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Curso de Formação de Guarda-vidas
Militares
(CFGVM)
Manual do Participante
2010
Pertence a
Curso de Formação de Guarda-vidas Militar
Lição 1
A ATIVIDADE DO GUARDA-VIDAS
OBJETIVOS
Ao final da lição os participantes serão capazes de:
1. Descrever o motivo pelo qual existe o serviço de guarda-vidas, com base no
material apresentado.
2. Descrever o histórico da atividade de Guarda-vidas no Mundo, no Brasil e
em Santa Catarina, conforme histórico da atividade apresentado na apostila.
3. Citar a legislação que estabelece o aspecto legal da atividade de Guarda-
vidas pelo CBMSC.
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1. Turismo em Santa Catarina
Os hábitos voltados ao “turismo na natureza ou de natureza”, já existem
há mais de dois milênios. Mas somente quando o turismo começou a ser visto
como alvo de estudos científicos é que começaram a surgir inúmeras
definições, tanto para turismo quanto para turista, afirma Barretto, que revela
ser de 1911 a primeira definição de turismo, como sendo um “[...] conceito que
compreende todos os processos, especialmente os econômicos, que se
manifestam na chegada, na permanência e na saída do turista de um
determinado município, país ou Estado”.
Talvez não por coincidência, mas tendo a primeira definição de turismo
destaque para os aspectos econômicos, já havia ali vestígios de que o lazer
viria a ser um grande negócio, vindo, mais tarde, a se tornar metaforicamente o
que a escola norte-americana defende como indústria do turismo.
Dentro do contexto social e cultural, o turismo reveste-se de grande
importância, pois além de ampliar individualmente o ciclo de relacionamento de
pessoas, possibilita maior incremento cultural pela comparação das diversas
características regionais e/ou nacionais.
Santa Catarina reúne diferentes características, determinando seu alto
potencial turístico, onde se encontra uma variedade de atrações naturais
raramente igualadas, que vão desde o litoral pontilhado das praias, passando
pelos campos de Lages, até o oeste com suas estações termais. A questão
cultural determinada pelas diferentes colonizações influi marcadamente na
vocação turística do Estado.
Na região do litoral norte estão localizados os mais belos recantos do sul
do Brasil, especialmente Balneário Camboriú, Piçarras, Porto Belo e Itapema,
pólos turísticos com rede hoteleira de alta categoria. Nessa região encontra-se
ainda o município de Itajaí, que possui um dos três portos do Estado.
No litoral centro localiza-se a Ilha de Santa Catarina, onde se situa
Florianópolis, a capital do Estado, contando com inúmeras praias e a histórica
ponte pênsil Hercílio Luz. Próximas à capital, localizam-se a Fortaleza da Ilha
de Anhatomirim e as termas de Caldas da Imperatriz e Águas Mornas,
conhecidas nacional e internacionalmente pela alta temperatura de suas águas
radioativas com propriedades comprovadamente benéficas à saúde.
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No sul do Estado está Laguna, cidade tombada pela ESPHAN, palco da
República Juliana; e os municípios de Garopaba, Jaguaruna e Içara, que
possuem belas praias e lagoas com colônias de pescadores. Ainda no sul,
outras atrações são os balneários hidrominerais Termas do Gravatal e Termas
da Guarda.
Ruschmann afirma que “... a inter-relação entre o turismo e o meio
ambiente é incontestável, uma vez que este último constitui a matéria-prima da
atividade”. Isto justifica a demanda turística do Estado de Santa Catarina, a
qual vem crescendo anualmente. Esta afirmação pode ser comprovada através
de dados estatísticos do órgão oficial (SANTUR), sobre o movimento estimado
de turistas em Santa Catarina.
TABELA – Movimento estimado de turistas em Santa Catarina
Período Nacionais Estrangeiros TOTAL1996 1.443.340 117.679 1.561.0191997 1.997.620 266.816 2.264.4361998 1.671.376 153.669 1.825.0451999 1.993.630 292.905 2.286.5352000 2.255.860 464.994 2.720.8542001 2.194.522 568.663 2.763.1852002 2.001.034 158.511 2.159.5452003 2.114.133 198.712 2.312.8452004 2.712.139 246.914 2.959.0532005 2.570.651 202.211 2.772.8622006 2.937.561 211.782 3.149.343
Fonte: Santa Catarina Turismo S.A - SANTUR.
Podemos observar que no período de 10 anos, entre 1996 e 2006,
houve um grande crescimento turístico no Estado de Santa Catarina, dobrando
o número de turistas.
Segundo Carvalho “a taxa de acidentes com banhistas está associada ao
nível de freqüência das praias, ou seja, quanto maior for o número de banhistas
maior vai ser a probabilidade de ocorrer um acidente”.
2. Histórico da Atividade de Salvamento Aquático
2.1 No Mundo
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A Associação de Salvamento Aquático Chinkiang (Chinkiang Association
for the Saving of Life), estabelecida na China em 1708, foi a primeira
organização deste tipo que se tem conhecimento no mundo (SHANKS e COLS
apud SZPILMAN, 2005). Esta organização desenvolveu torres de salvamento e
materiais que pudessem ser utilizados com este propósito.
Nos Países Baixos, em Amsterdã, nascia em 1767 a Sociedade para
Salvar as Pessoas que se Afogam (Maatschappij tot Redding van
Drenkelingen), com o principal objetivo de evitar a morte por afogamentos nos
numerosos canais abertos existente na cidade. Esta sociedade permanece em
existência até hoje e promove uma grande variedade de iniciativas na área de
prevenção. Na Inglaterra, o esforço organizado para lidar com o salvamento
aquático começou em 1774 e o uso de resgate com barcos foi iniciado somente
em 1824. Em 1787, a Sociedade Humanitária de Massachusetts
(Massachusetts Humane Society) - EUA começou o processo do que viria a se
tornar um movimento de salvamento aquático nos Estados Unidos e se tornaria
o USLSS (United States Life-Saving Service) (SZPILMAN).
O USLSS era composto de uma cadeia nacional extensa de torres de
salvamento espalhadas pelo litoral, provida de pessoal guarda-vidas pelo
governo Federal, à qual pertence o crédito de 170 mil vidas salvas. Em 1915,
esta organização se juntou ao Revenue Cutter Service para se tornar a Guarda
Costeira Americana.
Foi somente em 1800 que a natação, hoje conhecida como banho de mar,
começou a emergir como uma forma extremamente popular de recreação.
Foram construídos recantos para o lazer nas praias, quando então rapidamente
o problema afogamento surgiu. Foram implementados vários métodos de
prevenção de afogamento, inclusive o uso de linhas de corda na água - cordas
fixas nas quais os banhistas poderiam se agarrar (DE SOUZA, 2005).
Em 1878, foi realizado o primeiro congresso mundial de Salvamento
Aquático, em Marselha, uma cidade no sul da França. A necessidade de um
fórum internacional, para troca de idéias e conhecimentos, foi rapidamente
reconhecida a partir de então. Isto conduziu primeiramente ao estabelecimento
da Federation Internationale de Sauvetage Aquatique (FIS) e então a formação
da World Life Saving (WLS). Ambas as organizações foram estabelecidas para
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promover o salvamento aquático em águas fechadas (rios, piscinas e outros) e
abertas (praias) em todo mundo.
A Federação Internacional de Salvamento Aquático (FIS) foi fundada em 1910
em Saint-Ouen, uma cidade pequena perto de Paris, na França. Estavam
dentre os países fundadores: Bélgica, Dinamarca, França, Grã- Bretanha,
Luxemburgo, Suíça e Tunísia. Em 1993, a FIS já era composta por mais de 30
organizações nacionais de salvamento em todo mundo.
A Organização Mundial de Salvamento (WLS) foi fundada em 24 março
de 1971 em Cronulla, New South Wales, na Austrália. A constituição veio a
ocorrer somente em 14 junho de 1977 com acordo formal entre os países
fundadores: Austrália, Grã-Bretanha, Nova Zelândia, África do Sul e os Estados
Unidos. Em 1993, a WLS contava com cerca de 20 países membros em todo o
mundo.
Em 24 de fevereiro de 1993, a FIS e a WLS foram fundidas em uma única
organização: A Federation International Life Saving (ILS). A ILS foi constituída
oficialmente em Cardiff, País de Gales, Reino Unido, em 3 de setembro de
1994. A partir de então, a ILS passou a ser a maior entidade mundial na área
do salvamento aquático, contando com 67 países filiados, inclusive o Brasil, e
mais 66 países que mantêm correspondência com a ILS (DE SOUZA, 2005).
2.2 No Brasil
Segundo SZPILMAN (2005), a atividade de salvamento aquático no Brasil
teve inicio na cidade do Rio de Janeiro, quando o Comodoro Wilbert E.
Longfellow, em 1914, fundou na então capital da República, o Serviço de
Salvamento da Cruz Vermelha Americana. Nesta época, o objetivo era o de
organizar e treinar Guarda-Vidas voluntários, que atuariam em postos de
salvamento, não apenas no Rio de Janeiro, mas por todo país, supervisionando
praias desguarnecidas. Sentindo a ineficiência de tal estratégia, adotou uma
campanha em âmbito nacional, cujo slogan foi: "Toda Pessoa deve saber
nadar e todo nadador deve saber salvar vidas", na tentativa de despertar a
população para o problema da segurança nas praias de todo o Brasil. O Corpo
Auxiliar de Salvamento (CAS) teve suas raízes no Serviço de Salvamento da
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Cruz Vermelha, criado pelo Decreto nº 1143 do Prefeito Amaro Cavalcante, em
10 de maio de 1917, funcionando no Dispensário da praia de Copacabana.
Em 1939, o Dispensário de Copacabana foi transformado no Posto de
Salvamento Ismael de Gusmão, em homenagem ao seu organizador.
O crescimento demográfico explosivo, a intensa emigração para a cidade
do Rio de Janeiro e a melhoria das condições de vida da população a partir dos
anos cinqüenta, provocaram um aumento do contato do homem com o mar,
alertando as autoridades da época para a necessidade da criação de um
serviço de salvamento e resgate especializado em acidentes aquáticos. Criou-
se, então, em 1963, o Corpo Marítimo de Salvamento - Salvamar, subordinado
à Secretaria de Segurança Pública, que iniciou suas atividades com um grupo
pequeno de amadores recrutado entre pessoas com afinidade e experiência
para este tipo de socorro na praia.
Em 1967, foi aprovado e criado dentro da estrutura da Secretaria de
Segurança Pública, o Centro de Instrução de Salvamento e Formação de
Guarda-Vidas. No ano1975, por determinação da Secretaria de Segurança
Pública, o Corpo Marítimo de Salvamento ficou vinculado ao Departamento
Geral de Defesa Civil, cujo Diretor seria automaticamente o Comandante do
Corpo de Bombeiros.
Em 16 de outubro de 1984 foi ativado o Grupamento Marítimo (GMAR),
com uma base operacional em Botafogo e 3 Sub-Grupamentos principais,
mantendo em suas estruturas os Centros de Recuperação de Afogados.
O primeiro esboço ou embrião de Serviço de Salvamento Aquático no
Estado de São Paulo, institucionalmente, ocorreu na Cidade de Santos a partir
do ano de 1921 (DUARTE, 1996).
Ainda na década de 1920 foram estabelecidos postos, na Praia do José
Menino (hoje o conhecido PBM-1201), bem como outros na Orla da Praia de
Santos, os quais ficaram na época, a cargo dos Bombeiros Municipais.
Em 1947 acontece a assimilação do Corpo de Bombeiros Municipal de
Santos, pela então Força Publica do Estado de São Paulo (hoje Polícia Militar).
Sendo que em conseqüência surge a 6ª Companhia do Corpo de Bombeiros do
Estado de São Paulo, sediada em Santos.
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No ano de 1985, a 27 de dezembro, por força do Decreto Estadual nº
24.572, foi criado o 3º Grupamento de Busca e Salvamento (atual 17º
Grupamento de Bombeiros), sendo então desmembrado do 6º Grupamento de
Incêndio.
No ano de 1989, foi iniciada a implantação do Projeto SALVAMAR, que
consiste no planejamento dos meios necessários para uma efetiva proteção ao
banhista. Por este projeto pode-se quantificar o efetivo necessário para uma
proteção eficiente dos banhistas nas praias, bem como a quantidade de postos
de salvamento, viaturas, meios de comunicação, entre tantos outros, levando-
se em consideração os dados estatísticos da época e as peculiaridades dos
municípios (Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo,
2007).
No Rio Grande do Sul a Brigada Militar, a partir de 1970, assumiu o
Serviço de Salvamento Marítimo, até então realizado por pessoal contratado
pelas Prefeituras Municipais, empregando para tal alguns homens dos seus
quadros.
2.3 No Estado de Santa Catarina
A atividade de salvamento aquático no Estado de Santa Catarina foi
iniciada nos primórdios da década de 60, quando um balneário catarinense
começou a se destacar no cenário nacional. Detentor de inúmeras belezas
naturais o Balneário de Camboriú registrava a cada ano um número crescente
de turistas em suas praias, porém como o balneário era desprovido do serviço
de salvamento aquático infelizmente algumas vidas foram perdidas. Foi
solicitado ao então Corpo de Bombeiros da Polícia Militar de Santa Catarina
que passasse a exercer a prevenção e o atendimento emergencial aos
banhistas que freqüentavam a praia de Balneário Camboriú.
Atendendo a solicitação, o Corpo de Bombeiros Militar em 1962 enviou 12
homens para treinamento no estado de São Paulo, no Corpo de Bombeiros
Militar em Santos, iniciando suas atividades no final daquele ano, na praia de
Balneário Camboriú, com a denominação de Serviço de Salvamento Marítimo,
permanecendo com esse nome até o ano de 1971.
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No dia 22 de Dezembro de 1971, através da lei nº 4.679, criou-se na
estrutura do Corpo de Bombeiros do Estado de Santa Catarina, a Companhia
de Busca e Salvamento (CBS), com um efetivo inicial de 45 guarda-vidas,
atuando exclusivamente em Balneário Camboriú.
Nos anos que se seguiram a área de atuação da Companhia de Busca e
Salvamento foi ampliada a outros Balneários do litoral catarinense.
Devido ao crescente número de praias que necessitavam do serviço de
Salvamento Aquático, houve também a necessidade do aumento do número de
guarda-vidas, tanto que a Companhia de Busca e Salvamento foi elevada a
categoria de Sub-Grupamento de Busca e Salvamento (SGBS), através da Lei
nº 5.522, de 28 de fevereiro de 1979, cujo efetivo já era superior a 150 homens.
No ano de 1983, através da Lei nº 6.216, cria-se o Grupamento de Busca
e Salvamento - GBS. Em 1995, o GBS recebe a denominação de 3º Batalhão
de Bombeiros Militar - 3º BBM. E finalmente no ano de 1997, com a
transferência da sede do 3º BBM para a cidade de Blumenau, a OBM passa a
se denominar 2ª Companhia de Bombeiros Militar do 1º Batalhão de Bombeiro
Militar - Grupo de Busca e Salvamento.
Essa transformação de Batalhão de Salvamento Aquático em Companhia
reduzindo a sua área de atuação e seu efetivo, que no momento contava com
aproximadamente 300 homens, foi necessária para a reestruturação do quadro
de efetivo do Corpo de Bombeiros Militar no Estado.
Com a extinção do GBS, o serviço de Salvamento Aquático foi
desmembrado, ficando a área sul do Estado sob a responsabilidade da 3ª
Companhia do 1º Batalhão de Bombeiros Militar (3ª/1ºBBM), com sede em
Criciúma, a área Central, incluindo a Ilha, sob a responsabilidade da sede do 1º
BBM, com sede em Florianópolis, e a área Norte, sob a responsabilidade do 3º
BBM, com sede em Blumenau. Para suprir a falta de efetivo, a alternativa
encontrada foi requisitar Bombeiros do interior de Estado para atuarem como
guarda-vidas nas praias do litoral, bem como realizar parcerias com as
Prefeituras Municipais, a fim de serem contratados guarda-vidas civis para
atuarem em reforço ao guarda-vidas militares.
No ano de 2002, através da Lei nº 12.470, o executivo estadual foi
autorizado a contratar guarda-vidas civis, que sob supervisão dos guarda-vidas
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militares do Corpo de Bombeiros passaram a se engajar na atividade de
salvamento aquático durante os meses de verão.
Em 2006, com a criação de novos Batalhões de Bombeiros Militar, a
3ª/1ºBBM foi transformada em 4º BBM, com sede em Criciúma, ficando
responsável pelo salvamento aquático, na área sul do Estado, o 1º BBM, com
sede em Florianópolis, pela área Central, a área Norte ficou sob
responsabilidade do 7º BBM, com sede em Itajaí, e o interior do Estado, os
balneários estão sob a responsabilidade das Unidades dentro de suas
circunscrições.
3. Aspectos legais
A Atividade de Salvamento Aquático está, implicitamente, prevista na
Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988, em
seu artigo 144:
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e
responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da
ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio,
através dos seguintes órgãos:
...
V – polícias militares e corpos de bombeiros militares.
...
§ 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a
preservação da ordem pública, aos Corpos de Bombeiros
Militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a
execução de atividades de defesa civil.
A Constituição do Estado de Santa Catarina, de 5 de outubro de 1989,
estabelece com mais propriedade e precisão a competência do Corpo de
Bombeiros Militar, através do artigo 108, incisos I, VII e VIII (Artigo com
redação dada pela Emenda Constitucional n. 33, de 13.6.2003):
Art. 108. O Corpo de Bombeiros Militar, órgão permanente,
força auxiliar, reserva do Exército, organizado com base na
hierarquia e disciplina, subordinado ao Governador do Estado,
cabe, nos limites de sua competência, além de outras
atribuições estabelecidas em lei:
Curso de Formação de Guarda-vidas MilitarI – realizar os serviços de prevenção de sinistros ou
catástrofes, de combate a incêndio e de busca e salvamento de
pessoas e bens e o atendimento pré-hospitalar;
...
VII – estabelecer a prevenção balneária por salva-vidas; e
VIII – prevenir acidentes e incêndios na orla marítima e fluvial.
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Lição 2
TRABALHO PREVENTIVO
OBJETIVOS
Ao final da lição os participantes serão capazes de: 1. Identificar e sinalizar os riscos da praia segundo as normas internacionais
da ILS(Federação Internacional de Salvamento Aquático).
2. Reconhecer e identificar uma vítima em potencial, utilizando a técnica de
varredura visual na praia.
3. Citar cinco sinais de angústia de banhistas que estão em perigo, conforme o
preconizado na apostila.
4. Citar dez dicas de segurança quanto ao serviço de Guarda-vidas.
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INTRODUÇÃO
Para o guarda-vidas, o sentido da palavra salvar tem um sentido mais
amplo do que o ato de pôr a salvo. Abrange a conservação, a preservação e a
defesa da vida humana. Para tanto são necessárias ações de prevenção e de
salvamento.
Nos últimos anos difundiu-se entre os bombeiros a idéia de que mais
vale prevenir do que atuar no salvamento. Procura-se trabalhar com a
concepção de que um bom guarda-vidas é aquele que não necessita atuar por
meio de ações de salvamento, ele evita as ocorrências antecipando-se aos
riscos que um ser humano possa se envolver através de ações preventivas.
De acordo com a Real Sociedade Australiana de Salvamento Aquático
(Royal Life Saving Society Austrália), corroborando com o relatório da
Organização Mundial da Saúde (OMS) e com as conclusões do Congresso
Mundial sobre Afogamento, todos os afogamentos são passíveis de serem
prevenidos.
A prevenção é considerada como a mais poderosa intervenção
terapêutica e pode ser efetiva em mais de 85% dos casos de afogamento
(BIERENS, ORLOWSKI e SZPILMAN, 2005).
AÇÃO PREVENTIVA
É o conjunto de ações realizadas para ___________________ a
incidência ocorrências nas áreas protegidas por guarda-vidas civis ou militares.
As ações serão realizadas através de emprego de pessoal e material
adequado, seja no meio terrestre, aquático ou aéreo.
O guarda-vidas inicia suas atividades diárias efetuando uma avaliação
das _________________, a sinalização dos pontos de risco na orla da praia,
observação e prevenção do setor ao qual é responsável. Além destas ainda
podemos citar: _______________________________, rondas na orla da praia,
patrulhamento com embarcações, comunicação via rádio e manutenção de
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equipamentos, como algumas das ações preventivas desenvolvidas durante o
turno de serviço.
A. Avaliação das condições do mar
Após a observação das condições gerais do ambiente aquático e o
reconhecimento dos perigos, o guarda vidas deve sinalizar o local e seus
pontos críticos, tais como correntes de retorno e costões. Para isto faz-se uso,
principalmente, de bandeiras e placas.
As bandeiras são ferramentas de informação a banhistas, e se utilizadas
apropriadamente, podem se tornar em um poderoso instrumento de prevenção
(Federação Internacional de Salvamento Aquático).
Com o propósito prático de informar sobre prevenção e segurança os
banhistas, as bandeiras podem ainda incluir informações diversas tais como:
esportes, condições metereológicas, e outras.
Cabe destacar que as bandeiras não substituem a presença do guarda-
vidas e sim constituem ferramentas de seu trabalho.
A Federação Internacional de Salvamento Aquático (ILS), baseado na boa
prática de seus membros ao redor do mundo estabeleceu uma padronização
internacional de bandeiras, que tem como propósito informar as condições de
áreas aquáticas tais como praias, rios, lagos e outras, a todos os banhistas,
principalmente turistas.
As bandeiras reduzem a barreira da língua, e a ocorrência de acidentes
tais como o afogamento. A escolha das bandeiras levou em consideração as
sinalizações mais utilizadas em todo mundo de forma a causar a menor
contradição e confusão possível.
O uso desta padronização é altamente encorajado pela ILS, mas o
serviço de salvamento pode optar por escolher, nenhuma, uma, ou todas
conforme melhor lhe convier. A ILS desencoraja fortemente o uso de bandeiras
que informe o oposto a:
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Amarela - Risco médio. Ondas e correntes
moderadas. Mal nadadores não devem entrar na
água. Para outros devem ter cuidado.
FIGURA : Bandeira Amarela
FIGURA : Bandeira Vermelha
A ILS ainda aponta algumas recomendações e informações que auxiliarão
no correto emprego das sinalizações:
- As sinalizações devem ser utilizadas somente por profissionais.
- Devem estar de preferência elevadas e afixadas a uma haste a 2 m do
solo em local bem visível e não devem ser obstruídas por quaisquer outras
estruturas ou vegetação.
- As sinalizações vermelho e amarelo são em geral extensivos a toda
praia e não devem ser postos juntos.
- As sinalizações podem sofrer mudanças durante o dia.
- Recomenda-se que o público receba estas informações através de
brochuras, folders, ou similar.
- Devem ser afixadas na entrada ou em local bem visível ao público.
- O texto deve ser o mais simples e objetivo possível.
- Outras informações importantes tais como horários de funcionamento e
facilidades locais, podem ser colocadas no quadro.
Determinadas organizações, responsáveis pelo serviço de prevenção e
salvamento aquático, adotam algumas das bandeiras propostas pela ILS,
complementado-as com outras, conforme suas necessidades e peculiaridades.
Vermelha - Alto risco. Ondas e correntes fortes. Todos os
nadadores devem ser desencorajados a entrar na água. Todos
que entrarem na água devem ter grande atenção e cuidado.
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Assim é o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, que adota na
sinalização as seguintes bandeiras (SANTOS; FARIAS; MELO, 1999):
_______________________ (MAR PERIGOSO):
mar perigoso, sem condições de banho, embora com
assistência de guarda-vidas.
BANDEIRA AMARELA (MAR RUIM): mar ruim,
atenção, banho com restrições e com assistência de
guarda-vidas.
____________________ (MAR BOM): mar calmo,
condições plenas de banho e com assistência de guarda-
vidas.
____________________: local impróprio para
banho, presença de perigo.
As placas, como mencionadas anteriormente, podem
também ser utilizadas como forma de sinalização, representando um meio
eficiente para indicar e informar aos banhistas as condições do ambiente
aquático e seus perigos. Algumas corporações responsáveis pelo serviço de
salvamento aquático adotam placas de advertência, sendo colocadas nos
locais de acesso e em frente aos perigos (FIGURAS 16 e 17).
LOCAL PERIGOSO
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Placa de advertência I. Placa de advertência II.
O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina na Operação Veraneio
de 2006/2007, em estudo piloto, empregou placas de advertência na
sinalização do ambiente aquático e seus perigos.
Placa de advertência III.
B. Patrulhamento ou Ronda
É a ação preventiva desenvolvida a pé, com viaturas, aeronaves ou com a
utilização de embarcações.
A área a ser protegida pelo efetivo de serviço em um posto de salvamento
é de ____________para cada lado a partir do posto de salvamento.
A ronda consiste em deslocamentos pela área protegida da orla pelo
guarda-vidas devidamente uniformizado, realizada sempre ______________,
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sendo obrigatório além dos equipamentos de uso individual (nadadeira, apito,
etc), além do transporte de um ____________. Durante a ronda o guarda-vidas
deve sempre manter a sua atenção voltada para os locais perigosos
identificados na praia, evitando perder o contato visual com o posto de
salvamento. Caso haja rádios HT disponíveis no posto de salvamento é
indicado a realização da ronda munido deste equipamento a fim de facilitar o
contato com o posto.
Quando os balneários estiverem providos de embarcações, o guarda-
vidas poderá realizar patrulhamento embarcado desde que o comandante do
posto de salvamento avalie ser conveniente para o serviço este tipo de
fiscalização, porém a região de deslocamento deverá ser após a
_____________________ haja vista a dificuldade de visualizar os banhistas na
linha de arrebentação. O condutor deverá possuir a _____________ requerida
para o tipo de embarcação, e durante os patrulhamentos condutor e socorrista
deverão estar utilizando _________________________.
Uma das missões da equipe embarcada é fiscalizar e impedir que as
embarcações com propulsão a motor de se aproximarem das praias aquém
dos 200 metros permitidos pela legislação da Marinha do Brasil. Essa equipe
também pode atuar nos casos de afogamento observados, em auxílio aos
guarda-vidas oriundos da faixa de areia.
Na utilização de aeronaves (Helicóptero) no patrulhamento, são
realizados deslocamentos aéreos, sobre as praias, de uma equipe composta
de um piloto, um co-piloto, um socorrista e um guarda-vidas. A atuação da
equipe consiste em realizar patrulhamento nas praias na área de sua
abrangência e/ou quando solicitados para auxílio em salvamento ou transporte
de vítima. A aeronave fica em sua base, aguardando a solicitação, através do
Centro de Operações do Corpo de Bombeiros Militar (COBOM).
No patrulhamento o guarda-vidas deverá estar equipado com materiais de
observação, comunicação e outros, que permitam uma pronta atuação de
resgate.
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C. Observação
A equipe de guarda-vidas deverá manter a ________________________
durante todo o turno de serviço a fim de identificar situações emergenciais
envolvendo os banhistas.
Para facilitar a observação em terra, o guarda-vidas deverá estar
posicionado em uma plataforma elevada que lhe possibilite ampliar o seu
campo visual, normalmente a própria torre do posto de salvamento ou cadeirão
posicionado na faixa de areia oferecem essa condição.
Constatada a necessidade de intervenção, o guarda-vidas aciona a
equipe de serviço para o tipo de salvamento requerido. Para tanto, é de suma
importância que a observação seja realizada tendo à disposição um eficiente
meio de comunicação entre os guarda-vidas e, em casos mais complexos,
entre postos e o COBOM.
A comunicação entre os integrantes de uma mesma equipe poderá ser
realizada através de uma sinalização ____________, utilizando-se apitos.
A equipe deverá manter, pelo menos, um guarda-vidas como observador
fixo, em nível mais elevado, pois os demais, apesar de executarem outras
ações preventivas deverão, também, observar o mar.
Quando da observação os Guarda-vidas deverão fazer a varredura visual
e identificar possíveis vítimas.
São características de possíveis vítimas:
1. Extremos da idade (crianças e idosos);
2. Pessoas obesas, cansadas ou alcoolizadas;
3. Pessoas utilizando objetos flutuantes;
4. Pessoas com comportamento de estranho ao ambiente (roupas,
sapatos, em grupo);
5. Distraídos e namorando dentro da água;
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Afogamentos seguidos de morte de acordo com a faixa etária
6
31
23
23
13
102
Até 10 anos
De 11 a 20 anos
De 21 a 30 anos
De 31 a 40 anos
De 41 a 50 anos
Acima de 50 anos
Não identificada
Afogamentos seguidos de morte de acordo com o sexo
96
12
Masculino
Feminino
O guarda-vidas deve estar atento também a algumas características de
que uma pessoa está se afogando ou em perigo, para tanto deve observar as
pessoas na água e seu comportamento.
1. São características de pessoas se afogando:
2. Nadar sem se deslocar;
3. Onda encobre o rosto e o cabelo na face e ela não o retira;
4. Nadar contra a corrente de retorno;
5. Expressão facial assustada ou desesperada;
6. Nadar em pé sem bater as pernas, afunda e volta e volta a flutuar
em pé;
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D. Orientação aos banhistas
Dentre as várias missões dos guarda-vidas uma das mais significativas e
importantes é a prestação de informações de comportamento aos banhistas,
fazendo com que as suas atitudes na praia evitem a exposição a riscos. Ela é
realizada durante as rondas na área protegida através da distribuição de
folhetos explicativos ou folders, bem como através do convívio diário.
Considerando que anualmente verifica-se o aumento progressivo do
número de turistas estrangeiros na orla marítima catarinense, se faz necessário
que todo o material informativo distribuído nos balneário pelos guarda-vidas
seja elaborado em pelo menos dois idiomas, português e espanhol, haja vista
que a grande massa de estrangeiros que visitam o Estado é oriunda de paises
do MERCOSUL. Por outro lado este material informativo deve ser
disponibilizado em locais de circulação pública como hotéis, restaurantes,
bares, terminais rodoviários, portais turísticos, postos policiais, etc., a fim de
ampliar a disponibilização da informação sobre os perigos do mar de tal forma
que ao chegar na praia o banhista já possua uma noção básica sobre os
perigos existentes naquele ambiente e quais são as formas de sinalização
destes pelos guarda-vidas.
E. DICAS DE SEGURANÇA As orientações quanto ao comportamento e as condutas a serem
adotadas pelos banhistas em qualquer ambiente aquático são universalmente
salientadas, e devem ser repassadas pelos guarda-vidas:
- Nadar sempre perto de um guarda-vidas.
- Perguntar ao guarda-vidas o melhor local para o banho.
- Não superestimar a capacidade de nadar, 46,6% dos afogados
crêem que sabem nadar.
- Ter sempre atenção com as crianças.
- Nadar longe de pedras, estacas ou piers.
- Evitar ingerir bebidas alcoólicas e alimentos pesados antes do
banho de mar ou rio.
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- Crianças perdidas: leve-as ao posto de guarda-vidas.
- Nunca tentar salvar alguém em apuros se não tiver confiança em
fazê-lo. Muitas pessoas morrem desta forma.
- Ao pescar em pedras, observar antes se a onda pode alcançá-lo.
- Antes de mergulhar, certifique-se da profundidade.
- Manter-se afastado de animais marinhos como água-viva e
caravelas.
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Lição 3
NOÇÕES DO AMBIENTE MARINHO
OBJETIVOS
Ao final da lição os participantes serão capazes de: 1. Citar os diferentes tipos de praias e suas características dinâmicas conforme
o modelo Brasileiro.
2. Citar três perigos que cada tipo de praia oferece ao banhista, conforme sua
característica.
3. Citar os perigos permanentes e não permanentes associados ao banho de
mar, conforme a doutrina Australiana e Brasileira.
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INTRODUÇÃO
Para trabalhar na prevenção em acidentes aquáticos, faz-se necessário
compreender como é estruturado tal ambiente, bem como reconhecer os
perigos e riscos que o mesmo oferece aos banhistas.
O MEIO AMBIENTE COSTEIRO
O meio ambiente costeiro é uma das partes mais dinâmicas da face da
Terra. Ele contém todos os quatro elementos da qual a Terra é composta: A
atmosfera, a hidrosfera ou oceano, a litosfera ou superfície terrestre e a
biosfera. À medida que os quatro elementos interagem na costa, produzem
uma grande ação no sistema costeiro, estendendo desde a superfície da maré,
nos costões e na areia da praia.
ONDAS
Ondas geradas pelo vento (Wind waves)
Wind waves são ondas geradas pelo sopro do vento sobre o oceano.
Elas são ondas que ocorrem naquilo que é chamado área geradora de ondas,
como tal elas são chamadas de vagas (sea waves). Quatro fatores determinam
o tamanho da Wind waves:
- Velocidade do vento – As ondas aumentam de acordo com o aumento
da intensidade do vento;
- Duração do vento – Um longo sopro do vento, com uma velocidade
constante e direção, o tamanho das ondas começam a aumentar, até que uma
completa elevação do mar estará formada, que é o máximo tamanho do mar
para uma determinada velocidade e duração.
- Direção do vento – Determinará, juntamente com a força de Coriolis, a
direção da onda;
- Profundidade da água – É importante onde o mar está raso pois
causará a fricção e possibilidade de quebra.
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ONDAS
As ondas do mar são ondas de superfície que ocorrem nos oceanos.
São provocadas pelo vento que cria forças de pressão e fricção que perturbam
o equilíbrio da superfície dos oceanos. O vento transfere parte da sua energia
para a água através da fricção entre o vento e a água. Isso faz com que as
partículas à superfície tenham um movimento elíptico, que é uma combinação
de ondas longitudinais (para a frente e para trás) e transversais (para cima e
para baixo).
A uma distância da praia em que o fundo está a uma distância igual a
cerca de metade do comprimento de onda, os movimentos orbitais dos níveis
mais profundos começam a ser restringidos porque a água já não se pode
mover verticalmente; apenas se pode mover para a frente e para trás, na
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horizontal. Um pouco acima, a água já pode se mover um pouco verticalmente
e as órbitas passam de circulares a elípticas. À superfície, as órbitas podem
ainda ser circulares.
Este fenômeno de distorção das órbitas, que se dá quando as ondas
sentem o fundo, faz com que a onda seja retardada, diminuindo o comprimento
de onda de propagação, porque a distância à próxima crista vai diminuindo.
Como resultado, a água que chega acumula-se e faz com que a crista da onda
cresça e se torne mais angulosa. A inclinação da onda (a razão entre a sua
altura e o comprimento de onda) aumenta até que, ao chegar a um valor de
cerca de 1/7, a água já não se consegue suportar a si própria e a onda rebenta.
A profundidade da água é então cerca de 1,3 vezes a altura da onda (a
distância vertical entre um vale e a crista que se lhe segue).
A distância à costa em que este fenômeno ocorre depende da inclinação
do fundo. Se o fundo da costa for muito inclinado, muitas ondas pequenas
rebentarão na costa. Se o fundo é mais suavemente inclinado, as ondas
rebentarão mais longe. Por isso, o sítio de rebentação das ondas é um bom
indício para sabermos qual é a profundidade da água.
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PRAIA
Praia consiste no depósito de sedimentos pelas ondas. Embora a
maioria das pessoas entenda como praia somente aquela parte claramente
visível, situada acima da linha da água, ela é bem mais ampla, tendo seu início
onde a atividade das ondas alcança o fundo até o limite onde as ondas
alcançam a face da praia. Bancos de areia e canais estão freqüentemente
presentes na zona de surfe, mas obscurecido pelas ondas e pela arrebentação.
Zonação hidrodinâmica e morfológica tipicamente observada em uma praia
arenosa oceânica
Zona de Arrebentação – É aquela porção do perfil praial caracterizada
pela dissipação energética da onda sobre a praia, de acordo com o seguinte
processo: ao aproximar-se de águas progressivamente mais rasas, as ondas
incidentes tendem a instabilizar-se até que a velocidade na crista da onda
exceda a velocidade de grupo da mesma, ponto no qual quebrará. Evidências
empíricas demonstram que a quebra ocorre quando a profundidade aproxima-
se da altura de onda.
Zona de Surfe – É a zona que se estende do ponto de arrebentação da
onda até o ponto onde a água atinge a praia. Sua caracterização em uma praia
depende do tipo de quebra.
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Zona de Espraiamento – Pode ser identificada como sendo aquela
região da praia delimitada entre a máxima e a mínima excursão dos vagalhões
sobre a face praial.
TIPOS DE PRAIAS
Praias geralmente se encaixam em um dos cinco tipos existentes
didaticamente de acordo com a teoria Australiana e três tipos de acordo com a
teoria acadêmica Brasileira.
Praia Dissipativa:
Normalmente é formada por areia fina e a sua profundidade aumenta
lentamente. Por causa dessa inclinação muito suave, as ondas começam a
quebrar relativamente longe da beira da praia.
As praias dissipativas ocorrem da combinação de ondas grandes e areia
fina, possuem uma zona de surfe muito desenvolvida, muitas vezes com dois
ou três bancos de areia paralelos à praia, com cavas rasas entre eles. A face
da praia é composta por areia fina e normalmente uma faixa de areia larga. A
areia é firme, sendo possível transitar com veículos.
As ondas são normalmente altas e do tipo deslizantes no banco de areia
mais distante da praia, reformam-se entre os bancos e quebram novamente
nos bancos seguintes. Esta é uma maneira da onda dissipar sua energia na
zona de surfe, a qual normalmente é superior a 300 m, podendo alcançar os
500 m. Por isso o nome original de “praia dissipativa
Praias Intermediárias
A mais visível característica das praias intermediárias é a presença de
uma zona de surfe com bancos de areia e correntes de retorno. Normalmente
elas são mais extensas do que as praias refletivas e possuem altura de onda
entre 0,5 a 2,5 m.
Possuem outras características tais como:
- A face praial é composta de material com granulometria média;
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- Presença de bancos submersos como forma de armazenamento de
sedimento na zona de surfe;
- Presença de correntes de retorno associadas aos bancos submersos.
Praias de Refletivas
Elas são caracterizadas por escarpas, faixa de areia estreita e
normalmente compostas por areia grossa e ondas baixas e normalmente existe
a presença de cúspides. A sua morfologia é um produto de vários fatores.
Primeiro, as ondas baixas quebram numa profundidade rasa (<1m); segundo,
devido a areia grossa a praia torna-se íngrime, afundando rapidamente muito
próximo à face da praia; terceiro, devido as ondas quebrarem na face da praia,
elas despendem todas as suas energias numa distância muito curta. Muita
dessa energia vai para a zona de espraiamento na face da praia, deslocando
uma grande quantidade de água na face da praia, retornando muito
rapidamente (refluxo) em direção ao mar, como uma reflexão da onda, motivo
pelo qual é conhecida como onda refletiva. As praias refletivas não possuem
zona de surfe ou é muito estreita e não possuem bancos de areia
Perigos associados às praias e ao banho de mar
A praia apesar de ser é um local de grande atração e lazer apresenta-se
potencialmente perigosa.
Perigos das Praias Refletivas:
Devido às ondas pequenas e localizações muitas vezes protegidas, elas
conferem uma relativa segurança para o banho. Contudo, como qualquer água,
principalmente se existir ondas e correntes, há a presença de perigos que
podem causar problemas aos banhistas, as quais são:
- Face da praia escarpada – Pode ser um problema para bebês, pessoas
idosas e deficientes físicos;
- Forte fluxo e refluxo das ondas na face da praia – As ondas que
chegam e voltam podem derrubar as pessoas que estão próximas à água;
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- Variação brusca de profundidade – Repentino aprofundamento, saindo
rapidamente das águas rasas e indo para águas profundas;
- Profundidade das águas – A ausência de bancos de areia significa que
as águas são profundas muito próximas à margem, que pode ser um problema
para quem não sabe nadar e para crianças;
- Os maiores perigos aparecem quando as ondas excedem a um metro e
as quebras na face da praia possuem muita força.
Perigos das Praias Intermediárias:
- Correntes de Retorno;
- Canais alimentadores das correntes de retorno (rip feeder
channels) – As correntes próximas à praia carregam a água para
dentro das correntes de retorno e esta, para o mar aberto;
- Quebra das ondas – Nos bancos de areia, as ondas quebram
com mais força se a maré estiver baixa, muitas vezes como
perigosos “caixotes”;
- Ondas Altas – Quando as ondas excedem 1 metro, tanto a
quebra da onda quanto as correntes são intensificadas.
Perigos das Praias Dissipativas:
- A largura da zona de surfe e as altas ondas, associadas com a
praia dissipativa mantêm a maioria dos banhistas próxima à
margem e dentro da zona de surfe. Neste local ela é
relativamente segura, apesar de não estar livre de algumas
surpresas. No meio e fora da zona de surfe, somente para
banhistas e surfistas experientes.
- Canais – Normalmente localizados no sentido praia - alto mar,
podendo estar também localizados paralelos ou diagonais à praia,
apresentam freqüentemente correntes de retorno, principalmente
com ondas baixas (menores de 1,5m);
- Interior da zona de surfe – Deve-se tomar cuidado com as ondas
para que elas não derrubem e arrastem o banhista. No retorno da
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onda é comum ocorrer um fluxo de água em direção ao mar
(repuxo), principalmente rente ao fundo, o qual pode derrubar um
banhista, principalmente se for crianças;
Para SHORT e HOGAN (apud MOCELLIN, 2006), “os perigos de zona
costeira estão geralmente relacionados à estrutura e características do
ambiente”.
Os perigos naturais associados ao banho de mar podem ser divididos
em permanentes e não permanentes.
Perigos associados ao banho de mar
PERMANENTES NÃO PERMANENTES
Zona de águas profundas
Obstáculos (molhes, costões, naufrágios, etc)
Desembocaduras de rios e lagoas
Buracos
Arrebentação das ondas
Repuxos
Correntes
Organismos marinhos
Poluição
Os perigos permanentes, por serem mais facilmente evitados, oferecem
maior perigo aos usuários mais desatentos e àqueles que superestimam suas
habilidades. Em zonas de águas profundas pode-se perder o apoio dos pés e
submergir; qualquer obstáculo (molhe, trapiche, destroço, rocha ou recife) pode
favorecer a presença de buracos e formar correntes mais fortes, além de
representar perigo de choques e ferimentos; o encontro de rios e lagoas com o
mar modifica as ondas, as correntes e o relevo do fundo da praia.
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Profundidade da Água
Toda água profunda é um perigo potencial de afogamento para quem
não sabe nadar ou que tenham pouca experiência.
Água na altura do joelho pode ser um problema para bebês ou crianças.
Água na altura do peito pode ser perigoso para quem não sabe nadar, bem
como para nadadores em pânico. Na presença de correntes de retorno,
somente é possível andar contra ela quando a água estiver abaixo da altura do
peito. Deve-se tomar muito cuidado quando a profundidade ultrapassa a altura
da cintura, principalmente se existir a presença de crianças.
Correntes na Zona de Surfe e Correntes de Retorno
As correntes na zona de surfe, particularmente as correntes de retorno,
são os maiores perigos para a maioria dos banhistas e são responsáveis por
cerca de 90% dos acidentes. Elas são difíceis de serem localizadas por
banhistas inexperientes e quando são apanhados por uma delas, geralmente
entram em pânico.
As correntes de retorno são perigos costeiros que expõem diariamente
em risco a segurança a e vida das pessoas.
A literatura salienta que são amplificadas quando a maré está vazando
(baixando).
Como visto anteriormente as ondas transportam energia para a costa,
mas não é a energia da onda que move os grãos sedimentares e altera a
morfologia, mas sim o movimento da água.
Há muitas correntes na zona costeira, de variadas forças e direções e
estas interagem umas com as outras tornando sua análise muito difícil. Sendo
classificadas em correntes longitudinais à costa e correntes tranversais à costa.
Correntes de retorno ou rips são caracterizadas por fluxos estreitos,
posicionados normal ou obliquamente em relação à costa.
Parte da energia dissipada pelas ondas incidentes na zona de surfe é
transferida para a geração de correntes costeiras tanto longitudinais (longshore
currents) como transversais (correntes de retorno, rip currents ou rips) as quais,
necessariamente, tem sua ocorrência limitada à zona de surfe. Estas correntes
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representam importantes agentes transportadores de sedimento na zona de
surfe, gerando campos de velocidade efetivos na modificação do relevo praial
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Lição 4
EDUCAÇÃO FÍSICA
OBJETIVOS
Ao final da lição os participantes serão capazes de: 1. Conceituar atividade física;
2. Citar cinco benefícios dos exercícios de alongamento.
3. Identificar os benefícios da corrida na areia de praia.
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INTRODUÇÃO
No desporto moderno, quando um atleta ou uma equipe são laureados
em uma competição de alto nível, torna-se bastante difícil imaginar o conjunto
de variáveis que contribuíram decisivamente para aquela vitória. A esse
conjunto de variáveis, acionado por um grande número de pessoas formando
ao todo uma equipe e que tem como objetivo principal o êxito nas competições,
denomina-se Treinamento Desportivo.
Não diferente deste pensamento, no âmbito interno do Corpo de
Bombeiros Militar de SC, faz-se necessário que a tropa esteja em constante
preparação física, visando estar sempre preparada para desempenhar as
atividades operacionais do cotidiano profissional Bombeiro Militar, bem como,
buscar a cada período preestabelecido, aprimorar seu condicionamento, tendo
em vista as atividades de guarda-vidas desempenhadas no litoral catarinense,
por ocasião da Operação Veraneio.
CONCEITOS Atividade Física: é qualquer movimento corporal produzido pelos músculos
esqueléticos que resulta em gasto energético maior do que os níveis de
repouso. Assim, a quantidade de energia necessária à realização de
determinado movimento corporal deverá traduzir o nível de pratica da atividade
física exigido por esse mesmo movimento.
Exercício físico: é toda atividade física planejada, estruturada e repetitiva que
tem por objetivo a melhoria e manutenção de um ou mais componentes da
aptidão física. Caracteriza-se pela duração, intensidade e freqüência dos
movimentos apresentando algum progresso.
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Sedentário: quando o gasto energético real é inferior a pelo menos dez por
cento a mais que o gasto energético estipulado, ou seja, menos de 500 cal por
semana segundo a OMS.
Ativo: quando o gasto energético real está entre dez e cinqüenta por cento a
mais do gasto energético estipulado, ou seja, entre 500 e 1.500 cal por semana
segundo a OMS.
Atleta: quando o gasto energético real é superior a sessenta por cento a mais
do gasto energético estipulado.
Excesso de Peso e Obesidade: é definida tão somente como aquela condição
na qual apenas a quantidade de gordura corporal ultrapassa os índices
desejados, enquanto que o excesso de peso refere-se à condição em que o
peso corporal como um todo excede a determinados limites.
Sobrepeso: excesso corporal, total ou parcial, de tecido adiposo ou massa
magra, de forma negativa para o sistema cardiovascular. Constata-se um
sobrepeso através do cálculo do índice da massa corporal (IMC).
AQUECIMENTO E ALONGAMENTO
Antes da prática de qualquer atividade física, sugerimos a realização de
alguns minutos de aquecimento seguidos de alongamento. Sua importância
está principalmente no fato de estimular uma maior circulação sangüínea no
corpo, proporcionando uma maior oxigenação do mesmo, principalmente dos
grupos musculares, além de “preparar” as articulações para saírem de uma
fase de repouso. O alongamento no término da natação mostra-se eficaz
principalmente ao ser realizado nas regiões com maior acumulo de tensão. Por
exemplo: o nado de aproximação ou crawl pólo, assim como a remada no
surfe, induz o seu praticante a permanecer um bom tempo com a coluna
cervical em hiper-extensão. Isso acaba sobrecarregando e provocando
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excesso de tensão na região do trapézio e ainda enfraquecendo a musculatura
da região abdominal. Sugere-se então a realização de movimentos que
compensem essa tensão. No caso do exemplo citado, um bom alongamento
seria o de flexão da cabeça, permanecendo-se por alguns instantes com o
queixo tocando o peito ou ainda, deitado, em decúbito dorsal, flexionar o tronco
e os joelhos ao mesmo tempo abraçando-os por alguns segundos e mantendo
o queixo entre os joelhos.
BENEFÍCIOS DOS EXERCÍCIOS DE ALONGAMENTO
1. Evita ou elimina encurtamento musculotendíneo;
2. Diminui o risco de alguns tipos de lesão músculo - articular;
3. Aumenta e/ou mantém a flexibilidade;
4. Elimina ou reduz o incômodo dos nódulos musculares;
5. Aumenta o relaxamento muscular e melhora a circulação sangüínea;
6. Melhora a coordenação e evita a utilização de esforços adicionais no
trabalho e no desporto;
7. Reduz a resistência tensiva muscular antagonista e aproveita mais
economicamente a força dos músculos agonistas;
8. Libera a rigidez e possibilita melhorar a simetria muscular;
9. Evita e/ou elimina problemas posturais que alteram o centro de
gravidade, provocando adaptação muscular.
TIPOS DE ALONGAMENTO E CARACTERÍSTICAS
Alongamento Estático – determinado pelo alcance de uma amplitude de
movimento do grupo músculo - articular lentamente, mantendo-se uma postura
com tensão muscular;
Alongamento Passivo – é feito com a ajuda de forças externas (aparelhos,
companheiros), estando o praticante numa posição passiva, isto é, com
descontração muscular e com boa posição do sistema músculo articular;
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Alongamento Dinâmico – determinado pelo maior alcance do movimento
voluntário, utilizando-se a força dos músculos agonistas e o relaxamento dos
músculos antagonistas;
Alongamento Balístico – movimento composto no qual a 1ª fase é um
movimento de força continua em que se usa um movimento acelerado pela
contração concêntrica dos músculos agonistas, sem o impedimento de
contração dos antagonistas. A 2ª fase é um movimento em inércia sem
contração muscular. Na amplitude final do movimento desacelera-se, deixando
a resistência por conta dos ligamentos e músculos alongados, fornecendo
resposta elástica;
Facilitação Muscular Neuropróprioceptiva (FNP) – em geral, combinam
alternadamente contração e relaxamento dos músculos agonistas e
antagonistas.
EXERCÍCIO MUSCULAR LOCALIZADO – EML
ALGUNS EXERCÍCIOS E SEUS GRUPOS MUSCULARES MAIS ATUANTES
Apoio de frente sobre o solo (com abertura das mãos um pouco maior que a
distância dos ombros) - Peitoral maior e menor, porções clavicular e esternal,
coracobraquial, deltóide anterior, serrátil e tríceps braquial;
Flexão do tronco com os membros inferiores elevados - Reto maior do abdome,
obliquo maior e obliquo menor;
Flexão do tronco com os joelhos fletidos - Reto maior do abdome, obliquo
maior, obliquo menor, serrátil, vasto lateral, bíceps cural;
Mergulho na paralela alta com os cotovelos juntos - Deltóide anterior, peitoral
maior e menor, porção clavicular, coracobraquial, trapézio IV, subclávio, tríceps
braquial;
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Puxada na barra pela frente com pegada direta (supinada) - Peitoral maior,
porção esternal, dorsal largo, redondo maior, deltóide posterior, trapézio IV,
subclávio, peitoral menor, bíceps braquial, braquial e braquiorradial;
Puxada na barra pela frente com pegada inversa (pronada) - Peitoral maior,
porção esternal, dorsal largo, redondo maior, deltóide posterior, trapézio IV,
subclávio, peitoral menor, bíceps braquial, braquial e braquiorradial;
EXERCÍCIOS DE RESPIRAÇÃO E EXERCÍCIOS DE APNÉIA
Não só dentro da água, mas também fora dela, existem possibilidades
para a realização de exercício de respiração. Durante a prática de natação, a
forma mais eficaz de respirar é inspirar pela boca (evitando-se assim a inalação
da água/afogamento) e expirar pela boca e pelo nariz. Diferente disso, fora da
água, a maneira mais adequada para a realização da respiração é inspirar pelo
nariz, filtrando, aquecendo e umedecendo o ar antes deste chegar aos pulmões
e expirar pela boca e nariz.
Um exercício eficaz e relaxante para trabalhar a respiração e a
concentração, chamada no yôga de pránáyáma, consiste em dividir-se a
respiração em quatro momentos ou tempos, sendo eles destinados da seguinte
forma: primeiro tempo – inspiração, segundo tempo – retenção com ar; terceiro
tempo – expiração e; quarto tempo – retenção sem ar. É um tipo de respiração
com a participação da musculatura abdominal, intercostal e torácica,
promovendo um aproveitamento muito maior da capacidade pulmonar. Este
exercício pode ser realizado com diversas variações determinando-se o
período de permanência em cada tempo de acordo com a vontade do
praticante e sua realização pode surtir bons efeitos na natação e
conseqüentemente no salvamento aquático. Esta prática pode ser combinada
ainda com os exercícios de alongamento.
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Uma outra variação deste exercício pode ser feita na borda de uma
piscina ou até mesmo no mar, fazendo a respiração de dois tempos, inspirando
fora da água e em seguida submergindo o rosto. Esta é a apnéia estática.
Exercícios de apnéia podem ser realizados ainda com o auxílio de pesos, onde
o praticante mergulha até o fundo e transporta o peso (pedra ou anilha) pela
distância que puder/quiser. Este exercício é também chamado de “deep run” ou
corrida profunda. Ressaltamos aqui a importância de que exercícios que
envolvam apnéia devem sempre que possível ser realizados sob a visão de
outras pessoas evitando-se acidentes.
SURFE
O constante envolvimento do praticante do surfe com o ambiente de
trabalho do Guarda-Vidas, faz do surfe uma excelente escolha por parte de
quem o pratica, seja com o uso de prancha tradicional, pranchão ou body
board, tendo em vista o conhecimento dos mais diversos fatores ambientais
que o surfista acaba adquirindo, dentre eles a análise das condições do mar, a
facilidade para identificação de correntes de retorno e outros mais.
Além disso, a prancha é um grande flutuador e pode ser eficaz para a
realização de um salvamento. Não são poucos os casos em que surfistas
auxiliaram no resgate de banhistas ou de outros surfistas que perderam suas
pranchas. Cabe aqui então, fazermos duas ressalvas aos praticantes do surfe:
1 – esteja sempre utilizando a cordinha que o prende à prancha
(também chamada de “strep” ou “lash”), pois você poderá ter que utilizá-la em
algum momento inesperado para realizar um salvamento;
2 – esteja sempre preparado para sair da água nadando, caso tenha que
oferecer sua prancha a outra pessoa para que esta saia da água.
Outro ponto que não podemos deixar de citar neste tópico fica por conta
da pratica de surfe com o pranchão de resgate. A sua utilização não deve ser
destinada apenas para a realização do resgate em si, mas também para a
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prática de surfe, proporcionando assim a chance do Guarda-Vidas de habituar-
se cada vez mais com o material. Entretanto, devem-se respeitar os momentos
para sua utilização e ainda mais os cuidados com sua manutenção.
SURFE DE PEITO OU “JACARÉ”
O surfe de peito é também uma ótima opção para manter o
condicionamento físico, proporcionando ao seu praticante momentos de
intensidades variadas na natação, sendo dividido em:
1 – deslocamento até a zona de surfe ou travessia da arrebentação –
momento de curta duração caracterizado por ser um exercício de capacidade e
potência anaeróbia;
2 – posicionamento na zona de surfe – corresponde ao maior tempo de
permanência do praticante e varia de acordo com o intervalo entre as séries de
ondas e o posicionamento correto no “pico”. Caracterizado por ser um exercício
aeróbio. Durante este momento, se o praticante estiver sem nadadeira, a
pernada estilo polo mostra-se eficaz;
3 – entrada na onda – movimento de “explosão” e curtíssima duração
caracterizado por ser um exercício de potência anaeróbia, e;
4 – o deslize na onda em si – caso o praticante esteja de nadadeiras, é
indicado que esteja usando também um par de ligas, material que mantém as
nadadeiras mais firmes aos pés, evitando perdê-las.
CORRIDA NA AREIA DA PRAIA
Por apresentar um piso distinto dos tradicionais para a prática de corrida,
alguns aspectos devem ser levados em conta quando tratamos da referida
atividade na praia. Dependendo do tipo de formação (refletivas/de tombo,
intermediárias ou dissipativas/rasas), estas podem apresentar um piso firme,
com a areia bem compactada ou não, apresentando a areia mais solta, mole ou
fofa. Além disso, algumas praias, normalmente as refletivas/de tombo,
apresentam declividade significante, dificultando para a prática da corrida.
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As praias de areia compactada podem acabar sobrecarregando em
excesso as articulações do tornozelo e do joelho por terem que suportar maior
impacto, entretanto não oferecem tantos riscos de entorse se comparadas às
praias de tombo. Nestas, devemos nos atentar com possíveis obstáculos no
caminho como buracos e desníveis muito acentuados.
Sendo assim, evite correr em locais desnivelados, pois isto além de ser
prejudicial para as articulações dos membros inferiores e poder causar lesões,
é também prejudicial para sua coluna vertebral e; quando possível, procure
correr utilizando tênis, diminuindo assim a sobrecarga de impacto nas
articulações dos tornozelos e joelhos.
OUTRAS POSSIBILIDADES DE ATIVIDADES FÍSICAS
Atividades lúdico-recreativas – Que desenvolvam nos alunos auto-confiança,
confiança nos demais e o trabalho em grupo, por exemplo no mar retornarem
de mãos dadas da zona de arrebentação até a beira da praia realizando
pernada de costas;
Exercícios de fortalecimento das articulações do joelho – Corrida em alta
velocidade e curta distancia (de 5 a 10 metros) estática, para frente, para trás e
para os lados;
Ginástica calistênica – com características da EF militar (exercícios de
flexionamento ativo e outros como “polichinelo” e agachamento a fundo,
exercícios intercalados com a corrida desenvolvendo trabalho de coordenação
juntos, etc).
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Lição 5
NATAÇÃO APLICADA
OBJETIVOS
Ao final da lição os participantes serão capazes de:
1) Aperfeiçoar as técnicas de natação voltadas para o salvamento aquático;
2) Realizar exercícios para manutenção de apnéia.
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NATAÇÃO E SALVAMENTO AQUÁTICO
Nado de aproximação ou crawl-polo
A natação realizada para a realização de um resgate (nado de
aproximação ou crawl-polo) difere-se daquela praticada em outras situações,
ou seja, a necessidade de permanecer com a(s) vítima(s) sob o seu campo de
visão exige que o Guarda-Vidas nade até ela com o rosto fora da água,
mantendo a coluna cervical em hiper-extensão, dificultando o
deslocamento/deslize. Entretanto esta dificuldade será compensada através do
uso das nadadeiras. Estas por sua vez, irão proporcionar ao Guarda-Vidas
maior velocidade de deslocamento. Para melhor compreensão da diferença
entre nadar com o rosto fora ou dentro da água, sugerimos a realização do
educativo de pernada com o auxilio de um flutuador. Ao manter-se com a
coluna cervical em hiper-extensão, observe a tendência do quadril em afundar,
exigindo assim, maior intensidade no movimento de perna.
A pernada do polo aquático
Assim como os diversos estilos de natação, o pólo aquático também
oferece para realização do serviço de salvamento aquático uma importante
ferramenta. Referimos-nos aqui ao estilo de pernada que mantém o seu corpo
praticamente em flutuação estática. Esse tipo de pernada também pode ser de
grande utilidade para o auto-socorro e é uma ótima alternativa para ser
realizada em aulas de natação, principalmente com crianças.
No salvamento aquático ela mostra sua eficácia no momento da
abordagem da vítima, que às vezes pode ser mais que uma. Nesses casos
pode haver a necessidade de o Guarda-Vidas permanecer segurando as
vítimas até a chegada de um outro Guarda-Vidas, para então dar-se
continuidade ao salvamento. Uma outra situação aparece quando a vítima se
apresenta em pânico, tentando usar o Guarda-Vidas como flutuador,
submergindo-o. Nesses momentos a pernada do pólo aquático pode ser
bastante eficaz.
Curso de Formação de Guarda-vidas Militar
A referida pernada consiste na realização de movimentos circulares
alternados da perna, no sentido lateral-medial, ou seja, a perna esquerda
realiza o movimento circular no sentido horário alternando com a perna direita
que realiza o mesmo movimento, porem em sentido anti-horário. O praticante
deve ainda manter o tronco na posição vertical e as coxas flexionadas a 90°
movimentando apenas as pernas e pés, mantendo-se assim sobre a superfície
da água tendo suas mãos disponíveis para segurar as vítimas.
Pernada tesoura ou reboque descalço – A necessidade em se utilizar
um dos braços para o reboque da vitima e, principalmente o peso desta,
proporcionará ao Guarda-Vidas um pouco mais de dificuldade para o seu
deslocamento. Além disso, a ausência das nadadeiras exige ainda um
movimento de pernas que lhe dê maior propulsão. Dessa forma, apresentamos
como alternativa para deslocamento, o batimento de pernas no estilo “tesoura”,
o qual possui duas fases:
Fase de recuperação: com o corpo lateralizado, o praticante deve trazer o
joelho de um dos membros inferiores próximo ao peito, flexionando a
articulação coxo-femoral e também o joelho. No mesmo momento, o calcanhar
do outro membro inferior deve ser levado em direção a nádega, realizando-se
então um movimento de flexão do joelho e extensão da articulação coxo-
femoral.
Fase de propulsão: estando os membros inferiores encolhidos, a fase de
propulsão inicia quando os membros inferiores voltam a serem estendidos,
num movimento rápido e circular que se encerra assim que os mesmos
estiverem alinhados com o resto do corpo."
A pernada do nado estilo peito
Considerando a grande semelhança entre a pernada do nado “tesoura” e
a pernada do nado peito, diferindo-se estas basicamente pela posição do
corpo, não podemos deixar de citar aqui a vantagem sobre o domínio desse
estilo de nado, apesar de durante o curso, não haver tempo em demasia para a
sua prática. Sendo assim, reforçamos a importância da prática do nado estilo
Curso de Formação de Guarda-vidas Militar
peito, mesmo que em outras ocasiões. Outro ponto que torna eficaz o domínio
sobre a pernada de peito no Curso de Formação de Guarda-Vidas é a
realização da apnéia dinâmica (25m horizontais), pois para a realização deste
exercício a referida pernada pode mostrar-se eficiente.
O nado estilo crawl
A respiração
O domínio da respiração durante o deslocamento na água é de
fundamental importância durante o salvamento, portanto o cuidado com a
posição ventral, a necessidade de preservar o equilíbrio geral do nado, a
preocupação de não oferecer uma resistência frontal importante, a fisiologia
respiratória, a cadência dos movimentos dos braços, a tática de percurso,
todos esses elementos constituem imperativos para o nadador.
Tecnicamente, a maneira mais eficaz para a realização da respiração
durante o nado crawl é a respiração lateral. Este movimento apresenta-se
como o mais adequado devido ao fato de o nadador não precisar hiper-
estender sua coluna cervical, fazendo com que seu quadril tenda a afundar. Ao
invés disso, a respiração é feita lateralmente, de preferência alternando-a nos
dois lados a cada 3 ou 5 braçadas (R3 ou R5), com um leve movimento de
rotação lateral da cabeça.
Apesar da necessidade de manter a vítima sob seu campo de visão, não
são raros os momentos, principalmente quando a distância a ser percorrida é
relativamente grande, em que o Guarda-Vidas põe o rosto dentro da água.
Nesses casos, salientamos que seja realizada a respiração frontal, pois assim
o Guarda-Vidas terá maior oportunidade de voltar a visualizar a vítima.
Os ritmos respiratórios adotados vão depender, em grande parte, da
maior ou menor capacidade do nadador para repor o déficit de oxigênio. Os
mais comumente observados são: respiração unilateral a cada ciclo de braço
(R-2, R-4, etc.), ou respiração bilateral feita alternativamente à direita e depois
à esquerda.(R-3, R-5,etc.)
Curso de Formação de Guarda-vidas Militar
O movimento de braços
Basicamente o movimento se divide em parte aérea e parte submersa.
Parte aérea
Este momento da braçada deve ser entendido como descanso e
relaxamento muscular, além de servir como preparação para a entrada da mão
na água e o início da parte submersa.
Os pontos principais são: o gesto deve ser solto e veloz iniciando-se na
coxa; o braço sai semi-estendido; o cotovelo se eleva mais alto que os dedos e
se movimenta relaxadamente, até a passagem da mão pelo cotovelo, quando
deverá ser arremessado para a água, procurando uma entrada em um ângulo
melhor e mais hidrodinâmico possível; as pontas dos dedos atingem a água por
primeiro, em seguida o antebraço e logo após o braço.
Parte submersa
Ele se caracteriza por três momentos distintos: Apoio, Puxada e
Empurrada.
Apoio: Depois da entrada da mão na água, finalizando a parte aérea,
antebraço e o braço procuram atingir um ângulo bem aberto, neste momento o
polegar ainda está orientado para baixo. Neste momento, a palma da mão gira
ficando voltada para o fundo e sente a primeira resistência da água (apoio); isto
a mais ou menos 20 cm da superfície.
Puxada: Esta fase se inicia no momento em que após o apoio fazemos
uma leve flexão do pulso buscando encontrar o apoio. O ângulo entre braço e
antebraço, tendo o cotovelo como vértice, deverá ficar entre 90 e 120º. O
movimento deverá seguir a linha média do corpo até o momento de máxima
flexão do cotovelo.
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O Empurre: O empurre é orientado sem a menor descontinuidade, da
frente para trás, quando a mão passa, no plano vertical, dos ombros ela se
encontra no prolongamento do antebraço. O ombro correspondente e o
cotovelo penetram então profundamente na água.
Movimento de pernas
O trabalho realizado pelas pernas no crawl é um movimento alternado
na direção vertical, iniciando um, antes que o outro termine, de modo que as
ações não percam continuidade, o movimento se inicia com joelho e coxa
estendidos.
Coordenação da respiração e movimentos de pernas e braços
A sincronização da respiração com os movimentos propulsores dos
braços e das pernas é um fator determinante para o ritmo do nado. Muitas
vezes acontece de os nadadores serem, ao mesmo tempo, os mais rápidos em
educativos específicos de braços e/ou pernas e, no entanto, não apresentarem
tanta eficiência no nado completo. Este fato caracteriza a necessidade em se
enfatizar não apenas a aprendizagem motora parcial da natação, mas
principalmente a aprendizagem motora global, ou seja, a natação num todo.
Aqui salientamos a importância de que ao iniciar o Curso de Formação
de Guarda-Vidas, os participantes já possuam certo domínio da natação, pois
para alguns, o tempo do curso destinado para a referida prática pode não ser o
suficiente. Tão importante quanto isso, é a continuidade da prática após o
curso, buscando tornar os movimentos de respiração, braçada, pernada e todo
esse conjunto, cada vez mais eficazes e realizando-os de uma forma natural.
EXERCÍCIOS DE RESPIRAÇÃO E EXERCÍCIOS DE APNÉIA
Não só dentro da água, mas também fora dela, existem possibilidades
para a realização de exercício de respiração. Durante a prática de natação, a
forma mais eficaz de respirar é inspirar pela boca (evitando-se assim a inalação
da água/afogamento) e expirar pela boca e pelo nariz. Diferente disso, fora da
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água, a maneira mais adequada para a realização da respiração é inspirar pelo
nariz, filtrando, aquecendo e umedecendo o ar antes deste chegar aos pulmões
e expirar pela boca e nariz.
Um exercício eficaz e relaxante para trabalhar a respiração e a
concentração, chamada no yôga de pránáyáma, consiste em dividir-se a
respiração em quatro momentos ou tempos, sendo eles destinados da seguinte
forma: primeiro tempo – inspiração, segundo tempo – retenção com ar; terceiro
tempo – expiração e; quarto tempo – retenção sem ar. É um tipo de respiração
com a participação da musculatura abdominal, intercostal e torácica,
promovendo um aproveitamento muito maior da capacidade pulmonar. Este
exercício pode ser realizado com diversas variações determinando-se o
período de permanência em cada tempo de acordo com a vontade do
praticante e sua realização pode surtir bons efeitos na natação e
conseqüentemente no salvamento aquático. Esta prática pode ser combinada
ainda com os exercícios de alongamento.
Uma outra variação deste exercício pode ser feita na borda de uma
piscina ou até mesmo no mar, fazendo a respiração de dois tempos, inspirando
fora da água e em seguida submergindo o rosto. Esta é a apnéia estática.
Exercícios de apnéia podem ser realizados ainda com o auxílio de pesos, onde
o praticante mergulha até o fundo e transporta o peso (pedra ou anilha) pela
distância que puder/quiser. Este exercício é também chamado de “deep run” ou
corrida profunda. Ressaltamos aqui a importância de que exercícios que
envolvam apnéia devem sempre que possível ser realizados sob a visão de
outras pessoas evitando-se acidentes.
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ANEXO A
TREINAMENTOS DE NATAÇÃO APLICADA
TREINO A:
a) 300 – 600 metros nadando 70% - freqüência 160 -170;
b) 150 metros educativo patada dupla com prancha. Focalizar deslize na
água;
c) 150 metros educativo patada dupla sem prancha. Alongando bem a
braçada;
d) 150 metros educativo de finalização de braçada, sem efetuar
recuperação de braçada (submersa). Somente o dedo mínimo sai da
água.;
e) 200 metros 50m/50m, elevação de cotovelos, ponta dos dedos na água
e ponta dos dedos no ombro;
f) 150m rotação de quadril, pode ser utilizado prancha nas mãos;
g) 400m 150m/150m/100m, perna crawl, perna costas, perna tesoura,
sucessivamente;
h) Pernada alternada, noções, 15 minutos para adaptação da técnica;
i) 200m crawl polo ( aproximação de vitimas);
j) 10 tiros de 50m - a cada 1'10''. resistência limiar.
TREINO B:
a) 300 metros nadando 70% - freqüência 160 -170;-
b) 200 metros 50m/50m/50m/50m R2, R3, R4, R5 respectivamente;
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c) 200 metros crawl polo (aproximação);
d) 150 metros patada dupla com prancha;
e) 200 metros 25m/25m braço direito, braço esquerdo, respectivamente;
f) 150 metros rotação de quadril com prancha;
g) 300 metros 150m/150m perna crawl, perna tesoura;
h) 20 minutos pernada alternada;
i) 10 tiros de 50 metros a cada 1 minuto, limiar. (trabalho de ritmo).
*R2, R3 ,R4, R5 – significa que a cada 2, 3 , 4 , 5 braçadas se realiza uma respiração. *Patada Dupla – As duas mãos juntas na frente do corpo, segurando a prancha. Faz-se uma braçada de cada vez, sendo que as mãos sempre tem que terminar unidas para que se possa efetuar outra braçada. Nadando normal. *Rotação de Quadril (educativo) – a cada finalização de braçada o corpo fica totalmente lateralizado, conta-se até “3”, para efetuar outra braçada, e assim
sucessivamente.
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ANEXO B
EDUCATIVOS E SEUS OBJETIVOS: EXPLICAÇÃO DA TÉCNICA.
PATADA DUPLA COM E SEM PRANCHA: Esse educativo serve para
aperfeiçoar a entrada das mãos na água, o alongamento da braçada, e
principalmente o ganho de deslize na água, aumentando assim, o
aproveitamento da braçada.
FINALIZAÇÃO DE BRAÇADA SAINDO SOMENTE OS DEDOS MÍNIMOS DA
ÁGUA E SEM RECUPERAÇÃO DE BRAÇADA FORA D'ÁGUA, SENDO ESTA
SUBMERSA: Objetiva o aperfeiçoamento da técnica de finalização da braçada,
sendo esta uma das partes mais importantes do nado, pois é justamente
quando se finaliza a mesma, que se tem ganho de velocidade.
ELEVAÇÃO DE COTOVELOS ARRASTANDO A PONTA DOS DEDOS NA
ÁGUA (VASSOURINHA): muito utilizado para pessoas que tem dificuldade na
recuperação de braçada, aperfeiçoa a técnica fora d'água, corrigindo assim, o
cotovelo dos nadadores que elevam as mãos acima dos mesmos, aumentando
a velocidade de recuperação da braçada. Auxilia na entrada das mãos na
água.
ROTAÇÃO DE QUADRIL: Muito importante para a natação, pois, o nadador
que possui uma boa rotação de quadril, tem uma braçada muito mais
Curso de Formação de Guarda-vidas Militar
proveitosa, um deslize muito maior, e principalmente um desgaste físico
reduzido. Propicia a utilização de todos os músculos do corpo.
RESPIRAÇÃO : Aumentar a capacidade aeróbica do nadador. R2, R4, ..., R8,
são respirações unilaterais. Já R3, R5, etc, são respirações bilaterais, o que
aperfeiçoa a técnica do nadador ao respirar para ambos os lados.
TRÊS BRAÇADAS EM CIMA E DUAS SUBMERSAS: educativo para auxiliar a
ultrapassar a zona de arrebentação, aumenta a capacidade aeróbica do
nadador. Treino 25 metros submerso: aumenta a apnéia do nadador.
BRAÇO DIREITO/ BRAÇO ESQUERDO: focaliza apenas a técnica em um dos
braços, sendo mais fácil para o nadador corrigir a técnica distinta.
PERNADA TESOURA: Pernada de tração. Tecnicamente fácil de executar, e
muito eficiente no reboque de vítimas sem nadadeiras.
PERNADA ALTERNADA (POLO): Pernada de sustentação. Muito eficiente
para se sustentar na superfície sem o auxilio dos braços. Esta técnica aumenta
o tempo de flutuabilidade do nadador. Sendo possível segurar mais de uma
vitima na água com eficácia.
Curso de Formação de Guarda-vidas Militar
Lição 6
RELAÇÕES HUMANAS E CONSCIENTIZAÇÃO TURÍSTICA
OBJETIVOS
Ao final da lição os participantes serão capazes de: 1. Reconhecer a importância da imagem do serviço de Guarda-vidas para o
Corpo de Bombeiros Militar e para a sociedade.
2. Citar cinco características desejadas e esperadas do perfil profissional e
pessoal do Guarda-vidas.
3. Descrever as fases da atuação do Corpo de Bombeiros Militar no serviço de
Guarda-vidas.
4. Citar cinco elementos que podem auxiliar na comunicação ou prejudicá-la.
Curso de Formação de Guarda-vidas Militar
Relações Humanas e Consciência Turística
ABORDAGEM AO PÚBLICO
Para se compreender a motivação humana, o primeiro passo é
conhecimento do que provaca e dinamiza tal fenômeno. A motivação existe
dentro das pessoas e se dinamiza através das necessidades humanas.
Todas as pessoas têm suas necessidades próprias, que podem ser
chamadas de desejos, aspirações e objetivos individuais ou motivos. As
necessidades humanas ou motivos são forças internas que impulsionam e
influenciam cada pessoa, determinando seus pensamentos e direcionando o
seu comportamento, frente às diversas situações da vida. São fatores que
formam a personalidade, pelos traços biológicos e psicológicos, pelas
características adquiridas através da experiência pessoal da sua
aprendizagem.
Apesar das diferenças individuais, que regem o comportamento das
pessoas, certas necessidades são basicamente semelhantes quanto à maneira
pela qual as pessoas organizam seus comportamentos para obter satisfação.
Para o autor Maslow, as necessidades humanas estão arranjadas em
uma pirâmide de importância e de influência do comportamento humano.
Necessidades Fisiológicas: são necessidades físicas ou impulsos
básicos de sobrevivência, como as necessidades de alimentação (fome ou
sede), de sono e repouso (cansaço), abrigo (frio ou calor). Denominadas
biológicas ou básicas, que orientam a vida humana desde o momento do
nascimento.
Necessidades de Segurança: é o segundo nível das necessidades
humanas. Levam as pessoas a terem necessidades de sentirem-se seguros,
livre de ameaças, a protegerem-se de qualquer perigo real ou imaginário, físico
ou abstrato. A fuga do perigo, o desejo de estabilidade. As necessidades de
segurança têm grande importância, uma vez que as pessoas têm uma relação
de dependência com o meio em questão.
Curso de Formação de Guarda-vidas Militar
Necessidades Sociais: são as necessidades relacionadas com a vida
associativa do indivíduo com outras pessoas. São as necessidades de
associação de participação, de aceitação por parte dos colegas, de troca de
amizade, de afeto e amor. Surgem no comportamento quando as necessidades
mais baixas (fisiológicas e de segurança), se encontram relativamente
satisfeitas.
Necessidades de Estima: são as necessidades relacionadas com
maneira pela qual a pessoa se vê e se avalia, isto é, com auto-avaliação e a
auto-estima. Envolvem a auto-apreciação, a auto-confiança, necessidade de
aprovação social e de reconhecimento de status, prestígio e de consideração.
A satisfação dessas necessidades conduz o sentimento de auto-confiança,
necessidade de aprovação social e de reconhecimento de status, prestígio e de
consideração. A satisfação dessas necessidades conduz o sentimento de auto-
confiança de valor, força, prestígio, poder, capacidade, utilidade e
independência.
Necessidades de Realização: São as necessidades que levam cada
indivíduo a realizar o seu próprio potencial e de se desenvolver continuamente
ao longo da vida. Estão relacionadas com a plena realização daquilo que cada
pessoa tem de potencial e de virtual, chegando ao ápice do seu ser.
Quem trabalha diretamente com o público, é preciso buscá-lo como seu
parceiro. O compromisso de servir a sociedade está interligado com a
disposição de cada um em dar o melhor de si. No entanto, não é somente
agindo de boa fé que o Corpo de Bombeiros será bem quisto. É necessário que
todos tenham uma boa cordialidade, precisando gozar de uma auto-estima,
não deixando ser influenciado por outras dificuldades (como por exemplo
problemas pessoais), mantendo, sempre um bom relacionamento com o
público e com os demais colegas.
Imagem.....
A imagem é um fator determinante para a aquisição de um produto, de
um destino. A imagem é vista como um conceito abstrato, que incorpora a
influência de uma promoção veiculada no passado, a reputação do
Curso de Formação de Guarda-vidas Militar
produto/marca e a prescrição de uma avaliação das alternativas. A imagem
conota as expectativas das pessoas potenciais. No entanto, no turismo, a
imagem é igualada a um jogo de expectativas sobre um lugar ou uma atividade
existente, que procede a visita de um determinado local turístico. A imagem
retrata o futuro da localidade.
“Por opinião, entende-se que é a imagem que as pessoas têm de alguma
coisa”. Ela resulta de todas as experiências, impressões e posições
apresentadas em relação a alguma coisa. No entanto ela pode ser alterada, por
isso, se faz necessário que cada integrante desta corporação fique atento com
a abordagem, com a conduta diante das pessoas. Mesmo que tenha sido
somente com uma pessoa, o fato de tratá-la mal pode passar adiante,
contando o seu caso para outras pessoas, e outras, assim denegrindo a
imagem de uma equipe toda, e da própria destinação turística.
Qualquer um de nós, normalmente, se apresenta no mundo em
dimensões.
Na corporação:
Como indivíduo: deseja-se que cada um cuide de seu corpo (pratica
esportes, tenha uma vida saudável, ...)e de sua mente (tenha valores na vida,
...), seja positivo, tenha alto astral, acredite na sua potencialidade, seja um
vencedor.
Com pessoas...
Como membro de uma equipe de trabalho: espera que seja uma pessoa
eficiente, que busque constantemente o aprimoramento profissional, amigo de
seus companheiros, responsável dedicado, ...
Vistos como profissionais, porque a Sociedade precisa de vocês.
Como membro de uma família: na sua profissão, encontra-se a sua
segunda família.
Como membro de uma sociedade: ver o integrante desta corporação,
como um reflexo da mesma, seja aonde estiver.
Curso de Formação de Guarda-vidas Militar
Importante para o dia a dia...
- Público: entender e atender suas necessidades com a procura
da excelência;
- Recursos Humanos: incentivar e valorizar o trabalho de todos os
colegas, a qualificação e o crescimento profissional e pessoal;
- Qualidade: buscar o aperfeiçoamento constante nos serviços
prestados, nos processos de trabalho e nas relações profissionais;
- Ética: atuar com elevado padrão de conduta, agindo com
honestidade, justiça, dignidade e respeito, preservando a imagem
do grupo;
- Responsabilidade Social: ser útil à comunidade, com ela
interagindo, respeitando e facilitando a melhor convivência social.
Normas e características desejadas e esperadas do perfil
profissional e pessoal...
- Flexibilidade: deve ser flexível, o que significa estar aberto para
qualquer tipo de inovação, ou problemas e surpresas. Devem
procurar respostas rápidas, preocupando-se com questões
imediatas.
- Versatilidade: além de suas funções habituais, não pode limitar-
se apenas a sua função “o de salvar vidas”, lembre-se que você é
um profissional a serviço da comunidade, atendendo-lhes em
qualquer situação.
- Criatividade: seja um profissional que usa a criatividade.
Encontre soluções para velhos e/ou novos problemas. Ser criativo
nada mais é do que romper barreiras do hábito e buscar novas
alternativas. Assumir riscos de forma calculada.
- Princípio de moral: você deve ser extremamente sensível aos
padrões éticos e à moral.
- Liderança: espírito de liderança é fundamental ao profissional
que tem que exercê-la com freqüência, tendo em vista as rápidas
mudanças do cenário.
Curso de Formação de Guarda-vidas Militar
- Apresentação pessoal: outro aspecto que destaca-se é a sua
apresentação pessoal e a sua postura, pois isso afeta a imagem
perante a outras pessoas.
- Tomada de decisão: é fundamental a habilidade de tomar
decisões, por mais simples que sejam, sobretudo no contato direto
com o público.
- Eficiência e eficácia: uma pessoa eficiente é aquela que
consegue resultados à altura dos insumos usados para atingir
resultados. Já na eficácia, é capacidade de escolher objetivos
aprimorados. Uma pessoa eficaz é aquela que escolhe as coisas
certas a serem feitas.
- Comunicação: é muito importante saber se expressar com muita
clareza, o que exige um bom poder de comunicação, tanto dentro
do trabalho ou fora dele.
- Trabalho em equipe: é fundamental a habilidade de trabalhar
com equipe de pessoas. O relacionamento cordial com os demais
membros, a participação ativa nas execuções das tarefas, na
atuação firme, são requisitos mais importantes para o sucesso do
trabalho em grupo.
- Equilíbrio físico e emocional: trabalhar diretamente com o
público geralmente causa estresse. Você deve reduzi-los a níveis
controláveis, mantendo sempre sua integridade emocional e física.
A Atuação Pública do Corpo de Bombeiros ...
O Corpo de bombeiro trabalha com três fases. São elas:
1ª Fase: Pré-incidente: esta fase enquadra-se a atuação de forma
preventiva, onde há possibilidades do trabalho ter resultados cem por cento
positivos.
2ª Fase: Incidente: aqui é quando ocorre o incidente propriamente dito.
As chances de obter resultados inteiramente positivos, já não são de cem por
cento, pois trata-se de salvar uma vida que passou por algum ocorrido. Aqui,
temos que analisar os danos.
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3ª Fase: Pós-incidente: a avaliação dos resultados da atuação da
corporação, positivo ou não. Tem-se a possibilidade de aprendizado.
Em cada uma dessas fases a atuação, a abordagem diferencia-se. No
entanto, a fase mais importante para a atuação é quando está se
“PREVENINDO”, mas vocês podem se perguntar o por quê? Se a função que
lhes compete é a de salvar as vidas dos cidadãos.
Porquê o resultado pode ser 100% positivo. É aonde você tem 100% de
chances de salvar vidas.
A comunicação....
Comunicação é, em síntese, a relação estabelecidas pela transmissão de
estímulos e pelas respostas provocadas. O processo voluntário se dá quando a
mensagem é transmitida de maneira consciente de uma pessoa para outra.
Por exemplo: Pedro dá “Bom Dia” a Paulo, um colega de trabalho. Mas
como não gosta de Paulo, Pedro, ao mesmo tempo, sorri com ironia, sem se
dar conta disso. Neste caso a mensagem “lhe desejo um bom dia” (valor
positivo) é suplantada pela mensagem “não gosto de você” (valor negativo).
Sendo esta a mensagem que Paulo recebe.
Comunicar é, portanto, o ato de tornar comum uma mensagem por meio
de códigos verbais (com a fala) e/ou não verbais (com gestos ou expressões
físicas/faciais).
Para quem trabalha diretamente com o público, torna-se essencial a
comunicação clara e de forma objetiva.
Alguns elementos que podem auxiliar na comunicação ou
prejudicá-la....
Codificação: equivale a reunir ou transformar, num código conhecido a
intenção da comunicação, ou, em outras palavras, a elaborar um sistema de
signos. Geralmente usado para simplificar uma mensagem.
Decodificação: é decifrar uma mensagem, uma operação que depende
do repertório de cada pessoa. Há a linguagem infantil, a erudita, a visual, etc.
Curso de Formação de Guarda-vidas Militar
muitos grupos sociais ou categorias profissionais acabam desenvolvendo
formas de linguagem próprias, inacessíveis às demais pessoas, como a gíria.
Exemplo: Imagine um surfista, abordar um empresário formal: Aloah! O
mar tá “Crowded” – pode ser uma simpática observação de um surfista para
outro. Porém o leigo realmente não irá entender o que o surfista quis dizer: “Oi!
O mar está cheio de gente, está animado!”.
Feedback: é outro elemento importante da comunicação. É o retorno, a
resposta, correspondente à informação que o emissor consegue obter e pela
qual sabe se sua mensagem foi captada pelo receptor. Pode vir através de
terceiros, em comentários, como por exemplo, o respaldo em que a mídia deu
a tal caso.
Linguagem verbal: esta utiliza-se de palavras. No processo de
comunicação, muito da linguagem não verbal, também tem importância para a
transmissão da mensagem. Mas no que se refere ao estritamente verbal, as
dificuldades de entendimento ocorrem principalmente porque as palavras têm
inúmeros significados.
Comunicação não-verbal: as pessoas não se comunicam apenas por
palavras. Na verdade movimentos faciais, corporais, gestos, olhares,
apresentação e mesmo a entonação da voz também “falam”. Estes elementos
podem variar muito de cultura para a cultura.
Norma Social: tem funções específicas de regular e encandear a
interação social. Como por exemplo, aperto de mão, abraços, acenos, etc.
ELEMENTOS NÃO VERBAIS
Expressão facial: não é tarefa fácil de se avaliar as emoções de alguém
apenas a partir de sua expressão fisionômica. Só se pode tentar uma avaliação
quando há grandes discrepâncias entre diferentes sinais. Como por exemplo,
um rosto aparentemente tranqüilo, mas com lábios apertados e pálidos,
costuma indicar raiva, irritação contida.
Movimento dos olhos: movimento desempenha um papel importante na
comunicação. Um olhar fixo pode ser entendido pelo observador como prova
de interesse. Mas em outro contexto, pode significar ameaça, provocação.
Curso de Formação de Guarda-vidas Militar
Trejeitos e movimentos com a cabeça: os movimentos com a cabeça
tendem a reforçar e sincronizar a emissão de mensagens. Se a pessoa estiver
entendendo a mensagem, ela pode expressar isto movendo a cabeça para
cima e para baixo.
Postura e movimento de corpo: movimentos corporais tendem a
fornecer pistas mais seguras do que as expressões faciais, onde comunica
atitudes concernentes a situação.
Aparência: normalmente, a aparência de uma pessoa reflete o tipo de
imagem que gostaria de passar. Por meio de vestuário, penteado, postura,
gestos, modo de falar, etc.
E outros componentes como os componentes não-verbais, que enquadra-
se a entonação da voz, as características emocionais.
Saber Escutar e Ouvir...
Para o processo de comunicação, é necessário que as pessoas entrem
num consenso, que se compreendam mutuamente. É preciso que haja um
equilíbrio entre a quantidade de informação dada e a quantidade de informação
recebida.
Conseguindo escutar:
Tem que querer escutar
Impedir que ruídos externos ou internos distorçam a mensagem
Prestar a atenção
Ser flexível
Resistir a distrações
Deixar de lado preconceito e preferências
Demonstrar respeito e aceitação
Barreiras a uma Comunicação Eficaz...
Dificuldades de expressão
Timidez/medo de se expressar
Falta de carisma (não consegue prender a atenção)
Suposições
Curso de Formação de Guarda-vidas Militar
Excesso de intermediários
Sentimentos
Diferenças de percepção
Hostilidade
Status
Entre outros.
Diferenças individuais...
Cada ser humano é único e distinto. Desde o seu nascimento, possui
características próprias, que, com o passar dos anos, se desenvolvem e se
acentuam, num processo acumulativo de experiências vividas. Por isso, cada
ser humano tem uma personalidade única e exclusiva.
Personalidade: é o conjunto de características que definem uma pessoa e
igual só a ela mesma. São características biológicas, psíquicas e sociais.
Causadores das Diferentes Individuais...
Constituição física (sexo, acuidade sensorial – diferentes
capacidades de utilizar dos seis sentidos: tato, audição, etc.
Traços psicológicos: inteligência, aptidões, emoções.
Experiências vividas
Grupo social e nível cultural a que pertence.
Interesses e motivações pessoais.
Comportamento – pode ajudar ou atrapalhar uma pessoa.
Paciência + compreensão = profissionalismo.
Exercício – Traçando o perfil do público
1 – O que é segurança na praia?
2 – Quem é o público?
3 – São todos vítimas potenciais?
4 – Quais as características deste público?
5 – Como previni-los?
Curso de Formação de Guarda-vidas Militar
Quem é o turista?
Certamente é um viajante, um passageiro, imprevisível, e sobretudo um
desconhecido. Varia personalidade, maneira de viver, principalmente, nas
razões que o trouxeram.
Ele tem várias expectativas, desejos e busca todas as regalias, serviços e
pessoal treinado a sua disposição, principalmente em se tratando da prestação
de serviços, tanto privado como público.
Suas características:
São pessoas que ficam por um curto período de tempo;
Estão a procura do lazer, do repouso, apreciação da natureza,
exercitar-se, procuram o turismo ecológico, religioso, de compras,
negócios, de saúde, etc.);
Estão livres das obrigações diárias de sua vida cotidiana;
Viajam sozinhos, família, ou grupos;
Procuram por qualidade de vida;
Pela diversão (como destinos de sol/praia, “busca do verde”, vida
noturna, compras, gastronomia, etc.)
Procuram por destinos que ofereçam segurança;
Alguns refugiam-se dos grandes tumultos dos grandes
aglomerados urbanos;
Não estão acostumados com a “cultura turística” (em relação ao
comportamento de forma alienada, a preservação do meio
ambiente, etc.);
Não gostam de ser interferidos;
Procuram certos destinos pelas drogas, pelas bebidas, pelo sexo;
Possuem aspectos diferenciais sócio-econômicos (renda, idade,
educação, etc.)
Entre outros, ...
Suas expectativas...
Ver tudo funcionando a tempo e a hora, tudo perfeitamente bem;
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Receber das pessoas que trabalham diretamente com o público um
tratamento cortês, educado, atento, atencioso, interessado em
satisfazer seus desejos e necessidades;
Ter confiança nos profissionais que o atendem;
Não querem ser interferidos.
No entanto estes “turistas” estão sujeitos a situações de risco:
Encontram-se mais expostos às situações de risco envolvendo sua
nacionalidade, religião, grupo étnico;
Estão num destino do qual não conhecem a cultura, talvez o
idioma;
São alvos muito atraentes (carregam dinheiros, câmeras, etc.)
Envolvem-se em comportamentos de riscos (nadar em lugares
proibido, não respeitar as sinalizações de alerta, usam drogas,
consomem bebidas alcoólicas, etc.)
Não estão familiarizados com a língua/dialetos e os costumes;
Não tem a sua disposição grupos de suporte local;
Muitas vezes visto pela comunidade local como agressoras das
suas culturas e insensíveis às normas e costumes locais;
Trazem consigo noções de segurança e do papel das autoridades
de segurança baseadas nas suas experiências no local de
origem/residência.
Na 2ª fase – no incidente...
Exercício – Traçando o perfil do público
1. Quem são as vítimas? Infantil, jovens, adultos...
2. Quem são as pessoas que estão presentes junto à vítima?
(cenário) – familiares, curiosos, colegas, mídia...
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Na 3ª fase...
1. Para onde foi a vítima?
2. O que aconteceu com ela? Como? Quando?
3. Quem era a vítima? Da onde?
Aqui é que vem a importância do preenchimento do questionário.
Tentou-se traçar uma tipologia do perfil do público que vocês tem o
contato diariamente. Não pretendeu-se limitar aqui, a tipologia dos indivíduos,
ou de situações. O que pretendeu-se, foi mostrá-los que existe a possibilidade
de abordar e prevenir os diversos públicos.
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Lição 07
RECUPERAÇÃO DE AFOGADOS
OBJETIVOS:
Ao final desta lição os participantes serão capazes de:
1. Proceder a avaliação inicial de um paciente vítima de afogamento;
2. Citar os seis graus de classificação de afogados, segundo o apresentado
no manual;
3. Citar os procedimentos pré-hospitalares para cada grau da classificação
de afogados;
4. Enumerar as demais lesões provocadas pelo calor, que podem ocorrer
em um ambiente praial e os acidentes com seres marinhos.
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RECUPERAÇÃO DE AFOGADOS
AVALIAÇÃO DO PACIENTE
Numa situação de urgência/emergência, a vítima não poderá receber os
cuidados adequados se seus problemas não forem corretamente identificados.
Portanto, a avaliação do paciente deverá ser realizada pelos guarda-vidas para
identificar possíveis lesões (traumas) e doenças (emergências médicas) ou
ambas.
AVALIAÇÃO GERAL DO PACIENTE
O processo de avaliação geral do paciente divide-se cinco fases distintas,
a saber:
Avaliação/ Dimensionamento da cena; Avaliação inicial; Avaliação Dirigida; Avaliação física detalhada (opcional); e Avaliação ou assistência continuada.
1. AVALIAÇÃO/DIMENSIONAMENTO DA CENA
Todo atendimento deverá iniciar-se pelo dimensionamento (avaliação) da
cena da emergência. Esta rápida avaliação do cenário da emergência inclui:
1. A revisão das informações iniciais;
2. A adoção de medidas de proteção pessoal (precauções
universais);
3. A verificação das condições de segurança:
4. Segurança pessoal;
5. Segurança da vítima;
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6. Segurança de terceiros (familiares, testemunhas e curiosos);
7. A verificação do número de vítimas e da necessidade do
acionamento de recursos adicionais.
2. AVALIAÇÃO INICIAL
A avaliação inicial da vítima é o próximo passo do guarda-vidas após a
avaliação do local da ocorrência. Podemos conceituá-la como sendo um
processo ordenado para identificar e corrigir, de imediato, problemas que
ameacem a vida em curto prazo no momento da abordagem da vítima, mesmo
dentro d`água.
A avaliação inicial deve ser executada na seguinte seqüência: 1. Forme uma impressão geral da vítima; 2. Avalie o nível de consciência (status mental - Escala AVDI); 3. Avalie a permeabilidade das vias aéreas e a coluna cervical; 4. Avalie a respiração; 5. Avalie a circulação (presença de pulso carotídeo palpável e hemorragias
graves); 6. Decida a prioridade para o transporte do paciente (Escala CIPE).
APRESENTAÇÃO DO GUARDA-VIDAS
Diga seu nome;
Identifique-se como guarda-vidas tecnicamente habilitado para ajudar;
Pergunte à vítima se você pode ajudá-la.
Durante a avaliação inicial, os problemas que ameaçam a vida, por ordem de importância, são:
- Vias aéreas ( A ) - Respiração ( B ) - Circulação ( C )
AFOGAMENTO
É grande a confusão da definição do termo afogamento na língua
inglesa. O uso do termo “near-drowning” traduzido como “quase-afogamento” é
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ainda hoje erradamente utilizado e significam afogados que não falecem até 24
h após o incidente e o termo “drowning” as vítimas que falecem em até 24 h.
Esta nomenclatura subestima o número total de óbitos por afogamento nos
países da língua Inglesa resultando em um grande erro no perfil
epidemiológico. Vários autores demonstraram sua preocupação quanto a esta
definição imprecisa em uso, mostrando que ela esta em desacordo com os
parâmetros prognósticos internacionais definidos em “Utstein-style” (1996). Em
Agosto de 2000, com a edição dos novos “Guidelines” da “American Heart
Association” aprovados pelo ILCOR, e com a realização do Congresso Mundial
de Afogamento em 2002 realizado na Holanda, o termo quase-afogamento caiu
definitivamente em desuso. A nova definição de afogamento é apresentada
logo abaixo. Esta informação ajuda no diagnóstico e na terapia corretos.
Afogamento (Drowning): aspiração de liquido não corporal por
submersão ou imersão.
Resgate: Pessoa resgatada da água sem sinais de aspiração líquida.
Já Cadáver: morte por afogamento sem chances de iniciar
ressuscitação, comprovada por tempo de submersão maior que 1 hora ou
sinais evidentes de morte a mais de 1 hora (rigidez cadavérica, livores, ou
decomposição corporal).
MECANISMO DA LESÃO
Nos acidentes por submersão, independentemente da causa, o fator
principal que leva o indivíduo à morte é a hipóxia. Lembrar sempre que o
indivíduo quase afogado pode ter outras lesões associadas, como fraturas e
ferimentos. Inicialmente, a vítima em contato com a água prende
voluntariamente a respiração e faz movimentos de todo o corpo, tentando
desesperadamente nadar ou agarrar-se a alguma coisa. Nessa fase, pode
haver aspiração de pequena quantidade de água que, em contato com a
laringe, por reflexo parassimpático, promove constrição das vias aéreas
superiores e, em 10 a 15% dos casos, produzem laringoespasmo tão severo,
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que impede a entrada de ar e água na árvore respiratória, até que a vítima seja
resgatada ou perca a consciência e morra.
Se não ocorrer o salvamento até essa fase, a vítima que prender a
respiração atingirá seu limite e fará movimentos respiratórios involuntários,
aspirando grande quantidade de água. Essa entrada de grande quantidade de
água nos pulmões piora a constrição das vias aéreas e haverá perda do
surfactante (que mantém os alvéolos abertos) e alteração na permeabilidade
dos capilares pulmonares, com extravasamento de líquidos para os alvéolos e
espaço intersticial (edema pulmonar). Esses fatos levam à diminuição da
capacidade de expansão pulmonar, além de impedir a troca gasosa normal.
Após essas fases iniciais, enquanto a quantidade de água aspirada não seja
muito grande, na fase de descompensação, os movimentos diafragmáticos
involuntários aumentam a aspiração de líquidos e os movimentos de
deglutição, com vômitos na seqüência. Ocorre inundação total dos pulmões
com perda de consciência, apnéia e conseqüente morte.
As complicações tardias dos indivíduos que sobrevivem ao episódio de
submersão são aquelas decorrentes da aspiração de água (edema pulmonar,
infecções graves), que levam a vítima à morte. Nos acidentes em água doce ou
salgada, as alterações pulmonares nos indivíduos que sobrevivem são
praticamente iguais, ou seja, a presença da água doce ou salgada nos pulmões
leva a alterações que causam a hipóxia.
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CAUSAS DE AFOGAMENTO
Afogamento Primário – É o tipo mais comum, não apresentando em seu mecanismo nenhum fator incidental ou patológico que possa ter desencadeado o acidente. Afogamento Secundário – É a denominação utilizada para o afogamento causado por patologia ou incidente associado que o precipita. Ocorre em 13% dos casos de afogamento, como exemplo: Uso de Drogas (36.2%) (quase sempre por álcool), crise convulsiva (18.1%), traumas (16.3%), doenças cardiopulmonares (14.1%), mergulho livre ou autônomo (3.7%), e outros (homicídio, suicídio, lipotimias, cãibras, hidrocussão) (11.6%). O uso do álcool é considerado como o fator mais importante na causa de afogamento secundário
CLASSIFICAÇÃO DE AFOGADOS
GRAU 1 – TOSSE SEM ESPUMA NA BOCA OU NARIZ Procedimentos: 1. Repouso, aquecimento, e tranqüilização. Usualmente não há necessidade de oxigênio ou atendimento médico GRAU 2 – POUCA ESPUMA NA BOCA/NARIZ Procedimentos: 1. Oxigênio - 5 litros/min via máscara facial. 2. Repouso, aquecimento, e tranqüilização. 3. Posição lateral de segurança sob o lado direito. 4. Observação hospitalar por 6 a 48 h. GRAU 3 - GRANDE QUANTIDADE de ESPUMA na BOCA/NARIZ COM PULSO RADIAL PALPÁVEL Procedimentos: 1. Oxigênio via máscara facial a 15 litros/min. 2. Posição lateral de segurança sob o lado direito com a cabeça elevada acima
do tronco. 3. Acione a ambulância para levar ao hospital (CTI).
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GRAU 4 - GRANDE QUANTIDADE de ESPUMA na BOCA/NARIZ SEM PULSO RADIAL PALPÁVEL Procedimentos: 1. Oxigênio via máscara facial a 15 litros/min. 2. Observe a respiração com atenção, pois pode ocorrer parada. 3. Posição lateral de segurança sob o lado direito. 4. Ambulância urgente para melhor ventilação e infusão venosa de líquidos. 5. Internação em hospital - CTI com urgência. GRAU 5 - PARADA RESPIRATÓRIA ISOLADA Procedimentos: 1. Inicie imediatamente a ventilação artificial de emergência 2. Mantenha a ventilação artificial de 12 a 20 MRPM com oferta de O2 a uma
dosagem de 15 LPM até retorno espontâneo da respiração. Cheque o pulso regularmente.
3. Após retorno da ventilação trate como Grau 4 GRAU 6 - PARADA CÁRDIO-RESPIRATÓRIA Procedimentos: 1. Ressuscitação Cárdio-Pulmonar – manobras preconizadas pela AHA, até
retornar a função cárdio-pulmonar, chegar uma ambulância ou a exaustão do guarda-vidas.
2. Use o desfibrilador automático se houver. 3. Não dar soco no precórdio – sem efetividade comprovada. 4. Não comprimir o abdome – facilita a ocorrência de vômitos 5. A RCP deve ser mantida com temperatura Corporal acima de 34º C. 6. Inicie a RCP sempre quando: submersão menor que 1 hora ou desconhecido
e em PCR sem rigidez cadavérica; decomposição corporal ou livores. 7. Após o sucesso da RCP, a vítima deve ser acompanhada com cuidado pois
pode haver outra parada dentro dos primeiros 30 minutos, trate como Grau 4.
EMERGÊNCIAS AMBIENTAIS - LESÕES PROVOCADAS PELO CALOR 1. CÃIBRAS PELO CALOR: Sinais e sintomas:
Cãibras musculares severas, usualmente nas pernas e abdome;
Cansaço físico;
Tontura e, às vezes, desmaio. Tratamento pré-hospitalar: 1. ______________________________________; 2. ______________________________________; 3. Massagear os músculos com cãibras ou aplicar simples pressão sobre eles.
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Aplicar toalhas úmidas sobre os músculos mais doloridos provoca alívio extra. GOLPE DE CALOR (INSOLAÇÃO)
O golpe de calor é uma doença que pode pôr a vida em perigo, que deriva de uma prolongada exposição ao calor e na qual uma pessoa não pode suar o suficiente para fazer descer a sua temperatura corporal. O golpe de calor pode provocar alterações permanentes ou a morte se não for tratado de imediato. Uma temperatura de 41ºC é muito grave e uma temperatura de apenas 1ºC a mais costuma ser mortal. Rapidamente poderá verificar-se uma lesão permanente nos órgãos internos, como o cérebro, chegando muitas vezes a ser fatal. Os idosos e os que sofrem de uma doença debilitante, incluindo os alcoólicos, tendem a ser os mais prejudicados. Geralmente, o diagnóstico de golpe de calor baseia-se nos sintomas
Sinais e Sintomas:
● Cefaléia;
● ________________________;
● ______________________;
● Pele quente, avermelhada e geralmente seca;
● Taquicardia;
● _________________;
● ________________;
● ________________;
● Sede;
● _________________;
● Ansiedade;
● Parestesia.
Tratamento Pré-Hospitalar: 1. Esfriar rapidamente a vítima. Retirá-la do local, remover as roupas, aplicar toalhas molhadas sobre a vítima. Devemos normalizar a temperatura para evitar que suas células cerebrais morram.
2. Solução de reidratação oral, com 1 a 2 litros em 2 a 4hs se estiver consciente; 3. Aplicar bolsas de gelo sob as axilas, nos pulsos e atrás dos joelhos e também próximos aos lados do pescoço;
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4. Se possível, providenciar a imersão da vítima em uma banheira d’água e esfriar a água com gelo; 5. Transporte imediato para ambiente hospitalar.
SÍNDROME DE IMERSÃO
Seu nome correto é "hidrocussão" ou Síndrome de Imersão (Immersion syndrome). É um acidente provocado pela súbita exposição à água com uma temperatura 5º C abaixo da corporal. Pode ocorrer, portanto em temperaturas da água tão "quentes" quanto 31º C, freqüentemente presente em nosso litoral ou em piscinas, ou até mesmo em um banho de chuveiro. Quanto maior a diferença de temperatura, e mais súbita a exposição, maior a possibilidade de sua ocorrência. Este súbito contato com a água mais fria que o nosso corpo estimula uma parte do sistema autônomo (vagal) produzindo então uma arritmia cardíaca ou na pior das hipóteses a parada cardiorrespiratória (PCR). A arritmia cardíaca reduz a capacidade do coração em bombear sangue produzindo então a queda súbita da pressão arterial e a conseqüente perda da consciência. Como estas situações ocorrem geralmente dentro da água, o afogamento é a conseqüência imediata deste acidente, e a morte é o resultado final, caso esta vítima não seja imediatamente socorrida.
O "choque térmico" pode ser reduzido ou evitado se molharmos a face e a cabeça antes de mergulhar. QUEIMADURAS POR ÁGUAS- VIVAS OU CARAVELAS
As águas-vivas e caravelas são muito comuns em nossas praias por preferirem as águas com fundo arenoso. Sua maior incidência, em nosso litoral, ocorre no verão, e principalmente durante as tempestades e ressacas quando podem atingir algumas praias em grande número. Geralmente, flutuam calmamente na superfície e apesar de se deslocarem ,estão em grande parte, à mercê das correntes e ondas. Para capturar seu alimento, elas inoculam sua peçonha através dos nematocistos. Cada nematocisto possui uma pequena cápsula arredondada contendo a peçonha, e uma ponta que é projetada para fora ao entrar em contato com a vítima. Cada água viva possui milhares de nematocistos prontos para serem disparados ao entrar em contato com a pele humana. Sinais e Sintomas:
– Os mais comuns são as urticárias e queimaduras locais dolorosas que podem durar de 30 minutos a 24 horas;
– Nos casos mais graves, podem ocorrer dor de cabeça, mal-estar, náuseas, vômitos, câimbras, e outros que vão desde a dificuldade respiratória até as arritmias cardíacas, paralisia, delírio e convulsão
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– A morte é rara mas pode ocorrer por insuficiência respiratória ou choque, provocado por efeito da intoxicação ou de anafilaxia
Tratamento pré-hospitalar: 1. Não permitir que a vítima coce o local; 2. Se possível remover cuidadosamente os tentáculos aderidos, e NUNCA esfregar a região atingida pois aumenta o rompimento dos nematocistos; 3. Lavar abundantemente a região atingida com a água do mar para remover ao máximo os nematocistos e os tentáculos aderidos à pele. Não utilize água doce, pois ela pode romper (por osmose) os nematocistos que ainda não descarregaram sua peçonha; 4. Lavar a região, sem esfregar, com ácido acético a 5% (vinagre) por cerca de 5 a 10 minutos e alternar com água do mar por 2 a 3 vezes. O vinagre desativa os nematocistos ainda íntegros e neutraliza a peçonha, mas não tem ação sobre a dor; 5. Caso a dor continue, use compressas geladas no local; 6. Havendo reação alérgica ou inflamatória importante a vítima deverá ser conduzida para atendimento médico.
AFOGAMENTO - CLASSIFICAÇÃO e TRATAMENTO - BLS Baseado na avaliação de 1.831 casos - CHEST -
Set. 1997
Grau 4 (19.4%) Grau 3 (5.2%)
Sinais de Circulação Presente ?
(Reação a ventilação ou
movimentos)
SimNão
Grau 6 (93%)
Grau 5 (44%)
Sim
Cheque tosse e
espuma
na boca e nariz
Grau 1(0.0%)
PEQUENA
QUANTIDADE DE ESPUMA
NA BOCA/NARIZ
Grau 2 (0.6%)
GRANDE QUANTIDADE DE
ESPUMA NA BOCA/NARIZ
PULSO RADIAL PALPÁVEL
?
Sim TOSSE, SEM
ESPUMA NA
BOCA/NARIZ
Não
Algoritmo 2: A manobra de Heimlich só esta indicada em forte suspeita de obstrução de vias aéreas por corpo estranho; Não existe diferença no tratamento entre afogamentos de água doce
e mar.(*) A ventilação ainda dentro da água no grau 5 reduz a mortalidade em quase 50%; Ao lado do grau de afogamento a mortalidade em percentual (%).; PCR (Parada Cárdio-pulmonar);Referencias com o autor <[email protected]> <www.szpilman.com>
Faça 2 ventilações boca-a-
boca e cheque sinais de
circulação
Inicie a RCP completa
com 15 compressões e
alterne com 2 ventilações
até retornar a função
cardio-pulmonar, ou a
chegada da ambulância
ou a exaustão do guarda-
vidas. Após o sucesso da
RCP, acompanhe com
cuidado pois pode haver
outra parada dentro dos
primeiros 30 minutos.
Continue o boca-
a-boca de 12 a
20 p/min até o
retorno da
respiração
norma
Cheque a resposta da vítimaSem resposta respondeu
RESPIRAÇÃO PRESENTE
?ausente Resgate(0.0
%)Avalie e
libere do
próprio local
do acidente
sem
tratamento
1. Repouso,
aquecimento e
tranqüilização
da vítima. 2.
Usualmente
não há
necessidade
de oxigênio ou
atendimento
médico
1. Oxigênio -
5 litros/min
via cânula
nasal. 2.
Repouso,
aquecimento
e
tranqüilização
da vítima. 3.
Observação
no hospital
por 6 a 48
horas.
Não
1. Oxigênio via
máscara facial a 15
litros/min. 2. Posição
lateral de segurança
sob o lado direito
com a cabeça
elevada acima do
tronco. 3. Acione a
ambulância para
levar ao hospital
(CTI).
1. Oxigênio via máscara
facial a 15 litros/min. 2.
Observe a respiração com
atenção, pois pode ocorrer
parada. 3. Posição lateral
de segurança sob o lado
direito. 4. Ambulância
urgente para melhor
ventilação e infusão
venosa de líquidos. 5.
Internação no CTI com
urgência.
Após retorno da respiração e do pulso trate como grau 4
Cuidado ao abrir as vias
aéreas, se houver suspeita
de trauma da coluna
cervical(1%) - use técnicas
especiais.
Hospitalização
Cheque a respiração - Abra as vias aéreas - veja, sinta e ouça a respiração
Cheque a resposta da vítima ainda dentro da águaVítima consciente: resgate até a praia ou borda da piscina sem outro procedimento; Vítima inconsciente - Água rasa: abra as vias aéreas, cheque a respiração, e inicie o boca-a-boca se necessário e resgate até área seca.
Água funda: Use sempre equipamento quando com 1 guarda-vidas. Coloque a face da vítima para fora da água e abra as vias aéreas. Se não houver respiração, inicie a ventilação boca-a-boca imediatamente de 12 a 20/min
até alcançar área seca(*). Não cheque sinais de circulação dentro da água, somente se a distancia à área seca for longe ou se chegar em água rasa. Se não houver circulação não inicie as compressões dentro da água, resgate
o mais rápido possível para área seca sem outros procedimentos.
Em área seca - cabeça da vítima no mesmo nível do tronco (em praias inclinadas na posição paralela a água)Não perca tempo tentando retirar água do pulmão. A posição da cabeça mais baixa que o tronco aumenta a ocorrência de vômitos e regurgitação, retardando o início da ventilação e oxigenação, prejudicando a vítima. Em
praias inclinadas coloque a vítima inicialmente paralela a linha da água com o ventre para cima. O guarda-vidas deve ficar neste momento de costas para o mar com a cabeça da vítima voltada para o seu lado esquerdo
facilitando as manobras de PCR sem queda sobre a vítima e a posterior colocação da vítima viva em posição lateral de segurança sob o lado direito, quando então o guarda-vidas fica de frente para o mar aguardando o
socorro médico chegar.
Transporte da água para área seca com a cabeça da vítima acima do tronco (exceto em casos de hipotermia severa) com vias aéreas desobstruídas
Suporte Básico de Vida
Szpilman 2001
Tempo de submersão > 1 h, ou
Rigidez cadavérica, decomposição
corporal e/ou livores.
SimNão
Já
Cadáver
Não Inicie
RCP,
acione
IML
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Lição 8
SALVAMENTO AQUÁTICO
OBJETIVOS
Ao final da lição os participantes serão capazes de:
1) Relacionar a importância do serviço de salvamento aquático;
2) Citar pelo menos três missões que o guarda-vidas deve executar
quando de serviço;
3) Citar as fases do salvamento aquático;
4) Executar as técnicas adequadas para desvencilhar-se de uma vítima
que durante a abordagem o agarrou;
5) Executar com precisão salvamentos com a utilização de life belt e
prancha de salvamento.
6) Citar os tipos de reboque de vítima mais comuns praticados pelos
guarda-vidas
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SALVAMENTO AQUÁTICO
2. IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE DE SALVAMENTO AQUÁTICO
O guarda-vidas não está nas praias somente para salvar vidas, mas
principalmente para guardá-las, atuando continuamente na prevenção,
evitando que o banhista seja arrastado pela corrente de retorno.
Muitas vezes, o guarda-vidas é o único representante da administração
pública na praia, sendo solicitado para prestar informações diversas, como
reclamações referentes a cachorros na praia, jogo de futebol, pescaria em área
de banho, embarcações próximas à faixa de areia ou pranchas de surf que
oferecem perigo aos banhistas, além de ter a importante missão de proteger os
banhistas do perigo do mar, entre eles:
a) ;
b) ;
c) .
PARTES ESSENCIAIS DE UM SOCORRO
Reconheça a necessidade do socorro.
Chame por ajuda ou avise alguém antes de iniciar o socorro.
Decida o local por onde irá atingir a vítima e o material que irá utilizar.
Aborde a vítima com a estratégia mais adequada e mais segura.
Transporte à vítima até a praia ou chame por ajuda mais adequada a
situação
Durante o resgate, o guarda-vidas deve manter-se calmo, julgar e decidir
a cada etapa
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do resgate, e acima de tudo não se expor ou ao paciente a riscos
desnecessários.
O SOCORRO
Para avaliar o risco e o método de resgate a ser utilizado, o guarda-vidas deve
avaliar:
As condições do mar
As condições da(s) vítima(s)
O equipamento disponível para o resgate
A disponibilidade e habilidade dos recursos humanos para o resgate.
Sempre comunicar estar partindo para um resgate.
ENTRADA NO MAR
Ao visualizar o afogado em necessidade de ajuda, avalie:
1. Qual o meio mais rápido e seguro para você e para sua vítima?
Geralmente a corrente de retorno (vala) é o meio mais rápido,
entretanto as vezes pode ser mais rápido entrar por um banco de areia
ou um costão.
2. Qual o material de salvamento que você dispõe que vai lhe ser mais útil
para ajudar no salvamento?
3. A nadadeira deve ser um material obrigatório no socorro e só deve ser
dispensada em casos excepcionais.
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APROXIMAÇÃO DO AFOGADO
É a aproximação do guarda-vidas ao afogado podendo ser realizado
pelo nado de aproximação ou através de outros meios quando se utiliza
equipamento de salvamento como helicópteros ou barcos. A aproximação deve
ser feita pelo local mais seguro para o socorrista e a vítima. A aproximação do
guarda-vidas até a vítima deverá ser feita em nado de “aproximação”, que é
uma variante do nado estilo “craw”. Neste estilo a cabeça do socorrista deverá
ficar para fora da água, de forma a facilitar a visualização da vítima. A
vantagem dessa variante consiste na maior velocidade de deslocamento e na
maior garantia de não se perder o afogado de vista.
ABORDAGEM DO AFOGADO
É o contato do guarda-vidas e/ou dos meios de salvamento com a
vítima. Esta abordagem deve levar em consideração o estado da vítima:
Vítimas inconscientes: abordagem direta. Caso o guarda-vidas tenha
algum material de salvamento este será utilizado após a abordagem
corporal da vítima.
Vítimas conscientes e tranqüilas: aborde a vítima de longe
explicando-a como você socorrista irá fazer para ajudar.
Vítimas conscientes e desesperadas: O socorrista deve oferecer o
material de salvamento (rescue-can, rescue-tube, pranchão e outros)
antes de entrar na zona de contato corporal com a vítima. Caso o
socorrista não possua material, a abordagem deve ser realizada,
parando-se a 2 m antes da vítima, mergulhando por baixo dela para que
a abordagem seja pelo dorso da vítima, reduzindo o risco de lesões. A
técnica recomenda que a abordagem seja feita pelas costas da vítima, o
que evitará que ela se agarre ao guarda-vidas. Entretanto, isto não
ocorre com facilidade, pois a vítima, instintivamente, estará sempre
voltada para o guarda- vidas.
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Importante ressaltar, que durante a abordagem da vítima esta poderá
agarrar o guarda-vidas, sendo necessário a aplicação de algumas técnicas
para desvencilhar-se dela.
No entanto a que ressaltar que a ILS, preconiza que existem três
procedimentos que o guarda-vidas nunca pode realizar, que são: nunca agredir
a vítima; nunca afunda ou afogar a vítima e nunca perder o contato com a
vítima.
Quando a vítima agarrar o guarda-vidas pelos cabelos
Segure a mão da vítima oposta a que o guarda-vidas for utilizar com o
polegar sobre a parte posterior da mão da vítima e os demais dedos por baixo
da mão, fazendo um giro da mão da vítima de forma a gira todo o braço. Com a
outra mão, o guarda-vidas seguro na parte anterior do braço da vítima, o
mesmo em que a mão está sendo segura, e auxilia no giro do corpo da mesma
e fazendo a pegada por baixo da axila e queijo, na posição para o reboque.
Quando a vítima agarrar o guarda-vidas no pescoço
Deverá o guarda-vidas passa um dos braços por entre os braços da
vítima segurando com sua mão na mão oposta da vítima, pelo lado posterior e
com o mesmo braço, colocando o seu antebraço entre os antebraços da vítima
e girando a mão da vítima e forçando o braço dela com seu de forma a fazê-la
soltar seu pescoço. Enquanto isso a outra mão do guarda-vidas segura à vítima
pelas costas e auxilia no giro do corpo da mesma e fazendo a pegada por
baixo da axila e queijo, na posição para o reboque.
Quando a vítima abraçar o guarda-vidas por cima dos braços
Deverá o guarda-vidas segurar fortemente com ambas as mãos, na altura
dos quadris da vítima sobre as cristas ilíacas, fazendo pressão com a ponta do
polegar, empurrar com força a vítima para frente e para cima. A tendência
natural do movimento é fazer com que o guarda-vidas deslize para baixo entre
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os braços da vítima. Em seguida, sem perder o contato, e ainda segurando a
vítima pelos quadris, efetuar o giro, de maneira a colocá-la de costas para a
tomada de posição de reboque.
Quando a vítima abraçar o guarda-vidas por baixo dos braços
Como o guarda-vidas tem livre as mãos, deverá colocar uma delas sob a
região mentoniana (queixo) da vítima e a empurrar com força para cima e para
o lado oposto da outra mão sua. Isto a obrigará a afrouxar os braços, quando
então o guarda-vidas irá girar a vítima com o auxílio da outra mão que estará
na parte posterior da escápula, para a tomada de posição de reboque.
PRIMEIRA AVALIAÇÃO E REBOQUE NA ÁGUA CONSCIENTE OU INCONSCIENTE SEM MATERIAL
É aquele salvamento que se caracteriza pela ação de um ou mais
guarda-vidas, sem utilização de equipamento de proteção individual, de
flutuação, ou de tração, no resgate da vítima. Nos dias de hoje apenas se
admite um socorro sem material em casos excepcionais onde o socorrista
encontra-se no local, mas não esta em trabalho.
Todos os guarda-vidas devem sempre estar portando nadadeiras
durante serviço. Embora por alguns não seja considerada como material de
salvamento, e sim uma extensão do uniforme obrigatório do guarda-vidas.
Descrevemos abaixo o salvamento sem equipamentos considerando a
nadadeira como parte do uniforme do guarda-vidas.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA NA ÁGUA: A necessidade de suporte básico de
vida ainda dentro da água depende do estado de consciência da vítima. Para
vítimas conscientes ou sabidamente vivas (movimentando-se) não há
necessidade do suporte básico de vida na água e somente quando chegar a
areia. Para vítimas inconscientes o suporte básico de vida ainda dentro da
água pode reduzir a possibilidade de morte em 50%, o que o torna em um
procedimento de vital importância.
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RESGATE É a retirada da vítima do meio líquido para a área seca (areia),
geralmente realizada através do nado de reboque.
NADO DE REBOQUE - É o nado utilizado para o reboque de uma vítima.
Caracteriza-se pela posição lateral que o guarda-vidas assume na superfície da
água, trazendo a vítima sempre voltada para cima, mantendo-se as vias aéreas
fora da água. É dividido em dois movimentos:
Pernada: Chamada de “pernada de tesoura”. Partindo da posição totalmente
estendida, o guarda-vidas recolhe as pernas, de maneira que a perna mais
próxima da superfície da água se dobre trazendo o joelho o mais próximo do
peito, enquanto a outra perna se flete tentando tocar o glúteo com o calcanhar.
Após o recolhimento, ambas as pernas se alongarão na maior amplitude
possível, havendo então um violento movimento de impulsão, ao fim do qual as
pernas deverão estar unidas e esticadas, próximo a linha da água, deixando o
corpo totalmente estendido.
Braçada: Simultaneamente ao movimento das pernas, o braço que estiver
submerso tracionará a água no momento em que as pernas estiverem se
encolhendo, e se esticará quando ocorrer a impulsão da pernada. O braço
deve descrever um oito por ocasião do tracionamento. O outro braço esta na
posição de reboque segurando a vítima por cima do peito até a mão do
socorrista alcançar a axila ou o peitoral contralateral fornecendo maior firmeza
ao socorrista.
Tipos de Reboque
1) Reboque da Cruz Vermelha: O guarda-vidas tomará a posição de reboque,
o que consiste em passar o braço esquerdo (ou direito) sobre o ombro
esquerdo (ou direito), colocando a mão esquerda (ou direita) sob a axila direita
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(ou esquerda) do afogado, colocando-o em posição horizontal, de costas e com
apoio no quadril do guarda-vidas. Em conseqüência desta posição de reboque,
a vítima estará dominada, permanecendo com as vias aéreas fora d’água; fato
este que a faz sentir-se mais segura. O guarda-vidas deverá conversar com a
vítima acalmando-a e reforçando o fato dela estar segura e viva conseguindo
desta forma sua ajuda batendo os pés.
Como o guarda-vidas terá um braço e ambas as pernas livres, nadará
lateralmente.
2) Reboque pelas axilas: Reboque fixando-se o braço sob a axila e a mão na
nuca, tomando a posição anteriormente descrita. É a maneira mais favorável
para se rebocar uma vítima em pânico, pois esta posição praticamente
imobiliza um braço da vítima e deixa o outro sem condições de agarrar o
socorrista. Pode ser realizado por um ou dois guarda vidas. Só deve ser
realizada em casos de vítimas conscientes e agitadas.
3) Reboque pelo queixo: É o mais cômodo e fácil para o guarda vidas,
entretanto somente poderá ser aplicado em vítimas absolutamente calmas e
confiantes, como nadadores cansados, por exemplo, ou mesmo em longos
percursos.
4) Reboque pelo punho: Esta técnica poderá ser utilizada em vítimas
passivas e é a seqüência natural de uma aproximação pela frente e pela
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superfície. Após a vítima ser virada de costas, o braço que está rebocando
deverá manter-se reto ao puxar a vítima, verificando sempre para que sua
cabeça esteja fora da água. Ajustando a maneira de virar o pulso de vítima, seu
rosto ficará na superfície. Se o contato inicial foi na axila ou queixo da vítima, o
guarda-vidas deverá posicioná-la dando fortes pernadas enquanto usa um dos
braços para colocar o braço correspondente da vítima para trás. Segura o
pulso com firmeza na posição correta e inicia o reboque pelo pulso. Se as
condições da água, o tamanho e peso da vítima não favorecerem este método
ou se a vítima estiver agitada, o socorrista deverá estar preparado para mudar
o tipo de reboque.
Transporte
É a retirada da vítima do meio líquido, até um local seguro e que
possibilite ofertar a vítima o atendimento requerido. Durante o transporte
deverá ser observado se as vias aéreas permanecem pérveas.
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Reanimação
São as técnicas executadas pelo guarda-vidas, visando o
restabelecimento dos sinais vitais da vítima.
Interessante salientar, que quando houver possibilidade e a vítima
necessitar, a reanimação deverá ser executada também durante as fases de
abordagem e reboque, desde que seja viável e o guarda-vidas esteja portando
o equipamento de proteção individual requerido para a manobra.
TIPOS DE SALVAMENTO
O tipo do salvamento dependerá do estado da vítima e do meio onde se
está realizando o salvamento, além dos equipamentos empregados.
Salvamento simples
É aquele que se caracteriza pela utilização apenas da nadadeira como
equipamento de proteção individual.
A técnica recomenda que a abordagem seja feita pelas costas da vítima,
o que evitará que ela se agarre ao guarda-vidas. Entretanto, isto não ocorre
com facilidade, pois a vítima, instintivamente, estará sempre voltada para o
guarda-vidas.
No caso de ocorrer à aproximação pelas costas, deverá o guarda-vidas,
simplesmente, tomar a posição de reboque, o que consiste em passar o braço
esquerdo ou direito pela axila esquerda ou direita do afogado, apoiando a mão
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espalmada sobre o peito da vítima, colocando-a em posição horizontal, de
costas e com apoio no quadril do guarda-vidas.
Quando a aproximação for feita pela frente da vítima, deverá o guarda-
vidas evitar que seja agarrado; para tanto deverá mergulhar a
aproximadamente dois metros da vítima e, com os olhos abertos, contorná-la,
emergindo às suas costas e tomando a posição de reboque, anteriormente
descrita.
Salvamento com equipamento
É aquele que se caracteriza pela ação de um ou mais guarda-vidas, com
a utilização de equipamentos de flutuação, a fim auxiliá-lo no resgate da vítima.
Dentre esses equipamentos de flutuação destacamos: life belt (rescue tube),
prancha de salvamento e rescue can.
Salvamento com life belt (rescue-tube)
O life belt tem capacidade de sustentar uma ou duas pessoas e é peça
indispensável a qualquer equipe de salvamento no mar ou águas agitadas.
A entrada no mar é realizada correndo, sendo que ao atingir a água o
guarda-vidas solta o life belt, nadando em direção da vítima, sem desviar a
atenção do lugar onde ela está.
Nos casos em que a vítima esteja consciente, o life belt pode ser
entregue diretamente a ela e posteriormente preso em seu tórax pelo guarda-
vidas, caso contrário, o guarda-vidas deve realizar o canivete, imobilizá-la com
uma das pegadas de reboque, e depois fixar o cinto, porém se a vítima estiver
agitada e em pânico, o guarda-vidas, por precaução, para não ser puxado pela
vítima, soltará a alça que o prende ao life belt, depois de abordar e acalmar a
vítima, o guarda-vidas recolocará a alça sobre o corpo e iniciará o reboque da
vítima até a praia.
O guarda-vidas deverá dar uma atenção especial ao controle das vias
aéreas, tendo em vista a distância que poderá formar entre a vítima e o guarda-
vidas.
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Foto: Life-Belt
Salvamento com pranchas
É aquele em que o guarda-vidas efetua o salvamento com o auxílio de
uma prancha, possibilitando, chegar mais rápido à vítima e garantir um ponto
de sustentação.
A aproximação da vítima deverá ser feita por qualquer um dos lados,
onde o guarda-vidas oferecerá a prancha à vítima consciente, se a vítima
estiver inconsciente, o guarda-vidas abordará a vítima colocando a prancha
entre ambos com as quilhas voltadas para cima, pegando-a pelas mãos, após
os braços da vítima serem colocados sobre a prancha, desvire-a para a
posição normal.
Posteriormente o guarda-vidas deve acertar a vítima na prancha e
finalmente deitar-se entre as pernas da vítima, iniciando o reboque remando
com os braços na direção da praia.
Interessante salientar, que as pranchas utilizadas no salvamento, são
apropriadas para este fim, pois são maiores e possuem maior capacidade de
flutuação, características que diferencia uma prancha de salvamento e uma
prancha de surf, justamente por apresentar esta característica a sua utilização
é limitada de acordo com as condições do mar.
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Foto: Pranchão de Salvamento
Salvamento com rescue can
Este equipamento apresenta algumas desvantagens em relação ao life
belt, porém nos salvamentos em que a vitimas estiver consciente ele se mostra
também eficaz.
Cabe esclarecer, que a principal desvantagem deste equipamento é que
a vítima precisa segurá-lo para ser rebocada.
Foto: Rescue can
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Salvamento com embarcação
É o salvamento realizado com a utilização de embarcação, neste tipo de
salvamento a abordagem da vítima poderá ser com a própria embarcação, que
deverá ser pelas laterais (bombordo ou boreste), entretanto, devem ser
tomados os devidos cuidados para evitar um choque da embarcação e
principalmente para a hélice não atingir a vítima.
Poderá, ainda, ser realizada pelo guarda-vidas que se lançará na água,
pegando a vítima e conduzindo-a para o bordo da embarcação, ou poderá ser
através de lançamento de um equipamento de flutuação ou de tração.
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Lição 9
LEGISLAÇÃO DO TRÁFEGO MARÍTIMO
OBJETIVOS
Ao final da lição os participantes serão capazes de:
1) Citar pelo menos três tipos de habilitação para conduzir embarcações de
Esporte e Recreio;
2) Estabelecer quais são os limites (distâncias) para uso de embarcações
nas áreas seletivas para a navegação;
3) Citar três procedimentos que devem ser observados por condutores de
embarcações com dispositivos rebocados.
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1. PRAIA Art. 10 da Lei Federal 7.661/88 - As praias são bens públicos de uso
comum do povo, sendo assegurado sempre, livre acesso, a elas e ao mar, em
qualquer direção e sentido, ressalvados os trechos considerados de interesse
da Segurança Nacional, ou incluídos em áreas protegidas por legislação
específica.
2. TRÂNSITO PERIGOSO DE EMBARCAÇÕES
Art. 34 da Lei de Contravenções Penais - Dirigir veículos na via pública
ou embarcações em águas públicas, pondo em perigo a segurança alheia.
Pena: Prisão simples, de 15 (quinze) dias a 03 (três) meses, ou multa.
3. NORMAN
Normas da autoridade marítima.
4. LESTA
Lei Nº 9.537, de 11 de dezembro de 1997, que dispõe sobre a
segurança do tráfego aquaviário em águas sob jurisdição nacional e dá outras
providências.
4. RLESTA
Decreto No 2.596, de 18 de maio de 1998, que regulamenta a Lei no
9.537, de 11 de dezembro de 1997, que dispõe sobre a segurança do tráfego
aquaviário em águas sob jurisdição nacional.
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5. HABILITAÇÃO DOS CONDUTORES DE EMBARCAÇÃO
As exigências de nível de habilitação para conduzir embarcações de Esporte e
Recreio são:
Veleiro - para embarcações miúdas à vela, empregadas em águas interiores;
Motonauta - para as motoaquáticas, empregadas em águas interiores;
Arrais-amador - para qualquer embarcação dentro dos limites da Navegação
Interior;
Mestre-Amador - para qualquer embarcação na Navegação Costeira;
Capitão-Amador - qualquer embarcação, sem limitações geográficas.
As Carteiras de Habilitação expedidas por autoridades marítimas
estrangeiras são aceitas no Brasil.
6. DEFINIÇÕES
Amador - Todo aquele com habilitação certificada pela Autoridade Marítima
para operar embarcações de esporte e/ou recreio, em caráter não profissional;
Áreas de Navegação - São as áreas onde uma embarcação empreende uma
singradura ou navegação, e são dividas em:
A) Mar Aberto - a realizada em águas marítimas consideradas desabrigadas.
Para efeitos de aplicação estas áreas de navegação de mar aberto são
subdivididas nos seguintes tipos:
1) Navegação costeira - aquela realizada dentro dos limites de visibilidade da
costa (DVC) até a distância de 20 milhas; e
2) Navegação oceânica - consideradas sem restrições (SR), aquela realizada
além das 20 milhas da costa.
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B) Interior - a realizada em águas consideradas abrigadas. As áreas de
navegação interior são subdivididas nos seguintes tipos:
1) Área 1 - Áreas abrigadas, tais como lagos, lagoas, baías, rios e canais, onde
normalmente não sejam verificadas ondas com alturas significativas que não
apresentem dificuldades ao tráfego das embarcações.
2) Área 2 - Áreas parcialmente abrigadas, onde eventualmente sejam observa-
das ondas com alturas significativas e/ou combinações adversas de agentes
ambientais, tais como vento, correnteza ou maré, que dificultem o tráfego das
embarcações
Embarcação Miúda - São consideradas embarcações miúdas aquelas:
a) Com comprimento inferior ou igual a cinco (5) metros; ou
b) Com comprimento superior a cinco (5) metros que apresentem as seguintes
características: convés aberto, convés fechado mas sem cabine habitável e
sem propulsão mecânica fixa e que, caso utilizem motor de popa, este não
exceda 30 HP.
7. ÁREAS SELETIVAS PARA A NAVEGAÇÃO
A) Considerando como linha base, a linha de arrebentação das ondas ou, no
caso de lagos e lagoas onde se inicia o espelho d’água, são estabelecidos os
seguintes limites, em áreas com freqüência de banhistas:
● Embarcações utilizando propulsão a remo ou a vela poderão trafegar a
partir de cem (100) metros da linha base;
● Embarcações de propulsão a motor, reboque de esqui aquático,
páraquedas e painéis de publicidade, poderão trafegar a partir de
duzentos (200) metros da linha base;
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B) Embarcações de propulsão a motor ou à vela poderão se aproximar da linha
base para fundear, caso não haja nenhum dispositivo contrário estabelecido
pela autoridade competente. Toda aproximação deverá ser feita perpendicular
à linha base e com velocidade não superior a 3 (três) nós, preservando a
segurança dos banhistas;
C) As embarcações de aluguel (banana boat, plana sub etc) que operam nas
imediações das praias e margens, deverão ter suas áreas de operação
perfeitamente delimitadas, por meio de bóias, pelos proprietários das
embarcações, sendo essas áreas devidamente aprovadas pela Capitânia dos
Portos (CP) / Delegacia da Capitania dos Portos (DL) Agência da Capitania dos
Portos (AG). A atividade deverá ser autorizada pelas autoridades competentes
sendo os seus limites então estabelecidos;
D) Compete ao poder público estadual e, especialmente, ao municipal, através
dos planos decorrentes do Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro, Plano
Diretor, Plano de Zoneamento, Plano de Uso e Ocupação etc, estabelecer os
diversos usos para os diferentes trechos de praias ou margens, demarcando as
áreas, em terra, para jogos e banhistas, bem como, na água, as áreas de
banhistas e de prática de esportes náuticos. Poderão, ainda, estabelecer,
nessas imediações, áreas restritas ou proibidas à operação de equipamentos
destinados ao entretenimento aquático, inclusive rebocados. O uso de
pranchas de “surf” e “wind-surf” somente será permitido nas áreas
especialmente estabelecidas para essa finalidade; e
E) Em princípio, a extremidade navegável das praias, ou outra área
determinada pelo poder público competente, é o local destinado ao lançamento
ou recolhimento de embarcações da água ou embarque e desembarque de
pessoas ou material, devendo ser perfeitamente delimitada e indicada por
sinalização aprovada pela Autoridade Marítima. O fundeio nessa área será
permitido apenas pelo tempo mínimo necessário ao embarque ou
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desembarque de pessoal, material ou para as fainas (procedimentos) de
recolhimento ou lançamento da embarcação; .
8. ÁREAS DE SEGURANÇA
Não é permitido o tráfego e fundeio de embarcações nas seguintes áreas
consideradas de segurança:
1. A menos de duzentos (200) metros das instalações militares;
2. Áreas próximas às usinas hidrelétricas, termoelétricas e nucleoelétricas,
cujos limites serão fixados e divulgados pelas concessionárias
responsáveis pelo reservatório de água, em coordenação com o CP, DL
ou AG da área;
3. Fundeadouros de navios mercantes;
4. Canais de acesso aos portos;
5. Proximidades das instalações do porto;
6. A menos de 500 (quinhentos) metros das plataformas de petróleo;
7. Áreas especiais nos prazos determinados em Avisos aos Navegantes; e
8. As áreas adjacentes às praias, reservadas para os banhistas, conforme
estabelecido no item anterior.
9. SALVAGUARDA DA VIDA HUMANA
a) A busca e salvamento de vida humana em perigo a bordo de embarcações
no mar, nos portos e nas vias navegáveis interiores, obedecem à legislação
específica estabelecida pelo Comando de Operações Navais;
b) Qualquer pessoa, especialmente, o Comandante da embarcação, é
obrigada, desde que o possa fazer sem perigo para sua embarcação,
tripulantes e passageiros, a socorrer quem estiver em perigo de vida no mar,
nos portos ou nas vias navegáveis interiores;
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c) Qualquer pessoa que tomar conhecimento da existência de vida humana em
perigo no mar, nos portos ou vias navegáveis interiores, deverá comunicar
imediatamente o fato à CP/DL/AG ou Autoridade Naval, mais próxima;
d) Nada será devido pela pessoa socorrida, independentemente de sua
nacionalidade, posição social e das circunstâncias em que for encontrada.
10. ATIVIDADES COM DISPOSITIVOS REBOCADOS
As atividades esportivas ou de recreio no mar ou nas áreas interiores que
envolvam a utilização de dispositivos rebocados, tais como esqui-aquático,
páraquedas ou qualquer outro, serão consideradas de forma correlatas as das
atividades com embarcações de esporte e/ou recreio, no que couber a
Autoridade Marítima. Na prática dessas atividades deverão ser observadas,
dentre outras, as seguintes condições:
a) A prática do esqui aquático e o reboque de dispositivo flutuante tipo bóia
cilíndrica (banana boat), plana sub, kitesurf, páraquedas, painéis de publicidade
e similares são atividades cujo controle, nos aspectos de diversões públicas e
comerciais, está na esfera dos órgãos competentes do município e do estado;
b) No que diz respeito a segurança da navegação e preservação da integridade
física de banhistas, a utilização dos dispositivos rebocados e a prática de esqui
aquático deverão ser realizadas além de duzentos (200) metros da linha base e
mantida a uma distância de, no mínimo, uma vez o comprimento do cabo de
reboque, das demais embarcações em movimento ou fundeadas;
c) O estabelecimento das áreas destinadas à utilização dos dispositivos
reboca-dos e à prática de esqui aquático em rios, lagos, canais e lagoas cabe
às autoridades municipais ou estaduais, em coordenação com o CP, DL ou AG
da área, de modo a não interferir no lazer dos banhistas;
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d) A embarcação rebocadora deverá, além de seu condutor, dispor de um outro
tripulante a bordo, para observar o esquiador e/ou o dispositivo rebocado, de
modo a que o responsável pela condução possa estar com sua atenção
permanentemente voltada para as manobras da embarcação;
e) As embarcações rebocadoras, quando operadas comercialmente, não
poderão ser classificadas como embarcações de esporte e/ou recreio e
deverão possuir, obrigatoriamente, um protetor de hélice, a partir de
31/12/2005;
g) As fainas de embarque e desembarque de utilizadores de qualquer atividade
que possa interferir na navegação deverão ser realizadas, preferencialmente,
em atracadouros, cais ou trapiches que ofereçam plenas condições de
segurança, sendo que admite-se o embarque em praias apenas quando em
local demarcado com bóias e reservado para essa finalidade e desde que a
segurança dos banhistas e utilizadores dos equipamentos esteja assegurada;
h) O uso do colete salva-vidas é obrigatório para todos os utilizadores de
dispositivos rebocados.
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AVALIAÇÃO
1. Cite três tipos de habilitação para conduzir embarcações de Esporte e
Recreio.
2. Defina quais são os limites (distâncias) para uso de embarcações nas áreas
seletivas para a navegação.
3. Cite três procedimentos que devem ser observados por condutores de
embarcações com dispositivos rebocados.
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Lição 10
COORDENAÇÃO DO SERVIÇO DE GUARDA-VIDAS
OBJETIVOS
Ao final da lição os participantes serão capazes de: 1. Conhecer nos pormenores o conteúdo da cartilha dos guarda-vidas civis e,
primar pelo seu cumprimento.
2. Conhecer nos pormenores a Legislação Estadual que versa sobre a
contratação temporária e prestação de serviço voluntário na atividade de
salvamento aquático por pessoal civil.
3. Conhecer nos pormenores a Legislação Estadual que regulamenta a Lei nº
13.880/06 que versa sobre a contratação temporária e prestação de serviço
voluntário na atividade de salvamento aquático por pessoal civil.
4. Conhecer nos pormenores a Portaria do Corpo de Bombeiros Militar de SC
que regula os Exames de Habilidade Específica para Guarda-vidas civis.
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ESTADO DE SANTA CATARINA CORPO DE BOMBEIROS MILITAR
COMANDO DO CORPO DE BOMBEIROS 3ª SEÇÃO DO ESTADO MAIOR (BM-3/CCB)
CARTILHA DE ORIENTAÇÃO PARA A CONDUTA DE GUARDA-VIDAS
CIVIS
Curso de Formação de Guarda-vidas Militar
FLORIANÓPOLIS – SC – SET/2007
ÍNDICE
1. PRÉ- REQUISITOS 3 2. FORMAÇÃO 3
3. CONTRATAÇÃO 3
4. REGIME DE TRABALHO 3
5. REQUISITOS BÁSICOS PARA UM GUARDA-VIDAS 4
Condicionamento emocional 4 Condicionamento técnico 4
Condicionamento físico 4
6. FILOSOFIA DE TRABALHO 5
7. PERFIL DO GUARDA-VIDAS 5
8. PADRÃO DE CONDUTA 5 9. APRESENTAÇÃO PESSOAL 6
10. CATEGORIAS DE PENAS DISCIPLINARES 8
11. CÓDIGO DISCIPLINAR 9
12. QUEIXA DOS GUARDA-VIDAS 10
13. ANEXO “A” 11
Curso de Formação de Guarda-vidas Militar
ESTADO DE SANTA CATARINA
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COMANDO DO CORPO DE BOMBEIROS
3ª SEÇÃO DO ESTADO MAIOR (BM-3/CCB)
CARTILHA DE ORIENTAÇÃO PARA A CONDUTA DE GUARDA-VIDAS CIVIS
1. PRÉ- REQUISITOS
1. Boa saúde, comprovada por exame de saúde e atestado médico; 2. Bom preparo físico, comprovado através de teste de aptidão física (TAF);
3. Bom preparo técnico, comprovado através de avaliação por instrutores do Corpo de Bombeiros Militar (CBMSC);
4. Bons antecedentes, comprovados através de Folha Corrida do Fórum de
domicílio; 5. Curso de formação de guarda-vidas civil, comprovado pelo certificado de
conclusão com aproveitamento fornecido pelo CBMSC; 6. Preenchimento de cadastro com dados pessoais; 7. Possuir equipamentos individuais tais como: apito, nadadeiras, óculos de
proteção e protetor solar.
2. FORMAÇÃO
● Os guarda-vidas civis, de ambos os sexos, deverão ser formados em
curso específico ministrado por instrutores do Corpo de Bombeiros
Militar do Estado de Santa Catarina.
3. CONTRATAÇÃO 1) Os guarda-vidas civis após o término do curso de formação poderão ser
convocados pelo governo estadual a trabalhar de forma voluntária recebendo por turno trabalhado, uma ajuda de custo a título de indenização por suas despesas, em consonância com o estabelecido nos §§ 1º e 2º, do
Art 6º da Lei Estadual Nº 13.880, de 04 de dezembro de 2006; 2) Os guarda-vidas civis poderão ainda ser contratados pelo governo
municipal ou pela iniciativa privada; 3) O prazo de contratação ficará a cargo do contratante.
4. REGIME DE TRABALHO
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Ao guarda-vidas civil que aderir ao serviço voluntário ou for contratado,
existirão duas possibilidades de jornada de trabalho, a serem definidas
de acordo com o planejamento do Comando do Corpo de Bombeiros Militar. Estas jornadas compreendem: turnos de 06 (seis) até 09 (horas) horas diárias e turnos de no mínimo 09 (nove) horas diárias.
Os horários de início e término do serviço, bem como os horários de almoço serão regulados pelo bombeiro militar comandante do posto de
salvamento ou comandante da praia, atendendo as peculiaridades de cada localidade.
O comandante da praia é o guarda-vidas militar do Corpo de Bombeiros Militar mais antigo no local, que responde pelo serviço de salvamento aquático da praia.
5. REQUISITOS BÁSICOS PARA UM GUARDA-VIDAS CIVIL Condicionamento emocional:
O perfeito equilíbrio emocional é fundamental para o pleno exercício de uma atividade, principalmente, aquela considerada emergencial e de
elevado risco. Devido as características particulares da atividade, o guarda-vidas civil
mantém um estreito relacionamento com o público, cabendo a ele
informar, orientar e socorrer. Um bom guarda-vidas civil deverá ter espírito de liderança,
sociabilidade, autoconfiança e saber exercer sua autoridade. Condicionamento técnico:
O condicionamento técnico deverá ser realizado constantemente de forma a manter o guarda–vidas civil apto a desempenhar suas
atividades. Esse condicionamento é adquirido através de atividades relacionadas com a função, e tem por objetivo a fixação das técnicas adquiridas na fase de formação (curso), ampliando-se, em função de
novos conhecimentos e experiências obtidas. Antes de assumir o serviço no posto salvamento, o guarda-vidas civil
deverá ser orientado no que diz respeito às atividades do serviço, bem como as características do local a ser monitorado.
Deverão, ainda, ser repassadas aos guarda-vidas civis, as seguintes
informações: - Funcionamento da estrutura administrativa e a quem está
subordinado; - Funcionamento do sistema de comunicação e emergência; - Extensão da área de atuação e profundidade da praia;
- Áreas de riscos e perigos existentes; - Horários de maior freqüência de banhistas;
- Número estimado de público.
Condicionamento físico: O condicionamento físico é um fator preponderante para o bom
desempenho da atividade de guarda-vidas. As condições físicas ideais
do guarda-vidas, deverão ser mantidas através de exercícios
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específicos. O guarda-vidas deverá executar uma série de exercícios condizentes com a exigência do serviço. Ela pode variar em função de
diversos fatores, tais como: carga horária de trabalho, relevo do local, fluxo de banhistas e outros.
O plano de condicionamento físico dos guarda-vidas tem como objetivos
a preparação física e a adaptação do homem ao meio, procurando a manutenção das condições físicas básicas para o dia-a-dia de seu
serviço, devendo ser executado, exercícios respiratórios, corridas, exercícios de resistência muscular localizada , exercícios de
alongamento e natação. O plano deverá prever seções de atividades físicas de até 60 (sessenta)
minutos, desde que as condições de serviço assim o permitam.
No anexo “A” é apresentado um “quadro de modelos de condicionamento físico dos guarda-vidas”, no qual poderão ser
escolhidos os tipos de exercícios para se montar uma sessão . Cada guarda-vidas civil é responsável pela constante manutenção e
aprimoramento de sua condição física.
6. FILOSOFIA DE TRABALHO Estar sempre preparado nos aspectos psicológicos, técnicos e físicos; Ser conhecedor de sua atividade;
Saber identificar os pontos críticos do seu local de trabalho; Executar a prevenção sempre que necessário;
Atender o público com afeição e cordialidade; Manter-se sempre atento aos banhistas; Conservar o posto de guarda-vidas limpo e organizado;
Manter os equipamentos individuais e coletivos sempre limpos e em condições de uso;
Estar atento aos pontos críticos, procurando atuar preventivamente; Acatar as orientações e determinações do bombeiro militar comandante
da praia;
Entender que a coordenação, a orientação e a fiscalização do serviço é tarefa do Corpo de Bombeiros Militar e será exercida por seus
integrantes; Conhecer, praticar e atender as normas técnicas pré-estabelecidas,
assumindo inteira responsabilidade por seus atos.
7. PERFIL DO GUARDA-VIDAS O guarda-vidas é um profissional especialista. Algumas qualidades são
necessárias para esta atividade, em função dos riscos potenciais que a
cercam. Não basta querer ser um guarda-vidas, querer vestir a camisa, se o candidato não possuir afinidades com o meio onde irá trabalhar,
seja em praias, lagoas, rios, piscinas de clubes, hotéis e parques aquáticos.
Este profissional deve possuir uma série de qualidades, pois será o responsável pela segurança de pessoas que, na sua grande maioria, desconhecem os perigos do lazer no meio líquido. A prática tem
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demonstrado que não é qualquer pessoa que possui afinidade para esta função.
São qualidades natas ou adquiridas que caracterizam o bom guarda-vidas: boa apresentação pessoal; vigor físico; sociabilidade; disciplina; coragem; iniciativa; entusiasmo; modéstia; bom humor; integridade;
lealdade; companheirismo e humildade.
8. PADRÃO DE CONDUTA
Apresentar-se ao trabalho limpo, asseado e bem disposto, livre de influência de álcool ou outra substância química que cause dependência, tais como narcóticos, drogas ou alucinógenos;
Cumprir com rigor os horários estabelecidos nas escalas de serviço; Primar pela cordialidade e respeito aos companheiros;
Usar linguagem simples e correta, evitando gírias e vulgaridades especialmente as de baixo calão;
Atender as pessoas com presteza e cortesia, passando-lhes a
informação que buscam com correção e objetividade; Dedicar especial carinho às crianças e aos idosos. Os alertas e as
chamadas de atenção aos banhistas devem ser educativas/orientativas; Manter-se sempre bem postado, com o uniforme alinhado e completo; Ao percorrer a praia para a prevenção, demonstre energia, alegria e
satisfação, cumprimente as pessoas, retribua os gestos de amizade e consideração;
O guarda-vidas vende a imagem da saúde, o hábito de fumar não combina com ela;
Nos restaurantes, utilize sempre calção ou agasalho;
Procure saber quem são as pessoas que se aproximam de você. Companhia de gente suspeita e de conduta estranha compromete a
imagem do guarda-vidas; Alguém tem a responsabilidade de comandar a atividade, atenda suas
orientações e ordens;
Dispense o uso de chicletes durante o serviço, ele transmite uma impressão negativa e debochada.
9. APRESENTAÇÃO PESSOAL
GUARDA-VIDAS CIVIS DO SEXO MASCULINO:
Quanto ao estilo de cabelo e penteado
1) O cabelo deve estar sempre limpo, penteado e curto (similar ao
padrão militar); 2) Os produtos utilizados no cabelo devem ter uma aparência natural e
saudável; 3) Não é permitido cores de cabelos que sejam extravagantes ou
chamativas; 4) Não é permitido recortar o cabelo de modo a fazer desenhos.
Quanto ao bigode e a barba:
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Os bigodes que ultrapassam o canto da boca, só serão permitidos se
bem aparados e bem cuidados;
Nenhum outro tipo de pelo facial será permitido; Todos devem apresentar-se diariamente no início do expediente bem
barbeados, do início das costeletas até o queixo e abaixo do lábio;
As costeletas devem ser bem aparadas e cuidadas, tendo como limite o lóbulo da orelha.
Quanto aos adereços:
São admitidos medalhas desde que discretas, um anel por mão, um relógio preso a pulseira, uma pulseira discreta, sem rebarbas ou pontas metálicas;
Não são permitidos brincos ou outros objetos presos ao corpo através de perfurações.
Quanto as unhas: Devem estar sempre limpas e bem aparadas.
Quanto a higiene pessoal:
De forma geral deve o guarda-vidas estar sempre bem limpo e asseado, procurando usar desodorante anti-transpirante e de baixa fragrância.
Quanto ao uso do uniforme:
● Durante todo o turno de serviço o Guarda-vidas civil deverá estar utilizando uniforme completo (calção, camiseta e cobertura), sendo
que todo o material de confecção destas vestimentas é de tecido com característica de secagem rápida para evitar a permanência de tecido molhado.
● Nos dias em que estiver ventando muito ou houver queda da
temperatura, será permitido ao guarda-vidas civil, se não possuir o agasalho padrão, utilizar um moleton ou jaqueta de cor discreta e preferencialmente sem estampas.
GUARDA-VIDAS CIVIS DO SEXO FEMININO: Quanto ao estilo de cabelo e penteado
Devem cuidar para que seus cabelos estejam sempre penteados; Preferencialmente, o cabelo deverá ser curto, caso ultrapasse os
ombros, deve estar preso de modo a não cobrir o rosto e atrapalhar a visão durante o salvamento/resgate;
Os produtos para os cabelos, se usados, devem manter uma aparência
natural; Não é permitido recortar o cabelo de modo a fazer desenhos, ou estilo
que mantenha raspados parte ou todo o cabelo. Quanto ao tingimento dos cabelos:
● Poderá ser feito desde que se adote um padrão natural, não sendo
permitido o branqueamento ou coloração extravagante.
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Quanto a acessórios para cabelos:
● É aconselhado o uso de materiais como tiaras, presilhas ou elásticos, sempre em cores discretas, com o objetivo de prender o cabelo longe da
face, não devendo agir como meio para chamar a atenção.
Quanto ao uso de cosméticos:
● O uso de cosméticos deve dar um aspecto natural. Agindo como um
complemento as cores da pele, não devendo ser muito brilhante.
● Sombras e delineadores devem ter tons discretos, assim como os
batons. As cores dos cosméticos devem estar em consonância com o uniforme.
Quanto as unhas:
● Devem estar sempre limpas, não devendo ser excessivamente
compridas, mantendo um padrão entre si. O esmalte deve ter uma cor discreta, não sendo permitido o uso de adesivos, brilhos ou unhas
artificiais.
Quanto a adereços:
● É admitido o uso de medalhas desde que discretas, um anel por mão, um relógio preso a pulseira, uma pulseira discreta, sem rebarbas ou
pontas metálicas.
● Não são permitidos brincos ou outros objetos presos ao corpo através
de perfurações.
Quanto a higiene pessoal:
● De forma geral deve o guarda-vidas estar sempre bem limpo e asseado, procurando usar desodorante anti-transpirante e de baixa fragrância.
Quanto ao uso do uniforme:
● Durante todo o turno de serviço o Guarda-vidas civil deverá estar utilizando uniforme completo (calção, camiseta e cobertura), sendo que todo o material de confecção destas vestimentas é de tecido com
característica de secagem rápida para evitar a permanência de tecido molhado.
● Nos dias em que estiver ventando muito ou houver queda da temperatura, será permitido ao guarda-vidas civil, se não possuir o
agasalho padrão, utilizar um moleton ou jaqueta de cor discreta e preferencialmente sem estampas.
10. CATEGORIAS DE PENAS DISCIPLINARES
Dependendo da natureza e da circunstâncias do incidente e do grau da falta, o contratante deve submeter o infrator às medidas disciplinares em
vigor pela sua instituição, ou, caso estas não existam, sugerimos;
Curso de Formação de Guarda-vidas Militar
● Primeiramente: Advertência verbal (guarda-vidas civis voluntários
ou contratados temporariamente) Admitida para a correção de algo que esteja sendo executado de forma
insatisfatória e que deva ser corrigido. Essa advertência poderá ser
registrada na ficha pessoal do salva-vidas, contendo hora, local, data e tipo
de falha cometida.
● Ato contínuo: Advertência por escrito (guarda-vidas civis voluntários ou contratados temporariamente)
Admitida para registrar desempenhos ou atitudes que já tenham sido reprimidas verbalmente, ou que sejam de natureza grave. Deverão ser por escrito, assinadas pelo infrator, ficando anexadas na ficha pessoal do salva-
vidas.
● Na seqüência: Suspensão para investigação (guarda-vidas civis voluntários ou contratados temporariamente)
Aplicada em caso de violações graves dos padrões de conduta, de procedimentos operacionais ou por conduta imprópria. Caso ocorra um
incidente disciplinar grave, o guarda-vidas será suspenso para que sejam realizadas investigações. No processo o infrator terá direito a sua defesa e caso seja considerado culpado pela falha cometida, poderá ser excluído do
programa de voluntariado ou rescindido seu contrato temporário.
● Por último: Exclusão do programa de voluntariado ou rescisão
do contrato temporário (guarda-vidas civis voluntários ou contratados temporariamente)
Aplicadas caso constatada a culpa após a suspensão para investigação.
A conduta disciplinar se estende também ao comportamento fora dos horários de trabalho, uma vez que determinados procedimentos
comprometem sua condição física e moral, bem como refletem negativamente sobre a imagem da Corporação.
11. CÓDIGO DISCIPLINAR
A conduta disciplinar do guarda-vidas é parte relevante, com reflexos na sua atividade profissional e poderá dependendo da natureza e da gravidade
resultar em punição variando de uma simples advertência verbal até a demissão sumária.
A conduta disciplinar se estende também ao comportamento fora dos
horários de trabalho, uma vez que determinados procedimentos comprometem sua condição física e moral.
São condutas reprováveis: I - Uso de substâncias psicotrópicas, incluindo o uso de álcool (demissão);
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II - Apresentar-se para o serviço sob efeito de álcool ou outra droga (demissão);
III - Falta ao serviço para o qual encontrava-se escalado (1ª vez advertência escrita, 2ª vez suspensão, 3ª vez demissão); IV - Chegar atrasado ao serviço ou sair antes do horário (1ª advertência
verbal, 2ª advertência escrita, 3ª suspensão, 4ª demissão); V - Abandonar o serviço (1ª suspensão, 2ª demissão);
VI - Apresentar-se para o serviço sem os equipamentos ou sem o uniforme (chinelo, sunga, camiseta, calção) (1ª advertência verbal, 2ª advertência
escrita, 3ª suspensão, 4ª demissão); VII -Namorar durante o horário de serviço ou distrair-se em conversas com amigos/conhecidos (1ª advertência verbal, 2ª advertência escrita, 3ª
suspensão, 4ª demissão); VIII - Reincidir em faltas da mesma natureza ou de natureza diversa,
constitui demonstração clara da falta de disposição para correção ou melhora de sua conduta (1ª advertência escrita, 2ª suspensão, 3ª demissão);
XIX - Desrespeitar normas do serviço de salvamento aquático, regulamentadas pelo CBMSC (1ª advertência verbal, 2ª advertência escrita,
3ª suspensão, 4ª demissão); X - Usar linguagem de baixo calão na presença de banhistas ou ser descortês com os mesmos (1ª advertência verbal, 2ª advertência escrita,
3ª suspensão, 4ª demissão); XI - Mascar chicletes ou fumar em público durante o trabalho (1ª
advertência verbal, 2ª advertência escrita, 3ª suspensão, 4ª demissão); XII – Desobedecer ou recusar cumprir ordem ou falhar em serviço que lhe foi prescrito (1ª advertência escrita, 2ª suspensão, 3ª demissão);
XIII - Deixar o seu local de trabalho sem ter sido devidamente substituído ou sem permissão de seu superior (1ª advertência escrita, 2ª suspensão,
3ª demissão); XIV - Freqüentar local de almoço trajando somente sunga e camiseta (1ª advertência verbal, 2ª advertência escrita, 3ª suspensão, 4ª demissão);
XV - Durante rondas ou próximo ao posto, estar em companhia de indivíduos de má índole (1ª advertência verbal, 2ª advertência escrita, 3ª
suspensão, 4ª demissão); XVI – Permitir a entrada de pessoas estranhas ao serviço no posto de salvamento. (1ª advertência verbal, 2ª advertência escrita, 3ª suspensão,
4ª demissão); XVII – Adotar condutas que publicamente comprometam a imagem do
serviço de salvamento aquático durante e após o turno de serviço. (1ª suspensão, 2ª demissão); XVIII – Utilizar o posto de salvamento fora do horário de serviço como local
de encontro de pessoas para prática de atos de origem duvidosa. (1ª suspensão, 2ª demissão);
XIX – Demais condutas reprováveis previstas como transgressões disciplinares no RDPMSC deverão, naquilo que por analogia couber aos
guarda-vidas civis, ser igualmente penalizadas.
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12. QUEIXA DOS GUARDA-VIDAS
Caso ocorra algum problema em relação ao serviço, o guarda-vidas
deve seguir os seguintes passos:
1) Encaminhar sua queixa, por escrito, ao superior imediato, o qual deverá solucioná-la dentro de um prazo de 48 horas. Caso a queixa envolva
seu superior imediato, remete-se ao item 2; 2) Caso esteja insatisfeito com a decisão do seu superior imediato ou
a queixa o envolva, dirija-se ao oficial ronda de praia, o qual dará sua decisão por escrito às partes envolvidas em até 48 horas;
3) Caso ainda insatisfeito com a decisão do oficial ronda, solicite o
encaminhamento do processo ao comandante do serviço de salvamento aquático local.
Em qualquer caso, o queixado deverá ter ciência da queixa, através de quem recebê-la.
Obs. Assuntos referentes ao contrato ou condições de trabalho, devem ser resolvidos diretamente com o contratante.
Florianópolis, SC, em 28 de setembro de 2007.
ADILSON ALCIDES DE OLIVEIRA
Cel BM Comandante Geral do CBMSC
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ANEXO “A”
ATIVIDADES SEMANAIS
2ª
3ª
4ª
5ª
6ª
Sáb.
Dom.
Alongamento X X X X X X X
Aquecimento X X X X X X X
Corrida curta distância X X X
Corrida longa distância X
Corrida intervalada – (Circuit-training) X X X X
Corrida de 200 metros X X X X
Entrada e saída da água ( simulado) X X X
Jacaré X X X X X X X
Percurso – Natação (500 metros) X X X X
Percurso – Costas (500 metros) X X X
Judô Aquático X X X X
Salvamento com Pranchão X X X
Salvamento com Life-belt X X X
Treinamento de RCP/primeiros socorros X X X X
RECOMENDAÇÕES
Alongamento Duração média de 15 min. Praticar antes e depois.
Aquecimento Após o alongamento e antes da atividade principal.
Corrida curta distância (1.800 metros)
Serve para melhorar o condicionamento. Prepara para atividades que exijam resistência aeróbica.
Corrida longa distância (3.200 metros)
Serve para melhorar o condicionamento. Prepara para atividades que exijam resistência aeróbica.
Corrida intervalada
(Circuit-training)
Corridas variadas, abdominais, apoios, etc.
Corrida de 200 metros Desenvolve a agilidade e a velocidade.
Entrada e saída da água (simulado)
Condiciona para a atividade fim do salvamento aquático.
Jacaré Desenvolve as habilidades aquáticas e melhora a resistência localizada.
Percurso – Natação
(500 metros)
Desenvolve a coordenação, a correção do nado estilo
Crawn e a resistência aeróbica.
Percurso – Costas (500 metros)
Desenvolve a coordenação, a força e a resistência localizada.
Judô Aquático Desenvolve técnicas de desvencilhamento de vítimas.
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Salvamento com pranchão Capacita para a utilização de outros materiais
utilizados em salvamento.
Salvamento com life-belt Para aprimoramento da técnica de salvamento.
RCP e primeiros socorros Serve para aprimorar a técnica de ressuscitação e atualizar técnicas de primeiros socorros.
Florianópolis, SC, em 28 de setembro de 2007.
ADILSON ALCIDES DE OLIVEIRA
Cel BM Comandante Geral do CBMSC
LEI FEDERAL Nº 9.608, DE 18 DE FEVEREIRO DE 1998
Dispõe sobre o serviço voluntário e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º Considera-se serviço voluntário, para fins desta Lei, a atividade não remunerada, prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza, ou a instituição privada de fins não lucrativos, que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social, inclusive mutualidade. Parágrafo único. O serviço voluntário não gera vínculo empregatício, nem obrigação de natureza trabalhista previdenciária ou afim. Art. 2º O serviço voluntário será exercido mediante a celebração de termo de adesão entre a entidade, pública ou privada, e o prestador do serviço voluntário, dele devendo constar o objeto e as condições de seu exercício. Art. 3º O prestador do serviço voluntário poderá ser ressarcido pelas despesas que comprovadamente realizar no desempenho das atividades voluntárias. Parágrafo único. As despesas a serem ressarcidas deverão estar expressamente autorizadas pela entidade a que for prestado o serviço voluntário.
Art. 3o-A. Fica a União autorizada a conceder auxílio financeiro ao prestador de serviço voluntário com idade de dezesseis a vinte e quatro anos integrante de família com renda mensal per capita de até meio salário mínimo. (Incluído pela Lei nº 10.748, de 22.10.2003) (Regulamento)
§ 1o O auxílio financeiro a que se refere o caput terá valor de até R$ 150,00 (cento e cinqüenta reais) e será custeado com recursos da União por um período máximo de seis meses, sendo destinado preferencialmente: (Incluído pela Lei nº 10.748, de 22.10.2003) I - aos jovens egressos de unidades prisionais ou que estejam cumprindo medidas sócio-educativas; e (Incluído pela Lei nº 10.748, de 22.10.2003)
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II - a grupos específicos de jovens trabalhadores submetidos a maiores taxas de desemprego. (Incluído pela Lei nº 10.748, de 22.10.2003)
§ 2o O auxílio financeiro será pago pelo órgão ou entidade pública ou instituição privada sem fins lucrativos previamente cadastrados no Ministério do Trabalho e Emprego, utilizando recursos da União, mediante convênio, ou com recursos próprios. (Incluído pela Lei nº 10.748, de 22.10.2003)
§ 3o É vedada a concessão do auxílio financeiro a que se refere este artigo ao voluntário que preste serviço a entidade pública ou instituição privada sem fins lucrativos, na qual trabalhe qualquer parente, ainda que por afinidade, até o terceiro grau, bem como ao beneficiado pelo Programa Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego para os Jovens - PNPE. (Incluído pela Lei nº 10.748, de 22.10.2003)
§ 2o O auxílio financeiro poderá ser pago por órgão ou entidade pública ou instituição privada sem fins lucrativos previamente cadastrados no Ministério do Trabalho e Emprego, utilizando recursos da União, mediante convênio, ou com recursos próprios. (Redação dada pela Lei nº 10.940, de 2004)
§ 3o É vedada a concessão do auxílio financeiro a que se refere este artigo ao voluntário que preste serviço a entidade pública ou instituição privada sem fins
lucrativos, na qual trabalhe qualquer parente, ainda que por afinidade, até o 2o (segundo) grau. (Redação dada pela Lei nº 10.940, de 2004)
§ 4o Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se família a unidade nuclear, eventualmente ampliada por outros indivíduos que com ela possuam laços de parentesco, que forme um grupo doméstico, vivendo sob o mesmo teto e mantendo sua economia pela contribuição de seus membros. (Incluído pela Lei nº 10.748, de 22.10.2003) Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 5º Revogam-se as disposições em contrário. Brasília, 18 de fevereiro de 1998; 177º da Independência e 110º da República. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 19.2.1998
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LEI PROMULGADA Nº 13.880, de 04 de dezembro de 2006
Procedência: Governamental
Natureza: MPV 129/06 – PCL 129/06
DO: 18.020 de 06/12/06
*Alterada pela Lei 14.606/08
Fonte - ALESC/Coord. Documentação
Dispõe sobre a contratação temporária e a prestação de serviço voluntário na
atividade de salvamento aquático por pessoal civil e estabelece outras
providências.
Faço saber que o Governador do Estado, de acordo com o art. 51 da
Constituição Estadual, adotou a Medida Provisória nº 129, de 13 de novembro
de 2006, e eu, Deputado Julio Garcia, Presidente da Assembléia Legislativa do
Estado de Santa Catarina, para os efeitos do disposto no § 8º do art. 311 do
Regimento Interno, promulgo a seguinte Lei:
Art. 1º Fica o Poder Executivo autorizado a promover a prestação de serviço
voluntário e a contratação de guarda-vidas civis, ambas em caráter temporário,
para execução da atividade de salvamento marítimo no litoral catarinense, em
conformidade com o disposto na Lei federal nº 9.608, de 18 de fevereiro de
1998, para o voluntário e, as leis trabalhistas para o contratado.
§ 1º Os guarda-vidas civis voluntários, contratados em caráter temporário,
executarão suas atividades sempre supervisionados e em conjunto com um ou
mais bombeiros militares aos quais estarão disciplinarmente subordinados.
§ 2º O número de guarda-vidas civis voluntários destinados a cada praia será
definido pelo Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina.
Art. 2º Os serviços voluntário e contratado serão efetuados nos meses de
outubro a março, podendo ser estendidos ou reduzidos de acordo com a
necessidade do serviço de salvamento aquático.
Art. 3º As adesões ao serviço voluntário e as admissões dos contratados serão
aceitas após aplicação de exames de habilidades específicas, definidos e
efetuados pelo Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina.
Art. 4º São condições para prestar o serviço voluntário de salvamento
marítimo:
I - ter no mínimo dezoito anos;
II - apresentar negativa de antecedentes criminais;
III - ter sanidade mental e capacidade física;
IV - ser legalmente habilitado para o exercício da função; e
V - apresentar Termo de Adesão ao Serviço Voluntário de Salvamento do
Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, com firma reconhecida em
cartório.
Curso de Formação de Guarda-vidas Militar
Art. 5º São condições para ser contratado temporariamente:
I - ter no mínimo dezoito anos;
II - apresentar negativa de antecedentes criminais;
III - ter sanidade mental e capacidade física;
IV - ser legalmente habilitado para o exercício da função; e
V - ser aprovado em processo seletivo simplificado.
Art. 6º Os voluntários que atuarem como guarda-vidas civis no serviço de
salvamento aquático terão direito ao ressarcimento das despesas efetuadas com
alimentação, transporte e equipamentos e os contratados receberão salário
como contraprestação do serviço prestado.
§ 1º O valor do ressarcimento das despesas efetuadas com alimentação,
transporte e equipamentos para o serviço voluntário, correspondente ao turno
trabalhado de seis a nove horas diárias, será de 35% (trinta e cinco por cento) e
o correspondente ao turno de trabalho maior que nove horas diárias será de
55% (cinqüenta e cinco por cento), calculado sobre o valor de uma diária
militar, paga ao soldado BM guarda-vidas.
LEI 14.606/08 (Art. 4º) – (DO. 18.518 de 31/12/08) “O § 1º do art. 6º da Lei nº 13.880, de 4 de dezembro de 2006, passa a vigorar
com a seguinte redação:
“Art. 6º ............................................................................................................
§ 1º O valor do ressarcimento das despesas efetuadas com alimentação,
transporte e equipamentos para o serviço voluntário, correspondente ao turno
trabalhado de seis a nove horas diárias, será de quarenta e cinco por cento do
valor referente a uma diária militar paga ao soldado BM guarda-vidas, e o
correspondente ao turno de trabalho maior que nove horas diárias será de
setenta e cinco por cento do valor referente a uma diária militar paga ao
soldado BM guarda-vidas. (NR)”
§ 2º A remuneração mensal do contratado corresponderá a 100% (cem por
cento) do nível 8, referência A, do Anexo I, da Lei Complementar nº 322, de
02 de março de 2006.
Art. 7º Para ambas as modalidades de prestação de serviço o Estado
providenciará seguro de vida e contra acidentes que por ventura possam
ocorrer no desenvolvimento da atividade de salvamento aquático.
Art. 8º O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina é responsável, de
forma exclusiva e indelegável, pela formação e treinamento de todo e qualquer
recurso humano civil envolvido na atividade de salvamento aquático, podendo
homologar cursos de salvamento aquático realizados por outras instituições, se
estes forem compatíveis com o currículo do curso desenvolvido pela
corporação militar.
Art. 9º O Chefe do Poder Executivo regulamentará a presente Lei no prazo de
trinta dias.
Curso de Formação de Guarda-vidas Militar
Art. 10. As despesas decorrentes da execução desta Lei correrão à conta das
dotações do Orçamento Geral do Estado.
Art. 11. Ficam revogadas a Lei nº 12.470, de 11 de dezembro de 2002, e a Lei
nº 13.536, de 04 de novembro de 2005.
PALÁCIO BARRIGA-VERDE, em Florianópolis, 04 de dezembro de 2006
DEPUTADO JULIO GARCIA
Presidente
DECRETO No 4.849, de 11 de novembro de 2006
Regulamenta a contratação temporária e a prestação de serviço voluntário
na atividade de salvamento aquático por pessoal civil.
O GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA, usando
da competência privativa que lhe confere o art. 71, incisos I e III da
Constituição Estadual,
D E C R E T A:
Art. 1º Os guarda-vidas civis, voluntários ou contratados
temporariamente, serão subordinados disciplinarmente ao bombeiro militar, sendo que
na praia onde houver serviço de salvamento aquático, haverá sempre a presença de pelo
menos 1 (um) bombeiro militar supervisionando e coordenando as atividades.
Parágrafo único. Os guarda-vidas civis deverão observar, respeitar e
estar subordinados ao respectivo regulamento disciplinar específico que rege a conduta
dos mesmos, instituído pelo Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina.
Art. 2º O Corpo de Bombeiros Militar definirá a quantidade e
distribuição de guarda-vidas voluntários destinados para o serviço de salvamento
aquático, conforme avaliação técnica.
Art. 3º A quantidade e distribuição dos guarda-vidas civis contratados
temporariamente serão definidas conforme a necessidade do serviço, de acordo com
avaliação técnica do Corpo de Bombeiros Militar.
Art. 4º O termo de adesão ao serviço de salvamento aquático do Corpo
de Bombeiros Militar obedecerá ao modelo constante no Anexo Único, deste Decreto.
Curso de Formação de Guarda-vidas Militar
Art. 5º O processo seletivo simplificado, condição para a contratação
temporária de guarda-vidas civis, aproveitará o resultado dos exames de habilidades
específicas aplicados pelo Corpo de Bombeiros Militar.
§ 1º As admissões dos contratados temporariamente respeitarão a
classificação pelo melhor índice técnico.
§ 2º Os valores relativos ao salário mensal dos contratados, bem como do
ressarcimento aos voluntários correrão por conta de recursos ordinários do Orçamento
Estadual.
Art. 6º O valor do ressarcimento das despesas efetuadas com
alimentação, transporte e equipamentos para o serviço voluntário, correspondente ao
turno trabalhado de 6 (seis) a 9 (nove) horas diárias, será de 35% (trinta e cinco por
cento) e o correspondente ao turno de trabalho maior que 9 (nove) horas diárias será de
55% (cinqüenta e cinco por cento), calculado sobre o valor de 1 (uma) diária militar,
paga ao soldado BM guarda-vidas.
Parágrafo único. O pagamento do ressarcimento aos voluntários, bem
como do salário mensal dos contratados será efetuado através de ordem bancária,
liquidada mediante a apresentação da escala de serviço e relatório de freqüência,
referentes a períodos de até 15 (quinze) dias.
Art. 7º A remuneração mensal do contratado corresponderá a 100% (cem
por cento) do nível 8, referência A, do Anexo I, da Lei Complementar nº 322, de 2 de
março de 2006 e pago através de repasse de dotação orçamentária da Secretaria de
Estado da Fazenda.
Parágrafo único. Os guarda-vidas civis contratados temporariamente
obedecerão a uma escala de serviço de 44 (quarenta e quatro) horas semanais.
Art. 8º O seguro de vida e contra acidentes, pago pelo Estado, cobrirá os
sinistros ocorridos no desenvolvimento da atividade de salvamento aquático com
qualquer um dos guarda-vidas civis, voluntários ou contratados temporariamente.
Art. 9º A formação de todo e qualquer recurso humano civil envolvido
em serviços de salvamento aquático no Estado de Santa Catarina, será realizada pelo
Corpo de Bombeiros Militar, conforme programa de cursos desenvolvidos pela
Instituição.
§ 1º O curso de formação de guarda-vidas civis conferirá aos mesmos a
habilitação para o exercício da atividade de salvamento aquático e abrangerá o ensino
de técnicas de salvamento aquático com a utilização de equipamentos básicos e técnicas
básicas de atendimento pré-hospitalar.
§ 2º Os equipamentos básicos referidos no parágrafo anterior constituir-
se-ão de nadadeiras, flutuadores, pranchas e bóias de salvamento.
§ 3º As técnicas básicas de atendimento pré-hospitalar, aplicadas no
serviço de salvamento aquático, constituir-se-ão em manobras de ressuscitação e
suporte básico de vida, imobilizações e aplicações de curativos.
Curso de Formação de Guarda-vidas Militar
§ 4º Aos guarda-vidas civis não será permitido realizar qualquer
atividade para as quais não estejam habilitados pelo Corpo de Bombeiros Militar.
§ 5º Qualquer outra atividade de condução naval ou de viaturas está
vedada aos guarda-vidas civis, permitindo-se, porém, que os mesmos atuem como
auxiliares dos bombeiros militares que conduzam tais veículos.
Art. 10. Considera-se legalmente habilitados para o exercício da função
os guarda-vidas civis que forem aprovados em curso de formação de guarda-vidas civis
realizado pelo Corpo de Bombeiros Militar, ou que obtiverem homologação de curso de
salvamento aquático realizado em outra instituição, se este possuir compatibilidade com
o currículo do curso desenvolvido pelo Corpo de Bombeiros Militar.
Parágrafo único. A validade da habilitação será de 9 (nove) meses, em
ambos os casos previstos neste artigo, sendo que, após este prazo, os guarda-vidas civis
deverão realizar exames de habilidades específicas definidos e efetuados pelo Corpo de
Bombeiros, para obter a revalidação por igual prazo.
Art. 11. As condições para a prestação do serviço de salvamento, de que
trata este Decreto, são as seguintes:
I - para o serviço voluntário de salvamento marítimo:
a) ter no mínimo 18 (dezoito) anos;
b) apresentar negativa de antecedentes criminais;
c) ter sanidade mental e capacidade física;
d) ser legalmente habilitado para o exercício da função; e
e) apresentar Termo de Adesão ao Serviço Voluntário de Salvamento do
Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, com firma reconhecida em cartório.
II – para a contratação temporária:
a) ter no mínimo 18 (dezoito) anos;
b) apresentar negativa de antecedentes criminais;
c) ter sanidade mental e capacidade física;
d) ser legalmente habilitado para o exercício da função; e
e) ser aprovado em processo seletivo simplificado.
Art. 12. Entende-se por treinamento dos guarda-vidas civis, o programa
de condicionamento físico e técnico, que possibilite a execução das atividades de
salvamento aquático com qualidade e será realizado sempre que houver necessidade de
aprimoramento técnico e/ou físico, conforme atualização dos protocolos estabelecidos
pelo Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina.
Parágrafo único. Se os guarda-vidas civis estiverem afastados da
atividade de salvamento aquático por um período superior a um ano, deverão ser
submetidos ao treinamento previsto neste artigo, além da necessidade de realizarem as
provas de habilidade específica a que se refere o art. 5º, deste Decreto.
Curso de Formação de Guarda-vidas Militar
Art. 13. O regulamento disciplinar específico, que rege a conduta dos
guarda-vidas civis, os exames de habilidades específicas para a adesão, admissão e
revalidação da habilitação, os critérios para a classificação pelo melhor índice técnico e
a formação de guarda-vidas civis, serão definidos através de Portaria expedida pelo
Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar.
Art. 14. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 15. Fica Revogado o Decreto nº 6.058, de 16 de dezembro de 2002.
Florianópolis, 13 de novembro de 2006.
EDUARDO PINHO MOREIRA
Governador do Estado
TERMO DE ADESÃO AO SERVIÇO VOLUNTÁRIO DE SALVAMENTO
AQUÁTICO
O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, Pessoa Jurídica de Direito Público
CNPJ/MF 06.096.391/0001-76, situada à Rua Almirante Lamego, nº 381 – Centro, CEP
88015-600, Florianópolis/SC, neste ato representada pelo Sr (Comandante da OBM),
doravante denominada CBMSC, e o Sr. (Nome completo do prestador do serviço
voluntário, filiação, data de nascimento, naturalidade, estado civil, profissão, RG, CPF,
endereço completo e telefone), doravante denominado Voluntário, celebram o presente
Termo de Adesão, nos termos do Decreto Estadual nº 4849, de 11 de novembro de
2006, e das cláusulas seguintes: Cláusula Primeira – O Voluntário, por este Termo de Adesão, compromete-se a:
I - Auxiliar o CBMSC nas atividades de salvamento aquático;
II - Apoiar o CBMSC no atendimento pré-hospitalar;
III - Apoiar o CBMSC nas prevenções em eventos públicos diversos,
realizados em balneários públicos ou proximidades;
IV - Participar de outras atividades, mediante consentimento expresso do
CBMSC; e
V - Deixar de realizar uma ou mais atividades relacionadas acima, quando essa
colocar em risco a sua integridade física, ou ainda, quando não se sentir apto a realizá-
la.
Curso de Formação de Guarda-vidas Militar
Cláusula Segunda – O Voluntário está ciente que, mesmo atuando como
voluntário, não há exclusão da sua responsabilidade administrativa, civil ou penal,
advindas de atos, omissões ou palavras durante a execução do serviço.
Cláusula Terceira – O Voluntário está consciente da insalubridade,
periculosidade e risco de vida a que está exposto durante o serviço.
Cláusula Quarta – Durante o desempenho das atividades operacionais que
ofereçam riscos à integridade física, o Voluntário, ainda que nas funções de apoio,
deverá utilizar todos os equipamentos de proteção individual necessários.
Cláusula Quinta – O presente Termo de Adesão tem prazo de duração
indeterminado, podendo ser rescindido a qualquer tempo, mediante comunicação escrita
de uma das partes a outra.
Cláusula Sexta – O Voluntário declara ser conhecedor e aceita, por inteiro, o
constante do Decreto Estadual nº 4.849, de 11 de novembro de 2006, ciente de que o
serviço voluntário prestado ao CBMSC não gera vínculo empregatício, nem obrigação
de natureza trabalhista, previdenciária ou afim.
Por estarem acordes, as partes assinam o presente Termo, em 02 (duas) vias de
igual teor, na presença das testemunhas abaixo:
(Local e data)
_________________________ _________________________
Comandante Prestador do Serviço Voluntário
TESTEMUNHAS:
__________________________ ____________________________
(Nome e CPF) (Nome e CPF)
Curso de Formação de Guarda-vidas Militar
O COMANDANTE GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR
DO ESTADO DE SANTA CATARINA, no uso das atribuições e com base no Inciso IV, do art 1° da portaria
1106/GAB/GEREH/SSP de 30 de setembro de 2003,
combinado com art 2° e 3° do Decreto N° 525, de 29 de julho de 2003 e Decreto 014 de 23 junho de 2003.
Resolve:
PORTARIA N°015/ CBMSC, de 26/11/2003
1) APROVAR A DEFINIÇÃO DOS EXAMES DE HABILIDADE
ESPECÍFICA PARA ADESÃO, ADMISSÃO,CONTRATAÇÃO E
REVALIDAÇÃO DE CERTIFICADO DOS GUARDA-VIDAS CIVIS, QUE ATUAREM DE ACORDO COM OS REGIMES PREVISTOS NA LEI 12.470,
DE 11 DE DEZEMBRO DE 2002, COMBINADO COM O ART 14 DO DECRETO N° 6.058, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2002.
2) APROVAR A DEFINIÇÃO DOS CRITÉRIOS PARA CLASSIFICAÇÃO
POR ÍNDICE TÉCNICO DOS CANDIDATOS AO EXERCÍCIO DA ATIVIDADE DE GUARDA-VIDAS CIVIS
ADILSON ALCIDES DE OLIVEIRA
CEL CMT GERAL DO CBMSC
Curso de Formação de Guarda-vidas Militar
ESTADO DE SANTA CATARINA SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA DO CIDADÃO COMANDO DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR EXAMES DE HABILIDADE ESPECÍFICA PARA OS GUARDA-VIDAS CIVIS
(PORTARIA N°015/ CBMSC, de 26/11/2003)
REQUISITOS PARA A REALIZAÇÃO DOS EXAMES
Os exames de habilidade específica para a adesão ou admissão e para a revalidação da habilitação, somente poderão ser realizados por guarda-vidas civis que possuam certificado de formação em curso de guarda-vidas ministrado ou reconhecido pelo CBPMSC, atendendo os requisitos do currículo de formação de guarda-vidas Civil do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina.
Para a realização dos exames, o guarda-vidas civil deverá possuir boa visão, boa audição e boa saúde, devidamente documentada e assinada por um médico, a fim de que possa executar as obrigações do serviço de salvamento aquático.
DOS EXAMES
Os exames de habilidade específica aplicados aos guarda-vidas civis, a fim de verificar as condições físicas e técnicas para a prestação do serviço de salvamento aquático e para a classificação em casos de disputa de candidatos para a admissão (contrato temporário) e adesão (serviço voluntário), serão os seguintes:
- Avaliação Teórica – Avaliação referente a disciplina de recuperação de afogados, sendo a nota mínima para aprovação igual ou superior a sete.
- Avaliação Prática – Os avaliados serão submetidos às seguintes provas práticas, com os devidos aproveitamentos mínimos:
- Natação 500m em piscina, sem nadadeiras, estilo crawl, no tempo máximo de onze minutos, onde obterá nota cinco. Para obter nota máxima, o exercício deverá ser executado em até sete minutos e trinta segundos. Os tempos intermediários serão computados conforme tabela anexa.
Curso de Formação de Guarda-vidas Militar
- Transporte de peso em piscina, devendo executá-la da seguinte forma: Nadar 25m estilo nado de aproximação, apanhar um objeto de 04 Kg a dois metros de profundidade, emergi-lo e transportá-lo por 25m sem deixá-lo afundar. OBS: A prova deve ser realizada sem meios auxiliares de natação, em piscina com profundidade mínima de dois metros, num tempo máximo de um min e dez segundos, onde obterá nota cinco. Para obter nota máxima, o exercício deverá ser executado em até 45 segundos. Os tempos intermediários serão computados conforme tabela anexa.
- Corrida de 1.600m, em piso firme, no tempo máximo de sete minutos, onde obterá nota cinco, Para obter nota máxima, o exercício deverá ser executado em até cinco minutos e trinta segundos. Os tempos intermediários serão computados conforme tabela anexa.
- Travessia de arrebentação, com ondas de pelo menos 03 pés, contornando uma bóia a 200m da arrebentação, sem meios auxiliares de natação, num tempo máximo de dez minutos. OBS: Dependendo das condições do mar, esta prova poderá ter seu tempo aumentado.
OBS1: O aluno poderá realizar até três tentativas em cada prova eliminatória. OBS2: Será considerado reprovado o aluno que não obtiver nota mínima 07 (sete) na avaliação teórica e nota 05 (cinco) nas avaliações práticas.
Deve demonstrar, através de exames teóricos e práticos elaborados pela 3ª Seção do Estado Maior do CBMSC, habilidades de reanimação cardiopulmonar e primeiros socorros básicos necessários à atividade do guarda-vidas, obtendo índice mínimo de 50% de aproveitamento na prova teórica e 70% na prova prática;
A classificação em casos de disputa de candidatos para a admissão (contrato temporário) e adesão (serviço voluntário), será realizada pelo melhor índice técnico, conforme tabela em anexo.
Somente poderão aplicar exames de Habilidade Específica, Oficiais do Corpo de Bombeiros Militar que tenham concluído com sucesso o Curso de guarda-vidas ministrado ou reconhecido pelo Corpo de bombeiros e/ou que possuírem, pelo menos, cinco anos de experiência na atividade de Salvamento Aquático.
Florianópolis, SC, em 24 de novembro de 2003.
ADILSON ALCIDES DE OLLIVEIRA
Cel PM Cmt Geral do CBMSC
Curso de Formação de Guarda-vidas Militar
ANEXO I
TABELA COM OS TEMPOS PARA AS HABILIDADES ESPECÍFICAS
Obs:
4) Na prova dos 500 metros de natação a cada segundo que ultrapasse 7 minutos e 30
segundos, será descontado o valor de 0,024 pontos ;
5) Na prova da Anilha a cada segundo que ultrapasse 45 segundos, será descontado o valor
de 0,2 pontos ;
6) Na prova de Corrida de 1.600 metros a cada segundo que ultrapasse 5 minutos e 30
segundos, será descontado o valor de 0,055 pontos;
7) A prova de travessia de arrebentação não terá caráter classificatório.
ADILSON ALCIDES DE OLLIVEIRA
Cel PM Cmt Geral do CBMSC
ESTADO DE SANTA CATARINA
SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA DO CIDADÃO
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR
Avaliação dos Guarda-VidasCivis
Provas Realizadas
Nome
Completo
500 mts Anilha 1600 mts Entrada/Saída
Classificação Nota
Tempo Nota
Tempo Nota
Tempo Temp
o Nota
Tempo Temp
o Mi
n
Se
g
Min Seg Min Seg Min Seg
1 Fulano de Tal 10,00 7 30
450
10,00 0 45
45
10,00 5 30 330
10,00 5 0 300 10,00
2 Fulano de Tal 5,00 11 0
660 5,00 1 10
70 5,00 7 0 420 5,00 10 0 600 5,00
* Prova de Entrada e Saída deve ser considerado as condições do mar.
Curso de Formação de Guarda-vidas Militar
ESTADO DE SANTA CATARINA COMANDO DO CORPO DE BOMBEIROS
3ª SEÇÃO DO ESTADO MAIOR (BM-3/CCB)
DIRETRIZ DE PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
CLASSIFICAÇÃO: Procedimento Operacional Padrão n.º 09/2005/BM-3/CBMSC ASSUNTO: Dispõe sobre o padrão de procedimentos que deverá ser observado no funcionamento do Serviço de Salvamento Aquático prestado pelo Corpo de Bombeiros do Estado de Santa Catarina (CBMSC), através de seus postos, locados em praias marítimas. 8) FINALIDADE
Padronizar os procedimentos operacionais e as condutas de pessoal pertinentes ao Serviço de Salvamento Aquático, prestado pelo CBPMSC, em praias marítimas.
2. REFERÊNCIAS: - Constituição Federal (art. 144, V, c/c art 144 §5º); - Constituição Estadual (art. 107, II, letra a); - Lei 6.217/83 (art. 2º, V e VI, c/c art. 29); - Dec Lei 19.237/83 (art. 64) - Doutrina de salvamento aquático. 3. OBJETIVOS:
a. Orientar as Organizações de Bombeiro Militar do CBMSC quanto ao planejamento e a execução do Serviço de Salvamento Aquático em praias marítimas do litoral do Estado de Santa Catarina.
b. Delegar atribuições específicas ao setor operacional da prestação do
serviço de salvamento aquático. 4. EXECUÇÃO
4.1Abertura do posto:
O horário de serviço será, em princípio, das 0800H às 2000H, podendo o Cmt da OBM local adequar o horário de acordo com as necessidades locais.
Curso de Formação de Guarda-vidas Militar
Os turnos de serviço poderão, a critério do cmt da OBM, ser de seis ou de doze horas. Nos turnos de seis horas não haverá a prática de atividade física nem horário para almoço. O Cmt do posto ou mais antigo, no primeiro momento devera informar ao COBOM e à central de salvamento:
1 - Que o posto já está em atividade; 2 - Registrar e informar imediatamente as faltas ao cmt da praia ou ao ronda das praias.
Educação física:
A atividade física para manutenção do condicionamento físico e técnico, deverá ser
realizada no início do turno de serviço (das 0800H às 0900H) ou no final do turno de
serviço (das 1900H às 2000H) dependendo do movimento na praia e a critério do Cmt
ou mais antigo do posto.
OBS: O coordenador da praia poderá realizar a atividade física até as 1000h
ou após as 1800h.
O treinamento físico está restrito a corrida ou natação, precedido de aquecimento e
alongamento. A prática de outras atividades relacionadas às competições de salvamento
aquático dependerá de autorização do coordenador de praia.
O efetivo do Posto alternar-se-á para a prática da atividade física, dentro do horário
previsto, de modo que a segurança da praia não fique prejudicada.
Estratégia:
O Cmt do Posto, ou mais antigo, deverá verificar as condições do mar, do tempo
e as características da praia para adotar a estratégia de salvamento daquele dia:
Sinalizar com bandeiras os locais perigosos.
Determinar de que forma serão realizadas as rondas.
Guarnecer o ponto que apresentar maior perigo.
Dispor os materiais de salvamento em local ou pontos estratégicos.
Determinar a rotina de prevenção.
Coordenar os resgates e solicitar apoio necessário, utilizando os meios de comunicação.
Determinar a realização do almoço em 03 (três) turnos se houver na guarnição 03 (três)
ou mais Guarda-vidas. Se o efetivo do posto for composto por 02 (dois) Guarda-vidas
apenas, deverá ser dividido em 02 (dois) turnos de almoço. Cada turno não poderá
Curso de Formação de Guarda-vidas Militar
exceder 01 (uma) hora de duração e deverão ser praticados às 11:30H, 12:30H e
13:30H.
Jet-ski:
O Cmt do posto deve determinar que somente o piloto habilitado e escalado para a
função é quem pilotará o equipamento. Nenhum outro integrante da guarnição poderá
pilotar.
O piloto durante a condução, utilizará obrigatoriamente: capacete, colete e chave de
corte de motor ligada ao colete. Portará também suas nadadeiras no compartimento da
embarcação.
O Jet-ski deverá ser posicionado em um ponto estratégico para saída.
Deverá ser demarcada na água, com duas raias em paralelo, constituídas de cabo e
bóias, a área de saída de embarcação. Deve-se, ainda, evitar que pessoas se banhem
dentro da área demarcada.
Fica proibido, exceto em atendimento de ocorrência, a entrada e saída do Jet-ski na
praia em local não demarcado.
Deverá ser demarcada na faixa de areia, com duas fitas zebradas em paralelo, a área de
estacionamento do Jet-ski. Deve-se, ainda, evitar que os banhistas se acomodem na área
demarcada.
O Cmt do posto deverá determinar que toda a guarnição se envolva nos procedimentos
de transporte do Jet-ski na faixa de areia. O piloto será o responsável pela manutenção e
preenchimento do diário de bordo.
Não será permitido realizar rondas utilizando o Jet-Ski. Somente poderá haver o
acionamento do mesmo no 1º momento da manhã, para aquecimento, e posteriormente
somente em casos de ocorrências, ou para treinamento com prévia autorização do
Ronda de Praia.
Aos Guarda-vidas civis está vedada a atividade de condução naval ou de viaturas, permitindo-se, porém, que os mesmos atuem como auxiliares dos bombeiros militares que conduzam tais veículos
Helicóptero:
Nos postos que possuírem área destinada para pouso de aeronave (heliponto), o Cmt ou
mais antigo deverá conservar a área isolada, sinalizada e limpa, sempre pronta para uso.
Curso de Formação de Guarda-vidas Militar
Em caso de necessidade de pouso onde não houver heliponto, o Cmt do posto ou mais
antigo deverá providenciar uma área isolada e segura na faixa de areia retirando pessoas
e objetos como cadeira e guarda-sol.
Durante o andamento de qualquer ocorrência que necessite a intervenção do helicóptero,
o Guarda-vidas deverá acenar com as duas nadadeiras em movimentos amplos, com os
braços estendidos acima da cabeça para que a tripulação da aeronave possa visualizar e
logo em seguida, indicar com uma das nadadeiras somente, o local onde se desenvolve a
ocorrência.
Durante a passagem do helicóptero em situação normal, o Guarda-vidas simplesmente
acenará com uma das mãos (sem nadadeira) para a tripulação da aeronave.
Se o Guarda-vidas estiver na água e precisando de ajuda, deverá acenar com os dois
braços para chamar a atenção da aeronave e após a visualização da tripulação deverá
permanecer com o braço direito estendido acima da cabeça indicando a necessidade de
intervenção do helicóptero.
Ronda na praia:
Os Guarda-vidas deverão estar sempre usando o uniforme regulamentar para:
Serem localizados facilmente por populares e outros Guarda-vidas;
Garantirem a proteção recomendada contra os raios solares, preservando a saúde.
Além do uniforme, cada Guarda-vidas será obrigado, para a realização de rondas, a
portar apito, nadadeiras e life-belt.
A duração de cada ronda será estabelecida pelo Cmt do posto, ou mais antigo.
Os Guarda-vidas deverão estar sempre no visual do posto.
O Ronda:
O Cmt do posto ou mais antigo deverá apresentar-se ao Ronda, informando as
alterações, necessidades e relatórios.
Em qualquer situação (dias de chuva, dias com fortes ventos, dias normais, etc),
somente o Ronda terá autonomia para modificar o efetivo nos postos.
O Cmt do posto ou mais antigo deverá providenciar junto ao policiamento local, a
possibilidade de prever uma vaga de estacionamento, o mais próximo possível do posto,
para ser utilizada por Vtr ASU e Vtr do Ronda.
Curso de Formação de Guarda-vidas Militar
Relatórios:
Os registros de ocorrências de praia deverão ser entregues ao coordenador da praia, na
sua passagem pelo posto.
Em casos de ocorrências de óbito, o Cmt do posto, ou mais antigo, deverá constar no
verso das folhas de registro de ocorrência, um breve relatório informando: origem da
vítima, histórico do acidente (local exato, horário, circunstâncias). Em caso de
desaparecimento da vítima, procurar também recolher dados sobre vestimentas, objetos
pessoais (relógio, jóias), além de marcas, tatuagens e outras características físicas.
Ocorrências de óbito devem ser informadas imediatamente ao Ronda.
Em caso de ocorrências que mereçam destaque (ação do Guarda-vidas digno de menção
honrosa), o Cmt do posto deverá confeccionar relatório minucioso na forma de
Comunicação Interna, coletando dados, testemunhas, etc, e entregando ao ronda de
praia.
Permanência no posto de salvamento:
Deverá haver sempre, no mínimo, 01 (um) Guarda-vidas no patamar superior do posto,
em local visível, devidamente uniformizado, atentando para a postura e para a constante
observação aos banhistas. O mesmo comportamento deverá ser observado pelos demais
integrantes da guarnição que permanecerem no patamar inferior.
Nenhum Guarda-vidas poderá permanecer no patamar superior do posto sem estar
devidamente uniformizado.
Não poderá permanecer no posto a totalidade do efetivo. Deverá sempre haver alguém
em ronda na faixa de areia ou em prevenção em locais de perigo.
Nos dias de chuva, a critério do Cmt do Posto, será permitida a concentração do efetivo
no posto de salvamento, se assim o movimento da praia permitir.
Não será permitida a entrada e/ou permanência de civis no posto, mesmo que seja para a
utilização do banheiro. Exceção feita àqueles envolvidos no serviço ou em atendimento
de emergência.
Local de trabalho não é apropriado para “bate-papo” com civis e familiares. Tal
comportamento não será permitido.
Não será permitido que se guarde no Posto, qualquer material ou utensílio de pessoas
que não pertençam à Guarnição de serviço.
Curso de Formação de Guarda-vidas Militar
Uniforme:
O uniforme será aquele estabelecido pelo regulamento de uniformes do CBMSC.
O uniforme também é um EPI, portanto, de uso obrigatório em qualquer situação:
Nas rondas;
Prevenções;
No posto;
O agasalho previsto pelo regulamento de uniforme do CBMSC poderá ser utilizado em
dias frios, sobreposto ao uniforme.
Assuntos burocráticos:
Os assuntos burocráticos como: Troca de serviço, dispensa de serviço, troca de local de
trabalho, visita médica, etc. deverão ser tratados diretamente com o coordenador de
praia.
Declarações à imprensa:
As relacionadas ao atendimento de ocorrências é de competência do Bombeiro Militar coordenador da praia. Assuntos relacionados com a administração da Operação Veraneio, de cunho político, ou ainda que não estejam diretamente ligados com a praia específica em que o Guarda-vidas trabalhe, deverão ser direcionados ao Ronda de Praia.
Atendimento ao público:
Procurar ser sempre cordial e esclarecedor, evitando emprego de gírias.
Realizar sempre o serviço de prevenção na entrega de panfletos.
Evitar envolver-se em ocorrências policiais, se possível acionando uma guarnição PM
para o atendimento.
Área de atuação:
Cada posto limitar-se-á a atender, de forma preventiva na faixa de areia, com
demarcação por bandeiras, rondas e sinalização sonora, um raio de 500 (quinhentos)
metros para cada lado do posto (esquerdo e direito).
O limite acima foi estabelecido atendendo a capacitação técnica pessoal e material que o
serviço de salvamento oferece atualmente. Tal distância será desprezada em caso de
ocorrência em andamento comunicada ao posto de salvamento.
Curso de Formação de Guarda-vidas Militar
Manutenção do posto e de materiais:
O comandante do posto, ou na ausência deste, o mais antigo, será responsável pela manutenção da limpeza do posto, bem como pela manutenção de aparência como pintura, corte de grama, etc.
As alterações do posto (vidros quebrados, lâmpadas queimadas, fechaduras danificadas,
etc) devem ser comunicadas, pelo comandante do posto, ao coordenador da Praia para
que este providencie a devida reposição.
O efetivo do Posto deverá ser criterioso na preservação dos materiais, protegendo-os do
sol, sempre que possível, bem como, protegendo-os de qualquer dano que possa sofrer
por falta de um devido cuidado como o ideal acondicionamento, por exemplo.
Fechamento do posto:
Deverá ser informado ao COBOM e à central de salvamento o término dos trabalhos.
O Cmt do posto ou o mais antigo, deverá verificar o correto preenchimento das fichas
de registro de ocorrência, antes de dispensar a guarnição e, ainda, arquivá-las até o
recolhimento pelo Ronda de praia.
Deverá ser realizada a devida faxina no posto e manutenção dos materiais utilizados.
O Cmt do posto deverá providenciar um local seguro e habitado durante o período
noturno para guardar os materiais de serviço, considerados permanentes como: rádio,
White-med, binóculos, etc.
7. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
7.1 As informações contidas nesse documento não poderão ser alegadas como desconhecidas, cabendo ao coordenador da praia a divulgação, fiscalização e exigência no cumprimento das mesmas.
7.2 O estabelecido nesse POP deverá ser seguido, no que couber, também pelos civis prestadores do serviço de salvamento aquático, concomitantemente com o prescrito na cartilha para Guarda-vidas civis.
7.4 O conteúdo desse POP, será repassado a todo o efetivo prestador do serviço de
salvamento aquático nos cursos de formação, nos treinamentos pré-temporada e
nas recertificações através de uma disciplina específica.
Curso de Formação de Guarda-vidas Militar
7.5 Todos postos Guarda-vidas em atividade deverão conter uma cópia deste
documento. O Cmt do posto, ou mais antigo é o responsável pelo cumprimento
deste item.
Florianópolis, SC, em 27 de Março de 2007.
________________________________
ADILSON ALCIDES DE OLIVEIRA
Cel BM Cmt Geral do CBMSC
Curso de Formação de Guarda-vidas Militar
ESTADO DE SANTA CATARINA
COMANDO DO CORPO DE BOMBEIROS
7º BATALHÃO DE BOMBEIROS MILITAR
FUNÇÕES DO COORDENADOR DE PRAIA
O Coordenador de Praia será o Bombeiro Militar mais antigo de serviço no dia
no respectivo Município, devendo ter ciência de que:
1. O serviço de Guarda-vidas é missão do Corpo de Bombeiros Militar;
2. O serviço funciona com organização, cumprimento das missões,
profissionalismo e com exemplos positivos;
3. A prevenção é a razão do serviço de guarda-vidas.
Compete ao Coordenador de Praia, entre outras atribuições:
NO INÍCIO DO SERVIÇO:
1 – Assumir o serviço até às 07:30h;
2 – Conferir todo o material colocado à sua disposição, comunicando em livro de
partes as alterações, danos, extravios e mau funcionamento;
3 – Distribuir os materiais nos Postos de Guarda-vidas a partir das 08:00h,
alternando a distribuição, de forma a ativá-los por prioridade;
4 – Conferir a presença dos Guarda-vidas Civis, registrando as faltas,
atrasos e todas as alterações no Sistema com Cadastro dos GVC, esse
inserido na página do CBMSC;
5 – Todas as alterações do serviço devem ser comunicar imediatamente
ao Ronda da Praia;
6 – Conferir a barba, cabelo e uniforme dos Guarda-vidas civil,
procedendo da mesma forma que o item anterior em relação ao registro
das alterações;
7 – Observar o estado geral dos postos de Guarda-vidas. Havendo danos,
buscar soluções ou alternativas de reparo no próprio Município, devendo
essas alterações ser de relatar ao Ronda da Praia;
8 – Cobrar dos Guarda-vidas civil a devida limpeza dos Postos de Guarda-
vidas;
9 – Distribuir e manter os documentos de praia, fichas de ocorrências,
planilhas de prevenção e de público usuário, todas atualizadas;
10 – Realizar a atividade física após a entrega dos materiais e conferência
do pessoal, não devendo o horário ultrapassar às 10:00h.
Curso de Formação de Guarda-vidas Militar
11- Caso não tenha sido possível a realização da educação física no
período matutino, a mesma deverá ser realizada a partir das 18:00h, antes
do recolhimento dos materiais;
DURANTE O SERVIÇO:
1 – Permanecer nas praias sob sua circunscrição administrativa e
operacional o maior tempo possível, somente afastando-se das mesmas
por necessidade do serviço;
2 – Realizar rondas constantes nos postos de guarda-vidas evitando em
permanecer num mesmo posto por tempo superior a 30 minutos. Todos
os Postos deverão ser inspecionados pelo Coordenador da praia pelo
menos duas vezes por dia, em horários alternados;
3 – Encontrando alterações de GVC, deverá chamar a atenção de forma
reservada, a fim de corrigir a falta. Deverá registrar as alterações no
Sistema com Cadastro dos GVC, esse inserido na página do CBMSC;
4- Deverá manter sempre diálogo profissional e amistoso com o efetivo,
desejando sempre a harmonia do serviço. Jamais o Coordenador deverá
utilizar expressões agressivas, discussões pessoais, emissão de opiniões
particulares, de juízo de valor, palavrões e bate-bocas;
5 – A imposição e o bom funcionamento do serviço deverá ser pautada
pelo exemplo, portanto, jamais o Coordenador de praia deverá infringir
normas constantes no POP de Salvamento Aquático;
6 – Todo afogamento com óbito deverá ser comunicado imediatamente ao
Ronda da Praia, a fim de iniciar as buscas;
7 – O contato do coordenador de praia sempre deverá ser o Ronda da
Praia, não devendo nessas situações fazer contatos diretos com outros
oficiais;
8 – Não compete ao coordenador de praia a aplicação de suspensão, ou
demissão de GVC. A suspensão compete ao Ronda de praia e a demissão
compete à comissão de oficiais, após a devida investigação;
9 – Não deverá ser aplicada penas que não estejam previstas no
regulamento disciplinar do Guarda-vidas civil.
AO TÉRMINO DO SERVIÇO
1 – O início do recolhimento do material dos postos de Guarda-vidas
deverá ser realizado após as 19:00h, não devendo permanecer no Posto
Curso de Formação de Guarda-vidas Militar
de salvamento qualquer material de valor, como White-med, binóculos,
rádios, flutuador, nadadeiras, caixas de primeiros socorros, macas;
2 – Cobrar dos Guarda-vidas civil a devida faxina nos Postos de
Salvamento ao término de cada jornada de trabalho;
3 – Recolher as fichas de ocorrências diariamente, arquivando-as no
quartel após a devida tabulação, remetendo os dados às seções
competentes nos dias previstos pelo B-3;
PRESCRIÇÕES DIVERSAS:
1 – O Coordenador de Praia deverá manter consigo o número do celular
de todos os Rondas de praia, bem como estar certo de qual oficial está de
serviço no respectivo dia na sua subárea;
2 – Todos os Guarda-vidas civis deverão permanecer uniformizados
durante o serviço, exceto durante a realização da atividade física ou
durante os atendimentos de ocorrências, os quais poderão ser realizados
somente de calção;
3 – Somente os bombeiros militares devidamente habilitados poderão
conduzir as viaturas e as embarcações;
4 – Fiscalizar a educação física dos Guarda-vidas civil. Nos turnos de
serviço de seis horas os Guarda-vidas civil não terão horário para
educação física e nem espaço para o almoço. Nos turnos de 12 horas, a
educação física dos mesmos será realizada das 08:00h às 09:00h ou das
19:00h às 20:00h, devendo o efetivo do posto ser dividido em duas
turmas: Uma fará a educação física no início da manhã (das 08:00h às
09:00h) e a outra no fim da tarde (das 19:00h às 20:00h).
5 – O Coordenador de praia deverá cumprir e fazer cumprir todas as
orientações previstas no POP e na Cartilha dos Guarda-vidas Civil;
6 – O coordenador de Praia mais antigo do Município é responsável pelo
cadastro de todas as praias de sua área, bem como do cadastro dos
Guarda-vidas Civis, devendo o banco de dados estar totalmente
alimentado até o dia 20 Dez ....
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARNAVAL, Paulo Eduardo. Cinesiologia da musculação. 2ª edição. Rio de Janeiro: Sprint, 2001.
COSTILL, David L.; WILMORE, Jack H. Fisiologia do esporte e do exercício. 2ª edição. Barueri, SP: Manole, 2001 (1ª edição). 709 p.
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em águas sob jurisdição nacional. NORMAM-03/DPC. LEI FEDERAL N° 7.661, de 16 de maio de 1988, que Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro e dá outras providências, POLÍCIA MILITAR DO PARANÁ. Manual do Guarda-vidas. 1ª EDIÇÃO, 2004 LEI FEDERAL Nº 9.608, de 18 de fevereiro de 1998, que dispõe sobre o serviço voluntário e dá outras providências.
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DECRETO ESTADUAL No 4.849, de 11 de novembro de 2006, que regulamenta a contratação temporária e a prestação de serviço voluntário na atividade de salvamento aquático por pessoal civil.
PORTARIA N°015/ CBMSC, de 26 de novembro de 2003, que define os exames de habilidade específica para adesão, admissão,contratação e revalidação de certificado dos guarda-vidas civis.
Manual de Salvamento Aquático do SOBRASA.
Manuais de Salvamento Aquático e Primeiros Socorros do CBPMSC;
Plano de ensino do curso de especialização de guarda-vidas do Paraná;
Currículo do Curso de Especialização de Guarda-vidas de São Paulo;
Manual do Curso de Guarda-vidas do Uruguai;
Surf Life Saving Training Manual of Australia;
The United States Lifesaving Association Manual of Open Water Lifesaving;
Open Water Lifeguarding Manual of San Diego (EUA);
Head Lifeguard of American Red Cross.