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OBSERVAÇÕES IMPORTANTES Este caderno tem um total de 50 (cinquenta) questões, distribuídas da seguinte forma: Questões de 01 a 20: Língua Portuguesa; Questões de 21 a 50: Conhecimentos Específicos. Verifique se este caderno está completo. Para cada questão são apresentadas cinco alternativas de resposta (a, b, c, d, e), sendo que o candidato deverá escolher apenas uma e, utilizando caneta esferográfica azul ou preta, preencher o círculo (bolha) correspondente no cartão-resposta. As respostas das questões deverão, obrigatoriamente, ser transcritas para o cartão- resposta, que será o único documento válido utilizado na correção eletrônica. Verifique se os dados constantes no cartão-resposta estão corretos e, se contiver algum erro, comunique o fato imediatamente ao aplicador/fiscal. O candidato terá o tempo máximo de 04 (quatro) horas para responder a todas as questões deste caderno e preencher o cartão-resposta. NÃO HAVERÁ SUBSTITUIÇÃO, sob qualquer hipótese, deste caderno, nem do cartão- resposta. Não serão dadas explicações durante a aplicação da prova. BOA PROVA! COORDENAÇÃO PERMANENTE DE CONCURSOS PÚBLICOS PROVA ESCRITA DO CONCURSO PÚBLICO PARA O PROVIMENTO DO CARGO DE PROFESSOR EFETIVO DE ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA Edital Nº 334/2013, de 05 de novembro de 2013 C C A A D D E E R R N N O O D D E E Q Q U U E E S S T T Õ Õ E E S S » CÓDIGO 47 « HISTÓRIA

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OBSERVAÇÕES IMPORTANTES

Este caderno tem um total de 50 (cinquenta) questões, distribuídas da seguinte forma:

Questões de 01 a 20: Língua Portuguesa; Questões de 21 a 50: Conhecimentos Específicos.

Verifique se este caderno está completo.

Para cada questão são apresentadas cinco alternativas de resposta (a, b, c, d, e), sendo que o candidato deverá escolher apenas uma e, utilizando caneta esferográfica azul ou preta, preencher o círculo (bolha) correspondente no cartão-resposta.

As respostas das questões deverão, obrigatoriamente, ser transcritas para o cartão-resposta, que será o único documento válido utilizado na correção eletrônica.

Verifique se os dados constantes no cartão-resposta estão corretos e, se contiver algum erro, comunique o fato imediatamente ao aplicador/fiscal.

O candidato terá o tempo máximo de 04 (quatro) horas para responder a todas as questões deste caderno e preencher o cartão-resposta.

NÃO HAVERÁ SUBSTITUIÇÃO, sob qualquer hipótese, deste caderno, nem do cartão-resposta.

Não serão dadas explicações durante a aplicação da prova.

BOA PROVA!

COORDENAÇÃO PERMANENTE DE CONCURSOS PÚBLICOS

PROVA ESCRITA DO CONCURSO PÚBLICO PARA O PROVIMENTO DO CARGO DE PROFESSOR

EFETIVO DE ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA

Edital Nº 334/2013, de 05 de novembro de 2013

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Língua Portuguesa | 1

LÍNGUA PORTUGUESA

Leia o Texto I e responda às questões de 01 a 15.

TEXTO I

Sobre técnicas de torrar café e outras técnicas Ronaldo Correia de Brito

Já não existe a profissão de torradeira de café. Ninguém mais escuta falar nessas mulheres que trabalhavam nas casas de família, em dias agendados com bastante antecedência. As profissionais famosas pela qualidade do serviço nunca tinham hora livre. Cobravam caro e só atendiam freguesas antigas. Não era qualquer uma que sabia dar o ponto certo da torrefação, reconhecer o instante exato em que os grãos precisavam ser retirados do fogo. Um minuto a mais e o café ficava queimado e amargo. Um minuto a menos e ficava cru, com sabor travoso. “Pra tudo na vida existe um ponto certo”, diziam orgulhosas do ofício, mexendo as sementes no caco de barro escuro, a colher de pau dançando na mão bem treinada, o fogo aceso na temperatura exata.

Muitos profissionais se especializavam na ciência de pôr um fim: os que mexiam a cocada no tacho de cobre, os que fabricavam o sabão caseiro de gorduras e vísceras animais, os que escaldavam a coalhada para o queijo prensado, os que assavam as castanhas. Nos terreiros de candomblé, onde se tocam para os orixás e caboclos, os iniciados sentem o instante em que a toada e o batuque alcançam o ponto de atuação, o transe que faz o santo descer e encarnar no seu cavalo.

Nenhum movimento é mais complexo que o de finalizar. Nele, estão contidos o desapego e a separação, o sentimento de perda e morte. Sherazade contou suas histórias durante mil e uma noites, barganhando com o esposo e algoz Sheriar o direito de continuar vivendo e narrando. Mil noites é um número finito. O acréscimo de uma unidade ao numeral “mil” tornou-o infinito. Mil e uma noites se estendem pela eternidade. Sobrepondo narrativas, entremeando-as com novos contos, abrindo veredas de histórias que se bifurcam noutras, mantendo os enredos num contínuo com pausas diurnas, porém sem o ponto final, Sherazade adiou o término e a morte. De maneira análoga, Penélope tecia um manto sem nunca acabá-lo, acrescentando pontos durante o dia e desfazendo-os à noite. Também postergava o momento. [...]

Uma artesã do barro de Juazeiro do Norte chora quando proponho comprar a cerâmica representando uma mulher com muletas, uma criança no peito, o feixe de lenha na cabeça. Conta a história que representou naquela peça simples, sente pena de separar-se de sua criatura. O xilogravador Gilvan Samico me apresenta os mais de cem estudos e as provas de autor até chegar à gravura definitiva. Olha para os lados e me confessa que se pudesse não venderia nenhuma das impressões. Confessa os dias de horror vividos até chegar ao instante em que se decide pela prova definitiva, quando o trabalho é considerado concluído e o criador experimenta a estranheza diante do que não mais lhe pertence.

Que valor possui o esposo de Sherazade, comparado à narrativa que a liberta da morte? Talvez apenas o de ser o pretexto para o mar de histórias que a jovem narra ao longo de mil e uma noites. E o que se segue a esse imaginário fim? O que ocupa a milésima segunda noite, supostamente sem narrativas? Eis a pergunta que todos os criadores se fazem. O que se seguirá ao grande vazio? Deus descansou no sétimo dia após sua criação. O artista descansa, ou apenas se angustia pensando se a criatura que pôs no mundo está verdadeiramente pronta, no ponto exato de um grão de café torrado por uma mestra exímia?

Afirmam que a flecha disparada pelo arqueiro zen busca sozinha o alvo. Num estado de absoluta concentração, arqueiro, arco, flecha e alvo se desprendem da energia do movimento e partem em busca do ponto exato. Anos de exercício levam ao disparo perfeito. O escritor trabalha com personagens que o obsedam, alguns chegando a cavalgá-lo como os santos do candomblé. Sonha os sonhos do outro, numa entrega do próprio inconsciente à criação. Enquanto se afoga em paixões, com a mão direita tenta manter-se na superfície e salvar-se; com a mão esquerda anota frases sobre ruínas. Nunca possui a técnica exata de um arqueiro zen, nem a perícia de uma torradeira de café. Dialoga com a morte como Sherazade, mantém a respiração suspensa, negocia adiamentos e escreve.

Num dia qualquer, sem que nada espere e sem compreender o que acontece à sua volta, um editor arranca papéis inacabados de sua mão.

Disponível em: http://www.opovo.com.br/app/colunas/ronaldocorreiadebrito/2012/03/03/noticiasronaldocorreiadebrito,2794944/sobre-tecnicas-de-torrar-cafe-e-outras-tecnicas.shtml Acesso em 12 jun. 2013. (Texto adaptado).

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2 | Língua Portuguesa

1. No TEXTO I, o autor

a) apresenta a atual situação dos artesãos no Brasil.

b) contesta a desigual valoração para as obras de arte.

c) argumenta em prol da necessidade de se fomentar o fazer artístico.

d) faz analogia entre o trabalho do artesão e o processo criativo do escritor.

e) defende o processo de construção literária como o único capaz de ser concluído.

2. Ao afirmar que “Sobrepondo narrativas, entremeando-as com novos contos, abrindo veredas de histórias que se bifurcam noutras, mantendo os enredos num contínuo com pausas diurnas, porém sem o ponto final, Sherazade adiou o término e a morte.” (parágrafo 3), o autor do texto retrata

a) o poder de sedução dos contos de fada.

b) a capacidade de inventividade narrativa como possibilidade de salvação.

c) a impossibilidade de se concluir uma produção literária em tempos modernos.

d) a indispensável interrelação entre ficção e realidade na concepção da obra literária.

e) a necessidade de se conhecer os clássicos da literatura, a exemplo de Mil e uma noites e a Odisseia.

3. Todas as passagens a seguir se reportam à dificuldade do artista em separar-se de sua obra, EXCETO:

a) “Uma artesã do barro de Juazeiro do Norte chora quando proponho comprar a cerâmica representando uma mulher com muletas, uma criança no peito, o feixe de lenha na cabeça.” (parágrafo 4)

b) “Olha para os lados e me confessa que se pudesse não venderia nenhuma das impressões.” (parágrafo 4)

c) “Confessa os dias de horror vividos até chegar ao instante em que se decide pela prova definitiva, quando o trabalho é considerado concluído e o criador experimenta a estranheza diante do que não mais lhe pertence.” (parágrafo 4)

d) “Conta a história que representou naquela peça simples, sente pena de separar-se de sua criatura." (parágrafo 4)

e) “O escritor trabalha com personagens que o obsedam, alguns chegando a cavalgá-lo como os santos do candomblé.” (parágrafo 6)

4. A referência à técnica desenvolvida pelas torradeiras de café, apresentada no início do texto,

a) denota a predileção do autor por técnicas artesanais, em detrimento das industriais.

b) é uma forma de registrar o reconhecimento, por parte das novas gerações, à cultura popular.

c) surge como uma homenagem do autor aos trabalhadores que conseguiram manter viva uma tradição popular.

d) representa um exemplo da capacidade de certas técnicas rudimentares se perpetuarem ao longo das gerações.

e) constitui-se ponto de partida para a discussão acerca da difícil arte de finalizar uma tarefa, tema retratado no decorrer do texto.

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5. A finalização do processo de produção artística é retratada no texto como algo

a) impessoal, em função das demandas comerciais.

b) definitivo, já que registra o momento tão desejado pelo artista.

c) angustiante e doloroso, por se tratar de uma separação entre criador e criatura.

d) complexo, pelo fato de ser toda obra de arte o resultado de um trabalho coletivo.

e) libertador, pois a conclusão de uma obra de arte instiga o artista a produzir sempre mais.

6. Considerando o texto, aponte, dentre as alternativas a seguir, aquela em que as expressões apresentam relação sinonímica.

a) "fabricavam" – "escaldavam" (parágrafo 2)

b) "adiou" – "postergava" (parágrafo 3)

c) "estendem" – "bifurcam" (parágrafo 3)

d) "impressões" – "estranheza" (parágrafo 4)

e) "descansa" – "angustia" (parágrafo 5)

7. No final do texto, ao comparar o arqueiro zen ao escritor, o autor observa que

a) o arqueiro zen, diferentemente do escritor, dificilmente atinge seu objetivo.

b) o arqueiro zen, diferentemente do escritor, consegue, com exatidão, finalizar seu trabalho.

c) as ações do escritor e do arqueiro zen atingem, simultaneamente, o ponto exato de finalização.

d) o escritor, ao contrário do arqueiro zen, dedica-se com esmero ao processo de produção, antes de finalizar seu trabalho.

e) o escritor e o arqueiro zen não conseguem finalizar seus trabalhos com êxito, por mais que se esforcem.

8. A coesão de um texto se dá através da conexão entre vários enunciados e da relação de sentido existente entre eles. Em relação à coesão presente no texto, o termo destacado encontra-se devidamente justificado em:

a) “Ninguém mais escuta falar nessas mulheres que trabalhavam nas casas de família, *...+” (parágrafo 1). O termo em destaque indica uma referência à expressão “freguesas antigas” (parágrafo 1).

b) “Nele, estão contidos o desapego e a separação *...+” (parágrafo 3). O termo em destaque faz referência a “nenhum movimento” (parágrafo 3).

c) “*...+ quando o trabalho é concluído e o criador experimenta a estranheza diante do que não mais lhe pertence.” (parágrafo 4). O conectivo “e” indica uma progressão semântica que acrescenta um dado novo.

d) “*...+ a jovem narra ao longo de mil e uma noites.” (parágrafo 5). O vocábulo em destaque caracteriza uma referência mais específica em relação ao termo a que se refere: “Sherazade”.

e) “*...+ alguns chegando a cavalgá-lo *...+” (parágrafo 6). O termo destacado substitui a expressão “santos do candomblé”.

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9. Em “Nos terreiros de candomblé, onde se tocam para os orixás e caboclos, os iniciados sentem o instante em que a toada e o batuque alcançam o ponto *...+” (parágrafo 2), as vírgulas utilizadas

a) evidenciam a expressão vocativa.

b) indicam uma oração de valor comparativo.

c) demarcam uma explicação acerca do espaço.

d) determinam a introdução de expressão da fala do autor.

e) marcam a opinião do autor em relação à informação anterior.

10. Analise as proposições a seguir:

I. As palavras “desapego” e “separação” pertencem ao mesmo campo semântico.

II. O prefixo na palavra “infinito” exprime sentido de negação.

III. O termo sublinhado em “O escritor trabalha com personagens que o obsedam” tem como referente a expressão “escritor”.

É CORRETO o que se afirma apenas em

a) I. b) II. c) III. d) I e II. e) I e III.

11. O termo destacado em “Enquanto se afoga em paixões, com a mão direita tenta manter-se na superfície e salvar-se *...+” (parágrafo 6), pode ser substituído, sem alteração de sentido, por:

a) Porque

b) Para que

c) Porquanto

d) Contanto que

e) Ao mesmo tempo que

12. Os conectivos ou partículas linguísticas de ligação, além de exercer funções coesivas, manifestam ainda diferentes relações de sentido entre os enunciados. Aponte, dentre as alternativas a seguir, aquela em que a relação estabelecida pelo conectivo em destaque está CORRETAMENTE indicada entre parênteses.

a) “Uma artesã do barro de Juazeiro do Norte chora quando proponho comprar a cerâmica”. – (Proporção).

b) “Enquanto se afoga em paixões, com a mão direita tenta manter-se na superfície e salvar-se;” – (Consequência).

c) “Dialoga com a morte como Sherazade, [...]” – (Comparação).

d) “Olha para os lados e me confessa que se pudesse não venderia nenhuma das impressões.” – (Finalidade).

e) “Num dia qualquer, sem que nada espere e sem compreender o que acontece à sua volta [...]” – (Adversidade).

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13. Por vezes, a omissão de palavras ou expressões não acarreta alteração no sentido de orações ou

períodos, já que tal omissão pode ser depreendida do contexto. Há, dentre as alternativas a seguir,

uma ocorrência assim caracterizada. Aponte-a.

a) "Mil e uma noites se estendem pela eternidade". (parágrafo 3)

b) "O que se seguirá ao grande vazio?" (parágrafo 5)

c) "Deus descansou no sétimo dia após sua criação". (parágrafo 5)

d) "Nunca possui a técnica exata de um arqueiro zen, *...+” (parágrafo 6)

e) "[...] a flecha disparada pelo arqueiro zen busca sozinha o alvo". (parágrafo 6)

14. Analise as proposições a seguir, acerca da pontuação, e assinale (V), para o que for verdadeiro, e (F),

para o que for falso.

( ) No trecho “De maneira análoga, Penélope tecia um manto *...+", a vírgula é utilizada para

separar uma expressão adverbial disposta no início do período.

( ) Em “Dialoga com a morte como Sherazade, mantém a respiração suspensa, negocia adiamentos

e escreve.”, as vírgulas são utilizadas para separar orações coordenadas.

( ) Em “Enquanto se afoga em paixões, com a mão direita tenta manter-se na superfície e salvar-

se; *...+”, não há razão linguístico-gramatical que justifique a presença da vírgula na sentença.

Assim, seu uso é facultativo.

A sequência que completa CORRETAMENTE os parênteses é

a) V V F

b) V F F

c) F V F

d) V V V

e) F F V

15. A regência verbal em destaque na frase “mulheres que trabalhavam nas casas de família” é a

mesma do verbo destacado em

a) “Anos de exercício levam ao disparo perfeito.”

b) “Deus descansou no sétimo dia após sua criação.”

c) “Muitos profissionais se especializavam na ciência de pôr um fim: *...+”

d) “O xilogravador Gilvan Samico me apresenta os mais de cem estudos: *...+.”

e) “*...+ o criador experimenta a estranheza diante do que não mais lhe pertence.”

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6 | Língua Portuguesa

As questões de 16 a 18 referem-se ao TEXTO II, a seguir:

TEXTO II

Capítulo I

− Muito trabalho, mestre Zé?

− Está vasqueiro. Tenho umas encomendas de Gurinhém . Um tangerino passou por aqui e

me encomendou esta sela e uns arreios. Estou perdendo o gosto pelo ofício. Já se foi o tempo em

que dava gosto trabalhar numa sela. Hoje estão comprando tudo feito. E que porcarias se vendem

por aí! Não é para me gabar. Não troco uma peça minha por muita preciosidade que vejo. Basta

lhe dizer que seu Augusto do Oiteiro adquiriu na cidade uma sela inglesa, coisa cheia de

arrebiques. Pois bem, aqui esteve ela para conserto. Eu fiquei me rindo quando o portador do

Oiteiro me chegou com a sela. E disse, lá isto disse: “por que seu Augusto não manda consertar

esta bicha na cidade?” E deu pela sela um preção. Se eu fosse pedir o que pagam na cidade, me

chamavam de ladrão. É, mestre José Amaro sabe trabalhar, não rouba a ninguém, não faz coisa de

carregação. Eles não querem mais os trabalhos dele. Que se danem. Aqui nesta tenda só faço o

que quero.

REGO, José Lins do. Fogo Morto. Record: Rio de Janeiro, 2003.

16. Pelo disposto acima, é CORRETO afirmar sobre o Mestre José Amaro:

a) Mostra-se insatisfeito com os resultados de seus últimos trabalhos.

b) Prefere trabalhar para clientes de fora, pois estes valorizam seu trabalho.

c) Orgulha-se do esmero com que desenvolve seu trabalho e da qualidade que lhe imprime.

d) Embora se envaideça de seu ofício, preocupa-se com o fato de não poder mais executá-lo da

melhor forma.

e) Questiona a qualidade do trabalho de outros seleiros, mas reconhece o valor dos novos

materiais industrializados.

17. “É, mestre José Amaro sabe trabalhar, não rouba a ninguém, não faz coisa de carregação. Eles não

querem mais os trabalhos dele. Que se danem. Aqui nesta tenda só faço o que quero”. A fala final

de Mestre José Amaro revela

a) certa resignação diante das novas demandas do mercado.

b) revolta por desenvolver seu ofício numa região de parcas condições.

c) a decisão de não mais confeccionar produtos para o senhor Augusto do Oiteiro.

d) a sua disposição em manter-se fiel ao trabalho de qualidade que sempre desenvolveu.

e) a determinação por continuar tentando convencer os vaqueiros da qualidade de suas selas.

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18. Atente para a seguinte passagem: “Eles não querem mais os trabalhos dele.”

Agora, considere as seguintes afirmações acerca da expressão em destaque:

I. Retoma um termo expresso anteriormente.

II. Refere-se diretamente aos moradores e comerciantes da cidade.

III. Embora não se refira a nenhum elemento textual anterior, o contexto possibilita a recuperação do termo referente.

Está(ão) CORRETA(S):

a) III apenas

b) I e II apenas.

c) I e III apenas.

d) II e III apenas.

e) I, II e III.

19. Leia a seguir:

I. “Declaração fundamentada em ponto de vista a respeito de um fato ou negócio.”

II. “É o instrumento pelo qual Ministros ou outras autoridades expedem instruções sobre a organização e funcionamento de serviço e praticam outros atos de sua competência.”

III. “Modalidade de comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou em níveis diferentes. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação eminentemente interna.”

As descrições dizem respeito, respectivamente, a

a) Parecer – Portaria – Memorando .

b) Ofício – Relatório – Parecer.

c) Parecer – Ofício – Portaria.

d) Memorando – Ofício – Declaração.

e) Portaria – Requerimento – Relatório.

20. Pela própria natureza, a redação oficial deve apresentar uma linguagem que obedeça a critérios específicos. Todas as características a seguir devem compor a redação oficial, EXCETO:

a) Impessoalidade e clareza.

b) Uso da linguagem padrão.

c) Tratamento linguístico formal.

d) Concisão e transparência de sentido.

e) Presença de conotação e da criatividade do emissor.

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8 | Código 47 « História « Conhecimentos Específicos

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS » HISTÓRIA | CÓDIGO 47 «

21. Nos anos 1990, no quadro da reconfiguração do Estado brasileiro, foram criados os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), com o propósito principal de construir um referencial curricular nacional. Em 2000, o Ministério da Educação (MEC) criou os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCNEM), inserindo o ensino de História na área das “Ciências Humanas e suas Tecnologias”. A esse respeito, é CORRETO afirmar:

a) Com a inserção de História, Geografia, Filosofia e Sociologia como conhecimentos integrantes das “Ciências Humanas e suas Tecnologias”, os PCN excluem dessa área do saber outros conhecimentos como Direito, Economia e Antropologia.

b) O ensino de História é inserido na área das “Ciências Humanas e suas Tecnologias”, com o propósito de reafirmar o modelo das humanidades do século XIX.

c) A inserção do ensino de História na área das “Ciências Humanas e suas Tecnologias”, de acordo os PCN, tem por objetivo prioritário a preparação dos estudantes para o mercado de trabalho.

d) Os PCN procuraram aproximar a educação brasileira e o ensino de História dos princípios propostos pela Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

e) Os PCN sugerem que o ensino de História se faça na perspectiva da formação para a cidadania, mas não propõem habilidades e competências, por entender que essa é atribuição da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN).

22. O ensino de História tem passado por importantes mudanças diretamente relacionadas às transformações políticas e culturais das últimas décadas e ao movimento de renovação no campo historiográfico. A proposta de se trabalhar o ensino de História a partir de eixos temáticos tem fortes aproximações com as referidas mudanças e, ao mesmo tempo, tem assumido relevância nas propostas curriculares nacionais. Sobre o ensino de História a partir de eixos temáticos, especialmente na proposta das Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN+), é CORRETO afirmar:

a) A História ensinada a partir de eixos temáticos reforça a noção de tempo teleológico próprio do

movimento dos Annales.

b) A proposta temática dos PCN+ se aproxima do conceito de Dialética da Duração desenvolvido por Karl Marx e Friedrich Engels.

c) Os quatro eixos temáticos propostos pelos PCN+ tratam das questões culturais, especialmente do multiculturalismo, negligenciando temas relacionados ao trabalho e à cidadania.

d) Nos PCN+, os temas propostos não rompem com a noção de tempo linear e progressivo próprio do modelo positivista.

e) Os PCN+ sugerem o eixo temático “Transporte e comunicação no caminho da globalização” como forma de articular questões do presente com o passado.

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Conhecimentos Específicos » História » Código 47 | 9

23. É possível perceber, nas últimas décadas, os reflexos da introdução de novas concepções de História na organização dos currículos e na atuação dos professores, promovendo inovações teórico-metodológicas que modificam o ensino de História nas escolas da educação básica. Sobre o ensino de História na atualidade, identifique a alternativa CORRETA:

a) Os lugares de memória podem ser documentos de grande potencial pedagógico, pois são

realizadores, entre os alunos, de sentimentos de identificação e de pertencimento quanto ao passado.

b) Museus, arquivos e centros de documentação são repositórios de verdades históricas e podem ser tratados pelo professor como espaços de atividades pedagógicas.

c) A educação patrimonial na escola faz parte do currículo apenas como tema transversal e se integra ao conteúdo de História, devido à necessidade de preservação dos monumentos históricos.

d) Documentos escritos vêm perdendo importância no processo educativo à medida que cresce a necessidade dos professores de lidar com as novas tecnologias e com as linguagens rápidas e imagéticas da televisão e da internet.

e) Na educação básica, a pesquisa deve ser vista como recurso pedagógico que possibilita o contato dos educandos com conteúdos históricos escolares.

24. Em importante estudo sobre a escola dos Annales, o historiador Peter Burke a define como a “Revolução Francesa da historiografia”, pois, em seu entendimento,

“O grupo ampliou o território da história, abrangendo áreas inesperadas do comportamento humano e a grupos sociais negligenciados pelos historiadores tradicionais. Essas extensões do território histórico estão vinculadas à descoberta de novas fontes e ao desenvolvimento de novos métodos para explorá-las”.

(BURKE, Peter. A Escola dos Annales (1929-1989): a Revolução Francesa da historiografia. São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1997, p.126).

Além das mudanças apontadas no trecho acima, a escola dos Annales também contribuiu para a: a) Valorização da história-problema, com a consequente rejeição do método regressivo.

b) Aproximação da História com a Geografia, especialmente com o pensamento de Ratzel.

c) Articulação entre a História e a Psicologia, como é possível perceber no estudo das ilusões coletivas, presente em “Os reis taumaturgos” de Marc Bloch.

d) Rejeição da sociologia durkheimiana, especialmente do conceito de representações coletivas.

e) Afirmação da História do Tempo Presente, como se verifica na obra de Lucien Febvre, durante a 1ª geração dos annales.

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25. Observe a imagem abaixo com casarões situados na Rua João Suassuna, no centro histórico de João Pessoa, apresentando riscos de desmoronamento.

(Disponível em: http://g1.globo.com/pb/paraiba/festa-das-

neves/2013/noticia/2013/07/casaroes-historicos-ameacam-desabar-em-joao-pessoa.html. Acesso em: 14 nov. 2013).

Segundo informações do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), divulgadas no portal G1, em matéria de 26 de julho de 2013, foram identificados, na cidade de João Pessoa, 87 imóveis em precárias condições de preservação. Com base na imagem acima e no atual quadro de preservação do patrimônio histórico e artístico na Paraíba, assinale a alternativa CORRETA:

a) A conservação de imóveis particulares é de responsabilidade exclusiva de seus proprietários,

dificultando a preservação do patrimônio histórico.

b) A destruição desses casarões significaria o desaparecimento de parte do padrão arquitetônico do passado colonial paraibano.

c) O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (IPHAEP) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) nada têm feito pela preservação do patrimônio histórico paraibano.

d) Esses casarões apresentam um padrão arquitetônico do final do século XIX e início do século XX.

e) A imagem revela o desaparecimento da memória histórica como consequência inevitável da ação do tempo.

26. A África e os africanos estão ligados à História do Brasil desde os primeiros episódios da expansão ultramarina lusitana pelo Atlântico Sul, e os estudos na área vêm sendo crescentemente valorizados na última década. Sobre a história da diáspora africana e da escravidão no Brasil, é INCORRETO afirmar que:

a) O sociólogo Gilberto Freyre, com sua ideia de democracia racial brasileira, foi pioneiro nos estudos sobre a experiência africana no Brasil.

b) A diversidade étnico-cultural africana é constantemente relegada a segundo plano em estudos de História do Brasil nas escolas, fortalecendo uma visão generalista sobre o continente africano e seus povos.

c) A hegemonia das concepções freyreanas passou a ser questionada durante as décadas de 1950 e 1960, a partir dos trabalhos de cunho marxista produzidos por Florestan Fernandes, Octavio Ianni, FHC, entre outros.

d) A identificação das rotas atlânticas e terrestres do tráfico negreiro, das origens e destinos de escravos e seus diferentes grupos étnicos, ajudam-nos a entender melhor a experiência africana no Brasil e a própria História da África.

e) Estudos recentes sobre a diáspora africana têm se preocupado em expor a diversidade das experiências históricas da população escravizada.

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27. O texto abaixo traz um fragmento do hino de exaltação a Aton, considerado Deus único na cultura religiosa do Egito Antigo.

Hino a Aton

Amanhecestes formoso no horizonte celeste, Tu, vivente Aton, princípio da vida!

Quando surgiste no horizonte do oriente Inundaste toda a terra com tua beleza.

És belo, grande, resplandecente e sublime sobre toda a terra; Teus raios invadem as terras até o limite de tudo o que fizeste:

Sendo Ré, alcanças o fim delas, Subjuga-as para teu filho predileto.

(Texto extraído de PINSKY, Jaime. 100 textos de história antiga. São Paulo: Contexto, 1988, p.56).

Com base no texto acima, assinale a alternativa CORRETA sobre a experiência monoteísta no Egito Antigo: a) Insere-se nos quadros da reforma religiosa implantada por Amenófis IV, que teve por propósito

fortalecer a autoridade dos sacerdotes.

b) Baseou-se no culto a Aton, simbolizado pelo disco solar.

c) Apesar do apoio dos sacerdotes, declinou após a morte de Akenaton.

d) Permaneceu junto com a adoração ao faraó Amenófis IV (convertido em Akenaton), mesmo após sua morte.

e) Fez desaparecer a crença na imortalidade da alma, pois apenas Akenaton teria vida eterna.

28. Tradicionalmente, a civilização egípcia foi situada por pesquisadores e historiadores no chamado Oriente Próximo, em um esforço para identificá-la mais com povos levantinos e mesopotâmicos do que com povos do continente africano. Com relação a tais povos da Antiguidade, assinale (V) para Verdadeiro ou (F) para Falso:

( ) O Egito mantinha relações com povos da região da Núbia que viviam ao sul da primeira catarata

do Nilo, região que era conhecida como “o país do ouro”.

( ) O reino de Kush reforçou sua autonomia política frente ao Egito faraônico devido à invasão dos hicsos, durante o final do Antigo Império.

( ) Os assírios invadiram o Egito durante o período de declínio do Novo Império, mas sua suserania foi eliminada pelos próprios egípcios, que os venceram posteriormente.

( ) O reino de Kush enfraqueceu-se bastante por volta do século III, tornando-se alvo da conquista de povos vizinhos.

A sequência CORRETA é: a) V F V F

b) F F V V

c) V V F F

d) F V F V

e) V F V V

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12 | Código 47 « História « Conhecimentos Específicos

29. As instituições políticas gregas não nasceram repentinamente, ao contrário, constituíram-se

como resultado de um longo e conflituoso processo histórico. Na história política de Atenas, as

lutas sociais e as mudanças institucionais contribuíram para a construção da democracia.

Assinale a afirmativa que caracteriza CORRETAMENTE o processo de construção da democracia

ateniense.

a) Os contatos dos atenienses com o mediterrâneo fortaleceram os aristocratas e retardaram a

chegada da democracia.

b) As reformas de Sólon ampliaram a participação política dos cidadãos, pois vincularam os

direitos políticos às riquezas, e não mais ao nascimento.

c) A criação do ostracismo procurou perseguir e exilar os reformadores, dificultando o êxito da

democracia.

d) As reformas de Clístenes criaram a primeira experiência de direito universal que se tem

registro na história.

e) A vitória de Atenas na Guerra do Peloponeso consolidou internamente a democracia

ateniense e a expandiu pelo mundo grego.

30. Uma parte importante do legado cultural clássico da Antiguidade são as ideias decorrentes das

experiências políticas na Grécia e em Roma. Sobre tal legado e sobre as transformações

políticas que o originaram, assinale a alternativa INCORRETA:

a) O exercício da cidadania espartana consistia nos direitos e nos deveres de uma classe

fechada de soldados sustentados pelo trabalho forçado dos hilotas.

b) A cidadania ateniense, associada à participação política direta, ao estimulo à produção

cultural clássica e a conflitos armados, chegou a sua forma plena durante o século V a.C.

c) A política aristocrática espartana sofreu um duro golpe devido à perda da hegemonia

espartana sobre a Messénia, após a derrota em Leuctra contra os tebanos em 371 a.C.

d) A transição do período monárquico ao período republicano na Roma Antiga foi muito

influenciada pelo contato com os gregos e suas instituições políticas, especialmente as de

cunho democrático propostas por Clístenes.

e) O legado cultural Greco-romano influencia profundamente as instituições políticas e a

cultura ocidental, apesar de o escravismo ter marcado as sociedades clássicas e suas

instituições.

31. A prática da escravidão entre seres humanos é quase tão antiga quanto nossa vida em

sociedade, existindo há milhares de anos e se expressando de variadas formas em diferentes

sociedades, como podemos observar nas palavras do filósofo Aristóteles e do jurisconsulto

Gaio:

“[...] aquele que por natureza não pertence a si mesmo, senão a outro, sendo homem, esse é

naturalmente escravo.” (ARISTÓTELES).

“Os escravos devem estar submetidos ao poder de seus amos .” (GAIO).

(Textos extraídos de PINSKY, Jaime. 100 textos de história antiga. São Paulo: Contexto, 1988, p. 12)

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Os discursos de Aristóteles e de Gaio procuram legitimar a escravidão em diferentes sociedades.

A respeito da escravidão na antiguidade clássica (Grécia e Roma), é CORRETO afirmar:

a) Na Grécia e em Roma, o escravo era parte integrante da terra, estando preso a ela e não ao

proprietário.

b) Em Atenas, os escravos eram, em sua maioria, prisioneiros de guerra e seus descendentes

eram considerados “instrumentos vivos”.

c) Em Esparta, a ausência de guerras e a fragilidade do comércio fizeram predominar a

escravidão por dívida.

d) Em Roma, o escravismo cresceu em função das conquistas do Estado e, assim, os escravos

raramente eram propriedades de particulares.

e) Na República romana, a Lei Agrária proposta por Tibério Graco pôs fim ao latifúndio e à

escravidão.

32. As proposições abaixo versam sobre o processo de feudalização e sobre as características da sociedade feudal:

I. A escravidão, que constituía a base da produção agrícola no Império Romano, cessou de existir, de modo que, entre o fim da Antiguidade e o fim da Alta Idade Média, ocorre o fim da escravidão como base produtiva na Europa.

II. As corveias, trabalho devido e exercido nas terras do senhor e, por vezes, também atividade doméstica no castelo e nas áreas de criação de animais, constituem elemento fundamental do dominium feudal.

III. Uma vez que a vassalidade concerne apenas a uma ínfima proporção dos homens medievais, ela não poderia constituir a principal relação social no seio do sistema feudal.

Está CORRETO o que se afirma em a) I apenas.

b) I e II apenas.

c) II apenas.

d) II e III apenas.

e) I, II e III.

33. Ao se estudar o feudalismo, é imprescindível a compreensão do papel primordial da Igreja Católica na realidade medieval, devido ao fato de a instituição eclesial ter buscado a unidade cultural na sociedade feudal. Assinale a alternativa que apresenta, CORRETAMENTE, elementos essenciais do poder eclesial durante a Idade Média: a) Normatização do comportamento e despojamento material.

b) Querela das Investiduras e padroado.

c) Poder espiritual e monopólio da palavra escrita.

d) Acumulação de bens e emprego da usura.

e) Unidade da instituição eclesial e criação do Sacro Império.

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34. Observe a imagem abaixo:

(Jost Amman, ilustrações xilográficas para Ständenbuch. In: MEGGS, Phillip. História do Design Gráfico.

São Paulo: Cosacnaify, 2009. p. 98).

As referidas ilustrações foram retiradas de um Livro de Ofícios publicado em 1568, que

apresenta mais de cem ocupações da época. Sobre a crise do feudalismo e sobre a transição da

Idade Média à Modernidade, assinale a alternativa CORRETA:

a) Mesmo publicadas em 1568, as imagens acima são representativas do trabalho dos artífices

em suas oficinas medievais, associado ao trabalho de jornaleiros e aprendizes.

b) Produzidas em uma época em que a imprensa já havia se difundido pela Europa, as imagens

representam trabalhos de feições modernas, típicos do modo de produção capitalista em

sua fase mercantil.

c) O desenvolvimento do trabalho artesanal na Baixa Idade Média está associado ao

surgimento de uma economia urbana que sofreu forte impacto negativo com as Cruzadas.

d) O renascimento comercial e as corporações de ofício estão associados à reafirmação do

fenômeno urbano medieval, de maneira que é possível desconsiderar os aspectos de ordem

militar no chamado renascimento urbano.

e) As imagens representam etapas de produção de cadeiras, mostrando a realização, em

oficinas, de diversos ofícios projetuais e práticos envolvendo carpintaria, serralharia,

produção de estofados etc.

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35. Nicolau Maquiavel, teórico italiano do contexto renascentista, propôs a superação do ciclo de estabilidade e caos por meio da política, isto é, concebeu o estabelecimento da ordem como resultado da política, nunca como a materialização da vontade extraterrena. Preocupado com o exercício de governo e com a estabilidade política, o pensador florentino fez a seguinte afirmação:

“O Príncipe que tiver mais temor de seu povo do que dos estrangeiros, deve construir as fortalezas [...]. Por isso, a melhor fortaleza que pode existir é não ser odiado pelo povo”.

(MAQUIAVEL. O príncipe. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br Acesso em: 21 nov. 2013).

O trecho acima traduz uma marcante preocupação da obra de Maquiavel, mais bem sintetizada nas seguintes expressões: a) Guerra e paz.

b) Bondade e maldade.

c) Virtude e vício.

d) Consentimento e coerção.

e) Fortuna e virtú.

36. Na mesma década em que Maquiavel escreveu O Príncipe (1513), Martinho Lutero divulgou as 95 teses (1517), documento responsável por uma série de questionamentos à Igreja Católica. No contexto da Reforma Protestante na Alemanha, as afirmações “só a fé salva” e “cada príncipe, uma religião” expressam elementos constitutivos da crítica de Lutero ao catolicismo. Assinale a alternativa que melhor representa o teor da crítica presente nas expressões em negrito, respectivamente:

a) Combate à teoria da predestinação e ao celibato obrigatório.

b) Oposição à teologia agostiniana e ao internacionalismo do poder católico.

c) Crítica à simonia e ao nacionalismo católico.

d) Rejeição ao culto à Virgem Maria e ao poder temporal da Igreja.

e) Condenação da venda de indulgências e do abuso do poder papal.

37. A história e a cultura dos povos indígenas passam a ser conteúdo obrigatório no ensino básico de História a partir da Lei nº 11.645/2008. Sobre a história cultural dos povos indígenas, assinale a alternativa INCORRETA:

a) A ocupação do litoral por povos tupi-guarani teria ocorrido a partir de ondas migratórias oriundas da Amazônia, o que explicaria a proximidade linguística entre povos de diferentes regiões litorâneas brasileiras.

b) A origem amazônica dos atuais povos de fala tupi-guarani é corroborada por aspectos de sua cultura material, como a agricultura de coivara e a cerâmica policrômica.

c) O processo migratório que levou à ocupação indígena do litoral brasileiro pode ser justificado pelo profetismo tupi-guarani e pela crença em uma Terra sem Mal.

d) O profetismo tupi-guarani e a crença em uma Terra sem Mal são expressões culturais do misticismo e da religiosidade autóctones, que desaparecem durante o período da conquista pelos europeus.

e) A crença em uma Terra sem Mal, o complexo da guerra e a prática da antropofagia ritual são características documentadas de povos tupi-guarani em fontes históricas do século XVI.

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38. Observe a imagem abaixo:

(Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Paul_Delaroche. Acesso

em: 03 dez 2013).

A pintura, de autoria de Paul Delaroche, do século XVII, retrata a figura de Oliver Cromwell diante do esquife do Rei Carlos I. A imagem nos remete à Inglaterra do século XVII, especialmente à proclamação da República Puritana, em 1648. Sobre essa experiência republicana na Inglaterra, é CORRETO afirmar: a) A proclamação da República Puritana foi resultado do conflito entre os Cabeças Redondas

(opositores do rei) e o Exército de Novo Tipo (defensor do rei).

b) A execução do Rei Carlos I marca o início da República Puritana, caracterizada pelo governo democrático de Oliver Cromwell.

c) Oliver Cromwell governou a República Puritana em permanente harmonia com o parlamento, base de sustentação de seu governo.

d) A República Puritana, através dos Atos de Navegação, favoreceu amplamente os setores mercantis e a construção naval na Inglaterra.

e) A queda da República Puritana (1658) provocou a imediata instauração da monarquia parlamentar inglesa, com base na “Declaração de Direitos”.

39. Diversos historiadores buscaram compreender a dinâmica colonial a partir da realidade agroexportadora do Brasil Colônia e suas relações sociais de produção e de consumo. Sobre a economia brasileira no Período Colonial, é CORRETO afirmar:

a) A escravidão indígena foi hegemônica no Brasil colonial até meados do século XVI, quando foi proibida pelo Regimento de Tomé de Sousa.

b) A política de monopólio de terras nos domínios portugueses, na América, criou as bases da estrutura de poder colonial.

c) A grande exploração monocultora e escravista açucareira impediu o desenvolvimento de uma camada de pequenos proprietários e de um mercado interno à colônia.

d) A descoberta do ouro no Sudeste brasileiro liquidou a economia açucareira do Nordeste, levando o ouro a se tornar o principal produto de exportação colonial.

e) A herança colonial brasileira, fundada na grande propriedade monocultora e no trabalho escravo, foi superada a partir do surto de industrialização brasileira no século XX.

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Conhecimentos Específicos » História » Código 47 | 17

40. Observe os textos a seguir:

TEXTO I

“A civilização do açúcar no Nordeste criou nesta região brasileira juntamente com o tipo de casa nobre, característica dos engenhos, o seu tipo de aristocrata, o seu tipo de escravo, o seu sistema regional de relações entre senhores e escravos. Estas tudo indica que foram mais doces nos engenhos – sobretudo nos grandes, onde os escravos eram numerosos e passavam de pai a filhos – do que nas Minas, do que no Pará, do que entre paulistas.”

(FREYRE, Gilberto. Nordeste. São Paulo: Global, 2004. p. 130-131).

TEXTO II

Coube à burguesia acabar com as monarquias por direito divino e selar de certa forma, e de vez, o fim da antiguidade medieval. A classe média europeia é uma larga maioria que incorporou e alargou os horizontes burgueses, em termos de cultura no sentido mais amplo. Nada disso se aplica ao Brasil, onde a casa-grande e a senzala, ou se quiserem, os sobrados e os mocambos, continuam de pé, ao sabor de uma aparente contemporaneidade que não lhes abranda os efeitos.

(CARTA, Mino. A herança da casa-grande. Disponível em: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/a-heranca-da-casa-grande. Acesso em: 13 dez. 2013).

A partir da leitura dos textos acima, é CORRETO afirmar que: a) Ambos tratam das desigualdades sociais que marcam o povo brasileiro e reconhecem a candura

das relações entre as elites e o povo.

b) Ambos apontam razões históricas, no passado colonial e nas relações escravocratas, das desigualdades sociais brasileiras contemporâneas de cada autor.

c) O primeiro texto reflete os ideais racistas de seu autor, expressos em obras como Nordeste e Casa-Grande e Senzala, na medida em que escamoteia as violências sofridas por negras e negros na sociedade açucareira.

d) O segundo texto é elitista, uma vez que exalta o papel da burguesia no alargamento dos horizontes culturais europeus a partir do Iluminismo e das revoluções burguesas.

e) O segundo texto comete anacronismo ao relacionar a realidade da casa-grande e da senzala coloniais às desigualdades sociais contemporâneas, fruto das políticas neoliberais.

41. As Revoluções Inglesas do século XVII foram fonte de inspiração para o movimento iluminista do século XVIII. No texto abaixo, Montesquieu, importante representante do iluminismo, fala sobre a liberdade:

“É bem verdade que nas democracias o povo parece fazer o que quer; mas a liberdade política não consiste em fazer o que se quer. Num Estado, isto é, numa sociedade em que existem leis a liberdade só pode consistir em poder fazer o que se deve querer e a não ser coagido a fazer o que não se deve querer”.

(MONTESQUIEU. O espírito das leis. In: Os clássicos da política. Vol. 1. São Paulo: Ática, 1989.).

Com base nas palavras de Montesquieu, é CORRETO afirmar que se trata de uma característica predominante em sua obra e no movimento iluminista a defesa do(a): a) Supressão da liberdade individual em nome do bem comum.

b) Direito de cada indivíduo viver de acordo com a sua própria lei.

c) Fim de toda e qualquer forma de coerção como garantia da plena liberdade.

d) Direito individual como garantia da liberdade em oposição ao direito natural e ao direito universal.

e) Garantia da liberdade com respeito às leis proclamadas pelo estado.

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42. Leia atentamente a citação abaixo:

“Em 1808, de um dia para o outro, o Rio de Janeiro transformou-se na capital portuguesa. Na

cabeça do Império. [...] Transplantou-se para o Brasil o Antigo Regime, no qual só aos poucos foi

abrindo brechas o pensamento antiaristocrático e liberal.” (SILVA, Alberto da Costa e. História do Brasil Nação 1808-2010. Vol. 1. Rio de Janeiro: Objetiva, 2011. pp. 25-26).

Os fatos que se sucederam ao acontecimento narrado acima marcaram profundamente a sociedade

brasileira e a formação do Estado nacional. Com base nisso, assinale a alternativa que apresenta,

CORRETAMENTE, um desses fatos.

a) O surgimento de uma imprensa nacional, associado à criação das primeiras instituições de

ensino superior brasileiras.

b) O fim do exclusivo colonial aplicado ao tráfico de escravos com a África.

c) A derrota de Napoleão Bonaparte e o consequente retorno de D. João VI a Portugal.

d) O auge da produção aurífera no Sudeste e no Centro-Oeste, com sua vertiginosa queda até o

final da primeira década do século XIX.

e) A vitória do partido português e de seu projeto político conservador, com a ascensão de D.

Pedro I ao trono do Império.

43. Até a Lei __________, de 28 de setembro de 1871, não havia qualquer alternativa legal para que os

escravos conseguissem sua liberdade, contornando a determinação senhorial. Sua assinatura aliviou

pressões externas e internas pelo fim da escravidão, que foi abolida nas províncias __________, em

1884, antes da assinatura das leis __________ e Áurea.

A sequência de palavras que completa CORRETAMENTE as lacunas acima, respectivamente, é:

a) Rio Branco – do Ceará e do Amazonas – Saraiva-Cotegipe.

b) Dos Sexagenários – do Maranhão e do Amazonas – Saraiva.

c) Do Ventre Livre – do Ceará e do Maranhão – dos Sexagenários.

d) Eusébio de Queiroz – do Maranhão e do Piauí – Rio Branco.

e) Do Ventre Livre – do Piauí e do Amazonas – dos Sexagenários.

44. Em relevante estudo sobre a questão racial no Brasil, Lilia Moritz Schwarcz faz a seguinte afirmação

sobre a eugenia:

“Esse saber sobre as raças implicou, por sua vez, um ‘ideal político’, um diagnóstico sobre a

submissão ou mesmo sobre a possível eliminação das raças inferiores, que se converteu em uma

espécie de prática avançada do darwinismo social – a eugenia –, cuja meta era intervir na

reprodução das populações. O termo ‘eugenia’ – eu: boa; genus: geração – foi criada em 1883 pelo

cientista britânico Francis Galton”. (SCHWARCZ. O espetáculo das raças: cientistas, instituições e questão racial no

Brasil – 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras, 1993, p.60)

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Conhecimentos Específicos » História » Código 47 | 19

Sobre o movimento de eugenia e sobre as articulações entre as teorias deterministas e o imperialismo europeu do final do século XIX e início do século XX, é CORRETO afirmar: a) O Darwinismo Social, a Antropologia e a Etnografia do século XIX ajudaram a construir a ideia da

missão civilizatória dos países dominantes europeus.

b) Em função da necessidade de utilização da força de trabalho dos negros, a eugenia não foi praticada na África.

c) O conde de Gobineau, autor da obra Ensaio sobre a desigualdade das raças humanas (1854), defendeu a miscigenação como caminho para o progresso das nações pobres.

d) A ciência eugênica, apesar de grande expansão no final do século XIX, ficou restrita às regiões colonizadas por Inglaterra e Alemanha.

e) No Brasil, a política imperialista e as teorias raciológicas foram condenadas por intelectuais como Manoel Bonfim e Sílvio Romero.

45. A chamada República Velha (1889 - 1930) foi um período de predomínio das oligarquias na política brasileira e paraibana. Com base nisso, analise as seguintes proposições: I. A condução do sistema oligárquico se dava a partir da ação dos governos estaduais, que

garantiam o poder dos coronéis sobre seus dependentes e rivais, através de indicações para cargos públicos, enquanto recebiam, em troca, apoio político na forma de votos.

II. O presidente da República recebia apoio dos governadores estaduais em troca do reconhecimento de seu domínio sobre seu respectivo estado: era a chamada política dos governadores, iniciada na presidência de Campos Sales.

III. A oligarquia epitacista na Paraíba, cujos principais expoentes foram os governadores Álvaro Machado, João Pessoa e o próprio Epitácio Pessoa, governou a Paraíba por vinte anos, até 1930.

Está CORRETO o que se afirma em

a) I apenas. b) II apenas. c) I e II apenas. d) II e III apenas. e) I, II e III.

46. A Revolução Bolchevique de 1917 foi favorecida pelo crescente desgaste do regime czarista. Nesse processo, os acontecimentos de 1905 e a participação da Rússia na Primeira Guerra Mundial (1914-1918) foram minando o regime autocrático russo e criando condições favoráveis para a revolução socialista de 1917. Assinale a alternativa que apresenta um acontecimento CORRETAMENTE associado ao referido processo:

a) A reação internacional diante da vitória da Rússia na Guerra Russo-Japonesa.

b) O Domingo Sangrento provocado pela ação autoritária do governo de Alexander Kerensky.

c) A proposta feita por Lênin, no Manifesto de Outubro, de assegurar “todo poder aos Sovietes”.

d) A saída da Rússia da Primeira Guerra Mundial durante o governo menchevique.

e) As Teses de Abril e sua proposta de retirar a Rússia da Primeira Guerra Mundial.

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20 | Código 47 « História « Conhecimentos Específicos

47. Subindo ao poder em outubro de 1930, Getúlio Vargas permaneceu na presidência, durante quinze

ininterruptos anos, como chefe de um governo provisório, como governante eleito de forma

indireta e como ditador. Esse período em que permaneceu na presidência do país, conhecido como

Era Vargas, constitui um momento divisor de águas na sociedade brasileira. Com base nisso, analise

as seguintes proposições:

I. Ao passo que o Estado Novo estipulava a fixação do salário mínimo e outros benefícios

trabalhistas, o Ministério do Trabalho criava um aparelho sindical passível de controle pelo

próprio governo.

II. A ausência de legislação específica voltada para o trabalhador do campo é explicada através da

lógica de desenvolvimento nacional vigente durante a Era Vargas, que buscava estimular a

modernização industrial em detrimento do antigo modelo agroexportador.

III. O crescimento da responsabilidade estatal na economia endossado por Vargas foi resultado de

uma política econômica imposta do alto, tendo, pois, afinidades com as doutrinas

corporativistas fascistas da Europa e com o modelo econômico burocrático da URSS.

Está CORRETO o que se afirma em

a) I apenas.

b) I e II apenas.

c) I e III apenas.

d) II e III apenas.

e) I, II e III.

48. A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) foi resultado, em grande sentido, das tensões que

envolveram as grandes potências desde o final da Primeira Grande Guerra. O mundo, sacudido por

desejos revanchistas, interesses expansionistas estratégicos e resistências nacionalistas radicais,

caminhou de forma acelerada ao encontro de um novo conflito bélico de proporções globais. Nesse

sentido, assinale a alternativa que apresenta, CORRETAMENTE, acontecimentos que antecederam a

Segunda Guerra Mundial:

a) A invasão da Etiópia pela Alemanha, em 1935, e, no mesmo ano, a ocupação da Renânia pela

Itália.

b) O apoio de Hitler e Stalin ao general golpista Francisco Franco, na Guerra Civil Espanhola (1936-

1939).

c) A assinatura do Pacto Germano-Soviético (1939), favorecendo a invasão da Polônia pelas tropas

nazistas.

d) A realização da Conferência de Munique (1938), provocando a imediata reação militar de

Inglaterra e França diante da presença alemã na Tchecoslováquia.

e) A assinatura do Pacto Anti-Komintern (1936), sob a liderança dos Estados Unidos, para conter a

expansão socialista no leste europeu.

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Conhecimentos Específicos » História » Código 47 | 21

49. A imagem abaixo ilustra fatos importantes ocorridos no mês de abril de 1984, em pleno auge da

Campanha pelas Diretas Já:

(Jornal do Brasil. Rio de Janeiro, 17 abr. 1984.

Disponível em: http://www.jblog.com.br/hojenahistoria.php?

itemid=20637. Acesso em: 18 dez 2013).

Sobre as Diretas Já e sobre o período de abertura política no Brasil, é CORRETO afirmar: a) A Campanha pelas Diretas Já, assim como as mobilizações pela anistia, foi uma bandeira de luta

importante da oposição ao Regime Militar, que acabou esvaziada pela publicação, pelo governo, do chamado “Pacote de Abril”.

b) As Diretas Já se originaram no seio dos movimentos sociais, entre setores ligados ao novo sindicalismo e às pastorais católicas, sendo posteriormente abraçadas por partidos como o PMDB, PCB, PDT e PT.

c) A cobertura jornalística de grandes veículos de comunicação, como a Folha de São Paulo, o Jornal do Brasil, a Rede Globo e a Rede Manchete, foi essencial para a massificação dos comícios da referida campanha.

d) Lideranças do novo sindicalismo emergente durante o Governo Geisel e organizações da sociedade civil, como a CNBB, a OAB e a UNE, participaram ativamente de comícios pelas Diretas Já, a exemplo do realizado no Anhangabaú em 1984.

e) A manobra do presidente Figueiredo, apontando eleições diretas para presidente só em 1988, impediu a votação da emenda Dante de Oliveira e frustrou a opinião pública.

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50. A Revolução Cubana de 1959 despertou a utopia de libertação da América Latina e, sob essa

inspiração, embalou multidões de seguidores dos jovens revolucionários cubanos. Por outro

lado, os ventos que sopraram de Havana provocaram reações dos Estados Unidos da

América. Com o propósito de conter o avanço da influência socialista, o governo dos Estados

Unidos da América coordenou uma série de ações voltadas para a América Latina. Nessa

perspectiva, em 1961, foi realizada a Conferência Econômica e Social de Punta Del Leste, com a

intenção de fazer investimentos em países da referida região. A principal política resultante da

Conferência de Punta Del Leste foi:

a) O Tratado Inter-Americano de Assistência Recíproca (TIAR).

b) A Aliança para o Progresso.

c) A Coexistência Pacífica.

d) O Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP).

e) A criação da Organização dos Estados Americanos (OEA).