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marIngá 2010 I n t e r n at I o n a l

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Dental PressI n t e r n a t I o n a l

2010

marIngá

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© 2010 by Dental Press Editora

Todos os direitos para a língua portuguesa reservados pela Dental Press Editora Ltda. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida, guardada pelo sistema “retrieval” ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, seja este eletrônico, mecânico, de fotocópia, de gravação, ou outros, sem prévia autorização, por escrito, da Editora. Conforme Lei de Direito Autoral no 9.610, de 19/02/98.

Coordenação GeralTeresa Rodrigues D´Aurea Furquim

Produção Editorial e RevisãoCabrera & Cabrera

IlustraçãoLúcio Marcio Molena

ColaboraçãoCarlos Alexandre VenancioFernando Truculo EvangelistaGildásio Oliveira Reis JúniorJunior BianchiRoberta Baltazar de OliveiraRonis Furquim

Dental Press InternationalAv. Euclides da Cunha, 1718 Zona 5, CEP 87015-180Maringá - Paraná44 3031-9818www.dentalpress.com.br

Orthológica Soluções Ortodônticas Lógicas / Carlos Alberto G. Cabrera, Marise de Castro Cabrera, Laura de Castro Cabrera. – – Maringá: Dental Press, 2010. 562 p. : il.; 22x31 cm.

Bibliografia: p. 561

ISBN 978-85-88020-55-9

1. Odontologia. 2. Ortodontia. 3. Planejamento. 4. Tratamento. I. Cabrera, Marise de Castro. II. Cabrera, Laura de Castro.

CDD 617.43

C238

Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)

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Nossos agradecimentos ao Prof. Dr. Omar Gabriel da Silva Filho pela colaboração na troca de informações quando este livro encontrava-se ainda em fase embrionária e ao Prof. Dr. Eduardo Sant´Ana pela troca de informações pertinentes às técnicas cirúrgicas.

Ao Departamento de Anatomia da Faculdade de Odontologia de Bauru - USP, na pessoa do seu responsável, Prof. Dr. João Lopes Toledo Filho e do técnico em anatomia humana Sr. Orivaldo Santos.

Ao editor Prof. Dr. Laurindo Zanco Furquim e a todo o corpo editorial da Dental Press Internacional, que não mediram esforços para que esta publicação se tornasse factível e à Prof. Dra. Teresa Rodrigues D´Aurea Furquim, pela competência e entusiasmo incondicional com todos os autores que publicam nessa editora.

Ao meu grande amigo e parceiro Lúcio Marcio Molena, da equipe Cabrera & Cabrera, que dividiu conosco a árdua tarefa de ilustrar as informações contidas neste livro.

Agradecemos especialmente às professoras Dra. Lia K. Sugisawa Narazaki e Dra. Lucilia Satie Kuriki, pelo apoio de sempre.

À equipe Cabrera: Leila, Regina, Soraya, Robson, Nelson, Felipe, Fátima, Dilma e Dra. Ana Elise Bannach da Silva e amigos: Profa. Dra. Renata Castro, Profa. Dra. Márcia Conte, Dr. André Ottaiano, Dr. Paulo José Ferreira e Dra. Mariana Helena Carvalho.

E a todos alunos e ex-alunos do Instituto Cabrera de Ortodontia.

AGRADECIMENTOS

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DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho aos nossos filhos MARINA e RAPHAEL, e estamos orgulhosos em ter nossa filha LAURA

fazendo parte desta publicação.

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Prefácio ............................................................................................................................... 13 Introdução .......................................................................................................................... 15

Parte I – ConCeItos Capítulo 1 Arquitetura craniofacial ............................................................................... 17Capítulo 2 Biotipos faciais e sínfises mentonianas ..................................................... 51Capítulo 3 Diagnósticos perfeitos e convenientes ..................................................... 65Capítulo 4 Referências verticais interarcos .................................................................. 73Capítulo 5 Referências sagitais interarcos .................................................................... 91Capítulo 6 Referências intra-arcos .............................................................................. 107Capítulo 7 Referências transversais interarcos .......................................................... 131Capítulo 8 Referências, sugestões e limites ............................................................... 149

Parte II – DIagnóstICo e Planejamento

Capítulo 9 Cefalograma padrão .................................................................................. 169Capítulo 10 Desenvolvimento do template e dos gabaritos preditivos Cabrera ... 183Capítulo 11 Metodologia para o diagnóstico cefalométrico ..................................... 199

Parte III – meCanoteraPIa

Capítulo 12 Introdução à mecanoterapia ..................................................................... 225Capítulo 13 Mecanoterapia ortodôntica ...................................................................... 231Capítulo 14 Etapas da mecânica ortodôntica .............................................................. 247 1ª - Montagem dos aparelhos, obtenção de espaços e início das desinclinações dentárias .............................................................. 250 2ª - Desinclinações dentárias .................................................................... 265 3ª - Fechamento de espaços ..................................................................... 277 4ª - Intercuspidação e acabamento .......................................................... 315 5ª - Remoção e contenção ........................................................................ 327

SUMÁRIO

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Capítulo 15 Mecanoterapia ortopédica ........................................................................ 333Capítulo 16 Mecanoterapia ortodôntica pré-cirúrgica ............................................... 357

Parte Iv – Protocolos terapêuticos alternativos Capítulo 17 Protocolos terapêuticos alternativos sagital - Classe I ................ 377 Classe I com diastema ............................................................................... 381 Classe I sem extração ................................................................................ 385 Classe I com desgastes .............................................................................. 389 Classe I com extração do incisivo inferior ............................................. 393 Classe I com extração de 4 pré-molares ................................................. 397 Protocolos terapêuticos alternativos sagital - Classe II .............. 401 Classe II com diastema ............................................................................. 403 Classe II sem extração ............................................................................... 407 Classe II com desgastes ............................................................................ 411 Classe II com extração de 4 pré-molares ............................................... 415 Classe II com extração de 2 pré-molares superiores ............................ 419 Classe II com tratamento ortopédico ..................................................... 425 Classe I pós-tratamento ortopédico da Classe II .................................. 429 Classe II sem extração associado ao ortopédico - APM ..................... 433 Classe II com extração de 4 pré-molares associado ao ortopédico - APM .............................................................. 437 Protocolos terapêuticos alternativos sagital - Classe III ............. 441 Classe III sem extração ............................................................................. 443 Classe III com desgastes ........................................................................... 447 Classe III com extração do incisivo inferior .......................................... 451 Classe III com extração dos 4 primeiros pré-molares ......................... 455 Classe III com tratamento ortopédico ................................................... 461 Protocolos terapêuticos alternativos verticais ................................ 467 Mordida profunda dentária ...................................................................... 469 Mordida aberta dentária com diastema .................................................. 473 Mordida aberta dentária com desgastes ................................................. 477 Mordida topo a topo com extração de um incisivo inferior ............... 481 Mordida aberta com extração de 4 pré-molares ................................... 485 Mordida aberta ortopédica com desgastes ............................................ 491 Mordida aberta ortopédica com extrações de 4 pré-molares .............. 497

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Protocolos terapêuticos alternativos transversais ......................... 501 Atresia funcional ou postural ................................................................... 503 Arco superior .............................................................................................. 505 Arco inferior ............................................................................................... 509 Atresia maxilar dentoesquelética ortopédica ......................................... 515 Protocolos terapêuticos alternativos cirúrgicos ............................. 519 Pré-cirúrgico sem extração (diastema) .................................................... 521 Pré-cirúrgico sem extração (nula) ............................................................ 525 Pré-cirúrgico sem extração (desgastes) ................................................... 529 Pré-cirúrgico com extrações(4 pré-molares) .......................................... 533 Pré-cirúrgico atresia maxilar dentoesquelética (cirúrgica) ..................... 537

Parte v – torques

Capítulo 18 Arcos retangulares e torque ...................................................................... 541

Referências ....................................................................................................................... 561

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Há 13 anos tive a honra de ser um dos escolhidos para prefaciar o primeiro livro dos autores. O fiz na condição de amigo e, naquela oportunidade, enfatizei o homem, e não o autor ou a obra; nesta farei diferente. Não antes de enaltecer a obstinação dos autores pela constante atualização e busca do conhecimento − Dr. Carlos e Dra. Marise obtiveram os títulos de Mestre e Doutor em uma das maiores instituições de ensino deste país, a FOB - USP, em uma época da vida em que, normalmente, as prioridades são outras. A mestranda Laura será a continuação dessa história.

Nesta obra os autores, notadamente, procuraram sistematizar os vastos conhecimentos da Ortodontia de maneira organizada e lógica.

A lógica é a designação para o estudo de sistemas prescritivos de raciocínio, ou seja, sistemas que definem como se “deveria” realmente pensar para não errar, usando a razão dedutivamente e indutivamente.

A maioria dos filósofos admite que a maior parte do raciocínio “normal” pode ser captu-rada pela lógica, desde que seja capaz de encontrar o método certo para traduzir a linguagem corrente para essa lógica.

Essa aparente ousadia assumiria contornos complexos se tivessem a presunção de utilizar a lógica como fizeram Aristóteles, Platão, Kant, Gottlob Frege, Bertrand Russell, Gottlieb Fichte, Hegel, Friedrich Schelling, Arthur Schopenhauer e outros. Mas não, os autores propu-seram uma sistematização organizada dos conceitos estabelecidos na Ortodontia. Percebe-se claramente o objetivo de eliminar a frustração de uma informação seccionada, fragmentada e descontextualizada que, muitas vezes, permeia a literatura vigente.

De maneira criativa e original, utilizaram como recurso didático um símbolo reconhecido internacionalmente − um farol, semáforo ou sinaleira − para definir problemas dentários, ortopédicos e cirúrgicos em verde, amarelo e vermelho, respectivamente.

Alicerçado no conceito sagital dos planos oclusais com os côndilos centrados nas fossas articulares, o diagnóstico considera a severidade da má oclusão, variáveis morfológicas de-pendentes de seus biotipos e idade biológica.

Um sistema de planejamento baseado em valores com coerência numérica classifica o tratamento em ortodôntico, ortopédico ou cirúrgico e seleciona os aparelhos utilizados.

Finalmente, os autores esquematizam protocolos para as mais variadas possibilidades de tratamento ortodôntico, ortopédico e cirúrgico. O fazem de maneira organizada, detalhada e ricamente ilustrada. A comunidade ortodôntica está habituada com o requinte e a elegância das publicações dos autores.

A maioria dos professores universitários se habituou, na última década, a avaliar “Traba-lhos de Conclusão de Curso” com imagens do primeiro livro dos autores. Essa contribuição terá continuidade nesta década.

Agradeço o privilégio e a sorte de poder compartilhar com vocês os momentos difíceis e divertidos de nossas vidas. Um abraço sincero do amigo de sempre.

Laurindo Zanco Furquim

PREFÁCIO

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Entendemos que há dois tipos de investigação científica: a que é a continuação linear do passado, com novas respostas a velhas perguntas, e a que surge da ruptura com o passado com perguntas diferentes. Optando pela última e reconhecendo que os avanços científicos são construídos sobre verdades transitórias, é possível observar que, desde os primórdios da Ortodontia (Angle, 1899) até o início da metade do século passado, vários autores contribuíram para a Ortodontia como ciência. Entretanto, o que era para ser tran-sitório acabou por se perpetuar equivocadamente. Em revista à literatura contemporânea, é possível constatar que conceitos metodológicos desconectados entre si ainda são empregados de maneira interdependente, tornando difícil interpretar o conhecimento como um corpo organizado. Tomemos um dos exemplos mais comuns. Supondo que para se determinar o posicionamento do incisivo inferior adota-se o seu longo eixo 1.NB (Steiner, 1954) ou IMPA (Tweed, 1954) respectivamente os aparelhos usados para a mecanoterapia adotam valores para suas prescrições empregando como referência os planos oclusais (Andrews, 1976). Ao concluir o diagnóstico, o aluno questiona: Qual o valor das inclinações prescritas nos apa-relhos para os incisivos inferiores ( - 6º, - 1º ou +4º) que deve ser adotado para um valor de IMPA = 87º ou 1.NB= 25º?

Diante dessas contradições e entendendo que o ortodontista é escravo dos limites mor-fofuncionais, no apoiamos no estudo da lógica para desenvolver um instrumento de en-sino organizado racionalmente. Codificamos as informações dos limites físicos da face e, a partir dessas, estabelecemos, de modo interdependente, conceitos, métodos de diagnóstico e planejamento; mecanoterapia ortodôntica, ortopédica e cirúrgica e, finalmente, protocolos terapêuticos alternativos.

Neste livro são disponibilizados 18 capítulos contidos em quatro partes.

Parte I - Conceitos. Admitiu-se que por serem os planos oclusais superiores e inferiores a referência que abriga a reciprocidade da oclusão, esses deveriam balizar os demais conceitos. Assim, foram estabelecidos os posicionamentos espaciais dos planos oclusais na face adotan-do suas relações com plano de gravidade “G”, considerando a obrigatoriedade dos côndilos centrados nas fossas articulares. Adicionalmente, foram desenvolvidos novos e inéditos indicadores morfométricos para estabelecer as relações tridimensionais dentoesqueléticas e tegumentares ideais, considerando as variações morfológicas da face.

Parte II - Diagnóstico e Planejamento. Foram desenvolvidos três gabaritos cefalométri-cos preditivos distinguindo-se os posicionamentos dos incisivos de modo a compatibilizá-los às variações biotipológicas da face. Valendo-se do capítulo “Referências, sugestões e limites”, disponibilizados na parte I, esses gabaritos permitem ainda, aferir tridimensionalmente os valores dos desvios nas más oclusões. Considerando que as mecanoterapias ortodônticas,

INTRODUÇÃO

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ortopédicas ou cirúrgicas variam na dependência da intensidade das más oclusões, idade biológica, características fenotípicas entre o paciente e seus familiares, biotipologia facial e os tratamentos a serem realizados com ou sem extrações dentárias, um novo sistema de classificação correlacionando valores às cores verde, amarela, laranja e vermelho foi desen-volvido para distinguir os erros posicionais das más oclusões e circunstanciá-las às distintas mecanoterapias.

Parte III - Mecanoterapia ortodôntica, ortopédica e ortodôntica/cirúrgica. Como o método de diagnóstico aqui desenvolvido permite quantificar e qualificar as más oclusões em ortodônticas (verdes), ortopédicas (amarelas ou laranjas) e ou cirúrgicas (vermelhas) e, como estas exigem mecanoterapias distintas, nesta parte são apresentadas as variáveis e as prioridades das cinco etapas do tratamento ortodôntico, os dispositivos e acessórios adotados para as correções ortopédicas e a correlação entre preparo ortodôntico e cirurgia ortognática.

Parte Iv - Protocolos terapêuticos alternativos. Como o sistema desenvolvido para o diagnóstico e planejamento foi apoiado na lógica matemática, mesmo considerando que as más oclusões possam variar e distinguir-se quantitativamente, é possível constatar que, recorrentemente, essas se ajustam e combinam a um sistema de classificação tridimensional interarcos – ou seja, sagitais: Classe I, II ou III; verticais: mordidas profundas, regulares ou abertas; e transversais: atresia dentária, dentoalveolares ou dentoesqueléticas – e intra-arcos, com alternativas que variam em torno de: tratamentos com discrepâncias positivas, nulas, discretas ou severas. Frente a essa combinação de valores e considerando-se que as alternativas terapêuticas só poderão ser ortodônticas, ortopédicas ou cirúrgicas, tornou-se possível disponibilizar uma série de protocolos terapêuticos alternativos ortodônticos, orto-pédicos e cirúrgicos para serem adotados nas mais diversas manifestações das más oclusões.

Geralmente, a perspectiva pela adoção de novos conceitos e as expectativas por mudanças trazem desconforto emocional diante da possibilidade de abandonar conceitos adquiridos com muito esforço e dedicação. Entretanto, considerando que o leitor seja tão questionador quanto os autores deste livro, esperamos que, ao estudar e refletir sobre o seu conteúdo, o leitor possa discernir a sua efetividade à luz da racionalidade.

Os autores