CAPÍTULO 02 - Napoleão Loja...troca dos fios não precisa ser feita como na Ortodontia...

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CAPÍTULO 02

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TECNOLOGIA DOS NOVOS FIOS Está comprovado cientificamente que braquetes autoligados reduzem o atrito, sejam eles

interativos ou passivos. Esta redução do atrito cria perspectivas nunca antes imagináveis na

Ortodontia, pois melhora o deslize do fio pelo braquete, gerando maior liberdade de movi-

mentação dentária. Uma vez que os dentes não estão amarrados ao fio de nenhuma forma

convencionalmente realizada, o fio nos braquetes autoligáveis desliza mais facilmente pelas

canaletas, promovendo movimentações dentárias mais rápidas e confortáveis.

Vale lembrar que o sistema de braquetes utilizado, seja ele convencional ou autoligado,

representa a parte passiva do tratamento ortodôntico. Para que possamos colher estes

resultados, temos que otimizar o sistema de braquetes usando fios de pequeno calibre

(para permitir o deslize), que liberem forças extremamente leves (para melhorar a rela-

ção momento vs força, principalmente nos casos de apinhamentos severos), que sejam

altamente flexíveis (para serem introduzidos em dentes mal posicionados sem aumentar

a força de forma expressiva) e, por fim, que possuam memória de forma (muito impor-

tante para a manutenção da ativação do fio, sem que haja perda da eficiência de movi-

mentação diante das deflexões que sofre ao ser posicionado nos braquetes, mantendo

a sua forma original).

Os fios que preenchem todos estes pré-requisitos são os de liga de níquel-titânio termo-

ativada, isto é, fios extremamente flexíveis, com memória de forma e que trabalham

na variação interna da temperatura da boca. Embora a composição da liga não seja

a que apresenta melhor desempenho no quesito atrito, perdendo para os fios de aço

inoxidável, a alta flexibilidade da liga e o baixo patamar de força que atinge, mesmo em

situações de grande deflexão, suplantam a característica de maior atrito quando os fios

de níquel-titânio são comparados com os fios de aço.

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O SISTEMA AUTOLIGÁVELs e g r e d o s c l í n i c o s

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Veja a diferença entre a mecânica de deslize com braquetes convencionais e com os bra-

quetes autoligados. Na técnica convencional, quando utilizamos ligaduras para prender

o fio, criamos uma unidade de movimentação formada pelo braquete (que representa o

dente) e o segmento de fio que está na canaleta do braquete. Quando aplicamos uma

força ao braquete, a tendência é que o conjunto, ou seja, fio mais braquete, se movimen-

te. Assim sendo, se utilizarmos um fio de pequeno diâmetro ou com alta flexibilidade, a

tendência será a deflexão deste fio, e esta deflexão tenderá ao efeito oposto da força

sobre o dente em movimento e à geração de movimentações nos dentes adjacentes, co-

nhecidas como efeitos colaterais de mecânica.

Se utilizarmos um fio mais calibroso e de alta rigidez, os efeitos estarão minimizados. En-

tretanto, este fio aumentará o atrito, aumentando a resistência ao movimento, exigindo

uma força mais pesada para criar independência de movimentação e fazer o braquete

deslizar pelo fio. Embora proteja os dentes adjacentes, este fio tem um efeito maior

no dente ou dentes utilizados como apoio para a movimentação, ou seja, os dentes de

ancoragem, potencializando a chamada perda de ancoragem. É por isso que, convencio-

nalmente, recomenda-se não realizar tal tracionamento em fios flexíveis, e sim preparar

dentes para servir como ancoragem, utilizando dispositivos como mini-implantes, ancora-

gem extrabucal ou, ainda, nivelamento prévio dos dentes de ancoragem e tracionamento

do dente a ser movimentado por meio de sobrefio.

Com o sistema de braquetes autoligados, o atrito é significativamente reduzido e con-

segue-se estabelecer liberdade de movimento entre fio e canaleta. O dente deslizará e,

mesmo que esteja em fio de baixo calibre, a deflexão do fio somente ocorrerá quando

a angulação do dente em direção ao tracionamento ocorrer e tocar o fio em ângulos

opostos, fazendo com que os efeitos colaterais sejam menos sentidos. Além disso, em fios

mais calibrosos, apesar do aumento do atrito, o deslize será facilitado sem que haja neces-

sidade do aumento excessivo da força pra produzir o movimento, o que protege os den-

tes de ancoragem. E é isso que ocorre na utilização de braquetes autoligados. Entretanto,

é de fundamental importância que os braquetes estejam alinhados para que, durante

a mecânica de deslize, os dentes não angulem, aumentando o atrito, que o arco seja,

preferencialmente, de aço inoxidável e que as forças aplicadas sejam leves e controladas.

Isto implica dizer que, para o uso desta nova filosofia de tratamento ortodôntico, não

bastam novos braquetes com fios de alta tecnologia. Será necessária uma revisão de

conceitos por parte dos ortodontistas, principalmente no que diz respeito às forças apli-

cadas, pois estas deverão cair drasticamente para que tenhamos movimentações den-

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tárias com remodelação óssea, evitando-se assim os efeitos colaterais tão indesejados e

presentes na mecânica convencional.

Para que tenhamos forças suaves, principalmente nos primeiros estágios do alinhamento

e nivelamento, devemos utilizar os fios de níquel-titânio termoativados redondos e de

pequeno calibre. Quanto menor o diâmetro, melhor, principalmente nos casos de apinha-

mentos. Os fios de menor calibre à disposição no mercado são os de 0.010", 0.012" ou

0.014". De acordo com as evidências suportadas clinicamente, o primeiro fio de alinha-

mento e nivelamento, que irá produzir a força ótima para início de movimentação dentá-

ria, é o de 0.014" de calibre. Sendo este o fio de melhor desempenho com os braquetes

autoligados de slot 0.022".

De acordo com Damon, ao utilizarmos arcos de alta tecnologia (0.014" NiTiTA) em um

sistema passivo de forças dos braquetes autoligados, estas forças não se impõem ao

sistema biológico e permitem que o equilíbrio entre as forças dos músculos, ossos e te-

cidos possam determinar onde devem posicionar-se os dentes; esta é a chamada ZONA

DE FORÇA ÓTIMA.

Iniciar o tratamento com fios de alto calibre, ainda que aceitem maior deflexão e exerçam

força leve, não é interessante devido à propriedade da liga, pois o fio preencherá a ca-

naleta do braquete e isto aumentará o atrito, diminuindo a liberdade de movimentação.

Além disso, o ganho transversal não se dará em toda sua plenitude.

Os fios de liga de níquel-titânio, pela propriedade inerente de memória de forma, per-

manecem por mais tempo ativos, levando os dentes gradualmente para o nivelamento,

enquanto seguem em direção à retificação. Isso sugere que a consulta mensal de manu-

tenção torna-se desnecessária, pois estaríamos perdendo em ativação desses fios. Kusy,

em 1995, preconizou o intervalo de 10 semanas entre as consultas, quando a retificação

do fio deve ser checada para que se possa verificar a necessidade de troca ou não. Caso

ainda haja deflexão do fio, o mesmo não deve ser trocado, pois significa que ainda tem

ativação e, portanto, movimentação dentária. Entretanto, se ao retornar o fio estiver pas-

sivo, mesmo que ainda haja mau posicionamento suave de alguns dentes, ele deverá ser

trocado, pois devido ao baixo calibre, o fio não tem a capacidade de nivelamento total.

Portanto, só devemos progredir com o alinhamento e nivelamento quando o fio estiver

completamente retificado, independente do tempo que for preciso para que esta retifi-

cação aconteça. É muito importante que não se abra os braquetes e que o fio não seja

manuseado durante estas consultas. Dê tempo para que o sistema trabalhe!

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O retorno, portanto, após 10 semanas não necessariamente terá troca de fios, o que

significa que o intervalo de 10 semanas é o intervalo mínimo, e não o máximo. Se o

tempo adequado for respeitado e o fio apenas for trocado quando estiver retificado, o

nivelamento poderá ocorrer em toda a potencialidade que o fio permitir, respeitando-se

ao máximo os baixos níveis de força e permitindo o livre deslize do fio pelas canaletas, o

que confere maior eficiência ao tratamento. O intervalo respeitado entre as consultas faz

parte do protocolo de ação que potencializa a eficiência e a otimização do sistema.

Assim sendo, a otimização do sistema é obtida somente quando itens fundamentais

estão trabalhando em conjunto: braquete autoligado, fio termoativado de baixo calibre,

sistema de WINS e os espaços aumentados entre as consultas. O efeito direto desta oti-

mização é o movimento dentário mais rápido, com menores efeitos colaterais, reduzindo

sobremaneira, o tempo de tratamento.

A filosofia bioadaptativa usa forças leves para converter o apinhamento em

desenvolvimento lateral posterior dos maxilares, permitindo um posiciona-

mento ideal dos dentes e uma melhor estética facial, com menos reabsor-

ções radiculares, menor necessidade de extrações e a manutenção da

integridade vascular do osso cortical alveolar. Para que isto aconteça,

é necessário paciência por parte do ortodontista, tendo em vista que a

troca dos fios não precisa ser feita como na Ortodontia convencional.

A nova tecnologia usada pela filosofia bioadaptativa permite movimen-

tar dentes com os objetivos propostos por Proffit.

Existem dois tipos de resposta óssea por pressão durante a movimentação ortodôntica:

1. Reabsorção Minante que ocorre devido às forças pesadas usadas no tratamento ortodôntico convencional.

2. Reabsorção Frontal que ocorre devido às forças leves usadas na filosofia bioadaptativa.

O oxigênio é o gatilho do mecanismo de remodelação do periodonto. Se

a força aplicada sobre os dentes for muito grande, ocorre uma oblite-

ração dos vasos sanguíneos, interrompendo a vascularização do es-

paço periodontal (isquemias). Com isso, o oxigênio fica indisponível

e atividade celular diminui ou, em certos momentos, esta atividade

chega a parar. A fricção deve ser virtualmente eliminada de modo a

alcançar forças leves e biologicamente corretas.

“Os níveis de força ótima para mover um dente de

maneira ortodôntica deveriam ser apenas para estimular a

atividade, sem ocluir por completo os vasos sanguíneos no ligamento

periodontal”.

Dr. William Proffit

“Se a força aplicada é alta o suficiente para

fechar por completo os vasos sanguíneos e cortar o suprimen-to, uma área necrótica avascular

é formada. Esta área deve ser revascularizada antes dos dentes

começarem a se mover”.

Dr. William Proffit

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A maioria dos casos com extrações são feitos para criar espaços de modo a eliminar o

apinhamento. Mas como fica a face, as raízes e a estética facial do paciente?

Com a filosofia de forças leves e alta taxa de oxigenação é nítido o Poder da Adapta-

ção Transversal dos Maxilares. Promovendo grandes remodelações ósseas, gerando

espaços para o perfeito alinhamento e nivelamento dos dentes. As forças ortodônticas

leves não ultrapassam as forças da musculatura dos lábios. Por isso, os incisivos não são

vestibularizados, os dentes se movem lateralmente e distalmente. Agora com o Poder da

Adaptação Transversal dos Maxilares, se faz necessário repensarmos muito antes de op-

tarmos por mecânicas que envolvam extrações dentárias. O Plano de Tratamento é dire-

cionado pela face e converte o apinhamento anterior em adaptação posterior dos ossos,

músculos, e tecidos moles. Com isso, obtemos resultados extraordinários, com tempo de

tratamento mais curto, menos consultas, maior conforto e aumento no número de casos

tratados sem extrações.

A filosofia bioadaptativa trabalha COM o sistema biológico no lugar de “arrastar” os den-

tes para uma posição PREDETERMINADA, impondo forças extremas.

O Paradigma da Mudança - com as Mecânicas Convencionais, a ideia é que os dentes se

movam ATRAVÉS DO OSSO, porém, com as Mecânicas de Forças Leves, a ideia é mover

os dentes COM O OSSO.

Como isso acontece?

“...Acontece devido ao oxigênio ser o mecanismo chave para a remodelação do

osso periodontal”.

Dr. Tuncay

Kronka, Watanabe & Silva, em 2001, avaliaram a arquitetura vascular em coelhos jovens

usando a microscopia eletrônica de varredura. Eles observaram grandes projeções vas-

culares no ligamento periodontal intra-alveolar e também nas papilas gengivais, mas,

nos sulcos gengivais, encontraram uma arquitetura vascular em forma de uma rede de

capilares sanguíneos.

Com isso, podemos concluir que forças leves são fundamentais para o funcionamento de

todo o sistema biológico. APLIQUE FORÇAS LEVES E DÊ TEMPO PARA O SISTEMA

TRABALHAR.

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CASOS CLÍNICOS

CASO 01 – Paciente adulta, 19 anos, indicação de um colega para realização de trata-

mento ortodôntico associado a uma expansão rápida da maxila assistida cirurgicamente.

Clinicamente a paciente apresenta mordida cruzada posterior unilateral esquerda a partir

do canino, diastema entre os incisivos centrais superiores e exodontia realizada precoce-

mente devida a erupção no palato do primeiro pré-molar superior esquerdo e ausência de

problemas envolvendo os dentes inferiores.

Como a paciente não apresentava apinhamento dentário superior optamos por iniciar o

tratamento ortodôntico pela arcada dentária inferior que servirá de ancoragem para a

inserção dos elásticos que trabalham no descruzamento da mordida cruzada posterior

unilateral esquerda.

Realizamos a montagem inferior usando o sistema de braquetes autoligados Damon 3

e iniciamos o alinhamento e nivelamento dos dentes inferiores usando um fio 0.014" x

0.025" termoativado. Incluímos todos os dentes inferiores na mecânica, instalando os

Wins na região posterior, mesial dos primeiros molares, funcionando neste caso como

stops , impedindo apenas que o arco se movimente mesiodistalmente promovendo injú-

rias aos tecidos moles do paciente.

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Realizamos a montagem superior usando o sistema de braquetes autoligados Damon 3

e iniciamos o alinhamento e nivelamento dos dentes superiores usando um fio 0.014"

termoativado. Incluímos todos os dentes superiores na mecânica, instalamos os Bite Blo-

cks com toques simultâneos bilaterais, posicionamos os Wins colados nas distais dos bra-

quetes dos incisivos centrais superiores para iniciarem a mecânica de fechamento do

diastema entre os incisivos e liberar os segmentos posteriores da maxila para que ocorra

a bioadaptação transversal maxilar. Note neste caso alguns agravantes: a presença do

diastema central, a ausência do primeiro pré-molar superior esquerdo e a falta de api-

nhamento dentário superior. Foi realizado um levante de mordida posterior bilateral, Bite

Blocks, com ionômero de vidro para destravamento da oclusão, liberação para a expansão

maxilar e abertura da mordida suficiente para que os dentes cruzados possam sobrepujar

seus antagonistas, no intuito do descruzamento da mordida.

Para maximizar o tempo do tratamento bem como a bioadaptação transversal ma-

xilar foram instalados botões nas linguais dos dentes posteriores do lado cruzado.

Onde foram inseridos elásticos 1/4 leve de uso noturno como coadjuvante à mecâ-

nica bioadaptativa maxilar.

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Resultado ortopédico da maxila conseguido em apenas 04 meses de tratamento ortodôn-

tico. Note o acerto das linhas medianas e o aspecto saudável do tecido gengival princi-

palmente no lado que apresentava a mordida cruzada. Nossa próxima etapa envolveu o

fechamento do diastema interincisivos superiores, intercuspidação e finalização.

Aspecto final observando o engrenamento obtido, a saúde periodontal e a satisfação

da paciente.

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CASO 02 – Caso usado para ilustrar uma outra opção de tratamento utilizando os tubos

acessórios presentes nos braquetes autoligados Quick/Forestadent. Protocolo conhecido

como mecânica de alinhamento com sobrefio. Utilizamos um fio 0.016" e um sobrefio

0.012", ambos termoativados, para o alinhamento e nivelamento dos segundo pré-molar

superior direito.

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CASO 03 – Paciente H.F., 11 anos de idade, dentição mista, com severa atresia maxilar,

porção anterior da maxila com deformação de forma e rotação no sentido anti-horário,

incisivos inclinados para vestibular com overjet significativo, a inclinação dos dentes pos-

teriores impedem o correto posicionamento da mandíbula durante o período de desen-

volvimento, curva de Spee acentuada com mordida profunda e desnivelamento dental,

apresentando trauma pelo toque dos incisivos inferiores no palato.

Tendo em vista que a filosofia da bioadaptação transversal com o sistema autoligável

trabalha com forças biologicamente compatíveis com todas as estruturas em formação,

podemos utilizar as características ortopédicas do sistema autoligável para remodelar-

mos as bases ósseas em pacientes com dentição mista, em um período relativamente

curto de tempo e sem os inconvenientes dos aparelhos móveis ou disjuntores fixos que

empregam forças elevadas e com possibilidade de ocasionar efeitos colaterais sobre o

complexo dento-alveolar.

Nas radiografias, após 6 meses de tratamento, podemos observar que não existe prejuízo

para a formação das raízes dos dentes envolvidos.

Após o período de seis meses de bioadaptação transversal, temos as bases ósseas pre-

paradas para a correta erupção de todos os dentes, podemos assim remover o aparelho

e aguardar até que os segundos molares estejam em oclusão. Temos desta forma um

controle muito maior sobre a fase ortopédica do tratamento, com resultados mais rápidos

e biologicamente mais seguro.

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COLAGEM INICIAL

SEIS MESES DE BIOADAPTAÇÃO TRANSVERSAL

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SEIS MESES DE BIOADAPTAÇÃO TRANSVERSAL

SEIS MESES DE BIOADAPTAÇÃO TRANSVERSAL

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CASO 04 – Paciente com apinhamento anterior superior e inferior severo. Observe a redu-

ção da distância intercaninos inferior. Fato indicativo de exodontias quando tratado pela

mecânica convencional por que um dos postulados da ortodontia convencional é a preser-

vação original da distância intercaninos. Concordamos plenamente com este postulado

convencional pois, tal mecânica não promove remodelação óssea capaz de aumentar a

distância intercaninos, através de uma remodelação dento-alveolar. O que ocorre é uma

grande inclinação vestibular dos caninos, posicionando-os fora das zonas neutras (óssea,

muscular e oclusal), gerando instabilidade e ocasionando as recidivas. Em apenas cinco

meses, proporcionamos uma bioadaptação transversal na mandíbula capaz de aumentar

a distância intercaninos, sem inclinação, e alinhar e nivelar os dentes. Este caso ilustra mui-

to bem o poder dos fios termoativados e com memória de forma, usados nos protocolos

de tratamento ortodôntico da SLU.

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CASO 05 – Neste caso ilustramos bem o poder dos fios de baixo calibre, de níquel-titânio

termoativado e com memória de forma associado ao protocolo de tratamento da Self

Ligating University usando braquetes autoligados. Na ortodontia convencional, prova-

velmente, seria optado pela extração do incisivo lateral inferior direito por limitações da

própria mecânica ortodôntica. Com o protocolo da Self Ligating University promove-

mos a bioadaptação transversal mandibular transformando o apinhamento anterior em

ganho transversal, possibilitando o alinhamento e nivelamento de todos os dentes sem

a necessidade de extração.

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