Caça na Herdade da Murteira 01.08.2015...
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Caça na Herdade da Murteira 01.08.2015 -‐ Tarde
Depois de um bom almoço e de uma ida á Herdade próxima da Chaminé, observar os veados, para fazer passar o tempo, lá nos dirigimos, novamente, para o nosso posto na herdade da Murteira.
Á medida que nos aproximámos, ouvimos logo, (antes de vermos) que havia já lá porcos a comer.
Parámos atrás de uns matos e observámos. Eram três. Um maior com dois mais pequenos. O maior devia ter 60 a 70 quilitos. Não era mau! Mas eu já tinha morto um do mesmo tamanho de manhã! Só iria atirar a maior, resolvi.
De repente, e pondo todos em sobressalto, ouviu-‐se um som de porco mais grave e forte vindo dos arbustos próximos…
Os três porcos do cevadouro ficaram imediatamente em alerta e nervosos, e pouco depois saíram de fininho. Esperámos um pouco e nada… Depois de, talvez 10 minutos á espera, decidimos avançar e sentar frente ao cevadouro onde de manhã tínhamos deixados as cadeiras.
Como eu, de manhã, não tinha gostado muito da cadeira, decidi sentar numa pedra baixa que me pareceu jeitosa. Por de trás de mim tinha um caminho feito pelos bichos, que ia dar a uma abertura entre duas pedras grandes, mas em que, (pensei eu) os javalis maiores não caberiam.
O vento estava do meu lado direito e o cevadouro em frente, ligeiramente para a direita. Como habitual, medi as imediações para saber até onde poderia atirar…
Não demorou muito, logo voltaram os três porcos anteriores. Deixei-‐me estar e nenhum deles deu por mim ou pelos meus amigos e filho.
Começaram a comer o milho espalhado pela máquina automática. Uns bagos aqui, outros ali, trombada no vizinho, ronco para o outro e assim ficaram cerca de uma meia hora.
Como me foi dito depois pelo Nelson, O meu filho Rodrigo até perguntou:
O meu pai não vai atirar?
De facto, além de estar a apreciar toda esta movimentação, eu tinha decidido que só iria atirar se entrasse aquele que tínhamos ouvido. O tal da voz forte que seria de certeza maior do que estes na minha frente.
E de repente não é que desce um porco ENORME pelo mesmo sítio de onde tinham vindo os outros! Da minha frente a cerca de 30 metros!
Deixei que ele entrasse! Vinha alerta mas confiante porque já lá estavam os outros a fazer barulho que ele certamente teria ouvido. Era muito Grande, Gordo e de pelo curto e esbranquiçado na cabeça. O meu coração batia ao dobro ou mais do ritmo normal.
Deixei-‐me estar… Deixa-‐o entrar, pensei!
Mas em vez de ir ao cevadouro, não é que ele vinha direito a mim!!!???
Esperei, e quando ele estava já só a cerca de 10 metros de mim e continuando a vir, Levantei a besta STRYKER 380. Apontei, e ele vendo o movimento, virou para a minha direita, deixando o flanco descoberto o que eu aproveitei para lhe cravar o virotão OCTANE com a ponta NAP DIRT de 125 grains.
O local de impacto pareceu-‐me bom, mas notei logo que a penetração não tinha sido nada de especial!
O PORCO descreveu um círculo, raspou por uns arbustos, partindo o virotão que ficou no chão.
O meu guia Nelson levantando-‐se, correu imediatamente, de carabina em punho para o local onde este tinha desaparecido. Eu fiquei para trás, armei a besta com o único virotão que me restava. Calmamente vi o que tinha atirado e verifiquei que tinha sangue bem vermelho! Bom! Mas faltava talvez só 10 cm de flecha mais a ponta. Talvez 15 cm no porco. Era pouco!
Entretanto o meu filho Rodrigo e o Santos pai estavam comigo.
Iniciei a seguir a pista de sangue! Umas gotas aqui, outras ali! Pouco! Mas lá fomos seguindo, o Santos marcando com pedaços de patel higiénico o nosso caminho.
Verificámos que o rasto não seguia os caminhos, mas ao contrário era muito errante. Isso era bom! Devia estar ferido de MORTE.
O Nelson voltou e disse-‐nos: Encontrei três porcos, mas nenhum era o que atiraste! Sem dúvida seriam os outros do cevadouro…
Todos juntos, continuámos a seguir o rasto que serpenteava por vezes por dentro de mato bastante fechado e pedras enormes. Andámos, talvez, 500 metros ou mais, sempre de nariz no chão. É claro que nos perdemos! Mas continuámos a seguir a pista que por vezes ficava com mais e outras vezes menos sangue.
De Repente, Barulho de Porco arrancando á nossa frente no meio de umas pedras…
Chego a uma poça maior de sangue, onde o bicho teria descansado, e de repente mais nada….
Chamei imediatamente o pessoal: Perdi o rasto!! Vejam á volta das pedras!
O Nelson grita: O porco foi por aqui!!
Cerca de 10 metros á frente, ao lado de uma pedra maior que ele, e parecendo outra, estava o MACHÂO de pé, mas imóvel de rabo para nós.
Enquanto eu apontava para lhe dar o final, arranca novamente e anda mais uns metros, cai e deitado, eu disparo novamente! AI JÀ NÂO SAIU DO SITIO, mas continuava a grunhir em bom som, ameaçador.
Ai aconteceu uma coisa que nos stressou ainda mais: o meu Rodrigo ao passar pelo porco deitado para vir para ao pé de nós, assusta-‐se, tropeça, cai e vai de cabeça direito a uma pedra.
Levanta-‐se com umas lagrimas a quererem saltar dos olhos.
Acabou por não ser nada…apenas um galo para recordação da caçada.
O Nelson goza comigo: o porco tem dentes pequenos!!!…. Mas depois diz que o tinha ouvido bater os dentes e que Claro os tinha grandes.. MARAVILHA!
Grande caçada! A melhor até agora!
Mas suponho que a ultima será sempre a melhor porque estaremos sempre a evoluir neste magnifico desporto da caça com ARCO E BESTA.
Seria Ótimo gravar em vídeo estas magníficas caçadas.
Para já ficam gravadas na minha memória e na dos que me acompanharam.
O Rodrigo já apanhou o vicio….
Agradecimentos ao AUGUSTO PIRES da PROFLECHA pela Ponta de caça NAP DIRT para experimentar. Apesar de apanhar osso pela frente e de não ter entrado muito acabou por cumprir o seu objetivo.
Fiquem bem e boas caçadas.