Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, C.R.L....Nos EUA, 2016 foi um bom ano para o...

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 1

Relatório e Contas

2016

Caixa de Crédito Agrícola

Mútuo do Médio Ave, C.R.L.

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Índice:

Relatório e Contas de 2015

• Mensagem do Conselho de Administração …………….……………………………....... Página 3

• Enquadramento Económico …………………………….………………………………………. Página 5

• Crédito Agrícola - Evolução Recente …….……………………………………………………. Página 20

• Análise Financeira da CCAM do Médio Ave CRL …………………………………………. Página 30

• Actividade Comercial ………………………………………………………………………………… Página 38

• Demonstrações Financeiras e Anexo.………………………………………………………… Página 44

• Estrutura e Prática de Governo Societário da CCAM do Médio Ave CRL…….. Página 94

• Parecer do Conselho Fiscal.…….…………………………………………………………………. Página 102

• Certificação Legal de Contas.…….……………………………………………………………….. Página 104

Proposta de aplicação de resultados do exercício de 2015 …………………….

Página 107

Órgãos Sociais ………………………………………………………………….…………………………….. Página 108

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MENSAGEM DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

A actividade bancária continua a enfrentar uma envolvente de negócio complexa que tem

penalizado a rentabilidade das principais instituições, com algumas destas a apresentarem

resultados negativos desde há vários anos.

Não é o caso do Crédito Agrícola e da nossa Caixa em particular. Esta apresenta um

resultado positivo de 1.409.934€.

Comparando com os exercícios anteriores, verificou-se um desvio positivo acentuado nos

resultados, decorrente da alteração de políticas contabilísticas, que implicaram em 2016

ajustamentos no registo de imparidades de activos, nomeadamente nos imóveis de serviço

próprio e no alinhamento das provisões constituídas para crédito ao abrigo do aviso 3/95

do Banco de Portugal,

Convém salientar que retirando este facto o resultado da nossa Caixa está em linha com o

dos anos anteriores.

Vários factores contribuíram para este resultado, a saber:

- Evolução significativa verificada no crescimento da carteira de crédito, face o que seria

normal, tendo em linha de conta o ainda débil estado da economia nacional;

- Manutenção do crédito vencido, dentro de valores confortáveis;

- Obtenção de bons níveis de concretização nos objectivos comerciais traçados para

2016.

O crescimento da carteira de crédito, resultou de uma maior penetração em nichos de

mercado que tradicionalmente não se relacionam com o Crédito Agrícola quer por

iniciativa dos próprios agentes económicos que se tornam clientes quer pelo esforço de

captação de bom negócio desenvolvido pela área comercial.

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A estratégica de comunicação e marketing, muito activa na comunicação social nacional e

a presença da nossa Caixa em muitos acontecimentos espalhados pelas várias localidades

dos três concelhos também foram preponderantes para a valorização e credibilidade junto

dos clientes.

Este foi também um ano onde tanto o Conselho de Administração como o Conselho Fiscal

cumpriram o imperativo legal de formação através do “Progredir” programa de formação

bancária ministrado pelo Instituto Superior de Gestão Bancária.

Continuamos a trabalhar para que a nossa sede seja proximamente o grande

acontecimento que engrandeça a nossa imagem local.

Por último um agradecimento especial a todos quantos contribuíram para o

engrandecimento da nossa Caixa, aos membros dos Órgãos Sociais e um muito especial

aos nossos colaboradores pela dedicação e empenho demonstrado ao longo do ano.

Vila Nova de Famalicão, 02 de Março de 2017

O Conselho de Administração

António Germano Fernandes de Sá e Abreu

José de Azevedo Costa

Fernando José Camisão Rossi de Oliveira

José Gregório de Sá Torres

António de Oliveira Araújo

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I. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO

1.1 ECONOMIA INTERNACIONAL

A estimativa mais recente aponta para que se tenha verificado um crescimento do PIB mundial de 3,1% em

2016, valor inferior aos 3,2% alcançados em 2015. A confirmar-se esta expectativa, este será o ritmo de

crescimento económico mais fraco desde o ano da recessão mundial de 2009.

Antes da crise financeira (2008), as economias emergentes vinham apresentando ritmos de crescimento

superiores a 7,0%, tendo nos anos mais recentes (2008-2016) apresentado um crescimento em torno dos

4,0%. Efectivamente, para 2016, o FMI antecipa um crescimento no conjunto dos países emergentes de

4,2%, valor aquém dos 4,4% registados em 2015. Parte deste abrandamento perspectivado para a

economia global em 2016 é explicado pela evolução da segunda maior economia do mundo – a China que,

com uma variação estimada de 6,7% no PIB deste ano, regista o mais baixo crescimento desde 1990 (3,9%).

Este valor contrasta, ainda assim, com o ritmo de crescimento dos países desenvolvidos, que se estima ter

sofrido uma desaceleração de 2,1%, em 2015, para 1,6%, em 2016. A quebra no desempenho dos EUA, cujo

crescimento anual reduziu de 2,6% em 2015 para 1,6% em 2016, encontra explicação na componente das

exportações (que foram prejudicadas, entre outros, pelo fortalecimento do dólar americano) e na

componente do investimento (condicionado pelo comportamento dos preços do petróleo que durante o

ano de 2016 se mantiveram baixos).

A economia da Zona Euro acelerou ligeiramente no final de 2016 (1,6%), mas o crescimento que se

perspectiva é tímido e inferior ao registado em 2015 (2,0%), o que deverá contribuir para a divergência de

posições entre os responsáveis monetários quanto ao fim dos estímulos na região da moeda única.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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Os ataques terroristas tiveram um forte impacto negativo no desempenho do sector do turismo da França

(a 2ª maior economia da Zona Euro). Por outro lado, o FMI assinala que, apesar dos avanços registados na

Grécia, com o PIB a progredir de -0,2% em 2015 para +0,3% em 2016, as dívidas da Grécia continuam

“insustentáveis” a longo prazo (180% do PIB). No médio prazo, os riscos para o crescimento económico na

Zona Euro são legados da crise recente1, o voto do Reino Unido para deixar a União Europeia, potenciais

disrupções ao comércio internacional e um aperto mais forte da política monetária nos Estados Unidos que

poderá ter consequências negativas nas economias emergentes (algumas das quais com fortes relações

comerciais com a Europa).

A taxa de desemprego na Zona Euro foi diminuindo paulatinamente ao longo do ano, atingindo no final de

2016 uma taxa prevista de 10,5%, valor mais baixo desde 2011 e que compara com os 11,0% registados no

final de 2015. Não obstante a redução do nível de desemprego nos últimos anos, esta continua ainda em

níveis historicamente elevados.

Nos EUA, 2016 foi um bom ano para o mercado de trabalho, com o desemprego americano a situar-se nos

4,8%, apresentando níveis mínimos semelhantes aos registados em 2007. No que toca à remuneração

média por hora, esta aumentou 2,9% face a Dezembro de 2015, o que traduz o maior aumento desde 2009.

1 Com os sectores público e privado a apresentarem níveis de endividamentos elevados e com processos de desalavancagem em curso, os

problemas no sector bancário não completamente resolvidos e os níveis de desemprego a permanecerem persistentemente elevados.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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Em termos agregados da Zona Euro, a inflação perspectivada para 2016 foi de 0,2%, que compara com os

0,0% registados em 2015. Esta recuperação, ainda assim para um nível inferior ao objectivo de 2,0%

definido pelo BCE, muito contribuiu a combinação dos aumentos no preço da energia e uma modesta

recuperação económica.

A autoridade monetária europeia estendeu até final do ano o plano de compra de activos no sector público

como forma de dar força à inflação através de incentivos à economia. Mas com a subida dos preços a

encaminhar-se progressivamente para um ritmo que o BCE considera adequado para assegurar a

estabilidade económica, alguns responsáveis avaliam a hipótese de antecipar o fim do programa de

quantitative easing.

Também a inflação nos EUA foi subindo ao longo de 2016, principalmente na segunda metade do ano,

estimando-se que fique nos 1,3%, acima dos 0,1% registados em 2015. Este aumento foi suportado pelo

fim do ciclo de quedas nos preços do petróleo, ditando que o sector energético deixasse de ter uma

contribuição negativa em 2016 e começasse mesmo a contribuir positivamente para o aumento dos preços

ao consumidor.

O ano de 2016 ficou ainda marcado pela ocorrência de diversos eventos políticos de consequências

potencialmente muito disruptivas.

Na Europa, o ano de 2016 ficou decisivamente marcado pela vitória do Brexit no Reino Unido, evento que

poderá condicionar a situação económica e a evolução dos mercados em função dos recuos e avanços que

se venham a verificar no desenrolar do processo negocial de saída do Reino Unido da União Europeia.

Theresa May, a chefe do governo britânico, prometeu activar o Artigo 50 antes do final de Março de 2017,

pelo que esta questão será um tema importante no debate político associado à realização de eleições em

França e na Alemanha e condicionará o futuro da União Europeia nos próximos anos.

Nos EUA, Donald Trump venceu as eleições presidenciais constituindo uma incógnita o rumo esperado da

política americana, sendo certo que o actual discurso político é marcadamente proteccionista (limitações à

livre circulação de pessoas e bens) e de confronto com a política convencional (ruptura com o status quo).

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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1.2 ECONOMIA NACIONAL

A economia portuguesa, penalizada por um crescimento fraco do investimento e por fragilidades ao nível

das exportações, no primeiro semestre de 2016, manteve a tendência de desaceleração iniciada no último

trimestre de 2015, tendo crescido apenas 0,9% em termos homólogos. A aceleração registada no segundo

semestre de 2016, muito por conta da evolução da actividade turística e do consumo privado, permitiu que

o crescimento anual se situasse nos 1,3% em 20162, valor 3 p.p. abaixo do crescimento registado em 2015

(1,6%).

O comportamento das exportações nacionais foi condicionado pela ocorrência de diversos factores, de

entre os quais se destacam a persistente precariedade da situação económica em Angola (em termos

homólogos, entre Janeiro e Outubro, as exportações de bens para Angola diminuíram 41,9%), muito

afectada pelo baixo preço de petróleo e pelo facto de uma refinaria ter estado temporariamente parada

no início do ano (o que fez com que as exportações de combustíveis diminuíssem 29,1% até Outubro).

Em sentido inverso, o sector do turismo mostrou um crescimento nas exportações de serviços de 9,2%.

2 Neste enquadramento, a Comissão Europeia melhorou as estimativas para 2017 e 2018, esperando agora que a economia cresça 1,6% e 1,5%,

respectivamente (em contraste com as previsões de Outono para o crescimento do PIB de 1,2% em 2017 e 1,4% em 2018).

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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O consumo privado cresceu 2,1% em 2016 i.e. 5 p.p. abaixo do verificado em 2015. Por seu lado, o

investimento interrompeu em 2016 uma tendência de recuperação gradual, mas constante, iniciada no

final de 2013. A formação bruta de capital fixo registou ainda assim decréscimos homólogos

sucessivamente menores nos 3 primeiros trimestres (-2,7%, -2,4% e -1,5%). Os factores que mais

contribuíram para este cenário foram as incertezas externas (volatilidade dos mercados no início do ano e

incertezas políticas) e incertezas internas (viabilidade da solução política e problemas na banca portuguesa)

que afastaram os investidores. Para além disso, observou-se também uma descida do investimento público

para níveis historicamente baixos (até Setembro registou-se uma quebra de 27,6% na formação bruta de

capital fixo por parte das administrações públicas).

No mercado laboral, depois de um período entre Junho de 2015 e Março de 2016 em que a taxa de

desemprego aumentou de 11,9% para 12,4%, o 2º e 3º trimestres de 2016 mostraram uma tendência de

melhoria, com a taxa a descer para os 10,5% entre Julho e Setembro, o valor mais baixo desde o final de

2009, o que permitiu fechar o ano com uma taxa de desemprego de 11,0%.

Em termos da evolução dos preços, em 2016 verificou-se praticamente uma manutenção do nível registado

no ano anterior já que a inflação média para 2016 deverá rondar os 0,8%, ligeiramente acima dos 0,5%

registados em 2015.

Indicadores macroeconómicos (2014-2016)2014 2015 2016

Procura Externa tav 4,6 3,8 2,0

EUR/USD Taxa de Câmbio (%) tav -11,97 -10,22 -3,18

Preço do Petróleo (%) tav -41,0 -27,6 57,0

Produto Interno Bruto tav 0,9 1,6 1,3

Consumo Privado tav 2,1 2,6 2,1

Consumo Público tav -0,7 0,8 1,0

Formação Bruta de Capital Fixo tav 2,3 4,5 -1,7

Exportações tav 3,4 6,1 3,7

Importações tav 6,2 8,2 3,5

Índice Harmonizado de Preços no Consumidor tav 0,7 0,5 0,8

Taxa de Poupança (%) vma 6,9 7,0 5,0

Taxa de Emprego % 50,7 51,3 52,0

Taxa de Desemprego % 13,9 12,4 11,0

Remunerações por Trabalhador (sector privado) tav -1,3 0,0 1,5

Balança Corrente e de Capital (%PIB) tav 2,1 1,7 1,1

Balança de Bens e Serviços (%PIB) tav 1,1 1,8 2,2

Taxa de referência do BCE (média) % 0,16 0,05 0,00

Euribor 3 meses (média) % 0,21 0,00 -0,30

Yield das OT Alemãs 10 anos (média) % 0,54 0,63 0,20

Yield das OT Portuguesas 10 anos (média) % 2,69 2,52 3,76

Fonte: Banco de Portugal (Dezembro 2016), Banco Central Europeu (Dezembro 2016) e Bloomberg (Janeiro 2017)

tav: Taxa anual de variação; vma: variação média anual

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Em 2016, a dívida pública portuguesa somou 241,1 mil M€, o que representa um aumento de 9,5 mil M€

face a 2015. Para o aumento de 4,1% contribuíram as emissões líquidas de títulos, com destaque para as

emissões de Tesouro de rendimento variável (um novo instrumento que permitiu captar cerca de 3,3 mil

M€ de aplicações das famílias) e para as emissões de certificados do Tesouro (que aumentaram 3,4 mil M€).

Por seu lado, os empréstimos caíram 5,6 mil M€, com o contributo do reembolso antecipado de 4,5 mil M€

concedidos pelo FMI no âmbito do Programa de Assistência Económica e Financeira.

A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) estima que a dívida pública tenha subido para 130,2% do

PIB no conjunto de 2016. Esta estimativa, a confirmar-se, significa um decréscimo face ao valor registado

no final do terceiro trimestre de 2016, de 133,4% do PIB, mas significa igualmente um aumento em relação

a 2015 e um desvio face ao previsto para o final do ano pelo Ministério das Finanças no âmbito do

Orçamento do Estado para 2017 (129,7%). Para este desvio terá contribuído o acréscimo de depósitos da

administração central de 13,3 mil M€ no final de 2015 para 17,3 mil M€, quando se encontrava prevista no

OE2017 uma estabilização.

A UTAO estima que a dívida pública líquida (i.e. excluindo os depósitos da administração central) poderá

atingir 120,8% do PIB no final de 2016, o que representa um decréscimo de 0,8 p.p. face a 2015. A Comissão

Europeia, nas previsões económicas de Inverno, estima que a dívida pública portuguesa, na óptica de

Maastricht, tenha subido para 130,5% do PIB em 2016.

A Comissão Europeia, nas previsões económicas de Inverno, estima ainda que o défice orçamental

português tenha descido para 2,3% do PIB em 2016, ficando abaixo da meta definida para o fim do processo

de sanções (2,5%) mas ainda revelando a fragilidade das finanças públicas nacionais. A arrecadação de

receita foi inferior ao orçamentado em 2016, tendo esse efeito sido parcialmente compensado por receitas

adicionais (que valeram 0,25% do PIB, através do Programa Especial de Redução do Endividamento ao

Estado) e pela contenção de despesa, estimando-se que, sem as medidas extraordinárias, o défice

orçamental português ficaria nos 2,6% do PIB.

Fonte: Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, Janeiro 2017

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1.3 MERCADO BANCÁRIO NACIONAL

O ano de 2016 e o início de 2017 foram marcados por uma reestruturação significativa dos principais bancos

portugueses e, em alguns casos, com mudanças na gestão e nas estruturas de controlo accionista. Em

termos sucintos, temos: o plano de recapitalização e a nomeação de uma nova equipa de gestão para a

CGD (o banco de capitais públicos); a entrada e reforço de um novo accionista (fundo chinês Fosun) no BCP

e o pagamento da última fatia de 700M€ do empréstimo obrigacionista de acções convertíveis (que chegou

a totalizar 3.000M€); a oferta pública de aquisição lançada pelo grupo catalão CaixaBank sobre o capital do

BPI que lhe permitiu adquirir uma posição de 84,52% (participação que compara com os anteriores 45,5%);

o veto do Parlamento às propostas PCP/BE de nacionalização do Novo Banco, a entrada do BES em processo

de liquidação e o reforço das negociações entre Banco de Portugal e o Fundo de Resolução e os candidatos

à aquisição do Novo Banco (ex. fundo Lone Star) para conclusão deste processo.

1.3.1 Evolução do mercado nacional de depósitos (Dezembro 2011 –

Dezembro 2016)

Segundo a informação mais recente disponibilizada pelo Banco de Portugal referente a Dezembro de 2016,

o volume de depósitos aumentou 2,3% em Dezembro de 2016 face ao período homólogo de 2015. Para

essa evolução contribuíram o acentuado crescimento dos depósitos de empresas em 8,4% (+8,2 p.p. que

em 2015) e um ligeiro crescimento nos depósitos de particulares em 1,0% (-2,8 p.p. que em 2015).

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1.3.2 Evolução do mercado nacional de crédito (Dezembro 2011 –

Dezembro 2016)

Ao invés, o crédito bruto total concedido a clientes registou um decréscimo de 3,2% em Dezembro de 2016

face ao registado no final de 2015. A quebra mais significativa verificou-se no crédito a empresas (-5,5%),

mas também foi assinalada uma redução no crédito a particulares (-1,6%), ambos face a Dezembro de 2015.

De acordo com a informação divulgada pelo Banco de Portugal, entre Dez.2015 e Dez.2016, o crédito total

reduziu 3,2% com uma quebra percentual mais expressiva (de dois dígitos) no segmento das empresas nas

regiões autónomas e nos distritos de Viana do Castelo, Setúbal e Portalegre. Em Lisboa, o crédito a

empresas caiu 2,6 mil milhões de euros, o que explica mais de 55% da quebra registada no país.

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Analisando detalhadamente o crédito a particulares, verifica-se que o decréscimo deveu-se essencialmente

à diminuição do crédito à habitação (-3,0% em Dezembro de 2016 face ao período homólogo de 2015) que

representa 80,8% do total do crédito a particulares. Relativamente ao crédito vencido de clientes

particulares, esse situou-se nos 3,9%, agravado, principalmente, pelo crédito a outros fins que, ainda assim,

tem vindo a perder peso no agregado de crédito.

No caso do crédito a empresas, o decréscimo de 5,5% deveu-se principalmente à redução do crédito a

empresas do sector da construção, actividades imobiliárias e água e saneamento. Apenas nos sectores da

Valores em milhares de euros

Evolução do crédito total por região - Dez.2016

Particulares Empresas Total Particulares Empresas Total

Aveiro 5.598 2.834 8.432 4,3% -3,9% -5,1% -4,3%

Beja 1.290 442 1.732 0,9% -2,5% -0,7% -2,0%

Braga 6.293 3.467 9.760 5,0% -2,8% -8,9% -5,1%

Bragança 903 264 1.167 0,6% -2,3% 10,9% 0,4%

Castelo Branco 1.437 404 1.841 0,9% -3,7% -1,5% -3,2%

Coimbra 3.833 1.291 5.124 2,6% -3,6% 1,2% -2,4%

Évora 1.676 897 2.573 1,3% -4,1% 26,7% 4,8%

Faro 4.661 1.747 6.408 3,3% -6,9% 1,5% -4,7%

Guarda 879 272 1.151 0,6% -2,9% -5,2% -3,4%

Leiria 4.121 2.489 6.610 3,4% -4,4% -1,5% -3,3%

Lisboa 44.162 43.090 87.252 44,9% 1,7% -5,8% -2,1%

Portalegre 869 276 1.145 0,6% -3,8% -16,1% -7,1%

Porto 17.168 12.246 29.414 15,1% -3,0% -4,1% -3,4%

Santarém 4.024 1.507 5.531 2,8% -3,7% -0,4% -2,8%

Setúbal 9.337 1.769 11.106 5,7% -2,9% -15,2% -5,1%

Viana do Castelo 1.641 488 2.129 1,1% -3,3% -24,2% -9,1%

Vila Real 1.337 346 1.683 0,9% -2,5% 4,2% -1,2%

Viseu 2.531 1.084 3.615 1,9% -1,7% 6,3% 0,5%

Reg. Autónoma Açores 2.607 796 3.403 1,8% -4,4% -31,4% -12,5%

Reg. Autónoma Madeira 2.931 1.328 4.259 2,2% -3,8% -14,4% -7,4%

Total 117.296 77.037 194.335 100% -1,6% -5,5% -3,2%

Fonte: Banco de Portugal

Crédito Peso total

%

Var. Homóloga

Evolução do mercado de crédito a particulares por tipologia - Dez.2016

Tipologia Volume de crédito (M€) Var. Homóloga Peso total % Crédito vencido %

Habitação 94.780 -3,0% 80,8% 2,5%

Consumo 13.725 12,7% 11,7% 6,2%

Outros fins 8.792 -5,8% 7,5% 15,4%

Total 117.297 -1,6% 100% 3,9%Fonte: Banco de Portugal

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agricultura e pescas, alojamento e restauração, saúde e apoio social e indústrias extractivas foi possível

verificar um aumento do crédito concedido (5,0%, 2,7%, 1,4% e 0,8%, respectivamente).

Relativamente ao crédito vencido a empresas, este situou-se nos 15,7%, sendo que os sectores com maior

incumprimento continuam a ser o da construção, do comércio, das actividades imobiliárias e das indústrias

extractivas, que mantêm elevada representatividade no total do crédito a empresas.

Actividade económica Var. Homóloga Total Crédito Peso %% Crédito

Vencido

Agricultura e Pescas 5,0% 2.294 3,0% 5,9%

Indústrias Extractivas 0,8% 256 0,3% 10,5%

Indústrias Transformadoras -0,3% 12.844 16,7% 10,1%

Energia -8,1% 2.313 3,0% 0,7%

Água e Saneamento -12,3% 1.358 1,8% 2,0%

Construção -11,8% 11.343 14,7% 35,8%

Comércio -0,9% 12.127 15,7% 14,6%

Transporte e Armazenagem -5,3% 6.837 8,9% 7,5%

Alojamento e Restauração 2,7% 4.567 5,9% 10,4%

Actividades Imobiliárias -15,2% 9.508 12,3% 25,6%

Saúde e Apoio Social 1,4% 1.291 1,7% 4,7%

Outros -4,7% 12.298 16,0% 10,4%

Total -5,5% 77.037 100% 15,7%

Fonte: Banco de Portugal

Valores em milhões de euros

Evolução do mercado de crédito a empresas por CAE - Dez.2016

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1.4 MERCADOS FINANCEIROS

Mercados accionistas

No final do primeiro trimestre de 2016, o sentimento global de aversão ao risco perdeu força. O BCE

reforçou a sua política monetária acomodatícia. A China apresentou uma nova série de medidas de

estímulos e controlo do valor da sua moeda. Os EUA divulgaram dados económicos prometedores e a

Reserva Federal Americana indicou que iria adiar uma subida das taxas de juro. Ainda assim, excluindo os

índices americanos e britânicos, a quase totalidade dos principais índices accionistas registou perdas

superiores a 10%, particularmente relevantes nos mercados asiáticos. Com desvalorizações desta

magnitude, este acabou por ser o pior arranque de ano para as bolsas desde 2008.

A finalizar a primeira metade do ano, o resultado do referendo realizado no Reino Unido retirou um valor

recorde de $3 biliões dos mercados globais em apenas dois dias, levando a uma queda abrupta dos índices

accionistas. Em contraposição, as perspectivas de políticas mais expansionistas nos EUA com a vitória de

Trump nas eleições americanas, a recuperação dos preços do petróleo e uma actividade económica

resiliente levaram os índices americanos a atingirem novos máximos históricos no final de 2016, com o Dow

Jones, S&P 500 e Nasdaq a registarem valorizações anuais de 15%, 12% e 9%, respectivamente.

Os factores que foram afectando a Europa ao longo do ano, combinados com os dados económicos pouco

surpreendentes, embora positivos, levaram as bolsas da Europa a terem um desempenho mais contido. Em

termos anuais o Stoxx 600 registou uma perda de 1,2%, mas o DAX alemão teve uma evolução bastante

positiva (+6,87%). Os países da periferia foram os mais vulneráveis aos desenvolvimentos na Europa, com

o PSI 20 e o índice de referência italiano a registarem perdas de 11,9% e 10,2%, respectivamente. Em

Espanha a descida não foi tão acentuada (-2%).

Mercados monetários - Taxas de câmbio e taxas de juro de referência

Em 2016, foram registadas quedas do euro (EUR) face ao dólar (USD), pelo terceiro ano consecutivo, algo

que não acontecia desde finais de 2001. Num período marcado pela disparidade entre as políticas

monetárias do BCE e da FED, o Euro recuou 2,9% para os 1,0539 USD no final do ano, tendo chegado a

negociar em mínimos de Dezembro de 2002.

0,62

0,95

1,28

1,781,66

1,87

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

1,40

1,60

1,80

2,00

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Índices Accionistas (base 2010)

PSI 20 IBEX 35 CAC 40 SP 500 DAX NIKKEI

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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O resultado do Brexit afectou significativamente a libra esterlina, tendo esta tido um dos piores

desempenhos em 2016, tendo-se fixado a cotação nos 1,2340 USD. Num contexto de elevada incerteza, o

Iene continuou a representar o seu papel de moeda refúgio e, em 2016, o USD perdeu terreno face ao Iene,

caindo 2,97% e com cada USD a valer 116,96 Ienes no final do ano.

Não obstante a desvalorização face ao Iene, o USD, em relação ao índice de referência das principais

moedas mundiais (DXY), ultrapassou os 103 pontos em Dezembro, valor que não era registado desde final

de 2002 (dando a 2016 a denominação de “o ano da nota verde”).

No que se refere ao mercado monetário na Zona Euro, verificou-se ao longo de todo o ano a progressiva

descida das taxas Euribor. No final do ano, a taxa Euribor a um mês estava a -0,368% e a Euribor a 1 ano

apresentava o valor de -0,082%. Nos EUA, as taxas LIBOR do USD até um ano acabaram por subir ao longo

do ano, tendo apresentado o valor de 1,686% no final do ano de 2016.

Matérias-primas

Os primeiros seis meses do ano foram marcados por uma subida dos preços à vista (“spot”) nos mercados

das matérias-primas (commodities) que reacenderam o interesse dos investidores. O ouro, em particular,

liderou o caminho, a ganhar quase 20% nos primeiros 6 meses do ano. Os preços do petróleo subiram de

US$39 por barril no final de Março para quase US$50 por barril no final de Junho. Os produtos agrícolas,

como a soja, o açúcar, o milho e o algodão, também apresentaram ganhos no segundo trimestre.

-0,32

0,00

0,75

0,25

-0,6

-0,4

-0,2

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

1,4

1,6

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Taxas de referência nos Mercados Monetários

Euribor 3M Taxa BCE Taxa FED Taxa BOE

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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Na segunda metade de 2016 verificou-se uma evolução mais moderada dos preços das matérias primas. O

Brexit enviou ondas de choque para todos os mercados do mundo, tendo os investidores convergido para

o ouro, como activo de refúgio, o que permitiu uma valorização de 8,2% nas semanas seguintes à votação.

Após as eleições presidenciais americanas o ouro acabou por perder parte do seu valor, tendo encerrado o

ano a valorizar 9,33% em 2016.

No final do 3º trimestre, a OPEP decidiu que a produção de crude seria cortada a partir de Janeiro de 2017,

conduzindo a uma subida dos preços do petróleo. O Brent do Mar do Norte registou um ganho de 52% nos

12 meses do ano, fechando com uma cotação de US$56,82 por barril. Já o West Texas Intermediate

observou um rendimento anual de 45%, encerrando o ano a US$53,72 por barril.

Mercado obrigacionista

A dívida portuguesa teve um dos piores desempenhos na Zona Euro. Em 2016, a taxa da dívida soberana a

dez anos aumentou 1,25 p.p., de 2,516% para 3,764%. A subida do prémio de risco foi ainda mais

acentuada, exigindo o mercado um prémio de 356 pontos base face à dívida alemã, referência na Zona

Euro.

As obrigações italianas sofreram também uma subida anual das suas yields, a primeira desde a crise da

dívida em 2011. No prazo de 10 anos a dívida soberana italiana subiu de 1,592% no início do ano para os

1,812% no final do ano (+ 22 pontos base), ao contrário da dívida espanhola que, para a mesma maturidade,

registou uma descida de 1,766% no início do ano para os 1,380% no final do ano (-38,6 p.b.).

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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A dívida alemã foi um dos activos com melhor desempenho em 2016, pois, para uma maturidade a 10 anos,

os títulos começaram o ano com uma yield de 0,629% e acabaram o ano com uma yield de 0,208%,

registando uma variação de -42,1 pontos base. A meio do ano, o rendimento da dívida alemã entrou mesmo

em terreno negativo, chegando a yield a 10 anos a atingir o valor de -0,190%. Do outro lado do Atlântico,

nos EUA, a yield das obrigações da dívida soberana americana a 10 anos iniciou o ano com uma yield de

2,273% e encerrou o ano com os 2,446% (+17,3 pontos base).

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1.5 PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS PARA 2017 A evolução das economias europeias e a instabilidade política e económica, fruto das futuras eleições em

França e na Holanda e da implementação do Brexit, constituem os grandes focos de preocupação para

2017. A eleição de governos extremistas e antieuropeístas nos países referidos juntamente com a

concretização da saída do Reino Unido da União Europeia podem significar, segundo analistas

internacionais, o fim da União Europeia, com riscos incalculáveis nas economias dos países que dela fazem

parte. A este factor externo, junta-se outro relacionado com a eleição de Donald Trump como Presidente

dos EUA, que criou uma tensão internacional e instabilidade geopolítica que poderá trazer maior incerteza

quanto à evolução económica mundial para os próximos anos.

O ano de 2017 será mais um ano marcado pela regulamentação e diversas exigências impostas ao sector

financeiro, tanto para a banca europeia, através do Banco Central Europeu (BCE), como para a banca

nacional por intermédio do Banco de Portugal (BdP).

No início de 2017, o Banco de Portugal apontou quatro grandes desafios com que o sistema bancário

nacional se defronta actualmente, são eles:

i. melhorar de forma sustentada a sua rendibilidade;

ii. adaptar-se às novas exigências regulatórias e assegurar a sua observância;

iii. introduzir alterações no modelo de governo e na cultura organizacional que permitam recuperar a

confiança dos stakeholders; e

iv. investir em inovação em termos operacionais e ao nível da prestação de serviços aos clientes.

No imediato, o reforço da rendibilidade dos bancos é o desafio primordial para gerar capital interno e para

atrair capital externo e, desse modo, criar as condições que permitam pôr em prática estratégias de:

i. redução do peso dos activos improdutivos (crédito e imóveis) nos balanços;

ii. reavaliação dos modelos de negócio com vista a torná-los mais eficientes (eliminação do

“overbanking”) e ajustados ao novo paradigma de banca digital; e

iii. mudança cultural e de comportamentos com vista a recuperar a confiança e a estabilidade de todos

os stakeholders.

Para além dos dois reguladores acima mencionados, as instituições de crédito e as sociedades financeiras

estão também abrangidas pela regulamentação emitida pelas autoridades reguladoras do mercado de

capitais e das actividades de investimento (e.g. ESMA3, CMVM), estando neste âmbito abrangidas por novos

requisitos e regulamentos, em implementação nacional e em consulta, o que naturalmente inclui o Grupo

Crédito Agrícola.

3 European Securities and Markets Authority

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II. CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE

2.1 RESULTADO E BALANÇO 2.1.1 Análise Financeira do Negócio Bancário do Grupo CA (SICAM)

Nota: Os dados económico-financeiros apresentados para o SICAM (Caixa Central e Caixas Associadas),

referentes ao exercício de 2016, constituem valores provisórios e não auditados.

Balanço

Em milhares de euros

Abs. %

Activo

Disponibilidades 421.057 415.824 -5.233 -1,2%

Aplicações em Instituições de Crédito 94.827 6.035 -88.792 -93,6%

Crédito a Clientes (líquido) 7.577.775 7.997.636 419.860 5,5%

Crédito a Clientes (bruto) 8.429.644 8.713.284 283.640 3,4%

Provisões / Imparidades Acumuladas 851.869 715.648 -136.221 -16,0%

Aplicações em Títulos (líquido) 3.729.604 5.311.976 1.582.371 42,4%

Activos não correntes detidos para venda 445.441 395.045 -50.396 -11,3%

Invest. Filiais, Tangíveis e Intangíveis 330.958 320.780 -10.178 -3,1%

Outros Activos 460.129 433.319 -26.810 -5,8%

Total Activo 13.059.792 14.880.614 1.820.822 13,9%

Passivo

Recursos de bancos centrais e OIC 625.817 1.578.903 953.086 152,3%

Recursos de Clientes 10.969.821 11.770.738 800.917 7,3%

Passivos Subordinados 120.409 116.534 -3.876 -3,2%

Outros Passivos 171.118 187.064 15.946 9,3%

Total Passivo 11.887.166 13.653.239 1.766.073 14,9%

Capitais Próprios 1.172.626 1.227.375 54.749 4,7%

Total do Capital Próprio + Passivo 13.059.792 14.880.614 1.820.822 13,9%

2015 2016Variação

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Após 2 anos de recuperação económica moderada em Portugal, o ano de 2016 veio abrandar ligeiramente

a trajectória iniciada em 2014 com o Banco de Portugal, no Boletim Económico de Dezembro, a apontar

para um crescimento do PIB de 1,2% 4 , valor aquém dos 1,6% registados em 2015. A ausência de

convergência real face à área do euro vem reflectindo a persistência de constrangimentos estruturais ao

crescimento da economia portuguesa, no qual assumem uma relevância especial os elevados níveis de

endividamento dos sectores público e privado, uma evolução demográfica desfavorável e a persistência de

ineficiências nos mercados do trabalho e do produto que requerem a continuação do processo de reformas

estruturais. O forte dinamismo do consumo registado nos últimos anos esteve associado à despesa em bens

duradouros, resultante em parte da concretização de decisões adiadas durante a recessão de 2011-2013.

Apesar do aumento da procura interna em 2016, assistiu-se à redução do nível de alavancagem da

economia (famílias, SNF5 e sector público) e à redução homóloga do crédito concedido (-2,7%).

4 Para 2017 e 2018, prevê-se um crescimento de 1,4% e 1,5%, respectivamente. Fonte: Boletim Económico do Banco de Portugal

(Dez.2016).

5 Sociedades não financeiras.

Demonstração de Resultados

Em milhares de euros

Abs. %

Juros e rendimentos similares 400.181 396.270 -3.912 -1,0%

Juros e encargos similares 155.052 120.256 -34.795 -22,4%

Margem Financeira 245.129 276.013 30.884 12,6%

Comissões líquidas 130.193 138.192 7.999 6,1%

Result. de operações financeiras 98.912 38.561 -60.351 -61,0%

Outros resultados de exploração (*) 28.523 21.766 -6.756 -23,7%

Produto Bancário 502.756 474.532 -28.225 -5,6%

Custos de Estrutura 300.838 313.331 12.493 4,2%

Custos de pessoal 166.516 175.410 8.895 5,3%

Gastos gerais administrativos 121.152 124.682 3.530 2,9%

Amortizações 13.170 13.238 68 0,5%

Provisões e imparidades 126.902 56.123 -70.778 -55,8%

Resultado antes de impostos 75.017 105.078 30.060 40,1%

Impostos, após correc. e diferidos 18.706 33.020 14.314 76,5%

Resultado Líquido 56.311 72.057 15.746 28,0%

Variação2015 2016

(*) Inclui rendimentos de instrumentos de capital, resultados de reavaliação cambial, resultados de alienação de outros activos e

outros resultados de exploração.

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Em 2016, o Crédito Agrícola apresentou um resultado líquido proveniente do negócio bancário (SICAM) de

cerca de 72,1 milhões de euros que representa um aumento de 16 milhões de euros face aos 56,3 milhões

de euros alcançados em 2015.

Apesar do resultado líquido do SICAM em 2016 ser significativamente superior ao do ano anterior, o

produto bancário registou, em sentido inverso, uma quebra de 5,6%. Esta quebra resulta sobretudo de uma

redução significativa dos resultados de activos financeiros disponíveis para venda (-61,0%) e foi

parcialmente compensada através do aumento da margem financeira e das comissões líquidas em 12,6% e

6,1%, respectivamente.

A margem financeira do SICAM aumentou de 12,6%, passando de 245 milhões de euros em 2015 para 276

milhões de euros em 2016, e esta variação positiva resultou do efeito da redução das taxas de remuneração

(dos novos depósitos e das renovações) ainda que aplicado a um volume de depósitos superior ao registado

no período homólogo.

1,5

24,5

56,3

72,1

2013 2014 2015 2016

Evolução do Resultado líquido(em milhões de euros)

Valores em milhões de euros

31-mar-16 30-jun-16 30-set-16 31-dez-16

Caixas Associadas 25,5 36,2 56,1 80,6

Caixa Central 5,3 -13,8 -13,7 -9,3

SICAM (Consolidado) 30,9 22,9 42,8 72,1

Evolução do Resultado Líquido

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Margem Financeira 248 245 276 31 12,6%

Margem Complementar, da qual: 306 258 199 -59 -22,9%

Comissões líquidas 129 130 138 8 6,1%

Resultado de operações financeiras 171 98,9 38,6 -60 -61,0%

Outros resultados de exploração 7 29 22 -7 -23,7%

Produto Bancário 554 503 475 -28 -5,6%

Decomposição do Produto Bancário - SICAM

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É ainda de realçar que a Caixa Central em 2016 efectuou um esforço de redução remuneração dos recursos

das Caixas Associadas com vista a reduzir a pressão sobre a margem financeira da Caixa Central, ainda assim

acima dos níveis praticados no mercado, sacrificando a sua margem financeira. Contudo, as remunerações

têm vindo a reduzir, convergindo para taxas semelhantes às praticadas no mercado. De qualquer forma é

inevitável que este processo de convergência com o mercado se mantenha em 2017, o que implicará

desafios acrescidos de rentabilidade para as Caixas Associadas.

Quanto aos custos de estrutura do SICAM, verificou-se um aumento de 4,2% (12,4 milhões de euros). Este

agravamento justifica-se pelo aumento dos custos com o pessoal em 8,9 milhões de euros (+5,3%) e dos

gastos gerais administrativos em 3,5 milhões de euros (+2,9%).

Numa análise à variação homóloga com referência aos 12 meses de 2016, verifica-se:

Valores em milhões de euros

Margem

Financeira

Comissões

Líquidas

Res. Op.

Financeiras

Margem

Complementar

Produto

Bancário

Caixas Associadas 256 117 0 138 394

Caixa Central 20 21 35 37 78

SICAM (Consolidado) 276 138 39 199 475

Produto Bancário - SICAM

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Custos de Estrutura 300 301 313 12 4,2%

Custos de Pessoal 165 167 175 9 5,3%

Gastos Gerais Administativos 121 121 125 4 2,9%

Amortizações 14 13 13 0 0,5%

Evolução dos Custos de Estrutura - SICAM

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i. no agregado das 82 Caixas Associadas, um agravamento de 5,9% nos custos com pessoal (de 140,7

milhões de euros para 149,0 milhões de euros), explicado pela entrada em vigor dos novos

mandatos (2016-2018) e da associada promoção de quadros qualificados a titulares de funções em

órgão sociais e de fiscalização, e de 1,6% nos gastos gerais administrativos (de 103,6 milhões de

euros para 105,3 milhões de euros); e

ii. na Caixa Central, um agravamento de 0,1% nos custos com pessoal (de 25,8 milhões de euros para

25,8 milhões de euros) e de 11,0% nos gastos gerais administrativos (de 19,0 milhões de euros para

21,1 milhões de euros).

Numa análise mais detalhada, é possível verificar que as rubricas que mais contribuíram para o

agravamento dos custos com pessoal nas Caixas Associadas, no valor de 8,3 milhões de euros, respeitam

ao fundo de pensões (+4,0 milhões de euros), às remunerações com os órgãos sociais de gestão e de

fiscalização (+3,0 milhões de euros) e encargos associados. Na Caixa Central, os gastos com pessoal

mantiveram-se em linha com o período homólogo, ainda que se tenha registado um agravamento na

rubrica de indemnizações contratuais.

As rubricas que mais contribuíram para o agravamento dos gastos gerais administrativos foram:

- na Caixa Central, o acréscimo de 2,1 milhões de euros respeita essencialmente aos serviços da SIBS (ex. cartões), aos custos judiciais, de contencioso e de notariado, às avenças e honorários (ex. recuperação de crédito, alienação de créditos não produtivos) e aos custos com formação; e

- nas Caixas Associadas, o acréscimo de 1,7 milhões de euros respeita essencialmente à publicidade, aos serviços de auditoria, aos serviços da SIBS (ex. meios de pagamento e outros serviços), às comunicações obrigatórias para clientes (expedição) e aos seguros (ex. imóveis em dação).

O crédito a clientes aumentou 3,4% com o crédito a empresas e administração pública a crescer 5,0% e o

crédito a particulares a crescer 1,4% face a 2015.

A carteira de crédito do Grupo Crédito Agrícola regista, desde 2014, uma assinalável melhoria ao nível do

seu perfil de risco, em particular no segundo semestre de 2016, ao verificar uma redução muito significativa

do crédito vencido em cerca de 121 milhões de euros (o que representa um decréscimo de cerca de 18%)

relativamente ao final de 2015, com o segmento da habitação e o crédito empresarial a serem os principais

responsáveis pelo desagravamento dos níveis de sinistralidade da carteira, tendo para tal contribuído uma

actuação ainda mais eficaz na abordagem do Grupo CA às actividades de acompanhamento e recuperação

de crédito e nos procedimentos de abate ao activo (write-offs).

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Crédito bruto 8.147 8.430 8.713 284 3,4%

Provisões / Imparidades 838 852 716 -136 -16,0%

Crédito líquido 7.310 7.578 7.998 420 5,5%

Evolução do Crédito a Clientes

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Em 2016 verificou-se uma substancial redução das necessidades de provisionamento / reforço das

imparidades da carteira de crédito. Em relação ao rácio de cobertura do crédito vencido registou-se um

aumento, passando de 128% em 2015 para 131% em 2016, prosseguindo o Crédito Agrícola com uma

gestão sã e prudente no que respeita a esta matéria.

Relativamente à estrutura de balanço, registou-se um aumento de 13,9% no activo total do SICAM que

passou de 13.060 milhões de euros em 2015 para 14.881 milhões de euros em 2016, contribuindo para este

crescimento do activo líquido o aumento do crédito a clientes de 3,4% (284 milhões de euros) e o aumento

das aplicações em títulos (+1,6 mil milhões de euros).

O passivo total do SICAM aumentou cerca de 1,8 mil milhões de euros, por conta do aumento de recursos

em bancos centrais (953 milhões de euros, i.e. +152%) e por via de aumento de recursos de clientes (801

milhões de euros, i.e. +7,3%).

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Crédito total sobre clientes 8.147 8.430 8.713 284 3,4%

Crédito e juros vencidos (total) 672 668 547 -121 -18,1%

Crédito e juros vencidos < 90d 28 18 14 -4 -21,9%

Crédito e juros vencidos > 90d 644 650 533 -117 -18,0%

Rácio de CV > 90d 8,0% 7,8% 6,2% -1,6 p.p. n.a.

Evolução do Rácio de Crédito Vencido

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Correcção de valor em crédito de clientes 160 82 -8 -89 -109,3%

Imparidade de outros activos 40 45 64 19 41,5%

Provisões e imparidades do exercício 201 127 56 -71 -55,8%

Provisões e imparidades (stock) 838 852 716 -136 -16,0%

Rácio de cobertura do crédito vencido 125% 128% 131% 3,30 p.p. -

Evolução das Provisões/Imparidades

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Salienta-se a evolução negativa do rácio de transformação que, em 2016 face a 2015, registou um

decréscimo de 1,1 p.p. (de 69,1% para 67,9%). Este nível de transformação fica muito aquém da média do

sistema bancário e dos limites regulamentares, sendo apenas justificado pelo facto do mercado procurar o

Crédito Agrícola enquanto banco-refúgio para aforro.

Valores em milhões de euros

Activo PassivoCapitais

Próprios

Caixas Associadas 13.837 12.539 1.297

Caixa Central 7.964 7.735 229

SICAM (Consolidado) 14.881 13.653 1.227

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Crédito a Clientes (líquido) 7.310 7.578 7.998 420 5,5%

Recursos de Clientes 10.620 10.970 11.771 801 7,3%

Rácio de Transformação 68,8% 69,1% 67,9% -1,1 p.p. -

Evolução do crédito e recursos de clientes

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2.1.2 Outros Factos Relevantes

1.1

O reconhecimento da Marca CA por parte do público, como sendo forte, credível e de confiança; os prémios

obtidos, no ano 2016, enquanto “Melhor Banco no Serviço de Atendimento ao Cliente” e “O Banco Mais

Recomendado e com os Clientes Mais Satisfeitos”; e o facto do SICAM se encontrar entre as instituições

menos reclamadas no sistema bancário6, permitem afirmar o bom desempenho do Crédito Agrícola em

2016.

Este reconhecimento não se restringe ao negócio bancário, estendendo-se às Seguradoras e à Gestora de

Activos do Grupo. Pelo sexto ano consecutivo, a CA Seguros foi reconhecida como “A Melhor Seguradora

Não Vida do seu segmento de dimensão”7. Por seu lado, a CA Vida foi premiada como “A Melhor Grande

Seguradora do Ramo Vida”8. A CA Vida ainda os rankings de Lealdade do Cliente e de Imagem, duas

classificações obtidas no Índice Nacional de Satisfação do Cliente do ECSI Portugal 2016.

O Crédito Agrícola tem participado e desenvolvido acções de promoção junto de empresas, donde se

destacam:

• O ciclo de seminários sobre o tema empreendedorismo, enquadrado na 3ª edição do “Prémio

Empreendedorismo e Inovação”, acentuando o posicionamento de grupo financeiro que aposta e

reconhece o tecido empresarial português;

• O workshop “Cooperar para Exportar” dirigido a empresários e produtores do sector hortofrutícola;

• A homenagem às empresas clientes CA com o estatuto de PME Líder e PME Excelência em 2015,

realizada pelo terceiro ano consecutivo, num evento que sublinha o contributo das Empresas,

Clientes do Grupo, para a competitividade e crescimento da economia portuguesa;

• O concurso de Vinhos do Crédito Agrícola, que decorreu pelo terceiro ano consecutivo, realizado

juntamente com a Associação dos Escanções de Portugal, destinado a Produtores e Cooperativas

de todas as regiões vitivinícolas do país. As cerimónias de entrega de prémios decorreram na Estufa-

Fria, em Lisboa.

Inauguração da 1ª Agência na Madeira

No âmbito da sua estratégia de cobertura total do território nacional, foi inaugurada uma agência no

Funchal, dando início à actividade de retalho na Região Autónoma da Madeira pelo Crédito Agrícola.

6 Segundo dados do relatório de supervisão comportamental do Banco de Portugal (1ºS’2016), o Crédito Agrícola (SICAM) apresenta 2

reclamações por cada 100 mil contas de depósitos à ordem enquanto a média do sistema atingiu as 11.

7 Prémio atribuído pela revista Exame em parceria com a Deloitte e Informa D&B.

8 Estudo elaborado pela EY e a Ignios e divulgado na Star Company, uma edição especial do jornal Dinheiro Vivo, distribuída com o

Diário de Notícias e o Jornal de Notícias.

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A cerimónia de inauguração da Agência,

realizada em Outubro de 2016, contou

com a presença de diversas entidades

locais, entre elas o Presidente do

Governo Regional da Madeira, Miguel

Albuquerque.

Dada a importância que a nova Agência

representa para o Grupo CA, foi desenvolvida uma Campanha Publicitária com o claim “Nunca Estivemos

Tão Próximos”. A campanha presente em TV, Rádio, Imprensa e Mupis da Região, revelava Sílvia Alberto a

retirar o Canotier, num gesto de cumprimento à chegada à Madeira.

No domínio da gestão de activos, o Crédito Agrícola conseguiu obter a melhor rendibilidade em três dos

seus Fundos de Investimento Mobiliários nas respectivas categorias, um deles pelo oitavo ano consecutivo

segundo rendibilidades divulgadas pela Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e

Património. O CA Monetário, Fundo de Investimento Mobiliário Aberto do Mercado Monetário, com um

nível de risco um (numa escala de um a sete) e uma rendibilidade de 0,10% em 2016, consegue, pelo oitavo

ano consecutivo, o primeiro lugar na categoria Fundos do Mercado Monetário Euro. O CA Rendimento,

Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de Obrigações, com um nível de risco dois e uma rendibilidade

de 2,25% em 2016, foi o vencedor da categoria Fundos do Obrigações de Taxa Indexada Euro pelo quarto

ano consecutivo. Em 2016, pela primeira vez, o CA Alternativo, Fundo de Investimento Alternativo Aberto

Flexível, foi o vencedor da categoria Fundos Alternativos Flexíveis, ISRR 3. Trata-se de um fundo de

investimento com um nível de risco de três e uma rendibilidade de 4,20% em 2016.

O serviço Balcão 24 (B24) terminou o ano 2016 com 258 serviços em funcionamento, representando um

crescimento homólogo de 4% nos serviços inicializados. O número de transacções nos B24 registou um

crescimento de 7% face ao período homólogo. A taxa média de transferência das transacções encontra-se

acima dos 37% (mais 3,41 p.p. face a 2015). A evolução semestral do volume de transacções – operações e

consultas – realizadas no serviço B24, registou em 2016, um crescimento de 8% e 6% respectivamente, em

comparação com iguais períodos de 2015.

No ano 2016, o parque de ATM do Crédito Agrícola registou um aumento de 2%, passando de 1.497 para

1.520 (valores em final de período). Esta situação permitiu reforçar a quota de mercado do Grupo CA na

rede SIBS em 0,45 p.p.. No que se refere ao número de transacções em ATM do Crédito Agrícola registou-

se uma subida de 6%, registando-se mais de 86 milhões de transacções.

Em 2016, o parque de TPA do Crédito Agrícola cresceu 11%, totalizando os 20.749 TPA activos. O número

de transacções subiu 18% face a 2015, tendo-se registado cerca de 44 milhões de transacções.

Em termos homólogos, em 2016, verificou-se um aumento da carteira de cartões de pagamento a débito

do Crédito Agrícola de 4,4% e uma redução da carteira de cartões de pagamento a crédito do Crédito

Agrícola de 7,5%. Esta evolução originou um incremento da quota de mercado do Crédito Agrícola de 0,6

p.p. nos cartões de débito e uma perda de 0,3 p.p. nos cartões crédito.

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No sentido de dinamizar a actividade comercial das CCAM, estabeleceram-se protocolos e parcerias

comerciais e de colaboração, tendo sido concretizados acordos e realizadas iniciativas conjuntas com várias

entidades privadas e institucionais, entre as quais se destacam:

• ANDC - Associação Nacional Direito ao Crédito;

• ENERGIE – Energia solar termodinâmica;

• CPPME - Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas;

• ARAN - Associação Nacional do Ramo Automóvel;

• Minha Terra - Federação Portuguesa de Associações de Desenvolvimento Local;

• ACBM - Associação de Criadores de Bovinos Mertolengos;

• AGROPORTAL – a porta do mundo rural; e

• Telemédia – Para destaque na Loja CA para vinhos, azeites e outros produtos de Associado.

No ano de 2016 incentivou-se o acompanhamento e dinamização de campanhas, com o objectivo de

contribuir para um crescente envolvimento de todos os colaboradores com funções comerciais na

comercialização de produtos estratégicos e dirigidos aos segmentos alvo.

Com a utilização das redes sociais “facebook” e “instagram” o Crédito Agrícola tem vindo a reforçar a sua

presença junto de um público mais jovem, tendo atingido cerca de 90.000 fãs no facebook no final de 2016.

Decorridos 7 anos de transmissão do programa de actualidade financeira,

constatámos que este patrocínio permitiu impactar mais de 1.300.000

telespectadores por ano, alavancando assim a notoriedade da marca CA.

Em 2016 o Grupo Crédito Agrícola manteve a sua política de continuidade estratégica de patrocínios a

alguns desportistas, modalidades e eventos, como sejam:

• Teresa Almeida, Campeã do Mundo de Bodyboard em 2014;

• Mário Patrão, Campeão Nacional de TT e da classe “Maratona” no Rali

Dakar 2016, em motociclismo;

• João Ruivo, Vice-Campeão Nacional de Rali na Categoria I;

• Alcobaça Club de Ciclismo, com destaque para o Ciclista Pedro Lopes por

ter alcançado o título de Campeão Nacional de Contra-relógio, na

categoria de cadetes;

• 34ª Volta ao Alentejo em Bicicleta.

A longo do ano o Crédito Agrícola marcou presença em diversas feiras e eventos, entre os quais, o Salão

Imobiliário de Portugal (SIL), Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas (SISAB), PORTUGAL AGRO,

Fruit Logistica e Fruit Attraction.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 30

ANÁLISE FINANCEIRA DA CCAM DO MÉDIO AVE

O Activo líquido atingiu no final de 2016 o valor de 160.024.905€, o que representou um crescimento de

11,70% face ao período homólogo.

As rubricas de maior expressão, Aplicações em Instituições de Crédito e Crédito a Clientes, representam

92,43% do activo.

As Aplicações em Instituições de Crédito, constituídas em exclusivo na Caixa Central, continuam a

apresentar valores elevados e registaram um aumento significativo de 13,50%.

A carteira de crédito teve uma evolução positiva de 11,87%, Embora já em 2015 se tenha verificado um

crescimento bastante razoável da carteira de crédito, em 2016 esse crescimento foi ainda mais acentuado

e bastante acima da média do SICAM (5,5%).

Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais 1.090.054 1.100.698 1.149.857 49.159 4,47%

Disponibilidades em outras Instituições de Crédito 2.528.976 4.534.125 2.882.485 (1.651.641) -36,43%

Activos financeiros disponíveis para Venda 136.141 136.222 82 0,06%

Aplicações em Instituições de Crédito 52.445.528 58.334.982 66.208.067 7.873.085 13,50%

Crédito a Clientes (valor líquido) 65.436.429 71.512.990 81.702.017 10.189.028 14,25%

348.753 348.753

Activos não correntes detidos para venda (valor líquido) 970.854 857.943 626.078 (231.865) -27,03%

Outros Activos tangíveis (valor líquido) 2.340.520 2.420.147 2.831.962 411.815 17,02%

Investimentos em filiais e associadas 2.196.232 2.196.232 2.196.232 - 0,00%

Activos por impostos diferidos 660.516 585.945 302.870 (283.076) -48,31%

Outros activos 1.553.807 1.577.807 1.640.361 62.554 3,96%

Total do Activo (líquido) 129.222.915 143.257.010 160.024.905 16.767.895 11,70%

Recursos de outras Instituições de Crédito 517.497 6.018.687 12.200.106 6.181.420 102,70%

Recursos de clientes e outros empréstimos 115.533.274 122.819.342 132.269.761 9.450.419 7,69%

Provisões 530.275 580.838 669.517 88.678 15,27%

Passivos por Impostos correntes 13.922 50.578 36.656 263,29%

Passivos por Impostos diferidos 7.008 6.738 6.467 (271) -4,02%

Instrumentos representativos de capital 55.305 55.305 55.305 - 0,00%

Outros passivos 1.134.471 1.757.394 1.342.534 (414.860) -23,61%

Total do Passivo 117.777.831 131.252.226 146.594.269 15.342.043 11,69%

Capital 9.001.170 9.089.360 9.169.555 80.195 0,88%

Reservas 3.517.805 2.442.303 2.865.680 423.376 17,34%

Resultados transitados (1.391.274) (45.446) (14.533) 30.913 -68,02%

Resultado do exercício 329.424 518.566 1.409.934 891.368 171,89%

Situação Líquida 11.457.124 12.004.784 13.430.636 1.425.852 11,88%

Total do Passivo e do Situação Líquida 129.234.955 143.257.010 160.024.905 16.767.895 11,70%

Variação Abs.

2015/2016

Variação %

2015/2016BALANÇO 2014 2015

Investimento Detidos até à Maturidade

2016

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 31

A carteira de crédito vivo é composta por 40% de crédito a empresas e administrações públicas

(33.536.671€) e 60% de crédito a particulares (50.605.906€).

Continua a ser preponderante o peso do crédito à habitação na carteira de crédito, o qual representa 75%

do crédito concedido a particulares e 45% do total da carteira.

A carteira de crédito vencido, tem-se mantido dentro de valores que permitem cumprir os rácios

recomendados.

A morosidade do nosso sistema Judicial, agravado por todo o processo de reorganização dos tribunais, tem

atrasado a resolução de algumas situações, de recuperação através do contencioso, impedindo uma

melhoria mais significativa deste rácio.

O crédito vencido há mais de noventa dias, concentra cerca de 98,12% do crédito vencido, e representa

3,59% da totalidade do crédito.

Devido à anulação de provisões de valor elevado o rácio de crédito vencido líquido teve um agravamento,

passando de 0,61% em 2015 para 0,9% em 2016, mantendo-se no entanto abaixo do valor recomendado.

Crédito Vivo 65.782.325 72.438.493 81.065.526 8.627.033 11,91%

Crédito Vencido – Classe I (0 a 3 meses) 72.165 257.950 57.946 (200.003) -77,54%

Crédito Vencido (mais de 3 meses) 3.456.496 2.502.677 3.019.205 516.528 20,64%

Crédito Vencido 3.528.661 2.760.626 3.077.051 316.425 11,46%

Rendimentos a Receber 145.944 127.098 141.275,09 14.177 11,15%

Receitas com Rendimento Diferido Associadas ao Crédito (167.156) (186.126) (225.974) (39.848) 21,41%

Total do Crédito a Clientes 69.289.774 75.140.091 84.057.879 8.917.787 11,87%

Provisões para Crédito Vencido (3.067.586) (2.326.540) (2.349.218) (22.678) 0,97%

Provisões para Cobrança Duvidosa (785.759) (1.300.562) (6.643) 1.293.919 -99,49%

Provisões acumuladas sobre crédito de Clientes (3.853.345) (3.627.102) (2.355.861) 1.271.241 -35,05%

Crédito a Clientes (valor líquido) 65.436.429 71.512.990 81.702.017 10.189.028 14,25%

Variação Abs.

2015/2016

Variação %

2015/2016Decomposição Rubrica Crédito a Clientes 2014 2015 2016

Crédito vencido -Indicadores Recomendado 2013 2014 2015 2016

Crédito vencido Total/Crédito Total 6,65% 5,09% 3,67% 3,66%

Crédito vencido + 90 dias/Crédito Total ≤ 5% 6,50% 4,99% 3,33% 3,59%

Crédito vencido líquido/ Crédito Total Liquido ≤ 3% 1,49% 0,71% 0,61% 0,90%

C. Vencido (0 a 3 meses)/crédito vencido 2,31% 2,05% 9,34% 1,88%

C. Vencido (mais de 3 meses)/crédito vencido 97,69% 97,95% 90,66% 98,12%

Grau de cobertura crédito vencido por provisões 79,02% 86,93% 84,28% 76,35%

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 32

Na obtenção destes resultados, salienta-se como de extrema importância o trabalho realizado no âmbito

da gestão de risco e no acompanhamento do crédito.

Na área da recuperação, actuamos com celeridade e em parceria com os clientes, aos primeiros indícios de

dificuldades, na procura de soluções mais adequadas à sua realidade ou eventualmente na reestruturação

das condições dos seus empréstimos, evitando a cobrança judicial.

O crédito vencido está concentrado, 69% nos clientes particulares e 31% em clientes empresas, tendo

ocorrido um desagravamento no segmento de particulares e um agravamento no segmento de empresas.

Dentro de cada segmento o rácio de crédito vencido é mais elevado nos particulares (4,21%) do que nas

empresas (2,83%).

O valor registado em investimentos detidos até à maturidade é decorrente da aquisição de Obrigações

Tesouro, “OTRV Maio 2021”, “OTRV Agosto 2021”, “OTRV Novembro 2021”. Estando as Caixas autorizadas

a aplicar 20% dos seus Fundos Próprios em dívida pública e considerando as rentabilidades oferecidas, foi

entendido ser uma boa aplicação para parte dos excedentes existentes, no entanto dada a elevada procura

e a existência de rateio os valores adquiridos não tiveram a expressão pretendida.

Encontram-se registados na rubrica, activos não correntes disponíveis para venda, dez imóveis adquiridos

em reembolso de crédito. Verificou-se alguma rotatividade na carteira em 2016, tendo sido adquiridos por

esta via três imóveis e realizada a venda de igual número.

Sendo activos improdutivos e com custos de gestão, manutenção e até fiscais elevados, tem sido efectuado

um grande esforço para que a sua venda ocorra com rapidez

Os imóveis destinados a habitação, são de fácil comercialização, existindo apenas um em carteira, e cuja

venda apenas está condicionada pela obtenção de licença de ocupação. Os imóveis existentes destinados

a armazém e comércio e os terrenos, são de venda mais difícil, devido às suas características, localização,

arquitectura, etc, no entanto o mercado imobiliário tem vindo a melhorar, existindo actualmente melhores

perspectivas.

Na rubrica de outros activos tangíveis, destacamos o aumento de 677.000€, decorrente da aquisição de um

edifício situado na praça Mouzinho em V. N. Famalicão, adquirido com o intuito de ser efectuada a sua

reabilitação e adaptação para instalação futura da sede da Caixa.

Particulares 2.710.032 2.272.366 2.128.689 (143.677) -6,32%

Empresas 818.629 488.260 948.362 460.102 94,23%

Total Crédito vencido 3.528.661 2.760.626 3.077.051 316.425 11,46%

Variação Abs.

2015/2016

Variação %

2015/2016Crédito vencido 2014 2015 2016

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 33

O passivo totalizou 146.594.269€ e teve um crescimento de 15.342.043€, sendo que 98,55% do seu valor é

referente a Recursos de Instituições de Crédito e de Clientes.

A rubrica Recursos de outras Instituições de Crédito, regista um depósito a prazo constituído pela Caixa

Central na Caixa.

A rubrica Recursos de clientes é maioritariamente constituída por Depósitos, tendo em 2016 a sua evolução

positiva atingido os 7,82%. A evolução é mais acentuada na componente de Depósitos à Ordem (17,38%)

do que na componente de Depósitos a Prazo e Poupanças (2,13%), Durante muitos anos a percentagem de

depósitos à Ordem rondou os 30% da carteira de Depósitos, nos últimos anos tem sido evidente o reforço

do seu peso chegando aos 40,63% em finais de 2016.

O rácio de transformação (recursos /crédito) evoluiu positivamente (2,58%) face ao ano anterior,

mantendo-se no entanto bastante baixo (63,93%), continuando a verificar-se a necessidade da sua

melhoria.

O capital Social registou as movimentações verificadas nas participações dos associados (subscrições e

resgates de títulos), de que resultou um aumento de 80.195€.

As restantes rubricas da situação líquida tiveram uma variação positiva de 1.345.657€, aumentos

decorrentes da proposta de aplicação dos resultados de 2015, do registo em resultados transitados de

diferenças resultantes da alteração de políticas contabilísticas e dos resultados do exercício.

Recursos IC 517.497 6.018.687 12.200.106 6.181.420 102,70%

Recursos Clientes (Depósitos)

Depósitos à Ordem 39.330.908 45.739.746 53.691.307 7.951.561 17,38%

Depósitos a Prazo e Poupanças 75.672.685 76.831.553 78.464.309 1.632.756 2,13%

Total Depósitos 115.003.593 122.571.299 132.155.617 9.584.318 7,82%

Encargos a Pagar 529.681 248.043 114.144 (133.899) -53,98%

Total Recursos Clientes 115.533.274 122.819.342 144.469.867 21.650.525 17,63%

Depósitos à Ordem/Total Depósitos 34,20% 37,32% 40,63%

Depósitos a Prazo e Poupanças/Total Depósitos 65,80% 62,68% 59,37%

Variação Abs.

2015/2016

Variação %

2015/2016Decomposição Rubrica Recursos 2014 2015 2016

Rácios 2013 2014 2015 2016Variação %

2015/2016

Crédito Total/Depósitos de Clientes 63,66% 60,27% 61,35% 63,67% 2,32%

Aplicações em dívida pública/Depósitos 3,60% 1,08% 0,00% 0,26% 0,26%

Transformação 67,26% 61,35% 61,35% 63,93% 2,58%

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 34

Apesar do crescimento da carteira de depósitos e da carteira de crédito, a margem financeira regista uma

evolução negativa (-4,03%) face a 2015, não tendo a redução dos juros pagos a recursos sido suficiente para

colmatar a deterioração dos juros obtidos dos excedentes de liquidez aplicados na Caixa Central e dos juros

obtidos de crédito.

Contribuíram para essa situação, as reduzidas taxas indexantes do crédito (Euribor) e a redução nos spreads

aplicados na concessão, renovação e renegociação de crédito.

Acresce que a remuneração dos recursos aplicados na Caixa Central, têm vindo a reduzir, convergindo para

taxas semelhantes às praticadas no mercado.

As taxas médias ponderadas do crédito em situação regular desceram no decorrer do ano, de 2,80% em

finais de 2015, para 2,43% em finais de 2016. As taxas médias ponderadas das aplicações na Caixa Central

tiveram um percurso idêntico descendo de 1,21% em finais de 2015 para 0,77% em finais de 2016. A taxa

média dos activos passou de 2,08% para 1,65%, representando uma diminuição 0,43%.

As taxas dos recursos dado se situarem em níveis muito baixos, não sofreram o mesmo impacto, o

decréscimo ocorrido na sua remuneração foi de 0,16%. No final de 2015 a taxa média dos recursos era de

0,35% e no final de 2016, 0,19%.

Juros e rendimentos similares 3.830.717 3.249.474 2.648.607 (600.867) -18,49%

Juros e encargos similares (1.363.187) 791.110 289.319 (501.791) -63,43%

Margem Financeira 2.467.530 2.458.363 2.359.287 (99.076) -4,03%

Rendimentos de Instrumentos de Capital 353 354 363 9 2,55%

Rendimentos de serviços e comissões 1.626.984 1.658.491 1.792.011 133.520 8,05%

Encargos de serviços e comissões (176.753) (189.189) (211.037) (21.847) 11,55%

Resultados de reavaliação cambial 2.113 2.390 2.787 397 16,61%

Resultados de alienação de outros. activos 27.712 20.280 (404) (20.684) -101,99%

Outros resultados de exploração 53.504 (1.315) 70.570 71.885 -5466,71%

Produto Bancário 4.001.443 3.949.374 4.013.577 64.203 1,63%

Custos com o pessoal (1.640.479) 1.716.932 1.776.843 59.910 3,49%

Gastos Gerais Administrativos (1.213.871) 1.254.811 1.273.951 19.140 1,53%

Amortizações do exercício (141.595) 145.189 121.268 (23.922) -16,48%

Provisões líquidas de rep. Anulações (5.695) 50.563 88.678 38.115 75,38%

Correcções assoc. ao crédito a clientes (329.880) 32.886 (1.268.220) (1.301.106) -3956,41%

Imparidade de outros activos (60.309) 22.738 178.146 155.407 683,46%

Resultado Antes de Impostos 609.614 726.253 1.842.911 1.116.658 153,76%

Impostos Correntes (111.607) 133.387 150.172 16.786 12,58%

Impostos Diferidos (168.584) 74.300 282.805 208.505 280,63%

Resultado Líquido 329.424 518.566 1.409.934 891.368 171,89%

Variação Abs.

2015/2016

Variação %

2015/2016DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS 2014 2015 2016

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 35

Em resultado do bom desempenho na actividade comercial, do negócio bancário em geral e do realizado

em parceria com as empresas de grupo (CA Seguros, CA Vida e CA Gest) foram obtidas receitas de

comissionamento que atingem os 39,39% do produto bancário.

A margem complementar registou uma subida de 163.279€, permitindo absorver a diferença negativa na

margem financeira e obter uma ligeira melhoria do produto bancário (1,63%).

A composição do produto bancário é de 59% pela Margem Financeira e 41% pela Margem Complementar,

confirmando a importância cada vez maior do contributo das actividades geradoras de comissões para os

resultados da Caixa.

Os Custos de Funcionamento globalmente tiveram um aumento de 2,66%.

Nos custos com pessoal está incluída uma estimativa de prémios a pagar aos colaboradores no valor de

75.000€.

As amortizações de imobilizado foram efectuadas de acordo com as tabelas legalmente estabelecidas e

aceites fiscalmente como custos.

Com a entrada em vigor do regime contabilístico previsto no art.º 2º do Aviso 5/2015, com início em 1 de

Janeiro de 2017, as demonstrações financeiras das Caixas Agrícolas, em base individual, passam, a ser

elaboradas de acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade (NIC).

Deixa de estar em vigor o regime de constituição de provisões para crédito ao abrigo do aviso 3/95 do BP,

passando o provisionamento a basear-se num conceito de perda esperada.

O actual modelo de quantificação da imparidade foi desenvolvido em linha com as conclusões e

oportunidades de melhoria que resultaram das inúmeras acções efectuadas no âmbito do Programa

Especial de Inspecções ao sistema financeiro nacional e que envolveu os maiores grupos bancários

nacionais, entre os quais o Grupo Crédito Agrícola, bem como, os trabalhos, nos termos da Instrução n.º 5/

2013 e que nas suas diversas etapas envolveram em particular o Auditor Externo e o Banco de Portugal.

Juros de crédito a Clientes 2.469.741 2.133.836 2.069.945 (63.892) -2,99%

Juros de Disponibilidades e Aplicações na C. Central 1.360.976 1.115.524 573.648 (541.876) -48,58%

Juros de Outros Activos Financeiros 0 113 5.014 4.900 4324,06%

Total Juros e rendimentos similares 3.830.717 3.249.474 2.648.607 (600.867) -18,49%

Juros de crédito a Clientes/ Total 64,47% 65,67% 78,15%

Juros de Disponibilidades e Aplicações na C. Central/Total 35,53% 34,33% 21,66%

Juros de Outros Activos Financeiros/Total 0,00% 0,00% 0,19%

Variação Abs.

2015/2016

Variação %

2015/2016Juros e rendimentos similares 2014 2015 2016

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 36

Para a preparação da passagem para o novo regime houve necessidade de alinhar o nível de provisões

existentes às imparidades quantificadas.

Ao longo do ano foi efectuado uma rigorosa revisão aos procedimentos relativos à análise individual de

imparidade, de modo a aproximar o mais possível o valor resultante do cálculo da imparidade ao valor das

provisões.

Considerando a obrigatoriedade de reter em permanência os ajustamentos positivos, como forma de

reforço dos fundos próprios, foi decidido anular em 2016 as provisões extraordinárias existentes, visto as

provisões constituídas ao abrigo das normas em vigor, serem excedentárias e cobrirem os valores

resultantes do cálculo da imparidade.

Foram anuladas provisões extraordinárias para crédito, no valor de 1.365.779€, constituídas

prudencialmente, no exercício e em exercícios anteriores. Decorrente desta anulação foi efectuado um

acerto de 304.159€ nos impostos diferidos, tendo estes procedimentos originado um impacto positivo nos

resultados líquidos de 1.061.620€.

Relativamente aos imóveis de serviço próprio, tendo também em conta o regime contabilístico previsto no

art.º 2º do Aviso 5/2015, do Banco de Portugal, houve necessidade de verificar se relativamente aos

mesmos havia indícios de imparidade.

O conceito de imparidade surge do facto do valor contabilístico de um activo não corresponder à sua

efectiva capacidade de gerar benefícios económicos futuros, havendo necessidade de actualizar a sua

quantia escriturada para que esta reflicta o valor actual da capacidade futura de gerar benefícios

económicos.

Foram efectuadas reavaliações em todos imóveis de serviço próprio, tendo-se registado imparidades no

valor de 149.089€.

Nos imóveis disponíveis para venda, obtidos por recuperação de crédito, foram contabilizados custos de

imparidade no valor de 29.027€.

O agravamento da relação entre os custos administrativos e o produto bancário, fez aumentar o rácio de

eficiência, de 78,92% para 79,03%, aumentando o desvio face aos valores recomendados.

Tendo como base de orientação o valor de 110.000€, o rácio de produtividade (produto bancário/nº.

empregados), teve ligeira recuperação passando de 103.931€ para 105.620€.

Os resultados brutos de exploração no valor de 841.516€ estiveram em linha com os resultados obtidos no

ano anterior, 832.441€.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 37

Os resultados líquidos do exercício de 2016, no valor de 1.409.934€, tiveram uma alavancagem motivada

pelo impacto resultante da anulação de provisões extraordinárias.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 38

ACTIVIDADE COMERCIAL

Na Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, no ano de 2016 registou-se um forte incremento

na actividade comercial, tal como na maior parte das Caixas do Sistema Integrado do Crédito Agrícola

Mútuo.

Para este crescimento foi fundamental a manutenção dos níveis elevados de confiança dos Associados

e Clientes na CCAM, a elevada qualidade do atendido e serviço prestado, bem como a dedicação,

emprenho e profissionalismo de todos os Colaboradores da CCAM do Médio Ave.

O apoio à nossa actividade pelas diversas áreas das empresas do grupo e da Caixa Central foram

fundamentais para estes níveis de serviço.

O forte investimento feito em formação que culminou no ano de 2016 com a frequência dos diversos

módulos formativos do “CA Comercial +” veio também contribuir para o elevado crescimento da

actividade comercial.

Para o ano de 2016, foram definidos objectivos para 24 rubricas comerciais. A nossa CCAM conseguiu

superar os objectivos de 19 dessas rúbricas.

Nas grandes rúbricas, os objectivos foram superados em todas.

Recursos de Clientes

Em 2016 manteve-se a trajectória de crescimento verificada nos anos anteriores na captação de

recursos de Clientes.

Os recursos de Clientes constituem-se maioritariamente por Depósitos cujo valor está expresso no

Balanço. São também comercializados produtos das empresas do grupo, fora do balanço, produtos de

capitalização da Crédito Agrícola Vida e fundos de investimento mobiliário e imobiliário.

Variação de Recursos 2013 2014 2015 2016Variação %

2015 2016

Depósitos à Ordem 37.357.691 39.327.429 47.739.746 53.691.307 12,47%

Depósitos a Prazo e Poupanças 71.077.206 75.672.685 76.811.928 78.389.780 2,05%

Responsabilidades Financeiras CA Vida 15.051.150 17.401.263 19.104.381 18.857.797 -1,29%

Fundos de Investimento Mobiliário 3.356.811 6.181.364 7.233.382 8.482.199 17,26%

Fundos de Investimento Imobiliário 1.330.441 1.906.000 2.908.631 3.327.820 14,41%

Soma 128.173.299 140.488.741 153.798.068 162.748.903 5,82%

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 39

Nesta grande rúbrica obtiveram-se os seguintes Graus de Realização de Objectivos:

• Depósitos à Ordem � 116,50%;

• Depósitos a Prazo � 102,00%;

Capital Social subscrito e realizado pelos Associados

Foram definidos objectivos comerciais para Capital Social subscrito e realizado pelos Associados. Nesta

rúbrica conseguiu-se um grau de realização de objectivos de 100,86%, com 1.030.005€.

Crédito concedido.

Tal como para os depósitos de Clientes, nos últimos dois anos conseguiram-se bons níveis de

crescimento na carteira de crédito próprio da CCAM do Médio Ave.

Também se tem conseguido melhorar a dispersão da carteira de crédito pelos diversos segmentos de

mercado e respectivas tipologias.

A componente de crédito agenciado na CCAM tem vindo a reduzir-se substancialmente nos últimos

anos devido ao crescente aumento de recursos captados e também pela colocação de novas linhas de

crédito na carteira da CCAM como é o caso do Leasing Imobiliário, que é colocado em consórcio com a

Caixa Central.

Carteira de Crédito Total na CCAM 2013 2014 2015 2016Variação %

2015 2016

Crédito Próprio da CCAM 69.015.718 69.307.211 75.140.091 84.057.879 11,87%

Soma 69.015.718 69.307.211 75.140.091 84.057.879 11,87%

2015 2016Variação %

2015 2016

Contas Cartão de Crédito 129.193 162.033 25,42%

Crédito à Actividade 849.039 1.976.429 132,78%

Crédito à Tesouraria 8.558.179 9.122.128 6,59%

Crédito ao Investimento 9.490.942 12.458.893 31,27%

Crédito à Habitação + Multiusos 35.493.975 39.309.785 10,75%

Crédito Pessoal 3.280.685 4.631.026 41,16%

Crédito Titularizado - 500.000

Descontos Comerciais 526.959 656.443 24,57%

Leasing Imobiliário 1.184.691 2.475.566 108,96%

Outros Produtos 15.535.304 12.671.604 -18,43%

Passivo 91.125 93.970 3,12%

Total 75.140.091 84.057.879 11,87%

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 40

A concessão de novo crédito agenciado tem-se limitado a operações de leasing, operações

protocoladas e crédito a entidades abrangidas pelo art. 85 do RGICSF.

No ano de 2016 foram concedidas novas operações de crédito no montante global de 31.641.394

euros, que compara com o valor de 23.956.107 euros no ano de 2015.

Na grande rúbrica de crédito, obtiveram-se os seguintes graus de realização de objectivos:

Banca Directa

Nesta grande rúbrica, contabilizaram-se as adesões Online de Particulares, as adesões Online de

Empresas e a colocação de terminais de pagamento automático a Clientes (T.P.A.’s).

Associada à evolução tecnologia, tem-se vindo a diversificar a oferta de serviços através de canais

alternativos, com forte predominância na internet.

Obtiveram-se os seguintes Graus de Realização de Objectivos:

• Adesões Online de Particulares � 109,25%;

• Online de Empresas � 107,57%;

• Terminais de pagamento automático � 97,51%.

Foi instalado um ATM (Multibanco) na freguesia de Vilarinho das Cambas.

Passamos a ter um parque de ATM’s de:

• Nas agências da CCAM:

o Balcão 24 - 6;

o Multibanco - 7;

• No exterior:

o Multibanco - 18;

Segmento de Crédito Tipo de Crédito G.R.O.109,00%Crédito Pessoal 129,59%Outro Crédito a Particulares 86,22%Crédito à Tesouraria 114,29%Crédito ao Investimento 98,89%Leasing Mobiliário 90,11%Leasing Imobiliário 173,05%

106,61%

Crédito a Particulares

Crédito a Empresas

Leasing

T o t a l

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 41

Negócio Internacional

Contabilizaram-se nesta rúbrica as operações de Clientes empresa que a CCAM tenha apoiado

no comércio internacional. A CCAM obteve um grau de realização de objectivos de 127,78%.

Fundos de Investimento Mobiliário – CA Gest

A CA Gest é a sociedade gestora dos fundos de investimento mobiliário comercializados no Crédito

Agrícola. Além da gestão de fundos, a CA Gest também presta serviços especializados de gestão de

patrimónios.

Apesar de no ano de 2016 terem-se registado algumas volatilidades nas suas cotações, obtiveram-se

boas taxas de crescimento nesta carteira, que tal como se verificaram nos depósitos à ordem.

Na carteira dos Fundos de Investimento Mobiliário, obtiveram-se crescimentos de carteira de 17,26%.

Nesta rúbrica foi conseguido um Grau de Realização de Objectivos de 107,29%.

Fundos de investimento Imobiliário – Square

O “CA Património Crescente”, é o fundo de investimento imobiliário disponível para os nossos Clientes.

Tem como entidade gestora a “Square Asset Management – Sociedade Gestora de Fundos de

Investimento Imobiliário., S.A.”.

O CA Património crescente é um dos fundos que tem apresentado melhores rentabilidades no seu

segmento, nos últimos anos.

Em 2015 foram introduzidas por via legislativa, especificidades que limitaram a comercialização dos

Fundos de Investimento Imobiliário. Apesar dessas limitações, obteve-se em 2016 um crescimento de

14,41% na carteira nos nossos Clientes.

Nesta rúbrica foi conseguido um Grau de Realização de Objectivos de 110,26%.

F.I.M. - C.A. Gest 2013 2014 2015 2016Variação %

2015 2016

Fundos de Investimento Mobiliário 3.356.811 6.181.364 7.233.382 8.482.199 17,26%

Soma 3.356.811 6.181.364 7.233.382 8.482.199 17,26%

F.I.I. - C.A. Square 2013 2014 2015 2016Variação %

2015 2016

Fundos de Investimento Imobiliário 1.330.441 1.906.000 2.908.631 3.327.820 14,41%

Soma 1.330.441 1.906.000 2.908.631 3.327.820 14,41%

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 42

Seguros do Ramo Real – CA Seguros

Os seguros dos ramos reais, são comercializados em exclusivo no âmbito do protocolo celebrado com

“CA Seguros - Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA” em todas as agências a nível nacional.

Compete à CA Seguros todos os serviços de apoio à venda, bem como o serviço de gestão de sinistros.

Conforme se pode verificar no quadro abaixo, tem-se verificado nos últimos anos um forte crescimento

no volume de prémios de seguros dos ramos reais cobrados a Clientes da CCAM. No ano de 2016, esse

crescimento foi de 21,82%, no montante de 1.222.657 euros.

Nesta grande rúbrica, foram definidos objectivos para cinco rúbricas, cujo grau de realização foi o

seguinte:

Seguros do Ramo Vida – Crédito Agrícola Vida

Os seguros de vida comercializados nas nossas agências, tal como em toda a rede do Crédito Agrícola

a nível nacional são em regime de exclusividade da “Crédito Agrícola Vida, Companhia de Seguros,

S.A.”.

Foram cobrados os seguintes montantes:

Devido às condições de mercado, em meados do ano de 2016, a CA Vida suspendeu a colocação dos

produtos de capitalização, o que levou à redução dos valores de prémios cobrados neste segmento.

CA Seguros - Prémio Comerciais

Emitidos (P.C.E.)2013 2014 2015 2016

Variação %

2015 2016

CA Seguros - P.C.E. 907.069 914.264 1.003.675 1.222.657 21,82%

Soma 907.069 914.264 1.003.675 1.222.657 21,82%

Ramo Tipo de Seguro G.R.O.

Automóvel 122,85%Habitação 111,14%CA Saúde 77,61%CA CliniCard 129,99%Outros Produtos 105,74%

109,47%

Seguros Não Vida

Grau médio de realização de Objectivos

CA Seguros - Prémio Comerciais

Emitidos (P.C.E.)2013 2014 2015 2016

Variação %

2015 2016

Prémios de seguros de risco 402.001 420.965 447.255 481.140 7,58%

Prémios de seguros de Poupança 3.832.309 2.555.470 2.057.009 855.086 -58,43%

Prémios de Fundos de Pensões 52.870 53.803 89.514 105.092 17,40%

Soma 4.287.180 3.030.238 2.593.778 1.441.319 -44,43%

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 43

Nos produtos de risco, e dos Fundos de Pensões continua-se a assistir a um crescimento sustentado

dos valores cobrados.

Para esta grande rúbrica, obtiveram-se os seguintes graus de realização de objectivos:

Ramo Tipo de Seguro G.R.O.

Prémios de seguros de risco 102,88%Prémios de seguros de Poupança 102,38%Prémios de Fundos de Pensões 129,51%

Seguros Não Vida

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 44

Médio Ave

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E ANEXO

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 45

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO MÉDIO AVE, C.R.L.BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015

31-12-2015Provisões,

Activo imparidade e Activo ActivoACTIVO Notas Bruto amortizações líquido líquido PASSIVO E CAPITAL Notas 31-12-2016 31-12-2015

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 5 1.149.857 - 1.149.857 1.100.698 Recursos de bancos centrais 22 - -

Disponibilidades em outras instituições de crédito 6 2.882.485 - 2.882.485 4.534.125 Passivos financeiros detidos para negociação 23 - -

Activos financeiros detidos para negociação 7 - - - -Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados

24 - -

Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 8 - - - - Recursos de outras instituições de crédito 25 12.200.106 6.018.687

Activos financeiros disponíveis para venda 9 136.222 - 136.222 136.141 Recursos de clientes e outros empréstimos 26 132.269.761 122.819.342Aplicações em instituições de crédito 10 66.208.067 - 66.208.067 58.334.982 Responsabilidades representadas por títulos 27 - -

Crédito a clientes 11 84.057.879 (2.355.861) 81.702.017 71.512.990 Passivos financeiros associados a activos transferidos28 - -

Investimentos detidos até à maturidade 12 348.753 - 348.753 - Derivados de cobertura 14 - -

Activos com acordo de recompra 13 - - - - Passivos não correntes detidos para venda 29 - -

Derivados de cobertura 14 - - - - Provisões 30 669.517 580.838Activos não correntes detidos para venda 15 682.076 (55.997) 626.078 857.943 Passivos por impostos correntes 20 50.578 13.922

Propriedades de investimento 16 - - - - Passivos por impostos diferidos 20 6.467 6.738Outros activos tangíveis 17 5.458.730 (2.626.768) 2.831.962 2.420.147 Instrumentos representativos de capital 31 55.305 55.305

Activos intangíveis 18 158.605 (158.605) - - Outros passivos subordinados 32 - -

Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 19 2.196.232 - 2.196.232 2.196.232 Outros passivos 33 1.342.534 1.757.394Activos por impostos correntes 20 - - - - Total do Passivo 146.594.269 131.252.226Activos por impostos diferidos 20 302.870 - 302.870 585.945Outros activos 21 1.666.761 (26.400) 1.640.361 1.577.807 Capital 35 9.169.555 9.089.360

Prémios de emissão 35 - -

Outros instrumentos de capital 36 - -

Reservas de reavaliação 36 222.404 272.148Outras reservas e resultados transitados 36 2.628.743 2.124.709Lucro do exercício 36 1.409.934 518.566Dividendos antecipados Total do Capital 13.430.636 12.004.784

Total do Activo 165.248.536 (5.223.632) 160.024.905 143.257.010 Total do Passivo e do Capital 160.024.905 143.257.010

O Conselho de Administração:Susana Azevedo António Germano F. S. AbreuAntónio Germano F. S. Abreu

José Azevedo CostaJosé Azevedo Costa O Conselho de AdministraçãoFernando Rossi Oliveira José Gregório Sá TorresJosé Gregório Sá Torres António Oliveira AraújoAntónio Oliveira Araújo

(Montantes expressos em Euros)

31-12-2016

O anexo faz parte integrante destes balanços. O Responsável pela Contabilidade:

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 46

RUBRICA Notas 2016 2015

Juros e rendimentos similares 37 2.648.607 3.249.474Juros e encargos similares 38 (289.319) (791.110)

Margem financeira 2.359.287 2.458.363

Rendimentos de instrumentos de capital 39 363 354Rendimentos de serviços e comissões 40 1.792.011 1.658.491Encargos com serviços e comissões 41 (211.037) (189.189)Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados42 - -Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 43 - -Resultados de reavaliação cambial 44 2.787 2.390Resultados de alienação de outros activos 45 (404) 20.280Outros resultados de exploração 46 70.570 (1.315)

Produto bancário 4.013.577 3.949.374

Custos com pessoal 47 (1.776.843) (1.716.932)Gastos gerais administrativos 48 (1.273.951) (1.254.811)Amortizações do exercício 17 e 18 (121.268) (145.189)Provisões líquidas de reposições e anulações 30 (88.678) (50.563)Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber 30 1.268.220 (32.886)

de outros devedores (líquidas de reposições e anulações)Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 30 - -Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 30 (178.146) (22.738)

Resultado antes de impostos 1.842.911 726.253

Impostoscorrentes 20 (150.172) (133.387)diferidos 20 (282.805) (74.300)

Resultado líquido do exercício 1.409.934 518.566

pela Contabilidade: Administração: Susana Azevedo António Germano F. S. Abreu José Azevedo Costa Fernando Rossi Oliveira José Gregório Sá Torres António Oliveira Araújo

O Responsável O Conselho de

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO MÉDIO AVE, C.R.L.

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015

(Montantes expressos em Euros)

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 47

2016 2015FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS:

Recebimentos de juros e comissões 4.440.618 4.907.965Pagamentos de juros e comissões (500.356) (980.300)Pagamentos ao pessoal e fornecedores (3.044.083) (2.968.195)Contribuições para o fundo de pensões (6.711) (3.549)(Pagamento) / recebimento de imposto sobre o rendimento (432.977) (207.687)Resultados cambiais e outros resultados operacionais - -Recuperação de créditos incobráveis - -Outros recebimentos / (pagamentos) relativos à actividade operacional 73.357 1.075

Resultados operacionais antes das alterações nos activos e passivos operacionais 529.848 749.309

(Aumentos) / diminuições de activos operacionais:Aplicações em instituições de crédito 7.873.085 5.889.454Activos financeiros detidos para negociação - -Activos disponíveis para venda 82 136.141Créditos a clientes 8.920.808 6.109.447Investimentis detidos até á maturidade 348.753Derivados de cobertura - -Activos não correntes detidos para venda (53.315) (110.453)Outros activos (220.522) (62.611)

16.868.891 11.961.978Aumentos (diminuições) de passivos operacionais:

Passivos financeiros detidos para negociação - -Recursos de instituições de crédito 6.181.420 5.501.190Recursos de clientes e outros empréstimos 9.450.419 7.286.068Derivados de cobertura - -Passivos não correntes detidos para venda - -Outros passivos (378.474) 636.575

15.253.365 13.423.833Caixa líquida das actividades operacionais antes dos impostos sobre o rendimentoImpostos pagos - -

Caixa líquida das actividades operacionais (1.085.678) 2.211.164

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:Dividendos recebidos (363) (354)Aquisição de activos disponíveis para venda - -Alienação de activos disponíveis para venda - -Rendimentos adquiridos nos activos disponíveis para venda - -Variação de activos tangíveis e intangíveis 533.083 224.816Variação de partes de capital em empresas filiais e associadas - -Investimentos em empresas filiais e associadas - -

Caixa líquida das actividades de investimento 532.720 224.462

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:Aumento de capital 80.195 88.190Dividendos pagos - -Emissão de dívida titulada e subordinada - -Remuneração paga relativa às obrigações de caixa e outros - -Remuneração paga relativa a passivos subordinados - -Reservas (64.277) (59.098)

Caixa líquida das actividades de financiamento 15.918 29.092

Aumento (Diminuição) líquida de caixa e seus equivalentes (1.602.482) 2.015.792

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 5.634.822 3.619.030Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 4.032.341 5.634.822

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO MÉDIO AVE C.R.L.

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXAPARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015

(Montantes expressos em Euros)

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 48

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO MÉDIO AVE, C.R.L.

DEMONSTRAÇÕES DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIOPARA OS EXERCíCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015

(Montantes expressos em Euros)

Reservas de Outras Resultados Resultado doCapital reavaliação reservas transitados Total exercício Total

Saldos em 31 de Dezembro de 2014 9.001.170 316.712 3.201.093 (1.391.275) 1.809.818 329.424 11.457.124

Amortização anual do impacto de transição das pensões (Nota 3) - - - (17.570) (17.570) - (17.570)Aplicação do resultado do exercício de 2013:

Cobertura de Resultados Transitados - - (1.030.938) 1.360.361 329.423 - 329.423Outras Reservas - Fundo Pensões - (41.527) (41.527)Aumento de capital 104.295 - - - - - 104.295Reembolso de capital (16.105) - - - - - (16.105)Ajustamento reservas reavaliação imobilizado - (3.037) - 3.037 3.037 - -Resultado liquido do exercício de 2015 - - - - - 518.566 518.566

Saldos em 31 de Dezembro de 2015 9.089.360 272.148 2.170.155 (45.447) 2.124.708 518.566 12.004.783

Amortização anual do impacto de transição das pensões (Nota 3) - - - (17.570) (17.570) - (17.570)Aplicação do resultado do exercício de 2016: -

Cobertura de Resultados Transitados - - - 48.483 48.483 - 48.483Outras Reservas - Fundo Pensões - (46.707) 473.121 - 473.121 - 426.414Aumento de capital 88.870 - - - - - 88.870Reembolso de capital (8.675) - - - - - (8.675)Ajustamento reserva reavaliação imobilizado - (3.037) - - - - -Resultado liquido do exercício de 2016 - - - - - 1.409.934 1.409.934

-Saldos em 31 de Dezembro de 2016 9.169.555 222.404 2.643.276 (14.534) 2.628.742 1.409.934 13.430.636

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

José Azevedo CostaFernando Rossi Oliveira José Gregório Sá Torres António Oliveira Araújo

Outras Reservas e resultados transitados

O Responsável pela Contabilidade

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

O Conselho de Administração: Susana Azevedo António Germano F. S. Abreu

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 49

DEMONSTRAÇÕES DO RENDIMENTO INTEGRAL PARA

OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015

(Montantes expressos em Euros)

2016 2015

Resultado individual 1.409.934 518.566Reservas de reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda

Reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda - -Impacto fiscal - -Transferência para resultados por alienação - -Impacto fiscal - -

Pensões - regime transitório (17.570) (17.570)Outros movimentos - -Total Outro rendimento integral do exercício (17.570) (17.570)Rendimento integral individual 1.392.364 500.996

pela Contabilidade Administração: Susana Azevedo António Germano F. S. Abreu José Azevedo Costa Fernando Rossi Oliveira José Gregório Sá Torres António Oliveira Araújo

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO MÉDIO AVE, C.R.L.

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

O Responsável O Conselho de

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO MÉDIO AVE, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 50

1. NOTA INTRODUTÓRIA

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vila Nova de Famalicão, C.R.L., Instituição de Crédito constituída em 26 de Setembro de 1913, efectuou em 09/09/2010, a fusão por incorporação da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Santo Tirso C.R.L., tendo alterado nessa data, a sua sede social para a Rua José Luís de Andrade 65, em Santo Tirso e a sua denominação social para Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Médio Ave C.R.L. (que adiante designaremos por Caixa ou CCAM).

A CCAM concentra a sua actividade nos concelhos de Vila Nova de Famalicão, Santo Tirso e Trofa, sendo a sua cobertura efectuada através de uma rede de sete Agências ligadas “on line “ entre si e a sede Administrativa situada na Rua Adriano Pinto Basto 220, em Vila Nova de Famalicão. A CCAM faz-se representar no Concelho da Trofa desde essa data, apenas com uma Agência (nessa mesma cidade), estando as restantes seis divididas territorialmente da seguinte forma: Concelho de Santo Tirso com duas Agências (Santo Tirso e São Martinho do Campo) e Concelho de Vila Nova de Famalicão com quatro Agências (Vila Nova de Famalicão, Fradelos, Nine e Bente).

A CCAM é uma Instituição de Crédito sob a forma de Cooperativa de responsabilidade limitada que pratica todas as operações permitidas pelo Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo (RJCAM, aprovado pelo Decreto Lei nº 24/91 de 11 de Janeiro, alterado por vários diplomas subsequentes, sendo revisto recentemente pelo Decreto-Lei nº. 142/2009 de 16 de Junho),

A CCAM faz parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) que através da Caixa Central lhe garante, em sua representação, a ligação dos diferentes operadores de mercado.

2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

2.1. Bases de apresentação das contas

As demonstrações financeiras da Caixa foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal.

As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), conforme adoptadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal, excepto no que se refere a:

I) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e contas a receber) – os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor. Os proveitos são reconhecidos segundo a regra pro rata temporis, quando se tratem de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês, nomeadamente juros e comissões;

II) Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos classificados como crédito e contas a receber deverão ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, de acordo com o método referido na alínea anterior;

III) Provisionamento do crédito e contas a receber - mantém-se o anterior regime, sendo definidos níveis mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005, de 21 de Fevereiro. Este regime abrange ainda as responsabilidades representadas por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga;

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO MÉDIO AVE, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 51

IV) Os activos tangíveis utilizados para o desenvolvimento da actividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos directamente atribuíveis) deduzindo das depreciações e perdas de imparidades acumuladas. Sempre que existam indícios de perda de valor dos activos fixos tangíveis, são efectuados testes de imparidade de forma a estimar o valor recuperável do activo, e quando necessário registar uma perda por imparidade. O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o justo valor menos custos de vender, e o valor de uso do activo, sendo este último calculado com base no valor actual dos fluxos de caixa estimados, decorrentes do uso continuado e da alienação do activo no final da vida útil definida.

Os ganhos ou perdas na alienação dos activos são determinados pela diferença entre o valor de realização e o valor contabilístico do activo, devem ser reconhecidos na determinação dos resultados, no período em que se realizem

V) Benefícios aos empregados, através do estabelecimento de um período para diferimento do impacto contabilístico decorrente da transição para os critérios do IAS 19.

De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 de 21 de Fevereiro e nº 12/2005 de 30 de Dezembro, o reconhecimento em resultados transitados do impacto apurado com referência a 31 de Dezembro de 2004, decorrente da transição para os IAS/IFRS pode ser atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2014, com excepção da parte referente ao impacto da alteração da tábua de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego, para a qual esse plano de amortização pode ir até 31 de Dezembro de 2016.

As demonstrações financeiras da Caixa em 31 de Dezembro de 2016, estão pendentes de aprovação pelos correspondentes Órgãos Sociais. No entanto, é convicção do Conselho de Administração da Caixa que estas demonstrações financeiras virão a ser aprovadas sem alterações significativas.

2.2. Comparabilidade da informação

Conforme permitido pelo Aviso nº 1/2005, a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo bem como as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo do SICAM elaboraram até 31 de Dezembro de 2006 as suas demonstrações financeiras, em base individual, em conformidade com as normas constantes da instrução nº 4/96.

2.3. Resumo das principais políticas contabilísticas

As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram as seguintes:

a) Especialização dos exercícios

A Caixa adopta o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os custos e proveitos são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.

b) Transacções em moeda estrangeira

Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros ao câmbio de "fixing" da data do balanço, com excepção dos saldos relativos a notas e moedas estrangeiras, os quais são convertidos ao câmbio médio do mês indicado pelo Banco de Portugal.

Os proveitos e custos relativos às transacções em moeda estrangeira registam-se no período em que ocorrem, de acordo com o efeito que as transacções em divisas têm na posição cambial.

Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a prazo são registadas na posição cambial.

c) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

As empresas filiais são entidades nas quais a Caixa exerce controlo sobre a gestão das mesmas.

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO MÉDIO AVE, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 52

As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira (directa ou indirecta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma.

As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo objecto de análises de perdas por imparidade.

As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (activos não monetários valorizados ao custo histórico) são convertidas à taxa de câmbio histórica da data da transacção, conforme previsto no IAS 21.

d) Crédito e outros valores a receber

Conforme descrito na Nota 2.1 estes activos encontram-se registados ao valor nominal, de acordo com o Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal.

A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objecto de relevação contabilística autónoma nas respectivas contas de resultados. Os proveitos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais, segundo o método da taxa efectiva, quando se trate de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria devem ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, segundo o método da taxa efectiva.

Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são submetidos à constituição de provisões, nos termos descritos abaixo. Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, sendo as comissões e custos associados aos créditos periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos.

Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis

As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em resultados ao longo da vida das operações.

Provisões para crédito e juros vencidos, créditos de cobrança duvidosa, risco país e riscos gerais de crédito

De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de Junho (com as alterações introduzidas subsequentemente, nomeadamente pelo Aviso nº 3/2005, de 21 de Fevereiro), e outras disposições emitidas pelo Banco de Portugal, são constituídas as seguintes provisões para riscos de crédito:

I) Provisão para crédito e juros vencidos

Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e são função crescente do período decorrido desde a data de incumprimento.

II) Provisão para créditos de cobrança duvidosa

Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam afectos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. Nos termos do Aviso nº 3/95, são considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes:

- As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique, relativamente às respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições:

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO MÉDIO AVE, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 53

. Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros;

. Estarem em incumprimento há mais de:

. seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos;

. doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos mas inferior a dez anos;

. vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez anos.

Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da constituição de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas operações.

- Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a classificação acima definida, o crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total, acrescido de juros. Os créditos nestas condições são provisionados com base em metade das taxas aplicáveis aos créditos vencidos.

III) Provisão para risco país

Destina-se a fazer face aos problemas de realização dos activos financeiros e extrapatrimoniais sobre residentes de países considerados de risco pelo Banco de Portugal, qualquer que seja o instrumento utilizado ou a natureza da contraparte, com excepção:

- Dos domiciliados em sucursal estabelecida nesse país, expressos e pagáveis na moeda desse país, na medida em que estejam cobertos por recursos denominados nessa moeda;

- Das participações financeiras;

- Das operações com sucursais de instituições de crédito de um país considerado de risco, desde que estabelecidas em Estados membros da União Europeia;

- Dos que se encontrem garantidos por entidades indicadas no número 1 do artigo 15º do Aviso nº 3/95, desde que a garantia abranja o risco de transferência;

- Das operações de financiamento de comércio externo de curto-prazo, que cumpram as condições definidas pelo Banco de Portugal.

As necessidades de provisões são determinadas por aplicação das percentagens fixadas em Instruções e Cartas Circulares do Banco de Portugal, que classificam os países e territórios segundo grupos de risco.

IV) Provisão para riscos gerais de crédito

Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões", e destina-se a fazer face a riscos de cobrança do crédito concedido e garantias e avales prestados.

Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à totalidade do crédito não vencido, incluindo as garantias e avales:

- 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a particulares, cuja finalidade não possa ser determinada;

- 0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário;

- 1% no que se refere ao restante crédito concedido.

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO MÉDIO AVE, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 54

Nos exercícios de 2001 e 2002 foram aceites como custo fiscal 50% dos reforços da provisão para riscos gerais de crédito. A partir de 1 de Janeiro de 2003 os reforços desta provisão deixaram de ser aceites fiscalmente como custo.

A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos que sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida.

Periodicamente, a Caixa abate ao activo os créditos considerados incobráveis por utilização das provisões constituídas. Em caso de eventual recuperação dos referidos créditos, esta é reconhecida em resultados, na rubrica “Outros resultados de exploração”.

e) Outros activos e passivos financeiros

Os outros activos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com os IAS 32 e IAS 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor.

I. Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados, passivos financeiros detidos para negociação

Os activos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento variável transaccionados em mercados activos, adquiridos com o objectivo de venda ou recompra no curto prazo, bem como derivados. Os derivados de negociação com valor líquido a receber (justo valor positivo) são incluídos na rubrica activos financeiros detidos para negociação. Os derivados de negociação com valor líquido a pagar (justo valor negativo), são incluídos na rubrica passivos financeiros detidos para negociação.

Os activos financeiros ao justo valor através de resultados incluem os títulos de rendimento fixo transaccionados em mercados activos que a Caixa optou por registar e avaliar ao justo valor através de resultados.

Os activos e passivos financeiros detidos para negociação e os activos financeiros ao justo valor através de resultados são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os ganhos e perdas decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos em resultados.

Os juros inerentes aos activos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e reconhecidos em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os dividendos são reconhecidos quando atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

O justo valor dos activos financeiros detidos para negociação e transaccionados em mercados activos é o seu “bid-price” ou a cotação de fecho à data do balanço. Se um preço de mercado não estiver disponível, o justo valor do instrumento é estimado com base em técnicas de valorização, que incluem modelos de avaliação de preços ou técnicas de “discounted cash-flows”.

Quando são utilizadas técnicas de “discounted cash-flows”, os fluxos financeiros futuros são estimados de acordo com as expectativas da gestão e a taxa de desconto utilizada corresponde à taxa de mercado para instrumentos financeiros com características semelhantes. Nos modelos de avaliação de preços, os dados utilizados correspondem a informações sobre preços de mercado.

O justo valor dos derivados que não são transaccionados em bolsa é estimado com base no montante que seria recebido ou pago para liquidar o contrato na data em análise, considerando as condições de mercado vigentes bem como a qualidade creditícia das contrapartes.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 55

II. Activos financeiros disponíveis para venda

Os activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida, que não sejam classificados como activos financeiros detidos para negociação, ao justo valor através de resultados ou como investimentos a deter até à maturidade ou como crédito ou como empréstimos e contas a receber.

Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com excepção de instrumentos de capital não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do justo valor são reflectidos em rubrica específica do capital próprio “reserva de justo valor” até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de activos monetários são reconhecidas directamente em resultados do período.

Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em resultados na data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

III. Investimentos a deter até à maturidade

Os investimentos a deter até à maturidade são investimentos que têm um rendimento fixo, com taxa de juro conhecida no momento da emissão e data de reembolso determinada, sendo do interesse da Caixa mantê-los até ao seu reembolso.

Os investimentos financeiros a deter até à maturidade são registados ao custo de aquisição. Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

IV. Empréstimos e contas a receber

De acordo com a restrição estabelecida pelo Aviso nº 1/2005, nesta rubrica são registados apenas os valores a receber de outras instituições de crédito.

São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado activo e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias de activos financeiros.

No reconhecimento inicial estes activos são valorizados pelo justo valor, deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente atribuíveis à transacção. Subsequente, estes activos são reconhecidos em balanço ao custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade e provisões para risco país.

Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva, que permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efectiva é aquela que, sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 56

Operações de venda com acordo de recompra

Os títulos vendidos com acordo de recompra são mantidos na carteira onde estavam originalmente registados. Os fundos recebidos são registados, na data de liquidação, em conta própria do passivo, sendo periodificados os respectivos juros.

V. Outros passivos financeiros

Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito, depósitos de clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à contraprestação recebida líquida dos custos de transacção e são posteriormente valorizados ao custo amortizado.

Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro. Este último visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, por forma a que o mesmo tivesse por objecto (I) garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (II) promover e realizar acções que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM).

Em 2016, a Caixa não possuía empréstimos subordinados concedidos pelo Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo. Nota 32.

VI. Imparidade em activos financeiros

A Caixa efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros com excepção de crédito a clientes e outros valores a receber, conforme referido na alínea d).

Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos financeiros, as perdas por imparidade registam-se por contrapartida de resultados.

Para títulos cotados, considera-se que existe evidência de imparidade numa situação de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Para títulos não cotados, é considerado evidência de imparidade a existência de impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade.

Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas por imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de resultados.

No caso de activos disponíveis para venda, em caso de evidência objectiva de imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais-valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no justo valor são sempre reconhecidas em resultados.

No caso de activos financeiros disponíveis para venda com evidência de imparidade, a perda potencial acumulada em reservas é transferida para resultados.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 57

f) Derivados e contabilidade de cobertura

Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua contratação. Adicionalmente, são reflectidos em rubricas extrapatrimoniais pelo respectivo valor nocional. Subsequentemente, os instrumentos financeiros derivados são mensurados pelo respectivo justo valor. O justo valor é apurado:

• Com base em cotações obtidas em mercados activos (por exemplo, no que respeita a futuros transaccionados em mercados organizados);

• Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no mercado, incluindo cash-flows descontados e modelos de valorização de opções.

Derivados embutidos

Os instrumentos financeiros derivados embutidos noutros instrumentos financeiros são destacados do contrato de base e tratados como derivados autónomos no âmbito da Norma IAS 39, sempre que:

• As características económicas e os riscos do derivado embutido não estejam intimamente relacionados com o contrato de base, conforme definido na Norma IAS 39; e

• A totalidade do instrumento financeiro combinado não esteja registada ao justo valor, com as variações no justo valor reflectidas em resultados.

Derivados de cobertura

Tratam-se de derivados contratados com o objectivo de cobertura da exposição a um determinado risco inerente à actividade da Caixa. A classificação como derivados de cobertura e a utilização do conceito de contabilidade de cobertura, conforme abaixo descrito, está sujeita ao cumprimento das regras definidas na Norma IAS 39.

Para todas as relações de cobertura, a Caixa prepara no início da operação documentação formal, que inclui os seguintes aspectos:

• Objectivos de gestão de risco e estratégia associada à realização da operação de cobertura, de acordo com as políticas de cobertura de risco definidas;

• Descrição do (s) risco(s) coberto(s);

• Identificação e descrição dos instrumentos financeiros cobertos e de cobertura;

• Método de avaliação da eficácia de cobertura e periodicidade da sua realização.

Mensalmente, são efectuados e documentados testes de eficácia das coberturas através da comparação da variação no justo valor do instrumento de cobertura e do elemento coberto (na parcela atribuível ao risco coberto). De forma a possibilitar a utilização de contabilidade de cobertura de acordo com a Norma IAS 39, esta relação deverá situar-se num intervalo entre 80% e 125%. Adicionalmente, são efectuados testes de eficácia prospectivos, de forma a demonstrar a expectativa da eficácia futura da cobertura.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 58

Os derivados de cobertura são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados mensalmente reconhecidos em proveitos e custos do exercício. Caso se demonstre que a cobertura é eficaz, a Caixa reflecte igualmente no resultado do exercício a variação no justo valor do elemento coberto atribuível ao risco coberto. O impacto destas valorizações é reflectido em rubricas de “Resultados em activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. No caso de derivados que tenham associada uma componente de juros (como por exemplo, swaps de taxa de juro) a periodificação de juros relativa ao período em curso e os fluxos liquidados são reflectidos em “Juros e rendimentos similares” e “Juros e encargos similares”, da demonstração de resultados.

As reavaliações positivas e negativas de derivados de cobertura são registadas no activo e passivo, respectivamente, em rubricas específicas. As valorizações dos elementos cobertos são reflectidas nas rubricas onde se encontram registados esses activos e passivos.

Derivados de negociação

São considerados derivados de negociação todos os instrumentos financeiros derivados que não estejam associados a relações de cobertura eficazes de acordo com a Norma IAS 39, incluindo:

• Derivados contratados para cobertura de risco em activos ou passivos registados ao justo valor através de resultados, tornando assim desnecessária a utilização de contabilidade de cobertura;

• Derivados contratados para cobertura de risco que não constituem coberturas eficazes ao abrigo da Norma IAS 39;

• Derivados contratados com o objectivo de “trading”.

Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados diariamente reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de “Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. As reavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas “Activos financeiros ao justo valor através de resultados” e “Passivos financeiros ao justo valor através de resultados”, respectivamente.

g) Propriedades de investimento

Correspondem a imóveis detidos pela Caixa com o objectivo de obtenção de rendimentos através do arrendamento e/ou da sua valorização.

As propriedades de investimento são registadas ao justo valor, determinado anualmente com base em avaliações de peritos. As variações no justo valor são reflectidas em resultados e os imóveis não são sujeitos a amortizações.

h) Outros activos tangíveis

Os activos tangíveis utilizados pela Caixa para o desenvolvimento da sua actividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos directamente atribuíveis) deduzido das depreciações e perdas de imparidade acumuladas.

A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem.

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO MÉDIO AVE, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 59

Anos de

vida útil

Imóveis de serviço próprio 50

Despesas em edifícios arrendados 10

Equipamento informático e de escritório 4 a 10

Mobiliário e instalações interiores 6 a 10

Viaturas 4

As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento.

Conforme previsto no IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para os IAS/IFRS, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações efectuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do aumento das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos.

Periodicamente são efectuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por imparidade.

Activos intangíveis

Esta rubrica compreende essencialmente custos com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para uso de software utilizado no desenvolvimento das actividades da Caixa. Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas.

As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos activos, a qual corresponde a um período de 3 anos.

i) Activos tangíveis disponíveis para venda

Os activos não correntes, ou grupos de activos e passivos a alienar são classificados como detidos para venda sempre que seja expectável que o seu valor de balanço venha a ser recuperado através da venda, e não do seu uso continuado. Para que um activo (ou grupo de activos e passivos) seja classificado nesta rubrica é assegurado o cumprimento dos seguintes requisitos:

• A probabilidade de ocorrência da venda é elevada;

• O activo está disponível para venda imediata no seu estado actual;

• Deverá existir a expectativa de que a venda se venha a concretizar até um ano após a classificação do activo nesta rubrica.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 60

Os activos registados nesta rubrica são valorizados ao menor entre o custo de aquisição e o justo valor, deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo valor destes activos é determinado com base em avaliações de peritos independentes, não sendo sujeitos a amortizações.

j) Provisões

Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a, riscos fiscais, processos judiciais e outros a riscos específicos decorrentes da actividade da Caixa, de acordo com o IAS 37 (Nota 30).

k) Benefícios de empregados

A Caixa subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho (ACT) para o sector bancário pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACT.

Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa integra o Fundo de Pensões do Grupo Crédito Agrícola, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efectuadas pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao ACT, de acordo com (I) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (II) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (III) o número total de anos de serviço à data de reforma.

Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Colectivo de Trabalho do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da Companhia CA Vida.

De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios descritos.

Para o cálculo das pensões do ACT, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas:

• Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades;

• Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-se a data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões.

Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte:

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total;

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado.

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO MÉDIO AVE, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 61

Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca.

Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata.

O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efectivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACT.

A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela Companhia de Seguros CA Vida para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito.

O Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005 determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no activo. No entanto, estabelece um período transitório entre 7 e 9 anos relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da adopção sa IAS 19.

l) Impostos sobre os lucros

A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC).

O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos.

O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos.

Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável.

Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações:

• Diferenças temporárias resultantes de goodwill;

• Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e passivos em transacções que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável;

• Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas filiais e associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível.

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Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço.

Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício.

m) Locação financeira

Os activos em regime de locação financeira são registados no balanço como crédito concedido, sendo este reembolsado através das amortizações de capital constantes do plano financeiro dos contratos. Os juros incluídos nas rendas são registados como proveitos financeiros.

3. INTRODUÇÃO DAS NORMAS DE CONTABILIDADE AJUSTADAS

A aplicação das Normas de Contabilidade Ajustadas nas demonstrações financeiras teve um impacto global negativo nos capitais próprios da Caixa em 31 de Dezembro de 2016 no montante de 17.570,00 Euros, relativo ao registo do impacto da adopção das IAS 19.

4. RELATO POR SEGMENTOS

Não existem valores a reportar nesta data.

5. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

De acordo com o Regulamento nº 2.818/98, de 1 de Dezembro, emitido pelo Banco Central Europeu, a partir de 1 de Janeiro de 1999 as instituições de crédito estabelecidas nos Estados-Membros participantes estão sujeitas à constituição de reservas mínimas em contas junto dos Bancos Centrais Nacionais participantes. A base de incidência compreende todos os depósitos em bancos centrais e em instituições financeiras e monetárias que se situem fora da zona Euro e todos os depósitos de clientes inferiores a dois anos. A esta base é aplicado um coeficiente de 0,2% e abatido um montante de 100.000 Euros. As reservas mínimas

31-12-2016 31-12-2015Caixa:

Moedas nacionais 1.123.325 1.089.676 Moedas estrangeiras 26.532 11.022

1.149.857 1.100.698

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO MÉDIO AVE, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 63

exigidas são remuneradas à média das taxas das operações principais de refinanciamento do Sistema Europeu de Bancos Centrais.

Esta função é assumida pela Caixa Central como intermediária da CCAM, não tendo esta Caixa de Crédito conta junto do Banco de Portugal.

6. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

7. ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO

Não existem valores a reportar nesta rubrica.

8. OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

Não existem valores a reportar nesta rubrica.

9. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Esta rubrica tem a seguinte composição:

10. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015Disponibilidades em Instituições de Crédito no País:

Depósitos à ordem 1.440.639 1.727.566Cheques a cobrar 1.441.682 2.805.517Outras disponibilidades - -

2.882.321 4.533.083

Juros a Receber 164 1.042

2.882.485 4.534.125

31-12-2016 31-12-2015Títulos

Emitidos por residentesInstrumentos de dívida 136.113 136.113Instrumentos de capital 109 27

136.222 136.141

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Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura:

11. CRÉDITO A CLIENTES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015Em outras instituições de crédito:

Mercado monetário interbancário - -Aplicações a muito curto prazo - -Depósitos 66.000.000 58.000.000Empréstimos - -Operações de compra de acordo com revenda - -Aplicações subordinadas - -Outras aplicações - -Juros a Receber 208.067 334.982

66.208.067 58.334.982

31-12-2016 31-12-2015

Até três meses 15.041.525 14.741.525Entre três meses e um ano 50.958.475 39.343.988Entre um ano e três anos - 3.914.487Entre três e cinco anos - -Mais de cinco anos - -

66.000.000 58.000.000Juros a receber 208.067 334.982

66.208.067 58.334.982

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Para fazer face aos riscos de realização do crédito concedido, a Caixa dispõe em 31 de Dezembro de 2015 e 2016 de uma provisão para riscos gerais de crédito no montante de 580.838,29 Euros e 669.516,63 Euros, respectivamente, registada na rubrica “Provisões” do passivo (Nota 30).

Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, o prazo residual dos créditos a clientes apresenta a seguinte estrutura:

31-12-2016 31-12-2015Crédito interno

Empréstimos á habitação 36.663.395 32.900.612Empréstimos 29.933.894 28.397.666Outros créditos 4.745.410 3.502.524Descontos 663.207 530.768Créditos em conta corrente 5.136.536 5.070.493Descobertos em depósitos à ordem 40.249 38.787Operações em locação financeira 2.471.985 1.182.391

79.654.676 71.623.241Crédito ao exterior

Empréstimos á habitação 749.991 744.002Empréstimos - -Outros créditos 160.859 71.249

910.850 815.252Outros créditos e valores a receber

Papel comercial 500.000 -

500.000 -

Juros a receber 141.275 127.098

Receitas com rendimento diferido (225.974) (186.126)

Total crédito não vencido 80.980.827 72.379.465

Crédito e juros vencidosCrédito vencido 3.068.295 2.754.313Juros vencidos 8.757 6.314Total crédito e juros vencidos 3.077.051 2.760.626

84.057.879 75.140.091ProvisõesPara crédito e juros vencidos (2.349.218) (2.326.540)Para crédito de cobrança duvidosa (6.643) (1.300.562)

(2.355.861) (3.627.102)

81.702.017 71.512.990

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12. INVESTIMENTOS DETIDOS ATÉ À MATURIDADE

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

13. ACTIVOS COM ACORDO DE RECOMPRA

Não existem valores a reportar nesta rubrica.

14. DERIVADOS DE COBERTURA

Não existem valores a reportar nesta rubrica.

15. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Até três meses 3.890.799 4.003.729Entre três meses e um ano 4.188.405 5.004.458Entre um ano e cinco anos 14.095.830 10.111.250Mais de cinco anos 58.674.399 53.160.734Indeterminado 3.208.446 2.859.919

84.057.879 75.140.091

31-12-2016 31-12-2015Investimentos detidos até á maturidade

Instrumentos de dívida 348.000 -348.000 -

Juros a receber 753 -Total 348.753 -

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O movimento desta rubrica durante os exercícios de 2016 e 2015 pode ser apresentado da seguinte forma:

16. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

Não existem valores a reportar nesta rubrica.

31-12-2016 31-12-2015Activos não correntes detidos para venda

Imóveis 679.541 967.239Equipamento - -Outros 2.535 2.535

682.076 969.774Imparidade

Imóveis (53.462) (109.296)Equipamento - -Outros (2.535) (2.535)

626.078 857.943

Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor bruto de imparidade de imparidade de imparidade bruto líquido

Activos não correntesdetidos para vendaImóveis 967.239 (109.296) 87.628 (375.327) 84.861 (29.027) - 679.541 (53.462) 626.078Equipamento - - - - - - - - - -Outros 2.535 (2.535) - - - - - 2.535 (2.535) -

969.774 (111.831) 87.628 (375.327) 84.861 (29.027) - 682.076 (55.997) 626.078

Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor bruto de imparidade de imparidade de imparidade bruto líquido

Activos não correntesdetidos para vendaImóveis 1.057.412 (86.558) 30.048 (120.220) - (22.738) - 967.240 (109.296) 857.943Equipamento - - - - - - - - - -Outros 2.535 (2.535) - - - - - 2.535 (2.535) -

1.059.947 (89.093) 30.048 (120.220) - (22.738) - 969.775 (111.831) 857.943

31-12-2015 31-12-2016

Imparidade Aquisições Alienações Imparidade

31-12-2014 31-12-2015

Imparidade Aquisições Alienações Imparidade

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17. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS

O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros activos tangíveis” durante os exercícios de 2016 e 2015 foi o seguinte:

31-12-2016Valor Amortizações Amortizações Valor Amortizações Valor

Descrição bruto acumuladas do exercício Bruto Acumuladas líquido

Imóveis: De serviço próprio:Terrenos 382.722 - - - - - - - - 382.722Edificios 1.351.625 (484.468) (124.805) - - (26.869) (149.088) - - 566.395Outros - - - - - - - - - - Grandes beneficiações e reparações 1.159.932 (233.851) - - - (22.033) - - - 904.048 Obras em imóveis arrendados 151.214 (62.520) - - - (2.603) - - - 86.091

3.045.494 (780.839) (124.805) - - (51.506) (149.088) - - 1.939.256

Equipamento: Mobiliário e material 227.821 (204.114) - 0 - (11.304) - - - 12.402 Máquinas e ferramentas 332.159 (296.856) - 1.083 - (11.454) - - - 24.932 Equipamento informático 216.856 (200.759) - 0 - (6.321) - - - 9.776 Instalações interiores 266.619 (201.087) - 0 - (13.633) - - - 51.898 Material de transporte 147.562 (79.458) - 0 - (5.904) - (25.585) 11.681 48.295 Equipamento de segurança 305.524 (273.386) - 0 - (7.333) - - - 24.805 Outro equipamento 244.141 (206.789) - 17.490 - (13.812) - - - 41.030

1.740.682 (1.462.449) - 18.574 - (69.762) - (25.585) 11.681 213.140

31-12-2015 Abates

Imparidade Aquisições Transferências Imparidade

31-12-2015Valor Amortizações Amortizações Valor Amortizações Valor

Descrição bruto acumuladas do exercício Bruto Acumuladas líquido

Imóveis: De serviço próprio:Terrenos 382.722 - - - - - - - - 382.722Edificios 1.351.625 (457.598) (124.805) - - (26.869) - - - 742.352Outros - - - - - - - - - - Grandes beneficiações e reparações 1.073.106 (210.414) - 86.826 - (23.437) - - - 926.081 Obras em imóveis arrendados 151.214 (60.044) - - - (2.476) - - - 88.694

2.958.668 (728.056) (124.805) 86.826 - (52.782) - - - 2.139.850

Equipamento: Mobiliário e material 220.795 (191.400) - 7.026 - (12.714) - - - 23.707 Máquinas e ferramentas 324.478 (278.146) - 7.681 - (18.710) - - - 35.303 Equipamento informático 215.351 (193.990) - 1.505 - (6.769) - - - 16.097 Instalações interiores 214.725 (181.866) - 26.850 - (19.221) - - - 40.487 Material de transporte 120.712 (73.770) - 51.895 - (5.688) - - - 93.148 Equipamento de segurança 292.382 (264.536) - 13.143 - (8.850) - - - 32.138 Outro equipamento 214.250 (186.334) - 29.891 - (20.454) - - - 37.352

1.602.691 (1.370.042) - 137.991 - (92.407) - - - 278.232

Equipamento em locação financeira:Imóveis - - - - - - - - - -Equipamento - - - - - - - - - -Outros activos locação financeira - - - - - - - - - -

- - - - - - - - - -

Outros activos tangíveis: Património artístico 2.065 - - - - - - - - 2.065

Activos tangíveis em curso - - - - - - - - - -

4.563.424 (2.098.099) (124.805) 224.816 - (145.189) - - - 2.420.147

31-12-2014 Abates

Imparidade Aquisições Transferências Imparidade

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 69

18. ACTIVOS INTANGÍVEIS

Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, a rubrica “activos intangíveis” tem a seguinte composição:

19. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS

Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, a rubrica “investimentos em filiais” tem a seguinte composição:

Em 31 de Dezembro de 2016, os dados financeiros mais significativos retirados das demonstrações financeiras destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma:

31-12-2016Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido

Sistema de tratamento automático de dados (software)

158.605 (158.605) - - - - - - - -

Outros activos intangíveis - - - - - - - - - -Activos intangíveis em curso - - - - - - - - - -

158.605 (158.605) - - - - - - - -

31-12-2015

Participação Valor de Valor deefectiva (%) balanço balanço

Empresa 31-12-2016 31-12-2016 31-12-2015

CCCAM 0,7177 2.176.205 2.176.205CA INFORMÁTICA 0,1707 11.497 11.497CA SEGUROS 0,0001 25 25CA VIDA 0,0549 8.230 8.230FENACAM 0,0555 275 275

2.196.232 2.196.232

Imparidade Acumulada - -2.196.232 2.196.232

Activo Liquido

Situação Liquida

Resultado Liquido

Caixa Central 7.964.474.055 229.398.823 -9.278.580CA Seguros & Pensões SGPS 137.184.439 137.183.231 9.495.152CA Vida 1.834.749.964 91.915.653 4.235.836CA Seguros 205.395.852 45.875.934 3.824.365CA Informática 16.832.400 7.230.047 235.720Fenacam 6.948.251 4.798.343 20.639

*todos os valores são provisórios. Não foram ainda auditados.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 70

20. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2016 e 2015 são os seguintes:

O detalhe e o movimento ocorrido nos impostos diferidos durante os exercícios de 2016 e 2015 foi o seguinte:

2016 2015

Activos por impostos diferidosPor diferenças temporárias 302.870 585.945

302.870 585.945

Passivos por impostos diferidosPor diferenças temporárias (6.467) (6.738)

296.402 579.207

Activos por impostos correntesImposto sobre o rendimento a recuperar - -

- -

Passivos por impostos correntesImposto sobre o rendimento a pagar (50.578) (13.922)

(50.578) (13.922)

2016Saldo Variação Variação Variação Saldo

em Ajustamentos em em Resultados em em31-12-2015 de transição Resultados Transitados Reservas 31-12-2016

. Prémio de antiguidade 43.999 - (2.988) - - 41.011

. Provisões não aceites fiscalmente:Provisões para cobrança duvidosa 201.082 - (193.782) - - 7.300Provisões para crédito vencido 315.533 - (118.893) - - 196.641Provisões para imóveis 25.331 - 32.586 - - 57.917

. Reavaliação de imobilizado não aceite fiscalmente (6.738) - 271 - - (6.467)579.207 - (282.805) - - 296.402

2015Saldo Variação Variação Variação Saldo

em Ajustamentos em em Resultados em em31-12-2014 de transição Resultados Transitados Reservas 31-12-2015

. Prémio de antiguidade 43.369 - 630 - - 43.999

. Provisões não aceites fiscalmente:Provisões para cobrança duvidosa 129.269 - 71.813 - - 201.082Provisões para crédito vencido 461.931 - (146.398) - - 315.533Provisões para imóveis 25.947 - (616) - - 25.331

. Reavaliação de imobilizado não aceite fiscalmente (7.008) - 271 - - (6.738)653.507 - (74.300) - - 579.207

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO MÉDIO AVE, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 71

Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue:

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais da Caixa relativas aos anos de 2012 a 2015 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão e a matéria colectável a eventuais correcções.

Contudo, na opinião do Conselho de Administração da Caixa, não é previsível que ocorram correcções com impacto significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2016.

2016 2015

Impostos correntesImpostos sobre lucro exercício 150.282 114.428Correcções imp.relativas exerc. anteriores (109) 18.959

150.172 133.387

Impostos diferidos Registo e reversão de diferenças temporárias 282.805 74.300Prejuízos fiscais reportáveis

282.805 74.300

Total de impostos reconhecidos em resultados 432.977 207.687

Lucro antes de impostos 1.842.911 726.253

Carga fiscal 23,49% 28,60%

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO MÉDIO AVE, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 72

A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto nos exercícios de 2016 e 2015 pode ser demonstrada como segue:

, Taxa deimposto Montante imposto Montante

Resultado antes de impostos 1.842.911 726.253Imposto apurado com base na taxa de imposto nominal 21% 386.753 21% 152.513

Diferenças geradoras de activos e passivos por impostos diferidosProvisões temporariamente não dedutíveis ou acima dos limites legais 0,00% 0,00%Diferimento de comissões 0,00% 0,00%Activos não correntes detidos para venda 0,00% 0,00%Activos tangíveis e intangíveis 0,00% 0,00%

Diferenças permanentesVariações patrimoniais positivas 0,00% - 0,10% 745Variações patrimoniais negativas (0,36%) (6.698) 0,00% -Reintegrações e amortizazações não aceites como custo 1,70% 31.405 0,02% 117Provisões não dedutiveis ou para além dos limites legais 30,86% 568.689 80,78% 586.666Donativos não previstos ou além dos limites legais 0,01% 106 0,01% 63Multas,coimas,juros comp. e demais encargos pela prática de infracções 0,00% - 0,04% 257Diferença positiva entre o VPT definitivo do imóvel e o valor do contrato 0,78% 14.309 0,00% -Gastos de beneficios cess.emprego,benef.reforma e outros benef.pós emprego0,00% - 0,92% 6.651Menos-valias contabilisticas 0,00% 85 0,00%40% do aumento das reintegrações result.da reavaliação de imob.corpóreo 0,01% 255 0,04% 255Correcções relativas a exercícios anteriores 0,01% 179 0,08% 611Mais-valias fiscais sem intenção de reinvestimento 0,00% 0,00%Outros 0,29% 5.290 0,42% 3.068Redução de provisões tributadas (45,84%) (844.725) (89,00%) (646.379)Perdas por imparidade tributadas em periodos anteriores (0,09%) (1.741)

(0,15%) (2.815)Menos-valias fiscais 0,00% 0,00%Correcção pelo adquirente do imóvel quando adoptado VPT (0,73%) (13.364) 0,00% -Correcções de impostos relativas a exercícios anteriores (0,01%) (109) 2,61% 18.959Benefícios fiscais (0,04%) (817) (0,06%) (422)Deduções à colecta 0,00% 0,00%Derrama 0,47% 8.683 0,87% 6.298Outras 0,00% - 0,00% -Tributações autónomas 0,25% 4.689 0,55% 3.985Imposto corrente sobre o lucro do exercício 8,15% 150.172 18,37% 133.387

Registo e reversão de activos e passivos por impostos diferidos 15,35% 282.805 10,23% 74.300

Custo com imposto do exercício 23,49% 432.977 28,60% 207.687

2016 2015

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21. OUTROS ACTIVOS

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015Outros activos

Outros metais preciosos 672 672Sector Público Administrativo

IVA a recuperar 1.877 966Outros juros e rendim.similares 255.286 247.177Outros rendim. a receber 3.953 2.366

Despesas a debitar a clientes - -Bonificações a receber 13.881 1.454Outros devedores diversos 130.928 97.624Aplicações por recup. Crédito - -

406.597 350.259Responsabilidades com Pensões (nota 50)

Responsabilidades Totais - -Valor patrimonial do Fundo de Pensões - -Desvios actuariais

Incluídos no corredor Excesso face ao corredor

0 0Despesas com encargo diferidoFundo de Pensões (nota 50) - 17.570Seguros 20.188 19.432Outras Empresas de grupo - - Outros - -

20.188 37.002Valores a regularizarOperações activas a regularizar 1.239.976 1.142.575Outras Operações activas a regularizar - 74.371

1.239.976 1.216.946

1.666.761 1.604.207Imparidade – Outros activosOutros devedores diversos (26.400) (26.400)

(26.400) (26.400)

1.640.361 1.577.807

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22. RECURSOS DE BANCOS CENTRAIS

Não existem valores a reportar nesta rubrica.

23. PASSIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO

Não existem valores a reportar nesta rubrica.

24. OUTROS PASSIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

Não existem valores a reportar nesta rubrica.

25. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Recursos de instituições de crédito no paísDepósitos 12.199.083 6.018.118

12.199.083 6.018.118

Juros a pagar 1.024 56912.200.106 6.018.687

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26. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros empréstimos, apresentavam a seguinte estrutura:

31-12-2016 31-12-2015

Depósitos À ordem 53.691.307 45.739.746A prazo 60.041.417 60.397.161De poupança 18.348.363 16.390.695Outras poupanças 24.072

Outros recursos de clientesCheques e ordens a pagar 74.529 19.625Outros - -

Juros a pagar 114.144 248.043

132.269.761 122.819.342

31-12-2016 31-12-2015

Até três meses 28.981.416 29.393.801Entre três meses e um ano 47.416.738 43.166.784Entre um ano e três anos 1.175.114 3.737.000Entre três e cinco anos 35.969 75.576Mais de cinco anos 780.543 388.701Indeterminado 53.765.836 45.809.437Juros a pagar 114.144 248.043

132.269.761 122.819.342

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27. RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOS

Não existem valores a reportar nesta rubrica.

28. PASSIVOS FINANCEIROS ASSOCIADOS A ACTIVOS TRANSFERIDOS

Não existem valores a reportar nesta rubrica.

29. PASSIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA ENDA

Não existem valores a reportar nesta rubrica.

30. PROVISÕES E IMPARIDADE

O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da Caixa durante os exercícios de 2016 e 2015 foi o seguinte:

Saldos em Reposições e Saldos em31-12-2015 Incorporação Reforços anulações Utilizações 31-12-2016

Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito:- Créditos de cobrança duvidosa 1.300.562 - 1.388.850 (2.682.769) - 6.644- Crédito e juros vencidos 2.326.540 - 447.127 (421.428) (3.021) 2.349.218

3.627.102 - 1.835.977 (3.104.197) (3.021) 2.355.862Provisões: - Riscos gerais de crédito 580.838 - 135.472 (46.793) 669.517

580.838 - 135.472 (46.793) - 669.517Imparidade- Imparidade de activos não financeiros:

Activos não correntes detidos para venda - Imóveis 109.296 - 29.057 - (84.891) 53.462Activos não correntes detidos para venda - Outros activos 2.535 - - - - 2.535Activos tangíveis - valorizados ao custo histórico 124.805 - 149.088 - - 273.893Devedores, outras aplicações e outros activos 26.400 - - - - 26.400

263.036 - 178.146 - (84.891) 356.291

4.470.975 - 2.149.595 (3.150.990) (87.912) 3.381.670

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31. INSTRUMENTOS REPRESENTATIVOS DE CAPITAL

Esta rubrica tem a seguinte composição:

32. OUTROS PASSIVOS SUBORDINADOS

Não existem valores a reportar nesta rubrica.

Saldos em Reposições e Saldos em31-12-2014 Incorporação Reforços anulações Utilizações 31-12-2015

Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito:- Créditos de cobrança duvidosa 785.759 - 923.159 (408.356) - 1.300.563- Crédito e juros vencidos 3.067.586 - 742.669 (1.224.586) (259.130) 2.326.539

3.853.345 - 1.665.828 (1.632.942) (259.130) 3.627.102Provisões: - Riscos gerais de crédito 530.275 - 100.346 (49.783) - 580.838

530.275 - 100.346 (49.783) - 580.838Imparidade- Imparidade de activos não financeiros:

Activos não correntes detidos para venda - Imóveis 86.558 - 22.738 - - 109.296Activos não correntes detidos para venda - Outros activos 2.535 - - - - 2.535Activos tangíveis - valorizados ao custo histórico 124.805 - - - - 124.805Devedores, outras aplicações e outros activos 26.400 - - - - 26.400

240.298 - 22.738 - - 263.036

4.623.917 - 1.788.912 (1.682.725) (259.130) 4.470.976

31-12-2016 31-12-2015Instrumentos representativos de capital com natureza de passivo:Outros instrumentos

Emitidos 55.305 55.30555.305 55.305

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 78

31-12-2016 31-12-2015Credores e outros recursosResponsabilidades com Pensões (nota 50)

Responsabilidades Totais 541.263 461.693Valor patrimonial do Fundo de Pensões (519.244) (454.464)

22.019 7.229Recursos diversos

Recursos Conta cativa 35.719 35.719Fundos de Compensação de Trabalho 7 7Outros Recursos - Conta pré-pago 35.134,07 323.065,28

Sector Público AdministrativoRetenção de impostos na fonte 56.351 64.958Contribuições para a Segurança Social 30.258 30.420Imposto sobre o Valor Acrescentado 6.389 2.269

Cobranças por conta de terceiros 2.300 2.299Contribuições para outros sistemas de saúde 5.551 5.049Credores diversos

Outros Fornecedores 56.783 181.656Outros credores 174.570 * 182.004

403.063 827.448Encargos a pagarPor capitais próprios e equiparados - -Comissões por operações sobre instrumentos financeirosPor gastos com pessoal

Provisão para férias e subsídio de férias 281.192 274.755Prémio de antiguidade 184.160 197.576

465.352 472.331Receitas com rendimento diferidoComissões sobre garantias prestadas 5.454 3.722Comissões em operações sindicadas 103 5.557 3.722Valores a regularizarOperações passivas a regularizar 453 398Outras operações a regularizar 42 42Operações internas a regularizar

Apuramento Impostos 3.962Caixa 1.733 920Transferências electrónicas 146.178 1.979Compensação 100.063 98.433Meios electrónicos de pagamento 167.357 145.032Efeitos 4.911 44.095Processamento de salários 113 271SEPA CT 24.428Sistemas informáticos 23 150.000Outras operações a realizar 1.243 1.533

446.543 446.6641.342.534 1.757.394

33. OUTROS PASSIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 79

34. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS

Os passivos contingentes e compromissos associados à actividade bancária encontram-se registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:

35. CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO

Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, a estrutura accionista da Caixa é a seguinte:

Em 31 de Dezembro de 2016, o capital da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Médio Ave C.R.L., encontra-se disperso pelos seus associados, dos quais dois detêm 0,414% do capital da CCAM.

Nos termos da Portaria nº 408/99, de 4 de Junho, publicada no Diário da República – I Série B, nº 129, os prémios de emissão não podem ser utilizados para a atribuição de dividendos nem para a aquisição de acções próprias.

31-12-2016 31-12-2015Garantias prestadas e outros passivos eventuaisGarantias e avales prestados 1.928.351 1.530.426

Compromissos perante terceirosPor linhas de crédito

Compromissos irrevogáveis 10.027.159 5.122.527Compromissos revogáveis 1.106.253 1.353.392

Responsabilidades por prestação de serviçosDepósito e guarda de valores 880.366 763.467Valores recebidos para cobrança 635.042 587.916

14.577.171 9.357.728

N º de N º deTítulos % Títulos %

ASSOCIADOS 204.979 11,17 188.940 10,39C. C. A. M. 1.628.932 88,82 1.628.932 89,60

1.833.911 100 1.817.872 100

2016 2015

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 80

36. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E LUCRO DO EXERCÍCIO

Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição:

Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 201/2002, de 26 de Setembro, a Caixa constitui um fundo de reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fracção não inferior a 10% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante.

Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital.

31-12-2016 31-12-2015Reservas de reavaliação:

Reservas de reavaliação do imobilizado 114.866 117.903Reservas de reavaliação - Fundo Pensões 107.538 154.245

222.404 272.148Outros instrumentos de capital

Reserva legal 2.582.918 2.116.797Outras reservas 60.358 53.358Resultados transitados (14.533) (45.446)

2.628.743 2.124.709Lucro do exercício 1.409.934 518.566 4.261.081 2.915.423

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 81

37. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Juros de disponibilidades em outras instituições de créditoDisponibilidades sobre instituições de crédito no país 4.353 6.446

Juros de aplicações em instituições de créditoAplicações em instituições de crédito no país 569.296 1.109.079

Juros de crédito a clientesCrédito não representado por valores mobiliários

Crédito internoEmpresas e administrações públicas

Desconto e outros créditos titulados por efeitos 31.531 28.713Empréstimos 661.632 740.683Créditos em conta corrente 209.986 226.172Descobertos em depósitos à ordem 23.957 18.238Operações de locação financeira

Imobiliária 52.950 39.712Outros créditos 180 4

ParticularesHabitação

Outros créditos 513.703 * 509.597Consumo

Outros créditos 236.993 198.542Outras finalidades

Desconto e outros créditos titulados por efeitos 2.507 4.886Empréstimos 228.999 294.610Créditos em conta corrente 9.419 12.099Descobertos em depósitos à ordem 12.098 13.766Operações de locação financeira 1.776 1.992

Crédito externoParticulares

HabitaçãoOutros créditos 24.260 13.218

ConsumoOperações de locação financeira - -Outros créditos 9.260 2.723

Outras finalidadesDescobertos em depósitos à ordem 37 57

Outros créditos e valores a receber (titulados)Emitidos por residentes 4.931 -

Juros de crédito vencidoJuros de crédito vencido 45.728 28.823

Juros de activos financeiros disponíveis para vendaTítulos 4.148 113

Juros de investimentos detidos até à maturidadeTítulos de dívida emitidos por residentes 866 -

2.648.607 3.249.474

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 82

38. JUROS E ENCARGOS SIMILARES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

39. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Juros de recursos de outras instituições de créditono país (18.487) (7.638)

Juros de recursos de clientes e outros empréstimos (270.832) (783.472)(289.319) (791.110)

31-12-2016 31-12-2015

Outros instrumentos de capital 363 * 354

363 354

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40. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

41. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015Por garantias prestadas

Garantias e avales 39.624 34.81939.624 34.819

Por compromissos assumidos perante terceirosCompromissos irrevogáveis

Linhas de crédito irrevogáveis 117.681 116.280117.681 116.280

Por serviços prestadosDepósito e guarda de valores 122 629Cobrança de valores 6.074 5.393Transferência de valores 12.415 14.603Gestão de cartões 1.490 1.795Anuidades 98.594 71.757Operações de crédito

Outras operações de crédito 361.778 * 279.082Outros serviços prestados 857.101 * 845.071

1.337.572 1.218.330

Outras comissões recebidas 297.134 * 289.061

1.792.011 1.658.491

31-12-2016 31-12-2015

Por compromissos assumidos por terceirosPor serviços bancários prestados por terceiros

Depósito e guarda de valores (9.197) (6.360)Cobrança de valores (1.671) (1.950)Operações de crédito (3.358) (2.989)Outros (177.978) (166.153)

Por operações realizadas por terceirosOutras comissões pagas (18.833) (11.737)

(211.037) (189.189)

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 84

42. RESULTADOS DE ACTIVOS E PASSIVOS AVALIADOS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

Não existem valores a reportar nesta rubrica.

43. RESULTADOS DE ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Não existem valores a reportar nesta rubrica.

44. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL

Esta rubrica tem a seguinte composição:

45. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Operações cambiais à vista 2.787 2.3902.787 2.390

31-12-2016 31-12-2015

Resultados em activos não financeirosOutros activos tangíveis 404 -Activos não correntes detidos para venda - 20.280

404 20.280

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO MÉDIO AVE, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 85

46. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO

Estas rubricas têm a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Outros rendimentos de exploraçãoReembolso de despesas 372 155Recuperação de créditos, juros e despesas

Recuperação de créditos incobráveis 689 8.436Recuperação de juros e despesas de crédito vencido 45.213 38.244

Rendimentos da prestação de serviços diversos - - Serviços diversos - a clientes 42.862 31.625 A empresas de grupo 63.818 706 Outros 19.576 * 2.408

172.531 81.574

Outros encargos de exploraçãoQuotizações e donativos (22.377) (20.231)Perdas em activos não financeiros - -Contribuições para o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (1.052) (22.422)Contribuições para o Fundo de Resolução (18.064)Outros encargos e gastos operacionais (30.904) (20.965)Outros impostos

Impostos indirectos (25.852) (15.263)Impostos directos (3.711) (4.007)

(101.961) (82.889)

70.570 (1.315)

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 86

47. CUSTOS COM PESSOAL

Esta rubrica tem a seguinte composição:

O número médio de colaboradores da Caixa em 2016 e 2015 apresenta a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Salários e vencimentosÓrgãos de Gestão e Fiscalização (93.462) (71.285)Empregados (1.323.335) (1.298.567)

Encargos sociais obrigatóriosFundos de Pensões (Nota 18) (6.711) (3.549)Encargos relativos a remunerações:

Caixa de Abono de Família -Segurança Social (275.644) (265.216)SAMS (58.247) (56.736)Outros -

Outros encargos sociais obrigatórios:Subsídio por morte -Outros (10.199) (10.716)

Outros -

Encargos sociais facultativos -

Outros custos com pessoal:Indemnizações contratuais -Outros (9.244) (10.863)

(1.776.843) (1.716.932)

2016 2015

Funções de Direcção 1 1 Funções de Chefias Intermédias 11 11 Funções Técnicas 2 2 Funções Administrativas 3 3 Funções Comerciais 21 21 Funções Auxiliares 1 1

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 87

48. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015Com fornecimentos:

Água energia e combustíveis (55.076) (52.643)Material de consumo corrente (20.207) (20.863)Publicações (725) (1.596)Material de higiene e limpeza (1.517) (1.894)Outros fornecimentos de terceiros (11.413) (18.794)

(88.937) (95.789)Com serviços:

Rendas e alugueres (16.150) (17.654)Comunicações (60.309) (61.226)Deslocações, estadas e representação (32.265) (29.428)Publicidade e edição de publicações (54.396) (48.542)Conservação e reparação (37.371) (23.130)Transportes (78.347) (74.153)Formação de pessoal (5.720) (1.180)Seguros (34.575) (32.404)Serviços especializados:

Avenças e honorários (30.957) (29.134)Judiciais contencioso e notariado (17.315) (38.718)Informática (450.616) (450.240)Segurança e vigilância (501) (2.607)Limpeza (15.629) (15.374)Informações -Bancos de dados (6.783) (6.869)Mão de obra eventual -Outros serviços especializados:

Estudos e consultas (308)Consultores e auditores externos (29.412) (22.122)SIBS (111.720) (101.352)Tratamento de valores -Avaliadores externos (28.486) (31.792)Outros serviços de terceiros (174.463) (172.791)

(1.185.014) (1.159.022)

(1.273.951) (1.254.811)

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 88

49. ENTIDADES RELACIONADAS

Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 19), a Caixa consolida com as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo.

Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, as demonstrações financeiras da Caixa incluem os seguintes saldos e transacções com entidades relacionadas:

As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respectivas datas.

Associadas Coligadas

Outras empresas do Grupo Total Associadas Coligadas

Outras empresas do Grupo Total

Activos:

Disponibilidades em outras instituições de crédito - - 2.882.321 2.882.321 - - 4.534.125 4.534.125Aplicações em instituições de crédito - - 66.000.000 66.000.000 - - 58.000.000 58.000.000Outros activos 255.285 6.944 211.198 473.426 247.177 5.627 339.545 592.348

Passivos:Outros passivos - 24.948 8.034 32.982 - 29.022 18.272 47.294

Gastos

Juros e encargos similares - - 18.487 18.487 - - 7.638 7.638Encargos com serviços e comissões - - 68.225 68.225 - - 75.915 75.915Gastos gerais administrativos 42.035 792.301 4.617 838.952 39.755 441.829 1.400 482.984

Ganhos

Juros e rendimentos similares - - 573.648 573.648 - - 1.115.524 1.115.524Rendimentos de instrumentos de capital 363 - - 363 354 - - 354Rendimentos de serviços e comissões 382.692 - 74.456 457.149 382.356 - 90.433 472.789

2016 2015

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 89

50. PENSÕES DE REFORMA

Para determinação das responsabilidades por serviços passados da Caixa relativas a empregados no activo e aos já reformados foram efectuados estudos actuariais pela Companhia CA Vida.

Os pressupostos actuariais e financeiros utilizados no cálculo das responsabilidades da CCAM Médio Ave com referência a 31 de Dezembro de 2016 e 2015 foram os seguintes:

As responsabilidades com pensões de reforma, cuidados de saúde e subsídio por morte em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, assim como a respectiva cobertura, apresentam o seguinte detalhe:

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO MÉDIO AVE, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 90

O valor não financiado corresponde ao aumento das responsabilidades decorrente da alteração da tábua de mortalidade, da adopção de novos pressupostos financeiros, do reconhecimento das responsabilidades com cuidados de saúde e subsídio por morte na reforma. Este valor poderá ser financiado ao longo de sete anos com início em 2007, com excepção das responsabilidades com cuidados de saúde e alterações de tábua que poderão ser financiadas ao longo de nove anos, conforme disposto pelo Banco de Portugal.

31-12-2016 31-12-2015Estimativa das responsabilidades por serviços passados: . Empregados no activo 543.285 463.695 . Cuidados de saúde (SAMS) (2.022) (2.002)

541.263 461.693

Contribuições dos empregados 15.349 14.657

Total das Responsabilidades (nota 21 e 33) 541.263 461.693

Cobertura das responsabilidades: . Valor patrimonial do Fundo,

fornecido pela entidade gestora ( nota 21 e 33) 519.244 454.464

22.019 7.229

Estimativa das responsabilidades com o prémio de antiguidade (nota 33):2016 2015

184.160 197.575

Anos a 01-01-2007 diferir 2007 2008 2009 FUSÃO 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Acréscimo de responsabilidades com pensões . Alteração da tábua de mortalidade 2.438 10 348 232 232 1.626 . Alteração de pressupostos financeiros 29.770 8 5.954 3.402 3.402 17.012 . Excesso de cobertura PCSB (3.245) 8 (649) (371) (371) (1.854)Fusão por Incorporação CCAM S. Tirso . Alteração da tábua de mortalidade 869 356 356 356 356 356 356 357 . Alteração de pressupostos financeiros 10.473 5.497 5.497 5.497 5.497 5.497 . Excesso de cobertura PCSB (461) (463) (463) (463) (463) (463)

28.963 5.653 3.263 3.263 27.665 5.390 5.390 5.390 5.390 5.390 356 357

SAMS 109.204 10 15.601 10.400 10.400 72.803Fusão por Incorporação CCAM S. TirsoSAMS 47.696 17.214 17.214 17.214 17.214 17.214 17.213 17.216

138.167 21.254 13.663 13.663 120.499 22.604 22.604 22.604 22.604 22.604 17.569 17.573

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO MÉDIO AVE, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 91

De acordo com o Aviso nº 4/2005 do Banco de Portugal, o custo do exercício relativo a pensões inclui o encargo com os serviços correntes e o custo dos juros, deduzido do rendimento esperado. Nos exercícios de 2 0 1 6 e 2 0 1 5 , o s c u s t o s c om p e n s õ e s t ê m a s e g u i n t e c o mp o s i ç ã o ( n o t a 4 7 ) :

Em 31 de Dezembro de 2016 e em 31 de Dezembro 2015, o número de participantes do Fundo tem a seguinte composição:

51. DIVULGAÇÕES RELATIVAS A INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Não existem valores a reportar nesta rubrica.

52. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS OU DE RESSEGUROS

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Médio Ave está inscrita no Instituto de Seguros de Portugal, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º, alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a actividade de intermediação em exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a Crédito Agrícola Seguros – Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões.

No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efectua a venda de contratos de seguros e de adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no encaminhamento das participações de sinistros que sejam entregues nos Balcões da CCAM.

31-12-2016 31-12-2015

Custos dos serviços correntes 21.594 19.039Custos dos juros 467 -833Rendimento esperado 46.867 41.251

68.928 59.457

31-12-2016 31-12-2015

Empregados no activo 38 38 Reformados e pensionistas 4 4 Reformados antecipadamente 1 1

43 43

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO MÉDIO AVE, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 92

Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a CCAM recebe remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de Pensões as quais estão definidas em Protocolo estabelecido entre a CCAM e as referidas Seguradoras.

As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração de Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de remunerações a pagar pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro de cada ano, estão reconhecidas como um activo no Balanço, na rubrica de Outros Activos. À data de emissão das presentes demonstrações financeiras, as remunerações de mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2016, encontram-se já integralmente pagas pelas referidas Seguradoras.

O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidas pela CCAM nos últimos 3 anos (valores em euros):

Origem Seguradora 2014 2015 2016 % por Origem 2016

Ramos Não Vida CA Seguros 143.060,70 219.829,14 227.156,02 59,4%

Ramo Vida CA Vida 147.061,23 156.718,35 149.014,36 38,9%

Fundos de Pensões CA Vida 3.733,78 5.808,80 6.521,64 1,7%

Total 293.855,71 382.356,29 382.692,02 100,0%

A CCAM não efectua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efectua a movimentação de quaisquer tipos de fundos relativos a contratos de seguros. Desta forma, não há qualquer outro activo, passivo, rendimento ou gasto a reportar, relativo à actividade de mediação de seguros, exercida pela CCAM.

53. FUNDOS PRÓPRIOS

Em 31 de Dezembro de 2014, 2015 e 2016, o detalhe dos fundos próprios da Caixa Agrícola apresenta-se de seguida:

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 93

Responsável Contabilidade

Susana Azevedo

O Conselho de Administração

António Germano Fernandes de Sá e Abreu

José de Azevedo Costa

Fernando José Camisão Rossi de Oliveira

José Gregório de Sá Torres

António de Oliveira Araújo

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 94

ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO DA CAIXA DE CRÉDITO

AGRÍCOLA MÚTUO DO MÉDIO AVE CRL.

1. Estrutura de Governo Societário

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL adopta o modelo de governação vulgarmente

conhecido como “latino reforçado”, constituído pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Revisor

Oficial de Contas.

Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia Geral, para um

mandato de três anos.

2. Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola

3. Assembleia Geral

A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário.

3.1. Composição da Mesa da Assembleia Geral

Presidente: José Luís Araújo de Carvalho

Vice-Presidente: Maria Antónia Sampaio Almeida Garrett

Secretário: - Luís Bento Sampaio Correia de Miranda

Assembleia Geral

Conselho de Administração Conselho Fiscal ROC

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 95

3.2.Competência da Assembleia Geral

A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe atribuam

competências, competindo-lhe, em especial:

• Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus Presidentes;

• Votar a proposta de plano de actividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o exercício

seguinte;

• Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior;

• Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola;

• Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da Caixa Central e de organismos

cooperativos de grau superior;

• Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola;

• Decidir do exercício do direito de acção cível ou penal contra o revisor oficial de contas,

administradores, gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho Fiscal e da Mesa da

Assembleia Geral;

• Decidir da alteração dos Estatutos.

4. Conselho de Administração

O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros efectivos, no mínimo de cinco

e de um suplente.

Actualmente o Conselho de Administração é composto por cinco membros, com mandato para o triénio

2016/ 2018.

4.1. Composição do Conselho de Administração

Presidente: António Germano Fernandes de Sá e Abreu

Vogal: José de Azevedo Costa

Vogal: António Oliveira Araújo

Vogal: Fernando José Camisão Rossi Oliveira

Vogal: José Gregório Sá Torres

Suplente: Vítor Manuel Gaspar Monteiro Lima Moreira

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 96

4.2. Competências do Conselho de Administração

As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em especial e de acordo

com os Estatutos:

• Administrar e representar a Caixa Agrícola;

• Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de actividades e de

orçamento para o exercício seguinte;

• Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, o relatório e as contas relativos ao exercício anterior;

• Adoptar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa Agrícola;

• Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola.

• Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados;

• Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não pagos;

• Organizar, dirigir e disciplinar os serviços.

4.3. Reuniões do Conselho de Administração

O Conselho de Administração reúne, pelo menos, uma vez por semana, tendo realizado um total de 58

reuniões em 2016.

Ao Presidente é atribuído voto de qualidade nas deliberações do Conselho de Administração.

5. Órgãos de Fiscalização

A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a um Revisor Oficial de Contas

ou uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas.

As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda, ao Conselho

Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de plano de actividade e de orçamento.

5.1. Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal é composto por três membros efectivos e, pelo menos, um suplente.

5.1.1. Composição do Conselho Fiscal

Presidente: José Luís de Freitas Queirós

Vogal: António Manuel Moreira Rodrigues

Vogal: José Miguel Basto Serdoura

Suplente: Francisco José da Cunha Abreu

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 97

5.1.2. Reuniões do Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal reúne, por regra, uma vez por trimestre, tendo realizado, em 2016, um total de 6

reuniões.

5.2. Revisor Oficial de Contas

O mandato actual do Revisor Oficial de Contas é de 2016 a 2018, encontrando-se designado para o cargo:

Efectivo: Baker Tilly, PG & Associados SROC, S.A, representada pelo Dr. Luís Guilherme de Noronha e

Távora Pinheiro Torres

Suplente: Nelson Moinhos & Paulo Lima, SROC, representada pelo Dr. Nelson Luís da Silva Braga

Moinhos

6. Política de remuneração

6.1. Em 28 de Dezembro de 2015 a Assembleia Geral Ordinária da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do

Médio Ave, CRL, apreciou e aprovou a Declaração sobre Política de Remunerações dos Órgãos de

Administração e de Fiscalização da Instituição, em cumprimento do disposto na Lei Nº. 28/2009, de 19 de

Junho.

6.2. Nos termos e para efeitos do nº. 4 do art.º 16º. Do Aviso do Banco de Portugal n.º 10/2011, reproduz-

se na presente sede a referida Declaração, nos exactos termos em que foi aprovada pelos Associados da

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo.

POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO DA CAIXA DE CRÉDITO

AGRÍCOLA MÚTUO DO MÉDIO AVE, CRL.

Nos termos do número 4 do Art. 115º-C do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF), aprovado

pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014, de 24 de Outubro,

vem o Conselho de Administração da CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO MÉDIO AVE, CRL, CRL (doravante CAIXA AGRÍCOLA),

submeter à aprovação da Assembleia Geral a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização

da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2016.

Propõe-se que a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o

ano de 2016 seja aprovada nos seguintes termos:

1. INTRODUÇÃO

Em cumprimento do normativo aplicável, a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização

da CAIXA AGRÍCOLA foi definida e elaborada de modo a reflectir adequada e proporcionalmente a dimensão, a organização interna

e a natureza da Instituição, o âmbito e a complexidade da actividade por si desenvolvida, a natureza e a magnitude dos riscos

assumidos e a assumir e o grau de centralização e delegação de poderes estabelecido no seio da mesma Instituição.

A mesma Política de Remuneração, atento o facto do Banco de Portugal não ter ainda aprovado qualquer instrumento

regulamentar que revogue, altere ou substitua o Aviso nº 10/2011, sendo que as Instruções nºs 4/2015 e 5/2015, publicadas em

15 de Junho de 2015, referem-se à matéria das Políticas de Remuneração, mas somente quanto a divulgação de informação

quantitativa a ela atinente, teve em consideração os seguintes instrumentos:

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 98

a. O RGICSF;

b. O Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, quanto às normas neste contidas que não sejam incompatíveis com a actual

redacção do RGICSF, atentas as alterações neste introduzidas pelo Decreto-Lei nº 157/2014 e por diplomas subsequentes,

e que não devam, por isso, considerar-se revogadas em função de tais alterações;

c. A Lei nº 28/2009, de 19 de Junho, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014;

d. A Directiva nº 2013/36/EU, do Parlamento Europeu e do Conselho (IV Directiva de Requisitos de Capital);

e. O Regulamento nº 575/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho (Regulamento de Requisitos de Capital).

2. PRINCÍPIOS GERAIS

O regime legal e regulamentar ora em vigor preserva a aplicação do princípio da proporcionalidade na definição das políticas de

remuneração, pelo que se mantém a relevância dada elementos como a natureza jurídica de cooperativa da Instituição e a

imposição de restrições de natureza geográfica à actuação da dita Instituição, factores que determinam que a tais funções

correspondam muitas vezes remunerações de valor senão simbólico, pelo menos inferior ao da média dos Colaboradores da

Instituição, sendo por conseguinte tais remunerações insusceptíveis de qualquer comparação com as que são auferidas no resto

do Sector Bancário, tal como são insusceptíveis de levar à assunção de riscos excessivos ou de pôr em causa os interesses de longo

prazo da Instituição, a sua estabilidade financeira ou a sua base de capital.

Nesta perspectiva, para além de se terem que considerar inaplicáveis à CAIXA AGRÍCOLA todas as disposições do RGICSF, da Lei nº

28/2009 e do Aviso nº 10/2011 (os últimos na medida em que se considerem compatíveis com o primeiro) que pressuponham que

as entidades às mesmas sujeitas revestem a natureza jurídica de sociedades anónimas, houve que ponderar a aplicação de muitas

das demais normas, sempre por referência ao princípio da proporcionalidade ínsito no corpo do nº 3 do art. 115º-C do RGICSF.

Consequentemente, o referido princípio da proporcionalidade presidiu à elaboração da presente Política de Remuneração que, nos

termos do RGICSF, prossegue ainda os seguintes objectivos:

a. Promover e ser coerente com uma gestão de riscos sã e prudente e não incentivar a assunção de riscos superiores ao

nível de risco tolerado pela Instituição;

b. Ser compatível com a estratégia empresarial da Instituição, os seus objectivos, valores e interesses de longo prazo e

incluir medidas destinadas a evitar conflitos de interesses;

c. Distinguir de forma clara os critérios para a fixação da componente fixa da remuneração, fundamentados principalmente

na experiência profissional relevante e na responsabilidade organizacional de cada Membro de Órgão de Administração

ou de Fiscalização.

3. CONSIDERAÇÕES GERAIS

Nos termos e para os efeitos do nº 1 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, declara-se que:

a) A Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é definida pela Assembleia Geral, sem a intervenção

de quaisquer consultores externos, cabendo à mesma revê-la periodicamente, pelo menos uma vez por ano, em sede da sua

aprovação nos termos do nº 4 do art. 115º-C do RGICSF;

b) A presente política não contempla a atribuição de remunerações variáveis;

c) Vistas a natureza e dimensões da Instituição, a inexistência de remunerações variáveis, o valor das remunerações pagas aos

Membros dos respectivos Órgãos de Administração e de Fiscalização e o facto de, não sendo a Instituição uma sociedade anónima,

lhe ser impossível pagar qualquer remuneração sob a forma de acções ou instrumentos nos termos do nº 3 do art. 115º-E do

RGICSF, não será diferido o pagamento de qualquer parte da remuneração;

d) A Política de Remuneração é propícia ao alinhamento dos interesses dos Membros do Órgão de Administração com os interesses

de longo prazo da Instituição e é igualmente consentânea com o desincentivo de uma assunção excessiva de riscos, na medida em

que preconiza a atribuição de uma remuneração de valor moderado, compatível com as tradições e com a natureza específica do

Crédito Agrícola;

e) Atenta a natureza cooperativa da CAIXA AGRÍCOLA, o desempenho dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é, em primeira

linha, avaliado pelos Associados em sede de Assembleia Geral, reflectindo tal avaliação não só o desempenho económico da

Instituição, mas também outros critérios directamente relacionados com a sobredita natureza cooperativa, incluindo a qualidade

da relação estabelecida entre Administração e Cooperadores e da informação prestada aos membros sobre o andamento dos

negócios sociais.

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4. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ORGÃO DE FISCALIZAÇÃO: CONSELHO FISCAL

A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal, tendo em consideração a natureza da composição desse Órgão Social, consiste

exclusivamente numa componente fixa, paga através de senhas de presença de valor unitário correspondente a 1/18 do nível 18

da tabela salarial do Acordo Colectivo de Trabalho das Instituições de Crédito Agrícola.

Acresce a esta remuneração: i)Reembolso de despesas incorridas no exercício das funções de membro do Órgão de Fiscalização; ii)

pagamento de compensação pela utilização de viatura própria nas deslocações para as reuniões do Conselho de Fiscal ou outras

deslocações realizadas no exercício das funções, dentro dos valores publicados anualmente em portaria do Ministério das Finanças

e da Administração Publica; iii) possibilidade de acesso a financiamento de carácter ou finalidade social ou decorrente da política

de pessoal, conquanto verificados os pressupostos legal, regulamentar ou convencionalmente exigíveis.

5. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO: CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO.

5.1. REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES EXECUTIVOS

A remuneração dos Membros executivos do Conselho de Administração consiste exclusivamente numa componente fixa, paga

através de senhas de presença de valor unitário correspondente a 1/18 do nível 18 da tabela salarial do Acordo Colectivo de

Trabalho das Instituições de Crédito Agrícola.

O Presidente do Conselho de Administração, para além das senhas de presença referidas, auferirá um complemento remuneratório

mensal, pago 14 meses no ano, no valor correspondente a quatro senhas de presença.

Acresce à remuneração: i) Pagamento de despesas de deslocação, estadia, representação ou outras incorridas no exercício das

funções de Membro do Órgão de Administração, podendo para o efeito ser atribuído um cartão de crédito; ii) Uso de viatura de

serviço no exercício das mesmas funções e atribuição de telemóvel; iii) Pagamento de Compensação pela utilização de viatura

própria, nas deslocações para as reuniões do Conselho de Administração ou outras deslocações realizadas no exercício das suas

funções, dentro dos valores publicados anualmente em portaria do Ministério das Finanças e da Administração Publica; iv)

possibilidade de acesso a financiamento de carácter ou finalidade social ou decorrente da política de pessoal, conquanto verificados

os pressupostos legal, regulamentar ou convencionalmente exigíveis.

Nos termos e para os efeitos dos arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, mais se declara que:

5.1.1 Quanto à avaliação do desempenho

a) O órgão competente para a avaliação do desempenho individual dos Administradores Executivos é o Órgão de Fiscalização, sem

prejuízo da competência da Assembleia Geral, nos termos acima descritos;

b) A remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável, pelo que são inaplicáveis os arts. 115º-E e

115º-F do RGICSF e as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011.

5.1.2 Quanto aos mecanismos de malus e clawback

Conforme referido acima, a remuneração dos Administradores executivos não inclui uma componente variável, pelo que são

inaplicáveis as regras constantes do RGICSF quanto à aquisição do direito à mesma e aos mecanismos de redução (“malus”) ou

reversão (“clawback”).

5.1.3 Disposições gerais

a) Uma vez que a remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável, são inaplicáveis as alíneas b),

c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011;

b) No exercício de 2015 não foram pagas nem se mostraram devidas compensações e indemnizações a Membros do Órgão de

Administração devido à cessação das suas funções;

c) A Instituição não celebrou com os Membros do seu Órgão de Administração qualquer contrato que lhes confira direito a

compensações ou indemnizações em caso de destituição, incluindo pagamentos relacionados com a duração de um período de

pré-aviso ou cláusula de não concorrência, pelo que o direito a tais compensações ou indemnizações se rege exclusivamente pelas

normas legais aplicáveis, sendo desnecessários os instrumentos jurídicos a que alude o art. 10º do Aviso nº 10/2011; de igual modo,

não vigora na Instituição qualquer regime especial relativo a pagamentos relacionados com a cessação antecipada de funções, pelo

que é igualmente inaplicável o nº 11 do art. 115º-E do RGICSF;

d) Foram pagas a Membros do Órgão de Administração da Instituição remunerações pelas entidades que abaixo se indicam, com

as quais a Instituição se encontra em relação de domínio ou de grupo: Fenacam.

e) Não vigoram na Instituição quaisquer regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada, nem são concedidos

benefícios discricionários de pensão;

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 100

f) Inexistem outros benefícios não pecuniários relevantes que possam ser considerados como remuneração.

g) Os Membros do Órgão de Administração não utilizam quaisquer seguros de remuneração ou responsabilidade, ou quaisquer

outros mecanismos de cobertura de risco tendentes a atenuar os efeitos de alinhamento pelo risco inerentes às suas modalidades

de remuneração

h) Caso seja atribuída qualquer remuneração a Administrador Executivo eleito para o seu primeiro mandato que vise compensá-lo

pela cessação de funções anteriores, esta terá em consideração os interesses de longo prazo da Instituição e será sujeita às regras

que em cada momento vigorem quanto a desempenho, indisponibilidade mediante retenção pela Instituição, diferimento e

reversão, sem prejuízo de, conforme referido, não ser actualmente diferido o pagamento de qualquer parte da remuneração.

5.2 REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS

A remuneração dos Membros não executivos do Órgão de Administração consiste exclusivamente numa componente fixa, paga

através de senhas de presença de valor unitário igual ao fixado pela Assembleia Geral para o Conselho de Administração Executivo.

6. REVISOR OFICIAL DE CONTAS

A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e definida no âmbito de contrato de

prestação de serviços de revisão de contas.

6.3. Remunerações Pagas aos Membros dos Órgãos Sociais em 2016.

Órgãos Sociais N.º Senhas

Presença Despesas

(km) Reembolso Despesas Total

Assembleia Geral 3 1.800 € 0 € 1.800 €

Conselho de Administração 5 84.300 € 2.206 € 86.506 €

Conselho Fiscal 3 7.350 € 608 € 108 € 7.958 €

Total 11 93.450 € 2.814 € 108 € 96.264 €

As remunerações dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização não contemplam uma

componente variável.

Foram efectuados ao Revisor Oficial de Contas, pagamentos no valor de 11.439€, de acordo com o contrato

de prestação de serviços existente.

6.4. Política de Remuneração de Colaboradores

Dando cumprimento ao disposto no nº 3 do artigo 16º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, é

prestada a seguinte informação, atinente à política de remuneração de colaboradores:

1. Os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011 auferem

uma remuneração fixa paga 14 vezes por ano, de acordo com as condições dispostas no ACT do Crédito

Agrícola, a qual pode ainda integrar um complemento remunerativo mensal fixo, estabelecido

contratualmente ou na sequência de reajustamento remunerativo casuístico, com excepção da função de

controlo, Auditoria Interna, cuja remuneração é definida no âmbito de um contrato de prestação de

serviços.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL – Relatório e Contas 2016 – Página 101

2. Pode ser atribuída isenção de horário de trabalho às funções cujo nível de responsabilidade e exigência

de disponibilidade assim o justifique.

3. Com base em critérios a definir pelo Conselho de Administração, pode ser atribuída anualmente uma

remuneração variável, definida com base num processo de avaliação de um conjunto de competências

críticas para a função, a qual corresponde apenas a um prémio de desempenho.

4. A metodologia e critérios de avaliação de desempenho, aprovados pelo órgão de administração, são

divulgados internamente, aprovados e aplicados de forma idêntica, para a generalidade dos colaboradores

da instituição. O órgão de administração valida os resultados finais da avaliação de desempenho efectuada

pela hierarquia directa dos colaboradores.

5. A componente variável da remuneração tem tido como limite máximo dois salários brutos por

colaborador. O limite e as orientações são revistos anualmente pelo Conselho de Administração.

6. A remuneração variável quando atribuída é sempre paga em numerário tendo por base o desempenho

do ano transacto.

7. Não é diferida qualquer parte da componente variável da remuneração, porquanto o valor desta não

tem expressividade para que o seu pagamento imediato e de uma só vez possa impedir que se atinja

qualquer um dos objectivos que o diferimento visaria prosseguir.

8. Atento o disposto no nº 3 do artigo 17º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, em 2016 os

colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do mesmo Aviso auferiram as seguintes remunerações:

Remunerações pagas

Funções Controlo Fixa Variável Total

Compliance 26.024 € 1.950 € 27.974 €

Gestão de Risco 64.381 € 3.000 € 67.381 €

Total 90.405 € 4.950 € 95.355 €

A função Auditoria Interna na Caixa é exercida no âmbito de um contrato de prestação de serviços celebrado com a CA Serviços. Em 2016 foram pagas facturas no valor de 13.971€.

Vila Nova de Famalicão, 02 de Março de 2017

O Conselho de Administração

António Germano Fernandes de Sá e Abreu

José de Azevedo Costa

Fernando José Camisão Rossi de Oliveira

José Gregório de Sá Torres

António de Oliveira Araújo

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PARECER DO CONSELHO FISCAL

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CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS

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PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS DA CAIXA DE CRÉDITO

AGRÍCOLA MÚTUO DO MÉDIO AVE CRL.

De acordo com o estabelecido nos Estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave, CRL., e

demais legislação aplicável, propomos que o Resultado Liquido do Exercício, um lucro de 1.409.934,03 €

(um milhão, quatrocentos e nove mil, novecentos e trinta e quatro euros e três cêntimos), seja aplicado da

seguinte forma:

- Cobertura resultados transitados, 14.532,96€;

- Reforço da Reserva Legal, 617.082,35 €;

- Reforço da Reserva para formação e educação cooperativa, 15.850,68€;

- Reforço da Reserva para Mutualismo, 3. 850,68 €;

- Outras reservas, 758.617,36€.

Do valor registado em outras reservas, propomos que 550.445€, sejam incorporados em capital social.

Impacto da proposta na Situação Liquida:

Vila Nova de Famalicão, 02 de Março de 2017

O Conselho de Administração

António Germano Fernandes de Sá e Abreu

José de Azevedo Costa

Fernando José Camisão Rossi de Oliveira

José Gregório de Sá Torres

António de Oliveira Araújo

Situação Liquida Antes Proposta Proposta Após proposta

Capital Social 9.169.555,00 550.445,00 9.720.000,00

Reserva Legal 2.582.917,65 617.082,35 3.200.000,00

Reserva para formação e educação cooperativa 34.149,32 15.850,68 50.000,00

Reserva para Mutualismo 26.149,32 3.850,68 30.000,00

Outras Reservas 59,44 208.172,36 208.231,80

Reservas de reavaliação 222.404,01 222.404,01

Resultados Transitados -14.532,96 14.532,96 0,00

Resultado do exercicio 1.409.934,03 -1.409.934,03 0,00

Total 13.430.635,81 0,00 13.430.635,81

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ÓRGÃOS SOCIAIS

Triénio de 2016 - 2018.

MESA DA ASSEMBLEIA GERAL

José Luís Araújo de Carvalho – Presidente

Maria Antónia de Abreu de Sampaio de Almeida Garrett – Vice Presidente

Luís Bento de Sampaio Correia Miranda – Secretário

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

António Germano Fernandes de Sá e Abreu – Presidente

José de Azevedo Costa – Vogal

Fernando José Camisão Rossi de Oliveira – Vogal

José Gregório de Sá Torres – Vogal

António de Oliveira Araújo – Vogal

CONSELHO FISCAL

José Luís de Freitas Queirós – Presidente

António Manuel Moreira Rodrigues – Vogal

José Miguel Basto Serdoura – Vogal

REVISOR OFICIAL DE CONTAS

Baker Tilly, PG & Associados SROC, S.A – Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, representada por

Guilherme de Noronha e Távora Pinheiro Torres