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Curso de Treinadores Futebol 2º Nível Ciências do Comportamento Associação de Futebol de Santarém 2008 Luís Filipe Santana Júlio Licenciado em Psicologia Clínica Cognitiva-Comportamental Mestre em Psicologia do Desporto

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  • Curso de Treinadores Futebol 2 Nvel

    Cincias do Comportamento

    Associao de Futebol de Santarm 2008

    Lus Filipe Santana Jlio

    Licenciado em Psicologia Clnica Cognitiva-Comportamental Mestre em Psicologia do Desporto

  • Psicologia do Desporto

    Factores psicolgicos que esto associados, influenciam e so influenciados pela participao e pelo rendimento no

    desporto

    Prtica DesportivaFactores Psicolgicos

    A Prtica tem Consequncias nos Factores Psicolgicos

    Os Factores Psicolgicos tm Consequncias na Prtica

    A Importncia dos Factores Psicolgicos no Rendimento Desportivo

    Apesar dos programas de treino se basearem em 90% de desenvolvimento fsico, tctico e tcnico e apenas 10% em preparao mental e emocional, a minha experincia no

    futebol tem-me mostrado que os tais 90% so quase sempre controlados para o melhor e para o pior, pelos outros 10%.

    Bil Beswick (Psicologo Manchester United)

    Factores Psicolgicos Associados a Altos Rendimentos

    . Elevados nveis de Motivao

    . Forte Auto-estima, (identidade e imagem pessoal)

    . Grande Auto-confiana e Optimismo em todas as situaes

    . Capacidade de transformar Pensamentos Negativos em Positivos

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  • Capacidade de Gerir e Controlar situaes de Stress e Ansiedade

    Gesto dos nveis ptimos de Activao

    Elevados nveis de Ateno e Concentrao

    Persistncia e Capacidade de Sofrimento

    Capacidade de Auto-controlo em relao s exigncias da competio

    Claros Objectivos Pessoais de prestao e rendimento

    Capacidade de Adaptao e de Aprendizagem

    Controlo emocional no sucesso e insucesso e perante as criticas justas e injustas

    Estilo de vida cuidado ajustado s exigncias do desporto

    Plena Integrao no Grupo assente nos processos de Comunicao, Relao com o Treinador e participao e contributo para a Coeso da Equipa.

    A Psicologia do Desporto e os factores psicolgicos tm a ver com:

    - Pensamentos (dimenso cognitiva)

    - Sentimentos (dimenso emocional)

    - Comportamentos (as aces)

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  • Processos de Comunicao e Liderana

    Treinar , na sua essncia, um processo de comunicao

    O treinador um Lder um indivduo que dispe de poder e influncia sobre as pessoas e tem como funo coordenar ou dirigir o grupo na persecuo dos seus objectivos.

    Liderana nos Grupos/Equipas Futebol

    - Capacidade intrnseca de algum ser capaz de influenciar, quer voluntria quer involuntariamente, quer directa, quer directamente, a vida de terceiros

    - Lideres so todos aqueles que influenciam significantemente os pensamentos,

    comportamentos e sentimentos dos outros - Processo comportamental visando influenciar os indivduos e grupos a fim de que

    atinjam objectivos determinados

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  • A Comunicao tem trs dimenses:

    1- Comunicar

    No s o envio de mensagens - informao

    Mas tambm a sua recepo (audio)

    O que releva a importncia de saber ouvir como aspecto to importante quanto a transmisso de informao.

    2- Comunicar consiste na troca de

    Mensagens Verbais e Mensagens No Verbais

    Incluindo-se nestas ultimas,

    O aspecto fsico A postura

    O contacto corporal

    Os gestos

    As expresses faciais

    O que significa que muitas vezes transmitida informao com significado sem se proferir qualquer palavra

    IMPOSSIVEL No Comunicar !

    3- Comunicar contm duas partes:

    O Contedo

    A Emoo Associada

    O Contedo considerado como a mensagem em si mesma (o que se quer transmitir) e a Emoo como, a forma como a informao transmitida)

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  • O TREINADOR deve ter presente que:

    O Estilo de Comunicao que utiliza pode ter consequncias negativas nalguns factores psicolgicos associados ao rendimento dos jogadores:

    Contribuir para a desconcentrao dos jogadores em momentos importantes da competio

    Aumentar a ansiedade dos jogadores e dificultar o seu controlo emocional

    Reduzir a motivao para o treino e competio

    Criar problemas relacionais dentro do grupo (coeso)

    Prejudicar ou destruir completamente a Autoconfiana dos Jogadores

    Problemas do Treinador nas intervenes durante a competio

    Fala Muito, mas diz pouco que seja objectivo

    Insiste repetidamente na interveno sobre o mesmo jogador

    Altera as decises ou inconstante no que pede aos jogadores

    Tem o hbito de exigir que o jogador lhe d ateno quando d indicaes para o campo.

    Por outro lado, a qualidade e eficcia da Comunicao por

    parte do Treinador depende muito da forma como ele aceite

    por parte dos jogadores, do crdito que lhe dado, o que

    significa que existem factores que aumentam o respeito, a

    admirao e a confiana dos jogadores em relao aos seu

    Treinador

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  • As influncias negativas de factores que levam a perdas As influncias negativas de factores que levam a perdas e erros no processo de preparae erros no processo de preparao e prestao e presta

    Factores centrados no Treinador

    - As Formas de Comunicao- Os Tipos de Liderana- Os Comportamentos - A Expresso de sentimentos

    Podem contribuir para aumentar a influncia negativa dos factorescentrados nos jogadores,

    sobretudo antes e durante os jogos

    o desportivao desportiva

    Factores centrados no(s) Jogador(es)

    - Problemas de Motivao (desmotivao)- Desadequada Auto-Confiana ( sub-confianae sobre-confiana)- Dificuldade em gerir emoes e a Ansiedade- Deficiente Auto-Controlo- Problemas relacionais na equipa- Baixa Coeso de Equipa- Erros de Ateno e Concentrao- Influncia do Factor Casa- Falta de definio de objectivos- Erros de Atribuio causal- Consequncias psicolgicas das Leses

    A AUTOCONFIANA E A ANSIEDADE NO FUTEBOL

    O que o Treinador de Futebol deve Saber !

    AUTOCONFIANA

    a Crena de que se consegue realizar com sucesso um comportamento desejado.

    Caracteriza-se por uma elevada expectativa de sucesso.

    a ausncia de duvidas sobre as prprias qualidades ou capacidades. Quando duas equipas so igualmente fortes aos nveis tcnico, fsico e tctico, aquela que tiver os jogadores mais autoconfiantes ser a vencedora.

    o mais importante factor psicolgico do rendimento. (S.G.Ericksson, 2001)

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  • O NIVEL PTIMO de CONFIANA aquele em que cada jogador est totalmente convencido de que consegue alcanar os objectivo, de que far tudo para os

    atingir, tudo isto baseado na percepo correcta da sua capacidade face dificuldade com

    que se vai confrontar

    A Autoconfiana depende de muitos factores: Mudana de Perda de Leses Posio Forma Problemas Mudana de Pessoais Tctica

    Mudana de Problemas Treinador de Comunicao do Treinador

    CONFIANA

    No Convocado Equipa em Ateno dos Crise Outros etc...........

    Sub-Confiana e Sobre-Confiana Os desvios nos Nveis ptimos de Confiana

    Tem sobretudo a ver com a ATITUDE dos JOGADORES em Relao COMPETIO e

    Equipa-Jogadores ADVERSRIOS.

    um processo crtico no futebol e habitualmente referido pelos treinadores como um dos aspectos mais difceis de alterar na sua interveno. to importante que explica muitas vezes a diferena entre a Vitria e a Derrota.

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  • SUB-CONFIANA ( Falta de Confiana)

    Ocorre quando os Jogadores Valorizam Demasiado o Adversrio, o que os faz perder Confiana na sua prpria fora competitiva.

    Surgem duvidas sobre si prprio e/ou sobre a sua equipa , o que cria ansiedade e prejudica a concentrao.

    preocupante, e atinge a situao extrema quando o jogador se desvaloriza a si e/ou sua equipa de tal forma que acaba por convencer-se de que qualquer que seja o

    esforo que manifeste obter sempre resultados desastrosos

    ( No Desporto Juvenil leva ao abandono do praticante)

    A Falta de Confiana origina quase sempre:

    Uma entrada em campo j numa situao de meio derrotado.

    Os jogadores ficam menos predispostos para procurar vencer.

    Fazem um uso insuficiente dos seus recursos tcnico e tcticos.

    Tornam-se passivos, reduzem o seu jogo ofensivo e deixam o adversrio adoptar tcticas dominantes

    SOBRE-CONFIANA ( Excesso de Confiana)

    Ocorre quando os Jogadores Desvalorizam Demasiado o Adversrio o que os coloca numa situao de falsa confiana. Tem uma perspectiva individual (pessoal) e

    colectiva (equipa)

    Jogam com baixos nveis de concentrao por porque acreditam que iro vencer sem se esforar muito

    Os jogadores esto falsamente confiantes, porque a sua confiana superior s suas capacidades

    O seu desempenho ser pior porque acreditam que no precisam de se preparar bem ou empenhar ao mximo para realizar as tarefas.

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  • No colocam em prtica todo o seu potencial ( ao nvel da habilidade e do esforo). A Relao dos Nveis de Autoconfiana com a Percepo de Dificuldade da Competio

    A Relao dos Nveis de Autoconfiana com a Percepo de Dificuldade da Competio

    PERCEPO

    de

    DIFICULDADE

    (Exigncia do

    Jogo)

    Percepo das Prprias Capacidades

    BAIXA ELEVADA

    ELEVADA

    BAIXA

    .

    Sub - Confiana( Ansiedade )

    Sobre - Confiana(Desinteresse)

    A Influncia do Treinador nos Nveis de Autoconfiana dos Jogadores:

    O Treinador pode contribuir para BAIXAR ou mesmo DESTRUIR os Nveis ptimos de

    Autoconfiana dos seus jogadores , sobretudo em momentos de adversidade:

    Quando gasta muito tempo e energia na identificao e correco de erros e no nos aspectos positivos da prestao.

    Quando em momentos de fracasso actua exclusivamente com constantes criticas negativas

    Quando mostra Duvidas sobre a capacidade e qualidade de um jogador e/ou da

    equipa

    Quando Goza ou Humilha, especialmente em publico (na presena de todos) Isso inibe o natural desejo do jogador em correr riscos, numa futura competio, necessrios

    sua evoluo

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  • Quando atribuiu culpas de forma pessoal ou direccionada, no assumindo tambm as suas responsabilidades

    Quando critica mais a pessoa em si, do que a sua prestao enquanto jogador

    - Com isso no est a possibilitar a resposta do jogador e o seu empenhamento

    futuro na resoluo / melhoria do problema

    - Essa atitude no mantm a dignidade do jogador nem lhe d a oportunidade

    de pensar sobre o comportamento em questo e as opes de futuro

    O contributo, da parte do Treinador, para o estabelecimento

    dos nveis ptimos de Auto-Confiana dos seus jogadores, o

    maior desafio e dificuldade que se lhe coloca, sobretudo em

    relao aos estados de Falta ou Excesso de Confiana.

    A Interveno do Treinador face a Situaes de Sub e Sobreconfiana do

    Jogador (es) ou Equipa: LINHAS ORIENTADORAS

    Nas situaes de Estados de EXCESSO de CONFIANA

    Deve fazer-se a abordagem do adversrio IDENTIFICANDO e REALANDO os seus PONTOS FORTES.

    No basear a anlise do adversrio apenas de acordo com a sua classificao actual Relembrar situaes anteriores de fracasso da equipa em situaes de excesso de

    confiana

    Relembrar exemplos de insucessos de outras equipas face s mesmas atitudes.

    Nas situaes de Estados de FALTA de CONFIANA

    Deve fazer-se a abordagem do adversrio IDENTIFICANDO e REALANDO os seus PONTOS FRACOS

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  • De forma geral deve-se fazer a abordagem do adversrio com base em diferentes critrios associados s suas potencialidades e NO com BASE na TABELA

    CLASSIFICATIVA

    Relembrar situaes anteriores de fracasso da equipa em situaes de falta de confiana

    Relembrar exemplos de insucessos de outras equipas face s mesmas atitudes

    ACTIVAO E ANSIEDADE

    Ansiedade: um estado emocional, habitualmente negativo, que associa sentimentos de nervosismo, preocupao e apreenso, associados ao

    aumento da activao do organismo

    No Futebol , a elevao dos nveis de intensidade das dimenses da Ansiedade est directamente relacionado com a presso competitiva inerente pratica desportiva organizada e incerteza que caracteriza cada jogo

    Porque que o Rendimento por vezes afectado devido a elevados nveis de Ansiedade ?

    Porque origina frequentemente:

    Aumento da Tenso Muscular Dificuldades de Coordenao Sensao de Fadiga Ateno Restringida Perturbao da Concentrao

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  • A Ansiedade um conceito que integra pelo menos duas dimenses:

    A Componente Mental (Cognitiva)

    Normalmente designada por Ansiedade Cognitiva associada a pensamentos e expectativas negativas e a preocupaes acerca de si mesmo em relao a

    determinadas situaes e a potenciais consequncias

    A Componente Fisiolgica (Emocional)

    Habitualmente referida como Ansiedade Somtica que tem a ver com a percepo individual de aspectos fisiolgicos-afectivos traduzidos em desagradveis sentimentos

    de nervosismo e tenso.

    Indicadores de Activao ( Ansiedade Somtica) Sensao de aperto no estmago Incremento da Tenso muscular, respirao, transpirao, batimento cardaco,

    frequncia da urina.

    Alteraes nos padres de sono Mo suadas ou frias Movimentos repetidos de mos e ps Excessiva contraco muscular

    Indicadores de Ansiedade Cognitiva Reduo da Auto-Confiana Decrscimo na sensao de controlo Dificuldade na Concentrao e ateno Sentimentos de insegurana, medo, duvidam, indeciso, apreenso Expectativas de falhas e erros Perspectiva negativa sobre a competio Diminuio geral da sensao de bem-estar

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  • A Ansiedade Cognitiva por estar ligada avaliao e expectativas sociais que feita ao resultado desportivo, so mais criticas, enquanto que a dimenso Somtica parece desaparecer com o inicio da competio ( curiosamente este facto habitualmente referido por muitos jogadores).

    As Atitudes do Treinador como Fonte de Ansiedade

    O Treinador contribui para a Ansiedade dos seus jogadores: Quando define objectivos irrealistas ou expectativas muito elevadas Quando ensina ou modifica tcticas complexas antes de importantes competies Quando utiliza o sarcasmo e a critica injustamente ou em momentos no adequados. Quando aumenta o estado de incerteza de todos os aspectos que envolvem a

    competio ( quem joga, a tctica etc)

    Preleces com elevada carga emocional muito prximas do jogo Criticas publicas em momentos de dificuldade para o jogador Intervenes durante o jogo que transmitem demasiada carga ou descontrolo

    emocional.

    A dimenso somtica da ansiedade habitualmente associada no conceito de Activao que tem tambm a ver com as transformaes fisiolgicas que se processam no organismo.

    A questo que se coloca sempre a procura da obteno do Estado ptimo de Activao

    que aquele que corresponde ao estado de activao que, em cada caso concreto, melhor

    favorece o funcionamento do jogador para render no mximo das suas possibilidades.

    Abaixo ou acima , o rendimento prejudicado.

    A Questo central de hoje: As emoes em geral e a ansiedade em particular de igual forma

    distintos jogadores ?

    Podemos concluir da existncias de reaces semelhantes perante as mesmas situaes

    em jogadores diferentes ?

    E o mesmo jogador ser que reage sempre da mesma forma na mesma situao mas em

    momentos de tempo diferentes ?

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  • A sensao de elevada activao do organismo, muito frequente sobretudo no momento pr-competitivo, no necessariamente um factor desagradvel e prejudicial ao rendimento de determinado jogador. Depende da forma como ela sentida-percepcionada

    Para uns jogadores isso pode resultar em ansiedade, para outros apenas um

    sentimento de excitao.

    A ateno particular por parte do treinador interpretao da activao de cada

    jogador um processo central para melhor rentabilizar as capacidades dos jogadores.

    Importncia e Consequncias da Atribuio Causal

    AcontecimentoCausas

    Equipa Ganhou Equipa jogou bem

    Equipa subiu diviso

    Equipa perdeu Equipa jogou mal

    Equipa desceu de diviso

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  • ATRIBUIO CAUSAL

    Estabilidade Instvel Estvel

    Esforo Caractersticas dos dos JogadoresInterna Capacidade

    Tipo de causalidade

    Externa Azar Valor dos Advers. Sorte

    ATRIBUIO CAUSAL

    No desporto existe uma tendncia dominante, mas errada de atribuio causal:

    S (BONS RESULTADOS) UCESSOS DEVEM-SE A CAUSAS:

    - INTERNAS - ESTVEIS - CONTROLVEIS

    FRACASSOS SO JUSTIFICADOS (MAUS RESULTADOS) ATRAVS DE CAUSAS: - EXTERNAS - ESTVEIS/INSTVEIS - INCONTROLVEIS

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  • Egosmo atribuicional tendncia para a responsabilizao apenas pelos bons resultados obtidos, dissociando-se, assim, dos maus resultados.

    Em situaes onde o jogador acredita que o seu fracasso foi devido a factores externos (por exemplo, o trabalho do rbitro), o treinador deve ter uma perspectiva diferente atribuindo o fracasso tambm a aspectos negativos e intrnsecos prpria equipa.

    AS ATRIBUIES CAUSAIS CONDICIONAM A ESTRUTURAO DE

    EXPECTATIVAS, E CONSEQUENTEMENTE O ESFORO DISPENDIDO PELOS JOGADORES, EM RELAO A FUTUROS COMPROMISSOS

    Aspectos Relevantes

    S a atribuio a causas Internas e Controlveis permite a melhoria de capacidades (porque temos controlo sobre elas e podemos modific-las)

    A atribuio a causas externas (o campo, o rbitro, o azar etc) pode justificar-se em dois momentos:

    - Para manter a auto-estima e auto-confiana dos jogadores-equipa Porque a atribuio de insucessos a factores externos desresponsabiliza os jogadores e

    atenua os efeitos nefastos do fracasso no sentimento de competncia prpria, permitindo

    assim a proteco da auto-estima.

    - Estratgicamente associada a um discurso externo diferente do discurso

    interno

    S que isto no dura sempre. Tem limites

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  • O FACTOR CASA uma vantagem cognitiva ?

    FACTORES QUE PODEM EXPLICAR O EFEITO DO FACTOR CASA

    1- A Percepo de Territorialidade

    Representa a percepo de direitos de propriedade sobre um determinado espao. No

    futebol representa o campo ou o estdio que contribui para a Moral do Grupo (equipa) e para

    a Satisfao Individual dos seus membros (jogadores). O pensamento:Aqui mandamos

    ns

    2- A Assistncia -Espectadores

    2.1- Nmero, Localizao e Densidade dos Espectadores apoiantes da equipa da casa ( a ltima a mais importante)

    2.2-Atitudes dos Espectadores da Equipa da Casa que exercem uma influncia positiva, por diferentes razes, algumas delas contrrias:

    - Atravs do seu silncio ou atravs do barulho.

    - Porque incentivam ou porque criticam os jogadores.

    - Pela presso sobre o rbitro ou pela cordialidade para com ele.

    - Pela presso e intimidao sobre os adversrios.

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  • 3- Aspectos de Aprendizagem - Conhecimento 1- Aspectos ESTVEIS

    Todos os elementos fsicos presentes no espao de jogo e envolvente, conhecidos pelos

    jogadores e que lhes d uma sentimento de confiana e constituem referncias durante o

    jogo.

    2- Aspectos INSTVEIS

    Todos os elementos que podem ser manipulados estratgicamente para permitir uma

    vantagem cognitiva.

    ( Colocao do banco de suplentes; Condies de balnerio; Condies do campo etc )

    4- Deslocaes

    Fadiga, alteraes nos hbitos alimentares, sono etc, associados s viagens para os

    campos dos adversrios

    5 - Estados Comportamentais Crticos

    O Factor Casa influencia os Comportamentos dos Jogadores, Treinadores e rbitros

    5.1- rbitros

    As Decises Subjectivas ( sobre situaes de jogo que criam duvidas a quem assiste):

    - So Tendencialmente e Maioritriamente julgadas a favor da Equipa da Casa

    - Os Erros sobre Decises Objectivas acontecem Maioritriamente contra a equipa visitante

    Existem rbitros que, perante problemas criados por jogadores e espectadores da equipa

    da casa, intensificam os aspectos referidos anteriormente ou pelo contrrio mudam de

    atitudes (perante a ameaa com que so confrontados)

    Importante conhecer as caractersticas habituais de cada rbitro

    5.2-Jogadores

    Sobre o Rendimento / Prestao

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  • A Equipa da casa:

    - Recebe maior apoio e suporte por parte da assistncia assim como reforos positivos por

    todos os comportamentos positivos e sucessos parciais e no final do jogo.

    A Equipa visitante:

    - recebida" habitualmente pela assistncia da casa com um enorme silncio sempre que

    produz algo de positivo ou mesmo ao realizar um feito extraordinrio

    Sobre a Agressividade, Persistncia e Esforo

    -A Equipa da Casa tem tendncia para uma maior agressividade no sentido da disputa da

    bola e procura da baliza (vontade de vencer), que muitas vezes persistente (ataque

    continuo) e assenta num esforo atacante muito maior, contrariamente equipa adversria.

    A equipa da casa sente-se como que obrigada a ter a iniciativa e uma atitude mais

    ofensiva quando joga perante o seu pblico ( o que este espera da equipa)

    5.3- Treinadores

    A influncia do Factor Casa verifica-se nas Opes Tcticas e Estratgicas

    com a utilizao dominante de Sistemas de Jogo Defensivos por parte da

    Equipa Visitante.

    - um aspecto da mxima importncia e da responsabilidade do treinador

    porque uma das causas para que o rendimento fora de casa no seja o

    mesmo no seu prprio campo

    - Do ponto de vista objectivo (capacidade tcnica-tctica e fsica) no h razo

    para a alterao dos Sistemas que do resultado nos jogos em casa.

    puramente uma questo de mbito psicolgico que mostra:

    - Demasiado receio e incerteza em relao ao adversrio

    - Pouca confiana no valor absoluto da sua equipa

    - A influncia da tradio.

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  • Estados Psicolgicos Crticos

    Alguns dos factores anteriores, e outros, provocam:

    - Nos Jogadores da Equipa da Casa: Aumento da Confiana, Orgulho, Satisfao, Bem

    Estar

    - Nos Jogadores da Equipa Adversria: Incerteza, Ansiedade

    - Nos rbitros: Intimidao

    Pode o Factor Casa ser uma DESVANTAGEM COGNlTIVA ? SIM, Quando:

    - As caractersticas das atitudes dos espectadores da casa no coincidem com as

    preferncias dos jogadores da sua equipa ( medo de jogar em casa devido excessiva

    presso e exigncia dos adeptos)

    - A equipa da casa tem um Mtodo de Jogo baseado e especializado no Contra-Ataque, que

    no pode ser aplicado quando joga no seu campo perante adversrios em sistemas muitos

    defensivos.

    - Quando a equipa Adversria Joga em Contra-Ataque ( o que dominante) e aproveita um

    desequilibro da Equipa da Casa que apesar de muito pressionar no consegue finalizar

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  • Perspectiva Psicolgica das Leses no Futebol O que o treinador necessita de saber

    1- Aspectos Gerais

    1- O desporto um campo de actividade muito especfico e com caractersticas muito prprias.

    2- As Leses tm consequncias para o jogador mas tambm para o rendimento da equipa e/ou clube.

    Se noutras actividades, o trabalhador doente ou lesionado entra de baixa e substitudo por

    outro, podendo no ser prejudicial o tempo em que est inactivo ou no ser urgente a

    recuperao, no desporto no assim porque a equipa/clube pode necessitar desse jogador

    para o seu bom rendimento.

    Assim, no desporto, a Leso um acontecimento importante porque existe a necessidade

    de uma recuperao rpida o que nem sempre possvel.

    Leso

    necessrio para a recuperao

    Tem consequncias

    Nvel Psicolgico

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  • 3- A Leso no s um acontecimento: tambm um processo

    4- A Leso no s um problema fsico mas tambm um problema psicolgico, ao nvel emocional, que pode acabar com a carreira de um jogador

    Uma leso pode constituir muitas vezes um acontecimento traumtico da vida com

    consequncias imprevisveis.

    5- O receio de no poder competir essencialmente por causas das leses um dos maiores Medos de qualquer jogador.

    7- Existem jogadores que terminam a sua carreira por causa de uma leso, mas nem sempre isso significa que no recuperaram dessa leso.

    Pelo contrrio, a recuperao do corpo foi perfeita mas quando voltam competio no

    conseguem atingir os nveis de rendimento que tinham antes da leso o que significa que

    esta muito mais do que um problema fsico.

    8- Existem Jogadores:

    - Que tm frequentemente mais leses que os restantes. Raramente o jogador mais

    agressivo e primeira vista no h razes para que se lesione to frequentemente. Por

    vezes isso explica-se com a falta de sorte, azar ou superstio, mas na verdade as causa

    so tambm de mbito psicolgico.

    - Que embora sofram uma leso semelhante a um outro colega ( o que do ponto de vista

    fsico demora o mesmo tempo a recuperar), levam muito mais tempo no processo de

    reabilitao ( os factores psicolgicos so determinantes)

    Outros Aspectos:

    - Jogador frustrado ou descontrolado emocionalmente ( consigo, com o treinador ou com um

    adversrio) entra na disputa da bola com o seu corpo mas tambm com a sua raiva.

    - Jogador que procura uma oportunidade na equipa, torna-se agressivo na disputa da bola (

    mais agressividade)

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  • - A capacidade de resistir s leses e de recuperar rapidamente um factor importante e

    decisivo na longevidade e no sucesso desportivo dos jogadores.

    A ocorrncia da Leso no , muitas vezes, um acidente ou obra do acaso, mas sim o acumular de um conjunto de factores, entre

    eles

    - A Fadiga acumulada

    - A Perda de concentrao

    - A Presso excessiva para correr riscos

    Para alm de factores climticos, condies do espao de competio, nvel de preparao,

    atitude dos adversrios etc.

    As diferenas individuais so evidentes quando assistimos a duas atitudes completamente diferentes, de distintos jogadores :

    - Uns insistem em jogar mesmo no estando em condies

    - Outros aproveitam tudo para no treinar

    Por isso fala-se das diferenas de personalidade, considerando-se dois Tipos maioritrios:

    Dois tipos de Personalidade relacionado com as Leses:

    Tipo I - Optimista

    - Extrovertido

    - Mais insensvel dor

    - No aceita o tratamento de rotina

    - Salta de mdico para mdico para encontrar uma cura rpida

    o que questiona: Quando que vou jogar novamente ?

    Tipo II - Pessimista

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  • - Introvertido

    - Mais sensvel dor.

    - Necessita de apoio mdico constante

    o que questiona: Ser que poderei continuar a jogar ?

    O momento e a fase imediatamente aps a LESO

    Variveis pessoais que podem interferir na qualidade e na natureza positiva ou

    negativa das reaces emocionais e psicolgicas aps a leso

    Reabilitao bem sucedida de leses anteriores

    Maior ou menor importncia da prtica para o jogador (amadores / profissionais)

    Idade dos jogadores ( mais novos, mais problemtico)

    Experincia dos jogadores ( menos experientes mais problemtico)

    Padres de pensamento dos jogadores ( positivos ou negativos)

    Resistncia mental e capacidade de sacrifcio e sofrimento

    Existem habitualmente duas atitudes perante a ocorrncia de uma leso, que tem depois consequncias no processo de reabilitao:

    - O jogador pensa negativamente: isto terrvel, estou desgraado

    - O jogador pensa positivamente: infelizmente aconteceu mas brevemente vou regressar,

    voltar a jogar e por isso agora importante o que vou fazer

    Quando a Leso ocorre importante na avaliao imediata, verificar: A Gravidade da leso

    O ajustamento psicolgico do jogador ( quem ele e como reage)

    Categorias das leses

    Pequena requer tratamento sem interrupo do treino Moderada - limita a participao no treino e competio Maior - paragem da prtica e/ou hospital

    25

  • Incapacitante para o desporto decrscimo na capacidade futura do jogador Catstrofe: permanente incapacidade e/ou abandono da prtica

    Reaces dos jogadores s leses

    Fase reactiva Caracterizada por emoes negativas em que existe a negao, a raiva, a irritao, choque

    ou desespero

    Fase adaptativa Caracterizado por emoes mais positivas como a aceitao, esperana, alguma auto-

    confiana. As reaces negativas interferem com o bem-estar psicolgico dos jogadores

    mas tambm com a reabilitao.

    Quando a Leso d jeito........ ou os Ganhos Secundrios da Leso

    Perdas por Leso podem originar Ganhos secundrios - Se o jogador prev que vai surgir uma derrota ou pelo menos um mau rendimento, poder

    justificar o seu falhano pelo aparecimento de uma leso.

    - Se o jogador prefere no participar na competio porque deseja realizar outra actividade

    qualquer,......uma pequena leso pode dar jeito

    - Se o treinador tem muitas dvidas entre dois jogadores, se um se lesionar as suas opes

    so mais fceis (fica com menos um problema)

    - Se o treinador confrontado com uma forte competio entre dois jogadores, a leso num

    deles resolve o problema....................por uns tempos

    26

  • O Processo de Reabilitao da Leso

    No contribui para a recuperao:

    - A sensao permanente de perda

    - A percepo de culpa

    - Uma m auto-imagem

    - As exigncias da competio

    - As elevadas expectativa de rpida recuperao

    - Complicaes no tratamento

    - A averso do jogador a medicamentos

    - Conflitos com outros

    - Perda de confiana

    - Medo e ansiedade

    - Separao e solido

    Contribui para a recuperao - Uma forte Motivao e Equilbrio emocional

    - Uma elevada Tolerncia dor

    - Ter objectivos especficos

    - Ter hbitos de treino e estilo de vida adequado

    - Utilizar a Visualizao e a Imaginao

    - Adeso ao tratamento

    - Percepo de recuperao a efectivar-se

    - Suporte Social

    27

  • O papel a desempenhar pelo Treinador

    - Levar o jogador a aceitar responsabilidades na sua recuperao (tratamento)

    - Sensibilizar o jogador para cumprir as tarefas de recuperao

    - Ajudar o jogador a definir objectivos (realistas)

    - Dar todo o apoio e suporte social permanente

    - Ajudar o trabalho mental (tornar a recuperao um desafio a vencer)

    - Ajudar o jogador a enfrentar a dor

    - Estabelecer uma relao interpessoal privilegiada com o jogador

    - Contribuir para a eduo e formao do jogador

    - Ajudar o jogador a ter pensamentos positivos

    - Justificar e preparar o jogador para os atrasos na recuperao da leso

    - Apoiar socialmente e de forma permanente o jogador

    - Importante preparar o jogador a evitar o TRAUMA.

    No futuro pode surgir o medo quando o jogador se depara com uma situao

    semelhante que provocou uma leso anterior ( gato escaldado....)

    28

  • PROCESSOS PSICOSSOCIAIS

    Ambiente de Grupo

    Coeso

    Team Building

    Um Grupo / Equipa

    o conjunto de indivduos que:

    Possuem uma identidade colectiva

    Perseguem os mesmos objectivos

    Partilham um destino comumDesenvolvem padres de comunicaoManifestam interdependncia pessoal e de tarefaConsideram-se a si prprios como sendo um grupo.

    COESO da EQUIPA

    Processo dinmico que se reflecte na tendncia para a equipa estar e se manter unida na perseguio dos seus objectivos

    instrumentais, e/ou para a satisfao das necessidades afectivas dos seus membros

    29

  • A Coeso considerada numa dupla perspectiva

    Associada ao desenvolvimento e manuteno de relaes sociais - Coeso Social

    Associada realizao de tarefas especificas, produtividade e ao Rendimento - Coeso para a(s) Tarefa(s)-Objectivos

    a maior relao que existe entre:

    A Coeso para a Tarefa-Objectivo e o Rendimento

    Os Inimigos da Coeso Interna e do trabalho da equipa- Obstculos coeso de equipa -

    O Individualismo

    Desacordo em relao aos objectivos

    Confuso e ambiguidade na aceitao dos papis e funes

    Ausncia de normas e regras claras

    Problemas de comunicao

    Conflitos de interesses

    Excessiva renovao ou mobilidade de jogadores

    A existncia de diferentes lideres dentro da equipa

    Incompatibilidade de personalidades

    Excessiva competio interna

    30

  • O Treinador deve estar atento aos seguintes sinais e sintomas que so indicadores da necessidade de uma estratgia de interveno:

    Baixo rendimento de uma forma repentina

    Conflitos Interpessoais insolveis

    Inapropriado uso de todas as capacidades

    Discusses confusas ou pouco claras

    Ambiguidade nos papeis a desempenhar

    Quebra repentina no interesse e criatividade

    Demasiada competitividade no seio do grupo

    Deve atender tambm ao individuo (dentro da equipa): conhecer cada jogador

    Deve Envolver os Jogadores nalgumas decises

    Respeito, Confiana, Honestidade, so fundamentais

    Necessidade de Atribuir Responsabilidades

    Respeito, Confiana, Honestidade

    Definir claramente os papis e funes

    Exercer uma Liderana ajustada ao contexto da equipa

    Definir das normas de funcionamento

    Criar de momentos / exerccios de proximidade fsica entre os jogadores

    Gerir correctamente a variabilidade dos elementos da equipa

    Estabelecer objectivos especficos

    Promover o sacrifcio individual em prol do colectivo

    Criar e Valorizar a Identidade Colectiva da Equipa

    A importncia e interveno do Treinador

    31

  • A INTERVENO PSICOLGICA

    NOS PROCESSOS DE AUTO-CONFIANA, ANSIEDADE, E

    LESES

    O objectivo a reestruturao cognitiva (mudana do pensamento) para produzir respostas emocionais e comportamentais

    mais adequadas e adaptadas

    32

  • A Relao entre:

    Acontecimentos-Pensamentos-Emoes e Comportamentos

    Antes, Durante e Aps um

    Acontecimento-Problema

    - EmocionaisReaces:

    - Comportamentais

    Pensamentos

    Processos Cognitivos

    AvaliaoInterpretao

    DISTORES COGNITIVAS

    ESQUEMAS - CRENAS

    Emoes Positivas-Agradveis

    Alegria; Satisfao; Orgulho, Prazer

    Emoes Negativas-Desagradveis

    Tristeza (depresso) Irritao; Vergonha, Ansiedade, Frustrao

    Estrutura do Pensamento

    33

  • ANTES DO JOGO JOGO Pensamentos

    Processos Cognitivos

    Avaliao

    Interpretao ERROS de PENSAMENTO

    PENSAMENTOS INADEQUADOS

    DISTORES COGNITIVAS

    Vai determinar e influenciar

    A Autoconfiana A Ansiedade A Motivao

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  • JOGO DEPOIS DO JOGO

    Pensamentos

    Processos Cognitivos

    Avaliao Interpretao ERROS de ATRIBUIO CAUSAL Vai determinar e influenciar no futuro (prximos jogos)

    - A Autoconfiana

    - A Ansiedade

    - A Motivao

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  • APS A OCORRNCIA DE UMA LESO

    Pensamentos

    Processos Cognitivos

    Avaliao Interpretao ERROS de PENSAMENTO

    PENSAMENTOS INADEQUADOS

    DISTORES COGNITIVAS

    - Vai determinar a forma como o jogador reage, se adapta e recupera da Leso - Consequncias nas Emoes, que podem ser negativas ou positivas - Consequncias nos Comportamentos, que podem ser adequados ou no

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  • ERROS DE PENSAMENTO DISTORES COGNITIVAS

    1- Inferncia Arbitrria Retirar concluses sem suporte que a justifique (ausncia de evidncias) 2- Abstrao Selectiva Focar um detalhe da situao-problema ignorando outros aspectos importantes 3- Hiper-generalizao Generalizar a concluso de um acontecimento a outros aspectos que no esto

    relacionados 4- Maximizao ou Minimizao Erros na avaliao da magnitude de um problema. Ou minimiza ou pelo contrrio maximiza

    os problemas.. 5- Pensamento dicotmico(tudo ou Nada) Colocar as experincias em dois plos opostos. Ou tudo bem ou tudo mautudo fcil ou

    tudo difcil sem considerar outras possibilidades e sem ter em ateno que as coisas no

    so s brancas ou pretas 6- Desvalorizao do positivo Centra-se e reala apenas os aspectos negativos de si prprio, dos outros ou das situaes,

    ignorando os aspectos positivos 7- Imperativos: Devo, Tenho de Sente-se na obrigao de ter de fazer ou dever fazer qualquer coisa no relativizando as

    coisas (gostaria de fazer, vou tentar fazer...) e no aceitando outras posibilidades 8- Catastrofizao: Pensar que o pior de uma situao ir acontecer, sem levar em considerao outras

    possibilidades. Eventos negativos tratados como desastre e intolerveis 8- Personalizao Atribuir a si mesmo todas as responsabilidades e a culpa pela situao-problema 9- Vitimizao Considerar-se permanentemente injustiado ou incompreendido

    37

  • REESTRUTURAO COGNITIVA (Alterar o contedo do pensamento)

    1- Ajudar o sujeito a distinguir

    Entre pensamentos e factos Entre pensamentos e emoes

    2- Explicar a relao entre situaes-pensamentos-emoes e sentimentos 3- Utilizao de Tcnicas Cognitivas

    Anlise-Teste de Evidncias Discutir com o sujeito, onde que ele apoia a sua ideia-pensamentos. Que provas tem e

    onde se baseia para acreditar que as coisas so e acontecem como ela pensa. Que

    certezas tem ? O que que confirma (apoia) ou no (contra) o seu pensamento

    Anlise Custo-Beneficio

    Quais so as vantagens e desvantagens dos pensamentos actuais. Que consequncias positivas e negativas resultam desses pensamentos ?

    Pensamento Alternativo Discutir com o sujeito, outras formas de olhar para a situao-problema. Como que se

    pode ter uma outra perspectiva ? Que outros pensamentos so possveis ? E se o actual

    pensamento estiver errado ?

    Inundao de Incertezas

    Criar dvidas e levar o sujeito a questionar os seus pensamentos. Apresentar argumentos

    contrrios..

    Descatastrofizao

    Discutir com o sujeito sobre o pior que pode acontecer. Que consequncias da resultam ?

    Qual a probabilidade de que isso acontea. E se acontecer?

    38

  • APS O JOGO:

    A ATRIBUIO CAUSAL e a relao com Autoconfiana e a Motivao Futura: A Interveno do Treinador

    A Abordagem dos Resultados Ps Competio/Jogo: Consequncias para os Nveis de Confiana dos Jogadores-

    Linhas Orientadoras para a Abordagem Ps-Competio dos

    Resultados

    ( R. Martens, 1987) R E S U L

    Vitria

    Vencer mas Jogar Mal

    Vencer e Jogar Bem

    T A D O

    Derrota

    Perder eJogar Mal

    Perder mas Jogar Bem

    Pobre

    Boa

    QUALIDADE da PRESTAO

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  • 40

    Quando a Equipa Ganhou e Jogou Bem

    O sucesso deve ser atribudo capacidade individual e colectiva de mbito fsico e psicolgico

    Com isso incrementa-se o valor prprio e a autoconfiana, qualquer que tenha sido o adversrio

    Realar no tanto o resultado final, mas sobretudo o esforo demonstrado para o conseguir.

    Quando a Equipa Venceu mas Jogou Mal

    Atribuir o sucesso fragilidade do adversrio mais do que habilidade dos jogadores ( quando o adversrio tem capacidade inferior), e sorte quando o adversrio era de

    capacidade mais elevada.

    Se o esforo no foi o ideal deve ser questionado o porqu. Realar as possveis boas prestaes de alguns jogadores.

    Quando a Equipa Perdeu mas Jogou Bem

    Deve-se atribuir isso superioridade do adversrio , ou falta de sorte quando o adversrio era de capacidade inferior

    Focalizar a ateno na necessidade de incremento dos processos tcnico-tcticos e da eficcia na finalizao

    Realar a boa prestao e o esforo desenvolvido. Quando a Equipa Perdeu e Jogou Mal

    Atribuir o insucesso reduzida aplicao e esforo. Mostrar insatisfao por isso mais do que pela perda do jogo. Realar a necessidade de melhorias e considerar o facto como algo que acontece. Realar as boas prestaes de algum(s) jogador(es), se aconteceram.

    O NIVEL PTIMO de CONFIANA aquele em que cada jogador est totalmente convencido de que consegue alcanar os objectivo, de que far tudo para os atingir, tudo isto baseado na percepo correcta da sua capacidade face dificuldade com que se vai confrontarACTIVAO E ANSIEDADEAnsiedade: um estado emocional, habitualmente negativo, que associa sentimentos de nervosismo, preocupao e apreenso, associados ao aumento da activao do organismoIndicadores de Ansiedade CognitivaAs Atitudes do Treinador como Fonte de AnsiedadeA Abordagem dos Resultados Ps Competio/Jogo: Consequncias para os Nveis de Confiana dos Jogadores-

    Quando a Equipa Ganhou e Jogou BemQuando a Equipa Venceu mas Jogou MalQuando a Equipa Perdeu mas Jogou Bem