Cat05

2
Permanecei Comigo Programa de Catequese com Adultos Catecumenato Roteiro para encontros catequéticos Iniciação Cristã de Adultos Iniciação Cristã de Adultos II - A verdade sobre Jesus Cristo 5 O mistério pascal de Cristo CRISTO MORREU PELOS NOSSOS PECADOS: Catequista: A descrição mais conhecida do Mistério pascal é aquela que lemos na primeira Carta aos Coríntios, que remonta a não mais de cinco ou seis anos depois da morte de Cristo, já que São Paulo a “transmite” na forma como ele aprendeu oralmente, pouco depois de sua conversão. Catequizando 1: “Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras; foi sepultado, e ressurgiu ao terceiro dia, segunda as Escrituras”. (1 Cor 15,3-4) Catequizando 2: Neste Credo Pascal de Paulo, se distinguem dois planos: o plano da história: Jesus “morreu e ressuscitou;” o plano da fé: Jesus morreu “pelos nossos pecados”, “pela nossa justificação!” Todos: Cremos neste acontecimento histórico, cremos nesta maravilhosa intervenção de Deus na história. Catequista: São João, ao formular o mistério Pascal, antes de dizer que Jesus morreu “pelos nossos pecados”, diz que Cristo morreu por amor! Catequizando 1: “Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo ao Pai, como amasse os seus que estavam no mundo, até o extremo os amou.” (Jo 13,1) Catequizando 2: A fé pascal dos cristãos exige, pois, que se creia conjuntamente: primeiro, que Jesus realmente morreu e ressuscitou; segundo, que morreu pelos nossos pecados e ressurgiu pela nossa justificação; terceiro que Ele morreu sabendo que morria pelos nossos pecados; que morreu por amor, nem forçado e nem por acaso. ACOLHIDA: O acontecimento pascal por excelência é aquele que São João, no seu Evangelho, define como “a passagem de Jesus deste mundo ao Pai.” Jesus é o coração da Páscoa, o ponto ideal no qual cessa a Páscoa antiga e nasce a Páscoa nova. Tal acontecimento é o que chamamos propriamente “Páscoa de Cristo” indicando a Páscoa vivida historicamente por Jesus mesmo, durante sua existência terrena. Sugestão: Organizar uma mesa pequena com flores, crucifixo e uma vela acesa. Música: CD DIA DO SENHOR - Faixa nº 01 O Senhor ressurgiu, aleluia, aleluia! É o cordeiro pascal, aleluia, aleluia! Imolado por nós, aleluia, aleluia! É o Cristo Senhor, Ele vive e venceu, aleluia! O Cristo Senhor ressuscitou, a nossa esperança realizou: Vencida a morte para sempre, triunfa a vida eternamente! O Cristo remiu os seus irmãos, Ao Pai os conduziu por sua mão; No Espírito Santo unida esteja A família de Deus, que é a Igreja! MEU ALIMENTO É FAZER A VONTADE DO PAI: Catequista: A Paixão de Jesus começa no Jardim das Oliveiras, onde Ele foi rezar com os Apóstolos: Pedro, Tiago e João. Ele rezou sozinho, ao Pai. Esta experiência encontra seu ponto alto e seu desenlace na Palavra de Jesus: Todos: “Pai, tudo te é possível; afasta de mim este cálice! Contudo, não se faça o que eu quero, senão o que tu queres” (Mc 14,36). Catequizando 1: A oração de Jesus no Jardim das Oliveiras termina não na derrota, mas na vitória. E o que Jesus quer de nós, hoje? Todos: Quer que nos unamos a Ele na obediência ao Pai; quer que realizemos na nossa vida a sua obediência, em favor do seu Corpo que é a Igreja. Catequizando 2: Não há momento ou ação na vida de quem crê que não possa ser transformada num ato de amorosa obediência ao Pai. Todos: Basta que nos perguntemos com um pouco de recolhimento: Que quer o Senhor que eu faça neste momento e nesta situação? Pausa para meditação e partilha. Catequista: Sabemos que assim fazia Jesus, tanto que podia dizer: “Aquele que me enviou está comigo; ele não me deixou sozinho, porque faço sempre o que é do seu agrado” (Jo 8,29). “Meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou...” (Jo 4,34).

Transcript of Cat05

Page 1: Cat05

Permanecei ComigoPrograma de Catequese

com Adultos

Catecumenato Roteiro para encontros catequéticos

Iniciação Cristã de AdultosIniciação Cristã de Adultos

II - A verdade sobre Jesus Cristo

5

O mistério pascal de Cristo

CRISTO MORREU PELOS NOSSOS PECADOS:

Catequista: A descrição mais conhecida do Mistério pascal é aquela que lemos na primeira Carta aos Coríntios,que remonta a não mais de cinco ou seis anos depois da morte de Cristo, já que São Paulo a “transmite” naforma como ele aprendeu oralmente, pouco depois de sua conversão.

Catequizando 1: “Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras; foi sepultado, e ressurgiu ao terceirodia, segunda as Escrituras”. (1 Cor 15,3-4)

Catequizando 2: Neste Credo Pascal de Paulo, se distinguem dois planos: o plano da história: Jesus “morreu eressuscitou;” o plano da fé: Jesus morreu “pelos nossos pecados”, “pela nossa justificação!”

Todos: Cremos neste acontecimento histórico, cremos nesta maravilhosa intervenção de Deus nahistória.

Catequista: São João, ao formular o mistério Pascal, antes de dizer que Jesus morreu “pelos nossos pecados”, dizque Cristo morreu por amor!

Catequizando 1: “Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo aoPai, como amasse os seus que estavam no mundo, até o extremo os amou.” (Jo 13,1)

Catequizando 2: A fé pascal dos cristãos exige, pois, que se creia conjuntamente: primeiro, que Jesus realmentemorreu e ressuscitou; segundo, que morreu pelos nossos pecados e ressurgiu pela nossa justificação; terceiroque Ele morreu sabendo que morria pelos nossos pecados; que morreu por amor, nem forçado e nem poracaso.

ACOLHIDA:

O acontecimento pascal porexcelência é aquele que São João,no seu Evangelho, define como “apassagem de Jesus deste mundo aoPai.” Jesus é o coração da Páscoa,o ponto ideal no qual cessa a Páscoaantiga e nasce a Páscoa nova. Talacontecimento é o que chamamospropriamente “Páscoa de Cristo”indicando a Páscoa vividahistoricamente por Jesus mesmo,durante sua existência terrena.

Sugestão:Organizar uma mesa pequena comflores, crucifixo e uma vela acesa.

Música:

CD DIA DO SENHOR - Faixa nº 01

O Senhor ressurgiu, aleluia, aleluia!É o cordeiro pascal, aleluia, aleluia!Imolado por nós, aleluia, aleluia!É o Cristo Senhor, Ele vive e venceu,aleluia!

O Cristo Senhor ressuscitou,a nossa esperança realizou:Vencida a morte para sempre,triunfa a vida eternamente!

O Cristo remiu os seus irmãos,Ao Pai os conduziu por sua mão;No Espírito Santo unida estejaA família de Deus, que é a Igreja!

MEU ALIMENTO É FAZER A VONTADE DO PAI:

Catequista: A Paixão de Jesus começa no Jardim dasOliveiras, onde Ele foi rezar com os Apóstolos:Pedro, Tiago e João. Ele rezou sozinho, ao Pai. Estaexperiência encontra seu ponto alto e seudesenlace na Palavra de Jesus:

Todos: “Pai, tudo te é possível; afasta de mim estecálice! Contudo, não se faça o que eu quero,senão o que tu queres” (Mc 14,36).

Catequizando 1: A oração de Jesus no Jardim dasOliveiras termina não na derrota, mas na vitória. Eo que Jesus quer de nós, hoje?

Todos: Quer que nos unamos a Ele na obediênciaao Pai; quer que realizemos na nossa vida asua obediência, em favor do seu Corpo que éa Igreja.

Catequizando 2: Não há momento ou ação na vidade quem crê que não possa ser transformadanum ato de amorosa obediência ao Pai.

Todos: Basta que nos perguntemos com umpouco de recolhimento: Que quer o Senhorque eu faça neste momento e nestasituação?Pausa para meditação e partilha.

Catequista: Sabemos que assim fazia Jesus, tantoque podia dizer: “Aquele que me enviou estácomigo; ele não me deixou sozinho, porque façosempre o que é do seu agrado” (Jo 8,29). “Meualimento é fazer a vontade daquele que meenviou...” (Jo 4,34).

Page 2: Cat05

O SEPULCRO VAZIO:

Leitor: Mc 16,1-7Catequista: Jesus, na manhã da Páscoa mandou as mulheres levar esta

alegre notícia a Pedro e seus companheiros: “ele ressuscitou, jánão está aqui...” Em seguida será Pedro que há de levar esta notíciaao mundo inteiro, será ele que, dentro de poucos dias, na praçaprincipal de Jerusalém, há de gritar: “Jesus de Nazaré... Deus oressuscitou e nós todos o podemos testemunhar” (At 2,22s).

Catequizando 1: Após a paixão e morte de Jesus, os discípulos ficaramdesanimados e tristes. Eles o reconheceram como enviado de Deus,como alguém que era mais do que todos os profetas. Agora o estadode espírito dos discípulos é apresentado por Lucas no episódio dosdois discípulos de Emaús:

Todos: “Nós esperávamos que fosse ele quem havia de restaurar Israel e agora, além de tudo isto, é hoje oterceiro dia que estas coisas sucederam”. (Lc 24,21)Pausa para meditação e partilha.

Catequizando 2: Alguns anos depois, encontramos um grupo de discípulos, o mesmo que estava ao lado deJesus, repetindo com palavras e escritos que Jesus de Nazaré era o Messias, o Senhor, o Filho de Deus; queEle está vivo e virá para julgar o mundo.

Catequista: Jesus interessa a todos os homens de todos os tempos. “A pedra que foi rejeitada pelos construtores,tornou-se a pedra angular” (1 Pd 2,4), isto é, princípio de uma nova humanidade.

Catequizando 1: De agora em diante não há nenhum outro nome dado aos homens sob o céu, no qual possamser salvos, senão o nome de Jesus de Nazaré (At 4,12).

Catequizando 2: O que determinou tal mudança na vida desses discípulos que antes tinham fugido, e agoradizem em público tais coisas, fundam comunidades em nome de Jesus e deixam com tranqüilidade que osaprisionem, açoitem e matem por Ele?

Todos: Eles mesmos, em coro, nos dão a resposta: “Ele Ressuscitou!”

Música:

CD DIA DO SENHOR - Faixa nº 05

Aleluia, alegria, minha gente,aleluia, aleluia! (bis)

O Senhor ressuscitou, minha gente,Ele está vivo em nosso meio, aleluia!

O sepulcro está vazio, minha gente,O Senhor ressuscitou, aleluia!

O RESSUSCITADO APARECE AOS SEUS DISCÍPULOS:

Catequista: A “presença espiritual” de Cristo nacomunidade, feita visível nas aparições,demonstra que ele ressuscitou.

Leitor: Jo 20,19-23Catequista: Passamos da história para a fé, surge outro

modo de falar da ressurreição. Não é preciso maisprova e confirmação, porque a voz do Espírito Santocria diretamente a convicção do coração. “Dito isto,mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulosalegraram-se ao ver o Senhor.” (Jo 20,20).

Todos: O que a respeito de Cristo é confirmadopela sua ressurreição?

Catequizando 1: Em primeiro lugar a Pessoa e a obraterrena de Jesus: o Cristo histórico. Jesus deNazaré, que passou fazendo o bem e curando atodos, aquele mesmo que os homens matarampregando-o na Cruz, esse é que Deus ressuscitouno terceiro dia.

Catequizando 2: De agora em diante será impossívelver o crucificado a não ser na glória do Pai e éimpossível ver a glória do Pai a não ser no rostodo crucificado. A ressurreição é, pois, como um

ORAÇÃO FINAL:

Senhor Jesus, cremos queressuscitado, viveis e reinaisentre nós. Ensinai-nos avivenciar, em nossa pobreexistência, a experiência doencontro e adesão a vós quemarquem definitivamente anossa vida, para seguir-vose reconhecer em vós, aVerdade que liberta e salva.Amém!

farol que, para além da Páscoa, ilumina a vidaterrena de Jesus de Nazaré.

Catequizando 1: À luz da ressurreição, os discípuloslembraram, compreenderam e fixaram as Palavrase os gestos de Jesus, sobretudo o último, gestomisterioso, quando durante a refeição, Jesus tomouo pão,... partiu-o e deu-lhes dizendo:

Todos: “Tomai, isto é o meu corpo.”Catequizando 2: Em seguida, tomou o cálice, deu graças

e apresentou-lhes, e todos dele beberam. E disse-lhes:

Todos: “Isto é o meu sangue, o sangue da aliançaque é derramado por muitos”.

Catequizando 1: Jesus, durante sua vida, tinhaproclamado: “O Reino de Deus está próximo!” Istofoi o centro do seu anúncio. A Ressurreição atesta-nos que não houve engano. Com Ele, morto eressuscitado chegou o Reino de Deus.

Catequizanfo 2: Pela Paixão o Senhor passou da morteà vida, abrindo-nos a vida, a nós que cremos naRessurreição, para passarmos também nós damorte à vida.

Catequista: Felizes aqueles que podem dizer com SãoPaulo: “Ele apareceu também a mim!” (1Cor 15,8).

Para aprofundamento: PÁSCOA DA LITURGIA E PÁSCOA DA VIDA:

A Páscoa de Cristo prolonga-se e perpetua-se na Igreja de dois modos. O primeiro é oplano litúrgico e comunitário que se realiza principalmente nos Sacramentos. A este planopertencem, além da festa anual da Páscoa, os Sacramentos do Batismo, da Eucaristia eda Penitência. O segundo é o plano pessoal, que podemos definir como plano moral,porque se realiza através do esforço moral do cristão. Há, pois, uma Páscoa a ser celebradana liturgia e uma Páscoa a ser celebrada na vida. Elas são inseparáveis entre si: a Páscoada liturgia deve alimentar a páscoa da vida, e a Páscoa da vida deve tornar autêntica aPáscoa litúrgica. Estas duas Páscoas, que chamamos respectivamente, “Páscoa da Igreja”e “nossa Páscoa”, possuem uma base comum que é a Fé. São Paulo afirma: “Se vocêconfessar com a sua boca o Senhor Jesus e crer de coração que Deus o ressuscitoudentre os mortos, você será salvo” (Rm 10,9). Se você acredita na Páscoa de Cristo,também você terá a sua Páscoa.