Caderno de Resultados da Administração dos Portos de Paranaguá ...
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Administração dosPortos de Paranaguáe Antonina - APPA
Avenida Conde Matarazzo, 250083.370-000 - Antonina-PR+55 (41) 3978-1306
Avenida Ayrton Senna da Silva, 161D. Pedro II - 83203-800 - Paranaguá-PR+55 (41) 3420-1143
Caderno deResultados daAdministração dos Portos de Paranaguá e Antonina2011-2015
Beto Richa
Governador do Paraná
Cida Borghetti
Vice- Governadora do Paraná
José Richa Filho
Secretário de Infraestrutura e Logística
Luiz Henrique Dividino
Diretor- Presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA)
Diretoria Comercial (DIREMP)
Diretor: Lourenço Fregonese
Diretoria Administrativo Financeira (DIRAFI)
Diretor: Alex Sandro De Avila
Diretoria Jurídica (DIJUR)
Diretora: Jacqueline Andréa Wendpap
Diretoria de Engenharia e Manutenção (DEMANT)
Diretor: Paulinho Dalmaz
Diretoria de Operação (DIOPORT)
Diretor: Luiz Teixeira da Silva Junior
Diretoria do Porto de Antonina (DIRANT)
Diretor: Luis Carlos de Souza
Diretoria de Meio Ambiente (DIRAMB)
Diretor: Marco Aurélio Busch Ziliotto
Esta publicação é uma produção da Assessoria de Comunicação
da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa).
Jornalistas responsáveis: Ceres Battistelli e Pedro Brodbeck
Fotografia e artes: André Kasczeszen
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ADMINISTRAÇÃO DOS PORTOS DE PARANAGUÁ E ANTONINA
No ano em que o Porto de Paranaguá comemora 8 décadas a sua capacidade de operação vai aumentar em 33%. O Governo do Paraná está investindo forte na modernização e eficiência do Porto de Paranaguá. Os destaque são para a aquisição de quatro novos shiploaders, novo plano de dragagem, o carga online - sistema informatizado que ordena a chegada de caminhões graneleiros ao Porto – e a recuperação das vias de acesso ao Porto. Um trabalho consistente que irá facilitar as exportações e fortalecer o agronegócio paranaense. Governo do Paraná, a favor de quem produz.
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ADMINISTRAÇÃO DOS PORTOS DE PARANAGUÁ E ANTONINA
No ano em que o Porto de Paranaguá comemora 8 décadas a sua capacidade de operação vai aumentar em 33%. O Governo do Paraná está investindo forte na modernização e eficiência do Porto de Paranaguá. Os destaque são para a aquisição de quatro novos shiploaders, novo plano de dragagem, o carga online - sistema informatizado que ordena a chegada de caminhões graneleiros ao Porto – e a recuperação das vias de acesso ao Porto. Um trabalho consistente que irá facilitar as exportações e fortalecer o agronegócio paranaense. Governo do Paraná, a favor de quem produz.
ENTRE 2011 E 2015 O GOVERNO DO
PARANÁ INVESTIU R$ 511 mi, COM
RECURSOS PRÓPRIOS, NA MODERNIZAÇÃO
E AMPLIAÇÃO DE PARANAGUÁ.
ATÉ 2016, OS APORTES CHEGARÃO À CIFRA
DE R$ 940 mi.
“
“
EDITORIALGovernador
Se o agronegócio é o coração da economia paranaense, na sua abrangente
interdependência com a indústria, o comércio e os serviços, então o Porto de
Paranaguá é a sua principal artéria. Aquela via pela qual flui livremente grande
parte da produção deste Estado em direção aos portos de todo o planeta.
Em novembro deste ano, o Paraná conquistou a posição de quarto
maior PIB entre os estados brasileiros, ao ultrapassar o Rio Grande
do Sul. Feito que decorre, em boa parcela, do nosso acelerado ciclo de industrialização, alavancado pelo
programa Paraná Competitivo, que já atraiu R$ 40 bilhões em novos investimentos nos últimos cinco anos.
Mas já há vários anos, devido a sua importância nacional, Paranaguá detém o posto de segundo maior porto
do País (atrás apenas de Santos). E estamos investindo vigorosamente para consolidar o nosso sistema
portuário (que inclui Paranaguá e Antonina) como complexo fundamental para o fortalecimento do comércio
exterior brasileiro e a maior competitividade da produção paranaense.
Entre 2011 e 2015, o governo do Paraná investiu R$ 511 milhões, com recursos próprios, na modernização e
ampliação de Paranaguá. Até 2016, os aportes chegarão à cifra de R$ 940 milhões, o maior investimento já
feito no porto em várias décadas, talvez desde a sua remota fundação.
Entre esses investimentos há que se destacar as três operações de dragagem (a primeira delas iniciada no
começo de janeiro de 2011, menos de três semanas após a nossa posse no governo do Estado); a compra de
quatro shiploaders, moderno equipamento que carrega os navios graneleiros e cujas operações ampliaram em
33% a capacidade de carregamento de grãos do corredor de exportações; e a compra de dez novos guindastes.
A terceira operação de dragagem, contratada em outubro, terá um investimento de R$ 157 milhões (recursos
próprios). Como resultado deste contínuo esforço, o número de navios com mais de 300 metros de comprimento
que atracam em Paranaguá pulou de meros 17, em 2011, para 151 em 2014, número que certamente será mais
elevado neste ano. Hoje, o porto recebe linhas semanais de navios de 336 metros e, em 2016, receberá um
gigantesco cargueiro de 386 metros (o maior operando hoje na costa atlântica da América do Sul).
A movimentação de cargas do corredor de exportações bate recordes seguidos - o último deles foi registrado
no primeiro semestre deste ano, com o escoamento de 8,5 milhões de toneladas de grãos, período em que
porto movimentou 34 milhões de cargas gerais.
O pesadelo das filas de caminhões na rodovia agora é só uma lembrança ruim de algo que não mais se repetirá.
E é digno de nota que a formidável performance do porto tem como pano de fundo o quadro pouco alentador
do comércio exterior brasileiro, que sofreu um recuo (nas importações e também nas exportações) nos
últimos dois anos.
Os investimentos feitos são essenciais. Mas precisamos lembrar que o porto deve muito de seu desempenho
à expertise de seu corpo técnico e, mais que tudo, aos 20 mil trabalhadores que estão diretamente envolvidos
com a atividade portuária em Paranaguá - número que dá conta da importância central do porto para a
economia da cidade e da região.
O êxito de Paranaguá também está associado à estreita cooperação que estabelecemos com a iniciativa
privada. Antes escorraçado do porto, o capital privado agora é recebido com diálogo, como parceiro que
também investe na ampliação e na diversificação da atividade portuária.
Tenho ciência de que o desenvolvimento do Estado do Paraná tem uma forte vinculação com o porto de
Paranaguá. Por isso, o sistema portuário continuará sendo prioridade, pois seu fortalecimento é estratégico
para a economia paranaense.
Carlos Alberto Richa, Governador do Paraná
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Palavra do SECRETÁRIOEstamos pensando os nossos portos para as próximas décadas. Com este
pensamento, o Governo do Estado assumiu o papel de repotencializar os
Portos de Paranaguá e Antonina, tornando-os novamente competitivos
no mercado nacional e internacional. E assim fizemos.
Os investimentos realizados com recursos próprios da Administração
dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), com o objetivo de
devolver a competitividade aos Portos do Paraná, são os maiores dos últimos 40 anos. Nos últimos 5 anos
foram aplicados R$ 511,9 milhões para melhorar a infraestrutura e logística. Além disso, outros R$428 milhões
estão sendo licitados, totalizando R$939 milhões em investimentos.
Foram adquiridos 4 novos shiploaders – equipamento que carrega com grãos os navios cargueiros – e
substituídas máquinas de 1970 e 1980. Os novos equipamentos aumentaram a capacidade de carregamento
de grãos no Corredor de exportação em 33%. Também foram adquiridos 10 guindastes.
Em agosto de 2015, o Porto de Paranaguá completou quatro anos consecutivos sem filas de caminhões
para descarregar grãos. Apesar do aumento do fluxo de veículos e do crescimento das exportações, o
problema foi extinto.
Nos momentos mais críticos, as filas chegaram a mais de 100 quilômetros. Em março de 2003, quatro mil
caminhões ficaram dias parados no acostamento da BR-277 esperando para chegar ao pátio de triagem do
porto. O último registro das filas é de agosto de 2011. De janeiro a julho daquele ano, o porto recebeu 182 mil
caminhões. Em 2015, foram 233 mil veículos carregados de grãos, um crescimento de 28%.
Outro importante avanço foi possibilitado com as campanhas de dragagem que ampliaram o canal de
acesso ao Porto, permitindo que navios de grande porte voltassem a atracar em Paranaguá. Também estão
em andamento as melhorias viárias de acesso ao Porto.
Estes investimentos resultaram em novos recordes de produtividade. Em junho de 2015, a unidade de Paranaguá
exportou 1,92 milhão de toneladas de grãos. Esse volume corresponde ao maior já movimentado em um mês
pelo Corredor de Exportação desde maio de 2011, quando foram exportadas 1,81 milhão de toneladas.
A movimentação dos primeiros seis meses do ano também foi a maior da história para o período do
complexo, quando foram escoadas 8,48 milhões de toneladas de grãos pelo Corredor.
Outro recorde alcançado em 2015 no Porto de Paranaguá, foi o de produtividade diária. O berço 214 do
Corredor de Exportação, ao longo de 24 horas, embarcou 50,5 mil toneladas de soja. O recorde anterior era
de cerca de 40 mil toneladas.
E vamos continuar crescendo. Para os próximos três anos, 2016 a 2018, a Appa irá investir em projetos de
infraestrutura, obras de reforma em berços de atracação e ações contínuas de manutenção e dragagem.
José Richa Filho, Secretário de Infraestrutura
e Logística do Estado do Paraná
O PARANÁ SEGUE EM FRENTE.
“ “
2
Palavra do PRESIDENTE
COMPETÊNCIA E TRANSPARÊNCIA, UMA GESTÃO POR RESULTADOS NO BRASIL QUE DÁ CERTO.
“
“
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Os Portos do Paraná mudaram de cara. Os números de movimentação apontam que o porto cresceu, que sua
atividade se diversificou e que sua eficiência aumentou. As filas de caminhões e de navios desapareceram e o
porto foi repotencializado. O porto tem capacidade para exportar e importar mais do que na década passada
e foi elevado a outro patamar. Mais do que isso: hoje os portos do estado servem à população do Paraná.
Com as mudanças aplicadas aos Portos de Paranaguá e Antonina, podemos dizer que o produtor agrícola,
o industrial e o empresário paranaense têm um porto eficiente à sua disposição, que atende seus anseios.
Abrimos um canal de diálogo franco e objetivo com o setor produtivo, que é o principal usuário dos nossos
serviços. Atendê-los bem é a nossa prioridade.
Para fazer isso da melhor maneira possível, foram investidos R$ 511 milhões de 2011 a 2015 em reformas,
aquisição de equipamentos e obras de expansão, maior aporte feito nos portos do Paraná em toda a história.
Retomamos as ações de dragagem de manutenção, com três campanhas realizadas e outras já contratadas,
modernizamos o Corredor de Exportação com a instalação de quatro novos shiploaders, reformamos o cais
do Porto de Paranaguá, transformando todos os berços em operacionais. Tudo isso em sintonia com o campo,
a indústria e o comércio do Paraná.
Outra importante mudança nos portos do Paraná foi a preocupação com o meio ambiente. Paranaguá passou
dez anos sem licenciamento ambiental e, em 2013, obteve a sua Licença de Operação. Com isso, passamos a
trabalhar para sermos referência em meio ambiente. Entre os anos de 2011 e 2015 foram mais de 30 licenças
ambientais emitidas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e
pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP).
A licença de operação habilita o porto a realizar todos os demais licenciamentos necessários para a execução
dos projetos estruturantes, permitindo ao Porto de Paranaguá voltar a crescer de forma ordenada e em
harmonia com a cidade e com o meio ambiente.
Ao longo destes últimos anos, já batemos alguns recordes de movimentação, como as 16,1 milhões de
toneladas escoadas pelo Corredor de Exportação, as 46 milhões de toneladas movimentadas em todo o Porto
de Paranaguá e as 1,5 milhão de toneladas importadas pelo Porto de Antonina.
Mas mais está por vir. Estamos preparando os portos do Paraná para as próximas décadas. E este planejamento
tem sido feito com a colaboração de todos. Desta forma, podemos garantir que teremos o melhor porto
possível à disposição dos paranaenses nas próximas décadas.
Luiz Henrique Dividino, Diretor-presidente da
Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina
PORTO DE PARANAGUÁ
HISTÓRIA
Ano a ano, as melhorias e ampliações foram realizadas
no porto, que foi se adaptando às mudanças econô-
micas. Na década de 50, o cais teve duas ampliações
para dar conta da exportação de madeira. Na década
seguinte, o café foi o principal produto movimentado
em Paranaguá e, em 1965, o porto conquistou o título
de “Maior Exportador de Café do Mundo”, quando atin-
giu a marca de 6 milhões de sacas embarcadas.
Na década de 70, o Porto de Paranaguá começou a
assumir a sua principal vocação que se mantém até os
dias de hoje: a exportação de grãos. A mola propulso-
ra disso foi a inauguração do Corredor de Exportação,
em 1973. Nesse mesmo ano, iniciaram-se os estudos
para a construção de um canal artificial de acesso ao
porto – o Canal da Galheta, que permitiu ao porto re-
ceber navios com até 10 metros de calado e mais de
50 mil toneladas de carga. Nesta época, o Porto de
Paranaguá já movimentava mais de 5,5 milhões de to-
neladas em cargas gerais.
Nas décadas seguintes, o porto consolidou a sua apti-
dão exportadora e passou a ser a principal porta de sa-
ÁREA TOTAL
Hoje, o Porto de Paranaguá possui uma área total de 2,3
milhões de metros quadrados e 4.232m de extensão de
Cais e píeres. Possui 20 berços de atracação, um dol-
phing para navios RO-RO e 10 shiploaders. O complexo
para granéis exportação possui capacidade estática de
1,55 milhão de toneladas ou capacidade de armazena-
mento de 27 mil caminhões. Na importação, o complexo
possui capacidade de 3 milhões de toneladas.
Paranaguá possui uma área de influência abrangente,
contemplando desde estados do Sudeste, até esta-
O Porto de Paranaguá é um porto marítimo, localizado
na cidade de Paranaguá, litoral do Estado do Paraná.
A administração do Porto está sob responsabilidade
da Administração dos Portos de Paranaguá e Antoni-
na (APPA) e do Estado do Paraná.
Inaugurado no dia 17 de março de 1935, o cais do Porto
de Paranaguá tinha apenas 400 metros e a profundi-
dade do calado era de cinco metros.
Obras de melhoramento foram assumidas pelo Estado
do Paraná, conforme decreto n.º 12.477/1917, preven-
do, inicialmente, a abertura de dois canais de acesso,
a execução de 550m de cais acostável e 2.486m de
cais de saneamento, além de armazéns e depósitos,
de acordo com projeto elaborado pela Inspetoria Fe-
deral de Portos, Rios e Canais, do Ministério da Viação
e Obras Públicas.
Através do Decreto n.º 26.398, de 23 de fevereiro de
1949, a União renovou a concessão do Porto de Para-
naguá ao Estado do Paraná, assim como concedeu ao
mesmo Estado o porto de Antonina.
Em novembro de 1971 foi criada a Administração dos
Portos de Paranaguá e Antonina – APPA. Em 11 de
janeiro de 1990, a concessão foi renovada por mais
dez anos e mantida pelo decreto de 15 de fevereiro de
1991, que conservou as concessões, permissões e au-
torizações vigentes, outorgadas para exploração de
portos marítimos, fluviais e lacustres.
Atualmente, está em vigência o Convênio de Delega-
ção, celebrado entre o Estado do Paraná e a União em
2001, com validade de 25 anos (até 1º janeiro de 2027
e possibilidade de prorrogação.
ída da produção do Sul e Centro-Oeste. Nos anos 90, a
movimentação ultrapassou as 21 milhões de toneladas.
O novo salto de produtividade aconteceu a partir de
2011. Em quatro anos, o porto viu sua movimentação
aumentar cerca de 20%, de 38 milhões de toneladas
para 46 milhões de toneladas.
Ao longo destas oito décadas, o porto reafirmou a sua
posição de referência em produtividade no mercado
mundial. Desde a inauguração, o Porto de Paranaguá
aumentou em quase 500 vezes o volume de cargas
movimentadas. Passou de 91 mil toneladas em 1935,
para 45 milhões de toneladas em 2015.
Entre os Portos brasileiros, o Porto de Paranaguá é
o 1º em exportação de farelo de soja e óleo vegetal,
é o 2º em exportação de açúcar, milho, algodão, pa-
pel (bobina), álcool, veículos; o 3º em exportação de
congelados, soja e madeira. Já no quesito importação,
o Porto de Paranaguá é o 1º em importação de fertili-
zantes, o 2º em importação de pasta e outros produ-
tos químicos e o 3º porto do país em importação de
granéis sólidos, máquinas, peças e equipamentos.
dos do Centro-Oeste e Norte do país, compreenden-
do mais de 800 mil quilômetros quadrados.
A atividade portuária tem papel fundamental na eco-
nomia do Estado e de Paranaguá. São mais de 20 mil
trabalhadores envolvidos diretamente neste setor e 21
grandes empresas arrendatárias que atuam nas áreas
do porto, gerando empregos, tributos e desenvolvi-
mento para o município. Paranaguá abriga as maiores
empresas e Cooperativas Agrícolas do mundo.4
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23 de fevereiro de 1949Renovação da concessão do porto de Paranaguá e concessão do porto de Antonina ao Estado do Paraná
1965Conquista do título de “Maior Exportador de Café do Mundo”
Década de 50Duas ampliações para dar conta
da exportação de madeira
17 de março de 1935Inauguração do cais do Porto de Paranaguá Obras de melhoramento assumidas
pelo Estado do Paraná
Novembro de 1971 Criação da Administraçãodos Portos
de Paranaguá e Antonina – a APPA
1973Inauguração do Corredor de Exportação.
Início dos estudos para implantação do Canal da Galheta
Década de 70Porto de Paranaguá assume sua
maior vocação até os dias atuais:A exportação de grãos
2001Celebração do Convênio de Delegação,
entre o Estado do Paraná e a União 2011Salto de ProdutividadeEm quatro anos, o porto aumenta suamovimentação em cerca de 20%
1930
1940
1950
1960
1970
1990
2000
11 de janeiro de 1990/15 de fevereiro de 1991Renovação da concessão por mais dez anos
1980
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PORTO DE ANTONINA
EVOLUÇÃO
Nos últimos quatro anos, o Porto de Antonina reto-
mou sua movimentação de mercadorias, gerando
mais empregos na cidade e mais desenvolvimento
para a região.
Entre as melhorias realizadas em Antonina, nos últi-
mos anos, estão a construção do novo prédio admi-
nistrativo, novas guaritas de controle, a revitalização
e ampliação do cais de Barão de Teffé, regularização
fundiária da área portuária, criação de um pátio de
triagem de caminhões, instalação de armazéns in-
fláveis, instalação de balança rodoviária, criação de
área de expurgo.
INFRAESTRUTURA
O Terminal Barão de Teffé possui uma área de
273.187 metros quadrados, com 60 metros de cais e
um berço de atracação. Já o Terminal Ponta do Fé-
lix possui uma área de 263.824 metros quadrados e
dois berços de atracação em 360 metros de cais.
Entre as vantagens do Porto de Antonina estão a
possibilidade de operações portuárias customizadas,
porto alternativo a Paranaguá, atracação de navios
de cabotagem, operação com barcaças, serviços de
suprimentos marítimos, instalação de estaleiros na-
vais, instalação de indústria metalmecânica, suporte
operacional - logística e armazenagem.
7
CAPÍTULO IModernização
CAPÍTULO IModernização
Os investimentos feitos pelo Governo do Estado, por
meio da Administração dos Portos de Paranaguá
e Antonina (Appa), nos portos paranaenses são os
maiores das últimas décadas. Em cinco anos foram
aplicados R$ 511,9 milhões para melhorar a infra-
estrutura e logística, com o objetivo de devolver a
competitividade do Porto de Paranaguá. Em contra-
partida, outros investimentos no valor de cerca de
R$ 423 milhões estão sendo licitados para os próxi-
mos anos, totalizando R$ 934,9 milhões para moder-
nização dos portos do Paraná.
Foram adquiridos 4 novos shiploaders (equipamento
que carrega com grãos os navios cargueiros), subs-
tituindo equipamentos da década de 70. Três deles
já estão em funcionamento e outro está sendo mon-
tado. Os novos equipamentos aumentaram a capa-
cidade de carregamento de grãos no Corredor de
Exportação em 33%. Nesta gestão também foram
adquiridos dez novos guindastes, novas balanças
para pesagem dos caminhões, novos tombadores e
demais componentes para descarregar cargas, fo-
ram adquiridos scanners para inspeção de cargas,
novas guaritas informatizadas e novo acesso ao Pá-
tio de Triagem foram instalados, a implantação do
APPA WEB (Porto Sem Papel) e a nova iluminação
(em LED) da avenida portuária, totalizando cerca de
R$ 21 milhões. A troca de lâmpadas tradicionais por
LED, reduziu o consumo e aumentou a segurança
nestas áreas.
As medidas já implementadas resultaram no aumen-
to da receita cambial, que em 2010 era de U$ 14,5
bilhões e passou para U$ 16,5 bilhões em 2014. Já
a movimentação geral de cargas passou de 38,1 mi-
lhões em 2010, para 45 milhões em 2015.
Confira alguns investimentos realizados pela Appa
nesta gestão:
1. INFRAESTRUTURA MARÍTIMA;
• Dragagens de Regularização do canal de acesso,
bacia de evolução e berços públicos de Paranaguá e
Antonina, com o objetivo de remover o assoreamen-
to dos canais de acesso, Bacias de Evolução e Ber-
ços Públicos dos Portos de Paranaguá e Antonina,
mantendo as profundidades pré-estabelecidas. Ao
todo, já foram três dragagens desde 2011 e a quarta
campanha já está programada.
• Instalação de novas defensas, reposicionamento,
manutenção preventiva, corretiva e inspeção periódi-
ca das defensas de borracha instaladas nos berços de
atracação da APPA; As defensas amortecem o im-
pacto gerado na atracação dos navios assegurando a
integridade da estrutura e do casco das embarcações.
2.PROGRAMA DE MANUTENÇÃO DA INFRA-
ESTRUTURA DE ACOSTAGEM;
• Projeto Executivo Remodelação do Cais existente;
• Levantamentos de sondagens, batimetria, sísmica;
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R$ 934,9 MILHÕES EM INVESTIMENTOS
AUMENTO DE R$2bi NA RECEITA CAMBIALNo período de 2010 a 2014
AUMENTO DA CAPACIDADE DE CARREGAMENTO DE GRÃOS EM33%
3. PROGRAMA DE MANUTENÇÃO DA
INFRAESTRUTURA TERRESTRE;
• Expansão e Complementação do Sistema de Segu-
rança Pública Portuária, visando atender os requisitos
do ISPS CODE e segurança no Porto de Paranaguá
- norma internacional de segurança para controle de
acessos e monitoramento.
• Construção de novo prédio para os setores de se-
gurança da Administração dos Portos de Paranaguá
e Antonina, que abrigará a nova sede da Guarda Por-
tuária, setor de saúde e medicina do trabalho (SES-
MET), áreas para atendimento ao público, áreas de
monitoramento e consultório médico. A edificação
também será o portão de entrada e saída dos traba-
lhadores do Órgão Gestor de Mão de Obra Portuária
(OGMO).
• Construção de Novas Portarias e novas balanças
para suportar o aumento do volume de cargas mo-
vimentado e o aumento do tamanho dos caminhões
em operação;
• Aquisição e colocação de cercas e construção de
calçadas, visando a maior proteção das áreas e de
cargas lá armazenadas, que estão sob a proteção e
responsabilidade da APPA. O objetivo é melhorar a
acessibilidade, conforto e segurança dos pedestres
nas vias portuárias. Além de facilitar e melhorar as
condições de asseio e limpeza da vias.
• Aquisição de Carregadores de Navios - Shiploaders;
• Construção do novo prédio da base de prontidão
para abrigar a equipe de emergências ambientais e
brigada de incêndio;
• Nova iluminação nas áreas e pátios de manobras
dos Portos de Paranaguá e Antonina
• Novo Sistema de Prevenção e Combate a Incêndio
nas áreas não arrendadas do Porto de Paranaguá;
• Obras de ampliação do sistema de descarga de
granéis do silo público do Porto de Paranaguá, com
implantação de 02 (dois) tombadores, 01 (um) des-
carregador, 04 (quatro) balanças rodoviárias semi-
-embutidas com automação, elevadores, correias
transportadoras, interligações com os silos públicos
existentes, salas de controle e subestação de energia;
• Construção de Nova Subestação e Recuperação da
Rede Elétrica do Pátio de Triagem da APPA. A obra
encontra-se concluída;
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4.PROJETOS ESTRUTURANTES;
• Projeto de Engenharia para a Construção do Novo
Corredor de Exportação de Grãos (COREX) do Por-
to de Paranaguá - Píer em “T”;
• Projeto de Engenharia do Píer em F;
• “Programa de novos arredamentos de áreas e ins-
talações no Porto de Paranaguá, em consonância
com as diretrizes do Plano de Desenvolvimento e
Zoneamento (PDZ)”;
• Projeto Executivo de Recuperação e Proteção das
Estacas e estruturas civis dos Dolfins e do Píer do
Cais de Inflamáveis;
• Projeto Executivo da Remodelação do Cais de
Antonina;
• Projeto Executivo Ampliação do Pátio de Triagem;
• Recuperação da pavimentação em Concreto das Vias
Urbanas em uma área de 365.890 mil metros quadra-
dos em vias de concreto nas seguintes ruas de Para-
naguá: Avenida Coronel José Lobo, Avenida Portuária,
Rua Barão do Rio Branco, Avenida Coronel Santa Rita,
Avenida Portuária II, Avenida Governador Manoel Ri-
bas, Rua Professor Cleto, Rua Manoel Bonifácio,
• Reforma para elevar altura e substituir a Cobertura prin-
cipal da Moega rodoferroviária do Porto de Paranaguá;
• Execução de serviços de Tapa Buracos para o Pátio
de Triagem e vias no entorno do Porto de Paranaguá;
• Projeto Conceitual do Complexo Náutico e Área de
Convivência do Porto de Paranaguá;
• Serviços de desmontagem, demolição dos arma-
zéns da Faixa Portuária do Porto de Paranaguá;
• Recuperação do pavimento de concreto, rea-
dequação do sistema de drenagem e ciclovia da
Av. Bento Rocha, numa extensão total 2.898,34 metros;
11
CAPÍTULO IIRecordes elevam portos do Paraná a outro patamar
12
CAPÍTULO IIRecordes elevam portos do Paraná a outro patamar
Os resultados alcançados recentemente elevaram os
portos paranaenses a um novo patamar. Entre eles, estão
diversos recordes que evidenciam o aumento de eficiên-
cia e produtividade dos portos de Paranaguá e Antonina.
Para começar, a movimentação geral dos portos
aumentou significativamente. De 2005 a 2010, por
exemplo, a média anual de carga exportada e impor-
tada pelo Porto de Paranaguá era de 33 milhões de
toneladas. Já de 2011 a 2015, a movimentação tem
ultrapassado a casa das 45 milhões de toneladas, o
que representa um aumento de mais de 30% na pro-
dução. Em 2013, com produção em alta no campo
e preços das commodities no pico, o porto atingiu
seu recorde histórico de movimentação, com 46,1
milhões de toneladas.
Neste período dos últimos anos, foram registrados
recordes na operação de quase todos os produtos
movimentados pelo porto, dinamizando e impulsio-
nando a economia do Paraná. Por ano, são exporta-
das 7,5 milhões de toneladas de soja, 5,2 milhões de
toneladas de farelo de soja, 4,2 milhões de toneladas
de milho e 4,4 milhões de toneladas de açúcar.
No sentindo contrário, abastecendo o campo, Parana-
guá é o maior e mais importante porto na importação
de fertilizantes, com 9,5 milhões de toneladas desem-
barcadas anualmente. O montante representa mais
de 35% de todo o fertilizante importado pelo Brasil.
Na movimentação geral, 2015 foi um ano especial: o
porto conquistou sua maior movimentação em toda
história ao longo de um único mês.
Somente em abril, foram movimentadas 4,6 milhões
de toneladas em cargas, fruto de uma série de inves-
timentos em capacidade de movimentação, em ope-
ração no cais e em novas normas de eficiência para
embarque e desembarque de mercadorias.
O Porto de Paranaguá assumiu a liderança nacional
nas exportações de carne de frango com 1,25 milhão
de toneladas exportadas nos dez últimos meses. A
marca supera em 14% o volume de 1,10 milhão de to-
neladas do produto enviadas pelos portos catarinen-
ses de Navegantes e Itajaí.
A ampliação do modal ferroviário e os investimentos
realizados pela Secretaria de Estado da Infraestrutura
e Logística na modernização da Ferroeste trouxeram
uma opção mais econômica para os produtores, fazen-
do com que a carne fosse canalizada para Paranaguá.
Além disso, a ampliação do cais do Porto e a aquisi-
ção de novos equipamentos possibilitaram um au-
mento de produtividade e trouxeram novas rotas de
navios para Paranaguá.
As exportações de contêineres refrigerados carrega-
dos com carne de frango são feitas pelo Terminal de
Contêineres de Paranaguá. A TCP – empresa que ad-
ministra o Terminal – possui a maior capacidade de
tomadas reefer (tomadas para contêineres refrigera-
dos) do Brasil, com 2.832 tomadas. Esta capacidade
será aumentada para 3.100 tomadas reffers no início
de 2016.
13
CORREDOR DE EXPORTAÇÃO
Nos últimos anos, o Corredor de Exportação também
chegou a resultados nunca antes alcançados. São re-
cordes de movimentação anual, mensal e diária. Os
números são frutos de uma mistura de aumento de
produtividade, com investimentos em carregadores
de navios, e confiança do produtor no Porto de Para-
naguá, que decidiu usar o terminal paranaense como
forma de escoar a sua produção.
LÍDER NO BRASIL
O Paraná lidera a produção e também é o primeiro em exportação de carne de frango. De acordo com o De-
partamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, desde 2012 o Estado
tem o título de maior exportador nacional – representa 32% da exportação de carne de frango do Brasil. Em
2014, o volume de exportação atingiu a marca de 1,29 milhão de toneladas exportadas, enquanto o Brasil ex-
portou 3,9 milhões de toneladas de carne de frango.
No que se refere ao abate de frangos de corte, no ano passado o Paraná atingiu 1,59 bilhão de cabeças. Em
2015, até setembro, foram abatidas 1,2 bilhão de cabeças. O Paraná conta com 18.668 avicultores envolvidos na
atividade – 41% localizados na região Noroeste, 28% no Sudoeste, 18,4% no Nordeste e 12,4% na região Sudeste
do Estado. Segundo a Ocepar (Organização das Cooperativas do Paraná), oito cooperativas são responsáveis
por 37,7% da capacidade instalada de abate de frangos para corte.
EM 2015, O CORREDOR BATEU SEU RECORDE HISTÓRICO DE MOVIMENTAÇÃO ANUAL, COM 16,1 MILHÕES DE TONELADAS EMBARCADAS.
10mi
ton. 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
11mi
12mi
13mi
14mi
15mi
16mi
17mi
EVOLUÇÃO DO CORREDOR DE EXPORTAÇÃO ( em toneladas)
No dia 9 de junho, o porto bateu a melhor marca de
exportação diária de grãos, com 55 mil toneladas
embarcadas em um período de 24 horas. No mês de
junho, também, o corredor alcançou o maior volume
da história em exportação de grãos, com 1,91 milhão
de toneladas movimentadas. Resultado disso: 2015
foi o ano em que, pela primeira vez, o Corredor de
Exportação chegou à casa das 16 milhões de tonela-
das exportadas.
O Silo Público, que faz parte do Corredor de Expor-
tação, é o melhor exemplo de como esta série de re-
cordes alcançados faz parte de uma soma de investi-
mentos em produtividade e estreitamento da relação
do porto com os clientes. O chamado Silão é onde pe-
quenos e médios produtores podem armazenar suas
cargas enquanto aguardam para exportá-las, mesmo
que não estejam vinculados a alguma grande coope-
rativa ou multinacional graneleira. Em 2015, a movi-
mentação no Silão atingiu o recorde de 3 milhões de toneladas durante o ano, mais de 20% acima do recorde anterior.
14
15
Um gigante nabaía de ParanaguáO impacto econômico do porto
CAPÍTULO III
16
CAPÍTULO IIIUm gigante na baía de Paranaguá O impacto econômico do porto
O Porto de Paranaguá é uma peça fundamental para
a corrente de comércio brasileira. São milhões e mais
milhões de toneladas de grãos, carnes, alimentos e
outros produtos que passam pelo porto todos os
anos. Se o Brasil é o celeiro do mundo, o Porto de
Paranaguá é um dos principais responsáveis por isso.
Dentro do Paraná, o porto também tem um impacto
gigantesco.
Isso corresponde a pouco mais de um terço de todo
o Produto Interno Bruto (PIB) do estado. É a principal
porta de entrada dos produtos que deixam as terras
do estado ainda mais férteis e é o principal canal de
saída para a imensa produção agrícola que elevou o
Paraná ao 4º maior PIB do país.
Para a cidade de Paranaguá, o impacto do porto é
ainda mais flagrante. A história do porto e da cidade
se confundem em diversos momentos. Se Paranaguá
é uma das cidades mais importantes do estado, deve
muito disso ao Porto e se o Porto de Paranaguá é um
dos principais da América Latina, muito se deve à ci-
dade e seu povo.
Pouco mais de 14% das empresas instaladas na cidade
são ligadas ao transporte, armazenamento de cargas
ou serviços portuários. Mais do que isso, estas empre-
sas diretamente ligadas à atividade portuária empre-
gam 1 em cada 5 dos trabalhadores de Paranaguá,
promovendo um aumento de 16% nos empregos for-
mais na cidade desde 2011, segundo dados do Cadas-
tro Geral de Empregados e Desempregados (Caged),
do Ministério do Trabalho.
Os dados também mostram que, além de empregar
boa parte dos cidadãos parnanguaras, a atividade
portuária também proporciona trabalho de qualida-
de, com boa remuneração para seus trabalhadores.
Dos cerca de 1,6 bilhão injetados na economia da ci-
dade em salários todos os anos, 1/4 é proveniente dos
empregos ligados diretamente à atividade portuária.
A média salarial destes trabalhadores também é 23%
superior à remuneração média dos demais trabalha-
dores de Paranaguá.
EM MÉDIA, 31 BILHÕES DE DÓLARES PASSAM PELOS TERMINAIS DE PARANAGUÁ TODOS OS ANOS, SEJAM PARA EXPORTAÇÃO OU IMPORTAÇÃO.
17
%
44.257
16%
EMPREGOSAUMENTO DO NÚMERO DE EMPREGOS EM
ENTRE 2010 E 2013
18
19
Campanhas deDragagemNavios de grande porte voltama atracar em Paranaguá
CAPÍTULO IV
20
CAPÍTULO IVCampanha de DragagemNavios de grande porte voltam a atracar em Paranaguá Nos últimos anos, A APPA promoveu um conjunto de
campanhas contínuas de dragagem de manutenção
que possibilitaram plena acessibilidade dos canais de
navegação, que há anos estavam assoreados.
Três campanhas de dragagem ampliaram o canal de
acesso aos Portos do Paraná, permitindo que navios
de grande porte voltassem a atracar.
Por outro lado, no ano de 2015, o Porto de Paranaguá
recebeu os maiores investimentos do Brasil em dra-
gagem. O contrato assinado pela Secretaria de Por-
tos da Presidência da República é de R$394 milhões
para a dragagem de aprofundamento dos canais de
acesso ao Porto de Paranaguá.
Com 1,5 metros a mais de calado obtido com a dra-
gagem de aprofundamento, apenas no Terminal de
Contêineres, será possível carregar 1.050 unidades de
Container a mais por navio.
Com a intervenção, o Porto de Paranaguá também es-
tará apto para receber o maior porta-container que vai
atracar na costa brasileira, de 368 metros de compri-
mento e 51 metros de largura.
Com a nova dragagem, o canal de acesso ao Porto
de Paranaguá, chamado canal da Galheta, passará a
ter 16 metros de profundidade. Hoje, o canal possui 15
metros. A Bacia de Evolução do canal – área utilizada
pelos navios para manobra e atracação – ganhará mais
dois metros de profundidade com a nova dragagem,
passando de 12 para 14 metros. As áreas intermediá-
rias, localizadas entre o canal da Galheta e a Bacia de
Evolução, passarão a ter 15 metros de profundidade. Já
os berços de atracação passarão de 12,30 metros de
calado para 13,80 metros de calado.
EM OUTUBRO DE 2015, O GOVERNADOR BETO RICHA ASSINOU UM NOVO CONTRATO PARA AS OBRAS DE DRAGAGEM DE MANUTENÇÃO DOS CANAIS DE ACESSO AOS PORTOS PARANAENSES. OS INVESTIMENTOS SÃO DE R$156,9 MI.
AUMENTO DA PRODUTIVIDADE
Com o aumento do calado em 1,5 metros nos berços,
cada navio que atraca no porto de Paranaguá poderá
ter a sua carga ampliada em 10,5 mil toneladas. Isso
representa um aumento mensal, apenas no corredor
de exportação, de 315 mil toneladas que poderão ser
carregadas a mais.
O assoreamento dos canais de navegação é um fe-
nômeno natural de recomposição dos materiais no
fundo dos canais. O canal de Galheta, que dá acesso
aos portos do Paraná, é artificial e foi aberto na déca-
da de 1970, o que possibilitou ao Porto de Paranaguá
se posicionar como o segundo maior porto público da
América Latina, e uma das maiores plataformas de ex-
portação de grãos do mundo.
AUMENTO DE
315 MIL TONELADASCARREGADAS POR MÊS
21
5 anos sem filasde caminhões
CAPÍTULO V
22
CAPÍTULO VDiálogo com o campo
As intermináveis filas de caminhões que paravam
a BR-277, passando por Curitiba e, vez ou outra,
chegando aos Campos Gerais, foram sanadas com
muito diálogo com os produtores rurais e com uma
reordenação operacional. Com as novas medidas, o
Porto de Paranaguá completa cinco anos sem regis-
tros de filas nas estradas de acesso.
O problema foi extinto apesar do aumento do fluxo
de veículos e do crescimento das exportações. O úl-
timo registro das filas é de agosto de 2011. Naquele
ano, 280 mil caminhões desceram para Paranaguá
para descarregar. Em 2015, por outro lado, foram
360 mil veículos carregados de grãos, um cresci-
mento de 28%.
O fim das filas foi possível com a adoção de uma sé-
rie de medidas operacionais do início ao fim da ca-
deia logística do escoamento da safra agrícola.
A primeira medida foi a reformulação do sistema
Carga Online. Cada terminal passou a ter um número
máximo de caminhões liberados para sair do campo
e ir para Paranaguá.
COM A CARGA CADASTRADA NO SISTEMA, OS CAMINHONEIROS RECEBEM UMA MENSAGEM PELO TELEFONE CELULAR COM ORIENTAÇÕES E A AUTORIZAÇÃO PARA DESCARREGAR EM PARANAGUÁ. A CONSULTA DAS CARGAS TAMBÉM PODE SER FEITA PELO SITE DA ADMINISTRAÇÃO DOS PORTOS DE PARANAGUÁ E ANTONINA (APPA).
Com o sistema de agendamento, os terminais pas-
saram a ser valorizados pela produtividade e só pas-
saram a descer para Paranaguá os caminhões com
cadastro feito e com garantia de vaga no Pátio de
Triagem e janela para descarregamento.
Foi um trabalho de aproximação e diálogo com o
campo. Hoje, Paranaguá tem condições de atender o
maior número de produtores possíveis e dar eficiên-
cia ao descarregamento dos caminhões.
Na outra ponta, as regras para atracação dos navios
também foram alteradas. Os operadores com me-
lhores índices de produtividade passaram a ter pre-
ferência no embarque de grãos, diminuindo o tempo
de espera das embarcações e acelerando o escoa-
mento da safra.
O número de cotas distribuídas para os terminais
mandarem caminhões ao porto também cresceu. Há
quatro anos, os operadores podiam solicitar a cota
de 1,6 mil caminhões por dia. Hoje, o número pode
chegar a 2,3 mil cotas diárias.
23
Cais do Porto de ParanaguáPrimeira reforma desdea década de 90
CAPÍTULO VI
24
CAPÍTULO VICais do porto de ParanaguáPrimeira reforma desdea década de 90
Fruto de um investimento de R$ 89 milhões, a refor-
ma do cais do Porto de Paranaguá está preparan-
do o porto para suportar operações mais pesadas,
permitindo a dragagem de nivelamento de todos os
berços para uma profundidade maior e oferecendo
mais segurança para navegação e atracação dos na-
vios. A última reforma de estrutura do cais do Porto
de Paranaguá foi feita no início da década de 90.
A primeira estaca foi cravada no berço 208, trecho
mais antigo do cais, que preserva algumas caracte-
rísticas de quando o porto foi criado, na década de
30. Atualmente, esta parte do porto tem profundida-
de de apenas oito metros e o cais suporta operações
de até duas toneladas por metro quadrado, o que
restringe as operações. Com a obra, o berço pode-
rá ser dragado para 13,8 metros e vai aguentar uma
pressão de cinco toneladas por metro quadrado.
A reforma do cais é mais uma obra com o intuito de
dar maior produtividade ao porto e modernizar os
berços de atracação.
As obras de reforço estão sendo realizadas ao longo
de todo o cais comercial, dos berços 202 a 214. A obra
está sendo dividida em vários trechos para não preju-
dicar a movimentação das cargas. A expectativa é que
a intervenção seja finalizada até a metade de 2016.
Ao longo da obra, também serão trocados os cabe-
ços de amarração, onde o navio é amarrado quan-
do atraca, por peças com o dobro da capacidade.
O porto será preparado para a instalação de novas
defensas, que são estruturas que suavizam o impac-
to do navio ao encostar no cais.
R$ 89 MILHÕES EM INVESTIMENTOS
MAIS SEGURANÇA PARA NAVEGAÇÃO E ATRACAÇÃO DOS NAVIOS
MAIS PRODUTIVIDADEPARA O PORTO
25
26
27
Desenvolvimentodas Cidades
CAPÍTULO VII
28
CAPÍTULO VIIDesenvolvimento das cidades
A Appa também contribui para o desenvolvimento
da cidade. Está em andamento a construção da Base
de Prontidão para Emergências Ambientais que será
a sede dos projetos permanentes de monitoramento
ambiental da baía de Paranaguá.
Também serão investidos R$15 milhões para a revi-
talização da Avenida Bento Rocha e outros R$40mi-
lhões para a construção de cinco viadutos sobre a
Avenida Ayrton Senna da Silva, principal via de aces-
so ao Porto e a Paranaguá. As obras têm como obje-
tivo desafogar o trânsito e melhorar o fluxo de veícu-
los, já prevendo o crescimento da movimentação de
cargas com as obras de ampliação e modernização
dos berços de atracação do Porto de Paranaguá.
O projeto da Appa prevê a construção de viadutos
nos seguintes pontos da Avenida Ayrton Senna da
Silva: no quilômetro 5, na interseção com a BR-277;
no quilômetro 1,5, no cruzamento com a Avenida Se-
nador Atílio Fontana; no quilômetro 3,4 no trevo de
acesso da Fertipar; no quilômetro 4,3, no trevo de
acesso ao Aeroparque; e no quilômetro 6,7, no en-
troncamento do Santa Rita.
ANTONINA
A Administração dos Portos de Paranaguá e Anto-
nina (Appa) também está contribuindo com os mu-
nicípios do entorno do Porto de Antonina. A Appa
contratou o projeto urbanístico e arquitetônico de
uma nova ciclovia que irá interligar os municípios de
Morretes e Antonina, no litoral do Estado. O projeto
Ciclovia foi contratado por meio do terminal Ponta
do Félix. O projeto prevê 84 quilômetros de ciclo-
via, sendo 58,8 quilômetros passando pela cidade
de Morretes e outros 24,2 quilômetros por Antonina.
Foram investidos R$ 200 mil no projeto. A previsão
é de que a construção da ciclovia custe em torno de
R$ 30 milhões. O projeto inclui diferentes modali-
dades de ciclovia, entre elas, ciclovia dupla em uma
pista de sentido duplo, ciclovia em duas pistas de
sentido único, ciclovia simples em uma pista e ape-
nas 2,4 quilômetros de ciclofaixas. Além disso, estão
previstos módulos e pontos de refúgio, contendo
paraciclos, bebedouro e tomada Todo o projeto ur-
banístico e arquitetônico foi desenvolvido, evitando
áreas de manobras de caminhões e entrada e saída
de ônibus e veículos de grande porte.
Em Antonina, também estão previstos investimentos de
R$ 170 milhões em projetos de acesso, entre eles, a ro-
dovia que vai interligar a BR-277 até Antonina (PR-340),
a construção da avenida portuária e o acesso ferroviário
ao Porto de Antonina e Terminal Pontal do Félix.
HISTÓRICO
Em dezembro de 2012, a Appa, em parceria com o Departamento Municipal de Trânsito (Demutran), ela-
borou um sistema de rotas que determina trajetos a serem percorridos pelos veículos de carga a partir do
Pátio de Triagem. O objetivo das rotas é organizar o fluxo viário, desde a saída do pátio até o acesso aos
terminais graneleiros.
Além disso, a Appa já realizou inúmeras obras viárias em Paranaguá, entre elas, a recuperação de dez vias
de acesso ao município e a construção de uma marginal de desaceleração de caminhões nas proximidades
do pátio de triagem.
29
Preparando oPorto para o futuro
CAPÍTULO VIII
30
CAPÍTULO VIIIPreparando o Portopara o futuro
Pensando na logística para o carregamento de cargas
nas próximas décadas e em atender mais e melhor o
campo e a indústria, gerando emprego e renda para a
cidade e o país, a Administração dos Portos de Para-
naguá e Antonina contratou projetos para a constru-
ção de novos píeres no Porto de Paranaguá: o píer em
formato de F e o píer em T. O píer em F terá quatro
novos berços de atracação no Porto de Paranaguá e
será construído na parte oeste do cais comercial, fun-
cionando como um novo sistema de embarque de
granéis sólidos.
Estes novos projetos possibilitarão ampliar a movi-
mentação de cargas de grãos produzidas no Estado
do Paraná e na área de influência do Porto de Para-
naguá, e que abrange os estados do Mato Grosso do
Sul, sul de São Paulo, Santa Catarina e o Paraguai, que
vem apresentando um aumento significativo nos últi-
mos anos, especialmente no que se refere à exporta-
ção do complexo agroindustrial da soja.
O complexo vai compor o Corredor de Exportação,
nos mesmos moldes do atual corredor leste, com oito
correias que levarão os grãos das esteiras transpor-
tadoras de uso comum diretamente aos navios. Tra-
ta-se da construção de um sistema de píers para a
atracação de quatro navios – maiores dos que os que
atualmente embarcam no Porto – formando um “T”
perpendicular ao atual cais. Com isso, o corredor de
exportação passará a ter uma capacidade de embar-
que de 16 mil toneladas/hora.
O governo do Paraná também acaba de autorizar R$183
milhões para modernização dos berços 201 e 202 do Por-
to de Paranaguá e ampliação em 100 metros do cais do
berço 201 - sentido Oeste. Esta é a primeira obra
pública de ampliação do cais de atracação do
Porto de Paranaguá dos últimos 30 anos e será
realizada integralmente com recursos próprios
da Appa.
31
Porto de Paranaguátorna-se referênciaem sustentabilidade
CAPÍTULO IX
32
33
34
CAPÍTULO IXPorto de Paranaguá torna-se referência em sustentabilidade
Em 2013, o Porto de Paranaguá obteve a sua Licen-
ça Ambiental de Operação após um período de dez
anos operando sem licenciamento. Cerca de 30 licen-
ças ambientais foram emitidas para o Porto entre os
anos de 2011 e 2015. Os licenciamentos mais impor-
tantes são a licença de operação do Porto de Parana-
guá, licença de dragagem do canal da galheta e licen-
ça de remodelação do cais do porto de Paranaguá.
Com isso, a Administração dos Portos de Paranaguá e
Antonina (Appa) criou uma diretoria de meio ambien-
te e implementou 30 programas de sustentabilidade,
beneficiando a cidade, a população e o meio ambien-
te no litoral do Paraná.
E com o objetivo de fortalecer ainda mais estas ações,
a Appa lançou o programa Porto Sustentável. A ini-
ciativa serve para estimular uma nova cultura de sus-
tentabilidade baseada em cinco pilares: água, energia,
resíduos, emissão atmosférica e responsabilidade so-
cioambiental.
Confira os principais projetos ambientais do Porto:
ÁGUA
O porto realiza o monitoramento da qualidade das
águas, dos sedimentos, da fauna aquática e atividade
pesqueira. Atualmente, a coleta e análise da água é
feita em 30 pontos da baía de Paranaguá.
Um dos bioindicadores monitorados, por exemplo, é
a população de botos na região. No período de um
ano, já foram registrados mais de 500 animais na baía.
O cuidado se estende ao consumo da água. Ao lon-
go dos últimos 18 meses, o consumo nas dependên-
cias do porto caiu 60%. O uso mensal caiu de 18,5 mil
metros cúbicos no início de 2014 para 7 mil metros
cúbicos em 2015. A meta, no entanto, é diminuir ain-
da mais e chegar à marca de 80% de economia na
conta da água.
Para isso, uma campanha de conscientização dos
funcionários está em curso, além da troca da rede hi-
dráulica. Um sistema de captação de água da chuva
é outra novidade que integra o novo projeto hidráuli-
co do Porto de Paranaguá. O primeiro local a receber
o sistema será o Silo Público. Toda a água da chuva
captada será reutilizada em lavagem de equipamen-
tos, das ruas e das áreas externas do cais do Porto.
A APPA está contribuindo ainda para o monitora-
mento ambiental da baía de Paranaguá. Apenas no
ano de 2015, mais de 350 navios receberam equipes
técnicas da Administração dos Portos para avaliar a
salinidade e procedência da água de lastro da em-
barcação. Até o momento, não houve nenhum regis-
tro de navios em desconformidade com a legislação.
Desde 2013, quando o Porto conquistou junto ao Iba-
ma sua Licença de Operação, a Appa realiza o Pro-
grama de Verificação do Gerenciamento da Água
de Lastro dos Navios, medida que atende Norma da
Autoridade Marítima – (Normam 20).
A medida tem como objetivo evitar a contaminação
do ecossistema marinho natural com espécies exóti-
cas - trazidas juntamente com a água de lastro das
embarcações vindas de outros países. A legislação
que deve ser cumprida por todos os navios que na-
vegam em águas brasileiras integra o Plano de Con-
trole Ambiental do Porto de Paranaguá. A água de
lastro é utilizada para dar estabilidade ao navio, por
meio do preenchimento de reservatórios específicos
com água do ambiente em que se encontra.
RESULTADO DISSO, O PORTO SALTOU DA 26ª PARA O 3º LUGAR NO RANKING DO ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO AMBIENTAL (IDA), DA AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS (ANTAQ).
35
ENERGIA
A eficiência energética é outro pilar da campanha.
Cerca de R$ 21 milhões foram investidos para a tro-
ca da iluminação tradicional por lâmpadas de LED,
substituindo luminárias de 400 watts para 150 watts.
Como é uma tecnologia de ponta, o consumo por
poste diminui sem perder a qualidade de iluminação.
No Pátio de Triagem, onde a troca já foi concluída, a
luminosidade à noite foi intensificada e, mesmo as-
sim, já foi registrada uma economia de 16%. A troca
na avenida portuária também já foi concluída e agora
as lâmpadas da faixa portuária estão sendo trocadas.
EMISSÕES ATMOSFÉRICAS
Já foram realizadas dez campanhas para coleta de
dados atmosféricos em doze pontos da cidade de Pa-
ranaguá para avaliar a qualidade do ar. São cerca de
5,6 mil caminhões que têm suas emissões de gases de
combustão monitorados. Com isso, é possível verifi-
car as condições de regulagem dos motores da frota
que circula na região do porto.
COM MENOS RESÍDUOS ORGÂNICOS ESPALHADOS PELAS RUAS, A POPULAÇÃO DE POMBOS TAMBÉM CAIU DRASTICAMENTE, DE 11 MIL EM 2012 PARA 1,5 MIL EM 2015.
RESÍDUOS
Desde 2013, o porto conta com um Plano de Geren-
ciamento de Resíduos Sólidos, que inclui a distribuição
de caçambas para a separação correta dos resíduos e
a varrição diária das vias de acesso, ruas e avenidas
no entorno da área portuária, no cais do Porto e nos
terminais portuários.
As varrições das vias para coleta de material que cai
dos caminhões acontecem das 7h às 11h e das 13h às
17h. Em média, são varridos 361 toneladas de resíduos
orgânicos por mês. Somente em 2014, foram coleta-
dos mais de 9 mil toneladas de resíduos.
Além da varrição e destinação correta dos resíduos
orgânicos, o Porto de Paranaguá possui 60 pontos de
coleta seletiva para materiais recicláveis espalhados
por toda a área portuária. Ao todo, foram instaladas
mais de 100 caçambas. Estes pontos são monitora-
dos por setor, desde o cais, avenida portuária, pátio
de triagem até os prédios administrativos.
36
RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
A melhor convivência da relação porto-cidade é ou-
tro pilar central do programa da Appa. Com o ob-
jetivo de conscientizar e orientar a população local,
já foram realizadas mais de cem ações educativas,
como palestras e oficinas em Paranaguá, Antonina e
Pontal do Paraná.
Somente entre os funcionários da Appa, mais de 170
colaboradores foram formados no Curso Introdutó-
rio de Educação Ambiental e outros quinhentos tra-
balhadores portuários foram envolvidos em ações de
segurança, meio ambiente e saúde. O porto também
promoveu seis ações de mutirão de limpeza nas praias
do entono da baía de Paranaguá para a remoção de
resíduos nas faixas de areia, restinga e manguezais.
No que diz respeito ao público externo, algumas
ações centrais são desenvolvidas. Onze comuni-
dades das ilhas da baía e do entorno do porto são
abrangidas nas ações do Programa de Educação
Ambiental, assim como 2,5 mil caminhoneiros foram
orientados anualmente sobre a correta destinação
de resíduos produzidos no transporte de grãos e lim-
peza dos caminhões.
Quando o surto da dengue acometeu a cidade de
Paranaguá, a Appa encampou uma forte campanha
de comunicação para combater o mosquito trans-
missor. Além de cuidados prioritários dentro da área
do porto, com eliminação de focos, equipes se es-
palharam pelas cidades do litoral em um mutirão de
conscientização sobre como a população pode se
engajar para eliminar o risco de contaminação.
O trabalho foi feito em milhares de estabelecimen-
tos comerciais e residências de Paranaguá, Matinhos,
Guaratuba, Antonina, Morretes e Pontal do Paraná.
37
Porto Escola,Porto em Ação ePorto no Campo
CAPÍTULO X
38
CAPÍTULO XPorto Escola, Porto em Ação e Porto no Campo
A Administração dos Portos de Paranaguá e Anto-
nina (Appa) desenvolve projetos com o intuito de
aproximar e esclarecer a atividade portuária.
Entre os principais programas desenvolvidos estão
o Porto em Ação, o Porto no Campo, Porto na Uni-
versidade e, o mais recente deles, lançado em 2015,
o Porto Escola.
Realizado mensalmente, o Porto em Ação é um proje-
to de cidadania voltado aos cerca de 2,5 mil caminho-
neiros que passam diariamente pelo Pátio de Triagem
de Caminhões de Paranaguá para descarregar no Por-
to. Ao todo, o Programa Porto em Ação já beneficiou
mais de 50 mil caminhoneiros desde a sua criação.
A ação integrada tem o objetivo subsidiar os cami-
nhoneiros com informações e prestar alguns serviços
a eles. O foco principal é esclarecer os profissionais
sobre as regras do Programa carga online e a im-
portância do caminhoneiro para manter a cidade de
Paranaguá mais limpa e o respeito no trânsito.
Além disso, outras atividades de orientação e cida-
dania são realizadas ao longo do dia. Em cada edi-
ção, a ação de cidadania realiza mais de 500 testes
de glicemia, pressão, HIV ou hepatite ao longo do
dia. Os exames são realizados devido a uma parceria
entre a Appa e a 1ª Regional de Saúde de Paranaguá.
Já o Senac oferece cortes de cabelo gratuitos aos
motoristas participantes da ação.
Durante o Porto em Ação os caminhoneiros também
recebem materiais de conscientização e educação
ambiental, como orientações sobre o devido lacre
das bicas e a correta destinação dos resíduos da via-
gem e da carroceria. A Appa distribui aos motoristas
kits com sacos de lixo e folder informativo.
As atividades começam às 9 horas, com uma missa
para os caminhoneiros e ao longo do dia, são ofere-
cidos cortes de cabelo e exames de saúde.
O Porto em ação é realizado mensalmente no pátio de
triagem do Porto de Paranaguá, sempre na 1ª terça-fei-
ra de cada mês. A ação é realizada em parceria com a
Pastoral Rodoviária de Paranaguá, Prefeitura de Para-
naguá, 1ª Regional de Saúde e ONG Novos Rumos.
O Porto no Campo foi lançado no ano de 2013 com o
objetivo de promover a aproximação e o diálogo en-
tre a Administração dos Portos e o setor produtivo
do interior do Estado.
Durante cada uma das edições do Programa Por-
to no Campo, técnicos da Diretoria Empresarial da
Appa promoveram palestras para as Cooperativas e
setor produtivo, levando informações aos agriculto-
res sobre logística de escoamento dos produtos pelo
Porto e estabelecendo um canal direto de diálogo
com os empresários agrícolas e industriais do Paraná.
A caravana passou por Londrina, Cornélio Procópio,
Maringá, Cascavel, Paranavaí, Francisco Beltrão, La-
ranjeira do Sul, Foz do Iguaçu, Cianorte, Umuarama,
Ponta Grossa, Guarapuava e Rio Verde (GO).
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Nos últimos quatro anos também foram realizadas
mais de 40 palestras em faculdades pelo projeto
“Porto Universidade”, que visa passar aos alunos dos
cursos de Administração, Comércio Exterior, Econo-
mia e afins a realidade e as perspectivas futuras do
mercado logístico.
Já as visitas coordenadas ao Porto de Paranaguá
são realizadas mediante agendamento com a Dire-
toria Empresarial. Apenas no programa de visitas ao
porto, a Diretoria Empresarial da Appa atende anual-
mente mais de 20 mil estudantes, técnicos e empre-
sários que têm interesse em conhecer as atividades
portuárias de Paranaguá.
A Appa também participou de duas edições do Fó-
rum de Agronegócio da Gazeta do Povo e das úl-
timas cinco edições da Intermodal South America
expondo seus resultados e seus programas.
A interação com a cidade e a comunidade portuária
não para por aí. A diretoria também coordenou a re-
alização do evento Natal Encantado – Um Porto de
Luz. Foi montada uma estrutura de mais de 6 mil me-
tros de mangueiras de LED para iluminar a fachada
da Appa, que ficou aberta para a visitação. No dia 22
de dezembro, a programação natalina foi encerrada
com uma apresentação cultural que reuniu mais de 5
mil pessoas em frente à sede administrativa da Ad-
ministração dos Portos.
O Projeto Porto Escola - Educação para a Sustenta-
bilidade, é inovador na área portuária, coordenado
pela Diretoria de Meio Ambiente e implementado por
meio de convênio de cooperação mútua estabeleci-
do entre a APPA e a Prefeitura do município de Para-
naguá, tem como público-alvo professores e alunos
do 5° ano do ensino fundamental das escolas públi-
cas do Município. Em seu primeiro ano de execução
em 2015, atingiu a marca de 2 mil participantes.
O Porto Escola apresenta de forma lúdica, por meio de
palestra interativa e visita ao cais, a importância da ati-
vidade portuária para a economia local e nacional, no-
ções de cidadania, ações do porto para conservação
do meio ambiente, saúde e segurança do trabalhador.
Ao término do ano letivo foi realizado um concurso
de desenhos que representassem a percepção dos
alunos sobre a visita ao Porto de Paranaguá. Os es-
tudantes receberam uma homenagem e um passeio
pela Baía de Paranaguá. Os desenhos inscritos no
concurso foram feitos por alunos do 5º ano do ensi-
no fundamental matriculados nas escolas municipais
que participaram da visita ao Projeto Porto Escola,
desenvolvido pelo Porto de Paranaguá, em parceria
com a Prefeitura do município.
Todas as atividades do Projeto apresentaram resul-
tados positivos, avaliados a partir da participação
e interação dos alunos e professores com a equipe
técnica e pedagógica que compõe o Projeto, forta-
lecendo a relação porto - cidade - sustentabilidade.
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Saúde e segurançano trabalho
CAPÍTULO XI
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CAPÍTULO XISaúde e segurança no trabalho
O cuidado com a saúde do trabalhador também ga-
nhou um tratamento especial nos portos de Parana-
guá e Antonina. Ações de conscientização e orienta-
ções para os profissionais se tornaram rotina.
Entre os funcionários da Appa, a frequência de aci-
dentes de trabalho caiu vertiginosamente em função
de ações de orientação e campanhas de comunica-
ção que alertam para a importância do uso dos equi-
pamentos de proteção individual.
A empresa também voltou seus esforços para preve-
nir seus colaboradores e trabalhadores indiretos de
doenças. Neste ano, por exemplo, a Appa estreou o
Circuito de Saúde do Trabalhador Portuário. O evento,
que dura uma semana inteira, realizou testes de saúde,
de glicemia e pressão em mais de 2 mil trabalhadores
portuários. Ainda foram oferecidas orientações quan-
to à prevenção de doenças sexualmente transmissí-
veis, sobre ergonomia no trabalho e saúde bucal.
O Circuito é uma extensão da ação integrada que já
acontece há três anos no Pátio de Triagem do Porto
de Paranaguá. Com mais de 300 mil caminhoneiros
transitando pelo local todos os anos, a Appa promo-
ve mensalmente o Porto em Ação, um programa que
reúne serviços de saúde, palestras e orientações aos
caminhoneiros. Além dos cuidados pessoais, os mo-
toristas são orientados quais as melhores rotas para
os caminhões dentro da cidade e qual a melhor ma-
neira de destinar os resíduos sólidos das caçambas.
O objetivo é prestar uma orientação quanto à saúde
do caminhoneiro e, em paralelo, minimizar o impacto
do alto fluxo de caminhões na vida do parnanguara.
EXEMPLO DISSO É QUE EM 2010 FORAM REGISTRADOS MAIS DE 100 ACIDENTES, ENQUANTO EM 2015 APENAS UMA OCORRÊNCIA ACONTECEU EM TRÂNSITO.
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Appa é transformadaem empresa públicae torna-se maiseficiente
CAPÍTULO XII
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CAPÍTULO XIIAppa é transformada em empresa pública etorna-se mais eficienteNos últimos 25 anos, 11 mil ações trabalhistas causa-
ram um rombo de R$1,3 bilhão aos cofres da Appa.
O grau de êxito da Appa nas ações judiciais e no
contencioso administrativo era baixíssimo, gerando
enorme passivo à autarquia.
A última lei que tratou da natureza jurídica da Appa
havia sido datada em 1971. A desatualização trouxe
diversos problemas, entre eles, inúmeras ações tra-
balhistas. Isso porque os funcionários da Appa, todos
celetistas, estavam em desacordo com a lei, que de-
terminava que fossem estatutários. Fora isso, as mu-
danças legais que retiraram os portos da operação,
fizeram com que centenas de trabalhadores ficas-
sem em desvio de função. O resultado foi milhares
de ações trabalhistas.
Em 2011, iniciou-se a reestruturação do Departamen-
to Jurídico da Appa, o que resultou em um aumen-
to de 80% no grau de êxito das ações de defesa da
Appa, produzindo provas processuais que embasam
decisões judiciais.
Hoje, a Appa conta com apenas 1.708 ações traba-
lhistas, sendo mais de 80% com improcedência im-
parcial ou total. O volume de ações trabalhistas se
reflete em ações tomadas pela Appa para correções
de distorções como contratação indevida de traba-
lhadores avulsos do bloco e desvio de função.
Com isso, iniciou-se um processo de reestruturação
da autarquia e mudança da sua personalidade jurídi-
ca. Em 2013, através da Lei n.º 17.895, regulamentada
pelo Decreto n.º 11.562/14, a Administração dos Por-
tos de Paranaguá e Antonina – APPA passou a sua
razão social de autarquia para empresa pública.
A empresa pública passou a ser dirigida por dois ór-
gãos: conselho administrativo e diretoria executiva. O
corpo diretor submete ao Conselho Administrativo e
à Secretaria de Infraestrutura e Logística um plano de
cargos e salários. Este plano é elaborado por uma em-
presa contratada, que montou o novo quadro funcio-
nal da Appa. Além disso, está sendo traçado o perfil
profissiográfico de cada função na empresa.
O antigo quadro funcional entrou em extinção e deixará
de existir. Os trabalhadores puderam optar por um Pla-
no de Desligamento Incentivado (PDI), por permanecer
onde estão ou, caso haja adequação jurídica, migrarem
para o novo quadro. Novas contratações (via concurso
público) só serão feitas dentro do novo quadro funcional.
Cargos em comissão continuaram a existir na empre-
sa pública, mas obedecendo às três situações previs-
tas constitucionalmente: direção, chefia e assessora-
mento. Cargos de perfil técnico (como engenheiros
e advogados) não poderão ser comissionados.
Com isso, foram arquivados os atos constitutivos da
Appa perante a Junta Comercial do Paraná, concreti-
zando sua nova personalidade jurídica e mantendo o
objetivo de administrar e explorar os portos de Para-
naguá e Antonina, nos estritos termos da delegação
da União ao Estado do Paraná.
PROGRAMA DE DESLIGAMENTO
INCENTIVADO (PDI)
Instituído pela APPA, buscou adequação ao novo
modelo de gestão previsto na Lei n.º 12.815/2013, Lei
Estadual n.º 17.895/2013 e artigo 3º do Decreto Esta-
dual n.º 11.562/2014, que pressupõem flexibilidade na
administração do quadro de pessoal.
Dos 611 trabalhadores do quadro da APPA, 398 se
inscreveram e 234 obtiveram, pela ordem de inscri-
ção, o direito ao incentivo. Ao todo, a Appa pagou
pelo PDI R$ 80 milhões aos 234 beneficiários.
Também teve como escopo a necessidade da APPA
de suprir competências estratégicas e necessidades
específicas do quadro de pessoal, ante a supressão
de parte de suas atividades decorrente das Leis su-
pra citadas e do Convênio de Delegação nº 37/2001
firmado entre a União e o Estado do Paraná.
Outro fator considerado foi a idade média de seu qua-
dro de pessoal superior a 45 anos de idade e o tempo
médio de permanência na Empresa superior a 30 anos.
Aliado a esses determinantes fatores, havia forte interes-
se de empregados que no desligamento do quadro de
pessoal da APPA, mediante condições especiais para tal.
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REVISÃO DAS NORMAS E REGULAMENTOS DA APPA
Nos últimos cinco anos, a Administração dos Portos
de Paranaguá e Antonina tem trabalhado para aprimo-
rar as suas regras operacionais com o objetivo de dar
mais agilidade, eficiência e segurança às operações,
buscando ao mesmo tempo elevar a produtividade.
Nos últimos anos foi possível verificar na prática esta
evolução. Mesmo com limitações de infraestrutura –
os portos paranaenses aguardam que os projetos de
ampliação sejam realizados pelo Governo Federal – a
movimentação de cargas tem crescido ano a ano, sem
que para isso tenham sido registrados tumultos nas es-
tradas ou quaisquer outros problemas logísticos.
Para apresentar a evolução destas normativas e a
amplitude delas no âmbito operacional, a Appa fez
a revisão de aproximadamente 30 normas relativas
a operação dos Portos do Paraná – incluindo, nor-
mativas, portarias e resoluções - que possibilitaram
desde a eliminação das filas de caminhões até a re-
dução de navios que aguardam a atracação. Isso fez
com que os portos paranaenses aumentassem seus
ganhos de produtividade, tornando-os referência de
planejamento no cenário nacional.
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Plano de Desenvolvi-mento planeja portosparanaenses paraas próximas décadas
CAPÍTULO XIII
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CAPÍTULO XIIIPlano de Desenvolvi-mento planeja portos paranaenses para as próximas décadas
Infraestrutura não se constrói de uma hora para a ou-
tra. O trabalho para destravar o gargalo histórico que
o Brasil tem nesta área tem que ser eficiente. Por ou-
tro lado, é preciso se planejar o crescimento da de-
manda logística para as próximas décadas para que
este problema seja sanado no futuro. Pensando nisso,
em 2012 foi elaborado o Plano de Desenvolvimento
e Zoneamento do Porto Organizado de Paranaguá e
Antonina. O documento estabelece uma previsão de
movimentação de cargas nos portos do estado para
os próximos 20 anos e, desta forma, passa a guiar o
planejamento estratégico do porto desde já.
O estudo prevê, por exemplo, que o volume movi-
mentado pelo porto dobre até 2030. Desta forma, é
preciso pensar desde agora como os arrendamentos
de novas áreas devem ser feitos, para qual finalidade
e em que local. O plano também ajuda a desenvolver
com maior tranquilidade e precisão os projetos de
infraestrutura e acesso ao porto.
O plano de zoneamento destaca a maneira como o
porto deve diversificar sua movimentação de cargas
para os próximos anos. Também desenha as novas
áreas de expansão em Antonina, Imbocuí/Embogua-
çu e em Pontal do Paraná, num total de 50 milhões
de metros quadrados disponíveis para crescimento
de área e retroárea. Mesmo com esse crescimento
previsto, o Porto ainda vai conseguir manter 80% de
área preservada na baía.
O PDZPO prevê melhoria direta no escoamento de
granéis sólidos para exportação de açúcar, soja, mi-
lho, farelo; melhorias no recebimento de fertilizantes,
sobretudo na redução dos custos logísticos de so-
bre estadia e expansão no segmento de líquidos a
granel. Todos os empreendimentos previstos visam
atender as necessidades dos produtores rurais e da
indústria paranaense.
Juntamente com o PDZPO, a Appa elaborou o Plano
Estratégico dos Portos do Paraná e o Programa de
Arrendamentos, que orientam a Secretaria de Portos
na elaboração da Política Nacional de Portos.O PLANO DE DESENVOLVIMENTO FOI ELABORADO EM TOTAL CONSONÂNCIA COM O PLANO NACIONAL DE LOGÍSTICA PORTUÁRIA E COM TODOS OS ENTES LIGADOS À ATIVIDADE PORTUÁRIA EM PARANAGUÁ, DESDE USUÁRIOS DO PORTO, AS EMPRESAS, TRABALHADORES E COMUNIDADE LOCAL.
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Avanços emAntonina
CAPÍTULO XIV
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CAPÍTULO XIVAvanços em Antonina
Após ficar quase 40 anos sem receber investimen-
tos públicos, o Porto de Antonina recebeu um aporte
de recursos de R$70,6 milhões do Governo estadual,
por meio da APPA, nos últimos cinco anos.
Com investimentos, aliado ao planejamento estraté-
gico, o Porto de Antonina avançou muito para com-
petir no cenário nacional e internacional.
O Porto de Antonina voltou a operar em 2011, sendo
novamente uma porta de saída para o açúcar ensa-
cado brasileiro e voltou a receber navios carregados
de fertilizantes.
Agora, o plano é diversificar as cargas. A retomada
da movimentação de outros produtos no porto é fru-
to de um plano de investimentos na área. O Porto
de Antonina passou por um forte crescimento na sua
movimentação de cargas, especialmente na exporta-
ção de fertilizantes. Em 2010, foram 300 mil toneladas
de movimentação geral, sendo 130 mil de fertilizantes.
Já nos últimos dois anos, o porto movimentou cerca
de 1,5 milhão de toneladas de fertilizantes.
A volta desta atividade para a Antonina é fundamen-
tal para o porto e para os trabalhadores da cidade.
O embarque do açúcar ensacado demanda mais
trabalhadores que a operação com fertilizantes, por
exemplo, o que fortalece a mão-de-obra local.
Entre os investimentos em infraestrutura estão a Ilumi-
nação do Pátio do Terminal Barão de Teffé, Projeto de
Remodelação e Ampliação do Cais do Terminal Barão
de Teffé e a Construção do Novo Centro Administrativo.
MAIS EMPREGOS
Foi realizada em Antonina, no ano de 2015, a primeira
licitação para arrendamento de uma área em todo o
Brasil em conformidade com a nova Lei dos Portos
(12.815/2013). A área, com 32 mil metros quadrados,
será destinada para a instalação de indústria me-
talmecânica e poderá ser explorada pela empresa
vencedora por 25 anos. Os investimentos mínimos
previstos, segundo um estudo de viabilidade técnica
e econômica elaborado pelo porto, devem ser de R$
20 milhões, com a geração de pelo menos 100 novos
empregos criados.
Além de ser a primeira área a ser licitada no novo
marco legal, esta foi a primeira vez que a Secretaria
de Portos da Presidência da República (SEP) dele-
gou a competência para realizar o processo licitató-
rio para uma autoridade portuária. Desta forma, to-
das as fases do leilão serão feitas pela Administração
dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa).
A solicitação para conduzir a licitação da área foi fei-
ta pela administração dos portos paranaenses, em
2013, para a Secretaria de Portos, que é responsá-
vel pela concessão de áreas portuárias no país. De
acordo com a nova legislação, todas as novas áreas
portuárias devem ser licitadas pela SEP. No entanto,
neste caso, a nova lei permite que a autoridade por-
tuária local conduza a licitação.
O arrendamento da área está contemplado no Plano
de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) do Porto
de Antonina e faz parte do planejamento do porto
para o desenvolvimento econômico e social da cidade.
O novo terminal vai se localizar numa área ao lado
do prédio administrativo do Terminal Barão de Teffé.
Após o término do leilão, a expectativa é de que a in-
dústria seja construída em dois anos. A instalação de
uma empresa de metalmecânica é muito importan-
te para a região, pois é uma área que habitualmente
fornece material ou serviços para as empresas de ex-
ploração de gás e petróleo em alto-mar.
O OBJETIVO PRINCIPAL É RETOMAR A MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS DIVERSIFICADAS, GERANDO DESENVOLVIMENTO COM SUSTENTABILIDADE PARA A REGIÃO.
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