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  • 8/8/2019 CaptuloIX

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    Captulo IX

    Foras distribudas Momentos de inrcia

    9.3 Determinar por integrao direta os momentos de inrcia dafigura abaixo, em relao aos eixos x e y.

    a estabelece-se inicialmente uma faixa elementar retangular conforme odesenho abaixo. Esta faixa ter uma dimenso infinitesimal, ou seja dx ou dy, e aoutra dimenso x ou y. Poder-se-ia tomar como elemento infinitesimal umquadrado elementar dxdy, mas teramos que fazer uma integrao dupla. Com oauxlio do retngulo podemos resolver o problema com uma integrao simples..

    b verificao da equao das curvas:

    - equao da reta y2 = m.x No ponto y2 = b temos x = a Ento b = m.a e m = b/a

    Substituindo na equao teremos xa

    by =

    2

    - equao da parbola y1 = k x2 No ponto y1 = b temos x = a Ento b = k a2 e k

    = b/a2 . Substituindo na equao teremos2

    21x

    a

    by =

    c momento em relao ao eixo y:

    y

    x Momento de (-) momento

    y2

    y2

    y

    1

    y1

    x x

    dx

    144

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    d Iy = x2.dA porque Iy = x2 . dA , por definio. Ento

    d Iy = x2 . dA = x2 . y . dx = x2 (y2-y1).dx

    dxxa

    bdxx

    a

    bdxx

    a

    bx

    a

    bxdII

    aaa

    yy

    ===

    0

    4

    20

    32

    20

    2)(

    baa

    ba

    a

    bax

    a

    bx

    a

    bI

    y

    3

    2

    545

    2

    4

    5

    1

    4

    1

    5454

    ==

    = baIy

    3

    20

    1=

    d momento em relao ao eixo x:

    Podemos utilizar o mesmo retngulo elementar do item anterior uma vez queconhecemos o valor de seu momento de inrcia em relao ao eixo x, que passa

    por sua base, e que vale : dxydIx3

    3

    1=

    Subtraindo os momentos de inrcia dos dois retngulos elementares da figura,entre o eixo x e a curva y2 e entre o eixo x e a curva y1 teremos:

    dxydxydIy

    3

    133

    1

    3

    1= Substituindo y1 e y2 em funo de x:

    dxxa

    bdxx

    a

    bdI

    x

    6

    6

    3

    3

    3

    3

    3

    1

    3

    1= === dxx

    a

    bdxx

    a

    bdII

    aa

    xx

    0

    6

    6

    3

    0

    3

    3

    3

    33

    37

    6

    34

    3

    3

    21

    1

    12

    1

    7343ab

    a

    a

    ba

    a

    b

    == 3

    28

    1abI

    x=

    Note que como usamos uma faixa elementar paralela ao eixo y fica mais fcilcalcular o momento de inrcia em relao a y, Iy, por integrao direta, uma vezque todos os pontos do retngulo elementar se encontram a mesma distncia xdo eixo y. Por outro lado em relao ao eixo x as distncias y so variveis, j queo retngulo elementar perpendicular ao eixo x. Assim mais fcil resolver oproblema utilizando o momento de inrcia do retngulo elementar com relao a

    sua base (eixo x) usando a frmula conhecida

    3

    3bhI

    x= onde, substituindo y=h e

    b=dx teremos3

    3dxydI

    x= .

    e - No entanto podemos calcular o valor de Ix empregando um retnguloelementar paralelo ao eixo x, e , neste caso, como todos os pontos do retnguloestaro a uma mesma distncia do eixo x, poderemos utilizar a frmula derivadada definio de momento de inrcia: dAyIx = 2

    145

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    Obtendo as equaes em funo de y teremos2

    12

    11 = b

    ayx : e bay

    x

    2

    2 =

    Portanto dyb

    ayydy

    b

    ayydyxxydAyI

    x

    ===

    2

    2

    2

    2

    12

    12

    121

    22)(

    b

    ab

    b

    aby

    b

    ay

    b

    adyy

    b

    ady

    b

    ayI

    b

    b

    bb

    x4

    7

    2

    4

    2

    72

    74

    2

    1

    2

    7

    4

    2

    10

    3

    0 2

    1

    2

    5

    =

    ==

    3

    3

    3

    28

    78

    47

    2ab

    ababI

    x

    == 3

    28

    1abI

    x= resultado igual ao obtido anteriormente.

    9.6 - Determinar o produto de inrcia do tringulo retngulo.

    Observe que a determinao do produto de inrcia por integrao parte sempredo valor do produto de inrcia do retngulo elementar em relao aos seus eixosbaricentrais, o qual nulo devido simetria da figura. Note que em seguidatransferimos este valor para os eixos x e y e procedemos a integrao com estenovo valor.

    a - Para o retngulo elementar:dPxy = dPxy + x y A, onde dPx'y'= 0 (devido simetria do retngulo)

    y

    x1

    x2

    dy b

    y

    x

    a

    146

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    b determinao da equao da reta relao entre as variveis x e y

    Do tringulo tiramos:

    b

    hxyh

    b

    h

    x

    yh .==

    e

    =

    b

    xhy 1

    tambm: xxel = ,

    ==

    b

    xhyyel 1

    2

    1

    2

    1e dx

    b

    xhydxdA )1( ==

    c determinao de Pxy:

    +=

    ===

    bb

    elel dxb

    x

    b

    xx

    hdxb

    x

    hxdAyxdPxyPxy 0 2

    322

    0

    2

    2

    .22.1.2

    1

    ..

    22

    0

    2

    4322

    .24

    1

    834hbPxy

    b

    x

    b

    xxhPxy

    b

    =

    +=

    Este valor corresponde ao produto de inrcia em relao aos eixos x e y. devemosagora utilizar o teorema dos eixos paralelos para obter o produto de inrcia emrelao aos eixos que passam pelo centride do tringulo:

    d - yxP em relao ao baricentro do tringulo:

    Coordenadas do baricentro

    bx31= hy

    31=

    Pelo teorema dos eixos paralelos

    AyxyxPPxy ..+=

    147

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    222222

    18

    1

    24

    1.

    2

    1.

    3

    1.

    3

    1

    24

    1hbhbhbhbhbyxP =

    =

    hbyxP 2

    72

    1=

    Note que como o centride est acima e a direita dos eixos x e y as distncias x e

    y so tomadas com o sinal positivo.e - Suponhamos agora o tringulo em outra posio:

    para o retngulo elementar temos : dAyxdPxy elel ..= , xxel = e yyel2

    1=

    do tringulo: xb

    hy

    b

    h

    x

    y== equao da reta que passa pela origem

    Clculo de Pxy , produto de inrcia do tringulo em relao a xy:

    dxxb

    hxdPxy

    2

    .2

    1.

    = e

    === 4..21

    ..2

    14

    2

    2

    0

    3

    2

    2 b

    b

    hdxxb

    hPxydPxy

    b

    Clculo de em relao aos eixos que passam pelo centride da rea:

    As coordenadas do baricentro so:

    bx3

    2= e

    3

    hy =

    AyxyxPPxy ..+=

    222222

    9

    1

    8

    1

    2

    ..

    3.

    3

    2.

    8

    1hbhb

    hbhbhbyxP =

    = 22

    72

    1hbyxP =

    Comparando os valores para os produtos de Inrcia baricentrais do tringulo nasduas posies, observamos que os dois valores so diferentes. Como o tringulono foi rebatido em relao eixos x e y, os valores obtidos no tm nenhumarelao entre si. No entanto, caso a figura fosse rebatida em relao ao eixo x ouy como nas figuras abaixo, obteramos o mesmo valor, porm com sinais trocadosa cada rebatimento. Verifique.

    148

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    9.17 Determine o momento polar de inrcia e o raio polarde girao do trapzio em relao ao ponto p2.

    a iniciamos estabelecendo uma faixa elementar conveniente, conforme ilustradona figura:

    b estabelecemos em seguida as relaes entre as variveis, a partirda semelhana entre os tringulos:

    c clculo da rea do trapzio:

    A a

    x

    x y

    a dy

    a/2

    y

    v (2 a )/a =(2 a v)/xdv

    a Logo 2x = 2 a - v e x = a v/2x

    a/2

    a/2 a/2

    149

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    [ ] 22

    2

    0

    2

    0

    0 0 0 4

    3

    422

    1.

    2

    1

    2

    1a

    aa

    vvadvvaxdvdAA

    a

    aa a a

    ==

    =

    === Ento

    2

    4

    32 aA = 2

    4

    3aA = = rea do trapzio

    d determinao de Ix :4

    0

    4

    3

    0

    32

    0

    22

    8

    1

    3

    1

    8

    1

    32

    1

    2

    11

    2

    1av

    vadvvavdvvvdAvI

    aaa

    x

    =

    =

    =

    ==

    4

    24

    5

    2

    1aI

    x= Logo 4

    12

    5aI

    x=

    d determinao de Iy:

    Lembrando da frmula do momento fletor do retngulo elementar em relao aoeixo que passa por sua base:

    ( ) =

    =

    =

    == 4

    4

    0

    43

    0

    3

    26

    22

    2

    1

    4

    1

    3

    2

    2

    1

    3

    2

    3

    1

    2

    1a

    avadvvaIdvxdI

    aa

    yy

    4

    16

    15

    6

    2a

    = Ento 4

    16

    5aI

    x=

    A integral dvvaa3

    0 2

    1

    uma integral de funo racional obtida pela frmula

    ( )( )

    ( )c

    n

    bxadxbxa

    b

    nn

    ++

    +=+

    +

    1

    1

    onde2

    1=b

    importante observar que o aluno deve saber manusear as tabelas de integraisimediatas, de funes trigonomtricas, de momentos de inrcia de seespadronizadas, de centrides de reas, enfim, de todos os elementos de clculoindispensveis a resoluo de problemas de Engenharia. Na prtica daEngenharia a soluo de problemas passa pela obteno de dados de tabelas e

    raramente necessrio montar as equaes partindo de figuras elementares comdimenses infinitesimais. No entanto o aluno no deve ficar apavorado quandotiver que resolver uma integral e deve estar preparado para abrir um livro eprocurar os elementos necessrios nas tabelas existentes.

    e determinao do momento polar para P2:

    150

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    Jp2 = Ix + Iy =4

    16

    5

    12

    5a

    + Logo Jp2 =

    4

    48

    35a

    f determinao do momento polar para o ponto P1:

    Jp2 = Jp2 + a2 . A - teorema dos eixos paralelos. Assim : =+=224

    123

    4835 aaaJp

    4.2

    3

    48

    35a

    += Logo 41

    48

    107aJp =

    g determinao do raio de girao relativo a P2:

    2

    2

    4

    22

    2

    2

    22 72

    35

    2

    3

    48

    35

    . a

    a

    a

    A

    JpkAkJp

    pp

    ====Logo 72

    35

    2ak

    p =

    9.18 determinar o momento polar de inrcia e os momentos deinrcia em relao ao ponto O e aos eixos x e y.

    9.49 - Determinar o produto de inrcia da rea abaixo:

    151

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    A relao entre as variveis dada pela equao

    =

    2

    2

    ..4a

    x

    a

    xhy

    Do retngulo elementar: xxel = ,2

    yyel = e dxydA .=

    +=

    =

    ==

    aaa

    dxa

    x

    a

    x

    a

    xhdx

    a

    x

    a

    xxhdxyyxdPxyPxy

    0 4

    5

    3

    4

    2

    32

    0

    2

    2

    22

    028..16

    2

    1.

    2

    1.

    a

    a

    x

    a

    x

    a

    xhPxy

    04

    6

    3

    5

    2

    42

    65

    2

    48 += 22

    15

    2haPxy =

    Note que o problema poderia ser resolvido sabendo que se trata da equao deuma parbola (ver elementos na fig. 5.8, pg. 295).

    haA .3

    2=

    2

    ax = hy

    5

    2=

    22

    15

    2.

    3

    2

    5

    2

    20.. hahah

    aAyxyxPPxy =

    +=+=

    ou seja partimos do valor do produto de inrcia para os eixos que passam pelocentride da rea, que nulo, j que a figura simtrica em relao a estes eixos,

    e aplicamos o teorema dos eixos paralelos. O resultado obtido o mesmo.

    9.65 - Usando o perfil cantoneira de 40x80x0,6 cm, determinar: a)osmomentos de inrcia obtidos girando os eixos de = -30.; b) os momentosbaricentrais mximo e mnimo (principais).

    152

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    a ao invs de calcularmos os valores a partir dos retngulos podemos procurarem manuais os valores tabelados. Todos os perfis comerciais produzidos pelas

    siderrgicas tm suas caractersticas de inrcia tabeladas e fornecidas aosclientes. Da tabela de caractersticas dos perfis (pg. 1340-manual do engenheiroGlobo) obtemos:

    mmb 40= 289,6 cmA = 45,44 cmIx =

    mmc 80= mmx 16,90 = 48,7 cmIy =

    mmd 6= mmy 2,290 =

    b - determinao de Pxy:

    Este valor normalmente no fornecido nas tabelas e deve ser calculado.Osvalores de x0 e y0 so medidos a partir das arestas externas do perfil.

    AyxPxy .. 00= (descontar metade da espessura do perfil)

    ento: ( ) ( )[ ] 412,1189,632,29316,9 cmcmmmmmPxy =+=

    c - rotao de = -30

    2sen.2cos22

    PxyIyIxIyIx

    Iyx

    +

    =

    15,262

    8,75,44

    2 =

    +

    =

    +IyIx

    35,1828,75,44

    2 =

    =

    IyIx

    ento: ( ) ( )60sen12,1160cos35,1815,26 = yxI

    ( )866,012,115,035,1815,26 +=xI 495,44 cmxI =

    ( )866,012,115,035,1815,26 +=yI 434,7 cmyI =

    40mm 40 mm

    y0= 29,2

    x 300 x

    80mm

    x,

    9,16 y,

    y y

    6mm

    153

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    11/12

    d - clculo dos momentos principais de inrcia:

    2

    2

    minmax,22

    PxyIyIxIyIx

    I +

    +=

    22

    minmax,12,1135,1815,26 +=I

    45,2115,26minmax,

    =I 4max 60,47 cmI = 4

    min70,4 cmI =

    Deve-se observar que qualquer que seja o ngulo de rotao dos eixosconjugados perpendiculares, a soma dos momentos de inrcia nas duas direes constante.

    Assim: yIxIIyIxII +=+=+ minmax

    e - determinao do ngulo m dos eixos para os momentos principais de inrcia:

    4,312 =m 7,15=m

    Observar que tanto os momentos principais de inrcia como a tangente de m sodados na tabela da pg. 1340. As diferenas pequenas de valores devem-se aaproximaes nos clculos.

    f - crculo de Mohr:

    154

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    60,47max =I 70,4min =I 0minmax, =P

    5,44=xI 8,7=yI 12,11, =yxP

    55,44=xI 34,7=yI calcularP yx =,

    Notar que como o eixo y est orientado para baixo no desenho da cantoneira oeixo dos Pxy foi igualmente orientado para baixo e o valor negativo de P xy = - 11,12

    cm4

    foi marcado para cima, isto , no sentido contrrio do eixo P xy . No entanto ongulo formado pelo eixo X com o eixo principal de inrcia ( que corresponde aoIMax ) foi marcado no sentido horrio, j que resultou negativo no clculo. O valordo ngulo 2 = -600 , que corresponde a rotao de 300 no sentido horrio(negativo) para a cantoneira, foi marcado a partir do eixo X e resulta no eixo X noCrculo de Mohr.

    155

    44,5 cm4

    7,8cm4

    X

    -11,12cm4

    Imin = 4,70 -31,40

    -600 IMax = 47,60I

    X,

    P

    7,34cm4 44,55cm4