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CENTRO ESTADUAL DE ENSINO TECNOLÓGICO “PAULA SOUZA” FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM BANCO DE DADOS CLÁUDIA HERMINIA VIEIRA ABORDAGEM DA PRÁTICA DA ITIL® V3 NAS CORPORAÇÕES: ÊNFASE NO GERENCIAMENTO DE INCIDENTES LINS/SP 1º SEMESTRE/2011

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CENTRO ESTADUAL DE ENSINO TECNOLÓGICO “PAULA SOUZA”

FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM BANCO DE DADOS

CLÁUDIA HERMINIA VIEIRA

ABORDAGEM DA PRÁTICA DA ITIL® V3 NAS CORPORAÇÕES:

ÊNFASE NO GERENCIAMENTO DE INCIDENTES

LINS/SP

1º SEMESTRE/2011

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CENTRO ESTADUAL DE ENSINO TECNOLÓGICO “PAULA SOUZA”

FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM BANCO DE DADOS

CLÁUDIA HERMINIA VIEIRA

ABORDAGEM DA PRÁTICA DA ITIL® 3 NAS CORPORAÇÕES:

ÊNFASE NO GERENCIAMENTO DE INCIDENTES

Projeto de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Tecnologia de Lins para obtenção do Título de Tecnóloga em Banco de Dados.

Orientador: Prof. Me. Luiz Fernando Oliveira Silva.

LINS/SP

1º SEMESTRE/2011

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CLÁUDIA HERMINIA VIEIRA

ABORDAGEM DA PRÁTICA DA ITIL® V3 NAS CORPORAÇÕES: ÊNFASE NO

GERENCIAMENTO DE INCIDENTES

Projeto de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Tecnologia de Lins, como parte dos requisitos necessários para obtenção do título de Tecnóloga em Banco de Dados sob orientação do Prof. Me. Luiz Fernando Oliveira Silva.

________________________________________________

Orientador (Prof. Me. Luiz Fernando Oliveira Silva)

________________________________________________

Examinador 1 ( )

________________________________________________

Examinador 2 ( )

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À minha mãe Ermínia Maria Vieira in memorian. Às minhas irmãs Elvira, Edite e Luciana e à minha sobrinha Ana Laura.

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AGRADECIMENTOS

Nesta ocasião em que é alcançada a meta almejada em minha vida

profissional, manifesto minha sincera gratidão ao meu orientador Me. Luiz Fernando

Oliveira Silva e aos professores Ma. Adriana de Bortoli, Ma. Elaine de Moraes e Me.

Alexandre Ponce pela dedicação, amplo apoio e auxílio primordial à elaboração e

concretização desse trabalho.

Aos meus amigos de turma que se tornaram parte integrante de meu

crescimento pessoal e profissional, criando laços efetivos.

Aos meus professores que sempre estiveram prontos a contribuir, incentivar e

direcionar para o cumprimento dos objetivos, sempre com dedicação, amor e

presteza com que transmitem o saber.

À toda a equipe da Fatec Lins pelo profissionalismo e competência, em

especial ao Prof. Dr. Luciano Soares de Souza que, com maestria, comanda a

instituição e acompanha a nossa 1ª turma de formandos desde o início das

atividades acadêmicas, em 15 de setembro de 2008.

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RESUMO

Diante da revolução que a tecnologia da informação promove, é insustentável a sobrevivência de empresas sem uma boa governança. A ITIL® surgiu como uma ferramenta de infraestrutura para a Governança objetivando a integralização estratégica dos serviços de TI com pessoas e negócios. A motivação para o entendimento conceitual das governanças e a importância das boas práticas da ITIL® é o ponto de partida desse estudo. Este trabalho tem por objetivo a apresentação das Governanças Corporativa e de TI, esmiuçando-se nas boas práticas da ITIL® V3, com enfoque no gerenciamento de incidentes para obtenção de resultados. Os conceitos são abordados por meio de levantamento teórico e análise bibliográfica sobre os métodos, ressaltando a pesquisa realizada, apresentando os autores Weill; Ross, Magalhães; Pinheiro e Freitas que contribuem para o embasamento da proposta. Considera-se relevante a abordagem do Gerenciamento de Configuração, tendo como base de dados o CMDB, contribuindo como instrumento de documentação, acompanhamento e armazenagem dos dados. O cerne do trabalho se dá por meio do Gerenciamento de Incidentes com seus relacionamentos para outros serviços de TI. Por fim, se faz uma apresentação dos softwares atuantes no mercado que promovem o gerenciamento de incidentes, com intuito de apresentar alternativas para a implementação em pequenas, médias e grandes empresas com necessidade de inserção, atualização e expansão no mercado. É um trabalho teórico que pretende apresentar a atuação do banco de dados em uma ferramenta de infraestrutura em TI, valorizada mundialmente e que atende às necessidades do gerenciamento de serviços de TI.

Palavras-chave: Tecnologia da Informação. Governança. ITIL®.

Gerenciamento de Incidentes.

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ABSTRACT

Before the revolution that promotes information technology, is unsustainable in the survival of companies without good governance. ITIL ® has emerged as a tool infrastructure for strategic governance aimed at paying for services with individuals and businesses. The motivation for conceptual understanding of the importance of good governance and practices of ITIL ® is the starting point of this study. This work aims at the presentation of the Corporate Governance and IT, detailing on best practices of ITIL ® V3, with a focus on incident management for results. The concepts are addressed through theoretical research and literature review on methods, highlighting the research, the authors presenting Weill, Ross, Magellan; Freitas Pinheiro and contributing to the basement of the proposal. It is considered the relevance of the Configuration Management approach, based on data from the CMDB, contributing as a tool for documentation, monitoring and storing data. The core of the work is done through the Incident Management with their relationships to other IT services. Finally, if you make a presentation of the software operating in the market that promote incident management, with a view to presenting alternatives to the implementation in small, medium and large businesses who need to insert, update and expand the market. It is a theoretical work that aims to present the performance of the database into a powerful IT infrastructure, valued worldwide and that meets the needs of IT service management.

Keywords: Information Technology. Governance. ITIL ®. Incident

Management.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1.1: Tomada de decisões entre Administração e governança de TI .......... 24

Figura 1.2: Estratégia de implementação do Gerenciamento de Serviços de TI .. 26

Figura 2.1: Logomarca ITIL® ................................................................................ 27

Figura 2.2: Principais áreas de atenção nas pequenas e médias empresas ........ 30

Figura 2.3: Livros ITIL® V2 ................................................................................... 33

Figura 2.4: Relacionamentos entre os processos de Entrega e Suporte de

Serviços ..........................................................................................................

34

Figura 2.5: Livros ITIL® V3 ................................................................................... 35

Figura 2.6: Ciclos de Vida da ITIL® V3.................................................................. 36

Figura 2.7. Diferença entre as versões da ITIL® .................................................. 42

Figura 3.1: Sistema de Gerenciamento da Configuração ..................................... 46

Figura 3.2: Atividades do Gerenciamento da Configuração e Ativo de Serviços . 47

Figura 3.3: Os tipos de Itens de Configuração .................................................. 48

Figura 3.4: Tipos de Relacionamentos entre ICs .................................................. 49

Figura 3.5: Comparativo CMDB ............................................................................ 53

Figura 3.6: CMDB ............................................................................................. 55

Figura 4.1: Modelo de Incidentes para falha no sistema de vendas ..................... 62

Figura 4.2: Atividades do Gerenciamento de Incidentes ..................................... 63

Figura 4.3: Evolução até a implementação da solução ........................................ 70

Figura 4.4: Atividade do Gerenciamento de Problemas ...................................... 74

Figura 4.5: Octopus – tela My Incidents ................................................................ 77

Figura 4.6: Tela do software OneOrZero AIMS .................................................... 79

Figura 4.7: Telas de registros de incidentes ......................................................... 80

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Figura 4.8: Tela do software Centre ...................................................................... 81

Figura 4.9: Tela do software OcoMon ................................................................... 82

Figura 4.10: Tela do software Aquala Help Desk ................................................. 83

Figura 4.11: Tela do software CEC – Lite 9.0 (freeware) ...................................... 84

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LISTA DE QUADROS

Quadro 2.1: Funções e Processos da ITIL® V3 .................................................... 37

Quadro 3.1: 10 lições para uma implementação de sucesso ................................ 56

Quadro 4.2: Exemplo de Matriz GUT de priorização ............................................. 65

Quadro 4.3: Exemplo de priorização TMPRS ....................................................... 66

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LISTA DE TABELAS

Tabela 3.1: Exemplo de tabela de atributos de IC ...............................................

50

Tabela 4.1: Comparativo de softwares prontos ....................................................

85

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ANS – Acordo de Nível de Serviço

BDEC – Base de Dados de Erros Conhecidos

BDGC – Banco de Dados de Gerenciamento de Configuração

BMD – Biblioteca Definitiva de Mídia

BSI – British Standards

BSC - Balanced Scorecard

BSI – British Standards Institute

CCTA - Central Computer and Telecommunications Agency

CIO - Chief Information Officer

CMDB - Configuration Management Data Base

CMMI - Capability Maturity Model Integration

ERP - Enterprise Resource Planning

GITMM - Government Information Technology Infrastructure Management

Methodology

GPServ - Gestão de Processos e Serviços

GUT – Gravidade, Urgência e Tendência

IBGC - Instituto Brasileiro de Governança Corporativa

IC – Item de Configuração

ICT – Information Communication Technology

ISO - Internacional Organization for Standardization

IT - Information Technology

ITG - Integration Technologies Group, Inc. .

ITGI - Information Technology Governance Institute

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ITIL® – Information Technology Infrastructure Library

ITIL® V1 – Primeira Versão da Information Tecnology Infraestructure Library

ITIL® V2 – Segunda Versão da Information Tecnology Infraestructure Library

ITIL® V3 – Terceira Versão da Information Tecnology Infraestructure Library

itSMF - IT Service Management Forum

itSMFI - IT Service Management Forum Internacional

OCG - Office of Government Commerce

RDM – Requisição de Mudança

ROI – Return on Investiment

SGC – Sistema de Gerenciamento da Configuração

SGCS – Sistema de Gerenciamento da Conhecimento de Serviço

SOX - Sarbanes-Oxley

TI – Tecnologia da Informação

TSO - The Stationery Office

TMPRS – Tempo Médio para Restauração de Serviço

VIP – Very Important Person

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LISTA DE SÍMBOLOS ® - Marca Registrada ™ - Trademark

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ........................................................................................ 18

1 GOVERNANÇA CORPORATIVA E GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA

DA INFORMAÇÃO (TI) ............................................................................ 21

1.1 GOVERNANÇA CORPORATIVA ........................................................................ 21

1.1.1 Objetivo ........................................................................................................... 22

1.1.2 O desempenho da TI na Governança Corporativa ......................................... 22

1.2 GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI) ............................... 22

1.2.1 Surgimento da Governança de TI..................................................................... 23

1.2.2 Definição .......................................................................................................... 23

1.2.3 Responsabilidade e Tomada de Decisões ....................................................... 23

1.3 GOVERNANÇA CORPORATIVA VERSUS GOVERNANÇA DE TI ..................... 25

1.4 O GERENCIAMENTO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO .... 25

2 ITIL® .................................................................................................... 27

2.1 HISTÓRIA DA ITIL® ............................................................................................ 28

2.1.1 itSMF ................................................................................................................ 29

2.2 ITIL® PARA A MÉDIA E PEQUENA EMPRESA .................................................. 29

2.3 VERSÕES DA ITIL® ............................................................................................ 32

2.3.1 Primeira Versão – ITIL® V1: ............................................................................. 32

2.3.2 Segunda Versão – ITIL® V2: ............................................................................ 32

2.3.3 Terceira Versão – ITIL® V3: ............................................................................. 35

2.3.3.1 Ciclos de Vida da ITIL® V3: .......................................................................... 35

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2.3.3.2 Funções e Processos da ITIL® V3: ............................................................... 37

2.3.4 As principais diferenças entre as versões da ITIL®: ....................................... 41

3 GERENCIAMENTO DE CONFIGURAÇÃO E ATIVO DE SERVIÇO . 44

3.1 OBJETIVOS DO GERENCIAMENTO DE CONFIGURAÇÃO E ATIVO DE

SERVIÇO .................................................................................................................. 45

3.2 SISTEMA DE GERENCIAMENTO DA CONFIGURAÇÃO (SGC) ........................ 45

3.3 ARMAZENAMENTOS E AUDITORIA DO GERENCIAMENTO DE

CONFIGURAÇÃO E ATIVO DE SERVIÇO ................................................................ 46

3.4 ATIVIDADES DO GERENCIAMENTO DE CONFIGURAÇÃO E ATIVO DE

SERVIÇO .................................................................................................................. 47

3.5 ITEM DE CONFIGURAÇÃO ................................................................................ 48

3.5.1 Relacionamentos entre os Itens de Configuração ............................................ 49

3.5.2 Atributos dos Itens de Configuração................................................................. 50

3.6 CATÁLOGO DE SERVIÇO .................................................................................. 51

3.7 CMDB ................................................................................................................. 52

3.7.1 Objetivo do CMDB ............................................................................................ 54

3.7.2 CMDB e ITIL® .................................................................................................. 55

3.7.3 Implementação de um CMDB .......................................................................... 56

3.8 GERENCIANDO O BANCO DE DADOS .............................................................. 58

3.8.1 Gerenciando Incidentes, Problemas e Mudanças ............................................ 59

4 GERENCIAMENTO DE INCIDENTES ................................................. 60

4.1 META E OBJETIVOS DO GERENCIAMENTO DE INCIDENTES ........................ 60

4.2 MODELOS DE INCIDENTES .............................................................................. 61

4.3 ATIVIDADES DO GERENCIAMENTO DE INCIDENTES ..................................... 63

4.3.1 Identificação e Registro do Incidente................................................................ 63

4.3.2 Categorização do Incidente .............................................................................. 64

4.3.3 Priorização do Incidente ................................................................................... 65

4.3.4 Diagnóstico Inicial e Escalação do Incidente .................................................... 67

4.3.5 Investigação e Diagnóstico do Incidente .......................................................... 67

4.3.6 Resolução e Recuperação do Incidente e o seu Fechamento ......................... 68

4.4 RELACIONAMENTOS ENTRE O GERENCIAMENTO DE INCIDENTES E

OUTROS PROCESSOS............................................................................................ 68

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4.5 IMPLANTAÇÃO DO GERENCIAMENTO DE INCIDENTES ................................ 69

4.6 PROCESSO DE SOLUÇÃO E RECUPERAÇÃO ................................................. 70

4.7 GERENCIAMENTO DE PROBLEMAS ................................................................ 72

4.7.1 Objetivo do Gerenciamento de Problemas ....................................................... 73

4.7.2 Atividades do Gerenciamento de Problemas ................................................... 74

4.8 SOFTWARES PARA GERENCIAMENTO DE INCIDENTES ............................... 76

4.8.1 Software Octopus ............................................................................................. 76

4.8.2 Software de Gestão de Incidentes – Vincit ....................................................... 77

4.8.3 Software 0800net ............................................................................................. 78

4.8.4 Software OneOrZero AIMS .............................................................................. 78

4.8.5 Software RightNow ........................................................................................... 79

4.8.6 Software Centre................................................................................................ 80

4.8.7 Software OcoMon ............................................................................................. 81

4.8.8 Software Aquala Help Desk .............................................................................. 82

4.8.9 Software CEC Help Desk ................................................................................. 83

4.9 INCIDENTE, PROBLEMA E MUDANÇA .............................................................. 86

CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................... 87

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ............................................................. 89

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18

INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas, diante da revolução que a Tecnologia da Informação

vem empregando, torna-se inadmissível para uma corporação sobreviver às crises,

sem obtenção de uma área de TI em seu quadro organizacional, com compromisso

de alinhar-se ao planejamento estratégico, visando melhor aproveitamento dos

recursos aplicados e processos de trabalho.

As corporações visionárias veem inúmeros fatores que contribuem para a

aplicabilidade da Governança de TI, conforme ressalta Weill; Ross (2006), nos quais

se destaca o mercado globalizado, a concorrente disputa pelo mercado consumidor,

o alto nível de competitividade entre as corporações, a exigência dos clientes

internos e externos, a tomada de decisões cada vez mais voltadas à gestão de TI e

as consequências que este novo cenário promove na inovação e adequação de

seus serviços.

Sendo assim, a corporação com governança amolda-se estrategicamente às

novas realidades de mercado, adotando frameworks operacionais, táticos e

estratégicos como a Information Technology Infrastructure Library (ITIL®), obtendo

desta maneira, agilidade na tomada de decisões, maior conhecimento sobre as

necessidades e exigências dos clientes, características de atendimento com

qualidade e redução de custos atrelados à eficiência e eficácia dos serviços

prestados aos usuários, adotando as melhores práticas nos processos e

procedimentos em gerenciamento dos serviços de TI.

Tendo a TI se difundido com extrema rapidez, cada vez mais presente em

todo lugar e a todo instante, direciona-se para a tomada de decisões

concomitantemente com a governança em TI, salientado por Weill; Ross (2006),

exigindo frameworks que correspondam à velocidade das mudanças nos negócios,

ambientes e serviços. Para aperfeiçoar e atender às exigências e complexidades

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que os serviços impõem faz-se necessária aplicabilidade do modelo ITIL®,

destacado por Magalhães; Pinheiro (2007).

A área de TI tem focado sua atenção na gestão de serviços visando melhorar

o atendimento aos clientes. A ITIL®, por sua vez, tem seu escopo voltado para o

modelo de processo, que vem se consolidando no mercado como o padrão global na

área de gestão de serviços de infraestrutura, tratando holisticamente os serviços, as

pessoas e a tecnologia.

O objetivo deste trabalho refere-se à apresentação das Governanças

Corporativa e de TI, tendo as boas práticas da ITIL®, com enfoque no

gerenciamento de incidentes utilizando o Banco de Dados do Gerenciamento de

Configuração (CMDB) para obtenção de resultados.

Especificamente este trabalho objetiva:

1. Apresentar as Governanças, desprezando os eventos particulares e

salientando os eventos genéricos importantes para as corporações.

2. Apresentar um estudo sobre as versões da ITIL® e suas melhores práticas.

3. Detalhar o Gerenciamento de Configuração, com ênfase no CMDB e suas

funcionalidades.

4. Tendo, como escopo o Gerenciamento de Incidentes, abordar o

armazenamento e administração em um CMDB.

5. Apresentar diversos softwares prontos que atuam com o gerenciamento de

incidentes com intuito de difundir sua importância na gestão de TI de pequenas,

médias e grandes empresas.

O fato motivacional para a escolha do tema direcionado à ITIL® se deve à

importância de sua biblioteca como auxílio à gerência da infraestrutura e serviços de

TI, haja vista, ter uma estrutura composta por diretrizes, independente de qualquer

aplicativo ou plataforma e, portanto, podendo ser aplicada em qualquer empresa.

Por conseguinte, no apuramento do tema, o Gerenciamento de Incidentes

juntamente com o CMDB, passou a ser mais atuante por ser uma vertente da ITIL®

e estar mais adequado à rotina de TI, servindo como benchmarking para a

instalação das boas práticas do mercado e obtenção de melhores resultados nas

suas operações.

A adoção das melhores práticas em TI pressupõe que a organização está

realizando da forma mais eficiente e eficaz a gestão destes recursos e, com isso,

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20

trazendo melhores resultados e vantagem competitiva. As empresas que por

estagnação ou hesitação não adotam ou optam por utilizar uma pequena fatia dessa

adoção, podem estar em desvantagem competitiva, com altos custos e ineficiência

na gestão de TI.

A abordagem dos conceitos é feita através de levantamento teórico e análise

bibliográfica sobre os métodos. A pesquisa bibliográfica realizada apresenta os

autores sobre o assunto Weill; Ross, Magalhães; Pinheiro e Freitas que contribuem

para o embasamento da proposta.

Para realização deste trabalho foi direcionada a revisão da literatura por meio

das fontes de informações digitais, com acesso privado das publicações nas

bibliotecas ligadas às universidades e órgãos e acesso público através de busca na

rede e bibliotecas digitais. Também foi utilizada pesquisa online diretamente nos

órgãos mantenedores (OCG, itSMF, IBGC, ITGI, CMDB etc.).

Este trabalho foi alinhado em quatro capítulos, dispostos de maneira

condizente com o mencionado no tema. O Capítulo I discorre sobre Governanças

Corporativa e de TI, abordando seus objetivos, aspectos, tomada de decisões e

divergências, porém, apresentando como convergência o Gerenciamento de

Serviços de TI consolidado com a abordagem da ITIL®.

No Capítulo II, a ITIL® foi disposta de maneira a apresentar suas versões

salientando os pontos fortes e fracos de cada uma delas, tendo como destaque a

terceira versão exaltando seus ciclos de vida na estratégia do gerenciamento de

serviços.

O Capítulo III apresentou o Gerenciamento de Configuração e Ativo de

Serviço e seus relacionamentos com o Item de Configuração e Sistema de

Gerenciamento de Configuração. Ênfase no CMDB como promessa no controle da

infraestrutura de TI, mostrando sua interação com a ITIL®, destacando o banco de

dados.

O Capítulo IV demonstrou o Gerenciamento de Incidentes no enfoque ao

tratamento e resolução de incidentes de maneira ágil, tendo acompanhamento do

CMDB para registro, análise e armazenamento dos dados com intuito de diminuir

custos e tornar proativas as resoluções de incidentes futuros.

Por fim, o trabalho em suas considerações finais ressalta o tema abordado

com ênfase no Gerenciamento de Incidentes e sua importância na melhoria dos

serviços fornecidos, satisfazendo usuários e empresas.

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1 GOVERNANÇA CORPORATIVA E GOVERNANÇA DE

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI)

1.1 GOVERNANÇA CORPORATIVA

A Governança Corporativa originou-se no mercado financeiro mundial,

aproximadamente na década de 1990, tendo como escopo a transparência na

gestão empresarial em relação ao aumento de rentabilidade e redução de riscos

para os investidores da empresa. Em contrapartida, garantiu a devolução de seus

investimentos com a adoção de códigos de boas práticas de gestão. Tornou-se

expressiva na última década em consequência do surgimento de escândalos

financeiros nos Estados Unidos e Europa, forçando a promulgação da lei americana

de proteção aos investidores e reforma financeira, popularmente conhecida como

Sarbanes/Oxley (SOX), base de leis similares em todo o mundo.

No Brasil, a Governança surgiu da necessidade de atrair capital e fontes de

investimentos externos para as empresas brasileiras, decorrente do processo

acelerado de globalização e privatizações no país. Freitas (2010) ressalta as

recomendações de boas práticas instituídas e implantadas pelo Banco Central do

Brasil, pela Comissão de Valores Mobiliários e pela Bolsa de Valores de São Paulo,

com intuito de aumentar a confiança e a disponibilização dos investidores na

aquisição de ações de empresas com Governança Corporativa e aumentar o valor

das ações.

Segundo o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), é

imprescindível a aplicabilidade das ações e divulgação dos preceitos da Governança

Corporativa com incentivo ao conhecimento, haja vista que a governabilidade no

Brasil ainda caracteriza-se com a alta concentração do controle

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acionário, com baixa efetividade dos conselhos de administração e, por conseguinte,

pela alta sobreposição entre propriedade e gestão.

Comumente, enfatiza-se a grande valia em reunir aspectos como

participação, transparência, responsabilidade, clareza na prestação de contas,

eficiência, para a obtenção de uma boa governança. E para esse envolvimento são

destacados seus principais pilares tais como, conselho de administração, a auditoria

independente e o conselho fiscal.

1.1.1 Objetivo

O objetivo da governança corporativa é resguardar a obtenção dos devidos

resultados da empresa e de suas iniciativas, por meio da fiscalização e avaliação do

desempenho da gestão. O objetivo da Governança Corporativa é criar mecanismos eficientes de gestão, monitoramento e controle para garantir que as decisões dos executivos e os processos empresariais estejam alinhados com os interesses dos proprietários e/ou acionistas (FREITAS, 2010, p. 12).

1.1.2 O desempenho da TI na Governança Corporativa

A ausência de gerenciamento dos recursos de TI, responsáveis pela geração,

pelo tratamento e pela disponibilização das informações empresariais, choca-se com

a busca da eficácia empresarial na governança corporativa, haja vista que a SOX

ratifica a interação TI e Governança Corporativa.

A Governança Corporativa não pode ser eficiente se a empresa não dispuser de mecanismos de gerenciamento dos recursos de TI que são responsáveis pela geração, pelo tratamento e pela disponibilização das informações empresariais (FREITAS, 2010, p. 12).

Por conseguinte, Weill; Ross (2006) salientam que a governança corporativa

bem definida é importante para os investidores profissionais, pois grandes

instituições atribuem a ela o mesmo peso que aos indicadores financeiros quando

avaliam decisões de investimento.

1.2 GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI)

Segundo Freitas (2010), o ambiente empresarial envolve proprietários,

gestores, área operacional, clientes e mercado. Qualquer empresa, independente de

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seu tipo ou porte, deve possuir um planejamento estratégico bem definido e

processos operacionais alinhados ao plano estratégico.

Outrossim, Weill; Ross (2006) ressaltam que, por muitos anos, certas

organizações conseguiram prosperar mais que as outras que possuem deficiência

na administração de TI. As empresas de melhor desempenho têm sucesso onde as

outras fracassam porque implantam uma Governança de TI eficiente para sustentar

suas estratégias.

1.2.1 Surgimento da Governança de TI

A Governança de TI surgiu há alguns anos como uma expressão e chegou

aos usuários e provedores pela necessidade de ideias, soluções, métodos,

iniciativas, promessas, certezas e dúvidas sobre o pertinente uso empresarial da TI.

Tem seu nome atribuído às atividades de Gestão de TI realizadas para

garantir alinhamento às iniciativas de Governança Corporativa e surge como um

componente fundamental para a obtenção de insumos necessários para o

atendimento das especificações da Governança Corporativa e como instrumento de

aprimoramento e auditoria da qualidade dos serviços de TI.

1.2.2 Definição

O IT Governance Institute (ITGI) define a Governança em TI como a parte

integrante da governança corporativa e consiste na liderança e nas estruturas

organizacionais e processos que assegurem que a organização de TI sustente e

estenda as estratégias e os objetivos da organização.

A Governança de TI, segundo Weill; Ross (2006, p. 8) é “a especificação dos

direitos decisórios e do framework de responsabilidades para estimular

comportamentos desejáveis na utilização da TI”. (grifo do autor)

1.2.3 Responsabilidade e Tomada de Decisões

Sendo a Governança de TI de responsabilidade da alta administração esta

determina quem toma decisões. A administração por sua vez, toma essas decisões

e as coloca em prática, conforme ilustra a figura 1.1.

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24

Figura 1.1: Tomada de decisões entre Administração e governança de TI Fonte: elaborado pelo autor

Governança não é apenas sobre controle, fiscalização ou como evitar que

fracassos aconteçam, mas, também, é sobre aumentar a chance para o surgimento

do sucesso.

“(...) Os sistemas de informação não tomam a decisão pelos seres humanos, mas dão suporte ao processo de tomada de decisão. O modo como isso é feito dependerá dos tipos de decisões, dos tomadores de decisão e dos parâmetros de referência.” (LAUDON;LAUDON, 2001, p. 70)

De acordo com Weill; Ross (2006) uma Governança de TI eficaz requer uma

quantidade significativa de tempo e de atenção da administração, pois sem uma

estrutura de governança cuidadosamente projetada, as empresas deixam a

harmonização entre administração e TI ao acaso. Para elucidar o que uma boa

governança provoca na tomada de decisões, segundo os autores, referencia-se que:

- Uma boa governança compensa, pois decorre de boas práticas

administrativas em todas as áreas.

- A TI é custosa porque vem ganhando importância e tornando-se mais

pervasiva, ou seja, os gastos em TI originam-se de todas as áreas da empresa,

exigindo a criação ou refinando estruturas de Governança para melhor direcionar

seus gastos como prioridade estratégica.

- As empresas são bombardeadas com novas tecnologias prometendo novas

oportunidades de negócio, exigindo previsão mais verossímil se a empresa possui

processos de governança para harmonizar os comportamentos desejáveis e os

princípios de TI.

ADMINISTRAÇÃO A

DMINISTRAÇÃ

O

GOVERNANÇA DE TI

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25

- A governança de TI é fundamental para o aprendizado organizacional sobre

o valor da TI, pois sua eficácia cria mecanismos para que as empresas consigam

debater o valor potencial e formalizar seu aprendizado.

- O valor da TI depende mais do que apenas boa tecnologia, exigindo das

empresas de sucesso o envolvimento das pessoas certas no processo da tomada de

decisões.

- A alta gerência tem uma capacidade de atendimento limitada, sendo que,

uma boa governança proporciona um processo decisório claro e transparente, que

resulta num comportamento consistente com a visão da alta gerência e ao mesmo

tempo estimula a criatividade geral.

- Empresas líderes governam a TI de modo diferente, pelo fato de possuírem

arranjos de governança mais descentralizados, destinados a promover respostas

mais ágeis às demandas dos clientes e a rápida inovação.

1.3 GOVERNANÇA CORPORATIVA VERSUS GOVERNANÇA DE TI

Geralmente, quando o tema Governança Corporativa é salientado, pouca ou

nenhuma referência se faz à Governança de TI. O contrário também acontece. Para

muitos, os conceitos das governanças são distintos, o que acaba fugindo da

verdade.

A Governança de TI é parte integral da Governança Corporativa. Não se pode afirmar ser possível que uma organização tenha elevado nível de Governança Corporativa sem que tenha uma boa Governança de TI. A sociedade e principalmente os investidores tem dado sinais de valorizar cada vez mais empresas com elevado nível de Governança e isso impulsiona cada vez mais as melhorias na Governança de TI (RODRIGUES, 2006, p. 31).

Com o decorrer do amadurecimento da Governança Corporativa, o mercado

mundial passou a nomear as práticas de gestão de TI realizadas com intuito de

alinhar-se às iniciativas, com o nome de Governança de TI.

1.4 O GERENCIAMENTO DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

O Gerenciamento de Serviços de TI proporciona recomendações e práticas

para atendimento dos requisitos da Governança Corporativa. As melhorias advindas

de instrumentos de aprimoramento, aconselhamento e auditoria da qualidade de

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serviços de TI, por meio da Governança, aumentam o grau de confiança nos

recursos tecnológicos e integram as atividades de Gestão de TI com os objetivos

estratégicos empresariais.

O Gerenciamento de Serviços de TI visa alocar adequadamente os recursos disponíveis e gerenciá-los de forma integrada, fazendo com que a qualidade do conjunto seja percebida pelos seus clientes e usuários, evitando-se a ocorrência de problemas na entrega e na operação dos serviços de Tecnologia da Informação. [...] a tática que vem sendo adotada é o desenho, a implementação e o gerenciamento de processos internos da área de TI de acordo com as práticas reunidas na Information Technology Infrastructure Library [...] (MAGALHÃES; PINHEIRO, 2007, p. 29).

A figura 1.2, em conformidade com o citado pelos autores, ressalta a

estratégia de implementação do Gerenciamento de Serviços de TI, enfatizando sua

importância tática na organização.

Figura 1.2: Estratégia de implementação do Gerenciamento de Serviços de TI. Fonte: Magalhães; Pinheiro, 2007, p.29

O Gerenciamento de Serviços de TI vem se consolidando com a abordagem

da Information Technology Infrastructure Library (ITIL®) em seus seguimentos

estratégicos, devido à maturidade das organizações nas tomadas de decisões. É um

instrumento pelo qual se adota uma postura proativa em relação ao atendimento das

necessidades organizacionais. As organizações levam em conta não apenas o

custo, mas a capacidade crítica de cada processo da área de TI para a geração de

valor.

ISO/IEC

20.000-1

ISO/IEC

20.000-2

ITIL®

Processos internos da área de TI

Gerenciamento de

Serviços de TI

Procedimentos

Como fazer

Execução

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27

2 ITIL®

ITIL® é uma marca registrada do Office of Government Commerce (OGC) no

Reino Unido e em outros países.

ITIL® é um acrônimo de Information Technology Infrastructure Library

(Biblioteca de Infraestrutura de Tecnologia da Informação).

A biblioteca ITIL® foi criada por órgão do governo britânico, a partir de

pesquisas realizadas por consultores, especialistas e doutores que colheram as

melhores práticas das maiores indústrias locais na área de TI. Hoje, o modelo é

regulado pelo IT Service Management Forum (itSMF), organização internacional

dedicada a disseminar o que de melhor há em gerenciamento de serviços de TI.

Figura 2.1: Logomarca ITIL® Fonte: ITIL® OGC, Oficial Site, 2010

A ITIL® constitui-se de uma descrição coerente e integrada de práticas de

gerenciamento de serviços de TI que ajudam a implantar e manter um

gerenciamento focando em pessoas, processos, tecnologia e parceiros que são

usados na entrega de serviços que atendam às necessidades dos clientes.

[...] é composta por um conjunto das melhores práticas para a definição dos processos necessários ao funcionamento de uma área de TI, [...] com objetivo permitir o máximo de alinhamento entre a área de TI e as demais áreas de negócio, de modo a garantir a geração de valor à organização. (MAGALHÃES; PINHEIRO, 2007, p. 64).

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As diversas práticas reunidas descrevem os objetivos, atividades gerais, pré-

requisitos necessários e resultados esperados dos vários processos, os quais

podem ser incorporados dentro das áreas de TI.

A ITIL® por sua particularidade e dinamismo, conforme ressaltam Magalhães;

Pinheiro (2007) e Freitas (2010), pode-se afirmar que:

a) Não é metodologia.

b) Não é um objetivo e sim um ponto de partida.

c) Não é uma norma.

d) Não é estática, por isso, pode ser adaptada.

e) Não é teoria, mas sim baseada em práticas e daí vem o termo

“melhores práticas”.

Segundo Magalhães; Pinheiro (2007) adotar a ITIL® não obriga a uma nova

maneira de pensar e agir, contudo, fornece uma base para os processos existentes

em um conjunto estruturado, certificando suas tarefas, procedimentos, regras e

atividades.

Por evidenciar as relações entre os processos da área de TI, qualquer falha de comunicação ou de cooperação entre as várias funções da área de TI pode ser detectada e eliminada ou minimizada. A ITIL fornece um comprovado guia para o planejamento de processos padronizados, funções e atividades para os integrantes da equipe de TI, com referências e linhas de comunicação apropriadas entre elas (MAGALHÃES; PINHEIRO, 2007, p. 65).

2.1 HISTÓRIA DA ITIL®

Foi criada em 1989 pela Central Computer and Telecommunications Agency

(CCTA), hoje incorporada pelo OGC, um órgão independente do governo britânico.

[...] um esforço para disciplinar e permitir a comparação entre as propostas dos diversos proponentes a prestadores de serviços de TI para o governo britânico, haja vista a grande adoção da metodologia de gerenciamento denominada outsourcing e da subcontratação de serviços de TI pelos seus diferentes órgãos, agências e instituições, objetivando garantir um mínimo de padronização de atendimento em termos de processos, terminologia, desempenho, qualidade e custo (MAGALHAES; PINHEIRO, 2007, p. 62).

A central coletou e analisou informações de diversas organizações

selecionando as orientações mais úteis para a própria CCTA e seus clientes no

governo britânico. Naquele momento, empresas de fora do governo britânico

perceberam que as orientações eram aplicáveis para o ambiente de empresas não

governamentais. Sua estrutura provou ser útil para organizações em todos os

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setores e sua aplicação por muitas companhias de Gerenciamento de Serviço como

base para consultoria, educação e apoio de ferramentas de software.

Posteriormente a ITIL® passou a ser adotada pelos países da América do

Norte, tornando-se o padrão de fato da atualidade no segmento de TI.

Desde o início, a estrutura da ITIL® é de domínio público e, em meados da

década de 1990, foi reconhecida mundialmente como um padrão para

gerenciamento de serviços. Atualmente a ITIL® é mundialmente conhecida e

utilizada por organizações públicas e privadas.

2.1.1 itSMF

Em 2001, no Reino Unido, foi fundado o itSMF ou Fórum de Gerenciamento

de Serviços de TI. Atualmente conta com mais de 6000 empresas afiliadas, em mais

de 50 países, através de suas representações regionais.

A função do itSMF, mundialmente, é auxiliar no desenvolvimento e na promoção do Gerenciamento de Serviços de TI e estabelecer um fórum para troca de informações e compartilhamento de experiências entre usuários, fornecedores, empresas, organizações governamentais e instituições de ensino envolvidas com o Gerenciamento de Serviços de TI. (Freitas, 2010, p. 59)

O itSMF International (itSMFI) é um fórum destinado a profissionais

especializados em ITIL® totalmente independente e reconhecido mundialmente e no

país, o itSMF Brasil desenvolve suas atividades desde 2004.

A norma BS 15000, primeira norma de Gerenciamento de Serviços de TI

baseada na ITIL® V2, foi oficialmente publicada em 2002, com desenvolvimento

feito através do itSMF e do British Standards Institute (BSI).

2.2 ITIL® PARA A MÉDIA E PEQUENA EMPRESA

A ITIL® por ser flexível, representa um desafio para as médias e pequenas

empresas por terem o quadro de funcionários reduzidos, sendo que uma pessoa

pode fazer a função de até duas, tendo em vista que numa grande empresa seria

desempenhada por indivíduos diferentes.

As médias e pequenas empresas têm escassez de recursos, contudo, seus

processos são melhores analisados com probabilidade de melhoria dos serviços.

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Devido à limitação dos recursos podem treinar a sua própria equipe de TI, reduzindo

custos e exposição à maneira de trabalharem. Podem implantar a ITIL® em um

departamento de TI com até seis pessoas, adaptando-se às necessidades da

empresa, definindo o responsável pelo processo.

Conforme salienta CIO (2008), a ITIL® é aplicável nas pequenas e médias

empresas, considerando os seguintes aspectos:

1. Nomear um proprietário do processo, é necessário um líder responsável.

2. Escolher as áreas e priorizá-las.

3. Escolher os processos que melhor se adapta à empresa.

4. Acompanhar o processo e os progressos por meio de documentos.

Segundo Higday-Kalmanowitz; Simpson (2005), o mais importante é

concentrar a ITIL® nas pequenas e médias empresas em áreas que possam gerar

maiores benefícios nos negócios. As melhorias mais essenciais são as ocorridas nas

áreas de gerenciamento de incidentes, problemas, mudanças e configurações, haja

vista a maior distância entre as práticas atuais e as recomendadas.

A Figura 2.2 apresenta as áreas da ITIL® mais utilizadas pelas pequenas e

médias empresas, ratificando o parágrafo anterior.

Figura 2.2: Principais áreas de atenção nas pequenas e médias empresas Fonte: BMC, Oficial Site, 2011, p.3.

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BMC (2011) cita as principais sugestões para adoção das práticas

recomendadas que promovam a melhoraria dos serviços e do suporte de TI em

empresas de médio porte:

1. Adotar uma abordagem em fases nos quatro principais processos de

gerenciamento de incidentes, problemas, mudanças e configurações;

2. Implementar o gerenciamento de configurações na primeira fase;

3. Utilizar o mecanismo de processo de negócios em todos os processos,

especialmente no gerenciamento de mudanças.

4. Automatizar aprovações, avaliações, notificações, escalas das mudanças e

atualizações de status, criando um processo de mudança gerenciado de maneira

eficiente.

5. Dedicar tempo suficiente no mapeamento de processos de negócios

existentes e desejados.

6. Permanecer aberto a outras mudanças.

Conforme ressalta Ferriera (2009), é impossível migrar o conjunto das

tecnologias e todos os cinco livros que compõem a ITIL® para uma média empresa,

o que dirá entre as pequenas, para tanto, é preciso fazer a transformação e

adaptação à realidade dessas empresas

Ferriera (2009) cita algumas empresas que devem investir ou as que têm

melhor perfil para adoção da ITIL®:

1. Empresas atuantes no setor de serviços;

2. Pequenas financeiras;

3. Pequenas seguradoras;

4. Médias empresas industriais, especialmente as que já possuem Enterprise

Resource Planning (ERP);

5. Laboratórios de pequeno e médio porte;

6. Prefeituras de médio porte.

A OGC apresentou em 2006, o Guide to Small-Scale ITIL Implementation,

publicado por The Stationery Office (TSO), um guia escrito por Sharon Taylor e Ivor

Macfarlane que aborda a implantação da ITIL® em pequenas escalas, com ênfase

na segunda versão.

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2.3 VERSÕES DA ITIL®

2.3.1 Primeira Versão – ITIL® V1:

Versão com vigência no período de 1986 a 1999.

“Em sua primeira versão, a ITIL® era composta de aproximadamente 40

livros, daí o fato de ser conhecida por biblioteca” (MAGALHAES; PINHEIRO, 2007,

p. 63).

Em contrapartida, FREITAS (2010, p. 58) ressalta a Versão 1:

[...] composto por 31 livros que abordavam aspectos fundamentais para a provisão dos serviços de TI e foi utilizado principalmente no Reino Unido e na Holanda. Sua abrangência ia do cabeamento de redes ao planejamento de contingência de sistemas de TI.

Essa versão foi desenvolvida pela CCTA e era denominada Government

Information Technology Infrastructure Management Methodology (GITMM). Tinha o

foco em todos os negócios da computação, introdução dos conceitos de processos e

certificações para pessoal de TI.

Em 1989, o GTIMM foi renomeado para ITIL®. Segundo Freitas (2010), a

alteração foi resultado do crescente interesse de outras entidades externas ao

governo britânico nas práticas propostas objetivando a ITIL® como um guia e não

uma regra.

Foi um projeto inicialmente dirigido por Peter Skinner e John Stewart. As

publicações sofreram alteração nos títulos principalmente como resultado do desejo

de Roy Dibble da CCTA, de que fossem vistas como uma guia e não como um

método formal.

2.3.2 Segunda Versão – ITIL® V2:

Versão com vigência no período de 1999 a 2007.

Segundo Freitas (2010), em abril de 2001, a CCTA foi integrada ao OGC.

Salienta o surgimento, no mesmo ano, do itSMF com a função mundial de auxiliar no

desenvolvimento e na promoção do Gerenciamento de Serviços de TI.

O foco principal da segunda versão foi a consolidação das publicações

anteriores em conjuntos lógicos que agrupavam os processos relacionados aos

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diferentes aspectos do gerenciamento de TI, aplicações e serviços. O conjunto de

Gerenciamento de Serviços é o mais conhecido e aplicado da biblioteca ITIL®,

todavia, a biblioteca provê um conjunto de melhores práticas bem mais extenso que

alcança também o gerenciamento estratégico, de operações e até mesmo

financeiro. Os livros foram divididos em dois grupos, conforme consta na Figura 2.3.

Planejamento para a Implementação

Figura 2.3: Livros ITIL® V2 Fonte: Freitas, 2010, p. 62

Grupo de Gerenciamento de Serviços de TI

1. Service Delivery (Entrega de Serviços): processos táticos.

2. Service Support (Suporte de Serviços): processos operacionais.

Grupo de guias operacionais

3. ICT Infrastructure Management (Gerenciamento de Infraestrutura de

TI e Comunicações): foco na instalação de computadores e nos gerenciamentos de

redes, de processamentos e de sistemas.

4. Security Management (Gerenciamento de Segurança): focaliza a

implementação de requerimentos de segurança para garantir a entrega dos serviços

de TI.

5. The Business Perspective (A Perspectiva do Negócio): abrange as

questões relacionadas ao entendimento dos serviços de TI como parte dos

requerimentos de negócio.

6. Application Management (Gerenciamento de Aplicações): aborda o

ciclo de desenvolvimento de software com ênfase na definição de requerimentos das

Entrega de Serviços

Perspectiva

do

Negócio

Gerenciamento

da

Infraestrutura

de TIC

Gerenciamento de Aplicações

Suporte de Serviços

Gerenciamento da

Segurança

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aplicações para atender as necessidades do negócio, desenvolvimento, teste e

suporte das aplicações.

7. Planning to Implement Service Management (Planejamento para a

Implementação do Gerenciamento de Serviços): aborda os passos necessários para

correta adoção da ITIL® e auxilia as empresas na identificação de seus pontos

fortes e fracos de TI.

Considerado como os principais da versão 2, os livros Entrega de Serviços e

Suporte de Serviços definem processo e atividades do gerenciamento de serviços

de TI. O primeiro é mais voltado aos negócios, enquanto o outro é mais próximo da

infraestrutura de TI, conforme mostra a figura 2.4.

Clientes

s

Usuários

Figura 2.4: Relacionamentos entre os processos de Entrega e Suporte de Serviços Fonte: Freitas, 2010, p. 65

É benéfica a definição de papéis e responsabilidades dessas atividades, pois,

direcionam as solicitações encaminhadas a TI dentro de um nível de qualidade

requerido pelo negócio.

A definição de papéis e responsabilidades deixa claro que, enquanto [...] um determinado processo está sendo executado, as atividades relacionadas àquele processo estão sendo realizadas. Se [...] for trocado, as atividades a serem realizadas também mudam. As equipes de TI passam, então, a trabalhar de acordo com as atividades dos processos e de acordo com as suas responsabilidades dentro do processo do qual fazem parte. A responsabilidade do suporte não é mais de uma pessoa, e sim do “processo”. As pessoas são recursos que trabalham nos processos e são

SUPORTE DE SERVIÇOS

Gerenciamento de Liberações

Gerenciamento de Mudanças

Gerenciamento de Configuração

Gerenciamento de Problemas

Gerenciamento de Incidentes

Central de

Serviços

ENTREGA DE SERVIÇOS

Gerenciamento Financeiro

Gerenciamento de Continuidade

Gerenciamento de Capacidade

Gerenciamento de Disponibilidade

Gerenciamento de Nível de Serviço

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responsáveis pelas atividades enquanto estiverem alocadas naquele processo. (FREITAS, 2010, p. 65).

2.3.3 Terceira Versão – ITIL® V3:

Versão lançada em junho de 2007. Os trabalhos de elaboração iniciaram-se

em 2004.

Juntamente com o lançamento da ITIL® V3, foi apresentado um novo

esquema de qualificação profissional.

Os domínios das versões anteriores foram incorporados e distribuídos dentro

da nova versão 3, que ampliou a importância da área de TI dentro das corporações.

Tal fator está ligado ao novo perfil do homem de tecnologia, exigindo mais ainda de

suas competências ligadas aos negócios, assim como de seus fornecedores e

provedores de serviços.

Figura 2.5: Livros ITIL® V3 Fonte: ITIL® OGC, Oficial Site, 2010

Esta terceira versão baseia-se em ciclos de vida das boas práticas de

serviços e incorpora o melhor das versões 1 e 2, além das já testadas melhores

práticas para a gestão de serviços de TI.

2.3.3.1 Ciclos de Vida da ITIL® V3:

Cinco títulos de ciclo de vida dos serviços formam o núcleo das práticas,

demonstrado por Freitas (2010):

1. Service Strategy (Estratégia de Serviço): auxilia TI a desenvolver as

habilidades necessárias para garantir a entrega dos serviços aos clientes, definindo

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mercado, desenvolvendo ofertas e ativos estratégicos e preparando a execução do

serviço.

2. Service Designe (Desenho de Serviço): desenha os Serviços de TI

apropriados ou inovadores incluindo suas arquiteturas, seus processos, suas

políticas e sua documentação para atender os requerimentos identificados no ciclo

Estratégia de Serviço.

3. Service Transition (Transição de Serviço): é um ciclo de planejamento do

projeto de implantação dos serviços, de acordo com os requerimentos definidos no

ciclo Desenho de Serviço, que serão suportados posteriormente no ciclo de

Operação do Serviço.

4. Service Operations (Operação do Serviço): coordena e conduz as

atividades e os processos necessários para entregar e gerenciar os serviços, de

acordo com os níveis requeridos pelos clientes e pelo negócio.

5. Continual Service Improvement (Melhoria Continuada do Serviço): identifica

resultados e orienta sobre a melhoria dos serviços unindo esforços com os demais

ciclos na criação ou manutenção do valor dos serviços.

O núcleo é suportado por uma introdução e orientações de elementos chave,

junto com orientações complementares específicas de múltiplos tópicos, e um

modelo integrado do ciclo de vida do serviço, incluindo mapas do serviço, mapas

organizacionais, e mapas de processos e tecnologias.

Figura 2.6: Ciclos de Vida da ITIL® V3. Fonte: Freitas, 2010, p. 78

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2.3.3.2 Funções e Processos da ITIL® V3:

O quadro 2.1 descreve as funções e processos da ITIL® V3 distribuídos

dentro dos ciclos de vida, conforme manifesta Freitas (2010).

Quadro 2.1: Funções e Processos da ITIL® V3.

ESTRATÉGIA DE SERVIÇO

Processo Gerenciamento Financeiro

Processo Gerenciamento de Portfólio de Serviço

Processo Gerenciamento da Demanda

Função Gerenciamento do Relacionamento com o Negócio

DESENHO DE SERVIÇO

Processo Gerenciamento de Nível de Serviço

Processo Gerenciamento do Catálogo de Serviços

Processo Gerenciamento da Capacidade

Processo Gerenciamento da Disponibilidade

Processo Gerenciamento da Continuidade de Serviços de TI

Processo Gerenciamento da Segurança da Informação

Processo Gerenciamento de Fornecedores

TRANSIÇÃO DE SERVIÇO

Processo Planejamento e Suporte da Transição

Processo Gerenciamento de Mudanças

Processo Gerenciamento da Configuração e de Ativos de Serviço

Processo de Gerenciamento de Liberação e Implantação

Processo de Avaliação

Processo Validação e Teste de Serviço

Processo Gerenciamento do Conhecimento

OPERAÇÃO DO SERVIÇO

Processo Gerenciamento de Eventos

Processo Gerenciamento de Incidentes

Processo Cumprimento de Requisição

Processo Gerenciamento de Problemas

Processo Gerenciamento de Acesso

Função Central de Serviços

Função Gerenciamento Técnico

Função Gerenciamento da Operação de TI

Função Gerenciamento de Aplicações

MELHORIA CONTINUADA DO SERVIÇO

7 Passos para o Processo de Melhoria

Fonte: elaborado pelo autor

1. Estratégia de Serviço

a) Processo Gerenciamento Financeiro: auxilia na quantificação dos

valores financeiros dos serviços de TI fundamentados em dados de provisão dos

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serviços e percepção dos valores dos clientes, com intuito de melhorar os processos

de tomada de decisão, agilizar a mudança estratégica, aprimorar o controle

financeiro de TI e tornar tangível o valor dos serviços.

b) Processo Gerenciamento de Portfólio de Serviço: descreve os serviços

que um provedor disponibiliza para os seus clientes, tais como, descrição do serviço,

ofertas e pacotes, valor do serviço, caso de negócio, custos e preços, prioridades e

riscos.

c) Processo Gerenciamento da Demanda: entende e influencia a

demanda dos clientes para os serviços e a provisão de capacidade para atender a

demanda, pois, serviços sem planejamento de demandas são fontes de risco para

os provedores, reduzindo a confiança dos clientes.

d) Função Gerenciamento do Relacionamento com o Negócio: tem por

responsabilidade manter relacionamentos interpessoais com as gerências de

negócio e portfólio, garantir a entrega dos serviços de acordo com a percepção de

valor dos clientes e trabalhar em conjunto com outros gestores.

2. Desenho de Serviço

a) Processo Gerenciamento de Nível de Serviço: negocia, acorda e

documenta as metas de utilidade e garantia dos Serviços de TI com os respectivos

clientes e monitora a entrega dos serviços de acordo com as metas acordadas.

b) Processo Gerenciamento do Catálogo de Serviços: cria e mantém o

Catálogo de Serviços, garantindo que seja a única fonte de informações de níveis de

serviços para outros ciclos e processos, com visibilidade e disponibilidade para os

interessados.

c) Processo Gerenciamento da Capacidade: garante a existência de uma

capacidade adequada, a um custo justificado e que esteja alinhada com as

necessidades atuais e futuras do negócio.

d) Processo Gerenciamento da Disponibilidade: garante que os níveis de

disponibilidade entregues aos serviços estejam de acordo ou superem as

expectativas atuais e futuras do negócio a um custo justificado.

e) Processo Gerenciamento da Continuidade de Serviços de TI: suporta o

Plano de Continuidade do Negócio, garantindo que os serviços e componentes de TI

críticos possam ser restaurados conforme requerido pelo negócio, através de

recursos e habilidades de restauração dos serviços e componentes de TI.

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f) Processo Gerenciamento da Segurança da Informação: alinha a

segurança de TI com os requisitos de segurança do negócio para garantir que os

serviços e componentes de TI estejam disponíveis e sejam confiáveis e íntegros.

g) Processo Gerenciamento de Fornecedores: gerencia os contratos dos

fornecedores e os serviços entregues por eles para garantir a qualidade requerida

dos serviços.

3. Transição de Serviço

a) Processo Planejamento e Suporte da Transição: orienta sobre

aspectos importantes para o planejamento inicial da Transição de Serviço.

b) Processo Gerenciamento de Mudanças: garante que métodos e

procedimentos padronizados sejam utilizados de maneira eficiente para minimizar os

impactos no negócio causados por mudanças nos Serviços de TI sem o devido

planejamento. As mudanças precisam ser registradas, avaliadas, autorizadas,

priorizadas, planejadas, testadas, implementadas, documentadas e revisadas de

maneira controlada.

c) Processo Gerenciamento da Configuração e de Ativos de Serviço:

define e controla os serviços e componentes de TI e mantém informações de

configuração precisas e confiáveis com informações históricas.

d) Processo de Gerenciamento de Liberação e Implantação: implanta

liberações no ambiente de produção de novos serviços ou de mudanças nos

serviços atuais, de maneira controlada e planejada para garantir a qualidade das

implantações.

e) Processo de Avaliação: avalia de maneira padronizada a performance

e a qualidade de uma mudança em um serviço de TI.

f) Processo Validação e Teste de Serviço: atua como auditor da

qualidade de liberações e garante que os serviços de TI implementados estejam

adequados aos seus propósitos em relação aos requerimentos de Estratégia e

Desenho de Serviço.

g) Processo Gerenciamento do Conhecimento: auxilia na melhora da

qualidade das decisões, garantindo que informações confiáveis e seguras estejam

disponíveis através do Ciclo de Vida do Serviço.

4. Operação do Serviço

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a) Processo Gerenciamento de Eventos: monitora e gera alertas ou

notificações de um serviço de TI ou Item de Configuração. Requer ações das

equipes de operações e pode iniciar um registro de Incidente.

b) Processo Gerenciamento de Incidentes: restaura a operação normal

dos serviços o mais rápido possível para minimizar o impacto no negócio.

c) Processo Cumprimento de Requisição: executa as solicitações de

serviços dos usuários que não estão relacionadas a Incidentes e são serviços pré-

aprovados, com baixo ou nenhum impacto na operação de TI e que podem ser

realizados sem a necessidade de planejamento e aprovação do Gerenciamento de

Mudanças.

d) Processo Gerenciamento de Problemas: previne a ocorrência de

Problemas e Incidentes associados através da eliminação da causa raiz da análise e

documentação de erros conhecidos.

e) Processo Gerenciamento de Acesso: garante que apenas usuários

autorizados possam utilizar os serviços de TI para garantir as políticas de

confidencialidade, integridade e disponibilidade definidas pelo Gerenciamento de

Segurança da Informação e Gerenciamento de Disponibilidade.

f) Função Central de Serviços: ponto único de contato para os usuários

de TI e restaura a operação normal dos serviços assim que possível.

g) Função Gerenciamento Técnico: garante que os conhecimentos dos

recursos humanos envolvidos no ciclo de vida do serviço de TI sejam adequados e

utilizados de maneira correta e efetiva.

h) Função Gerenciamento da Operação de TI: gerencia cotidianamente a

manutenção e a infraestrutura de TI de uma organização para garantir a entrega dos

níveis de serviço acordados com o negócio.

i) Função Gerenciamento de Aplicações: garante que as aplicações

sejam bem desenhadas para assegurar o valor requerido pelo negócio e que os

profissionais técnicos tenhas as capacidades adequadas para sustentá-las.

5. Melhoria Continuada do Serviço: identifica resultados e orienta sobre a

melhoria dos serviços unindo esforços com os demais ciclos na criação ou

manutenção do valor dos serviços, a um custo justificado.

a) 7 Passos para o Processo de Melhoria:

1. Passo 1- Definir o que será medido.

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2. Passo 2 - Definir o que pode ser medido.

3. Passo 3 - Coletar dados.

4. Passo 4 - Processar os dados.

5. Passo 5 - Analisar dados.

6. Passo 6 - Apresentar e utilizar a informação.

7. Passo 7 - Implementar as ações corretivas.

2.3.4 As principais diferenças entre as versões da ITIL®

Após levantamento das versões da ITIL®, abordadas por Magalhães; Pinheiro

(2007) e Freitas (2010), as diferenças apresentadas por cada uma delas estão

dispostas de maneira concisa para melhor elucidação.

A versão 1, por ser a iniciante do processo, apresentou:

a) Robustez, devido à quantidade de livros.

b) Foco na computação em geral.

c) Introdução dos conceitos de processos.

d) Promoção de certificações de TI.

e) Necessidade de se transformar em um guia para TI.

A versão 2 difere da versão posterior nos seguintes focos:

a) Foco nos processos de serviços de entrega e de suporte.

b) Catálogo de serviço linear.

c) Livros sem conexão entre eles e não refletiam as práticas de negócio.

d) Falta de atenção para os serviços de negócio e seu ciclo de vida.

e) Pessoal de TI mais focado no trabalho operacional do que no tático,

pouco estratégico.

f) Não possuía clareza nas demandas de serviços ou que processos

deveriam ser implementados.

g) Falta de alinhamento com ISO 20000, ISO 27000, Capability Maturity

Model Integration (CMMI) e SOX.

A versão 3 ampliou o escopo dos domínios da biblioteca ITIL® para o

gerenciamento de serviços e apresentou algumas mudanças:

Foco no conceito de Ciclo de Vida de Serviço.

Reorganização do Suporte aos Serviços e Entrega de Serviços.

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Novos conceitos, serviços, processos e funções.

Integração com o negócio.

Definição da Preposição de Valor do Gerenciamento de Serviço.

Definição da Estratégia de Gerenciamento de Serviços.

Ciclo de Melhoria Contínua dos Serviços.

Melhor alinhamento com outros frameworks, padrões e normas.

Figura 2.7: Diferença entre as versões da ITIL® Fonte: elaborado pelo autor

A figura 2.7 supra apresentada foi propositadamente figurada para

demonstrar de maneira mais evidente o entendimento das versões da ITIL®. A

apresentação da ITIL® teve como escopo a famosa obra de Leonardo da Vinci

produzida no século 16, “Mona Lisa”, que, com mistério, maestria, inovação,

criatividade e técnica, tornou-se mundialmente famosa, graças às controvérsias,

questionamentos, críticas e reproduções, determinando um padrão para obras

futuras.

A ITIL ® Versão 1 é representada pela recriação feita pelo artista colombiano

Fernando Botero, que demonstra a contraposição da rotundidade e da leveza na

direção proposta, apresenta o início e ao mesmo tempo a certeza de um caminho a

seguir.

Versão 1

Versão 2

Versão 3

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A ITIL ® Versão 2 é mais atual e dinâmica, representada pela personagem

“Monica” do cartunista Maurício de Sousa, apresentando a preocupação com o

alinhamento nos negócios, porém, conservando a operacionalidade e a

inflexibilidade nas negociações. Essa versão é a favorita das empresas brasileiras,

cita-se como exemplo o concurso público do Ministério Público do Estado São Paulo

que, no conteúdo programático constante em seu edital 03/2011, descreve para o

cargo de Administrador de Banco de Dados, dentre outros, a ITIL® versão 2.

Por fim, a ITIL ® Versão 3 contemporânea e aparentemente enxuta posto

possuir amplo conteúdo, representada pela personagem “Barbie”, apresentando a

preocupação com o gerenciamento dos serviços em TI e a integração com os

negócios, tendo a estratégia, a flexibilidade e a adaptabilidade como pontos

culminantes. Em 2010, a Polícia Militar do Estado de São Paulo tornou-se o primeiro

caso de sucesso de implementação completa da nova versão em todo o mundo,

através do projeto Gestão de Processos e Serviços (GPServ).

O capítulo teve por escopo a ITIL® e suas versões com particularidades e

evidências para entendimento do assunto apresentado, devido à importância que

essa biblioteca possui não somente como infraestrutura, mas também como

estratégia de serviços para a Governança de TI.

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3 GERENCIAMENTO DE CONFIGURAÇÃO E ATIVO DE SERVIÇO

O processo de Gerenciamento de Configuração e de Ativos de Serviços é

responsável pela criação do CMDB, a qual é constituída pelos detalhes dos Itens de

Configuração (ICs) empregados para o abastecimento e o gerenciamento dos

serviços de TI.

O Gerenciamento de Configuração define o relacionamento entre os ICs e o

Ativo de Serviço fornece uma lista de hardwares e softwares.

Segundo ITIL® (2007), o Gerenciamento de Configuração faz parte do

processo mais abrangente chamado Gerenciamento de Configuração e Ativo de

Serviços, responsável por manter informações sobre ICs necessários para

fornecimento de Serviços de TI, incluindo seus relacionamentos.

O processo de Gerenciamento da Configuração, por meio de armazenamento

e gerenciamento de dados, fornece a organização o controle de todos os ativos de

TI. É considerado o processo central que suporta outros processos da ITIL®

fornecendo informações sobre a infraestrutura de TI.

CMDB (2010) salienta sobre a necessidade de conhecer o gerenciamento de

configuração antes de utilizá-lo, sendo a TI parte integrante da organização, de

modo a providenciar as escolhas.

Conforme ressaltam Magalhães; Pinheiro (2007), os fatores críticos para o

sucesso do processo de Gerenciamento de Configuração são:

- Estabelecer um processo de coleta de dados que permita a atualização mais

precisa dos dados armazenados no CMDB;

- Realizar alterações no CMDB utilizando o processo de Gerenciamento

de Mudança, garantindo o registro e o fator motivador de cada alteração

concretizada;

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- Desenvolver um modelo de dados para o CMDB que permita sua expansão,

impedindo um alcance inicial demasiadamente ambicioso;

- Definir uma infraestrutura que permita elevado índice de disponibilidade e

baixo tempo de resposta do CMDB;

- Determinar um proprietário para cada IC.

Segundo CMDB (2010), há quatro tarefas de gerenciamento: a identificação

do IC, o controle de dados, a manutenção de status e a verificação. Somente

pessoas autorizadas podem alterar os dados e a manutenção de registros. O

processo de verificação pode ser feito através de avaliações e auditorias, sendo

estas as maneiras de determinar se os dados são precisos. É importante, para o

sucesso pós-implantação, a detecção automática do IC e todas as mudanças devem

ser cuidadosamente monitoradas.

3.1 OBJETIVOS DO GERENCIAMENTO DE CONFIGURAÇÃO E ATIVO DE

SERVIÇO

O processo de Gerenciamento de Configuração e de Ativo de Serviços

objetiva:

- Fornecer informações precisas e confiáveis sobre os componentes da

infraestrutura de TI para os demais processos da ITIL® e para o gerenciamento de

TI.

- Permitir o controle da infraestrutura através do monitoramento e manutenção

das informações dos itens necessários à entrega dos serviços.

- Definir, controlar e manter informações de configuração precisas e

confiáveis com informações históricas dos ciclos de vida dos serviços e

componentes de TI.

- Projetar, popular, implantar e manter o CMDB.

O objetivo segundo Freitas (2010, p. 251) é “(...) definir e controlar os serviços

e componentes de TI e manter informações de configuração”.

3.2 SISTEMA DE GERENCIAMENTO DA CONFIGURAÇÃO (SGC)

O sistema de gerenciamento da configuração é um conjunto de ferramentas e

bancos de dados utilizados para gerenciar os dados de configuração de um

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provedor de serviços de TI, é um repositório de informações sobre os ICs, como

seus atributos, histórico e detalhes de relacionamentos importantes com outros ICs.

Um SGC contém informações sobre registros de Incidentes, Problemas, Requisições

de Mudanças, Liberações e pode conter também dados sobre a equipe de TI,

localidades, unidades de negócio etc. É constituído de vários CMDBs e outros

sistemas de apoio federados, conforme mostra Figura 3.1.

Segundo Freitas (2010, p. 225), “por federação entende-se sincronismo e

equivalência de informações para evitar duplicidade de dados. O que está refletido

[...] deve estar íntegro em relação ao SGC.” (grifo do autor)

Sistema de Gerenciamento da Configuração

Figura 3.1: Sistema de Gerenciamento da Configuração Fonte: Freitas, 2010, p. 225

O SGC foi criado basicamente para remover a confusão na ITIL® V2 de que o

CMDB representa apenas um simples banco de dados que alcança todos os ICs

possíveis. O conceito do SGC de armazenar as informações de configurações e de

ativos está mais alinhado à realidade, onde é mais comum encontrar múltiplos

bancos de dados de configurações inter-relacionados.

3.3 ARMAZENAMENTOS E AUDITORIA DO GERENCIAMENTO DE

CONFIGURAÇÃO E ATIVO DE SERVIÇO

Segundo Freitas (2010), os tipos de armazenamento e auditoria que fazem

parte do Gerenciamento de Configuração e Ativo de Serviço são descritos:

1. Biblioteca Definitiva de Mídia (BDM): uma ou mais localidades seguras onde são

armazenadas as versões aprovadas e definitivas de software;

Registros de

Incidentes

Registros de Problemas

RDMs

CMDB CMDBs de Fornecedores

BDM

Liberações Sist. de Inform. do Ger. da Disponibilidade

Sist. de Inform. do Ger. da

Capacidade

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2. Biblioteca Segura: área segura onde estão armazenados os softwares incluindo

as versões em testes e homologação;

3. Armazém Seguro: local físico onde são armazenados todos os hardwares antes

de entrarem em produção;

4. Peças Sobressalentes: área reservada para o armazenamento seguro de peças

de hardware definitivo e de reposição;

5. Linha de Base: é a configuração de um IC que tenha sido revista e acordada e

serve como parâmetro para auditorias no CMDB e para ponto de retorno da

configuração de um IC em caso de falhas de liberação;

6. Instantâneo: estado atual de um IC ou de um conjunto de ICs e serve para

auditoria no CMDB, comparando o estado atual com uma linha de base.

3.4 ATIVIDADES DO GERENCIAMENTO DE CONFIGURAÇÃO E ATIVO DE

SERVIÇO

Figura 3.2: Atividades do Gerenciamento da Configuração e Ativo de Serviços Fonte: Freitas, 2010, p. 228

Segundo Freitas (2010), as atividades se expõem conforme Figura 3.2, assim

discriminadas:

Planejamento e Gerenciamento: determina quais atributos de ICs chegarão e

que serviços ou componentes serão controlados pelo CMDB e pelo SGC.

Políticas, Padrões e

Estratégias Plano do Gerenciamento de Configuração

Políticas dos ICs

RDMs, Solicitação de Serviço ou autoDiscovery

Atualização de Status

Instantâneo e Linha de Base

Planejamento e

Gerenciamento

Configuração

e Identificação

Controle de

Configuração

Controle de Status e Relatórios

Verificação

e Auditoria

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Configuração e Identificação: definição das classes, tipos e atributos de ICs,

definição da sistemática de identificação dos ICs, dos tipos de relacionamento,

regras, responsabilidades e atribuições dos ICs aos responsáveis.

Controle de Configuração: garantia dos mecanismos de manutenção e

registro de ICs e identificação de alterações nos atributos.

Controle de Status e Relatórios: identificação e controle dos ICs.

Verificação e Auditoria: garantia da conformidade dos ICs no CMBD com a

Linha de Base e existência física dos ICs no ambiente de produção e na BMD.

3.5 ITEM DE CONFIGURAÇÃO

Item de Configuração é um componente que faz parte ou está diretamente

relacionado com a infraestrutura de TI. É um componente físico ou lógico, bem como

pode ser composto por outros ICs, com identificação única, que é útil para a entrega

Serviços de TI.

[...] considera-se um IC qualquer componente que possa ser descrito como um ativo de TI, no que se refere às demonstrações contábeis, e os demais componentes a eles associados pela necessidade de suportar sua operação, tais como: microcomputador, placa de rede, software, manual técnico de um equipamento e procedimento de trabalho. (MAGALHÃES; PINHEIRO, 2007, p. 87)

Figura 3.3: Os tipos de Itens de Configuração Fonte: elaborado pelo autor

Itens de Configuração

ICs Ciclo de Vida do

Serviço

ICs de Serviço

ICs Organização

ICs Internos

ICs Externos

ICs de Interface

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Segundo Freitas (2010), conforme Figura 3.3, existem vários tipos de ICs, tais

como:

- ICs do Ciclo de Vida do Serviço: constam como documentos e planos.

- ICs de Serviço: ativos de capacidade e recursos de serviço, modelos de

serviços, pacotes de serviços, pacotes de liberação e critérios de aceitação de

serviço.

- ICs de Organização: documentações que definem as características do IC

tais como estratégia da organização, políticas internas, regulamentações etc.

- ICs Internos: mantidos por provedores de serviços internos.

- ICs Externos: serviços de fornecedores e requerimentos de clientes externos

a TI.

-ICs de Interface: são necessários para entregar serviços entre os provedores

de serviços e clientes.

3.5.1 Relacionamentos entre os Itens de Configuração

Figura 3.4: Tipos de Relacionamentos entre ICs. Fonte: Freitas, 2010, p. 224

Para os relacionamentos entre os ICs, mostrados na Figura 3.4, podem ser

utilizados, conforme Freitas (2010):

IC é pai de outro IC ou IC é filho de outro IC: utilizado quando um IC

está fisicamente ligado a outro IC e essa ligação é exclusiva.

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IC está ligado em outro IC: utilizado quando um IC está instalado em

outro IC e essa ligação pode ser compartilhada.

IC depende de outro IC: utilizado para identificar uma dependência

lógica que não pode ser descrita pela relação de pai e filho ou

instalação.

IC está relacionado a outro IC: utilizado para identificar

relacionamentos lógicos entre ICs.

3.5.2 Atributos dos Itens de Configuração

Atributos são características dos Itens de Configuração úteis para a entrega

de Serviços de TI.

“Devem ser informações necessárias para o suporte e o gerenciamento dos

Serviços de TI, e o seu nível de informação e granularidade deve ter um custo de

manutenção de integridade justificado em relação aos benefícios para o negócio.”

(FREITAS, 2010, p. 224)

Tabela 3.1: Exemplo de tabela de atributos de IC

Código de Identificação Código Inventário Número de Série

ABCDEF0065 456789-0 1234567-8

Nome Descrição Data última da Atualização

Acer 5740 Notebook 01/01/2011

Data da Ultima Auditoria Categoria Tipo

29/12/2010 Microcomputador Portátil Notebook

Modelo Validade da Garantia Local de Instalação

AS5740 31/12/2011 Auditoria de TI

Proprietário Fornecedor Tipo da Licença

José dos Santos Acer Permanente

Data da Aquisição Data de Aceite Status

06/01/2010 20/01/2010 Em operação

IC (Pai) IC (Filhos) Relações (exceto Pai/Filho)

Não Aplicável HD 320 GB SO Windows 7

Quantidade de Problemas Quantidade de Incidentes Nível de Serviço

1 3 Auditoria

Comentários Responsável Atualizado em

Nenhum Rose Lima 03/06/2011

Fonte: adaptado de Magalhães; Pinheiro, 2007, p.90-91.

A Tabela 3.1 exemplifica os atributos dos ICs sugeridos para o tipo hardware.

Conforme especifica Magalhães; Pinheiro (2007), os atributos de um IC devem ser

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definidos de acordo com as necessidades específicas da área de TI. O “Código de

Identificação” é um atributo indispensável, pois permite a identificação de forma

unívoca de cada IC cadastrado, funcionando como chave primária da Tabela 3.1,

estabelecendo os relacionamentos do IC com os dados armazenados em outras

tabelas do modelo de dados do CMDB.

3.6 CATÁLOGO DE SERVIÇO

Sendo o serviço um recurso para atingir os resultados esperados, o catálogo

se configura como o parâmetro dos serviços oferecidos. O serviço garante

consistência e atualização das informações decorrentes de uma estratégia de

portfólio de serviços. O catálogo referencia-se aos serviços de TI correntes e com

constante possibilidade de avaliação de valor e custo-benefício para o negócio, que

é efetuada pela estratégia de portfólio de serviços que abastece e retira serviços do

catálogo.

A cada serviço produzido pelo catálogo de serviços deverá ser definido um

Acordo de Nível de Serviço (ANS), que consiste em um documento onde os níveis

de serviços acordados entre o cliente e o provedor devem ser redigidos de forma

concisa e sem jargões técnicos desconhecidos pela equipe de desenvolvimento.

Para a ITIL® (2007), o catálogo de serviços consiste em todos os serviços

que estão sendo fornecidos: descrição, nível, custo, cliente e o responsável pela

manutenção.

Para o banco de dados, o catálogo de serviços peculiarmente limita-se a

manutenção da infraestrutura (tablespaces, jobs, datafiles etc.), a criação e a

manutenção dos objetos (tabelas, triggers, sequências etc.), o backup e recovery

(backup diário, criação de scripts etc.), alta disponibilidade (criação e manutenção) e

segurança (plano de segurança).

O Catálogo de Serviços é uma base de dados ou um documento com informações sobre todos os serviços de TI em produção, incluindo aqueles disponíveis para implantação. O Catálogo de Serviços é visível aos clientes e é utilizado para suportar a venda e entrega de serviços de TI. Inclui informações sobre as entregas, preços, pontos de contato e processos de requisição do serviço. O processo de Gerenciamento de Catálogo de Serviço do ciclo de Desenho de Serviço é responsável pelo Catálogo de Serviço. (FREITAS, 2010, p. 113)

O Gerenciamento de Catálogo de Serviço objetiva a criação e manutenção do

Catálogo de Serviços, garantindo que seja a única fonte de informações de níveis de

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serviços para os outros ciclos e processos e assegurando sua transparência e

disponibilidade aos interessados.

O sucesso do serviço decorre igualmente de fatores externos inerentes ao

negócio, tais como, serviço de rede e manutenção e monitoramento físico dos

equipamentos onde o banco está hospedado.

“O Catálogo de Serviço deve refletir todas as informações necessárias para a

implantação e a operação dos serviços.” (FREITAS, 2010, p. 153).

A equipe de desenvolvimento e o usuário final são o público alvo dos serviços

enfatizando o tratamento diferenciado. Tratamento técnico e detalhado para a

equipe de desenvolvimento. Para o usuário final, tratamento restrito ao simples

funcionamento do serviço de banco para a utilização dos sistemas de informação.

3.7 CMDB

Configuration Management Database (CMDB) ou Base de Dados do

Gerenciamento de Configuração (BDGC) promete novos tempos para o controle da

infraestrutura de TI.

O CMDB é um banco de dados inteligente e estratégico que possui a função

de mapear, armazenar e administrar todos os componentes do parque tecnológico e

suas respectivas configurações. Por conseguinte, faz parte de um Sistema de

Gerenciamento de Configuração (SGC) que pode ter mais de um CMDB associado.

O itSMFI (2007) classifica o CMDB como um banco de dados utilizado para

armazenar registros de configuração em todo o seu ciclo de vida.

O CMDB correlaciona as informações de toda à infraestrutura, incluindo os

serviços dela dependentes. Esse controle mais rígido é necessário por causa da

ampliação do parque de TI das empresas.

O profissional de TI que utiliza CMDB em sua rotina de trabalho, consegue

descrever o ambiente e buscar informações detalhadas sobre hardware, software,

processos e documentações. Ao gestor de TI é proporcionada uma visão holística

do ambiente de tecnologia que contribui para as ações proativas.

CMDB deve se transformar numa arma valiosa, capaz de alertar sobre possíveis riscos e oportunidades que permeiam a TI. [...] O interesse pelo CMDB está relacionado à dependência cada vez maior que as empresas têm de seus serviços de TI [...] Isso faz com que um volume grande de empresas com um repositório de dados não integrado, composto por informações básicas sobre os componentes de TI, se interesse pela

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metodologia. [...]. Mas não adianta saber que existe um aplicativo rodando num servidor se a empresa não enxerga os serviços que estão diretamente ligados aos dois (TERZIAN, 2008, p.1 ).

Com o CMDB é possível promover o aumento de disponibilidade dos

equipamentos e dos serviços de TI, além de uma provável redução de custos na

manutenção e no reparo dos ativos. Isso acontece porque essa base de dados

permite melhor controle dos ICs da infraestrutura.

Segundo itSMFI (2007), um ou mais CMDBs são mantidos pelo Sistema de

Gerenciamento de Configuração e cada base de dados armazena atributos de IC e

as relações com outros ICs.

A Figura 3.5 faz um comparativo dos processos de negócios sem CMDB e

com CMDB, mostrando a transparência e a simplicidade do armazenamento de

dados.

Figura 3.5: Comparativo CMDB Fonte: elaborado pelo autor

O CMDB ajuda uma organização a entender as relações entre esses

componentes e controlar suas configurações. A implementação do CMDB

geralmente envolve a federação e a inclusão de dados de outras fontes, de tal forma

que a fonte dos dados mantém o controle dos mesmos.

SEM CMDB

Processos de Negócios

Processos de Negócios

Processos de Negócios

Processos de Negócios

COM CMDB

Processos de Negócios

Processos de Negócios

Processos de Negócios

Processos de Negócios

CMDB

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Conforme ressalta Magalhães; Pinheiro (2007), a modelagem dos dados de

um CMDB pode derivar para um modelo de dados no qual se vê o relacionamento

entre inúmeras tabelas, criado a partir da normalização dos atributos definidos para

o gerenciamento de diversos ICs.

Segundo itSMFI (2007), um ou mais CMDBs são mantidos pelo Sistema de

Gerenciamento de Configuração e cada base de dados armazena atributos de IC e

as relações com outros ICs.

Sobre o CMDB, por sua particularidade, pode-se afirmar que:

a) Não é um banco de dados tecnicamente complexo ou especial.

b) Não é uma aplicação orientada para o processo, como a liberação de

mudança ou provisionamento.

c) Não é um aplicativo de monitoramento, apesar de incluir dados

selecionados no gerenciamento de eventos.

d) Não é um banco de controle de versão ou de biblioteca.

e) Não tem que ser parte de um programa da ITIL®.

f) Não é um catálogo de serviços, apesar da possibilidade de um

catálogo usar estruturas de um mesmo IC.

g) Não é um banco maciço englobando o armazenamento de todos os

dados físicos, apesar dos ponteiros conectarem um IC aos atributos de sistemas de

código remoto.

h) Não é um produto turn-key, que já vem pronto para uso imediato.

3.7.1 Objetivo do CMDB

O CMDB tem por objetivo fornecer aos gestores de TI um aspecto dinâmico e

sempre atualizado da infraestrutura tecnológica, como restringir os custos implicados

em seu emprego e quais serviços admite cada processo de negócio. O exato

discernimento dos recursos existentes permite dominá-los, sustentá-los e

aperfeiçoá-los de forma a atender aos usuários na solicitação dos níveis de serviço

dentro da organização.

Segundo CMDB (2010), o objetivo dessa base de dados na ITIL® é ajudar as

organizações a compreender as relações entre os vários componentes e os meios

para a configuração.

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3.7.2 CMDB e ITIL®

As práticas de Governança de TI com base na ITIL® tem sua implementação

assegurada com a adoção do CMDB.

Um dos processos da ITIL® é o Gerenciamento de Configurações, em que

está incluso o CMDB que tem por ação o fornecimento de um modelo lógico da

infraestrutura ou de um serviço, por meio da identificação, do domínio, da

manutenção e da realização dos ICs existentes.

Entre os benefícios dessa união, destaca-se a melhoria da qualidade e da

estabilidade do ambiente e maior controle dos processos, à medida que ficam mais

desenvolvidos. À medida que há uma evolução no grau de maturidade da

implantação da ITIL®, o CMDB se torna imprescindível.

De acordo com Magalhães; Pinheiro (2007), o CMDB é um conjunto de

objetos sob o gerenciamento de um Sistema Gerenciador Banco de Dados

Relacional (SQL Server da Microsoft, Oracle da Oracle e DB2 da IBM), podendo

restringir os dados dos Itens de Configuração, ou, se ampliar para suportar os dados

oriundos de todos os demais processos da ITIL, conforme figura 3.6.

Figura 3.6: CMDB

Fonte: Magalhães; Pinheiro, 2007, p. 91

CMDB

Disponibilidade

Continuidade

de Serviço

Capacidade

Financeiro

Nível de Serviço

Problema

Configuração

Mudança

Liberação

Demanda

Relacionamento

Incidente

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Na ITIL® V3, o CMDB deixa de ser somente um repositório de informação e

se transforma numa base de conhecimento na qual informações extras serão

adicionadas, como falhas, causas de erro e resolução de problemas. Com isso, a

expectativa é assistir a uma queda acentuada na falha dos equipamentos e na

consecutiva interrupção dos negócios.

Segundo Magalhães; Pinheiro (2007) a ITIL® não delimita o alcance do que

poderá ser considerado um IC, entretanto, deve-se definir esse alcance como um

meio de gerenciar a complexidade do CMDB, bem como o esforço a ser despendido

na manutenção e no gerenciamento dos dados relacionados.

3.7.3 Implementação de um CMDB

O CMDB é uma base de processos além de ser de uma base de

conhecimento da infraestrutura de TI. O gestor de TI que desconhecer as reais

razões para a criação de um CMDB ou que não souber conduzir os passos para sua

criação, tem a responsabilidade de estagnar o projeto até encontrar as respostas

certas. Para uma implementação de sucesso, segundo Terzian (2008), deve-se

buscar aproveitamento das 10 lições, conforme ilustra o quadro 3.1.

Quadro 3.1: 10 lições para uma implementação de sucesso

Fonte: elaborado pelo autor

Conforme apresentado no quadro 3.1, o autor descreve:

1 - Identificação dos pontos falhos

2 - Entendimento dos requerimentos

de dados

3 – Controle do foco da

implementação

4 – Planejamento em fases

5 – Uso de padrões e nomeação de convenções

6 – Definição dos serviços de TI

7 – Criação de uma equipe de

projetos

8 – Exigência do comprometimento

gerencial

Preparando-se para mudanças culturais

10 – Produção de um plano de comunicação

CMDB

Implementação

de Sucesso

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1- Identificação dos pontos falhos: antes de desenhar o projeto, deve-se

buscar os pontos de sofrimento e os problemas.

2 - Entendimento dos requerimentos de dados: o CMDB é o ponto de

integração entre os diversos dados gerados e as informações referentes aos

clientes, portanto, devem ser analisados e descobertos quais dados são necessários

para aperfeiçoar os processos.

3 – Controle do foco da implementação: na fase inicial de implementação

o controle manterá o escopo do projeto.

4 – Planejamento em fases: deve-se começar pequeno, pois, não adianta

desenhar a solução perfeita e levar anos para desenvolver o CMDB. Isso vai frustrar

usuários, clientes, equipe de TI e mantenedores.

5 – Uso de padrões e nomeação de convenções: é a forma mais

trabalhosa, porém a mais correta. Estabelecidos padrões e normas, o CMDB irá fluir.

6 – Definição dos serviços de TI: entendimento dos serviços de TI e

mapeamento dos processos.

7 – Criação de uma equipe de projetos: montagem de uma equipe com

foco em governança e tarefas cruzadas, para que o trabalho flua melhor.

8 – Exigência do comprometimento gerencial: obter apoio em todos os

níveis, trocar informações e conhecer experiências fortalece o projeto.

9 – Preparando-se para mudanças culturais: tarefas, processos,

procedimentos e métricas terão de mudar, por isso, deve-se preparar a equipe.

10 – Produção de um plano de comunicação: mostrar a todos como o

CMDB vai impactar no dia-a-dia da TI e os benefícios que trará em médio prazo.

Implementar um CMDB exige paciência, custo e um investidor interno, já que

o assunto envolve disponibilidade de serviços de TI, satisfação do cliente interno e

permite controlar a infraestrutura e os serviços oferecidos. A média para a execução

do projeto é de dois anos, com investimento para grandes organizações em torno de

800 mil a 1,2 milhões de dólares e o retorno do investimento ocorre entre seis a oito

meses após o projeto concluído.

A implementação do CMDB é justificada pela alta visibilidade que traz aos

projetos, como facilidade para auditar, gerenciar mudança, fazer processos de

reengenharia e atender mais rápido às normas internacionais que exigem

equipamentos de TI operando em conformidade com suas regras, isto posto que,

atualmente a área de tecnologia das empresas precisa correlacionar os dados de

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forma a prover um melhor gerenciamento de serviços para os negócios e uma visão

mais coesa da infraestrutura.

Apesar de serem grandes os benefícios propostos pelo CMDB, o conceito ainda não aterrissou nas organizações brasileiras, com exceção de algumas instituições financeiras, operadoras de telecom e empresas altamente dependentes de tecnologia, que já o adotaram por questão de sobrevivência (TERZIAN, 2008, p.2).

Segundo Terzian (2008), o melhor caminho para implementar o CMDB é

montá-lo como peças de um brinquedo que se baseia em partes que se encaixam

permitindo inúmeras combinações ou conduzir o projeto de implantação da ITIL ®

simultaneamente ao do CMDB. É necessário que a equipe de TI esteja preparada

para atualizar constantemente o repositório de informações.

Outrossim, Terzian (2008) salienta que o gestor de TI necessita, para a

implementação do CMDB, de um inventário detalhado dos elementos que compõem

a infraestrutura de tecnologia e de uma camada de inteligência que organize os

dados sob a ótica de serviços. Para isso, torna-se necessário um projeto que

envolva análise de hardware e software, além de um mapeamento e uso avançado

de processos. O processo de gestão da cultura é mais importante que a ferramenta,

pois é necessário treinamento e trabalho de conscientização.

3.8 GERENCIANDO O BANCO DE DADOS

Segundo O’Brien (2004), o fundamento dos métodos atuais de administração

de dados organizacionais advém do desenvolvimento de banco de dados e de

software de gerenciamento de dados, sendo assim, esta é uma abordagem que

consolida registros e objetos de banco de dados e funciona como interface de

software entre usuários e bancos de dados. Sendo assim, o gerenciamento de

banco de dados envolve software próprio para controlar a criação, consultas e

manutenção para que forneçam as informações necessárias aos usuários finais e

suas organizações.

Por meio de um Sistema de Informação, o administrador de banco dados

deve controlar as requisições de novos serviços, tais como, criação de uma nova

tablespace ou de novas tabelas, alteração de campos, criação de índices, liberação

de permissões para criação de procedimentos armazenados etc., com intuito de

atender a estes novos serviços definidos pelos acordos de níveis de serviço.

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3.8.1 Gerenciando Incidentes, Problemas e Mudanças

O Gerenciamento de Serviços é responsável por coletar junto ao usuário final

os incidentes diários. Quando os incidentes não puderem ser resolvidos nos níveis

operacionais, deverão ser escalonados para os analistas ou desenvolvedores e ao

ser localizado um problema de banco de dados, serão reportados através de um

sistema interno de informação, com detalhamento do problema a ser investigado

pelo administrador de banco de dados para solução e restabelecimento do serviço.

A base de dados de problemas e soluções deve abastecer, com o tempo, um

volume de informação que facilitará o restabelecimento do serviço, fornecendo uma

solução mais rápida ao incidente em foco. O pessoal de TI, sem exceção, deve ter

ciência das informações da base de dados de problemas e soluções para rápida

resolução do incidente, sem esquecer-se do atendimento nos acordos de níveis de

serviços previamente instituídos.

O suporte aos incidentes e mudanças tem por necessidade a criação de um

CMDB, estabelecendo os itens de configuração e suas dependências. O CMDB é

importante para detecção do incidente e avaliação do impacto da mudança que se

pretende fazer.

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60

4 GERENCIAMENTO DE INCIDENTES

Segundo itSMF (2007), o incidente indica uma suspensão não programada ou

um decréscimo na qualidade de um serviço de TI. Igualmente se considera incidente

a falha de um IC que ainda não impactou serviço.

O gerenciamento de incidentes é um processo crítico que oferece às

organizações a capacidade de, primeiro, detectar os incidentes e depois selecionar o

suporte correto para resolvê-los o mais rápido possível.

O processo de Gerenciamento de Incidente é responsável pelo tratamento e pela resolução de todos os incidentes observados nos serviços de TI, visando ao restabelecimento dos serviços no menor prazo possível. Para sua operacionalização, ele se apóia na estrutura da Central de Serviços (MAGALHAES; PINHEIRO, 2007, p. 69).

Segundo Freitas (2010), este gerenciamento é responsável por tratar as

exclusões que causam lacunas na operação normal dos serviços ou qualquer

suspensão não programada identificada pela equipe de TI ou citada pelos usuários

dos serviços de TI.

A Gestão de Incidentes, por sua vez, utiliza o CMDB para ter uma visão lógica

da infraestrutura de TI e seus serviços, por meio dos ICs e seus relacionamentos,

com o fim de obter maior agilidade e facilidade para solucionar incidentes. Ao CMDB

pode se relacionar a maior agilidade na análise do impacto e alocação da equipe

correta para atuação no incidente, outrossim, maior rapidez na identificação dos ICs

impactados e que precisam ser agilmente substituídos ou corrigidos.

4.1 META E OBJETIVOS DO GERENCIAMENTO DE INCIDENTES

A meta do Gerenciamento de Incidentes é a de restaurar a normalidade na

operação de serviços o mais rápido possível e minimizar o impacto negativo sobre

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as operações comerciais, com o intuito de manter os melhores níveis de qualidade e

disponibilidade dos serviços.

O Gerenciamento de Incidentes tem por objetivos:

1 - Restaurar o serviço normal o mais rápido possível;

2 - Minimizar o impacto dos incidentes sobre os negócios;

3 - Garantir que os incidentes e as solicitações de serviços sejam

processados de forma uniforme e que nenhum seja ignorado;

4 - Direcionar os recursos de suporte para onde sejam mais necessários;

5 - Oferecer informações que permitam que os processos de suporte sejam

otimizados, o número de incidentes seja reduzido e o planejamento de

gerenciamento seja realizado.

Segundo itSMF (2007) o Gerenciamento de Incidentes tem por objetivo a

restauração normal e mais rápida possível do serviço, reduzindo o impacto negativo

sobre as transações de negócios.

Por conseguinte, Magalhães; Pinheiro (2007) ressaltam no processo de

Gerenciamento de Incidente o objetivo de assegurar que, após a ocorrência de um

incidente, o serviço de TI afetado venha restaurar sua condição original de trabalho

com maior brevidade, minimizando os impactos do efeito sobre o nível de serviço.

Outrossim, Freitas (2010) cita, no Gerenciamento de Incidentes, o objetivo de

atender os incidentes no menor prazo possível com minimização de seu impacto.

4.2 MODELOS DE INCIDENTES

Apesar dos incidentes não serem uma novidade, segundo Freitas (2010),

muitas equipes de suporte não documentam os procedimentos nem trocam

informações e o resultado são horas e horas gastas inutilmente tentando achar

soluções que já foram aplicadas anteriormente.

Para solucionar a questão, é sugerida a criação de modelos previamente

definidos de padrões de atendimento para incidentes que já são conhecidos, com

intuito de ajudar na identificação de ações a serem adotadas ou até mesmo

direcionar determinado Incidente para a equipe competente.

Na Figura 4.1, pode-se visualizar um atendimento de incidentes no sistema de

vendas, sendo um tipo rapidamente identificado e tratado através de orientações ao

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usuário, encaminhamento para a equipe de infraestrutura de rede e desktop, ou por

meio de intervenção da equipe especializada do sistema de vendas.

Figura 4.1: Modelo de Incidentes para falha no sistema de vendas. Fonte: Freitas, 2010, p. 268

Sem modelos de incidentes definidos, segundo Freitas (2010), temos as

seguintes situações:

- Incidentes órfãos sem atendimento desprezados na fila de atendimento;

- Conflitos de responsabilidade;

- Incidentes parados na fila de atendimento, sem ter quem os resolvam;

- Equipes efetuando as mesmas atividades repetidamente;

Ainda, segundo Freitas (2010), um modelo de incidente deve possuir:

1. Passos predefinidos para atendimento aos incidentes.

2. Ordem cronológica desses passos.

3. Responsabilidades determinadas.

4. Prazos de atendimento.

5. Se necessário, procedimentos de escalação para outras equipes.

6. Todas as evidências indispensáveis sobre o Incidente.

Verificar acesso ao sistema

Acesso OK?

não sim

Sistema está disponível? Acessar remotamente desktop do usuário e simular o erro. sim não Erro por falta de perfil?

Encaminhar para equipe Encaminhar para equipe especializada do sistema de suporte local do desktop não sim Procedimentos e Orientar usuário políticas operacionais estão sendo seguidas? sim não Simular falha Orientar usuário Coletar evidências (debug)

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Segundo Freitas (2010), os modelos de incidentes devem estar

automatizados no Sistema de Registro de Incidentes.

4.3 ATIVIDADES DO GERENCIAMENTO DE INCIDENTES

Para o bom andamento dos serviços é imprescindível o envolvimento das

atividades do Gerenciamento de Incidentes.

Figura 4.2: Atividades do Gerenciamento de Incidentes. Fonte: Freitas, 2010, p. 274

A Figura 4.2 apresenta as atividades do Gerenciamento de Incidentes que

serão discorridas nos subtítulos de 4.3.1 a 4.3.6.

4.3.1 Identificação e Registro do Incidente

Segundo Freitas (2010), os incidentes podem ser reconhecidos por meio do

Gerenciamento de Eventos, do reconhecimento da própria equipe de TI ou pela

solicitação de atendimento feita pelo usuário através de ligação telefônica, abertura

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de Registro de Incidentes pelo sistema disponível pela Intranet ou Internet ou

qualquer outro canal de solicitação.

Todos os incidentes, conforme determina Freitas (2010) devem ser

mencionados em um sistema de Registro e Acompanhamento de Incidentes. As

instruções devem ser mencionadas e conservadas nos históricos para futura análise,

podendo ser inclusos:

1. Número de identificação único;

2. Categoria do incidente;

3. Urgência do incidente;

4. Impacto do incidente;

5. Priorização do incidente;

6. Datas de abertura e de cada atualização;

7. Identificação do técnico e grupo de suporte que está atendendo o

incidente;

8. Fonte de origem do registro (telefone, e-mail, Intranet etc.);

9. Dados do solicitante com informações para contato.;

10. Descrição dos sintomas;

11. Status do incidente (aberto, aguardando em fila, sendo atendido, fechado,

cancelado etc.);

11. IC relacionado;

12. Resolução aplicada;

13. Metas de atendimento do ANS.

Conforme salienta itSMF (2007), os incidentes são frequentemente

detectados pela gestão de Eventos ou por usuários em contato com a Central de

Serviços.

4.3.2 Categorização do Incidente

Conforme Freitas (2010), a categorização dá-se de acordo com critérios

preestabelecidos por cada corporação, podendo basear-se no Catálogo de Serviços

de Negócio, Catálogo de Serviços de TI, Linhas de Base de Serviços, Sistemas de

Gerenciamento de Configuração etc. Uma categorização do incidente poderia ser:

- Nível 1: Serviço de TI.

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- Nível 2: Tipos de solicitações para o serviço de TI, tais como, acesso ao

sistema, dúvidas operacionais ou falhas do sistema.

- Nível 3: Tipos de atividades requeridas para cada solicitação. Em caso de

falhas do sistema podem ser: erros da aplicação ou falhas de banco de dados. O

incidente deverá ser encaminhado para a equipe da aplicação ou para a equipe do

banco de dados.

Não é recomendada a criação de mais de 3 ou 4 níveis de categorização, sob o risco de muitas possibilidades induzirem ao erro nas categorizações. A categorização deve deixar claro o tipo de atendimento requerido e para que equipe o Incidente deve ser encaminhado. A categorização também é um elemento importante para a geração de relatórios de acompanhamento do ciclo de vida dos Incidentes e para análise de causa raiz do Gerenciamento de Problemas. (FREITAS, 2010, p. 270)

4.3.3 Priorização do Incidente

De acordo com Freitas (2010), a priorização é definida conforme uma matriz

de risco entre a urgência e o impacto que o incidente causa na empresa. No

impacto, deve-se levar em consideração:

1. Quantidade de áreas afetadas;

2. Quantidade de serviços impactados;

3. Nível de exposição da imagem da empresa;

4. Risco de perdas financeiras;

5. Conformidade com leis e regulamentações.

Com base nas prioridades de atendimento de Incidentes e nas metas acordadas dos níveis de serviços, as equipe de atendimento de Incidentes devem planejar seus horários de atendimento e prazos de resolução para atender os prazos acordados. (FREITAS, 2010, pg. 267)

O Quadro 4.2 exemplifica, através de Matriz Gravidade, Urgência e Tendência

(GUT), qual o tempo que a empresa suporta os impactos sem solução.

Quadro 4.2: Exemplo de Matriz GUT de priorização Gravidade (impacto)

Urgência (prazo)

Tendência (agravamento)

Prioridade

Muito Alto Imediata Piora imediata 1

Alto Urgência Média Piora rápida 2

Médio Urgência Baixa Piora lenta 3

Baixo Atendimento normal Piora muito lenta 4

Muito Baixo Pode aguardar Piora estagnada 5

Fonte: FREITAS, 2010, p. 271

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De acordo com Freitas (2010), os incidentes que causam impactos

significativos no negócio devem ser planejados para serem atendidos com urgência.

Para esse tipo de atendimento devem-se criar procedimentos diferenciados, sendo

que a definição de gravidade e urgência dos incidentes não é definida pelo usuário,

mas sim, por acordos predefinidos no Desenho de Serviços onde são identificados

os cenários de riscos para os Serviços de TI.

Um ANS pode definir, baseando-se no resultado da escala de priorização da

Matriz GUT, os serviços que podem ser atendidos por meio da escala de metas de

atendimento de priorização do Tempo Médio para Restauração de Serviço

(TMPRS), conforme Quadro 4.3.

Quadro 4.3: Exemplo de priorização TMPRS.

Fonte: elaborado pelo autor

Segundo Freitas (2010), aos conflitos hierárquicos de prioridades por parte

dos clientes, gerentes e a equipe de TI, recomenda-se a identificação dos clientes

Very Important Person (VIP), tendo esses usuários níveis de priorização

diferenciadas em relação aos demais. Exemplifica-se os clientes VIP como sendo:

operadores críticos de negócios financeiros, gerentes seniores, aprovações de

grandes pagamentos, presidente da empresa etc.

De acordo com itSMF (2007) , os incidentes são classificados para identificar

a equipe que deve trabalhar na solução dos incidentes, a análise de tendência e se

as metas são priorizadas de acordo com a urgência e o impacto do negócio.

TMPRS

Prioridade

1

1 hora

Prioridade

2

4 horas

Prioridade

3

1 dia útil

Prioridade

4

3 dias úteis

Prioridade

5

5 dias úteis

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4.3.4 Diagnóstico Inicial e Escalação do Incidente

O diagnóstico inicial do incidente, conforme Freitas (2010), consiste na

análise do sintoma do incidente e identificação do seu modelo, se houver. Podem

ser consultadas bases de informações de incidentes anteriores e bases de dados de

Erros Conhecidos para auxílio no diagnóstico do incidente.

Segundo Freitas (2010), após o diagnóstico, se o técnico não conseguir

solucionar ou resolver, o incidente deve ser encaminhado para uma equipe capaz de

resolvê-lo. Estão previstos dois tipos de escalações:

1. Escalação Funcional: equipes especializadas com mais experiência e perfis

de acesso dos serviços diferenciados das equipes de níveis inferiores.

Exemplo: equipe de nível 1 de suporte a desktop, equipe de nível 2 de

suporte à rede, equipe de nível 3 de suporte a servidores, equipe nível 4 de

suporte especializado de sistemas e operações.

2. Escalação Hierárquica: requerem ações de resolução mais complicadas como

aquisição de recursos adicionais, acionamento de fornecedores ou Incidentes

de prioridade 1. Notifica-se o gerente de TI e outros gerentes.

Conforme itSMF (2007) se um incidente não pode ser resolvido rapidamente,

poderá ser escalado, sendo que a escalação funcional passa o incidente a uma

equipe de suporte técnico com as devidas competências e a escalação hierárquica

envolve níveis adequados de gestão.

4.3.5 Investigação e Diagnóstico do Incidente

Conforme Freitas (2010) a Investigação e Diagnóstico do Incidente

consistem em:

1. Identificar o que está fora da operação padrão de um serviço;

2. Entender a cronologia dos eventos que conduziram ao incidente;

3. Confirmar as informações da priorização;

4. Analisar as diversas informações de outros processos.

Conforme itSMF (2007), após o incidente investigado e diagnosticado e as

resoluções testadas, a Central de Serviços deve garantir que o usuário esteja

satisfeito antes do incidente ser fechado.

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4.3.6 Resolução e Recuperação do Incidente e o seu Fechamento

Segundo Freitas (2010), ao ser identificado o incidente, é necessário avaliar

se a solução promoverá a alteração dos atributos de IC no CMDB. Se a alteração

não afetar outros processos, a solução é aplicada e o incidente é encaminhado para

a Central de Serviços para o fechamento do Incidente.

Conforme itSMF (2007), após o incidente investigado e diagnosticado e as

resoluções testadas, a Central de Serviços deve garantir que o usuário esteja

satisfeito antes do incidente ser fechado.

De acordo com Freitas (2010), após a resolução, deve-se verificar se o

incidente foi realmente resolvido e se o usuário está satisfeito com a resolução

aplicada. A Central de Serviços verifica se todas as informações relevantes estão

preenchidas e se os níveis de detalhamento do histórico estão acordados com as

políticas de registro. Caso esteja em desacordo ou se porventura o usuário informar

que não foi resolvido, a Central de Serviços deve providenciar o reescalonamento do

incidente para equipe responsável por sua resolução.

4.4 RELACIONAMENTOS ENTRE O GERENCIAMENTO DE INCIDENTES E

OUTROS PROCESSOS

Conforme classifica Freitas (2010) os relacionamentos entre o Gerenciamento

de Incidentes e outros processos são realizados por meio de entradas e saídas de

informações.

As entradas são demonstradas por meio de:

1. Incidentes provenientes da Central de Serviços.

2. Eventos encaminhados pelo Gerenciamento de Eventos.

3. Informações sobre os ICs do Gerenciamento de Configuração e Ativos

de Serviços.

4. Informações sobre os níveis de serviços do Gerenciamento de Níveis

de Serviço.

5. Informações sobre os serviços de Gerenciamento de Catálogo de

Serviço.

6. Detalhes da configuração dos ICs.

7. Comparação de incidentes com problemas e erros conhecidos.

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8. Detalhes da resolução.

9. Efeito da Requisição de Mudança para resolução do incidente.

10. Informações sobre Erros Conhecidos do Gerenciamento de Problemas.

11. Informações do Gerenciamento de Conhecimento dos Serviços do

Gerenciamento de Conhecimento.

As saídas são demonstradas por meio de:

1. Informações sobre Incidentes para todos os outros processos.

2. Abertura de Requisição de Mudanças para resolução do incidente.

3. Abertura de Registros de Problemas.

4. Registro atualizado do incidente.

5. Encaminhamento de incidentes para o Gerenciamento de Problemas.

6. Incidentes resolvidos para a Central de Serviços.

7. Comunicação com os usuários.

8. Relatórios gerenciais.

4.5 IMPLANTAÇÃO DO GERENCIAMENTO DE INCIDENTES

Para a implantação do Gerenciamento de Incidentes deve-se levar em conta

o processo de detecção, que os registra através de uma variedade de mídias,

incluindo as transmissões de atendimento ao cliente ou os alertas em sistemas de

gerenciamento de eventos. Os usuários finais podem conectar-se aos recursos de

autoatendimento para inteirar-se sobre seus próprios incidentes, averiguar o

progresso dos incidentes existentes e acessar comunicações de autoajuda.

É imprescindível o registro de todos os incidentes, com permissões de

rastreamentos, monitoramentos e atualizações em seus ciclos de vida. Essas

informações podem ser empregadas para controle e emissão de relatórios,

otimização de processos, planejamento estratégico e o gerenciamento de

problemas.

É primordial examinar atentamente as formas de coletas proativas de

incidentes de banco de dados, utilizando ferramentas com interação com o banco de

dados e sistema operacional que alerta quando da ocorrência de um procedimento

incomum para que providências sejam tomadas com antecedência, assegurando a

continuidade do serviço.

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Segundo Magalhães; Pinheiro (2007), a motivação da implantação e criação

do processo de Gerenciamento de Incidente decorre da necessidade de garantir

melhor utilização dos recursos da área de TI para suporte ao negócio, registrar e

preservar informações significativas relacionadas aos incidentes e desenvolver e

aplicar uma estratégia consistente de atendimento para todos os incidentes

reportados.

4.6 PROCESSO DE SOLUÇÃO E RECUPERAÇÃO

O processo de solução e recuperação engloba medidas essenciais na

resolução do incidente, comumente interagidas com o processo de gerenciamento

de alterações para programar atuações reparadoras. O sucesso da solução é

averiguado, depois das providências assumidas.

Segundo Microsoft (2010), após o incidente solucionado há possibilidades de

programação das atuações de reparação, como por exemplo, a restauração de

dados e a reinicialização do serviço.

Erro na Infraestrutura de TI

Incidente

Problema Erro conhecido Requisição de mudança Solução Implementada

Figura 4.3: Evolução até a implementação da solução. Fonte: MAGALHÃES; PINHEIRO, 2007, p. 132

Na Figura 4.3, Magalhães; Pinheiro (2007) apresenta a necessidade da

implementação de um procedimento robusto de escalonamento e a interação com

os demais processos de gerenciamento descritos na ITIL®, em especial o

Gerenciamento de Problema e o Gerenciamento de Mudança, objetivando uma

solução definitivamente implementada para o erro detectado pelo usuário de TI.

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Outrossim, Magalhães; Pinheiro (2007) relata a impossibilidade e o alto custo

em buscar a total eliminação de todas as possíveis causas de erros nos serviços de

TI, salientando o dever dos profissionais na área de TI de buscar a melhor forma de

atender aos usuários dos seus serviços e a minimização do tempo de reparo de algo

afetado pelo incidente.

A resolução de um incidente leva, na maioria das vezes, a mudanças e, para

geri-las é fundamental a eficiência dos serviços ofertados, sendo prioritário

estabelecer uma política de mudança a fim de identificar quem e o que poderá

alterar dentro do banco de dados.

As mudanças emergenciais, por serem prioritárias, possibilitam sua execução

a qualquer momento sob autorização do gestor de TI, tendo obrigatoriamente

esmero em seu cumprimento, sendo essencial o retorno (back out) das mudanças

efetuadas. Por conseguinte, as mudanças complexas devem ser agendadas e

estrategicamente planejadas com intuito da não interrupção dos serviços pendentes

na mudança.

Cada integrante da equipe de TI deve ter seus papéis previamente definidos,

tendo cuidado de criar e manter funções e procedimentos armazenados. Ao

administrador de banco de dados é destinada a criação e a manutenção dos objetos

(tabelas, índices, visões etc.), com relato e registro das mudanças devidas no banco,

com ênfase no back out prevendo um possível desacerto na execução de uma

mudança, tendo a possibilidade de retornar à tarefa anterior sem comprometer o

andamento do serviço.

É primordial a criação de um banco de dados de configuração ou CMDB, para

dar suporte aos incidentes e mudanças, estabelecendo os ICs e suas dependências,

observando-se o seu detalhamento. Esse banco é essencial na avaliação do

impacto que as mudanças promoverão e, para a continuidade dos serviços, devem-

se destacar:

- criação de bancos com cópias online dos bancos de produção que serão

acionados quando a produção apresentar falha (standby);

- bancos com compartilhamento, mesmo quando apresentar algum problema

o serviço será mantido (clusters);

- rotina de backup com o armazenamento em outro local.

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A melhoria continuada é essencial na continuidade dos serviços e eficácia nos

registros, manutenção, validação, resolução e implementos de mudanças a cada

incidente inscrito em seus ciclos de vida.

4.7 GERENCIAMENTO DE PROBLEMAS

O processo de Gerenciamento de Problemas busca extinguir

permanentemente os problemas e incidentes repetitivos que afetam a infraestrutura

de TI, prestando serviços dentro dos níveis acordados, com a finalidade de oferecer

estabilidade e redução de impactos sobre a produtividade das áreas cliente e

negócios de forma irrestrita.

Há algumas confusões sobre a diferença entre Incidentes e Problemas. Registros de Incidentes são diferentes de Registros de Problemas. Um Incidente não se transforma em um Problema. Um Incidente gera a abertura de um Registro de Problema. São dois registros diferentes, atendidos sob atividades diferentes com propósitos diferentes. (FREITAS, 2010, p. 279)

De acordo com Magalhães; Pinheiro (2010), o processo de Gerenciamento de

Problema difere do processo de Gerenciamento de Incidente pelo fato de sua

principal meta ser a descoberta das causas subjacentes de um incidente e a solução

subsequente delas, bem como a prevenção da repetição de sua ocorrência. Esta

meta pode estar em conflito direto com as estabelecidas para o Gerenciamento de

Incidente em que o grande objetivo é restabelecer o serviço de TI o mais rápido

possível para o seu usuário, frequentemente pela adoção de uma solução de

contorno, em lugar da determinação de uma solução permanente.

Segundo Freitas (2010), o Gerenciamento de Problemas é uma atividade

geralmente realizada pelas equipes técnicas com o maior nível de conhecimento.

Subdivide-se em:

Gerenciamento de Problemas Reativo: executado como parte da

Operação de Serviço;

Gerenciamento de Problemas Proativo: iniciado na Operação de

Serviço, mas geralmente executado como parte da Melhoria

Continuada dos Serviços de TI.

Quando a origem do Incidente é desconhecida, aplica-se uma Solução de

Contorno para minimizar o seu impacto que pode ser reaplicada. Caso os incidentes

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tornem-se recorrentes, mesmo após inúmeras Soluções de Contorno, é

providenciada a abertura de um Registro de Problemas.

Um Problema é um Incidente para o qual não há causa raiz identificada. A causa raiz deve ser identificada através de uma análise dos sintomas, possíveis causas, cruzamento de informações, tendências, bases de conhecimento e resultados de testes e verificações. Após a identificação da Causa Raiz, o Gerenciamento de Problemas aplica a solução encontrada ou abre uma RDM para mudança no serviço, se for necessário. (FREITAS, 2010, p. 280-281).

Por conseguinte, Magalhães; Pinheiro (2007) afirmam que o Gerenciamento

de Problemas determina a causa raiz dos incidentes reportados à Central de

Serviços e as ações necessárias na implementação de uma solução definitiva para a

anomalia observada na utilização de determinado serviço de TI, recomendando

mudanças nos ICs a serem implementados pelo Gerenciamento de Mudanças.

O Gerenciamento de Problemas é responsável por administrar uma base de

dados de conhecimento de soluções denominada Base de Dados de Erros

Conhecidos (BDEC). O erro conhecido é a solução para a qual é identificada a

causa raiz.

Segundo Freitas (2010), a BDEC faz parte do Sistema de Gerenciamento do

Conhecimento de Serviço e está disponível para consulta do Gerenciamento de

Incidentes e da Central de Serviços com intuito de minimização do impacto nos

Serviços de TI. Quanto mais soluções estiverem cadastradas na BDEC, maior a

probabilidade de atendimento dos incidentes no menor prazo possível, desobrigando

as equipes mais capacitadas para cumprirem outras atividades que agreguem mais

valor aos Serviços de TI.

4.7.1 Objetivo do Gerenciamento de Problemas

O Gerenciamento de Problemas tem por objetivo encontrar a causa raiz do

problema e aplicar uma solução definitiva para a sua resolução.

Segundo Magalhães; Pinheiro (2007) o principal objetivo é minimizar o

impacto adverso no negócio dos incidentes e problemas decorrentes de erros

conhecidos relacionados com a infraestrutura de TI, prevenindo a repetição de

incidentes relacionados com estes erros conhecidos.

“O objetivo do Gerenciamento de Problemas é prevenir a ocorrência de

Problemas e Incidentes associados através da eliminação de Incidentes recorrentes

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e da minimização do impacto de Incidentes que não puderam ser prevenidos.”

(FREITAS, 2010, p. 279)

4.7.2 Atividades do Gerenciamento de Problemas

Tabela 4.4: Atividades do Gerenciamento de Problemas. Fonte: FREITAS, 2010, p. 286

Segundo Freitas (2010), as atividades do Gerenciamento de Problemas,

apresentadas no Quadro 4.4, são discriminadas conforme segue:

Detecção do Problema: Detectar incidentes recorrentes ou incidentes para os

quais foi aplicada uma Solução de Contorno sem identificação da causa pela Central

de Serviços ou detectar Problemas como parte do Gerenciamento de Problemas

Proativo.

Registro do Problema: Possuir informações relevantes para o atendimento

nos registros de problemas, de acordo com o método de detecção. Quando um

Registro de Problema é aberto a partir de um Registro de Incidentes, o problema

pode herdar as informações relevantes do registro anterior, bem como todo o seu

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histórico. Assim como os incidentes, os problemas possuem modelos com as

mesmas características, contendo informações do número de identificação único, da

categorização, da urgência, de impacto, de priorização, do histórico, do IC

relacionado, da descrição dos sintomas, de identificação do técnico ou grupo de

suporte, das atividades realizadas, do status (aberto, aguardando atendimento,

sendo atendido, cancelado, fechado etc.) e da resolução aplicada.

Categorização e Priorização do Problema: Categorizar e priorizar da mesma

maneira que os Incidentes.

Investigação e Diagnóstico: Conduzir investigações para identificação da

causa raiz, por meio da BDEC, na tentativa de recriação da falha para entendimento

das situações que podem originar o problema. Utiliza outras técnicas, tais como:

o Análise Cronológica: documentar todos os eventos em ordem de

acontecimento para identificar uma sequência de eventos que levaram ao problema;

o Análise de Valor do Impacto: identificar o impacto através de cálculos,

abordando quais problemas ou incidentes causam maior impacto no negócio e

devem ser priorizados;

o Análise de Kepner e Tregoe: analisar a causa raiz baseando-se nas

perguntas: o que, onde, quando e qual o tamanho. Possíveis causas são propostas

e testadas para verificar qual a mais provável;

o Brainstorm: discutir ideias sobre potenciais causas e propor ações para

resolução do problema, podendo documentar as sessões com a análise de Klepner

e Tregoe;

o Diagrama de Ishikawa ou Diagrama Espinha de Peixe: colocar a

descrição do problema e por meio de uma sessão de brainstorm, para identificação

de possíveis causas representadas nas extremidades das espinhas de peixe;

o Análise de Pareto: representar causas prováveis e suas freqüências de

ocorrência.

Soluções de Contorno: Encontrar soluções para os incidentes, enquanto a

causa raiz do problema é identificada, podendo ser aplicadas imediatamente para

resolução do incidente, porém o Registro de Problema continua aberto até que a

solução definitiva seja encontrada.

Registro de Erro Conhecido: Registrar o erro conhecido na BDEC, assim que

a solução for encontrada, permitindo às equipes de gerenciamento de incidentes o

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uso da solução assim que novos incidentes forem abertos, minimizando o impacto

nos serviços de TI.

Resolução do Problema: Aplicar imediatamente a solução do problema. Se

provocar alterações nas configurações de um serviço, deve-se criar uma Requisição

de Mudança para planejamento, aprovação, construção e liberação da mudança em

produção.

Fechamento do Problema: Verificar se as informações relevantes dos

Registros de Problemas estão devidamente preenchidas e se a solução foi

cadastrada na BDEC.

Revisão de Problemas Graves: Conduzir uma revisão mais específica para

analisar se as atividades foram conduzidas apropriadamente e que pontos podem

ser melhorados futuramente, do mesmo modo, verificar sua prevenção. Documentar

e disponibilizar as informações no Sistema de Gerenciamento de Conhecimento de

Serviço (SGCS).

Erros Detectados no Ambiente de Desenvolvimento: Cadastrar na BDEC

informações sobre erros detectados no Gerenciamento de Liberações e Implantação

de novos serviços de TI, as Soluções de Contorno e Definitivas.

4.8 SOFTWARES PARA GERENCIAMENTO DE INCIDENTES

4.8.1 Software Octopus

Octopus é um software por demanda, onde o cliente paga pelo o que usar,

dependendo da quantidade de técnicos utilizando o serviço, sendo no mínimo 2

usuários. Não há necessidade de se ter uma infraestrutura disponível, haja vista ser

um software hospedado nos servidores da própria empresa contratante, exigindo do

cliente uma conexão com a internet. A última versão está integralmente disponível

em língua portuguesa, com suporte local por email ou telefone e nova versão a cada

três meses. O acesso aos dados do servidor é ininterrupto.

Informações e contato sobre o software são adquiridos no site <www.octopus-

itsm.com/home/pt/features/>. A Figura 4.5 apresenta a tela correspondente ao

Incidente no software citado.

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Figura 4.5: Octopus – tela My Incidents Fonte: Octopus, 2011, site oficial <http://www.octopus-itsm.com/home/pt/demo/>

4.8.2 Software de Gestão de Incidentes – Vincit

Software pertencente à Vincit Tecnologia, empresa parceira da Microsoft. É

uma solução para a gestão eficiente de incidentes em conformidade com as

melhores práticas da ITIL®. Atende toda e qualquer ocorrência registrada pelos

clientes internos e externos, por meio de um sistema desenvolvido para a plataforma

web que pode ser acessado de qualquer computador conectado à internet. Para sua

implementação é relevante a utilização das tecnologias da Microsoft, pois requer um

aplicativo Microsoft para ser executado.

O software atende aos clientes de pequenas, médias e grandes empresas.

Informações e contato sobre o software são adquiridos no site

<http://www.vincit.com.br/servicos.asp>.

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4.8.3 Software 0800net

O 0800net é um software flexível para qualquer área de negócio para dar

apoio à entrega de serviço e suporte ao cliente. Projetado tanto para empresas de

pequeno quanto para as de grande porte, com alto volume de requisições mensais,

diversas necessidades de usuários e, ambiente de TI heterogêneo ou qualquer outro

departamento que requer uma ferramenta baseada na web para ser acessada por

clientes, técnicos, parceiros, distribuidores, revendedores, supervisores e

administração. Promete o ROI em menos de um ano dependendo da demanda do

cliente.

São pré-requisitos para a sua instalação: servidor Windows Server

2000/2003, Internet Information Server 4.0 ou superior, banco de dados SQL Server

e provedor Internet Explorer ou Firefox. Informações e contato sobre o software são

adquiridos no site < http://www.0800net.com.br/0800net/>.

4.8.4 Software OneOrZero AIMS

OneOrZero AIMS é um poderoso software pronto para empresas, que inclui

help desk, gerenciamento de conhecimento, gerenciador de tempo e sistema de

informação suportado por uma ação altamente configurável e extensível e Gestão de

Sistema de Informação que permite o cliente construir seu próprio sistema. Integra

com tecnologias comuns tais como web e email. Ativamente desenvolvida com

novas versões disponibilizadas a cada 2 ou 3 meses.

São pré-requisitos para sua instalação: servidor web Apache ou IIS, banco

de dados MySQL versão 5.0 ou superior, PHP 5.2 ou superior, servidor de e-mail

SMTP para email de saída (opcional), servidor POP3 e-mail para e-mail de entrada

(opcional), SSL para um site seguro (opcional) e LDAP ou Active Directory provedor

para autenticação de rede (opcional).

Os softwares OneOrZero possui os produtos:

- OneOrZero AIMS Standard Membership: que possibilita acesso e

atualizações por um período de até doze meses, com pagamento único;

- OneOrZero AIMS Platinum Membership: que possibilita acesso e

atualizações ilimitados, por um preco único.

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Informações e contato sobre o software são adquiridos no site

<http://www.oneorzero.com>. A Figura 4.6 apresenta a tela correspondente ao

software citado.

Figura 4.6: Tela do software OneOrZero AIMS Fonte: OneOrZero, 2011, site oficial < http://www.oneorzero.com/>

O produto OneOrZero Help Desk version 1.8.0 está disponível gratuitamente

no endereço eletrônico

<http://www.oneorzero.com/smforum/index.php?topic=6192.0>, porém não é mais

desenvolvido ativamente e não é o mesmo produto que a Action and Information

Management System (AIMS).

4.8.5 Software RightNow

Software apresentado pela empresa Sibra, demonstra os recursos do

software de gerenciamento de incidentes provenientes de múltiplos canais,

auxiliando na redução dos custos de seu centro de atendimento. Os recursos

incluem: captura e rastreamento de todos os contatos de clientes, atendimento

intuitivo, relatórios de alertas e feedback pós-incidente.

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Possui pacote de apoio para atendimento às pequenas e médias empresas,

oferecendo estrutura de apoio tecnológico, auxiliando dirigentes e profissionais

dessas empresas a conhecer seus ambientes e as potencialidades da área.

O diferencial do referido software está na utilização integrada de ferramentas

de primeiro e segundo níveis envolvendo canais de suporte pela web, telefone e

atendimento local. Informações e contato sobre o software são adquiridos no site

<http://www.sibra.com.br>.

4.8.6 Software Centre

O Centre é uma ferramenta de gerenciamento de service desk totalmente

funcional. Usando uma interface web, o usuário vê o status de registros de serviços

enviados começando momentos após a chamada e pode acompanhá-los até que

sejam resolvidos.

Centraliza-se em um modelo de service desk certificado pela ITIL®, que

proporciona respostas rápidas e gerenciamento de incidentes, independente de sua

localização geográfica. Quando necessário suporte ao computador no local, um

profissional é deslocado para fazer os reparos de forma rápida e eficiente.

O software Centre é desenvolvido pela empresa Integration Technologies

Group, Inc. (ITG). Informações e contato sobre o software são adquiridos no site

<http://www.itgonline.com/Languages/pt/it-service-management.html>. As Figuras

4.7 e 4.8 apresentam as telas correspondentes ao software citado.

Figura 4.7: Tela do software Centre Fonte: ITG, 2011, site oficial < http://www.itilsoftware.net/#>

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Figura 4.8: Telas de registros de incidentes Fonte: ITG, 2011, site oficial <http://www.itgonline.com/Languages/pt/it-service-

management.html>

4.8.7 Software OcoMon

O OcoMon foi concebido sob a visão de software open source, ou seja,

utilizando tecnologias e ferramentas livres para o seu desenvolvimento e

manutenção. Novas funcionalidades têm sido acrescentadas ao sistema ao longo do

tempo e o objetivo é torná-lo cada vez mais aderente às boas práticas relacionadas

tanto à operacionalização quanto à gestão de áreas de atendimento técnico.

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São pré-requisitos para sua instalação:

Sistema Operacional: Independente;

Servidor Web: Apache;

Linguagem: PHP versão:4.3x, HTML, CSS, Javascript;

Banco de dados: MySQL versão: 4.1x ou superior;

Navegador: Firefox

Informações e contato sobre o software são adquiridos no site

<http://ocomonphp.sourceforge.net/>. A Figura 4.9 apresenta a tela correspondente

ao software citado.

Figura 4.9: Tela do software OcoMon Fonte: OcoMon, 2011, site oficial <http://ocomonphp.sourceforge.net/>.

4.8.8 Software Aquala Help Desk

O Gerenciamento de Incidentes é a função mais básica de um software de

help desk, como o Aquala Help Desk, cujo objetivo é registrar e documentar um

incidente. Após o registro, o técnico irá realizar o atendimento usando diversas

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funcionalidades que o software irá dispor para automatizar o processo até o seu

encerramento. É um produto 100% web.

Informações e contato sobre o software são adquiridos no site <http://itil-

helpdesk.blogspot.com/>. A Figura 4.10 apresenta a tela correspondente ao software

citado.

Figura 4.10: Tela do software Aquala Help Desk Fonte: Aquala, 2011, site oficial < http://www.geinfo.com.br/produtos/helpdesk/>.

4.8.9 Software CEC Help Desk

O software CEC Help Desk é um aplicativo onde são parametrizadas as

tabelas, emitidos relatórios e estatísticas e gerados os gráficos. É possível abrir e

encerrar chamados e fazer seus acompanhamentos. Os chamados são controlados

por qualquer grupo de assunto (software, hardware, internet), identificando as

prioridades e definindo qual chamado deve ser atendido primeiro. O seu

licenciamento é efetuado pela quantidade de equipamentos, usuários e módulos.

É exigido como requisito para a sua instalação:

- Equipamento: bi-processado, 2 GB RAM, 120 GB;

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- Plataforma: Windows;

- Banco de dados: MSSQL Server 2000, 2005 ou 2008.

- Windows 2003/2008 Server;

- IIS instalado;

- .Net Framework 2.0 instalado;

- Microsoft Ajax instalado.

Os aplicativos CEC Help Desk possui as versões:

1. CEC Aplicativo - Lite (Freeware): É um software gratuito, suportando até 20

usuários, 20 equipamentos inventariados, 3 técnicos e 1 terminal.

2. CEC Aplicativo Lite (Professional): É um software que suporta até 30

usuários, 30 equipamentos inventariados, 3 técnicos e 3 terminais, com

possibilidade de contratação de licenças adicionais.

3. CEC Aplicativo (Enterprise): É um software aderente a ITIL®. Suporta até

125 usuários, 60 técnicos e 5 terminais, com possibilidade de contratação de

licenças adicionais.

Informações e contato sobre os aplicativos CEC são adquiridos no site

<http://www.evolua.com.br>. A Figura 4.11 apresenta a tela correspondente ao CEC

Aplicativo - Lite 9.0 (Freeware).

Figura 4.11: Tela do software CEC – Lite 9.0 (freeware) Fonte: Evolua, 2011, site oficial <http://www.evolua.com.br>.

Os softwares descritos representam uma fatia do mercado liderado por

empresas prestadoras que apresentam softwares para registro, controle e soluções

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nos gerenciamentos de incidentes, problemas e mudanças. Cada software

apresenta suas pecualiaridades, tais como:

Software open source: software de utilização livre que pode ser

modificado pelo usuário, tendo como exemplo OcoMon;

Software freeware: software cuja utilização não implica o pagamento de

licenças de uso. Um programa licenciado como freeware não é necessariamente um

software livre, pode não ter código aberto e pode acompanhar licenças restritivas,

limitando o uso comercial, a redistribuição não autorizada, a modificação não

autorizada ou outros tipos de restrições; encontrado no CEC Aplicativo - Lite

(Freeware);

Help Desk: serviço de apoio a usuários para suporte e resolução de

problemas técnicos. O apoio pode ser tanto interno quanto externo, por meio de

sistemas de rastreamento de incidentes. Os softwares apresentados que têm essas

características são: OneOrZero AIMS, Aquala Help Desk e CEC Help Desk.

Service Desk: objetiva prover aos usuários de TI um ponto único de

contato, vital para uma comunicação efetiva entre os usuários e as equipe de TI.

Utiliza as melhores práticas da ITIL® ou outras ferramentas disponíveis no mercado.

Para alcance de todas as expectativas do cliente, interno ou externo, deve-se

estabelecer ANS que definirá em quanto tempo e de que forma o serviço será

prestado. O software Centre é uma ferramenta service desk.

A tabela 4.1 destaca as diferenças de cada software descrito ressaltando

suas peculiaridades.

Tabela 4.1: Comparativo de softwares prontos

Software Tipo Banco de Dados

Octopus Demanda Cloud Computer Vincit Gestão de Incidentes MSSQL Server 0800net Entrega e Suporte ao Cliente MSSQL Server OneOrZeroAIMS Help Desk MySQL 5.0 ou superior RightNow Gerenciamento Incidentes Cloud Computer Centre Service Desk Web OcoMon Open Source MySQL 4.1x ou superior Aquala Help Desk Help Desk Web CEC Help Desk Help Desk MSSQL Server 2000 ou superior

Fonte: elaborado pelo autor.

Cabe salientar que as pequenas e médias empresas têm possibilidade de

adquirir um software pertinente ao Gerenciamento de Incidentes, pagos ou gratuitos,

conforme suas necessidades de negócio e de mercado alvo.

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4.9 INCIDENTE, PROBLEMA E MUDANÇA

Recomenda-se a interação entre incidente, problema e mudança com intuito

de agilizar e promover os processos do ciclo de vida. Se as mudanças não estão

gerenciadas apropriadamente podem levar a novos incidentes e, portanto, a novos

problemas. O Gerenciamento de Problema exige o registro exato e detalhado dos

incidentes para identificar eficazmente a causa dos incidentes e os problemas que

afetam a infraestrutura de TI.

Segundo Magalhães; Pinheiro (2007), cada incidente é resultado de um erro

de infraestrutura de TI e para descobrir a causa do erro um problema é definido,

pesquisado e diagnosticado. Quando o IC que causou o erro é encontrado, o

problema torna-se um erro conhecido e ao menos uma solução de contorno é

registrada e validada, permitindo que novos incidentes do mesmo tipo sejam

resolvidos de forma rápida. Um erro conhecido é removido de forma definitiva pela

realização de uma mudança na infraestrutura de TI, o que é assegurado pelo

Gerenciamento de Problema, por meio de uma solicitação de mudança com o

procedimento de execução da solução definitiva para o Gerenciamento de Mudança.

Aliando-se às necessidades do Gerenciamento de Serviços de TI, pequenas,

médias e grandes empresas podem adquirir ferramentas pagas ou gratuítas com

intuito de minimizar os impactos ocasionados pelos incidentes e problemas,

promovendo mudanças na infraestrutura de TI.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A aplicabilidade de um framework importantíssimo como a ITIL® que tem a

tecnologia como papel importante para realização de vários serviços a serem

executados, conforme salienta Freitas (2010), diminui os gastos organizacionais,

acelera o tempo de retorno do investimento e promove a qualidade nos serviços,

O gerenciamento de configuração, por meio do CMDB, permite controle

efetivo dos ativos de TI, preservando informações sobre versões, mantendo

registros e documentação atualizados, ressaltando e valorizando a gestão de

conhecimento nas organizações.

A equipe de TI deve garantir o bom funcionamento da corporação através do

Gerenciamento de Incidentes, reduzindo todos os impactos e consequentemente a

melhoria dos serviços fornecidos, trazendo assim maior satisfação ao usuário e

melhores resultados ao negócio. Para a satisfação e armazenamento dos incidentes

solucionados, tem por aliado a base de dados para fins estatísticos, de redução de

custos e tempo e a ligação para a melhoria continuada do gerenciamento de

serviços em seus ciclos de vida.

Comprometimento, praticidade e acessibilidade dos clientes e usuários

clientes dos serviços de TI e da própria equipe que a compõe garantem a eficácia no

Gerenciamento de Incidentes e consequentemente da melhoria nos gerenciamentos

de Problemas e Mudanças. Para tanto, pode-se afirmar que a integralidade do

benefício é salientada pela redução do tempo de impacto que um incidente pode

causar, proporcionando ao gestor de TI, critérios no uso de seus recursos e

informações.

Ressalta-se a necessidade de ponderação do tempo de resolução do

incidente, priorizando o desempenho da equipe de especialistas dos níveis de

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escalonamento, para que não sejam importunados com prejuízo da qualidade dos

seus serviços, partindo do pressuposto que incidente mal resolvido ou perdido

provoca abertura de um registro de problemas.

Este trabalho apresentou os conceitos que relatam como a ITIL® e seu ciclo

de vida trazem maturidade e benefícios no gerenciamento de serviços de TI, haja

vista ser uma ferramenta que vem se consolidando mundialmente como modelo

padrão que alia negócios com TI, gerenciando seus recursos com qualidade.

Para desenvolvimento e apresentação deste trabalho foram estudados

softwares gratuitos e pagos, já existentes no mercado, aliados à praticidade do

produto com o suporte necessário a aplicabilidade do gerenciamento de incidentes

com melhoria na prestação de serviços de TI, em pequenas, médias e grandes

empresas. Dos softwares estudados somente um deles foi instalado em um

computador desktop, o CEC Lite 9.0 (freeware), apresentando facilidades de

instalação e usabilidade, com possibilidade de utilização em uma pequena empresa

que almeja atuar com help desk.

O presente trabalho serviu de base para desenvolvimento de trabalhos futuros

que poderão tratar a gestão do banco de dados por meio do gerenciamento de

serviços de TI, aliado a uma governança atuante disposta em frameworks como a

ITIL®. Com trabalhos futuros há possibilidade de abordagem de outras funções e

processos dos ciclos de vida da ITIL® V3, com aplicabilidade de sistemas de

gerenciamento, help desk ou service desk. O desenvolvimento de um sistema

orientado as boas práticas da ITIL®, de preferência gratuito é uma possibilidade

para novas turmas que integram o corpo discente desta entidade educacional.

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