CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf ·...

48
CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS – FMU CURSO DE FONOAUDIOLOGIA ESTUDO DA REABILITAÇÃO VESTIBULAR PERSONALIZADA EM IDOSOS AMIRA BACHA MÔNICA HACHUL SÃO PAULO 2008

Transcript of CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf ·...

Page 1: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia

CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS – FMU

CURSO DE FONOAUDIOLOGIA

ESTUDO DA REABILITAÇÃO VESTIBULAR PERSONALIZADA EM IDOSOS

AMIRA BACHA MÔNICA HACHUL

SÃO PAULO 2008

Page 2: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia

CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS – FMU

CURSO DE FONOAUDIOLOGIA

ESTUDO DA REABILITAÇÃO VESTIBULAR PERSONALIZADA EM IDOSOS

AMIRA BACHA MÔNICA HACHUL

SÃO PAULO 2008

Page 3: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia

CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS – FMU

CURSO DE FONOAUDIOLOGIA

ESTUDO DA REABILITAÇÃO VESTIBULAR PERSONALIZADA EM IDOSOS

AMIRA BACHA MÔNICA HACHUL

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado como critério de

Avaliação parcial para a conclusão do

curso de graduação em

Fonoaudiologia do Centro

Universitário das Faculdades

Metropolitanas Unidas

Orientadora: Profª Ms. Adriana Pontin Garcia

SÃO PAULO 2008

Page 4: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia

Bacha, Amira e Hachul, Mônica

Estudo da Reabilitação Vestibular Personalizada em Idosos/ Amira

Bacha e Mônica Hachul – São Paulo, 2008.

32 p.

Trabalho de Conclusão de Curso – Faculdades Metropolitanas Unidas.

Curso de Fonoaudiologia.

Orientadora: Profª Ms. Adriana Pontin Garcia

Descritores: 1. Vertigem 2. Qualidade de Vida 3. Doenças Vestibulares

Page 5: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia

DEDICATÓRIA

A Deus por me dar coragem e força para superar e vencer todos os

obstáculos enfrentados à cada dia.

A minha mãe Kiram Bacha pelo amor, incentivo, exemplo de humildade

e dedicação, pelos momentos que sofremos juntas ou felicidades que

compartilhamos, por ter me feito uma pessoa de princípios e caráter, além da

fé e credibilidade que sempre depositou em mim, sempre estando ao meu lado

nas dificuldades ou conquistas. Muito obrigado de coração por eu ser essa

pessoa que sou hoje.

Ao meu pai Hame Bacha (in memórian), que apesar de não poder

compartilhar deste momento, foi o alicerce para que eu tivesse condições de

chegar onde estou.

Aos meus irmãos Riad e Yussef, meu amor incondicional, pelo carinho,

incentivo, cuidado e proteção.

A colega e amiga Mônica por compartilhar amizade e dividir

conhecimentos ao longo deste percurso.

Ao meu noivo Ihssan que é uma pessoa gigante de coração e

personalidade, pela cumplicidade de estar ao meu lado compartilhando na

realização de um grande sonho, sempre me apoiando e ajudando. Alguém que

aprendi a admirar e fundamentalmente a amar.

A minha prima Nadya pela paciência, carinho, amizade e por sempre me

apoiar e incentivar em relação à faculdade.

A minha prima Hadia que não cessou esforços em me ajudar na

tradução desse trabalho.

Page 6: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia

Aos colegas e amigos, em especial Juvenal de Moura, Rosana

Crisóstomo e Mônica Hachul, por darem força e carinho nos momentos de

tristeza e compartilharem dos momentos de alegria e por não me deixarem

desistir nunca.

Aos professores do curso de graduação que souberam formar

profissionais qualificados e servindo de exemplo de ética, seriedade e

profissionalismo. Também pelo incentivo nos momentos de fraqueza, os quais

me faziam pensar em desistir.

Amira Bacha

Page 7: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia

DEDICATÓRIA Aos meus pais (Leda e Tuffi) pelo amor, apoio, dedicação, incentivo e

por estarem presentes em todos os momentos da minha vida, sem vocês não

chegaria até aqui, obrigada por me proporcionar mais esta conquista.

Aos meus irmãos (Igor e Márcia) pela amizade, companheirismo, força,

carinho, apoio em todos os momentos que precisei.

Aos meus amigos e colegas, em especial Amira, Juvenal, Joyce, Marina

e Rosana, pela amizade, carinho, força e por compartilharem todos os

momentos que vivemos ao longo destes 4 anos que seguimos juntos em busca

desta conquista.

E a todos os professores por sua dedicação, carinho, atenção,

profissionalismo e por acreditarem e compartilharem seus conhecimentos tão

fundamentais para minha formação.

Mônica Hachul

Page 8: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia

AGRADECIMENTOS

A nossa querida mestre e orientadora Adriana Pontin Garcia, pelos

ensinamentos passados no decorrer do período acadêmico e pela paciência e

dedicação perante a realização desse trabalho.

À excepcional diretora do curso de Fonoaudiologia da FMU, Maria Lucy

Tedesco, pelo profissionalismo e dedicação, sempre empenhada a nos auxiliar.

A professora Drª Marisa Sacaloski pelo ensinamento, profissionalismo,

dedicação, carinho e amizade, os quais pudemos contar durantes estes quatro

anos e com certeza poderemos contar por toda a vida.

A turma de fonoaudiologia da FMU pelos quatro anos maravilhosos que

passamos juntos, mesmo aos que desistiram ou tiveram que abandonar o

curso, cada um de vocês teve uma participação especial durante este longo

percurso.

Amira Bacha

Mônica Hachul

Page 9: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia

LISTA DE TABELAS

p.

Tabela 1. Estudo comparativo pré e pós RVP para o DHI e a EAT................. 18

Tabela 2. Análise descritiva completa para ganho do DHI e EAT em

percentual........................................................................................................ 21

Tabela 3. Estudo da correlação entre idade e ganho de pré e pós no DHI e

EAT................................................................................................................... 21

Page 10: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia

LISTA DE GRÁFICOS

p.

Gráfico 1. Estudo percentual da melhora da tontura, segundo o DHI e EAT.. 19

Gráfico 2. Comparação pré e pós RVP para DHI............................................ 19

Gráfico 3. Comparação pré e pós RVP para EAT........................................... 20

Page 11: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia

LISTA DE QUADROS

p.

Quadro 1. Distribuição da amostra estudada segundo a idade....................... 14

Page 12: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia

SUMÁRIO

Lista de Tabelas

Lista de Gráficos

Lista de Quadros

Resumo

Abstract

1. Introdução.............................................................................................. 01

2. Literatura ............................................................................................... 05

3. Método .................................................................................................. 14

4. Resultados ............................................................................................ 18

5. Discussão .............................................................................................. 23

6. Conclusão ............................................................................................. 27

7. Referências Bibliográficas ..................................................................... 29

8. Anexos ................................................................................................... i

Anexo I: Questionário de incapacitação causado pela tontura

Page 13: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia

RESUMO

A população idosa tem crescido e como conseqüência esta população

vem apresentando um número maior de doenças crônico degenerativas,

diminuindo a capacidade funcional o que os leva a comprometimentos físicos,

psíquicos e sociais. Com o envelhecimento, o sistema vestibular e o sistema

nervoso passam por um processo de degeneração. O principal objetivo da

Reabilitação Vestibular (RV) em idosos é fazer com que eles sofram menos

quedas, o que diminuiria o risco de fraturas, as quais poderiam impossibilitá-los

de locomover-se sem ajuda, realizem suas próprias tarefas e tenham uma

melhor qualidade de vida. O objetivo deste estudo foi verificar a eficácia de um

programa de Reabilitação Vestibular Personalizada (RVP) em idosos.

Participaram deste estudo 11 mulheres com idade igual ou superior a 65 anos.

Inicialmente os idosos responderam ao questionário de incapacidade de

tontura, o DHI brasileiro e a escala analógica de tontura. A Reabilitação

Vestibular Personalizada (RVP) foi realizada em oito sessões, com duração de

30 minutos e o paciente foi instruído a fazer os exercícios diariamente em casa

por duas vezes e ao final das 8 sessões de RVP, os idosos responderam

novamente ao questionário de incapacitação de tontura – DHI brasileiro, e a

escala analógica de tontura. Estes dados foram comparados, a fim de verificar

a melhora do paciente. Observou-se que 10 (91,6%) sujeitos apresentaram

melhora, apenas um (8,4%) manteve a resposta. Em todos os aspectos

estudados, tanto no DHI quanto na Escala Analógica e tontura, houve diferença

estatisticamente significante com redução dos valores entre o pré e pós RVP,

somente na sub-escala Emocional do DHI é que não houve significância entre

o pré e pós RVP. Foi verificado que a maior redução ocorreu na Escala

Analógica de Tontura, na qual a redução média entre pré e pós RVP foi de

64,6% (± 21,6%). Portanto, a RVP mostrou-se eficaz na melhora do quadro

clínico e da qualidade de vida da maioria dos pacientes idosos com

labirintopatia.

Palavras chaves: idosos, tontura, qualidade de vida.

Page 14: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia

ABSTRACT

The senior population has been growing and as a consequence this

population is presenting a larger number of chronic degenerative diseases,

reducing the functional capacity which results in a physical, psychic and social

compromise. With aging, the vestibular system and the nervous system

undergo a process of degeneration. The main objective of the Vestibular

Rehabilitation (RV) in seniors is to reduce the number of falls, reducing the risk

of fractures, which could disable them from moving around without help,

accomplish their own tasks, and having a better quality of life. The objective of

this study was to verify the effectiveness of a program of Personalized

Vestibular Rehabilitation (PVR) in senior. Participating in this study 11 women

ranging in 65 and above. Initially, the seniors answered the dizziness handicap

invetory, Brazilian DHI, and the analogical scale of dizziness. The Personalized

Vestibular Rehabilitation (PVR) was accomplished in eight sessions, with a

duration of 30 minutes and the patient was instructed to do the exercises twice

daily at home a day, at the end of the 8 PVR sessions , the seniors answered

again the DHI, and the analogical scale of dizziness. These data were

compared, in order to verify the patient's improvement. It was observed that 10

(91,6%) subjects presented improvement, only one (8,4%) maintained the

initial response. In all of the studied aspects, in DHI and in the Analogical Scale

of dizziness, there was a significant statistical difference with reduction of the

values between the pre and post PVR. Only in the Emotional sub-scale of DHI

there was no meaningful significant difference between the pre and post PVR. It

was verified that the largest reduction happened in the Analogical Scale of

Dizziness, in which the average reduction between pre and post PVR was of

64,6% (± 21,6%). Therefore, RVP was shown effective in the improvement of

the overall clinical picture and of the life quality of most of the senior patients

with labirynthopaty.

Key words: elderly, dizziness, quality of life.

Page 15: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia

1. Introdução

Page 16: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia

Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

(IBGE), 2007, a população brasileira tem envelhecido e o ritmo de crescimento

dos idosos com idade elevada tem sido mais intenso. O segmento de 75 anos

ou mais, por exemplo, representava 26,1% da população de idosos brasileiros

em 2006 e há dez anos eles correspondiam 23,5%.

A população idosa tem crescido bastante em nosso país nos últimos

anos, como conseqüência esta população vem apresentando um número maior

de doenças crônico degenerativas, o que diminui a capacidade funcional e os

leva a se confrontar com comprometimentos físicos, psíquicos e sociais.

(CASTRO, PERRACINI e GANANÇA, 2006)

Com o envelhecimento, o sistema vestibular e o sistema nervoso

passam por um processo de degeneração, as células ciliadas diminuem

progressivamente e se degeneram. As causas podem ser da orelha externa

(uso de gotas otológicas, cotonetes e outros) e, principalmente, por alterações

da orelha interna como problemas metabólicos, vasculares, infecciosos,

medicamentosos, tóxicos, traumáticos, imunológicos e alérgicos. (GANANÇA e

CAOVILLA, 1998)

Os idosos que sofrem com doenças do labirinto, geralmente, são

restringidos de certas atividades, tem uma insegurança psíquica, sofrem de

ansiedade, depressão e pânico. O principal objetivo da Reabilitação Vestibular

(RV) em idosos é fazer com que eles sofram menos quedas, o que diminuiria o

risco de fraturas, as quais poderiam impossibilitá-los de locomover-se sem

ajuda, realizem suas próprias tarefas e tenham uma melhor qualidade de vida.

(FUKUDA, 1998)

A RV deve ser feita baseada no diagnóstico otoneurológico e no

paciente em questão. (GANANÇA e CAOVILLA,1998)

Logo, torna-se necessário analisar a capacidade funcional destes

pacientes, pois neles, a freqüência, duração e intensidade das manifestações

nas crises vestibulares causam maior impacto, prejudicando as atividades e

Page 17: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia

dificultando o tratamento. Atualmente, inúmeras pesquisas sobre RV em idosos

têm sido realizadas, uma vez que esta população tem crescido e sua

participação na sociedade também. Os aspectos da qualidade de vida em

idosos com vestibulopatias são cada vez mais estudados e tornam-se

fundamentais para a autonomia, convívio social e segurança.

Devido à necessidade de conscientizar e reabilitar a população idosa

sobre os sintomas das alterações vestibulares e, com isso, contribuir para que

tenham uma melhor qualidade de vida, não percam a independência e não

necessitem de ajuda para realizar tarefas cotidianas, surgiu o interesse por

esta pesquisa.

Portanto, o objetivo do presente estudo foi verificar a eficácia de um

programa de Reabilitação Vestibular Personalizada (RVP) em idosos.

Page 18: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia

2. Literatura

Page 19: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia

A presbivertigem, que também é conhecida como labirintopatia do idoso,

geralmente vem associada à presbiacusia, e é uma labirintopatia degenerativa

de clínica muito similar aos processos isquêmicos. Os sintomas são: vertigem

posicional ou não posicional e outros tipos de tontura, desequilíbrio e quedas

que podem ser ocasionados por processos degenerativos nas estruturas

sensoriais vestibulares, e pioram com a idade (ESPANÃ, ESCOLÁ e

TRASERRA,1996)

Os objetivos primordiais da Reabilitação Vestibular (RV) são: promover a

estabilização visual durante os movimentos da cabeça; melhorar a interação

vestibulovisual durante a movimentação cefálica; ampliar a estabilidade

postural, estática e dinâmica nas condições que produzem informações

sensoriais conflitantes; e diminuir a sensibilidade individual à movimentação

cefálica. (CAOVILLA e GANANÇA,1998)

A melhora do paciente, por meio da RV, é obtida em função das

adaptações neurais multifatoriais, da recuperação funcional dos reflexos

vestíbulo ocular e vestíbulo espinal, pelo condicionamento global, pela

alteração do estilo de vida e pelo efeito psicológico positivo com a recuperação

da segurança física e psíquica. O sucesso do tratamento necessita da

cooperação do paciente e sua participação de forma ativa, o que, segundo

Fukuda (1998) leva a resultados mais satisfatórios e melhora na qualidade de

vida.

Além disso, há um aumento do uso de medicamentos por idosos devido

a maior ocorrência de doenças. Estas drogas geralmente são tranqüilizantes,

antidepressivos, drogas hipotensoras e diuréticos, que podem causar tonturas

e desequilíbrios. (GANANÇA, VIEIRA e CAOVILLA,1998)

Popper (2001) realizou um estudo com o objetivo de analisar a

efetividade da RV no tratamento da vertigem, foram verificadas também outras

formas de tratamento para a vertigem como: medicamentoso e cirúrgico; suas

aplicações clínicas, indicações e contra-indicações. O estudo analisou um caso

através da aplicação dos exercícios de Reabilitação Vestibular em mulher de

Page 20: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia

48 anos, na qual foram obtidos resultados, desde supressão dos sintomas

patológicos, restauração do equilíbrio até a provável ¨cura¨ objetiva da

vestibulopatia. Após a análise, pode-se afirmar que a RV foi um método eficaz,

adequado e inócuo no tratamento do paciente vertiginoso.

Bento et al (2002) avaliaram idosos, sobre a existência de queixas de

distúrbio do equilíbrio corporal, verificando a evolução do equilíbrio e da

qualidade de vida destes indivíduos quando submetidos a esclarecimentos e

orientações sobre este tema. Os autores puderam concluir que as queixas de

alteração do equilíbrio são freqüentes nos idosos, mesmo naqueles indivíduos

considerados saudáveis. O trabalho de orientação e esclarecimento associado

a um mínimo de exercícios para treino do reflexo vestíbulo-ocular e do sistema

somatossensorial mostrou-se bastante efetivo no controle destes sintomas.

Simoceli et al (2003) estudaram pacientes com queixa de desequilíbrio

e/ou tontura. Foi caracterizado o perfil desta população de idosos quanto a

idade, sexo, fatores etiológicos relacionados à alteração do equilíbrio, conduta

terapêutica adotada e resultados parciais de tratamentos propostos. O paciente

idoso com alteração do equilíbrio corporal apresentou mais de uma etiologia

relacionada ao seu problema em 51% dos casos, sendo as patologias mais

freqüentes: Insuficiência Vértebro-Basilar - IVB (40%), Alteração Metabólica

relacionada a metabolismo de açúcar e colesterol (40%), Síndrome do

Desequilíbrio de Idoso - SDI (30%), Vertigem Posicional Paroxística Benigna -

VPPB (14,5%), Vestibulopatia Cervical (7,2%) e Alterações Hormonais (5,4%),

entre outras. Os autores concluíram que os achados deste estudo corroboram

dados prévios da literatura e chamam a atenção para a necessidade de uma

abordagem multidisciplinar para a compreensão do desequilíbrio e seu

adequado tratamento na população idosa.

Resende et al (2003) avaliaram pacientes portadores de VPPB,

medicados com extrato de Gingko-biloba (40mg de 12/12h) durante 30 dias.

Oito deles, que formaram o Grupo Experimental, além do medicamento, foram

submetidos à reabilitação vestibular e oito compuseram o Grupo Controle que

não realizaram nenhum tipo de exercício. Para avaliação do benefício foi

Page 21: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia

aplicada a Escala de Atividades de Vida Diária e Desordens Vestibulares

proposta por Cohen e Kimball. Os autores concluíram que os resultados

apontam benefício da RV vestibular em grupo no tratamento de idosos

portadores de VPPB; a avaliação qualitativa mostrou-se instrumento importante

para a avaliação de benefício para o tratamento proposto; e a reabilitação

vestibular em grupo mostrou ser uma excelente estratégia terapêutica.

Ganança et al (2004) descreveram os resultados obtidos à aplicação do

DHI brasileiro na população estudada e compará-los com a conclusão do

exame vestibular dos respectivos pacientes. Participaram do estudo pacientes

com idade entre 44 e 88 anos, com queixa de tontura e hipótese diagnóstica de

síndrome vestibular periférica e submeteram-se ao questionário DHI brasileiro.

Os pacientes avaliados apresentaram prejuízo na qualidade de vida devido à

tontura, principalmente nos aspectos funcionais avaliados pelo DHI brasileiro.

Neste estudo os autores concluíram que os pacientes com tontura crônica

apresentaram prejuízo na qualidade de vida, em relação aos aspectos físicos,

funcionais e emocionais verificados à aplicação do DHI brasileiro. Os pacientes

com Síndrome Vestibular Periférica Deficitária apresentam maior prejuízo na

qualidade de vida nos aspectos funcionais à aplicação do DHI brasileiro, em

relação aos pacientes com Síndrome Vestibular Periférica Irritativa.

Bittar et al (2004) realizaram um estudo que tinha como objetivo avaliar a

resposta dos pacientes portadores do distúrbio de equilíbrio de origem vascular

ao tratamento com a RV e a medicação de forma isolada e associada.

Participaram deste estudo indivíduos aleatoriamente divididos em três grupos,

tratados respectivamente com RV exclusivamente, medicação exclusivamente

e RV associada à medicação. Observaram que os grupos tratados com RV

isolada ou com a associação entre RV e medicamento apresentaram melhora

clínica e estatisticamente significante pela avaliação dos índices numéricos do

DHI total, físico, emocional e funcional. Comparativamente, não houve

diferença significante entre o grupo tratado apenas com RV ou com a

associação entre RV e medicação. Os autores concluíram que a RV foi eficaz

para o tratamento de pacientes portadores de desequilíbrio decorrente de

problemas vasculares.

Page 22: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia

Nishino et al (2005) perceberam que há um grande número de causas

para tontura, portanto, o sucesso da terapêutica otoneurológica depende da

precisão do diagnóstico sindrômico. Diversos estudos mostram que a RV,

quando feita de forma personalizada, levando em consideração a queixa do

paciente, o quadro clínico e os achados do exame vestibular têm resultados

melhores em relação à RV generalizada.

Ganança et al (2006 a) observaram que umas das principais causas das

quedas de idosos é o distúrbio de equilíbrio. O estudo concluiu que o medo e a

tendência à quedas são referidas pela maioria dos idosos com vestibulopatias

e mostra também que os idosos que têm tontura referiram duas ou mais

quedas.

Ganança et al (2006 b) realizaram um estudo para verificar a associação

entre equilíbrio funcional e dados clínicos e de mobilidade em idosos

vestibulopatas crônicos. Foram estudados idosos com diagnóstico de disfunção

vestibular crônica. Neste estudo os autores puderam concluir que o equilíbrio

funcional de idosos vestibulopatas crônicos avaliados à Berg Balance Scale é

mais comprometido quando associado ao avançar da idade, faixa etária mais

idosa (80 anos ou mais), aumento do número de doenças, presença de cinco

ou mais doenças, polifarmacoterapia, quedas recorrentes, tendência a quedas,

vestibulopatia central, tontura diária, comprometimento da mobilidade e

marcha.

Ganança et al (2006 c) estudaram pacientes com idade igual ou superior

a 65 anos, com história de quedas e diagnóstico de disfunção vestibular

crônica. Os autores concluíram que o medo de queda e a tendência a quedas

são referidos pela maioria dos idosos com vestibulopatia crônica. A queda é

mais freqüente pela manhã, fora do domicílio e durante a deambulação. A

direção propulsiva é referida pela metade dos idosos e as causas mais comuns

das quedas são vertigem e tropeço. O número de quedas está associado à

restrição das atividades após a última queda e às causas da queda

(escorregamento e tontura).

Page 23: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia

Santos e Garcia (2006) realizaram um estudo para caracterizar e

comparar a Vectoletronistagmografia Computadorizada (VENG Comp) com os

escores do DHI brasileiro. Foram comparados os resultados da VENG Comp. e

a pontuação do DHI brasileiro em pacientes, com idade entre 20 e 73 anos. As

autoras concluíram que a Síndrome Vestibular Periférica Irritativa Bilateral

(SVPIB) foi a mais prevalente, o aspecto teve maior escore quando comparado

aos aspectos físico e emocional; não foi observada nenhuma diferença

estatisticamente significante entre os aspectos do DHI e os resultados da

VENG Comp. Portanto, pode-se verificar que o DHI é um instrumento

importante para avaliar a qualidade de vida de pacientes com Síndrome

Vestibular, colaborando para um direcionamento na RV.

Para Bento (1998) apud Rosis (2007) a neuroplasticidade (capacidade

dos neurônios de formar novas conexões a cada momento) ocorre quando os

conflitos sensoriais (visuais, proprioceptivos e vestibulares) gerados pelos

exercícios da RV sinalizam a necessidade e a direção da adaptação que deve

ser feita pelo Sistema Nervoso Central. A observação clínica tem mostrado

uma eficácia dos exercícios para o tratamento das doenças vestibulares.

Figueiredo, Lima e Guerra (2007) realizaram um trabalho para identificar

os instrumentos mais utilizados para avaliação do equilíbrio corporal estático,

dinâmico e risco de quedas em idosos. Pode-se concluir que focalizar a

atenção apenas em sinais e sintomas dos pacientes é extremamente limitado

quando se deseja decidir qual intervenção melhorará a condição funcional do

idoso, portanto, a avaliação funcional é o ponto de partida para uma

reabilitação efetiva. Sendo necessária a existência de instrumentos de medida

adaptados e validados para a população brasileira que avaliem o domínio do

equilíbrio e contribuam para uma intervenção eficaz.

Bittar et al (2007) realizaram um estudo com idosos com queixa de

tontura e/ou desequilíbrio com indicação a RV. Os pacientes deste estudo

foram previamente tratados das doenças clínicas diagnosticadas e

posteriormente submetidos à RV. Sendo comparados ao grupo total de idosos

tratados pela RV no mesmo período. Os pacientes do grupo de estudo

Page 24: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia

apresentaram 65 comorbidades diagnosticadas, com média de 1,25 por

paciente. A efetividade total foi de 84,5% neste grupo contra 81,8% no grupo

controle, sem diferença significante. No entanto, a completa remissão dos

sintomas ocorreu em 69,2% dos casos contra 43,18% dos controles. Os

autores verificaram que a diferença na efetividade da RV entre os grupos

demonstra a importância do tratamento etiológico das afecções clínicas

coexistentes aos problemas de equilíbrio corporal.

Os mesmos autores avaliaram as respostas de pacientes que foram

submetidos à RV em relação às etiologias apresentadas. Os pacientes que

concluíram a RV e que tinham diagnóstico foram analisados. Foram

observados neste estudo 13 casos sem melhora com a RV, 24 com melhora

parcial e 22 com remissão dos sintomas. As etiologias encontradas foram

cervical, trauma, metabólica, central, transtornos da ansiedade e do humor,

doença auto-imune, intolerância ortostática. A etiologia metabólica apresentou

evolução significativamente melhor do que as demais. Os autores concluíram

que quando associada à adequada correção etiológica, a RV é uma ótima

opção no tratamento das vestibulopatias.

Comote (2007) realizou um estudo com objetivo de verificar a eficácia da

Reabilitação Vestibular Personalizada (RVP) em idosos com disfunção

vestibular periférica crônica. Foi realizado um levantamento dos prontuários de

pacientes que concluíram o programa de RVP com 65 anos ou mais, e que

foram submetidos a oito sessões de terapia. Dos casos analisados, 81,81%

apresentaram Síndrome Vestibular Periférica (SVP) Irritativa 18,18%, SVP

Deficitária. Na comparação da pontuação do DHI, observaram que 63,63%

idosos apresentaram melhora significante, 18,18% apresentaram piora e 9,09%

não relatou diferença nos sintomas. Para a Escala Analógica de Tontura,

verificaram que 63,63 apresentaram melhora superior a 50%; 18,18%

mantiveram as notas dadas e 9,09% paciente apresentou piora. Os pacientes

que apresentaram topodiagnóstico otoneurológico de SVP Deficitária relataram

piora dos sintomas pós RV. Já aqueles que apresentaram SVP Irritativa,

77,77% relataram melhora. Os resultados referentes à análise da aplicação do

DHI e à Escala Analógica de Tontura permitiram inferir que a RVP mostrou-se

Page 25: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia

eficaz no tratamento das vestibulopatias periféricas em idosos. A autora

concluiu que a RVP proporciona melhora do quadro clínico otoneurológico e da

qualidade de vida da maioria dos idosos, quando levado em conta as queixas

apresentadas pelos pacientes e a análise, pré e pós RV, da Escala Analógica

de Tontura e do DHI.

Morettin et al (2007) realizaram um estudo com o objetivo de quantificar

a efetividade da reabilitação vestibular em indivíduos com idade entre 45 a 58

anos, aplicando o DHI antes e depois da RV. E concluíram que a RV fornece

benefício aos pacientes, mostrando ser efetiva, independente da idade do

paciente, do seu diagnóstico otoneurológico e sexo.

Rosis (2007) verificou a eficácia da RVP em idosos com disfunção

vestibular por meio da análise do questionário DHI pré e pós a reabilitação,

analisando também a evolução dos aspectos físico, emocional e funcional.

Para este estudo foram selecionados e analisados os prontuários de pacientes,

com síndrome vestibular periférica crônica, com idade entre 65 e 77 anos que

realizaram RV. Foram analisados os resultados do DHI pré e pós RV, assim

como de seus três subdomínios (aspecto físico, aspecto funcional e aspecto

emocional). Na análise dos resultados do DHI pré e pós, RV, 87,5%

apresentaram melhora na pontuação total. Segundo os aspectos físicos, 87,5%

apresentaram melhora e 12,5% pioraram. Nos aspectos funcionais, 86,67%

melhoraram, 6,67% permaneceram com o mesmo resultado e 6,67% tiveram

uma piora. Já nos aspectos emocionais, 80% melhoraram após a RV, 6,67%

permaneceram iguais e 13,33%. A autora deste estudo concluiu que a RV

personalizada é eficaz na melhora da qualidade de vida da população idosa,

devido à mudança nos escores dos aspectos do DHI na maioria dos pacientes,

sendo o aspecto físico o que apresentou maior porcentagem de melhora. O

DHI mostrou-se uma ferramenta eficaz para quantificar e qualificar a melhora

observada nessa população de pacientes idosos submetidos à RV.

Mantello et al (2008) avaliaram o efeito da Reabilitação Vestibular como

tratamento das labirintopatias de origem vascular e metabólica sobre a

qualidade de vida de idosos. Participaram do estudo, idosos de ambos os

Page 26: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia

gêneros divididos em 2 grupos, tonturas de origem vascular e metabólico. Os

pacientes passaram por avaliações, orientações e a RV, baseados no protocolo

de Cawthorne e Cooksey. Através das escalas de qualidade de vida utilizadas

no estudo pode-se observar que os aspectos avaliados melhoraram após a

Reabilitação Vestibular. O autor concluiu que a RV baseada nos protocolos de

Cawthorne e Cooksey pode ser utilizada de modo benéfico nesta população.

Page 27: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia

3. Método

Page 28: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia

Este estudo contou com aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, do

Hospital Servidor Público Estadual Francisco Moratto de Oliveira em São

Paulo, protocolo número 2908. Para este estudo foram analisados dados de

prontuário dos sujeitos. (ANEXO 1)

O estudo foi realizado no ano de 2008 no Serviço de Fonoaudiologia do

Hospital do Servidor Público Estadual – Francisco Morato de Oliveira (HSPE).

Os idosos foram encaminhados pelo médico geriatra, responsável pelo grupo

de quedas. Participaram deste estudo 11 mulheres com idade igual ou superior

a 65 anos. (Quadro 1)

Os critérios de inclusão foram: ter queixa de tontura, com diagnóstico

otorrinolaringológico confirmado de labirintopatia e indicação de Reabilitação

Vestibular (RV) e ter mais de 64 anos.

Quadro 1: Distribuição da amostra estudada segundo a idade.

Idade TOTAL n (%)

65 a 70 3 (27,27)

71 a 75 2 (18,18)

76 a 80 5 (45,45)

81 a 85 0 (0)

86 a 90 1 (9,10)

TOTAL 11 (100)

Inicialmente os idosos responderam ao questionário de incapacidade de

tontura – DHI brasileiro (CASTRO, 2003) e à escala analógica de tontura

(WHITNEY e HERDMAN, 2002).

O DHI (Dizziness Handicap Inventory) é um questionário com 25

perguntas elaborado e validado por Jacobson e Newman, em 1990, com a

finalidade de avaliar o paciente física, funcional e emocionalmente antes e

depois da RV, o que permite ver se o paciente sentiu melhora após o

Page 29: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia

tratamento ou não. Ao fim do questionário é somada a pontuação sendo 4

pontos respostas “sim”, 2 pontos as respostas ”às vezes” e nenhum ponto a

resposta “não”. (Anexo 2)

Whitney e Herdman (2002) sugeriram, para medir a intensidade de

sintomas como a vertigem e o desequilíbrio, a utilização da escala analógica de

tontura, em que o paciente usa uma nota de 0 a 10 para a tontura que sente,

na qual o 0 (zero) indica o menor nível de tontura e 10 (dez), o maior.

A reabilitação vestibular personalizada (RVP) foi realizada em 8

sessões, com duração de 30 minutos e o paciente foi instruído a fazer os

exercícios diariamente em casa por duas vezes.

Os exercícios propostos foram baseados nos seguintes protocolos:

Exercícios de Cawthorne (1944) e Cooksey (1945); Exercícios para

incrementar a adaptação vestibular; Exercícios para incrementar a

estabilização da postura estática e dinâmica e Exercícios de estabilização do

olhar (HERDMAN, 1990 e 1996); Exercícios de estimulação optovestibular

(GANANÇA et al,1989); Exercícios da Assoziazione Otologi Ospedalieri Italian

(BOLONHA, 1983); Exercícios de Davis e O’ Leary (1995) e Exercícios de

Brandt- Daroff (1980). (ESPANÃ, ESCOLÁ e TRASERRA,1996)

Ao final das sessões de reabilitação, os idosos responderam novamente

ao questionário de incapacitação de tontura – DHI brasileiro, e à escala

analógica de tontura (EAT). Estes dados foram comparados, a fim de verificar a

melhora do paciente.

Método estatístico Todos os dados desta pesquisa foram tabulados e submetidos à análise

estatística. O nível de significância definido para este estudo foi de 0,05 (5%).

Todos os intervalos de confiança construídos ao longo do trabalho foram com

95% de confiança estatística.

Page 30: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia

Para tanto, foram utilizados testes e técnicas estatísticas paramétricas,

porque as condições (suposições) para a utilização, como a normalidade (teste

de Anderson-Darling) e homocedasticidade (homogeneidade das variâncias,

teste de Levene). Foram encontradas satisfeitas.

Page 31: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia

4. Resultados

Page 32: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia

Neste capítulo serão apresentados os resultados referentes à eficácia de

um programa de Reabilitação Vestibular Personalizada (RVP) em idosos.

No estudo comparativo entre pré e pós RVP, com relação ao DHI e à

escala analógica de tontura (EAT), observou-se que 10 (91,6%) sujeitos

apresentaram melhora, apenas um (8,4%) manteve a resposta e em nenhum

caso houve piora no quadro de tontura. (Gráfico 1)

Foi utilizado o teste T-Student Pareado para comparar os resultados do

questionário de qualidade de vida (DHI) e a escala analógica para tontura

(EAT) pré e pós Reabilitação Vestibular Personalizada (RVP), pois houve

característica de dados pareados, ou seja, quando o mesmo indivíduo é

pesquisa e controle dele mesmo. (Tabela 1, Gráficos 2 e 3)

Tabela 1: Estudo comparativo pré e pós RVP para o DHI e a EAT

Físico Funcional Emocional Total EA Momentos

Pré Pós Pré Pós Pré Pós Pré Pós Pré Pós Média 13,09 5,09 21,82 9,64 15,27 8,91 50,18 23,64 6,36 2,27

Mediana 14 2 24 6 12 10 48 22 7 3 Desvio Padrão 7,01 5,75 6,84 8,38 7,60 6,28 14,63 17,22 2,01 2,15

Min 4 0 6 0 6 0 24 4 2 0 Max 28 18 30 26 30 18 68 52 9 5

p-valor 0,002* 0,002* 0,065# 0,001* <0,001*

Page 33: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia

91,60%

8,40%

Apresentou melhora Manteve resposta

Gráfico 1: Estudo percentual da melhora da tontura, segundo o DHI e EAT.

13,09 21,82

15,27

50,18

5,09 9,64 8,91

23,64

0

10

20

30

40

50

60

70

Físico Funcional Emocional Total

Pré-RVP Pós-RVP

Gráfico 2: Comparação pré e pós RVP para DHI.

Page 34: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia

6,36

2,27

0

1

2

3

4

5

6

7

8

EA

Pré-RVP Pós-RVP

Gráfico 3: Comparação pré e pós RVP para EAT.

Houve diferença estatisticamente significante em todos os aspectos

estudados com redução dos valores entre o pré e pós RVP, somente na sub-

escala Emocional do DHI é que não houve significância entre o pré e pós RVP.

No entanto, o p-valor está muito próximo do limite de aceitação e, portanto,

pode-se dizer que existe uma tendência à significância.

A seguir foi calculado o ganho em percentual, ou seja, foi calculada a

diferença entre os momentos e ponderados pelo valor inicial. Desta forma,

sabe-se quanto houve de redução. Por isso, há uma análise descritiva

completa para este ganho (aumento ou redução) em percentual.

Page 35: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia

Tabela 2: Análise descritiva completa para ganho do DHI e EAT em percentual.

Ganho Físico Funcional Emocional Total EAT Média -60,6% -55,1% -31,0% -52,1% -64,6%

Mediana -75,0% -66,7% -33,3% -53,3% -66,7% Desvio Padrão 37,8% 37,0% 50,2% 33,9% 36,5%

Q1 -84,5% -81,7% -72,2% -78,5% -100% Q3 -39,3% -31,0% 6,3% -41,2% -38,8% Min -100% -100% -100% -94,1% -100% Max 0,0% 18,2% 60,0% 8,3% 0,0%

N 11 11 11 11 11 IC 22,3% 21,8% 29,7% 20,0% 21,6%

Foi verificado que a maior redução ocorreu na EAT, na qual a redução

média entre os momentos de RVP foi de 64,6% (± 21,6%). Sabe-se que houve

redução, pois os valores são negativos.

Finalmente, foi utilizado a Correlação de Spearman para medir o grau de

relação entre a idade com o ganho entre os momentos de RVP.

Tabela 3: Estudo da correlação entre idade e ganho de pré e pós no DHI e

EAT.

Idade

Corr p-valor Físico 8,5% 0,803

Funcional -24,6% 0,467 Emocional -51,8% 0,103

Total -35,1% 0,290 EA -18,2% 0,592

Foi averiguado que não existe relação estatisticamente significativa entre

a idade e o ganho dos momentos de RVP, ou seja, a redução de DHI e/ou EAT

não foi influenciada pela idade.

Page 36: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia

5. Discussão

Page 37: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia

Neste capítulo será apresentada a análise crítica dos resultados obtidos

na comparação dos pré e pós Reabilitação Vestibular Personalizada em

idosos.

Segundo Ganança et al (2006), a população idosa com vestibulopatias

tem medo e tendência à queda e referem duas ou mais quedas, sendo estas

mais freqüentes pela manhã e fora do domicílio, e o número de quedas

restringe as atividades e causa um grande impacto na qualidade de vida desta

população, requerendo assim medidas eficazes como a RV personalizada, que,

segundo Fukuda (1998), com a cooperação do paciente e sua participação de

forma ativa leva a resultados satisfatórios e melhora na qualidade de vida.

Os achados do presente estudo (Gráfico 1) mostram que a maioria dos

pacientes (91,6%) apresentou melhora pós RVP e apenas um (8,4%) manteve

a resposta, o qual não aderiu completamente ao tratamento, pois referia que

quando não estava trabalhando estava passando por consultas médicas e,

também, porque quando iniciava os exercícios sentia tontura e parava. Estes

dados são compatíveis ao estudo realizado por Comote (2007) que relata que a

RVP proporciona melhora do quadro clínico otoneurológico e da qualidade de

vida do idoso. Concorda, também, com Nishino (2005) e Moretinn et al (2007)

que encontraram diversos estudos nos quais a RV personalizada tem

resultados mais satisfatórios em relação à RV generalizada. Popper (2001)

afirma que a RV é um método eficaz, adequado e inócuo; e que os resultados

obtidos em seu estudo variaram desde supressão dos sintomas patológicos,

restauração do equilíbrio até a provável “cura” objetiva da vestibulopatia. Bittar

et. al. (2004) e (2007) demonstraram a eficácia da RV e reforçaram melhora

mais significativa em pacientes com diagnóstico de problemas vasculares, mas

ressaltam, que é preciso tratar a doença vascular para ajudar na remissão dos

sintomas, o que ocorreu em 69,2% dos casos. Mantello et al (2008) realizaram

trabalho semelhante aos mencionados, mas com idosos divididos em grupos

com tontura de origem vascular e de origem metabólica, e também concluíram

que a RVP baseada em protocolos pode ser utilizada de modo benéfico nestes

pacientes.

Page 38: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia

Quanto ao DHI (Gráfico 2), verificou-se maior porcentagem de melhora

no aspecto funcional e em seu total, não havendo melhora estatisticamente

significante apenas no domínio emocional. Tais achados discordam de Rosis

(2007) que obteve em seu estudo maior porcentagem de melhora no aspecto

físico, porém ambos concordam que o DHI é uma ferramenta eficaz para

quantificar e qualificar a melhora nos pacientes submetidos à RVP. Já

Figueiredo, Lima e Guerra (2007) concluíram que para a avaliação ser efetiva,

o ponto de partida é a avaliação funcional.

Em estudo realizado com pacientes com tontura crônica Ganança et al

(2004) citaram que os pacientes com Síndrome Vestibular Periférica Deficitária

apresentam maior prejuízo na qualidade de vida nos aspectos funcionais

quando comparados aos pacientes com Síndrome Vestibular Periférica

Irritativa, por meio do DHI.

Em nosso estudo pudemos verificar que o DHI é um instrumento

importante para que se possa avaliar a qualidade de vida dos pacientes pré e

pós RVP. Santos e Garcia (2006) também verificaram que o DHI é um

instrumento importante para avaliar a qualidade de vida de pacientes com

Síndrome Vestibular e colaborar no direcionamento da RVP.

A escala analógica também foi utilizada, pois é um importante

instrumento para quantificar a tontura. Segundo Espanã e Traserra (1996) a

tontura está diretamente relacionada à presbivertigem, doença degenerativa e

intimamente relacionada às Síndromes Vestibulares. Ganança, Caovila e Vieira

(1999) mencionam que o aumento do uso de medicamentos por idosos pode

estar relacionado com os sintomas de tontura e desequilíbrio.

Quanto aos achados da Escala Analógica de Tontura (EAT) (Gráfico 3)

foi verificada redução de 64,6% (± 21,6%). Esta melhora pode ser observada

também no trabalho de Comote (2007), no qual os pacientes apresentaram

melhora significante na escala analógica. Resende et al (2003) relataram em

seu estudo a importância de um instrumento para a avaliação qualitativa do

Page 39: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia

benefício que o paciente obteve, mas no lugar da EAT os autores utilizaram

outra escala.

Ganança et al (2006) avaliaram idosos utilizando a Berg Balance Scale e

concluíram que o equilíbrio funcional dos idosos fica mais comprometido ao

avançar da idade e outras manifestações como aumento de doenças, tontura

diária, quedas recorrentes e tendências à quedas. Simoceli et al (2003)

também realizaram um estudo caracterizando os idosos e concluíram que é

necessária a abordagem multidisciplinar para a compreensão do desequilíbrio

e o tratamento adequado.

Observa-se, portanto que a RVP mostrou resultados satisfatórios

segundo todos os instrumentos de mensuração empregados. Bento et al

(2002) relataram a importância de orientações e esclarecimentos sobre

exercícios de treino do reflexo vestíbulo-ocular e do sistema somatossensorial,

pois concluíram que as queixas de alterações alteração do equilíbrio são

freqüentes em idosos, mesmo nos considerados saudáveis.

Daí a importância de conhecer o paciente e suas queixas, a fim de lhes

proporcionar melhora na qualidade de vida, devolvendo-os ao convívio social, e

às atividades rotineiras utilizando um instrumento personalizado e que atenda

efetivamente às suas necessidades.

Page 40: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia

6. Conclusão

Page 41: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia

Com base nos achados obtidos pelo Dizziness Handicap Inventory (DHI)

e da Escala Analógica de Tontura (EAT) dos idosos com labirintopatia pré e

pós Reabilitação Vestibular Personalizada (RVP), pudemos concluir que:

- a maioria dos pacientes melhorou após a RVP;

- na população estudada, houve melhora da pontuação da EAT e do DHI

total e, segundo seus aspectos físico, funcional e emocional após a realização

da RVP;

- o DHI demonstrou melhora estatisticamente significante pré e pós RVP

nos aspectos físico e funcional e no aspecto emocional não houve tendência a

significância entre os momentos pré e pós RVP;

A partir dos resultados desta pesquisa, concluímos que a RVP mostrou-

se eficaz na melhora do quadro clínico e da qualidade dos pacientes idosos

com labirintopatia.

Page 42: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia

7. Referências Bibliográficas

Page 43: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia

1. BENTO, R. F.; PEDALINI, M. E. B.; ALVEZ, N. B.; BITTAR, R. S. M.;

LORENZI, M. C.; COLELLO, L.; IZZO, H.; BOTTINO, M. A. Importância

de Esclarecimentos Ministrados em Grupo para o Equilíbrio do Idoso. 1ª

Revista Eletrônica de ORL do Mundo, v. 6, n. 3, 2002.

2. BITTAR, R. M. S.; SZNIFER, J.; PEDALINI, M. E. B.; LORENZI, M. C.;

SANCHEZ, T. G. Distúrbios do Equilíbrio de Origem Vascular:

Medicação ou Reabilitação Vestibular? 1ª Revista Eletrônica de ORL do

Mundo, v. 8, n. 2, 2004.

3. BITTAR, R. S. M.; PEDALINI, M. E. B.; RAMALHO, J. O. YOSHIMURA,

R. Análise Crítica dos Resultados da Reabilitação Vestibular em

Relação à Etiologia da Tontura. Revista Brasileira de

Otorrinolaringologia, v. 73, n.6, São Paulo, 2007.

4. BITTAR, R. S. M.; SIMOCELI, L.; PEDALINI, M. E. B.; BOTTINO, M. A.

Repercussão das Medidas de Correção das Comorbidades no

Resultado da Reabilitação Vestibular de Idosos. Revista Brasileira de

Otorrinolaringologia, v. 73, n. 3, p. 295-298, 2007.

5. CASTRO, S. M.; PERRACINI, M. R.; GANANÇA, F. F. Versão Brasileira

do Dynamic Gait Index. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, São

Paulo, v. 72, p. 817-825, 2006.

6. CASTRO, A. S. O. Dizzness Handicap Inventory: adaptação cultural

para o português brasileiro, reprodutibilidade e comparação com os

resultados à vestibulometria [tese]. São Paulo: Universidade

Bandeirantes de São Paulo, 2003.

7. COMOTE, V. R. Eficácia da Reabilitação Vestibular Personalizada em

Idosos: um Estudo Retrospectivo. 2007. [Trabalho de Conclusão de

Curso] – Universidade Federal de São Paulo. Escola Paulista de

Medicina, São Paulo, 2007.

Page 44: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia

8. ESPANA, R.; ESCOLA, F.; TRASERRA, J. Equilíbrio e Vertigem, São

Paulo, Ap. Americana de Distribuições, 1996.

9. FIGUEIREDO, K. M. O. B.; LIMA, K. C.; GUERRA, R. O. Instrumentos

de Avaliação do Equilíbrio Corporal em Idosos. Revista Brasileira de

Cineantropometria & Desempenho Humano, v. 9(4), p. 408-413, 2007.

10. FUKUDA Y. Distúrbio vestibular no idoso. In: Ganança M. M.; Vieira

R.M.; Caovilla H.H. Princípios de otoneurologia. Volume I. São Paulo:

Editora Atheneu, 1998.

11. GANANÇA, M.; CAOVILLA, H. H. Vertigem tem cura?. São Paulo,

Editora Lemos, 1998.

12. GANANÇA, M. M.; VIEIRA; R. M.; CAOVILLA, H. H., Princípios de

Otoneurologia, São Paulo, Editora Atheneu, 1998.

13. GANANÇA, F. F.; PERRACINI, M. R.; GANANÇA, C. F. Reabilitação

dos distúrbios do equilíbrio corporal. IN: Ganança M.M. (coord).

Vertigem: abordagens diagnósticas e terapêuticas. Fascículo III. São

Paulo: Lemos, 2002.

14. GANANÇA, F. F.; GAZZOLA, J. M.; ARATANI, M. C.; PERRACINI, M.

R.; GANANÇA, M. M. Circunstâncias e Conseqüências de Quedas em

Idosos com Vestibulopatia Crônica. São Paulo, Revista Brasileira de

ORL, v.72, n. 3, maio/junho, 2006 (a).

15. GANANÇA, F. F.; GAZZOLA, J. M.; ARATANI, M. C.; PERRACINI, M.

R.; GANANÇA, M. M. Circunstâncias e Conseqüências de Quedas em

Idosos com Vestibulopatia Crônica. Revista Brasileira de

Otorrinolaringologia, v. 72, n. 3, p. 388-393, 2006 (c).

16. GANANÇA, F. F.; CASTRO, A. S. O.; BRANCO, F. C.; NATOUR, J.

Interferência da Tontura na Qualidade de Vida de Pacientes com

Page 45: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia

Síndrome Vestibular Periférica. Revista Brasileira de

Otorrinolaringologia, v. 70, ed. 1, 2004.

17. GANANÇA, M. M.; GAZZOLA, J. M.; PERRACINI, M. R.; GANANÇA, F.

F. Fatores Associados ao Equilíbrio Funcional em Idosos com Disfunção

Vestibular Crônica. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, v. 72, n. 5,

São Paulo, 2006 (b).

18. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE),

Set/2007. Disponível em: www.ofir4news.com.br. Acessado em: março,

2008.

19. JACOBSON G. P.; NEWMAN C. W. The development of the Dizziness

Handicap Inventory. Arch Otolaryngol Head Neck Surg, 116(4):424-7,

1990.

20. JAIRO, S. F.; MARTINS, G. A. Curso de Estatística, 6ª Edição, São

Paulo, Editora Atlas, 1996, 320 p.

21. MANTELLO, E. B.; MORIGUTI, J. C.; JÚNIOR, A. L. R.; FERRIOLI, E.

Efeito da Reabilitação Vestibular sobre a Qualidade de Vida de Idosos

Labirintopatas. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, v. 74, n. 2, p.

172-180, 2008.

22. MORETTIN, M.; MARIOTTO, L. D.; FILHO, O. A. Avaliação da

Efetividade de Reabilitação Vestibular em Pacientes com Queixas

Vestibulares. 1ª Revista Eletrônica de ORL do Mundo, v. 11, n. 3, 2007.

23. MURRAY, R. S. Estatística Coleção Schaum, 3ª Edição, São Paulo,

Editora Afiliada, 1993, 640 p.

24. NISHINO, L. K.; GANANÇA, C. F.; MANSO, A.; CAMPOS, C. A. H.;

KORN, G. P. Reabilitação Vestibular Personalizada: levantamento de

prontuários dos pacientes atendidos no ambulatório de otoneurologia da

Page 46: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia

I.S.C.M.S.P. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, v. 71, n. 4, p.

440-7, jul/ago, 2005.

25. POPPER, V. M. A Reabilitação Vestibular na Vertigem. Centro de

Especialização em Fonoaudiologia Clínica, Itajaí: cefac, 2001.

26. RESENDE, C. R.; TAGUCHI, C. K.; ALMEIDA, J. G.; FUJITA, R. R.

Reabilitação Vestibular em Pacientes Idosos Portadores de Vertigem

Posicional Paroxística Benigna. Revista Brasileira de

Otorrinolaringologia, v. 69, n. 4, p. 535-540, 2003.

27. ROSIS, A. C. A. Avaliação e Qualidade de Vida em idosos Submetidos

a Reabilitação Vestibular Personalizada. 2007. [Trabalho de Conclusão

de Curso] – Universidade Federal de São Paulo. Escola Paulista de

Medicina, São Paulo, 2007.

28. SANTOS, J. B; GARCIA, A.P. Estudo do Impacto da Qualidade de Vida

de Indivíduos Portadores de Tontura. Acta ORL/Técnicas em

Otorrinolaringologia, 25(2), 152-6, 2006.

29. SIMOCELI, L.; BITTAR, R. M. S.; BOTTINO, M. A.; BENTO, R. F. Perfil

Diagnóstico do idoso Portador de Desequilíbrio Corporal: Resultados

Preliminares. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, v. 69, n. 6, p.

772-777, 2003.

30. WHITNEY S. L.; HERDMAN S. J. Avaliação fisioterapêutica da

Hipofunção Vestibular. In: Herdman S.J.. Reabilitação. 2a ed. Barueri:

Manole; 2002.

Page 47: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia
Page 48: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ... - arquivo.fmu.brarquivo.fmu.br/prodisc/fono/ab.pdf · centro universitÁrio das faculdades metropolitanas unidas – fmu curso de fonoaudiologia

8. Anexos ANEXO I – Questionário de incapacitação causado pela tontura (CASTRO, 2003)