CARCINOSINUM

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48 I HOMEOPA TIA Auto res: Dr. CARLOS BRUNINI Ora. ROSANGELA DE GODOY NEGRI Ora. MARIA DO CARMO ARENALES llustrador: Dr. Paulo Sergio Pinto CARCINOSINUM I 49 Apesar de ser este um livro de Materia Medica, achamos que permaneceria uma lacuna caso nao abordassemos tambem o conceito de quarto e quinto miasma aceito e estudado por algumas escolas homeopaticas; portanto, de uma maneira sucinta, aqui abordamos o cancerinismo, com a ressalva de que acreditamos que o modelo criado par Hahnemann ao estudar as doenc;as cr6nicas e mais do que adequado e suficiente para a compreensao. Vamos alem ao acrescentarmos que na verdade o miasma e uno, sendo o verdadeiro e puro: a psora, o resto (sicoses e sffilis nao reativos). Acreditamos que a doenc;a e a "instituic;ao" mais democratica deste universo, nao escolhe rac;a, cor, casta, idade etc.; portanto, aqui, ao comentarmos sabre CARCINOSINUM, em muitos mementos estaremos comentando sabre o hom em (e tambem o animal) eo cancer como uma patologia universal, fruto de atos equivocados acumulados (mal-pensar). Da mesma maneira, alguns empregos "organicistas" deste medicamentofartamente utilizado como drenador da escola francesa constituem o seu hist6rico e nao invalidam o mais importante: a compreensao profunda do indivfduo que sofre um CARCINOSINUM, vivendo uma desorganizac;ao interna e um desvario nos seus prop6sitos como um "cancer", que eo que procuramos demonstrar a seguir.

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CARCINOSINUM

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Page 1: CARCINOSINUM

48 I HOMEOPA TIA

Auto res: Dr. CARLOS BRUNINI Ora. ROSANGELA DE GODOY NEGRI Ora. MARIA DO CARMO ARENALES

llustrador:

Dr. Paulo Sergio Pinto

CARCINOSINUM I 49

Apesar de ser este um livro de Materia Medica, achamos que permaneceria uma lacuna caso nao abordassemos tambem o conceito de quarto e quinto miasma aceito e estudado por algumas

escolas homeopaticas; portanto, de uma maneira sucinta, aqui abordamos o cancerinismo, com a ressalva de que acreditamos que o modelo criado par Hahnemann ao estudar as doenc;as cr6nicas e mais do que adequado e suficiente para a compreensao. Vamos alem ao acrescentarmos que na verdade o miasma e uno, sendo o verdadeiro e puro: a psora, o resto (sicoses e sffilis nao reativos).

Acreditamos que a doenc;a e a "instituic;ao" mais democratica deste universo, nao escolhe rac;a, cor, casta , idade etc.; portanto, aqui, ao comentarmos sabre CARCINOSINUM, em muitos mementos estaremos comentando sabre o hom em (e tambem o animal) eo cancer como uma patologia universal , fruto de atos equivocados acumulados (mal-pensar) .

Da mesma maneira, alguns empregos "organicistas" deste medicamentofartamente utilizado como drenador da escola francesa constituem o seu hist6rico e nao invalidam o mais importante: a compreensao profunda do indivfduo que sofre um CARCINOSINUM, vivendo uma desorganizac;ao interna e um desvario nos seus prop6sitos como um "cancer", que eo que procuramos demonstrar a seguir.

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50 I HOMEOPATIA

I - Definigoes 1.1 Cancer 1.2 Cancerinismo 1.3 Carcinosinum

II Crianga de carcinosinum Ill Adulto de carcinosinum IV Dinamica miasmatica V Diagn6stico diferencial VI Medicamentos hipersensfveis VII Medicamentos carentes de afeto

I DEFINI<;OES 1.1 : Cancer -do latim cancer, cancri=caranguejo, cancer, tumor,

cancra. - doenga que resulta do crescimento aut6nomo de

celulas e tecidos. 0 tecido neoplasico apresenta uma estrutura atfpica dos tecidos e 6rgaos caracterizando uma capacidade ilimitada e incontrolavel de se reproduzir. Seu desenvolvimento nao obedece a nenhuma finalidade util ao organismo.

Vem como sin6nimo o termo tumor maligno (difere dos tumores benignos, pais estes apresentam limitagoes).

1.2: Cancerinismo Hahnemann divide as enfermidades cron1cas

(aquelas que nao tem tendencia a cura espontanea, que tem um desenvolvimento progressive) em:

- enfermidades cr6nicas medicamentosas; - enfermidades cr6nicas falsas (alimentares ,

habitagoes insalubres, empregos em locais polufdos) ; - enfermidades cr6nicas propriamente ditas ou as

miasmas cr6nicas. Assim encontramos: - p~ora - SICOSe - sffilis - tuberculinismo * - canceriginismo * * conceitos agregados p6s-Hahnemann .

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PSORA Qo grego, significa sarna, mancha, pecado. E um desequilfbrio dinamico da forga vital , uma

hipersensibilidade aos fa tares pat6genos que produzem fen6menos exonerativos paroxfsticos e que se alivia par meio de processes mucosas e cutaneos, que transforma o mais profunda em superficial.

Sintomas da psora: hiperfungao + hiperexcitabilidade. Afeta pfirticularmente a area sensitiva da esfera

psfquica. E perfeitamente curavel sem sequelas mas uma vez suprim ida pod era produzir transtornos mentais graves (tudo isto melhorando com a aparigao da erupgao da pele) .

SiFILIS Miasma destrutivo que produz lesao irresistfvel dos

tecidos (ulceragoes, supuragoes) e destruigao da mente (ciumes , desejo de vinganga , tendencia suicida , autodestruigao ).

SICOSE 0 terceiro grande miasma cr6nico. Produz na esfera

mental a perversao dos sentimentos (principalmente os relacionamentos com o amor, agressividade, maldade, crueldade , egofsmo).

Nos tecidos provoca a perversao da reprodugao celular, aparecimento de tum ores benignos ou malignos.

TUBERCULINISMO E. considerado juntamente com cancerinismo como

um miasma a mais. Quando em atividade possui fungoes ps6ricas e

sifilfticas, isto e, a exaltagao das fungoes psfquicas e organicas e genio destrutivo (ulcera de tecidos, supuragoes) .

CANCERINISMO Considerado par muitos como o quinto miasma seria

a combinagao de todos os miasmas acima citados. 0 tumor canceroso eo resultado de um estado pre- ·

canceroso, passando pela hiperplasia (sicose) e o genic destrutivo da sffilis.

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52 I HOMEOPATIA

1.3: CARCINOSINUM Eo nosodio do cancer. 0 dr. D. M. Foubister fez a

patogenesia (1954) com um pool de tumores. Nao e um anticancer, e sim um medicamento

homeopatico com a sua patogenesia. Todo medicamento tem suas angustias, seus

.. sofrimentos e seu nucleo psorico de adoecer. E CARCINOSINUM tambem e assim, possui caracterfsticas proprias que estudaremos a seguir.

Devemos estar atentos para: - existencia de historia familiar de cancer. - surgimento de sintomas CARCINOSINUM, na

repertoriza9ao. - quando o medicamento de fundo nao faz o caso

evoluir adequadamente, considerar o primeiro item.

OBSERVACAO: A escola francesa utiliza o CARCINOSINUM como drenador, cabendo aqui como cultura geral homeopatica, algumas observa96es, ate entao nao citadas par nos uma vez que nossos livros tratam do unicismo.

OS DRENADORES 1°-0 remedio defundo pode ser seu proprio drenador

- unicismo ou kentismo. 2°- o drenador antfdota ou complementa o remedio

de fundo- e 0 pluralismo.

Portanto, existe o remedio de fundo e o remedio drenador.

DRENADORES GERAIS: antipsoricos, anti-sicoticos, anti-sifilfticos, antituberculinismo e anticancerinismo.

DRENADORES LOCALIZADOS: depende da anatomia, da fisiologia (tecidos), da clfnica (aparelhos e orgaos), da bioqufmica (produtos t6nicos) .

Vamos come9ar a entender o genio de CARCINOSINUM desde cedo:

II CRIANCA DE CARCINOSINUM Amaedo CARCINOSINUM ira noscontarquedesde

a gesta9ao este bebe era diferente. Ele movimentava-

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se bastante quando a mae escutava musica. Diante disto teremos uma grande particularidade e rela9ao importante entre a musica e CARCINOSINUM.

CARCINOSINUM pode apresentar aversoes ou agrava96es com a musica, mas na maioria das vezes gosta da musica, tem sentido musicale dan9a seguindo muito bem o ritmo da musica. E este "gostar de dan9a" se faz presente ja na vida uterina.

A musica e a expressao do sentimento, do objeto inerentes ao ser humano. A musica e a expressao maior da vida. Ao ouvirmos uma musica, entramos inevitavelmente em contato com nossas sensa96es mais profundas (agradaveis ou nao), e como iremos reagir dependera de nossa sensibilidade individual; CARCINOSINUM, sendo um hipersensfvel, o sera tambem diante da musica. CARCINOSINUM tenta pree.nc~er sua necessidade de afeto atraves das notas mUSICalS.

CARCINOSINUM relaciona-se intensamente com a musica, assim como AMBRA GRISEA relaciona-se aversivamente a mesma.

A crian9a de CARCINOSINUM costuma dormir na posi9ao genopeitoral, semelhante a prece maometana (COLOC, MED., TUB., PHOS., SEP., LYC.). Esta posi9ao e comum nas crian9as ate um ana de idade, ma? de grande valor repertorial em crian98s mais velhas.

A noite costumam acordar gritando ou chorando (sfndrome do terror noturno). Outros medicamentos apresentam este sintomas, mas cada um com caracterfsticas de seu proprio universo. Par exemplo:

- CALC-C. acorda devido a seus pressentimentos ansiosos.

- PHOS. acorda e tem medo do escuro. -STRAM. acorda e tem medo de visoes aterradoras. - IGN. acorda e chora histericamente. Se nao acordam chorando, podem apresentar in sonia

(ins6nia em crian9as - 739.1) - repertorio de Kent/ Eizayaga.

Diante disto, a noite para CARCINOSINUM nao e agradavel nem o sono reparador. Logo, estara irritado pela manha apos levantar-se.

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Na idade escolar tem medo d9s colegas e nao consegue defender-se nas brigas. E tfmido, rJao gosta de conversar, mas apresenta-se compass iva. E sensfvel as repreens6es e aos sustos, chegando a apresentar transtornos quando estes ocorrem.

Desde pequeno, nosso CARCINOSINUM ama a chuva e os trov6es (am a tormentas 90/1 ( U. R.) repert6rio de KENT -E IZA Y AGA). Diferente deS E PlAque m elhora os sintomas mentais e gerais a partir do momenta em que comec;a a se formar a tempestade 90/1 (U.R.)

Tem desejo por doces, e as vezes sao pegas na cozinha comendo ac;ucar no ac;ucareiro ( desejo de doces 322-3).

0 dace eo afeto na forma de alimento, portanto, ao come-los tem a sensac;ao de suprir a carencia afetiva.

Pode-se aqui citar MAGNESIA CARBONICA, que rouba doces (cleptomania), pais assim conseguiria recuperar o afeto, ha tanto tempo perdido.

Ill 0 ADUL TO CARCINOSINUM A hipersensibilidade levara CARCINOSINUM a

ofender -se com facilidade, a ser sensfvel a reprimendas, a apresentar transtornos por sustos.

Nao tolera contradic;ao e nao gosta de ser consolado ( aceitar o consolo seria adm itir sua grande necessidade de afeto).

Uma viagem , um exame, uma entrevista ofaraoficar preocupado, angustiado. Portanto, a sua consciencia diante de sua necessidade de afeto, associados aos transtornos por antecipac;ao e reprovac;6es, o farao ser reativamente um indivfduo exigente, meticuloso, detalhista, chegando mesmo a serfastidioso, ordenado em excesso (semelhante a ARSENICUM ALBUM)

A noite seu sono sera agitado (758.2) e nao repousara. Tera ins6nia devido ao grande afluxo de ideias. Figura em (KENT-EIZAYAGA):

ins6nia 735-1 ins6nia, depois de ir para cama no anoitecer 735-2 ins6nia por pensamentos ativos 739-1 Despertara varias vezes a noite ou despertara pelos

sonhos que tem, pais estes sao excitantes. Por exemplo:

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Sonhos com assassinates 750-1; Sonhos de trabalho 757-3 (AMBR., RHUS t., SEL.); Sonhos de viagens 757-3. Apresenta alternancia de sintomas de um lado para

outro do corpo. Diferencial com LAC. C. cujaalternancia ocorre principalmente nas amfgdalas e de PULS., em que p alternancia tem caracterfsticas histericas.

0 fastfdio e um dos sintomas que define a personalidade profunda dos indivfduos CARCINOSINUM.

CARCINOSINUM procura persistentemente organizar seu mundo exterior mediante uma postura meticulosa, o que nos indica que seu mundo interior esta incontrolavelmente desorganizado e em desarmonia (os indivfduos CARCINOSINUM tem mania de arrumac;ao).

Busca resolver as conflitos exteriores comportando­se como um tumor em expansao incontrolavel. Esse indomavel movimento de ordenar o mundo externo demonstra sua inquietude interna, seu fastio com a desorganizac;ao interna que movimenta incontrolavelmente fazendo com que o controle extern a substitua e com pense o descontrole da realidade interna.

Um outro indicador de personalidade chama atenc;ao no indivfduo de CARCINOSINUM: sua destrutividade. Destrutividade que encontra facil acesso para sair do plano mental, pais concretamente a falta de limites e vivenciada por CARCINOSINUM de forma egofstica, agr~ssiva e autodestrutiva.

E persistente e obsess iva, ao perseguir seu objetivo: ode dom inar sua inquietac;ao e desorganizac;ao interna.

Sifiliticamente e soturno, sombrio, vagarosa ou rapidamente mortal ao aflorar sua autodestrutividade. lnunda-se com sua morbidez, devora-se e se auto­consome com sua falta de limites. Comportando-se como um tumor que cresce desordenadamente e sem limites.

Se pudessemos definir o genio de um tumor maligno escolherfamos a trfade: falta de limites, meticulosidade e destrutividade, pais cremos que esses tres sintomas definem tanto a personalidade dos que sofrem um

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cancer quanta aqueles que, mesmo sem padecer desse mal, vivem uma existencia maligna, infeliz e "tumoral".

lncontrolavel nas suas repreensoes e indomavel em suas magoas, nao tolera qualquer tipo de con solo. Esta inquietude intern a, como foi dito, fica evidente mediante sua ansiedade ao ter que esperar os fatos acontecerem , tornando-se um dos grandes antecipados (ARSENIC UM, GELS EM IUM , ARGENTUM , LYCOPODIUM) da materia medica.

Seu tormento interiortransparece claramente atraves de sonhos excitantes, sonhando com assassinates CARCINOSINUM cum pre como destino do caranguejo, pais o cancer e um dos maiores assassinos dos seres vivos.

IV DINAMICA MIASMATICA Psora: sua personalidade lhe inspira simpatia. Afeto, necessidade de antecipac;ao, transtorno por

antecipac;ao com angustia descontente, insatisfeito, medo, terror, medo de animais, medo de cachorro, medo de escuro.

Transtornos por antecipac;ao. Transtornos por reprovac;oes. Transtornos por sustos. Hipersensfveis.

Sicose: a personalidade inspira repulsao e antipatia. Distrafdo, meticuloso. lrritabilidade pela manha depois de levantar

esquecido, obstinado, teimoso, ofende-se facilmente, toma tudo a mal.

Sffilis: a personalidade inspira compaixao. Memoria debil, fraca. Suicfdio, disposic;ao.

Para Vijnovsky e muito caracterfstico CARC. apresentar a trfade:

- pele de cor cafe-com-leite; - escler6ticas azuis; - verrugas ou nervos pig men tares em todo o corpo.

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Foubister usou CARC. na mono nuclease infecciosa aguda na CH 200, 3X ao dia, assim como nas sequelas.

V DIAGNOSTICO DIFERENCIAL V.I. Medicamentos hipersensfveis 1- COFFEA CRUDA - tem um universo hipersensfvel ; - hipersensibilidade sensorial e sensitiva (paladar,

odor, audic;ao, visao, tato) ; - tem insonia devido a hipersensibilidade aos sons,

as luzes, tudo apresenta-se maior que o normal. - irritavel; -grande atividade ffsica e mental , esta ultima esta

exacerbada a morte.

2- CAMOMILLA - grande irritavel da materia medica , e esta

irritabilidade gera a sua grande hipersensibilidade; - apresenta uma grande agitac;ao associada a

intolerancia a dar (estfmulos perifericos levando a grandes respostas) ;

-a crianc;a chora muito, e superagitada, tem c61icas , apresenta sfndrome de temor noturno, e melhora ao ser colocada no colo e balanc;ada.

3- NUX VOMICA - tem alto grau de excitac;ao e irritabilidade; - sao hipersensfveis a luz, adores, rufdos, paladar

forte; - sono nao e reparador, pensa nos problemas, tem

sonhos horrfveis. Desperta por volta das 3 horas e pel a manha estara de mau humor.

V. II. MEDICAMENTOS CARENTES DE AFETO 1- PHOSPHORUS - apresenta sensac;ao de desamparo e nao abandono; - no afetivo, PHOSP . mais da que recebe .

Extremamente compassivo; - sensfvel a rufdos, musicas, cores, tato e ao jeito de

crianc;a; - medo da morte;

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- falta de confianc;a em si mesmo, timido, chegando a covardia, sofre par antecipac;ao; - melhora com consolo

2- PULSATILLA

- afeto e um trac;o marcante, dao carinho esperando receber mais;

- melhora com consolo, agressividade termina em choro;

- apresenta-se abandonada, desvalida com ilusao de estar s6. E na Sicose ira em busca do afeto, jogando charme, sendo vaidosa e organizada.

CASO CLiNICO VETERINARIO

Maggy mae foi adotada porque nao tinha uma rac;a definida; de porte grande, veio com tres meses para a casa onde deveria tamar conta do quintal. Nasceu em novembro de 1989. Seguia bem desde entao quando, em junho de 1990, teve um epis6dio de diarreia. Tudo solucionado com o auxflio de L YCOPODJUM, que correspondia aos seus medos e covardias.

Em junho de 1991 apresenta um quadro de diarreia com sangue, tambem solucionado com LYCOPODIUM. Em maio de 1992, ja e mamae de cinco filhotes. Todos sofrem o mesmo destino que Maggy: serao adotados par uma famflia com muita consciencia. Fica apenas a pequena Hortensia para lhe fazer companhia.

A diarreia com sangue retorna em junho de 1992, muito mais intensa. Num ex a me de fezes foi encontrado toxocara canis e ancylostomus canis. Com L YCOPODJUM CH 200 em plus a diarreia normaliza e negativa o exame de fezes.

Com trinta dias o processo retorna; estavamos em julho de 1992 e ela responde ao tratamento com MET ALLUM ALB UN. Na pele surgem discretas les6es de pele. No exame de fezes nada e constatado, no hemograma surge uma leucopenia acompanhada de severa eosinofilia. Quando sai do epis6dio diarreico promove um quadro de constipac;ao.

No infcio de agosto o processo retorna com

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caracterfsticas mais graves. Cai na rua, nao consegue se levantar e defeca sem controle a sua diarreia com sangue.

Principal suspeita no momenta e para corpo estranho vazado, que permite o fluxo intestinal. Medicada com SILICEA CH 30, responde prontamente. Foi realizada uma ultra-sonografia abdominal e nenhuma alterac;ao foi constatada. Tal exame foi de eleic;ao, pais havia trans ito intestinal e um raio X simples nada esclareceu. Como independente do resultado do estudo radiografico do transito intestinal seria de eleic;ao uma laparotomia explorat6ria, a conduta foi adotada.

Na cirurgia havia uma grande aderencia intestinal correspondendo ao ceca, com diversos ganglios hipertrofiados. Liberei a aderencia em quase sua totalidade. 0 p6s-operat6rio seguiu muito bem com ARNICA CH 30. Os pontos retirados em uma semana, e Maggy segue sua vida como se nada houvesse acontecido. Volta a ter a disposic;ao de antes.

Ap6s trinta dias da cirurgia, retorna o processo. Interessante relatar que, apesar das grandes perdas sangufneas, nunca houve um quadro de anemia.

0 grande impasse estava criado. 0 que fazer com uma paciente da homeopatia desde nene, criada dentro de toda cautela e cuja (mica conduta adotada fora desta terapeutica haviam sido as vacinas?

Como a lesao tinha um aspecto de massa tumoral, receitei CARCINOSINUM CH 200 em plus. Em 24 horas o processo regrediu .

Desde entao nao ha quadro algum, nem mesmo outras patologias. Seu hemograma normalizou e os cantatas com a proprietaria sao frequentes para controle. Sem medicac;ao desde entao.

Sempre que nos vemos, ela diz: "Aquele medicamento, o qual nao digo o nome, foi o ideal!".

Passaram-se dais anos ap6s este epis6dio e entendemos melhor hoje a Maggy Mae. Seu temperamento necessita muito de afeto, esta sempre solicitando e cobrando as pessoas da casa. Quando recebe uma bronca rosna, para demonstrar a sua intolerancia a contradic;ao.

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Assustou-se certa vez com um cam inhao e houve o retorno do quadro diarreic;;o, confirmando desta forma um transtorno por susto. As vezes ocorre um epis6dio diarreico seguido de constipagao, fato que nestes a nos tem sido mais brando e raro. Porem o que mais a caracteriza e sua excitagao durante as tempestades. Vai para o quintal e late, correndo alegremente, demonstrando alegria par trov6es e relampagos, amante de tempestades.

Com estes sintomas concluimos que a lesao que sugeria um CARCINOMA nos levou a agir corretamente ao medica-la com CARCINOSINUM.

Maggy Mae sofre CARCINOSINUM.

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CJCUTA • v1rosa