Cap Carga Estatica
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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Faculdade de Engenharia
Programa de apoio acadêmico
Título: Capacidade de carga em estacas - Fórmulas estáticas
Área de projeto: Desenvolvimento de material didático
Departamento: Estruturas e Fundações
Coordenador: Prof. José Martinho de Azevedo Rodrigues

ÍNDICE
INTRODUÇÃO 6-8
FÓRMULAS ESTÁTICAS 9-11
MÉTODO DE TERZAGHI 12-15
MÉTODO DE SCHENK 16-18
MÉTODO DE CAQUOT-KERISEL 19-23
MÉTODO DE DÉCOURT E QUARESMA 24-26
MÉTODO AOKI - VELLOSO 27-34
TABELA I – VALORES DE RELAÇÃO ENTRE O ATRITO LATERAL E A RES. DE PONTA 35
ESTACAS ESCAVADAS DE GRANDE DIÂMETRO E BARRETE – MÉTODO FUNDESP 36-38
ESTACAS “RAIZ” - MÉTODO FUNDESP 39-41
ESTACAS “RAIZ” - MÉTODO DA BRASFOND 42-44
COMENTÁRIOS SOBRE ESTACAS “RAIZ 45-49
COMENTÁRIOS SOBRE ESTACAS ESCAVADAS 50-52
ÍNDICE DAS CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DOS PRINCIPAIS TIPOS DE ESTACAS 53
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DOS PRINCIPAIS TIPOS DE ESTACAS 54-88
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Prof. J. Martinho
INTRODUÇÃO
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Prof. J. Martinho Capacidade de carga de estacas
Conceito
É a capacidade de carga que o terreno teria de suportar as cargas transmitidas da infra estrutura ou superestrutura ao terreno de fundação, através a ponta da estaca, ao atrito lateral do fuste da estaca, ou a combinação de ambos, ou ainda, ver classificação de estacas quanto ao carregamento e ao modo pelo qual elas transferem as cargas ao terreno de fundação.
O conceito de capacidade de carga de estacas também está intimamente ligado aos critérios básicos que todas as fundações devem obedecer:
Critério de ruptura
Tanto o material que constitue a fundação (elemento estrutural), como o que recebe a carga (terreno de fundação) deverá ser capaz de suportar as cargas a eles transmitidas, com os FS próprios a cada caso e teoria.
Critério de recalque
A fundação poderá ou deverá sofrer deformações que sejam compatíveis com a estrutura a ser suportada, ou seja, deverá haver compatibilidade entre cargas e deformações, e estas deformações não poderão causar danos a estrutura, sejam eles funcionais, arquitetônicos ou estruturais.
É importante ressaltar que em certos casos, como por exemplo, fundações de máquinas, além da capacidade de carga admissível é fixado o recalque admissível máximo tolerável à aquele tipo de máquina ou estrutura.
Na determinação da capacidade de carga admissível de estacas, são utilizados diferentes teorias e métodos, dentre os quais podemos assinalar os que se obtêm através de:
1. Fórmulas estáticas de capacidade de carga
2. Fórmulas dinâmicas de capacidade de carga
3. Resultados obtidos através da realização de provas de carga em estacas, conforme metodologia estabelecida pela NBR-6121/86 da ABNT.
4. Aplicação da Equação da Onda:
CASE METHOD
CAPWAP; desenvolvidos pelo Prof. Goble da Universidade de Colorado - EUA.
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Conforme o tipo de estaca e modo de execução da mesma, poderão ser utilizados todos os métodos acima propostos ou apenas alguns deles, ou até somente um deles, na hipótese de não realização de prova de carga.
Portanto, é de ressaltar a importância que se tem em conhecer em toda a sua plenitude tudo sobre cada um dos tipos de estacas, principalmente no tocante ao método executivo da mesma, para que possamos avaliar e analisar o comportamento da mesma, no momento em que será aplicada a carga à referida estaca.

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FÓRMULAS ESTÁTICAS
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Prof. J. Martinho
Fórmulas estáticas de capacidade de carga de estacas
A utilização das fórmulas estáticas permite a determinação teórica da capacidade de carga admissível de estacas (ver conceito) através a utilização de:
• Parâmetros geotécnicos
• Resultados de sondagens a percussão
• Resultados de sondagens estáticas
• Correlações de SPT x CPT
• Resultados de medidas de atrito lateral estaca x tipo de solo
Estabelecidos por diferentes autores, nos seus países de origem ou de trabalho, conforme será apresentado a seguir, quando da apresentação das diferentes teorias; de modo que através destas teorias defina-se a capacidade de carga admissível em uma determinada cota de assentamento da estaca ou cota da base ou ponta da estaca (CAF).
De um modo geral, os cálculos teóricos são feitos por tentativas, até se chegar a uma profundidade na qual a capacidade de carga admissível da estaca seja praticamente igual à carga estrutural nominal da estaca. À medida que se adquire experiência nestes tipos de cálculos, as tentativas se reduzem, chegando bem próximas da unidade.
No caso de utilização de programas para computadores, é possível produzir quadros, tabelas e gráficos, de onde será definida a profundidade, cota de assentamento da fundação que satisfaça a capacidade de carga admissível para a estaca tipo em estudo.
Normalmente escolhe-se uma cota de assentamento da fundação (CAF), em que a capacidade de carga admissível do terreno de fundação é aproximadamente igual à carga estrutural nominal da estaca (Qadm ≅ Qestrut).
Nos casos abaixo relacionados, não se aplica este critério (Qadm ≅ Qestrut):
1. Ver recomendação da NBR-6122/86 da ABNT.
2. Carga do pilar menor que a carga estrutural da estaca.
3. Carga do pilar maior que a carga estrutural da estaca.
No caso mais comum, normalmente a estaca escolhida, principalmente no tocante à carga estrutural, não atende à carga de alguns poucos pilares, e, por esta razão também, teremos que analisar o aspecto econômico, levando certamente à diminuição do comprimento da estaca.
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Portanto, teremos uma cota de assentamento de fundação (CAF) inferior a acima mencionada, que é o caso em que Qadm = Qpilar, caso 2 acima.
Poderá existir também a situação de se calcular o número de estacas, ter se achado um número não inteiro, e se ter arredondado para o imediatamente superior, acarretando portanto, uma carga atuante na estaca inferior à carga estrutural nominal da estaca, uma vez que o número de estacas foi aproximado para mais e o inteiro mais próximo.
Quando efetuarmos as aproximações para o inteiro imediatamente superior, como a carga do pilar permanece a mesma e o número de estacas aumentou, a carga atuante na estaca, proveniente da carga do pilar diminui, logo, recalcularemos a capacidade de carga admissível do terreno de fundação para este valor, fazendo portanto com que a estaca venha a ter seu comprimento diminuído.
A adoção deste procedimento é a mais correta e ficará a critério do projetista, e dos elementos disponíveis a adoção do critério acima mencionado.

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MÉTODO DE TERZAGHI
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Prof. J. Martinho Capacidade de carga de estacas - Fórmulas estáticas
Fórmula geral de Terzaghi
Q R A p hr p pi
i n
= +=
s=
∑. .1
.
a
Q Q Qr p= +
onde:
Rp = resistência de ponta do penetrômetro estático
Ap = área de ponta da estaca
p = perímetro da seção reta do fuste da estaca
h = altura do fuste considerado
s = resistência de aderência ou resistência de atrito lateral
Qr = capacidade de carga da estaca na ruptura
Qp = carga de ponta na estaca
Qa = carga de atrito lateral
Qadm = capacidade de carga admissível
FS = fator de segurança de capacidade de carga (FS = 3)
QQFSadm
r= QQ
admr=
3
Nota: consultar os seguintes elementos técnicos:
1. Valores obtidos no ensaio de penetração estática "deepsondering"
2. Ensaios de laboratório; sondagens; provas de carga; ensaios in situ
3. Tabela do LNEC, correlacionando SPT x Deepsondering
4. Quadro 1 - Comparação entre os valores indicados por diferentes autores para o atrito lateral das estacas - Fernando Vasco Costa
5. Quadro 2 - Cargas que as estacas podem suportar por atrito lateral - Fernando Vasco Costa
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Prof. J. Martinho Cargas que as estacas podem suportar por atrito lateral, segundo a fórmula:
cs
=µη.
Autor Tipo de terreno Atrito lateral m (t/m2)
A. Mayer (η = 1) lodo 0,7 a 0,9
argila 1,0 a 1,5
areia 2,0 a 2,5
Scheidlig (η = 2) lodo 0,7
argila muito plástica 1,0 a 2,0
argila plástica 3,4 a 4,0
argila rija 6,0 a 10,0
areia 10,0 a 12,0
Limite de carga para as tensões de serviço
Rmadeira 80 kg/cm2
Rconcreto 60 kg/cm2
Raço 1400 kg/cm2
Bibliografia: Fernando Vasco Costa - Estacas para fundações
Comparação entre os valores indicados por diferentes autores para o atrito lateral das estacas
Autor Terrenos
lodos argilas areias
(t/m2) (t/m2) (t/m2)
Armand Mayer 0,7 a 0,9 1,0 a 1,5 2,0 a 2,5
Scheidig ensaios de tração 0,7 1,0 a 10,0 1,0 a 20,0
madeira 0,0 1,6 a 2,7 1,6 a 2,7
Krynine concreto 0,0 3,2 a 6,5 3,2 a 6,5
metálicas 0,0 2,0 a 4,2 2,0 a 4,2
Tschebotarioff (citado por Jacoby e Davis) 0,7 até 7,0 3,0 a 10,0
Procedimento A.S.C.E. 0,5 1,7 a 9,0 1,7 a 4,4
Guidi: madeira - 2,5 3,0
concreto rugoso - 1,5 2,5
concreto liso - 1,0 2,0
ferro, aço - 1,5 2,5
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Mais recentemente, Terzaghi indicou como valores de atrito lateral a que se inicia o movimento os seguintes:
Terreno Atrito lateral(t/m2)
Areias compactas (estacas compridas) 2,5
Areias compactas (estacas curtas) 10,0
Argilas brandas e siltes 1,0 a 3,0
Siltes com areia 2,0 a 5,0
Argilas rijas 4,0 a 10,0
No caso de argilas, recomenda ainda o mesmo autor que se proceda a determinação da resistência à compressão simples e se adote para atrito da estaca sobre o terreno a metade deste valor.
Quando se procede a elaboração de um projeto de responsabilidade, em vez de utilizar valores de atritos indicados em livros, é indispensável proceder a ensaios diretos.

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MÉTODO DE SCHENK
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Capacidade de carga pelo método de Schenk
R R R R Fq U l qp a s rmi
i n
= = + = +=
=
∑23
23
23 1
( ) ( . . )
onde:
R = capacidade de carga admissível de Schenk
R = capacidade de carga na ruptura
Rp = resistência de ponta da estaca
Ra = resistência de atrito lateral ou ao longo do fuste da estaca
F = área da seção da ponta da estaca (cm2)
U = perímetro da estaca (cm) ou da seção reta do fuste da estaca (cm)
l = espessura das camadas (cm)
qs e qrm = parâmetros dados em função da natureza do solo e do tipo da estaca.
Obs: consultar tabela anexa, com os valores de qs e qrm.

PARÂMETROS PARA ESTIMATIVA DE CAPACIDADE DE CARGA DAS ESTACASComprimento Atrito lateral médio por unidade de área Resistência de ponta por unidade de área
Tipo de solo abaixo do (superfície lateral desenvolvida) qrm (kg/cm2) (área da figura envoltória) qs (kg/cm2)topo da Estacas Estacas de Estacas de aço Estacas Estacas de Estacas de aço (3)camada de concreto Seção em de concreto Seção emresistente madeira armado caixão. Ponta Perfis I, H madeira armado caixão. Ponta Perfis I, H
(m) aberta aberta(4) (1) (2)
Solos não coesivos- Areia fina- Areia média até 5 0,20 - 0,45 0,20 - 0,45 0,20 - 0,35 0,20 - 0,30 20 - 30 20 - 50 15 - 40 15 - 30- Areia grossa 5 - 10 0,40 - 0,65 0,40 - 0,65 0,35 - 0,55 0,30 - 0,50 30 - 75 35 - 65 30 - 60 25 - 50- Areias misturadas > 10 0,60 0,50 - 0,75 0,40 - 0,75 40 - 80 35 - 75 30 - 60- Silte- Pedregulhos - Misturas de areias como acima Os valores acima podem ser e pedregulhos elevados de 25%Solos coesivosTurfa, vasa - - - - -- Argila mole 0,05 - 0,20 -- Argila rija a semidura 0,20 - 0,45 0 - 20- Silte argiloso 0,20 - 0,45 0 - 20- Semidura a dura até 5 - 0,50 - 0,80 0,40 - 0,70 0,30 - 0,50 - 20 - 60 15 - 50 15 - 40
5 - 10 - 0,80 - 1,10 0,60 - 0,90 0,40 - 0,70 - 50 - 90 40 - 90 30 - 75> 10 - 0,80 - 1,10 0,80 - 1,00 0,50 - 0,80 - 80 - 100 80 - 100 60 - 90
(1) Para larguras de seção em caixão ou diâmetro de tubo < 500mm(2) Para perfis com altura < 400mm. Para perfis mais altos, dividir a altura por meio de chapas soldadas(3) Para estacas de aço, seção em caixão e ponta fechada, pode-se adotar os valores correspondentes às estacas de concreto armado(4) Para qrm toma-se o comprimento das estacas l; para qs, o comprimento cravado na camada resistente
Bibliografia: Homero Pinto Caputo, vol IV - Estacas Franki
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MÉTODO DE CAQUOT-KERISEL
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Prof. J. Martinho Capacidade de carga pelo método de Caquot-Kerisel
Formulação
Rr = Rp + Ra
onde:
Rr = carga de rutura;
Rp = resistência de ponta;
Ra = resistência de atrito lateral.
Cálculo de rutura (Rr)
Solo não coesivo
Rr = Sb.Nq.γ.D + 2.Sf. S3.γ.Dd
2
Solo coesivo
Rr = Sb.(Nq.γ.D + c.Nc) + Sf.(4.c.S5.Dd
+ 2.S3.γ.Dd
2
)
onde:
Sb = área da base da estaca
Sf = área da seção reta do fuste
γ = peso específico do solo
D = profundidade da ponta ou base
d = diâmetro do fuste
Nq = parâmetro que depende do ângulo de atrito do solo (Ábaco I)
Nc = parâmetro que depende do ângulo de atrito do solo (Ábaco I)
S3 = parâmetro que depende do ângulo de atrito do solo e da obliquidade da reação do atrito em relação à superfície (Ábaco II)
S5 = parâmetro que depende do ângulo de atrito do solo (Ábaco II)
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Carga admissível de trabalho da estaca (Fator de segurança = 3)
RR
tr =
3
Bibliografia
L’ Herminier - Mecanique des Sols - Paris - 1967
Anexo:
Ábaco I - Resistência de ponta
Ábaco II - Resistência de atrito lateral



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MÉTODO DE DÉCOURT E QUARESMA
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Prof. J. Martinho Capacidade de carga pelo método de Décourt e Quaresma
Os autores apresentam um processo expedito para a determinação da carga de ruptura de estacas, em função apenas dos resultados fornecidos por sondagens a percussão (SPT).
Décourt e Quaresma ressaltam que o objetivo do método elaborado não visa a obtenção de valores exatos, mas sim de estimativas bastante aproximadas, seguras, e principalmente de fácil determinação.
Formulação
Qr = Qp + Qa
onde:
Qr = capacidade de carga limite (na ruptura) da estaca;
Qp = parcela de carga de ruptura resultante da ponta da estaca;
Qa = parcela de carga de ruptura resultante do atrito ao longo do fuste da estaca.
Cálculo de Qp
Qp = Ap.N .K p
onde:
Ap = área de ponta da estaca
Np = média dos valores do número de golpes junto à ponta da estaca.
K = coeficiente ou fator característico, função do tipo de solo - ver Quadro 1
Obs:
• A média dos valores do número de golpes na ponta da estaca é estabelecida entre o valor correspondente ao nível da ponta da estaca, o imediatamente anterior e o imediatamente posterior. Isto é, se a estaca estiver na CAF = -15 m, a média deve ser extraída dos valores do número de golpes obtido na sondagem a percussão mais próxima do nível da ponta da estaca (-15 m), o anterior (-14 m) e o posterior (-16 m).
Quadro 1 - Valores de K, segundo Décourt-Quaresma
Tipos de estaca Qualquer Escavada de grande φ
Natureza do solo tf/m2 kPa tf/m2 kPa
Argila 12 120 10 100
Siltes argilosos 20 200 12 120
Siltes arenosos 25 250 14 140
Areias 40 400 20 200
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Cálculo de Qa
Qa = p.L.qt
onde:
p = perímetro da seção reta do fuste da estaca (m)
= comprimento da estaca (m) L
qt = adesão média ao longo do fuste (tf/m2)
q N
t = +3
1
N = número de golpes médio (para penetrar 30cm do amostrador padrão-SPT) ao longo do fuste.
Considerações para o cálculo da adesão média qt
1. Para valores de sondagem a percussão onde N é menor ou igual a três, Décourt-Quaresma recomendam adotar N = 3.
2. Para valores de N ≥ 50, o professor aconselha adotar N = 50, pois em sondagens a percussão, valores menores que três e maiores que 50 não devem ser considerados.
3. No caso de estacas tipo Strauss e tubulões a céu aberto sem revestimento, adotar N = 15 como limite.
A capacidade de carga, segundo Décourt-Quaresma:
Qr = Qp + Qa
onde:
Qp = Ap.N .K p
Qa = p.L.qt
Fatores de segurança, propostos por Décourt-Quaresma
Na ponta: FSp = 4,0
No atrito ao longo do fuste: FSa = 1,3
Qr = Qp + Qa
Q QFS
QFSadm
p
p
a
a= + ∴ = + Q
Q Qadm
p a
4 1,3

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MÉTODO AOKI - VELLOSO
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Prof. J. Martinho Capacidade de carga pelo método de Aoki-Velloso
A aplicação do método proposto por Aoki-Velloso baseia-se nos resultados das sondagens a percussão, que permitem descrever a natureza das camadas atravessadas e a medida da resistência à penetração do amostrador padrão (SPT), denominada de N, e definida, como sendo o número de golpes para penetrar os últimos 30cm do solo.
Com base nas correlações estabelecidas por Costa Nunes e Fonseca, e Begemann, temos:
1. Costa Nunes e Fonseca:
Entre o índice de resistência à penetração (N) e a resistência estática do ensaio de CPT (Rp)
Rp = K.N
Quadro I - Valores de K, segundo Costa Nunes e Fonseca
Tipo de solo K
Argila, argila siltosa e silte argiloso 2,0
Argila arenosa e silto arenosa 3,5
Silte arenoso 5,5
Areia argilosa 6,0
Areia 10,0
2. Begemann:
Entre o atrito lateral local e a resistência de ponta do cone obtida por:
rl = α.Rp, para alguns tipos de solos (ver tabela anexa)
3. Aoki-Velloso:
Aoki e Velloso interpolaram os valores de K e α, englobando uma ampla faixa de natureza de materiais, com base nos resultados de Costa Nunes e Fonseca, e Begemann (ver quadro II).
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Prof. J. Martinho
Quadro II - Valores de K e α, segundo Aoki-Velloso (1975)
Tipo de solo K (kg/cm2) K (kPa) α (%)
Areia 10 1000 1,4
Areia siltosa 8 800 2,0
Areia silto-argilosa (*) 7 700 2,4
Areia argilosa 6 600 3,0
Areia argilo siltosa (*) 5 500 2,8
Silte 4 400 3,0
Silte arenoso 5,5 550 2,2
Silte areno argiloso (*) 4,5 450 2,8
Silte argiloso 2,3 230 3,4
Silte argilo arenoso (*) 2,5 250 3,0
Argila 2 200 6,0
Argila arenosa 3,5 350 2,4
Argila areno siltosa (*) 3 300 2,8
Argila siltosa 2,2 220 4,0
Argila silto arenosa (*) 3,3 330 3,0
• Valores de K e α (em %) obtidos por Aoki-Velloso (1975), com base nos resultados de Costa Nunes e Fonseca, e Begemann.
Nota:
• Nas sondagens usuais normais, em que não são realizados ensaios para determinação da curva granulométrica de um solo, a Norma não permite a classificação do solo com três minerais, daí a razão de normalmente não se ter na classificação do solo os três minerais, e por isto não se utiliza os valores acima assinalados por (*).
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Prof. J. Martinho
Capacidade de carga - Aoki-Velloso
A capacidade de carga de uma estaca na ruptura, pode ser estimada pela expressão:
Qr = Qp + Ql
Q
p
l
r
1
2
Q
Q
Q
l
onde:
Qr = carga de ruptura
Qp = carga resistida pela ponta
Ql = carga resistida por atrito lateral
Qp = S.r'p
Ql = ∑ U lCB
CA
lr.∆ . ′
onde:
CA = cota de arrasamento da estaca
CB = cota de base ou de ponta da estaca
r'p = resistência de ponta
r'l = resistência por atrito lateral
S = área da base ou ponta da estaca
U = perímetro da seção reta do fuste da estaca
′ =r K NFp.1
(kgf/cm2)
′=r K NFl
α. .2
(kgf/cm2)
K e α = coeficientes que dependem do tipo de solo - Ver quadro II.
F1 e F2 = coeficientes corretivos que procuram levar em conta a diferença de comportamento entre a estaca (protótipo) e o cone holandês (modelo).
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Prof. J. Martinho Parcela de ponta na ruptura
Q S rp p= ′.
Q SK NFp =.1
Parcela de atrito na ruptura
′ Q U ll lCB
CA
= ∑ . .∆ r
Q U lK NFl
CB
CA
= ∑ . .( . . )
∆α
2
Obs.:
1. Se entrarmos com K em kgf/cm2, teremos obrigatoriamente que entrar com a área de ponta e a área lateral em cm2; obtendo Qp e Ql em kgf.
2. No caso de entrarmos com K em kPa, teremos obrigatoriamente que entrar com a área de ponta e a área lateral em m2, obtendo Qp e Ql em kN.
3. Unidades: força: 1 tf ≈ 10kN
pressão: 1 kgf/cm2 = 100 kPa = 100 kN/m2
Portanto,
∆l r'l
CB/CP
CA Qr
Qr = Qp + Ql
∴ =QQFSadm
r
admr
2
• Aoki-Velloso, recomenda FS=2
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Prof. J. Martinho Os autores Aoki-Velloso, após análise de um grande número de resultados de
provas de carga em diversos tipos de estacas, estabeleceram os seguintes valores para F1 e F2.
Quadro III- Valores de F1 e F2, segundo Aoki-Velloso (*)
Tipo de estaca F1 F2
Pré-moldada 1,75 3,5
Franki standard 2,5 5,0
Escavadas 2,5 < F1 < 5,0 F2 = 2F1
(*) Trabalho original de Aoki-Velloso (1975)
Nota:
• Fontoura, S.A.B., Velloso, P.P.C., Pedrosa, M.G.A., propõem para estaca escavada:
F1 = 3,0 e F2 = 6,0
Valores de F1 e F2, segundo vários autores
Quadro IV- Valores de F1 e F2, segundo vários autores
Tipo de estaca F1 F2
Autor 1 2 3 1 2 3
Pré-moldada de pequeno ∅ * 1,9 ** 1,4
Pré-moldada de grande ∅ 1,75 2,5 3,5 1,4
Perfil metálico 1,75 1,7 3,5 3,0
Franki 2,5 2,5 5,0 2,0
Escavada de grande ∅ 3,0 6,1 6,0 5,2
Strauss 3,0 4,2 6,0 3,8
Injetada de pequeno ∅ - - 2,3 - - 2,6
(1) Aoki-Velloso (1993)
* F1 = 1 + D/80 D em cm
** F2 = 2 x F1
(2) Hugo Laprovitera
(3) Estacas Franki
32

Prof. J. Martinho Proposta de novas correlações e fatores - Hugo Laprovitera (1988)
Quadro V - Valores de K e α por Hugo Laprovitera
Tipo de solo K (kPa) α (%) α' (%)
Areia 600 1,4 1,4
Areia siltosa 530 1,9 1,9
Areia silto argilosa 530 2,4 2,4
Areia argilo siltosa 530 2,8 2,8
Areia argilosa 530 3,0 3,0
Silte arenoso 480 3,0 3,0
Silte areno argiloso 380 3,0 3,0
Silte 480 3,0 3,0
Silte argilo arenoso 380 3,0 3,0
Silte argiloso 300 3,4 3,4
Argila arenosa 480 4,0 2,6
Argila areno siltosa 300 4,5 3,0
Argila silto arenosa 300 5,0 3,3
Argila siltosa 250 5,5 3,6
Argila 250 6,0 4,0
Obs.:
1. K = sugeridos por Danziger
2. α = proposto por Hugo Laprovitera (1988).
3. α' = proposto por Hugo Laprovitera (1988), no caso da sondagem não ter boa confiabilidade da parte do projetista.
33

Prof. J. Martinho
34
Quadro VI - Fatores F1 e F2, sugeridos por Hugo Laprovitera
Tipo de estaca F1 F2
Franki 2,5 2,0
Metálicas 1,7 3,0
Pré-moldadas de pequeno ∅ 1,9 1,4
Pré-moldadas de grande ∅ 2,5 (*) 1,4
Escavadas de grande ∅ 6,1 5,2
Strauss 4,2 3,8
Notas de Hugo Laprovitera:
1. O SPT a ser tomado para o cálculo da resistência de ponta da estaca (Qp) é o SPT médio numa faixa de um diâmetro (da ponta) para cima e para baixo do nível da ponta da estaca.
2. Considerou-se grande diâmetro toda estaca cujo diâmetro seja ≥ 60cm.
3. (*) Valor assumido por Hugo Laprovitera por questão de segurança.
4. Para o cálculo da área da base de estacas metálicas, do tipo "trilhos" e "perfis laminados", recomenda-se a utilização da área da seção metálica e mais alguma área que esteja contida no interior do contorno, e não no exterior do contorno como era anteriormente proposto para utilização em projeto.

Prof. J. Martinho
8
8 - turfa
Tabela I - Valores da relacao entre o atrito local e a resistencia de ponta, segundo Begemann
7 - argila
6 - areia silte arenosa
5 - silte
4 - areia silto argilosa3 - areia siltosa
2 - areia fina pedregulho1 - areia grossa com
Legenda:5%
0%
95%85%75%65%55%45%35%25%
15%
Atrito local (kgf/cm2)
0 1 2 3 4 5 6
Res
iste
ncia
de
pont
a (k
g)
0
100
200
300
765
4
321
100%
35

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ESTACAS ESCAVADAS DE GRANDE DIÂMETRO E BARRETE - MÉTODO FUNDESP
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Prof. J. Martinho Capacidade de carga de estacas escavadas com uso de lama bentonítica
φDe grande diâmetro
a
b
Tipo barrete
Sugestão: FUNDESP - Fundações Especiais SA
Pr = Pl + Pp (1), onde:
Pr = carga de ruptura
Pl = carga resistida pelo atrito lateral
Pp = carga resistida pela ponta
(2), onde: P Nl = ∑β β0 1. . . .∆U l
N = SPT (nº de golpes/30 cm)
U = perímetro da seção reta do fuste da estaca
βo = 1,5 - 0,4D
D=diâmetro da estaca em m (0,6 < D < 2,5)
β1.N ≤ 1,5 kg/cm2
P N Ap = bβ β0 2. . . (3), onde:
Ab = área da base da estaca
β2.N= média dos valores de β2 N situados 1,5D acima e abaixo da ponta da estaca
β1.N e β2.N são obtidos em kg/cm2
Valores de β1 e β2
Tipo de solo β1 (%) β2 (%)
areia 3,0 2,5
areia siltosa 3,3 2,0
areia argilosa 3,5 2,0
silte 2,3 1,2
silte arenoso 2,5 1,5
silte argiloso 2,0 1,1
argila 2,4 1,0
argila arenosa 2,5 1,4
argila siltosa 2,0 1,1
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38
Notas:
1. Sempre que possível, os valores de βo , β1e β2 devem ser comprovados através da realização de provas de carga instrumentadas.
2. O valor da carga admissível (Padm) deve produzir recalques compatíveis com a estrutura e satisfazer pelo menos uma das relações abaixo (a ou b):
a)
PP
admr≤
2
b) PP P
adml p
2 3≤ +

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ESTACAS "RAIZ" - MÉTODO FUNDESP
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Prof. J. Martinho Capacidade de carga de estacas "raiz"
Sugestão: FUNDESP - Fundações Especiais SA
A capacidade de carga à compressão de uma estaca raiz, com um diâmetro final D ≤ 45 cm e injetada com uma pressão τ ≤ 4 kg/cm2 (0,4 MPa), pode ser obtida através da seguinte fórmula:
Pr = Pl + Pp
onde:
Pr = carga de ruptura
Pl = carga resistida pelo atrito lateral
Pp = carga resistida pela ponta
onde:
N = SPT (nº de golpes/30 cm)
U = perímetro final da seção reta do fuste da estaca
βo = 1 + 0,11τ - 0,01D
onde:
D=diâmetro final da estaca em cm
τ = pressão de injeção em kg/cm2
onde:
Ab = área da base da estaca
β1.N e β2.N são obtidos em kg/cm2
β0.β1.N ≤ 2,0 kg/cm2 (0,2 MPa)
β0.β2.N ≤ 50 kg/cm2 (5 MPa)
40

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41
Valores de βo
τ (kg/cm2) 0 1 2 3 D (cm)
10 0,90 1,01 1,12 1,23
12 0,88 0,99 1,10 1,21
15 0,85 0,96 1,07 1,18
16 0,84 0,95 1,06 1,17
20 0,80 0,91 1,02 1,13
25 0,75 0,86 0,97 1,08
31 0,69 0,80 0,91 1,02
42 0,58 0,69 0,80 0,91
Valores de β1 e β2
Tipo de solo β1 (%) β2 (%)
areia 7 3
areia siltosa 8 2,8
areia argilosa 8 2,3
silte 5 1,8
silte arenoso 6 2,0
silte argiloso 3,5 1,0
argila 5 1,0
argila arenosa 5 1,5
argila siltosa 4 1,0
Notas:
1. O valor a ser adotado para τ deve ser analisado em conjunto com a firma executora das estacas.
2. Face à facilidade de executar provas de carga a compressão em estacas raiz, recomendamos a realização, de preferência logo no início da obra, de testes para comprovação dos valores de βo, β1 e β2.
3. O valor da carga admissível (Padm) deve produzir recalques compatíveis com a estrutura e satisfazer pelo menos uma das relações abaixo:
a) P Padm l≤ 1 2 5,
PP
admr≤
2
b) PP P
adml p
≤ +2 3

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ESTACAS "RAIZ" - MÉTODO DA BRASFOND
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Prof. J. Martinho Capacidade de carga de estacas raiz
Sugestão: BRASFOND - Fundações Especiais SA
A capacidade de carga externa decorrente da interação estaca/terreno que é função do método executivo e das características geomecânicas dos terrenos atravessados.
Esta capacidade, nos caso de estacas flutuantes, sem engaste da ponta em rocha ou material de consistência rochosa, é em geral determinada tão somente pela resistência devida ao atrito lateral, já que de fato é desprezível a relação entre a área da ponta e a superfície do fuste.
Confirmando que, embora o melhor modo para determinar a capacidade de carga externa de uma estaca raiz, bem como de qualquer tipo de estaca, seja o da execução de uma ou mais provas de carga preliminares, uma simples fórmula empírica para determinação da capacidade de carga P de uma estaca raiz, pode ser a seguinte:
, onde:
D = diâmetro nominal da estaca, isto é, o diâmetro de perfuração;
L = comprimento da estaca;
K = coeficiente que representa em média por todo o comprimento, a interação entre estaca e terreno (do ponto de vista físico esse coeficiente pode representar o esforço de aderência estaca/terreno ou ainda o esforço de cisalhamento induzido pela estaca no tereno);
I = coeficiente que depende do diâmetro da estaca.
As tabelas a seguir indicam os valores orientativos de K e I
Tabela 1 - Valores de K
Tipo de terreno K (tf/m2)
terreno mole 5
terreno solto 10
terreno med. compacto 15
terreno muito compacto, pedregulhos e areia 20
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Tabela 2 - Valores de I
Diâmetro da estaca I
∅ = 10 cm 1,00
∅ = 15 cm 0,90
∅ = 20 cm 0,85
∅ = 25 cm 0,80
∅ = 40 cm 0,65
A partir desses elementos é possível estabelecer, em caráter muito genérico, as cargas de trabalho aproximadas das estacas raiz em seus diverso diâmetros , que seriam as seguintes:
Quadro resumo: diâmetro x carga de trabalho
Diâmetro (mm) Carga de trabalho (tf)
Perfurado acabado
83 100 até 10
101 120 15
114 140 20
127 150 25
140 160 35
168 200 50
220 250 70
355 400 130

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COMENTÁRIOS SOBRE ESTACAS "RAIZ"
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Prof. J. Martinho Comentários técnicos
1. De acordo com a NBR 6122/86, item 7.3.3.4., vejamos o que a mesma nos diz com relação as estacas injetadas de pequeno diâmetro:
1.1. São consideradas estacas injetadas de pequenos diâmetro aquelas escavadas de forma circular, com perfuratriz, e injetadas, com diâmetro até cerca de 20 cm. Podem ser verticais ou inclinadas.
1.2. Basicamente são executadas com o seguinte procedimento:
a) escavação através de perfuração com equipamento mecânico apropriado, até a cota especificada no projeto, com uso ou não de lama bentonítica e de revestimento total ou parcial, e com diâmetro da perfuração no mínimo igual ao do fuste considerado no dimensionamento;
b) limpeza do furo e introdução da armadura (tubo, barras ou fios de aço) e, quando for o caso, dispositivo para injeção (tubo de válvulas múltiplas);
c) injeção de produto aglutinante, sob pressão, para a moldagem do fuste e ligação da estaca ao terreno, executada em uma ou mais etapas; nesta fase pode ser introduzida armadura adicional.
1.3. A resistência estrutural do fuste deve ter um fator de segurança mínimo à ruptura de 2, calculada em relação às resistências características dos materiais.
1.4. O consumo de cimento da calda ou argamassa injetada deve ser no mínimo de 350 kg/m3 de material injetada.
A injeção deve ser feita usando nata de cimento ou argamassa, dosados de maneira adequada ao método executivo e injetadas de maneira a garantir que a estaca tenha a carga admissível prevista no projeto e a ser confirmada experimentalmente.
1.5. A capacidade de carga deve ser verificada experimentalmente, através de provas de carga.
Para cada obra deve ser exigida uma prova de carga para as dez primeiras estacas e uma para cada 20 das demais estacas ou fração (no mínimo duas).
Em casos especiais, ou quando houver grandes variações nas características do terreno, a fiscalização pode exigir a execução de provas de carga adicionais.
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1.6. No caso de estacas injetadas de pequeno diâmetro atravessando espessas camadas de argila mole deve ser considerado o efeito da flambagem. Neste caso, a verificação da capacidade de carga à compressão não deve ser feita a partir do ensaio à tração.
1.7. A injeção sob pressão pode ser aplicada em um ou mais estágios, junto ou separado da confecção do fuste, pelo topo da escada ou em válvulas distribuídas ao longo do fuste.
1.8. Toda a obra deve ser acompanhada da apresentação de boletins de execução, constando no mínimo dos seguintes dados para cada estaca:
a) descrição do método executivo com apresentação de esquema;
b) diâmetro da perfuração;
c) diâmetro, espessura e profundidade do revestimento recuperável ou permanente;
d) uso ou não de lama bentonítica;
e) armação;
f) profundidade total;
g) pressão máxima de injeção;
h) pressão final de injeção;
i) volume de calda ou argamassa injetada em cada estágio ou válvula;
j) características da calda ou argamassa,
- traço;
- fator água-cimento;
- aditivos;
- número de sacos de cimento injetados, marca e tipo.
2. No dimensionamento do estaqueamento em planta, há que se verificar o espaçamento mínimo entre as mesmas, uma vez que está intimamente ligado ao processo executivo de cada uma das estacas injetadas de pequeno diâmetro.
Lembrar que de acordo com a NBR 6122/86 são estacas injetadas de pequeno diâmetro as estacas "raiz", presso-ancoragem, micro-estaca, etc.
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É importante lembrar que de acordo com a NBR 5629 da ABNT, o espaçamento mínimo entre tirantes é de 1,30m, e, como em determinadas estacas o processo executivo é idêntico, há que observar tal procedimento.
É necessário portanto, se estudar cuidadosamente o processo executivo das mesmas e em função deste, se definir o espaçamento entre as mesmas.
É conveniente lembrar também que o espaçamento d (entre os eixos das estacas) igual a 1,30 m é mínimo, podendo-se adotar maiores valores.
3. A maneira ou o modo de como se pretende testar uma estaca injetada de pequeno diâmetro (prova de carga) é importante, pois tem implicação com o cálculo de capacidade de carga da mesma.
No caso de estacas ensaiadas a tração, há que se verificar:
PPFS
Padm
l l= =2
4. As capacidades de carga das estacas injetadas de pequeno diâmetro, podem ser determinadas/calculadas por diferentes métodos/teorias.
É de fundamental importância o conhecimento do perfil geotécnico do subsolo, bem como associa-lo ao processo executivo das estacas injetadas de pequeno diâmetro, para a escolha do método/teoria a ser utilizada no cálculo da capacidade de carga, bem como a definição de como a estaca injetada de pequeno diâmetro irá transmitir a carga para o terreno de fundação (subsolo).
5. Não é permitido utilizar lama bentonítica na execução da perfuração de uma estaca injetada de pequeno diâmetro.
6. Há métodos de cálculo de capacidade de carga das estacas injetadas de pequeno diâmetro, levando em conta dados a serem obtidos no campo, quando da execução das mesma tais como: pressão de injeção, consumo de calda de cimento/argamassa, etc.
7. É possível, caso se queira, aumentar o diâmetro da mesma junto a cota de arrasamento da estaca, numa profundidade de 1,0 a 2,0 m, ou outra, a critério do projetista.
8. É importantíssimo se gabaritar a locação das estacas, para que na sua execução as mesmas não afastem do projeto.
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Lembrar que as estacas são de pequeno diâmetro, e que qualquer excentricidade irá acarretar momentos na cabeça da estaca, e que é claro, deverão ser verificadas e atender ao valor máximo especificado por norma, que é de 10% do diâmetro da estaca.
Há que se levar em conta no cálculo estrutural das estacas injetadas de pequeno diâmetro, as excentricidades acima mencionadas.
9. A maioria dos autores/projetistas, adotam para definição da capacidade de carga das estacas injetadas de pequeno diâmetro, somente a parcela de atrito lateral. É portanto desprezada a parcela de ponta.
10. Há casos, em função do perfil geotécnico do subsolo e do processo executivo, que poderá se definir a capacidade de carga da estaca injetada de pequeno diâmetro, com a soma das parcelas de atrito lateral e de ponta.
Ficará a cargo/responsabilidade do projetista tal procedimento.

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COMENTÁRIOS SOBRE ESTACAS ESCAVADAS
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Prof. J. Martinho Comentários técnicos
1. O item 7.3.3.3-1, da NBR 6122/86 no tocante a carga admissível, nos diz que a estaca escavada deve atender simultaneamente às seguintes condições:
1.1. Ser obtida pela aplicação de um coeficiente de segurança igual a 2 (dois) a soma da resistência de atrito e resistência de ponta, e que a resistência de atrito não seja inferior a 80% da carga de trabalho a ser adotada.
P P Pr l= + p
PPFS
Padm
r r= =2
PP
FSadml≥
0 80,
1.2. Quando a estaca tiver sua ponta em rocha, e, que se possa garantir o contato entre o concreto e rocha, toda carga pode ser absorvida por resistência de ponta, valendo neste caso um coeficiente de segurança não inferior a 3 (três).
PPFS
Padm
p p> =
3
Nota:
• A garantia do contato é feita através de uma sondagem rotativa, acompanhada por um engenheiro geotécnico, na qual se extrai uma amostra no contato concreto x rocha.
2. Esclarecimentos adicionais sobre a recomendação da NBR 6122/86, de que:
"A resistência de atrito não seja inferior a 80% da carga de trabalho a ser adotada"
2.1. Praticamente, nos obriga a que a capacidade de carga admissível seja toda por atrito lateral.
Qadm = 0,80Qadm de atrito lateral
2.2. Se Qadm = Qestrut da estaca, temos que
Qadm = 0,80Qestrut
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2.3. No caso da sondagem ser insuficiente, isto é, na profundidade até o limite de sondagem, não garantimos o valor (0,80Qestrut), adotemos o que der, e para resistência de ponta, a parcela igual aos 20% da carga estrutural da estaca
2.4. Notar que, na maioria dos casos, sempre a parcela de ponta é maior que os 20% da carga estrutural, embora adotemos este valor para a ponta da estaca, o Qadm total da estaca é igual à carga estrutural da estaca.
3. As capacidades de carga das estacas escavadas de grande diâmetro e barretes, podem ser determinadas/calculadas por diferentes métodos/teorias, desde que atendam as recomendações do item 7.3.3.3.1 da NBR 6122/86.
4. Há situações, nas quais o perfil geotécnico irá definir uma capacidade de carga só de ponta em rocha.
5. Há situações, nas quais o perfil geotécnico irá definir uma capacidade de carga considerável de atrito lateral em solo residual, e claro que também uma parcela de ponta.

Características técnicas dos principais tipos de estacas
1 Pré-moldada de concreto armado centrifugado - SCAC
2 Pré-moldada de concreto armado protendida – SCAC-HEXA
3 Pré-moldada de concreto armado protendida, cilíndrica, maciças. BENATON
4 Pré-moldada de concreto armado protendida, cilíndrica, vazadas. BENATON
5 Estacas escavads retangulares, tipo BARRETE, da firma BRASFOND
6 Estacas escavadas circulares de grande diâmetro, da firma BRASFOND
7 Estacas escavadas retangulares, tipo BARRETE, da firma FRANKI
8 Estacas escavadas circulares, de grande diâmetro, da firma FRANKI
9 Estacas Omega Franki, da firma FRANKI
10 Estacas escavadas retangulares, tipo BARRETE, da firma FUNDESP
11 Estacas escavadas circulares, de grande diâmetro, da firma FUNDESP
12 Estacas "raiz" - estaca injetada de pequeno diâmetro, da firma FUNDESP
13 Estacas raiz "pali-radice", da firma BRASFOND
14 Estacas hélice contínua, da firma BRASFOND
15 Estacas hélice contínua monitorada, da firma GEOFIX
16 Estacas metálicas tubulares
17 Estacas pré-moldadas de concreto armado
18 Estacas pré-moldadas de concreto armado, da firma POE
19 Estacas pré-moldadas de concreto armado, da firma FOÁ
20 Estacas pré-moldadas de concreto armado e protendidas, da firma PROTENDIT
21 Estacas moldadas in situ - tipo STRAUSS
22 Estacas Mega - pré-moldadas de concreto armado de seção cilíndrica
23 Estacas moldadas in situ - tipo FRANKI STANDARD
24 Perfis soldados - Série CS para colunas
25 Perfis laminados associados
26 Estacas metálicas - Vigas tipo I
27 Estacas metálicas - Vigas tipo H
28 Estacas metálicas - Trilhos ferroviários
29 Estacas de madeira (DIN 1963)
30 Características mecânicas das madeiras verdes
53

Características técnicas dos principais tipos de estacas
1. Pré-moldada de concreto armado centrifugado - SCAC
Diâmetro carga máx. adm.
estrut.
Peso nominal
Espessura parede
Perímetro da seção reta do fuste
Área de ponta Comprimento padrão (m)
fechada aberta
(cm) (t) (kg/m) (cm) (m) (m2) (m2) (m) (m) (m) (m) (m)
20 30 66 6 0,6283 0,03 0,026 4,30 5,65 - 7,00 11,50
23 40 80 6 0,7226 0,04 0,032 4,30 5,65 - 7,00 11,50
26 50 94 6 0,8168 0,05 0,038 4,30 5,65 5,90 7,00 11,50/12,00
33 75 143 7 1,0367 0,09 0,057 4,30 5,65 5,90 7,00 11,50/12,00
38 90 200 7 1,1938 0,11 0,068 4,00/4,30 5,65/6,00 7,00/8,80 10,80 11,50
42 115 214 8 1,3195 0,14 0,085 4,00 6,00 8,80 10,80 12,00
50 170/180 290 9/10 1,5708 0,19 0,126 4,00 6,00 8,80 10,80 12,00
60 230/250 393 10/11 1,8850 0,28 0,169 4,00 6,00 8,80 10,80 12,00
70 300/330 510 11/12 2,1991 0,38 0,219 3,87 5,90 8,80 10,80 12,00
• características dos materiais:
concreto fck = 35 MPa aço fyk = 500 MPa
Notas:
1. A carga máxima admissível estrutural indicada, atende ao item 7.7.1.4.1.-C da NBR-6122/86 da ABNT
2. A SCAC garantirá estas cargas, do ponto de vista do solo suporte, após análise dos dados geotécnicos.
54

2. Pré-moldada de concreto armado protendido – SCAC
Geometria da estaca SCAC-HEXA
AC
B B
D
DE
A (mm) B (mm) C (mm) D (mm) E (mm)
Hexa 17 85,00 42,50 170,00 73,61 147,22
Hexa 20 100,00 50,00 200,00 86,60 173,21
Hexa 24 120,00 60,00 240,00 103,92 247,85
Características das estacas HEXA
Seção Carga máx. adm. à
compressão
carga máx. adm. à tração
Peso nominal
Perímetro Área de concreto
Momento de Inércia
(cm) (kN) (kN) (kg/m) (cm) (cm2) (cm4)
H 17 200 40 47 51 188 2.825
H 20 300 60 65 60 260 5.413
H 24 400 80 94 72 374 11.224
• características dos materiais:
concreto fck 35 MPa ≥fio de protensão fptk 1.750 MPa ≥
55

3. Pré-moldada de concreto armado protendida, cilíndrica, maciças. BENATON
Diâmetro Área Perímetro Peso. linear Carga adm. estr. Taxa de trabalho Mom. de Inércia Mom. Resist.
(cm) (cm2) (cm) (kg/m) (ton) (kgf/cm2) (cm4) (cm3)
15 177 47 43 Até 18 102 2485 331
17 227 53 54 21 a 23 110 4100 482
20 314 63 72 33 a 35 111 7854 785
23 415 72 92 47 a 50 120 13737 1195
26 531 82 119 64 120 22432 1725
28 615 88 150 70 a 76 123 30172 2155
33 855 104 210 100 a 110 129 58214 3528
38 1.134 119 270 141 a 151 133 102354 5387
Notas:
1. Utiliza-se o cimento CP V – ARI PLUS (Alta Resistência Inicial) da Ciminas.
2. O fck = 35 MPa
3. As estacas fabricadas pela BENATON são executadas com anel metálico, que possibilita um melhor desempenho durante a cravação, permitindo que se alcancem comprimentos ilimitados, mantendo-se sempre as características técnicas da estaca em perfeito estado.
4. Para uma união perfeita e segura dos anéis entre si, utiliza-se a solda elétrica com eletrodos tipo OK 46 (∅ 3.25mm) ou Conarco (∅ 4.0mm)
5. Um sistema de travamento de pistas desenvolvidos pela BENATON, permite que os anéis permaneçam rigorosamente no esquadro com a cabeça da estaca.
6. As características técnicas das estacas referem-se ao elemento estrutural. As capacidades de cargas finais, dependem da interação estaca-solo e, para tanto, devem ser analisadas, em cada caso, as características geotécnicas de cada obra.
56

4. Pré-moldada de concreto armado protendida, cilíndrica, vazadas. BENATON
Diâmetro Área Perímetro Peso. linear Carga adm. estr. Taxa de trabalho Mom. de Inércia Mom. Resist.
(cm) (cm2) (cm) (kg/m) (ton) (kgf/cm2) (cm4) (cm3)
28 478 88 115 58 121 28681 2048
33 661 104 159 82 124 55216 3346
38 782 119 188 100 124 92494 4868
42 1033 132 248 134 129 283489 11339
50 1422 157 341 191 134 283489 11339
Notas:
1. Utiliza-se o cimento CP V – ARI PLUS (Alta Resistência Inicial) da Ciminas.
2. O fck = 35 MPa
3. As estacas fabricadas pela BENATON são executadas com anel metálico, que possibilita um melhor desempenho durante a cravação, permitindo que se alcancem comprimentos ilimitados, mantendo-se sempre as características técnicas da estaca em perfeito estado.
4. Para uma união perfeita e segura dos anéis entre si, utiliza-se a solda elétrica com eletrodos tipo OK 46 (∅ 3.25mm) ou Conarco (∅ 4.0mm)
5. Um sistema de travamento de pistas desenvolvidos pela BENATON, permite que os anéis permaneçam rigorosamente no esquadro com a cabeça da estaca.
6. As características técnicas das estacas referem-se ao elemento estrutural. As capacidades de cargas finais, dependem da interação estaca-solo e, para tanto, devem ser analisadas, em cada caso, as características geotécnicas de cada obra.
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5. Estacas escavadas retangulares, tipo BARRETE, da firma BRASFOND
Dimensões usuais (cm) Área Perímetro Cargas (tf)
(a x b) (m2) (m) 35 K/cm2 40 K/cm2 50 K/cm2
150 x 30 0,45 3,6 155 180 225
150 x 40 0,60 3,8 210 240 300
150 x 50 0,75 4,0 260 300 375
150 x 60 0,90 4,2 315 360 450
250 x 40 1,00 5,8 350 400 500
250 x 50 1,25 6,0 438 500 625
250 x 60 1,50 6,2 525 600 750
250 x 70 1,75 6,4 613 700 875
250 x 80 2,00 6,6 700 800 1000
250 x 90 2,25 6,8 788 900 1125
250 x 100 2,50 7,0 875 1000 1250
250 x 110 2,75 7,2 963 1100 1375
250 x 120 3,00 7,4 105 1200 1500
320 x 80 2,56 8,0 896 1024 1280
Seção transversal tipo: b
a
58

6. Estacas escavadas circulares de grande diâmetro, da firma BRASFOND
Diâmetro Área Perímetro Cargas (tf)
(mm) (m2) (m) 35 K/cm2 40 K/cm2 50 K/cm2
600 0,283 1,88 99 115 140
700 0,385 2,20 135 154 193
800 0,502 2,51 176 200 250
900 0,636 2,83 222 254 318
1000 0,785 3,14 275 314 392
1100 0,950 3,45 332 380 475
1200 1,131 3,77 396 452 565
1300 1,326 4,08 464 530 663
1400 1,538 4,40 538 615 769
1500 1,767 4,71 618 707 883
1600 2,010 5,02 703 804 1005
1700 2,269 5,34 794 907 1134
1800 2,544 5,65 890 1017 1272
1900 2,834 5,97 992 1133 1417
2000 3,142 6,28 1100 1257 1571
Nota:
1. Naturalmente a capacidade de carga de uma estaca é sobretudo função das características do terreno, pelo que torna-se indispensável um estudo geotécnico preciso e correto para se definir, caso por caso, a capacidade de carga máxima admissível.
2. Seção transversal tipo: φ
59

7. Estacas escavadas retangulares, tipo BARRETE, da firma FRANKI
Dimensões Área Perímetro Subida doconcreto
Carga na estaca (t)
para 1m3 para tensão de compressão no concreto σc (kgf/cm2)
(cm) (m2) (m) (m) 30 35 40 45 50
30 x 250 0,75 5,60 1,34 225 263 300 334 375
40 x 250 1,00 5,80 1,00 300 350 400 450 500
50 x 220 1,10 5,40 0,91 330 385 440 495 550
50 x 250 1,25 6,00 0,80 375 438 500 563 625
60 x 220 1,24 5,08 0,81 375 438 500 563 625
60 x 250 1,50 6,20 0,67 450 525 600 675 750
70 x 220 1,43 5,20 0,70 430 500 570 643 715
70 x 250 1,75 6,40 0,57 525 613 700 788 875
80 x 220 1,62 5,31 0,62 485 568 650 730 810
80 x 250 2,00 6,60 0,50 600 700 800 900 1000
100 x 220 1,99 5,54 0,51 600 700 800 900 1000
120 x 220 2,43 5,94 0,41 730 850 970 1093 1215
120 x 250 3,00 7,40 0,33 900 1050 1200 1350 1500
60

8. Estacas escavadas circulares, de grande diâmetro, da firma FRANKI
Diâmetro (mm)
Área (m2)
Perímetro (m)
Distância mínima
Subida do concreto
Carga na estaca (t)
para 1m3 (m)
para tensão de compressão no concreto σc (kgf/cm2)
a (m) b (m) 30 35 40 45 50
500 0,1983 1,57 0,80 0,60 5,10 55 65 80 85 100
600 0,2827 1,88 1,00 0,60 3,54 85 100 110 125 140
700 0,3848 2,20 1,20 0,70 2,60 115 135 150 170 190
800 0,5026 2,51 1,30 0,70 1,99 150 175 200 225 250
900 0,6362 2,83 1,50 0,80 1,57 190 220 255 285 315
1000 0,7854 3,14 1,60 0,80 1,27 235 275 310 350 390
1200 1,1310 3,77 2,00 0,90 0,88 340 395 450 505 565
1500 1,7671 4,71 2,50 1,10 0,57 530 620 710 800 885
1800 2,5449 5,65 3,00 1,20 0,39 760 890 1015 1145 1270
2000 3,1416 6,28 3,20 1,30 0,32 940 1100 1250 1400 1570
61

9. Estacas Omega Franki, da firma FRANKI
Diâmetro Seção Faixa de utilização usual
Dist. mín. entre eixos
(cm) (cm2) (kN) (cm)
35 961 350/600 100
40 1.256 600/800 110
45 1.590 800/1000 120
50 1.962 1000/1300 140
60 2.826 1300/1700 160
Notas:
1. A distância do centro das estacas até a divisa é de 110cm
2. A profundidade máxima hoje atingida por nossos equipamentos é de 24m.
3. Esta moldada “in situ” de deslizamento do solo.
4. Semelhante a estaca hélice, com a vantagem de não sujar a obra, uma vez que o solo é deslocado lateralmente, ao longo do fuste da estaca.
62

10. Estacas escavadas retangulares, tipo BARRETE, da firma FUNDESP
Dimensões Área Perímetro Cargas (tf) p/Gs
a x b (cm) (m2) (m) 30 kgf/cm2 40 kgf/cm2 50 kgf/cm2
40 x 150 0,60 3,80 180 240 300
50 x 150 0,75 4,00 225 300 375
30 x 250 0,75 5,60 225 300 375
40 x 250 1,00 5,80 300 400 5000
60 x 250 1,50 6,20 450 600 750
70 x 250 1,75 6,40 525 700 875
80 x 250 2,00 6,60 600 800 1000
100 x 250 2,50 7,00 750 1000 1250
120 x 250 3,00 7,40 900 1200 1500
Seção transversal tipo: b
a
63

11. Estacas escavadas circulares, de grande diâmetro, da firma FUNDESP
Diâmetro Área Perímetro (m) Cargas (tf) p/Gs
(cm) (m2) (m) 40 kgf/cm2 50 kgf/cm2 60 kgf/cm2
60 0,283 1,88 115 140 170
70 0,385 2,20 154 192 231
80 0,502 2,57 201 251 302
90 0,636 2,83 255 318 382
100 0,785 3,14 314 393 471
110 0,950 3,46 380 475 570
120 1,131 3,77 452 556 679
130 1,327 4,08 531 664 797
140 1,539 4,40 615 770 924
150 1,767 4,71 706 883 1061
160 2,010 5,03 804 1005 1206
170 2,270 5,34 908 1135 1362
180 2,545 5,66 1018 1273 1527
190 2,836 5,97 1135 1418 1702
200 3,142 6,29 1257 1571 1886
210 3,464 6,60 1386 1732 2079
220 3,802 6,92 1520 1901 2282
230 4,154 7,23 1662 2077 2493
240 4,524 7,54 1809 2262 2715
250 4,909 7,86 1964 2455 2496
64

12. Estacas "raiz" - estaca injetada de pequeno diâmetro, da firma FUNDESP
Dados da estaca
Diâmetro da estaca (mm) 410 310 250 200 160 150 120 100
Carga máx adm estrutural (tf) 120/150 80/110 60/80 50/60 25/45 25/35 até 25 até 15
Diâmetro externo do tubo (mm) 355 275 220 168 140 127 102 80
Área de seção transversal (cm2) 1320 755 491 380 201 177 113 79
Perímetro da estaca (cm) 126 98 79 63 50 47 38 31
Distância mínima entre eixos (cm) 130 100 80 70 60 60 60 60
Distância mínima eixo-divisa (cm) 30 30 30 30 30 30 30 30
Diâmetro externo do estribo (mm) 280 200 155 110 - - - -
Notas:
1. características dos materiais: argamassa: fck ≥ 35 MPa aço: fck = 500 MPa
2. os valores máximos das cargas admissíveis estruturais podem ser modificados em função das características do solo.
65

13. Estacas raiz "pali radice", da firma BRASFOND
Diâmetro (mm)
Carga de trabalho
(tf)
Área da seção transversal
(cm2)
Perímetro da estaca
(cm)
Distância mínima entre os eixos
(cm)
Distância mínima eixo-divisa
(cm)
perfuração acabado (*) (**)
83 100 até 10 78,54 31,42 60 30
101 120 até 15 113,10 37,70 60 30
114 140 até 20 153,94 43,98 60 30
127 150 até 25 176,72 47,12 60 30
140 160 até 35 201,06 50,27 60 30
168 200 até 50 314,16 62,83 70 30
220 250 até 70 490,88 78,54 80 30
250 400 até 130 1256,64 125,66 180 30
Notas:
1. características dos materiais: argamassa: fck ≥ 25 MPa aço CA 50 B: fyk = 500 MPa
2. (*) = valores utilizados pela FUNDESP. É importante observar que:
• estacas moldadas in situ d ≥ 3,0 a 3,5 ∅ • Norma NBR-5629 da ABNT d ≥ 1,30 m
3. (**) = valores utilizados pela FUNDESP
66

14. Estacas Hélice contínua, da firma BRASFOND
Características técnicas:
Diâmetro da estaca (cm)
Carga de trabalho (kN)
35 até 550
40 650
50 1.200
60 1.600
70 1.900
80 2.500
90 3.200
100 4.200
Notas:
1. Estaca moldada “in situ”
2. Utiliza concreto auto-adensável
Slump-test: (20 ± 2)cm
Consumo mínimo de cimento: 400 kg/m³
fck 35 MPa ≥3. A hélice contínua, faz o solo perfurado, ao longo de sua haste, quando da execução sua concretagem sob pressão de baixo para cima.
67

15. Estacas hélice contínua monitorada, da firma GEOFIX
Características técnicas:
Descrição Unid. Valores
Diâmetro (D) cm 35 40 50 60 70 80 90 100
Carga adm. estrutural kN 600 800 1.300 1.800 2.400 3.200 4.000 5.000
Dist. mín. entre eixos (C) cm 90 100 130 150 175 200 225 250
Dist. eixo-divisa (e) cm 120 120 120 120 120 120 120 120
Área da seção transversal ( ) CA cm2 962 1.257 1.964 2.827 3.848 5.027 6.362 7.854
Perímetro (U) cm 110 126 157 188 220 251 283 314
Momento de inércia (I) cm4 73.662 125.664 306.796 636.173 1.178,558 2.010,619 3.220,623 4.908,739
Momento resistente (W) cm3 4.209 6.283 12.272 21.206 33.674 50.265 71.569 98.175
Raio de giração (i) cm 8,8 10,0 12,5 15,0 17,5 20,0 22,5 25,0
Notas:
1. Estaca moldada “in situ”
2. Utiliza concreto auto-adensável
Slump-test: (20 ± 2)cm
Consumo mínimo de cimento: 400 kg/m³
fck 35 MPa ≥4. A hélice contínua, faz o solo perfurado, ao longo de sua haste, quando da execução sua concretagem sob pressão de baixo para cima.
68

16. Estacas metálicas tubulares
núcleo: sem enchimento/com enchimento de concreto
Diâmetro Chapa de aço Volume de concreto do núcleo
Perímetro Área daseção do
fuste
Carga estrutural adm da estaca (tf) Distância entre eixos
espessura peso/metro
p/ml semenchiment
o
com enchimento de concreto de fck (MPa)
cm mm pol kg/m m3 m m2 13,5(*) 15(*) 18(*) cm
30 7,94 5/16 58 0,063 0,94248 0,07069 50 115 120 130 75
30 9,52 3/8 68 0,062 0,94248 0,07069 70 130 135 145 75
35 9,52 3/8 80 0,086 1,09956 0,09621 80 165 170 185 90
35 12,70 1/2 105 0,083 1,09956 0,09621 120 195 210 220 90
40 9,52 3/8 92 0,114 1,25664 0,12566 90 200 215 225 100
40 12,70 1/2 121 0,110 1,25664 0,12566 135 235 250 270 100
45 9,52 3/8 103 0,146 1,41372 0,15904 105 240 255 275 115
45 12,70 1/2 136 0,142 1,41372 0,15904 155 273 295 320 115
50 9,52 3/8 115 0,182 1,57080 0,35009 115 280 300 325 125
50 12,70 1/2 152 0,177 1,57080 0,35009 170 330 350 375 125
Notas:
1. (*) - Ponta fechada
2. Área da base (Ab) = Área da seção reta do fuste (Af)
69

17. Estacas pré-moldadas de concreto armado
Seção do fuste quadrada
Seção transversal (cm)
Carga (kN)
Distância entre os eixos (m)
Distância da linha de divisa (m)
Compr. normal (m) Perímetro (m)
Área da ponta (m2)
15 x 15 150 60 30 3 a 8 0,60 0,02250
20 x 20 200 60 30 3 a 12 0,80 0,04000
25 x 25 300 65 35 3 a 12 1,00 0,06250
30 x 30 400 75 40 3 a 12 1,20 0,09000
35 x 35 500 90 40 3 a 12 1,40 0,12250
40 x 40 700 100 50 3 a 12 1,60 0,16000
Seção do fuste circular
Diâmetro (cm) Carga(kN)
Distância entre os eixos (m)
Distância da linha de divisa (m)
Compr. normal (m) Perímetro (m)
Área da ponta (m2)
20 200 60 30 4 a 10 0,62832 0,03142
25 300 65 30 4 a 14 0,78540 0,04909
30 400 75 35 4 a 16 0,94248 0,07069
35 550 90 40 4 a 16 1,09956 0,09621
40 700 100 50 4 a 16 1,25664 0,12566
50 1000 130 50 4 a 16 1,57080 0,19635
60 1500 150 50 4 a 16 1,88496 0,28274
70

18. Estacas pré-moldadas de concreto armado, da firma POE
Características Técnicas – Estacas POExr
Seções Transversais Tipo
Diâm. nominal = diâm. do círculo circunscrito Nφ (mm) 184 216 281 357 455 563 649
Diâm. do círculo inscrito iφ (mm) 170 200 260 330 420 520 600
Diâm. da seção vazada Vφ (mm) - - - 190 240 320 360
Área da seção total tA (cm2) 239 331 560 902 1.461 2.240 2.983
Área da seção de concreto CA (cm2) 239 331 560 619 978 1.436 1.966
Momento de inércia XXI (cm4) 4.572 8.758 25.014 58.520 152.860 348.763 626.978
Módulo de Flexão XXW (cm3) 538 876 1.924 3.547 7.279 13.414 20.899
Raio de giração I (cm) 4,37 5,14 6,68 9,72 12,50 15,58 17,86
Superfície lateral 1S (cm2/m) 5.633 6.627 8.615 10.935 13.917 17.230 19.881
Peso próprio P (kg/m) 60 83 140 155 245 359 492
Comprimento máximo mC (m) 8,00 9,00 11,50 11,50 11,50 11,50 11,50
Resist. a esforços de compressão simples (N) N (kN) 250 400 600 750 1000 1400 2000
71

19. Estacas pré-moldadas de concreto armado, da firma FOÁ
Características Técnicas – Estacas ETR
Seção Diâmetro doCírculo
Circunscrito
D
Área Circunscrita
Área de Concreto
Cargas admissíveis
Perímetro colado
p1
Perímetro Circunscrito
p2
Distância mínima entre
eixos
(cm) (cm2) (tf) (tf) (cm) (cm) (cm)
ETR 200 20,0 314,2 204,7 23,0 5,0 70,5 62,8 60,0
ETR 229 22,9 411,8 278,0 41,0 6,0 84,1 72,1 60,0
ETR 269 26,9 568,3 368,5 55,0 6,0 93,1 84,6 67,0
ETR 298 29,8 697,4 445,0 67,0 7,0 101,8 93,7 75,0
ETR 406 40,6 1.294,6 676,0 107,0 10,0 141,8 127,6 101,0
ETR 525 52,5 2.164,7 1.070,1 166,1 15,0 178,9 164,9 131,0
ETR 605 60,5 2.874,7 1.254,4 198,1 17,0 213,0 190,0 151,0
Compressão Tração
72

Notas:
1. Propriedades dos materiais:
D, p2
p1
Concreto: = 35 MPa ckf
tkf = 2,8 MPa
cY = 1,3
fY = 1,4
Aço: = 500 MPa / 600 MPa yckf
ykf = 500 MPa / 600 MPa
SY = 1,15
73

20. Estacas pré-moldadas de concreto armado e protendidas, da firma PROTENDIT
Características Técnicas
Diâmetro carga adm.
estrut.
Peso nominal
Área da seção de concreto
Área da seção cheia
Perímetro Distânciamínima
do eixo a divisa
Distância mínima
entre eixos
(cm) (tf) (kg/m) (cm2) (cm2) (cm) (cm) (cm)
15 x 15 32 56 225 225 60 40 60
17 x 17 40 73 289 289 68 40 60
19,5 x 19,5 56 95 380 380 78 40 60
21,5 x 21,5 67 116 462 462 86 40 60
23,5 x 23,5 82 138 552 552 94 45 65
26,5 x 26,5 106 175 702 702 106 45 75
29,5 x 29,5 134 217 870 870 118 45 90
φ 36 138 197 788 1015 116 45 90
φ 42 158 227 944 1324 132 50 105
φ 52 244 360 1485 2057 162 60 130
74

Características dos materiais:
1. Concreto: fck > 40 MPa
• Velocidade média de propagação de ondas: C = 4.000 m/s
• Módulo de elasticidade dinâmica = 40.000 MPa
2. Aço (armadura longitudinal)
Estacas protendidas: CP 150 RN ou cordoalhas
Estacas armadas: CA 50 A
Obs.:
A carga admissível em função da interação estaca-solo depende das características geotécnicas do solo suporte e da cravabilidade da estaca no subsolo do local considerado.
75

21. Estacas moldadas in situ - tipo STRAUSS
Diâmetro (cm)
Carga estrutural adm (kN)
Distância entre os eixos (m)
Distância da linha de divisa (m)
Compr. normal (m)
Perímetro (m)
Área da ponta (m2)
25 200 75 20 3 a 12 0,7854 0,04909
32 300 100 20 3 a 15 1,00531 0,08042
38 450 120 25 3 a 20 1,19381 0,11341
45 600 135 30 3 a 20 1,41372 0,15904
55 800 165 35 3 a 20 1,72788 0,23758
76

22. Estacas Mega - pré-moldadas de concreto armado de seção cilíndrica
Diâmetro Perímetro Área da seção reta Carga estrutural adm.
l
(cm) (m) (m2) (kN) (m)
20 0,95 0,031 300 1,5
1,89 3,0
30 1,414 0,071 700 1,5
2,827 3,0
77

23. Estacas moldadas in situ - tipo FRANKI STANDARD
Diâmetro da estaca
Pilão Distância entreeixos
Compr. máx de utilização (m)
Carga de compressão
adm
Perímetro Área da seção do fuste
Vol. de concreto *
(mm) Peso min (kg) ∅ min (mm) (cm) (∅ ≤ 450mm) (tf) (m) (m2) litros300 1000 180 110 12,00 40 0,942 0,07069 45350 1500 220 120 16,00 55 1,099 0,09621 45400 2000 250 130 22,00 75 1,256 0,12566 70450 2500 280 140 25,00 95 1,413 0,15904 90520 2800 310 150 - 130 1,633 0,21237 110600 3000 380 170 - 170 1,884 0,28274 150700 - - 200 - 230 2,199 0,38485 150
Base das estacas
Diâmetro Mínima Normal Forçada Excepcional
da estaca Vol ∅bar Abar Vol ∅bar Abar Vol ∅bar Abar Vol ∅bar Abar
(mm) litros (m) (m2) litros (m) (m2) litros (m) (m2) litros (m) (m2) 300 90 0,56 0,243 90 0,56 0,243 180 0,70 0,386 270 0,80 0,506350 90 0,56 0,243 180 0,70 0,386 270 0,80 0,506 360 0,88 0,613400 180 0,70 0,386 270 0,80 0,506 360 0,88 0,613 450 0,95 0,711450 270 0,80 0,506 360 0,88 0,613 450 0,95 0,711 600 1,05 0,861520 300 0,83 0,543 450 0,95 0,711 600 1,05 0,861 750 1,13 1,000600 450 0,95 0,711 600 1,05 0,861 750 1,000 900 1,20 1,128700 600 1,05 0,861 750 1,20 1,128 900 1,20 1,128 1050 1,26 1,250
1,13
78

Notas:
1. Espaçamento mínimo entre estacas: 3,0 ≤ d ≤ 3,5 ∅
2. (*) = volumes usuais das bases das estacas em litros, quando da execução do alagamento da base
volume da esfera =4
3
3ΠR ∴ R= raio da base da esfera (m)
3. Dimensões ∅b= diâmetro da base alargada
Ab= área da base alargada
4. Poderão ser adotados para os diâmetros da base os critérios acima, assinalados por:
4.1. (*)
4.2. mínimo
4.3. ∅b = ∅f
79

24. Perfis soldados - Série CS para colunas
Perfil CS Peso Área Altura H Alma Mesa Área útil Carga estrut adm
kg/m cm2 mm ea (mm) h (mm) em (mm) b (mm) d (cm) cm2 kN
250 x 52 51,8 66,0 250 8,0 231 9,5 250 65 43,81 525
250 x 63 63,2 80,5 250 8,0 225 12,5 250 65 58,33 700
300 x 62 62,4 79,5 300 8,0 281 9,5 300 75 52,80 634
300 x 76 76,1 97,0 300 8,0 275 12,5 300 75 70,33 844
350 x 93 92,9 118,4 350 9,5 325 12,5 350 90 87,25 1047
350 x 112 111,6 142,2 350 9,5 318 16,0 350 90 111,09 1333
400 x 107 106,5 135,6 400 9,5 375 12,5 400 100 100,00 1200
400 x 128 127,9 162,9 400 9,5 368 16,0 400 100 127,34 1528
300 x 122 122,4 155,9 300 16,0 262 19,0 300 75 111,67 1340
Notas: y
H h
b
x
em
em
ea
1. Ver dimensões e propriedades no catálogo nº 8 da CSN - CS 250-400
2. Área útil = área nominal, descontada de 1,5mm de toda periferia
3. d = espaçamento entre os eixos = 2,5 ∅ = 2,5.lado = espaçamento mínimo
4. Carga estrutural admissível = área útil x 1200 kgf/cm2
80

25. Perfis laminados associados
Duplo I
Tipo Área Peso Dist entre os eixos Carga estrut adm
mm pol cm2 kg/m mm kN
203,2 x 101,6 8 x 4 69,60 54,6 51 557
254,0 x 117,5 10 x 4¼ 96,20 75,4 64 770
304,8 x 133,4 12 x 5¼ 154,60 121,2 76 1234
381,0 x 139,7 15 x 5½ 161,20 126,6 95 1290
Triplo I
Tipo Área Peso Dist entre os eixos Carga estrut adm
mm pol cm2 kg/m m kN
203,2 x 101,6 8 x 4 104,4 81,9 152 835
254,0 x 117,5 10 x 4¼ 144,3 113,1 191 1154
304,8 x 133,4 12 x 5¼ 231,9 181,8 229 1855
381,0 x 139,7 15 x 5½ 241,8 189,9 286 1934
Quádruplo I
Tipo Área Peso Dist entre os eixos Carga estrut adm
mm pol cm2 kg/m m kN
203,2 x 101,6 8 x 4 139,2 109,2 203 1114
254,0 x 117,5 10 x 4¼ 192,4 150,8 254 1539
304,8 x 133,4 12 x 5¼ 309,2 242,8 305 2474
381,0 x 139,7 15 x 5½ 322,4 253,2 381 2579
81

Notas:
1. O espaçamento entre os eixos de estacas d = 2,5 x a maior dimensão = espaçamento mínimo
2. Carga estrutural admissível = área da seção x 800 kgf/cm2
82

26. Estacas metálicas - Vigas tipo I
Tamanho nominal Altura h Larg. da mesa b Espes. da alma d Área Peso d Carga adm estrut
mm pol mm mm mm cm2 kg/m cm kN
76,2 x 60,3 3 x 23/8 76,2 59,2 4,32 10,8 8,45 19 86
61,2 6,38 12,3 9,68 98
63,7 8,86 14,2 11,20 114
101,6 x 66,7 4 x 25/8 101,6 67,6 4,83 14,5 11,4 25 116
69,2 6,43 16,1 12,7 129
71,0 8,28 18,0 14,1 144
72,9 10,16 19,9 15,6 159
127,0 x 76,2 5 x 3 127,0 76,2 5,33 18,8 14,8 32 150
79,7 8,81 23,2 18,2 186
83,4 12,55 28,0 22,0 224
152,4 x 85,7 6 x 33/8 152,4 84,6 5,84 23,6 18,5 38 189
87,5 8,71 28,0 22,0 224
90,6 11,81 32,7 25,7 262
203,2 x 101,6 8 x 4 203,2 101,6 6,86 34,8 27,3 51 278
103,6 8,86 38,9 30,5 311
105,9 11,20 43,7 34,3 350
108,3 13,51 48,3 38,0 386
83

Tamanho nominal Altura h Larg. da mesa b Espes. da alma d Área Peso d Carga adm estrut
mm pol mm mm mm cm2 kg/m cm kN
254,0 x 117,5 10 x 45/8 254,0 118,4 7,90 48,1 37,7 64 385
121,8 11,4 56,9 44,7 455
125,6 15,1 66,4 52,1 531
129,3 18,8 75,9 59,6 607
3048 x 1334 12 x 5¼ 304,8 133,4 11,7 77,3 60,6 76 618
136,0 14,4 85,4 67,0 683
139,1 17,4 94,8 74,4 758
142,2 20,6 104,3 81,9 834
381,0 x 139,7 15 x 5½ 381,0 139,7 10,4 80,6 63,3 95 645
140,8 11,5 84,7 66,5 678
143,3 14,0 94,2 73,9 754
145,7 16,5 103,6 81,4 829
457,2 x 152,4 18 x 6 457,2 152,4 11,7 103,7 81,4 114 830
154,6 13,9 113,8 89,3 910
156,7 16,0 123,3 96,8 986
158,8 18,1 132,8 104,3 1062
508,0 x 117,8 20 x 7 508,0 177,8 15,2 154,4 121,2 127 1235
179,1 16,6 161,3 126,6 1290
181,0 18,4 170,7 134,0 1366
182,9 20,3 180,3 141,5 1442
184,7 22,2 189,7 148,5 1518
84

27. Estacas metálicas - Vigas tipo H
Tamanho nominal Altura h Larg. da mesa b Espes. da alma d Área Peso d Carga adm estrut
mm pol mm mm mm cm2 kg/m cm kN
101,6 x 101,6 4 x 4 101,6 101,6 7,95 26,1 20,5 20 209
127,0 x 127,0 5 x 5 127,0 127,0 7,95 35,6 27,9 285
152,4 x 152,4 6 x 6 152,4 150,8 7,95 47,3 37,1 40 378
154,0 11,13 52,1 40,9 417
85

28. Estacas metálicas - Trilhos ferroviários
Tipo Dimensões Massap/ metro
Área A
Nacional (CSN)
Americano Ihmm
b mm
b' mm
t0 mm
kg/m cm2x
cm4 Ysup cm
Wxsup cm3
Yinf cm
Wxinf cm3
ix cm
Iy cm4
TR-25 A.S.C.E. 5040 98,4 98,4 54,0 11,1 25 31,5 413 5,07 81,5 4,77 86,6 3,62 110
TR-32 A.S.C.E. 6540 112,7 112,7 61,1 12,7 32 40,8 702 5,84 120,2 5,43 129,3 4,15 204
TR-37 A.S.C.E. 7540 122,2 122,2 62,7 13,5 37 47,3 951 6,38 149,1 5,84 162,8 4,48 269
TR-45 A.R.E.A. 90RA-A 142,9 130,2 65,1 14,3 45 56,9 1605 7,84 204,7 6,45 248,8 5,31 368
TR-50 A.R.E.A. 100RE 152,4 136,5 68,2 14,3 50 64,2 2037 8,26 146,6 6,98 291,8 5,63 456
TR-57 A.R.E.A. 115RE 168,3 139,7 69,0 15,9 57 72,5 2735 9,26 295,4 7,57 361,3 6,14 511
TR-68 A.R.E.A. 136RE 185,7 152,4 74,6 17,5 68 86,1 3950 10,08 391,7 8,52 463,8 6,77
86

29. Estacas de madeira (DIN 1963)
Diâmetro Carga estrut adm Compr. máximo Distância entre os eixos Perímetro Área de ponta
cm kN m cm m m2
15 100 10/15 60 0,47124 0,01767
20 150 10/15 60 0,62832 0,03142
30 300 10/15 75 0,94248 0,07069
35 380 - 90 1,09956 0,09621
40 450 - 120 1,25664 0,12566
Notas:
1. As estacas de madeira são utilizadas em qualquer solo submerso.
2. As estacas de madeira se situadas acima do NA, utilizar um sistema de proteção como estaca mista - madeira/concreto armado do tipo pré-moldado (SOBRAF) ou madeira/concreto armado moldado in situ.
3. As espécies de madeira mais utilizadas em nosso país, como elemento de fundação em estacas são: pinho; eucalipto; maçaranduba. peroba do campo; ipê e outras.
4. A NBR-6122/86 recomenda que para ser utilizada como estaca de madeira, a madeira deve atender às seguintes condições:
4.1. A ponta da estaca deve apresentar um diâmetro maior do que 15 cm
4.2. A cabeça (topo) da estaca deve apresentar um diâmetro maior do que 25 cm
4.3. A reta (eixo) que une os centros das seções de ponta e cabeça (topo) devem estar integralmente dentro da estaca, isto é, definição da verticalidade da estaca.
87

88
30. Características mecânicas das madeiras verdes
Nome vulgar Massa específica c/
15% de umidade
Compressão paralela a fibras - limite de
resistência fc
Flexão estática limite de resistência
fb
Módulo de elasticidade -
flexão e compressão - E
Cisalhamento paralelo a fibras
- limite de resistência
Tensão admissível a compressão simples fc
g/cm3 kgf/cm2 kgf/cm2 kgf/cm2 kgf/cm2 kgf/cm2
Pinho do Paraná
054 257 582 105225/f 63 51
Peroba-rosa 078 423 898 94250/f 121 85
Maçaranduba 116 647 1491 183000/f
243000/c
166 110
Maté-matá 113 628 1419 174100/f
260600/c
175 116
Ipê amarelo 103 618 1460 153800/f 134 124
Notas:
f = flexão
c = compressão

CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS Perfis de Trilhos Simples e Compostos
Padrão CSN

CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS DEESTACAS DE PERFIS TRILHOS SIMPLESE COMPOSTOS PADRÃO CSN.Autoria: Eng. Ferdinando Ruzzante Netto
SPE SPNE SL S Ixx Iyy Wxx Wyy d(cm2) (cm2) (m2/ML) (cm2) (cm4) (cm4) (cm3) (cm3) (cm)
32 98 40,8 0,41 40,8 702 204 120,2 36 5,43
37 113 47,3 0,44 47,3 951 269 149,0 44 5,84
45 140 56,9 0,49 56,9 1.605 368 205,0 57 6,45
50 156 64,2 0,52 64,2 2.037 456 247,0 67 6,98
57 176 72,5 0,55 72,5 2.735 511 295,0 73 7,57
68 210 87,5 0,60 86,12 3.950 630 391,0 84 -
32 196 81,6 0,59 81,6 3.810 408 338 72 -
37 226 94,6 0,63 94,6 5.128 538 420 88 -
45 279 113,8 0,72 113,8 7.944 736 556 113 -
50 312 128,4 0,76 128,4 10.330 912 678 134 -
57 351 145,0 0,83 145,0 13.779 1.022 819 146 -
68 420 175,0 0,95 172,2 17.912 1.124 990 159 -
A=411 d1=14,52B=603 d2=09,91A=512 d1=15,75B=761 d2=10,59A=657 d1=18,05
B=1.001 d2=11,84A=794 d1=19,18
B=1.214 d2=12,54A=935 d1=20,86
B=1.454 d2=13,42
32 519 290,0 1,03 163,2 11.803 11.803 698 698 -
37 601 339,0 1,11 189,2 15.949 15.949 870 870 -
45 730 397,0 1,25 227,6 23.060 23.060 1.109 1.109 -
50 810 443,0 1,33 256,8 29.509 29.509 1.337 1.337 -
57 899 485,0 1,43 290,0 37.210 37.210 1.563 1.563 -
TR: Tipo de trilho SPE: Área de ponta enbuchada SPNE: Área de ponta não enbuchada SL: Área lateral por metro de estacaS: Área da seção transversal Ixx: Momento de inércia em relação ao eixo x Iyy: Momento de inércia em relação ao eixo y
R. CHRISTIANO KILMEYERS, 670 - RECANTO - NOVA ODESSA - SP - FONE: (019) 466-5559 Fax: (019) 466-7266www.stack-tecsolo.com.br [email protected]
Wxx: Momento resistente em relação ao eixo x Wyy: Momento resistente em relação ao eixo yd: Distância do centro de gravidade até a borda do perfil
11.857 11.857 687
Símbolos TR
492 244,0 1,0445
32
8.059
5.970122,4
170,7
141,9 530404
5.970 423
207,0 0,91
349 177,0 0,85
8.059
37
50 273,0549 1,10 192,6 15.223 831
98557 611 302,0 1,19
15.223
217,5 19.502 19.502

Estacas de perfis trilhossimples e compostospadrão CSN.Autoria: Eng. Ferdinando Ruzzante Netto
Espaçamento Cargas (cm) min/max (T)
32 55 a 60 25 a 30
37 60 a 70 30 a 35
45 142,9/130,2 70 a 75 35 a 40
50 152,4/136,5 75 a 80 40 a 45
57 80 a 90 45 a 55
68 90 a 100 55 a 65
32 65 a 70 50 a 60
37 70 a 75 60 a 75
45 75 a 85 75 a 85
50 85 a 95 85 a 95
57 100 a 110 95 a 110
32 75 a 90 80 a 95
37 80 a 95 95 a 110
45 90 a 100 110 a 130
50 95 a 115 130 a 150
57 105 a 130 140 a 165
32 90 a 100 120 a 135
37 95 a 110 120 a 135
45 100 a 115 145 a 165
50 115 a 130 160 a 180
57 130 a 145 180 a 205
Obs: O espaçamento e a carga máxima serão determinados em função das sondagens de reconhecimento e/ou cravação de estaca de prova.
Dimensões Trilhos
TR-32
TR-37
TR-45
TR-50
TR-57
TR-68
142,9/246,9 75 a 85
65 a 70
70 a 75
75 a 85
60 a 75122,2/214,6
112,7/225,4 50 a 60
85 a 95
100 a 110
417,3
476,3
416,0
441,3
383,6
168,3/287,0
122,2 122,2 62,7 13,5
142,9 130,2 65,1 14,3
315,0
339,0
366,6
A B C D
85 a 95
112,7 112,7 61,1 12,7
152,4 136,5 68,2 14,3
168,3 139,7 69,0 15,9
185,7 152,4 74,6 17,4
95 a 110
290,0
361,0
152,4/262,7
Dimensão x1/x2 (mm)113,0/113,0
122,2/122,2
Símbolos
32
TR
45
50
57
R. CHRISTIANO KILMEYERS, 670 - RECANTO - NOVA ODESSA - SP - FONE: (019) 466-5559 Fax: (019) 466-7266www.stack-tecsolo.com.br [email protected]
186,0/152,0
168,3/139,7
336,6/139,7
304,8/136,5
258,8/130,2
225,4/112,7
244,4/122,2
37