CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios [email protected].

128
CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios [email protected] .br

Transcript of CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios [email protected].

Page 1: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

CAPITAL DE GIRO – Parte 1

Prof. Amaury [email protected]

Page 2: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Ementa

Capital de Giro

Administração de Recebimentos e Pagamentos

Administração de Estoques

Administração das Disponibilidades

Administração de Contas a Receber

Orçamento e Projeções de Caixa

Planejamento de Caixa

Page 3: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

A visão abrangente propiciada pelo Orçamento de Caixa permite que, em tempo hábil, sejam tomadas decisões necessárias para acertar os descompassos previstos para os fluxos de numerário.

Portanto, é um instrumento que demonstra os fluxos de entrada e saída projetada de caixa, usado para estimar sua necessidade de caixa no curto prazo.

Orçamento e Projeções de Caixa

Page 4: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Recebimentos de Caixa Todos os itens sobre os quais a empresa recebe

entradas de caixa durante um dado período.

Exemplo: Uma indústria está desenvolvendo um orçamento de caixa

para outubro, novembro e dezembro.

As vendas foram de R$ 100 mil em agosto e de R$ 200 mil em setembro.

Foram previstas vendas de R$ 400 mil, R$300 mil e R$200 mil para out, nov e dez, respectivamente.

Tradicionalmente, 20% das vendas têm sido à vista, 50% têm gerado duplicatas cobradas após 1 mês e as 30% restantes têm gerado duplicatas cobradas após 2 meses.

Em dezembro a empresa receberá dividendos de R$ 30 mil de ações.

Page 5: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Recebimentos de Caixa

Portanto total de recebimentos em outubro, novembro e dezembro são, respectivamente:

R$ 210, R$ 320 e R$ 340 mil.

Page 6: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Pagamentos de Caixa São todos os desembolsos efetuados pela empresa

durante um dado período financeiro.

Exemplo: Uma empresa reuniu os seguintes dados necessários ao

preparo de uma programação de pagamentos para os meses de out, nov e dez:

Compras: 70% vendas, sendo 10% á vista, 70% mês seguinte à compra, e 20% após 2 meses. (vendas R$ 400, R$ 300 e R$ 200 mil em out, nov e dez respectivamente)

Pagamento de aluguéis: R$5 mil mensalmente. Ordenados e salários: 10% de suas vendas mensais + fixo de R$ 8

mil Impostos: R$ 25 mil em dez Aquisição equipamentos: R$ 130 mil por uma máquina nova em

nov Juros: 10 mil em dez Dividendos em R$: R$20 mil pagos em out Pagamento empréstimos: R$ 20 mil em dez

Page 7: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Pagamentos de Caixa

Portanto total de pagamentos em outubro, novembro e dezembro são, respectivamente:

R$ 213, R$ 418 e R$ 305 mil.

Page 8: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Orçamento de Caixa

Para finalizar o orçamento de caixa, é necessário analisar os pagamentos e recebimentos definidos anteriormente. Também devem ser considerados:

Fluxo Líquido de Caixa

Saldo Final de Caixa

Financiamento Total Necessário

Saldo Excedente de Caixa

Saldo Mínimo de Caixa

Page 9: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Orçamento de Caixa

Fluxo Líquido de Caixa

É a diferença matemática entre os recebimentos e pagamentos.

Page 10: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Orçamento de Caixa

Saldo Final de Caixa

É a soma do saldo inicial de caixa com o fluxo de caixa líquido de um dado período.

Page 11: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Orçamento de Caixa

Financiamento Total Necessário

É o total de recursos necessários, caso o saldo final de caixa seja menor que o saldo mínimo de caixa.

Page 12: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Orçamento de Caixa

Saldo Excedente de Caixa

São os montantes excedentes disponíveis para aplicações, se o saldo final de caixa for superior ao saldo mínimo de caixa.

Page 13: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Orçamento de Caixa

Saldo Mínimo de Caixa

É estipulado pela empresa para garantir eventuais imprevistos..

Page 14: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Orçamento de Caixa

Considerando o exemplo anterior, e um saldo inicial de caixa de $50 mil em out, e saldo mínimo de R$ 25 mil, resulta em:

Saldo excedente de caixa em out em R$ 22 mil.

Financiamento necessário de R$ 76 e R$ 41 mil respectivamente em nov e dez.

Page 15: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Um componente do ciclo de conversão de caixa é o prazo médio de recebimento, que vem a ser o tempo médio entre uma venda a prazo e a efetiva disponibilidade de fundos, com pagamento à empresa.

O prazo médio de recebimento possui 2 componentes:

O primeiro é o tempo entre a venda e o envio do pagamento pelo cliente;

o segundo é o tempo de envio do pagamento e a disponibilidade dos fundo recebidos na conta bancária da empresa.

Administração de Contas a Receber

Page 16: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Conta a Receber

A primeira parte do prazo médio de recebimento envolve a administração do crédito oferecido aos clientes;

a segunda implica a cobrança e o processamento dos pagamentos.

O objetivo da administração de contas a receber consiste em dispor de contas com a maior rapidez possível sem perder vendas com a adoção de técnicas de cobrança muito agressivas.

Page 17: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Conta a Receber

A consecução desse objetivo abrange 3 tópicos:

Seleção e Padrões de Crédito

Desconto por pagamento rápido

Monitoramento de Crédito

Page 18: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Seleção e Padrões de Crédito

Envolve a aplicação de técnicas para determinar se os clientes que merecem receber crédito.

Este processo inclui a avaliação da qualidade do clientes, do ponto de vista do risco de crédito, e sua comparação aos padrões de crédito da empresa, ou seja, os requisitos mínimos para conceder crédito a um cliente.

Page 19: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Seleção e Padrões de Crédito Uma técnica conhecida de seleção consiste nos 5 Cs

do crédito, que oferecem um esquema de referência para análise de crédito mais aprofundadas. Por causa do tempo e custos envolvidos, esse método é usado para pedidos de crédito de valor monetário elevado. Os 5 C’s de Crédito são:

Caráter

Capacidade Capital

Colateral

Condições

Page 20: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Os 5 C’s de Crédito Caráter: o histórico do cliente em termos de cumprimento das

obrigações.

Capacidade: capacidade de pagamento do crédito solicitado pelo cliente, avaliada com base em uma análise das demonstrações financeiras , com ênfase nos fluxos de caixa disponíveis para o pagamento de dívidas.

Capital: volume de dívidas do cliente em comparação com o capital próprio.

Colateral (garantia): o volume de ativos que o cliente tem à disposição para usar como garantia de crédito.

Condições: condições econômicas gerais e setoriais correntes e quaisquer condições especiais vinculadas a uma transação específica.

Page 21: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Os 5 C’s de Crédito

A análise por meio dos 5 Cs do crédito não produz uma decisão específica de aceitação ou rejeição e, portanto, seu uso requer a intervenção de um analista experimentado no estudo de pedidos e em decisões de concessão de crédito.

A aplicação deste enfoque tende a garantir que os clientes da empresa paguem seus débitos, sem que sejam pressionados, dentro do prazo de crédito estabelecido.

Page 22: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Alteração dos Padrões de Crédito

A empresa considerará, às vezes, alguma mudança em seus padrões de crédito para elevar seus retornos e criar mais valor para seus proprietários.

Para determinar se deve relaxar seus padrões de crédito, a empresa precisa calcular seu efeito sobre a contribuição das vendas adicionais a seu lucro, o custo do investimento marginal em contas a receber e o das perdas marginais com clientes.

Page 23: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Exemplo 1 Uma empresa fabricante de ferramentas de moldagem,

atualmente está vendendo um produto por R$ 10 a unidade. As vendas (todas a prazo) no último ano foram de 60 mil unidades. O custo variável por unidade é de R$ 6. Os custos fixos totais da empresa são de R$ 120.000.

A empresa está considerando a possibilidade de relaxar os padrões de crédito, esperando com isso os seguintes resultados:

Aumento de 5% das unidades vendidas para 63.000; Aumento dos prazos médio de recebimento de 30 dias (seu

nível atual) para 45 dias; Aumento de perdas com clientes de 1% das vendas (o nível

atual) para 2%.

O retorno exigido pela empresa em investimentos com mesmo risco, ou seja, o custo de oportunidade de recursos aplicados em contas a receber, é igual a 15%.

Page 24: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Desconto por pagamento rápido A inclusão de um desconto por pagamento rápido nos

prazos de crédito é uma maneira bastante comum de atingir a meta de acelerar os recebimentos sem exercer pressão sobre os clientes. Esse desconto funciona como um incentivo aos clientes para pagarem mais depressa.

Ao acelerar os recebimentos, o desconto reduz o investimento em contas a receber (que é o objetivo).

As empresas que consideram a possibilidade de oferecer desconto por pagamento rápido devem fazer uma análise benefício-custo para determinar se essa iniciativa é rentável.

Page 25: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Exemplo 2 Uma empresa fabricante de tornos mecânicos está pretendendo

introduzir um desconto financeiro de 2% para pagamento à vista. O atual período médio de cobrança é de 30 dias., as vendas a crédito são de 60.000 unidades, o preço de venda unitário é de R$ 10 e o custo variável por unidade é de R$ 6. A empresa espera que, com a introdução do desconto financeiro, 60% de suas vendas passarão a ser feitas com desconto e as vendas aumentarão 5%. O período médio de cobrança deve cair para 15 dias. Espera-se que a perda com incobráveis caia do nível atual de 1% para 0,5% das vendas. O retorno exigido pela empresa sobre investimentos de igual risco é de 15%.

Para determinar se a empresa deve ou não conceder o desconto financeiro, devemos calcular a margem de contribuição adicional aos lucros, o custo o investimento marginal em duplicatas a receber, o custo marginal dos devedores incobráveis e o custo do desconto financeiro. Portanto, o lucro ou prejuízo proveniente da análise destes cálculos, definirá se a empresa deve ou não implementar um desconto.

Page 26: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Exercício 1: Duplicatas a Receber-flexibilização dos padrões de crédito Uma empresa fabricante de papel higiênico está atualmente

vendendo um pacote por R$ 30. As vendas (todas à crédito) do ano mais recente foram de 200.000 unidades. O custo variável unitário é R$ 17 e o custo fixo total é de R$ 300.000.

A empresa está pretendendo flexibilizar os padrões de crédito e espera-se que esta medida acarrete um acréscimo de 3% nas vendas, um aumento do período médio de cobrança de 30 para 50 dias, e um aumento no nível anual de devedores incobráveis de 1% para 3% sobre as vendas. O retorno exigido pela empresa sobre os investimentos de igual risco, o qual corresponde ao custo de oportunidade do comprometimento de fundos com as duplicatas a receber, é de 20%.

Calcule: Contribuição adicional aos lucros. Custo do investimento marginal em duplicatas a receber. Custo com devedores Incobráveis.Qual seria sua decisão? A empresa deve flexibilizar seus padrões de

crédito? Faça uma análise.

Page 27: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Resolução Exercício 01 (Flexibilização dos Padrões de Crédito)

1. Contribuição Adicional aos LucrosMargem Unitária = R$ 30,00 – R$ 17,00 = R$ 13,00Volume Adicional = (3% x 200.000) x R$ 13,00 = R$ 78.000,00 (+)

2. Custo do Investimento Marginal em Duplicatas à Receber2.1. Giro das Duplicatas à Receber = 360/PMCAtual = 360/30 = 12Proposto = 360/50 = 7,20

2.2. Investimento Marginal em Duplicatas à Receber = Custo Variável Total / Giro das Duplicatas

Atual = (R$ 17,00 x 200.000) / 12 = R$ 283.333,33Proposto = (R$ 17,00 X 206.000) / 7,2 = 486.388,89Variação = R$ 203.055,56 (-)

Page 28: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Cont. Resolução Exercício 012.3. Ganho “propriamente dito”20% x R$ 203.055,56 (-) = R$ 40.611,11 (-)

3. Custo com Devedores IncobráveisAtual = (1% x 200.000) x R$ 30,00 = R$ 60.000,00 Proposto = (3% x 206.000) x R$ 30,00 = R$ 185.400,00Variação = R$ 60.000,00 – 185.400,00 = R$ 125.400,00 (-)

ANÁLISE FINAL+ R$ 78.000,00- R$ 40.611,11- R$125.400,00

- R$ 88.011,11

Page 29: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Exercício 2: Desconto Financeiro - Alterações condições de Crédito Uma empresa fabricante de materiais plásticos está pretendendo

introduzir um desconto financeiro de 3% para pagamento à vista. O atual período médio de cobrança é 30 dias, as vendas a crédito montam em 100.000 unidades, o preço de venda é R$ 8 e o custo variável por unidade é de R$ 5.

A empresa espera que, com a introdução do desconto financeiro, 70% de suas vendas passarão a ser feitas com desconto e as vendas aumentarão em 6%. O período médio de cobrança deve cair para 10 dias. Espera-se que a perda com incobráveis caia do nível atual de 1% para 0,5% das vendas. O retorno exigido pela empresa sobre investimentos de igual risco está em 13% ao ano.

Calcule: Contribuição adicional aos lucros. Custo do investimento marginal em duplicatas a receber. Custo com Devedores Incobráveis. Custo do Desconto financeiroQual seria sua decisão? A empresa deve dar o desconto financeiro?

Faça uma análise

Page 30: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Resolução Exercício 02 (Desconto Financeiro)

1. Contribuição Adicional aos LucrosMargem Unitária = R$ 8,00 – R$ 5,00 = R$ 3,00Volume Adicional = (6% x 100.000) x R$ 3,00 = R$ 18.000,00 (+)

2. Custo do Investimento Marginal em Duplicatas à Receber2.1. Giro das Duplicatas à Receber = 360/PMCAtual = 360/30 = 12Proposto = 360/10 = 36

2.2. Investimento Marginal em Duplicatas à Receber = Custo Variável Total / Giro das Duplicatas

Atual = (R$ 5,00 x 100.000) / 12 = R$ 41.666,67Proposto = (R$ 5,00 X 106.000) / 36 = R$ 14.722,22Variação = R$ 26.944,45 (+)

Page 31: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Cont. Resolução Exercício 022.3. Ganho “propriamente dito”13% x R$ 26.944,45 (+) = R$ 3.502,78 (+)

3. Custo com Devedores IncobráveisAtual = (1% x 100.000) x R$ 8,00 = R$ 8.000,00 Proposto = (0,5 % x 106.000) x R$ 8,00 = R$ 4.240,00Variação = R$ 6.000,00 – 4.240,00 = R$ 3.760,00 (+)

4. Custo do Desconto Financeiro[ (3% x 106.000) x R$ 8,00 ] x 70% = R$ 17.808,00 (-)

ANÁLISE FINAL+ R$ 18.000,00+ R$ 3.502,78+ R$ 3.760,00- R$ 17.808,00+ R$ 7.454,78

Page 32: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Monitoramento de Crédito Trata-se de uma revisão contínua das contas a

receber para verificar se os clientes estão pagando de acordo com os prazos de crédito estabelecidos.

Algumas técnicas para isto são:

Análise do Prazo médio de recebimento: Contas a receber/ Vendas médias por dia.

De cobrança: Cartas Telefonemas Visitas pessoais Agências de cobrança Ação judicial

Page 33: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

As disponibilidades correspondem ao numerário mantido em caixa, os saldos bancários de livre movimentação e as aplicações financeiras de liquidez imediata.

Se as disponibilidades forem mantidas em níveis muito baixos, haverá o comprometimento da capacidade de solvência da empresa. Por outro lado, o excesso de disponibilidades prejudica a rentabilidade.

A administração das disponibilidades buscará um equilíbrio entre tais extremos, mas esta não é uma tarefa fácil devido à dinâmica dos descompassos dos fluxos dos pagamentos e recebimentos.

Administração das Disponibilidades

Page 34: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Manutenção das Disponibilidades

Atender aos pagamentos programados para o curso normal das atividades

Formar uma reserva de segurança para enfrentar eventos imprevistos

Cheques emitidos pela empresa ainda não descontados ou depositados pelos favorecidos em suas contas bancárias

Existência entre defasagem entre o momento em que um crédito é lançado pelo banco na conta da empresa e os dias que ela toma conhecimento disto através do aviso de lançamento.

Motivos:

Page 35: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Manutenção das Disponibilidades

Administração de Fundos Ociosos

APLICAÇÕES EM TÍTULOS NEGOCIÁVEIS 

Os títulos negociáveis são instrumentos de mercado monetário que rendem juros e podem ser facilmente realizados. Trata-se de aplicações de curto prazo incluídas nos ativos líquidos da empresa, que os utiliza para obter algum rendimento sobre fundos temporariamente ociosos. 

Page 36: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Manutenção das Disponibilidades

Exemplos de Aplicações em Títulos Negociáveis 

RENDA FIXA CDB (Certificado de depósito bancário) Fundos de Renda Fixa (DI, pré, etc) Títulos da dívida Pública (NTN, LFT) 

RENDA VARIÁVEL Ações Ouro Fundos de Renda Variável

Page 37: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Fluxo de caixa:

Permite controle das receitas e gastos da empresa.

identifica possíveis sobras ou faltas de recursos financeiros na empresa.

Planejamento de Caixa

Page 38: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Manutenção das Disponibilidades Administração de Fundos Ociosos

APLICAÇÕES EM TÍTULOS NEGOCIÁVEIS 

Os títulos negociáveis são instrumentos de mercado monetário que rendem juros e podem ser facilmente realizados.

Trata-se de aplicações de curto prazo incluídas nos ativos líquidos da empresa, que os utiliza para obter algum rendimento sobre fundos temporariamente ociosos. 

Page 39: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Manutenção das Disponibilidades

EXEMPLOS DE APLICAÇÕES EM TÍTULOS NEGOCIÁVEIS 

RENDA FIXACDB (Certificado de depósito bancário)Fundos de Renda Fixa (DI, pré, etc)Títulos da dívida Pública (NTN, LFT) 

RENDA VARIÁVELAçõesOuroFundos de Renda Variável

Page 40: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Fluxo de Caixa

É dividido em:

Fluxo Operacional: relacionado ao processo operacional de produção ou venda.

Fluxo de Investimentos: relacionados com a compra e venda de ativos permanentes.

Fluxo de Financiamentos: relacionado com as operações financeiras da empresa.

Page 41: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Métodos do Fluxo de Caixa

Método Direto: as entradas e saídas de caixa são lançadas de forma direta em sua devida conta, no momento em que ocorrem.

Método Indireto: construído a partir das demonstrações financeiras, evidencia as razões para a mudança de saldo da conta caixa de um período para outro.

Page 42: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Exemplo : Fluxo de caixa direto mensal

A empresa começou o período com saldo inicial de caixa de R$ 800,00.

A receita de vendas de cada mês foi de R$ 2.000,00.

No primeiro mês foram pagos R$ 500,00 de despesas operacionais, R$ 250,00 de prestação de empréstimo e R$ 800,00 de salários.

No segundo mês a empresa pagou R$ 250,00 de prestação de empréstimo, R$ 100,00 de impostos e R$ 650,00 na compra de equipamentos.

Fluxo de Caixa Direto

Page 43: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

  1 2 Total1) SALDO INICIAL DE CAIXA  800    

2) Fluxo operacional      Vendas  2.000 2.000   

Despesas operacionais  (500)    

Salários  (800)    

Impostos    (100)  

3) Fluxo de investimentos      Equipamentos    (650)  

4) Fluxo de financiamento      

Empréstimos (250)  (250)   

5) Total de entradas de caixa

6) Total de saídas de caixa7) SALDO FINAL DE CAIXA      

Page 44: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Fluxo de Caixa IndiretoExemplo: Fluxo de caixa indireto, a partir do BP.

ATIVO 2004 2005 PASSIVO 2004 2005

Circulante 12.000 15.000 Circulante 6.000 7.000

Caixa 1.000 4.000 Fornecedores 6.000 6.800

Clientes 6.000 7.000 Impostos --- 200

Estoques 5.000 4.000 Realizável LP 7.000 8.000

Permanente 11.000 13.000 Financiamento 7.000 8.000

Terrenos 4.000 3.000 Patr. Líquido 10.000 13.000

Instalações 5.000 10.000 Capital Social 10.000 10.000

Diferido 2.000 --- Lucros --- 3.000

Total Ativo 23.000 28.000 Total Passivo 23.000 28.000

Page 45: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Fluxo de Caixa IndiretoExemplo: Fluxo de caixa indireto, a partir do BP.

ATIVO 2004 2005 PASSIVO 2004 2005

Circulante 12.000 15.000 Circulante 6.000 7.000

Caixa 1.000 4.000 Fornecedores 6.000 6.800 800

Clientes 6.000 7.000 1.000 Impostos --- 200 200

Estoques 5.000 4.000 - 1.000 Realizável LP 7.000 8.000

Permanente 11.000 13.000 Financiamento 7.000 8.000 1.000

Terrenos 4.000 3.000 - 1.000 Patr. Líquido 10.000 13.000

Instalações 5.000 10.000 5.000 Capital Social 10.000 10.000 ---

Diferido 2.000 --- - 2.000 Lucros --- 3.000 3.000

Total Ativo 23.000 28.000 Total Passivo 23.000 28.000

Page 46: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

SALDO INICIAL DE CAIXA

FLUXO OPERACIONAL

Clientes

Estoque/ fornecedor

Impostos

FLUXO DE INVESTIMENTOS

Terrenos

Instalações

Diferido

FLUXO DE FINANCIAMENTOS

Financiamento

Capital social/ lucro

TOTAL DAS ENTRADAS

TOTAL DAS SAÍDAS

SALDO FINAL DE CAIXA

Page 47: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

SALDO INICIAL DE CAIXA 1.000

FLUXO OPERACIONAL

Clientes

Estoque/ fornecedor

Impostos

FLUXO DE INVESTIMENTOS

Terrenos

Instalações

Diferido

FLUXO DE FINANCIAMENTOS

Financiamento

Capital social/ lucro

TOTAL DAS ENTRADAS

TOTAL DAS SAÍDAS

SALDO FINAL DE CAIXA 4.000

Page 48: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Montagem e Análise do Fluxo de Caixa

Page 49: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Demonstração do Fluxo de Caixa do Exercício

Objetivo da Análise do Fluxo de Caixa do Exercício

Avaliação das estratégias de investimentos e financiamentos da empresa no exercício

Informações extraídas sobre as empresas

Geração de Fluxo de Caixa Operacionais

Capacidade de cobertura de imobilizações

Capacidade de cobertura de despesas financeiras

Capacidade de cobertura de dividendos

Page 50: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Estrutura da Demonstração do Fluxo de Caixa do Exercício

A . FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS Resultado Líquido do Período Depreciação Duplicatas a Receber Estoques Fornecedores Salários e ImpostosB . FLUXO DE CAIXA DOS INVESTIMENTOS Ativo PermanenteC . FLUXO DE CAIXA DOS FINANCIAMENTOS Bancos (Curto e Longo Prazo) Integralização de Capital DividendosD . = FLUXO DE CAIXA LÍQUIDO DO EXERCÍCIOE . + SALDO DE CAIXA NO INÍCIO DO EXERCÍCIOF . = SALDO DE CAIXA NO FINAL DO EXERCÍCIO

Page 51: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

VARIAÇÃO DAS CONTAS DO BALANÇO

EXEMPLO : AUMENTO DAS CONTAS PATRIMONIAIS

CONTAS DO ATIVO2000 2001 NO FCX

Estoques80 110 -30

Imobilizado250 340 -90

CONTAS DO PASSIVO2000 2001 NO FCX

Fornecedores 90 130 + 40

Emprést. Bancários 40 70 + 30

Page 52: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

VARIAÇÃO DAS CONTAS DO BALANÇO

EXEMPLO : REDUÇÃO DAS CONTAS PATRIMONIAIS

CONTAS DO ATIVO 2000 2001 NO FCX

Duplicatas a Receber 120 100 + 20

Estoques 80 30 + 50

Imobilizado 250 210 + 40

CONTAS DO PASSIVO 2000 2001 NO FCX

Fornecedores 90 80 -10

Funcionários 50 45 -5

Emprés. Bancários 40 0 - 40

Page 53: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

ÍNDICES FINANCEIROS

COBERTURA DE INVESTIMENTOS ( CI )

Mostra a capacidade da empresa gerar fluxos de caixa operacionais para cobrir despesas com a aquisição de ativos fixos.

CI = FLUXO OPERACIONAL DE CAIXA : VAR. DOS INVESTIMENTOS (Ativo Fixo)

EXEMPLO : 12/X1 12/X2 SITUAÇÃO TÉCNICA

Cobertura de investimentos 0,70 1,40 * Favorável

Para cada $1 de desembolso em novas imobilizações, a Empresa gera Fluxo de Caixa Operacional de $1,40.

Page 54: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

COBERTURA DE JUROS (CJ)

Mostra a capacidade de geração de Fluxo de Caixa Operacional para amortizar despesas financeiras.

CJ = FLUXO OPERACIONAL DE CAIXA : DESPESAS FINANCEIRAS

EXEMPLO: 12/X1 12/X2 SITUAÇÃO TÉCNICA

Cobertura de juros 0,80 1,50* Favorável

Para cada $1 desembolsado em despesas financeiras, a Empresa gera um Fluxo de Caixa Operacional de $ 1,50

ÍNDICES FINANCEIROS

Page 55: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

COBERTURA DE DIVIDENDOS (CD)

Mostra a capacidade de geração de Fluxo de Caixa Operacional para amortizar os dividendos declarados.

CD = FLUXO DE CAIXA OPERACIONAL : DIVIDENDOS

EXEMPLO: 12/X1 12/X2 SITUAÇÃO TÉCNICA

Cobertura de dividendos 1,12 1,34* Favorável

Para cada $1 desembolsado em dividendos, a Empresa gera um Fluxo de Caixa Operacional de $ 1,34

ÍNDICES FINANCEIROS

Page 56: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

MONTAGEM DA DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXAEXEMPLO 1 – INDÚSTRIA DE PRODUTOS DE HIGIENE E LIMPEZA S.A.

Em R$ MM X 1 X 2 Var. Em R$ MM X 1 X 2 Var.

ATIVO CIRCULANTE 1.004 1.223 PASSIVO CIRCULANTE 483 620

Disponibilidades 339 431 Fornecedores 270 382 112

Dupls. a receber 365 503 -138 Bancos 99 79 -20

Estoques 300 289 11 Salários e impostos 114 159 45

REAL. L. PRAZO 0 0 EXIG. L. PRAZO (BANCOS) 957 1.023 56

PERMANENTE 2.266 2.374 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 1.820 1.954

Imobilizado Bruto 4.322 4.669 -347 Capital + Reservas 808 819 11

Depreciação (2.056) (2.295) 239 Resultados Acumulados 1.012 1.135

ATIVO TOTAL 3.270 3.597 PASSIVO + PL 3.270 3.597

PAGAMENTO DE DIVIDENDOSSaldo Inicial da conta de Resultados Acumulados 1.012 1.243+ Resultado líquido do Período 231- Saldo Final da conta de Resultados Acumulados 1.135= Pagamento de dividendos 108

Page 57: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS (12MESES) – Em $ milhões

X 1 X 2RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS 2.567 3.074(-) Custo de Produção 1.711 2.088= LUCRO BRUTO 856 986(-) Despesas Administrativas 222 229(-) Despesas com Vendas 108 100(-) Depreciação 223 239= LUCRO OPERACIONAL 303 418(-) Despesas Financeiras 91 93= LUCRO ANTES DO I.R. 64 94(-) I.R. 64 94= LUCRO LÍQUIDO 148 231

Page 58: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

RELATÓRIO DO FLUXO DE CAIXA DE X2 – EM $ MILHÕES

A . FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS 500. Resultado líquido do período 231

. Depreciação 239

. Duplicatas a Receber (138)

. Estoques 11

. Fornecedores 112

. Salários e Impostos 45

B .(–) FLUXO DE CAIXA DOS INVESTIMENTOS (347). Imobilizado Bruto (347)

C . (+/-) FLUXO DE CAIXA DOS FINANCIAMENTOS (61). Bancos Curto Prazo (20)

. Bancos Longo Prazo 56

. Integralização de Capital 11

. Pagamento de Dividendos (108)

D . (=) FLUXO DE CAIXA LÍQUIDO DE EXERCÍCIO 92E . (+) SALDO DE CAIXA NO INÍCIO DO EXERCÍCIO 339F . (=) SALDO DE CAIXA NO FINAL DO EXERCÍCIO 431

Page 59: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

ÍNDICES

X 1 X 2 AVALIAÇÃO

1 – LIQUIDEZ CORRENTE 2,08 1,97 F

2 – ENDIVIDAMENTO 53,13% 84,08% F

3 – MARGEM OPERACIONAL 11,8% 13,6 % F

4 – COBERTURA DO INVESTIMENTO 1,05 1,44 F

5 – COBERTURA DE JUROS 3,70 5,38 F

6 – COBERTURA DE DIVIDENDOS 2,19 4,63 F

F = FAVORÁVEL

D = DESFAVORÁVEL

Page 60: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

EXEMPLO 02 – EMPRESA S/A

Em R$ MM X 1 X 2 Var. Em R$ MM X 1 X 2 Var.

ATIVO CIRCULANTE 113 148 PASSIVO CIRCULANTE 83 91

Disponibilidades 25 57 Fornecedores 48 60 12

Dupls. a receber 32 31 1 Bancos 4 5 1

Estoques 56 60 -4 Salários e impostos 8 10 2

Outros 0 0 Impostos e Contrib. 23 16 -7

REAL. L. PRAZO 16 8 EXIG. L. PRAZO 3 1

Depósitos Judiciais 16 8 8 Inp.Renda Diferido 3 1 -2

PERMANENTE 32 34 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 75 98

Imobilizado Bruto 32 34 --2 Capital + Reservas 61 68 7

Investimentos 0 0 Resultados Acumulados 14 30

ATIVO TOTAL 161 190 PASSIVO + PL 161 190

PAGAMENTO DE DIVIDENDOSSaldo Inicial da conta de Resultados Acumulados + Resultado líquido do Período- Saldo Final da conta de Resultados Acumulados= Pagamento de dividendos

Page 61: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS (12 MESES) – Em $ milhões

X 1 X 2RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS 650 621(-) Custo de Produção 513 469= LUCRO BRUTO 137 152(-) Despesas Operacionais 107 109(-) Despesas com Vendas(-) Depreciação= LUCRO OPERACIONAL 30 43(-) Despesas Financeiras 4 8(+) Receitas Financeiras 6 10= LUCRO ANTES DO I.R. 32 45(-) I.R. 12 16= LUCRO LÍQUIDO 20 29

Page 62: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

RELATÓRIO DO FLUXO DE CAIXA DE X2 – EM $ MILHÕES

A . FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS 33. Resultado líquido do período 29

. Depreciação

. Duplicatas a Receber 1

. Estoques -4

. Fornecedores 12

. Salários 2

. Impostos e Contribuições -7

B .(–) FLUXO DE CAIXA DOS INVESTIMENTOS -2. Imobilizado Bruto -2

C . (+/-) FLUXO DE CAIXA DOS FINANCIAMENTOS 1. Bancos Curto Prazo 1

. Bancos Longo Prazo

. Integralização de Capital 7

. Pagamento de Dividendos -13

. Outros (dif.Dep.Judiciais – dif. I.R. Diferido) 6

D . (=) FLUXO DE CAIXA LÍQUIDO DE EXERCÍCIO 32E . (+) SALDO DE CAIXA NO INÍCIO DO EXERCÍCIO 25F . (=) SALDO DE CAIXA NO FINAL DO EXERCÍCIO 57

Page 63: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

ÍNDICES

X 1 X 2 AVALIAÇÃO

1 – LIQUIDEZ CORRENTE 1,36 1,62 F

2 – ENDIVIDAMENTO 114,7% 93,9% F

3 – MARGEM OPERACIONAL 4,6% 6,9% F

4 – COBERTURA DO INVESTIMENTO 10,0 16,5 F

5 – COBERTURA DE JUROS 2,5 4,1 F

6 – COBERTURA DE DIVIDENDOS 1,6 2,5 F

F = FAVORÁVEL

D = DESFAVORÁVEL

Page 64: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

DROGARIA S.A

Em R$ MM X 1 X 2 Var. Em R$ MM X 1 X 2 Var.

ATIVO CIRCULANTE 138 133 PASSIVO CIRCULANTE 131 181

Disponibilidades 29 5 Fornecedores 58 74 16

Dupls. a receber 50 59 -.9 Bancos 57 87 30

Estoques 58 68 -10 Salários 12 14 2

Outros 1 1 Impostos e Contrib. 3 3

Outros 1 3 2

REAL. L. PRAZO 21 32 EXIG. L. PRAZO 110 101

Empresas Coligadas 21 32 -11 Bancos 110 101 -9

PERMANENTE 145 182 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 63 65

Imobilizado Bruto 145 182 --37 Capital + Reservas 51 51

Investimentos 0 0 Resultados Acumulados 12 14

ATIVO TOTAL 304 347 PASSIVO + PL 304 347

PAGAMENTO DE DIVIDENDOSSaldo Inicial da conta de Resultados Acumulados + Resultado líquido do Período- Saldo Final da conta de Resultados Acumulados= Pagamento de dividendos

Page 65: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS (12MESES) – Em $ milhões

X 1 X 2RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS 326 398(-) Custo de Produção 108 158= LUCRO BRUTO 218 240(-) Despesas Operacionais 215 223(-) Despesas com Vendas(-) Depreciação= LUCRO OPERACIONAL 3 17(-) Despesas Financeiras 8 12(+) Receitas Financeiras 0 2= LUCRO ANTES DO I.R. (4) 2(-) I.R. 0 0= LUCRO LÍQUIDO (4) 2

Page 66: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

RELATÓRIO DO FLUXO DE CAIXA DE X2 – EM $ MILHÕES

A . FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS 1. Resultado líquido do período 2

. Depreciação

. Duplicatas a Receber -9

. Estoques -10

. Fornecedores 16

. Salários 2

. Impostos e Contribuições

B .(–) FLUXO DE CAIXA DOS INVESTIMENTOS -37. Imobilizado Bruto -37

C . (+/-) FLUXO DE CAIXA DOS FINANCIAMENTOS 12. Bancos Curto Prazo 30

. Bancos Longo Prazo -9

. Integralização de Capital

. Pagamento de Dividendos

. Outros/Empresas Coligadas -9D . (=) FLUXO DE CAIXA LÍQUIDO DE EXERCÍCIO -24E . (+) SALDO DE CAIXA NO INÍCIO DO EXERCÍCIO 29F . (=) SALDO DE CAIXA NO FINAL DO EXERCÍCIO 5

Page 67: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

ÍNDICES

X 1 X 2 AVALIAÇÃO

1 – LIQUIDEZ CORRENTE 1,05 0,7 D

2 – ENDIVIDAMENTO 382% 434% D

3 – MARGEM OPERACIONAL 0,92% 4,27% F

4 – COBERTURA DO INVESTIMENTO 0,10 0,03 D

5 – COBERTURA DE JUROS 0,09 0,08 D

6 – COBERTURA DE DIVIDENDOS

F = FAVORÁVEL

D = DESFAVORÁVEL

Page 68: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Capital de Giro São os recursos que ficam circulando dentro da empresa

no curto prazo. Inclui:

Financiamentos Caixa Títulos negociáveis Duplicatas a receber Estoques

Influencia a liquidez e lucratividade da empresa.

Page 69: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Capital Circulante Líquido - CCL

Representa uma medida da folga financeira que a empresa apresenta para liquidar seus compromissos de curto prazo.

AC alto reduz o risco, mas também a lucratividade.

PC alto aumenta a lucratividade, mas aumenta o risco.

CCL = AC - PC

Page 70: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

CCL – situações:

AACC

AAPP

RLRLPP

APAP

RLRLPP

ELELPP

PPLL

AACC PP

CCPPCC

ELELPP

PLPL

CCL positivo CCL negativo

CCL CCL

Page 71: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Estratégias de Adm. CCL

Estratégia Agressiva:

Financia suas necessidades sazonais com fundos de curto prazo, e as necessidades permanentes com fundos de longo prazo.

Estratégia Conservadora:

Financia todas as necessidades financeiras com recursos a longo prazo e uso de recursos a curto prazo apenas no caso de emergência.

Page 72: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Fontes de Financiamento

Se dividem em:

Fontes espontâneas: fornecedores, salários, impostos, contas a pagar.

Fontes não-espontâneas: financiamentos tomados deliberadamente (fontes não-

garantidas e garantidas).

Page 73: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Caixa e Títulos Negociáveis

Motivos para manter dinheiro em caixa:

Transação: contas normais a pagar.

Precaução: pagamentos inesperados.

Especulação: aproveitar oportunidades.

Page 74: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Administração de Caixa

É influenciada diretamente pelas atividades operacionais da empresa (compra e venda de mercadorias).

O desejável é obter um ciclo de caixa negativo, pois isso significa que a empresa recebe pelas vendas antes de pagar os fornecedores.

Ciclo de caixa: PME + PMR – PMP

Page 75: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Administração de Caixa

Como reduzir o ciclo de caixa de uma empresa:

Girar estoques tão rápido quanto possível;

Cobrar duplicatas a receber o mais cedo possível;

Retardar o pagamento das duplicatas tanto quanto possível

Page 76: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Duplicatas a Receber

Representam as vendas a prazo efetuadas pela empresa, as quais seguem padrões em função de seu impacto em:

Volume de vendas;

Investimentos em duplicatas;

Perdas com inadimplência.

Page 77: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Estoques

Constituem a base das operações empresariais, sendo que sua administração envolve diferentes áreas da empresa.

Impacto dos estoques nos custos:

Custo de capital Custo das instalações Custo dos serviços Riscos da estocagem

Page 78: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

ÍNDICES DE ATIVIDADE

Esses índices relacionam elementos do Balanço Patrimonial e revelam quanto tempo, em média, tais elementos levam para serem transformados dentro do Ciclo Operacional;

Cálculo dos prazos médios de Recebimento de Clientes,

Pagamento de Fornecedores e Estocagem.

Page 79: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

CICLO OPERACIONAL E FINANCEIRO

Compra Venda

Pagamento dos

Fornecedores

Recebimento dos

Clientes

Ciclo Operacional

Ciclo Financeiro

Page 80: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

EstoqueCMV

Revela o prazo médio de estocagem de mercadorias no período em análise, neste caso, 1 ano.

PRAZO MÉDIO DE ESTOCAGEM (PME)

Fórmula

Conceito

X 360 =

Page 81: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

EstoqueCMV

Durante o período, em média, cada compra de mercadorias ficou parada no estoque 32 dias antes de ser vendida.

Fórmula

Interpretação

X 360 = 32

PRAZO MÉDIO DE ESTOCAGEM (PME)

Page 82: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Dup. ReceberReceita Bruta

Revela o prazo médio considerado desde a venda da mercadoria até o recebimento dos clientes no período analisado.

PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DE CLIENTES (PMR)

Fórmula

Conceito

X 360

Page 83: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Dup. ReceberReceita Bruta

No exercício analisado, em média, o recebimento dos clientes foi com prazo de 63 dias.

Fórmula

Interpretação

X 360 = 63

PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DE CLIENTES (PMR)

Page 84: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Fornecedor

Compras

Compreende o período médio considerado desde a compra da mercadoria até o seu pagamento ao fornecedor.

PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO AOS FORNECEDORES (PMP)

Fórmula

Conceito

X 360 =

Page 85: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

FornecedorCompras

No exercício analisado, em média, o pagamento dos fornecedores foi com prazo de 50 dias.

Fórmula

Interpretação

X 360 = 50

PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO AOS FORNECEDORES (PMP)

Page 86: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO AOS FORNECEDORES - COMPRAS

Fórmula

CMV = Ei + C – Ef

Onde:CMV = Custo das Mercadorias VendidasC = ComprasEi = Estoque InicialEf = Estoque Final

CMV = Ei + C – Ef

Ei + C – Ef = CMVC = CMV - Ei + Ef

Page 87: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Índices do Ciclo Operacional

Ciclo Operacional:

Ciclo Financeiro

CO = PME + PMR

CF = CO – PMP

Page 88: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

ADMINISTRAÇÃO DO CICLO OPERACIONAL E FINANCEIRO

Compra Venda

Pagamento dos Fornecedores

Recebimento dos

Clientes

Ciclo Operacional

Ciclo Financeiro

PMF PMCPME 45

7040

CO = PME + PMC CO = 45 + 70 = 115 dias

CF = CO – PMF CF = 115 – 40 = 75 dias

Page 89: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

RESUMO DOS ÍNDICES DE ATIVIDADE

Estocagem Quanto menor, melhor

Pagamento aos Fornecedores Quanto maior, melhor

Recebimento dos Clientes Quanto menor, melhor

Operacional Quanto menor, melhor

Financeiro Quanto menor, melhorCICLOS

PRAZOS MÉDIOS DE

Page 90: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

BALANÇO PATRIMONIAL PARA CÁLCULO DOS ÍNDICES ATIVIDADE

31.12.X8 31.12.X9 31.12.X8 31.12.X9ATIVO 147.131 178.988 PASSIVO 147.131 178.988 Circulante 52.489 89.438 Circulante 25.927 33.842 Caixa 3.680 62.599 Fornecedores 22.350 16.520 Clientes 29.190 17.000 Salários a Pagar 2.369 1.216 Estoques 19.619 9.839 Impostos a Pagar 1.208 1.106 Realiz Longo Prazo 1.562 1.670 Empréstimos - 15.000 Valores a Receber LP 1.562 1.670 Exig. Longo Prazo 2.350 12.560 Permanente 93.080 87.880 Financiamentos 2.350 12.560 Investimento 62.000 62.000 Patrimônio Líquido 118.854 132.586 Imobilizado 36.280 36.280 Capital 106.702 106.702 (-) Depreciação (5.200) (10.400) Lucros Acumulados 12.152 25.884

Demonstrações padronizadas, publicadas

com notas explicativas, com assinatura do contador, com relatório da administração e

auditado por auditores independentes.

DRE 31.12.X8 31.12.X9

Receita Bruta 68.300 78.200 (-) Impostos 11.611 13.294 Receita Líquida 56.689 64.906 (-) CMV 37.565 43.010 Lucro Bruto 19.124 21.896

Page 91: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

APLICAÇÃO DA FÓRMULA PARA CÁLCULO DO VALOR DAS COMPRAS

Ano X8C = CMV - Ei + Ef

C = 37.565 – 0 + 19.619C = 57.184,00

Ano X9C = CMV - Ei + Ef

C = 43.010 – 19.619 + 9.839C = 33.230,00

Page 92: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

ANÁLISE ATRAVÉS DE ÍNDICESDE ATIVIDADE

Interpretação e Análise

PRAZO MÉDIO 31.12.X8 31.12.X9Estocagem 188 82Pagto aos Fornecedores 141 179Recebimento de Clientes 154 78Ciclo Operacional 342 161Ciclo Financeiro 201 -18

FÓRMULAS(Estoque / CMV) x 360

Prazo de Estocagem + Recebimento ClientesCiclo Operacional - Prazo de Pagamento

(Dup a Receber / Receita Bruta) x 360(Fornecedores / Compras) x 360

Page 93: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

ÍNDICES DE RENTABILIDADE

Revela aspectos econômicos, por mensurar a capacidade de geração de resultados pela empresa;

A coleta dos dados é feita tanto no Balanço Patrimonial, quando na Demonstração do Resultado do Exercício.

Page 94: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Receita LíquidaAtivo Total

Evidencia a relação entre o Investimento e as Vendas.

GIRO DO ATIVO (GA)

Fórmula

Conceito

Page 95: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Receita LíquidaAtivo Total

Para cada R$ 1,00 investido no

ativo, foi vendido R$ 0,45, ou seja, as vendas líquidas correspondem a 45% do investimento.

Fórmula

Interpretação

= 0,45

GIRO DO ATIVO (GA)

Page 96: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Lucro LíquidoReceita Líquida

Revela a margem de lucratividade da empresa emrelação às vendas líquidas, ou seja, depois de deduzidostodas as despesas.

MARGEM LÍQUIDA (ML)

Fórmula

Conceito

Page 97: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Lucro LíquidoReceita Líquida

Para cada R$ 1,00 de receita líquida, a

empresa obteve um lucro líquido de R$ 0,10, ou 10%sobre a Receita Líquida.

Fórmula

Interpretação

= 0,10

MARGEM LÍQUIDA (ML)

Page 98: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Lucro Líquido

Total do Ativo

Indica o potencial de geração de lucros sobre o investimento total.

RETORNO SOBRE O ATIVO (RA)

Fórmula

Conceito

Page 99: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Lucro LíquidoTotal do Ativo

Para cada R$ 1,00 investido no Ativo, a empresa obteve de ganho R$ 0,04, ou seja, 4% sobre o investimento.

RETORNO SOBRE O ATIVO (RA)

Fórmula

Interpretação

= 0,04

Page 100: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Lucro LíquidoPatrimônio Líquido

Indica o retorno obtido sobre o investimento próprio

RETORNO SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO (RCP)

Fórmula

Conceito

=

Page 101: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Lucro Líquido

Patrimônio Líquido

Para cada R$ 1,00 investido pelos sócios, a empresa obteve um retorno de R$ 0,20, ou seja, 20% de retorno sobre o capital próprio.

Fórmula

Interpretação

= 0,20

RETORNO SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO

Page 102: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

RESUMO DOS ÍNDICES DE RENTABILIDADE

Giro do Ativo Quanto maior, melhor

Margem Líquida Quanto maior, melhor

Sobre o Ativo Quanto maior, melhor

Sobre o Capital Próprio Quanto maior, melhor

RETORNO (ganho)

MARGEM X

GIRO

Page 103: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

BALANÇO PATRIMONIAL PARA CÁLCULO DOS ÍNDICES DE RENTABILIDADE

31.12.X8 31.12.X9 31.12.X8 31.12.X9ATIVO 147.131 178.988 PASSIVO 147.131 178.988 Circulante 52.489 89.438 Circulante 25.927 33.842 Caixa 3.680 62.599 Fornecedores 22.350 16.520 Clientes 29.190 17.000 Salários a Pagar 2.369 1.216 Estoques 19.619 9.839 Impostos a Pagar 1.208 1.106 Realiz Longo Prazo 1.562 1.670 Empréstimos - 15.000 Valores a Receber LP 1.562 1.670 Exig. Longo Prazo 2.350 12.560 Permanente 93.080 87.880 Financiamentos 2.350 12.560 Investimento 62.000 62.000 Patrimônio Líquido 118.854 132.586 Imobilizado 36.280 36.280 Capital 106.702 106.702 (-) Depreciação (5.200) (10.400) Lucros Acumulados 12.152 25.884

Demonstrações padronizadas, publicadas com notas

explicativas, com assinatura do contador, com relatório da

administração e auditado por auditores independentes.

DRE 31.12.X8 31.12.X9Receita Bruta 68.300 78.200 (-) Impostos (11.611) (13.294) Receita Líquida 56.689 64.906 (-) CMV (37.565) (43.010) Lucro Bruto 19.124 21.896 (-) Desp Operacionais (6.972) (8.164) (=) Lucro Líquido 12.152 13.732

Page 104: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

ANÁLISE ATRAVÉS DOS ÍNDICESDE RENTABILIDADE

Interpretação e Análise

RENTABILIDADE 31.12.X8 31.12.X9Giro do Ativo 0,385 0,363Margem Líquida 0,214 0,212Retorno sobre o Ativo 0,0826 0,0767Retorno s/ Capital Próprio 0,1022 0,1036 Lucro Líquido / Patrimônio Líquido

FÓRMULASReceita Líquida / Ativo TotalLucro Líquido / Receita LíquidaLucro Líquido / Ativo Total

Page 105: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

SIGLAS

CMV Custo das Mercadorias VendidasCPV Custo dos Produtos VendidosLL Lucro LíquidoCP Capital PróprioCT Capital de TerceirosCO Ciclo OperacionalCF Ciclo FinanceiroPME Prazo Médio de EstocagemPMC Prazo Médio de Clientes

(Recebimento)PMF Prazo Médio de Fornecedores

(Pagamento)

Page 106: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Planejamento de LucroPermite mostrar o efeito dos

planos da empresa sobre seus lucros.

Abordagens:Análise ambientalAnálise custo-volume-lucroDemonstrações Projetadas

Page 107: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Análise do Ambiente

Procura estabelecer relações entre o lucro da empresa e fatores ambientais externos.

Por meio de análises estatísticas é possível prever o comportamento do lucro em função da alterações nas variáveis independentes.

Page 108: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Análise custo-volume-lucroEvidencia o comportamento dos custos (fixos e variáveis) e das receitas em função do nível de atividade.

Essa análise preocupa-se diretamente com o efeito sobre os resultados de:

(1) alterações de custos;

(2) alterações do volume físico de vendas;

(3) alterações de preços de venda.

Page 109: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Elementos da Análise CVL Custo fixo: acontecem no período

independentemente do volume de produção ou do nível de atividade da empresa.

Custo variável: aumenta com o crescimento da produção ou diminui com a redução da produção.

Receita de vendas: obtida pela multiplicação do preço de venda e a quantidade de mercadorias vendidas.

Page 110: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Ponto de EquilíbrioNível de atividade onde lucro é igual a zero.Algebricamente, pode-se obter o PE da seguinte maneira:

Page 111: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Receita total = Gastos totaisPreço de Venda x Q = Gasto Fixo Total + (Gasto variável x Q)

(PV x Q) = GF + (GV x Q)(PV x Q) – (GV x Q) = GFQ (PV – GV) = GFQ = GF/ (PV – GV)

Page 112: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Ponto de Equilíbrio em Quantidade/ Valor

PEQ = Gasto Fixo Preço de Venda – Gasto Variável

Exemplo: Produção de bolos:Gastos: Ingredientes = R$7,00

Manutenção da cozinha = R$240,00Preço de Venda = R$15,00

a) Quantos bolos é preciso vender para começar a ter lucro?

PEQ = 240 = 30 bolos 15 – 7

PE$ = 30 * 15 = 450Receita Total = 450(-) Desp. Fixas = 240(-) Desp Var. (7 * 30 ) = 210Resultado = 0

Page 113: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

b) Se for pretendido um lucro de R$ 300,00 por mês, quantos bolos terão que ser vendidos? PV x Q = GF + (GV x Q) + L(PV x Q) – (GV x Q) = GF + LQ (PV – GV) = GF + LQ = (GF + L)/ (PV – GV)

c) Se for pretendido um lucro de 20% sobre as vendas, qual o nível de atividade exigido?PV x Q = GF + (GV x Q) + 0,20 (PV x Q)0,8 (PV x Q) – (GV x Q) = GFQ (0,8PV – GV) = GFQ = GF/ (0,8PV – GV)

Q = 240 = 48 bolos (0,8x15) – 7

Q = 240 + 300 = 67,5 bolos 15 – 7

Page 114: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

d) Qual será a receita e o lucro nesse ponto? R = PV x Q

L = 20% da receita

e) Se a Dona de Casa tem condições de vender 50 bolos e se mantiverem os mesmo custos, qual preço de venda unitário deverá proporcionar o lucro de R$300,00?Q = (GF + L)/ PV – GVPV – GV = (GF + L)/ QPV = [(GF + L)/ Q] + GV

PV = (240 + 300) + 7 = R$17,8 50

R = 15 x 48 = R$720,00

L = 720 x 0,20 = 144,00

Receita Total = 720(-) Desp. Fix = 240(-) Desp. Var.(7*48) =336 Resultado = 14420 % das vendas

Receita Total (17,8*50)=890(-) Desp. Fix = 240(-) Desp Var. (7*50)=350Resultado = 300

Page 115: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Demonstrações Projetadas As projeções se baseiam em

demonstrações passadas com o pressuposto de que as relações financeiras não se modificarão no próximo período.Exemplo: Em um dado ano, a empresa X teve receita de R$ 21.850,00 pela venda de 500 unidades a R$ 43,70 cada. No próximo ano, estima vender 600 unidades a R$45,00 cada. Qual o seu lucro projetado?

Page 116: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Ano 1 % ProjeçãoRECEITA BRUTA 21.850 119,77% ICMS (3.277) 15,00% Devoluções (330) 1,51%RECEITA LÍQUIDA 18.243 100,00% CMV (12.162) 66,66%LUCRO BRUTO 6.081 33,33% Despesas com vendas (1.200) 6,57% Despesas Administrativas (1.815) 9,95% Despesas Financeiras (560) 3,07%LUCRO OPERACIONAL 2.506 13,74% Despesas Não-operacionais (450) 2,46%LUCRO ANTES DO IR 2.056 12,74%

Provisão para IR (310) 1,70%LUCRO LÍQUIDO 1.746 9,57%

Page 117: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Ano 1 % Projeção %RECEITA BRUTA 21.850 119,77 ICMS (3.277) 15,00 Devoluções (330) 1,51RECEITA LÍQUIDA 18.243 100,00 CMV (12.162) 66,66LUCRO BRUTO 6.081 33,33 Despesas com vendas (1.200) 6,57 Despesas Administrativas (1.815) 9,95 Despesas Financeiras (560) 3,07LUCRO OPERACIONAL 2.506 13,74 Despesas Não-operacionais (450) 2,46LUCRO ANTES DO IR 2.056 12,17

Provisão para IR (310) 1,70LUCRO LÍQUIDO 1.746 9,57

Page 118: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Ano 1 % Projeção %RECEITA BRUTA 21.850 119,77 27.000 119,77 ICMS (3.277) 15,00 (4.050) 15,00 Devoluções (330) 1,51 (405) 1,51RECEITA LÍQUIDA 18.243 100,00 22.545 100,00 CMV (12.162) 66,66 (15.028) 66,66LUCRO BRUTO 6.081 33,33 7.516 33,33 Despesas com vendas (1.200) 6,57 (1.481) 6,57 Despesas Administrativas (1.815) 9,95 (2.243) 9,95 Despesas Financeiras (560) 3,07 (692) 3,07LUCRO OPERACIONAL 2.506 13,74 3.100 13,74 Despesas Não-operacionais (450) 2,46 (555) 2,46LUCRO ANTES DO IR 2.056 12,17 2.545 12,27

Provisão para IR (310) 1,70 (383) 1,70LUCRO LÍQUIDO 1.746 9,57 2.162 9,58

Page 119: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Alavancagem A alavancagem aumenta o retorno sobre o

investimento em função da existência de custos fixos na empresa (princípio da economia de escala).

O efeito da alavanca se evidencia quando a empresa apresenta uma variação mais do que proporcional nos seus resultados em relação à variação de suas vendas.

Page 120: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Alavancagem Operacional Existe em função da diluição dos

custos fixos da empresa. A alavancagem operacional é o

parâmetro que estabelece a relação entre variação de vendas e variação do lucro operacional

GAO = R – CV (R – CV – CF)

Page 121: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Ex: Dados da empresa Beta S/A:- Venda de 68.000 unidades de produtos por mês- Preço de venda unitário = R$ 1,99- Custos variáveis totais = R$ 80.920,00- Custos fixos = R$ 30.000,00/mês.

Resolução:R = 68.000x1,99 = R$135.320 L = R – CT L = 135.320 – 80.920 – 30.000 = R$24.400

GAO = 135.320 – 80.920 = 2,2324.400

Page 122: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Situação-base Variação nas Vendas

R$ +10% -10%

Quantidade de vendas 68.000 74.800 61.200

Preço de venda 1,99 1,99 1,99

Receita de vendas 135.320 148.852 121.788

Custos variáveis (1,19) (80.920) (89.012) (72.828)

Margem de contribuição 54.400 59.840 48.960

Custos operacionais fixos (30.000) (30.000) (30.000)

LAJIR 24.400 29.840 18.960

Despesas financeiras (5.000) (5.000) (5.000)

Provisão para IR (15%) (3.660) (4.476) (2.844)

Lucro líquido 15.740 20.364 11.116

Outra forma de encontrar o GAO é por meio do DRE:

Page 123: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Resolução: Δ LAJIR = (29.840/ 24.400) – 1 X 100= 22,30%Δ vendas = (148.852/ 135.320) – 1 X100= 10%GAO = 0,223/ 0,10 = 2,23

GAO = variação % do LAJIR variação % nas vendas

Page 124: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Alavancagem Financeira Existe em função do uso de capitais de

terceiros nos financiamentos da empresa. Indica a relação entre a rentabilidade do

capital próprio e a rentabilidade do investimento total

GAF = rentabilidade capital próprio rentabilidade investimento

Page 125: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Ex: Investimento de R$ 77.000,00, com retorno de 15% ao ano. Opções de financiamento: (1) 100% com recursos próprios, (2) 70% com recursos próprios e 30% com financiamento a 12%a.a.

Item (1) (2)Capital Próprio 77.000 53.900Capital de Terceiros 0 23.100Resultado Operacional (15%) 11.550 11.550Juros (12% sobre capital de terceiros) 0 2.772Resultado após juros 11.550 8.778Rentabilidade Capital Próprio 15% 16,29%

GAF(1) = 0,15/ 0,15 = 1GAF(2) = 0,1629/ 0,15 = 1,086

Page 126: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Resolução:Δ LL = (20.364/15.740) – 1X100 = 29,38%Δ LAJIR = (29.840/24.400) – 1X100 =

22,3%GAF = 0,2938/0,223 = 1,32

GAF = variação % no LL variação % no LAJIR

Page 127: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Alavancagem TotalQuando uma empresa apresenta o efeito combinado da alavancagem operacional, pela existência de custos fixos, com a alavancagem financeira, pela utilização de capitais de terceiros a um custo mais baixo que o capital próprio, temos uma variação mais que proporcional no lucro líquido, o que chamamos de alavancagem total.

Page 128: CAPITAL DE GIRO – Parte 1 Prof. Amaury Rios amaurycrios@uol.com.br.

Ex: Encontrar o GAT da Beta S/A:

Resolução: GAT = 2,23*1,32 = 2,94

Δ LL = (20.364/15.740) – 1 = 29,37%Δ vendas = (148.852/ 135.320) -1 = 10%GAT = 0,2937/0,1 = 2,94

GAT = GAO x GAF

GAT = variação % do LL variação % nas vendas