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Semestre 3 Pedagogia Caderno de Atividades Didática e Práticas de Ensino CLIQUEAQUI PARA VIRARAPÁGINA

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Pedagogia

Caderno de AtividadesDidática e Práticas de Ensino

CLIQUEAQUIPARAVIRARAPÁGINA

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FICHA TÉCNICA

Equipe de Gestão EditorialRegina Cláudia FiorinJoão Henrique Canella FiórioPriscilla Ramos Capello

Análise de ProcessosJuliana Cristina e SilvaFlávia Lopes

Revisão TextualAlexia Galvão AlvesGiovana Valente FerreiraIngrid FavorettoJulio CamilloLuana Mercúrio

DiagramaçãoCélula de Inovação e Produção de Conteúdos

Caderno de AtividadesPedagogia

DisciplinaDidática e Práticas de Ensino

Coordenação do CursoLindolfo Anderson Martelli

AutoraAndréia Correa Figueiredo da Silva

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ChancelerAna Maria Costa de Sousa

ReitoraLeocádia Aglaé Petry Leme

Pró-Reitor AdministrativoAntonio Fonseca de Carvalho

Pró-Reitor de GraduaçãoEduardo de Oliveira Elias

Pró-Reitor de ExtensãoIvo Arcangêlo Vedrúsculo Busato

Pró-Reitora de Pesquisa e PósGraduaçãoLuciana Paes de Andrade

Realização:

Diretoria de Planejamento de EAD José Manuel Moran Barbara Campos

Diretoria de Desenvolvimento de EAD Thais Costa de Sousa

Gerência de Design EducacionalRodolfo Pinelli Gabriel Araújo

© 2013 Anhanguera Educacional

Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma.

Como citar esse documento:SILVA, Andréia Correa Figueiredo. Didática e Práticas de Ensino. Valinhos, Anhanguera Edu-cacional. p. 1-182, 2014Disponível em: <http://www.anhanguera.com>. Acesso em: 02 jan. 2014.

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ÍndiceÍndice

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Tema 01: Didática e Prática de Ensino: Reflexões Iniciais 6

Tema 02: Teorias do Currículo 24

Tema 03: Planejamento de Ensino 42

Tema 04: Contextualizando os Métodos de Ensino: a Organização do Trabalho Pedagógico 62

Tema 05: Organizando Atividades Socializadoras 80

Tema 06: A Pedagogia de Projetos em Célestin Freinet 96

Tema 07: O Problema da Indisciplina Escolar 112

Tema 08: Planejamento Pedagógico e Tecnologias de Ensino 130

Tema 09: Educação e Novos Desafios: a Informática na Aprendizagem Escolar 146

Tema 10: Avaliação da Aprendizagem 164

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Tema 01Didática e Prática de Ensino: Reflexões Iniciais

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SeçõesSeções

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Tema 01Didática e Prática de Ensino: Reflexões Iniciais

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Conteúdo

Nessa aula você estudará:

• Como a escola se constituiu como o lugar de ensino-aprendizagem.

• O conceito de didática.

• O cotidiano da sala de aula e sua importância para educadores e alunos.

• A influência da Psicologia nas concepções pedagógicas.

• A Psicologia Genética de Jean Piaget.

CONTEÚDOSEHABILIDADES

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Habilidades

Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:

• Qual a importância da didática para a prática educativa?

• Quais são as principais relações entre educação e sociedade?

• Qual é a importância da Psicologia Genética para a educação?

CONTEÚDOSEHABILIDADES

LEITURAOBRIGATÓRIA

Didática e Prática de Ensino: Reflexões Iniciais

A escola é definida como o lugar educativo. É claro que você já deve ter ouvido uma frase como esta. Entretanto, é preciso pensar que a escola é um espaço construído e modificado no decorrer da história brasileira para atender à educação dos sujeitos. É preciso pensar um pouco sobre isso. Quem definiu como a escola deve se estruturar?

O início da colonização brasileira foi marcado por uma concepção de dominação dos europeus sobre os povos indígenas. A catequização foi um processo de educação sistemática que tinha a intenção de educar. Os padres jesuítas, cuja ação foi mais abrangente, organizaram ações educativas que deixaram heranças na forma de pensar a educação. Uma dessas heranças está marcada no documento denominado Ratio Studiorum, que definia um programa de ensino diferenciado para os indígenas e para o homem branco. Entre as heranças marcantes desse processo, destaca-se a valorização dos conteúdos memorizados e da cultura geral e erudita em detrimento da atividade prática. Cabe ressaltar que, apesar do modo como ocorreu a educação indígena no Brasil, o Ratio Studiorum é um documento valioso e revolucionário para a época, conforme afirma Margarida Miranda (2010).

É importante perceber, visto o exemplo da catequese indígena implementada pelos jesuítas, que a organização do ensino está vinculada a uma visão de mundo e de homem. A educação é planejada em um nível macro, com leis nacionais, políticas públicas e também em níveis mais específicos e regionais, como nos estados, nos municípios e nas escolas.

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LEITURAOBRIGATÓRIAA educação brasileira é regida pelos princípios da Carta Magna (Constituição Federal de 1988, Título VIII, Capítulo III, seção I). Também há a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB/1996), que define os parâmetros nacionais para a organização da educação brasileira. Todo o sistema de ensino é organizado de forma a preservar a soberania nacional, o idioma e os costumes. Todavia, há também os aspectos ideológicos e políticos presentes na educação. Aspectos esses extremamente importantes para a reflexão sobre as práticas de ensino, currículos e formação de professores.

O objetivo da disciplina Didática e Prática de Ensino é esclarecer aos futuros professores o como fazer e por que fazer. É possível afirmar que toda educação é um ato político, como dizia o venerável educador Paulo Freire. Toda educação demanda escolhas, toda educação demanda compromisso. O ato de planejar é um ato de reflexão sobre as práticas pedagógicas e suas finalidades. O ato de não planejar caracteriza uma educação espontaneísta e fragmentada, como relata Freire (2005).

A disciplina Didática e Práticas de Ensino mostra que existem diferentes práticas e que caberão ao futuro professor o compromisso e a competência técnica para trilhar seu caminho pedagógico, que relaciona prática e teoria, tal como se pode ler no trecho seguinte:

(...) se os homens são seres do quefazer é exatamente porque seu fazer é ação e reflexão. É práxis. É transformação do mundo. E, na razão mesma em que o quefazer é práxis, todo fazer do quefazer tem de ter uma teoria que necessariamente o ilumine. O quefazer é teoria e prática. É reflexão e ação (FREIRE, 2005, p. 141).

Bem–vindo(a) ao estudo da Didática e das Práticas de Ensino!

O Processo de Escolarização e a Didática

O foco do estudo da didática é a relação ensino-aprendizagem e o modo como esta está sendo estruturada na escola. É importante saber que a escola é organizada pela sociedade, e por um conjunto de pessoas, e que há ideologias, crenças e valores implícitos em sua construção.

A escolarização é um processo sistemático de instrução dos indivíduos, processo este composto pela informação e difusão de saberes a respeito do ambiente, dos indivíduos e da sociedade. É na instituição escolar que se desenvolve um saber sistemático e organizado, que pretende informar e formar o aluno, certificando-os por meio de diplomas.

A escola é também um lugar no qual se aprendem concepções de mundo e, principalmente, concepções sobre o ser humano e seu papel no mundo. Por exemplo, quando um aluno é

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sistematicamente reprovado, ano após ano, ele aprende sobre sua incapacidade. A escola é um ritual de passagem de um ambiente estritamente familiar para outro, de caráter social. Como um espaço sistemático de educação, ele requer uma organização estruturada. Essa organização escolar dos processos de ensino é objeto de estudo da didática.

A didática é um campo de conhecimento que organiza os saberes necessários para a organização do trabalho educativo. Ela pretende potencializar o trabalho docente e as relações de ensino e aprendizagem. Existem conceitos básicos dentro da Pedagogia que, relacionados ao cotidiano escolar, são apresentados nesta disciplina. Ela é de extrema importância para o trabalho docente. O conhecimento dos preceitos e concepções básicas permite que o professor organize o cotidiano das salas de aula e das escolas, possibilitando uma aprendizagem significativa para seus alunos.

Todos os professores devem conhecer os preceitos básicos da organização do trabalho na sala de aula e, a partir deles, reinventar sua prática docente e procurar concretizar um espaço educativo de qualidade.

Concepções Educativas: a Epistemologia Genética

Tratou-se da escola como uma instituição social e da importância da didática. Serão vistas, agora, as diferentes concepções de educação, que serão expressas por meio de seus pensadores. No campo educativo, costuma-se destacar teóricos, pensadores e educadores que desenvolveram práticas educativas significativas. Muitas delas significaram a constituição de um novo paradigma, ou seja, de uma nova forma de pensar a educação, o aluno e a prática docente.

A escolarização brasileira teve um forte viés voltado para a razão, memorização e instrução. Quem não conhece a famosa “decoreba” que exigia do aluno a memorização de diferentes saberes, por exemplo, a tabuada. A aplicação de castigos físicos já foi permitida e estava associada tanto à manutenção da disciplina quanto à punição do erro, do esquecimento dos conteúdos que deveriam ser memorizados.

Houve, no decorrer da história, inúmeras concepções educativas. Concepções estas representadas por diferentes e ilustres pensadores. Entre inúmeros outros, pode-se citar Sócrates, Comenius, Pestalozzi, Jean Piaget, Freinet, Paulo Freire. Teóricos de diferentes áreas do conhecimento que auxiliam na compreensão do ato educativo.

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Entretanto, será focada a Teoria de Jean Piaget, pois este teórico constituiu uma mudança paradigmática no campo educativo. Será abordada, agora, a importância do desenvolvimento infantil para a didática. Trata-se de um conceito extremamente importante, pois já se pensou as crianças como adultos em miniatura. Hoje, reconhece-se que as crianças têm necessidades educativas diferenciadas, assim como os adultos. E, neste aspecto, a Pedagogia sofreu grande influência da Psicologia, especificamente da Psicologia Genética de Jean Piaget.

A Teoria de Piaget tem importância ímpar na educação, pois auxilia na organização do trabalho escolar a partir das definições sobre o estágio de desenvolvimento do ser humano.

Jean Piaget (1896-1980) foi um biólogo que se dedicou aos estudos na área de Psicologia. A teoria que desenvolveu foi denominada Epistemologia genética. Conforme definem Gomes e Bellini (2009), Piaget estudou o desenvolvimento do conhecimento. A indagação inicial de Piaget foi saber como se passa de um estágio de menor conhecimento para um estágio de maior conhecimento, ou seja, estudou como os indivíduos, sozinhos ou em grupo, constroem o conhecimento e por quais etapas ou processos passam para tal. Para solucionar tal questão, passou a observar o comportamento das crianças.

Piaget definiu quatro estágios (ou períodos) de desenvolvimento mental: estágio sensório-motor (até 18 meses), estágio pré-operatório (até os 7 anos), estágio operacional (até os 11 ou 12 anos) e estágio das operações formais (esse é o estágio no qual o homem permanece por toda a vida). Segundo Abreu et al. (2010), independentemente do estágio, o homem aprende por meio da relação sujeito/objeto. O indivíduo se desenvolve por meio de um processo constante de assimilação e acomodação, por meio do qual modifica sua estrutura mental.

Segundo Piaget, o processo de assimilação de uma nova informação leva a um desequilíbrio nas estruturas mentais, ou seja, gera um estado de conflito que levará a uma acomodação dos conhecimentos. O processo resultante da assimilação e acomodação das novas informações incorporadas é denominado equilibração, pois o indivíduo precisa adaptar seus esquemas mentais às informações recentemente adquiridas (ABREU, 2010).

Os níveis de desenvolvimento influenciam as estratégias que devem ser utilizadas na sala de aula e os conteúdos que devem ser selecionados, pois, sabendo que cada fase da vida tem características específicas de desenvolvimento, é possível planejar ambientes e estratégias que favoreçam a aprendizagem do indivíduo. Em cada estágio de desenvolvimento o indivíduo tem uma maneira peculiar de ver o mundo e aprender. Esse fato faz com que a

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Quer saber mais sobre o assunto? Então:

SitesAcesse o artigo A epistemologia genética de Jean Piaget na Revista da Faculdade Cenecista de Vila Velha.Disponível em: <http://www.facevv.edu.br/Revista/02/A%20EPISTEMOLOGIA%20GENETICA.pdf>. Acesso em: 1 dez. 2013. Esse artigo lhe ajudará a compreender os aspectos da teoria do desenvolvimento de Jean Piaget.

Consulte o texto Formação de Professores: Pedagogia como ciência da Educação, apresentado por Rovaris e Wlker, em 2012 na IX Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPED).Disponível em: <http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/viewFile/525/640>. Acesso em: 1 dez. 2013. Esse texto reflete sobre como as práticas educativas vão muito além dos muros escolares e sobre a conceituação científica Pedagogia como ciência da educação.

Consulte o texto da Constituição Federal de 1988 (Título VIII, Capítulo III, seção I).Disponível em: <http://www.senado.gov.br/legislacao/const/con1988/CON1988_05.10.1988/CON1988.pdf>. Acesso em: 1 dez. 2013.Você saberá quais são as funções e conceituações educacionais de acordo com a legislação nacional.

LINKSIMPORTANTES

epistemologia genética de Jean Piaget seja apropriada pelo campo educativo como uma forma de compreender como o indivíduo se desenvolve e quais são as práticas de ensino mais adequadas.

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LINKSIMPORTANTESConsulte a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996. É fundamental que sua prática pedagógica esteja atrelada aos documentos legais sobre a educação do país. Você pode fazer o download da lei na íntegra.É só acessar o site da Biblioteca Digital da Câmera: <http://bd.camara.gov.br/bd/handle/bdcamara/2762>. Acesso em: 1 dez. 2013.

Vídeos Importantes: Assista ao vídeo Jean Piaget – Fases do desenvolvimento, da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO-PR).Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=EnRlAQDN2go&feature=related>. Acesso em: 1 dez. 2013. Este vídeo explica as fases de desenvolvimento estudadas por Jean Piaget.

Assista à entrevista Função da escola por Libâneo, que fala sobre a função da escola na atualidade.Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=6kk__FXVwC0&feature=related>. Acesso em: 1 dez. 2013.

Assista ao vídeo Didática Geral: o ensino e o aprendizado, Prática de Ensino da Universidade Virtual de são Paulo (UNIVESP), que mostra o interior das escolas brasileiras e o depoimento dos professores sobre a prática cotidiana.Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=ILy_PZ1e2y4&feature=related>. Acesso em: 1 dez. 2013.

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Instruções:

Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.

Questão 1:

Leia o texto e responda a questão:

A escola é o lugar de desenvolvimento da infância. É na escola que as aptidões e os talentos irão florescer. Na escola, as crian-ças irão sair do âmbito estritamente familiar para o âmbito social. É na escola que são desenvolvidas a educação e a instrução. A escola prepara para a vida.

Depois da leitura do trecho apresentado, discorra sobre o papel da escola na socie-dade e sobre o papel da escola para a ins-trução e educação dos jovens.

Questão 2:

Os estudos de Jean Piaget têm grande in-fluência na educação. Sua teoria ficou co-nhecida como:

a) Teoria Desenvolvimentista.

b) Epistemologia Genética.

c) Teoria das Inteligências Múltiplas.

d) Períodos de Desenvolvimento Infantil.

e) Teoria Cognitiva do Indivíduo.

Questão 3:

Leia o caso apresentado e responda a questão proposta:

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André é uma criança de 7 anos, alegre e ativa. Quando está na escola, ele gosta de brincar com todos os jogos que tem dispo-nível, conversa com os amigos e professo-res. No laboratório de informática, recen-temente, ele descobriu que pode acessar textos em vários idiomas diferentes e que alguns idiomas utilizam o que ele definiu como desenhos para a escrita. Ele se re-feria às escritas ideográficas. André não compreendeu bem a informação de início, pois ele aprendeu na escola que se escre-ve com letras (escrita alfabética). A profes-sora preparou uma atividade para que An-dré compreendesse que realmente existem diferentes escritas na atualidade. Após um pequeno estado de conflito, André compre-endeu a situação.

Esse processo de desenvolvimento men-tal, segundo a Epistemologia Genética, é definido por Piaget como:

a) Equilibração.

b) Acomodação.

c) Assimilação.

d) Estruturação mental.

e) Subjetivismo.

Questão 4:

A Epistemologia Genética, desenvolvida por Jean Piaget, é importante na área pe-dagógica porque:

a) Possibilita o controle total do que a criança pode aprender, pois só as informações selecionadas serão oferecidas pelo professor.

b) Divide a prática pedagógica das crianças por etapas, assim o professor escolhe melhor as informações que vai apresentar a seus alunos.

c) Porque é possível listar uma série de conteúdos e habilidades para que a criança realize em cada uma das etapas, assim é possível avaliar se a criança está dentro da normalidade.

d) Possibilita um conhecimento sobre o desenvolvimento infantil, e, assim, sabe-se que a criança aprende por meio da interação sujeito/objeto, o que deve ser incentivado na escola.

e) Nenhuma das alternativas apresentadas.

Questão 5:A Epistemologia Genética de Jean Piaget divide o desenvolvimento humano em qua-tro etapas de acordo com a idade. A primei-ra fase de desenvolvimento é denominada:

a) Fase das operações abstratas.

b) Operatório formal.

c) Sensório-motor.

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d) Operatório concreto.

e) Pré-operatório.

Questão 6:

A Pedagogia é a ciência que estuda a edu-cação. A Didática é um campo de estudo da Pedagogia. Escreva um pequeno texto conceituando a Didática e discorrendo so-bre sua importância para a formação de professores.

Questão 7:

A Epistemologia Genética de Jean Piaget exerce grande influência na educação bra-sileira. Descreva as principais contribui-ções dessa teoria para a educação escolar.

Questão 8:

Após assistir ao vídeo sobre as fases de desenvolvimento de Jean Piaget, (disponí-vel em: <http://www.youtube.com/watch?v=EnRlAQDN2go&feature=related>), resu-ma quais são as características das quatro fases de desenvolvimento da Epistemolo-gia Genética.

Questão 9:

Leia o texto a seguir e responda a questão:

Art. 205 A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a cola-

boração da sociedade, visando ao ple-no desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidada-nia e sua qualificação para o trabalho (CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA, dispo-nível em: <http://www.imprensaoficial.com.br/PortalIO/download/pdf/Consti-tuicoes_declaracao.pdf>. Acesso em: 1 dez. 2013).

A educação nacional está condicionada à visão de homem que se quer. Após ler o conceito de educação da constituição bra-sileira, comente sobre de que tipo de esco-la a sociedade precisa.

Questão 10:

Após a leitura do texto fundamental do Ca-derno de Atividades, defina o conceito de Didática.

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Neste tema, você aprendeu sobre as estreitas relações que a prática didática tem com a sociedade. Você aprendeu também que a Epistemologia Genética de Jean Piaget é muito influente na área da educação. Aprendeu também sobre os quatro estágios de desenvolvimento humano: sensório-motor, pré-operatório, operatório concreto e estágio das operações formais. Aprendeu também sobre os conceitos de assimilação e acomodação. E, finalmente, você viu que a Pedagogia é a ciência da Educação e que a Didática é um campo da Pedagogia que se dedica a estudar os processos de ensino.

Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!

FINALIZANDO

REFERÊNCIAS

ABREU, L. C. A. et al. A epistemologia genética de Jean Piaget e o construtivismo. Revis-ta Brasileira Crescimento e Desenvolvimento Humano, v. 20, n. 2, p. 361-366, 2010.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.

MIRANDA, Maria. “Ratio Studiorum” dos Jesuítas. Entrevista concedida em 20 de janeiro de 2010. Disponível em: <http://dererummundi.blogspot.com.br/2010/01/ratio-studiorum--dos-jesuitas.html>. Acesso em: 1 dez. 2013.

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Acomodação: esquema mental que possibilita a acomodação de novos conhecimentos aos esquemas mentais já existentes.

Assimilação: processo mental por meio do qual o homem interioriza novos conhecimentos a partir da manipulação do meio.

Epistemologia genética: epistemologia é a teoria do conhecimento, que, em Piaget, significa o estudo da evolução biológica e cognitiva do homem.

Espontaneísta: aquele que acredita que as ações podem ocorrer de maneira eficiente sem planejamento.

Paradigma: conjunto de ideias que definem uma visão de mundo.

Práxis: na Pedagogia, o conceito é usado para explicitar uma necessária relação entre a teoria e a prática, entre o abstrato e o concreto.

Ratio Studiorum: importante documento criado em 1599 que regulamenta o ensino nos colégios jesuítas.

GLOSSÁRIO

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Questão 1

Resposta: A escolarização é um processo sistemático de instrução dos indivíduos, processo este composto pela informação e difusão de saberes a respeito do ambiente, dos indivíduos e da sociedade. É na instituição escolar que se desenvolve um saber sistemático e organizado.

Questão 2

Resposta: Alternativa B.

Questão 3

Resposta: Alternativa A.

Esse processo é definido como equilibração, pois o aluno teve contato com a informação (assimilação), entrou em estado de conflito e teve que acomodar essa informação a seus esquemas mentais anteriores. O processo final é determinado como equilibração dos esquemas mentais, pois o aluno incorporou a nova informação depois de um estado de conflito e construiu um novo conhecimento.

Questão 4

Resposta: Alternativa D.

A importância da Epistemologia Genética na educação é conhecer como o desenvolvimento infantil ocorre e incentivar a interação da criança com o meio ambiente. Nesta perspectiva, as informações não são controladas pelo professor, cujo papel é fazer com que o aluno interaja com o meio ambiente.

GABARITO

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Questão 5

Resposta: Alternativa C.

Questão 6

Resposta: A didática é uma área da Pedagogia que estuda as práticas de ensino e as relações de ensino-aprendizagem. A didática é importante porque instrumentaliza o professor para atividades práticas, relacionando a teoria com o cotidiano escolar.

Questão 7

Resposta: As principais contribuições são saber como as crianças aprendem em cada fase do desenvolvimento e a importância da interação sujeito/objeto para aprendizagem.

Questão 8

Resposta: Primeira Fase: Sensório-motor (0 a 2 anos) – linguagem egocêntrica, a criança baseia-se em percepções sensoriais e esquemas motores para resolver seus problemas, ainda não consegue evocar os eventos sobre passado, presente e futuro, lida com o meio a partir de ações práticas por meio das quais constrói seus esquemas mentais.

Segunda Fase: Pré-operacional – inicia-se por volta dos 2 anos de idade. É marcada pela aprendizagem da linguagem, a partir da qual é possível criar esquemas mentais interiorizados (esquemas representativos ou simbólicos); a criança ainda tem um pensamento egocêntrico, caracterizado pelo animismo (atribui sentimentos humanos a coisas e animais), as ações mentais não são reversíveis, ou seja, a criança não é capaz de retornar ao ponto de partida.

Terceira Fase: Operatório-Concreto – inicia-se por volta dos 7 anos de idade. Pensamento lógico e objetivo, pensamento reversível e menos egocêntrico. A criança diferencia o real do fantástico.

Quarta Fase: Pensamento Abstrato – inicia-se por volta dos 12 anos de idade. A principal característica é o pensamento lógico-formal. A criança fica livre somente das operações sobre o mundo concreto e é capaz de abstrair.

Questão 9

Resposta: No texto da lei fica claro que a escola deverá ser inclusiva, ou seja, deverá atender a todos e que é um direito. Poderão coexistir escolas públicas e particulares,

GABARITO

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GABARITOentretanto, é dever da União delimitar os conteúdos mínimos a serem ensinados em todo o território nacional, assim como avaliar as instituições de ensino.

Questão 10

Resposta: A didática é um campo de conhecimento que organiza os saberes necessários para a organização do trabalho educativo. Ela pretende potencializar o trabalho docente e as relações de ensino e aprendizagem.

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Tema 02Teorias do Currículo

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Tema 02Teorias do Currículo

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Conteúdo

Nessa aula você estudará:

• A função sistematizadora da escola.

• O papel do professor na organização do conteúdo.

• Os critérios de seleção, organização e desenvolvimento de conteúdos.

• O conceito de currículo.

CONTEÚDOSEHABILIDADES

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CONTEÚDOSEHABILIDADES

LEITURAOBRIGATÓRIA

Habilidades

Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:

• Qual é a definição de currículo?

• Quais são as principais teorias curriculares?

• Qual é o papel do professor na organização curricular?

• Como selecionar, organizar e desenvolver conteúdos?

Teorias do Currículo

Currículo é uma palavra de origem latina (curriculum vitae) que, segundo o Dicionário online Priberam da Língua Portuguesa, tem dois significados. O primeiro diz respeito aos dados biográficos de uma pessoa e ao percurso de formação. O segundo corresponde a um conjunto de conteúdos escolares. Tanto no primeiro como no segundo significado, o termo currículo apresenta relação com a vida, com as experiências vividas por um indivíduo e os conhecimentos que acumula.

Este tema versará sobre a segunda conceituação, que trata do currículo escolar. A escola é uma instituição social que tem uma função específica: sistematizar os conhecimentos desenvolvidos pela humanidade e mediá-los em relação a seus alunos. A escola é a instituição responsável pela sistematização dos conhecimentos acumulados. Entretanto, selecionar, organizar e desenvolver conteúdos não é uma tarefa simplista. Para tal, os profissionais da educação precisam ter clareza da atividade que estão realizando.

É possível afirmar que não existem receitas a serem seguidas quando o assunto é a construção de uma educação de qualidade, mas existem saberes educativos, por meio dos quais os professores poderão realizar a função de socialização dos conhecimentos.

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LEITURAOBRIGATÓRIAUm dos jargões muito utilizados no campo educativo é o de ”aprender a aprender”, difundido pelo movimento da Escola Nova, nos fins do século XIX. A Escola Nova foi, segundo Haydt (2006), um movimento que objetivava quebrar os padrões tradicionais de ensino. Esse movimento foi fruto da industrialização e urbanização, que expandiu os sistemas de ensino, aumentando o número de pessoas na escola. As principais características desse sistema foram a influência da psicologia na educação e uma necessidade de renovação de técnicas, práticas e procedimentos de ensino.

Assim, pode-se iniciar o estudo sobre currículo com os seguintes questionamentos: quais conteúdos devem ser selecionados para o ensino? E, ainda, como esses conteúdos devem ser organizados? Como é possível estruturar o currículo?

Segundo Silva (2003), o conceito de currículo surgiu nos Estados Unidos, nos anos 1920, conectado ao processo de industrialização. Assim, a noção de currículo esteve ligada a dos processamentos fabris. O currículo especificaria as experiências escolares, os conteúdos e as formas como os mesmos seriam apresentados e medidos. Essa noção de currículo teve sua origem em uma racionalidade técnica taylorista, originando o que pode ser definido como Teorias Tradicionais do Currículo.

Segundo define Tomaz Tadeu da Silva (2003), as Teorias Tradicionais enfatizam a temática ensino/aprendizagem, avaliação, metodologia, didática, organização, planejamento, eficiência, objetivos. O tradicionalismo se preocupa com os conhecimentos e saberes dominantes, que devem ser transmitidos, e com a melhor forma para realizar essa transmissão.

Em contraposição às Teorias Tradicionais estão as Teorias Críticas e as Teorias Pós-Críticas do Currículo. Como define Silva (2003), tais teorias se preocupam com “o quê” deve ser transmitido e “por que” deve ser transmitido.

A questão central que serve como pano de fundo para qualquer teoria do currículo é o de saber qual conhecimento deve ser ensinado. De uma forma mais sintética a questão central é: o quê? Para responder a essa questão, as diferentes teorias podem recorrer à discussão sobre a natureza humana, sobre a natureza da aprendizagem ou sobre a natureza do conhecimento, da cultura e da sociedade. As diferentes teorias se diferenciam, inclusive, pela diferente ênfase que dão a esses elementos. Ao final, entretanto, elas tem que voltar à questão básica: o que eles ou elas devem saber? Qual conhecimento ou saber é considerado importante ou válido ou essencial para merecer ser considerado parte do currículo? (SILVA, 2003, p. 14-15).

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Ainda segundo Silva (2003), as Teorias Críticas surgiram a partir da década de 1960, que foi um período de grande agitação e renovação social. Seus principais representantes foram Paulo Freire, com a Pedagogia do Oprimido (1970), Louis Althusser, Pierre Bourdieu, Jean-Claude Passeron e Michel Young, entre outros. O foco de debate foi a crítica ideológica. O importante era saber não apenas como estruturar o currículo, mas as consequências dessa estruturação.

As principais críticas foram a respeito da reprodução das desigualdades sociais na escola, pois as escolas destinadas às classes trabalhadoras teriam a função de reproduzir desigualdades sociais, estruturando um currículo no qual a cultura dos dominantes era expressa como correta e superior.

A grande contribuição de Paulo Freire no Brasil foi questionar o papel da educação como legitimadora do status quo. No livro Pedagogia do Oprimido, Freire reflete sobre a possibilidade de uma educação emancipadora, na qual os conteúdos escolares seriam mediados para o conhecimento do mundo e a emancipação cultural. Paulo Freire aborda o processo de conscientização na educação.

As Teorias Pós-Críticas, segundo Silva (2003), acrescentam às discussões sobre currículo temas atuais como: multiculturalismo, identidade, alteridade, subjetividade, saber-poder e sexualidade, etnia, entre outros. Os estudos pós-críticos surgiram nos Estados Unidos, no meio universitário, como uma contestação ao conteúdo que era ensinado. Por exemplo, consideraram que a estética e a literatura que faziam parte do currículo representavam um grupo dominante, formado por homens brancos. Assim, consideraram que os grupos sociais dominados deveriam ser representados em suas contribuições culturais.

Ainda segundo Silva (2006), os currículos multiculturalistas foram aceitos com base em uma ideia de convivência harmônica entre as culturas. Entretanto, as contestações dos diferentes grupos culturais apontaram que não basta ensinar o respeito às diferentes culturas ou tolerar o diferente, como explicita o trecho a seguir:

Um currículo baseado nessa concepção não se limitaria, pois, a ensinar a tolerância e o respeito, por mais desejável que isso possa parecer, mas insistiria, em vez disso, numa análise dos processos pelos quais as diferenças são produzidas através de relações de assimetria e desigualdade. Num currículo multiculturalista crítico, a diferença, mais do que tolerada ou respeitada, é colocada permanentemente em questão (SILVA, 2006, p. 88-89).

LEITURAOBRIGATÓRIA

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LEITURAOBRIGATÓRIAAssim, como afirma Silva (2006), os multiculturalistas propõem uma questão diferenciada para a seleção de conteúdos curriculares: o que conta como conhecimento? Ou seja, questionam quais estruturas de poder estão subjacentes à seleção de conteúdos curriculares.

Não importa apenas ”o quê” é ensinado e o “porquê” se ensina, pois é preciso refletir sobre ”quais são os conhecimentos válidos” que devem ser ensinados. Os multiculturalistas apontam que não é suficiente o acesso igualitário a um programa curricular, mas é necessário que o conteúdo curricular contemple as formas pelas quais as diferenças são produzidas.

Os Conteúdos Curriculares: Seleção, Organização e Desenvolvimento dos Conteúdos

Sabendo das implicações sociais e ideológicas que estão subjacentes à questão de seleção, organização e desenvolvimento dos conteúdos, as implicações técnicas serão agora tratadas. Tais implicações nasceram com as Teorias Tradicionais, entretanto, podem ser ressignificadas em função do enfoque ideológico que se queira dar a elas.

Os conteúdos não são apenas as informações a respeito de determinado assunto. Eles também se traduzem em experiência, atitudes, valores. Como afirma Haydt (2006), os conteúdos estão estritamente ligados aos objetivos de ensino. É preciso selecionar os conteúdos que farão parte do programa educativo, ou seja, tudo o que se considera importante transmitir para as novas gerações.

Com a Epistemológica Genética, o ser humano se desenvolve por meio da interação com o meio ambiente. Pois bem, a escola é o espaço de transmissão de conteúdos sistematizados e selecionados, de acordo com sua relevância para a formação de sujeitos que compõem a sociedade. É o espaço de difusão de conhecimentos para o progresso individual e social.

O professor, em dado momento do processo de ensino, terá liberdade para selecionar os conteúdos que irá privilegiar. É claro que será uma seleção dentro de um programa maior, englobando as Diretrizes Nacionais de estruturação do currículo. Entretanto, para selecionar o conteúdo, o professor deverá considerar alguns aspectos, como: a adequação do conteúdo à idade de seus alunos, a atualidade científica e a utilidade prática na resolução de problemas. É importante que os conteúdos sejam desafiadores e que estimulem o progresso contínuo dos alunos.

Os conteúdos devem ser organizados, ainda segundo Haydt (2006), considerando-se a continuidade, a sequência e a integração. Devem ser organizados do mais simples para o complexo e com nível crescente de dificuldade. Os conteúdos devem estar integrados com

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LINKSIMPORTANTES

Quer saber mais sobre o assunto? Então:

SitesAcesse a resenha do livro Documentos de Identidade: uma introdução às teorias do currículo, de Tomaz Tadeu da Silva, escrita por Osvaldo Mariotto Cerezer.Disponível em: <http://www.unicamp.br/~aulas/pdf3/resenha03.pdf>. Acesso em: 1 dez. 2013.

Leia os artigos sobre currículo disponíveis no Suplemento Pedagógico, organizado pelo Sindicato dos Supervisores Educacionais do Estado de São Paulo (APASE).Disponível em: <http://www.ufgd.edu.br/faed/nefope/publicacoes/curriculo-escolar-algumas-reflexoes>. Acesso em: 1 dez. 2013.

Vídeos Importantes: Assista à animação Aprender a aprender. É divertida e mostra a sensibilidade do ato educativo. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=Pz4vQM_EmzI&feature=related>. Acesso em: 1 dez. 2013.

a realidade e entre si. Para organizar os conteúdos, existem diferentes formas. Eles podem ser organizados por tópicos, por temas, por unidades, por módulos e, ainda, por projetos de atividade.

É importante considerar que a organização do conteúdo faz parte do planejamento de ensino. Os conteúdos são selecionados de acordo com os objetivos educacionais elegidos, e, logo após, são estruturadas as atividades que serão desenvolvidas, ou seja, a forma como o conhecimento será experenciado pelos alunos. Toda definição de currículo inclui experiências e conhecimentos, saberes, conteúdos, que serão definidos no planejamento educacional.

LEITURAOBRIGATÓRIA

Page 33: CADERNO DE ATIVIDADES Didatica_e_Praticas_de_Ensino.pdf

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LINKSIMPORTANTESAssista ao vídeo da campanha realizada pela entidade Child Friendly, que mostra um conceito de currículo muito importante para a educação.Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=RnijdB7naLw&feature=fvsr>. Acesso em: 1 dez. 2013.

Assista ao vídeo Didática Geral: conteúdos, da UNIVESP, que mostra a realidade educativa da organização dos conteúdos.Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=bdSkSb2wEYk>. Acesso em: 1 dez. 2013.

Instruções:

Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.

AGORAÉASUAVEZ

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Questão 1:

Após ler o texto, responda a questão que segue:

Não é de hoje que os educadores de diversos países se perguntam o que as crianças e os jovens devem aprender em sala de aula. Antigamente não havia dúvida: era preciso transmitir aos alunos os saberes que a humanidade acumulou nos últimos 10 mil anos em Ciências, Matemática, Literatura, Arte e as demais áreas do conhecimento. Sim, era uma grande pretensão, mas ninguém duvidava de que esse era o papel da escola. Na contemporaneidade, essas certezas ruíram. Novas necessidades de aprendizagem foram surgindo ao mesmo tempo em que outras demandas sociais e culturais apareciam. Por uma série de motivos, a escola foi aos poucos tomando para si a responsabilidade pelo ensino de tudo o que uma pessoa precisa aprender durante a sua formação. Como bem compara o educador português António Nóvoa, muita gente toma essa instituição como um pote, em que são colocadas diversas coisas: além das que já estão lá - as diversas disciplinas -, se juntam também aulas de cidadania e meio ambiente, atitudes para prevenir a aids, a violência sexual e os acidentes de trânsito, noções de higiene pessoal e de saúde pública etc., etc., etc. (ALMEIDA, 2012, s.p.).

Com base no excerto apresentado e na sociedade atual, quais critérios devem ser considerados na seleção dos conteúdos que formarão os currículos escolares?

Questão 2:

O currículo é analisado com diferentes en-foques, de acordo com a teoria que o em-

base. A teoria que define currículo como o conjunto de conceitos e habilidades or-ganizadas na escola sob a orientação do professor, delimitando o que deve ser ensi-nado, é denominada:

a) Teoria Crítica.

b) Teoria Tradicional.

c) Teoria Pós-Crítica.

d) Teoria do Social.

e) Pedagogia do Oprimido.

Questão 3:

Podem ser apresentados como critérios básicos para a organização dos conteúdos curriculares:

a) A adequação dos conteúdos à idade dos alunos, a graduação dos conteúdos e o contexto social dos alunos.

b) A graduação dos conteúdos, a necessidade de cumprir o programa de ensino radicalmente e a vontade dos responsáveis.

c) A adequação dos conteúdos, a necessidade de memorização dos conteúdos e o contexto social.

d) A adequação dos conteúdos à idade escolar dos alunos e a facilidade de leitura dos livros didáticos.

AGORAÉASUAVEZ

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e) O contexto social dos alunos, pois os que são mais carentes têm sua capacidade de aprender anulada.

Questão 4:

As principais Teorias do Currículo são:

a) Teorias Sociointeracionistas, Teorias Críticas e Teorias Tradicionais.

b) Teorias Reprodutivistas, Teorias Tradicionais e Teoria Epistemológica.

c) Teorias Tradicionais, Teorias Críticas e Teorias Pós-Críticas.

d) Teorias Críticas, Teorias Sociais e Teoria da Reprodução de Conteúdos.

e) Teorias Tradicionais, Teorias histórico-sociais e Teoria Piagetiana.

Questão 5:

As Teorias Tradicionais organizam os con-teúdos como em uma fábrica, ordenam as etapas que devem ser seguidas, assim como o resultado que deve ser avaliado no final.

Porque:

Elas surgiram em uma época na qual as ideias tayloristas estavam em alta e influen-ciaram o campo educativo.

a) A primeira afirmação é falsa e não justifica a segunda.

b) A primeira afirmação é verdadeira, mas a segunda é falsa.

c) As duas afirmações estão incorretas.

d) A primeira afirmação é verdadeira, mas a segunda é falsa.

e) A primeira afirmação é verdadeira e justifica a segunda afirmação.

Questão 6:

A partir das leituras realizadas, defina com suas palavras o conceito de currículo.

Questão 7:

Após a leitura do texto, responda a pergun-ta:

Para o educador-educando, dialógico, problematizador, o conteúdo programático da educação não é uma doação ou uma imposição – um conjunto de informes a ser depositado nos educandos –, mas a devolução organizada, sistematizada e acrescentada ao povo daqueles elementos que este lhe entregou de forma desestruturada (FREIRE, 2005, p. 96-97).

Paulo Freire representa qual tipo de Teoria Curricular em seu discurso? Identifique-o e escreva um pequeno texto, de até 10 li-nhas, sobre ele.

AGORAÉASUAVEZ

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AGORAÉASUAVEZQuestão 8:

É importante para o professor o momento da seleção dos conteúdos. Em dado mo-mento do planejamento de ensino, ele de-verá realizar essa tarefa. Escreva os crité-rios que o professor deve ter ao selecionar conteúdos de ensino.

Questão 9:

Leia o seguinte caso e responda a questão proposta:

Na escola de Daise, é comemorado o dia da consciência negra. Para essa comemo-ração é destinada uma semana de ativida-des diferenciadas, em que a cultura e a his-tória dos negros no Brasil é contemplada

nas salas de aula da escola. Depois, todos os trabalhos são expostos no pátio, onde também ocorrem apresentações de dan-ças e músicas, típicas da cultura negra.

Segundo a Teoria Curricular Pós-Crítica, essa atividade desenvolvida na escola con-templa as ideias de um currículo multicultu-ral? Explique sua resposta.

Questão 10:

Escreva um pequeno texto, de até 10 li-nhas, conceituando currículo multicultural e crie um exemplo de um conteúdo que deveria ser contemplado em um currículo de acordo com as Teorias Pós-Críticas do Currículo.

Neste tema, você aprendeu que currículo são as experiências desenvolvidas na escola ou sob a orientação dela, envolvendo habilidades, valores, ideologias. Quando se organiza um currículo escolar, deve-se levar em consideração o que se está ensinando, por que se está ensinando e para quem.

Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!

FINALIZANDO

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37

ALMEIDA, Fernando José. Por um currículo consistente. Revista Nova Escola. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/diretor/curriculo-consistente-568009.shtml>. Acesso em: 1 dez. 2013.

Freire, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.

HAYDT, Regina Célia C. Curso de Didática Geral. São Paulo: Ática, 2006.

SILVA, Tomaz Tadeu. Documentos de Identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.

REFERÊNCIAS

Alteridade: é a noção de que cada indivíduo é único, diferente, e que isso se afirma em contato com o outro.

Jargão: consiste em palavras e expressões de um grupo profissional específico.

Multiculturalismo: é o reconhecimento das diferenças na formação da sociedade, ou seja, todos têm direitos iguais perante a lei, mas podem pertencer a grupos étnicos culturais diferenciados.

Status quo: é a manutenção de uma realidade tal como ela se encontra. É apresentado para descrever as ações empreendidas para a manutenção de privilégios, por exemplo, econômicos ou de dominação cultural.

Taylorismo: vem da Teoria de Frederick Taylor, que desenvolveu um sistema de organização da produção industrial em etapas.

GLOSSÁRIO

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Questão 1

Resposta: Para selecionar o conteúdo, o professor deverá considerar alguns aspectos como: a adequação do conteúdo à idade de seus alunos, a atualidade científica e a utilidade prática na resolução de problemas. É importante que os conteúdos sejam desafiadores e que estimulem o progresso contínuo dos alunos. É preciso considerar, ainda, a realidade da comunidade escolar.

Questão 2

Resposta: Alternativa B.

A Teoria Tradicional do currículo define o que deve ser estudado e como deve ser organizado o conteúdo dentro da escola, sem a preocupação com o porquê se seleciona os conteúdos.

Questão 3

Resposta: Alternativa A.

Os conteúdos devem sempre ser apresentados de forma gradual, do simples para o mais complexo, levando-se em consideração as experiências que os alunos já tiveram e sua realidade social.

Questão 4

Resposta: Alternativa C.

As teorias estão expressas de acordo com a ordem em que surgiram historicamente: Tradicionais, Críticas e Pós-Críticas.

GABARITO

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Questão 5

Resposta: Alternativa E.

As Teorias Tradicionais sofrem forte influência do modelo de racionalização taylorista, que prevê uma organização racionalizada e que poderá ser medida ao final do processo.

Questão 6

Resposta: O conceito de currículo sempre envolve as ações de organização e seleção de conteúdos, assim como de experiências, habilidades e conceitos que são desenvolvidos na escola ou sob sua orientação.

Questão 7

Resposta: A grande contribuição de Paulo Freire no Brasil foi a de questionar o papel da educação como legitimadora do status quo. Em Pedagogia do Oprimido, ele reflete sobre a possibilidade de uma educação emancipadora, na qual os conteúdos escolares seriam mediados para o conhecimento do mundo e emancipação cultural. Paulo Freire fala sobre o processo de conscientização na educação, mas considera importante a transmissão dos conteúdos sistematizados. O ponto focal aqui, entretanto, é a forma como se chegará a essa sistematização.

Questão 8

Resposta: Os conteúdos devem ser organizados, ainda segundo Haydt (2006), considerando-se a continuidade, a sequência e a integração. Devem ser organizados do mais simples para o complexo e com nível crescente de dificuldade. Os conteúdos devem estar integrados com a realidade e entre si. Para organizar os conteúdos, existem diferentes formas. Eles podem ser organizados por tópicos, por temas, por unidades, por módulos e, ainda, por projetos de atividade.

Questão 9

Resposta: As atividades que ocorrem apenas uma vez no ano não contemplam a ideia de um currículo multicultural, pois sustentam a noção de tolerância e respeito. Os conteúdos referentes à cultura negra deveriam fazer parte do conjunto de conhecimentos desenvolvidos na escola durante todo o ano.

GABARITO

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GABARITOQuestão 10

Resposta: As Teorias Pós-Críticas, segundo Silva (2003), acrescentam às discussões sobre currículo temas atuais como: multiculturalismo, identidade, alteridade, subjetividade, saber-poder e sexualidade, etnia, entre outros. Os estudos Pós-Críticos surgiram nos Estados Unidos, no meio universitário, como uma contestação ao conteúdo que era ensinado. Por exemplo, consideraram que a estética e a literatura que faziam parte do currículo representavam um grupo dominante formado por homens brancos. Assim, consideraram que os grupos sociais dominados deveriam ser representados em suas contribuições culturais.

O aluno poderá construir seu exemplo abordando um caso que inclua a temática de gênero, etnia, raça, sexualidade.

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seções

Tema 03Planejamento de Ensino

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SeçõesSeções

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Tema 03Planejamento de Ensino

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Conteúdo

Nessa aula você estudará:

• A conceituação de planejamento de ensino.

• Os tipos de planejamento de ensino.

• Como elaborar um planejamento de ensino.

• Os tipos de objetivos de ensino.

• Como eleger e elaborar objetivos de ensino.

CONTEÚDOSEHABILIDADES

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CONTEÚDOSEHABILIDADESHabilidades

Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:

• Qual é a importância de saber elaborar um planejamento de ensino?

• Como elaborar um planejamento de ensino?

• Quais são os diferentes tipos de planejamento?

• Como eleger e traçar objetivos gerais e específicos?

CONTEÚDOSEHABILIDADES

O Planejamento de Ensino

Inicio este tema de forma diferente. Vou contar uma história. Quando comecei meus estudos para ser professora, no antigo Curso Normal (Ensino Médio Profissionalizante para a formação de professores para os anos iniciais), aprendi a organização do trabalho docente de forma bastante minuciosa e, por que não dizer, técnica.

Entretanto, naquela época, década de 1980, os estudos de Piaget sobre a Epistemologia Genética influenciavam sobremaneira a área educativa; era o início e também o ápice do que se pode denominar Construtivismo. As críticas ao tecnicismo educacional, movimento que prioriza a técnica no campo educativo, estavam em alta. No interior da escola, os professores discutiam a necessidade de renovação educativa e a quebra do paradigma tecnicista.

Para entender melhor essa história, é preciso pensar sobre o que foi a década de 1980, denominada por muitos a ”década perdida”. Você deve estar se perguntando o que isso tem a ver com o planejamento de ensino. Já explico. Era em uma época influenciada pelo recente fim da ditadura, em que todos queriam liberdade. É claro que incluía a liberdade para planejar, fora de rígidos padrões técnicos.

LEITURAOBRIGATÓRIA

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LEITURAOBRIGATÓRIALEITURAOBRIGATÓRIAA tensão que expressei anteriormente (no interior da escola na qual estudei) caracterizava-se pelo embate entre os professores: tradicionalismo versus construtivismo. A professora de Didática era partidária do tradicionalismo e dizia que, para inovar, era necessário uma base de conhecimentos sólidos sobre o assunto. Os professores construtivistas trabalhavam com a ideia apaixonante e revolucionária da criação na prática educativa. Com esse embate, aprendi que é preciso unir conhecimento técnico com a capacidade de revolucionar o que já sabemos.

Quando se fala sobre quais conteúdos selecionar e por quê, fala-se também de como organizar, inovar e avaliar a prática docente cotidiana. Portanto, este tema tratará dos conteúdos que compõem a competência técnica do professor, começando pelo ato de planejar.

Em seu livro, a autora Haydt (2006) afirma que planejar é a ação de prever e decidir sobre o futuro. Quando se planeja, decide-se o que fazer e como fazer. A ação de planejar também permite avaliar se foi alcançado o resultado esperado.

Ainda segundo Haydt (2006), há diferentes tipos de planejamento, como você poderá visualizar no Quadro 3.1, a seguir, adaptado com as informações do Livro–Texto.

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Quadro 3.1 Planejamentos na área da educação

Planejamento de um sistema

educacional

Planejamento geral das

atividades de uma escola

Planejamento do currículo

Planejamento didático ou de

ensino

Esse planejamento é realizado em

nível macro. Ele é realizado em nível nacional, estadual

ou municipal. Prevê uma legislação específica e o gerenciamento

de verbas. Prevê, também, uma legislação para servir de

guia. Como todo planejamento,

prevê resultados, estabelece metas e normas e deverá

ter mecanismos estruturados de

avaliação.

O planejamento das atividades da escola deve ser

realizado de forma participativa por

todos os elementos da comunidade

escolar. Atualmente, o planejamento

da escola é denominado

Projeto Político-Pedagógico. Além do planejamento pedagógico, toda escola deve ter o Regimento

Escolar, que define as normas da

instituição.

O planejamento curricular deve

obedecer ao que está proposto

pela Federação, como conteúdos mínimos exigidos

e adequados para cada nível escolar. Deve

obedecer às normas das Diretrizes Curriculares

Nacionais. Cada escola poderá selecionar os

conteúdos com os quais trabalhará e de que forma trabalhará.

Entretanto, deverá seguir, pelo menos, o mínimo estabelecido

pela lei.

O planejamento didático é realizado

pelo professor. É feito com base nos outros tipos

de planejamentos (Educacional, Curricular, da

Escola). Entretanto, delimita o que

será trabalhado no dia a dia escolar. Ele é uma junção

de conteúdos, objetivos, técnicas, métodos e materiais

pedagógicos. Deve levar em consideração o

contexto do grupo de alunos e da

comunidade escolar.

O planejamento de ensino é aquele que o professor deverá dominar. Não há um formato único de como deve ser elaborado, mas há alguns itens integrantes. O que se apresenta aqui é apenas uma sugestão de como organizá-lo. Lembre-se de que você poderá inovar sempre, o que é desejável.

O planejamento de curso se refere a conteúdos e habilidades que serão trabalhados durante todo o curso. Ele deve respeitar o planejamento de ensino, o curricular e o projeto da escola.

LEITURAOBRIGATÓRIA

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LEITURAOBRIGATÓRIAO planejamento de unidade reúne vários temas relacionados, pode ter a duração de um mês ou três meses, dependendo da duração do curso. O planejamento de unidade pode ser substituído por módulos de ensino ou por aquilo que se denomina projeto de ensino. Ele é uma forma de organização que vem após o planejamento de unidade, para que os conteúdos e habilidades estejam bem-distribuídos durante a duração do curso.

O planejamento de aula é o mais específico de todos, e alguns autores, como Marcozzi (1965), ainda trazem o planejamento de atividade, no qual se descrevem todos os passos de cada atividade na aula, assim como a organização do espaço da sala de aula.

Segundo Haydt (2006), o planejamento é feito a fim de alcançar os objetivos determinados, transpor dificuldades e superar o espontaneísmo. O planejamento também tem outras vantagens, pois permite a seleção prévia de materiais para aulas, possibilita incitar interesses e a curiosidade dos alunos, permite a inclusão de assuntos atuais na sala de aula e permite otimizar o tempo disponível.

Para que o planejamento seja eficiente é necessário que seja coerente; é preciso que tenha uma sequência interna, que seja flexível, ou seja, deve permitir improvisações e modificações em todo o seu percurso. O planejamento precisa ser exequível, ou seja, precisa ter condições práticas para ser realizado.

Um ponto fundamental no planejamento didático é a definição de objetivos. Os objetivos podem ser definidos como objetivos gerais ou como objetivos específicos. Os objetivos gerais são amplos e devem ser alcançados a longo prazo. Os objetivos específicos, como o nome já diz, devem alcançados a curto prazo, geralmente dentro do planejamento de aula ou do planejamento de atividade.

Os objetivos específicos podem ser traçados de forma operacionalizada, ou seja, objetivos operacionalizados. Neste padrão, os objetivos deverão expressar: a tarefa a ser realizada, o tempo para tal, o que será avaliado e os meios oferecidos. Os exemplos a seguir evidenciam, para cada objetivo geral, pelo menos um objetivo específico/operacional.

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Exemplo 1:

Objetivo Geral

O aluno deverá desenvolver a capacidade de argumentação oral.

Objetivo Operacionalizado

O aluno deverá, após a leitura do estudo de caso proposto,

listar em grupo pelo menos três procedimentos que solucionem o caso e defendê-los de forma oral.

Exemplo 2:

Objetivo Geral

O aluno deverá compreender a importância do planejamento de

ensino.

Objetivo Operacional

O aluno deverá ser capaz de, ao final da leitura do roteiro

de estudos, traçar um objetivo operacional.

O aluno deverá ser capaz de estabelecer, por meio da produção

de um texto de até 10 linhas, as diferenças entre o planejamento escolar e o planejamento de um

sistema educacional.

Observe que, nos exemplos apresentados, estão descritos critérios que, segundo Haydt (2006), facilitam a avaliação da tarefa, ou seja, saber se o objetivo foi alçando ou não.

Agora que já foi finalizada a descrição de objetivos, será realizada uma pequena demonstração de como podem ser estruturados planos de ensino. Observe o plano de aula a seguir (Quadro 3.2):

LEITURAOBRIGATÓRIA

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Quadro 3.2 Exemplo de plano de aula

Plano de AulaFaculdade Anhanguera

Curso de Pedagogia - 3a sérieProfessora Andreia Corrêa

Disciplina: Didática e Prática de Ensino

Objetivos

Introdução ao tema

(incentivo ao estudo do tema)

DesenvolvimentoMateriais

UtilizadosAvaliação Observações

Geral: o aluno deverá ser capaz de compreender a Teoria Constru-tivista no Brasil. Objetivos Espe-cíficos: o aluno

deverá, após as-sistir ao vídeo in-dicado, caracte-rizar as fases de desenvolvimento da Epistemologia Genética de Jean Piaget. O aluno deverá conceitu-ar, após a leitura do texto propos-to, os processos de assimilação, acomodação e equilibração.

1) Os alunos terão aces-so ao texto inicial de

leitura que explica a

importância da Epis-

temologia Genética na educação.

2) Os alunos assistirão aos

vídeos propostos e, em seguida,

responderão aos exercícios pro-

postos (individu-almente). 3) Os alunos refletirão sobre as princi-

pais contribuições de Piaget para a educação. 4) Os

alunos escreverão um texto sobre o que aprenderam sobre a Teoria de

Piaget.

*Vídeo so-bre a Epis-temologia Genética.

*Roteiro de Estudos.

*Material para pro-dução de

texto.

Ao final da atividade, os

alunos respon-derão exercí-cios no Am-

biente Virtual e observarão seu desem-penho. Eles

deverão acer-tar até 70%

dos exercícios propostos. Os

Este espaço fica destinado para observa-ções posterio-res do profes-sor, tais como

resultados de avaliação, modificações

que precisarão ser implemen-

tadas.

Poderão ser re-gistrados pon-tos positivos e negativos. Essas avalia-ções podem

ser revistas no decorrer do

processo para replanejamen-

tos.

É importante salientar que existem inúmeras possibilidades para a realização de um planejamento. Você poderá ou não utilizar uma tabela, um caderno, o formato pode ser o que você preferir. É importante observar que todo planejamento precisa explicitar: os

LEITURAOBRIGATÓRIA

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Quer saber mais sobre o assunto? Então:

SitesLeia o texto Construtivismo: desdobramentos teóricos no campo da educação, da Revista eletrônica de Educação da Universidade Federal de São Carlos.Disponível em: <http://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/viewFile/120/86>. Acesso em: 1 dez. 2013.

Consulte o Portal de Educação do MEC e leia o pequeno artigo que exemplifica, na prática, a importância do planejamento.Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=18087>. Acesso em: 1 dez. 2013.

LINKSIMPORTANTES

objetivos de ensino, os conteúdos, as atividades que serão desenvolvidas, as formas de avaliação e os materiais que serão utilizados.

Esse tipo de planejamento permite prever o que será preciso reservar para a aula e os materiais que precisarão ser selecionados e/ou preparados. Por exemplo: você pode reservar um laboratório de informática, preparar um texto para seus alunos, selecionar um vídeo. Assim, você garante que o programa seja cumprido e que seus alunos de fato aprendam. Os registros escritos lhe ajudarão na avaliação de seu trabalho como docente. Você poderá refletir sobre sua prática e renová-la, de acordo com a observação que fará da sua experiência. É importantíssimo considerar que os planejamentos devem ser refeitos a cada ano, pois eles deverão ser elaborados de acordo com a realidade dos alunos e do contexto social.

Boa sorte na tarefa!

LEITURAOBRIGATÓRIA

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LINKSIMPORTANTESLeia o artigo Revista escola nova (1930-1931): um estudo sobre o tecnicismo e Educação, que trata do tecnicismo educacional.Disponível na página do grupo de pesquisas de História da Educação da Unicamp: <http://www.histedbr.fae.unicamp.br/acer_histedbr/jornada/jornada7/_GT1%20PDF/REVISTA%20ESCOLA%20NOVA%20_1930-1931_%20UM%20ESTUDO%20SOBRE%20O%20TECNICISMO%20E.pdf>. Acesso em: 1 dez. 2013.

Vídeos Importantes: Acesse o vídeo Didática Geral: Estratégias de Ensino, que vai mostrar o trabalho de um professor na sala de aula e suas estratégias de planejamento.Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=vuvhKS-fApQ>. Acesso em: 1 dez. 2013.

Assista à entrevista Rubem Alves – O papel do professor.Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=_OsYdePR1IU&feature=related>. Acesso em: 1 dez. 2013.

Assista ao vídeo Didática Geral: Planejamento de aula da Univesp.Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=otZP6XhiWx8>. Acesso em: 1 dez. 2013.

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Instruções:

Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.

Questão 1:

Leia o excerto e, em seguida, responda a questão proposta:

[...] O construtivismo não é um método. É uma teoria sobre o aprendizado infantil posta de pé nos anos 20 do século passado pelo psicólogo suíço Jean Piaget. A teoria do suíço deu credibilidade à concepção segundo a qual a construção do conhecimento pelas crianças é um processo diretamente relacionado à sua experiência no mundo real. Ponto. A aplicação prática feita nas escolas brasileiras tem apenas o mesmo nome da teoria de Piaget. O construtivismo tornou-se uma interpretação livre de um conceito originalmente racional e coerente. Ele adquiriu várias facetas no Brasil. Unifica-as o primado da realidade da criança sobre os conceitos básicos das disciplinas tradicionais. [...] A experiência mostra

que as interpretações livres do construtivismo podem ser desastrosas – especialmente quando a escola adota suas versões mais radicais. Nelas, as metas de aprendizado são simplesmente abolidas. O doutor em educação João Batista Oliveira explica: “O construtivismo pode se tornar sinônimo de ausência de parâmetros para a educação, deixando o professor sem norte e o aluno à mercê de suas próprias conjecturas” (BORTOLOTI, 2010, s.p.)

Com base no texto apresentado, construa um texto sobre a importância do planeja-mento educacional para a concretização de uma educação de qualidade.

AGORAÉASUAVEZ

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Questão 2:

Os objetivos educacionais são extrema-mente importantes para traçar o planeja-mento. Existem dois tipos de objetivos que podem ser traçados quando se planeja, são eles respectivamente:

a) Tradicionais e Técnicos.

b) Gerais e Específicos.

c) Internos e Abrangentes.

d) Operacionais e Específicos.

e) Dialógicos e Operacionais.

Questão 3:

Podem ser classificados como objetivos operacionais aqueles que:

a) Apresentam as condições necessárias para a realização das tarefas e podem ser alcançados a longo prazo.

b) Sempre descrevem o tempo que a tarefa deve levar.

c) Ajudam o professor a organizar as aulas, porque ele poderá prever absolutamente tudo.

d) Determinam a sequência dos fatos e do planejamento curricular.

e) Descrevem a tarefa a ser realizada, o tempo para tal, o que será avaliado e os meios oferecidos.

Questão 4:

O tipo de planejamento realizado em nível macro, no qual estão envolvidos os Siste-mas Estaduais e Municipais de Educação, é denominado:

a) Planejamento de atividade.

b) Planejamento Nacional Curricular.

c) Planejamento de um Sistema Educacional.

d) Planejamento de Ensino.

e) Projeto Político-Pedagógico.

Questão 5:

O planejamento precisa estar de acordo com a realidade da comunidade escolar e dos alunos. São características de um pla-nejamento coerente:

a) Apresentar uma sequência interna; ser flexível, permitindo improvisações e modificações; ser exequível, ou seja, ter condições práticas para ser realizado.

b) Objetivos bem definidos, inflexibilidade e possibilitar uma avaliação final.

c) Ser realizado em grupo. É preciso que tenha uma sequência interna e que seja inflexível. O planejamento precisa ser exequível, ou seja, precisa ter condições práticas para ser realizado.

AGORAÉASUAVEZ

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d) Obedecer às normas do método construtivista, ser flexível e ser exequível.

Questão 6:

O planejamento educacional é diferenciado, pois abrange inúmeras instâncias na defini-ção de metas. Com base em seus estudos, escreva um texto dissertativo definindo o conceito de planejamento de ensino.

Questão 7:Os objetivos podem ser classificados como gerais, quando são mais abrangentes, e operacionais, quando se referem a habili-dades mais imediatas. Trace um objetivo geral e um objetivo operacional correspon-dente para alunos de 6 anos que estão em processo de alfabetização/leiturização.

Questão 8:Para realizar um Planejamento de Aula, o professor deve registrar algumas infor-mações imprescindíveis. Descreva, em tópicos, quais são as informações indis-pensáveis para a realização desse tipo de planejamento.

Questão 9:

Existem diferentes tipos de planejamento. Escreva um pequeno texto definindo as características do Planejamento geral das atividades de uma escola.

Questão 10:

Leia o caso a seguir e responda a questão proposta:

Adriana é professora de uma turma de En-sino Fundamental em uma escola munici-pal urbana. Seus alunos sabem ler, mas não têm o hábito de leitura. Eles não têm familiaridade com livros, revistas ou jornais.

Quais ações Adriana poderia implemen-tar em seu planejamento de ensino para sanar este problema? Elabore um plane-jamento de um dia de aula pensando na turma de Adriana.

AGORAÉASUAVEZ

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Neste tema, você aprendeu mais sobre a importância do planejamento de ensino. Aprendeu também a diferenciar os tipos de planejamento existentes na área educacional. Agora você sabe como traçar objetivos, tanto gerais como específicos, e já é capaz de realizar um pequeno planejamento de aula.

Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!

BORTOLOTI, M. Salto no escuro. Revista Veja, 2010. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/120510/salto-no-escuro-p-118.shtml>. Acesso em: 1 dez. 2013.

HAYDT, Regina Célia C. Curso de Didática Geral. São Paulo: Ática, 2006.

MARCOZZI, Alayde Madeira et al. Ensinando a criança. Rio de Janeiro: Editora Ao livro técnico, 1965.

FINALIZANDO

REFERÊNCIAS

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GLOSSÁRIO

GABARITO

Coerente: que apresenta sentido, lógico.

Construtivismo: teoria desenvolvida por Jean Piaget, identificada também como Epistemologia Genética.

Exequível: algo que pode ser realizado.

Operacional: aquilo que possibilita a realização de uma tarefa da melhor maneira possível, estabelecendo estratégias.

Tecnicismo: corrente educacional que prioriza a técnica acima de tudo.

Questão 1

Resposta: Quando o professor não planeja, alegando querer manter a espontaneidade e a criatividade, ele corre o risco de ficar perdido no trabalho pedagógico. Ser espontaneísta não é ser criativo. O planejamento tem várias vantagens, como propiciar melhor aproveitamento do tempo e dar mais segurança ao professor.

Questão 2

Resposta: Alternativa B.

Os objetivos podem ser classificados como gerais e específicos.

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Questão 3

Resposta: Alternativa E.

Segundo Haydt (2006), os objetivos operacionais praticamente descrevem as tarefas a serem realizadas e facilitam a avaliação das mesmas.

Questão 4

Resposta: Alternativa C.

Esse planejamento é realizado em nível macro. Ele é realizado em nível nacional, estadual ou municipal. Prevê uma legislação específica e o gerenciamento de verbas. Prevê também uma legislação para servir de guia. Como todo planejamento, prevê resultados, estabelece metas e normas e deverá ter mecanismos estruturados de avaliação.

Questão 5

Resposta: Alternativa A.

Para que o planejamento seja eficiente é necessário que seja coerente; é preciso que tenha uma sequência interna, que seja flexível, ou seja, permitir improvisações e modificações em todo o seu percurso. O planejamento precisa ser exequível, ou seja, precisa ter condições práticas para ser realizado.

Questão 6

Resposta: O planejamento didático é realizado pelo professor. É feito com base nos outros tipos de planejamentos (Educacional, Curricular, da Escola). Entretanto, ele delimita o que será trabalhado no dia a dia escolar. É uma junção de conteúdos, objetivos, técnicas, métodos e materiais pedagógicos. Deve levar em consideração o contexto do grupo de alunos e da comunidade escolar.

Questão 7

Resposta: A resposta é aberta, pois cada aluno poderá traçar um objetivo educacional a sua livre escolha.

GABARITO

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GABARITOQuestão 8

Resposta: Os tópicos são: curso, aluno, nome do professor, disciplina, objetivos, introdução ao tema, desenvolvimento da atividade, materiais utilizados e avaliação.

Questão 9

Resposta: O planejamento das atividades da escola deve ser realizado de forma participativa por todos os elementos da comunidade escolar. Atualmente, o planejamento da escola é denominado Projeto Político-Pedagógico. Além do planejamento pedagógico, toda escola deve ter o Regimento Escolar, que define as normas da escola.

Questão 10

Resposta: A resposta é aberta. Os alunos irão criar um planejamento para solucionar o caso.

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seções

Tema 04Contextualizando os Métodos de Ensino:a Organização do Trabalho Pedagógico

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SeçõesSeções

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Tema 04Contextualizando os Métodos de Ensino:a Organização do Trabalho Pedagógico

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Conteúdo

Nessa aula você estudará:

• O conceito de método de ensino.

• A classificação dos métodos de ensino.

• Os procedimentos de ensino-aprendizagem individualizantes.

• O Método Montessori.

• Os centros de interesse.

CONTEÚDOSEHABILIDADES

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Habilidades

Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:

• O que é um método de ensino?

• Como classificar os métodos de ensino?

• Como selecionar um método ou uma técnica de ensino?

• Quais são os procedimentos de ensino-aprendizagem individualizantes?

• Quem foi Maria Montessori e qual sua importância para a educação?

• O que são os centros de interesse criados por Decroly?

CONTEÚDOSEHABILIDADES

Contextualizando os Métodos de Ensino: a Organização do Trabalho Pedagógico

Você já aprendeu o que é um planejamento de ensino e como organizá-lo. Agora, você estudará o que é um método de ensino. Os métodos de ensino têm estreita relação com o momento histórico no qual foram propostos. A palavra método é definida comumente como o caminho utilizado para chegar a determinado fim. Esse fim, no caso educativo, é a aprendizagem de todos os alunos. Segundo Haydt (2006, p. 144), “[...] método de ensino é um procedimento didático caracterizado por certas fases e operações para alcançar um objetivo previsto”.

Quando se fala de métodos, ou seja, de procedimentos de ensino que serão colocados em prática, fala-se também de técnicas. As técnicas podem ser definidas, segundo Piletti (1986), como as formas de operacionalizar os métodos. Para selecionar o método, é importante refletir sobre a realidade dos alunos e seu contexto social, ou seja, a faixa etária dos alunos, os recursos da escola, o tempo de duração do curso. Além disso, é importante

LEITURAOBRIGATÓRIA

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LEITURAOBRIGATÓRIArefletir sobre os conteúdos e objetivos que estão em questão. Por exemplo, o Método Kumon foi desenvolvido por Toru Kumon, em 1954, com o objetivo de ensinar matemática a seu filho. O método foi tão eficiente que chamou a atenção de outros pais e logo se espalhou pelo Japão e, depois, pelo mundo.

A metodologia tem sempre por objetivo propiciar a aprendizagem dos alunos. É preciso estabelecer relações entre método e momento histórico, além de clareza quanto ao fato de que o método, por si só, não é garantia de aprendizagem. Ele incorpora uma série de relações entre os atores envolvidos no processo de ensino-aprendizagem e envolve os recursos utilizados, os tempos e espaços pedagógicos.

Os métodos podem ter um caráter tradicional quando têm como foco a ação do professor. São denominados métodos ativos aqueles que têm como foco a ação do aprendiz. Para estudar os métodos, será utilizada neste tema a classificação de Haydt (2006), conforme o Quadro 4.1:

Quadro 4.1 Métodos de ensino

Métodos Individualizantes de

Ensino

Métodos Socializantes de

Ensino

Métodos Socioindividualizantes

de Ensino

Valorizam o esforço individual para a realização das tarefas. Podem prever

algumas atividades em grupo, no entanto, trata-se da aprendizagem em ritmo individualizado. Exemplo:

estudo dirigido.

Valorizam técnicas de estudo em grupo e a

interação social. Exemplo: estudo de casos.

Integram atividades individualizantes e

socializantes. Exemplo: método de solução de

problemas.

Procedimentos de Ensino Individualizantes

Um dos métodos de ensino individualizantes mais praticados e tradicionais é a aula expositiva. Esse método pode ser mais conservador quando se parte de uma exposição centrada na fala do professor (exposição dogmática). Nesta situação, entende-se que o professor é o

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detentor do saber e que o aluno é o receptor do saber. Paulo Freire define esse tipo de ocorrência como uma característica de uma educação bancária, ou seja, aquela em que o professor “deposita” seu saber no aluno, que a recebe passivamente.

Em uma concepção mais dogmática, a aula expositiva representa a visão de que o educando nada sabe, mas será iluminado pelo saber do professor. E, neste caso, deverá reproduzir todas as informações que forem apresentadas pelo professor. Essa metodologia de ensino, no caso dogmático, entende que o aluno reproduzirá exatamente os conhecimentos que lhe forem passados e inibe a ideia de interação para a construção do conhecimento.

A aula expositiva pode ser mais aberta quando permite participação dos alunos, dúvidas e contestações. Entretanto, ela é realizada quando o professor deseja transmitir informações em um curto período de tempo ou quando deseja introduzir ou resumir um tema. Para tal, deve haver uma estrutura lógica e objetiva. O professor deve dominar o conteúdo e apresentá-lo de forma clara e correta, sempre levando em consideração a realidade do aluno, sua faixa etária e o tempo que conseguirá ficar concentrado. É interessante incluir diálogos e permitir a participação do educando sempre que se optar pela exposição oral de um conteúdo.

Durante as aulas expositivas, o professor deverá estabelecer uma relação entre o conhecimento apresentado e aquilo que o aluno já sabe. Poderá também sintetizar as ideias centrais da aula e apresentar pequenos resumos.

Manter os alunos atentos durante uma aula expositiva não é uma tarefa simples. Para tal, o professor deve planejar a aula, tentar manter os alunos motivados e ter senso de humor, a fim de prender a atenção e descontrair. O professor poderá abordar o conteúdo de forma diferente como: partir da apresentação das ideias mais amplas e, depois, expor informações mais específicas. Poderá também partir de exemplos de casos específicos para posteriormente apresentar conceitos gerais. Poderá também partir de problemas para, depois, apresentar possíveis soluções.

Um recurso importante durante exposições orais é o uso do quadro de giz ou slides. O professor poderá, durante a exposição, incentivar a participação dos alunos, propondo a solução de problemas, respondendo dúvidas etc. O professor poderá também utilizar diferentes materiais durante sua exposição, como pequenos textos para leitura em conjunto, vídeos ou músicas.

LEITURAOBRIGATÓRIA

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LEITURAOBRIGATÓRIAOutro procedimento individualizante é o estudo dirigido, no qual o professor elabora um roteiro que deverá ser respondido pelo aluno. Segundo Haydt (2006), esse roteiro deverá propor desafios aos alunos, como a solução de problemas ou a observação e realização de experiências. O estudo dirigido também pode conter perguntas a serem respondidas a partir de um texto, podendo conter trechos de jornais, palavras cruzadas, músicas ou atividades que envolvam pintura, por exemplo. Estão entre os objetivos do estudo dirigido: desenvolver o hábito e a autonomia de estudo, contribuir para o desenvolvimento cognitivo dos alunos e respeitar o ritmo individual do aluno, que poderá solucionar os roteiros em ritmo próprio e adequado.

Vale destacar, agora, o Método Montessori, classificado como um método de ensino individualista, segundo Haydt (2006). Maria Montessori dedicou-se ao estudo do aprendizado de crianças portadoras de necessidades especiais. Entretanto, suas ideias educacionais foram ampliadas e utilizadas para todos. Ela foi a primeira mulher a se formar em Medicina em Roma, em 1894, e contestou a educação tradicional de sua época. Desenvolveu materiais e jogos especiais para crianças, além de ter percebido a importância de se adequar o mobiliário para a educação na infância.

Outro método interessante para a Pedagogia é o sistema pedagógico de Decroly. Decroly nasceu na Bélgica, em 1907, e expandiu-se por outros países. Decroly negou-se a escrever detalhadamente sobre seu método de ensino, pois considerava importante a adequação do método a cada realidade. Assim como Montessori, também era da área da saúde e considerava o ser humano como um ser biológico. Para ele, a principal função da educação era promover o desenvolvimento pleno do educando, e o conhecimento deveria partir do interesse do aluno.

Decroly enfatizou a importância do lúdico na educação e defendeu que o interesse das crianças deveria convergir em conteúdos escolares. Os centros de interesse constituíam-se em oficinas, nas quais os conteúdos eram trabalhados de forma integral e ligados à vida. Foi defensor de um método ativo, centrado na atividade da criança.

Segundo Haydt (2006), os centros de interesse eram compostos por três etapas básicas: observação (os alunos entram em contato com os fatos ou conhecimentos); associação (os alunos relacionam os novos conhecimentos); expressão (os alunos utilizam diferentes linguagens para comunicar o que aprenderam sobre o assunto).

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Considerações Finais

As metodologias auxiliam na organização das atividades escolares e na criação de espaços significativos para os educandos. Para a realização das atividades aqui expostas (estudo dirigido, organização de centros de interesse e até aula expositiva), o professor deve atentar-se para as diferentes formas de organização do espaço físico da sala de aula. Deve atentar-se, também, para a possibilidade de uso de diferentes espaços escolares, quadras, bibliotecas, brinquedotecas etc.

A organização do tempo e do espaço escolar é um diferencial para qualquer atividade que se queira realizar com alunos. Quando se trata de estudo dirigido, além das fichas de atividades que o professor deverá compor, é preciso pensar na distribuição dos alunos para a realização das atividades. Durante as aulas expositivas, para facilitar a participação da classe, deve-se pensar em espaços organizados de forma diferente do tradicional.

Quando os alunos estão sentados enfileirados, um atrás do outro, há a impressão de rigidez. Entretanto, o espaço pode ser assim organizado para a realização de algumas atividades, quando o professor considerar necessário. É importante ressaltar, por exemplo, que para a realização do estudo dirigido, a sala pode estar dividida em estações de trabalho. As estações de trabalho são espaços organizados, com mesas dispostas formando um grupo, em que os alunos poderão circular pela sala e trocar de grupos. Eles poderão ficar nas estações de trabalho o tempo suficiente para a realização da atividade proposta para aquele tempo/espaço.

Quando se fala de estudo dirigido, sugere-se a utilização de diferentes fichas de trabalho com os alunos, ou seja, os alunos realizarão o mesmo tipo de prática individualizante, mas estarão trabalhando atividades diferenciadas. O ideal é que o aluno utilize as fichas para orientação, mas não escreva nas fichas. Essa prática é muito enriquecedora, pois permite que cada aluno trabalhe de acordo com seus interesses e habilidades. É importante, durante essa prática, que o professor perceba o que cada aluno está fazendo e interfira quando julgar necessário.

É fundamental que os alunos trabalhem habilidades diferenciadas. Em certos momentos, o professor poderá sugerir uma ficha de estudo para um aluno específico. Poderá, inclusive, após observar o desenvolvimento de todos os alunos, confeccionar fichas específicas para reforço escolar. É importante conservar um caráter lúdico, sempre respeitando a faixa etária do aluno.

Possibilitar que o aluno tenha mobilidade na sala de aula para realizar diferentes estudos pode ser estimulante, incluindo estudos realizados de forma individualizada.

LEITURAOBRIGATÓRIA

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LINKSIMPORTANTES

Quer saber mais sobre o assunto? Então:

SitesLeia o texto Centros de Interesse, na Revista do Professor, de Porto Alegre.Disponível em: <http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo7/didatica/unidade2/propostas_de_trabalho_integrado/centros_de_interesse.pdf>. Acesso em: 1 dez. 2013.

Leia o texto Ovide Decroly, o primeiro a tratar o saber de forma única, da Revista Nova Escola, que fala sobre o educador Decroly.Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/primeiro-tratar-saber-forma-unica-423099.shtml?page=2>. Acesso em: 1 dez. 2013.

Leia o texto Maria Montessori sobre essa estudiosa e sua Pedagogia.Disponível em: <http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/maria-montessori-307444.shtml>. Acesso em: 1 dez. 2013.

Sobre a conceituação dos métodos de ensino, acesse o texto Métodos de ensino e de aprendizagem: uma análise histórica e educacional do trabalho didático.Disponível em: <http://www.histedbr.fae.unicamp.br/acer_histedbr/jornada/jornada7/_GT4%20PDF/M%C9TODOS%20DE%20ENSINO%20E%20DE%20APRENDIZAGEM%20UMA%20AN%C1LISE%20HIST%D3RICA.pdf>. Acesso em: 1 dez 2013.

Vídeos Importantes: Assista ao vídeo Maria Montessori e compreenda melhor sua Teoria.Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=0HQJtvgg320>. Acesso em: 1 dez. 2013.

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Assista ao vídeo Ensino de Ciências: Métodos e Técnicas. Ele trata de metodologia de ensino.Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=qynHlQkj93Y>. Acesso em: 1 dez. 2013.

Assista ao vídeo Ovide Decroly: La entrevista, uma bem-humorada entrevista.Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=8w1z8JQoDp4>. Acesso em: 1 dez. 2013.

LINKSIMPORTANTES

Instruções:

Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.

Questão 1:

A aula expositiva dogmática é um dos pro-cedimentos de ensino individualizantes que pode ser relacionado com a educação ban-cária, criticada por Paulo Freire. Leia o tex-to a seguir e responda a questão proposta:

Em lugar de comunicar-se, o educador faz “comunicados” e depósitos que os educandos, meras incidências, recebem pacientemente, memorizam e repetem. Eis aí a concepção bancária

da educação, em que a única margem de ação que se oferece aos educandos é a de receberem os depósitos, guardá-los e arquivá-los. Margem para serem colecionadores ou fichadores das coisas que arquivam. No fundo, porém, os grandes arquivados são os homens, nesta [...] equivocada concepção ‘bancária’ da educação.

Arquivados, porém, fora da busca, fora da práxis não podem ser. Na visão “bancária” da educação, o “saber” é uma doação dos que se julgam sábios aos que julguem nada saber. Doação

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que se funda numa das manifestações instrumentais da ideologia da opressão - a absolutização da ignorância, segundo a qual esta se encontra sempre no outro (FREIRE, 2005).

Escreva um pequeno texto comentando como o professor pode realizar exposições orais de forma não dogmática.

Questão 2:

Os centros de interesse foram idealizados pelo educador Ovide Decroly e apresentam três etapas fundamentais, descritas a seguir:

a) Observação (os alunos entram em contato com os fatos ou conhecimentos); associação (os alunos relacionam os novos conhecimentos); expressão (os alunos utilizam diferentes linguagens para comunicar o que aprenderam sobre o assunto).

b) Interação (os alunos discutem os conhecimentos); associação (os alunos relacionam os novos conhecimentos); expressão (os alunos utilizam diferentes linguagens para comunicar o que aprenderam sobre o assunto).

c) Observação (os alunos entram em contato com os fatos ou conhecimentos); Discussão (os alunos relacionam os novos conhecimentos); Memorização (os alunos utilizam as mesmas linguagens para comunicar o que aprenderam sobre o assunto).

d) Interação com o meio (o professor lista os fatos ou conhecimentos); associação (os alunos relacionam os novos conhecimentos); expressão (os alunos utilizam diferentes linguagens para comunicar o que aprenderam sobre o assunto).

e) Nenhuma das alternativas apresentadas.

Questão 3:

Entre as contribuições de Maria Montessori para o campo educativo, pode-se destacar que ela:

a) Instituiu uma educação apenas para crianças consideradas especiais.

b) Criticou as aulas expositivas dogmáticas, criando o conceito de educação bancária.

c) Reconheceu a importância de um mobiliário especial para alunos da Educação Infantil.

d) Nenhuma das anteriores.

Questão 4:Segundo Haydt (2006), os objetivos do es-tudo dirigido são:

a) Desenvolver o hábito de estudo e contribuir para a memorização dos conteúdos apresentados.

AGORAÉASUAVEZ

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b) Dar ao aluno o tempo que ele quiser para realizar a atividade quando for do interesse dele.

c) Dar oportunidade para que o aluno discuta suas opiniões em grupo.

d) Contribuir para o desenvolvimento cognitivo e social dos alunos, proporcionando discussões em grupo.

e) Desenvolver o hábito e a autonomia de estudo, contribuir para o desenvolvimento cognitivo dos alunos e respeitar o ritmo individual do aluno, que poderá solucionar os roteiros em ritmo próprio e adequado.

Questão 5:

Haydt (2006) classifica os métodos de en-sino como:

a) Sociointeracionistas, Socializantes e Individuais.

b) Interacionistas, Individualistas e Sociais.

c) Individualizantes, Socializantes e Socioindividualizantes.

d) Construtivistas, Interacionistas e Socioindividualizantes.

e) Interacionistas, Históricos e Ativos.

Questão 6:

Leia o texto a seguir e responda a questão proposta:

Para discutir o Método Paulo Freire, citarei a definição de método do Dicionário de Filosofia. Lalande (1999, p.678), define etmologicamente, como “demanda” e, por consequência, esforço para atingir um fim, investigação, estudo. Este conceito sobre método vem desde Aristóteles como investigação. Acredito que tenha sido o que Freire observou, de como se aprende e como se ensina de forma crítica a partir da realidade do/a educando/a, consequentemente surgindo o seu método (RAMEH, 2005).

Escreva um texto definindo o que é método de ensino.

Questão 7:

A aula expositiva pode ser dogmática ou pode apresentar uma dimensão ativa. Es-creva um texto diferenciando os dois enfo-ques para aulas expositivas.

Questão 8:

A aula expositiva é um recurso muito utilizado nas escolas. Comente os cuidados e os re-cursos que o professor deve ter no momento em que for realizar uma aula expositiva.

Questão 9:

Para selecionar o método, é importante considerar a realidade dos alunos. Comen-

AGORAÉASUAVEZ

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te quais são os cuidados que o educador deve ter no momento de selecionar os mé-todos de ensino.

Questão 10:

Para a construção das fichas de estudo di-rigido, o professor deverá seguir certos cri-térios. É importante considerar o tempo e o espaço pedagógico para tal. Comente os critérios norteadores para a confecção das fichas e organização da sala de aula duran-te o desenvolvimento do estudo dirigido.

AGORAÉASUAVEZ

Neste tema, você aprendeu sobre o conceito de metodologia e de técnica educativa. Aprendeu também sobre o que são atividades individualizantes e como aplicá-las no cotidiano escolar. Você também estudou sobre a organização dos tempos e espaços escolares para a realização de tais técnicas.

Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!

FINALIZANDO

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76

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.

HAYDT, Regina Célia C. Curso de Didática Geral. São Paulo: Ática, 2006.

MARCOZZI, Alayde Madeira et al. Ensinando a criança. Rio de Janeiro: Editora Ao livro técnico, 1965.

RAMEH, Letícia. Método Paulo Freire: uma contribuição para a história da edu-cação brasileira. Trabalho apresentado no V Colóquio Internacional Paulo Frei-re, Recife, 19 a 22-setembro 2005. Disponível em: <http://www.paulofreire.org.br/pdf/comunicacoes_orais/M%C3%89TODO%20PAULO%20FREIRE%20UMA%20CONTRIBUI%C3%87%C3%83O%20PARA%20A%20HIST%C3%93RIA%20DA%20EDUCA%C3%87%C3%83O%20BRASILEIRA.pdf>. Acesso em: 1 dez. 2013.

REFERÊNCIAS

GLOSSÁRIO

Dogmático: expressa uma certeza absoluta.

Expositivo: refere-se a explanar ou explicar um tema ou assunto.

Lúdico: aquilo que considera a importância da brincadeira.

Método: caminho utilizado para se chegar a determinado fim.

Técnica: palavra de origem grega que significa arte; está ligada ao fazer, ou seja, ao modo como o método é operacionalizado.

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GABARITO

Questão 1

Resposta: O aluno pode escrever um texto falando sobre a necessidade de o professor criar situações participativas durante suas aulas, evitando exposições orais prolongadas. O aluno é o centro do saber e aprende de forma ativa, e não apenas observando e ouvindo.

Questão 2

Resposta: Alternativa A.

Questão 3

Resposta: Alternativa C.

Maria Montessori foi a primeira educadora a defender um mobiliário específico para crianças da educação infantil, pois isso daria autonomia para a criança dentro da escola.

Questão 4

Resposta: Alternativa E.

Estão entre os objetivos do estudo dirigido: desenvolver o hábito e a autonomia de estudo, contribuir para o desenvolvimento cognitivo dos alunos e respeitar o ritmo individual do aluno, que poderá solucionar os roteiros em ritmo próprio e adequado.

Questão 5

Resposta: Alternativa C.

Questão 6

Resposta: “(...) método de ensino é um procedimento didático caracterizado por certas fases e operações para alcançar um objetivo previsto” (HAYDT, p. 144, 2006).

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Questão 7

Resposta: Em uma concepção mais dogmática, a aula expositiva representa a visão de que o educando nada sabe, mas será iluminado pelo saber do professor. E, nesse caso, deverá reproduzir todas as informações que forem apresentadas pelo professor. Essa metodologia de ensino, no caso dogmático, entende que o aluno reproduzirá exatamente os conhecimentos que lhe forem passados e inibe a ideia de interação para a construção do conhecimento.

A aula expositiva pode ser mais aberta quando permite participação dos alunos, dúvidas e contestações.

Questão 8

Resposta: Um recurso importante durante exposições orais é o uso do quadro de giz ou slides. O professor poderá, durante a exposição, incentivar a participação dos alunos, propondo a solução de problemas, respondendo dúvidas etc. O professor poderá também utilizar diferentes materiais durante sua exposição, como: pequenos textos para leitura em conjunto, vídeos ou músicas.

Questão 9

Resposta: Para selecionar o método é importante refletir sobre a realidade dos alunos e seu contexto social, ou seja, a faixa etária dos alunos, os recursos da escola, o tempo de duração do curso. Além disso, é importante refletir sobre os conteúdos e objetivos que estão em questão. Por exemplo, o Método Kumon foi desenvolvido por Toru Kumon, em 1954, com o objetivo de ensinar matemática para o seu filho. O método foi tão eficiente que chamou a atenção dos outros pais e logo se espalhou pelo Japão e depois pelo mundo. A metodologia tem sempre por objetivo propiciar a aprendizagem dos alunos.

Questão 10

Resposta: É importante ressaltar, por exemplo, que para a realização do estudo dirigido a sala pode estar dividida em estações de trabalho. As estações de trabalho são espaços organizados, com mesas dispostas formando um grupo, no qual os alunos poderão circular pela sala e trocar de grupos. Eles poderão ficar nas estações de trabalho o tempo suficiente para a realização da atividade proposta para aquele tempo/espaço.

GABARITO

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GABARITOQuando se fala de estudo dirigido, sugere-se a utilização de diferentes fichas de trabalho com os alunos, ou seja, os alunos realizarão o mesmo tipo de prática individualizante, mas estarão trabalhando atividades diferenciadas. O ideal é que o aluno utilize as fichas para orientação, mas não escreva nas fichas. Essa prática é muito enriquecedora, pois permite que cada aluno trabalhe de acordo com seus interesses e habilidades. É importante, durante essa prática, que o professor perceba o que cada aluno está fazendo e interfira quando julgar necessário.

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seções

Tema 05Organizando Atividades Socializadoras

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SeçõesSeções

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Tema 05Organizando Atividades Socializadoras

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CONTEÚDOSEHABILIDADES

Conteúdo

Nessa aula você estudará:

• A importância dos jogos na educação.

• A organização do trabalho em grupo.

• O estudo de caso.

• O estudo do meio.

• As contribuições de Lev Vygotsky para a educação.

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CONTEÚDOSEHABILIDADES

Organizando atividades socializadoras na sala de aula

O senhor... mire e veja: o mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas – mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam. Verdade maior. É o que a vida me ensinou. Isso que me alegra, montão.

Guimarães Rosa (1956)

A educação tem um aspecto do processual em sua conjuntura. Quando se fala de educação, pensa-se em transformação. E todas as técnicas de ensino tem a finalidade de provocar transformações no educando. Como diz Guimarães Rosa, o encanto dos homens é que não foram terminados. E ainda, que não são iguais e não permanecem iguais ao longo da vida. O papel da intervenção pedagógica é propiciar ao homem a consciência de sua capacidade criadora. E para criar uma educação transformadora, agora você verá experiências de ensino socializantes.

Na última aula você estudou os procedimentos individualizantes de ensino. Agora, você verá como desenvolver técnicas de ensino socializantes e sua fundamentação teórica. Serão abordados a experiência coletiva, jogos, estudo do meio, dramatização, estudos de caso e trabalho em grupo.

Habilidades

Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:

• Como organizar atividades utilizando procedimentos socializantes?

• Como utilizar a técnica do estudo de caso?

• Como utilizar a técnica do estudo do meio?

• Quais são as principais contribuições de Lev Vygotsky para a educação?

LEITURAOBRIGATÓRIA

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LEITURAOBRIGATÓRIAPara falar sobre a importância da socialização na educação, serão discutidos os principais conceitos da teoria de Lev Vygotsky (1896-1934). Vygotsky nasceu na Rússia e faleceu aos 38 anos de idade, entretanto a sua obra foi significativa, principalmente para o campo da educação.

Entre os conceitos básicos da teoria histórico-cultural, terá foco maior a sociabilidade humana, no conceito de desenvolvimento real e proximal e nas funções psicológicas superiores. Para Vygotsky o homem é um ser social e a principal função da educação para as crianças é: “[...] assegurar seu desenvolvimento, proporcionando-lhe os instrumentos, as técnicas interiores, as operações intelectuais.” (COELHO, 2010, p. 31).

Na teoria histórico-cultural que ele desenvolveu, a escola tem um papel importante, pois é um lugar no qual ocorre a interação entre professores, a comunidade escolar e os próprios alunos. Por meio da interação e da mediação do adulto, ou de outra criança, o educando pode dar saltos qualitativos no desenvolvimento de conceitos que não atingiria sozinho. É nesse contexto que Vygotsky define a zona de desenvolvimento proximal e a zona de desenvolvimento real.

A zona de desenvolvimento real é aquilo que a criança realmente sabe e é capaz de realizar sozinha. A zona de desenvolvimento proximal é aquilo que a criança é capaz de aprender com a intervenção de um par mais capaz. Como explicita Coelho:

Na linha das ideias dialéticas das relações entre processos de aprendizagem e de desenvolvimento que analisamos, Vygotsky acrescenta que este último é mais produtivo se a criança é exposta a aprendizagens novas, justamente na zona de desenvolvimento proximal. Nessa zona, e em colaboração com o adulto, a criança poderá facilmente adquirir o que não seria capaz de fazer se fosse deixada a si mesma. (COELHO, 2010, p. 32-33).

A atividade socializadora é a base da aprendizagem na teoria histórico-cultural, pois o que a criança realiza com ajuda será, mais tarde, capaz de realizar sozinha. A exposição a novos conceitos e novas experiências impulsiona a aprendizagem. Assim, propor situações nas quais os alunos deverão interagir é um dos pontos cruciais da teoria de Vygotsky.

O jogo é uma atividade socializadora que mobiliza os alunos em virtude do seu caráter lúdico. Segundo Haydt (2006), enquanto participam de jogos, as crianças trabalham seu lado afetivo, cognitivo e social. Os jogos não devem incentivar a competitividade entre os alunos, mas sim uma convivência sadia. É importante, ainda segundo Haydt (2006), que ao escolher um jogo o professor defina os objetivos que quer atingir, os conteúdos que pretende

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trabalhar, formule regras, prepare o material que pretenda utilizar, defina claramente as regras do jogo e que, ao final, proponha uma exposição oral, na qual os alunos poderão falar sobre o que aprenderam ou avaliar a atividade.

A dramatização é uma opção de atividade socializadora que permite perceber a analisar situações de vida, motivar os alunos e comunicar situações problemáticas. Haydt (2006) define que a dramatização pode ser espontânea ou planejada. Para a dramatização planejada a autora define as seguintes fases de execução: caracterização da situação (definição da situação e dos personagens); representação (fase em que ocorre a dramatização); Discussão (consiste em pensar sobre a atividade que foi desenvolvida).

O estudo de caso é uma técnica por meio da qual é apresentado um problema verossímil aos alunos, ao qual os mesmos deverão aplicar conceitos teóricos. O estudo de caso pode ser apresentado individualmente, mas é importante que exista discussão em grupo para socializar e confrontar as hipóteses levantadas para a solução dos problemas.

O estudo do meio é uma técnica versátil e motivadora, pois permite que os alunos saiam da sala de aula e interajam com a realidade social.

O estudo do meio permite a integração da escola com seu entorno e com diferentes ambientes culturais. Pode consistir em passeios a editoras, fábricas, cinema, supermercado ou ao entorno escolar. A atividade pode consistir, por exemplo, em conhecer o percurso que um dos alunos faz para ir até à escola. É claro que exige preparação, planejamento. A atividade deve ter um objetivo bem definido e propicia a interdisciplinaridade, pois conteúdos de várias disciplinas poderão ser trabalhados.

Segundo Haydt (2006), o estudo de meio deve ser planejado, executado, explorado, por meio de apresentações e exibições, e também avaliado. É importante frisar, no entanto, que nem todo estudo de meio deverá estar sujeito às mesmas etapas, pois algumas atividades têm seu valor cultural intrínseco, como por exemplo, assistir uma peça teatral ou um filme, ou ainda uma exposição.

E, para finalizar, deve-se pensar sobre a realização de trabalhos de grupo. É preciso frisar que todas as atividades apresentadas aqui são atividades de grupo, mas é importante saber como será a divisão da turma em pequenos grupos para a realização de algumas tarefas. O professor pode sugerir a formação dos grupos ou pode deixar que os alunos escolham, entretanto é importante ressaltar que os grupos podem ser construídos seguindo a ideia de zona de desenvolvimento proximal. Alguns alunos poderão auxiliar outros e favorecer a aprendizagem.

LEITURAOBRIGATÓRIA

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Nas atividades de grupo cada aluno deverá ter a sua habilidade valorizada, pois cada tipo de atividade valoriza um conhecimento ou habilidade diferente. Existem diferentes técnicas para desenvolvimento de trabalhos em grupo, como: discussão em pequenos grupos, simpósios e seminários. Valorizar o desenvolvimento de técnicas de grupo é de extrema importância para propiciar a mediação e a aprendizagem significativa na escola.

LEITURAOBRIGATÓRIA

Quer saber mais sobre o assunto? Então:

SitesLeia na revista Educar Para Crescer o texto sobre a Teoria de Lev Vygotsky.Disponível em: <http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/lev-vygotsky-307440.shtml>. Acesso em: 1 dez. 2013.

Leia o texto da Revista Nova Escola sobre Vygotsky.Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/lev-vygotsky-teorico-423354.shtml>. Acesso em: 1 dez. 2013.

Leia o texto sobre a formulação de estudos de caso da Escola Nacional de Administração Pública (ENAPE).Disponível em: <http://casoteca.enap.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=27&Itemid=5>. Acesso em: 1 dez. 2013.

Vídeos Importantes: Acesse o vídeo de Marta Kohl, especialista na teoria de Lev Vygotsky.Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=2qnBE_8A6Fk>. Acesso em: 1 dez. 2013.

LINKSIMPORTANTES

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Instruções:

Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.

AGORAÉASUAVEZ

Acesse o vídeo que vai mostrar a vida e obra de Lev Vygotsky.Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=YJla-2t-HRY>. Acesso em: 1 dez. 2013.

Assista ao vídeo bem-humorado Convivência.Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=u5651tdwyXo>. Acesso em: 1 dez. 2013.

Assista ao vídeo da UNIVESP sobre pensamento e linguagem.Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=u1rZl_C4JAo>. Acesso em 1 de dez 2013.

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Questão 1:

Leia o texto que segue e responda a ques-tão proposta.

O ensino, para Vygotsky, deve se antecipar ao que o aluno ainda não sabe nem é capaz de aprender sozinho, porque, na relação entre aprendizado e desenvolvimento, o primeiro vem antes. É a isso que se refere um de seus principais conceitos, o de zona de desenvolvimento proximal, que seria a distância entre o desenvolvimento real de uma criança e aquilo que ela tem o potencial de aprender – potencial que é demonstrado pela capacidade de desenvolver uma competência com a ajuda de um adulto. Em outras palavras, a zona de desenvolvimento proximal é o caminho entre o que a criança consegue fazer sozinha e o que ela está perto de conseguir fazer sozinha. Saber identificar essas duas capacidades e trabalhar o percurso de cada aluno entre ambas são as duas principais habilidades que um professor precisa ter, segundo Vygotsky. (Revista Nova Escola online. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/lev-vygotsky-teorico-423354.shtml?page=2>. Acesso em: 1 dez. 2013).

Defina o conceito de zona de desenvolvi-mento proximal.

Questão 2:

O estudo do meio é uma atividade integra-dora e socializante. O melhor conceito pra estudo de meio é:

a) É uma atividade que permite aos alunos o contato com o ambiente, por meio de vídeos, para o desenvolvimento de atividades interdisciplinares.

b) É uma atividade que privilegia o debate e o trabalho em grupo.

c) É uma atividade que permite aos alunos o contato direto com o meio natural e social e o desenvolvimento de atividades interdisciplinares.

d) É uma atividade individualizante, por meio da qual os alunos interagem com o meio social e com a natureza.

e) Nenhuma das alternativas apresentadas.

Questão 3:O jogo é uma atividade socializadora que mobiliza os alunos em virtude do seu cará-ter lúdico. Segundo Haydt (2006), enquan-to participam de jogos, as crianças:

a) Trabalham seu lado afetivo, cognitivo e social. Os jogos não devem incentivar a competitividade entre os alunos, mas sim uma convivência sadia.

b) Trabalham seu lado afetivo, cognitivo e social. Os jogos devem incentivar a competitividade entre os alunos.

c) Trabalham a afetividade dos alunos e são tarefas que devem ser utilizadas apenas em momentos lúdicos.

d) Trabalham a memorização de novos conceitos e devem incentivar o lado cognitivo nos alunos.

e) Nenhuma das alternativas apresentadas.

AGORAÉASUAVEZ

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Questão 4:

Vygotsky desenvolveu uma teoria que tem como conceitos básicos a sociabilidade hu-mana, o desenvolvimento real e proximal e as funções psicológicas superiores. Essa teoria foi denominada como:

a) Teoria Construtivista.

b) Teoria Histórico-Cultural.

c) Teoria Psicogenética.

d) Teoria Epistemológica.

e) Teoria da Gestalt.

Questão 5:

Entre as técnicas socializadoras, que privi-legiam a interação entre os alunos, é pos-sível destacar as seguintes:

a) Atividade em Grupo, Estudo do Meio e Aula Expositiva.

b) Atividade em Grupo, Estudo Dirigido e Estudo de Casos.

c) Atividade em Grupo, Aula Expositiva e Estudo Dirigido.

d) Estudo do Meio, Aula Expositiva e Estudo de Casos.

e) Estudo do Meio, Estudo de Casos e Dramatização.

Questão 6:

Leia o caso apresentado e responda a questão proposta.

Aline é uma professora experiente, forma-da em Geografia e Pedagogia e atua como professora do ensino fundamental em uma turma de alfabetização. Aline está se sen-tindo frustrada, pois avalia que sua ativida-de com crianças está rotineira. Ela utiliza o mesmo planejamento que fez há dois anos; e gostaria de realizar atividades interativas e motivadoras com seus alunos.

Apresente no mínimo duas estratégias e ensino que a professora Aline pode realizar com seus alunos para uma prática pedagó-gica interativa e motivadora.

Questão 7:

O estudo de caso tem como finalidade a proposição de uma situação verossímil para que os alunos analisem. Escreva um pequeno texto propondo um estudo de caso para seus alunos. Defina a faixa etá-ria dos mesmos e os conteúdos que serão abordados. Defina também quais serão as etapas para a execução do mesmo.

Questão 8:

Entre as atividades socializadoras está a dramatização. Escreva um pequeno texto definindo o conceito de dramatização na escola.

AGORAÉASUAVEZ

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Questão 9:

O jogo é uma atividade socializadora que mobiliza os alunos em virtude do seu cará-ter lúdico. Segundo Haydt (2006), enquanto participam de jogos, as crianças trabalham seu lado afetivo, cognitivo e social. Liste as etapas que o professor deverá seguir quando for planejar uma atividade utilizan-do o jogo.

Questão 10:

Leia o caso a seguir e responda a questão proposta.

A turma de BII é formada por adolescentes muito competitivos. Para eles, o que impor-ta são as notas. Os professores de Língua Portuguesa, Educação Física e História do Brasil perceberam essa motivação na tur-ma e ficaram muito preocupados. Eles te-mem que a competitividade excessiva pre-judique a aprendizagem dos alunos e crie problemas afetivos e de sociabilidade.

Quais seriam os procedimentos possíveis para que esses professores solucionassem ou amenizassem esse problema?

AGORAÉASUAVEZ

Nesta aula você aprendeu sobre a teoria histórico-cultural de Lev Vygotsky e o seu enfoque interativo. Aprendeu também o que é zona de desenvolvimento proximal e a importância da mediação pedagógica e do trabalho em grupo, por meio do qual os alunos têm a possibilidade de aprender com seus colegas, solucionar problemas e interagir com o meio social.

Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!

FINALIZANDO

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HAYYDT, Regina Célia C. Curso de Didática Geral. Editora Ática p. 126-134, 2006.

COELHO, Edgar Pereira (org.); IVIC, Ivan. Lev Semionovich Vygotsky. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 2010. 140 p.: il. – (Coleção Educadores).

MARCOZZI, Alayde Madeira; et al. Ensinando a criança. Editora Ao livro técnico, 1965.

REFERÊNCIAS

Mediação: intervenção pedagógica para propiciar a aprendizagem.

Zona de Desenvolvimento Real: são os conhecimentos reais dos educandos, ou seja, aquilo que já aprenderam.

Zona de Desenvolvimento Proximal: são os conhecimentos potenciais dos alunos, ou seja, aquilo que estão aptos a aprender.

Simpósio: conferência, diálogo em torno de um tema que é apresentado e discutido em grupo.

Seminário: apresentação de um tema por um grupo de alunos, propiciando debates e discussão.

GLOSSÁRIO

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Questão 1

Resposta: A zona de desenvolvimento proximal é o caminho entre o que a criança consegue fazer sozinha e o que ela está perto de conseguir fazer sozinha.

Questão 2

Resposta: Alternativa C.

O estudo do meio pressupõe um momento de interação com o meio ambiente de forma direta e participativa.

Questão 3

Resposta: Alternativa A.

O jogo é uma atividade socializadora que mobiliza os alunos em virtude do seu caráter lúdico. Segundo Haydt (2006), enquanto participam de jogos, as crianças trabalham seu lado afetivo, cognitivo e social. Os jogos não devem incentivar a competitividade entre os alunos, mas sim uma convivência sadia.

Questão 4

Resposta: Alternativa B.

Vygotsky desenvolveu uma teoria conhecida como histórico-cultural. Entre os conceitos básicos da teoria histórico-cultural, tem foco maior a sociabilidade humana, no conceito de desenvolvimento real e proximal e nas funções psicológicas superiores. Para Vygotsky o homem é um ser social e a principal função da educação para as crianças é: “[...] assegurar seu desenvolvimento, proporcionando-lhe os instrumentos, as técnicas interiores, as operações intelectuais.” (COELHO, 2010, p. 31).

GABARITO

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Questão 5

Resposta: Alternativa E.

Todas as atividades elencadas são consideradas atividades socializadoras, pois têm primordialmente cunho grupal.

Questão 6

Resposta: Você pode planejar a atividade propondo: estudo de caso, estudo de meio, dramatização ou jogos.

Questão 7

Resposta: Resposta aberta, respeitando a seguinte definição: O estudo de caso é uma técnica por meio da qual é apresentado um problema verossímil aos alunos, na qual os mesmos deverão aplicar conceitos teóricos. O estudo de caso pode ser apresentado individualmente, mas é importante que exista discussão em grupo para socializar e confrontar as hipóteses levantadas para a solução dos problemas.

Questão 8

Resposta: A dramatização é uma opção de atividade socializadora que permite perceber a analisar situações de vida, motivar os alunos e comunicar situações problemáticas. Haydt (2006) define que a dramatização pode ser espontânea ou planejada. Para a dramatização planejada a autora define as seguintes fases de execução: caracterização da situação (definição da situação e dos personagens); representação (fase em que ocorre a dramatização); Discussão (consiste em pensar sobre a atividade que foi desenvolvida).

Questão 9

Resposta: É importante, ainda segundo Haydt (2006), que ao escolher um jogo o professor defina os objetivos que quer atingir, os conteúdos que pretende trabalhar, formule regras, prepare o material que pretenda utilizar, defina claramente as regras do jogo e que, ao final, proponha uma exposição oral, na qual os alunos poderão falar sobre o que aprenderam ou avaliar a atividade.

Questão 10

Resposta: Resposta aberta. Os alunos poderão solucionar a situação problema utilizando diferentes técnicas socializadoras como: dramatização, estudo do meio, trabalho em grupo, jogos.

GABARITO

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seções

Tema 06A Pedagogia de Projetos em Célestin Freinet

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SeçõesSeções

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Tema 06A Pedagogia de Projetos em Célestin Freinet

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CONTEÚDOSEHABILIDADES

Conteúdo

Nessa aula você estudará:

• O que é uma Pedagogia de Projetos.

• Procedimentos de ensino socioindividualizantes.

• A Pedagogia Freinet.

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CONTEÚDOSEHABILIDADES

A Pedagogia de Projetos em Célestin Freinet

A escola preparou alunos. Esqueceu-se de preparar homens. Não se esqueceu: é de propósito que ela não prepara homens... Obstinar-se em fazer pedagogia pura seria na atual conjuntura um erro e um crime. A defesa das nossas técnicas faz-se simultaneamente em duas frentes. No plano pedagógico, escolar, é certo, onde mais do que nunca temos de ser ousados e criativos, porque o futuro imediato a tal nos obriga, e na frente política e social, pela defesa vigorosa das liberdades democráticas. (Célestin Freinet).

A Pedagogia de Projetos tem como foco uma educação participativa, que propicia uma forma de aprender pautada na interação. Segundo Hernadez (1998), os projetos não buscam apenas novas formas metodológicas, mas buscam a construção de uma nova escola. Não existe um único método que dê conta da realidade da sala de aula. Para concretizar uma educação de qualidade é necessário fazer uso da criatividade. Assim, os projetos podem ser vistos como uma nova forma de organizar a educação escolar. Eles abordam além das relações da sala de aula, pois na elaboração de projetos importa o entorno escolar, a realidade dos alunos, os desejos e as necessidades dos envolvidos na questão educativa.

Para traçar os objetivos de um projeto, é preciso perguntar onde se está e onde se quer chegar. Um projeto prevê a organização de situações de aprendizagens que serão mediadas pelo professor e que incluirão a interação entre os alunos. Para escolher tais atividades é

Habilidades

Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:

• Quais são as contribuições de Célestin Freinet para a educação?

• O que é uma Pedagogia de Projetos?

• Quais são os procedimentos de ensino socioindividualizantes?

LEITURAOBRIGATÓRIA

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LEITURAOBRIGATÓRIApreciso considerar a interdisciplinaridade, o que permitirá a ampliação de conhecimentos por parte dos alunos.

Entretanto, projetar é prever, exige planejamento minucioso de situações de aprendizagens significativas e desafiadoras. E é nesse ponto que conhecer a pedagogia desenvolvida por Célestin Freinet auxilia o trabalho pedagógico com projetos.

Uma das ideias mais famosas de Freinet consiste na importância de trazer a vida para a escola. Freinet (1896-1996) nasceu no sul da França e lutou na Primeira Guerra Mundial (1914), ocasião em que começou a lecionar, ensinando os soldados a escreverem cartas para os seus familiares. Freinet idealizou inúmeras técnicas comuns hoje em dia, como aulas passeio e jornal escolar.

Freinet considerava a prática muito importante, assim como o sucesso escolar. Para ele, os alunos deveriam ser orientados pelo professor de forma que obtivessem sucesso em suas tarefas. Acreditava que as tarefas escolares deveriam associar o intelectual com a atividade constante. Como por exemplo, a imprensa escolar, na qual os alunos eram responsáveis por todo o processo de elaboração, confecção e distribuição dos boletins escolares. Para desenvolver trabalhos como esse Freinet defendeu 25 alunos por turma.

Entre as mais conhecidas práticas de Freinet estão a imprensa escolar, o correio escolar (que incentiva a escrita de carta entre alunos de diferentes escolas), aulas passeios (que podem ser entendidas como os estudos do meio) e os cantinhos temáticos (que permitem aos alunos maior autonomia para a organização do tempo escolar).

Os cantinhos temáticos, segundo Sampaio (s/d), permitem um número limitado de crianças em um determinado espaço da sala de aula, que pode ser o canto da cozinha, da biblioteca, da marcenaria, podem ser tantos quanto o espaço físico e o interesse e idade das crianças possibilitarem. Os cantinhos não comportam muitas crianças, o que faz com que elas tenham que se organizar para socializar todos os espaços. Outro aspecto importante é que o professor não poderá dar atenção a todas as crianças de igual forma, permitindo uma liberdade e interação maiores nesses momentos. O espaço escolar é organizado de formas diferenciadas para que possa dar asas ao projeto de atividade infantil.

Muitas atividades de cunho socioindividualizantes são importantes quando o objetivo é a construção de uma educação por projetos. É possível destacar também, além das metodologias mais famosas, descritas por Freinet, outras metodologias primordiais para estimular a atividade criadora dos educandos. O método da descoberta e o método da solução de problemas são alguns que serão destacados aqui.

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No método da descoberta o professor não transmite o conhecimento de forma dogmática. Segundo Haydt (2006), o professor organiza situações nas quais os alunos observam, realizam experiências, coletam dados e chegam as suas próprias conclusões. O método da descoberta tem três características básicas, que são: utiliza o método indutivo, o aluno participa ativamente e o erro é educativo, pois ensinará um novo caminho a ser seguido.

O método da solução de problemas pode ser definido da seguinte forma:

consiste em apresentar ao aluno uma situação problemática para que ele proponha uma solução satisfatória, utilizando os conhecimentos de que já dispõe ou buscando novas informações através de pesquisas. (HAYDYT, 2006, p. 209).

Esse método está ligado à ideia de aprender a aprender, pois o aluno precisa buscar suas próprias soluções baseado nos conhecimentos que já possui. Para solucionar o problema, o aluno deverá executar um plano de resposta, uma programação. Deverá levantar os dados referentes ao problema e traçar um plano de ação. Para solucionar um problema é necessário fazer uma investigação, traçar um plano de ação, desenvolver o mesmo e, por fim, avaliar os resultados.

Todas as técnicas apresentadas neste texto podem ser utilizadas para a promoção de projetos que motivem os alunos a aprender a aprender. As técnicas envolvem momentos individuais e momentos de trabalho em grupo. Conhecer tais procedimentos técnicos, assim como a teoria desenvolvida por Freinet, possibilita que o professor elabore atividades interligadas e de acordo com a realidade histórico-social de seu grupo de alunos.

Propiciar um conjunto de atividades interdisciplinares e que motivem aprendizagem dos alunos é realmente é um desafio para a promoção de uma educação de qualidade.

LEITURAOBRIGATÓRIA

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Quer saber mais sobre o assunto? Então:

SitesAcesse a coleção Pensadores da Educação e leia sobre Freinet, Piaget, Comenius, Vygotsky e outros intelectuais.Disponível em: <http://educarparacrescer.abril.com.br/pensadores-da-educacao/>. Acesso em: 1 dez. 2013.

Acesse o site da Associação Brasileira de Estudos e Pesquisa da Pedagogia Freinet. Disponível em: <http://www.freinet.org.br/>. Acesso em: 1 dez. 2013.

Acesse o site da Revista Educar para Crescer e leia mais sobre a Pedagogia Freinet.Disponível em: <http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/celestin-freinet-307897.shtml>. Acesso em: 1 dez. 2013.

Vídeos Importantes: Acesse o vídeo que conta como Freinet iniciou o seu processo de professor alfabetizador. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=CAg0t29o-bE>. Acesso em: 1 dez. 2013.

Assista ao vídeo sobre a importância de dar vida aos trabalhos escolares.Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=e4WRVrJmXTI>. Acesso em: 1 dez. 2013.

Assista à chamada publicitária sobre a importância do trabalho em grupo.Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=WgEMh8Dz_fI>. Acesso em: 1 dez. 2013.

LINKSIMPORTANTES

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Instruções:

Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.

Questão 1:

Leia o texto que segue e responda a ques-tão.

E como a pedagogia Freinet consegue que, a um só tempo, as crianças tenham uma produção individual significativa, respeitando o ritmo de trabalho de cada uma delas e cooperem com os colegas na produção destes? Segundo Rosa Sampaio ela o faz desenvolvendo (SAMPAIO, 1989):

* o senso de responsabilidade * o senso cooperativo * a sociabilidade * o julgamento pessoal * a reflexão individual e coletiva * a criatividade * a expressão * a comunicação * o saber fazer (know how) * os conhecimentos úteis * a capacidade de reduzir os pontos de desigualdades socioculturais

Para garantir o desenvolvimento das capacidades acima foram propostas as “Técnicas Freinet” e enunciada uma série de princípios, as “Invariantes Pedagógicas”, que dão suporte para o professor utilizar as técnicas. (Disponível em: <http://linguaportuguesafacil.wordpress.com/um-passeio-pelo-mundo-da-pedagogia-freinet/>. Acesso em: 1 dez. 2013).

Escreva um texto sobre as técnicas de Frei-net que você conhece, descrevendo-as.

Questão 2:

Segundo Haydt (2006), o método da des-coberta apresenta três características bási-cas, descritas a seguir:

AGORAÉASUAVEZ

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a) É participativo, prevê aulas expositivas dogmáticas e trabalha principalmente organizado por disciplinas.

b) Utiliza o método indutivo, o aluno participa ativamente e o erro é educativo, pois ensinará um novo caminho a ser seguido.

c) Utiliza o método psicogenético, o aluno participa quando solicitado e o erro é incentivado, pois ensinará um novo caminho a ser seguido.

d) É participativo, prevê aulas expositivas participativas e questionários para memorização e trabalha principalmente organizado por disciplinas.

e) Nenhuma das alternativas apresentadas.

Questão 3:

Segundo Haydt (2006), o método da solu-ção de problemas pode ser definido da se-guinte forma:

a) Apresentação de uma situação sem problemas para que o aluno a problematize.

b) Apresentação de uma situação, por meio oral, na qual o aluno levante hipóteses e reflita em grupo o que acha melhor.

c) Apresentação oral de um problema matemático envolvendo cálculos complexos e textos de Língua Portuguesa bem elaborados.

d) Apresentação de uma situação problema e votação, pela turma, da solução que parecer mais fácil.

e) Apresentação de uma situação problemática para que o aluno elabore uma proposição satisfatória.

Questão 4:

Para solucionar o problema, o aluno de-verá executar um plano de resposta, uma programação. Marque a opção que descre-ve as fases de solução de um problema:

a) O aluno deverá levantar os dados referentes ao problema, traçar um plano de ação e seguir as orientações dadas pelo professor.

b) O aluno deverá inventar o problema e um plano de ação. Para solucionar um problema é necessário ter criatividade e trabalhar de forma individual.

c) O aluno deverá levantar os dados referentes ao problema e traçar um plano de ação. Para solucionar um problema é necessário fazer uma investigação, traçar um plano de ação, desenvolver o mesmo e, por fim, avaliar os resultados.

AGORAÉASUAVEZ

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d) O aluno deverá discutir problemas gerais em grupo. É muito importante que a vontade de cada indivíduo prevaleça sobre o grupo. E, ao final, o aluno deverá escrever um jornal escolar com os resultados mais brilhantes.

e) Nenhuma das alternativas apresentadas.

Questão 5:

Geraldo é professor de uma turma de Edu-cação de Jovens e Adultos. Ele gostaria de criar um projeto com os seus alunos para motivar a escrita. Leu sobre Célestin Frei-net e ficou motivado pela experiência do educador que durante a Primeira Guerra Mundial ensinou adultos a escrever cartas para seus familiares. As técnicas que Ge-raldo poderia utilizar no projeto que está elaborando devem:

a) Estimular a cópia de cartas antigas, para que os alunos entendam a importância da escrita durante a Primeira Guerra Mundial.

b) Ensinar as novas regras de gramática para os alunos, pois só assim poderão escrever.

c) Partir da realidade dos alunos e dos seus interesses, propiciando atividades significativas nas quais a escrita expresse uma intenção comunicativa, e não apenas uma escrita delimitada à escola.

d) Listar todo o conteúdo que deverá ser trabalhado no ano e pedir que os alunos escrevam uma carta por conteúdo disciplinar.

e) Nenhuma das alternativas apresentadas.

Questão 6:A correspondência escolar é uma técnica que visa motivar a livre expressão dos alu-nos. Crie uma situação motivadora para a proposição da escrita de cartas para uma classe de alunos.

Questão 7:Segundo Hernadez (1998), os projetos não buscam apenas novas formas meto-dológicas, mas buscam a construção de uma nova escola. Não existe um único método que dê conta da realidade da sala de aula. Para concretizar uma educação de qualidade, é necessário fazer uso da criatividade. Escreva um texto dissertativo sobre como pode ser vista a Pedagogia dos Projetos e quais suas contribuições para a educação escolar.

Questão 8:

O método da descoberta é definido como uma importante atividade para motivar e propiciar uma aprendizagem ativa. Escreva um pequeno texto conceituando o método em questão.

AGORAÉASUAVEZ

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Questão 9:

Leia o texto que segue e responda a ques-tão proposta.

Freinet propõe a montagem de uma tipografia3 na escola que deve ser utilizada e manuseada pelos alunos para imprimir seus textos, permitindo assim que os enviem a outras escolas, a seus pais e aos demais membros da comunidade. A produção de um material impresso valoriza o registro do pensamento da criança.

Além disso, o ato de imprimir um texto para ser lido por terceiros traz para este texto exigências de qualidade que, de outra forma pareceriam exigências infundadas e maçantes por parte do professor (“afinal ele não entendeu o que eu queria dizer?”). (Disponível em: <http://linguaportuguesafacil.wordpress.com/um-passeio-pelo-mundo-da-pedagogia-freinet/>. Acesso em: 1 dez. 2013).

Após a leitura do texto, escreva um texto, de até 10 linhas, refletindo sobre a impor-tância do desenvolvimento da imprensa es-colar nas escolas.

Questão 10:

Freinet desenvolveu uma atividade deno-minada cantinhos temáticos, que consiste na organização do espaço da sala de aula em diferentes atividades e temas, a fim de estimular a autonomia e livre iniciativa. Es-creva um pequeno texto dissertativo con-ceituando e enfatizando as vantagens de trabalhar com centros de interesse.

AGORAÉASUAVEZ

Nesta aula você aprendeu a contextualizar técnicas de ensino socioindividualizantes. Agora você já sabe o que é um Projeto Educacional, e conhece técnicas diferenciadas para estimular a aprendizagem interdisciplinar na Pedagogia de Projetos. Você conheceu a Pedagogia de Célestin Freinet e suas contribuições para a educação.

Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!

FINALIZANDO

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HERNÁNDEZ, F. Transgressão e mudança na educação: os projetos de trabalho. Porto Alegre: ArtMed, 1998.

HAYYDT, Regina Célia C. Curso de Didática Geral. Editora Ática. p. 126-134, 2006.

SAMPAIO, Rosa Maria Whitaker Ferreira. Freinet: evolução histórica e atualidades. São Paulo: Scipione, s/d.

REFERÊNCIAS

Raciocínio indutivo: parte de premissas para inferir uma conclusão.

Projetos: empreendimento que deve ser realizado em um determinado tempo, com objetivo definido.

Interdisciplinar: relaciona os conhecimentos como um todo para a compreensão de uma determinada realidade.

Cantinhos temáticos: espaços organizados na sala de aula abordando diferentes temas e atividades.

Imprensa Escolar: produção de um jornal escolar pelos alunos de uma classe ou escola.

GLOSSÁRIO

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Questão 1

Resposta: Entre as mais conhecidas práticas de Freinet estão a imprensa escolar, o correio escolar (que incentiva a escrita de carta entre alunos de diferentes escolas), aulas passeios (que podem ser entendidas como os estudos do meio) e os cantinhos temáticos (que permitem aos alunos maior autonomia para a organização do tempo escolar).

Questão 2

Resposta: Alternativa B.

O método da descoberta tem três características básicas, que são: utiliza o método indutivo, o aluno participa ativamente e o erro é educativo, pois ensinará um novo caminho a ser seguido.

Questão 3

Resposta: Alternativa E.

“consiste em apresentar ao aluno uma situação problemática para que ele proponha uma solução satisfatória, utilizando os conhecimentos de que já dispõe ou buscando novas informações através de pesquisas” (HAYDYT, 2006, p. 209).

Questão 4

Resposta: Alternativa C.

Para solucionar o problema, o aluno deverá executar um plano de resposta, uma programação. Deverá levantar os dados referentes ao problema e traçar um plano de ação. Para solucionar um problema é necessário fazer uma investigação, traçar um plano de ação, desenvolver o mesmo e por fim avaliar os resultados.

GABARITO

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Questão 5

Resposta: Alternativa C.

O professor deve partir da realidade da turma e conhecer os principais interesses da mesma. Deverá motivar a expressão escrita em textos significativos.

Questão 6

Resposta: Deverão ser propostas situações que incentivem a escrita. Será preciso definir a faixa etária dos alunos, características da comunidade escolar e projeto que estará em questão. Situação exemplo: uma turma de alfabetização de jovens e adultos, formada por alunos que migraram de outro estado, deverá escrever cartas para os seus familiares. No trimestre a turma estará trabalhando no Projeto Brasil de múltiplas facetas e durante a atividade poderão expressar também as diferenças regionais, além de ir até o correio para enviar as cartas. É importante que na descrição da atividade estejam explícitos objetivos, conteúdos e quais recursos e metodologias serão utilizados para incentivar a turma na produção da atividade.

Questão 7

Resposta: Os projetos podem ser vistos como uma nova forma de organizar a educação escolar. Eles abordam além das relações da sala de aula, pois na elaboração de projetos importa o entorno escolar, a realidade dos alunos, os desejos e as necessidades dos envolvidos na questão educativa.

Questão 8

Resposta: No método da descoberta o professor não transmite o conhecimento de forma dogmática. Segundo Haydt (2006), o professor organiza situações nas quais os alunos observam, realizam experiências, coletam dados e chegam as suas próprias conclusões.

Questão 9

Resposta: O uso da imprensa tem ainda outras razões: não se pretende que cada aluno se torne um tipógrafo, mas que eles desmistifiquem o texto impresso em livros, jornais e revistas. Um livreto impresso pelos alunos passa a ter o mesmo status dos textos profissionais.

GABARITO

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GABARITOQuestão 10

Resposta: Os cantinhos temáticos, segundo Sampaio (s/d), permitem um número limitado de crianças em um determinado espaço da sala de aula, que pode ser o canto da cozinha, da biblioteca, da marcenaria, podem ser tantos quanto o espaço físico e o interesse e idade das crianças possibilitarem. Os cantinhos não comportam muitas crianças, o que faz com que elas tenham que se organizar para socializar todos os espaços. Outro aspecto importante é que o professor não poderá dar atenção a todas as crianças de igual forma, permitindo uma liberdade e interação maiores nesses momentos. O espaço escolar é organizado de formas diferenciadas para que possa dar asas ao projeto de atividade infantil.

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seções

Tema 07O Problema da Indisciplina Escolar

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SeçõesSeções

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Tema 07O Problema da Indisciplina Escolar

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CONTEÚDOSEHABILIDADES

Conteúdo

Nessa aula você estudará:

• Relações dialógicas.

• Autoridade e Autoritarismo.

• O estabelecimento da ordem escolar.

• Disciplina: vigilância e controle.

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CONTEÚDOSEHABILIDADES

O Problema da Indisciplina Escolar

O problema da indisciplina é complexo e muito debatido no campo educacional. Qual é o melhor caminho para conquistar uma turma disciplinada? O que é disciplina? Como é possível conquistá-la? Será que os alunos de hoje são mais disciplinados que os alunos de antigamente?

Você já deve ter ouvido falar sobre domínio de turma, conceito que define um conjunto de atitudes que o professor deve ter para que sua turma se comporte conforme o esperado. Pois bem. Não há uma solução para a indisciplina ou um conjunto de regras que a evite completamente, entretanto, há conceituações que ajudam a compreender o tema.

Como afirma o Professor Celso Vasconcellos, especialista no tema de Gestão da sala de aula, já não se pode mais esperar pelo aluno ideal, pelo aluno de “antigamente”. O aluno, geralmente, não trará de casa conceitos e atitudes adequadas para um bom comportamento em sala de aula. É importante frisar que

[...] a indisciplina escolar pode ser atribuída a fatores externos à escola e/ou a fatores que envolvem a conduta do professor, sua prática pedagógica e até mesmo, práticas da própria escola que podem ser excludentes (ZANDONATO, s/d)

Habilidades

Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:

• Qual a diferença entre autoridade e autoritarismo?

• Por que as relações dialógicas são fundamentais na sala de aula?

• Como dirigir uma classe?

• Quais as críticas de Michel Foucault à escola?

LEITURAOBRIGATÓRIA

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LEITURAOBRIGATÓRIAAnalisam-se aqui as questões referentes à prática do professor. Quando o professor mantém uma postura inflexível e dogmática, tende a encontrar problemas de disciplina na sala de aula. Uma postura dogmática está ligada à ideia de autoritarismo. Quando o professor impõe regras de conduta que considera corretas, tende a encontrar resistência por parte de alguns educandos. Impor uma regra de conduta que esteja ligada à vontade do educador e à passividade do aluno é uma combinação promissora para péssimos comportamentos.

A disciplina surge da necessidade de cumprir uma tarefa, de realizar uma atividade na qual o aluno esteja interessado. Mas você pode estar se perguntando: será que os alunos de hoje estão interessados na escola? Ou, ainda, será que a escola é um lugar interessante? A disciplina pode surgir do diálogo e de um encaminhamento de atividades e projetos envolventes.

Para refletir sobre essa questão, vou buscar o conceito de um filósofo francês chamado Michel Foucault. Foucault (1926-1984) ficou famoso com o seu estudo sobre a loucura (1961) e suas ideias foram impactantes. Entretanto, o cerne dos estudos de Foucault, o que interessa agora, é a relação que a escola tem com a instauração da disciplina.

É quase uma banalidade afirmar que a escola vem funcionando, ao longo dos últimos quatro séculos, como a mais importante instituição capaz de moldar disciplinarmente os indivíduos que ela toma para si. A imensa maioria de nós aprende a ser disciplinar (e, no limite, disciplinada), graças às ações das máquinas – como o currículo, o panóptico, as fichas simbólicas etc. – que compõem essa grande maquinaria escolar. Como detalhadamente demonstrou Michel Foucault, a escola constitui-se, enfim, como uma instituição crucial para a instauração da sociedade disciplinar que hoje conhecemos. Ainda que tais afirmativas pareçam óbvias, elas são necessárias para que se desnaturalizem a educação escolar, as lógicas disciplinares, o controle e até mesmo o sujeito moderno (VEIGA-NETO, 2008, p. 32-33).

Para Foucault, a escola pode ser entendida como um espaço de sujeição dos corpos. Na escola, são estabelecidos horários para comer, brincar, sair da sala de aula, falar. Essa rotina é mais ou menos rígida, dependendo da concepção escolar, mas é inerente a todas as escolas. O que Foucault argumenta é que toda a disciplinarização que a escola exerce sobre o indivíduo serve para subjugar os corpos a uma vontade maior, a da organização social. A escola é vista, assim, como um maquinário do poder.

Mas o que isso tem a ver com o cotidiano escolar? Sempre que se pensa em disciplina escolar, é preciso pensar em que tipo de sociedade se quer viver, que tipo de sociedade se quer construir, pois, assim como a escola é determinada pela sociedade, ela também ajuda

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a construir a sociedade. A indisciplina tem um viés que também foge aos muros escolares, pois está relacionada à violência que existe na sociedade e à exclusão social.

Para pensar a indisciplina, é preciso partir da disciplina. Que disciplina se espera do aluno? É preciso considerar o contexto histórico-social da comunidade na qual a escola está inserida. É preciso levar em consideração que a forma como o currículo é organizado, como o conteúdo é selecionado e como o espaço escolar é definido influencia na (in)disciplina da turma.

Vale a pena voltar ao que Foucault chamou de panóptico. Pode-se definir esse conceito como aquele que tudo vê, sabe e controla. O panóptico pode ser comparado a uma grande torre da qual se tem uma visão privilegiada e se pode observar as pessoas, conhecendo a forma como agem. A ideia do panóptico está presente, por exemplo, no controle disciplinar dos presídios, com longas torres. Está presente também na forma como tradicionalmente as escolas são organizadas. Pense nas classes em que o professor está à frente da turma, geralmente no tablado, no qual fica em uma posição mais elevada, e os alunos estão à sua frente, sentados, enfileirados e uniformizados.

O panóptico permite refletir sobre como se institui a disciplina escolar. Tais padrões podem ser inaceitáveis para determinados grupos ou pessoas. É neste sentido que se define uma postura autoritária, quando o professor exige que os alunos se submetam às suas regras e atividades sem estabelecer qualquer tipo de diálogo, apenas pela força de sua posição de mestre. O autoritarismo é exercido pela imposição e pela força e encontra, não raras vezes, resistências inúmeras.

O autoritarismo vem acompanhado por punições, com o objetivo de submeter às vontades. Entretanto, nem sempre as punições são eficazes. Em algumas ocasiões, elas geram mais indisciplina. Em oposição ao conceito de autoritarismo, há a expressão autoridade, que significa a valorização de regras benéficas para o desenvolvimento do trabalho, conquistadas, muitas vezes, com diálogo.

O diálogo é o caminho apontado por muitos para que se possa conquistar uma disciplina necessária para o trabalho. Como enfatiza Paulo Freire, o diálogo deve ser pautado no respeito mútuo. É um caminho que o professor poderá escolher a fim de minimizar o problema da indisciplina.

Atualmente, há uma crise da disciplina na escola, crise essa que faz com que as pessoas se indaguem sobre as melhores maneiras de prosseguir no ato educativo. Conforme afirma Veiga-Neto (2008, p. 49-50):

LEITURAOBRIGATÓRIA

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(...) percebe-se que estamos atravessando momentos críticos para os dispositivos disciplinares; e, conseqüentemente, também para a máquina currículo. No quadro geral das crises educacionais contemporâneas, a crise da disciplinaridade ocupa lugar de destaque. Por toda a parte se ouvem: “Abaixo os saberes disciplinares!” e “Os alunos não sabem mais o que é disciplina!”. Trata-se, então, de uma crise que se manifesta nos eixos tanto da disciplina-saber quanto da disciplina-corpo. Ora, uma crise que se manifesta justamente como liquefação e dissolução de fronteiras significa um duro golpe para as disciplinas, pois elas “dependem”, necessariamente, da existência de limites, partições hierarquizadas.

Não se pode negar que as crises de disciplina tomam, muitas vezes, rumores de violência. A escola precisa encontrar uma maneira de gerir a disciplina. Há duas saídas: ou reforçar a disciplina tradicional, centrada na figura do professor, de caráter autoritário, ou procurar novas formas de lidar com o problema. Segundo Veiga-Neto (2008), a outra forma de avaliar o problema é justamente modificar o planejamento dos conteúdos e sua avaliação. Isso significa, em outras palavras, abrandar as técnicas de vigilância e punição pelas técnicas de controle.

Segundo Veiga-Neto (2008), as técnicas de controle consistem em uma mudança de ênfase, e nesse processo a vigilância dá lugar aos mecanismos de controle de informações: relatórios, quadros, fichas, senhas, rankings de avaliação de desempenho. Tudo o que permite o acúmulo de informações que possam ser consultadas a qualquer momento. Além disso, há também o acesso à fonte de dados pessoais disponíveis no mundo virtual, alimentada pelos próprios indivíduos. As implicações dessas modificações pode levar ao seguinte questionamento:

[...] enquanto que o disciplinamento leva a estados de docilidade duradoura, o controle parece estimular a flexibilidade, pois provoca, naqueles sobre o qual atua, artimanhas e artifícios de escape, evasiva e (no limite) recusa. Assim um sujeito dócil é um sujeito fácil de manejar/conduzir porque aprendeu, assumiu e “automatizou” certas disposições mentais-corporais mais ou menos permanentes. O dócil, tendo sido objeto das estratégias disciplinares, fazem delas parte de sua alma, de modo que submete-se a elas, por si mesmo; eles são capazes de se autogovernarem. Um sujeito flexível é diferente: ele é permanentemente tático. Por isso, na busca de maior eficácia para atingir seus objetivos, o sujeito flexível apresenta comportamentos adaptativos e está sempre preparado para mudar de rumo, de modo a enfrentar melhor as mudanças. A docilidade, por ser estável e de longa duração, é da ordem da solidez moderna; a flexibilidade, por ser adaptativa, manhosa, é da ordem da liquidez pós-moderna (VEIGA-NETO, 2008, p. 54-55).

É preciso entender e enfrentar a crise disciplinar na escola, pois esta perdeu o espaço de controle, autoritarismo e subjugação. É preciso lidar com outros tipos de sujeitos e refletir sobre a ótica das transformações sociais. Resposta ainda não há, mas é necessário investigar os rumos da educação escolarizada.

LEITURAOBRIGATÓRIA

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Quer saber mais sobre o assunto? Então:

SitesLeia a reportagem Michel Foucault, na Revista Educar Para Crescer.Disponível em: <http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/michel-foucault-307907.shtml>. Acesso em: 1 dez. 2013.

Leia o texto Construtivismo: desdobramentos teóricos no campo da educação, da Revista Eletrônica de Educação da Universidade Federal de São Carlos.Disponível em: <http://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/viewFile/120/86>. Acesso em: 1 dez. 2013.

Leia o texto A disciplina e a escola atual.Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s0102-25551998000200011&script=sci_arttext>. Acesso em: 1 dez. 2013.

Leia a cartilha Como proceder frente à indisciplina escolar, elaborada pelo Ministério da Educação.Disponível em: <http://www.mp.go.gov.br/portalweb/hp/10/docs/como_proceder_frente_a_indisciplina_escolar_2.pdf>. Acesso em: 1 dez. 2013.

Vídeos Importantes: Acesse o vídeo Mantendo a Disciplina na Sala de Aula, que mostra o comportamento de um professor autoritário e suas consequências.Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=cgtN7_6x3hU>. Acesso em: 1 dez. 2013.

LINKSIMPORTANTES

Page 121: CADERNO DE ATIVIDADES Didatica_e_Praticas_de_Ensino.pdf

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LINKSIMPORTANTESAssista ao vídeo Gestão da Sala de Aula, do Professor Celso Vasconcellos.Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=MrGy_hnv5x8>. Acesso em: 1 dez. 2013.

Assista ao vídeo Michel Foucault, produzido por Globo Ciência.Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=WwViBuMD5RI>. Acesso em: 1 dez. 2013.

Instruções:

Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.

Questão 1:

Leia o trecho a seguir e responda a ques-tão proposta:

O educador, num primeiro momento, pode assumir a responsabilidade pela disciplina, enquanto articulador da proposta, levando no entanto a classe a assumi-la progressivamente. Tem como parâmetro não a sua pessoa (“autoridade”) mas as necessárias condições para o trabalho coletivo em sala de aula (VASCONCELLOS, 1995, p. 41).

Escreva um pequeno texto de até dez li-nhas refletindo sobre boas atitudes para a concretização da disciplina na sala de aula.

Questão 2:

Diante da crise da disciplina, o professor autoritário pode ter mais dificuldade de manter sua turma na ordem que deseja. Marque a alternativa que define o que sig-nifica uma postura autoritária:

AGORAÉASUAVEZ

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a) O professor dialoga e discute as regras de conduta com os alunos da turma, com quem tem uma excelente ralação.

b) O professor define todas as regras da turma, vigia os alunos e pune oralmente ou por outros meios aqueles que desacatam suas ordens já preestabelecidas.

c) O professor organiza a turma por projetos de trabalho e leva em consideração que a disciplina é fruto do envolvimento de todos nas atividades escolares.

d) O professor programa aulas de acordo com a realidade sociocultural de seus alunos e realiza diálogos constantes de avaliação dos trabalhos com a turma.

e) Nenhuma das alternativas apresentadas.

Questão 3:

Atualmente, a sociedade vive o que se pode chamar de crise da disciplina escolar. A escola precisa encontrar uma maneira de gerir a disciplina. Segundo Veiga-Neto (2008), há duas saídas para o problema em questão:

a) Reforço da disciplina tradicional, centrada na figura do professor, de caráter autoritário; ou criação de novas formas de lidar com o problema, modificando o planejamento dos conteúdos e sua

avaliação. Isso significa, em outras palavras, abrandar as técnicas de vigilância e punição pelas técnicas de controle.

b) Reforço da disciplina tradicional, centrada na figura do professor, de caráter autoritário; ou criação de novas formas de lidar com o problema, modificando o planejamento dos conteúdos e sua avaliação. Isso significa, em outras palavras, deixar que os alunos façam apenas o que lhes der vontade.

c) Reforço da figura do professor, de caráter dialógico; ou criação de novas formas de lidar com o problema, intensificando os conteúdos e a avaliação. Isso significa, em outras palavras, que o professor deve ter sempre a palavra final quando o assunto é disciplina.

d) Reforço da disciplina laissez faire, centrada na figura do professor, de caráter autoritário; ou criação de novas formas de lidar com o problema, modificando o planejamento dos conteúdos e sua avaliação. Isso significa, em outras palavras, abrandar as técnicas de vigilância e punição pelas técnicas de controle.

e) Nenhuma das alternativas apresentadas.

AGORAÉASUAVEZ

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Questão 4:

Leia o texto a seguir:

Hoje em dia, é comum encontramos pes-soas que contestam a autoridade do pro-fessor em sala de aula não em nome do bom senso, mas sim em nome de um falso humanismo e de um modismo chamado laisse-faire ou não diretividade, que geram um voluntarismo espontaneísta e confun-dem erroneamente autoridade com autori-tarismo. Ora, o bom senso pedagógico nos mostra que a autoridade do professor é um fato, pois ele é inerente a sua própria fun-ção docente (HAYDT, 2006, p. 62).

Pode-se considerar professor não autori-tário:

a) Aquele que respeita a oposição de interesse que tem com os alunos e procura agir democraticamente.

b) Aquele que considera o aluno um ser ativo, dialoga sempre e consegue uma disciplina resultante de cooperação com os alunos para a realização das atividades.

c) Aquele que expõe as regras que devem ser seguidas em função do que considera correto e não conversa com os alunos, procurando estabelecer uma atitude democrática.

d) Aquele que define punições para os alunos que não agem de acordo com as regras que definiu para a classe.

e) Nenhuma das alternativas apresentadas.

Questão 5:

Leia o trecho a seguir e responda a ques-tão proposta:

Se pretendermos que nossos alunos dirijam sua conduta de acordo com princípios coerentemente estabelecidos, devemos trabalhar em sala de aula no sentido de desenvolver a autodisciplina (HAYDT, 2006, p. 67).

Uma das formas de o professor conseguir a disciplina desejada na sala de aula é:

a) Manter os alunos sentados em fila desenvolvendo atividades no livro didático.

b) Estimular atividades individualizantes que possibilitem silêncio constante na turma.

c) Estimular as decisões do professor para que as punições sejam definidas e aplicadas sempre que o professor julgar necessário.

d) Estimular o diálogo constante com os alunos sobre as normas de conduta, planejando atividades desafiadoras e avaliando constantemente as regras criadas e discutidas pelo grupo.

e) Nenhuma das alternativas apresentadas.

AGORAÉASUAVEZ

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Questão 6:

Assista ao vídeo Mantendo a disciplina em sala de aula (http://www.youtube.com/watch?v=cgtN7_6x3hU). Em seguida, es-creva um pequeno texto comentando o comportamento do professor e as possí-veis soluções para os problemas de disci-plina que enfrenta em sua classe.

Questão 7:

Leia o texto a seguir:

A disciplina, na maneira como é entendida por Foucault, nada tem de ofensiva! Ela é produtiva, isto é, produz determinadas subjetividades, determinados tipos de interações sociais, seja para o bem seja para o mal. O problema, se existe e quando existe, não está propriamente na disciplina, mas no grau em que ela é experenciada e naquilo que se faz a partir dela (Disponível em: <http://www.ihuonline.unisinos.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2309&secao=281>. Acesso em: 1 dez. 2013).

Escreva um pequeno texto comentando as diferenças entre um sujeito dócil e um su-jeito flexível.

Questão 8:

Leia o trecho a seguir e responda:

Para NIDELCOFF (1995) existem dois tipos de professores: o professor-policial e o professor-povo. Para essa autora, o professor policial é aquele profissional autoritário, que pensa ser somente ele

o possuidor do conhecimento, devendo os alunos ouvi-lo, fazer silêncio, prestar atenção e apreender as informações repassadas. Devido a seu modo de ser, esse professor tolhe, impossibilita meios de o aluno se expressar, fazer opções, planejar e agir por conta própria, criando no aluno uma dependência muito grande em relação a ele no processo de aprendizagem (LORENZONI, s.d.).

Escreva um pequeno texto refletindo so-bre quais procedimentos o professor po-derá adotar para conseguir disciplina na sala de aula.

Questão 9:

Observe a imagem do panóptico e escreva uma definição para este termo.

Fonte: http://michelfoucault.hotglue.me/

Pan%C3%B3ptico. Acesso em: 1 dez. 2013.

Questão 10:

A disciplina é necessária para que o traba-lho pedagógico ocorra e para que ocorra a aprendizagem, mas deve ser sempre fruto

AGORAÉASUAVEZ

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AGORAÉASUAVEZda disciplina pelo trabalho. Leia a situação a seguir:

Júlio é uma criança muito amada, seus pais, que trabalham muito, preocupam-se em lhe oferecer o melhor. Ele sempre teve tudo o que quis e foi o centro das atenções. Aos seis anos, Júlio trocou de escola. A nova sala em que estava focava o trabalho na alfabetização. Júlio, no entanto, não consegue seguir

a rotina de trabalho da turma. Rasga os livros, rabisca tudo o que vê pela frente, não realiza atividades propostas pela turma. Os pais de Júlio não acreditam no que está acontecendo e estão desesperados.

Pense em soluções possíveis para que a escola, junto à família, solucione os proble-mas de comportamento de Júlio.

Neste tema, você estudou sobre a indisciplina escolar e aprendeu que ela pode ser fruto tanto de problemas do cotidiano da sala de aula, quando o professor é autoritário, por exemplo, quanto de problemas sociais, como o excesso de violência. A melhor disciplina é aquela conquistada pelo trabalho, ou seja, quando os alunos estão tão envolvidos com os projetos educativos que não querem transgredir. Você aprendeu também a diferença entre vigilância e controle e entre autoridade e autoritarismo.

Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!

FINALIZANDO

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LORENZONI, Rosilãne de Lourenço. A Construção da Disciplina Escolar no Ensino Fun-damental. Disponível em: <http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/artigos/a-construcao--da-disciplina-escolar-no-ensino-fundamental.php>. Acesso em: 1 dez. 2013.

VEIGA-NETO, Alfredo. Crise da modernidade e inovações curriculares: da disciplina para o controle. Trajetórias e processos de ensinar e aprender: sujeitos, currículos e culturas - XIV ENDIPE. Porto Alegre, 2008. Disponível em: <http://grupodec.net.br/ebooks/Criseda-ModernidadeAlfredo.pdf>. Acesso em: 1 dez. 2013.

REFERÊNCIAS

Autoridade: é uma fonte legítima de poder, oposta ao autoritarismo que impõe o poder pela força.

Autoritarismo: imposição de ideias que não admitem questionamento.

Disciplinar: remete à disciplina, controle.

Hierarquizado: classificação segundo determinados valores.

Panóptico: métodos de observação e controle social.

GLOSSÁRIO

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Questão 1

Resposta: O aluno deve frisar que a disciplina não é atingida de forma autoritária e que é necessário agir de forma dialógica.

Questão 2

Resposta: Alternativa B.

Questão 3

Resposta: Alternativa A.

Questão 4

Resposta: Alternativa B.

Questão 5

Resposta: Alternativa D.

Questão 6

Resposta: O professor é extremamente autoritário e desagrada toda a classe de alunos. Ele menospreza o potencial dos alunos e não motiva sua turma à aprendizagem. Ele pune e expõe seus alunos, o que gera uma revolta em toda a turma. A metodologia de trabalho que utiliza não facilita em nada a disciplina, pois é repetitiva. Seus alunos não aprendem, não têm um bom relacionamento interpessoal com o professor e consideram a aula perda de tempo, pois ela não remete à realidade exterior.

Questão 7

Resposta: “(...) enquanto que o disciplinamento leva a estados de docilidade duradoura, o controle parece estimular a flexibilidade, pois provoca, naqueles sobre o qual atua,

GABARITO

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artimanhas e artifícios de escape, evasiva e (no limite) recusa. Assim um sujeito dócil é um sujeito fácil de manejar/conduzir porque aprendeu, assumiu e “automatizou” certas disposições mentais-corporais mais ou menos permanentes. O dócil, tendo sido objeto das estratégias disciplinares, fazem delas parte de sua alma, de modo que submete-se a elas, por si mesmo; eles são capazes de se autogovernarem. Um sujeito flexível é diferente: ele é permanentemente tático. Por isso, na busca de maior eficácia para atingir seus objetivos, o sujeito flexível apresenta comportamentos adaptativos e está sempre preparado para mudar de rumo, de modo a enfrentar melhor as mudanças. A docilidade, por ser estável e de longa duração, é da ordem da solidez moderna; a flexibilidade, por ser adaptativa, manhosa, é da ordem da liquidez pós-moderna.” (VEIGA-NETO, 2008, p. 54-55).

Questão 8

Resposta: O professor deve evitar o autoritarismo, que vem acompanhado por punições com o objetivo de submeter às vontades. Entretanto, nem sempre as punições são eficazes. Em algumas ocasiões, elas geram mais indisciplina. Em oposição ao conceito de autoritarismo há a expressão autoridade, que significa a valorização de regras benéficas para o desenvolvimento do trabalho, conquistadas, muitas vezes, com diálogo. Além disso, é importante considerar que a melhor disciplina é aquela conseguida com o trabalho.

Questão 9

Resposta: É possível definir esse conceito como aquele que tudo vê, que tudo sabe e que pode controlar tudo. Compara-se o panóptico a uma grande torre da qual se tem uma visão privilegiada e de onde as pessoas podem ser observadas, conhecendo a forma como agem. A ideia do panóptico está presente, por exemplo, no controle disciplinar dos presídios, com longas torres. Está presente também na forma como tradicionalmente as escolas se organizam. Pense nas classes em que o professor está à frente da turma, geralmente no tablado, no qual fica em uma posição mais elevada, e os alunos estão à sua frente, sentados, enfileirados e uniformizados.

Questão 10

Resposta: Resposta livre.

GABARITO

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seções

Tema 08Planejamento Pedagógico e Tecnologias de Ensino

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SeçõesSeções

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Tema 08Planejamento Pedagógico e Tecnologias de Ensino

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CONTEÚDOSEHABILIDADES

Conteúdo

Nessa aula você estudará:

• Novas tecnologias: velhos discursos.

• Recursos audiovisuais.

• Planejamento de aulas utilizando diferentes recursos audiovisuais.

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CONTEÚDOSEHABILIDADES

Planejamento Pedagógico e Tecnologias de Ensino

As tecnologias de ensino não são um conceito novo. É considerada tecnologia o conjunto de instrumentos que são fabricados pela humanidade com a finalidade de intervir no meio social. As tecnologias educacionais foram criadas para mediar e facilitar o processo de ensino e aprendizagem. Estão ligadas ao desenvolvimento científico e social, bem como à disseminação e ao acesso a esses bens produzidos.

Tanto o quadro de giz como o livro didático são considerados tecnologias educacionais. O objetivo das tecnologias educacionais é o de tornar a aprendizagem motivadora, prática e experimental, afastando-se da ideia do verbalismo exacerbado. Veja o texto que segue:

Comenius escreveu muitas obras, entre elas a Orbis pictus (O mundo ilustrado), escrita em 1654, com gravuras para tornar o ensino intuitivo e chegar por meio das impressões sensíveis aos conhecimentos gerais, empregando o método indutivo. Era um livro de texto para a aprendizagem de latim, que ilustrava as palavras com representações pictóricas. Ele declarava que os sentidos, a memória e a inteligência dos estudantes deveriam ser estimuladas pelas representações visuais, sobretudo desenhos ilustrativos e gravuras. A crítica que normalmente é feita a Comenius é que ele valorizou muito o emprego, no ensino, da representação gráfica dos objetos (HAYDT, p. 227-228, 2006).

Como descreve o texto citado, o uso do livro ilustrado é um recurso didático muito antigo. Os recursos didáticos são tecnologias educativas. Neste texto será destacada a utilização

Habilidades

Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:

• O que são recursos visuais?

• Quais são os diferentes tipos de recursos audiovisuais?

• Como selecionar os recursos audiovisuais?

LEITURAOBRIGATÓRIA

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LEITURAOBRIGATÓRIAde recursos audiovisuais. Recursos audiovisuais podem ser definidos como tecnologias educativas, que se dirigem aos órgãos sensoriais. Como define Haydt (2006), os recursos visuais atingem primordialmente os órgãos sensoriais, mas são interiorizados por meio de esquemas mentais superiores.

Ainda segundo Haydt (2006), os recursos visuais podem ser classificados em três categorias: recursos visuais (que apelam mais para a visão), recursos auditivos (que apelam mais para a audição) e recursos audiovisuais (que apelam para a visão e a audição). Os recursos visuais são compostos pelos seguintes materiais: quadro de giz, flanelógrafo, quadros, cartazes, gravuras, filmes, fotografias, álbum seriado, mural didático, exposição, gráficos, mapas, slides. Os recursos auditivos são compostos por rádios, discos, CDs. Como recursos audiovisuais, é possível destacar a televisão, o cinema e DVD.

Todos os recursos audiovisuais estão ligados ao projeto pedagógico da escola e não podem ser analisados de forma descontextualizada. Era um hábito comum, para a formação dos professores, aprender a confeccionar diferentes tipos de recursos, como por exemplo, preparar uma matriz para rodar no mimeógrafo. Hoje em dia, esse recurso não está em voga, e o mimeógrafo é praticamente uma peça de museu pedagógico. Entretanto, um recurso visual como o quadro de giz ainda é muito utilizado, especialmente acompanhando aulas expositivas. Entretanto, existe um movimento no sentido de substituição dos quadros de giz pelos smartboards, quadros interativos com acesso à internet, nos quais o professor escreve, utilizando uma caneta especial, mas também pode fazer uso de todos os recursos disponíveis na internet, como vídeos, músicas, poesias, blogs.

A classificação dos recursos audiovisuais como visuais, auditivos e audiovisuais vem se modificando, uma vez que alguns recursos modernos associam diferentes habilidades, tanto para professor quanto para alunos. Assim, é possível afirmar que os recursos mudam, evoluem. O problema da atualização dos recursos nas salas de aula pode estar ligado em parte ao acesso desigual às riquezas produzidas e em parte à formação dos professores na utilização de diferentes e novas tecnologias.

O professor pode dispor e associar diferentes recursos audiovisuais, como cinema, fotografias e exposições. A culminância de um projeto pedagógico poderá ser uma exposição sobre diferentes filmes que a turma tenha assistido durante o ano. As fotografias podem ser compostas por fotos tiradas pelos próprios alunos, por trabalhos realizados a partir de cartazes de filmes (ou cartazes produzidos sobre os filmes). A trilha sonora dos filmes pode ser divulgada, abordando-se diferentes estilos musicais. Enfim, o professor poderá conjugar

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tantos tipos de recursos quanto considerar necessário a fim de tornar a aula motivadora e a fim de que o aluno produza conhecimento.

A informática e a internet não são recursos responsáveis pelo sucesso do planejamento; devem ser utilizadas de diferentes formas e conjugadas com diferentes tipos de atividades. Os alunos podem ter facilidade para a utilização da web, ainda assim, geralmente não possuem autonomia suficiente para dirigir a própria pesquisa sem a mediação do professor.

O papel do professor nesse processo é sempre o de oferecer recursos diferenciados e capazes de atingir os objetivos que precisa alcançar com a turma. É importante incentivar o aluno a construir diferentes materiais a partir dos recursos apresentados. Lembrar que mapas, globo terrestre, gravação da voz dos alunos ou um teatro de sombras são atividades interessantes e importantes para o desenvolvimento global do aluno. Além do uso da internet e de recursos audiovisuais, o aluno poderá desenvolver inúmeros projetos nos quais tenha que trabalhar com habilidades diferenciadas.

Convém lembrar alguns critérios importantes para selecionar os recursos audiovisuais. Segundo Haydt (2006), esses critérios seriam: adequação aos objetivos, ao conteúdo e à clientela; funcionalidade e dinamismo; acessibilidade a todos os alunos; clareza e objetividade, além de serem interessantes e motivadores.

A multiplicidade de recursos audiovisuais e sua riqueza são imensas, entretanto é importante frisar que o recurso por si só não garante a aprendizagem. A garantia da aprendizagem está na adequação dos recursos à idade e características dos alunos e na forma como eles irão contribuir para a formação de conceitos superiores. A aprendizagem está focada na interação do aluno com o mundo, e os recursos audiovisuais devem focar essa interação, motivando-a e facilitando a aprendizagem.

LEITURAOBRIGATÓRIA

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Quer saber mais sobre o assunto? Então:

SitesLeia, na revista eletrônica de Educação da Universidade Federal de São Carlos, o texto Construtivismo: desdobramentos teóricos no campo da educação.Disponível em: <http://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/viewFile/120/86>. Acesso em: 1 dez. 2013.

Acesse a entrevista Vídeos são instrumentos de comunicação e produção, proferida pelo Professor José Manoel Moran.Disponível em: <http://www.eca.usp.br/prof/moran/videos.htm>. Acesso em: 1 dez. 2013.

Leia o texto Como usar bem os recursos audiovisuais no portal da Justiça Federal.Disponível em: <http://portal.cjf.jus.br/cjf/news/para-usar-bem-os-recursos-audiovisuais>. Acesso em: 1 dez. 2013.

Vídeos Importantes: Acesse o vídeo Tecnologia e Metodologia, que vai alertar sobre o mito do poder mágico da tecnologia na educação.Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=IJY-NIhdw_4&feature=related>. Acesso em: 1 dez. 2013.

Acesse o vídeo A dificuldade do professor em trabalhar com mídias na sala de aula. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=myD1bY_ncA8>. Acesso em: 1 dez. 2013.

LINKSIMPORTANTES

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Instruções:

Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.

Questão 1:

Leia o texto que segue.

[...] a tecnologia tende a apresentar novidades a cada dia e assim aumenta a demanda por uma educação que privilegie o uso das linguagens das tecnologias, aumentando também a demanda por professores que as utilizem em processos significativos de aprendizagem.

Com essas novas demandas, muitos professores estão buscando novos caminhos, mas são poucos

os que encontram caminhos que sejam diferentes de uma educação tradicional, centrada na informação. O que parecem não compreender é que com as tecnologias, as formas de comunicação, de vida e de relação entre as pessoas mudam e, nesse sentido muda a forma de educar e o papel do professor. (SCHERER, 2003. p. 270).

Com base na leitura do texto apresentado, escreva um texto dissertativo, de até 12 li-nhas refletindo sobre a importância do uso das tecnologias educacionais na escola.

AGORAÉASUAVEZ

Acesse o vídeo As tecnologias na sala de aula.Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=CJWOFbuwiPg>. Acesso em: 1 dez. 2013.

Assista ao vídeo Recursos Pedagógicos.Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=unUkpTg7PLg>. Acesso em: 1 dez. 2013.

LINKSIMPORTANTES

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Questão 2:

As tecnologias existem desde muito e fo-ram evoluindo com a humanidade. Marque a opção que apresenta o conceito de tec-nologia:

a) É o conjunto de recursos audiovisuais que são inventados pelas máquinas com a finalidade de intervir no meio educacional.

b) É o conjunto de instrumentos que não podem ser utilizados em escolas, mas apenas em fábricas.

c) É o conjunto de instrumentos que são fabricados pela humanidade com a finalidade de intervir no meio social.

d) É o conjunto de tabletes que são fabricados pela humanidade com a finalidade de intervir na vida pessoal das crianças.

e) Nenhuma das alternativas apresentadas.

Questão 3:Segundo Haydt (2006), os critérios impor-tantes que devem ser considerados no mo-mento de selecionar os recursos audiovi-suais são:

a) Adequação aos objetivos, ao conteúdo e à clientela; funcionalidade e dinamismo; acessibilidade a todos os alunos; clareza e objetividade, além de serem interessantes e motivadores.

b) Adequação aos objetivos e legislação vigentes; funcionalidade e aparência; acessibilidade a todos os alunos; verbalismo e objetividade, além de serem interessantes e motivadores.

c) Adequação aos objetivos, ao conteúdo e à clientela; funcionalidade e dinamismo; inacessibilidade a todos os alunos; clareza e objetividade, além de serem interessantes e motivadores.

d) Adequação aos objetivos, ao conteúdo e à clientela; funcionalidade e passividade; acessibilidade a todos os alunos; clareza e objetividade, além de serem interessantes e motivadores.

e) Nenhuma das alternativas apresentadas.

Questão 4:

Segundo Haydt (2006), os recursos audio-visuais podem ser definidos como:

a) Recursos audiovisuais podem ser definidos como tecnologias educativas de caráter tradicional e verbalista, que se dirigem aos órgãos sensoriais, mas são interiorizados por meio de esquemas mentais superiores.

b) Recursos audiovisuais podem ser definidos como tecnologias educativas, que se dirigem aos órgãos auditivos apenas, mas não são interiorizados por meio de esquemas mentais superiores.

AGORAÉASUAVEZ

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c) Recursos audiovisuais podem ser definidos como tecnologias educativas tradicionais, que se dirigem aos órgãos sensoriais, mas são interiorizados por meio de exposições orais repetitivas.

d) Recursos audiovisuais podem ser definidos como tecnologias educativas tradicionais, que se dirigem aos órgãos sensoriais, mas são interiorizados por meio de esquemas mentais superiores.

e) Nenhuma das alternativas apresentadas.

Questão 5:

Segundo Haydt (2006), os recursos visuais podem ser classificados em três catego-rias, que são:

a) Recursos visuais (que apelam mais para a visão), recursos auditivos (que apelam mais para a audição) e recursos interativos (que apelam para a visão).

b) Recursos visuais (que apelam mais para a visão), recursos auditivos (que apelam mais para a audição) e recursos audiovisuais (que apelam para a visão e a audição).

c) Recursos visuais (que apelam mais para a visão) e recursos auditivos (que apelam mais para a audição).

d) Recursos visuais (que apelam mais para a visão) e recursos construtivos (que apelam para a visão e a audição).

e) Nenhuma das alternativas apresentadas.

Questão 6:

Assista ao vídeo Tecnologia e Metodolo-gia, disponível nos Vídeos Importantes, e escreva um texto refletindo sobre o papel do professor como agente transformador da educação.

Questão 7:

Aline é uma jovem professora que tem pai-xão pela educação. Para motivar os seus alunos, sempre no início de cada aula expositiva, ela faz uso de um recurso au-diovisual diferente. Ela utiliza vídeos, fo-tografias, músicas. Seus alunos, sempre sentados em fileiras, não mostram interes-se em realizar as atividades. Aline não en-tende o porquê, pois passa horas planejan-do e preparando material em casa, como flanelógrafo, cartazes e slides.

Após ler o caso apresentado, escreva um texto dissertativo analisando o motivo de frustração da professora, bem como tra-çando possíveis soluções para o problema.

AGORAÉASUAVEZ

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Questão 8:

Elabore um quadro síntese dos recursos audiovisuais divididos por classificação (vi-suais, auditivos e audiovisuais).

Questão 9:

Analise e comente por escrito a seguinte afirmação:

[...] alunos estão acostumados a aprender através dos sons, das cores; através das imagens fixas das fotografias, ou em movimento, nos

filmes e programas televisivos [...] As novas gerações têm um relacionamento totalmente favorável e adaptativo às novas tecnologias de informação e de comunicação e um posicionamento cada vez mais aversivo às formas tradicionais de ensino. (KENSKI, 2001, p. 133).

Questão 10:

Os recursos audiovisuais são importantes para motivar os alunos. Realize o planeja-mento de uma atividade envolvendo a utili-zação de música e/ou jornal e/ou fotografia.

AGORAÉASUAVEZ

Nesta aula você estudou o conceito de tecnologias educacionais e recursos audiovisuais. Você sabe a importância de selecioná-los segundo alguns critérios básicos, que são a objetividade, os conteúdos, a clareza e a acessibilidade dos mesmos. No momento de selecionar recursos audiovisuais o professor deve ter em mente que o mais importante é que eles propiciem e motivem a interação das crianças para a construção de conhecimentos.

Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!

FINALIZANDO

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HAYDT, Regina Célia C. Curso de Didática Geral. Editora Ática. p. 126-134 , 2006.

SCHERER, Suely. O papel do professor nos ambientes virtuais de aprendizagem. In: CONGRESSO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA – MERCOSUL, 7, 2003, Florianópolis. Anais... Florianópolis-SC: CTAI-Senai, 2003. p. 270-274.

KENSKI, Vani Moreira. O ensino e os recursos didáticos em uma sociedade cheia de tec-nologias. In: VEIGA, Ilma Passos Alencastro (Org.). Didática: o ensino e suas relações. São Paulo: Papirus, 2001. p. 127-147.

REFERÊNCIAS

Tecnologia: conjunto de instrumentos desenvolvidos pelo homem para facilitar a vida.

Tecnologia Educacional: conjunto de técnicas utilizadas para facilitar o processo de ensino-aprendizagem.

Verbalismo: atitude que valoriza mais as palavras e a transmissão oral de conhecimentos.

Flanelógrafo: um mural, que pode ser transportado nas mãos, feito de flanela, no qual podem ser afixados por meio de um velcro ou lixa várias gravuras ou textos.

Recurso Didático: conjunto de dispositivos que auxiliam o processo de ensino-aprendizagem. Recursos didáticos empregam tecnologias.

Mimeógrafo: máquina manual utilizada para a reprodução de folhas a partir de uma matriz de estêncil e álcool.

GLOSSÁRIO

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Questão 1

Resposta: O aluno deve frisar o uso da tecnologia como uma forma de proporcionar a interação do aluno com o conhecimento, em oposição à passividade.

Questão 2

Resposta: Alternativa D.

São considerados tecnologias os instrumentos que são fabricados pela humanidade com a finalidade de intervir no meio social.

Questão 3

Resposta: Alternativa A.

Convém lembrar alguns critérios importantes para selecionar os recursos audiovisuais. Segundo Haydt (2006), esses critérios seriam: adequação aos objetivos, ao conteúdo e à clientela; funcionalidade e dinamismo; acessibilidade a todos os alunos; clareza e objetividade, além de serem interessantes e motivadores.

Questão 4

Resposta: Alternativa D.

Recursos audiovisuais podem ser definidos como tecnologias educativas, que se dirigem aos órgãos sensoriais. Como define Haydt (2006), os recursos visuais atingem primordialmente os órgãos sensoriais, mas são interiorizados por meio de esquemas mentais superiores.

GABARITO

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Questão 5

Resposta: Alternativa B.

Ainda segundo Haydt (2006), os recursos visuais podem ser classificados em três categorias: recursos visuais (que apelam mais para a visão), recursos auditivos (que apelam mais para a audição) e recursos audiovisuais (que apelam para a visão e a audição).

Questão 6

Resposta: O aluno deve enfatizar a importância da criatividade no momento da utilização de diferentes recursos e tecnologias educativas e discorrer sobre a dificuldade que alguns professores apresentam em abandonar a pedagogia tradicionalista.

Questão 7

Resposta: A multiplicidade de recursos audiovisuais e sua riqueza são imensas, entretanto é importante frisar que o recurso por si só não garante a aprendizagem. A garantia da aprendizagem está na adequação dos recursos à idade e características dos alunos e na forma como eles irão contribuir para a formação de conceitos superiores. A aprendizagem está focada na interação do aluno com o mundo, e os recursos audiovisuais devem focar essa interação, motivando-a e facilitando a aprendizagem.

Questão 8

Resposta: Ainda segundo Haydt (2006), os recursos visuais podem ser classificados em três categorias: recursos visuais (que apelam mais para a visão), recursos auditivos (que apelam mais para a audição) e recursos audiovisuais (que apelam para a visão e a audição). Os recursos visuais são compostos pelos seguintes materiais: quadro de giz, flanelógrafo, quadros, cartazes, gravuras, filmes, fotografias, álbum seriado, mural didático, exposição, gráficos, mapas, slides. Os recursos auditivos são compostos por rádios, discos, CDs. Como recursos audiovisuais, é possível destacar a televisão, o cinema e DVD.

Questão 9

Resposta: É necessário incluir novas tecnologias no planejamento. A utilização de recursos audiovisuais é importante para motivar o aluno e revitalizar a sua relação com o conhecimento na escola. Os professores precisam refletir sobre as modificações no campo da tecnologia educacional, e não utilizá-las de forma tradicional, mas sim motivando a interação do aluno com o conhecimento.

GABARITO

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GABARITOQuestão 10

Resposta: O planejamento da atividade deve ter objetivos, conteúdos, metodologias e recursos utilizados. É importante você determinar quais serão os materiais utilizados, como músicas, jornais ou fotografias. É importante que eles sejam exibidos no seu planejamento. Sempre que planejar uma atividade, defina a faixa etária dos alunos e o perfil dos mesmos, pois são fatores fundamentais para a escolha das atividades.

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seções

Tema 09Educação e Novos Desafios: a Informática na Aprendizagem Escolar

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SeçõesSeções

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Tema 09Educação e Novos Desafios: a Informática na Aprendizagem Escolar

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CONTEÚDOSEHABILIDADES

Conteúdo

Nessa aula você estudará:

• A informática na educação.

• A sociedade da informação.

• O uso de computadores na sala de aula.

• A Internet na educação.

• Os celulares na sala de aula.

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CONTEÚDOSEHABILIDADES

Educação e Novos Desafios: a Informática na Aprendizagem Escolar

Vive-se, atualmente, em uma sociedade da informação ou do conhecimento, termo criado pelo economista Fritz Machlup, em 1996. A informação, na atual sociedade, é um elemento fundamental de desenvolvimento. Para que a sociedade avance, é necessário que todos tenham acesso às Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). Um dos problemas dessa era é que a sociedade da comunicação gera exclusão, uma vez que nem todos têm acesso igualitário à informação e às TICs.

A sociedade da informação tem como instrumento principal o uso da Internet, podendo ser caracterizada da seguinte forma:

A expressão “sociedade da informação” passou a ser utilizada, nos últimos anos desse século, como substituto para o conceito complexo de “sociedade pós-industrial” e como forma de transmitir o conteúdo específico do “novo paradigma técnico-econômico”. A realidade que os conceitos das ciências sociais procuram expressar refere-se às transformações técnicas, organizacionais e administrativas que têm como “fator-chave” não mais os insumos baratos de energia – como na sociedade industrial – mas os insumos baratos de informação propiciados pelos avanços tecnológicos na microeletrônica e telecomunicações. Esta sociedade pós-industrial ou “informacional”, como prefere Castells, está ligada à expansão e reestruturação do capitalismo desde a década de 80 do século que termina. As novas tecnologias e a ênfase na flexibilidade – idéia central das transformações organizacionais – têm permitido realizar

Habilidades

Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:

• O que é a sociedade da informação?

• Como relacionar informática e educação?

• Como a utilização da Internet influencia a educação?

LEITURAOBRIGATÓRIA

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LEITURAOBRIGATÓRIAcom rapidez e eficiência os processos de desregulamentação, privatização e ruptura do modelo de contrato social entre capital e trabalho característicos do capitalismo industrial (WERTHEIN, 2000, p. 71-72).

O primeiro ponto que chama a atenção neste processo é a flexibilidade, ou seja, as transformações organizacionais em termos de rapidez e eficiência que modificam o paradigma institucional. Pois bem. Pode-se dizer que a escola é uma instituição tipicamente tradicionalista, que utiliza os mesmos recursos e organização desde seus primórdios, por exemplo, o quadro de giz. A estrutura escolar geralmente não possibilita fluidez de informações ou flexibilização em sua organização, centrada comumente na transmissão do conhecimento.

A questão que a sociedade da informação e o uso da Internet propõem é como desfocar as informações do centro de controle do professor. A fluidez do acesso às informações via Internet e a independência que esse acesso proporciona aos alunos são desafiadoras para a educação escolar. É claro que é preciso refletir sobre a qualidade da informação que se tem disponível, sobre os mecanismos de busca e sobre a produção de conhecimentos que irá proporcionar.

Enquanto, no mundo industrializado, a informatização de processos sociais ainda tem de incorporar alguns segmentos sociais e minorias excluídas, na grande maioria dos países em desenvolvimento, entre eles os latino-americanos, vastos setores da população, compreendendo os médios e pequenos produtores e comerciantes, docentes e estudantes da área rural e setores populares urbanos, adultos, jovens e crianças das classes populares no campo e na cidade, além daquelas populações marginalizadas como desempregados crônicos e os “sem-teto” engrossam a fatia dos que estão ainda longe de integrar-se no novo paradigma (Agudo Guevara 2000). Este fato fundamental constitui um dos desafios éticos para a constituição das sociedades da informação, desafio que somente a ação social consciente poderá superar, já que certamente não será resolvido pelo avanço tecnológico em si mesmo, nem por uma hipotética evolução natural (WERTHEIN, 2000, p. 73).

Além dos problemas do acesso às informações e às TICs, há a questão da mudança paradigmática da escola neste contexto. Como as novas tecnologias podem influenciar a educação? Como as novas tecnologias afetam a organização do trabalho pedagógico? Para refletir sobre as questões propostas, será discutido o uso do computador na sala de aula. Como é possível introduzir a informática na educação?

Segundo Haydt (2006), “a informática é a teoria ou ciência que estuda a transformação e o armazenamento automático de dados, produzindo informações”. O computador pode armazenar dados e produzir informações, mas apenas os seres humanos são capazes de analisá-los e de produzir conhecimento sobre o mundo e sobre si mesmos.

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Conforme informa Haydt (2006), os computadores tornaram-se mais acessíveis a partir da década de 1970, o que tornou possível seu uso em escolas. O computador, utilizado nas escolas, passa a interagir com os alunos, recebendo os dados dos alunos, interpretando-os e fornecendo uma resposta, um feedback. Ainda assim, o computador não substitui o professor. A ideia de que a utilização de computadores poderia substituir a intervenção humana está abatida do campo educacional, pois só o professor planeja atividades e consegue perceber quais são os melhores caminhos para otimizar a aprendizagem dos alunos.

Atualmente, o uso de computadores nas escolas é uma realidade, pois tanto escolas públicas como particulares têm acesso à rede. É claro que em medidas diferentes, pois algumas escolas ainda não contam com recursos suficientes, limitando a utilização dos computadores às atividades de administração. Em outras escolas, a utilização dos computadores ocorre apenas nos espaços definidos como laboratórios de informática. Mas existem unidades de ensino onde os computadores são utilizados em larga escala pelos alunos, portadores de microcomputadores individuais.

Em todo o caso, as discussões ocorrem em torno de como utilizar os recursos, quanto tempo poderá ser destinado ao uso dos computadores, quais serão as melhores situações ou, ainda, como será o acesso dos alunos à Internet.

Atualmente, a utilização das novas tecnologias está atrelada a diferentes discussões, como:

• Utilização pedagógica dos smartphones.

• Utilização de tablets em classe.

• Plágios de trabalhos da Internet a partir de sites de busca.

• Educação a Distância (Plataformas de Ensino e Aprendizagem na Internet).

• Utilização de site pessoal, no qual a vida particular é publicizada.

Na verdade, é possível enumerar muitos aspectos do que se pode chamar de Informática Educativa. E há inúmeros grupos de pesquisa que estudam especificamente a questão das Tecnologias da Informação na Sociedade do Conhecimento e suas relações educativas.

Em todo o caso, é importante refletir sobre os aspectos filosóficos dessa educação e pensar que agora não se trata apenas de como utilizar uma tecnologia na educação, mas pensar sobre suas consequências e o papel da escola neste turbilhão. Questões como:

LEITURAOBRIGATÓRIA

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LEITURAOBRIGATÓRIA

• Até que ponto as pessoas devem divulgar informações pessoais em sites de relacionamento? Até que ponto isso é seguro?

• Deve-se educar para o consumo de produtos via Internet?

• Que tipo de reflexão deve ser feita sobre vídeos gravados pelo celular dos alunos e postados na Internet, muitas vezes exibindo situações vexatórias sobre seus pares?

• Que tipo de dado deve ser armazenado no computador?

• Todas as informações que se tem via Internet são seguras?

A escola pode preocupar-se com novas tecnologias, mas também com questões de cidadania, ética e respeito humano que surgem de todos os lugares do mundo e são acessadas incessantemente a cada minuto. Fazem parte da prática educativa mídias de interação social, como Orkut, Facebook e Twitter. São espaços nos quais são expressos textos escritos e imagens que podem ser tema de reflexão, pois o que se expõe da vida privada on-line deve ser objeto de análise e reflexão.

É importante frisar que novas tecnologias não solucionam problemas educativos. Não basta que se tenha na sala de aula um computador ou um projetor para que metodologias equivocadas e ultrapassadas sejam postas de lado. Um professor que acredite que a repetição fará com que seu aluno aprenda, por exemplo, utilizará as ferramentas da Internet ou computadores com os mesmos princípios.

Banir as novas tecnologias da sala de aula também não soluciona a questão. Elas podem ser utilizadas em atividades criativas, incluindo todas as faixas etárias. Por exemplo: crianças da Educação Infantil podem desenhar nos tablets; crianças, adolescentes e adultos podem realizar pesquisas, criar blogs e jogos.

Relacionar educação e sociedade, tornando a escola um lugar de produção e conhecimento, é um desafio que inclui os avanços tecnológicos na educação.

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Quer saber mais sobre o assunto? Então:

SitesLeia o texto Tecnologia a favor da Educação.Disponível em: <http://educarparacrescer.abril.com.br/blog/boletim-educacao/2009/08/31/192612/>. Acesso em: 1 dez. 2013.

Leia A tecnologia e o afeto a favor da educação.Disponível em <http://portaldoenvelhecimento.org.br/noticias/educacao/a-tecnologia-e-o-afeto-a-favor-da-educacao.html>. Acesso em: 1 dez. 2013.

Leia o texto A sociedade da informação e seus desafios.Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ci/v29n2/a09v29n2.pdf>. Acesso em: 1 dez. 2013.

Vídeos Importantes: Acesse o vídeo A importância das novas tecnologias no aprendizado das crianças.Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=dWHq92t-Pug>. Acesso em: 1 dez. 2013.

Assista ao vídeo Quais são os desafios para aliar tecnologia à educação?Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=rCCfKaifsjg>. Acesso em: 1 dez. 2013.

Assista ao vídeo Apresentação do Quadro Interativo TeamBoard - Parte 1, o quadro interativo. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=H6cUXKpor7I>. Acesso em: 1 dez. 2013.

LINKSIMPORTANTES

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Instruções:

Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.

Questão 1:

Leia o texto a seguir:

A distância hoje não é principalmente a geográfica, mas a econômica (ricos e pobres), a cultural (acesso efetivo pela educação continuada), a ideológica (diferentes formas de pensar e sentir) e a tecnológica (acesso e domínio ou não das tecnologias de comunicação). Uma das expressões claras de democratização digital se manifesta na possibilidade de acesso à Internet e em dominar o instrumental teórico para explorar todas as suas potencialidades (MORAN, 1997, s.p.)

Escreva um texto comentando a importân-cia da inclusão digital para alunos que não têm acesso à Internet.

Questão 2:

Haydt (2006) define informática como:

a) “Teoria ou ciência que estuda a informação automática de dados”.

b) “Esquema que estuda a conservação e o armazenamento automático de valores éticos, produzindo noções de vida”.

c) “Teoria ou ciência que estuda a transformação e o armazenamento automático de dados, produzindo informações”.

d) “Ciência que estuda a criação automática de signos, produzindo contextualização e processos produtivos de saberes”.

AGORAÉASUAVEZ

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e) Nenhuma das alternativas apresentadas.

Questão 3:

A informatização das escolas traz ques-tões diferenciadas para a discussão sobre tecnologia. Estas estão atreladas a novas questões como:

a) Utilização pedagógica dos smartphones; utilização de tablets em classe; plágios de trabalhos da Internet a partir de sites de busca; Educação a Distância (Plataformas de Ensino e Aprendizagem na Internet); utilização de site pessoal, no qual a vida particular é publicizada.

b) Utilização pedagógica dos smartphones; utilização de slides em classe; Educação a Distância (Plataformas de Ensino e Aprendizagem na Internet); utilização de mimeógrafos.

c) Utilização pedagógica dos murais; utilização de tablets em classe; plágios de trabalhos da Internet a partir de sites de busca; Educação a Distância (Plataformas de Ensino e Aprendizagem na Internet); Utilização de site pessoal, no qual a vida particular é publicizada.

d) Utilização pedagógica dos smartphones; utilização de jornais em classe; plágios de livros didáticos; educação presencial; utilização de site

pessoal, no qual a vida particular é publicizada.

e) Nenhuma das alternativas apresentadas.

Questão 4:

As novas tecnologias da educação, embo-ra sejam reconhecidas por todos como um importante passo para uma educação de qualidade, ainda não são uma realidade na escola pública brasileira. Isso ocorre por-que:

a) As novas tecnologias estão disponíveis exclusivamente para os mais favorecidos, sendo impossível que outros tenham acesso a elas.

b) As novas tecnologias estão disponíveis em todas as escolas públicas, mas, como os professores não sabem nem ligar o computador, os alunos não têm acesso a elas.

c) Todas as escolas particulares prezam pela tecnologia e pelos laboratórios de informática, mas na escola pública isso não acontece.

d) As escolas públicas possuem aparato tecnológico, entretanto, as que se localizam em áreas rurais ou mais pobres do país têm dificuldade de acesso a esses bens da tecnologia da informação.

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Questão 5:

Um dos objetivos da utilização da infor-mática na educação é o desenvolvimento de alunos criativos e com comportamento ético adequado, pois a escola deve preo-cupar-se não somente com a formação do aluno, mas também com o modo correto de utilização da Internet.

Marque a alternativa que melhor descreve esses objetivos:

a) A Internet serve para alfabetizar os alunos e ensiná-los a fazer contas.

b) A Internet é mais um conteúdo escolar e deve fazer parte do programa de provas.

c) A Internet é mais uma atividade da vida do aluno que deve ter oportunidade de refletir sobre as diversas possibilidades de uso e suas consequências.

d) A Internet é uma estratégia importante de aprendizagem, substitui o livro didático e os trabalhos de grupo.

e) Nenhuma das alternativas.

Questão 6:

Assista ao vídeo A garota que calou o mun-do por 6 minutos na Eco 92 (http://www.youtube.com/watch?v=SR1pPg1g3Ro).

Agora que você já assistiu ao vídeo, plane-je uma atividade que você poderá realizar com uma classe de alunos. Lembre-se de

especificar em seu planejamento objetivos, conteúdos, metodologia, recursos utiliza-dos e avaliação da atividade.

Questão 7:

Leia o texto a seguir:

Na cultura contemporânea em que as tecnologias da imagem aliadas aos meios de comunicação de alta difusão determinam as formas de vida na sociedade do espetáculo, em que a era digital define um padrão estético e ético de ação, em que a compulsão à exposição de si vai das revistas de celebridades às redes sociais, não é difícil pensar que vivemos no tempo da banalização da intimidade. Tal banalização é, na verdade, um interessante paradoxo. Se banal é aquilo que pode ser usado por todos, enquanto íntimo é aquilo que pertence apenas a um indivíduo, como seria possível banalizar o íntimo sem eliminá-lo? Em outras palavras, se banalizamos o íntimo e assim o eliminamos, será mesmo do íntimo e da intimidade que ainda estamos tratando? Ora, a expressão da intimidade sempre fez parte dos esforços poéticos e literários na história humana. Mas se não foi simples para os poetas, por que devemos achar que é tão alcançável e comunicável pelos internautas e usuários das mídias contemporâneas em geral? (TIBURI, s.d.).

Escreva um texto dissertativo de até 10 li-nhas refletindo sobre a importância do tra-balho educativo em torno da utilização e disponibilização de informações pessoais na Internet.

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Questão 8:

Leia o texto a seguir:

No campo educacional dos países em desenvolvimento, decisões sobre investimentos para a incorporação da informática e da telemática, implicam também riscos e desafios. Será essencial identificar o papel que essas novas tecnologias podem desempenhar no processo de desenvolvimento educacional e, isso posto, resolver como utilizá-las de forma a facilitar uma efetiva aceleração do processo em direção a educação para todos, ao longo da vida, com qualidade e garantia de diversidade. As novas tecnologias de informação e comunicação tornam-se, hoje, parte de um vasto instrumental historicamente mobilizado para a educação e aprendizagem. Cabe a cada sociedade decidir que composição do conjunto de tecnologias educacionais mobilizar para atingir suas metas de desenvolvimento (WERTHEIN, 2000, p. 77)

A partir da leitura, escreva um pequeno texto respondendo a seguinte questão: quais são os aspectos com os quais a es-cola deve se preocupar quando o assunto é acesso à informação e a novos recursos disponíveis na sociedade?

Questão 9:

O conhecimento não se reduz à informa-ção. Para que a informação se transforme em conhecimento, é necessário analisar, relacionar e resignificar as informações. Escreva um texto refletindo sobre o papel do professor na sociedade da informação.

Questão 10:

Leia o texto a seguir:

Computadores, Internet e programas, sozinhos, não significam uma escola e um ensino mais modernos e mais eficazes. Não são, tampouco, a solução para problemas cada vez mais graves e recorrentes como a queda da qualidade do ensino e o abandono do estudo. Constituem, no entanto, instrumentos que as escolas e os educadores não podem mais ignorar: além de pertencerem à experiência da atual “geração digital”, podem ajudar a resolver várias pequenas e grandes dificuldades nas salas de aula (Disponível em: <http://www.brasil247.com/pt/247/revista_oasis/83139/>. Acesso em: 1 dez. 2013).

Escreva um texto dissertativo avaliando o impacto das novas tecnologias na educa-ção e na postura do professor.

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Neste tema, você aprendeu mais sobre o conceito de Sociedade da Informação e sua relação com o campo educativo. Você aprendeu sobre a utilização das novas tecnologias na sala de aula e que a utilização de computadores já é um ponto definido na educação. É preciso refletir agora sobre como utilizar a informática na educação.

Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!

MORAN, J. M. Como Utilizar a Internet na Educação. Revista Ciência da Informação, v. 26, n. 2, p. 146-153, maio-ago. 1997. Disponível em: <http://www.eca.usp.br/moran/inter-net.htm>. Acesso em: 1 dez. 2013.

TIBURI, Márcia. O vazio da intimidade. Disponível em: <http://luz.cpflcultura.com.br/37>. Acesso em: 1 dez. 2013.

WERTHEIN, Jorge. A sociedade da informação e seus desafios. Ci. Inf., Brasília, v. 29, n. 2, p. 71-77, maio/ago. 2000. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ci/v29n2/a09v29n2.pdf>. Acesso em: 1 dez. 2013.

REFERÊNCIAS

FINALIZANDO

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Informatização: utilização de sistemas computadorizados.

Marginalizados: discriminados, afastados, excluídos.

Paradigma: conjunto de ideias que definem uma visão de mundo.

Sociedade da Informação: conjunto de fenômenos sociais derivados da união entre informática e telecomunicações.

Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC): conjunto de recursos tecnológicos utilizados para determinado fim como a educação.

Questão 1

Resposta: Para os alunos que não têm acesso à Internet, a escola é um espaço fundamental e democrático. Os alunos poderão ter a oportunidade de conhecer e aprender a lidar com esses recursos disponíveis.

Questão 2

Resposta: Alternativa C.

GLOSSÁRIO

GABARITO

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Questão 3

Resposta: Alternativa A.

Questão 4

Resposta: Alternativa D.

Questão 5

Resposta: Alternativa C.

A utilização das diferentes ferramentas da Internet envolve questões éticas e humanísticas que devem ser levadas em consideração em seu caráter formativo.

Questão 6

Resposta: Utilize o quadro para a realização do planejamento da atividade. Você poderá propor um estudo de caso ou uma produção de texto sobre o assunto.

Plano de AulaEscolaClasse:

Professora:Disciplina (se for o caso):

Objetivos

Introdução ao tema

(incentivo ao estudo do tema)

DesenvolvimentoMateriais Utilizados

Avaliação Observações

Objetivos Gerais:

Objetivos Específicos:

Questão 7

Resposta: A escola pode se preocupar com novas tecnologias, mas também com questões de cidadania, ética e respeito humano que surgem de todos os lugares do mundo e são acessadas incessantemente a cada minuto. Fazem parte da prática educativa mídias de

GABARITO

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GABARITOinteração social, como Orkut, Facebook e Twitter. São espaços nos quais são expressos textos escritos e imagens, e estes podem ser tema de reflexão, pois o que se expõe da vida privada on-line deve ser objeto de análise e reflexão.

Questão 8

Resposta: A escola pode se preocupar com novas tecnologias, mas também com questões de cidadania, ética e respeito humano que surgem de todos os lugares do mundo e são acessadas incessantemente a cada minuto.

Questão 9

Resposta: O papel do professor é o de interferir no processo ensino-aprendizagem fazendo uso das novas tecnologias de forma crítica e promovendo a reflexão e atividade por parte do aluno.

Questão 10

Resposta: As novas tecnologias devem estar incluídas na sala de aula, pois auxiliam no processo de ensino-aprendizagem. Não adianta utilizar novas tecnologias na educação com uma mentalidade reacionária. Novas tecnologias não são soluções mágicas para a educação. Elas devem estar acompanhadas de propostas criativas, como a utilização de sites para pesquisas, jogos e músicas.

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seções

Tema 10Avaliação da Aprendizagem

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SeçõesSeções

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Tema 10Avaliação da Aprendizagem

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CONTEÚDOSEHABILIDADES

Conteúdo

Nessa aula você estudará:

• O conceito de avaliação.

• Distinção entre testar, medir e avaliar.

• Técnicas e instrumentos de avaliação.

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CONTEÚDOSEHABILIDADES

Avaliação da Aprendizagem

As transformações de avaliação são multidimensionais. Uma grande questão é que avaliar envolve valor, e valor envolve pessoa. Nós somos o que sabemos em múltiplas dimensões. Quando avaliamos uma pessoa, nos envolvemos por inteiro - o que sabemos, o que sentimos, o que conhecemos desta pessoa, a relação que nós temos com ela. [...] Avaliar é muito mais que conhecer o aluno, é reconhecê-lo como uma pessoa digna de respeito e de interesse. (Jussara Hoffmam).

A avaliação envolve um aspecto técnico e um aspecto humano. Existe a pretensão de avaliar com objetividade absoluta, o que nem sempre é possível, pois com objetividades apenas se pode medir, verificar.

Avaliar tem sido constantemente confundido com medir, verificar. Quando o professor aplica uma prova ou um teste, está verificando informações e conceitos que o aluno adquiriu em um determinado período de tempo. Considerando a aprendizagem em seu aspecto global, deve-se pensar em um processo de avaliação que esteja em consonância.

Além da verificação por meio de testes e provas, aplicados na escola, convive-se com um processo de avaliação externa, aplicado por órgãos governamentais. Atualmente há o Índice de Desenvolvimento de Educação Básica (IDEB), que tem instrumentos como a

Habilidades

Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:

• O que é avaliação?

• Quais são as diferenças entre avaliar e verificar?

• Quais são os diferentes instrumentos de avaliação da aprendizagem?

• Quando é necessário avaliar?

LEITURAOBRIGATÓRIA

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LEITURAOBRIGATÓRIAProvinha Brasil. Esse tipo de prova é aplicado em todo o território nacional e, assim como a Prova do ENADE e do ENEM, possibilita estabelecer um ranking de escolas, universidades e espaços privilegiados. É claro que esse tipo de prova difere da que é aplicada pelo professor em sala de aula.

Na escola a avaliação assume uma função orientadora que, segundo Haydt (2006), pode ser definida como meio de diagnosticar e de verificar se os objetivos do processo de ensino-aprendizagem foram atendidos. Durante muito tempo a avaliação foi vista como um processo classificatório ou como um instrumento de poder e castigo.

A avaliação realizada em uma concepção tradicional valoriza a competição, a classificação e a punição. Pode ser expressa em práticas que premiam as melhores notas ou nas quais o professor aplica uma prova muito difícil, por causa de um comportamento da classe considerado inadequado.

A avaliação tem uma função primordial, denominada de diagnóstica, que consiste na descoberta do que o aluno sabe. É importante frisar que nesse caso avalia-se para saber o que o aluno sabe, e não aquilo que o aluno não sabe. A avaliação diagnóstica consiste na coleta de dados ou informações com o objetivo de identificar os conceitos e habilidades que os alunos já desenvolveram sobre determinado tema.

A avaliação diagnóstica pode utilizar diferentes instrumentos para colher as informações sobre os conhecimentos prévios dos alunos: testes padronizados, dinâmicas de grupo ou debates. Ela tem a função de auxiliar no planejamento de um projeto, aula ou atividade, pois conhecendo o que os alunos sabem sobre o assunto, o professor poderá planejar atividades coerentes e desafiadoras.

Haydt (2006) considera os seguintes princípios básicos sobre a avaliação:

• A avaliação é um processo contínuo e sistemático, e não é direcionada apenas aos alunos, mas ao desenvolvimento do trabalho pedagógico. Resultados desanimadores de aproveitamento podem indicar a necessidade de mudanças no rumo do planejamento.

• A avaliação, entendida como um recurso, e não como um fim em si mesmo, é um processo contínuo que deve ser planejado e também avaliado. O processo avaliativo deve estar ligado aos objetivos que foram previstos. E nesse sentido, é possível dizer que a avaliação é um elemento norteador da aprendizagem, uma vez que permite o replanejamento para que os objetivos propostos sejam alcançados. E no caso de já

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terem sido alcançados, é possível avaliar a necessidade de desenvolver situações novas e desafiadoras para os alunos.

• E por fim, é possível dizer que a avaliação deve ser realizada considerando o educando de forma global. O foco na avaliação costuma ser o cognitivo, entretanto pode-se e deve-se considerar os aspectos da formação global dos educandos.

Veja agora as distinções entre testar, medir e avaliar. Segundo Haydt (2006), testar significa verificar, por meio de testes previamente organizados, o desempenho de uma pessoa. O problema dos testes é que eles são limitados às situações cognitivas para os quais foram planejados. Medir significa expressar os resultados aferidos em resultados numéricos. A medição é amplamente utilizada na educação e privilegia situações de caráter cognitivo. Avaliar é julgar, implica em conjugar aspectos qualitativos e quantitativos e submetê-los posteriormente a uma interpretação.

A avaliação é um conceito amplo e pretende interligar as ações do testar e do medir a ações de observações criteriosas que permitam avaliar os educandos de forma global.

Ainda segundo Haydt (2006), os principais propósitos da avaliação são: conhecer os alunos, identificar as dificuldades de aprendizagem, verificar se os objetivos foram alcançados, aperfeiçoar o processo de ensino-aprendizagem e posicionar os alunos dentro de um determinado grau de ensino.

Veja agora as diferenças entre avaliação somativa e avaliação formativa. A avaliação formativa pretende identificar o que o aluno já sabe, o que ainda não aprendeu e se os objetivos educacionais foram ou não alcançados. Ela indica os progressos, avanços e dificuldades dos alunos, servindo assim como fonte para replanejamentos. Já a avaliação somativa classifica o aluno dentro de um ranking, de acordo com os resultados obtidos e estabelecendo uma comparação com padrões pré-estabelecidos.

Um aspecto importante na avaliação é o feedback, que consiste no retorno que o professor dá ao aluno sobre o seu processo de aprendizagem. Não é suficiente que o professor retorne a nota do aluno, ou simplesmente informe se a resolução é certa ou errada. O feedback deve conter apontamentos e orientações sobre o trabalho do aluno, direcionando para estudos posteriores e incentivando os progressos já realizados.

Veja agora alguns instrumentos de avaliação da aprendizagem. Segundo Haydt (2006), “avaliação é o processo de coleta e análise de dados”. Para avaliar é possível utilizar três técnicas diferenciadas: a observação, a autoavaliação e a aplicação de provas.

LEITURAOBRIGATÓRIA

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LEITURAOBRIGATÓRIAA observação que o professor faz dos seus alunos pode ser registrada por meio de fichas e anotações em caderno. É importante que elas sejam claras, para que outras pessoas, além do professor, possam acessá-las. Esta técnica permite conjugar objetivos afetivos, cognitivos e de caráter social. O registro das informações observadas devem ser fáceis e rápidos, ou podem ser realizados em momentos nos quais a turma esteja realizando atividades não direcionadas exclusivamente pelo professor. O professor não precisa registrar todos os dias informações sobre todos os alunos, deve utilizar o bom senso a fim de tornar a atividade viável e proveitosa.

A autoavaliação é fundamental, pois é o momento no qual o aluno poderá avaliar o seu processo de ensino-aprendizagem e o seu comportamento. O professor pode fazer o roteiro com os pontos que considera fundamentais e pode também ouvir a sugestão dos alunos, para saber o que é importante ser discutido. No momento em que o professor propõe a autoavaliação deve estar aberto também para as críticas que possam surgir em relação ao trabalho que desenvolve, pois estimular a atitude reflexiva nos seus alunos leva também a contestações do trabalho pedagógico. É importante, no entanto, que todas as situações estejam pautadas em uma atmosfera de respeito mútuo.

As provas podem ser orais, embora as mesmas estejam cada vez mais em desuso. As mais comuns são as escritas, e nesse caso podem ser formadas por questões dissertativas e objetivas, trabalhando habilidades de análise, comparação, interpretação, crítica. O importante é a formulação de uma prova consistente, que aborde o conteúdo proposto e seja clara para o aluno.

É preciso lembrar que o objetivo da prova não é o de fazer “pegadinhas”, elas devem expressar claramente as informações e devem ser elaboradas com antecedência. É importante que o professor construa um gabarito da prova, pois terá mais condições de saber se está correta, clara e precisa.

A avaliação, a aplicação de seus instrumentos e a análise dos resultados são atividades primordiais no processo de ensino-aprendizagem e de replanejamento do trabalho docente. Devem fugir de caráter punitivo e devem constituir mais um instrumento de aprendizagem.

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Quer saber mais sobre o assunto? Então:

SitesLeia o texto da Revista Nova Escola A avaliação deve orientar a aprendizagem.Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/planejamento-e-avaliacao/avaliacao/avaliacao-aprendizagem-427861.shtml>. Acesso em: 1 dez. 2013.

Leia o texto A avaliação da aprendizagem como um processo educativo: um desafio para o professor.Disponível em <http://www.faetec.rj.gov.br/desup/images/democratizar/v2-n1/art_democratizar_jane2.pdf>. Acesso em: 1 dez. 2013.

Leia o texto O mito da avaliação da aprendizagem.Disponível em: <http://educador.brasilescola.com/trabalho-docente/o-mito-avaliacao-aprendizagem.htm>. Acesso em: 1 dez. 2013.

Vídeos Importantes: Acesse o vídeo Didática Geral: Avaliação.Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=beuoldA1eps>. Acesso em: 1 dez. 2013.

Assista ao vídeo Reflexões sobre Avaliação na Educação Infantil.Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=FL3gjVUWs2M>. Acesso em: 1 dez. 2013.

Assista ao vídeo Avaliação Escolar, produzido pela Secretária do Estado da Educação do Paraná.Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=81dUysGNIo4>. Acesso em: 1 dez. 2013.

LINKSIMPORTANTES

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Instruções:

Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.

Questão 1:Leia o texto que segue e responda a per-gunta proposta.

Em primeiro lugar, deve-se ter consciência de que a avaliação no processo ensino-aprendizagem é essencial e de extrema importância. Não de forma a punir os alunos ou de pressioná-los, mas no sentido de construir o conhecimento e fazer com que os alunos aprendam com os erros detectados na avaliação. O conceito de que se tem nesse processo é o que se pensa a respeito de notas. Os acadêmicos sentem-se pressionados porque estão muito preocupados com notas e reprovações e, às vezes, se esquecem de que o fundamental na construção do conhecimento é, na verdade, o aprendizado. (SOUZA; ALVES. Avaliar para punir ou construir. Disponível em: <http://www.ifrr.edu.br/SISTEMAS/revista/index.php/revista/article/view/56/55>. Acesso em: 1 dez. 2013).

Escreva um pequeno texto dissertativo re-fletindo sobre a situação exposta.

Questão 2:

Segundo Haydt (2006), a função orientado-ra da avaliação pode ser definida como:

a) Meio de diagnosticar e de verificar se os objetivos do processo de ensino-aprendizagem foram atendidos.

b) Meio de classificar os alunos e observar se apreenderam o conteúdo.

c) Meio de punir os alunos que não prestam atenção nas aulas.

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d) Meio de análise dos conteúdos trabalhados.

e) Nenhuma das alternativas acima.

Questão 3:

Segundo Haydt (2006), são princípios bási-cos sobre a avaliação:

a) A avaliação é um processo contínuo e sistemático; deve estar ligada aos objetivos que foram previstos; é um elemento norteador da aprendizagem, uma vez que permite o replanejamento; possibilita a reflexão sobre o desenvolvimento de situações novas e desafiadoras para os alunos; deve ser realizada considerando o educando de forma global.

b) A avaliação é um processo contínuo e sistemático; deve estar ligada aos objetivos que foram previstos; é um elemento norteador da aprendizagem, uma vez que permite o replanejamento; possibilita a reflexão sobre o desenvolvimento de situações novas e desafiadoras para os alunos; deve ser realizada individualmente.

c) A avaliação é um processo contínuo e assistemático; deve estar ligada aos objetivos que foram previstos; é um elemento norteador da aprendizagem, uma vez que permite o replanejamento; possibilita a reflexão sobre o desenvolvimento de situações novas e

desafiadoras para os alunos; deve ser realizada considerando o educando de forma global.

d) A avaliação é um processo contínuo e sistemático; deve estar ligada aos conteúdos; é um elemento norteador da aprendizagem, uma vez que permite classificar o aluno; possibilita a reflexão sobre o desenvolvimento de situações novas e desafiadoras para os alunos; deve ser realizada considerando o educando de forma global.

e) Nenhuma das alternativas apresentadas.

Questão 4:

As provas aplicadas para os alunos po-dem ser:

a) Dissertativas ou reflexivas, embora essa última esteja em desuso.

b) Dissertativas, objetivas ou informatizadas, embora essa última esteja em desuso.

c) Dissertativas, massivas ou escritas, embora essa última esteja em desuso.

d) Dissertativas, abusivas ou engajadas, embora essa última esteja em desuso.

e) Nenhuma das alternativas apresentadas.

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Questão 5:

O conceito de feedback está expresso na seguinte alternativa:

a) Um aspecto importante na avaliação é o feedback, que consiste na nota que o professor dá ao aluno. É suficiente que o professor retorne a nota do aluno, ou simplesmente informe-a.

b) Um aspecto importante na avaliação é o feedback, que consiste no retorno que o professor não dá ao aluno sobre o seu processo de aprendizagem. É suficiente que o professor retorne a nota do aluno, ou simplesmente informe se a resolução é certa ou errada. O feedback não deve conter apontamentos e orientações sobre o trabalho do aluno.

c) Um aspecto importante na avaliação é o feedback, que consiste no retorno que o professor dá ao aluno sobre o seu processo de aprendizagem. Não é suficiente que o professor retorne a nota do aluno, ou simplesmente informe se a resolução é certa ou errada. O feedback deve conter apontamentos e orientações sobre o trabalho do aluno, direcionando para estudos posteriores e incentivando os progressos já realizados.

d) Um aspecto importante na avaliação é o feedback, que consiste no retorno que o professor nunca deverá dar ao aluno sobre o seu processo de observação. Não

é suficiente que o professor retorne a nota do aluno, ou simplesmente informe se a resolução é certa ou errada. O feedback deve direcionar para classificações e rankings.

e) Nenhuma das alternativas apresentadas.

Questão 6:

Escreva um pequeno texto explicitando a diferença entre medir e verificar.

Questão 7:

Reflita sobre qual é o papel da avaliação diagnóstica na aprendizagem e escreva um pequeno texto.

Questão 8:

Escreva um peque no texto refletindo sobre a seguinte sentença:

É importante que o professor avalie a sua turma utilizando a técnica da observação.

Questão 9:

Leia o texto que segue e responda a per-gunta proposta.

Dias Sobrinho (2001) indica que a avaliação aparece como um mecanismo de seleção e distribuição de indivíduos nos lugares sociais e nas hierarquias de poder e prestígio em diferentes

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localidades do mundo. Os gregos a utilizavam como mecanismo de seleção de indivíduos para o serviço público e os chineses para a seleção de indivíduos para a guarda dos mandarins. (HORTA NETO. Avaliação externa de escolas e sistemas. Disponível em <http://www.rbep.inep.gov.br/index.php/RBEP/article/viewFile/1512/1313>. Acesso em: 1 dez. 2013).

Escreva um pequeno texto dissertativo comentando sobre o papel da avaliação externa.

Questão 10:

Leia o texto que segue.

As transformações de avaliação são multidimensionais. Uma grande questão é que avaliar envolve valor, e valor envolve pessoa. Nós somos o que sabemos em múltiplas dimensões. Quando avaliamos uma pessoa, nos envolvemos por inteiro - o que sabemos, o que sentimos, o que conhecemos desta pessoa, a relação que nós temos com ela. [...] Avaliar é muito mais que conhecer o aluno, é reconhecê-lo como uma pessoa digna de respeito e de interesse. (Jussara Hoffmam).

Após leitura, escreva um pequeno texto re-fletindo sobre a importância da avaliação no processo de ensino-aprendizagem.

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Nesta aula você aprendeu os principais conceitos sobre avaliação da aprendizagem. Avaliar é um processo amplo que conjuga coletar e interpretar dados, tanto para verificar a aprendizagem dos alunos quanto para replanejar o processo educativo.

Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!

HAYYDT C., Regina Célia C. Curso de Didática Geral. p. 126-134, 2006.

REFERÊNCIAS

FINALIZANDO

Avaliação: processo de coleta e análise de dados.

Verificação: estudar os dados coletados.

Avaliação Externa: processos de avaliação organizados pelos órgãos governamentais nos quais os alunos têm seu desempenho quantificado e tabulado.

GLOSSÁRIO

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Questão 1

Resposta: O professor pode utilizar a avaliação tanto para punir o aluno quanto para diagnosticar o que este já aprendeu e assim replanejar o processo educativo. A avaliação deve ser utilizada como um importante instrumento de aprendizagem, e não como um instrumento para punir o aluno.

Questão 2

Resposta: Alternativa A.

Na escola a avaliação assume uma função orientadora que, segundo Haydt (2006), pode ser definida como meio de diagnosticar e de verificar se os objetivos do processo de ensino-aprendizagem foram atendidos.

Questão 3

Resposta: Alternativa A.

Haydt (2006) considera os seguintes princípios básicos sobre a avaliação:

• A avaliação é um processo contínuo e sistemático, e não é direcionada apenas aos alunos, mas ao desenvolvimento do trabalho pedagógico. Resultados desanimadores de aproveitamento podem indicar a necessidade de mudanças no rumo do planejamento.

GABARITO

Avaliação Diagnóstica: avaliação que busca coletar informações sobre o que os educandos sabem, a fim de orientar o processo de definição de objetivos.

Feedback: devolutiva que o professor dá ao aluno sobre desempenho, conquistas e desafios.

GLOSSÁRIO

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• A avaliação, entendida como um recurso, e não como um fim em si mesmo, é um processo contínuo que deve ser planejado e também avaliado. O processo avaliativo deve estar ligado aos objetivos que foram previstos. E nesse sentido, é possível dizer que a avaliação é um elemento norteador da aprendizagem, uma vez que permite o replanejamento para que os objetivos propostos sejam alcançados. E no caso de já terem sido alcançados, é possível avaliar a necessidade de desenvolver situações novas e desafiadoras para os alunos.

• E por fim, é possível dizer que a avaliação deve ser realizada considerando o educando de forma global. O foco na avaliação costuma ser o cognitivo, entretanto pode-se e deve-se considerar os aspectos da formação global dos educandos.

Questão 4

Resposta: Alternativa D.

As provas podem ser dissertativas, objetivas ou orais, embora essa última esteja em desuso.

Questão 5

Resposta: Alternativa C.

Um aspecto importante na avaliação é o feedback, que consiste no retorno que o professor dá ao aluno sobre o seu processo de aprendizagem. Não é suficiente que o professor retorne a nota do aluno, ou simplesmente informe se a resolução é certa ou errada. O feedback deve conter apontamentos e orientações sobre o trabalho do aluno, direcionando para estudos posteriores e incentivando os progressos já realizados.

Questão 6

Resposta: Segundo Haydt (2006), testar significa verificar, por meio de testes previamente organizados, o desempenho de uma pessoa. O problema dos testes é que eles são limitados às situações cognitivas para os quais foram planejados. Medir significa expressar os resultados aferidos em resultados numéricos. A medição é amplamente utilizada na educação e privilegia situações de caráter cognitivo.

GABARITO

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Questão 7

Resposta: A avaliação diagnóstica pode utilizar diferentes instrumentos para colher as informações sobre os conhecimentos prévios dos alunos: testes padronizados, dinâmicas de grupo ou debates. Ela tem a função de auxiliar no planejamento de um projeto, aula ou atividade, pois conhecendo o que os alunos sabem sobre o assunto, o professor poderá planejar atividades coerentes e desafiadoras.

Questão 8

Resposta: A observação que o professor faz dos seus alunos pode ser registrada por meio de fichas e anotações em caderno. É importante que elas sejam claras, para que outras pessoas, além do professor, possam acessá-las. Esta técnica permite conjugar objetivos afetivos, cognitivos e de caráter social. O registro das informações observadas devem ser fáceis e rápidos, ou podem ser realizados em momentos nos quais a turma esteja realizando atividades não direcionadas exclusivamente pelo professor. O professor não precisa registrar todos os dias informações sobre todos os alunos, deve utilizar o bom senso a fim de tornar a atividade viável e proveitosa.

Questão 9

Resposta: A avaliação externa coleta dados e cria um ranking de comparação entre os alunos e escolas. Fato que, muitas vezes, apenas reforça a exclusão de determinadas camadas da sociedade.

Questão 10

Resposta: A avaliação envolve um aspecto técnico e um aspecto humano. Existe a pretensão de avaliar com objetividade absoluta, o que nem sempre é possível, pois com objetividades apenas se pode medir, verificar. Avaliar tem sido constantemente confundido com medir, verificar. Quando o professor aplica uma prova ou um teste, está verificando informações e conceitos que o aluno adquiriu em um determinado período de tempo. Considerando a aprendizagem em seu aspecto global, deve-se pensar um processo de avaliação que esteja em consonância com os objetivos propostos.

GABARITO

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