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CADERNO DE AVALIAÇÃO CARAVANA BRASIL Aparados da Serra Cânions Gaúchos e Catarinenses (RS) 28 de agosto a 01 de setembro de 2010 Apoio institucional Realização

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Caravana Brasil Nacional Caderno de Avaliação

CADERNO DE

AVALIAÇÃO

CARAVANA BRASIL

Aparados da Serra – Cânions

Gaúchos e Catarinenses (RS)

28 de agosto a 01 de setembro

de 2010

Apoio institucional

Realização

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Caravana Brasil Nacional Caderno de Avaliação

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Caravana Brasil Nacional Caderno de Avaliação

MINISTÉRIO DO TURISMO

Luiz Eduardo Pereira Barretto Filho, Ministro de Estado

Secretaria Nacional de Políticas de Turismo

Carlos Alberto da Silva, Secretário

Departamento de Promoção e Marketing Nacional

Márcio Nascimento, Diretor

Jurema Monteiro, Coordenadora-geral de Eventos e Apoio à

Comercialização

BRAZTOA – Associação Brasileira das Operadoras de

Turismo

José Eduardo Barbosa – Presidente

Monica Eliza Samia – Diretora Executiva

Daniela Sarmento – Coordenadora Geral

Leandro Queiroz – Supervisor Técnico

Lilian La Luna – Supervisora Comunicação

Nivea Lima – Supervisora Operacional

Carolina Neves – Equipe Técnica

Sylvio Campos – Equipe Técnica

Consultores

Adrian Alexandri

Eduardo Cecchini

Simone Scorsato

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SUMÁRIO

CARAVANA BRASIL_____________________________________ 5

APARADOS DA SERRA – Cânions Gaúchos e Catarinenses (RS) __ 7

OFICINA DE CAPACITAÇÃO ______________________________ 8

VIAGEM TÉCNICA - APARADOS DA SERRA (CÂNIONS GAÚCHOS E

CATARINENSES) ______________________________________ 11

PRODUTOS E SERVIÇOS _______________________________ 22

PÚBLICO ALVO _______________________________________ 24

PROMOÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO _______________________ 25

ENCONTRO DE NEGÓCIOS _____________________________ 28

CONSIDERAÇÕES FINAIS ______________________________ 33

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CARAVANA BRASIL

O projeto Caravana Brasil, realizado pela Embratur desde 2003, teve como principal meta incentivar a comercialização de novos produtos turísticos brasileiros nos mercados nacional e internacional. Com isso, de forma geral, ampliou-se também a oferta turística brasileira. Foram realizadas 100 caravanas para quase 450 destinos, com a participação de cerca de 900 profissionais formadores de opinião, operadoras de turismo nacional e internacional, além da imprensa.

A partir de 2007, o Ministério do Turismo e o Sebrae firmaram uma parceria com a Braztoa para realizar a Caravana Brasil Nacional, que seguiu as mesmas linhas conceituais do projeto original. Buscou, no entanto, incorporar novas características a fim de se adaptar com mais eficiência ao mercado atual.

Os bons resultados fizeram que, em 2009, se renovasse a parceria entre Ministério do Turismo e Braztoa para a realização da edição 2010 da Caravana Brasil Nacional.

O projeto realizou, em 2008 e 2009, 12 viagens técnicas com agentes de viagens e operadores de turismo e 07 viagens exclusivamente com operadores de turismo, além de 02 caravanas com agentes de viagens para eventos nacionais. 408 agentes e 93 operadores foram contemplados. Houve ainda a ampliação em 36,5% na divulgação de produtos e novos roteiros dos destinos visitados pelos operadores.

Nesta edição, o projeto realiza:

1- Viagens com Agentes de Viagem e Operadores de Turismo, nas quais Agentes e Operadores conhecem melhor os destinos já comercializados;

2- Viagens com Operadores de Turismo, nas quais os participantes conhecem novos destinos com a finalidade de diversificar sua “cesta de produtos”;

3- Viagens com Agentes de Viagem, nas quais os participantes visitam feiras e/ou eventos comerciais de destaque do setor;

4- Viagens com Jornalistas, nas quais os participantes conhecem os resultados de ações do Ministério do Turismo em destinos já visitados em edições passadas, assim como a inserção desses roteiros nos catálogos dos operadores que participaram das viagens.

A Caravana Brasil Nacional promove ainda:

1- Capacitação para os fornecedores locais dos destinos visitados, a fim de melhor prepará-los para atender Agentes de Viagem e Operadores de Turismo, bem como adequar seus

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produtos às necessidades do mercado. Esta ação acontece durante a viagem precursora em que representantes do projeto visitam o destino para a validação do roteiro final.

2- Encontros de Negócios, que são encontros entre Operadores de Turismo, Representantes Institucionais e Fornecedores Locais, e possibilitam a convergência de interesses e o estabelecimento de negócios. Esta ação acontece durante as viagens com Operadores de Turismo.

3- Encontros de Conhecimento, que propõem a apresentação do destino de forma diferenciada para Operadores e Agentes. Esta ação acontece durante as viagens entre Operadores de Turismo e Agentes de Viagem.

4- Encontro de Avaliação que acontece na viagem técnica junto aos Encontros de Negócios ou Conhecimento onde o destino e participantes discutem suas percepções, visões e ações de mercado.

5- Resultados das Avaliações, que constitui o encaminhamento para o destino de um Caderno de Avaliação contendo a consolidação dos resultados da avaliação aplicada junto aos Operadores de Turismo e Agentes de Viagem e daquela realizada com fornecedores e representantes institucionais locais.

O projeto Caravana Brasil Nacional pretende, com suas ações, desenvolver o mercado turístico nacional de forma geral. As ações realizadas, então, constituem uma importante ferramenta para acompanhar essas mudanças e proporcionar conhecimento qualificado aos profissionais envolvidos nesse setor, um importante gerador de divisas do país.

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APARADOS DA SERRA – Cânions Gaúchos e Catarinenses (RS)

Participantes da Caravana Brasil

Foto: Arquivo Braztoa

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OFICINA DE CAPACITAÇÃO 05 de agosto de 2010

Capacitação em Cambará do Sul - RS

Durante a viagem precursora ao destino Aparados da Serra (RS e SC) foi realizada a Oficina de Capacitação para fornecedores locais e representantes Institucionais. O foco central da oficina é a preparação dos fornecedores locais para receber na viagem técnica os operadores de turismo, além de, propiciar a todos os participantes por meio de exercícios e dinâmicas de integração, reflexão sobre a hospitalidade do destino, o turista e suas expectativas, produtos e segmentos, as possíveis ferramentas de promoção, comercialização e distribuição do produto turístico e a elaboração de tarifários.

A Oficina de Capacitação foi realizada na cidade de Cambará do Sul no Rio Grande do Sul, tendo a participação de representantes de empresas e de instâncias de governança local. Ao todo participaram 11 representantes de empresas e instituições locais de diferentes setores conforme tabela abaixo:

Empresas e Instituições Representantes

1 Cânion Turismo Luciane Santos Castilhos

2 Guia Aparados da Serra Eduardo Bernardino

3 Verdes Canyons Paulo Giovane Selau

4 Acontur José Junior Romanota

5 Estalagem da Colina Luiz C. Alves

6 Pousada Corucacas Beatris Isoppo Trindade

7 Agência da Colina Cypriano P. Junior

8 Cantina Menegolla Jaqueline Menegola

9 Pizzaria Retrô Soeli Bauermann

10 Cambará Eco Hotel José Antônio Bruguer

11 Cânion Turismo Josemar Contesini

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Capacitação com fornecedores e instituições locais

Foto: Arquivo Braztoa

Na Oficina de Capacitação foram desenvolvidos dois tipos de exercícios:

Exercício 1: Análise do destino nos aspectos da Hospitalidade.

De preenchimento individual, este exercício possui o objetivo de avaliar elementos e características do destino que possam representar indicadores de hospitalidade do lugar. Cada participante avaliou por meio de notas o nível de excelência para elementos/situações e/ou serviços que representem a grau de hospitalidade do lugar.

Exercício 2: Análise de produto, mercado e segmento.

Exercício em grupo que tem por objetivo identificar na percepção dos empresários locais quais são os produtos mais importantes no

Valores de referência

3 – Indicadores na média considerados excelentes (ótimo).

2 – Indicadores na média considerados satisfatórios (bom). 1 – Indicadores na média considerados pouco adequados

(regular). 0 – Indicadores na média considerados insuficientes, inexistentes

ou ruins. (ruim).

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destino e para qual público é oferecido. Os grupos avaliaram por meio de valores de referência o grau de excelência do produto.

Valores de referência

3 – Excelente: ótima qualidade de serviços e estrutura ofertada

ao turista, superando a expectativa do cliente. 2 – Bom: estrutura e serviços funcionais e de qualidade no

atendimento das necessidades dos turistas.

1 - Regular: estrutura e serviços atendem de maneira regular as expectativas dos turistas.

0 – Precário: insuficiência e/ou deficiência nos serviços prestados/apresentados para seu uso turísticos.

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VIAGEM TÉCNICA - APARADOS DA SERRA (CÂNIONS GAÚCHOS E CATARINENSES)

28 de agosto a 01 de setembro de 2010

A viagem técnica para a região de Aparados da Serra (Santa Catarina e Rio Grande do Sul) aconteceu seguindo o seguinte roteiro:

28 de agosto (sábado)

Florianópolis / Urubici (SC)

Transfer de chegada: aeroporto de Florianópolis/Urubici.

Reunião na Serra do Panelão Fazenda Hotel.

Visita técnica com almoço na Serra do Panelão Fazenda Hotel.

Visitação aos atrativos: Morro da Igreja com contemplação da

Pedra Furada.

Visita técnica e check-in (parte do grupo) à Pousada Serra Bela

Hospedaria Rural.

Transfer e check-in (parte do grupo) à Pousada Fazenda Pedra

Preta.

Transfer das pousadas para city tour em Urubici.

Jantar no Restaurante Átrios.

Transfer para pousadas e pernoite.

29 de agosto (domingo)

Urubici / São Joaquim / Bom Jardim da Serra (SC)

Café da manhã no hotel e check-out.

Visita técnica na Pousada Fazenda Pedra Preta.

Transfer para São Joaquim.

Visita a Vinícola Villa Francioni.

City tour em São Joaquim.

Almoço no Restaurante Pequeno Bosque.

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Visita à Estação Experimental da Epagri.

Transfer para Bom Jardim da Serra.

Visita ao Mirante da Serra do Rio do Rastro.

Check-in com visita técnica ao Rio do Rastro Eco Resort.

Jantar no hotel com festa gaúcha.

Pernoite.

30 de agosto (segunda-feira)

Bom Jardim da Serra (SC) / São José dos Ausentes (RS) /

Cambará do Sul (RS)

Café da manhã no hotel e check-out.

Transfer para São José dos Ausentes.

Visitação aos atrativos: Passeio a cavalo ao Cânion e Pico do

Monte Negro.

Almoço e visita técnica na Pousada Fazenda Monte Negro.

Transfer para visita técnica à Pousada Fazenda Cachoeirão dos

Rodrigues.

Transfer para Cambará do Sul.

Check-in hotéis: Cambará Eco Hotel, Estalagem da Colina e

Pousada Corucacas.

Visita técnica ao Cambará Eco Hotel e observação de maquete dos

cânions.

Jantar no Restaurante O Casarão.

Pernoite.

31 de agosto (terça-feira)

Cambará do Sul (RS)

Café da manhã nos hotéis e pousadas.

Transfer para Cânion Itaimbezinho com trilha de bicicleta.

Almoço e visita técnica no Parador Casa da Montanha.

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Transfer para Cânion Fortaleza.

Visita ao Cânion Fortaleza.

Transfer para Cambará do Sul.

Visita técnica à Pousada Estalagem da Colina e Agência da Colina.

Retorno aos hotéis e pousadas.

Encontro de Negócios – Cambará Eco Hotel.

Jantar na Pizzaria Retro.

Pernoite.

01 de setembro (quarta-feira)

Cambará do Sul (RS) /Praia Grande (SC) / Porto Alegre

(RS)

Café da manhã nos hotéis e pousadas e check-out.

Visita técnica na Pousada Corucacas.

Transfer para Praia Grande.

Visita ao Morro dos Cabritos (panorâmico).

Visita técnica na Pousada Morada dos Cânions e Pedra Afiada.

Transfer para Restaurante Rural Casa Nossa com almoço.

Transfer para aeroporto de Porto Alegre.

Visita técnica

Foto: Arquivo Braztoa

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PARTICIPANTES:

OPERADORAS DE TURISMO

EMPRESA REPRESENTANTE CIDADE/UF

Flot Operadora Turística José Eduardo Sampaio Barbosa

São Paulo/SP

Landscape Best Trips Vera Lúcia Nigro São Paulo/SP

Luxtravel Turismo Karen Garcia Silva São Paulo/SP

Marsans Viagens Marcos Aurélio Bastos Silva

Rio de Janeiro/RJ

MGM Operadora Turística

Jaqueline Silva Rodrigues

Curitiba/PR

New Line Operadora Paulo Cesar Finger Curitiba/PR

Pisa Trekking

Luis Fernando Morales

São Paulo/SP

Sanchat Tour

José Roberto da Silva

São Paulo/SP

Tourlines Viagens e Turismo

Rauny Ferreira Martinelli

Vitória/ES

Viagens CVC

Rodrigo Gomes Guimarães Rocha Barros

Santo André/SP

REPRESENTANTES INSTITUCIONAIS

INSTITUIÇÃO REPRESENTANTE CIDADE/UF

Braztoa Daniela Sarmento São Paulo/SP

Ministério do Turismo Sérgio Flores de Albuquerque

Brasília/DF

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AVALIAÇÃO DO DESTINO

As atividades propostas na oficina de capacitação tiveram como objetivo analisar o olhar e a percepção dos empresários locais (fornecedores e representantes institucionais) sobre seu destino.

Esta metodologia possui como objetivo propiciar, quando possível, referenciais de comparação entre estes dois olhares (fornecedores x participantes da Caravana).

Os indicadores possíveis de análise comparativa se referem à hospitalidade do destino, especificamente ao acesso, identidade (diversidade de oferta para os operadores/agentes), legibilidade, hospitalidade comercial (atendimento e prestação de serviços para os operadores/agentes) e notoriedade (ações de comercialização).

Para melhor compreensão estes indicadores possuem em seu conceito as seguintes definições:

Por acesso entendeu-se o grau de facilidade com que o destino e seus produtos podem ser acessados. Aqui a avaliação se refere aos meios de transporte que trazem o turista ao destino e ao grau de mobilidade que se tem dentro do destino, qualidade dos transportes turísticos, e estado de conservação de estradas.

Legibilidade caracteriza a facilidade com a qual as partes da cidade podem ser visualmente apreendidas, reconhecidas e organizadas de acordo com uma imagem coerente. A cidade torna-se mais hospitaleira na medida em que o usuário a “lê” com mais facilidade e nesta questão se incorporam a análise do desenho urbano, a orientação e a sinalização, a existência de espaços públicos como praças, áreas de lazer e a conservação destes espaços.

O item identidade está relacionado ao grau de experiência que o turista pode ter no destino por meio da interpretação dos hábitos, costumes, história e memória do lugar, bem como, se os prestadores de serviço e a comunidade local valorizam e incorporam os aspectos históricos e culturais naquilo que oferecem aos turistas.

Por hospitalidade comercial analisou-se a diversidade e a qualidade na prestação de serviços turísticos, ou seja, a possibilidade do destino de possuir uma gama abrangente de produtos e serviços a serem ofertados aos turistas, onde também se insere a qualificação de mão obra local, as ações cooperadas entre os empresários locais e a política comercial destes prestadores de serviços para com empresas do setor de agenciamento e transporte.

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Já por notoriedade, considera-se o grau de conhecimento do destino pelo mercado, além das ações que objetivam levar informação qualificada ao mercado e ao turista como a comunicação virtual, participação em feiras, existência de roteiros promocionais, etc.

De forma detalhada como citado nos conceitos acima os fornecedores locais e representantes institucionais avaliaram seu destino, já o operador analisou estes tópicos de maneira mais objetiva.

Para comparar estes dois olhares, a tabulação dos instrumentos de avaliação teve como referência os critérios (médias) conforme tabela abaixo:

Operadores e agentes Fornecedores (média)

Ótimo acima de 2,25

Bom de 1,5 à 2,25

Regular de 0,75 à 1,49

Ruim abaixo de 0,75

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HOSPITALIDADE

Na oficina de capacitação, os fornecedores do destino e representantes institucionais, realizaram a avaliação dos aspectos correspondentes à hospitalidade no exercício 01. As notas apresentam uma ótima avaliação em relação à Identidade com melhor média (2,14), ficando os itens Acesso (1,19) e Notoriedade (1,10) com as menores notas.

Na viagem técnica participaram 10 operadores de turismo, 01 representante da Braztoa e 01 representante do Ministério do Turismo, totalizando um grupo com 12 pessoas. Cabe ressaltar que a avaliação foi realizada por 11 pessoas, excluindo o representante da Braztoa. Foram avaliados de maneira individual a região de Santa Catarina (envolvendo os municípios de Urubici, São Joaquim e Bom Jardim da Serra) e do Rio Grande do Sul (com os municípios de São José dos Ausentes e Cambará do Sul).

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Em relação à Hospitalidade, as avaliações de Santa Catarina (SC) e Rio Grande do Sul (RS) foram similares, demonstrando que a região de Aparados da Serra foi bem avaliada neste quesito, conforme comentários de participantes da viagem técnica:

“A hospitalidade é um ponto muito forte na região.”

Sobre o aspecto Identidade, o Rio Grande do Sul teve na sua maioria ótimas avaliações com 08 citações de “Ótimo” e três citações de “Bom”. Santa Catarina também foi bem avaliada tendo 06 citações de “Ótimo”, 04 de “Bom” e uma de “Regular”. Segue abaixo comentário de uma participante sobre a identidade do Rio Grande do Sul:

“Principalmente no Rio Grande do Sul as belezas naturais, gastronomia e a valorização das tradições merecem destaque na experiência do visitante”.

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Já sobre o Acesso, os dois destinos tiveram em sua maioria citações de “Regular”, Santa Catarina com 05 citações de “Regular” e uma citação de “Ruim” e o Rio Grande do Sul com 06 avaliações de “Regular” e duas de “Ruim” o que demonstra que os destinos necessitam investir na melhoria de acesso aos municípios, conforme comentários dos operadores participantes da caravana:

“As vias de acesso dificultam, tudo é longe e bem cansativo”. “Estradas ruins”. “O acesso é difícil – inviabiliza a união dos roteiros da Serra do Rio do Rastro com os Cânions Gaúchos”. “Precariedade das estradas”

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O tema Legibilidade apresentou avaliações que remetem a necessidade de melhoria neste aspecto em Santa Catarina com 04 citações de “Regular”, 05 citações de “Bom” e somente duas de “Ótimo”. O Rio Grande do Sul apresentou melhores avaliações com 07 citações de “Bom”, 03 de “Ótimo” e somente uma de “Regular”.

No que tange ao Atendimento, considerado aqui como a cordialidade, a qualidade de atendimento dos hotéis, passeios e demais equipamentos visitados, e a prestação de serviços ao turista, tanto Santa Catarina como o Rio Grande do Sul tiveram na maioria ótimas avaliações, conforme demonstra o gráfico acima. Sobre este tópico não houve nenhuma citação em especifico.

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Já sobre Notoriedade, considerado como o grau de conhecimento do destino pelo mercado, tanto o Rio Grande do Sul como Santa Catarina tiveram na sua maioria avaliações regulares (07 citações para cada destino). Ressaltam-se abaixo comentários dos participantes:

“Falta divulgação institucional”. “Falta investimentos do setor público para divulgação”. “Comunicação precária”

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PRODUTOS E SERVIÇOS

Para avaliação de produtos, os participantes da oficina de capacitação, em grupo de até 05 pessoas de diferentes setores (num total de 03 grupos), foram convidados a identificar e avaliar por meio de notas os principais atrativos/produtos do destino no exercício 2 - Análise de produto, mercado e segmento. O objetivo era verificar aqueles produtos mais lembrados espontaneamente e a forma que são avaliados (precário, regular, bom ou excelente). Percebe-se na avaliação que os produtos/atrativos tiveram em sua maioria avaliações regulares, demonstrando que os atrativos necessitam melhorar a infra-estrutura de apoio para receber os visitantes, conforme demonstra a tabela:

PRODUTOS CITADOS AVALIAÇÃO

Cavalgadas Excelente

Paisagem: Fauna / Flora Excelente

Parque Nacional Aparados da Serra

Bom

Travessia Cânion com acampamento

Bom

Passeio ao Cânion Itaimbezinho Bom

Trilha do Rio do Boi Bom

Cachoeiras Bom

Passeio Cânion Fortaleza Regular

Trilha aos Cânions Malacara e Churriado

Regular

Parque Nacional da Serra Geral (bike e caminhada)

Regular

Pico Monte Negro Regular

A avaliação de produtos feita pelos operadores sobre a diversidade de oferta do destino (atrativos, hotéis, restaurantes e receptivos) apresentou na sua maioria boa avaliação sobre a variedade de opções de atrações e equipamentos, no entanto, houve um número significativo de citações regulares - Santa Catarina com 05 citações e o Rio Grande do Sul com 03 citações, conforme demonstra os comentários dos participantes e a ilustração dos dados no gráfico a seguir:

“Ainda falta nas cidades mais opções de bares e restaurantes, turistas precisam ter opção noturna”.

“Falta de hotéis”.

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“Hospedagens aconchegantes e charmosas, possibilitando a formação de roteiros personalizados”.

Em relação ao entendimento de quais segmentos turísticos os produtos acima estão relacionados e já ocorrem no destino, foi unanimidade para os empresários e representantes institucionais locais o ecoturismo, turismo de aventura seguidos dos demais conforme o quadro abaixo. Já sobre os segmentos potenciais, houve maior destaque para o turismo cultural, turismo de negócios e eventos, saúde, social e esportes.

FORNECEDORES LOCAIS

SEGMENTOS REAIS SEGMENTOS POTENCIAIS

Ecoturismo Cultural

Aventura Negócios e eventos

Cultural Saúde

Estudo Social

Social Esportes

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PÚBLICO ALVO

Em relação ao público alvo potencial, os operadores participantes da viagem técnica destacaram casais, famílias, solteiros e melhor idade, havendo também uma citação para interessados em cavalgadas.

Esta visão sobre o público alvo é concensual pelo empresariado e representantes institucionais que elencaram como público real casais, famílias, solteiros e estudantes e como público potencial melhor idade, pesquisadores e público de maneira geral.

FORNECEDORES LOCAIS

PUBLICO ALVO REAL

PÚBLICO ALVO POTENCIAL

Família Melhor Idade

Casais Geral

Solteiros Pesquisadores

Estudantes/jovens

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PROMOÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO

A avaliação1 das ações de promoção e comercialização teve como objetivo identificar a visão dos operadores de turismo sobre novas e reais possibilidades de negociação com o destino.

A primeira questão se refere à possibilidade de estabelecer contatos futuros, onde a maioria sinalizou que sim plenamente e somente uma pessoa respondeu que sim, mas parcialmente.

Nota-se também que o objetivo do projeto foi alcançado já que 09 dos participantes identificaram novas possibilidades de diversificar seu portfólio de produtos.

1 Os tópicos referentes à promoção e comercialização só foram analisados pelos

operadores participantes da viagem técnica (10 respostas).

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Sobre a promoção e comercialização, os participantes foram questionados em relação à sua percepção sobre o esforço de promoção por parte do destino.

Os resultados apresentados sugerem que há algo a ser feito em relação às ações de promoção e comercialização, pois para dois participantes não houve entendimento de esforços em promoção no destino e para sete pessoas este esforço acontece, mas não de maneira satisfatória. Segue abaixo comentários dos operadores participantes da viagem técnica:

“Deve haver ações promocionais específicas, viabilizar estratégias e mídias para o consumidor”.

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Também no quesito distribuição, a percepção dos operadores foi positiva, mas ressalta-se a necessidade dos empresários locais em se adequarem às necessidades de vendas pelos canais de distribuição (agentes e operadores).

“Muitos empresários de pousadas ainda não entenderam o papel das operadoras. É preciso fazer um trabalho mais focado com os mesmos”.

Finalmente, os participantes foram questionados sobre a adequação dos preços para o público consumidor, neste tópico também percebe-se a necessidade dos fornecedores locais repensarem as estratégias de formação de preços, conforme os dados apresentados no gráfico abaixo:

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ENCONTRO DE NEGÓCIOS

Encontro de Negócios

Fonte: Arquivo Braztoa

O Encontro de Negócios aconteceu no dia 31 de agosto no Cambará Eco Hotel na cidade de Cambará do Sul - RS.

A programação do encontro teve início com as boas vindas e explicação da dinâmica do evento pela Braztoa. Estavam presentes fornecedores locais, entre eles receptivos e meios de hospedagem, assim como representante do Sebrae RS, apoiador do projeto.

Os fornecedores locais apresentaram seus produtos e serviços aos operadores de turismo, estando estes dispostos em mesas para recebê-los e fazer as negociações. As apresentações foram individuais (por empresa), tendo cada empreendimento aproximadamente 15 minutos para apresentação e negociação.

Vale ressaltar que os representantes locais demonstraram grande expectativa e satisfação em relação ao encontro destacando o fato de se tratar de uma ação pouco comum e representando portanto uma grande oportunidade para o destino.

O Encontro de Negócios foi avaliado pelos operadores participantes da Caravana, conforme os gráficos apresentados a seguir:

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No tocante à organização do encontro, as avaliações foram muito positivas, bem como o mesmo atendeu de maneira satisfatória as expectativas dos operadores, conforme demonstra o gráfico à seguir.

Sobre a viagem técnica, os operadores foram questionados se a mesma possibilitou conhecer novos roteiros e assim diversificar seu portfólio de produtos. As respostas foram muito positivas indicando que para nove participantes foi possível conhecer novos roteiros havendo ainda a possibilidades de comercialização de novos produtos da região de Aparados da Serra (Cânions Gaúchos e Catarinenses).

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Os materias apresentados pelos fornecedores locais sobre seus produtos e/ou serviços foram avaliados por sete pessoas como “Bom”, havendo somente 01 avaliação de “Ótimo”, 01 de “Regular” e 01 de “Ruim”.

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Já sobre a capacidade de negociação dos fornecedores locais, as respostas se diversificaram entre ótimo a ruim, especificamente 01 citação de “Ótimo”, 01 citação de “Ruim”, 04 citações de “Bom” e 04 de “Regular”. Cabe ressaltar comentário de operador participante sobre o aspectos relativo à capacidade de negociação dos fornecedores:

“Falta de interesse do empresariado local em trabalhar com operadoras”.

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Assim como a capacidade de negociação dos fornecedores locais, as estratégias usadas como políticas comercias (negociação de tarifas, disponibilidade para bloqueios, parcerias para ações promocionais) devem ser repensadas, uma vez que, para cinco operadores este tópico foi avaliado como regular.

Todavia vale destacar que o Encontro de Negócios foi fundamental para todos os operadores, pois esta ação possibilitou conhecer a região turística – Aparados da Serra - que envolve dois estados: Rio Grande do Sul e Santa Catarina, região esta ainda pouco promovida no mercado de turismo.

Mais uma vez, percebe-se que o projeto atingiu seu objetivo e, sobretudo, reforçou para os empresários e representantes institucionais de Aparados da Serra, a necessidade de estabelecer parcerias com o trade turístico para fortalecer o destino no mercado, incentivar o turismo na região e gerar benefícios para a comunidade local.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como considerações finais foram avaliadas as respostas abertas de todos os participantes, enfocando os fatores satisfatórios e os fatores insatisfatórios do turismo no destino de Aparados da Serra (RS e SC).

PONTOS SATISFATÓRIOS Citações

Paisagens e belezas naturais / singularidade

9

Oferta para ecoturismo e turismo aventura 5

Valorização e representação dos aspectos históricos, culturais (cultura gaúcha) e da gastronomia local

5

Hotéis e pousadas aconchegantes e com boa estrutura

4

Disposição dos empresários e poder público para desenvolvimento e inserção do produto no mercado

4

Hospitalidade 3

Proximidade de Gramado e Florianópolis 2

Possibilidade de formatar roteiros personalizados

2

Projeto para construção de aeroporto em São Joaquim

2

Produto novo no mercado 1

Receptivos de qualidade 1

Oferta de produtos rurais/experiências campeiras

1

Percebe-se que a singularidade/beleza do destino (cânions, cultural local) juntamente com as possibilidades de oferta de produtos para ecoturismo e turismo aventura, somado a disposição local para o desenvolvimento do turismo e ainda à boa estrutura hoteleira fazem de Aparados da Serra uma interessante oportunidade na concepção de novos produtos para o mercado de turismo.

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PONTOS INSATISFATÓRIOS Citação

Dificuldade de acesso 7

Pouca infra-estrutura turística como oferta de bares, restaurantes, hotéis

7

Divulgação/comunicação institucional fraca 4

Empresários hoteleiros com pouco interesse em trabalhar com operadoras

3

Grandes distâncias 3

Poucas opções noturnas 2

Falta de mão de obra 1

Distância dos aeroportos 1

Comunicação precária (internet, celular) 1

Poucas opções de comércio local 1

Já em relação aos aspectos insatisfatórios estes, na sua maioria, recaíram sobre o acesso a região, destacando a necessidade de melhoria das estradas, bem como o aumento da oferta relativa a infra estrutura turística. Soma-se a isso a constatação no que tange a poucas ações institucionais para promoção e divulgação da região, atraindo desta forma novos investimentos para a diversificação e qualificação da oferta turística local.

Outro fator comentado foi a necessidade de ações e esforços conjuntos para melhorar a visão dos empresários locais sobre o mercado turístico, preparando-os para promover e comercializar seus produtos.

No entanto, por tudo o que se mostrou neste documento, o objetivo do Projeto Caravana Brasil Nacional na região de Aparados da Serra (Cânions Gaúchos e Catarinenses) foi satisfeito, uma vez que, possibilitou aos empresários locais terem contato com operadores de turismo e estes, por sua vez, de conhecer um novo e potencial destino para o turismo.

A aproximação entre fornecedores e os canais de distribuição ocorreu de forma satisfatória, sendo este, mais um momento que reforça aos representantes locais a compreensão da real necessidade de estabelecer um canal de comunicação constante com a cadeia distributiva do turismo (operadores e agentes).

O desafio que se sugere vencer é de fortalecer a imagem da região de Aparados da Serra como um destino turístico competitivo no mercado, tanto para os moradores como para os turistas. Para isto melhoria no acesso, aumento da oferta turística, investimentos em ações de promoção e o estabelecimento de

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relações comerciais são desejadas, já que a possibilidade de expandir o mercado consumidor é factível.

Ampliar tanto a reflexão coletiva quanto a aproximação dos fornecedores com os canais de distribuição e, mais que isso, fazer com que isso ocorra com a máxima freqüência possível.

Os resultados positivos serão constantes.

É para o que se espera ter contribuído este projeto.

Apoio institucional

Realização