CECÍLIA PASSOS VAZ DA COSTA -...

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ PRÓ-REITORIA DE ENSINO E PÓS-GRADUAÇÃO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM-MESTRADO E DOUTORADO CECÍLIA PASSOS VAZ DA COSTA OBJETO VIRTUAL DE APRENDIZAGEM SOBRE O RACIOCÍNIO DIAGNÓSTICO EM ENFERMAGEM APLICADO AO SISTEMA TEGUMENTAR TERESINA (PI), 2015

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

PRÓ-REITORIA DE ENSINO E PÓS-GRADUAÇÃO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM-MESTRADO E DOUTORADO

CECÍLIA PASSOS VAZ DA COSTA

OBJETO VIRTUAL DE APRENDIZAGEM SOBRE O RACIOCÍNIO DIAGNÓSTICO EM ENFERMAGEM APLICADO AO SISTEMA

TEGUMENTAR

TERESINA (PI), 2015

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CECÍLIA PASSOS VAZ DA COSTA

OBJETO VIRTUAL DE APRENDIZAGEM SOBRE O RACIOCÍNIO DIAGNÓSTICO EM ENFERMAGEM APLICADO AO SISTEMA

TEGUMENTAR

TERESINA (PI), 2015

Relatório final de dissertação apresentado ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Piauí como parte dos requisitos necessários para obtenção do título de Mestre em Enfermagem.

Área de Concentração: Enfermagem no contexto social brasileiro. Linha de Pesquisa: Processo de cuidar em saúde e em enfermagem. Orientadora: Profa. Dra. Maria Helena Barros Araújo Luz.

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COSTA, Cecília Passos Vaz da OBJETO VIRTUAL DE APRENDIZAGEM SOBRE O RACIOCÍNIO DIAGNÓSTICO EM ENFERMAGEM APLICADO AO SISTEMA TEGUMENTAR

Aprovado em: 23/02/2015

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________ Profa. Dra. Maria Helena Barros Araújo Luz (UFPI)-Presidente

___________________________________________ Profa. Dra. Ivone Kamada (UnB)- 1° Examinadora

___________________________________________ Profa. Dra. Elaine Maria Leite Rangel Andrade (UFPI)- 2° Examinadora

___________________________________________ Profa. Dra. Fernanda Valéria Silva Dantas Avelino (UFPI)- Suplente

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Piauí como parte dos requisitos necessários para obtenção do título de Mestre em Enfermagem.

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AGRADECIMENTOS

Á Deus pelo dom da vida, por sempre me proteger, me dar força e me conduzir na minha caminhada acadêmica e pessoal. A Santíssima Virgem Maria, minha mãe, por sempre interceder por mim junto ao Pai.

Á Universidade Federal do Piauí, na pessoa do magnífico reitor professor Dr. José Arimatéia Dantas Lopes por conduzir tão bem este órgão executivo de ensino superior e fomentar o crescimento dos programas de pós-graduação Strictu Sensu.

Á professora Dra. Inez Sampaio Nery, coordenadora do Programa de Pós- Graduação Mestrado e Doutorado em Enfermagem, pelo empenho na condução deste programa, acolhida aos discentes e por sempre lutar pela Enfermagem.

A minha orientadora profa Dra. Maria Helena Barros Araújo Luz por aceitar orientar este trabalho, pelo acolhimento, compartilhamento de saberes, atenção e paciência. A minha admiração e orgulho por ser sua aluna é tamanha que não cabem neste papel, por isso só tenho a agradecer a Deus por ter me proporcionado conviver e aprender com a senhora nestes dois anos e peço a Ele que sempre lhe abençoe, lhe guarde e lhe conserve essa pessoa humilde de inestimável sabedoria e paciência.

A banca examinadora formada pela profa. Dra. Ivone Kamada, profa. Dra. Elaine Maria Leite Rangel Andrade e profa. Dra. Fernanda Valéria Silva Dantas Avelino pela disposição em ler e contribuir com este trabalho com sugestões bastante pertinentes.

Aos professores da graduação e pós-graduação em Enfermagem da UFPI pela intensa dedicação em contribuir com a formação de pesquisadores e, sobretudo de cidadãos, em especial a profa. Dra. Maria Zélia de Araújo Madeira pelo incentivo desde a graduação, fica aqui registrado o meu respeito e carinho pela senhora, professora Zélia.

Aos meus pais Antônio Vaz e Márcia Maria e minhas irmãs Ceres e Carolina por serem a minha base e me apoiarem em tudo, muito obrigada.

Á todos da minha turma de mestrado, especialmente a Lara Emanueli, Railina Laura, Tamires Barradas, Ana Karine, Moniki Barbosa e Lidyane Rodrigues, meninas foi muito bom compartilhar as incertezas e alegrias nesses dois anos, muito obrigada.

Á todos da Diretoria Regional de Saúde Centro Norte que torceram por mim, em especial a Ayla Calixto, por acreditar em meu trabalho, Alba, Joana, Kledson, Neile, Julianne Sérvulo, Anaíde, Karen, Joselyne, Rosário, Vannina, Aura Lys e Lina e aos acadêmicos de enfermagem Maykon, Rosângela e Frazão, vocês moram no meu coração.

Ao Centro de Educação à Distância (CEAD) da UFPI, na pessoa de Everton Dias e ao CEAD do Instituto Federal do Piauí (IFPI) na pessoa de Marcelo Nunes, sou muito grata a vocês pelo apoio na fase de desenvolvimento e implementação do objeto de aprendizagem.

Aos discentes da UFPI que aceitaram contribuir com este estudo. À todos meus sinceros agradecimentos, muito obrigada!

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“A minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador, porque ele olhou para sua pobre serva. Por isso, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações, porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo. Sua misericórdia se estende, de geração em geração, sobre os que o temem”.

Lucas 1, 46-50

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RESUMO

COSTA, C.P.V. Objeto virtual de aprendizagem sobre o raciocínio diagnóstico em enfermagem aplicado ao sistema tegumentar. 2015. 114 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem). Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Piauí. Universidade Federal do Piauí, Teresina, 2015. A utilização das tecnologias de informação e comunicação é crescente na sociedade contemporânea e pode ser agregada e inserida na área educacional com o uso de objetos virtuais de aprendizagem (OVAs) que auxiliem no processo de ensino e aprendizagem. Na prática clínica o enfermeiro depara-se constantemente com a necessidade de julgar as manifestações dos indivíduos e consequentemente raciocinar clinicamente para elencar diagnósticos de enfermagem. Este processo de raciocínio diagnóstico deve ser usado durante a avaliação de todos os sistemas corporais, especialmente do sistema tegumentar, visto que contribui efetivamente com a formulação de diagnósticos de enfermagem acurados que refletem as respostas do indivíduo em relação aos problemas de pele reais ou potenciais. Objetivou-se avaliar um OVA sobre o raciocínio diagnóstico em enfermagem aplicado ao sistema tegumentar em uma universidade pública do Piauí. Trata-se de uma pesquisa metodológica aplicada de produção tecnológica que utilizou o referencial pedagógico da educação problematizadora de Paulo Freire para nortear a elaboração do conteúdo, a metodologia para desenvolvimento do OVA seguiu as etapas de análise, design, desenvolvimento, implementação e avaliação preconizadas pelo design instrucional contextualizado e utilizou-se a taxonomia revisada de Bloom para elencar os objetivos educacionais de cada módulo. Os quatros módulos do OVA foram inseridos na plataforma educacional do Moodle, implementado com 21 discentes do curso de graduação em enfermagem de uma universidade pública do Piauí nos meses de setembro e outubro de 2014 e avaliado por especialistas da área da informática e por discentes de enfermagem. Pela avaliação dos discentes, evidencia-se que o desenvolvimento do OVA sobre raciocínio diagnóstico em enfermagem aplicado ao sistema tegumentar mediado pedagogicamente pelo referencial da educação problematizadora de Paulo Freire e inserido no ambiente Moodle foi considerado favorável ao proporcionar autonomia, motivação e prazer durante a aprendizagem e apresentar linguagem de fácil compreensão com atividades de revisão e bibliografia úteis e pertinentes. Espera-se que o presente estudo possa agregar valor às práticas de ensino da enfermagem mediante utilização de OVA e fomente novos estudos relacionados ao uso dessas ferramentas educacionais quer seja no ensino do raciocínio diagnóstico aplicado a outros sistemas do corpo ou outras áreas de conhecimento fundamentais para a enfermagem com o escopo que vai além do processo de ensino-aprendizagem e visa atingir a melhoria da prática clínica. Descritores: Tecnologia Educacional. Educação em Enfermagem. Diagnóstico de Enfermagem. Julgamento. Pele.

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ABSTRACT

COSTA, C.P.V. Virtual learning object about the diagnostic reasoning in nursing applied to the integumentary system. 2015. 114 f. Thesis (Master Degree). Program Postgraduate in Nursing. Federal University of Piauí. Teresina, 2015. The use of information and communications technologies is increase in contemporary society and can be aggregated and inserted in education with the use of virtual learning objects (VLOs) to assist in the process of teaching and learning. In clinical practice nurses are constantly faced with the need to judge the manifestations of individuals and consequently to reason clinically to list nursing diagnoses. This process of diagnostic reasoning should be used during evaluation of all body systems, especially the integumentary system, as it contributes effectively to the formulation of accurate nursing diagnoses that reflect the responses of the individual in relation to actual or potential skin problems. Purpose to evaluate an VLO on diagnostic reasoning in nursing applied to the integumentary system in a public university of Piaui. It is a methodological research, applied, production technology that used the pedagogical framework of problem-based education of Paulo Freire to guide the preparation of the content, the methodology for development of VLO followed the steps of analysis, design, development, implementation and evaluation recommend by contextualized instructional design and used the revised Bloom's taxonomy to list the educational objectives of each module. The four modules of VLO were inserted into Moodle educational platform, implemented between 21 undergraduate in nursing students from a public university of Piaui in the months of september and october 2014 and evaluated by the computer area specialists and nursing students. The assessment of students is evident that the development of VLO on diagnostic reasoning in nursing applied to the integumentary system pedagogically mediated by reference the problematical education Paulo Freire and inserted into the Moodle environment was considered favorable by providing autonomy, motivation and enjoyment during learning and present language easily understood with review activities and useful and relevant bibliography. It is hoped that this study can add value to the practice of nursing education through the use of VLO and promote new studies related to the use of these educational tools either in teaching diagnostic reasoning applied to other body systems or other areas of fundamental knowledge to nursing and the scope that goes beyond the teaching-learning process and aims at achieving improved clinical practice. Descriptors: Educational Technology. Education Nursing. Nursing Diagnosis. Judgment. Skin.

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RESUMEN

COSTA, C.P.V. Objeto virtual de aprendizaje en el razonamiento diagnóstico en enfermería aplicado al sistema tegumentario. 2015. 114 f. Disertación (Maestría). Programa de Postgrado en Enfermería. Universidad Federal do Piauí. Teresina, 2015. El uso de tecnologías de la información y las comunicaciones es cada vez mayor en la sociedad contemporánea y se pueden agregar y entró en el campo de la educación con el uso de objetos virtuales de aprendizaje (OVAs) para ayudar en el proceso de enseñanza y aprendizaje. En la práctica clínica de enfermería se enfrentan constantemente a la necesidad de juzgar a las manifestaciones de los individuos y por lo tanto a la razón clínica para delinear los diagnósticos de enfermería. Este proceso de razonamiento diagnóstico debe utilizarse durante la evaluación de todos los sistemas del cuerpo, especialmente el sistema tegumentario, ya que contribuye eficazmente a la formulación de diagnósticos de enfermería precisos que reflejen las respuestas del individuo a los problemas de la piel real o potencial. El objetivo era evaluar un OVA en el razonamiento diagnóstico en enfermería aplicado al sistema cutáneo en una universidad pública de Piauí. Se trata de una investigación metodológica aplicada la tecnología de producción que utiliza el marco pedagógico de la educación basado en los problemas de Paulo Freire para guiar la elaboración de los contenidos y la metodología para el desarrollo de OVA siguió los pasos de análisis, diseño, desarrollo, implementación y evaluación preconizados por diseño de instrucción contextualizada. Los cuatro módulos de OVA se insertaron en la plataforma educativa Moodle, implementados entre 21 estudiantes curso de pregrado en los estudiantes de enfermería de una universidad pública de Piauí en los meses de septiembre y octubre 2014 y evaluados por los especialistas del área informática y estudiantes de enfermería. La evaluación de los alumnos es evidente que el desarrollo de OVA en el razonamiento diagnóstico en enfermería aplicado al sistema cutáneo pedagógicamente mediada por referencia de la enseñanza basada en problemas de Paulo Freire y se inserta en el entorno Moodle se consideró favorable al proporcionar la autonomía, la motivación y el disfrute durante el aprendizaje y proporcionar comprensible y útil para revisar las actividades de literatura y lingüísticos adecuados. Se espera que este estudio puede agregar valor a la práctica de la educación de enfermería a través de la utilización de OVA y fomentar nuevos estudios relacionados con el uso de estas herramientas educativas, ya sea en la enseñanza del razonamiento diagnóstico aplicado a otros sistemas del cuerpo si las cuestiones que implica piel y sus anexos u otras áreas de conocimiento de enfermería fundamental con el alcance que va más allá del proceso de enseñanza-aprendizaje y tiene por objeto lograr una mejor práctica clínica. Descriptores: Tecnología Educacional. Educación en Enfermería. Diagnóstico de Enfermería. Juicio. Piel.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Fluxograma 1: Fluxograma de descrição da composição da amostra do estudo. Teresina, Piauí, 2014.

36

Figura 1- Etapas do desenvolvimento do OVA “Raciocínio Diagnóstico em Enfermagem Aplicado ao Sistema Tegumentar”.

37

Quadro 1- Distribuição dos objetivos educacionais do OVA “Raciocínio Diagnóstico em Enfermagem Aplicado ao Sistema Tegumentar” conforme a taxonomia revisada de Bloom.

43

Figura 2- Tela de login de acesso ao AVA Moodle no CEAD da IES. 50

Figura 3- Página inicial do AVA no Moodle do CEAD da IES. 51

Figura 4- Tela referente ao guia do aluno visualizada a partir do AVA Moodle.

51

Figura 5- Estrutura de navegação do OVA “Raciocínio Diagnóstico em Enfermagem Aplicado ao Sistema Tegumentar”.

52

Quadro 2- Cronograma de execução das atividades de cada módulo do OVA “Raciocínio Diagnóstico em Enfermagem Aplicado ao Sistema Tegumentar”.

53

Figura 6: Tela do menu inicial do OVA “Raciocínio Diagnóstico em Enfermagem Aplicado ao Sistema Tegumentar”.

54

Figura 7 - Tela de apresentação dos objetivos de uns dos módulos do OVA.

55

Figura 8 - Tela de apresentação dos objetivos de uns dos módulos do OVA.

55

Figura 9 - Tela referente ao módulo de apresentação dos casos clínicos do OVA.

56

Figura 10 - Tela referente ao módulo de apresentação dos casos clínicos do OVA.

57

Figura 11 - Tela referente ao conteúdo do módulo 1 do OVA. 58

Figura 12 - Tela referente às atividades para revisão do conteúdo do OVA desenvolvidas no Hot Potatoes.

59

Figura 13 - Tela referente às atividades para revisão do conteúdo do OVA desenvolvidas no Hot Potatoes.

59

Gráfico 1- Distribuição da pontuação dos parâmetros do OVA “Raciocínio Diagnóstico em Enfermagem Aplicado ao Sistema Tegumentar” pelos avaliadores da área de informática.

60

Gráfico 2- Distribuição da avaliação dos parâmetros habilidades de uso do computador, motivação e prazer em estudar o conteúdo do OVA pelos discentes em enfermagem.

62

Gráfico 3 - Distribuição da avaliação dos parâmetros autonomia, dificuldade em ler e não contribuição do OVA pelos discentes em enfermagem.

62

Gráfico 4 - Distribuição da avaliação dos parâmetros atividades de revisão, linguagem e bibliografia do OVA pelos discentes em enfermagem.

63

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LISTA DE TABELA

Tabela 1- Caracterização dos discentes em enfermagem que avaliaram o OVA.

61

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ADDIE Analysis, Design, Development, Implementation and Evaluation AVA Ambiente Virtual de Aprendizagem

CEAD Centro de Educação à Distância CPF Cadastro de Pessoa Física DIC Design Instrucional Contextualizado EAD Educação à Distância IES Instituição de Ensino Superior

MOODLE Modular Object Oriented Dynamic Learning Environment NPUAP National Pressure Ulcer Advisory Panel

NANDA-I North American Nursing Diagnosis Association International OVA Objeto Virtual de Aprendizagem RCP Ressuscitação Cardiopulmonar SAE Sistematização da Assistência de Enfermagem

SCORM Sharable Content Object Reference Model SIGAA Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido TIC Tecnologia da Informação e Comunicação

UNESCO United National Educational Scientific and Cultural Organization UP Úlcera por Pressão

UFPI Universidade Federal do Piauí URL Uniform Resource Locator

WOCN Wound Ostomy and Continence Nurses Society

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 12 1.1 Objetivos 16 1.1.1 Objetivo Geral 16 1.1.2 Objetivos Específicos 16 1.2 Justificativa 16 2 MARCO CONCEITUAL 18 2.1 Tecnologias da Informação e Comunicação e a Enfermagem 18 2.2 Raciocínio diagnóstico em enfermagem 25 2.3 Referencial pedagógico da educação problematizadora 32

3 METODOLOGIA 34 3.1 Tipo de estudo 34 3.2 Local e período do estudo 35 3.3 População e amostra do estudo 35 3.4 Metodologia para desenvolvimento do objeto virtual 36 3.4.1 Fases do estudo 38 3.4.1.1 Análise 38 3.4.1.2 Design 43 3.4.1.3 Desenvolvimento 45 3.4.1.4 Implementação 45 3.4.1.5 Avaliação 46 3.5 Procedimentos éticos 49

4 RESULTADOS 50 4.1 Desenvolvimento do OVA “Raciocínio Diagnóstico em Enfermagem Aplicado ao Sistema Tegumentar”

50

4.2 Avaliação do OVA “Raciocínio Diagnóstico em Enfermagem Aplicado ao Sistema Tegumentar”

60

5 DISCUSSÃO 64 6 CONCLUSÃO 74 6.1 Limitações e perspectivas futuras 75 REFERÊNCIAS 77 APÊNDICES 90 ANEXOS 107

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1 INTRODUÇÃO

As tecnologias de informação e comunicação (TICs) estão presentes na

sociedade contemporânea e possuem reflexo na área do ensino. Tais

tecnologias têm auxiliado no processo de ensino e aprendizagem ao

proporcionar ferramentas que levam a participação efetiva do aluno.

Peres (2001) suscita que o uso da tecnologia é capaz de mudar as

estratégias e instrumentos de ensino ao instigar a reflexão dos docentes e

provocar a reestruturação das instituições de ensino acerca das práticas

pedagógicas.

Consoante a Barros e Antônio Júnior (2005) as tecnologias interativas

aplicadas na educação permitem ampliar a diversidade de abordagens

pedagógicas e atender os diferentes estilos de aprendizagem ao favorecer a

aquisição de novos conhecimentos e habilidades. Dessas tecnologias

emergem os objetos virtuais de aprendizagem (OVAs) que podem ser

caracterizados como recursos educacionais digitais que são usados para

formar um ambiente de aprendizado eficaz, participativo e flexível.

Na acepção de Wiley (2000) os OVAs são ferramentas que auxiliam a

aprendizagem autônoma do aluno, tem a capacidade de serem reusáveis em

diferentes contextos de aprendizagem e podem estar inseridos em espaços

disponíveis em plataformas educacionais de ensino a distância.

A principal função dos OVAs é fragmentar o conteúdo educacional

disciplinar em pequenos trechos que podem ser reutilizados em diferentes

contextos didáticos como uma unidade de instrução para maximizar o processo

de ensino-aprendizagem (RIVED, 2006).

Os OVAs configuram-se recursos que podem ser aplicados para dar

suporte ao processo de aprendizagem ao atuarem como construto de

informações e saberes que utilizam um novo tipo de instrução ao implementar

ferramentas computacionais e de informática (CORRADI; SILVA; SCALABRIN,

2011).

A informática em saúde é compreendida como área do conhecimento

que trata das aplicações e uso de ferramentas computacionais e

processamento de dados nos vários segmentos relacionados à saúde o que a

torna uma área importante para a produção do conhecimento (BRASIL, 1988).

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Na acepção de Évora (1995) a inserção da informática na enfermagem

leva à melhoria na racionalidade organizacional, pois suas ferramentas

proporcionam o planejamento das ações e permitem o emprego de

conhecimentos técnico-científicos na assistência de enfermagem.

Corroborando com esta questão, Hayashi, Hayashi e Silva (2006)

acrescentam que nesta área os desafios estão voltados à capacitação para

utilização e a criação de tecnologias no processo de trabalho de gerenciar, de

educar e de pesquisar dos profissionais de saúde, em especial do enfermeiro.

Para Camacho (2009) a utilização da informática na educação em

enfermagem tem sido desenvolvida e utilizada em cursos de graduação e pós-

graduação e em diversas áreas de capacitação dos profissionais de

enfermagem e tal fato é relevante, pois permite que o indivíduo seja capacitado

e inserido em uma nova realidade virtual mediada pela interatividade e por

novas tecnologias.

Todavia, dentro das concepções de Rodrigues e Peres (2008) a inserção

da enfermagem no panorama brasileiro de ensino à distância e ensino online

ainda é incipiente e por isso, é necessário que as instituições de ensino adotem

políticas de investimento na capacitação tecnológica de professores e alunos e

desenvolvam projetos estruturados em propostas pedagógicas sólidas que

viabilizem a construção de conhecimentos, habilidades e atitudes inerentes ao

cuidado e ao exercício da profissão de enfermagem.

Ao tratar-se do uso de tecnologias educacionais na área da

enfermagem, Ribeiro (2004) enfatiza a necessidade de desenvolver cursos que

utilizem tais tecnologias para abordar o tratamento de feridas e outras

peculiaridades do sistema tegumentar, visto que tais assuntos requerem

atualização constante por parte dos profissionais de saúde.

Casaburi (2009) em seu estudo de educação a distância sobre úlcera

por pressão (UP) recomenda a realização de novas pesquisas que se destinem

à criação de ambientes virtuais de aprendizagem e de outros materiais

educativos digitais que enfoquem os demais tipos de feridas de pele e aspectos

relacionados aos cuidados de enfermagem.

O cuidado de enfermagem requer do enfermeiro interesse em conhecer

o paciente de forma holística, ao utilizar conhecimentos e habilidades de

enfermagem, além de orientação e treinamento da equipe de enfermagem para

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o cuidado sistematizado. Para o planejamento do cuidado torna-se fundamental

definir diagnósticos de enfermagem os quais permitem a identificação concisa

e clara dos processos vitais afetados.

Para Horta (1979) o diagnóstico de enfermagem é a identificação das

necessidades humanas básicas afetadas e do grau de dependência do

paciente em relação à enfermagem.

Tal acepção é ratificada por Beckstead (2008) ao afirmar que os

diagnósticos de enfermagem são formulados com o objetivo de comunicar as

necessidades do indivíduo afetadas e condições relacionadas à determinada

etiologia que permitem identificar problemas reais e potenciais.

Risner (1986) expõe que diagnóstico de enfermagem é um

estabelecimento claro e conciso da condição do indivíduo ou da alteração no

estado de saúde do mesmo que resulta de um processo de raciocínio e estar

alicerçado nas inferências elaboradas a partir das informações obtidas na

coleta de dados.

O raciocínio clínico é entendido por Corrêa (2003) como ponto central do

ato de diagnosticar e configura-se como um processo cognitivo complexo de

resolução de problemas clínicos que envolve a capacidade cognitiva, o

conhecimento clínico e a experiência integrados pela percepção intuitiva da

situação como todo.

No que concerne à utilização do raciocínio clínico na enfermagem,

Linhares (2010) concluiu que durante a prática clínica de avaliar feridas

oncológicas, os enfermeiros realizam um processo cognitivo de alto nível ao

efetuarem suposições e inferências, agruparem dados e gerarem hipóteses

articulando conhecimentos, habilidades e atitudes para a elaboração do

raciocínio clínico com alto padrão de qualidade que garanta a segurança do

paciente durante o manejo clínico da ferida.

Ao referir-se ao processo de raciocinar clinicamente que culmina na

elaboração do diagnóstico de enfermagem, Oliva (2008) conceitua raciocínio

diagnóstico como um tipo de raciocínio clínico que objetiva a declaração de um

título de diagnóstico que melhor defina a resposta do indivíduo ao seu estado

de saúde.

O sistema tegumentar é o maior sistema do corpo humano ao incluir a

pele e os apêndices epidérmicos e possui importante papel na homeostase do

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organismo ao desempenhar as funções de proteção do corpo contra lesões,

regulação da temperatura corporal, transmissão de estímulos nervosos e

contribuição com equilíbrio hídrico ao absorver e excretar água (DÂNGELO;

FATINNI, 2009; SMELTZER et al., 2011).

O conhecimento que o enfermeiro detém sobre anatomia, fisiologia,

patologia, semiologia e semiotécnica é fundamental para a avaliação de todos

os sistemas do corpo, especialmente do sistema tegumentar, visto que

contribui efetivamente com o raciocínio diagnóstico e consequente formulação

de diagnósticos de enfermagem acurados que refletem as respostas do

paciente em relação aos problemas de pele reais ou potenciais.

Perante o exposto, alguns questionamentos emergiram e tais

necessitam ser investigados no intuito de responder as seguintes indagações:

Qual a possibilidade de desenvolver e avaliar um material educativo virtual

sobre o sistema tegumentar e o raciocínio diagnóstico em enfermagem durante

avaliação deste sistema? Que recursos ou ferramentas podem ser utilizados

para desenvolver o referido material?

A partir dessas considerações, delimitou-se como objeto deste estudo o

desenvolvimento de um objeto virtual de aprendizagem sobre o raciocínio

diagnóstico de enfermagem aplicado ao sistema tegumentar.

À luz dessas informações o problema de pesquisa elencado foi: poderia

um objeto virtual de aprendizagem servir de instrumento que contribua com a

formulação do raciocínio diagnóstico de enfermagem aplicado ao sistema

tegumentar?

A hipótese do presente estudo consistiu na seguinte afirmação: o

desenvolvimento de um objeto virtual de aprendizagem contribui com o

raciocínio diagnóstico e consequente formulação de diagnósticos de

enfermagem relacionados a problemas de pele reais ou potenciais oferecendo

uma nova possibilidade de aprendizagem aos discentes de enfermagem.

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1.1 Objetivos

1.1.1 Objetivo Geral

- Avaliar um objeto virtual de aprendizagem sobre o raciocínio

diagnóstico em enfermagem aplicado ao sistema tegumentar em uma

universidade pública do Piauí.

1.1.2 Objetivos Específicos

- Desenvolver o conteúdo programático do objeto virtual de

aprendizagem sobre o raciocínio diagnóstico em enfermagem aplicado ao

sistema tegumentar.

-Implementar o objeto virtual entre discentes da graduação de

enfermagem.

-Realizar a avaliação do objeto virtual de aprendizagem por especialistas

de informática e por discentes de enfermagem.

1.2 Justificativa

O interesse pela temática surgiu ainda como discente do curso de

Bacharelado em Enfermagem da Universidade Federal do Piauí (UFPI) no qual

observava à importância na sociedade contemporânea do uso de tecnologias

no apoio a educação e capacitação profissional e por isso, sempre que

possível procurava ferramentas, como a participação em cursos à distância,

que pudesse dinamizar, facilitar e potencializar o meu processo de

aprendizagem.

Durante os estágios da graduação pude observar diferentes situações

de implantação da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) nos

hospitais, além de perceber certa mecanização no planejamento do cuidado no

qual os diagnósticos e as prescrições de enfermagem para um paciente

ficavam limitados aos já listados no impresso de registro.

Em virtude da padronização do impresso de registro de diagnósticos e

prescrições de enfermagem inquietava-me ao ver que técnicos e auxiliares de

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enfermagem, na maioria das vezes, atentavam-se apenas à prescrição médica

sem preocupar-se com o impresso e por isso, não checavam as prescrições de

enfermagem ou a minoria que checava a fazia de forma mecânica sem dá

muita importância ao que estava escrito.

Além disso, existia a dificuldade que nós discentes tínhamos em usar o

raciocínio diagnóstico para embasar nossa prática e consequente formulação

dos diagnósticos de enfermagem e a dificuldade no entendimento do

diagnóstico de enfermagem como uma etapa da SAE que envolve julgamento

clínico das informações coletadas e a utilização de uma taxonomia de

diagnósticos de enfermagem.

Tais comportamentos refletiam no cuidado a pacientes com lesões de

pele, como úlcera por pressão, no qual as intervenções de enfermagem

ficavam limitadas ao curativo e a mudança de decúbito, sem a utilização do

julgamento clínico da condição do paciente, este último essencial para a prática

do enfermeiro, vez que potencializa as ações de enfermagem, traz cunho

científico à prática de enfermagem e promove a segurança do paciente.

Conjuga-se a isso, a incipiente produção científica na área de

desenvolvimento de objetos virtuais de aprendizagem e situações de

aprendizagem que abordem o conhecimento anátomo-fisiológico do sistema

tegumentar (pele e seus anexos) e enfoque no raciocínio diagnóstico em

enfermagem frente à avaliação da pele.

Ao pressupor que a ênfase no raciocínio ou julgamento clínico contribui

para melhoria da prática em enfermagem e para a formulação de diagnósticos

de enfermagem acurados e efetivos, acredita-se que o desenvolvimento de um

OVA que englobe o raciocínio diagnóstico de enfermagem aplicado ao sistema

tegumentar possa atenuar as dificuldades encontradas por discentes na

formulação dos mesmos.

Com isso, almeja-se que tal estudo suscite e desperte discentes,

docentes e pesquisadores para importância da temática abordada,

especialmente quando se refere à interface do processo educacional no atual

contexto da assistência à saúde.

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2 MARCO CONCEITUAL

2.1 Tecnologias da Informação e Comunicação e a Enfermagem

O crescente uso das TICs proporcionou novos horizontes ao processo

de ensino-aprendizagem principalmente no que se refere aos métodos de

transmissão e construção de conhecimento ao fomentar uma estrutura mais

dinâmica ao ensino contrária ao funcionamento linear e estático do processo

tradicional.

Dentro das concepções de Almeida (2003) as práticas de ensino online

foram estimuladas com o advento das TICs, pois estas proporcionam

flexibilidade de tempo, transposição de barreiras espaciais, emissão e

recebimento instantâneo de materiais e desenvolvimento de atividades com

base na interação e na produção de conhecimento.

Saback (2004) acrescenta nesta perspectiva que as TICs apresentam-se

como instrumento apropriado e de boa qualidade para o enfrentamento das

mudanças das práticas educativas na sociedade contemporânea e com isso

proporcionam, especialmente aos enfermeiros, as ferramentas necessárias

para gerirem sua educação ao longo da vida profissional.

As TICs são caracterizadas por processos de transmissão de dados por

meio de dispositivos eletrônicos e recursos óticos. As mesmas quando

incorporadas ao ensino, ampliam o acesso à informação com a integração de

múltiplas mídias, linguagens e recursos que permitem desenvolver um

processo educacional interativo o qual articula teoria, prática e pesquisa e pode

ser aplicado, tanto na formação inicial, como no desenvolvimento profissional

contínuo (BARRETO, 2003).

Outra abordagem nesta questão vem de Leite et al. (2006) que

caracterizam as TICs como uma conjugação da tecnologia da informática com

outras tecnologias relacionadas, especificamente, com a comunicação e pelas

aplicações dessas tecnologias na sociedade.

A United National Educational Scientific and Cultural Organization

(UNESCO) faz distinção entre tecnologia da informática e tecnologias da

informação e comunicação. Esta organização concebe a tecnologia da

informática de maneira abrangente, como a ciência relacionada ao design,

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desenvolvimento, uso, avaliação e manutenção de sistemas de informação,

incluindo hardware, software, aspectos organizacionais, humanos e atribuições

comerciais, governamentais e políticas (UNESCO, 2002).

A informática em enfermagem ao conjugar as ciências da computação e

da informação com a ciência da enfermagem contribui na administração e no

processamento de dados, de informação e de conhecimento que dão suporte à

assistência, administração, educação e pesquisa em enfermagem (ÉVORA,

1995).

Nas acepções de Cogo et al. (2009) o uso de tecnologias junto a

docentes e discentes em enfermagem vai além do aprendizado e da

atualização, pois passa pelo entendimento de um conjunto de fatores

envolvidos no processo de ensino-aprendizagem. Tal fato requer dos docentes

disposição em aperfeiçoar seus métodos de ensino e exige dos alunos

habilidades que os conduzam a exercitar e desenvolver a criatividade, a

autonomia, o pensamento crítico e a curiosidade.

Évora et al. (2000) encontraram por meio de uma busca bibliográfica

sobre o uso do computador na enfermagem que na década de 1980 apenas

20% do total de 441 publicações abordaram o computador e em tais pesquisas

enfatizaram-se principalmente a tecnologia computacional à beira do leito,

plano de cuidados informatizado e o uso de multimídia na educação, enquanto

na década de 1990 tem-se um avanço no que concerne aos estudos que

passam a referir o uso do computador na perspectiva da inserção desta

tecnologia computacional nos currículos de enfermagem.

O início da utilização de ferramentas tecnológicas no ensino de

Enfermagem no Brasil é justificado pelas Diretrizes Curriculares Nacionais do

Curso de Graduação em Enfermagem as quais preconizam o domínio e uso

adequado das TICs como uma das competências do enfermeiro (BRASIL,

2001).

No que se refere à educação a distância (EaD), o estudo de Santana et

al. (2005) revela que tal campo é incipiente no Brasil, pois apenas 11 das 44

instituições federais de ensino superior brasileiras possuíam, no ano de 2005,

autorização para oferecer cursos a distância e no que concerne a relação

quantitativa de cursos ministrados na modalidade EaD na área da Enfermagem

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nessas instituições, o referido estudo aponta existência de somente três cursos

de EaD, sendo dois de pós-graduação e um de extensão.

Apesar da incipiência, o ensino de enfermagem vem sofrendo mudanças

para potencializar a qualidade da formação dos futuros profissionais

enfermeiros sendo fundamental adequar e aplicar os recursos tecnológicos

disponíveis para a melhoria da qualidade do ensino em enfermagem (JAQUES;

RODRIGUEZ; TAKEMURA, 2008).

Mesmo com essas mudanças e a popularização das TICs alguns

docentes apresentam resistência à utilização das ferramentas proporcionadas

por estas tecnologias com a criação de barreiras às transformações

educacionais ocasionadas pela introdução de recursos tecnológicos no

processo de ensino-aprendizagem.

Na enfermagem, tal cenário pode ser modificado ao se incentivar a

busca de uma aprendizagem ativa e significativa dos discentes em

enfermagem com a utilização de ferramentas como os objetos virtuais de

aprendizagem (OVAs) os quais constituem uma perspectiva contemporânea da

aprendizagem baseada na web, pois proporcionam mudanças na relação entre

o aluno e o conteúdo que vai ser alvo do estudo.

A construção de objetos de aprendizagem na contemporaneidade virtual

exige conhecimento e percepção da relação educativa como uma situação de

liberdade, de criatividade, de autonomia dos discentes e de recriação cognitiva

permanente do conteúdo abordado (SANTOS, 2011).

Ainda sob essa perspectiva, Silveira et al. (2010) expõem que para

atingir bom êxito no desenvolvimento de objetos de aprendizagem é necessário

que o objeto educacional associe-se tanto a recursos tecnológicos como

incorpore adequadamente as metodologias de ensino as quais proporcionam

aos discentes a vivência, de forma virtual, de situações que poderão encontrar

durante o exercício profissional.

Para Spinelli (2005) os OVAs são recursos digitais reutilizáveis que

auxiliam na aprendizagem e podem tanto incluir um único conceito quanto

englobarem todo o corpo de uma teoria. No objeto virtual, o aluno é envolvido

por um contexto que exige a compreensão de determinados conceitos

científicos.

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Apreende-se do estudo de Schibeci et al. (2008) que os OVAs

configuram-se como paradigma para educação online ao proporcionarem uma

aprendizagem envolvente e bem sucedida e oportunizarem ambientes ativos

de aprendizagem ao considerarem o conhecimento, as habilidades cognitivas

e o interesse dos alunos.

Conforme expõem Valderrama, Ocaña e Sheremetov (2005) os OVA

constituem-se componentes tecnológicos que são utilizados para apoiar a

aprendizagem baseada na web e podem apresentar-se na forma de áudio,

vídeo, animação, páginas na web, módulo de curso e outras ferramentas que

visam proporcionar novos caminhos de aprendizagem.

Os OVA podem ser inseridos dentro de ambientes virtuais de

aprendizagem (AVA) que são construções virtuais programadas que permitem

modificar designers, cores, movimentos e efeitos e configuram-se como novo

tipo de instrução que utiliza recursos computacionais (BARROS; ANTÔNIO

JÚNIOR, 2005).

Na concepção de Duarte (2003) o ambiente de aprendizagem é um

espaço no qual pode ocorrer transformação do conhecimento construído pelo

homem e tal espaço deve auxiliar na resolução de problemas e tomada de

decisão, além de provocar a capacidade de analisar, pesquisar, planejar e

trabalhar em equipe e ser utilizado com recursos computacionais e de

informática.

Vieira e Luciano (2002) expõem que os AVA precisam oferecer

situações para que os alunos registrem suas anotações, resoluções e

dificuldades o que contribui com a busca de novas ideias e descobertas, assim,

ao criar ambientes é necessário levar em conta o perfil do público alvo, que

habilidades eles possuem e quais precisam desenvolver.

Almeida (2003) define AVA como sistemas computacionais disponíveis

na internet, destinados a atividades mediadas pelas TICs os quais permitem

integrar várias mídias e recursos, apresentar informações de forma organizada

e desenvolver interações entre as pessoas.

Hodiernamente, os AVA são considerados importantes recursos

educacionais que permitem conjugar texto, imagem e som com flexibilidade e

interação com o usuário com objetivo de proporcionar uma aprendizagem ativa

e participativa (RANGEL et al., 2010).

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Os recursos dos AVA permitem gerir a informação segundo critérios de

organização preestabelecidos e definidos conforme as características de cada

software. Eles possuem bancos de informações representados em diferentes

mídias como texto, imagem e vídeo que são interligados mediante conexões

constituídas por meio interno ou externo ao sistema (ALMEIDA, 2003).

A educação em enfermagem por meio de um AVA vem ocupar um

espaço importante ao contribuir com a aquisição, por parte dos alunos, de um

perfil compatível com a cultura tecnológica da sociedade contemporânea

(DIAS; CASSIANI, 2003).

Em estudo relacionado ao cenário brasileiro de desenvolvimento e

aplicação de AVA em enfermagem, no período de 1998 a 2006, evidenciou-se

o desenvolvimento de 31 trabalhos (teses e dissertações) ligados a instituições

públicas de ensino superior de enfermagem os quais se relacionavam a

materiais educativos que objetivavam a formação e a capacitação em

enfermagem (LEITE et al., 2006).

Os AVA possuem várias formas de apresentar suas ferramentas as

quais têm funções específicas e maneiras distintas de interagir com o usuário.

Tais ferramentas são classificadas como síncronas ou assíncronas, naquelas

há necessidade que todos envolvidos na atividade estejam conectados

simultaneamente, já nestas não é obrigatório que todos os usuários estejam

conectados simultaneamente (SEIXAS, 2011).

No que se refere à distribuição do software, os AVA são classificados em

softwares proprietários os quais possuem distribuição fundamentada na

comercialização como produto a ser implantado em uma empresa, por

exemplo, o Web Course Tools (WebCT) e o Blackboard e os baseados em

software livre que podem ser utilizados ou instalados gratuitamente e

adaptados por programadores, como exemplo o Teleduc e o Modular Object-

Oriented Dynamic Learning Environment (Moodle) (DEL CASTILLO, 2005).

O Moodle é um software que produz e gerencia atividades educacionais

baseadas na internet e/ou em redes locais, nele conjuga-se um sistema de

atividades com um software arquitetado para ajudar os educadores a obter boa

qualidade nas atividades educacionais online que desenvolvem (MOODLE,

2007).

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De acordo com Seixas (2011), a plataforma Moodle possui módulos que

podem ser ativados ou desativados conforme a necessidade, tais como

questionário, chat e fórum. Além disso, tal plataforma permite a criação e

utilização de blocos que se localizam lateralmente às páginas os quais

fornecem informações úteis para os usuários.

Santos (2003) assinala que o Moodle é em um sistema de gestão de

aprendizagem baseado no desenvolvimento de trabalho colaborativo e

cooperativo que disponibiliza ferramentas as quais proporcionam comunicação

e interatividade entre os sujeitos participantes contribuindo para construção do

conhecimento.

Em 2010, a interface do Moodle encontrava-se traduzida em 85 idiomas,

ainda neste ano, o Brasil foi o terceiro na lista de 10 países com registros de

objetos virtuais inseridos no Moodle, contabilizando 3397 sites ativos

(MOODLE, 2010).

No que concerne ao uso do Moodle, registra-se o uso do referido

software nos seguintes estudos: Casaburi (2009) ao elaborar e avaliar o

conteúdo de um curso a distância sobre úlcera por pressão (UP); Cogo (2009)

ao avaliar o desenvolvimento do trabalho em grupo cooperativo entre

estudantes de enfermagem no processo de aprendizagem em um ambiente

virtual; Alvarez (2009) ao desenvolver um OVA para avaliação da dor em

adultos; Góes (2010) ao desenvolver um objeto digital de aprendizagem sobre

o raciocínio diagnóstico em enfermagem aplicado ao recém-nascido; Silva

(2011) ao desenvolver um AVA aplicado a dermatologia para estudantes da

graduação em medicina; Seixas (2011) ao propor a estrutura e dinâmica de um

curso para uso de material instrucional em um AVA; Portella (2012) que

analisou a contribuição de um AVA nas práticas de saúde de trabalhadores e

Araújo (2012) que avaliou o impacto de uma intervenção educativa online na

prevenção e tratamento de UP em uma unidade de terapia intensiva de um

hospital de Fortaleza.

No cenário internacional de pesquisas envolvendo estratégias de

educação online destacam-se os seguintes estudos: Beeckman et al. (2008)

que investigaram a capacidade de programa e-learning em contribuir com as

habilidades de enfermeiros e estudantes de enfermagem belgas na avaliação

de UP; Brace e Schubart (2010) que avaliaram o impacto de um programa e-

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learning no conhecimento sobre prevenção e manejo clínico de UP em

pacientes hospitalizados por trauma raquimedular em um hospital da Virgínia,

Estados Unidos; Gerdprasert et al. (2011) ao desenvolverem uma unidade de

aprendizagem baseada na web sobre os cuidados de enfermagem no parto

para alunos de enfermagem de uma universidade da Tailândia.

Ainda em âmbito internacional, Aléman; Gea e Mondéjar (2011)

avaliaram o impacto da aprendizagem mediada pelo computador sobre

enfermagem médico-cirúrgica entre discentes em enfermagem de uma

universidade de Múrcia, Espanha; Öztürk e Dinç (2014) avaliaram o efeito da

educação baseada na web no conhecimento e habilidade de estudantes de

enfermagem sobre cateterismo urinário em duas universidades da Turquia e

Veredas et al. (2014) que demostraram a eficácia de uma ferramenta e-learning

na aprendizagem de discentes em enfermagem de uma universidade

espanhola sobre avaliação e tratamento de UP.

Quando se refere à abordagem do conteúdo relacionado ao sistema

tegumentar em cursos de modalidade EaD e online observam-se os seguintes

estudos nacionais: Ribeiro (2004) que desenvolveu e avaliou um curso de

educação a distância sobre tratamento de feridas; Costa et al. (2009) ao

desenvolveram uma proposta educacional online sobre úlcera por pressão para

alunos e profissionais de enfermagem; Casaburi (2009) que avaliou o conteúdo

de um curso a distância sobre UP; Faria (2010) que desenvolveu e avaliou um

curso online de fotografia digital de feridas para enfermeiros e Silva (2011) ao

desenvolver um AVA aplicado a dermatologia para estudantes da graduação

em medicina.

Ainda sob a mesma perspectiva, ressaltam-se os seguintes estudos:

Rabeh et al. (2012) ao produzirem e validarem um módulo educativo sobre

terapia tópica em feridas crônicas; Queiroz et al. (2012) ao desenvolverem um

curso online sobre úlcera venosa; Araújo (2012) que avaliou o impacto de uma

intervenção educativa online na prevenção e tratamento de UP; Gonçalves

(2013) ao avaliar o impacto do ensino à distância no conhecimento de docentes

de enfermagem acerca da avaliação de feridas crônicas e Andrade et al. (2014)

que verificaram o efeito de uma intervenção educacional presencial e a

distância no conhecimento de enfermeiros sobre UP.

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Apesar do crescente interesse na utilização de conteúdo relacionado ao

sistema tegumentar mediante a utilização das TICs, observam-se lacunas nas

pesquisas internacionais e nacionais relacionadas à utilização de tecnologias

educacionais no processo de ensino-aprendizagem do sistema tegumentar e

não existência na literatura de estudos que abordem o raciocínio diagnóstico

em enfermagem aplicado a esse sistema.

Portanto, ao considerar a contemporaneidade e o uso das TICs julga-se

necessário que as práticas de ensino integrem-se a essas tecnologias e

fomentem a utilização de OVAs, visto que se vislumbra que estes possibilitem

uma prática educativa transformadora concebida a partir do pensamento crítico

reflexivo e da autonomia dos discentes no processo de aprendizagem,

particularmente quando se relaciona a perspectiva da aplicabilidade do

raciocínio diagnóstico de enfermagem.

2.2 Raciocínio diagnóstico em enfermagem

A denominação diagnóstico de enfermagem é utilizada, ao longo do

tempo, sob três vertentes distintas que o intitula ou como uma etapa do

processo de enfermagem ou como um processo de pensamento ou ainda

como uma categoria nominal (CARPENITO-MOYET, 2009).

Todavia, na análise de Barros (2012) uma vertente não se sobrepõe à

outra, uma vez que não é possível abordar o diagnóstico como etapa do

processo de enfermagem sem considerar os processos mentais utilizados na

realização dessa etapa, bem como as categorias nominais para discriminar tais

processos.

Cruz (2010) salienta que o diagnóstico ao ser definido como processo de

pensamento requer do diagnosticador um ato de julgamento das observações

obtidas pela anamnese e exame físico por meio de operações perceptivas e

cognitivas complexas com objetivo de chegar a uma expressão nominal ou

termo (categoria nominal) que designa uma situação pertinente à saúde.

O ato de diagnosticar é um processo de inferência formado a partir da

interpretação, combinação e integração das informações do estado de saúde

do indivíduo ao se basear em sinais, sintomas, resultados de exames

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complementares, aspectos sociais e contexto no qual o indivíduo encontra-se

inserido (TANNER, 1984; LÓPEZ, 2001).

O desenvolvimento de pesquisas sobre os diagnósticos de enfermagem

revelou que alguns fenômenos ou respostas tinham relação entre si e podiam

ser categorizados em classes, assim, teve-se a necessidade de formular

taxonomias para os diagnósticos de enfermagem (CRUZ, 1995).

Os vários sistemas de classificação dos diagnósticos de enfermagem

desenvolvidos contribuem no delineamento do corpo de conhecimento

específico da profissão e na denominação dos fenômenos da prática clínica. O

sistema de classificação de diagnóstico de enfermagem mais difundido no

Brasil é a taxonomia da North American Nursing Diagnosis Association

International (NANDA-I) (ALMEIDA, 2002).

O diagnóstico de enfermagem descreve as respostas humanas sobre

problemas relacionados à saúde e os efeitos desses sobre as atividades da

vida diária por isso, é um componente essencial do processo de enfermagem

que requer conhecimento de alto nível e constitui a base para o planejamento,

intervenção e evolução de enfermagem (RISNER, 1986).

Corroborando com esta questão, a NANDA-I define diagnóstico de

enfermagem como julgamento clínico sobre as respostas do indivíduo, da

família e da comunidade aos problemas de saúde reais ou potenciais (NANDA-

I, 2012). Com isso, pode inferir-se que o escopo da enfermagem ao

diagnosticar é identificar as respostas das pessoas, grupo ou comunidade

diante dos problemas de saúde ou processos vitais.

Para Almeida (2002) a construção do diagnóstico de enfermagem

implica em um processo interpretativo de raciocínio clínico o qual possibilita

identificar as respostas fisiológicas, psicológicas, culturais do indivíduo frente

aos processos vitais.

Para formular o diagnóstico de enfermagem é preciso desencadear o

raciocínio clínico para que assim seja definido o julgamento clínico. Por isso, o

raciocínio clínico é elaborado mentalmente de forma organizada no sentido de

gerar um julgamento e conferir respaldo às intervenções planejadas

(LINHARES, 2010).

Na acepção de Corrêa (2003) raciocinar clinicamente implica na

utilização de processos mentais que envolvem o raciocínio diagnóstico e o

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terapêutico. Naquele são estabelecidas sucessivas etapas que irão compor um

processo mental complexo cujo objetivo é elaborar o julgamento clínico para

estabelecimento do diagnóstico de enfermagem, já este tem objetivo de

selecionar a melhor prática terapêutica.

Lira e Lopes (2011) acrescentam que o processo de tomada de decisão

exige dos enfermeiros raciocínio clínico que é definido como é uma das etapas

mais complexas em termos cognitivos e um dos aspectos que mais reflete

diretamente na conduta terapêutica.

Levett-Jones et al. (2010) conceituam raciocínio clínico como processo

de coletar informações, descrever a situação do paciente, interpretar a

informação, fazer inferências, planejar e implementar intervenções e avaliar os

resultados. Quando se direciona o raciocínio clínico para identificação das

necessidades do paciente que foram afetadas para posteriormente formular o

diagnóstico de enfermagem tem-se o raciocínio diagnóstico.

Para Linhares (2010) o raciocínio clínico envolve as abordagens

perceptuais e inferenciais, nas primeiras discernem-se o tipo de dado que é

importante e que precisa ser coletado e nas inferenciais estabelecem-se o

significado, a relevância e a relação dos achados entre si.

Concorda-se com Pinnock e Welch (2013) ao assinalarem que as

estratégias de ensino baseadas em estudos de caso, relatos de casos e

simulações que utilizam paciente virtual contribuem substancialmente no

desenvolvimento do raciocínio clínico de estudantes.

Todavia, acrescenta-se nesta perspectiva que a utilização de objetos de

aprendizagem e outras ferramentas das TICs apresentam-se como

instrumentos potenciais para o ensino, aprendizagem e aprimoramento do

raciocínio clínico, especialmente do raciocínio diagnóstico em enfermagem.

Para o raciocínio clínico utilizam-se estratégias formais e informais de

pensamento no intuito de coletar, analisar, agrupar e avaliar informações e

tomar decisões clínicas o que torna o referido processo mental essencial para a

prática de enfermagem (SIMMONS, 2010).

O processo cognitivo de elaboração dos diagnósticos de enfermagem,

que é comumente denominado de raciocínio diagnóstico, exige dos

profissionais de enfermagem competência de nível elevado, visto que não se

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trata de uma atividade simples, pois requer monitoramento e controle rigoroso

do pensamento (NANDA-I, 2012).

Paans et al. (2011) ao identificarem por meio de uma revisão sistemática

os fatores que influenciam a acurácia do diagnóstico de enfermagem na prática

clínica apontaram quatro subtemas que convergem diretamente para a

acurácia diagnóstica, a saber: atitude e disposição do enfermeiro para formular

e documentar o diagnóstico, experiência bem-sucedida no processo de

formulação dos diagnósticos, conhecimento de diagnóstico e habilidades de

raciocínio diagnóstico.

Carvalho, Jesus, Bachion (2010) enfatizam que o processo de raciocínio

diagnóstico é produto de uma sequência de passos iniciados com a coleta de

dados acerca da situação do indivíduo, família ou comunidade sendo finalizado

com a denominação da inferência feita pelo profissional frente ao que foi

observado.

Raciocinar com objetivo de elencar o diagnóstico de enfermagem

envolve a operacionalização dinâmica e não linear de dimensões cognitivas e

mentais com a finalidade de obter um julgamento a respeito da situação do

indivíduo, família ou comunidade.

O raciocínio diagnóstico é um processo complexo resultante da

integração do pensamento com a coleta de dados, observação e agrupamento

de informações com objetivo de identificar, classificar e nomear os fenômenos

que são encontrados nas diversas situações clínicas (CARNEVALI, 1984).

Consoante aos escritos de Cholowski e Chan (1992) o raciocínio

diagnóstico trata-se de uma atividade cognitiva complexa que envolve além da

geração de hipóteses, a incessante coleta de informações e análise da

situação clínica aliadas ao conhecimento científico e experiência profissional

para confirmar ou rejeitar as hipóteses.

Nas concepções de Wong e Chung (2002) o raciocínio diagnóstico

envolve o reconhecimento de sinais e sintomas do paciente, análise dos dados

e julgamento das situações clínicas que se desdobrará em um enunciado

diagnóstico.

Além disso, tal raciocínio inclui alguns elementos, a saber: conteúdo de

conhecimento que se refere àquele que o enfermeiro acumula e

consequentemente leva para a atividade diagnóstica; levantamento de

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conhecimento que consiste no reconhecimento e registro das informações

clínicas e requer do enfermeiro a capacidade de agrupar, interpretar e

organizar essas informações; raciocínio lógico o qual se relaciona com o

processo de fazer conexões entre as informações clínicas coletadas e o

conhecimento adquirido o que é fundamental para desenvolver ideias e

suposições e por fim, o último elemento que se refere ao processamento das

informações definido como diferentes caminhos que se percorrem para

organizar, estruturar e lidar com as informações clínicas (CHOLOWSKI; CHAN,

1992).

Em virtude dos elementos mencionados, concorda-se com Risner (1986)

ao declarar que o processo de diagnosticar em enfermagem requer

conhecimento que inclua anatomia, fisiologia, patologia, psicologia,

epidemiologia, teorias de enfermagem, além de pensamento crítico e tomada

de decisão.

Dentre os vários modelos de raciocínio clínico, tem-se o modelo do

raciocínio diagnóstico de Risner o qual se baseia no conhecimento científico e

na experiência do profissional o que favorece a identificação e o

estabelecimento do diagnóstico de enfermagem. Ao analisar o raciocínio de

Risner, vislumbra-se um modelo de raciocínio diagnóstico que pode ajudar

fundamentalmente os discentes em enfermagem a elaborar diagnósticos de

enfermagem acurados que retratem as reais ou potenciais respostas do

indivíduo em relação aos problemas que envolvem o sistema tegumentar.

No modelo de raciocínio de Risner o processo de diagnosticar contempla

fases separadas em: análise (categorização dos dados e identificação de

lacunas) síntese dos dados (agrupamentos das evidências clínicas em

padrões, comparação dos padrões com teorias ou conceitos, inferências nas

quais são feitas o julgamento clínico e proposição da relação etiológica dos

achados) e estabelecimento dos diagnósticos propriamente ditos (CARVALHO

et al., 1996).

Na categorização dos dados organizam-se e classificam-se os dados de

maneira sistemática e lógica. Para a identificação de lacunas, o enfermeiro

dirige-se aos dados categorizados e questiona-se quais os dados que não

foram coletados, revisando o processo de coleta e procurando incongruências

e divergências entre os dados categorizados, essa etapa depende

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fundamentalmente do conhecimento e experiência do enfermeiro (RISNER,

1986).

No agrupamento das evidências clínicas aglutinam-se os sinais e

sintomas que indicam uma sequência de comportamento. Ao comparar os

dados coletados com teorias ou conceitos são feitas conclusões sobre o estado

de saúde do paciente em virtude da comparação das informações do paciente

com os padrões estabelecidos por normas, conceitos e teorias (RISNER,

1986).

Ainda na fase de síntese, o enfermeiro faz o julgamento clínico que

consiste em sua opinião sobre os problemas de saúde apresentados pelo

paciente. No julgamento clínico são estipuladas hipóteses e elaboradas as

inferências clínicas dando origem ao título do diagnóstico. Ao final da fase de

síntese, tem-se a proposição de relações etiológicas na qual há exploração e

identificação de fatores que influenciam e contribuem com as manifestações

clínicas inferidas (RISNER, 1986).

Doenges e Moorhouse (2008) dividem didaticamente o raciocínio

diagnóstico em seis passos, a saber: detecção de problemas, exclusão de

pistas, síntese das informações, avaliação e confirmação das hipóteses,

listagem das necessidades do cliente e reavaliação do problema listado. No

primeiro passo as informações coletadas são revisadas e analisadas para

identificar as necessidades do cliente afetadas, nesse passo sugere-se que o

agrupamento das informações coletadas em padrões pode auxiliar na detecção

de problemas. Para a exclusão de pistas é necessário explanar todas as

alternativas possíveis de diagnóstico para comparar e contrastar os dados a fim

de excluir informações irrelevantes.

Na síntese das informações são criadas hipóteses de diagnósticos de

enfermagem em relação às necessidades afetadas do cliente com a

identificação dos fatores relacionados dos diagnósticos. No quarto passo, tem-

se a avaliação das hipóteses, confirmação dos diagnósticos e a utilização de

uma taxonomia de diagnósticos de enfermagem. Na listagem das

necessidades do cliente há junção do problema mais a etiologia e sinais e

sintomas para denominação do título do diagnóstico. E por fim, tem-se a

reavaliação do diagnóstico que enfoca os diagnósticos prioritários do cliente

(DOENGES; MOORHOUSE, 2008).

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No que concerne ao ensino do diagnóstico de enfermagem e ênfase no

raciocínio diagnóstico, Almeida (2002) expõe que não se trabalha tal assunto

desde as primeiras disciplinas do curso de graduação, e que existe falta de

entendimento sobre a estrutura da taxonomia de diagnóstico utilizada, déficit de

conhecimento em relação à fisiopatologia das doenças, além de dificuldade dos

discentes em compreender que o diagnóstico de enfermagem refere-se às

respostas do indivíduo perante os processos vitais.

Para Bittencourt (2011) apesar da evolução da enfermagem no que se

refere ao desenvolvimento de conhecimentos específicos, ainda tem-se

dificuldades na consolidação do raciocínio diagnóstico enquanto habilidade que

ajuda no julgamento de evidências clínicas com objetivo de expressar com

exatidão as necessidades do paciente.

Corroborando com esta questão, o estudo de Silva et al. (2011) concluiu

que as dificuldades dos alunos no processo de aprender diagnosticar são

multidimensionais e estão relacionadas aos hábitos de estudo, ao aprendizado

sobre como manusear corretamente os livros, à deficiência teórica e prática e à

aplicação do conhecimento de diagnóstico.

Depreende-se do estudo de Paans et al. (2010) que para melhorar a

acurácia dos diagnósticos de enfermagem, principalmente dos relacionados à

pele, faz-se necessário fomentar as habilidades dos alunos na utilização de

fontes de conhecimentos como o manuseio das taxonomias de diagnósticos,

consulta a manuais, protocolos e estudos clínicos e investir-se na utilização de

habilidades analíticas de raciocínio, pois essas proporcionam aos alunos

capacidade de analisar e comprovar as informações relativas a um paciente ao

permitir o reconhecimento e melhor manejo de situações clínicas importantes e

contrapor-se a formulação do diagnóstico de forma não analítica baseada na

intuição.

Em uma revisão integrativa da literatura realizada por Samuriwo e

Dowding (2014) a qual analisou as publicações do ano de 1992 a 2013 sobre o

julgamento clínico dos enfermeiros em relação à prevenção, classificação,

avaliação e manejo de UP durante a prática clínica, evidenciou que não há

estudos publicados que exploram o processo de raciocínio dos enfermeiros na

avaliação do risco de desenvolvimento de UP o que reflete na não formulação

de diagnósticos de enfermagem reais ou potenciais relacionados à pele e

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consequentemente não tomada de decisão que interfira no desenvolvimento da

ferida.

Mais recentemente, quando se refere à utilização do raciocínio clínico

durante a avaliação da pele, Balzer et al. (2014) expressam que o julgamento

clínico das manifestações dos pacientes em risco de desenvolver UP e as

inferências diagnósticas feitas a partir da observação destas manifestações são

essenciais e por isso, o enfermeiro deve levá-las em conta na tomada de

decisão acerca das ações preventivas e curativas relacionadas a UP.

2.3 Referencial pedagógico da educação problematizadora

O referencial pedagógico que o presente estudo teve com alicerce para

desenvolvimento do OVA “Raciocínio Diagnóstico em Enfermagem Aplicado ao

Sistema Tegumentar” foi o da educação problematizadora de Paulo Freire, pois

acredita-se que a problematização e a educação libertadora proposta por este

autor promovem a conscientização com consequente mudança no

comportamento dos indivíduos.

Para Freire (1999) a problematização permite que o homem desenvolva

sua consciência crítica e essa progressiva tomada de consciência, gerada pelo

conhecimento crítico da realidade, leva à conscientização definida por Freire

(2009) como uma aproximação crítica da realidade que se dá na relação teoria-

prática e implica na compreensão mais crítica e criativa do mundo.

Freire (2003) defende que somente a educação dialógica pode fomentar

a problematização, por isso o educador deve problematizar o conteúdo para os

educandos e não apenas entregá-lo como algo já feito e acabado. Com isso, a

educação bancária a qual se baseia na transferência do conhecimento dar

espaço à educação dialógica.

Na acepção de Ramacciotti (2010) problematizar significa analisar

criticamente a realidade problema e no campo educacional representa o

desafio que o educador propõe aos educandos para que estes possam

desenvolver uma reflexão mais profunda sobre aspectos da realidade que não

haviam percebido de forma crítica.

Na prática problematizadora os alunos desenvolvem seu poder de

compreensão do mundo que os cerca ao reconhecer a interação entre as

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partes que compõem a totalidade de um fenômeno. A pedagogia

problematizadora deve promover um processo de internalização e

conscientização no qual as pessoas são sujeitos ativos na construção do

conhecimento (FREIRE, 2003).

Concorda-se com Freire (2003) ao defender a educação como uma

possibilidade de liberdade a qual não pode ser praticada como um depósito de

conteúdo, pois o processo de ensino-aprendizagem deve proporcionar ao aluno

desenvolver-se como ser político, social e intelectual.

Miranda e Barroso (2004) expõem que os conceitos de Freire mais

significativos para a enfermagem referem-se à problematização, ao diálogo, a

liberdade e a conscientização dos quais se destaca a problematização como

ação transformadora que parte de situações vivenciadas e implica na reflexão

destas de maneira crítica de forma a compreender melhor os fenômenos

vivenciados.

Para Ferrari, Angotti e Tragtenberg (2009) a proposta de educação

problematizadora mediada pelas tecnologias torna-se viável a partir da

utilização de um AVA, por agregar as ferramentas de comunicação que

permitem a interação online.

Conforme expõem Nardin, Freut e Bastos (2009) a interação dialógico-

problematizadora é fundamental no desenvolvimento cognitivo do aluno e

efetiva-se no software Moodle por meio das diferentes ferramentas de

atividades que tal software permite conjugar ao possibilitar um diálogo

problematizador entre professor e aluno sobre questões problematizadoras

expostas no ambiente de aprendizagem.

A literatura registra trabalhos que utilizaram as TICs para a construção

de ambiente de aprendizagem com base na abordagem pedagógica dialógico-

problematizadora com destaque para os seguintes estudos: Fonseca (2007) ao

desenvolver e validar um software educacional sobre a semiotécnica e

semiologia do recém-nascido pré-termo; Góes (2010) ao desenvolver um

objeto virtual de aprendizagem sobre raciocínio diagnóstico em enfermagem

aplicado ao recém-nascido; Nardin (2011) ao avaliar um ambiente de

aprendizagem para abordagem da temática meio ambiente e Ferecini (2011)

ao desenvolver um objeto digital de aprendizagem sobre aleitamento materno

do prematuro.

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Ao se respaldar nas experiências positivas listadas acima que utilizaram

a educação problematizadora, acredita-se que tal referencial pedagógico

contribui no aperfeiçoamento da forma de ensinar e aprender o raciocínio

diagnóstico em enfermagem aplicado ao sistema tegumentar ao atenuar as

dificuldades encontradas pelos alunos durante este processo.

O referencial da educação problematizadora possibilitou que a

aprendizagem no OVA tivesse repercussões individuais ao dar importância à

observação sistemática, análise, avaliação, associação de ideias, extrapolação

do conteúdo abordado e utilidade prática e repercussões coletivas ao

proporcionar o engajamento do aluno, a construção coletiva do conhecimento e

compartilhamento de saberes e experiências culminando em uma nova forma

de pensar e fazer.

3 METODOLOGIA

3.1 Tipo de estudo

Pesquisa metodológica aplicada de produção tecnológica.

A pesquisa metodológica é definida por Polit, Beck e Hungler (2004)

como métodos de obtenção, organização e análise dos dados cuja meta é a

elaboração de um instrumento utilizável, preciso e confiável.

Os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) da Biblioteca Virtual em

Saúde (BVS) definem pesquisa metodológica em enfermagem como uma

pesquisa conduzida por enfermeiros que se refere às técnicas e métodos no

intuito de implementar projetos e documentar informações (BVS, 2006).

No que se refere à pesquisa aplicada, Apolinário (2006) define que tal

pesquisa está ligada ao desenvolvimento de novos produtos ou processos

orientados pela necessidade vigente.

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3.2 Local e período do estudo

O local escolhido para execução desta pesquisa foi um Departamento de

Enfermagem de uma universidade pública do Piauí e a implementação do OVA

“Raciocínio Diagnóstico em Enfermagem Aplicado ao Sistema Tegumentar”

ocorreu nos meses de setembro e outubro de 2014.

3.3 População e amostra do estudo

A população foi constituída por 92 discentes do sétimo, oitavo e nono

período do curso de enfermagem de uma instituição de ensino superior (IES)

pública do Piauí. A amostra foi do tipo não probabilística por conveniência e os

critérios de inclusão elencados foram estar regularmente matriculado e

cursando, no período de 2014.2, o sétimo, oitavo ou nono período do curso de

Enfermagem e aceitar participar do estudo ao se manifestar por meio do termo

de consentimento livre e esclarecido -TCLE (ANEXO A). Elencou-se os alunos

destes blocos posto que tais alunos estão familiarizados com as taxonomias de

enfermagem e são estimulados a utilizar o raciocínio diagnóstico durante os

estágios.

Dos 30 alunos de enfermagem que aceitaram participar da pesquisa e

foram cadastrados no ambiente Moodle do Centro de Educação a Distância

(CEAD) da IES, 21 acompanharam as atividades dos quatro módulos do OVA e

responderam o questionário de avaliação ao final da fase de implementação do

OVA (Fluxograma 1).

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Fluxograma 1: Fluxograma de descrição da composição da amostra do estudo. Teresina, Piauí, 2014.

3.4 Metodologia para desenvolvimento do objeto virtual

De acordo com Falkembach (2005) a metodologia para concepção de

OVAs consiste em uma compilação de normas, procedimentos, técnicas que

definem o modelo desejado para atender os requisitos de padronização,

flexibilização, documentação, modularização e planejamento do material

educativo.

Para o desenvolvimento do objeto virtual por coerência com a finalidade

e os objetivos do estudo seguiu-se os parâmetros do modelo ADDIE (Analysis,

Design, Development, Implementation and Evaluation) para design instrucional

contextualizado (DIC) (FILATRO, 2010). Na figura 1 ilustram-se as etapas do

modelo ADDIE com as principais atividades desenvolvidas em cada uma das

fases.

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Figura 1: Etapas do desenvolvimento do OVA “Raciocínio Diagnóstico em Enfermagem Aplicado ao Sistema Tegumentar”. Teresina, Piauí, 2014.

Na concepção de Filatro (2010) o DIC é definido como processo de

planejamento, desenvolvimento e utilização sistemática de métodos e técnicas

para projetos educacionais apoiados por tecnologia que facilita a

contextualização e disposição funcional do assunto abordado.

O DIC apresenta-se de forma não linear que proporciona flexibilidade e

dinamicidade ao modo de planejar e produzir materiais didáticos ao permitir

estruturar, modificar e adequar o material articulando a forma que o material

educativo é apresentado com a função a qual ele desempenha.

Ao levar em conta a interação do aluno, as ênfases educacionais

referentes ao conteúdo, atividade ou comunicação e as competências digitais

requeridas, Filatro (2010) descreve cinco padrões de interação que variam

desde a menor interação do aluno com o ambiente de aprendizagem até a

ampla imersão do aluno no processo de ensino-aprendizagem.

No padrão informacional são disponibilizadas as informações para fins

de consulta. Por as informações serem estáticas há pouca ou nenhuma

interação virtual do aluno com os demais participantes inseridos no ambiente

de aprendizado e requer pouca manutenção por parte da equipe técnica.

O padrão suplementar fornece basicamente o conteúdo, a maior parte

da aprendizagem ocorre off-line e requer manutenção diária ou semanal do

ambiente de aprendizagem por parte da equipe técnica.

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No padrão essencial a maior parte do conteúdo é obtida na internet, este

padrão exige do aluno uma postura mais ativa para garantir a sua própria

aprendizagem, requer manutenção contínua por parte da equipe técnica e

enfatiza as atividades.

No padrão colaborativo o aluno gera a maior parte do conteúdo por meio

de ferramentas de colaboração como email, chat e fórum, há ênfase nas

atividades e na comunicação e requer manutenção constante por parte da

equipe técnica.

No padrão imersivo todo o conteúdo da aprendizagem é obtido por meio

da internet e a interação entre aluno e conteúdo, aluno e aluno e aluno e

educador ocorre online e essa se configura a parte principal da estrutura do

ambiente. O ambiente de aprendizagem proposto é mais complexo e apresenta

abordagem construtivista que permite ao aluno construir seu próprio

conhecimento de forma individual e coletiva.

Neste sentido, o OVA proposto inseriu-se predominantemente no padrão

essencial e imersivo, pois o conteúdo foi obtido apenas por meio da internet e

exigiu do aluno autonomia e atitude reflexiva para resolução das atividades

propostas no intuito de construir ou aprofundar seu próprio conhecimento a

partir do conteúdo explanado, análise dos estudos de casos, utilização do

raciocínio diagnóstico e formulação de diagnósticos de enfermagem

relacionados ao sistema tegumentar.

Todavia, utilizou-se em menor proporção elementos correspondentes a

outros padrões, tais como: guia do aluno e material para bibliografia

complementar (padrão informacional) e utilização da ferramenta fórum e

comunicação via email (padrão colaborativo).

3.4.1 Fases do estudo

3.4.1.1 Análise

Nesta etapa, definiram-se o tema, o objetivo do curso, o conteúdo a ser

apresentado, as mídias a serem utilizadas bem como os recursos disponíveis

para aplicação das mesmas.

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Após análise prévia, decidiu-se pela inserção do OVA no ambiente

virtual do Moodle pois se trata de um software livre, ou seja, sem necessidade

de aquisição de licença e de fácil manuseio. Adiciona-se a isso, a condição de

tal software possibilitar a customização o que torna o aprendizado mais

dinâmico e dirigido, além disso, o referido software está disponível no CEAD da

IES pública.

Foram desenvolvidos quatro módulos para disponibilização do assunto

relacionado ao sistema tegumentar e ao raciocínio diagnóstico em

enfermagem. O objetivo geral do OVA foi desenvolver conhecimento sobre o

sistema tegumentar e o raciocínio diagnóstico em enfermagem aplicado a este

sistema.

Para definição dos objetivos educacionais de cada módulo do OVA

utilizou-se a taxonomia revisada de Bloom. A taxonomia dos objetivos

educacionais proposta por Bloom e colaboradores em 1956 é definida como

uma estrutura de classificação das declarações do que se espera ou pretende

que os alunos aprendam como resultado da instrução.

Os objetivos educacionais são formulações explícitas do que se espera

do aluno ao final do processo de ensino o qual se caracteriza como um ato

intencional e fundamentado que visa atingir comportamentos pré-

estabelecidos.

A taxonomia original está dividida em três domínios de aprendizagem

que se referem ao domínio cognitivo, afetivo e psicomotor. O domínio cognitivo

é o mais difundido desta taxonomia e está relacionado ao aprender e a dominar

um assunto, e é dividido em seis classes hierárquicas: conhecimento,

compreensão, aplicação, análise, síntese e avaliação. O domínio afetivo

engloba categorias ligadas ao campo emocional, sentimental, a aceitação e

rejeição e encontra-se dividido em acolhimento, resposta, valorização,

organização e caracterização. Por fim, o domínio psicomotor refere-se a

alguma habilidade muscular ou motora, todavia Bloom e colaboradores não

desenvolveram a estrutura desse domínio, apenas citaram-no (BLOOM et al.,

1956).

Em 2001, Anderson et al. sugerem uma revisão dos trabalhos de Bloom

e colaboradores e propõem uma taxonomia revisada cuja principal

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característica desta é a estrutura bidimensional formada pela dimensão do

conhecimento e dimensão do processo cognitivo.

Na taxonomia revisada algumas classes do domínio cognitivo da

taxonomia original foram renomeadas, outras foram alteradas da forma de

substantivo para a forma verbal, a saber: conhecimento foi alterado para

lembrar, compreensão foi modificado e deu origem à categoria entender,

aplicação, análise e avaliação foram alteradas respectivamente para as formas

verbais aplicar, analisar e avaliar. A categoria síntese foi permutada de lugar na

escala hierárquica e representa a última categoria da dimensão do processo

cognitivo da taxonomia revisada que é o criar.

A dimensão do processo cognitivo envolve a promoção da retenção e da

transferência, aquela requer que os alunos relembrem o que haviam aprendido

e esta se refere à habilidade de usar aquilo que foi aprendido para resolução

de problemas ou para facilitar a aprendizagem de um novo assunto. Tal

dimensão encontra-se dividida em seis categorias: lembrar, entender, aplicar,

analisar, avaliar e criar sendo a primeira categoria referente ao processo de

retenção e as demais categorias ao de transferência (ANDERSON et al., 2001).

A categoria lembrar aplica-se quando a instrução promove a retenção do

material da mesma forma como foi ensinado e refere-se a recuperar o material

a partir da memória de longo prazo. É formada por duas subcategorias

representadas por verbos no gerúndio, a saber: reconhecendo e recordando,

aquele distingui e seleciona uma determinada informação e este está

relacionado a busca ou retorno à mente da informação que foi memorizada.

A categoria entender refere-se a construir significado a partir de

mensagem de comunicação oral, escrita ou gráfica formando uma conexão

entre o novo e o conhecimento previamente adquirido. Após a informação ser

entendida o aluno consegue reproduzi - lá de forma pessoal. Essa categoria

está dividida nas seguintes subcategorias: interpretando, exemplificando,

classificando, sumarizando, inferindo, comparando e explicando.

O fato de o aluno realizar ou usar um procedimento em uma

determinada situação familiar ou desconhecida representa a categoria aplicar,

a qual é dividida nas subcategorias excetuando quando se aplica o

conhecimento em tarefas cotidianas e implementando quando a tarefa a ser

executada não é familiar ao aluno.

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A categoria analisar envolve romper os materiais em partes e determinar

como estas estão relacionadas entre si e com o todo e inclui as subcategorias

diferenciando que consiste em distinguir a parte relevante da irrelevante de um

material; organizando que envolve determinar como os elementos se encaixam

dentro de uma estrutura e a subcategoria atribuindo que ocorre quando o aluno

é capaz de determinar o ponto de vista, valores e preconceitos apresentados

no material.

O fazer julgamentos com eficácia e eficiência baseados em critérios e

normas representa o avaliar o qual é formado pela subcategoria checando que

ocorre quando o aluno detecta inconsistências dentro de um produto ou

processo ou determina a efetividade e eficácia interna de um produto e a

subcategoria criticando que ocorre quando o aluno detecta inconsistências

entre o produto e critérios externos.

Por fim, a última categoria do processo cognitivo refere-se ao criar que é

definido como ato de dispor os elementos juntos no intuito de formar um todo

coerente e funcional ou reorganizar os elementos em novos padrões e

estruturas. Envolve o desenvolvimento de ideias novas e originais e é formada

pelas subcategorias generalizando, planejando e produzindo.

A dimensão do conhecimento está diretamente relacionada ao conteúdo,

representa o quê o aluno deve apreender e encontra-se dividida em quatro

categorias ao longo de um contínuo com nível crescente de abstração, a

seguir: conhecimento factual, conhecimento conceitual, conhecimento

procedural e conhecimento metacognitivo.

O conhecimento factual representa o conhecimento discreto formado por

componentes isolados e básicos que o aluno deve conhecer para familiarizar-

se com o conteúdo ou disciplina, inclui conhecimento de conteúdo específico

tais como terminologias e detalhes específicos e relaciona-se a fatos que não

precisam ser entendidos ou combinados, apenas reproduzido como

apresentados (ANDERSON et al., 2001).

Para fazer inter-relação entre elementos básicos e o contexto como todo

o aluno deve utilizar o conhecimento conceitual que é uma forma mais

organizada de conhecimento o qual exige um esquema mental de como os

conteúdos são organizados e estruturados e requer uma interligação entre os

elementos básicos com objetivo de formar um todo organizado. Este

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conhecimento inclui o conhecimento de classificação e categorias, de princípios

e generalização e conhecimento de teorias, modelos e estruturas (ANDERSON

et al., 2001).

O conhecimento procedural refere-se ao conhecimento de como fazer

algo e inclui o conhecimento de algoritmos, técnicas e métodos, bem como o

conhecimento de critérios usados para determinar ou justificar o momento de

fazer determinado procedimento ou tarefa (ANDERSON et al., 2001).

Apesar de Anderson et al. (2001) estruturarem a dimensão do

conhecimento em níveis crescente de abstração, algumas vezes o

conhecimento conceitual e procedural invertem-se em termos de abstração,

com o conhecimento procedural sendo mais concreto do que o conhecimento

conceitual de proposições abstratas.

A última categoria da dimensão do conhecimento refere-se ao

conhecimento metacognitivo o qual envolve o conhecimento cognitivo real, a

autoconsciência da aprendizagem e a profundidade do conhecimento

adquirido. Por isso, o conhecimento metacognitivo permite utilizar aquilo que foi

previamente assinalado no intuito de resolver problemas e inclui conhecimento

estratégico, conhecimento sobre atividades cognitivas e auto-conhecimento.

A taxonomia revisada de Bloom por ser bidimensional possibilita dispor

os objetivos em um quadro no qual o eixo vertical representa a dimensão do

conhecimento e o eixo horizontal refere-se à dimensão do processo cognitivo e

na interseção entre os dois eixos há uma célula na qual se pode inserir o

objetivo. Consoante aos escritos de Anderson et al. (2001) um objetivo pode

ser inserido em mais de uma célula da dimensão do conhecimento e não é

necessário o preenchimento de todas as células consecutivas.

A classificação dos objetivos educacionais do OVA conforme a

taxonomia revisada de Bloom está disposta no quadro 1 abaixo. Os objetivos

foram:

Objetivo 1: Lembrar a anatomia do sistema tegumentar.

Objetivo 2: Identificar a função de cada estrutura do sistema

tegumentar.

Objetivo 3: Recordar as fases do processo de cicatrização da pele.

Objetivo 4: Conceituar o diagnóstico de enfermagem.

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Objetivo 5: Descrever o diagnóstico de enfermagem na perspectiva da

taxonomia da North American Nursing Diagonosis Association International

(NANDA-I).

Objetivo 6: Conceituar o raciocínio de Risner.

Objetivo 7: Explicar as etapas do raciocínio de Risner.

Objetivo 8: Analisar as situações problemas de cada caso clínico.

Objetivo 9: Aplicar o raciocínio de Risner no processo de raciocínio

diagnóstico.

Objetivo 10: Criar diagnósticos de enfermagem pertinentes para cada

caso na perspectiva da taxonomia da NANDA-I.

Ressalta-se que houve uma modificação no objetivo 10, pois durante a

implementação do objeto com os alunos foi elencado o verbo criar, porém após

a implementação observou-se a necessidade de ajustar o referido objetivo com

a mudança do verbo criar para o verbo nomear, todavia tal objetivo insere-se

na dimensão do processo cognitivo criar pois envolve a reorganização e

disposição das ideias para formar um todo coerente e funcional.

Quadro 1: Distribuição dos objetivos educacionais do OVA “Raciocínio Diagnóstico em Enfermagem Aplicado ao Sistema Tegumentar” conforme a taxonomia revisada de Bloom. Teresina, Piauí, 2014.

Dimensão do processo cognitivo

Dimensão do conhecimento

Lembrar Entender Aplicar Analisar Avaliar Criar

Conhecimento factual

Objetivo 1 Objetivo 2

Conhecimento conceitual

Objetivo 2 Objetivo 3

Objetivo 4 Objetivo 6

Objetivo 9 Objetivo 8 Objetivo 10

Conhecimento procedural

Objetivo 5 Objetivo 7

Objetivo 9 Objetivo 8 Objetivo 10

Conhecimento metacognitivo

3.4.1.2 Design

A execução desta fase ocorreu nos meses de janeiro a abril de 2014 e

envolveu o planejamento e o design da situação didática, com o mapeamento e

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sequenciamento dos conteúdos. Foram elaborados storyboards que são

compreendidos como roteiros que especificam passo a passo o conteúdo a ser

produzido (FILATRO, 2008). O storyboard foi desenvolvido em Power Point e

neste foram detalhados os botões de navegação, textos, imagens, animações e

outras instruções que foram seguidas pelo programador conforme mostra o

Apêndice B.

Para o desenvolvimento do conteúdo relacionado ao sistema tegumentar

e raciocínio diagnóstico em enfermagem, as autoras do presente estudo

configuraram-se como conteudistas sendo responsáveis pelo levantamento dos

principais materiais presentes na literatura nacional e internacional que

abordassem o sistema tegumentar e o raciocínio diagnóstico em enfermagem

no intuito de fundamentar o conteúdo abordado nos quatro módulos que foram

mediados pedagogicamente pelo referencial da educação problematizadora de

Paulo Freire.

Ainda foi necessário um analista de sistema com experiência em design

instrucional, que foi contratado com recursos financeiros das pesquisadoras, o

qual desempenhou as seguintes funções: conversão do conteúdo do

storyboard em Power Point para Adobe Flash CS5 que se trata de um

programa gráfico utilizado para criar animações. Além disso, ficou a cargo do

analista de sistemas a realização de testes do material gráfico confeccionado,

confecção das atividades para revisão e montagem do OVA em observância

aos parâmetros de normatização do Sharable Content Object Reference Model

(SCORM) que conforme a Advanced Distributed Learning (2009) consiste em

um conjunto de especificações para a disponibilização de conteúdos e serviços

de e-learning com o foco na reusabilidade, acessibilidade, granularidade,

interoperabilidade e durabilidade.

Para a confecção das atividades de revisão do conteúdo dos três

módulos iniciais utilizou-se o software educacional Hot Potatoes versão 6.0

para Windows que está disponível gratuitamente tanto em língua portuguesa

como em outros idiomas.

O programa Hot Potatoes encontra-se livre para download no endereço

eletrônico https://hotpot.uvic.ca/ e tal programa disponibiliza um pacote de

cinco ferramentas, a saber: JCross que permite a criação de palavras

cruzadas, JMatch que é usado para facilitar a criação de exercícios com

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combinação de colunas, podendo usar tanto textos quanto imagens, JQuiz o

qual cria atividades de múltipla escolha, JClose que é utilizado para criação de

exercícios com preenchimento de lacunas e para completar frases numa

afirmação e JMix o qual permite a criação de atividades do tipo colocar a frase

na ordem correta (HOT POTATOES, 2012).

As ferramentas utilizadas nas atividades do OVA desenvolvido foram:

JQuiz para a confecção de atividades de múltipla escolha e de atividades que

contemplem o julgamento de itens verdadeiros e falsos e JClose para

atividades de preenchimento das lacunas que se referem as assertivas dadas

nas questões.

No que se refere à bibliografia, as referências bibliográficas dos

materiais consultados para a elaboração do conteúdo dos módulos foram

descritas na tela final de cada módulo e a bibliografia complementar foi

disponibilizada em arquivos no formato doc ou pdf armazenado em uma pasta

criada na página inicial do AVA Moodle.

Elaborou-se um guia de orientação do aluno em formato doc e pdf que

contemplava as informações de acesso ao Moodle, instruções de utilização das

ferramentas disponíveis no ambiente, noções de etiqueta no ambiente virtual e

gerenciamento do tempo de estudo.

3.4.1.3 Desenvolvimento

O desenvolvimento compreendeu a produção e adaptação de recursos

didáticos, bem como a inclusão dos mesmos no ambiente Moodle com a

realização dos primeiros testes de manuseio e compatibilidade do OVA com o

AVA.

Após a conversão do material em Adobe Flash e a confecção das

atividades no Hot Potatoes inseriu-se o OVA no ambiente da plataforma

Moodle disponibilizado pelo CEAD da IES.

3.4.1.4 Implementação

No início desta fase, houve encontro presencial com os alunos no intuito

de convidá-los a participar da pesquisa e expor os objetivos da mesma, além

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disso, em tal oportunidade foi disponibilizada uma lista para que aqueles que

concordassem em participar do estudo colocassem seus respectivos emails e

número da matrícula no Sistema Integrado de Gestão de Atividades

Acadêmicas (SIGAA) ou o número do Cadastro de Pessoa Física (CPF). Por

meio do email disponibilizou-se o usuário e a senha de acesso ao conteúdo do

OVA.

A implementação aconteceu nos meses de setembro e outubro de 2014

e compreendeu a situação didática propriamente dita na qual ocorreu o

manuseio do objeto virtual pelos alunos e gerenciamento do objeto com intuito

de garantir seu correto funcionamento. Para Filatro (2008) essa fase é dividida

em publicação e execução, aquela consiste em disponibilizar os conteúdos aos

alunos e no caso do presente estudo, os mesmos tiveram acesso ao objeto

virtual por meio de login e senha que foi enviado via email, já na execução, os

alunos realizaram as atividades propostas interagindo com o conteúdo

apresentado.

3.4.1.5 Avaliação

A avaliação foi feita na perspectiva dos especialistas de informática e

dos discentes em enfermagem. No mês de agosto de 2014, antes da

implementação junto aos discentes em enfermagem, fez-se o convite

pessoalmente a três profissionais da área de informática do estado do Piauí

para avaliarem o OVA desenvolvido no qual os critérios de inclusão dos

avaliadores foram ter formação superior na área de informática, ter experiência

em EaD e aceitar participar da pesquisa ao assinar o TCLE (ANEXO B).

Para avaliar o OVA, utilizou-se o questionário de avaliação do objeto de

aprendizagem Learning Object Review Instrument (LORI) traduzido por

Brondani (2013) composto por nove parâmetros. Cada um dos parâmetros

podem ser pontuados de 1 à 5, no qual o 1 representa baixa adequação para o

parâmetro avaliado e 5 representa alta adequação (ANEXO C).

A avaliação do objeto virtual pelos discentes de enfermagem foi feita por

meio de um questionário composto de uma questão aberta e 14 questões

fechadas das quais cinco eram questões de caracterização dos estudantes e

nove eram questões de avaliação do OVA que foram respondidas por meio de

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47

uma escala intervalar do tipo Likert com as seguintes alternativas de resposta:

concordo fortemente (CF), concordo (C), discordo (D) e discordo fortemente

(DF) (APÊNDICE A).

O questionário elaborado buscou avaliar na perspectiva dos discentes

de enfermagem a importância do conteúdo, a contribuição da tecnologia, o

estímulo ao aprendizado, a adequação do OVA ao ambiente virtual e a

capacidade de atrair o interesse dos discentes.

Para avaliar o questionário propôs-se um estudo piloto no qual foram

convidados e assinaram o TCLE quatro alunos do quinto período do curso de

Enfermagem da IES pública que não fizeram parte da amostra do estudo com

objetivo de identificar dificuldades de compreensão dos quesitos avaliados e a

avaliar a pertinência, suficiência e adequação das questões. Porém, apenas

três desses alunos preencheram o questionário enviado por email e sugeriram

mudanças como a alteração na ordem de apresentação de duas questões.

O questionário elaborado foi disponibilizado tanto em arquivo no formato

doc como em forma de formulário eletrônico confeccionado a partir do sistema

de construção automática do Google Drive que permite desenvolver de

maneira interativa e gratuita formulários eletrônicos usados em pesquisas

online. O questionário construído online foi enviado por email, além disso,

compartilhou-se o seguinte link

https://docs.google.com/forms/d/13em5tF2Ak8wQy_O_eJvkUCt5my4mHNdQFi

h-fojJ8QY/viewform?c=0&w=1&usp=mail_form_link na home page do AVA para

o aluno preenchê-lo online.

A avaliação do OVA também incluiu a verificação da eficácia e

efetividade da ação proposta e tal fase permeou todas as outras fases do

modelo ADDIE no intuito de verificar se o que foi elaborado realmente

representa aquilo que é essencial do conteúdo e se a organização e a quebra

de conteúdo estão adequadas com objetivo de fazer os ajustes pertinentes.

Além disso, para nortear o processo avaliativo do modelo ADDIE utilizou-se as

variáveis de usabilidade, reutilização, granularidade e interoperabilidade.

A usabilidade descreve a qualidade da interação dos usuários com as

ferramentas que estão dispostas na tela do sistema. Os problemas de

usabilidade são geralmente relacionados às dificuldades dos usuários

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encontrarem uma informação desejada ou voltar a uma página anteriormente

visitada (BEVAN, 1995; FREITAS, DUTRA, 2009).

Seixas (2011) assinala que um sistema web é usável quando ele é útil

para determinado público, é de fácil manuseio e o material pode ser apreendido

da forma como está disposto gerando satisfação, atração e interação do

usuário com as ferramentas dispostas na tela do sistema.

Com intuito de evitar problemas neste parâmetro, no OVA “Raciocínio

Diagnóstico em Enfermagem Aplicado ao Sistema Tegumentar” a cada tela

acessada pelo aluno colocou-se o título correspondente ao módulo e ao

assunto abordado naquela tela, procurou-se introduzir informações coesas com

objetivo de evitar o aumento da densidade informacional de cada tela e

aumento da carga cognitiva a ser exigida do aluno. Além disso, no canto

inferior direito da tela inseriu-se botões de ação para retornar, avançar ou ir ao

menu inicial.

A granularidade significa que o conteúdo exposto no objeto de

aprendizagem pode ser dividido em pequenos pedaços de informação os quais

permitem a combinação com outras unidades modulares e consequente

flexibilidade e reuso do material didático em diferentes contextos e situações de

aprendizagem (VIDEGARAY; ZAMORA; DEL-RÍO-MARTÍNEZ, 2009).

A interoperabilidade é a potencialidade da utilização de um objeto com

requisitos mínimos de adaptação em diferentes plataformas,

independentemente do software de acesso à internet ou do sistema

operacional do computador e constitui um importante parâmetro para que seja

possível a reutilização (VIDEGARAY; ZAMORA; DEL-RÍO-MARTÍNEZ, 2009).

Para que esta característica fosse obedecida selecionou-se com cuidado as

ferramentas e programas empregados durante a construção do OVA para que

o mesmo fosse acessível independentemente da plataforma educacional que

venha a ser utilizada.

3.5 Procedimentos éticos

O estudo foi submetido ao Comitê de Ética da UFPI para apreciação e

foi aprovado com CAAE 20228113.8.0000.5214 (ANEXO D) e autorizado pelo

Departamento de Enfermagem do Campus Ministro Petrônio Portella da UFPI

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(ANEXO E). A pesquisa foi desenvolvida em observância aos aspectos éticos

garantidos pela Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde e todos

os participantes assinaram o TCLE.

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50

4 RESULTADOS

Os resultados são apresentados em duas subseções que descrevem

tanto os aspectos relacionados ao desenvolvimento do OVA quanto a

avaliação do OVA por especialistas da informática e por discentes em

enfermagem.

4.1 Desenvolvimento do OVA “Raciocínio Diagnóstico em Enfermagem

Aplicado ao Sistema Tegumentar”

O OVA “Raciocínio Diagnóstico em Enfermagem Aplicado ao Sistema

Tegumentar” inserido no AVA do Moodle disponível pelo Centro de Educação

à Distância (CEAD) da IES é acessado por meio de login e senha no seguinte

endereço eletrônico: http://www.capacitacao-cead.uapi.edu.br/login/index.php

(Figura 2).

Figura 2: Tela de login de acesso ao AVA Moodle no CEAD da IES. Teresina,

Piauí, 2014.

Após efetuar o login, o aluno deve clicar em “Meus cursos” sendo

direcionado à página inicial de apresentação do AVA com a identificação do

título do OVA e o desejo de boas-vindas como mostra a figura 3.

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Figura 3: Página inicial do AVA no Moodle do CEAD da IES. Teresina, Piauí,

2014.

Na figura 4 expõe-se a tela referente ao guia do aluno o qual se trata

de orientações gerais de acesso ao AVA Moodle que tanto foi enviado via

email como o aluno também poderia baixá-lo no formato doc. ou pdf a partir

da tela de apresentação inicial do OVA no Moodle. O referido guia contém

informações relativas ao acesso e esquema de navegação no Moodle,

identificação dos objetivos, atividades programadas, carga horária do OVA e

noções de “netiqueta” que servem para nortear o aluno durante o seu

processo de comunicação e interação com os demais alunos.

Figura 4: Tela referente ao guia do aluno visualizada a partir do AVA Moodle.

Teresina, Piauí, 2014.

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A figura 5 representa a estrutura de navegação do OVA e contempla a

ordem das informações acessadas durante a utilização do objeto de

aprendizagem. O objeto de aprendizagem disponibilizado no Moodle possui

60 telas distribuídas entre a apresentação do OVA e a disposição dos

conteúdos referentes aos quatro módulos com carga horária estimada de seis

horas por módulo, além de duas horas destinadas à ambientação do aluno no

AVA perfazendo uma carga horária total de 26 horas conforme mostra-se no

cronograma ilustrado no quadro 2.

Figura 5: Estrutura de navegação do OVA “Raciocínio Diagnóstico em

Enfermagem Aplicado ao Sistema Tegumentar”. Teresina, Piauí, 2014.

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Quadro 2: Cronograma de execução das atividades de cada módulo do OVA

“Raciocínio Diagnóstico em Enfermagem Aplicado ao Sistema Tegumentar”.

Teresina, Piauí, 2014.

Atividade Conteúdo Período de duração

Carga horária

Ambientação Módulo 1

Guia do aluno, orientações e fórum de discussão. Anatomia e fisiologia do sistema tegumentar. Processo de cicatrização da pele. Material de apoio. Exercícios de revisão.

17/09/2014 à 24/09/2014

2 horas 6 horas

Módulo 2 Definição de diagnóstico de enfermagem. Taxonomia da NANDA-I. Material de apoio. Exercícios de revisão.

25/09/2014 à 02/10/2014

6 horas

Módulo 3 Definição do Raciocínio de Risner. Etapas do Raciocínio de Risner. Material de apoio. Exercícios de revisão.

03/10/2014 à 10/10/2014

6 horas

Módulo 4 Avaliação do OVA

Aplicação do Raciocínio de Risner nos estudos de casos. Questionário de avaliação.

11/10/2014 à 18/10/2014

6 horas

A partir da tela do menu inicial o aluno pode acessar quaisquer

módulos sem hierarquia de acesso e ao final de cada módulo o aluno retorna

ao menu inicial para prosseguir ao módulo seguinte que deseja estudar

possibilitando uma aprendizagem autodirigida e independente (Figura 5). Na

tela de apresentação do menu inicial além da opção de ir diretamente ao

módulo que é de interesse do aluno, teve-se a inclusão de botões de

navegação de ação que permitem retornar e avançar as telas individuais ao

longo de um contínuo dando clareza ao uso dos botões de ação e facilidade

na execução dos comandos dos botões (Figura 6).

O conteúdo apresentado no módulo 1 objetivou promover uma revisão

sobre a anatomia e fisiologia do sistema tegumentar e sobre o processo de

cicatrização da pele além disso, foram propostas leituras de materiais

bibliográficos de apoio e realização de exercícios para revisão do conteúdo

apresentado. No módulo 2, abordou-se a elaboração do diagnóstico de

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enfermagem com a definição do diagnóstico de enfermagem e a descrição do

diagnóstico conforme a taxonomia da NANDA-I e ao final do módulo foram

propostas leituras de materiais complementares e atividades de revisão.

No terceiro módulo, discutiu-se sobre a utilização do raciocínio de

Risner com a conceituação e explicação das etapas preconizadas por este

raciocínio, além de propor leituras de materiais complementares e realizar

atividades de revisão no intuito de fomentar o uso do referido raciocínio

durante a prática clínica. No último módulo houve apresentação e discussão

dos estudos de casos com objetivo de aplicar o raciocínio de Risner em três

situações clínicas e relacionar teoria e prática.

Figura 6: Tela do menu inicial do OVA “Raciocínio Diagnóstico em Enfermagem

Aplicado ao Sistema Tegumentar”. Teresina, Piauí, 2014.

Após ser direcionado ao módulo correspondente, visualiza-se a tela de

apresentação dos objetivos de aprendizagem do respectivo módulo que

proporciona ao aluno conhecer aquilo que se espera ao final do processo de

ensino-aprendizagem daquele módulo (Figuras 7 e 8).

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Figura 7: Tela de apresentação dos objetivos de uns dos módulos do OVA.

Teresina, Piauí, 2014.

Figura 8: Tela de apresentação dos objetivos de uns dos módulos do OVA.

Teresina, Piauí, 2014.

Os três casos clínicos apresentados no último módulo foram elaborados

a partir de situações reais vivenciadas na prática clínica hospitalar durante o

cuidado de enfermagem a paciente com úlcera por pressão e paciente com

queimadura e na atenção primária em saúde no cuidado a paciente com

psoríase.

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No que concerne à estrutura funcional das telas e em observância a

característica ergonômica de homogeneidade da interface, as telas do referido

OVA são semelhantes entre si com igual distribuição de cores e botões de

ação, exceto na parte de discussão dos casos clínicos na qual se inseriu o

botão de visualizar diagnóstico que é clicado ao final da etapa de síntese do

processo de raciocínio diagnóstico e permite visualizar o diagnóstico formado e

o botão baixar diagnóstico NANDA que permite baixar em formato pdf o

diagnóstico de enfermagem tal como apresentado pela NANDA-I (Figuras 9 e

10).

Figura 9: Tela referente ao módulo de apresentação dos casos clínicos do

OVA. Teresina, Piauí, 2014.

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Figura 10: Tela referente ao módulo de apresentação dos casos clínicos do

OVA. Teresina, Piauí, 2014.

Sempre que se veiculavam ilustrações disponíveis em livros

relacionados ao assunto abordado em cada módulo e as obtidas em sites da

internet para as quais o uso acadêmico era permitido indicavam-se as

referências bibliográficas das mesmas tanto na caracterização da imagem

como nas referências listadas ao final do módulo (figura 11). Da mesma forma,

procedeu-se quando era exposto a Uniform Resource Locator (URL) que

permitia localizar um link de um endereço disponível na internet.

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Figura 11: Tela referente ao conteúdo do módulo 1 do OVA. Teresina, Piauí, 2014.

No que se refere às atividades para revisão ao final de cada módulo,

expõem-se as figuras 12 e 13. No exercício de completar lacunas (Figura 12) o

aluno deverá completar a lacuna que falta com a respectiva resposta que dê

sentido e torne a assertiva que foi escrita verdadeira. Já no exercício de

escolha do item correto (Figura 13) elencam-se vários conceitos e o aluno

seleciona a resposta que melhor define a afirmação a partir da listagem de

possíveis respostas.

Ao responder a questão optando por uma das alternativas dispostas no

exercício, de maneira automática abre-se uma aba que indica se a resposta do

aluno está correta ou errada, neste último caso aparece a mensagem

“Incorreto, tente novamente”.

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Figura 12: Tela referente às atividades para revisão do conteúdo do OVA

desenvolvidas no Hot Potatoes. Teresina, Piauí, 2014.

Figura 13: Tela referente às atividades para revisão do conteúdo do OVA

desenvolvidas no Hot Potatoes. Teresina, Piauí, 2014.

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4.2 Avaliação do OVA “Raciocínio Diagnóstico em Enfermagem Aplicado ao

Sistema Tegumentar”

Com relação à avaliação dos especialistas da área da informática, dos

noves parâmetros avaliados, quatro (alinhamento de metas, motivação,

reutilização e conformidade com as normas) foram avaliados pelos três

especialistas com pontuação igual a 4 ou 5 que indicam uma boa adequação

do OVA aos parâmetros avaliados e nenhum dos parâmetros teve pontuação 2

ou 1 que se referem a baixa adequação do OVA em relação ao parâmetro

avaliado (Gráfico 1).

No alinhamento de metas considera se os objetivos de aprendizagem,

atividades, avaliações e características dos alunos estão consoantes uns aos

outros; a motivação leva em conta a capacidade de motivar e interessar os

alunos; a reutilização refere-se à capacidade de utilizar o objeto de

aprendizagem em diferentes contextos de ensino e com alunos de diferentes

origens e a conformidade com as normas retrata a adequação do OVA às

normas e especificações internacionais.

Sendo assim, depreende-se que o OVA “Raciocínio Diagnóstico em

Enfermagem Aplicado ao Sistema Tegumentar” foi considerado apto pelos

avaliadores da área da informática para expor em termos funcionais e

ergonômicos o referido conteúdo didático.

Gráfico 1: Distribuição da pontuação dos parâmetros do OVA “Raciocínio

Diagnóstico em Enfermagem Aplicado ao Sistema Tegumentar” pelos

avaliadores da área de informática. Teresina, Piauí, 2014.

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Tabela 1: Caracterização dos discentes em enfermagem que avaliaram o OVA. n=21. Teresina, Piauí. 2014. Variável Média Distribuição em categorias N (%) Idade (anos) 22,3 21 6(28,6%) 22 7(33,3%) 23 5(23,8%) 24 1(4,8%) 25 2(9,5%)

Sexo Feminino 13(62%) Masculino 8(38%)

Frequência de uso do computador Uma vez por semana 1(4,8%) De duas a três vezes por semana 2(9,5%) De quatro a cinco vezes por semana 7(33.3%) Mais de cinco vezes por semana 11(52,4%)

Local que mais utiliza o computador Casa 15(71,4%) Universidade 6(28,6%)

Acessa conteúdo da internet para

melhorar desempenho acadêmico

Sim 21(100%) Não 0 (0%)

Fonte: Pesquisa Direta

Conforme mostra a tabela 1, a média de idade dos alunos participantes

foi de 22,3 anos e quanto ao sexo a maioria dos estudantes pertencia ao sexo

feminino (62%). A maior parte dos discentes (52,4%) utilizava o computador

mais de cinco vezes por semana, seguido do uso de quatro a cinco vezes por

semana (33,3%) e com destaque para o uso domiciliar (71,4%).

Além disso, é importante ressaltar a baixa utilização do computador na

universidade (28,6%) e a não referência das bibliotecas como local de maior

utilização do computador pelos alunos. No entanto, todos os alunos referiam o

uso da internet como ferramenta para melhorar o desempenho acadêmico.

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Gráfico 2: Distribuição da avaliação dos parâmetros habilidades de uso do computador, motivação e prazer em estudar o conteúdo do OVA pelos discentes em enfermagem. n=21. Teresina, Piauí, 2014.

O gráfico 2 ilustra a avaliação dos discentes no que se refere aos

parâmetros de desenvolvimento de habilidades de uso do computador,

motivação do OVA em relação à aprendizagem e ao prazer em estudar o

conteúdo do OVA. A quase totalidade dos discentes (20) julgou que o OVA

ajudou a desenvolver ou aperfeiçoar habilidades de uso do computador com

apenas um discente discordando do parâmetro avaliado.

Para o parâmetro motivação do aprendizado, todos os alunos

concordam que o OVA desenvolvido contribuiu na motivação ao aprendizado

sobre raciocínio diagnóstico em enfermagem aplicado ao sistema tegumentar

com seis alunos concordando fortemente e 15 concordando com o parâmetro

avaliado. No último parâmetro exposto no gráfico 2, sete alunos concordaram

fortemente e 13 concordaram que foi prazeroso estudar o conteúdo do OVA

desenvolvido com apenas uma discordância em relação ao item avaliado.

Gráfico 3: Distribuição da avaliação dos parâmetros autonomia, dificuldade em ler e não contribuição do OVA pelos discentes em enfermagem. n=21. Teresina, Piauí, 2014.

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Ao se referir à autonomia no aprendizado, cinco alunos concordaram

fortemente e 14 concordaram que o OVA proporcionou-lhes autonomia durante

o processo de aprendizado do raciocínio diagnóstico de enfermagem aplicado

à pele e anexos cutâneos e dois alunos discordaram do referido parâmetro. No

que concerne a dificuldade em ler o conteúdo exposto no OVA, 16 alunos

discordaram desse parâmetro avaliado e cinco alunos concordaram que

tiveram dificuldades em ler o texto do OVA (gráfico 3).

Ainda no gráfico 3, expõe-se a avaliação no que se refere a não

contribuição do OVA no aprendizado na qual 19 alunos discordaram do referido

item e apenas dois discentes consideraram que o OVA não contribuiu no

aprendizado do raciocínio diagnóstico em enfermagem aplicado ao sistema

tegumentar.

No gráfico 4 representa-se a avaliação dos alunos com relação as

atividades de revisão, linguagem e bibliografia do OVA.

Gráfico 4: Distribuição da avaliação dos parâmetros atividades de revisão, linguagem e bibliografia do OVA pelos discentes em enfermagem. n=21. Teresina, Piauí, 2014.

A utilidade e pertinência das atividades de revisão foram avaliadas

favoravelmente por todos os discentes, dentre os quais quatro concordaram

fortemente e 17 concordaram com o item avaliado.

Ao considerar a linguagem utilizada na exposição do conteúdo do OVA,

16 alunos concordaram que a mesma foi de fácil compreensão e quatro

concordaram fortemente com o quesito avaliado. Em relação à bibliografia, 18

alunos concordaram que a mesma foi útil e pertinente e três alunos

concordaram fortemente ao avaliar o parâmetro mencionado (gráfico 4).

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5 DISCUSSÃO

Durante o processo de desenvolvimento do OVA “Raciocínio Diagnóstico

em Enfermagem Aplicado ao Sistema Tegumentar” observou-se crescente

publicação de pesquisas destinadas a utilização das TICs em atividades

educativas direcionadas a pacientes, no processo de ensino aprendizagem em

enfermagem e na educação permanente de profissionais da área da saúde.

Todavia, encontrou-se apenas o estudo de Góes (2010) voltado

especificamente ao desenvolvimento de objeto de aprendizagem com foco no

raciocínio diagnóstico direcionado a formulação de diagnósticos de

enfermagem relacionados ao recém-nascido pré-termo, sem evidências de

estudos que utilizem as TICs no processo de ensino aprendizagem do

raciocínio diagnóstico durante a avaliação do sistema tegumentar.

Os pressupostos teóricos que guiaram a elaboração do OVA permitiram

conceber um material educativo virtual para discentes de enfermagem. O

desenvolvimento do referido material educacional foi permeado por evidências

recentes as quais revelam que os computadores e as TICs são vistos como

instrumentos importantes para a promoção de uma aprendizagem efetiva

(JAQUES; RODRIGUEZ; TAKEMURA, 2008; COGO et al., 2009; KESER;

ÖZCAN, 2011; CORRADI; SILVA; SCALABRIN, 2011).

Mediado pela perspectiva pedagógica da educação problematizadora, o

OVA planejado e elaborado sobre o raciocínio diagnóstico na avaliação do

sistema tegumentar caracteriza-se por conteúdos didáticos interativos

desenvolvidos com o auxílio das TICs as quais proporcionam ferramentas

complementares para o estabelecimento de estratégias que favoreçam a

aprendizagem.

Ainda apoiado na educação problematizadora, desenvolveu-se o OVA

“Raciocínio Diagnóstico em Enfermagem Aplicado ao Sistema Tegumentar”

com enfoque em situações clínicas que proporcionaram a interligação dos

saberes de forma contextualizada, autorreflexão do conhecimento já adquirido

pelo aluno, reflexão na incorporação de novos conhecimentos, estimulação do

poder de decisão, compromisso e postura crítica ao elencar o diagnóstico de

enfermagem, autonomia e gestão participativa dos discentes no processo de

aprendizagem.

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Os três estudos de casos apresentados no OVA contemplavam

situações do cotidiano que guiavam os discentes na compreensão da situação

de saúde do caso relatado, no levantamento, na teorização e na sistematização

de hipóteses para elencar diagnósticos de enfermagem adequados às

necessidades do paciente afetadas relacionadas ao sistema tegumentar.

Para evitar a fragmentação das informações clínicas de cada situação e

permitir a visualização de todos os dados, apresentou-se o histórico de cada

caso clínico em uma única tela na forma de texto corrido o que pode ter

contribuído para o excesso de dados em uma única tela e isso foi apontado,

informalmente, por um dos avaliadores da área da informática.

Os casos clínicos foram descritos mediados pela educação

problematizadora que fomenta a inserção crítica do aluno na realidade e o

desenvolvimento de habilidades reflexivas que conduzem à ação. Os casos

relatados tiveram objetivo de proporcionar aos alunos uma prática reflexiva ao

estabelecer criticidade em relação ao que foi exposto no caso e ao colocá-los

diante de situações clínicas cotidianas nas quais precisavam categorizar e

agrupar dados, identificar lacunas e elencar diagnósticos de enfermagem que

julguem mais adequados aos problemas apresentados.

Com objetivo de facilitar o design de interface do objeto de

aprendizagem optou-se por uma identidade visual similar em todas as telas,

elaboração da estrutura funcional das telas de fácil exploração, clareza no uso

de botões para permitir uma navegação eficiente e agrupamento de

informações pertinentes para cada tela com objetivo de evitar sobrecarga de

informação.

Os principais parâmetros que auxiliam na exposição do conteúdo

educacional online e facilitam a aprendizagem referem-se à densidade das

informações disponíveis em cada tela, à legibilidade da letra utilizada no texto,

ao estilo de linguagem adotada e a arquitetura do conteúdo que objetiva

proporcionar eficiência na navegabilidade (FREITAS; LOYOLLA; PRATES,

2002).

Com relação à estrutura funcional das telas do OVA, Parizotto (1997)

expõe que dependendo da organização e apresentação das informações a

funcionalidade da tela pode ser comprometida pois, a informação visual e

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estética tem como objetivo facilitar a aprendizagem ao conjugar a comunicação

verbal e não-verbal. Por isso, dependendo da harmonização das informações

dispostas em cada tela pode-se motivar, dirigir e até mesmo desorientar e

distrair o aluno no processo de aprendizagem.

No intuito de garantir a atenção do aluno em relação ao conteúdo

apresentado, deve-se evitar sobrecarga de informações disponíveis nas telas

ao apresentar apenas o que é relevante para o aluno naquele momento e

sequenciar de forma lógica as informações pertinentes a cada tela

(NASCIMENTO, 2006).

Conforme Nielsen (2000) os usuários de websites e outros materiais

digitais não leem palavra por palavra de um texto disposto na tela do

computador, eles geralmente procuram informações destacadas ou leem o

texto na diagonal por isso, o texto escrito na web deve ser objetivo, conciso,

direto e sem detalhes irrelevantes.

A usabilidade ao ser definida como a capacidade em termos funcionais

de um sistema ser usado com facilidade pelo usuário requer uma linguagem

acessível, com tipografia, cores e imagens fáceis de serem entendidas, além

de roteirização do conteúdo disposto no sistema de forma compreensível no

intuito de possibilitar eficiência quando usado pelo usuário (FREITAS, DUTRA,

2009; SEIXAS, 2011).

A legibilidade é o atributo de um texto que afeta a velocidade da leitura

de materiais digitais e refere-se à escolha dos caracteres tipográficos, do

tamanho da fonte utilizada, do espaçamento entre as linhas e das cores

utilizadas na composição do texto (FILATRO, 2008).

Ao se referir à fonte das letras do texto, Nascimento (2006) aconselha o

uso de fontes sem serifa tais como Arial, Verdana ou Tahoma, pois são mais

legíveis na tela do computador e os pequenos detalhes das fontes com serifas

como Times New Roman e Courier New são difíceis de ver em tamanho

pequeno e dificultam a leitura. A fonte Verdana é uma fonte adequada para a

web e é otimizada para a tela do computador com alta legibilidade, por isso

utilizou-a como fonte do texto que compõe cada tela do OVA desenvolvido.

Ao considerar a navegação entre as telas do OVA, Nielsen (2000)

recomenda que tanto em websites como em materiais educativos digitais

utilize-se botões de ação os quais permitam ao usuário tanto voltar a uma

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página anteriormente visitada como sair de uma página e prosseguir à outra

com objetivo de fazer com que o usuário sinta que tem controle sobre o objeto

de aprendizagem o que proporciona segurança e confiança no manuseio.

Com relação perda de nove alunos (30%) dos 30 que aceitaram

participar da pesquisa, observa-se que a perda amostral também está presente

no estudo conduzido por Seixas (2011) em que dos 169 discentes em

enfermagem inscritos no curso online do “I Workshop sobre assistência de

enfermagem na retenção urinária”, 79 estudantes concluíram as atividades do

curso online. No cenário internacional, o estudo de Öztürk e Dinç (2014) contou

com a participação final de 111 estudantes de enfermagem apesar de 160

discentes aceitarem participar do estudo que objetivou avaliar o efeito da

educação baseada na web no conhecimento e habilidades de estudantes de

enfermagem de uma universidade da Turquia sobre cateterismo urinário.

No estudo de Coelho (2003) oferecido na área de engenharia elétrica em

uma universidade pública de Minas Gerais verificou-se uma taxa de 50% de

evasão dos participantes e as principais causas das desistências que foram

justificadas pelos próprios participantes eram a falta de tempo, seguida pela

falta de condições de uso da internet em casa, desorganização pessoal,

problemas técnicos e não atendimento às expectativas, frente a isso a autora

conclui que é difícil estipular os parâmetros dos índices de evasão em cursos

realizados pela internet.

Apesar de não ter investigado as possíveis causas que levaram a

evasão dos nove discentes de enfermagem, acredita-se na

multidimensionalidade de fatores tais como pessoais, acadêmicos,

tecnológicos, operacionais e outros fatores situacionais pontuais que

impediram, mesmo que pelo curto período de dois meses, os discentes de

participarem efetivamente da implementação e avaliação do OVA “Raciocínio

Diagnóstico em Enfermagem Aplicado ao Sistema Tegumentar”.

Quanto à caraterização dos estudantes, observa-se que a maioria dos

discentes era do sexo feminino (62%), semelhante ao encontrado no estudo de

Peres, Meira e Leite (2007) no qual a maioria dos alunos (94,4%) que

participaram do estudo era do sexo feminino; Cogo (2009) no qual dos 20

discentes em enfermagem que constituíram a amostra do estudo, 18 eram do

sexo feminino; Rangel et al. (2010) em que 93,2% (41) dos participantes eram

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discentes de enfermagem do sexo feminino; Silveira et al. (2010) no qual

84,5% dos alunos de enfermagem eram do sexo feminino e Seixas (2011) no

qual 63,3% dos estudantes de enfermagem que participaram da pesquisa no

Brasil eram do sexo feminino. Tais achados refletem determinantes históricos

da predominância feminina na enfermagem, embora com tendência crescente

de mudança do perfil.

No que se refere a variável idade, observa-se predominância de adultos

jovens com média de idade de 22,3 anos o que converge com estudo de Peres,

Meira e Leite (2007) no qual se verifica que a maior parte dos alunos (94,4%)

encontrava-se na faixa etária composta por adultos jovens que possuíam entre

19 e 25 anos e o estudo de Rangel et al. (2010) no qual a maioria dos

discentes (75%) tinha entre 19 e 23 anos.

No que concerne à utilização semanal do computador, há predomínio

(52,4%) da frequência de utilização do computador mais cinco vezes por

semana. É importante destacar o uso domiciliar do computador referido por

71,4% dos participantes e o baixo predomínio (28,6%) da universidade como

local onde o aluno mais utiliza o computador o que suscita a necessidade de

intensificar o uso do computador na IES pública. Tais resultados diferem ao

encontrado no estudo de Rangel et al. (2010) no qual 68,2% dos alunos

utilizavam o computador para acessar a internet predominantemente da

universidade e 29,5 % dos estudantes referiam o uso da internet

predominantemente da residência.

Com relação ao uso da internet, 100 % dos alunos referiam o uso desta

ferramenta para melhorar o desempenho acadêmico, resultado superior ao

achado por Jaques, Rodriguez e Takemura (2008) em que 86,1% dos

discentes de enfermagem relatavam utilizar a internet como recurso

tecnológico para aprimorarem seus conhecimentos.

Evidencia-se que o desenvolvimento de material didático mediado pelas

tecnologias educacionais traz contribuições significativas como autonomia,

melhora do conhecimento e da aprendizagem quando utilizados tanto por

alunos, como por profissionais de saúde e pacientes ao agregar valor e

constituir uma ferramenta promissora para a educação em saúde e em

enfermagem (FONSECA, 2007; COGO et al., 2009; WIECHA et al., 2010;

ALVAREZ; DAL SASSO, 2011).

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Cholowski e Chan (1992) ao proporem um estudo de investigação do

desempenho de estudantes de enfermagem em uma situação clínica de

raciocínio diagnóstico concluíram que a abordagem utilizada no ensino, o

conhecimento científico, a capacidade de agrupamentos, interpretação e

organização dos dados clínicos e o raciocínio lógico estão diretamente

relacionados com a acurácia na elaboração dos diagnósticos de enfermagem.

O raciocínio diagnóstico em enfermagem exige uma atitude

questionadora para direcionar a coleta dos dados, avaliá-los e agrupá-los com

objetivo de julgar e inferir a real resposta do indivíduo aos problemas de saúde

e auxiliar na tomada de decisão. Por isso, a ênfase no desenvolvimento de

materiais educativos virtuais que abordem o raciocínio diagnóstico é emergente

e tal enfoque necessita ser expandido no âmbito das instituições de ensino

superior.

O estudo de Calil et al. (2012) recomenda a inclusão de OVA no ensino

da enfermagem, sobretudo quando se refere ao desenvolvimento de objetos de

aprendizagem mediados por concepções pedagógicas críticas, dialógicas e

libertadoras visto que esses funcionam como instrumentos potencializadores

na construção das competências do futuro profissional de enfermagem e

contribuem na transformação da realidade ao instigar a reflexão e a autocrítica.

O processo de ensino-aprendizagem ao reunir diferentes objetos de

aprendizagem como fotos, vídeos e imagens ajuda os profissionais e alunos de

enfermagem a memorizarem aspectos específicos da estrutura da pele e de

lesões cutâneas o que reforça o pensamento crítico e julgamento clínico em

classificar feridas e tomar decisões clínicas pertinentes e seguras para cada

caso (FARIA, 2010).

A pesquisa metodológica de produção tecnológica conduzida por Dal

Sasso e Souza (2006) em ambiente simulado de aprendizagem assistida por

computador em ressuscitação cardiopulmonar (RCP) proporcionou tanto

aprendizagem relacional como criativa que são comuns quando se agrega

ferramentas das TICs no ensino. Naquela o aluno adquire determinadas

habilidades que lhe permitem fazer relações com outros casos de RCP ou

outras fontes de informação ao poder registrar suas dúvidas e consultar

websites de referência na área e nesta o discente faz associação com novos

esquemas mentais o que possibilita uma aprendizagem mais participativa.

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Ferecini (2011) ao utilizar o referencial metodológico da instrução

assistida por computador e fundamentar-se pedagogicamente em Paulo Freire

desenvolveu e avaliou um objeto digital de aprendizagem sobre aleitamento

materno do prematuro dirigido à família e concluiu que o objeto desenvolvido

constituiu-se uma tecnologia inovadora ao colaborar com o aprendizado dos

familiares e incentivar o aleitamento materno contribuindo para melhor

assistência ao prematuro.

Quando se refere ao uso das TICs no ensino de aspectos relacionados

ao sistema tegumentar, verificam-se os estudos a seguir: Beeckman et al.

(2008) que avaliou a eficácia de um programa e-learning nas habilidades de

estudantes de enfermagem em uma universidade da Bélgica e de enfermeiros

do mesmo país em classificar UP e evidenciou melhora nas habilidades dos

participantes na classificação de UP e no diagnóstico diferencial em

comparação a outros tipos de lesões de pele.

Veredas et al. (2014) evidenciaram a eficácia de uma ferramenta e-

learning na aprendizagem de discentes de enfermagem em uma universidade

da Espanha no que se refere ao conhecimento para avaliação e tratamento de

UP e na aquisição de habilidades para processos essenciais da prática clínica

de enfermagem tais como classificação e descrição da ferida e a seleção dos

cuidados de enfermagem adequados para cada tipo de úlcera.

Costa et al. (2009) ao proporem um curso online sobre UP para alunos e

profissionais de enfermagem agregaram diversas ferramentas de hipermídia

com ênfase no conteúdo, nas atividades de revisão e na comunicação no

intuito de propiciar um aprendizado individualizado, interativo e colaborativo.

Similarmente, Queiroz et al. (2012) ao proporem a elaboração de um

curso online sobre úlcera venosa com enfoque em terapia compressiva

possibilitaram a capacitação de enfermeiros de forma inovadora, flexível,

interativa em diversos ambientes de cuidado com boa aplicabilidade do curso

proposto.

Casaburi (2009) ao descrever a elaboração e avaliação de conteúdo

educacional para EaD sobre UP direcionado a profissionais de enfermagem de

um ambulatório do município de São Carlos, São Paulo, com a utilização do

referencial metodológico do planejamento de atividades de aprendizagem

apoiadas pelo computador e referencial pedagógico da teoria da aprendizagem

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significativa apontou para a importância da discussão de temas relacionados

ao sistema tegumentar em cursos virtuais como meio de expandir a educação

científica em enfermagem mediada por TICs.

Rabeh et al. (2012) ao construírem e validarem uma intervenção

educativa online sobre terapia tópica em feridas crônicas que foi implementado

entre discentes de enfermagem de uma universidade pública do interior de São

Paulo considerando as recomendações da National Pressure Ulcer Advisory

Panel (NPUAP) para o ensino da prevenção e tratamento das UP e as

diretrizes da Wound, Ostomy, and Continence Nurses Society (WOCN) para

manejo das UP, úlceras neuropáticas e venosas concluíram que recursos das

TICs possibilitam o planejamento e desenvolvimento de materiais educativos

com inclusão de variadas mídias. Além disso, o material educativo elaborado

contribuiu para a difusão das diretrizes em feridas crônicas necessárias para a

prática baseada em evidências e para a formação dos estudantes de

enfermagem.

O estudo conduzido por Araújo (2012) realizado em um hospital de

Fortaleza, Ceará com objetivo de verificar o impacto de um curso online no

conhecimento de enfermeiros sobre a prevenção e tratamento de UP

demonstrou melhor desempenho dos enfermeiros após a intervenção educativa

o que permite concluir que o curso online pode gerar efeitos positivos na

aquisição de conhecimento por enfermeiros e ter consequências na diminuição

da incidência e prevalência de UP naquele hospital.

O estudo quase-experimental de Gonçalves (2013) demonstrou que a

intervenção educativa online sobre avaliação de feridas crônicas realizado com

docentes e enfermeiros vinculados a instituições públicas e privadas de ensino

superior do estado de São Paulo proporcionou melhora significativa no

desempenho dos participantes em cada um dos cinco domínios de

conhecimento testados, com enfoque no domínio infecção que apresentou o

pior desempenho no teste de conhecimento antes da intervenção e alcançou

aumento superior de acertos em relação aos demais domínios no pós-teste.

Andrade et al. (2014) ao proporem a verificação do efeito de uma

intervenção educativa presencial e a distância no conhecimento de enfermeiros

sobre UP em um hospital brasileiro de grande porte evidenciaram uma

diferença estatisticamente significante (p=0,019) no conhecimento sobre UP,

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com maior conhecimento adquirido entre enfermeiros participantes do grupo

experimental que foram submetidos à intervenção educativa a distância.

Caetano (2006) ao propor uma pesquisa metodológica e aplicada para

desenvolvimento e avaliação de um AVA sobre tomada de decisão em

enfermagem na qual utilizou o referencial metodológico da concepção,

planejamento, desenvolvimento e avaliação conclui que seu estudo

proporcionou novas perspectivas para o ensino em enfermagem mediado pelo

computador e para adoção das novas tecnologias educacionais em saúde que

gerem efeitos positivos na melhoria educacional.

O estudo realizado por Xelegati (2010) para desenvolvimento de um

AVA sobre o gerenciamento em eventos adversos destinados a enfermeiros a

partir de uma pesquisa aplicada a qual utilizou o modelo de desenvolvimento

de programas de instrução auxiliada pelo computador composto pelas fases de

planejamento inicial, planejamento e desenvolvimento do conteúdo instrucional,

avaliação e revisão e fundamentou-se no referencial pedagógico de Gagné

apontou que a metodologia utilizada foi substancial para a construção do AVA

reconhecido como estratégia inovadora que aumenta as possibilidades de

capacitação profissional.

A pesquisa aplicada de produção tecnológica para desenvolvimento de

um curso online sobre fotografia digital de feridas para enfermeiros proposta

por Faria (2010) suscita a possibilidade de agregar as TICs na melhoria dos

cuidados de enfermagem a pacientes com feridas ao proporcionar uma

aprendizagem dinâmica e reflexiva a qual permite a capacitação dos

enfermeiros sobre registro fotográfico de feridas o que contribuirá para a

utilização desse recurso tecnológico no acompanhamento, tratamento e

evolução de pacientes com feridas.

Apesar de não ter sido objetivo desse estudo, a literatura aponta

algumas pesquisas que verificaram o impacto de intervenção educativa online

na aprendizagem de discentes em enfermagem e pela magnitude dos achados

expõem-se as principais conclusões das mesmas, a saber: Aléman, Gea e

Mondéjar (2011) os quais ao avaliarem o impacto da aprendizagem mediada

pelo computador sobre enfermagem médico-cirúrgica entre 116 discentes em

enfermagem de uma universidade espanhola evidenciaram que os ganhos na

aprendizagem cognitiva foram melhores após a intervenção educativa online

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quando comparada ao método educativo tradicional, no entanto a retenção do

conhecimento foi semelhante em ambos os métodos.

Öztürk e Dinç (2014) ao enfocarem o uso de tecnologias no ensino de

enfermagem na Turquia demonstraram que a educação baseada na web

aumentou as habilidades dos estudantes de enfermagem do grupo

experimental quando se refere ao procedimento técnico de passagem de sonda

vesical, tendo, portanto, efeitos positivos nas habilidades de cateterização

urinária adquiridas por estes estudantes o que faz com que essas tecnologias

configurem-se como ferramenta suplementar a qual contribui efetivamente com

a melhora da qualidade da educação em enfermagem e dos cuidados

prestados.

Diante do exposto, o OVA “Raciocínio Diagnóstico em Enfermagem

Aplicado ao Sistema Tegumentar” foi concebido com a intenção de fomentar a

utilização do raciocínio diagnóstico em enfermagem aplicado ao sistema

tegumentar e com isso, evidencia-se que a avaliação favorável do OVA

desenvolvido pela maioria dos alunos e pelos especialistas de informática

revela as reais e potenciais contribuições do referido material educativo no

processo de ensino e aprendizagem do raciocínio diagnóstico durante a

avaliação da pele e anexos cutâneos.

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6 CONCLUSÃO

O desenvolvimento, implementação e avaliação do OVA “Raciocínio

Diagnóstico em Enfermagem Aplicado ao Sistema Tegumentar” por 21

discentes em enfermagem deu-se por acreditar que este instrumento

educacional auxilia na formulação do raciocínio diagnóstico de enfermagem

frente a avaliação do sistema tegumentar e por acreditar que o raciocínio

diagnóstico em enfermagem é uma prática essencial a qual deve nortear o

exercício da profissão de enfermagem ao ser visto como processo cognitivo

que ultrapassa a dimensão técnica do conhecimento e que é fundamental para

a formulação de diagnósticos de enfermagem efetivos os quais reflitam as

necessidades afetadas do paciente principalmente durante a avaliação da pele

e seus anexos.

Agregar a utilização da TICs no aprimoramento do raciocínio diagnóstico

é relevante, visto que contribui no alcance de um modelo assistencial de

enfermagem com enfoque em métodos e procedimentos válidos e confiáveis e

na obtenção de dados imprescindíveis dos pacientes para o desenvolvimento

de uma prática clínica segura.

O referencial metodológico utilizado conforme o modelo ADDIE

fundamentado no DIC foi de grande auxílio e determinante para o bom êxito do

projeto, pois permitiu o desenvolvimento do OVA com alcance dos objetivos do

estudo, além disso ressalta-se a contribuição fundamental da taxonomia

revisada de Bloom para a formulação dos objetivos educacionais de cada

módulo do OVA.

Pesquisas voltadas aos aspectos metodológicos do desenvolvimento de

OVA tornam-se eminentes e abrangem diversas dimensões de saberes ao

exigirem esforços educacionais, tecnológicos e científicos no sentido de

selecionar criteriosamente as ferramentas computacionais e os referenciais

teóricos e metodológicos que irão nortear a concepção, implementação,

gerenciamento e avaliação do material educativo.

Pela avaliação dos discentes, evidencia-se que o desenvolvimento do

OVA sobre o raciocínio diagnóstico em enfermagem voltado ao sistema

tegumentar mediado pedagogicamente pelo referencial da educação

problematizadora de Paulo Freire e inserido no ambiente Moodle foi

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considerado favorável ao proporcionar autonomia (19), motivação (21) e prazer

(20) durante a aprendizagem. Além disso, 20 discentes avaliaram que o OVA

desenvolvido apresenta linguagem de fácil compreensão e todos os alunos

julgaram que o referido material educativo apresenta atividades de revisão e

bibliografia úteis e pertinentes.

Espera-se que os resultados obtidos no presente estudo possam

agregar valor às práticas de ensino da enfermagem mediante utilização de

OVA e fomentem novas investigações relacionadas ao uso dessa ferramenta

educacional quer seja no ensino do raciocínio diagnóstico aplicado a outros

sistemas do corpo quer seja a temas que envolvem a pele e seus anexos ou

outras áreas de conhecimento fundamentais para a enfermagem com o escopo

que vai além do processo de ensino-aprendizagem e visa atingir a melhoria da

prática clínica.

Além disso, almeja-se que o desenvolvimento do referido OVA tenha

contribuído no processo de formação dos discentes de enfermagem da IES ao

ampliar os horizontes de possibilidades de ensino-aprendizagem referentes ao

raciocínio diagnóstico aplicado ao sistema tegumentar com objetivo de formar

futuros enfermeiros que busquem o conhecimento de forma crítica e reflexiva

para auxiliá-los a exercer a profissão no contexto atual de saúde.

6.1 Limitações e perspectivas futuras

O conteúdo exposto por meio do OVA apesar de ter sido construído a

partir de materiais disponíveis na literatura internacional e nacional da área da

saúde, de evidências clínicas e das vivências das autoras do estudo, devido a

demora na emissão do parecer pelo Comitê de Ética em Pesquisa, tornou-se

inviável a avaliação por especialistas da área da enfermagem em tempo hábil e

isso constitui uma limitação do mesmo. Porém, esta pode ser caracterizada

como limitação temporária haja vista que se pretende fazer uma ampliação da

avaliação junto a especialistas de enfermagem com objetivo de utilizar, em

perspectivas futuras, o referido conteúdo do material educativo no curso de

graduação em Enfermagem da UFPI ou disponibilizá-lo para demais

interessados ou ainda verificar o impacto do OVA desenvolvido no processo de

ensino aprendizagem dos discentes de enfermagem.

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Embora tenha ocorrido perda de nove discentes acredita-se que o

referido estudo, mesmo com amostra reduzida, contribuiu significativamente na

aprendizagem do raciocínio diagnóstico em enfermagem voltado ao sistema

tegumentar e no aumento das discussões sobre o uso das TICs no ensino de

enfermagem.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO-MESTRADO EM ENFERMAGEM

APÊNDICE A – Questionário para avaliação do objeto virtual de aprendizagem

Este é um questionário de pesquisa sobre o objeto virtual de aprendizagem que você participou. Caracterização dos estudantes: 1 Idade (anos): _________ 2 Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino 3 Frequência de uso do computador: ( ) não uso ( ) uso uma vez por semana ( ) uso de duas a três vezes por semana ( ) uso de quatro a cinco vezes por semana ( ) uso mais de cinco vezes por semana 4 Em que local você mais utiliza o computador: ( ) não uso ( ) casa ( )universidade ( )biblioteca ( ) outros:______________________ 5 Você utiliza o computador para ter acesso ao conteúdo da internet que possa melhora seu desempenho acadêmico? ( ) sim ( ) não A seguir, dê a sua opinião para todas as declarações preenchendo a alternativa de sua escolha: marque CF para concordo fortemente; C para concordo; D para discordo e DF para discordo fortemente.

Parâmetros CF C D DF

6. O objeto de aprendizagem ajudou-me a desenvolver ou aperfeiçoar habilidades de uso do computador.

7. O objeto de aprendizagem motivou-me no aprendizado do raciocínio diagnóstico aplicado ao sistema tegumentar.

8. Foi prazeroso estudar o conteúdo do objeto de aprendizagem.

9. Tive autonomia no processo de aprendizagem.

10. Tive dificuldade em ler o texto na tela do computador.

11. As atividades para revisão do conteúdo foram úteis e pertinentes.

12. O conteúdo do objeto de aprendizagem não contribuiu significativamente para meu aprendizado.

13. A linguagem do objeto de aprendizagem foi de fácil compreensão.

14. O material da bibliografia complementar foi útil e pertinente.

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15 Sugestões para melhorar o objeto de aprendizagem _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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APÊNDICE B - Storyboard do objeto virtual de aprendizagem

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO MESTRADO EM ENFERMAGEM

ANEXO A - Termo de consentimento livre e esclarecido para discentes em enfermagem

Esclarecimento sobre a pesquisa

Projeto de Pesquisa intitulado: DESENVOLVIMENTO DE UM OBJETO VIRTUAL DE APRENDIZAGEM SOBRE O RACIOCÍNIO DIAGNÓSTICO EM ENFERMAGEM APLICADO AO SISTEMA TEGUMENTAR

Pesquisadora responsável: Profa. Dra. Maria Helena Barros Araújo Luz Pesquisadora participante: Cecília Passos Vaz da Costa Telefone(s) para contato: (86) 9983 4792 / (86) 9902 4250 E-mail: [email protected]/ [email protected] Você está sendo convidado (a) a participar desta pesquisa que objetiva

planejar o conteúdo de um objeto virtual de aprendizagem sobre o raciocínio diagnóstico em enfermagem aplicado ao sistema tegumentar; implementar o objeto virtual entre os alunos da graduação de enfermagem e realizar a avaliação do objeto virtual de aprendizagem pelo aluno. Os pesquisadores deverão responder todas as suas dúvidas antes que você se decida a participar. Você tem o direito de desistir de participar da pesquisa a qualquer momento, sem nenhuma penalidade. Após ser esclarecido (a) sobre as informações a seguir, no caso de autorizar sua participação na pesquisa, assine este documento, que está em duas vias. Uma delas é sua e a outra é da pesquisadora responsável.

Se você concordar em participar do estudo, seu nome e identidade serão mantidos em sigilo. E em qualquer etapa da pesquisa, você terá acesso às pesquisadoras do estudo para esclarecimentos de eventuais dúvidas.

Sua participação nesta pesquisa constituirá no acompanhamento e realização das atividades dispostas na internet em 4 módulos sobre o raciocínio diagnóstico em enfermagem aplicado ao sistema tegumentar utilizando o ambiente virtual do Moodle e bem como na avaliação do objeto virtual desenvolvido por meio de um questionário composto de 14 questões fechadas e 1 questão aberta.

O acompanhamento e realização das atividades dispostas no objeto virtual e bem como o preenchimento do questionário não representarão qualquer risco de ordem física ou psicológica e nem trarão desconforto a você visto que o teor dos questionamentos existentes no objeto de aprendizagem objetivam avaliar, na perspectiva dos discentes, o referido objeto virtual de aprendizagem.

No que se refere aos benefícios aos participantes da pesquisa, pressupõe-se que o desenvolvimento do raciocínio clínico contribui para melhoria da prática em enfermagem e para a formulação de diagnósticos de

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enfermagem efetivos, com isto, acredita-se que o desenvolvimento de um objeto virtual de aprendizagem que englobe o raciocínio diagnóstico de enfermagem aplicado ao sistema tegumentar possa atenuar as dificuldades encontradas pelos alunos para formulação do diagnóstico de enfermagem aplicado a este sistema.

_____________________________________ Profa. Dra. Maria Helena Barros Araújo Luz Pesquisadora responsável _____________________________________ Cecília Passos Vaz da Costa Pesquisadora participante CONSENTIMENTO DA PARTICIPAÇÃO DA PESSOA COMO

SUJEITO Eu, ____________________________________________, abaixo

assinado, concordo em autorizar minha participação no projeto de pesquisa intitulado: DESENVOLVIMENTO DE UM OBJETO VIRTUAL DE APRENDIZAGEM SOBRE O RACIOCÍNIO DIAGNÓSTICO EM ENFERMAGEM APLICADO AO SISTEMA TEGUMENTAR, que tem como pesquisadora responsável a Profa. Dra. Maria Helena Barros Araújo Luz e pesquisadora participante Cecília Passos Vaz da Costa. Declaro que tive pleno conhecimento das informações que li. Declaro, ainda, que discuti com a pesquisadora responsável e/ou pesquisadora participante sobre a minha decisão em participar desse estudo e sobre a possibilidade de a qualquer momento (antes ou durante a mesma) recusar-me a continuar participando da pesquisa em referência, sem penalidades e/ou prejuízos, retirando o meu consentimento. Ficaram claros para mim quais são os propósitos do projeto de pesquisa, os procedimentos a serem realizados, a ausência de riscos, as garantias de confidencialidade e de esclarecimentos permanentes. Concordo, voluntariamente, em participar deste projeto de pesquisa.

Teresina, ____de ______________de 20__. _______________________________________ Assinatura do participante Se você tiver alguma consideração ou dúvida sobre a ética da pesquisa, entre em

contato: Comitê de Ética em Pesquisa – UFPI - Campus Universitário Ministro Petrônio Portella - Bairro Ininga Centro de Convivência L09 e 10. CEP: 64.049-550 - Teresina – PI tel.: (86) 3215-5734 - email: [email protected] web: http: //www.ufpi.br/cep//.

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CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO MESTRADO EM ENFERMAGEM

ANEXO B - Termo de consentimento livre e esclarecido para avaliadores da área de informática

Esclarecimento sobre a pesquisa

Projeto de Pesquisa intitulado: DESENVOLVIMENTO DE UM OBJETO VIRTUAL DE APRENDIZAGEM SOBRE O RACIOCÍNIO DIAGNÓSTICO EM ENFERMAGEM APLICADO AO SISTEMA TEGUMENTAR

Pesquisadora responsável: Profa. Dra. Maria Helena Barros Araújo Luz Pesquisadora participante: Cecília Passos Vaz da Costa Telefone(s) para contato: (86) 9983 4792 / (86) 9902 4250 E-mail: [email protected]/ [email protected] Você está sendo convidado (a) a participar desta pesquisa que objetiva

planejar o conteúdo de um objeto virtual de aprendizagem sobre o raciocínio diagnóstico em enfermagem aplicado ao sistema tegumentar; implementar o objeto virtual entre os alunos da graduação de enfermagem e realizar a avaliação do objeto virtual de aprendizagem pelo aluno. Os pesquisadores deverão responder todas as suas dúvidas antes que você se decida a participar. Você tem o direito de desistir de participar da pesquisa a qualquer momento, sem nenhuma penalidade. Após ser esclarecido (a) sobre as informações a seguir, no caso de autorizar sua participação na pesquisa, assine este documento, que está em duas vias. Uma delas é sua e a outra é da pesquisadora responsável.

Se você concordar em participar do estudo, seu nome e identidade serão mantidos em sigilo. E em qualquer etapa da pesquisa, você terá acesso às pesquisadoras do estudo para esclarecimentos de eventuais dúvidas.

Sua participação nesta pesquisa constituirá na avaliação do objeto virtual desenvolvido por meio de um questionário de avaliação do objeto de aprendizagem Learning Object Review Instrument (LORI) traduzido por Brondani (2013) composto por 9 parâmetros.

O preenchimento do questionário não representará qualquer risco de ordem física ou psicológica e nem trarão desconforto a você visto que o teor dos questionamentos existentes no objeto de aprendizagem objetivam avaliar o referido objeto virtual de aprendizagem.

No que se refere aos benefícios aos participantes da pesquisa, pressupõe-se que o desenvolvimento do raciocínio clínico contribui para melhoria da prática em enfermagem e para a formulação de diagnósticos de enfermagem efetivos, com isto, acredita-se que o desenvolvimento de um objeto virtual de aprendizagem que englobe o raciocínio diagnóstico de enfermagem aplicado ao sistema tegumentar possa atenuar as dificuldades encontradas pelos alunos para formulação do diagnóstico de enfermagem aplicado a este sistema.

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_____________________________________ Profa. Dra. Maria Helena Barros Araújo Luz Pesquisadora responsável _____________________________________ Cecília Passos Vaz da Costa Pesquisadora participante CONSENTIMENTO DA PARTICIPAÇÃO DA PESSOA COMO

SUJEITO Eu, ____________________________________________, abaixo

assinado, concordo em autorizar minha participação no projeto de pesquisa intitulado: DESENVOLVIMENTO DE UM OBJETO VIRTUAL DE APRENDIZAGEM SOBRE O RACIOCÍNIO DIAGNÓSTICO EM ENFERMAGEM APLICADO AO SISTEMA TEGUMENTAR, que tem como pesquisadora responsável a Profa. Dra. Maria Helena Barros Araújo Luz e pesquisadora participante Cecília Passos Vaz da Costa. Declaro que tive pleno conhecimento das informações que li. Declaro, ainda, que discuti com a pesquisadora responsável e/ou pesquisadora participante sobre a minha decisão em participar desse estudo e sobre a possibilidade de a qualquer momento (antes ou durante a mesma) recusar-me a continuar participando da pesquisa em referência, sem penalidades e/ou prejuízos, retirando o meu consentimento. Ficaram claros para mim quais são os propósitos do projeto de pesquisa, os procedimentos a serem realizados, a ausência de riscos, as garantias de confidencialidade e de esclarecimentos permanentes. Concordo, voluntariamente, em participar deste projeto de pesquisa.

Teresina, ____de ______________de 20__. _______________________________________ Assinatura do participante Se você tiver alguma consideração ou dúvida sobre a ética da pesquisa, entre em

contato: Comitê de Ética em Pesquisa – UFPI - Campus Universitário Ministro Petrônio Portella - Bairro Ininga Centro de Convivência L09 e 10. CEP: 64.049-550 - Teresina – PI tel.: (86) 3215-5734 - email: [email protected] web: http: //www.ufpi.br/cep//.

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO MESTRADO EM ENFERMAGEM

ANEXO C – Questionário para avaliadores da área de informática

Questionário de avaliação do objeto de aprendizagem Learning Object Review Instrument (LORI) traduzido por Brondani (2013). Para cada um dos parâmetros abaixo assinale de 1 à 5 ou não se aplica. O 1 representa baixa adequação para o parâmetro avaliado e 5 representa alta adequação. Qualidade de conteúdo: veracidade, acurácia, equilíbrio na

apresentação de ideias e nível adequado de detalhes.

1 2 3 4 5 Não se aplica

Alinhamento de metas de aprendizagem: alinhamento entre os

objetivos de aprendizagem, atividades, avaliações e

características dos alunos.

1 2 3 4 5 Não se aplica

Feedback e adaptação: conteúdo adaptável ou feedback dirigido

dependendo da resposta de cada aluno.

1 2 3 4 5 Não se aplica

Motivação: capacidade de motivar e interessar uma população

definida de alunos.

1 2 3 4 5 Não se aplica

Apresentação: design de informação visual e auditiva para

aprendizagem e processamento mental eficiente.

1 2 3 4 5 Não se aplica

Usabilidade de interação: facilidade de navegação,

previsibilidade da interface do usuário e qualidade dos recursos

de ajuda da interface.

1 2 3 4 5 Não se aplica

Acessibilidade: design de controle e formato de apresentação

adaptadas para dispositivos acessíveis móveis.

1 2 3 4 5 Não se aplica

Reutilização: capacidade de utilizar em diferentes contextos de

aprendizagem e com alunos de diferentes origens.

1 2 3 4 5 Não se aplica

Conformidade com as normas: adequação as normas e

especificações internacionais.

1 2 3 4 5 Não se aplica

Referências:

NESBIT, Jhon; BELFER, Karen; LEACOCK, Tracey. Learning Object Review Instrument. - User Manual LORI 1.5. Disponível em: http://www.transplantedgoose.net/gradstudies/educ892/LORI1.5.pdf. Acesso em 6 maio 2014. BRONDANI, Sthepani Catherini Paz. Objeto digital educacional de farmacologia cardiovascular e renal: avaliação de docentes. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2013.

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ANEXO D- Aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí

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ANEXO E- Autorização do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Piauí