Cap6_EscoamentoCondutosLivres_UCB

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  • HIDRULICA GERAL

    ENGENHARIA CIVIL

    Professor: CARLOS DA COSTA FERREIRA

    CAPTULO 6 - ESCOAMENTO EM CONDUTOS LIVRES OU CANAIS

    Maio,2015

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  • Sumrio

    1

    Conceito

    2

    Parmetros Geomtricos e Hidrulicos

    3

    Problema 6.1

    4

    Variao da Presso

    5

    Variao da Velocidade

    6

    Caracterizao do Escoamento Uniforme

    7

    Frmula de Manning

    8

    Sees de Mxima Ecincia

    9

    Problema 6.2

    10

    Problema 6.3

    11

    O Nmero de Froude

    12

    Problema 6.4

    13

    Energia ou Carga Especca

    14

    Diagrama da Energia Especca

    15

    Profundidade Crtica

    16

    Problema 6.5

    17

    Aplicao: Vertedor de Soleira Espessa

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  • Conceito

    Escoamento livre, ou em Canais, caracterizado pela presena de

    uma superfcie em contato com a atmosfera (p=patm).

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  • Conceito

    Tipos de Estruturas Hidrulicas:

    Estruturas para armazenamento e conteno de gua: barragens e

    diques.

    Estruturas para transporte e conduo de gua: canais, aquedutos,

    bueiros e pontes.

    Estruturas para controle de gua: vertedores e dissipadores de energia.

    Objetivos dos Canais:

    Conduo da gua de forma a compatibilizar as necessidades com os

    volumes disponveis, no tempo e no espao.

    Possibilitar ou favorecer a navegao.

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  • Equaes Fundamentais dos Condutos Livres

    Equao da Continuidade:

    Q = V1

    .A1

    = V2

    .A2

    = cte (1)

    Equao da Bernoulli:

    Z

    1

    + y1

    +V

    2

    1

    2g

    = Z2

    + y2

    +V

    2

    2

    2g

    + hf12 (2)

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  • Parmetros Geomtricos e Hidrulicos

    rea Molhada (A): parte da seo transversal que ocupada pelo

    lquido.

    Permetro Molhado (P): comprimento relativo ao contato do lquido

    com o conduto.

    Largura Supercial (B): largura da superfcie em contato com a

    atmosfera.

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  • Parmetros Geomtricos e Hidrulicos

    Profundidade (P): altura do lquido acima do canal.

    Profundidade Hidrulica (y

    h

    ): razo entre a rea Molhada e a

    Largura Supercial.

    Raio Hidrulico (R

    h

    ): razo entre a rea Molhada e o Permetro

    Molhado.

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  • Parmetros Caractersticos das Sees Usuais

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  • PROBLEMA 6.1

    Calcule os parmetros hidrulicos caractersticos do canal trapezoidal

    da gura abaixo, sabendo-se que a profunidadde do uxo de 2 m.

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  • Variao da Presso

    A presso em qualquer ponto da massa lquida aproximadamente

    proporcional a profundidade.

    Lei de Stevin: P = .h.

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  • Variao da Velocidade

    Distribuio no uniforme da velocidade ao longo da seo transversal:

    Atritos

    Atrito da gua com o ar.

    Atrito da gua com as paredes do canal.

    Atrito entre as partculas de gua.

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  • Variao da Velocidade

    Clculo da Velocidade Mdia (V

    m

    ):

    V

    m

    =V

    20%y + V80%y2

    (3)

    Medidores de Velocidade: molinetes, utuadores, traadores.

    Medidores de Vazo: ADCP (medidor de vazo acstico doppler),

    rgua ou escala linimtrica.

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  • Caracterizao do Escoamento Uniforme

    Para que ocorra o escoamento uniforme nos condutos livres, a

    profundidade da gua, a rea molhada da seo transversal e a

    velocidade do escoamento devem ser constantes ao longo do conduto.

    Foras no Volume de Controle:

    Fora Peso (W).

    Foras devido a Presso Hidrosttica nas sees S

    1

    e S

    2

    : F

    1

    e F

    2

    .

    Fora de Atrito devido a resistncia oa escoamento: F

    f

    .

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  • Frmula de Manning

    Se o Escoamento Uniforme: condio de equilbrio entre a fora

    motriz (gravidade) e a fora de resistncia oa escoamento (atrito).

    Combinando esta condio com a Equao da Continuidade, chega-se

    Frmula de Manning para dimensionamento hidrulico de Canais:

    Q =1

    n

    .A.R2/3h

    .I 1/2 (4)

    Onde:

    Q = vazo (m

    3/s)A = rea molhada da seo (m

    2

    )

    R

    h

    = raio hidrulico (m)

    I = declividade do canal (m/m)n = coeciente de rugosidade de Manning (tabelado)

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  • Sees Simples com rugosidade varivel

    n = [

    (Pi

    .n3/2i

    )

    P

    ]2/3 (5)

    Onde:

    n = coef. de rugosidasde global

    P = permetro molhado total

    n

    i

    = coef. de rugodidade da superfcie i

    P

    i

    = permetro molhado da superfcie i

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  • Coeciente de rugosidade de Sees Compostas

    n =

    (ni

    .Ai

    )

    A

    (6)

    Onde:

    n = coef. de rugosidasde equivalente

    P = rea molhada total

    n

    i

    = coef. de rugodidade associado a rea i

    A

    i

    = rea molhad associada a rea i

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  • Sees de Mxima Ecincia

    Critrio: Minimizao do Custo do Canal

    minimizao da rea a ser revestida.

    minimizao do volume de escavao.

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  • PROBLEMA 6.2

    Dado o canal de drenagem da gura abaixo, com seo composta em

    concreto e revestimentro vegetal, implantado com declividade

    longitudinal de 0,08%. Pede-se calcular a sua capacidade mxima de

    vazo em escoamento uniforme.

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  • PROBLEMA 6.3 - Canais Revestidos de Ecincia

    Mxima

    Dimensionar um canal retangular em concreto (n = 0,015), com

    declividade de 0,0018 m/m, para funcionar em condies de mxima

    ecincia hidrulica, conduzindo uma vazo de 50 m

    3/s.

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  • O Nmero de Froude

    Um nmero adimensional muito utilizado en estudos de canais o

    Nmero de Froude, que expressa a relao entre as foras inerciais e

    gravitacionais que atuam no escoamento.

    Fr =

    F

    inerciais

    F

    gravitacionais

    =

    .V 2.L2

    .L3.g=

    V

    2

    g .L(7)

    De modo que pode ser expresso por:

    Fr =Vg .L(8)

    Onde:

    V: velocidade mdia do escoamento (m/s)g: acelerao da gravidade (m/s2)L: profundidade hidrulica Y

    h

    (m)

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  • O Nmero de Froude

    O Nmero de Froude utilizado para classicar os escoamentos livres

    nas aplicaes prticas em trs tipos:

    Escoamento Subcrtico ou Fluvial:

    Fr < 1, neste caso qualquer perturbao imposta ao escoamento numaseo transversal a jusante ser propagada para montante.

    Escoamento Crtico:

    Fr = 1, caracterizado como o estgio em que a energia mnima naseo e a vazo mxima.

    Escoamento Supercrtico ou Torrencial:

    Fr > 1, qualquer perturbao exercida no escoamento no poder sepropagar para a montante.

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  • PROBLEMA 6.4

    Determinar o regime de escoamento quanto enrgia especca no

    canal apresentado na canal do problema 6.2.

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  • Energia ou Carga Especca

    Sabe-se que a Equao da Bernoulli para um Canal dada por:

    Z + y +V

    2

    2g

    (9)

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  • Energia ou Carga Especca

    Energia ou Carga Especca a energia disponvel em uma seo

    do canal, tomando como plano de referncia um plano horizontal

    passando pelo fundo do canal, naquela seo, ou seja, a distncia

    vertical entre o fundo do canal e a linha de energia, o que corresponde

    a fazer Z = 0 na Equao de Bernoulli.

    Z + y +V

    2

    2.g(10)

    Se Z = 0, teremos:

    E = y +V

    2

    2.g(11)

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  • Energia ou Carga Especca

    E = y +V

    2

    2.g(12)

    Sabendo-se que V = QA

    , teremos:

    E = y +Q

    2

    2.g .A2(13)

    Logo, para uma dada seo do canal e para uma dada vazo, a energia

    especca funo da geometria e da altura d'gua.

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  • Diagrama da Energia Especca

    E = y +Q

    2

    2.g .A2(14)

    Supondo o estudo para um canal retangular, cuja rea da seo

    transversal dada por A = y .b, denimos a vazo unitria ouespecca (q) como a vazo por unidade de largura do canal. Assim:

    q =Q

    b

    (15)

    E desta forma teremos a seguinte equao para a Energia Especca:

    E = y +q

    2

    2.g .y2(16)

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  • Diagrama da Energia Especca

    E = y +q

    2

    2.g .y2(17)

    Quando y : E y , de modo que o diagrama de energiaespecca tende para uma reta de 45

    0

    .

    Quando y 0 : E , e o diagrama tende para uma assntita emzero.

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  • Diagrama da Energia Especca

    A profundidade crtica est associada com o valor mnimo da energia

    especca e divide o diagrama em dois tramos:

    Escoamentos com profundidades maiores que y

    c

    so denominados

    subcrticos.

    Escoamentos com profundidades menores que y

    c

    so denominados

    supercrticos.

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  • Diagrama da Energia Especca

    Para uma mesma energia especca, h duas possibilidades de

    escoamento, uma relacionada condio subcrtica e outra a condio

    supercrtica.

    A medida que o valor de q aumenta, a curva E se desloca para a

    direita e para cima.

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  • Diagrama da Energia Especca

    A gura abaixo ilustra o escoamento medida que o uido se desloca

    da seo (1) para a seo (2).

    Aplicao: elevao do fundo do canal.

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  • Profundidade Crtica

    A profundidade crtica (y

    c

    ) numa da seo est associada com o

    valor mnimo da energia especca (E

    min

    ) e com o valor mximoda vazo.

    Assim se:

    y > yc

    : escoamento subcrtico

    y < yc

    : escoamento supercrtico

    y = yc

    : escoamento crtico

    y

    c

    = 3

    q

    2

    g

    (18)

    E desta forma teremos a seguinte equao para a Energia Especca

    Mnima (E

    min

    ):

    E

    min

    =3

    2

    .yc

    (19)

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  • PROBLEMA 6.5 - Elevao do Fundo do Canal

    A gua escoa em um canal retangular com profundidade de 2,0 m e a

    velocidade de 2,2 m/s. A partir de um determinado ponto, o fundo do

    canal se eleva em 0,25 m de forma suave. Determine a profundidade

    do escoamento sobre a elevao de fundo, caracterizando o tipo de

    escoamento. Admita que no h perda de energia no trecho.

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  • Vertedor de Soleira Espessa

    No caso do vertedor retangular de soleira espessa, pode-se calcular a

    vazo por meio da frmula:

    Q = Cd

    .1, 704.b.h3/2 (20)

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  • HIDRULICA GERAL

    ENGENHARIA CIVIL

    Professor: CARLOS DA COSTA FERREIRA

    CAPTULO 6 - ESCOAMENTO EM CONDUTOS LIVRES OU CANAIS

    Maio,2015

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    ConceitoParmetros Geomtricos e HidrulicosProblema 6.1Variao da PressoVariao da VelocidadeCaracterizao do Escoamento UniformeFrmula de ManningSees de Mxima EficinciaProblema 6.2Problema 6.3O Nmero de FroudeProblema 6.4Energia ou Carga EspecficaDiagrama da Energia EspecficaProfundidade CrticaProblema 6.5Aplicao: Vertedor de Soleira Espessa