Cartilha Santa Marta

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  • 7/31/2019 Cartilha Santa Marta

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    AbordAgem PoliciAl

    Cartilha popular do Santa Marta :

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    Apoio_Presidnciada comissode defesados direitos Humanoseda cidadaniada aLerJ

    _Justia GLobaL_centrode defesados direitos Humanosde PetrPoLis_institutode defensoresde direitos Humanos (ddH)

    _associaodos moradoresdo santa marta_GruPo eco

    _asW-aao mundo soLidario_anistia internacionaL

    Realizao_Visoda faVeLa brasiL

    Produo/Texto:fieLL

    marceLo fLixaLLan barceLos

    ana cLaudiaJoo batista Jb

    isabeL mansurcamiLLa ribeiro

    renata LiraVernica freitas

    GuiLHerme PimenteLLidiane PenHa

    aLicede marcHisiLVio munaridanieL bezerra

    rafaeL tristomicHeLLi ferretiLuis carLosde aLencar

    Ilustraoranieri azeVedo rosendo

    FotoscamiLLa ribeiro

    DiagramaorodriGo ribeiro

    DigitalizaomarceLa GonaLVes

    essacartiLHainPiradana cartiLHa sobre abordaGem PoLiciaL ,ProduzidaPeLo centrode defesade direitos Humanosde saPoPemba-sP, feitaem 2006.

    crditos

    Sumrio

    ApresentaoO que podem e no podem fazer os (as) policiais?

    Constituio Federal

    1,233

    Busca Pessoal

    Busca no Carro

    Na Delegacia

    Denncias

    10, 11, 12, 13, 14, 15

    16

    17,18

    19,20

    2122,23

    24, 25, 26, 27

    Como denunciar

    Orgos do Poder Pblico

    Busca dentro de casa 4

    5

    6

    Com mandado

    Sem mandado

    Entidades da Sociedade Civil

    aGradecimentoesPeciaLao z baixinHo

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    AbordAgem PoliciAl AbordAgem PoliciAl

    raPPer fieLL, Viso da faVeLa brasiL

    Salve,salve,paratodososmoradoresdoMorroSantaMarta.AquiquemvosfalaoFiell. Paramimumaenormesatisfaoestar juntonacriaodestacarti lhapopulardoSantaMarta.QuerodeixarbemclaroquenonossaintenoafrontaraSecretariadeSeguranadoRiodeJaneiroesimquestionar,dialogar,participardatransformaodeumnovocomportamentodaPolciaMilitarcontempornea.

    HojenoMorroSantaMartaestamosvivendoalgoquenuncasecogitouedeumdiaparaoutroaconteceutodaessatransio.MinharelaocomaPMdesdecrianaeraassim.Euouviaaspessoasfalaremmaldamesmacommuitasmgoas...Quandoeueraadolescentesofrimuitocomassuasviolaes.Sempretiveumtratamentosegregadoperanteoutrosjovensdeclassemdiaealta. Ficosemprepensandocomigomesmo:gente,aPMtemumpapel nasociedademuitoimportantequeservireproteger.Essaagrandeproposta?Porquetemosqueandartemerosos?Somoscidadosquejuntoscontribumoscomaremuneraodamesma.Podamosnasuapresenaterosentimentodeseguranaplena,concorda? QuerodeixarclaroqueoposicionamentodoVisodaFavelaBrasilnocontraotrabalhodaPM,massomoscontraosexcessosquesempreserepetem.Muitospensamquesomosadvogadosdebandido.Euarmoquenosomosadvo-gadosdebandido,maslhesinformoquesomosadvogadosafavordavida.Acreditonarecuperaodequalquerserhumano,sejaelebandidooumocinho.Quandofalamosbandidos,logovemnasmentespreconceituosasomoradorde favelas,o

    pobre,n?Massabemosqueaquelesqueestonosmorros,favelaseperiferiasquefazemumtrabalhoclandestinosocamelsevarejistasilcitos.Osverdadeirosbandidosestoememinentescargos,polticosinuentesenoopobredescalo... Essacarti lhavemde formapedaggica. QueremosqueosmoradoresdoSantaMartaobtenhamesseescritoparasuainteraonosseusdireitosede-veres.Queremosqueapolciafaaseutrabalhocorretoecomrespeitoparacomosmoradores.Essacartilhaumfacilitadorgratuitodosnossosdireitos.Qualquerumpoderlevarsuacartilhaparaqualquerlugardopaseexigirseudireitoscomocidado.Nessedocumentonotemabsolutamentenadaqueapolciadesconhea. Semprenaminhafalaeureforoessatese:Temosquepreservaropoli-cialquefazseupapeldentrodaleiedenunciarosmauspoliciais.AcreditoqueessapequenaegrandiosacartilhaserumincioparaomdosexcessosaquinoMorroSantaMarta.Vocquetemesseinformativosempreandardentrodalei.

    1

    Jos mri o, P residente da associa o de moradores do santa marta

    OSantaMartaumafavelaquecomotantasoutrasdanossaci-dadeviveudcadasdeabandonototalporcontadoPoderPblico.Ascrianasnascemcheiasdedireitos,mascrescemsemagarantiadosmesmos,poisquemdeviagaranti-lossoosquemenosseimportamcomeles.Ascrianassqueremestudar,brincar,sorrir,cantar.Seosseusdireitossopodados,poda-seacida-dania,acomocobrarserumcidadosepodaramasuacidadania?CidadaniaacondioqueoEstadolhedparatorn-loumcidado.Nsqueremososnossosdireitos,avida,aliberdadedeexpresso,ainviolabilidadedolar,odireitodeirevir.Enm,senosderemomnimo,omximosnsfaremos.Todosnascembons,semmaldades,soperfeitos,quemostransformaasociedade,osque

    teimamemserhipcritaseosenchemdedefeitos.Aviolnciaquesobeomorro,adentrabecos,ruasevielasesetransformarapidamentenessescorposmagnetizadosdasfavelas,ascrianassqueremjogarbola,comerpipocaeirpraescola,elasnonasceramparamorrercomumapistola.

    ITAMAR SILVA, PRESIDENTE DO GRUPO ECO Morarnafavelaumexercciodirioecontinuadodelutaporacessoadireitosecidadania.Hoje,oPoderPbliconofalamais,abertamente,emremoodefavela,mas,segueaparecendonosjornaisetelevisesumapressoparaacabarcomelas,principalmenteaquelasqueestoprximassreasmaisricasdacidade,comoaBarradaTijuca.Logo,sercidadobrasileiroemoraremfavelaaindasignicalutarpordireitosbsicos:odeirevir,seexpressarcomliberdade,demorarcomdignidadeeserrespeitadonainviolabilidadedeseular. MorarnoSantaMartaapossibil idadedevereanalisaraambigi-dadedapolticadeseguranaimplementadapelogovernodoEstadodoRiode

    Janeiro.Porumlado,asUPPsUnidadesdePolciaPacicadora:presenafsicapermanenteecontroleabsolutodoterritrio.Poroutrolado,nas92%dasfavelasdoRio,acontinuidadedapolticadeenfrentamentoedeextermniodapopulaomaispobres,emnomedocombateaotrcodedrogas. Ento,emambososcasosse faznecessrioumdebateprofundosobreumapolticadeseguranapblicaqueolheparaomoradordefavelacomosujeitoplenodedireitos.Issosserpossvelnamedidaemqueessapopulaoampliaraconscinciadeseusdireitose,deformaorganizada,procurarexerc-los. Ento,estacarti lhaquechegaassuasmosumbomcomeo.Elanocontraningum.Elaaseufavor.Elauminstrumentoquefortalecerasuacidadania.

    ... aPresentao

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    AbordAgem PoliciAl AbordAgem PoliciAl

    O que podem e no podem fazer os (as)policiais?

    LEMBRE-SE DE SEUS DIREITOS

    Constituio Federal:Art. 5 - Todos so iguais perante a lei ()

    Ateno!!Todo(a) policial deve andar identicado(a) e quando

    solicitado(a) deve apresentar sua carteira funcional.

    Isso vale para qualquer um dos casos a seguir.3

    Busca dentro de casa

    Para a lei, casa o lugar que a pessoa mora, incluindo a laje, varanda, etc.Qualquer policial, civil ou militar, s pode entrar na sua casa nas seguintessituaes:Com autorizao do(a) morador(a), os(as) policiais podem revistar a casaa qualquer momento, desde que com a sua presena. O(A) policial nopode te intimidar para conseguir a autorizao.

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    AbordAgem PoliciAl AbordAgem PoliciAl

    Com ordem do(a) juiz(a) (Mandado de busca e apreenso)

    O(A) juiz(a) pode autorizar a entrada de policiais na sua casa mesmosem a sua autorizao somente por meio de um documento chamadoMandado de Busca e Apreenso. Este documento deve ser mostradopelos(as) policiais antes de entrarem na casa e s vlido se estivercompleto. Para isso, deve constar: endereo exato da residncia em queser realizada a busca; nome do(a) morador(a); motivo da busca; as-sinatura do(a) juiz(a).

    Ateno!Para cada casa deVe HaVer um mandado. a Lei Proibe o uso do mandado de busca eaPreensaoParamaisdeumacasa. o mandadocoLetiVoe iLeGaL, PoiscadamandadodebuscaeaPreensaosoPodeserdiriGidoaumaunicacasa. aPesardisso, aPoLciacariocacostumausaromandadocoLetiVo, quecontinuasendoassinadoPoraLGunsJuzes, mesmosendocontraaLei. casoaLGum(a) PoLiciaLVasuacasacomummandadoemquenoconsteoseuexatoendereoenomedeaLGum(a) morador(a), anoteasinformaesdo

    documentoeProcureseusdireitos.

    5 6

    Com ordem do(a) juiz(a) (Mandado de busca e apreenso)

    Se no tiver ningum em casa, os(as) policiais devero chamardois vizinhos(as) para acompanharem a busca. No nal, os(as)vizinhos(as) devem assinar o relatrio de como foi a revista eo que foi apreendido na casa.

    Ateno!!No caso do morador(a) no estar em casa, a busca

    dever ser realizada durante o dia.

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    AbordAgem PoliciAl AbordAgem PoliciAl

    Quando os(as) policiais estiverem perseguindoalgum que acabou de cometer um crime e estapessoa entrar na casa

    Quando os(as) policiais tiverem certeza de que dentroda casa esto guardadas drogas ilcitas, armas de fogo.

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    Sem ordem do(a) juiz(a) (Mandado de busca e apreenso) Sem ordem do(a) juiz(a) (Mandado de busca e apreenso)

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    AbordAgem PoliciAl AbordAgem PoliciAl

    Em caso de desabamento, incndio, desastres oupara socorrer algum.IMPO R TAN TE :Em caso de mandado, os(as) policiais s podem entrar durante o dia.Nos demais casos podem entrar de dia ou de noite.

    Os(As) policiais no podem rasgar documentos, fotograas, quebrar

    objetos. Todo objeto, dinheiro, documento ou fotograa que eles(as)pegarem em sua casa deve ser apresentado para o(a) delegado(a).Ateno! Os(As) policiais no podem te intimidar ou ameaar parapoder entrar na casa.

    Ateno! Existe uma prtica comum dos(as) policiais entraremna casa sem mandado e sem autorizao do morador(a). Nestecaso,pegue todas as informaes(identicacao do ploicial, horario,local, etc) e denuncie.

    10

    Ateno!!O(A) policial no pode constranger ningum.Assim, proibido passar as mos nas partes ntimas, sefzer isso, estar praticando ato libidinoso e abuso deautoridade. Alm disso, tambm crime de abuso deautoridade te mandar tirar a roupa, obrigar a fcar comas mos na parede ou para o alto depois da revista.

    Rua Mrechal Francisco

    de Moura.

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    Busca Pessoal

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    AbordAgem PoliciAl AbordAgem PoliciAl

    Busca pessoal o que conhecemos por geral ou dura.

    Os(As) policiais, civis ou militares, s podem te dar uma dura SEM ORDEM DO(A)JUIZ(A) quando tiverem fundadas suspeitas de que voc est escondendo armas,objetos destinados prtica de crimes ou drogas ilcitas.

    Nestes casos, os(as) policiais devem te parar e mandar voc colocar as mos para oalto ou na parede enquanto fazem a revista.

    Os(As) policiais no podem te parar porque simplesmente acham que voc suspeito(a), ou seja, por preconceito. Se no exisitr fundada suspeita, no po-dem te parar s porque voc morador(a) do Santa Marta, ou porque negro(a),

    nordestino(a), jovem, tem tatuagem, est de chinelo, casaco ou bon.Os(As) policiais durante a revista devem te tratar com respeito. Qualquer pessoaque se aproximar durante a abordagem para saber o que est acontecendo tambmdeve ser respeitada.

    1211

    Os(As) policiais no podem gri-tar com voc ou te xingar, te xin-gar de ladro(a), vagabundo(a),piranha, etc. Isto crime deinjria, difamao, calnia emesmo abuso de autoridade.

    Se te chamar de PRETO SA-FADO estar cometendo crimede injria racial. Ningum pode

    te tratar como suspeito(a) porcausa da cor da sua pele ou dasua origem.

    Se te AMEAAR OU BATER paraque voc confesse algumacoisa, ou fornea informaessobre algum o(a) policial estcometendo crime de tortura.

    PRETO

    SAFADO

    Fala .Cad o

    baseado?

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    Busca no carroA revista em automveis permitida nas mesmas situaes da revistapessoal. O carro s pode ser revistado em caso de fundada suspeita.A pessoa que estiver conduzindo o carro deve acompanhar a revista.

    LGBTT-Lsbicas, Gays, Bissexuais,Travestis e Transexuais

    A abordagem policial no pode acontecer baseada em sua orientao sexual (gay,lsbica) ou identidade de gnero (travesti ou transexual). Qualquer pessoa tem o di-reito de ir e vir e a liberdade de se relacionar afetivamente com algum do mesmo sexo.Ningum pode ser abordado porque usa roupas curtas e decotadas,maquiagem ou porque namora em pblico. Os casais homossexuais devem serrespeitados por todos. Travestis e transexuais no podem sofrer discriminao,

    constrangimento ou agresso por sua aparncia, comportamento ou identidade.No aceite xingamentos ou ridicularizaes, exija respeito! E se a discriminaocontinuar, colete as informaes informaes necessrias sobre o (a) policial(nome, placa da viatura, batalho, etc) e denuncie.

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    Na Delegacia de Polcia

    Quando voc for conduzido(a) a uma delegacia por um(a) policial, voc deveser imediatamente levado(a) presena do(a) delegado(a) de polcia. Tudoo que acontecer com voc dentro do ptio da delegacia responsabilidadedele(a). Se voc for agredido(a) nas dependncias da delegacia ele(a) tambmpoder responder por abuso de autoridade/ e/ou tortura.Se o escrivo(), investigador(a), policial civil e at mesmo o(a) delegado(a)exigir ou solicitar dinheiro da pessoa responder por crime de corrupo pas-siva ou concusso.

    No reagir a provocaces!Nao agredir verbalmente e nem sicamente ninguemLigue imediatamente para alguem da sua familia, amigo ou conhecido paracomunicar em qual delegacia voce esta e pea ajuda para conseguir um ad-vogado ou defensor publicoVoce tem o direito de car calado(a).

    17 18

    Em caso de qualquer distoro pea para dar a sua verso sobre o que foidistorcido, caso voce queira falar.

    ATENOMuitas vezes, mesmo cometendo abusos, os policiais podem responsabilizar a

    vtima acusando-a de resistncia, desacato e desobedincia. Nesse caso, fun-

    damental que voc junte testemunhas dos fatos e que pea, ainda na delegacia,

    um contradito da verso dos policiais.

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    Denncias

    S(a)plicialsivrauadfradalgalida-

    d,vcmdiridvrdduciarasrgs

    cmps.

    fudamalaarascaracrsicasd(a)p-

    licialcmalura,crdapl,idicashaviau

    ,hrridcrriddssdmaisdalhs

    pssvisdlmbrar.

    Accdssipdarbiraridadaqui

    SaaMara,prcursjuarcmmaispssas,falcm

    amigs(as) familiars,busquapidrgaizas

    auasacmuidaddsuapiaqumsd-

    uciad.Cadadciaimpraparaacabarcm

    sabuss.

    UmbmxmplasrsguiddasAudi-

    ciasPblicasCmuirias. Aravs dssasAudicias

    PblicasCmuirias,malgumascmuidadsdS

    Paul, pr xmpl,aspssas qu sfriam suiram

    paracvrsarsbrcassdabusprcuraramslu-

    sjuasparadarmassscass.

    Juaram a asscia d mradrs, igrjas,

    prfssrs(as),agsdsad,lidraascmui-

    rasagsculuraisparargaizaraudiciaspblicas

    aprpriacmuidadparaduciarsauridadsai-

    udsrradasdalgus(mas)pliciais.

    ourapssibilidadrgaizarumaAssmblia

    Ppular dSaaMara, ad ssdiscuamas

    qussdsguraapblica,masaparirdaacmui-

    dadxijaplicaspblicasdgaraiaddirism-

    lhriadassclas,hspiais,arifasppularsdluz,gua

    dasasdmaisplicascssriasparagarairuma

    vidadiga.

    19 20

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    AbordAgem PoliciAl AbordAgem PoliciAl

    ncLeode direitos Humanosdadefensoria PbLica

    A Defensoria Pblica do Estado do Riode Janeiro uma instituio que tempor misso servir aos juridicamentenecessitados, atendendo aquelesque por algum motivo no podem ter

    acesso a um advogado para garantirseus direitos. Desde 2004 funcionana Defensoria o Ncleo de Defesa deDireitos Humanos, responsvel poratender casos de grave violao dedireitos humanos, como a violnciapor agente do Estado, tortura, dis-criminao racial, discriminao emrazo da opo sexual e da atividadelaborativa (camel) entre outras. Almdisto, realiza visitas s carceragensdas unidades penais do Estado doRio de Janeiro com o objetivo devericar alguma violao aos dire-

    itos humanos dos presos. Tambmconta com um programa para ajudarna criao de associaes (comopor exemplo uma associao demoradores), na elaborao de seusestatutos e registro dos mesmos.Av. Marechal Cmara, 314, 2 andar,Centro, Rio de Janeiro

    (21) 2332-6345/[email protected]

    subProcuradoria GeraL de direitos

    Humanosdo ministrio PbLicoO Ministrio Pblico (MP) uma insti-

    tuio que tem a funo de scalizarse o Estado est cumprindo as leis ese estas esto sendo aplicadas cor-retamente. Para isto o MP deve exigirdos poderes pblicos e dos serviosde relevncia pblica o respeito aosdireitos garantidos na Constituio,proteger os direitos dos idosos, dosportadores de necessidades especi-ais e das crianas e dos adolescentes,alm de proteger os direitos difusos ecoletivos, que so aqueles direitos

    de toda comunidade, como por ex-emplo a defesa do meio ambiente edo patrimnio pblico. Ademais, oMP tambm responsvel por ex-ercer o controle da atividade policial.

    Av. Marechal Cmara, 370,Centro, Rio de Janeiro

    (21) [email protected]

    www.mp.rj.gov.br

    Para quem? Telefones teis

    21 22

    Como denunciar.P a r a d e n u n c i a r a n o t e e s t e s d a d o s

    LocaL:

    Horrio:

    dia:

    caractersticas fsicas:

    (cicatriz, branco, neGro, baixo, aLto, cordocabeLoetc.)

    identificaodo PoLiciaL:(obserVarsenoHaViaidentificao)

    identificaoda Viatura:

    (nmeroseLetrasnasLateraisdaViatura)

    RGOS DO PODER PBLICO

    defensoria PbLicano i JuizadoesPeciaLcriminaL

    Rua Assuno, 501 - Botafogo.Tel.: 2246-3519

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    AbordAgem PoliciAl AbordAgem PoliciAl

    cedim - conseLHo estaduaLdos direitosda muLHer

    O Conselho Estadual dos Direitos daMulher CEDIM/RJ um rgo li-gado Subsecretaria de Defesa e

    Promoo de Direitos Humanos, daSecretaria de Estado de AssistnciaSocial e Direitos Humanos. Foi criado

    com o objetivo de planejar, scalizare realizar as polticas pblicas de

    gnero voltadas para a valorizao ea promoo da populao feminina.

    Rua Camerino, 51, Gamboa, RJ(21) 2299-1999

    [email protected]. br/

    Visoda faVeLa brasiL

    O viso da Favela Brasil um grupo de hip-hop srio, trasformador,otimista, realista e acima de tudo militante. Promove atividades comoo HipHop Santa Marta, um evento onde os Mcs divulgam seus traba-lhos e passam uma mensagem positiva para a comunidade. Possui

    tambm o ncleo Cria Filmes, que participou do festival de cinema

    Vises Perifricas 2008, com o curta metragem 788(12 minutos

    ). Ga-nhou com o curta metragem 788, na categoria melhor imagem nofestival de cinema Favela Isso A. Participou tambm do festivalde cinema 15 Vitria Cine Vdeo. E o prmio de melhor co noFestival Camera Mundo na Holanda.

    (21)3022-7311/8670-0327msn: f ie l l26@hotmai l .com

    fiel lateamorte@gmai l .comwww.visaodafavelabr .blogspot.com

    23 24

    ORGANIZAES DA SOCIEDADE CIVIL

    comissode defesade direitosHumanose cidadaniada aLerJ

    A Comisso de Defesa de DireitosHumanos e Cidadania da ALERJ uma das suas comisses perma-nentes. Alguns dos seus objetivos

    so: denunciar quaisquer violaesde direitos que ocorrem no Estado;scalizar as aes do Executivo paragarantir a manuteno dos direitoshumanos e da cidadania plena; for-mular polticas pblicas sobre temasque envolvem direitos humanos ecidadania. Atualmente (2009-2010)a Comisso formada pelo Mar-celo Freixo (Presidente), AlessandroMolon (Vice-Presidente); Paulo Ra-mos; Paulo Melo e Flvio Bolsonaro.

    Palcio Tiradentes,Rua Primeiro de Maro, s/n,

    Praa XV, Centro, Rio de Janeiro.(21) 2588-1555 / 2588-1660

    18

    GruPo eco

    O Grupo Eco uma entidade sem ns lucrativo de carater educacio-nal e cultural e destinada a promover e apoiar na Favela Santa Marta e,eventualmente, fora dela, atividades e iniciativas que visem o desenvol-vimento humano integral das pessoas e da comunidade, com atenoespecial s crianas, adolescentes e jovens, em busca da armao dadignidade da pessoa humana; do pleno exerccio da cidadania; do for-

    talecimento da solidariedade comunitria participativa; contribuindo,assim, para a construo de uma sociedade justa, livre e participativa.

    (21) 2286.9966juan ecco@g mail .com

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    AbordAgem PoliciAl AbordAgem PoliciAl

    Justia GLobaLA Justia Global uma organizao no governamental de direitos hu-manos que trabalha focada no fortalecimento da luta por direitos. Realizadenncias de graves violaes para os tribunais internacionais; organizarelatrios sobre casos de violaes e participa ativamente da militn-cia social que se organiza em torno das lutas a partir desses casos.

    Av. Beira Mar, 406, sala 1207, Centro, Rio de Janeiro(21) [email protected]

    assocdos moradores

    A Associao dos moradores do Morro de Santa Marta foi fundadaem 24 de outubro de 1965. As nalidades: Congregar todos os mora-dores do Morro Santa Marta; Lutar pela defesa de seus associadosno mbito social ou jurdico; Promover intercmbios de experin-cias entre seus associados para melhorar o entrosamento entre osmesmos; Promover cursos sobre assuntos relacionados com a or-ganizao, direo, divulgao, etc...; apoiar e orientar as iniciativassadias dos associados; observar rigorosamente a lei e os princpios

    da moral e compreenso que regem os deveres cvicos; Pleitear juntos autoridades competentes todas as reivindicaes dos associadoscomo os melhoramentos de energia eltrica, gua e limpeza urbana;Providenciar os meios necessrios para alfabetizao dos adultose educao para as crianas; A Associao responsvel pela di-reo e scalizao da energia eltrica, gua e limpeza at que osorgos pblicos assumam esses encargos; Os moradores que goza-rem dos benefcios desses artigos fm obrigados ao pagamento das

    taxas relat ivas as manutenes ou obras de utilidades colet ivas.Av. Beira Mar, 406, sala 1207, Centro, Rio de Janeiro

    (21) [email protected]

    www.global.org.br

    cddH de PetrPoLis

    O Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Petrpolis uma organi-zao no-governamental, fundada em 1979. Sua nalidade realizar,apoiar, assessorar e orientar iniciativas que contribuam para a concre-

    tizao dos Direitos Humanos. Entre os projetos do CDDH est o Centrode Atendimento a Vtimas da Violncia (CEAV), que um programa -nanciado pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidn-cia da Repblica. Atravs de aes politicas e atendimentos a usuarios,

    objetiva o respeito e a promoao dos Direitos Humanos, da cultura de-mocratica e da cidadania. Fornece atendimento e acompanhamentotransdisciplinar em psicologia, assistncia social e assessoria jurdica.

    (24) 2242 - 2462 e 9981-5493c e a v r j @ c d d h . o r g . b r

    institutode defesados direitos Humanos (ddH)

    O Instituto de Defensores dos Direitos Humanos (DDH) tem pormisso institucional o desenvolvimento de programas de pro-

    moo e defesa dos direitos humanos, econmicos, sociais eculturais, sobretudo atravs da assessoria jurdica gratuita emcasos paradigmticos de violao de direitos humanos decor-rentes de violncia institucional, em especial vitimizaes em op-eraes policiais em comunidades da periferia. Ademais, tem comopropsito a realizao de atividades de capacitao de defensoresde direitos humanos atravs de cursos, seminrios e ocinas.

    Av. Presidente Vargas, n 446, sala 1205, Centro - Rio de Janeiro/RJCEP 20071-000

    (21) 2252-6042 (fax) / 2252-6042i d d h @ i d d h . o r g

    www.iddh.org

    25 26

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    AbordAgem PoliciAl

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    INTRODUO

    RIO DE JANEIRO, BOTAFOGO ZONA SUL

    COMUNIDADE DO SANTA MARTA.

    73 ANOS DE RESISTNCIA MEUS PARCEIROS.

    SUBIR, DESDER, DESCER, SUBIR.

    TODOS OS DIAS, PODE ACREDITAR.

    REFRO

    SETE OITO, OITO PRA CHEGAR L NO PICO

    SETE OITO, OITO TEM QUE TER F EM CRISTO

    SETE OITO, OITO, PRA MIM CHEGAR EM CASA,

    SETE OITO, OITO A REAL DO SANTA MARTA

    SETE OITO, OITO PRA CHEGAR L NO PICO

    SETE OITO, OITO TEM QUE TER F EM CRISTO

    SETE OITO, OITO, PRA MIM CHEGAR EM CASA

    SETE OITO, OITO A REAL DO SANTA MARTA

    SETE OITO, OITO

    SETE OITO, OITO

    SETE OITO, OITO

    ZONA SUL BOTAFOGO

    COMUNIDADE CHAPA QUENTE

    O SANTA MARTA MOR MEU MANO

    TEM QUE TER F PARA SUBIR,

    SE ESQUECER QUALQUER CA, VAI FICAR RUIM

    ASSIM TODOS OS DIAS

    VEJO TRISTEZA POREM MUITAS ALEGRIAS

    FAA SOL OU FAA CHUVA

    TEMOS QUE SUBIR O MORRO SEGUI NA LUTA

    S QUEM MORADOR PARA TE FALAR

    73 ANOS DE RESISTNCIA

    HOJE TEM BONDINHO MAIS NO POSSO MIM ILUDIR

    E BAB A P TENHO QUE SUBIR

    REFRO...

    DESCER SUBIR, SUBIR DESCER

    TRANQILO MAN QUAL VAI SER

    VOU FICAR NO CANTO NO HIP-HOP

    DEMOROU DEPOIS VAI TER PAGODE

    DIVERSO COMIGO MEU PARCEIRO

    EU T EM CASA AQUI RIO DE JANEIRO

    QUANDO O MORRO LOMBRA T LIGADO QUE AQUILO

    PRECONCEITO ME CHAMAM DE BANDIDO

    UM SIMPLES CIDADO QUE VOTA TRABALHADOR

    QUE CUIDA DA FAMILIA HONESTO SEM CA

    ME INSPIRO EM CHE GUEVARA ZUMBI DEMOROU

    ANTIGAMENTE QUILOMBO HOJE MORRO

    CE TA LIGADO SOBREVIVE O NOSSO POVO

    NO ENCONTRARAM NADA EU VOU SIBIR O MORRO

    ENTO ISSO MEU PARCEIRO 788 O NUMERO DEDEGRAUS

    AQUI SANTA MARTA RIO DE JANEIRO

    COMUNIDADE CHAPA QUENTE

    COMUNIDADE ONDE AS PESSOAS LUTA PARA SOBREVIVERTA LIGADO

    PRECISA MAIS DE OPORTUNIDADE

    PRECISAMOS MAIS DE INCENTIVO CULTURA EDUCAOE LAZER

    ESSA A PARADA IRMO.

    GruPo tortura nunca mais

    Fundado em 1985 por iniciativa de ex-presos polticos que viveramsituaes de tortura durante o regime militar e por familiares de mor-

    tos e desaparecidos polticos, o grupo trabalha com a memria daditadura e um movimento de luta em defesa dos direitos humanos.

    Rua General Polidoro, 238, sobreloja, Botafogo, Rio de Janeiro(21) [email protected]

    www.torturanuncamais-rj.org.br

    rede contraa VioLncia

    Auxiliam lideranas comunitrias em denncias e encami-nhamentos de violaes e mobilizaes locais. Organiza fa-miliares de atingidos pela violncia policial do Rio de Janeiro.

    Rua Senador Dantas, 20, sala 1407, Centro, Rio de Janeiro

    (21) 2210-2906redecontraviolencia@uol.com.brwww.redecontraviolencia.org

    788.LETRA: FIELL

    GNERO: HIP-HOP.

  • 7/31/2019 Cartilha Santa Marta

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