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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA GOIANO EDITAL Nº 28, DE 03 DE SETEMBRO DE 2018 O Reitor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano (IF Goiano), no uso de suas atribuições legais conferidas pelo Decreto de 17 de janeiro de 2012, publicado no D.O.U. de 18 de janeiro de 2012, e considerando as Leis N o 11.892/2008, N o 9.394/1996 (LDB), N o 12.711/2012, alterada pela lei 13.409 de 28 de dezembro de 2016, com os Decretos Nº 5.154/2004, Nº 5.773/2006 e Nº 7.824/2012, alterado pelo Decreto nº 9.034, de 20 de abril de 2017 e de acordo com as Portarias Normativas Nº 391/2002-MEC, N o 40/2007-MEC, N o 18/2012-MEC, alterada pela Portaria Normativa Nº 09/2017-MEC, Nº 807/2010-MEC, Nº 179/2014/INEP e lei 12.799/13, faz saber pelo presente Edital e seus Anexos, que estarão abertas as inscrições para o Processo Seletivo para os Cursos de Graduação, conforme especificado nos itens a seguir, para o primeiro semestre letivo de 2019. 1. DO CRONOGRAMA ATIVIDADE DATA Publicação do Edital. 03 de setembro de 2018 Período de inscrição pelo site: www.ifgoiano.edu.br/superior 04 de setembro à 25 de novembro de 2018 Último dia para solicitação de inclusão do nome social. 05 de outubro 2018 Solicitação de isenção de taxa de inscrição. 03 de setembro à 21 de setembro de 2018 Resultado das solicitações de isenção de taxa de inscrição. 05 de outubro de 2018 Período para recurso contra Lista Preliminar de candidatos isentos da taxa de inscrição. 08 de outubro de 2018 Divulgação Lista Final de candidatos isentos da taxa de inscrição. 11 de outubro de 2018 Último dia para pagamento de inscrição. 26 de novembro 2018 Divulgação das inscrições deferidas. 28 de novembro 2018 Período para recurso contra Lista Preliminar de inscrições deferidas. 29 de novembro 2018 Divulgação Lista Final de inscrições deferidas. 30 de novembro 2018 Divulgação da Lista de Candidatos Convocados a Entregar Documentos da Reserva de Vagas. 03 de dezembro 2018 Período para entrega da documentação comprobatória da reserva de vagas – Lei 12.711/12 presencialmente em cada Campus. 04 a 20 de dezembro 2018 Período para entrega da documentação comprobatória da reserva de vagas – Lei 12.711/12 pelo site: www. Ifgoiano.edu.br/superior 04 a 20 de dezembro 2018 Divulgação do resultado preliminar da análise da documentação comprobatória da reserva de vagas – Lei 12.711/12. 14 de janeiro de 2019 Período para interposição de recurso contra resultado preliminar da análise da documentação comprobatória da reserva de vagas – Lei 12.711/12. 15 de janeiro de 2019 Convocação dos Candidatos das Cotas Étnico/Raciais e das Cotas reservadas a Pessoas com Deficiências para comparecerem à Banca de Verificação (caso necessário). 16 de janeiro de 2019 Comparecimento dos Candidatos das Cotas Étnico/Raciais e das cotas reservadas a Pessoas com Deficiência às Bancas de Verificação presencial (caso necessário). 17 de janeiro de 2019

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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA

ETEC PROFESSOR MÁRIO ANTÔNIO VERZA CURSO TÉCNICO EM LOGÍSTICA

CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO: COMO MONTAR E GERENCIAR EFICAZMENTE

RAFAEL MESSIAS RODELLA

PALMITAL 2013

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RAFAEL MESSIAS RODELLA

CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO: COMO MONTAR E GERENCIAR EFICAZMENTE

Trabalho de conclusão de curso apresentado à ETEC Professor Mário Antônio Verza, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Técnico em Logística. Orientador: Rafael Augusto Oliva

PALMITAL 2013

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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA

ETEC PROFESSOR MÁRIO ANTÔNIO VERZA

RAFAEL MESSIAS RODELLA

CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO:

COMO MONTAR E GERENCIAR EFICAZMENTE

APROVADO EM ____/____/____

BANCA EXAMINADORA:

__________________________________________________________ RAFAEL AUGUSTO OLIVA – ORIENTADOR

__________________________________________________________ VALDIZA MARIA DO NASCIMENTO FADEL – EXAMINADORA

__________________________________________________________ RANDAL DO VALE ORTIZ – EXAMINADOR

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DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a Deus pelo esplendor da vida, presente em todas as atividades; A minha esposa e minha filha pelo apoio, compreensão, carinho e paciência durante todo este curso, principalmente nos momentos de dificuldades.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço às manifestações de carinho e apreço, recebidas de todos os

colegas da ETEC Prof. Mário Antonio Verza, os quais foram a maior fonte de luz

inspiradora e de apoio para o sucesso deste trabalho.

Muito obrigado também ao orientador, o Professor Rafael Augusto Oliva, pelo

auxílio seguro e oportuno durante todo o processo de orientação deste trabalho, pois

aliado à sua experiência profissional e intelectual, todas as dicas e instruções foram

imprescindíveis para o desenvolvimento e conclusão deste trabalho.

Também agradeço aos familiares por terem me apoiado e entendido a minha

ausência, não só durante as aulas, mas especialmente durante o processo de

desenvolvimento deste trabalho.

Enfim, a todos, o meu grande muito obrigado!

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EPÍGRAFE

“Não é a organização (da distribuição física) que tem importância crítica, e sim

sua filosofia de operação.” (Donald J. Bowersox)

“Sob qualquer ponto de vista – econômico,

político, e militar – [o transporte] é, inquestionavelmente, a indústria mais

importante no mundo”. (Congresso dos EUA)

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RESUMO Atualmente as organizações sofrem muito com a falta de infraestrutura logística, e estas são obrigadas a buscar soluções para que possam atender seus clientes com eficiência. Os centros de distribuição representam uma alternativa que vem sendo bastante utilizada para que as organizações consigam níveis de serviços adequados, pois possibilitam que as organizações reduzam seus custos com transporte. Neste contexto, este trabalho buscou, por meio de pesquisa hipotético-dedutiva oferecer informações acerca de modelos eficientes e eficazes de Centros de Distribuição para o setor industrial e distribuidoras de produtos varejistas, o que poderá ajudar as organizações em suas formas de gestão, ampliando a capacidade competitiva das mesmas. Palavras-chave: Centro de Distribuição; Redução de Custos; Nível de Serviço.

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1 – Vantagens e desvantagens dos tipos de modais…………………. 15

TABELA 2 – Divisão do sistema WMS…..………………………..………………. 29

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – Comparação da produção de soja e suas exportações........……. 14

FIGURA 2 – APS Diagrama da coleta de dados….……………..………………. 21

FIGURA 3 – APS Diagrama do projeto….………………………..………………. 23

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CD – Centro de Distribuição

PIB – Produto Interno Bruto

APS – Anteprojeto Sumário

PPD – Pré-projeto Detalhado

FIFO – First-in, First-out (Primeiro que entra, primeiro que sai)

FEFO – First-expire, First-out (Primeiro que vence é o primeiro que sai)

LIFO – Last-in, First Out (ultimo que entra, primeiro que sai)

LEED - Leadership in Energy and Environmental Design

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................. 11

1.1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 11

1.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ............................................................ 12

2. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................ 13

2.1 A LOGÍSTICA BRASILEIRA ................................................................................ 13

2.1.1 Modais de Transporte mais utilizados no Brasil ............................................... 15

2.2 DESAFIOS DA LOGÍSTICA DE TRANSPORTE NACIONAL .............................. 17

2.3 A UTILIZAÇÃO DE CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO COMO ALTERNATIVA PARA ATENDER AS NECESSIDADES DO MERCADO ......................................... 18

2.4 PLANEJAMENTO DE UM CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO ................................... 20

2.4.1 Plano diretor ..................................................................................................... 20

2.4.2 Pré-projeto sumário .......................................................................................... 21

2.4.3 Pré-projeto detalhado ....................................................................................... 23

2.4.3.1 Processamento dos dados base ................................................................... 25

2.4.3.2 Funcionamento detalhado do centro de distribuição ..................................... 25

2.4.3.3 Descrição da instalação ................................................................................ 25

2.4.3.4 Avaliação dos orçamentos ............................................................................ 26

2.5 IMPLANTAÇÃO DE UM CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO ...................................... 26

2.5.1Eficiência energética ......................................................................................... 26

2.5.2 Como aplicar sistemas de inventário ................................................................ 27

2.5.3 Movimentação de materiais .............................................................................. 28

2.5.4 Implantação dos 5s .......................................................................................... 29

2.6 PASSOS PARA O GERENCIAMENTO EFICAZ DE UM CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO ......................................................................................................... 29

2.6.1 Tecnologia voltada para Gerenciamento .......................................................... 30

2.6.2 Auditoria Logística ............................................................................................ 31

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................. 33

REFERÊNCIAS ..................................................................................... 34

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1. INTRODUÇÃO

Com o crescimento do poder de compra dos consumidores em todo o Brasil,

as organizações precisam fazer com que seus produtos possam chegar a lugares

muito afastados dos locais onde são produzidos. Com isso, as organizações

investem mais na logística empresarial, principalmente nos Centros de Distribuição

(CDs) para que seja possível atender os clientes de maneira eficiente e eficaz.

Tendo em vista tal importância, o assunto abordado neste trabalho decorre da

falta de estrutura das empresas em controlar seus estoques e na opção das

mesmas em não investir em Centro de Distribuição ou na implantação não planejada

dos mesmos, não sendo feitos os estudos necessários para identificar as

localizações mais estratégicas para serem instalados.

Este trabalho oferece informações acerca da montagem e do gerenciamento

de Centros de Distribuição como poderosas ferramentas logísticas, podendo ajudar

as empresas e indústrias a montar seus estoques de forma que se possam atender

os clientes com o menor tempo, custo e com qualidade superior.

1.1 OBJETIVOS

O objetivo geral deste trabalho é o de pesquisar sobre modelos eficientes e

eficazes de Centros de Distribuição para o Setor Industrial e Distribuidoras de

produtos varejistas, o que poderá auxiliar as empresas no gerenciamento de seus

estoques, na redução de custos, no aproveitamento máximo do espaço físico, na

utilização correta de sistemas de gerenciamento, bem como na localização

adequada e na montagem correta de seu Centro de Distribuição.

Os objetivos específicos são:

a) Analisar, por meio de referências os diversos modelos de CDs já existentes bem

como os mais utilizados e viáveis.

b) Comparar os modelos de CDs existentes para que seja possível detectar o

melhor modelo para a organização. Desta forma, facilitar o levantamento do

tempo que os grandes fornecedores levam para atender seus clientes que estão

mais longe dos polos industriais e assim mostrar soluções de como implantar de

forma estratégica seus centros de distribuição, ou seja, em lugares de melhor

localização, capazes de atender com rapidez e com qualidade aos seus clientes.

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Assim, este trabalho poderá auxiliar as empresas a se estruturarem

corretamente com estoques de ponta e CDs bem localizados, a definir o seu correto

ponto de ressuprimento a fim de não deixarem de atender os clientes.

.

1.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O método de pesquisa utilizado foi o método hipotético-dedutivo com a

finalidade de conseguir chegar a conclusões que sirvam de base para resoluções de

problemas ou pelo menos sua minimização. Inicialmente foram feitas pesquisas

bibliográficas em livros especializados no assunto e também em livros sobre gestão

de estoque, com a finalidade de selecionar as melhores opções para a implantação,

além de pesquisas na internet.

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2. REFERENCIAL TEÓRICO

A seguir, são apresentadas e comparadas as ideias dos principais autores

sobre o tema, tais como: Ballou, Dias, Vieira, Novaes, Fleury, Arthur, Wanke,

Ribeiro, Padula e Nogueira.

2.1 LOGÍSTICA BRASILEIRA

Segundo Novaes (2013), a logística Brasileira teve início no começo dos anos

80 com a explosão da tecnologia da informação que tinha como foco principal

transportar e armazenar.

Na próxima década começou-se a usar os cálculos acontecendo assim o

começo do conhecimento cientifico e o surgimento de entidades com foco na

logística. São elas: ASBRAS (Associação Brasileira de Supermercados), ASLOG

(Associação Brasileira de Logística), IMAM (Instituição de Movimento e

Armazenagem).

Segundo Padula (2008), em meados dos anos 1930 a cabotagem (sistema de

navegação na costa marítima, por exemplo, uma navegação que se inicia no porto

de Santos até o porto de Manaus, mesmo utilizando rios e lagos para a navegação),

era o principal modal utilizado para transporte de carga a granel, a partir desta

década as rodovias começaram a receber investimentos pesados visando sua

rápida expansão. Sua expansão e seu domínio tiveram início, entre 1928 e 1955,

com isso a malha rodoviária cresceu 400% enquanto a malha ferroviária cresceu

apenas 20%.

Em 1950, com a chegada das indústrias automobilísticas ao Brasil pelas

mãos do então presidente Juscelino Kubitschek, a malha rodoviária se consolidou

como a mais usada até os dias de hoje. Como propõe Padula (2008), 95% do

transporte de passageiros e 60% do transporte de carga são feitos pelo modal

rodoviário.

Já Fleury e Ribeiro (2001) veem que, apesar do transporte e da

armazenagem tanto no Brasil como nos Estados Unidos, as atividades que mais

contribuem para o faturamento, são os serviços de maior valor agregado que melhor

diferenciam os operadores logísticos dos demais transportadores de cargas, como

projetos de consultoria em logística e a integração do transporte com outras

atividades como armazenagem e manuseio dos materiais.

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Com isso o Brasil teria que investir de forma maciça em infraestrutura e

melhorar ainda mais a sua capacidade de escoamento. A produção de soja, por

exemplo, no ano de 2012 bateu recordes de produção, mas o Brasil não tinha

capacidade para escoar toda esta produção, acontecendo assim à perda de

contratos milionários com a China. (Ninio, 2003).

Figura 1 – Comparação da produção de soja e suas exportações

Fonte: Imea- Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (2013).

Na Figura 1 é feita uma comparação da produção de soja no Brasil nas safras

2011/2012 e 2012/2013 que mostra que a produção brasileira bateu recordes de

produção, mas não conseguiu escoar sua produção rapidamente. Isso demonstra

que o país precisa investir mais em infraestrutura para que possa exportar mais

rapidamente seus produtos e não perder potenciais clientes por falta de eficiência

logística.

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2.1.1 Modais de Transporte mais utilizados no Brasil

O Brasil possui uma vasta área territorial, onde se pode mesclar a utilização

dos modais, porém nem todos são explorados, seja por falta de infraestrutura ou

investimentos dos governos Municipal, Estadual e Federal.

No dicionário Michaelis de Língua Portuguesa, modal diz respeito ao modo

particular de ser, de fazer alguma coisa. Na logística, ele pode ser entendido como o

modo em que o produto será transportado de ponto a ponto.

Os modais possuem características específicas e de acordo com Wanke e

Fleury (2006) são divididos em cinco tipos. O primeiro é o Ferroviário, que é feito por

trens e possui custos fixos elevados por decorrência das instalações necessárias:

trilhos, vagões e locomotivas. O segundo é o Rodoviário, no qual são utilizados

caminhões e carros e ao contrário do ferroviário ele apresenta custos fixos baixos,

sendo que a manutenção das rodovias depende do poder público e os custos

variáveis (combustível, óleo, etc.) são medianos. O terceiro é o Aquaviário que se

divide em hidrovias e lacustre. Hidrovias por conta do potencial que existe no Brasil

com grandes rios. Lacustre é realizada em lagos que ligam cidades ou até países e

nele pode se usar qualquer tipo de embarcação. Possui custos fixos medianos por

conta do investimento em embarcações e equipamentos, mas é compensado pela

grande capacidade de transporte que possui tornando assim o custo variável baixo.

O quarto tipo é o Dutoviário, pouco utilizado no Brasil por ter os custos mais

elevados de todos, pois para sua implantação são necessárias licenças (ambientais

para a construção e instalação dos dutos), como contra partida possui os custos

variáveis muito baixos e às vezes eles são ate desprezados. Por fim o modal Aéreo

utiliza aviões de pequeno, médio e grande porte, seus custos fixos baixos referentes

à compra de novas aeronaves e os sistemas de manuseio, porém seus custos fixos

se tornam muito elevados do que os outros tipos de modais por conta de sua

manutenção e combustíveis.

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Tabela 1 – Vantagens e desvantagens dos tipos de modais

Modal Vantagens Desvantagens

Ferroviário

Adequado para longas

distâncias e grandes

quantidades;

Menor custo de seguro.

Menor custo do frete.

Diferença nas larguras de

bitolas;

Menor flexibilidade no

trajeto;

Necessidade maior de

transporto;

Rodoviário

Fretes mais altos em alguns

casos;

Menor capacidade de carga

entre todos;

Menos competitividade para

longas distâncias.

Adequado para curtas e

menos distancias;

Menor manuseio da carga e

menor exigência de

embalagens;

Maior frequência e

disponibilidade de vias de

acesso.

Aquaviário

Maior capacidade de carga;

Carrega qualquer tipo de

carga;

Menor custo de transporte.

Necessidade de

transbordos nos portos;

Distância dos centros de

produção;

Maior exigência de

embalagens;

Congestionamentos nos

portos.

Dutoviário

Rápido e eficaz

Custos mais baixos de

embalagens;

Grande cobertura geográfica.

Sujeito a condições

atmosféricas;

Sujeito a regulamentação

(circulação e horários).

Aéreo

É o transporte mais rápido;

Não necessita embalagem

mais reforçada.

Menor capacidade de

carga;

Valor do frete elevado.

Fonte: Próprio Autor (2013).

Antigamente no Brasil eram usados vários tipos de modais, mas o

desenvolvimento das rodovias promovido a partir do governo de Juscelino Kubschek

fez com que as mesmas se tornassem o principal modal de transporte no país até os

dias atuais. E segundo Padula (2008, p.33)

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As principais características da matriz brasileira de transportes de cargas são: alta concentração no modal rodoviário, que responde por mais de 60% dos transportes; baixa integração entre os modais; altos custos logísticos; má qualidade do sistema rodoviário; dificuldades de acesso aos portos; baixa utilização das vias navegáveis e do transporte de cabotagem.

Para Michele (2012), o Brasil possui 42 mil quilômetros de vias navegáveis,

onde somente 8.500 quilômetros são utilizados para o transporte. Isto é considerado

muito pouco para um país que bate recordes de produção de grãos ano a ano. E

este tipo de situação não ocorre em países mais desenvolvidos onde os diversos

tipos de modais se completam aumentando assim a eficiência do transporte

logístico. Isto não ocorre no Brasil onde o modal mais utilizado é o rodoviário e com

a saturação deste setor, que espera dias para descarregar a mercadoria no porto o

país perde força no setor de exportação.

2.2 DESAFIOS DA LOGÍSTICA DE TRANSPORTE NACIONAL

A eficácia da logística no país esbarra principalmente na falta de estrutura,

tanto do principal modal utilizado, que é o rodoviário, quanto dos demais. Além

disso, a maioria dos problemas ocorre em função da falta de planejamento logístico

e altos custos envolvidos.

De acordo com Padula (2008, p.15):

Investimentos em infraestrutura física são elementos fundamentais de uma política de Estado. Transportes, energia e comunicações fornecem externalidades para toda a economia, viabilizando os demais setores e, conseqüentemente, o desenvolvimento econômico e social do país.

Por isso, deveria haver mais investimento em diferentes modais para que o

país possa crescer com maior velocidade e qualidade, devendo acompanhar o

crescimento contínuo da demanda do mercado.

Padula (2008), afirma que o investimento em infraestrutura de diversos

modais abre vários leques para o desenvolvimento econômico do país, possibilita a

abertura de novos mercados para os produtores, além de maior escala de produção.

O resultado se reflete em menores custos por causa da economia em escala e os

ganhos na linha de produção, redução de custos e aumento da competitividade no

mercado.

Assim, o ponto fundamental que falta para a logística de transportes nacional,

é que sejam realizados investimentos na diversificação dos modais rodoviários para

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que seja possível fazer com que todas as regiões se desenvolvam economicamente

e socialmente, e principalmente, para que o Brasil consiga reduzir os custos

logísticos. Com isso, as empresas teriam alternativas para escoar seus produtos

para os clientes finais com maior rapidez, como por exemplo, o Centro de

Distribuição.

2.3 A UTILIZAÇÃO DE CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO COMO ALTERNATIVA

PARA ATENDER AS NECESSIDADES DO MERCADO

Algumas organizações começaram a usar Centros de Distribuição como

solução para o problema de infraestrutura, os quais são estoques descentralizados

dos polos de produção, que permitem o atendimento mais rápido das necessidades

dos clientes de determinada região. Neste sentido, Rodrigues e Roux (2011),

afirmam que os CDs representam um dos elos mais importantes na cadeia de

suprimentos, além de assegurar a integridade das mercadorias conforme os

pedidos, também garantem o necessário nível de serviço dos abastecimentos e

distribuições.

Segundo Rodrigues e Roux (2011, p. 60): “Plantas mais próximas dos pontos

de entrega podem reduzir sensivelmente os prazos de entrega, o que pode

representar um importante trunfo comercial, sobretudo no caso do comércio

eletrônico.” Esse método é muito usado nos dias atuais principalmente pelo aumento

do comércio eletrônico. Contudo, é fundamental que haja uma estruturação

adequada destes centros para que a empresa possa utilizá-lo para ganhar

competitividade no mercado. A relevância deste sistema se deve na importância do

trabalho com estoque baixo para redução de custos com a estocagem.

Ainda de acordo com Rodrigues e Roux (2011), o CD tem como suma

importância conseguir fazer com que os varejistas consigam trabalhar com “zero

estoque” ou o sistema Just In Time, e fazer com que ele consiga manter sua

produtividade no nível de serviço. Com todas essas afirmações podemos ver que o

CD é uma ótima alternativa para que as organizações consigam ter mais

competitividade no mercado, pois desta forma conseguirão atender maior número de

clientes em menor tempo com menor custo, atrativo que é bem procurado pelos

consumidores atuais devido a crescente utilização do e-commerce (compras feitas

pela internet). Além de tudo isso a organização precisa estudar afundo a viabilidade

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do projeto para que não ocorram falhas e a construção de um CD acabe se tornando

um problema ao invés de uma oportunidade.

Assim, o grande crescimento do e-commerce (comércio eletrônico) no Brasil

faz com que as organizações comecem a pensar em utilizar os CDs como vantagem

competitiva e para atender atualmente as necessidades do novo consumidor que

está mais exigente.

Um CD bem estruturado fará com que a distribuição física dos produtos se

torne mais funcional, pois a distribuição tem relações com outras áreas da empresa

como o marketing. O marketing tem dois propósitos básicos. O primeiro é obter a

demanda e o segundo é atender a demanda. Quando a demanda é conseguida pelo

marketing, ela deverá ser atendida e é quando a distribuição física começa a agir.

(BALLOU, 2012).

Segundo Hill (2003), as principais vantagens que levam ao uso dos Centros

de Distribuição são basicamente, a redução do lead time, que seria a diminuição do

tempo de entrega dos produtos para os clientes, melhorar o desempenho das

entregas para que menos produtos retornem com avarias por descuido no

transporte, uma localização geográfica em um ponto bem estratégico para que se

possa atender o maior número de clientes em menos tempo, redução dos custos

logísticos decorrentes a boa localização e ao maior número de entregas que podem

ser feitas no mesmo dia. Juntamente com a boa localização e os menores custos

tem também o nível de serviço que atinge seu nível de excelência quando se tem

um bom planejamento. Isto porque, os clientes atuais procuram o aumento do

market share1 que é o aumento da fatia que a empresa consegue no mercado em

que atua, e assim a organização passa a um novo patamar de competitividade.

Com a implantação do CD é possível racionalizar os níveis de estoque

contribuindo assim com a redução do custo logístico total, pois com o estoque

centralizado o gestor acompanha de forma mais eficaz os níveis de estoque e

consegue controlar com eficiência as necessidades de reabastecimento. Além disso,

a distribuição física melhora com a escolha da localização geográfica do CD, a qual

deve ser próxima do principal mercado consumidor, pois reduz as distâncias,

aumenta o volume de entregas, melhora a ocupação dos veículos, otimizando assim

o tempo e os custos. E de acordo com Ballou (2012)

1 Market Share – Fatia de Mercado

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Administrar a distribuição física no nível tático é utilizar seus recursos. É sob muitos aspectos, planejamento de curto prazo. Quando uma firma investe em alguma parte de seu sistema de distribuição, como por exemplo, caminhões, armazéns, dispositivos para transmissão de pedidos ou equipamento de manuseio, surge o problema de utilizar seus equipamentos e facilidades de maneira eficiente. Este é um problema tático

Ademais, a implantação e gestão adequada de um CD pode aumentar a

competitividade da organização no mercado atual, pois os clientes atuais querem

preços baixos e entrega rápida. Na continuação da pesquisa, são abordados a

analise dos dados para a implantação do Centro de Distribuição.

2.4. PLANEJAMENTO DE UM CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO

Inicialmente é necessário realizar estudos para a montagem do CD, que

deverá seguir alguns passos, tais como a coleta de dados, consulta a fornecedores,

plano diretor, direção dos trabalhos e cada fase tem uma finalidade específica.

Nesta parte começam os estudos para a montagem do CD, aparecem tópicos como

coleta de dados, descrição do funcionamento do CD, descrição sobre instalação,

previsão e avaliação dos orçamentos, cronograma da obra, etc. Primeiramente

deve-se recolher dados que serão essenciais para a implantação do CD, sempre

seguir os três passos básicos chamados de Plano Diretor, Pré-projeto sumário e o

Pré-projeto detalhado. (Rodrigues e Roux, 2011).

2.4.1 Plano diretor

Para Rodrigues e Roux (2011), quando diz respeito aos CDs, o plano diretor

fornece os principais elementos das ações que se deve compreender: número dos

CDs que serão construídos ou reformados, qual será a abrangência de suas

atividades, o seu tamanho físico aproximado, a sua localização, etc. Conforme

obtemos estas informações, surgem respostas que podem ajudar a estabelecer de

forma precisa os meios necessários para atingir os objetivos. Desta forma, o Plano

Diretor tem a função de estabelecer os elementos principais: números de CDs que

precisam ser construídos ou reformados, seu tamanho, sua localização, entre

outros. Esta etapa é extremamente importante, pois com os resultados destas

respostas nas próximas fases podem-se estabelecer os meios para se atingir os

objetivos.

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2.4.2 Pré-projeto Sumário

No pré-projeto sumário existem duas grandes questões que devem ser

respondidas. A primeira delas é com relação à identificação das grandes famílias de

soluções mais adequadas para atender à necessidade em questão. A segunda trata

das exigências relativas ao CD e depois de identificadas (áreas necessárias,

orçamentos, prazos, etc.), é necessário avaliar se essas informações continuam

sendo compatíveis com o projeto da empresa. (Rodrigues e Roux, 2011).

Posteriormente, com base nessas informações é necessário que seja feito o

anteprojeto sumário, que é uma espécie de inventário rico em detalhes de todas as

soluções técnicas e os possíveis cenários para a execução do Centro de

Distribuição. Nesta etapa algumas soluções já se tornaram inviáveis no ponto de

vista financeiro e já poderão ser descartadas, o que permite o detalhamento mais

preciso dos custos. Contudo, “A falta de precisão em relação ao custo não poderá

ultrapassar um percentual de 15%. Quanto à performance, a estimativa deverá ser

mais precisa”. (Rodrigues E Roux 2011, p. 14). Após estas informações o

anteprojeto sumário pode ser iniciado. Para Rodrigues e Roux (2011), a arquitetura

do centro de distribuição deve ser focada em dois pontos simultaneamente. Ela

deve ser funcional e organizacional, sendo relativa quanto aos fluxos físicos quanto

aos fluxos de informação. Se conseguir alinhar estes dois fluxos o CD com certeza

obterá sucesso no nível de serviço.

Na figura 2 é possível analisar cada etapa do Anteprojeto sumário.

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Figura 2 – APS Diagrama da coleta de dados

Fonte: Rodrigues e Roux (p. 16, 2011).

O gestor deve concluir após analisar o APS se o projeto será viável ou não.

Em caso positivo, ele deve começar a providenciar a documentação técnica para

que seja possível iniciar a próxima etapa do projeto, na qual não poderá haver

nenhuma modificação ou controvérsia de dados e nenhuma dúvida sobre a solução

encontrada.

2.4.3 Pré-projeto detalhado

No pré-projeto será feito o detalhamento do empreendimento, visando focar

na solução técnica que foi escolhida a fim de obter maior precisão nos dados para

preparar a próxima fase, que é a consulta a fornecedores.

COLETA DE DADOS

Contexto do Projeto

Características Estáticas

Características Dinâmicas

Funções Gerais

Restrições

Projeto novo? Reforma? Contexto Social? Mudança da atividade? Exigências? Ocupação do terreno?

Famílias comerciais? Dimensões e pesos? Categorias? Famílias Logísticas? Volume do estoque? Sazonalidade? Coeficientes de extrapolação? Informações?

Fluxo de entrada? Operações Secundárias? Pedidos? Referências? Expedições? Sazonalidades?

Invetários? Pré-faturamento? Transporte? Gestão de estoques? Rastreabilidade?

Restrições ambientais? Cronograma? Normas internas? Edificação? Prevenção de incêndios?

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Nesta fase serão consultados os fornecedores para a contratação, mas é

preciso considerar apenas os que tenham condições de atender a todas as

necessidades da organização. Além disso, é importante frisar que é fundamental a

realização de estudos complementares, que ainda não foram feitos no APS, pois

serão usados no fechamento do contrato com o fornecedor, e isto poderá levar a

uma economia de tempo.

Para Rodrigues e Roux (2011, p.18): “Na sua conclusão, ele deverá

apresentar uma avaliação financeira mais precisa, com uma estimativa cuja variação

não poderá, neste caso, ser maior do que 5% ou 10%”.

Com base nas informações do PPD (Pré-projeto detalhado) é necessário

começar a pensar na implantação física do CD. Para Rodrigues e Roux (2011, p.

18): “O PPD está também é dividido em várias subfases intermediárias, que se

assemelham muito àquelas do APS, mas o resultado final é diferente, pois aqui

temos especificações técnicas definitivas, ao invés de comparativos”.

Ainda, de acordo com o PPD, as principais categorias de dados que serão

explorados englobam todas as funções que o CD deverá realizar sobre as restrições

do entorno, onde o CD está localizado; normas e regulamentações aplicáveis

(classificações específicas de alguns produtos ou da planta do CD, as normais locais

de urbanismo, exigências das seguradoras, etc.); horário de funcionamento;

evoluções previstas (aumento ou diminuição do estoque, aumento no número de

pedidos atendidos, etc.); cargas movimentadas e estocadas; interfaces físicas

(docas rodoviárias, ferrovia) e funções informatizadas a serem executadas.

A seguir a figura 3 demonstra o nível de detalhamento do diagrama da coleta

de dados no PPD.

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Figura 3 – APS Diagrama do projeto

Fonte: Rodrigues e Roux (p. 17, 2011).

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2.4.3.1 Processamento dos dados Base

Nesta fase será necessário verificar a coerência entre os valores coletados,

pois é quase impossível que erros não sejam vistos, porque geralmente os

operadores de CD experientes conhecem os números que eles trabalham

diariamente. Rodrigues e Roux (2011, p.19) afirmam que, “A importância da

colaboração do setor de informática é fundamental para este nível de avanço”.

Ainda, segundo Rodrigues e Roux (2011) através dos dados que forem

coletados com os operadores é possível identificar em quantidade tudo que já foi

definido na qualidade, elaborando assim a seguinte documentação

dimensionamento dos estoques, dimensionamento dos fluxos físicos,

dimensionamento dos equipamentos fixos e móveis de estocagem e de

movimentação e o dimensionamento do fluxo de informações, da base de dados,

dos periféricos instalados e das redes locais.

2.4.3.2 Funcionamento detalhado do centro de distribuição

Nesta etapa será feita a descrição de como será o funcionamento do Centro

de Distribuição no âmbito de todos os processos e modos operacionais, de acordo

com o que foi definido no APS.

Recomenda-se fortemente que essa descrição seja feita por um engenheiro com know-how de integração e generalista ou por uma equipe multidisciplinar devidamente coordenada, para que se tenha uma documentação única, completa e coerente, servindo assim para todos os atores de diferentes áreas: especialistas em logística, transporte de cargas, automação e informática. (RODRIGUES E ROUX, 2011, p. 20)

A documentação terá que conter uma descrição minuciosa de cada função do

CD, como os modos de funcionamentos normais e também aqueles que possam

gerar anomalias, devendo dar atenção especial de como o CD se comportará diante

de uma pane de equipamento, a qual pode ser denominada, plano de contingência.

2.4.3.3 Descrição da instalação

Nesta parte serão definidos os meios, ou seja, os equipamentos necessários

para solucionar possíveis anomalias. Nesta etapa serão determinados os padrões

de instalação, que podem variar em função da necessidade do projeto. Rodrigues e

Roux (2011, p. 21) afirmam que: “Este memorial descritivo deverá ser estruturado de

modo que o documento final tenha coerência e possa ser utilizado nos editais de

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concorrência dos diferentes lotes da subfase posterior”. Com esta etapa concluída

deverá ser feita uma simulação da dimensão do projeto, que não pode ser

desperdiçada porque será a última chance de fazer melhorias no projeto. Rodrigues

e Roux (2011, p.21), “Como é nesta etapa que a concepção deve ser concluída, é

fundamental que os resultados da simulação sejam conclusivos, para evitar que o

estudo seja retomado no intuito de dirimir controvérsias”.

2.4.3.4 Avaliação dos orçamentos

Esta é uma das etapas mais importantes do projeto, pois se todas as

necessidades já tiverem sido estabelecidas será possível avaliar se o projeto é

viável ou não para a organização. Para Rodrigues e Roux (2011), engenheiros que

tiverem boas referências atualizadas do mercado conseguirão ter uma precisão de

mais ou menos 10% dos orçamentos na melhor das hipóteses. Por isso, é

fundamental que seja feita uma avaliação completa, devendo ser avaliados itens

como, custos com investimentos e com treinamento dos funcionários, honorários de

profissionais de consultoria (quando existir), despesas financeiras, custos

operacionais e os relativos à conservação e manutenção.

Portanto, se a equipe que está desenvolvendo o projeto estiver devidamente

atualizada, poderá fazer todos esses levantamentos. Caso contrário, será obrigada a

buscar serviços especializados.

2.5 IMPLANTAÇÃO DE UM CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO

Na implantação do centro de distribuição serão decididos os últimos detalhes

de como será o acondicionamento, o estoque, as áreas de recebimento e despacho,

soluções para um CD sustentável, aplicação do sistema de inventário e a

implantação dos 5s para melhor gerenciamento e crescimento dos colaboradores e

da organização.

2.5.1Eficiência energética

No CD que está sendo elaborado podem ser implantadas ideias de utilização

de recursos que podem ajudar a diminuir custos de armazenagem, assim o que

pode reduzir o consumo de energia, água, emissões de carbono e descarte de

resíduos sólidos. Para isto, algumas ideias devem ser incrementadas no projeto de

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engenharia para que o instituto Green Building Council Brasil que concede a

certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design).

Para Hsieh (2007), “construir verde” é conseguir diminuir a utilização dos

recursos, minimizando o impacto ao meio ambiente e visar à criação de ambientes

mais saudáveis para os colaboradores.

2.5.2 Como aplicar sistemas de inventário

O sistema de inventário é usado para saber se a acuracidade do CD está

adequada, se existem produtos obsoletos, excessos ou a falta deles, pois este

desequilíbrio poderá impedir o atendimento da demanda de mercado no tempo

certo. Rodrigues e Roux (2011) dizem que, se caso seja constatada uma taxa de

erros superior a 1%, um sistema mais severo de controle deverá ser instalado.

Dias (2008, p.182) complementa que: “Assim uma de suas funções é a

precisão nos registros de estoques; então, toda movimentação do estoque deve ser

registrada pelos documentos adequados”.

Algumas organizações utilizam o sistema periódico de inventário para verificar

discrepâncias em valor do estoque real para o estoque contábil ou para fechamento

de balanços ou balancetes, neste caso são feitos perto do fim do ano fiscal.

Segundo Sucupira e Pedreira (2009), existem quatro tipos de inventários,

sendo: inventário geral visado mais para a área contábil da organização porque se

preocupa mais com o valor dos ativos, inventário dinâmico como principal função

economizar recursos de operações no estoque, inventário por amostragem para

saber se os métodos de controles estão sendo eficientes e o inventário rotativo que

mantém as informações corretas e atualizadas e previne melhor os erros.

Contudo, Dias (2008) ressalta que se não planejado, os bons resultados da

utilização do inventário nunca virão. Existem ainda ferramentas que auxiliam o

controle dos estoques e o sistema de inventário como: uma perfeita arrumação física

do local.

Neste sentido, Dias (2008, p.184):

As áreas e os itens a serem inventariados deverão ser arrumados da melhor forma possível, agrupando os produtos iguais, identificando todos os materiais como seus respectivos cartões, deixando os corredores livres e desimpedidos para facilitar a movimentação, isolando os produtos que não devam ser inventariados, se for o caso.

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Dessa forma, é possível observar que o sistema de inventário é um modo

eficiente para manter os níveis de acuracidade do estoque, pois permite aumentar o

nível de serviço e a satisfação do cliente, mas a utilização do inventario tem alguns

objetivos, dos quais é possível destacar a etiquetagem de todos os produtos que na

contagem não possuíam identificação e se as etiquetas estão com as corretas

informações. Ainda, é necessário optar por um bom software para gerenciamento de

estoque.

2.5.3 Movimentação de materiais

Nesta parte da implantação será necessário pensar cuidadosamente em

como fazer a movimentação de materiais de forma que os níveis de produtividade

possam ser mantidos e segundo Dias (2008), a movimentação de matérias possui

três elementos básicos: o homem, a máquina e o material.

Os custos com movimentação podem influenciar consideravelmente no custo

final do produto, por isso o transporte e o acondicionamento devem ser feitos com

racionalidade para evitar perdas durante o processo. Com a racionalização do

processo permite a redução das despesas gerais, aumentando a capacidade

produtiva com melhor distribuição e maior capacidade de armazenagem. Além disso,

é necessário pensar nos equipamentos que usaremos para manuseio.

Para Dias (2008, p.220):

O problema de movimentação de materiais deve ser analisado junto com o layout; para tal, uma série de dados é necessária: produto (dimensão, peso, característica mecânica, quantidade a ser transportada), edificação (espaço entre as colunas, resistência do piso, dimensão de passagens, equipamentos de movimentação etc.) custo da movimentação, área necessária para o funcionamento do equipamento, fonte de energia necessária, deslocamento, direção do movimento e o mais importante o operador.

Dos itens supracitados, todos os que forem relativos ao espaço físico e o tipo

de equipamento já devem ter sido detalhados na fase de definição dos orçamentos

que foi pesquisada no APS.

Um detalhe importante nesta fase é a identificação precisa dos materiais por

sistemas de etiquetas inteligentes, código de barras e um software capaz de fazer

tudo isso com a máxima eficiência, para extinguir os possíveis erros. Outra

ferramenta que pode auxiliar na prevenção de anomalias é o sistema 5s, que visa

promover a organização física de forma padronizada do ambiente.

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2.5.4 Implantação dos 5s

O sistema 5s surgiu no Japão por volta dos anos 60. Os “S” são de origem de

palavras japonesas que são: Seiri (utilização), Seiton (organização), Seiso (limpeza),

Seiketsu (padronização) e Shitsuke (autodisciplina), com o grande sucesso que as

organizações tiveram no Japão, este sistema também foi adotado nos EUA e foi

batizado de “House Keeping”, que significa “arrumando a casa”. (Ziareski, 2011)

No Brasil, as organizações começaram a adotar esta ferramenta no final da

década de 80, por influência de multinacionais ocidentais. Como na tradução do

japonês para o português as palavras não tem a mesma escrita por isso foi

acrescentado a expressão “Senso ou sentido de”. (Rodrigues, 2013).

Para Nogueira (2013), o programa tem pontos muito específicos e uma

metodologia a ser aplicada envolvendo toda a organização.

O 5S tem como metodologia a implantação de várias fases e a utilização de

esforços dos colaboradores para a continuidade da melhoria. O custo de

implantação é relativamente baixo, pois conta principalmente com a conscientização

dos colaboradores e a mudança de hábitos na organização, pode-se tirar fotos da

situação atual do setor onde fiquem evidenciados todos os maus hábitos, para uma

futura comparação.

2.6 PASSOS PARA O GERENCIAMENTO EFICAZ DE UM CENTRO DE

DISTRIBUIÇÃO

Depois de implantado o CD, será necessário definir formas eficientes e

eficazes de gerenciamento para possibilitar o melhor nível de serviço. Para tanto, os

gestores podem utilizar ferramentas de auxílio, das quais se destacam: o diagrama

de Ishikawa e o check list. Tais ferramentas favorecem a assertividade na tomada

decisões, pois são baseadas em relatórios precisos.

O diagrama de Ishikawa é conhecido como diagrama de causas e efeito. Esta

ferramenta foi proposta por Kaoru Ishikawa em 1943, a sua estrutura é básica e

primeiramente são divididos os problemas em seis tipos: método, matéria-prima,

mão de obra, máquinas, medição e meio ambiente. (Desidério, 2012).

Com as informações obtidas por meio desta ferramenta o gestor pode

estruturar as potenciais causas do problema e suas oportunidades de melhoria

sabendo como eles afetam a qualidade do serviço.

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Já a ferramenta check list é muito eficiente no controle da realização das

ações de melhorias no ambiente organizacional, pois com ela o colaborador fica

ciente dos seus afazeres e dos prazos que deverá cumprir. Além disso, a

organização pode utilizá-la como documentação de auditoria ou até mesmo para

aplicabilidade trabalhista.

O check list pode ser usado de duas formas. Uma para saber se a atividade já

foi efetuada ou então para saber o que deve ser feito. Com esta coleta de dados o

gestor consegue saber em qual setor deverá promover melhorias para manter o

padrão de qualidade desejado.

2.6.1 Tecnologia voltada para Gerenciamento

Para Rodrigus e Roux (2012), não dispor de um WMS (Warehouse

Management System / Sistema de Gerenciamento de Armazém) no centro de

distribuição é um atraso semelhante ao de fazer a contabilidade com calculadoras

mecânicas. Segundo eles, o sistema pode ser dividido em cinco partes principais:

Tabela 2 – Divisão do Sistema WMS

Entrada

Produto é identificado por código quando desembarcado

na doca de recebimento

Os dados dos produtos dão entrada no sistema WMS

através do uso de leitores de códigos de barra e terminais

RFID

Estocagem

O WMS aloca os produtos com base no layout de

estocagem

O registro de localização do estoque vai sendo ajustado

conforme o nível de estoque é afetado

Gerenciamento do estoque

Monitora os níveis do produto em cada ponto de

estocagem no armazém

Quantidade e o momento de reposição são sugeridos de

acordo com regras bem especificas

Pedido de reposição é enviado diretamente para o setor

de compras via EDI ou Internet

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Processamento dos pedidos e

retirada

Ao receber o pedido, o WMS decompõe em grupos de

itens que exigem tipos de diferentes de processamento e

separação

Itens são agrupados de acordo com a localização dos

pontos de estocagem

Itens são separados de forma que o trabalhador evite

percorrer longas distâncias, força despendida e cansaço.

Preparação do embarque

Pedidos de clientes da mesma região são escolhidos

simultaneamente para que cheguem no ponto de

embarque no mesmo tempo.

Fazem-se estimativas de cubagem e peso dos pedidos de

múltiplos clientes que serão levados num caminhão,

contêiner ou vagão ferroviário.

Fonte: Próprio Autor, (2013).

Contudo, somente a tecnologia não é suficiente para promover a eficiência e

a eficácia do CD. É necessário verificar se a organização possui a base dos dados

logísticos, que irá completar e melhorar o desempenho do sistema de

gerenciamento. “A riqueza dessa base permitirá uma maior sofisticação nas

funcionalidades” (Rodrigues e Roux, 2012, p. 131).

Entretanto, para maior credibilidade do sistema de gerenciamento os gestores

deverão fazer auditorias nele regularmente para saber se a base de dados está

atualizada para extrair o máximo do sistema.

2.6.2 Auditoria Logística

A auditoria deve ser feita em todo o CD, fiscalizando todas as operações,

incluindo até o sistema de gerenciamento como dito anteriormente. Ela consiste na

verificação da qualidade das funções e dos serviços dentro da organização.

“A norma ISO 8402:1994, substituída pela NBR ISO 9000, já definia a auditoria como “um exame metódico e independente visando determinar se as atividades e os resultados relativos à qualidade atendem aos requisitos estabelecidos e se esses requisitos são implementados de maneira eficaz, permitindo que sejam atingidos os objetivos.” (Rodrigues e Roux, 2012, p.3)

A auditoria no centro de distribuição irá “fiscalizar” as funções de recebimento,

estocagem, preparação de pedidos, etc., se todos os princípios da automatização

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forem aplicados e se todas as regras de segurança foram aplicadas, a auditoria

pode ser espontânea ou imposta por clientes, instâncias superiores da organização

ou órgão de fiscalização do governo, sendo o último reservado para produtos

alimentícios e medicamentos. No Brasil o órgão que efetua este tipo de fiscalização

é a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Contudo a auditoria não pode ser vista como um exame, que é concluído com

um veredito. É fundamental sempre pensar que é uma ferramenta para se obter

melhoria contínua.

Existem muitas ferramentas para um bom gerenciamento de um CD e que

com isso se consiga cada vez mais um melhor nível de serviço.

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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

As organizações encontram muitos problemas de infraestrutura e falta de

investimentos no país, o que acarreta aumentos significativos nos custos de seus

estoques, e consequentemente no preço final dos produtos e serviços. Tais

aumentos precisam ser dissolvidos, sendo repassados ao longo da cadeia produtiva

e sentido pelo consumidor final, reduzindo a capacidade competitiva das

organizações, visto que o mercado se torna cada vez mais exigentes.

Neste sentido, o presente trabalho teve como objetivo principal o de

demonstrar que o centro de distribuição pode ser uma alternativa para solucionar o

problema, sendo rentável para as organizações, pois podem facilitar o atendimento

aos processos produtivos organizacionais, e consequentemente, o atendimento do

cliente com menor custo e maior qualidade e rapidez.

Entretanto, para que o CD tenha eficiência e eficácia, deverá ser muito bem

planejado, implantado e gerenciado. O presente trabalho traz informações precisas

acerca de cada um desses processos para que as organizações possam utilizá-lo

como parâmetro de pesquisa, avaliação e desenvolvimento de CDs como

diferenciais competitivos sustentáveis, e principalmente, para que possam promover

melhorias significativas em seus níveis de serviço.

O trabalho foi pautado em pesquisas teóricas sobre o assunto, as quais foram

apresentadas no segundo capítulo, que possibilitou mostrar alternativas para as

organizações atenderem melhor seus clientes.

Não foram realizadas pesquisas de campo, pois a região em que estamos

situados ainda não possui CDs de grande porte para que se pudesse colher dados

para compor o trabalho.

A realização do presente trabalho poderá contribuir para que os gestores

logísticos encontrem soluções viáveis para o atendimento pontual e sistêmico do

mercado. Assim a empresa poderá desenvolver o aumento da capacidade

competitiva, quanto da ampliação da credibilidade empresarial, pois nele os gestores

poderão obter todas as informações para montar e gerenciar o seu CD.

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REFERÊNCIAS

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