciadas em algumas situaes, como por exemplo, no RCP e OVACE e

    uso do DEA. (LBS da NSC, 2007).

    Sinais vitais e suas referncias

    Os quatro sinais vitais so:

    temperatura corporal;

    pulso;

    respirao; e

    presso arterial.

    Para cada faixa etria temos referencias diferentes, observe:

    Temperatura corporal

    A temperatura corporal de 36,5 37C para todas as idades.

    Podemos aferir tambm a temperatura relativa da pele, que pode se apresentar fria, normal ou

    quente. Essa aferio se faz com o dorso da mo na regio frontal da cabea (testa).

    PULSO (bpm batimentos por minuto)

    Adulto: ___________;

    Criana: 60 a 140 bpm;

    Lactente: 100 a 190 bpm.

    O pulso ideal para de aferir os batimentos cardacos de um adulto e criana o pulso

    radial (punho). Em um lactente o braquial (prximo axila).

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    CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SANTA CATARINA MP 32

    RESPIRAO (frm frequncia respiratria por minuto)

    Adulto: __________;

    Criana: 15 a 30 frm;

    Lactente: 25 a 50 frm.

    PRESSO ARTERIAL (mmHg milmetros de mercrio)

    ADULTO

    Sistlica mxima 150 mmHg e mnima 100 mmHg Diastlica mxima 90 mmHg e mnima 60 mmHg

    A PA de um adulto ideal 120x80 mmHg

    Recomendado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia

    IMPORTANTE

    - No APH no se afere PA em criana menor de 2 anos.

    - Numa situao de emergncia as pessoas sofrem abalo emocional que pode alterar a PA.

    - A PA no algo que se manifesta da mesma forma em todas as pessoas. Algumas pessoas no

    apresentam PA 120x80 mmHg e considerado normal. Cada um tem um padro de PA diferente

    que aceitvel dentro dos limites estabelecidos.

    Sinais diagnsticos e suas referncias

    Sinais diagnsticos so utilizados para ajudar a confirmar alguma suspeita de leso ou

    emergncia mdica. Os trs sinais diagnsticos so:

    a) pupila; b) colorao da pele; e c) perfuso sangunea.

    Pupilas

    Isocoria: iguais;

    Anisocoria: desiguais;

    Midrase: dilatadas;

    Miose: contradas;

    Fotorreagentes: quando h atividade cerebral a pupila reage luz, contraindo na presena

    e dilatando na ausncia de luz.

    Colorao da pele

    A pele pode apresentar-se: normal, plida, avermelhada, ciantica.

    Perfuso sangunea

  • CURSO AVANADO DE ATENDIMENTO A EMERGNCIAS - CAAE MANUAL DO PARTICIPANTE

    CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SANTA CATARINA MP 33

    Perfuso sangunea a circulao presente nas extremidades. Quando um trauma ou

    emergncia mdica acomete uma pessoa, essa perfuso pode diminuir por vrios motivos. Sendo

    assim, a perfuso sangunea avaliada pressionando o dedo, a extremidade perde a colorao,

    que dever retornar de 2 a 3 segundos para ser considerada normal. Se demorar, a voltar, pode

    ser uma indicao de que h uma falha na circulao sangunea.

    Equipamentos para avaliao do paciente

    Lanterna pupilar:

    Esfigmomanmetro;

    Estetoscpio;

    Oxmetro de dedo.

  • CURSO AVANADO DE ATENDIMENTO A EMERGNCIAS - CAAE MANUAL DO PARTICIPANTE

    CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SANTA CATARINA MP 34

    Avaliao da lio

    1. Atividade terica

    Preencha as lacunas com as idades referencias para APH.

    Lactente: ________________________;

    Criana: ________________________;

    Adulto: ________________________;

    2. Cite os quatro sinais vitais e os trs sinais diagnsticos.

    Sinais vitais:

    ___________________;

    ___________________;

    ___________________; e

    ___________________;

    Sinais diagnsticos:

    ___________________;

    ___________________;

    ___________________;

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    CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SANTA CATARINA MP 35

    3. Atividade prtica

    Formao de duplas; Orientaes do instrutor; Avaliao dos sinais vitais e diagnsticos; Anotao na planilha.

    Nome socorrista: ____________________________________________

    Nome paciente: ______________________________ Idade: __________________

    Temperatura corporal ou relativa da pele

    Pulso

    Respirao

    Presso arterial

    Perfuso sangunea

    Colorao da pele

    Pupilas*

    * Pupilas:

    anisocricas ou isocricas mitica, midritica ou normal; fotorreagente ou no fotorreagente;

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    CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SANTA CATARINA MP 36

    Mdulo I - Unidade Didtica 4

    Avaliao do Paciente

    Objetivos:

    Ao final desta lio, os participantes sero capazes de:

    1) Avaliao geral do paciente dimensionamento da cena;

    2) Avaliao inicial;

    3) Avaliao dirigida;

    4) Avaliao detalhada;

    5) Avaliao continuada;

    6) Mensurao e colocao do colar cervical;

    Quando a preveno falha o acidente acontece

    CBMSC

    Instrutor: _______________________________________________

    Assistente: _____________________________________________

    Aluno: ________________________________________________

    Tempo previsto para a lio: 4 h/a

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    1.4 Avaliao do paciente

    Avaliao geral do paciente

    Para realizarmos a avaliao de um paciente devemos observar uma sequncia de

    procedimentos que ajudam o socorrista a tomar decises em relao s prioridades em cada caso.

    Essa sequencia foi dividida em cinco etapas, onde mostra claramente o que fazer em cada

    uma delas. Temos que salientar que cada caso nico, sendo assim um atendimento nunca ser

    igual ao outro, mas essas sequncias nos guiam de forma a no pularmos passos durante um

    atendimento.

    As cinco fases da avaliao geral do paciente so:

    1) Avaliao da cena; 2) Avaliao inicial; 3) Avaliao dirigida; 4) Avaliao detalhada; 5) Avaliao continuada.

    Avaliao da cena

    Na avaliao da cena o socorrista deve ter uma viso ampla da cena para poder identificar

    caractersticas da cena. Essa etapa da avaliao geral geralmente rpida, e quando no h

    gerenciamento de risco, no compromete mais que 30 segundos. Avaliar a cena o mesmo que

    dimensionar a cena que consiste na observao dos seguintes aspectos:

    Confirmar a solicitao

    Muitas vezes o ocorrido no condiz com a situao real.

    Ex.: o SEM acionado para atender um desmaio, e no local encontra uma PCR.

    Identificar o tipo de situao

    A situao se trata de um trauma ou emergncia mdica;

    Observar dos mecanismos de trauma

    Em uma ocorrncia de trauma, para podermos determinar as suspeitas de leses das

    vtimas envolvidas, devemos imaginar como o trauma aconteceu e, com isso imaginar onde se

    encontrar as possveis leses.

    Avaliar riscos potenciais:

    Riscos que a cena pode produzir para o socorrista, vtimas e terceiros;

    Gerenciar os riscos:

    Tomar atitudes que minimizam os riscos;

    Ex.: Em acidente de transito, acionar a PM para controle do trnsito, estabilizar veculos

    antes de atender pacientes que esto dentro do veculo, etc.

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    Checar nmero de vtimas

    Saber quantas vtimas tem na cena de emergncia;

    Checar necessidade de recursos adicionais

    Solicitar os recursos adicionais se faz necessrio;

    Ex.: apoio da Celesc, em caso risco com energia, PM em caso de controle do trnsito, etc.

    Colocao de EPI

    Colocar todos os EPIs necessrios antes de abordar a vtima.

    Avaliao inicial

    A avaliao inicial tambm chamada de avaliao primria, nessa etapa da avaliao

    que o socorrista tem o primeiro contato com a vtima. Aps toda a avaliao da cena o socorrista

    se dirige vtima e deve:

    Formar a impresso geral do paciente

    Verifica a posio do paciente, qualquer

    deformidade maior ou leso bvia e qualquer sinal ou

    sintoma indicativo de emergncia clnica.

    Ex.: Paciente dentro do veculo, sentado com a

    cabea sobre o volante, de olhos fechados.

    Apresentar-se como socorrista

    O socorrista deve se apresentar falando o nome, informando que socorrista e pedindo

    consentimento para atender.

    AVDI

    Para avaliar o nvel de conscincia, usamos a tcnica AVDI.

    A o paciente est alerta? V responde a estmulo verbal? D responde a estmulo doloroso? I determina inconscincia.

    Devem-se seguir os passos descritos acima para determinar a inconscincia.

    SBV

    Oferecer o Suporte bsico da vida, atravs do ABC da vida.

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    Abertura das vias areas: hiperextenso da cervical para casos clnicos e trao

    mandibular para casos traumticos. A colocao do colar cervical adequada garante

    permeabilidade das VA.

    VOS: para avaliar a respirao utilizamos a tcnica VOS.

    V Ver o movimento torcico; O ouvir a respirao; S Sentir a respirao;

    Para realizar esse procedimento o socorrista deve aproximar o ouvido at face e voltar o

    olhar para o trax do paciente.

    Verificao de presena de pulso: no caso de ausncia de respirao deve-se pesquisar

    presena de pulso, de preferencia no ponto carotdeo.

    Colocao do colar cervical

    Em caso traumtico a colocao do colar se faz nessa fase da avaliao. Em caso clnico

    o uso do colar dispensado.

    Oxigenioterapia

    A saturao mostra a quantidade de oxignio presente no sangue. A saturao normal

    deve estar entre 90% e 100%. O oxmetro o aparelho que mostra esta porcentagem. Alguns

    ainda mostram o pulso e o grfico do pulso.

    Pacientes que sofrem trauma ou caso clnico, podem apresentar uma deficincia na saturao.

    Portanto deve-se sempre ofertar oxignio em pacientes traumatizados e emergncias clnicas.

    Hemostasia de hemorragias visveis

    Ao realizar a impresso geral, o socorrista perceber hemorragias evidentes que devem

    ser contidas depois de realizada o ABC da vida.

    Escala CIPE

    Aps as avaliaes acima descritas, e com as informaes colhidas o socorrista deve

    decidir a prioridade de transporte do paciente, para isso utiliza-se da feramente CIPE. Veja:

    C Crtico: parada respiratria ou cardiorrespiratria; I Instvel: paciente inconsciente, com choque descompensado, dificuldade respiratria severa, com leso grave de cabea e/ou trax;

    P Potencialmente Instvel: paciente com choque compensado portador de leses isoladas importantes;

    E Estvel: paciente portador de leses menores e sinais vitais normais.

    Sabendo classificar o paciente, o socorrista deve observar que pacientes crticos e

    instveis devem ser tratados na cena de emergncia em no mximo 5 minutos. Os

    pacientes Potencialmente instveis e estveis em no mximo 12 minutos.

    Crtico e instvel: 3 a 5 minutos

    Potencialmente instvel e estvel: 10 a 12 minutos

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    CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SANTA CATARINA MP 40

    Avaliao dirigida

    a fase da avaliao onde o socorrista se dirige ao problema do paciente, realizando,

    ainda, mais algumas avaliaes, a fim de detectar problemas que ameacem a vida do paciente.

    dividida em trs fases: __________, ___________________, e __________________________.

    Entrevista

    Etapa da avaliao onde o socorrista conversa com o paciente buscando obter

    informaes dele prprio, de familiares ou de testemunhas, sobre o tipo de leso ou enfermidade

    existente e outros dados relevantes:

    1) Nome e idade (se menor, procure contatar com seus pais ou um adulto conhecido);

    2) O que aconteceu? (para identificar a natureza da leso ou doena)

    3) H quanto tempo isso aconteceu?

    4) Isso j ocorreu antes? (emergncia clnica)

    5) Voc tem algum problema de sade?

    6) Voc tem tomado algum remdio?

    7) Voc alrgico a alguma coisa?

    Exame rpido

    O exame rpido realizado conforme a queixa principal do paciente ou em todo

    segmento corporal, para descobrir leses e hemorragias no aparentes.

    Ex.: Dor no brao aps uma queda: se dirigir ao membro superior referido e avaliar

    aspecto fsico, motricidade, sensibilidade e realizar o procedimento adequado a suspeita

    (imobilizao em caso de fratura, curativos em caso de ferimento, etc.).

    Aferio dos sinais vitais

    Aferio do pulso, respirao, temperatura, PA. Avaliao das pupilas, temperatura

    relativa da pele, e perfuso sangunea. Avalia-se tambm capacidade de movimentao e reao

    dor.

    Para Fixar: Vamos relembrar as referncias:

    Adulto Criana Lactente

    Pulso

    respirao

    PA ideal Varia com a idade No se afere no APH

    Temperatura

    A capacidade de movimentao (motricidade) e reao dor (sensibilidade) utilizada

    para avaliar o quanto o membro lesionado foi afetado; realizada antes e depois da imobilizao.

    Tambm utilizado em casos de leso cerebral; nestes casos avalia-se a capacidade de

    movimentao e reao dor para obter resultados e para avaliar o nvel de conscincia. Para

    essa avaliao utilizamos a Escala de Glasgow.

    Avaliao fsica detalhada

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    CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SANTA CATARINA MP 41

    A avaliao fsica detalhada da cabea aos ps deve ser realizada pelo socorrista em cerca

    de 2 a 3 minutos. Tem como objetivo a identificao de problemas que no foram relatados pelo

    paciente (fraturas, pequenas hemorragias, ferimentos).

    O exame completo no precisa ser realizado em todos os pacientes, podendo ser realizado

    de forma limitada em pacientes que sofreram pequenos acidentes ou que possuem emergncias

    mdicas evidentes. Em casos onde o paciente crtico ou instvel o exame deve ser realizado

    dentro da ambulncia, ou se o percurso for pequeno e no der tempo, no h necessidade de faz-

    lo.

    Ao realizar o exame padronizado da cabea aos ps, o socorrista deve:

    1) Verificar a cabea (couro cabeludo) e a testa;

    2) Verificar a face do paciente. Inspecionar os olhos e as plpebras, o nariz, a boca, a

    mandbula e os ouvidos;

    3) Verificar a regio posterior, anterior e lateral do pescoo (antes da aplicao do colar

    cervical, ou seja, essa verificao feita na avaliao inicial);

    4) Inspecionar o ombro bilateralmente distal / proximal;

    5) Inspecionar as regies anterior e lateral do trax;

    6) Inspecionar o abdome em quatro quadrantes separadamente;

    7) Inspecionar as regies anterior e lateral da pelve e a regio genital;

    8) Inspecionar as extremidades inferiores (uma de cada vez). Pesquisar a presena de

    pulso distal, a capacidade de movimentao (motricidade), a perfuso e a sensibilidade;

    9) Inspecionar as extremidades superiores (uma de cada vez). Pesquisar a presena de

    pulso distal, a capacidade de movimentao (motricidade), a perfuso e a sensibilidade;

    10) Realizar o rolamento em monobloco e inspecionar a regio dorsal (essa avaliao

    feita na hora que se coloca a vtima na maca).

    Avaliao continuada

    A avaliao continuada o cuidado que se dispensa ao paciente durante o deslocamento

    at a unidade mdica. Consiste em avaliar constantemente da presena de conscincia, respirao

    e pulso e garantir a temperatura corporal e conforto ao paciente.

    Ou seja, aps a execuo de todas as etapas da avaliao geral, o socorrista deve se preocupar

    periodicamente em reavaliar o paciente at a sua entrega unidade mdica.

    Em pacientes crticos e instveis a reavaliao deve acontecer a cada 3 minutos e Em

    pacientes potencialmente instveis e estveis, de 15 em 15 minutos.

    Escala CIPE Avaliao Continuada

    Estvel e potencialmente instvel A cada 15 minutos

    Instvel e crtico A cada 3 minutos

    Mensurao do colar cervical

    Para a mensurao e colocao correta do colar deve-se seguir observar os seguintes

    aspectos:

    A vtima dever estar com a cabea em posio neutra; Verifique com seus dedos, a altura do pescoo que corresponde distncia entre uma

    linha imaginria que passa pela borda inferior da mandbula e outra que passa pelo ponto

    onde termina o pescoo e se inicia o ombro.

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    CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SANTA CATARINA MP 42

    importante salientar que o colar cervical:

    - imobiliza a cervical verticalmente, a imobilizao horizontal feita em maca com os coxins;

    - deve ser de tamanho adequado ao paciente; - no deve impedir a abertura da boca; - no deve obstruir ou dificultar ventilao; - se bem colocados auxiliam na permeabilidade das vias areas;

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    CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SANTA CATARINA MP 43

    Avaliao da lio

    Relacione as colunas mostrando em que fase do atendimento se realiza cada

    procedimento:

    1) Avaliao da cena; 2) Avaliao inicial; 3) Avaliao dirigida; 4) Avaliao detalhada; 5) Avaliao continuada.

    ( ) Hemostasia de hemorragias visveis

    ( ) Avaliao fsica detalhada da cabeo aos ps

    ( ) Oxigenioterapia

    ( ) Avaliar riscos potenciais

    ( ) Aferio dos sinais vitais

    ( ) Decidir prioridade de transporte (Escala CIPE)

    ( ) Confirmar a solicitao

    ( ) Entrevista

    ( ) Colocao de EPI

    ( ) Colocao do colar cervical

    ( ) Monitoramento do paciente durante o percurso

    ( ) Identificar o tipo de situao

    ( ) Oferecer o Suporte bsico da vida

    ( ) Checar nmero de vtimas

    ( ) Gerenciar os riscos

    ( ) Exame rpido

    ( ) AVDI

    ( ) Observar dos mecanismos de trauma

    ( ) Apresentar-se como socorrista

    ( ) Checar necessidade de recursos adicionais

    ( ) Formar a impresso geral do paciente

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    CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SANTA CATARINA MP 44

    Mdulo I - Unidade Didtica 5

    Parada Respiratria e Oxigenoterapia

    Objetivos:

    Ao final desta lio, os participantes sero capazes de:

    1) Revisar as principais partes do sistema respiratrio e fisiologia;

    2) Descrever o mecanismo da respirao e a importncia do O2 no organismo;

    3) Definir Parada Respiratria e listar suas causas;

    4) Conceituar OVACE e listar suas causas;

    5) Listar os sinais e sintomas de uma OVACE;

    6) Descrever o uso correto dos equipamento auxiliares utilizados para reanimao

    respiratria;

    7) Citar a importncia da oxigenoterapia, riscos, uso correto do gs e dos equipamentos.

    Quando a preveno falha o acidente acontece

    CBMSC

    Instrutor: _______________________________________________

    Assistente: _____________________________________________

    Aluno: ________________________________________________

    Tempo previsto para a lio: 3 h/a

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    CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SANTA CATARINA MP 45

    1.5 Parada respiratria e oxigenoterapia

    Suporte bsico da vida

    Suporte bsico da vida - corrente da sobrevivncia

    No momento em que nos deparamos com problemas que ameaam a vida em pouco

    tempo, iniciamos a avaliao do ABC da vida.

    A VIAS AREAS B RESPIRAO C PULSO

    Poderemos encontrar problemas relacionados permeabilidade das vias areas,

    respirao e pulso.

    As obstrues das vias areas podem ocorrer por objetos estranhos ou por fechamento da

    glote, que, no segundo caso, somente uma interveno invasiva ser eficaz. A respirao pode

    ser afetada pela impermeabilidade das vias areas ou uma parada sbita, de procedncia clnica

    ou traumtica. Por fim, a circulao pode ser afetada pela parada sbita do corao por diversos

    motivos.

    De qualquer forma, vias areas, respirao e circulao esto diretamente ligadas umas s

    outras, tendo que ser lembradas sempre como um mecanismo s.

    Nesse sentido destaca-se a corrente da sobrevivncia:

    Corrente da sobrevivncia um conceito criado pela Citizen CPR Foundation, a fim de

    identificar rapidamente a parada cardaca, iniciar o procedimentos de RCP, desfibrilar, obter

    atendimento mdico e fornecer atendimento ps RCP, todos com carter imediato. Segundo esta

    fundao, essa sequncia visa aumentar o ndice de sobrevida de pacientes com PCR.

    Mudanas recentes

    Em setembro de 2010 a Associao Americana do Corao (AHA American Heart Association) divulgou novas mudanas para o atendimento do suporte bsico da vida. Essas

    mudanas causaram muitas dvidas entre os profissionais da sade e de resgate, uma delas em

    relao sequncia ABC.

    Estudos mostraram que a tcnica protocolar ABC complexa, e quando utilizadas por

    pessoas leigas ou com pouco treino, no eram eficazes. Portanto a AHA mudou a sequncia

    ABC para CAB. O socorrista, ao encontrar um paciente no responsivo, ao invs de comear a

    avaliao pela abertura das vias areas, iniciaria pela verificao de pulso.

    Porm essa alterao compete somente aos leigos; no alterou a sequncia para o servio

    pr-hospitalar. Ou seja, mudou para quem presta os primeiros socorros, mas no para quem

    realiza o atendimento pr-hospitalar.

    TCNICAS DE SBV

  • CURSO AVANADO DE ATENDIMENTO A EMERGNCIAS - CAAE MANUAL DO PARTICIPANTE

    CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SANTA CATARINA MP 46

    Antes de iniciar o estudo das tcnicas para promover o suporte bsico da vida, deve-se

    lembrar de que, para o servio pr-hospitalar, teremos no mnimo trs tipos de pacientes:

    adultos: pessoas maiores que 8 anos; crianas; pessoas entre 1 ano e 8 anos; e lactentes: pessoas menores que 1 ano;

    e que para cada tipo de paciente existe uma tcnica diferente. Podemos encontrar tambm

    pacientes obesos e gestantes onde as tcnicas sofrem algumas alteraes.

    Alm do tipo de paciente temos outros fatores que influenciam na tcnica, como o nmero de

    socorristas e a qualificao (leigo ou treinado). Sendo assim, temos que ficar muito atentos nas

    diferenas para aplicar a tcnica certa para o paciente certo.

    Abertura das vias areas

    Hiperextenso cervical Abertura mandibular

    Casos clnicos Casos traumticos

    A abertura de vias areas deve ser feita conforme o tipo de situao. A manobra de

    hiperextenso da cervical s pode ser utilizada em casos clnicos e sem nenhuma suspeita de

    leso na cervical. A manobra de abertura mandibular utilizada quando o paciente foi vtima de

    trauma e em casos clnicos onde h suspeita de leso na cervical.

    VOS: ver, ouvir e sentir a respirao.

    V - Ver o movimento torcico;

    O - Ouvir a respirao;

    S - Sentir o ar saindo;

    Alm de detectar presena de respirao,

    essa tcnica permite que o socorrista tenha

    condies de avaliar a condio da respirao: se

    rpida ou lenta, profunda ou superficial e se o

    trax se expande lateralmente, ou de um lado s.

    Esses dados servem como sinais para identificar

    alguns tipos de leses e emergncias clnicas.

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    CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SANTA CATARINA MP 47

    CHECAGEM DAS VAs

    A checagem das vias areas feita em casos de

    obstruo ou quando o ar no passa nas tentativas de

    ventilaes. Consiste em ver e retirar objetos que estejam

    impedindo a passagem do ar aps a inconscincia do

    paciente.

    - Adulto: pina s cegas;

    - Criana: pina somente se visualizar o objeto;

    - lactente: pina com dedo mnimo somente se ver o

    objeto.

    VENTILAES

    As ventilaes devem durar 1,5 a 2 segundos.

    Boca a boca e nariz: Lactentes

    O socorrista deve selar sua boca na boca e nariz

    do lactente.

    BOCA A BOCA: CRIANAS E ADULTOS

    A boca do socorrista deve selar a boca do

    paciente e as narinas devem ser seladas com os dedos

    do socorrista em forma de pina para impedir a sada

    do ar pelo mesmo.

    BOCA MSCARA: TODOS

    A boca mscara permite que o socorrista

    e a vtima no tenham contato com a boca

    evitando contaminao de ambos. As mscaras

    tm tamanhos variados que se adaptam a cada

    idade de pacientes. Algumas possuem vlvula

    de entrada para O2, o que potencializa a

    eficcia da ventilao.

    USO DO AMBU E COLOCAO DA CNULA

    O Ambu um ventilador mecnico manual onde necessrio o uso da cnula a fim de

    evitar a obstruo das VA pelo relaxamento do msculo da lngua. A mensurao da cnula

    feita do canto da boca at o lbulo da orelha em adultos e crianas e do canto da boca at a

    mandbula do lactente. A cnula deve ser colocada em adulto com a extremidade contra o palato,

    girando-a em 180; criana e lactente com a extremidade contra a lngua, sem giro.

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    CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SANTA CATARINA MP 48

    VERIFICAO DE PULSO

    O pulso mais utilizado para verificao de PCR

    em adultos e crianas o carotdeo. Para verificar

    o pulso localize a cartilagem da tireoide e coloque

    a ponta dos dedos (indicador e mdio) ao lado

    deste ponto, deslize os dedos no sulco entre a

    traqueia e o msculo lateral do pescoo mais

    prximo a voc e sinta o pulso. Deve-se sempre

    verificar o pulso do mesmo lado que se est para

    no obstruir as VA.

    Em lactentes o pulso mais palpvel o braquial

    que achamos colocando dois dedos na regio

    medial interna pressionando contra o mero.

    Atividade de fixao - prtica

    Formar duplas e alternar os socorristas

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    CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SANTA CATARINA MP 49

    Sugesto de avaliao prtica de SBV

    Aluno: Avaliador:

    Tcnica: abertura de VA

    1 tentativa Clnico Traumtico

    Apto inapto apto inapto

    2 tentativa Clnico Traumtico

    Apto inapto apto inapto

    3 tentativa Clnico Traumtico

    Apto inapto apto inapto

    Aluno: Avaliador:

    Tcnica: VOS

    1 tentativa apto inapto

    2 tentativa apto inapto

    3 tentativa apto inapto

    Aluno: Avaliador:

    Tcnica: verificao de pulso

    1 tentativa Adulto ou criana lactente

    apto inapto apto inapto

    2 tentativa Adulto ou criana lactente

    apto inapto apto inapto

    3 tentativa Adulto ou criana lactente

    apto inapto apto inapto

    Pontuao:

  • CURSO AVANADO DE ATENDIMENTO A EMERGNCIAS - CAAE MANUAL DO PARTICIPANTE

    CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SANTA CATARINA MP 50

    Reviso do sistema respiratrio

    Promove a troca de ar,

    introduzindo o oxignio e expelindo o

    dixido de carbono. Este oxignio

    deslocado para o sangue, enquanto o

    dixido de carbono removido. O sistema

    respiratrio e o sistema circulatrio so

    intimamente ligados, pois o sangue que

    leva o oxignio at as clulas e capta o

    gs carbnico para lev-lo at o pulmo a

    fim de realizar a troca por oxignio e

    trocar por gs carbnico nas clulas

    novamente.

    O sistema respiratrio composto pelas vias areas inferiores e superiores. Sendo estas

    compostas basicamente por:

    - Vias areas superiores: cavidade oral, lngua, faringe, laringe e parte da traqueia;

    - Vias areas inferiores: parte da traqueia, brnquios e bronquolos.

    Fisiologia da respirao

    Inspirao

    Durante a inspirao o diafragma e os msculos intercostais se contraem. Quando o

    diafragma se contrai, movendo-se para baixo, aumentando a cavidade torcica. Quando os

    msculos intercostais se contraem, elevam as costelas e estas aes se combinam para aumentar

    a cavidade torcica em todas as dimenses, os pulmes so puxados com ela, que se expande.

    A presso area interna, menor que a externa, permite a entrada de ar pela traqueia

    enchendo os pulmes. O ar se mover de uma rea de maior presso para uma de menor presso,

    at tornarem-se equivalentes.

    Troca gasosa

    Com o pulmo cheio de ar oxigenado ocorre a troca gasosa. retirado do sangue que est

    nos capilares do pulmo o dixido de carbono e colocado o oxignio. Por isso no momento da

    inspirao o ar sai com menos oxignio e mais dixido de carbono.

    Expirao

    O diafragma e os msculos intercostais se relaxam e a cavidade torcica diminui de

    tamanho em todas as dimenses. medida que a cavidade torcica diminui, o ar nos pulmes

    pressionado em um espao menor, a presso interna aumenta e o ar empurrado atravs da

    traqueia para o exterior.

  • CURSO AVANADO DE ATENDIMENTO A EMERGNCIAS - CAAE MANUAL DO PARTICIPANTE

    CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SANTA CATARINA MP 51

    Importncia do oxignio no organismo

    O oxignio o combustvel que as clulas humanas utilizam para gerar energia. Sem ele

    elas morreriam. Quando elas utilizam o oxignio para gerar energia produzem como resduo o

    dixido de carbono que liberado na expirao.

    O ar atmosfrico contm cerca de 21% de oxignio. Quando respiramos no consumimos toda

    essa porcentagem. Inspiramos 21% e expiramos 16% de oxignio mais dixido de carbono.

    Pesquisa

    Procure saber o que significa o termo hipxia.

    O que acontece ao organismo quando h excesso de oxignio?

    O gs oxignio bastante txico, embora ele seja essencial para a manuteno da vida,

    por ser utilizado pelos organismos que obtm energia por meio da respirao aerbica. No

    entanto, a vida s possvel se a sua concentrao na atmosfera no exceder os atuais 21%. O

    oxignio altamente reativo e, nos organismos vivos, o seu excesso resulta em radicais livres

    que roubam eltrons de outros elementos, causando assim a sua oxidao. Isso provoca

    alteraes nos componentes celulares e, consequentemente, nos tecidos que constituem esse

    organismo, impossibilitando assim o seu funcionamento normal e a sua sobrevivncia.

    Obstruo de Vias Areas por Corpos Estranho - OVACE

    Definio de OVACE

    So obstrues de vias areas causadas por corpos estranhos. Podem ser totais,

    impedindo totalmente o ar de passar, ou podem ser parciais, quando permite uma pequena

    entrada e sada de ar.

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    CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SANTA CATARINA MP 52

    Causas de obstruo

    lngua (engolir a lngua); epiglote (devido a inspiraes sucessivas); corpo estranho (ex.: alimento); danos aos tecidos (ex.: ferimentos nas vias areas superiores);

    As obstrues que podem ser tratadas no atendimento pr-hospitalar so somente os

    causados por objetos que possam ser expelidos, ou seja, OVACE, obstruo de vias areas por

    corpos estranhos. Em uma obstruo clnica o socorrista fica limitado pois a interveno dever

    ser invasiva, procedimento para qual o socorrista no habilitado.

    Sinais de obstruo grave

    Sinal universal de asfixia; ----------------> Incapacidade para falar; Tosse fraca e ineficaz; Sons inspiratrios agudos ou ausentes; Dificuldade respiratria crescente; Pele ciantica; Em lactente agitao extrema dos braos e cabea.

    Tratamento para OVACE

    Existem tcnicas diferentes para tratar OVACE em adultos, crianas e lactentes.

    Para adultos e crianas utilizamos a Manobra de Heimlich. A manobra de Heimlich consiste em

    comprimir a regio abdominal do paciente com obstruo total ou parcial, na regio mdia dos

    quadrantes superiores, com o objetivo de expelir o objeto. Isso acontece pelo fato de que com a

    manobra a presso interna, que antes era menor que a externa, aumenta e impulsiona o objeto

    para fora, no sentido de maior presso para o de menor presso. Ou seja, aperta-se o estmago,

    empurrando o objeto para fora.

    A manobra de Heimlich utilizada em adultos e crianas, com diferena de mensurao

    no ponto de compresso e para pacientes conscientes e inconscientes.

    J para tratar OVACE em lactentes, a tcnica muda consideravelmente. Usam-se compresses

    torcicas e tapagens no trax posterior.

    Considerando que os lactentes so pacientes que sofrem engasgamento por substncias

    lquidas (leite materno, mistura de leite de vaca com farinha, etc.) essa tcnica permite mais

    eficcia no tratamento. H tambm muita dvida em relao compresso torcica, j que nem

    sempre o lactente estar em PCR. Porm a compresso torcica deve ser realizada em lactentes

    sem parada pelo fato de sua fisiologia ser diferenciada dos pacientes na idade infantil e adulta.

    Tcnicas para tratamento de OVACE

    Manobra de Heimlich

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    - PACIENTES CONSCIENTES -