CLUSTER DA ÁGUA - Parceria Portuguesa para a Água (PPA) · Organização institucional do sector...
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ÍNDICE
LISTA DE SIGLAS E ACRÓNIMOS
1. INTRODUÇÃO
2. CARACTERIZAÇÃO DO PAÍS1. Dados gerais2. Enquadramentodemográficoemacroeconómico3. Clima,geografia,pluviosidadeerecursoshídricos4. Ordenamentoegestãocosteira5. Consumo e uso da água
a) Agriculturab) Energiac) Indústriad) Água potávele) Ecossistemas
6. Condiçõesdeacessoaomercadoa) Requisitos legais e societáriosb) Sistema fiscalc) Barreiras ao comérciod) Sistema laborale) Regime aplicável a quadros expatriadosf) Sistema financeirog) Regime aplicável ao repatriamento de lucros e outras transferências financeirash) Legislação contratuali) Acordos bilaterais com Portugal e a União Europeia j) Incentivos ao investimento directo estrangeiro
3. O CLUSTER DA ÁGUA1. Organizaçãoinstitucionaldosector
a) Administração central, regional e localb) Agências e entidades relevantesc) Maiores operadores de serviços de águasd) Principais entidades adjudicantese) Principais associações profissionais e empresariaisf) Principais universidades e centros de investigaçãog) Agências de apoio ao desenvolvimento
2. Estratégiagovernamentalparaosector3. Papeldasinstituiçõesfinanceirasmultilaterais4. Participaçãodosectorprivado,incluindoregimeaplicávelaparceriaspúblico-privadas5. Quadrolegaleregulatórioespecíficoaosector
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4. OS PRINCIPAIS MERCADOS DO “CLUSTER DA ÁGUA”1. Estruturadosector
a) Principais actividades e funçõesb) Tipo de organizaçãoc) Dimensão e área de negócio das empresasd) Distribuição regional
2. Principaisplayersa) Autoridades municipais e serviços de águasb) Principais consumidores não urbanosc) Perfil das principais entidades adjudicantes e dos processos de decisão adoptadosd) Principais fornecedorese) Caracterização de potenciais parceiros locais
3. Principaisprojectosa) Abastecimento b) Irrigaçãoc) Rede de saneamentod) Dessalinizaçãoe) Energia hídrica
5. ABORDAGEM AO MERCADO1. Políticadecomprasecadeiadefornecimento2. Principaiseventosdosector3. Identificação,caracterizaçãoepriorizaçãodeempresaslocaispotenciaisparceiras4. Identificaçãoecaracterizaçãodasactividadesdeempresasportuguesasjápresentesnessemercado
(nosectordaágua)5. Etiquetadenegócios6. Análise SWOT7. Propostadeacções
6. REFERÊNCIAS
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ÍNDICE DE TABELAS E F IGURAS
Tabela 1.PaísemSínteseTabela 2. CapitaisdeProvínciaeDistritos,daGuinéEquatorialTabela 3.População,ÁreaeDensidadePopulacionalporRegiãoeProvínciaTabela 4.PopulaçãoUrbanaeDimensãoMédiadosAgregadosFamiliaresporRegiãoeProvínciaTabela 5.PrincipaisIndicadoresMacroeconómicosTabela 6.PesodaGuinéEquatorialnoComércioInternacionalem2014 Tabela 7.PrincipaisProdutosExportadoseImportadosTabela 8.PrincipaisParceirosComerciaisTabela 9.PosiçãoeQuotadePortugalnoComércioInternacionaldeBensdaGuinéEquatorialTabela 10.ExportaçõesdePortugalparaaGuinéEquatorialporGruposdeProdutosTabela 11.PrincipaisProdutosExportadosparaaGuinéEquatorialTabela 12.ImportaçõesdePortugalProvenientesdaGuinéEquatorialporGruposdeProdutosTabela 13.QuotadaGuinéEquatorialnoComércioInternacionaldeServiçosdePortugalTabela 14.NºdeOperadoresEconómicosPortuguesesaExportarparaaGuinéEquatorialTabela 15.BalançaComercialdeBenseServiçosdePortugalcomaGuinéEquatorialTabela 16.RecursosHídricosRenováveisTabela 17.DistribuiçãodoUsodoSoloTabela 18.ConsumodeÁguaporSectorTabela 19.AvaliaçãoDoingBusinessePosiçãonoRankingTabela 20.EscalõeseTaxasdoImpostosobrePessoasFísicasTabela 21.EixosEstratégicoseLinhasdeAcçãodoPNDES–Horizonte2020Tabela 22.ProjectosNacionaisFAOTCP(TechnicalCooperationProgramme)Tabela 23.ProjectosNacionaisFAOTrustFundsTabela 24.ProjectosRegionaisFAOTCP(TechnicalCooperationProgramme)Tabela 25.ProjectosRegionaisFAOTrustFundsTabela 26.ProjectosdeAbastecimentoTabela 27.ProjectosdeIrrigaçãoTabela 28.ProjectosdeSaneamentoTabela 29.ProjectosdeDessalinizaçãoTabela 30.ProjectosdeEnergiaHídricaTabela 31.PrincipaisEventosRegionaisTabela 32.PotenciaisParceirosInstitucionaisTabela 33.PotenciaisParceirosEmpresariaisLocaisTabela 34.EmpresasPortuguesascomHistóricodePresençanoMercadoTabela 35.AnáliseSWOTdoSectordaÁguanaGuinéEquatorial
Figura 1.LocalizaçãoGeográficadaGuinéEquatorialFigura 2.FronteiraseCapitaldaGuinéEquatorialFigura 3.MapaPolíticodaGuinéEquatorialFigura 4.RegiõeseProvínciasdaGuinéEquatorialFigura 5.LocalizaçãodeDjibloho,futuracapitaladministrativaFigura 6. Pirâmide EtáriaFigura 7.Estados-MembrosdaCEEACFigura 8.MapaFísicodaGuinéEquatorialFigura 9.LocalizaçãodasIlhasBiokoeAnnobónFigura 10.LocalizaçãodasIlhasCoriscoeElobeysFigura 11.CartaGeológicadaGuinéEquatorial(RegiãoContinental)Figura 12.LocalizaçãodaCordilheiradeNiefangFigura 13.EsquemadoPerfilTopográficodaRegiãoContinentalFigura 14.LocalizaçãodosPicosVulcânicosdeBiokoFigura 15.LocalizaçãodosPicosVulcânicosdeAnnobónFigura 16.PerfilClimáticodeBata
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Figura 17.PerfilClimáticodeEbebiyinFigura 18.PerfilClimáticodeCogoFigura 19.PerfilClimáticodeMalaboFigura 20.PluviosidadeMédiaAnualnaRegiãoContinentaleIlhadeBiokoFigura 21.Rosa-dos-ventosemMalabo,IlhadeBioko,noperíodo2000-10Figura 22.Rosa-dos-ventosemBata,RegiãoContinental,noperíodo2006-10Figura 23.PanoramaGeraldaRedeHidrográfica(RegiãoContinental)Figura 24.RepartiçãoSectorialdoConsumodeÁguaFigura 25.PlanodoProjectoREPEGEFigura 26.EvoluçãodaAjudaaoDesenvolvimentorecebidaem%doPIB
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L ISTA DE SIGLAS E ACRÓNIMOS
AfDB –BancoAfricanodeDesenvolvimentoAICEP –AgênciaparaoInvestimentoeComércioExternodePortugalANGE –AgênciaNacionaldaGuinéEquatorialAPE –AcordodeParceriaEconómicaAPYMEGE –AssociaçãodasPequenaseMédiasEmpresasdaGuinéEquatorialAUCA –UniversidadeAmericanadaÁfricaCentralBEAC –BancodosEstadosdaÁfricaCentralCCI – ContribuiçãoComunitáriaparaaIntegraçãoCEEAC –ComunidadeEconómicadosEstadosdaÁfricaCentralCEMAC –ComunidadeEconómicaeMonetáriadaÁfricaCentralCFA –FrancodaÁfricaCentralCIF – Cost, Insurance and FreightCMS – Convention on the Conservation Migratory Species of Wild AnimalsCOBAC –ComissãoBancáriadaÁfricaCentralCOMIFAC –ComissãoparaaConservaçãodosEcossistemasFlorestaisdaÁfricaCentralCPDS –ConvergênciaparaaDemocraciaSocialCPI –CertificadoPréviodeImportaçãoCPLP –ComunidadedosPaísesdeLínguaPortuguesaDGDEVCO –DirecçãoGeraldaCooperaçãoInternacionaledoDesenvolvimentoEDSGE-I –PrimeiroInquéritoDemográficoeSocialdaGuinéEquatorialEIU – The Economist Intelligence UnitFAO –OrganizaçãodasNaçõesUnidasparaaAlimentaçãoeaAgriculturaFCI – Fondo de Co-InversiónFED –FundoEuropeudeDesenvolvimentoFMI –FundoMonetárioInternacionalG.E. –GuinéEquatorialHa –HectaresICEX –InstitutoEspanholdeComércioExteriorIDE –InvestimentoDirectoEstrangeiroIDH –ÍndicedeDesenvolvimentoHumanoINEGE –InstitutoNacionaldeEstatísticadaGuinéEquatorialINSESO –InstitutodeSegurançaSocialdaGuinéEquatorialITNHGE –InstitutoTecnológicoNacionaldeHidrocarbonetosdaGuinéEquatorialIVA –ImpostosobreoValorAcrescentadoNIF –NúmerodeIdentificaçãoFiscalODM –ObjectivosdeDesenvolvimentoparaoMilénioOEI –OrganizaçãodosEstadosIbero-americanosparaaCiência,aEducaçãoeaCulturaOHADA –OrganizaçãoparaaHarmonizaçãodoDireitoComercialemÁfricaOMS –OrganizaçãoMundialdeSaúdeONU –OrganizaçãodasNaçõesUnidasPDGE –PartidoDemocráticodaGuinéEquatorialPIB –ProdutoInternoBrutoPIDA – Programme for Infrastructure Development in AfricaPNDES –PlanoNacionaldeDesenvolvimentoEconómicoeSocialPNUD – ProgramadasNaçõesUnidasparaoDesenvolvimentoREDD+ – Reducing Emissions from Deforestation and Forest DegradationREPEGE – Revolución Petroquímica de Guinea EcuatorialSEGESA – Sociedad de Electricidad de Guinea EcuatorialTCI –ImpostoComunitáriodeIntegraçãoTLS –TempestadesLocaisSeverasUE –UniãoEuropeiaUNGE –UniversidadeNacionaldaGuinéEquatorial
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UNEP –ProgramadasNaçõesUnidasparaoMeioAmbienteUSD –DólaresdosEstadosUnidosdaAméricaUTC –TempoUniversalCoordenadoXAF –FrancoCFACentral
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1 . INTRODUÇÃO
NoâmbitodoprojectoP3LPPonteseParceriasnosPaísesdeLínguaPortuguesa,eco-financiadapeloCompete2020,aPPAtomouainiciativaderealizarumestudodemercado,aoClusterdaÁguanaGuiné-Equatorial.OestudotemcomoobjectivoapoiaraidentificaçãoepriorizaçãodeáreasdeintervençãoparaumapotencialcooperaçãocomentidadesgestorasPor-tuguesas,susceptíveldegerarefeitosmultiplicadoressobreafileiraindustrialdoclusternacionaldaÁgua,identificandoprospectivamentetiposdeserviçosouprodutosespecialmentevocacionadosparaestemercado.OestudodemercadofoirealizadorecorrendoaInformaçãopúblicadisponíveleainformaçãorecolhidajuntoderespon-sáveisdasentidadesrelevantesdosector.Oestudoestaorganizadoem4principaiscapítulos.Nocapítulo“2.CaracterizaçãodoPaís”,apresentamosumacaracterizaçãogeraldopaísatravésdacompilaçãodasprinci-paisvariáveiseindicadoreseconómicosesociaisrelevantes.NosubcapítuloDadosGeraisapresentamosumafichasíntesedopaís,comosprincipaisindicadoresquecaracterizamopaís.NoEnquadramentoDemográficoprocura-seidentificaradis-tribuiçãogeográficadapopulação,densidadespopulacionais,pirâmidesetárias,crescimentosdemográficos,entreoutros.OEnquadramentoMacroeconómicopressupõeumabreveanáliseàsgrandesvariáveismacroeconómicas,entreoutros,oPIB,inflaçãoebalançacomercial.OsubcapítuloClima,Plu-viosidadeeRecursosHídricoscompilaosdadosdisponíveissobreascondiçõesnaturaiseclimatéricasmaisrelevantes.NosubcapítuloConsumoeusodaáguacaracteriza-seopadrãodeconsumoemcadaumadasgrandestipologiasdeutilização(Agricultura,Energia,Indústria,Municípiosepopulação,Ecossis-temas).EmOrdenamentoeGestãoCosteira,sãoapresentadasconsideraçõesgeraissobreaspolíticaseinstituiçõesdegestãodequestõesmaisligadasaoambiente.Porfim,emCondiçõesdeAcessoaoMercadofaz-sereferênciaàsquestõesdeordempráticaparaasempresas,emparticularquantoaaspectoslegais,fiscaiselaborais.Ocapítulo“3.OClusterdaÁgua”,compreendeosmecanis-mos,processoseinstituiçõesentreosquaissearticulamos
diversosinteressesdosectordaágua.Nestecapítulofazemosnotadaspolíticaspúblicasegrandesobjectivosdosplanosgovernamentaisparaosector,assimcomoacaracterizaçãodoquadrolegaleregulamentargeralaplicável.Pretende-seaindaanalisaropapeldasagênciasmultilateraisnosprojectosemcursoeplaneados,bemcomodascooperaçõesbilateraismaisrelevantes,assimcomoograudeaberturaàparticipaçãodeoperadoresprivadosnosector.Nocapítulo“4.OsPrincipiaisMercadosdoClusterdaÁgua”pretende-seidentificarosmercadosmaisrelevantes,perceberostiposdeoperaçõesecompetênciaslocais,bemcomooperfildosprincipaisoperadoresesuascaracterísticasaccionistas(sectorpúblicovsprivado).Alémdissocaracterizamosaimpor-tânciarelativadasactividadesligadasàáguadecadaoperador,assimcomoadistribuiçãoregionaldosprincipaisoperadores.Procedemosaindaàidentificaçãodasprincipaisempresaseentidadesdosector,nomeadamenteatravésdadecomposiçãodo clusteremcompradoreseentidadesadjudicantes,grandesconsumidoreseprincipaisfornecedoresdeserviçoseprodutoscomactividadenomercadolocal.Sãoaindaapresentadososprincipaisprojectosemcursoouplaneadosparadiversosfins(abastecimento,irrigação,redesanitária,dessalinização),bemcomoasprincipaisfontesdefinanciamento.Nocapítulo“5.AbordagemaoMercado”,caracteriza-seasactividadesdeprocurementnacadeiadevalordaindústriadaáguaeastipologiasdepolíticasdecomprasexistentes.Sãoelencadososprincipaiseventosdosectoresãoidentificadasempresaslocaisquepossamviraserparceirasdenegóciodasempresasportuguesas.Aindadentrodestecapítulo,apresen-tamosumasériedeconselhosrelativosàetiquetadenegóciosnopaís.Depois,realizamosumaanálisesíntesedosprincipaispontosfortesefracosdomercado,asprincipais linhasdeoportunidadedenegócioeasameaçasprevisíveisparaasempresasportuguesasquequeiramentrarnomercado.PorfimapresentamosumaseriederecomendaçõesdeacçõesarealizarporempresasdaIndústriaPortuguesadaÁgua,quetenhamcomoobjectivosestratégicosaabordagemeumnovoposicionamentonestemercado.
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1. D A D O S G E R A I S
TABELA 1 - PAÍS EM SÍNTESE
Designação Oficial República da Guiné Equatorial (República de Guinea Ecuatorial)
Superfície 28.051km2
LocalizaçãoGeográfica
TerritóriocompostoporumaparcelacontinentalsituadanaÁfricaCentral(designadaMbini),ecincoilhaslocalizadasnoGolfodaGuiné(Bioko,Annobón,Corisco,ElobeyGrandeeElobeyPequena)
Figura1-LocalizaçãoGeográficadaGuinéEquatorial
Fronteiras
Norte-Camarões(193kmdeextensão);LesteeSul-Gabão(345km);Oeste-OceanoAtlântico(296km,incluindoterritóriosinsulares,emquepossuifronteirasmarítimastambémcomaNigériaeSãoToméePríncipe)
Figura2-FronteiraseCapitaldaGuinéEquatorial
PopulaçãoResidente1.222.442hab.(INEGE,Censo2015,provisório)NOTA:Estimativasdediversasorganizaçõesinternacionaisreferemumvalorentre750e850milhabitantes.OPNUD,contudo,adoptaaestatísticaoficialequato-guineense.
DensidadePopulacional 43,6hab./km2
Capital Malabo,naprovínciainsulardeBiokoNorte(emtransiçãoparaDjibloho,naqueseráa8.ªprovínciadopaís,a5ªcontinental)
2. CARACTERIZAÇÃO DO PAÍS
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CidadesMaisPopulosas Bata,Malabo,Ebebiyin,Mongomo
Línguas Línguasoficiais:espanhol(línguanacional),francêseportuguês.Outraslínguas:váriosdialectosafricanos(fang,bubi,inglêspidgin)
Religião Cercade80%decatólicos,10%outrasreligiõescristãs,4%muçulmanos
Clima Tropical,quenteehúmido
FusoHorário Mais1horaemrelaçãoaotempomédiouniversal(UTC+1);HoradeVerãonãopraticada
CódigosInternacionais Cód.ISO–GNQ;Prefixotelefónico-+240;Domíniointernet-.gq
MoedaNacional FrancoCFA(XAF),partilhadocomosrestantespaísesmembrosdaCEMAC.1EUR=655,957XAF(paridadefixa)
RepartiçãoSectorialdoPIB SectorPrimário–8,8%;SectorSecundário–74,7%;SectorTerciário–16,5%(Estimativasde2016)
PrincipaisIndústrias Petrolífera,GásNatural
PrincipaisCulturas Cacau,Café,Madeira
RelaçõesInternacionaiseRegionais
MembrodaONU,UniãoAfricana,AfDB(AfricanDevelopmentBank),CEEAC(ComunidadeEco-nómicadosEstadosdaÁfricaCentral),CEMAC(ComunidadeEconómicaeMonetáriadaÁfricaCentral),OHADA(OrganizaçãoparaaHarmonizaçãodoDireitoComercialemÁfrica),Organisa-tionInternacionaldeLaFrancophonieeCPLP(ComunidadedosPaísesdeLínguaPortuguesa)
H I S TÓ R I AÚnicapossessãoultramarinadeEspanhanaÁfricasubsaariana,aGuinéEquatorialtornou-seumEstadoindependenteem1968.OdomíniocolonialespanholsobreosterritóriosquehojeconstituemaGuinéEquatorialteveinícioapenasemfinaisdoséc.XVIII,quandoPortugalcedeuaEspanha,nocontextodeumTratado,aadministraçãodasilhasdeFernandoPó(actualBioko),Ano-Bom(Annobón)eCorisco,eosdireitosdecomér-ciolivresobreumsectordacostadoGolfodaGuiné.Àdata,ointeresseestratégicoespanholnaregiãoresidiasobretudonocontrolodotráfegodeescravosparaassuascolóniasnocontinenteamericano.Noiníciodoséc.XX,ogovernoespanholviriaaordenarad-ministrativamenteasuapresençanaregião,unificandoestesterritóriossobumaúnicacolóniadesignadadeTerritóriosEspanhóisdoGolfodaGuiné,ouGuinéEspanhola.Nadécadade1950,acolóniaganhouoestatutodeProvínciaultramarina,emtudosemelhanteaosdasprovínciasmetro-politanas,tendosidodivididaemduasunidadesprovinciaisdistintas,FernandoPoo(insular)eRioMuni(continental),comumgovernadorcomum,emaistardereunificadasnumapro-vínciaúnica,jádesignadadeGuinéEquatorial,comumnovoestatutodeautonomialimitada.Oprocessodeindependênciadecorreudeformapacífica,comEspanhaareconhecernoiníciode1968,peranteapressãocrescentedosmovimentosnacionalistasedaONU,essedireito,queviriaaconsumar-seantesdofinaldoanoapósformaçãodeumaassembleiaconstituinteeprocessoeleitoralsupervisionadopelasNaçõesUnidas.Desdeasuaindependência,aGuinéEquatorialconheceuapenasdoisChefesdeEstado:FranciscoMacíasNguema,eleitoem1968,cujoregimeautocráticodestruiugrandepartedasinstituições
políticas,sociaiseeconómicasdoPaís,sendodepostonumgolpedeEstadoem1979,eTeodoroObiang,actualPresidentedaRepública,quelhesucedeueseconstituicomooChefedeEstadopresentementehámaistemponopoderanívelmundial.AnteriormenteumPaísdebaixorendimento,comumaEconomiabaseadanaagricultura(café,cacau,algodão,cana-de-açúcar)epescas,adescobertadelargasreservasdepetróleooffshore na décadade1990alterousignificativamenteoperfileconómicodaGuinéEquatorial,quesetransformourapidamentenoPaísdocontinenteafricanocommaiorPIBper capita.Contudo,apesardariquezaproporcionadapelasreceitasdaexploraçãopetrolífera,oPaíscontinuouaregistarumaperfor-mancerelativamentemodestanoÍndicedeDesenvolvimentoHumano(IDH), ferramentadeavaliaçãodascondiçõesdebem-estarpopulacionalcriadapelaONU,tendo-seposicionadono138ºposto(entre188países)dorankingmundialem2014(14ºentre53paísesafricanos,atrás,porexemplo,deCaboVerde,queapresentaumPIB per capitacercade5xinferior).ApesardeaConstituiçãode1991consagrarnominalmenteoregimepolíticocomoumademocraciaconstitucional,apresidênciadeTeodoroObiangtemsidoobjectodecríticaecondenaçãoporpartedacomunidadeinternacional,comconsequênciasaníveldanãoelegibilidadedoPaísadiversosprogramasefundosdeapoiomultilateraisebilateraisdevidoaoincumprimentodecondiçõespolíticaselegais.Emrespostaaestaspressões,foramsendoimplementadasaolongodosanosváriasrevisõesdotextoconstitucional(aúltimadasquaisem2011),deformaaveicularummaiorcomprome-timentoparacomatransparêncianoexercícioetransiçãodopoder,eparacomorespeitopelosdireitoshumanos.OPaíscontinua,noentanto,aposicionar-senegativamentenoDemocracy Index do Economist Intelligence Unit, índiceque
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medeaqualidadedademocraciaem167paísesavaliadaatravésde60indicadoresagrupadosemcincocategorias–pluralismoeprocessoeleitoral,funcionamentodogoverno,participaçãopolítica,culturapolíticaeliberdadescívicas,encontrando-sena163ªposiçãonorankingde2016.
S I S T E M A P O L Í T I C OAGuinéEquatorialéumaRepúblicaPresidencialistaemqueoChefedeEstadodetémamplospoderesexecutivos.OPresidentedaRepúblicaéeleitopormaioriasimplesatravésdesufrágiodirectoeuniversalporperíodosdeseteanos,enomeiadirectamenteogoverno,incluindooPrimeiro-MinistroeVice-Primeiros-ministroseMinistrosqueformamoGabinete.Arevisãoconstitucionalde2011introduziudiversasalteraçõesnaorganizaçãodosistemapolítico,teoricamentenosentidodeotornarmenospermeávelaexercíciospessoaisdepoder.Entreasmedidasadoptadas,destaca-sealimitaçãodosman-datospresidenciaisadoistermos(deseteanos).Asúltimaseleiçõesdecorreramem2016,comnovareeleiçãodoPresidenteTeodoroObiang,oqualsepoderácandidataraummandatofinalem2023.Outrasmedidastendentesaumamaioraberturapolíticae
separaçãodepoderesconsistiramnacriaçãodocargodeVice--PresidenteedenovosórgãosconstitucionaiscomooTribunaldeContaseoProvedordeJustiça,paraalémdacriaçãodeumSenado.ComacriaçãodoSenado,opoderlegislativopassouaseras-seguradoporumaAssembleiaNacionalBicameral:CâmaradoSenado,com70senadores,55directamenteeleitospormaioriasimplese15nomeadospeloPresidentedaRepública,eCâmaradosRepresentantes,ouParlamento,com100deputados,eleitosatravésdeumsistemaproporcionalbaseadoemcircunscriçõeseleitorais,emambososcasosparamandatosdecincoanos.Asúltimaseleiçõesparaascâmaraslegislativasocorreramem2013,tendooPDGE,partidonopoder,ocupado54dos55assentoseleitosparaoSenado,e99dos100assentoseleitosparaoParlamento,cabendoosrestantesdoislugaresaoCPDS,maiorpartidodaoposição.Quantoaopoderjudicial,oPresidentedoSupremoTribunaldeJustiça,erestantesnovejuízes,sãonomeadospeloPresi-dentedaRepúblicaparatermosdecincoanos.OPresidentedoTribunalConstitucionaledoisdosseusquatromembrossãonomeadospeloPresidentedaRepública,sendoosrestantesdoisnomeadospeloParlamento.
D I V I S Ã O A D M I N I S T R AT I VA
OBJETIVOS DE DESARROLLO DEL MILENIO
INFORME NACIONAL DE GUINEA ECUATORIAL 2015
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Clima: Guinea Ecuatorial tiene un clima ecuatorial. La temperatura media anual es de alrededor de 30°C y las precipitaciones medias anuales de más de 2.000 mm en la mayor parte del país. En la Isla de Bioko la estación lluviosa comprende el período de julio a enero, mientras que en el continente las lluvias son un poco más ligeras y tienen lugar de abril a mayo y de octubre a diciembre.
Flora y fauna: el país es rico en biodiversidad de selvas y bosques con abundantes especies madereras. El clima tropical abriga una fauna rica en especies vivas, mu-chas incluso aún no catalogadas.
Economía: país exportador de petróleo (con 300.000 barriles diarios aproximados), gas licuado, madera, cacao y pesca.
Medio de transporte: Guinea Ecuatorial tiene 2.880 km de carreteras asfaltadas, diez infraestructuras portuarias principales, y cinco infraestructuras aeroportua-rias, destacando como principales compañías aéreas, la compañía aérea nacional CEIBA Intercontinental, Air Annobon, Punto Azul, Cronos Airlines; y las compañías extranjeras IBERIA, Air France, Lufthansa, Air Maroc, Ethiopian Airlines, entre otras.
Mapa político de la República de Guinea Ecuatorial
Figura3-MapaPolíticodaGuinéEquatorial
AGuinéEquatorialestádivididaadministrativamenteem:• 2Regiões• 7Províncias• 18 Distritos• 36Municípios
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A Região Continentaléconstituídapelaparceladeterritóriolocalizadanocontinente,eincluiasilhasdeCorisco,ElobeyGrandeeElobeyPequena,situadasjuntoàcosta.Estaregiãosubdivide-seem4Províncias – Litoral, Centro Sur, Kié-Ntem e Wele-Nzas.A Região InsularéconstituídapelasilhasdeBioko,ondeselocalizaMalabo,acapitaladministrativadoPaís,edeAnnobón.Aregiãosubdivide-seem3Províncias – Bioko Norte, Bioko Sur e Annobón.
Figura4-RegiõeseProvínciasdaGuinéEquatorial
TABELA 2 - CAPITAIS DE PROVÍNCIA E DISTRITOS, DA GUINÉ EQUATORIALREGIÃO PROVÍNCIA CAPITAL DISTRITOS
Continental
Litoral Bata
Bata
Cogo
Mbini
Centro Sur Evinayong
Acurenam
Evinayong
Niefang
Kié-Ntem Ebebiyin
Ebebiyin
Micomiseg
NsocNsomo
Wele-Nzas Mongomo
Aconibe
Añisok
Mongomo
Nsoc
Insular
BiokoNorte MalaboBaney
Malabo
BiokoSur LubaLuba
Riaba
Annobón San Antonio de Palé Annobón
AcapitaladministrativadaGuinéEquatorialmudarábrevementeatítulodefinitivoparaDjibloho,umacidadenovaqueestáaserconstruídaderaiznointeriordaRegiãoContinental,equeconstituiráaoitavaProvínciadoPaís.Preparandoatransição,oGovernoinstalou-seprovisoriamentenacidadeporumperíodode3mesesiniciadoemFevereirode2017.
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Figura5-LocalizaçãodeDjibloho,futuracapitaladministrativa
2. E N Q UA D R A M E N TO D E M O G R Á F I C O E M A C R O E C O N Ó M I C O
E N Q UA D R A M E N TO D E M O G R Á F I C OAGuinéEquatorialéumdospaísesdemenordimensãogeográficaecommenorpopulaçãodeÁfrica,contando,deacordocomoúltimocensooficialdoINEGE,com1.222.442habitantesresidentesem2015(dadospreliminares),dosquais209.611sãocidadãosestrangeiros(17%,essencialmentemão-de-obraempreguenaindústriapetrolífera).Adensidadepopulacionaléde43,6habitantes/km2,umvalorpróximodamédiadocontinenteafricanoexistindo,contudo,importantesvariaçõesregionais,comadensidadedaRegiãoInsulararevelar-sebastantesuperioràdaRegiãoContinental,sobretudoaosterritóriosinterioressuldesta.ÀsemelhançadoquesucedeemtodaaÁfricaSubsariana,apirâmideetáriaapresenta-secomumabasealargadaeumtopoestreito,frutodeumaestruturaetáriaemquemaisde40%dapopulaçãotemmenosde15anosdeidade,emenosde4%65anosoumais.Aidademedianaéde19,6anos.
Figura6-PirâmideEtária
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TambémemlinhacomaRegião,oPaísapresentataxasdecrescimentopopulacional,denatalidade,defertilidadeedemorta-lidadeinfantilelevadaseumaesperançadevidaànascençabaixa,emrelaçãoàmédiadospaísesdesenvolvidos:
• Taxa de Crescimento Populacional(2016,estimativa)–2,48%(PosiçãonoRankingMundial–22º,PosiçãonoRankingAfricano–20º)
• Taxa de Natalidade(2016,estimativa)–32,8nascimentos/1.000habitantes(32º,30º)• Taxa de Fertilidade(2016,estimativa)–4,48nascimentos/mulheremidadefértil(24º,22º)• Taxa de Mortalidade Infantil(2016,estimativa)–67,2mortesno1ºanodevida/1.000nascimentos(14º,13º)• Esperança de Vida à Nascença(2016,estimativa)–64,2anosdeidade(183º,15º)
AdistribuiçãogeográficadapopulaçãoporProvínciareflecteopesodasduasmaioresmetrópolesdoPaís,BataeMalabo,situadasrespectivamentenasProvínciasLitoraleBiokoNorte.DesalientarqueaRegiãoInsular(ilhasdeBiokoeAnnobón)representaapenas7%daáreatotaldoPaís,masnelareside28%dapopulação.Adensidadepopulacionaldaregiãoécercade5vezessuperioràregistadanaRegiãoContinental.
TABELA 3 - POPULAÇÃO, ÁREA E DENSIDADE POPULACIONAL POR REGIÃO E PROVÍNCIA
País / Regiões / ProvínciasPopulação Residente
Área (km2) DensidadePopulacio-nal(hab./km2)Nº %
GUINÉEQUATORIAL 1.222.442 100.0 28.051 43,6REGIÃOCONTINENTAL 882.747 72.3 26.017 33,9Litoral 366.130 30.0 6.665 54,9Centro Sur 141.903 11.6 9.931 14,3Kié-Ntem 183.331 15.0 3.943 46,5Wele-Nzas 191.383 15.7 5.478 34,9REGIÃOINSULAR 339.695 27.7 2.034 167,0BiokoNorte 299.836 24.5 776 386,4BiokoSur 34.627 2.8 1.241 27,9Annobón 5.232 0.4 17 307,8
DeacordocomoscensosdoINEGE(dadospreliminares),apercentagemdepopulaçãourbanateráatingidoos70%em2015(86%naRegiãoInsulare65%naContinental).AsestatísticasdoWorld Bankapontam,contudo,paraumpercentualde40%,aindaassimumvaloracimadamédiadaÁfricaSubsariana.Emtodoocaso,éseguroafirmar-sequeapopulaçãourbanatemaumentadodeformasignificativaaolongodasúltimasduasdécadas,comoêxodoruralajustificar-sepelaatractividadequeasmaiorescidadesdoPaísrepresentamemtermosdeoportunidadeseconómicas,derestoàsemelhançadatendênciaverificadaemtodooMundo.Adimensãomédiadosagregadosfamiliareséde4,7pessoasporfogo,sendoligeiramenteinferiornaRegiãoInsular(4,2)emcomparaçãocomaContinental(4,9).
TABELA 4 - POPULAÇÃO URBANA E DIMENSÃO MÉDIA DOS AGREGADOS FAMILIARES POR REGIÃO E PROVÍNCIAPaís / Regiões /
/ Províncias População Urbana (% da população total) Dimensão Média dos Agregados Familiares (Urbanos + Rurais) (hab./nº de fogos)
GUINÉEQUATORIAL 70.6 4,7REGIÃOCONTINENTAL 64.7 4,9Litoral 94.1 4,6Centro Sur 41.2 5,2Kié-Ntem 42.1 5,2Wele-Nzas 47.5 5,0REGIÃOINSULAR 86.0 4,2BiokoNorte 90.8 4,2BiokoSur 42.6 3,9Annobón 100.0 3,8
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E N Q UA D R A M E N TO M A C R O E C O N Ó M I C OAeconomiadaGuinéEquatorialéfortementedependentedaproduçãoeexportaçãodepetróleo.Deacordocomdiver-sasfontes–World Bank,EIU,FMI–osectorpetrolíferoterárepresentadoentre60%e75%doPIBeentre85%e95%dasexportaçõesdoPaísaolongodaúltimadécada,garantindoumcontributoacimados80%paraasreceitasfiscaisdoEstado.AGuinéEquatorialtem-secotadoregularmentecomooterceiromaiorprodutoreexportadordehidrocarbonetosdaÁfricaSub-sariana,apenasatrásdeAngolaeNigéria.Ariquezaprovenientedasreceitasdopetróleo,associadoàsuareduzidadimensãopopulacional,temcolocadoaGuinéEquatorialnotopodospaísescommaiorrendimentoper capitadocontinente.Estariquezavem-setraduzindonummelhoramentodas in-fra-estruturasdoPaís,nomeadamenteaníveldasviasdeco-municação,estruturasportuáriaseaeroportuárias,eredesdefornecimentoedistribuiçãodeelectricidademas,apesardestesinvestimentos,desequilíbriosnadistribuiçãodorendimentotêmmantidooPaísnumpatamardeÍndicedeDesenvolvimentoHumanorelativamentemodestofaceaopotencialderivadodasreceitasfiscaisdopetróleo,comindicadoressociaismaistípicosdeumPaísdebaixorendimento.AdependênciaemrelaçãoaopetróleotemcolocadooPaísnumasituaçãodefragilidadefaceaoscilaçõesnospreçosdamatéria-prima,comperíodosderecessãoem2009e2010frutodacrisefinanceiramundial,emaisrecentementedesde2014.Contudo,maispreocupantenumaperspectivadelongo-prazo,acapacidadedeproduçãobarril/diaencontrava-sejásobpressãoantesdaquebradospreçosem2014,comaextracçãodospoçosexistentesemdeclínio,esemdescobertasrecentesrelevantesdenovasreservas.Estaconjugaçãodefactorestemexpostocrescentementeosproblemasestruturaisdaeconomia,nomeadamenteodéficedediversificaçãoexistente,queresultadeanosdedesinvesti-mentonascapacidadesprodutivasagrícolaeindustrial(paraalémdapetrolífera).Assim,deacordocomdadosdoWorld BankedoFMI,oPIBterácontraído8,3%em2015e9,9%em2016,revelandoumimpactorecessivosuperioràsprevisões,efeitodeumaprodução
petrolíferaemdeclínioconjugadacomatendênciadequebracontinuadadospreços,edosconsequentesefeitosmultiplica-doresnegativossobreaeconomiaemtermosdereduçãodoinvestimentopúblicoedaactividadedosectordaconstrução(segundoprincipalsectoreconómicodoPaís).Aindasegundoestasfontes,odéficedascontaspúblicasteráultrapassado15%doPIBem2015,easreservasinternacionaisdoPaísterãodiminuídocercade35%desdefinaisde2014.AsprojecçõesdeevoluçãodoPIBpara2017e2018foramtambémrevistasembaixafaceaestimativasanteriores,situan-do-seagoraentreos-5%e-6%,indicativosaindaassimdeumaprevisãodeinflexãonatendênciadeagravamentodosúltimosanos,sendoexpectávelaadopçãodepolíticasmaisapertadasdecontrolododéficepúblicoporpartedoGoverno,queterãonoentantorepercussõessobreadespesaeoinvestimento.Ataxadeinflaçãodiminuiunoperíodo2013-15,emqueatingiuos3,45%(FMI),prevendo-sequesemantenhaabaixodos4%nociclo2016-18.AtaxadejurodereferênciaemvigornoPaísédeterminadapeloBancodosEstadosdaÁfricaCentral(BEAC),organismomonetáriodaCEMAC,encontrando-sefixadaem2,45%desdeAgostode2015.ABalançaComercialétradicionalmentesuperavitária,graçasàsexportaçõesdepetróleoegásnatural.Osaldomanteve-sepositivoem2015,apesardaquebrapronunciadadasexpor-tações,quefoiacompanhadaporumrecuonasimportações,nomeadamenteasdebenseequipamentosrelacionadoscomaactividadepetrolífera.Desalientarqueadiversificaçãoeconómica,atravésnomea-damentedeumamaioraberturaaosectorprivado,constituiumdoscincograndeseixosdetransformaçãoidentificadosnoPlanoNacionaldeDesenvolvimentoEconómicoeSocial(PNDES)Horizonte2020.Esteplanoestratégiconacional,lançadoem2008equeentrouna sua segunda fasedeimplementaçãoem2013 (aprimeira fasecentrou-senainfra-estruturaçãodoPaís), referecomoprincipaisactivi-dadeseconómicasestratégicasadinamizareabertasaoinvestimentoaagriculturaepecuária,aspescas,aexploraçãomineira(ouro,zinco,diamantes),aindústriapetroquímica,oturismoeosserviçosfinanceiros.
TABELA 5 – PRINCIPAIS INDICADORES MACROECONÓMICOS Unid. 2013 ª 2014 ª 2015 b 2016 b 2017 c 2018 c
PIBpreçosdemercado¹ 10⁹USD 17.1 15.5 11.6 10.7 11.3 10.5PIBpercapita USD 35.373 34.741 32.741 30.620 29.218 n.d.CrescimentorealdoPIB Var.% -6.5 -0.3 -4.5 -5.0 -3.8 -2.5Saldodosectorpúblico %PIB -7.6 -6.8 -5.9 -4.6 -2.3 -1.9Dividapública %PIB 7.9 12.0 15.2 19.5 21.3 16.5Exportaçõesdebens¹ 10⁹USD 15.2 14.0 8.0 7.0 7.9 8.1Exportaçõesdebens² Var.% -8.8 7.7 8.7 -4.7 -6.8 -6.1Importaçõesdebens¹ 10⁹USD 7.0 6.6 4.1 3.6 3.7 3.9Importaçõesdebens² Var.% -16.3 -6.1 -8.8 -15.2 -7.4 -6.8Saldobalançacorrente %PIB -9.5 -10.0 -14.5 -9.5 -5.8 -7.7Dividaexterna 10⁹USD 2.7 2.2 1.2 1.3 1.4 1.4Taxadeinflação(média) % 6.3 5.4 3.5 3.2 3.8 3.9Fontes:TheEconomistIntelligenceUnit(EIU),FMI,COSECNotas:(a)Valoresatuais(b)Previsõesn.d.nãodisponível(1)Preçoscorrentes(2)Preçosconstantes
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Emtermosdecomérciointernacional,opesodaGuinéEquatorialépoucosignificativoàescalaglobal,reflectindoareduzidadimensãodomercado.AquotadoPaísnasexportaçõesmundiaisnãochegoua0,1%em2014,baseando-sesobretudo,conformejáreferido,nospro-dutospetrolíferos(maisde90%).Comoclientesprincipaisdestacaram-seaChina(25%)eoReinoUnido(15%).Opesonasimportaçõesmundiaiséaindamaisreduzido.Estascentram-sesobretudoemmáquinaseequipamentosdestinadosàindústriapetrolífera.Osprincipaisfornecedoresem2014foramosEUA(22%),aEspanha(16%)eaChina(14%).OsEUA,Espanha,FrançaeChinaperfilam-setradicionalmentecomoprincipaisparceiroseconómicosdaGuinéEquatorialemtermosdecomércio,investimentoecooperação.
TABELA 6 – PESO DA GUINÉ EQUATORIAL NO COMÉRCIO INTERNACIONAL EM 2014 Exportações Importações
PosiçãoeQuotadaGuinéEquatorialnoC.MundialdeBens–2014 84.ª 0.07% 120.ª 0.03%Fonte:WTO–WorldTradeOrganization
TABELA 7 – PRINCIPAIS PRODUTOS EXPORTADOS E IMPORTADOSPrincipais produtos Exportados – 2014 % total Principais produtos Importados – 2014 % totalCombustiveiseóleosminerais 94.3 Máquinaseequipamentosmecânicos 17.4Produtosquimicosorgânicos 3.3 Aeronavesecomponentes 13.3Madeira,carvãovegetaleobrasdemadeira 1.5 Obrasdeferrofundido,ferroeaço 7.6Aeronavesecomponentes 0.7 Máquinaseequipamentoselectricos 6.6Máquinaseequipamentosmecânicos 0.0 Combustiveiseóleosminerais 6.4Fonte:InternationalTradeCentre(ITC)Nota:Valoresdeclaradospelosparceiroscomerciais(mirror statistics)
TABELA 8 - PRINCIPAIS PARCEIROS COMERCIAISPrincipais Clientes - 2014 Posição Quota % Principais Fornecedores - 2014 Posição Quota %China 1.ª 24.9 EUA 1.ª 22.1ReinoUnido 2.ª 15.0 Espanha 2.ª 16.4Singapura 3.ª 8.7 China 3.ª 13.6Brasil 4.ª 8.5 França 4.ª 5.3França 5.ª 7.7 CostadoMarfim 5.ª 4.1
DereferirquePortugaltemdesempenhadoumpapeldealgumrelevonasrelaçõescomerciaisdaGuinéEquatorialcomoex-terior,tendo-seposicionadoem2015como11.ºmaiorclienteefornecedordebensdoPaís,emboracomtrajectóriasopostas:aquotaportuguesanasexportaçõesdebensdaGuinéEquatorialtemaumentadosucessivamentedesde2013,aopassoqueaquotanasimportaçõesdebenstemregistadoumatendênciadescendente.
TABELA 9 – POSIÇÃO E QUOTA DE PORTUGAL NO COMÉRCIO INTERNACIONAL DE BENS DA GUINÉ EQUATORIAL2011 2012 2013 2014 2015
PortugalcomoclientedaGuinéEquatorialPosição 14 8 14 11 11Export.GuinéEquatorial 1.45 3.93 1.74 2.17 3.60
PortugalcomofornecedordaGuinéEquatorialPosição 14 12 8 10 11Import.GuinéEquatorial 1.67 2.32 2.80 2.74 2.23
Fonte:ITC-InternationalTradeCentre(mirror statistics);informaçãoobtidaapartirdosdadosreportadospelosparceiros
AnalisandoasexportaçõesdePortugalparaaGuinéEquatorialporGruposdeProdutos,emquebrageneralizadaem2015facea2014àexcepçãodoGrupo“MadeiraeCortiça”,destacam-secomomaisimportantesosGrupos“MáquinaseAparelhos”,“Metais
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Comuns”e“MineraiseMinérios”.Emtermosdeprodutosespecíficos,realçam-seas“Barrasdeferro/aço”,eos“Cimentoshidráulicos”.TABELA 10 – EXPORTAÇÕES DE PORTUGAL PARA A GUINÉ EQUATORIAL POR GRUPOS DE PRODUTOS
2011 % Tot 11 2014 % Tot 14 2015 % Tot 15 Var % 15/14Máquinaseaparelhos 7.6 18.6 12.9 23.7 10.6 29.6 -17.6Metaiscomuns 6.7 16.2 16.4 30.3 9.6 26.7 -41.7Mineraiseminérios 12.6 30.7 12.6 23.2 7.7 21.4 -39.2Químicos 0.8 2.0 2.9 5.3 2.5 7.0 -12.2Instrumentosdeóticaeprecisão 0.1 0.2 1.6 3.0 1.0 2.9 -35.6Plásticoseborracha 1.5 3.7 1.0 1.9 0.8 2.1 -27.4Agrícolas 0.2 0.4 0.4 0.8 0.5 1.5 28.4Combustíveisminerais 8.3 20.1 1.2 2.1 0.5 1.5 -54.0Alimentares 0.2 0.6 0.6 1.1 0.5 1.4 -14.7Veículoseoutromat.transporte 1.1 2.7 1.2 2.2 0.4 1.2 -62.9Madeiraecortiça 0.1 0.4 0.2 0.3 0.4 1.1 122.5Pastascelulósicasepapel 0.2 0.4 0.2 0.4 0.2 0.5 -22.7Matériastêxteis 0.4 0.9 0.2 0.3 0.1 0.2 -48.3Vestuário 0.1 0.2 0.3 0.5 0.1 0.2 -77.9Calçado 0.0 0.1 0.1 0.2 0.0 0.1 -66.1Pelesecouros 0.0 0.1 0.0 0.0 0.0 0.0 -82.3Outrosprodutos(a) 1.1 2.6 2.6 4.7 0.9 2.6 -63.9Total 41.2 100.0 54.3 100.0 35.9 100.0 -34.0Fonte:INE-InstitutoNacionaldeEstatística;Unidade:MilhõesdeeurosNota:(a)Tabaco,chapéus,guarda-chuvas,pedrasemetaispreciosos,armas,mobiliário,brinquedos,obrasdearte,obrasdiversas.
TABELA 11 – PRINCIPAIS PRODUTOS EXPORTADOS PARA A GUINÉ EQUATORIAL 2014 2015 % Tot 15 Var % 15/14
7214Barrasdeferro/açon/ligado,forjadas,laminadas,estiradasaquente,etc 10.7 7.4 20.5 -31.3
2523Cimentoshidráulicos(incl.os“clinckers”),mesmocorados 11.2 6.7 18.6 -40.78517Aparelhoselétricosparatelefoniaoutelegrafia,porfiosetc;vídeofones 0.0 3.0 8.5 §
3822Reagentesdediagnósticooudelaboratório,excetoasposições3002ou 3006 1.1 1.8 4.9 58.4
8471Máquinasautomáticasp/processamentodados/unidades;leitoresmagnéticosetc 0.8 1.7 4.8 114.6
9018Instrumentoseaparelhosparamedicina,cirurgia,odontologiaeveterinária 1.3 0.9 2.6 -27.6
8525Aparelhosemissoresp/radiotelefoniaetc;câmarasdetv;câmarasdevídeoetc 0.0 0.9 2.5 §
7610Construçõesesuaspartes,dealumínio;chapasetc,dealumíniop/construções 2.0 0.7 2.0 -64.3
9403Outrosmóveisesuaspartes 0.7 0.6 1.7 -6.87308Construçõesesuaspartes(etc)deferrofundido,ferro/aço,excprodpp9406 2.2 0.5 1.3 -78.9
Amostra 30.0 24.2 67.4 --Fonte:INE-InstitutoNacionaldeEstatística;Unidade:Milhõesdeeuros§-Coeficientedevariação>=1000%ouvalorzeroem2014
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Asimportaçõesconfinam-sepraticamenteaoGrupo“CombustíveisMinerais”.
TABELA 12 – IMPORTAÇÕES DE PORTUGAL PROVENIENTES DA GUINÉ EQUATORIAL POR GRUPOS DE PRODUTOS 2011 % Tot 11 2014 % Tot 14 2015 % Tot 15 Var % 15/14
Combustíveisminerais 138.6 99.8 144.2 68.2 222.4 99.7 54.2Máquinaseaparelhos 0.3 0.2 0.2 0.1 0.5 0.2 167.3Madeiraecortiça 0.0 0.0 0.1 0.1 0.1 0.0 -24.8Metaiscomuns 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 §Instrumentosdeóticaeprecisão 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 15.5Veículoseoutromat.transporte 67.0 31.7 0.0 0.0 -100.0Mineraiseminérios 0.0 0.0 §Químicos 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 §Vestuário 0.0 0.0 -100.0Plásticoseborracha 0.0 0.0 0.0 0.0 -100.0Calçado 0.0 0.0 -100.0Matériastêxteis 0.0 0.0 -100.0Pelesecouros 0.0 0.0 -100.0Outrosprodutos(a) 0.0 0.0 0.0 0.0 §Total 139.0 100.0 211.6 100.0 223.1 100.0 5.4Fonte:INE-InstitutoNacionaldeEstatística;Unidade:MilhõesdeeurosNota:(a)Tabaco,chapéus,guarda-chuvas,pedrasemetaispreciosos,armas,mobiliário,brinquedos,obrasdearte,obrasdiversas.§-Coeficientedevariação>=1000%ouvalorzeroem2014
Noquedizrespeitoàstransacçõesdeserviços,édedestacaroaumentosignificativodopesodaGuinéEquatorialenquantoclientedePortugalapartirde2014,oquesupõe,aocontráriodosucedidocomasexportaçõesdebens,umbomdinamismorecentedasexportaçõesdeserviçosportuguesesparaestedestino.
TABELA 13 – QUOTA DA GUINÉ EQUATORIAL NO COMÉRCIO INTERNACIONAL PORTUGUÊS DE SERVIÇOS 2011 2012 2013 2014 2015
GuinéEquatorialcomoclientedePortugal %Export. 0.01 0.01 0.04 0.12 0.32GuinéEquatorialcomofornecedordePortugal %Import. 0.13 0.45 0.15 0.09 0.14Fonte:BancodePortugal
Nocômputogeral,onúmerodeempresasportuguesasaexportarparaaGuinéEquatorialcaiuem2015,pelaprimeiravezemquatroanos,comumadiminuiçãode35%.
TABELA 14 – OPERADORES ECONÓMICOS PORTUGUESES 2011 2012 2013 2014 2015ExportadoresparaaGuinéEquatorial N.ºEmpresas 60 87 170 182 118Fonte:INE-InstitutoNacionaldeEstatísticaNota:Incluiapenaspessoascoletivas(sociedades).Excluiempresasemnomeindividual,valoresestimadosparaempresasabaixodolimiardeassimilaçãonocomérciointracomunitárioeempresasdesconhecidaseestrangeirasnocomércioextracomunitário.(2011a2014:resultadosdefinitivos;2015:resultadosprovisórios)
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AevoluçãodaBalançaComercialdeBenseServiçosdePortugalcomaGuinéEquatorialsintetizaocomportamentodinâmicodosfluxosentreosdoispaíses.
TABELA 15 – BALANÇA COMERCIAL DE BENS E SERVIÇOS DE PORTUGAL COM A GUINÉ EQUATORIAL
2011 2012 2013 2014 2015 Var % 15/11a 2015 jan/nov 2016 jan/nov Var % 16/15b
Exportações 41.2 42.1 65.8 54.3 35.9 1.8 34.7 19.3 -44.3
Importações 139.0 477.3 190.2 211.6 223.1 50.0 180.5 87.6 -51.5
Saldo -97.8 -435.3 -124.5 -157.3 -187.2 -- -145.9 -68.3 --
Coef.Cob.% 29.6 8.8 34.6 25.7 16.1 -- 19.2 22.0 --
Fonte:INE-InstitutoNacionaldeEstatísticaUnidade:MilhõesdeeurosNotas: (a)Médiaaritméticadastaxasdecrescimentoanuaisnoperíodo2011-2015 (b)Taxadevariaçãohomóloga2015-2016 (2011a2014:resultadosdefinitivos;2015:resultadosprovisórios;2016:resultadospreliminares)
Asexportaçõesrevelamumatendênciaglobalpositiva,alavancadaspelosectordosServiços.Ocomportamentodasimporta-ções,quecorrespondemquasenatotalidadeaprodutospetrolíferos,temsidoirregular,masexisteumatendênciaglobaldecrescimentodesde2011.Osaldoapresenta-setradicionalmentenegativoparaPortugal,dependendobasicamentedovaloranualdasimportaçõesdepetróleonoquedizrespeitoàsuadimensão.Emtermosderelaçõeseconómicasregionais,aGuinéEquatorialémembrodaComunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC),organizaçãoquecompreendetambémosseguintesEstados-membros:Angola,Burundi,Camarões,Chade,Ga-bão,RepúblicaCentro-Africana,RepúblicadoCongo,RepúblicaDemocráticadoCongo,RuandaeSãoToméePríncipe.ACEEACfoicriadaem1983comoobjectivodepromoveracooperaçãoeodesenvolvimentoauto-sustentávelnaregião,comparticularênfasenaestabilidadeeconómicaemelhoriadaqualidadedevidadaspopulações,eapresentacomoprincipaismetasaatingiraeliminaçãodeimpostosalfandegáriosentreosEstados-membros,oestabelecimentodeumapautaexternacomum,consolidarolivremovimentodemercadorias,serviçosepessoas,melhoraraindústria,ostransporteseascomunicações,concretizarumauniãobancária,ecriarumfundodedesenvolvimento.Asedelocaliza-seemLibreville,capitaldoGabão.
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Figura7-Estados-MembrosdaCEEACAGuinéEquatorialfaztambémpartedaComunidade Económica e Monetária da África Central (CEMAC),aqualincluiaindaosseguintesEstados-membros:Camarões,Chade,Gabão,Repú-blicaCentro-AfricanaeRepúblicadoCongo(ouseja,partedosEstadosquecompõemaCEEAC).Aorganizaçãofoiinstituídaem1994parasubstituiraantigaUniãoAduaneiraeEconómicadaÁfricaCentral,eosseusobjectivosconvergem,noessencial,comosdaCEEAC.Noentanto,ospaísesdaCEMACpartilhamumamesmadivisa,oFrancoCFAdaÁfricaCentral(XAF),cujaparidadefaceaoEuroéfixa(1€=655,957XAF).
3. C L I M A , G E O G R A F I A , P L U V I O S I D A D E E R E C U R S O S H Í D R I C O SOterritóriodaGuinéEquatorialencontra-segeograficamentedivididoemumaregião continental,comumasuperfíciede26.000km2situadanacostadoGolfodaGuinésensivelmente
entreosparalelos1ºNe2ºN,ecinco ilhas:• Ilha de Bioko,comumasuperfíciede2.017km2, situada
aNOdaregiãocontinentalaumadistânciadecercade160kmentreosparalelos3ºNe4ºN,noGolfodoBiafra(integradonoGolfodaGuiné)aolargodosCamarões,habitada.
• Ilha de Annobón,comumasuperfíciede17km2, situada aSOdaregiãocontinentalaumadistânciadecercade500kmjuntoaoparalelo1ºSnoGolfodaGuiné,aSuldaIlhadeSãoToméeaolargodoGabão,habitada.
• Ilha de Corisco,comumasuperfíciede14km2, situada a SOdaregiãocontinentalaumadistânciadecercade30km,aolargodafozdoRioMuni,cujoestuáriomarcaafronteiraentreaGuinéEquatorialeoGabão,habitada.
• Ilhas de Elobey Grande e Elobey Pequena,comumasuperfíciederespectivamente2,3km2e0,2km2, situadas aumadistânciadecercade10kmaolargodafozdoRioMuni,desabitadas.
Figura8-MapaFísicodaGuinéEquatorial
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Figura9-LocalizaçãodasIlhasBiokoeAnnobón Figura10-LocalizaçãodasIlhasCoriscoeElobeys
Na parte continental,orelevoapresenta-seplanonolitoralaumentandodealtitudeparaointerior,agrupando-seemtrêstiposdeformaçõesgeológicas:
• Zona Litoral,compostaporrochassedimentares,designadamentearenitosemargas.• Zona Interior,compostamaioritariamenteporrochasmetamórficas,comoognaisse.• Zona Oriental,granítica,compostaporrochasmagmáticas.
Amaioriadossolossãoderivadosdadecomposiçãodegranitosegnaisses,soloslateríticoscomumaconcentraçãoalta,supe-riora30%,deóxidodeferro,alumínio,titânioehidratosdemagnésio.Alixiviaçãoéfrequente,eaacidezsitua-senacasados6pH,apresentandofrequentementeumatexturaargilosadegrandeadesividade,dadaapresençadegrandesquantidadesdeelementoscoloidais.
Figura11-CartaGeológicadaGuinéEquatorial(RegiãoContinental)
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Naorografiadaregiãodestacam-seosseguintesconjuntos:• Meseta de Kié-Ntem, localizadanaregiãoNordeste,
apresentaumaaltitudemédiade700m,descendoprogressivamenteparaOesteatéaolitoralatravésdapeneplaníciedeNtem.
• Peneplanície Central,apresentaumaaltitudemédiade400–500mcaracterizadaporafloramentosrochosos,descendoparaSudoesteatravésdasbaciasdosriosMunieMitemele.
• Plataforma de Mongouba,situadaaLestedaCordilheiradeNiefangeaSuldaMesetadeKié-Ntem,comaltitudesmáximasde1.000m.
• Maciço de Mitra,situadonaparteSuldoNiefang,nelese localizamasmontanhasmaiselevadasdaregiãocontinental,atingindoos1.250m.
• Bacia dos Rios Muni e Mitemele,juntoàfronteiracomoGabão.
Figura12-LocalizaçãodaCordilheiradeNiefang
Figura13-EsquemadoPerfilTopográficodaRegiãoContinental
As ilhas de Bioko e Annobónsãodeorigemvulcânica,encon-trando-seinseridasnacadeiadevulcõesquevaidoLagoChade,nocontinente,atéàIlhadeAscensão,noAtlânticoSul,edequefazempartetambémoMonteCamarõeseasilhasdeSãoToméedoPríncipe.AmorfologiadeBiokoapresentarelevosabruptoseescarpados,comvalesprofundosseparadosporcristasecaldeiras.Ailha
compreendetrêscaldeirasvulcânicasprincipais:PicoBasilé,com3.011mdealtitude,equeconstituiopontomaisaltodoPaís,eoPicoBiaoeCalderadeLuba,ambosacimados2.000m.
Figura14-LocalizaçãodosPicosVulcânicosdeBioko
Orelevodailhadivide-seemdoisblocos,NorteeSul,divididosporumaligeiradepressãoemqueaaltitudedesceaos1.000m,sendoomaciçonortemaisextensoeelevado.Ahomogeneidadedarocha-mãe,compostaporlavasbasálticas,explicaapoucavariedadedesolosexistentenailha,equeselimitapraticamenteaocontrasteentresolosaluviaisnaszonasbaixasesolosqueresultamdaerosãodobasaltonasencostasezonasaltas.Estesúltimossãoricosemhidróxidodeferro,assumindoacimados600mumaaparênciaterrosa,decorcastanha,maspobresemfeldspatos.Ossolosapresentamumaacideznogeralneutra,comumpHnuncainferiora6.Osníveisdematériaorgânicaaumentamcomaaltitude.NailhadeAnnobóndestaca-seemtermosgeomorfológicosacaldeiraondesesituaoLagodeAPoteconesadjacentes,queultrapassamos400mdealtitude.Opontomaisaltodailhalocaliza-semaisaSul,atingindocercade600m.Ossolos,logicamentedeorigembasáltica,sãoricosemcompostosdemagnésio,mascomumamenorproporçãodesilícioealuminaquandocomparadoscomosdeBioko,podendoconsiderar-sesolosultrabásicos.
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CLUSTER DA ÁGUA
Figura15-LocalizaçãodosPicosVulcânicosdeAnnobón
OclimadaGuinéEquatorialétropicalhúmido(ClasseAm),caracterizando-seporumatemperaturamédiaelevadaebai-xaamplitudetérmica,echuvasabundantesdecaracterísticasmonçónicas.Napartecontinental,atemperaturamédiaanualéde25ºC,comoscilaçõesdeapenas+/-5ºC.Existemduasestaçõesparti-cularmentechuvosas,entreMarçoeJunho,eentreSetembroeNovembro,eumperíodomenospluviosoentreJulhoeAgosto.Aprecipitaçãomédiaanualsitua-seentre1.800mme3.800mm.Ahumidaderelativaoscilaentre85%e90%aolongodoano,comasregiõesmaishúmidasasituarem-senoMaciçodeMitraenaBaciadoRioMitemele,nafronteiracomoGabão.
Figura16-PerfilClimáticodeBata
Figura17-PerfilClimáticodeEbebiyin
Figura18-PerfilClimáticodeCogo
NailhadeBiokooclimaéinfluenciadopelascorrentesmarítimasquentesdoGolfodaGuinéepelorelevovulcânico,adquirindocaracterísticasmonçónicasmaisevidentes.Atemperaturamédiaanualéigualmentede25ºC,mascomumaamplitudeaindamenor,de+/-2ºC.Apluviosidadeémaisabundante,comumperíodomenoschuvosoentreDezembroeFevereiro.Ahumidaderelativaéemmédiade90%,maiselevadanoSuldailhaenasaltitudesentreos1.000me1.500m.NailhadeAnnobónavariaçãodeprecipitaçãoémaismarcada,comchuvasabundantesentreNovembroeMaioeumperío-dorelativamentesecoentreMaioeOutubro.Atemperaturamédiaanualatingeos26ºC,comumaamplitudetérmicapra-ticamentenula.
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CLUSTER DA ÁGUA
Figura19-PerfilClimáticodeMalabo
Figura20-PluviosidadeMédiaAnualnaRegiãoContinentaleIlhadeBioko
Noquedizrespeitoaosventos,predominam,comoétípiconasregiõespróximasdoEquador,assituaçõesdecalmaria,deformamaisexpressivanailhadeBioko.Ocorremcontudocomalgumafrequênciafenómenosdeventoforte,relacionadoscomofluxodeardescendenteoriginadosemTLS(TempestadesLocaisSeveras).
Figura21-Rosa-dos-ventosemMalabo,IlhadeBioko,noperíodo2000-10
Figura22-Rosa-dos-ventosemBata,RegiãoContinental,noperíodo2006-10
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CLUSTER DA ÁGUA
Emtermoshidrográficos,aregiãocontinentaldaGuinéEquato-rialébastantericaemcursosdeágua,comumaredeprofusaquecontacomtrêsbaciasprincipais:RioNtem(ouCampo),RioMbini(ouWele)eRioMuni.ORioNtemnascenoGabão,atravessaoSuldosCamarões,eformaafronteiradestePaíscomaGuinéEquatorialnoseupercursofinal,atéàfoz, jánaProvínciadeLitoral.Trata-sedeumsistemafluvialrápido,comtrêsafluentesprincipaisnamargemesquerdaequato-guineense,osriosKie,GuoroeMvuba.ORioMbini,maiordoPaísemtermosdeextensãoecaudal,nascetambémnoGabão,entrandoemterritórioequato-guineenseumpoucoaSuldeMongomo,naProvínciadeWele-Nzas.No
seucursoinicialnaGuinéEquatorialoriofluilentamentedeformaserpenteadanosentidoLeste–OesteatéYen,ondeasramificaçõesorientaisdaCordilheiradeNiefangodesviaparaNorte.ApartirsensivelmentedasuaconfluênciacomoRioAbiaretomaadireçãopoente,atédesaguaraSudoestenoAtlântico.OMbiniénavegávelatéàsquedasdeáguadeSenye,a30kmdafoz,econtacommaisdeumadezenadeafluentes,entreelesoreferidoAbia,oNta,oNroro,oBonoeoMongó.OMuninãoconsistepropiamentenumrio,tratando-sedeumestuárioondeconvergemosriosCongué,Mitong,Mven,UtambonieMitemele,noladoequato-guineense,eaindaoNoya,noladogabonês.OestuáriomarcaafronteiradoPaíscomoGabãonoseuextremoSullitoral.
Figura23-PanoramaGeraldaRedeHidrográfica(RegiãoContinental)
NailhadeBiokoosistemafluvialemanadeformaradialapartirdasmassasvulcânicasdeBasilé,BiaoeLuba.Osriosapresentamumcursorápidoporefeitodasconsideráveispendentes,comnumerosasquedasdeágua.Porforçadasuapequenadimensão,ailhadeAnnobónpossuiumsistemahidrográficosemgrandescorrentesfluviais,sendocompostoporribeirosquepartemdeformaradialdaszonasaltasparaacosta.AmassadeáguamaisrelevantedailhaéoLagodeAPot,queocupaacrateradeumvulcãocom700mdediâmetro.
Adensidadedosistemafluvialassociadaàelevadapluviosi-dade,numterritóriodeapenas28milkm2e1,2milhõesdehabitantes,colocaaGuinéEquatorialentreospaísesmaisabonadosanívelmundialemtermosderecursoshídricos(comaexceçãodosterritóriosdasilhasdeAnnobóneCorisco).Em2014oPaíssituava-seem20ºlugarnorankingderecursoshídricosrenováveisper capita,comumíndicede30.766m3 porhabitante.
TABELA 16 - RECURSOS HÍDRICOS RENOVÁVEIS
ÁguasdeSuperfícieproduzidasinternamente 25
ÁguasSubterrâneasproduzidasinternamente 10
SobreposiçãoentreÁguasdeSuperfícieeSubterrâneas 9
TOTAL INTERNO RENOVÁVEL 26
4. O R D E N A M E N TO E G E S TÃ O C O S T E I R A
DeacordocomaConferênciaNacionalparaoDesenvolvimentoRuralrealizadaem2000,cercade70%doterritórionacionalencontrava-se,nodobrardoséculo,cobertoporbosques,mais
concretamenteflorestaumbrófilaperene,tambémdesignadaporflorestahúmidaoutropical.Ousodosolocaracterizava-se,segundodadosdaaltura,daseguinteforma:
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CLUSTER DA ÁGUA
TABELA 17 – DISTRIBUIÇÃO DO USO DO SOLO
Finalidade de Uso do SoloTOTAL REGIÃO CONTINENTAL REGIÃO INSULARha % ha % ha %
Floresta 1.950.000 69 1.830.000 70 120.000 58Agricultura 850.000 30 770.000 29 80.000 39ÁreasProtegidas 460.000 - 350.000 - 110.000 -OutrosUsos 5.100 1 1.700 1 3.400 3TOTAL 2.805.100 100 2.601.700 100 203.400 100
EstimativasmaisrecentesdeorganismosrelacionadoscomasNaçõesUnidasreportam,contudo,umdecréscimoprogressivodaáreaflorestalaolongodaúltimadécada,aqualocuparáactualmentecercade60%doterritório(FAO).Adeflorestaçãoconstitui,àsemelhançadosucedidoemmuitosoutrospaíseslocalizadosemregiõestropicaiseequatoriais,omaiorproblemaambientalcomqueaGuinéEquatorialsedebatenaactualidadeecomconsequênciasaprazo,comumrecuodeáreaflorestalestimadoem15.000Haporano(FAO).AflorestatropicaldaGuinéEquatorialéparteintegrantedaBaciadoRioCongo,maiorunidadeflorestaldomundoaseguiràBaciadoAmazonas.Estetipodeflorestacaracteriza-seporumavege-taçãodensacomumaalturaquevariaentreos35meos40m.Desdeodesinvestimentonaproduçãodecaféecacau,nosanosde1990,ocortedeárvoresparaproduçãodemadeiratem-seconstituídocomoasegundafontedereceitasparaoPaís,aseguiraopetróleo,eemmuitoscasosfontedesustentoparaaspopulaçõesruraismaispobres.OimpactonegativosobreofrágilecossistemaflorestaldoPaísprovocadoporexcessosnocortedeárvores,levouasautori-dadesnacionaisdesdelogoaproduziremlegislaçãonosentidodeenquadraroexercíciodaactividademadeireira.Nestesentido,em1997foiaprovadaumanovalei,maiscom-pletaeabrangente,reguladoradaexploraçãoflorestal,aLey nº1 sobre el Uso e Manejo de los Bosques,consagrandocomoobjectivoestabelecerumquadro jurídicoeadministrativoadequadoaumagestãoracionaldosrecursosflorestaiseàpromoçãodasuasustentabilidadecomogarantiadeprotecçãodomeio-ambiente.Em 2000, o Ministerio de Agricultura y Bosquesdeuumpassomaisamplonosentidodepensarosector,formalizandoumapolíticaestratégicaparaafloresta,comprioridadesestabele-cidas,nopropósitodereforçaraprotecçãoeconservaçãodopatrimónioflorestaleapreservaçãodosecossistemas.Outrasmedidaslegislativasforamsendotomadasaolongodosanosnosentidodeprocurardisciplinarocortedeárvores,como,em2007,aproibiçãodeexportaçãodetroncosdemadeiraembruto,quetinhatambémcomoobjectivoproporcionaracria-çãodevaloracrescentadoàindústriadetransformaçãolocal.Ainteracçãoentreaactividadeagrícolaeodomínioflorestalocorredeformapoucoharmoniosae,apesarda legislaçãoexistente,normalmentedesregrada,paraoquecontribuiopadrãodenomadismoquecaracterizaaagricultura,sobretudonaregiãocontinental,equedificultaagestãoordenadadosolo.
Estaéumaquestãoqueencontraraízesnaprópriapossedaterra,aqualnasuagrandemaiorianãoseencontraregistada,sendoexploradapelascomunidadesruraisatravésdehábitosecostumesconsuetudináriosantigosqueemanamdemodelosdeorganizaçãotribal.Paraalémdapressãosobreaflorestaprovocadapelocortedeempresasmadeireiras,agricultoresecidadãosemgeralparaexploraçãoeconómica,ouusopróprio,demadeira,háaconsiderarmaisrecentementeumnovo,ecrescente,elementodepressão,oconstituídopelocrescimentourbanísticoedesen-volvimentodeviasdecomunicaçãoeoutrasinfra-estruturas,o qual registou um boom, nomeadamente desde 2008, graças àsreceitasprovenientesdopetróleo.Muitasoperaçõesurba-nísticasedeinfra-estruturaçãoforamesãorealizadassemosdevidosestudosdeimpactoambiental,emcontradiçãocomoestipuladoporlei.Aformacomosevemmaterializandoaconstruçãoderaiz,emcurso,dafuturanovacapitaladministrativadopaís,Djobloho,nocoraçãodafloresta,éumexemplodainsuficienteobservânciadospreceitosadministrativoseregulamentaresestabelecidosporleinoquedizrespeitoaestudosdeimpactoambientalnaconcessãodelicençasparaautilizaçãodeespaçosflorestais.DereferirqueaGuinéEquatorialseencontraenvolvidadesde2014comoPaísparceirodaplataformaREDD+,mecanismodasNaçõesUnidasdeincentivoàreduçãodosgasesdeefeitodeestufadecorrentesdadesflorestação,nãohavendocontudoaindaregistoemfinaisde2016,nosítiodaplataforma,deumprogramanacionalespecíficofinalizado,oudefinanciamentosalocadosnoPaís.Nodomínioespecíficodagestãodaságuasedolitoralmarinho,édereferiraLey Nº3/2007, Reguladora de Aguas y Costas, que enquadralegalmenteaadministraçãoegestãodosdomíniospúblicoshidrológicoemarítimo-terrestre.OlitoraldoPaísenfrentaumaerosãocrescente,derivadaquerdefactoresnaturais,comaocorrênciamaisfrequentedefenó-menosmeteorológicosemarítimosintensos,querdirectamentedaactividadehumana,comocrescimentourbanodepovoaçõescosteiraseoaumentodaactividadepiscatóriaedoturismo,definidosaliáscomosectoreschavenapolíticadediversificaçãoeconómicanoplanoHorizonte2020.Comofenómenosmeteorológicosacentuadoscomimplicaçõessobrenecessidadesdeordenamentoterritorialdestacam-seaocorrênciadeTLS,acompanhadasdefortesventoseintensaactividadeeléctricaeprecipitação,queprovocaminundações
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CLUSTER DA ÁGUA
súbitasedestruiçãodetelhados,coberturaseárvores.Maisocasionalmente,registam-seocorrênciasdetornadosetrombasdeáguajuntoàcosta.OvulcanismonãoéactualmenteconsideradoumaameaçanailhadeBioko.Ostrêsvulcõesqueformamailhaestãoconsi-deradosadormecidos.Últimaerupçãoregistadadatade1923,novulcãodeSantaIsabel(PicoBasilé).Comimpactodirectoouindirectosobreosectordomeioam-biente,estãoactualmenteemvigordiversosplanos,estratégiaseprogramasnacionaisesectoriais,algunscomoapoiodeinstituiçõeseorganizaçõesinternacionais,masquecarecemamiúdedeumaarticulaçãoeficazentresi,doqueresultaperdadeeficiêncianaprossecuçãodosseusobjectivosenaalocaçãoderecursostécnicos,administrativosefinanceiros.
Estesplanos,estratégiaseprogramassãoosseguintes:• Plan Nacional de Desarrollo Económico y Social (PNES,
ouPNDES),tambémconhecidoporHorizonte2020.• Programa de Acción Nacional de Lucha contra la Defo-
restación y Degradación de Tierras(PAN/LCD).• Plan de Acción Nacional para la Adaptación al Cambio
Climático(PANA).• Estrategia Nacional y Plan de Acción sobre Diversidad
Biológica(ENPADIB).• Programa Nacional para la Seguridad Alimentaria(PNSA).• Plan de Acción del Sector de Energía(PASE).• Estrategia Nacional y Plan de Acción de los Productos
Forestales No Maderables en Guinea Ecuatorial.• Estrategia Nacional para la Reducción de las Emisiones de
Deforestación y Degradación de Bosques por mecanismo de conservación(REDD+GEQ).
• Estrategia de Transversalización para la Gestión Sostenible de Suelos.
• Estrategia Legal para la Gestión Sostenible de Suelos.• Estrategia de Financiación Integrada (EFI) para la Gestión
Sostenible de Suelos.DenotarainexistênciadeumPlanoouProgramaespecificamen-tededicadoàgestãodaorlacosteira.Questõesrelacionadas,ourelacionáveis,comestedomíniosãocontudoabordadasparcialmenteemplanoscomooPNES,oPAN/LCDouoPANA.
5. C O N S U M O E U S O D A Á G UA
Aescassezeinsuficiênciadeestatísticasoficiaisequato-guineen-sessobreosectordaáguadificultaaavaliaçãodasuadimensãoecaracterização,nomeadamenteumaanálisequantitativafiávelsobreospadrõesdeconsumogeraisesectoriaisdoPaísesuaevolução.OINEGE,organismooficialquegereasestatísticasnacionais,publicoupelaprimeiravezem2016umdocumentosíntesedosprincipaisindicadoresdemográficos,sociais,económicosefinanceirosdoPaís,denominadoGuinea en Cifras,masapu-blicaçãoéomissanoquedizrespeitoadadosestatísticossobreoconsumodeágua,suaorigem,processosdetratamento,uso,gestãodaságuasresiduais,entreoutros.
Oúnicoindicadorencontradoempublicaçõesoficiaisequato--guineensessobreamatériaconsistena%depopulaçãocomacessoafontesdeáguapotável,queconstanomeadamentenoinquéritoàpopulaçãoEDSGE-I(primera Encuesta Demografica y Social de Guinea Ecuatorial),realizadoem2011epublicadonoanoseguinte,enodocumentodepontodesituaçãodocumprimentodosODM–ObjectivosdeDesenvolvimentoparaoMilénio(Informe Nacional de Guinea Ecuatorial sobre los Objetivos de Desarrollo del Milenio),realizadoem2015.EsteétambémumindicadorpresentenosbancosdedadosdeorganismosinternacionaiscomooWorld Bank,aOMSouaFAO,emboracomvaloresdísparesrelativamenteaosdasautoridadesequato-guineenses.OAQUASTAT,bancodedadosestatísticosdaFAOparaaágua,contémcontudoalgumainformaçãosobrearepartiçãosec-torialdoconsumodeágua,emboracomdadosquereportamaoano2000.
TABELA 18 – CONSUMO DE ÁGUA POR SECTOR (FONTE: AQUASTAT)Finalidade Consumo (10^6 m3) %AgriculturaePecuária 1 1Indústria 17 16Doméstica(populaçãoemu-nicípios) 88 83
TOTAL 106 100
Figura24-RepartiçãoSectorialdoConsumodeÁgua
Desalientarque,deacordocomoAQUASTAT,dadosde2000,apenaseramutilizadasanualmente0,4%dasreservashídricasrenováveistotaisdoPaís.OAQUASTATnãoquantificaqualquervalornoPaísparaosseguintesindicadores:
• Volumedeáguasresiduaisproduzidas.• Volumedeáguasresiduaistratadas.• Volumedereutilizaçãodeáguasresiduaistratadas.• Volumedeáguadessalinizadaproduzida.• Volumedereutilizaçãodeáguasdrenadas.• Volumedeáguaarmazenadaembarragenseseupo-
tencial.
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CLUSTER DA ÁGUA
a. AgriculturaNaGuinéEquatorialpratica-seessencialmenteumaagriculturadesubsistência,atravésdepráticastradicionaissemapoiodeinfra-estruturasdeirrigação.Aáguautilizadaé,portanto,deorigempluvial,sejaaquecaidirectamentesobreasculturas,sejarecolhidaearmazenadaemreservatórios,esuperficial,obtidadeformamanualapartirdoscursos,linhasemassasdeáguaAfortepluviosidadeeadensaredehidrológicaquecaracterizamoPaístraduzem-senumaabundantepresençadeáguaparautilizaçãoagrícola,masquerequersistemasdedrenagemeirrigaçãoexigentesparaumacorretagestãohídricadossolos.DeacordocomoAQUASTAT,opotencialdeirrigaçãodoPaísestáestimadoemcercade30.000Ha,quepoderiambeneficiarnomeadamenteocultivodearroz.Umaagriculturabaseadanumsistemadeexploraçãoagrícolaempresarial,praticamentedestruídonoPaísapósodesinves-timentonocultivodecacauecaféocorridocomoadventodopetróleo,éumdoseixosdediversificaçãoeconómicaprevistosnoplanoestratégicoHorizonte2020,comomeiodegeraçãoderendimentoeemprego,etirandopartidodascondiçõesfavoráveisdossolosedoclima.A materialização desta estratégia irá requerer o ordenamento dossoloscompotencialagrícola,hojeinexistente,eacriaçãodecondiçõesdeoperaçãoquepressupõemoprojectoecons-truçãodesistemasdedrenagemeirrigação.
b. EnergiaAscaracterísticashidrográficasdaregiãocontinentaldoPaísedailhadeBiokofavorecemageraçãodeenergiahidroeléctrica.EmBiokoestãolocalizadasduascentraishidroeléctricascomumacapacidaderelativamentemodesta:acentraldeRiaba,comumacapacidadegeradorade3MW,eacentraldeMusola,comumacapacidadede0,8MW.Asnecessidadesenergéticasdailha,estimadasem79MWem2016(umcrescimentode10%facea2015),sãoessencialmentesatisfeitaspelacentralagásdePuntaEuropa,queapresentaumacapacidadegeradorade154MW,aqualfornecetodaailhaatravésdeumerededetransportede66kVe33kV,garantindoumsuperavitenergético.Aregiãocontinentaléessencialmenteservidapelacentralhi-droelétricadeDjibloho,quealimentatodooterritórioatravésdeumaredede220kV,110kVe20kVdetensãoapartirdequatrogeradoresde30MV(totalde120MW).ParaalémdestaháadestacaracentraltérmicadeBata(queserátransformadaemcentralagás),comumacapacidadede24MW,existindoaindaumacentralhidroeléctricadecapacidadereduzidaemBikomo,actualmentedesactivada(mascomprojectodereactivação).
Asnecessidadesenergéticasdaregiãocontinentalforamesti-madasem65MWem2016,existindotambémnesteterritórioumacapacidadeexcedentária.Contudo,nosperíodosdoanodemenorpluviosidade,aproduçãoreduz-seaopontodepro-vocarcortesdeenergia.Paraobviaraesteproblema,estáemcursoarealizaçãodeumprojectodeampliaçãoeregulaçãodaalbufeira,eestãoprevistosinvestimentosnossistemasdearmazenamentoedistribuição.AcapacidadeefiabilidadedeabastecimentoserãointeiramenteregularizadasapósaentradaemfuncionamentodanovacentralhidroeléctricadeSendje,naregiãodeBata,queseprevêestaroperacionalem2017,equeteráumacapacidadegeradoratotalde200MW(4geradoresde50MW).AgeraçãohidroeléctricaedeenergiaapartirdegásnaturalsãoumaapostadaGuinéEquatorialparadiversificarafontedereceitasdoPaís,tendoporobjectivoaexportaçãodeelec-tricidadeparaosCamarõeseGabãoatravésdaconstruçãodelinhasdetransportedealtatensão.
c. IndústriaAindústriaequato-guineensebaseia-sequaseexclusivamentenaextracçãodepetróleoegásoffshore.Aindústriatransformadoraéinexpressiva,resumindo-seatéhápoucosanospraticamenteaalgumprocessamentodemadeira,actividadepossivelmentecomprometidanofuturodevidoàadesãodoPaísaoprogramaREDD+decombateàdesflorestação,comobjectivosestritosnoquedizrespeitoaocontroledocortedeárvoresassociadosamecanismosfinanceiroscompensatórios.OPaísimportavirtualmenteto-dososprodutostransformadosqueconsome,nãoexistindomanufacturaslocaisdebensdeconsumo.ÉderealçarnoentantoorecenteprojectoindustrialREPEGE(Revolución Petroquímica de Guinea Ecuatorial), localizadonailhadeBiokoedesenvolvidopelaempresapúblicaRiabaFertilizers,Ltd,queseconstituicomocartão-de-visitadonovoparadigmadediversificaçãoeconómicaqueconstituiumadastravesmestrasdoplanoestratégiconacionalHorizonte2020.Nocomplexo,queseprevêestarterminadoatéfinaisde2019,serãoproduzidosfertilizantesparaexportação,nomeadamenteamóniaeureia,utilizandogásnaturalextraídodedepósitoslocalizadosoffshoreacercade60kmdedistância,etranspor-tadosporpipeline.Ocomplexo,quesepretendeconstituircomoumnúcleoem-presarialinternacionaldenegóciosnaáreadaindústriapetro-química,contarácomumainfra-estruturacompletacriadaderaiz,queincluiumacentraldedessalinizaçãodedicada,parafornecimentodeágua.
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CLUSTER DA ÁGUA
Figura25–PlanodoProjectoREPEGE
d. Água potávelAsestatísticasrelativasà%depopulaçãocomacessoafontesdeáguamelhoradaparabebervariamconformeafonte.Deacordocomo inquéritoàpopulaçãoEDSGE-I,de2011,55%dapopulação(80%naszonasurbanase33%naszonasrurais)tinhaacessoaáguapotável.Aindasegundoomesmoestudo,40%dos laresdispunhamde instalaçõessanitáriascomdisponibilidadedeágua(48%emzonaurbana,33%emzonarural).Esteestudoapontacomoprincipais fontesmelhoradasdeacessoosfontanáriospúblicos(21%)epoçosprotegidos(11%),sendoqueapenas2%temorigemnaprópriaresidênciae8%nopátioenvolvente.Aáguaencontra-seamaisde30minutos(idaevolta)deacessopara21%dapopulação.Asprincipaisfontesnãomelhoradassãoospoçosnãoprotegidos(21%)eáguasdesuperfície(15%).Dereferirque85%daáguaprovenientedefontesnãomelhoradasnãosofrequalquertipodetratamentoantesdoconsumo.Ostiposdetratamentomaisfrequentes,quandoaplicados,sãoobranqueamentoecloro(11%)eafervedura(4%).Norelatóriodeavaliaçãode2015decumprimentodosODM,éreferidoque51,5%dapopulaçãotinhaem2014acessoafontesdeáguapotável(67,7%naszonasurbanas),ouseja,valoresinferioresaosapuradosnoinquéritoEDSGEde2011.Estemesmorelatórioindicaque55,1%dapopulaçãotinhaem2014acessoasaneamentobásico(63,3%naszonasurbanas).Contudo,osúltimosdadosdisponíveisdaOMSsugeremqueem2015apenas48%dapopulaçãotinhaacessoaáguapotável,oquecorresponderáaovalormaisbaixodocontinenteafricano.Emcontrapartida,75%dapopulaçãotinhaacessoasaneamen-tobásico,umbomdesempenhonocontextocontinental(4ªmelhortaxadeacesso).
Independentementedanãoconvergênciaestatísticadasdi-versasfontes,importareterqueainfra-estruturaexistentedeabastecimentoedistribuiçãodeáguatratadaparaconsumoébastantedeficitária,apesardaabundânciaderecursoshídricosederecursosfinanceirosgeradosaolongodasúltimasduasdécadaspelasreceitasdaexportaçãodepetróleo,masqueestaéumasituaçãoquepareceterfinalmenteocupadoumaimportânciaprioritáriaemtermosdeinvestimentopúblico,comumaumentoprogressivodeprojectoslançadoseemcurso.Nesteaspectoédereferirqueoesforçodeinfra-estruturaçãodoPaís,consagradoem2008noPNDES–Horizonte2020,recaiunumafaseinicialdeexecuçãodeinvestimentossobreaconstruçãodeviasdecomunicaçãoemelhoramentosdasestruturasaeroportuá-rias,electrificação,econstruçãoderedesdesaneamentobásico.Oinvestimentoemestruturasdecaptação,tratamentoeabas-tecimentodeágua, inicialmenteatrasadoporcomparação,apenasconheceuemanosmaisrecentesumprogresso,masacriserecessivaderivadadaquebradasreceitaspetrolíferasemqueoPaísmergulhouem2015temcondicionadodeformasignificativaaexecuçãodosprojectos.EstesatrasospoderãocondicionaroatingimentodoobjectivopreconizadopeloPNDESdecoberturade90%dapopulaçãoporredesdeabastecimentodeáguaesaneamentoem2020.
e. EcossistemasApesardesetratardeumdospaísesmaispequenosdeÁfrica,aGuinéEquatorialcaracteriza-seporumagrandevariedadedepaisagenseumaelevadabiodiversidade,estandoregistadas194espéciesdiferentesdemamíferos,418espéciesdeavese91espéciesderépteis.Emtermosdezonasprotegidasdestaca-seoParqueNacionalMonteAlen,localizadonaregiãocontinental,comumaárea
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CLUSTER DA ÁGUA
de1.400km2,eemcujaselvatropicalhabitam3.800gorilase1.600chimpanzés.Asflorestasocupamcercade60%doterritório,ealbergam3.250espéciesdiferentesdeplantas,algumasúnicasnocontinentedevidoàscaracterísticasclimáticasegeográficasderivadasdainsularidade.OPaísémembrodaCOMIFAC–ComissãoparaaConservaçãodosEcossistemasFlorestaisdaÁfricaCentral,daUNEP–Pro-gramadasNaçõesUnidasparaoMeioAmbiente,edaCMS–Convention on the Conservation Migratory Species of Wild Animals,tambémconhecidaporConvençãodeBona.Asquestõesmaisprementesrelacionadascomaprotecçãoeconservaçãodosecossistemasequato-guineensesprendem-se
comocombateàdeflorestaçãoeàcaçafurtivaeilegaldees-péciesanimaisprotegidas.
6. C O N D I Ç Õ E S D E A C E S S O A O M E R C A D O
AGuinéEquatorialocupaumamodesta178ªposiçãoentre190paísesnoranking Doing Business 2017 do World Bank, oqualavaliaváriosparâmetrosquepermitemcolocaremperspectivaafacilidadeoudificuldadeemdesenvolverumaactividadeempresarialnosváriospaíses.Noglobal,aposiçãorelativadoPaíspiorourelativamentea2016,nomeadamenteaníveldopagamentodeimpostos(queincluiaavaliaçãodacargaburocráticaexistenteetempodespendido).
TABELA 19 - AVALIAÇÃO DOING BUSINESS, E POSIÇÃO NO RANKINGPARÂMETROS Posição no DB 2017 Posição no DB 2016 Variação na PosiçãoObtençãodealvarásdeconstrução 160º 157º -3Resoluçãodeinsolvência 169º 169º =ComércioInternacional 174º 174º =RegistodePropriedade 160º 158º -2PagamentodeImpostos 179º 156º -23Protecçãodosinvestidores 137º 136º -1AberturadeEmpresas 187º 188º +1Obtençãodecrédito 118º 109º -9Obtençãodeelectricidade 143º 137º -6Execuçãodecontratos 103º 101º -2GLOBAL 178º 175º -3
a) Requisitos legais e societáriosSegundoasnormasdeDireitoComercialdaOHADA–Organiza-çãoparaaHarmonizaçãoemÁfricadoDireitodosNegócios,dequeaGuinéEquatorialémembro,podemconstituir-senoPaíssociedadescomosseguintestiposdeformajurídica:
• Sociedades em Nome Colectivo (S.N.C.)-Sãosociedadescomerciasemquetodosossóciosseresponsabilizamindefinidaesolidariamentepelasdívidasdasociedadefaceaterceiros,bemcomopelagestãoefiscalizaçãodosnegócioseinteressessociais.
• Sociedades em Comandita Simples–Sãosociedadesemqueasdívidasdasociedadesãoassumidasportodosossóciosilimitados(comanditados),podendoserumouvários,epelossócioscomanditários,cujaresponsabili-dadeselimitaaomontantedassuascontribuições.
• Sociedades de Responsabilidade Limitada–Sãosocie-dadesemqueossóciosapenassãoresponsáveispelasdívidassociaisatéaomontantedasuacontribuição,cujosdireitosestãorepresentadosporparticipaçõessociais.OCapitalSocialmínimoéde1.000.000defrancosCFA(XAF)(1.525€),divididoemunidadesdeparticipaçãosocial iguaiscomumvalornominalmínimode5.000francosCFA(XAF)(7,6€)cada.
• Sociedades Anónimas–Sãosociedadesemqueosac-cionistasapenassãoresponsáveispelasdívidassociaisatéaomontantedasuacontribuição,eemqueosseusdireitosestãorepresentadosporAções.OCapitalSocialmínimoéde10.000.000defrancosCFA(XAF)(15.245€),divididoemAçõesdemontantenãoinferiora10.000francosCFA(XAF)(15,25€)cada.
• Sociedades em Conta de Participação-Sãosociedadesemqueosparceirosacordamquenãoexistepersona-lidadejurídica,ouinscriçãonoRegistoComercial.
• Agrupamentos de Interesse Económico–Sãosocieda-desquetêmporobjectivoexclusivoaplicarduranteumdeterminadoperíododetempoosmeiossusceptíveisdefacilitarodesenvolvimentodaactividadeeconómicadosseusmembros,paramelhorarouaumentarosresultadosdessaactividade.
DeacordocomoprogramaDoing Business anteriormente citado,aconstituiçãodeumasociedadederesponsabilidadelimitada(aformajurídicamaiscomumnoPaís)commenosde50pessoasrequer17procedimentosadministrativos,demo-randoumamédiade134dias,umdospioresregistosdaquelabasededadosmundial.
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CLUSTER DA ÁGUA
Umavezdeterminadosossóciosdaempresaeredigidososestatutos,ostrâmiteslegaisaseguirsãoosseguintes:
1. Obtenção de um certificado de antecedentes penais, nosserviçosdatuteladaAdministraçãoInterna.Custoaproximadode3.000francosCFA(XAF)(4,6€).Demoranormalmente1dia.
2. Reconhecimento notarial dos estatutos.ExistemserviçosdenotariadoemMalaboeemBata.Ocustoaproximado,expressoemtaxasapagar,situa-senumvalorentre3%e6%docapitalsocial.Demoranormalmenteentre3a14dias.
3. Registo de Propriedade e Comercial.CertificadoemitidoporserviçodatuteladaJustiça,medianteapresentaçãodosestatutosreconhecidosnotarialmente.Ocustoapro-ximadoéde3%docapitalsocial.Demoranormalmente2ou3dias.
4. Abertura de conta bancária e obtenção de certificado de solvência bancária.Demoranormalmente1dia.
5. Obtenção de certificado de solvência fiscal.Solicita-senosserviçosdeFinançasemMalaboouBata.Ocustositua-seentreos5.000e10.000francosCFA(XAF)(entre7,6€e15,25€).Demoranormalmente2dias.
6. Solicitação da autorização do Gabinete do Primeiro--Ministro.Cartaempapeltimbrado,comumcustode2.000francos(XAF)(3€),dirigidaaoPrimeiro-Ministro,acompanhadadaseguintedocumentação:a. CópiadaescrituradaSociedadereconhecidanota-
rialmente;b. CópiadoRegistoComercial;c. FotocópiadoCartãodeIdentidade(cidadãosnacio-
nais)oudePassaportevisadooudedocumentodeautorizaçãoderesidência(cidadãosestrangeiros);
d. Cédulapessoalactualizada,adquiridanosserviçosdeFinançasporumcustode5.000(cincomil)francosCFA(XAF)(apenassóciosnacionais);
e. Endereçocompletodasedesocialemterritórioequato-guineense;
f. PlanodeInvestimentoouEstudodeViabilidade;g. Certificadodesolvênciafiscal;h. Certificadodesolvênciabancária;i. ProvadecontabancáriaabertacertificadapeloBanco;j. Telefonedecontacto.
Esteprocessopodedemoraraté1ano,sendonoentantopos-sívelsolicitareobterumaautorizaçãoprovisória.
7. Registo na Direcção Geral de Pequenas e Médias Em-presas.Custoaproximadode10.000francosCFA(XAF)(15,25€).Demoranormalmente15dias.
8. Registo na Direcção Geral do Comércio.Custoapro-ximadode15.000francosCFA(XAF)(22,9€).Demoranormalmente15dias.
9. Registo no Ministério do Trabalho.Oempregadorpaga1%dovalordamassasalarialparaoFundodeProtecçãodoTrabalhador.Osempregadospagam0,5%doseusalário.Demoranormalmente1dia.
10. Obtenção do NIF.Solicita-senaDirecçãoGeraldeIm-postoscontraapresentaçãodosestatutosreconhecidos
notarialmenteedaautorizaçãodoGabinetedoPrimei-ro-Ministro.Demoranormalmente3dias.
11. Obtenção de certificado de pagamento efectuado junto da Direcção Geral do Tesouro.Demoranormalmente5dias.
12. Registo na Segurança Social.AempresadeveráinscreverosseusempregadosnoINSESO(InstitutodeSegurançaSocial)duranteoprimeiromêsemquehálugaraopa-gamentodevencimentos(oempregadorirádescontar21,5%eoempregado4,5%).Custoaproximadode300francosCFA(XAF)(0,5€)porpáginaderequerimento.Demoranormalmente1dia.
b) Sistema fiscalOsistemaéenquadradopelaLei4/2004–LeiReguladoradoSistemaTributáriodaGuinéEquatorial,quereúneaprincipalnormativadenaturezafiscal.Afiscalidadeequato-guineensereflecteemgrandemedidaosacordosedirectivasdaCEMAC,queimpõeummarcoreguladorcomumaosseusmembros.OesquemadefuncionamentoésimilaraodaUniãoEuropeia,comaexistênciadedirectivasreguladorasdosprincipaisimpostos,eumacordodenãoduplatributaçãoentreospaísesmembros.TalcomonaUE,estasdirec-tivassãotranspostasparaaslegislaçõesnacionaisdecadapaís.Resumem-sedeseguidaosprincipais impostosemvigordeacordocomoICEX–España Exportación e Inversiones, à data deFevereirode2017.Imposto sobre o Rendimento de Pessoas SingularesTrata-sedeumimpostodecaráctergeral,directo,pessoal,periódicoeprogressivo,que incidesobreosrendimentosglobais líquidosobtidosporpessoassingularesapartirdasdiversasfontes.NocasodaspessoasresidentesnoPaís,incidesobreatotalidadedosrendimentosobtidos,independentementedolocal(país)emqueestestiveramorigem.Nocasodosnãoresidentes,incidesobreosrendimentosobtidosnoPaís.Considera-seresidentenoPaísqualquerpessoaqueresidaeoperenaGuinéequato-rialporumperíodode3mesesduranteumanocivil,ouumperíodode6mesesdurantedoisanos.Nãosãoconsideradosperíodosinferioresa30diasdeausêncianestacontabilização.Osescalõesdeimpostosãoosseguintes:
TABELA 20 - ESCALÕES E TAXAS DO IMPOSTO SOBRE PESSOAS FÍSICAS
RENDIMENTOANUAL(francosCFA) TAXA
Até1M(1.525€) isento
1–3M(4.575€) 10%
3–5M(7.625€) 15%
5–10M(15.250€) 20%
10–15M(22.870€) 25%
15–20M(30.500€) 30%
Superiora20M 35%
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Osrendimentossujeitosaesteimpostosãoosseguintes:• Remuneraçõesesalários;• Pensões;• Anuidades;• Diáriaspelaassistênciaareuniõesdeconselhosde
administração.Asdeduçõesincluem,atédeterminadosmontantes,despesasgerais,contribuiçõesparaaSegurançaSocial,jurospagosporempréstimosobtidosparaacompraouremodelaçãodaprimeirahabitação,epensõesalimentaresepagamentosefectuadosasistemasdeprotecçãosocialrelativosaempregadosdomés-ticos.Adeduçãomáximaaplicáveléde20%dorendimento,nãopodendoultrapassaremcasoalgum1MdefrancosCFA(XAF)(1.525€).Adeclaraçãopodeserfeitamensalmente,entreguenospri-meirosdezdiasdecadamêsrelativamenteaosrendimentosededuçõesdomêsanterior,ouanualmente,atéaofinaldomêsdeMarçodecadaano.
I M P O S TO S O B R E S O C I E D A D E STrata-sedeumimpostodecaráctergeral,directo,pessoal,periódicoeproporcional,queincidesobreosbenefíciosourendimentosglobaislíquidosobtidosporpessoascolectivasapartirdaexploraçãoouoperaçãodeactividadesgeradorasdelucro,comumataxa de 35%.Sãosujeitospassivosdeste imposto todasasempresasesociedadescomsedefiscalnaGuinéEquatorial,easque,semresidêncianoPaís,neleobtenhamreceitas.ParaoefeitodevemapresentarumaDeclaración Estadistica y Fiscalcomosresultadosdaexploraçãoatéaofinaldo4ºmêsseguinteaodofechodoexercício,sendoqueoanofiscalcoincidecomoanocivil.Opagamentodoimpostodevidoéfeitodeumasóvez.Podemdeduzir-seamortizações,provisões, remuneraçõessalariais,prémiosdesegurosdesaúdesubscritosafavordosassalariados,despesasdasedeparacomsucursais,edespesascompatentes.Asperdasfiscaispodemsercompensadasduranteostrêsexercíciosseguintes.AntesdeapresentaremaDeclaración Estadistica y Fiscal, as empresasestãosujeitasaopagamentodeumaCuota Minima Fiscal,novalorde3%dasuafaturação,apagaratéaofinaldomêsdeMarço,ecujacópiadocomprovativodepagamentoéanexadaàentregadaDeclaración Estadistica y Fiscal.ACuota Minima Fiscalserádepoisdeduzidadovalordeimpostoapagar.EstãoisentosdopagamentodaCuota Minima Fiscal as seguin-tesentidades:
• Pessoascolectivasbeneficiáriasdosbenefíciosfiscaisassociadosaregimesde investimento industrialoucomercial;
• Sociedadesdissolvidasouquetenhamcessadoasuaactividadeemdataanteriora1deJulhodoanoaquereportaoimposto;
• Cooperativasdeproduçãoartesanalduranteosseusprimeirosdoisanosdeactividade;
• Companhiasdesegurosqueexerçamasuaactividadeemblococomoutrassociedades,ouquese limitem
aoperaçõesderesseguro,nosramosdetransporteeincêndios,ecomumlucroigualouinferiora3.000.000defrancosCFA(XAF)(4.575€);
• EmpresasdeconstruçãoouobraspúblicasquepossuamnoPaísumaobraemprojectoouexecução,masquenãotenhamsede,sucursal,escritórioouoficinasnoterritório;
• Empresasexportadorasdeprodutosagrícolas,incluindoempresasdeexploraçãoagrícolaepecuáriaeinterme-diáriosacreditadoscomcomissõesbrutasabaixodos4%,excluindo-seossectoresflorestal,pesqueiro,edaagro-indústria.
Existeaindaumabonificaçãode50%dovalordaCuota Minima Fiscalnosseguintescasos:
• SociedadescomsedefiscalemdistritosnãolitoraisdaregiãocontinentalecomsedeemAnnobón,nãoaplicávelnasactividadesextractivasdematérias-primasflorestais,mineiras,pesqueiras,dehidrocarbonetos,geradorasdeenergia,perfuradorasedeáguasminerais;
• Cooperativasartesanais(apósosdoisprimeirosanosdeactividade)epequenosprodutoresnacionais.
AtrasosnaapresentaçãodaCuota Minima Fiscal,noenviodaDeclaración Estadistica y Fiscalounopagamentodoimpostodevidoestãosujeitosasanções.NocasodaCuota Minima Fiscal,apenaéiguala50%domontanteapagar.Porcadamêsde atraso na entrega da Declaración Estadística y Fiscalépagaumacoimade200.000francosCFA(XAF)(305€).
I M P O S TO S O B R E O C O N S U M OOIVA–ImpostosobreoValorAcrescentado,encontra-sehar-monizadocomosrestantespaísesmembrosdaCEMAC.SãoobjectodeIVAavendaoucessãoonerosadebens,apres-taçãodeserviços,oautoconsumodebenseserviçosetodasasoperaçõesrealizadasporpessoassingularesoucolectivasnoâmbitodasuaactividadeempresarial,profissionalouindi-vidual.A taxa geral é de 15%, havendo uma taxa reduzida de 6%paraumconjuntodeprodutosbásicoslistadosnoanexoIIdaLei4/2004.EstãoisentosdopagamentodeIVAasseguintesentidades:
• Colectividadeseorganismosdedireitopúblico;• BensdeprimeiranecessidadeincluídosnoanexoIda
Lei4/2004,incluindoalgunsprodutosfarmacêuticoseartigosmédico-hospitalares,fertilizantes,insecticidas,einsumosagrícolasepesqueiros;
• Asseguintesoperaçõessemprequeestejamsujeitasaimpostosespecíficos:– Vendadeprodutosdasactividadesextractivas;– Transmissãodeimóveisfeitasporparticularesnão
consideradospromotoresimobiliários;– Jurossobreempréstimosexternosedepósitosde
clientesnãoprofissionaisemestabelecimentosfinanceiros;
– Viajantesemregimedepequenas importaçõesquandoovalordasmercadoriasnãoultrapasseos500.000francosCFA(XAF)(760€).
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Poderáaindaacordar-seumregimeaduaneirodesuspensãodoimpostoaempresasdossectoresmineiro,petrolíferoeflorestalexclusivamenteparaosbensdeinvestimentonecessáriosparaasactividadesdepesquisaeinvestigação.OIVAdeveserdeclaradoepagoantesdolevantamentodosbensimportadosnasestânciasaduaneiras.Adeclaraçãode IVAdeveserapresentadamensalmenteàadministraçãotributárianosprimeirosquinzediasdomêsseguinteaodafacturação.
OssujeitospassivosdeIVApodemdeduziroIVAdosseguintescustos:
• Matérias-primas,suprimentoseserviçosnecessáriosparaaproduçãodebenseserviços;
• Bens,mercadoriaseequipamentosnecessáriosparaodesenvolvimentodaactividade,excluindoveículosdeturismo.
O U T R O S I M P O S TO S E TA X A SParaalémdestes,destacam-seresumidamenteosseguintesimpostosetaxasespecíficassobredeterminadosprodutoseactividades:
• Impostoadicionalde30%sobrebebidasalcoólicasetabaco;
• Taxafixaderesidência,harmonizadaaníveldaCEMAC,novalorde5.000francosCFA(XAF)(7,5€)emMalaboeBata(maisbaixanoutrosdistritos),aplicadaatodososcidadãos,nacionaisouestrangeiros,domiciliadosnoPaís,comvariadasisençõesemfunçãodaidade,dimensãodoagregadofamiliar,existênciadedeficiência,etc…;
• Impostodetransmissõespatrimoniais“inter vivos”;• Impostosobreactosjurídicosdocumentados;• Impostosobresucessõesedoações;• Impostosobreapropriedadeeutilizaçãodeveículos
automóveiseembarcações;• Contribuiçãorústicaeurbana;• Royaltiessobreaproduçãopetrolífera.
c) Barreiras ao comércio ACEMACaplicaumapautaexteriorcomumàsimportaçõesprovenientesdepaíses terceirosdesde2000.Estapauta,actualizadaem2007,compreende5.493linhas,divididasemquatrogrupos:
• Bensdeprimeiranecessidade,taxaad valoremde5%;• Matérias-Primasebensdeequipamento,taxaad valorem
de10%;• Bensintermediáriosediversos,taxaad valoremde20%;• Bensdeconsumocorrente,taxaad valoremde30%;
Asmercadoriastransaccionadasentreestadosmembrosnãoestãosujeitasataxasalfandegárias,desdequecumpramosrequisitosdoartigo10doTarifárioAduaneirodaCEMAC,deacordocomoartigo155doCódigoAduaneirodaComunidade.Paraalémdastaxasaduaneirasconstantesnapauta,aplicam-senaGuinéEquatorialosseguintesdireitoseimpostossobreovalorCIFdasmercadoriasimportadas:
• IVA(15%,6%,0%,deacordocomanaturezadasmer-cadorias);
• TaxadeComércio(1%);• Direitosespeciaissobrealgumasmercadoriasespecíficas,
comoasbebidasalcoólicaseotabaco(até50%);• ImpostoComunitáriodeIntegração(TCI),recebidopor
contadaCEMAC(1%);• ContribuiçãoComunitáriaparaa Integração(CCI)da
CEEAC,queincidesobreosprodutosprovenientesdepaísesterceirosàCEEAC(0,4%).
Estãoisentosdedireitosalfandegários:• Equipamentosparaempresasimportadosaoabrigode
regimesespeciaisquedecorremdoCódigodeInvesti-mento(benefíciosfiscais);
• Bensimportadospormissõesdiplomáticas;• Equipamentosparaosectordoshidrocarbonetos.
Ocódigoalfandegárioexigeaoproprietáriodasmercadoriasa importar,ouseurepresentante,umadescriçãopormeno-rizada.Paraacargaserdespachada,énecessáriaaseguintedocumentação:
• GuiadeTransporte;• Factura;• Autorizaçãodeimportação;• Autorizaçãodelevantamentodamercadoriaassinada
(pedidorealizadoàDirecçãoGeraldoComércio).ExistemnoPaísduaszonasfrancas,oLuba Free Port e o K5 Oil Centre,ambaslocalizadasnailhadeBioko,eespecializadasemserviçosrelacionadoscomaactividadepetrolífera.Asmercadoriasimportadasatravésdestescentros,normalmenteequipamentosesuprimentosparaasempresaspetrolíferas,nãoestãosujeitasadireitosalfandegárioseIVA.Asempresasqueaquiseinstalaremtêmacesso,poroutrolado,adiversosbenefíciosfiscais.AGuinéEquatorialépoucoexigentenoquedizrespeitoàobservaçãodenormaserequisitostécnicosdosprodutosim-portados.Osesforçosderegulamentaçãotêm,contudo,vindoaaumentar,nomeadamenteemrelaçãoàentradadeprodutosalimentaresefarmacêuticos.Ashomologaçõesecertificadosdequalidadeportugueseseinternacionaissãonormalmenteaceitessemproblemas.Nãoexistenormativasobreinformaçãoobrigatóriaacolocarnasetiquetasdosprodutos,paraalémdaidentificação“Venta en CEMAC”quedeveconstarnosprodutosproduzidosnesteespaçocomunitário.Aetiquetagememlínguaespanholaéfavoráveldeumpontodevistacomercial.AsprincipaisbarreirascomerciaisnãotarifáriasacabamporestarassociadasàspráticaspoucotransparentesdasinstituiçõesaduaneirasdoPaís,eaumacertaarbitrariedadenadetermi-naçãodosdireitosapagar,equecondicionaasprevisõesdecustosdasoperações.SegundoapublicaçãoDoing Business 2017,exportarumconten-torparaaGuinéEquatorialéumprocessobastanteburocráticoqueexigesetepassosadministrativosdiferentesedemoraemmédia44dias,custandocercade1.600USD.
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d) Sistema laboral Alegislaçãolaboralequato-guineenseéenquadradapelase-guintenormativa:
• Lei2/1990,doOrdenamentoGeraldoTrabalho.• Lei6/1992,daPolíticaNacionaldeEmprego.• Lei5/1999,reguladoradasagênciasdetrabalhotem-
porário.• OrdemdaPresidênciadaRepúblicade26deagostode
2011,pelaqualseditamasinstruçõesemvigorparaacontrataçãoeadmissãodetrabalhadores.
• Lei10/2012,queintroduzreformasnoOrdenamentoGeraldoTrabalho.
Alegislaçãolaboralestipulaqueasempresasprivadaspodemcontratartrabalhadoresestrangeirosatéumlimitede10%donºtotaldetrabalhadores(30%nocasodasempresasdossectoresmineiro,agrícolaedoshidrocarbonetos),tendoparaoefeitodesolicitarpermissãojuntodoMinistériodoTrabalho.Existemquatrotiposdepermissões:
• PermissãoA–Válidopara trabalhosouprojectostemporáriosoudeduraçãolimitadaespecíficos.Nãoérenovávelecusta50.000francosCFA(XAF)(76€);
• PermissãoBInicial–Válidoparaoexercíciodedetermi-nadaprofissãoouactividadenumdeterminadoâmbitogeográficoduranteoperíodomáximode1ano.Custa75.000francosCFA(XAF)(114€);
• PermissãoBRenovada–CorrespondeàrenovaçãodaPermissãoBInicial,nofinaldeperíododevalidadedesta.Vigoradurante2anos,ecusta125.000francosCFA(XAF)(190,5€);
• PermissãoC–ÉconcedidanofinaldaPermissãoBRe-novada,epermiteexercerqualqueractividadeemtodooterritórionacional,vigorandodurante3anos.Oseucustoéde150.000francosCFA(XAF)(228,5€).
DereferirqueaemissãodequalquerdestaspermissõesdetrabalhoexigeaapresentaçãooficialdaofertadeempregocorrespondentejuntodoCentrodeEmpregolocalporpartedaentidadeempregadora.Poroutrolado,apermissãosóéoutorgadasenãoseapresentarumcandidatodenacionalidadeequato-guineensecomomes-moníveldequalificaçõesparaoexercíciodocargonoprazode30diasapósapublicaçãodaofertadeemprego.ADirecçãoGeraldoTrabalho,EmpregoeFormaçãoProfissionaltemaindaaprerrogativadeexigiracolocaçãodeumprofissionalequato--guineensecomoadjuntodotrabalhadorestrangeirocontra-tado,havendodapartedesteaobrigatoriedadedelheprestarformaçãoprofissional,sobpenadenãoemitirapermissão.Otrabalhoporcontaprópriarequerumapermissãoespecífi-ca,aqualéconcedidaporperíodosrenováveisde1anoparaoexercíciodedeterminadaactividadeemdeterminadolocalgeográfico.Ocustodestapermissãoéde150.000francosCFA(XAF)(228,5€).Saliente-sequeasolicitaçãodepermissãodetrabalho,sejaporcontaprópria,sejaporcontadeoutrem,querequeiradeter-minadograudehabilitaçãoacadémicadeveseracompanhadadecomprovativodevidamentehomologadopeloMinistériodo
Trabalho,oqueexigeaentregadedocumentaçãováriacomumcustoquetotalizacercade55.000francosCFA(XAF)(84€).Osempresáriostêmporobrigaçãoinscrever-senoInstitutodeSegurançaSocial(INSESO),edeprocederàinscriçãodostrabalhadoresdaempresa.AcontribuiçãoparaoregimedeSegurançaSocialéde26%,cabendo21,5%aoempregadore4,5%aoempregado.
e) Regime aplicável a quadros expatriadosNãoexisteactualmenteumacordoparaevitaraduplatribu-taçãoentrePortugaleaGuinéEquatorial.OsestrangeirosqueauferemrendimentosnaGuinéEquatorialdevemdeclará-losnoPaís,podendosolicitaràDirecçãodeImpostosumcertifi-cadodesolvênciatributáriaparaapresentaçãoàsautoridadestributáriasdoseupaísdeorigem.NãoexistetambémacordocomaSegurançaSocialportuguesaemmatériadeprotecção.
f) Sistema financeiro ApolíticamonetáriadaCEMACéimplementadaatravésdeduasinstituições,oBEAC,quecumpreafunçãodeBancoCentral,emitindomoedaefixandoataxadejuro,eaCOBAC,queseencarregadocontroloesupervisãodaactividadebancáriadosestadosmembros.AofertadeserviçosfinanceirosnoPaísédisponibilizadaporcincoinstituições:
• SBGE–Société Générale des Banques en Guinée Equa-toriale.
• CCEI–Caisse Commune d’Épargne et d’Investissment, filialdogrupocamaronêsAfriland First Bank.
• BGFIBank,filialdogrupogabonêscomomesmonome.• BANGE–BancoNacionaldeGuineaEcuatorial,único
bancopúblicodopaís.• Ecobank,filialdobancopan-africanodeorigemtogolesa.
Asolidezdosistemabancárioagravou-sesubstancialmentenosúltimosanosemconsequênciadoaumentodoincumprimento.SegundooFMI,ataxadeinsolvênciaouincumprimentoatingiuos20%em2013,umproblemacomorigemnosatrasosdepagamentoporpartedoEstadofrutodasdificuldadeseconó-micasefinanceirasqueopaísatravessadevidoàquebradospreçosdopetróleo.Estarealidadeveioagravarofuncionamentodeumsistemafinanceirojádesipoucosólidoedinâmico,caracterizadoporumaescassacapacidadedefinanciamentodasempresasparaalémdosectorpetrolífero,cujasnecessidadesdeinvestimentosãoaliásgarantidasporfinanciamentosexternos.Apolíticadecoberturaderiscodecréditoébastanterestritiva,igualmenteemtermosdosempréstimosdecurto-prazoedemédio-longoprazo,eexigentenoquedizrespeitoagarantiasecontrapartidas,quesetornaramaindamaisapertadasnosúltimosdoisanosdevidoàsdificuldadesfinanceiras.Dentrodosistemadeconcessãodecréditoequato-guineense,maisde60%dofinanciamentoéconcedidoaempresasdosectordaconstrução,normalmentecréditosdecurto-prazocomcustoselevadosmesmorelativamenteàmédiadaregião.
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CLUSTER DA ÁGUA
Ovolumedefinanciamentoàspequenasemédiasempresasémuitoreduzido,paraoquecontribuiemparteainexistênciadeumsistemademicrocrédito,comumnocontinenteafricano.Cientedesteproblema,ogovernodesenvolveuumsistemadegarantiadeempréstimosparaaspequenasempresas,masaconjugaçãodefactorescomoaincapacidadegeneralizadadosempresáriosemapresentarprojectosdeinvestimentoconsisten-tes,adificuldadedospromotoresemcumpriremoscontratos,eapreferênciadosbancospelofinanciamentoaprojectosdeobraspúblicas,temlimitadoosucessodestapolítica.Osistemafinanceironãobancárioencontra-setambémpoucodesenvolvido.Osectordossegurosécompostoportrêscom-panhiasseguradoraseumaqueprestaserviçosderesseguros,masregulamentosemecanismosdecumprimentoinadequadoscondicionamasuaactividade.OleasingfoiapenasrecentementeintroduzidonoPaís,numperíodoemqueaeconomianacionalenfrentaumarecessão,erevela-seporagora inexpressivo.Conformereferido,nãoexistemoperadoresdemicrocrédito,instrumentofinanceiroque,àimagemdosucedidoemoutrospaísesafricanos,poderiaconstituir-secomoeficazparaofinan-ciamentodaspequenasemédiasempresaslocais.DesalientarqueosserviçosfinanceirossãoumdossectoresidentificadospelogovernocomoprioritárionoPNDESHorizonte2020,aosertidocomocrucialparaodesenvolvimentodeumaeconomiadiversificada,nãodependentedoshidrocarbonetos,eancoradanainiciativaprivada.
g) Regime aplicável ao repatriamento de lucros e outras transferências financeirasOsinvestidoresestrangeirospodemtransferirparaoexterioros lucrosdosseus investimentossemprequeaoperaçãoeconómicadequedecorremtenhasidoautorizada,oucareçadeautorização,bemcomorepatriaroscapitaisinvestidos.Orepatriamentodecapitaisnãoestásujeitoaopagamentodequalquertaxaouimposto.Contudo,háquetomaremconsideraçãoqueosrendimentosdecapitalmobiliário,incluindoopagamentodedividendos,estãosujeitosaumataxaliberatóriade25%parapessoassingularesoucolectivassemdomicíliofiscalnoPaís.OsmovimentosdecapitaissãoobjectodeautorizaçãopréviadoMinistériodasFinançasnosseguintescasos:
• Transacçõesrelativasàobtençãoouconcessãodecrédi-tosdevalorsuperiora100milhõesdefrancosCFA(XAF)(152.500€);
• Transacçõesrelativasainvestimentosdirectosdevalorsuperiora100milhõesdefrancosCFA(XAF),sendoconsideradoinvestimentodirectoaaquisiçãodepelomenos10%docapitaldeumaempresa;
• Transacçõesdetítulosdevaloresmobiliáriosestrangei-rosdevalorsuperiora10milhõesdefrancosCFA(XAF)(15.250€).
Ossaláriospodemsertransferidosparaoexteriorsemqual-querlimitenocasodostrabalhadoresnãoresidentes.Paraosexpatriados,éapenaspossíveltransferirpartedovencimentoauferido.Aspessoasnãoresidentesestãosujeitasaumaretenção
de10%sobrehonoráriosrecebidospelaprestaçãodeserviçostécnicosesobrerendimentosdedireitosdeautor.Astransferênciassuperioresa1.000.000defrancosCFA(XAF)(1.525€)necessitamdeapresentaçãodedocumentojustificativonoBanco,sendoqueosenviosrápidosdedinheirodepessoassingularesestãolimitadosaessemontantepordia.Astrans-ferênciasestãosujeitasaumacomissãobancáriadeaté0,5%.ArecepçãodefundosprovenientesdoexteriorobrigaàentreganoBancodeumdepoimentosobreasuaprocedênciaedestino.Saliente-sequenãoépermitidoabrirnoPaíscontasbancáriasemdivisasestrangeirassalvoautorizaçãoexpressa.Noquedizrespeitoàstransferênciasdecorrentesdepagamentosdeimportações,énecessárioapresentarnoBancoaseguintedocumentação:
• Facturadofornecedor;• Certificadopréviode importação(CPI),passadopor
agênciaautorizada,acertificarterinspeccionadofisi-camenteosbensimportados;
• Depoimentosobreaprocedênciadosfundosaseremtransferidos.
Dereferirqueosbenseequipamentosaimportarnocontextodarealizaçãodeobraspúblicasrequeremaaberturadeumacartadecréditoirrevogávelnorespectivovalornumbancolocal.
h) Legislação contratual NaGuinéEquatorialnãoexistelegislaçãoespecíficasobrecon-trataçãopública.Deumaformageral,apenasosprojectoscomfinanciamentoexternodeorganismosmultilateraisinternacio-naissãopublicadosepassamporumprocessodeconcurso.OGEProyectoséumorganismocomentidadejurídicaprópriaeautonomiadegestão,decaráctereminentementetécnico-con-sultivoesupervisor,quefuncionasobatutelaedependênciadirectadoPresidentedaRepública.CabeaoseuDepartamentoJurídico-Administrativoassistirosváriosórgãosemembrosdaentidadenoquedizrespeitoaquestõeslegaisrelacionadascomoscontratosdeobraspúbli-cas,enomeadamenteemitirparecereseinformaçõessobrecontratoseacordos.
i) Acordos bilaterais com Portugal e a União EuropeiaNãoexistemacordosbilateraisassinadosentrePortugaleaGuinéEquatorialemmatériadeprotecçãoepromoçãodeinvestimentos,ounoquedizrespeitoanãotributaçãodupladerendimentos.Apesardanãoexistênciaformaldeacordosespecíficos,oscontactoseAçõesconjuntasdedivulgaçãodeoportunidadesentreautoridadeseassociaçõeseconómicasdosdoispaísestêm-seintensificadodesdeaadesãodaGuinéEquatorialàCPLPem2014.Deigualmodo,nãoexistequalqueracordobilateralespecíficoentreaGuinéEquatorialeaUniãoEuropeia,enquadrando-seasrelaçõeseconómicasnoabrangenteAcordodeCotonou,facilitadordoacessodeprodutosorigináriosdeÁfrica,CaraíbasePacíficoaomercadocomunitário.Concretamenteemrelação
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CLUSTER DA ÁGUA
aospaísesdaÁfricaCentral,ondeseintegraaGuinéEquatorial,estãoemcursonegociaçõestendoemvistaaassinaturadeumAPE(AcordodeParceriaEconómica,figuraquedecorredaim-plementaçãodoAcordodeCotonou)regional,comoobjectivodepromoveracompetitividadeeconómicadestespaíseseoseudesenvolvimentosustentado.DereferirqueaGuinéEquatorialnãofoideclaradacomoelegívelparareceberfinanciamentosdos10ºe11ºFundoEuropeudeDesenvolvimento(FED),devidoaonãocumprimentodoartigonº11doAcordodeCotonousobreoTribunalPenalInternacional.
j) Incentivos ao investimento directo estrangeiroOconjuntonormativocomimplicaçõesnoinvestimentoestran-geironaGuinéEquatorialéoseguinte:
• Lei7/1992,sobreoregimedoinvestimento.• Lei16/1995,queregulaaspequenasemédiasempresas.• Decreto-Lei127/2004,queditanormascomplementares
potenciadorasdaparticipaçãonacionalnaactividadeempresarial.
• Lei8/2006,doshidrocarbonetos.• Lei9/2006,dasminas.
Porinvestimentodecapitalestrangeiroentende-seorealizadoporpessoasfísicasoujurídicasestrangeiras,assimcomoporpessoasdenacionalidadeequato-guineensecomresidêncialegalnoexteriorefundosprovenientesdoexterior.TodososinvestimentosestrangeirosàexcepçãodosrealizadosnasactividadespetrolíferaemineiraestãosujeitosàLei7/1992,revistaeactualizadapelaLei2/1994.Estalegislaçãosubstituiuoquadrolegalanteriorsobreamatéria,quedatavade1979,deformaaadaptá-loàentradadoPaísnaCEMAC.Porseuturno,aLei16/1995criaumquadrolegalfomentadordaspequenasemédiasempresasnacionais,aquelasquepos-suemadministraçãoepelomenos51%docapitalsocialemmãosequato-guineenses,estabelecendoincentivos.ODecreto127/2004estabelecenormascomplementaresnosentidode
potenciaraparticipaçãonacionalnaactividadeempresarial,comosejamaobrigatoriedadedepelomenostrêssócioslocaiscomumacomparticipaçãomínimade35%,ouaconcertaçãocomossócioslocaisdeumaparticipaçãodestesdeentre5%e10%nosbenefícios,noscasosdasempresasestrangeirasqueseinstalamcomcontratosdeobraspúblicas.Osinvestimentosemactividadespetrolíferasemineirasestãoabrangidosporlegislaçãoprópriaespecífica,respectivamenteasleis8/2006e9/2006.Noquedizrespeitoàpropriedadeimobiliária,aaquisiçãodeterrenosporpessoasfísicasoujurídicasestrangeiraséregu-ladapeloDecreto140/2013,oqualestabelecequeasterrasrústicaseurbanassãopropriedadedoEstado,queaspoderácederduranteumperíododetempocertooudefinitivamenteaentidadesouparticularesparafinsdiversos.AaquisiçãocarecedeautorizaçãoexpressaatravésdeResoluçãodaPresidênciadaRepública.DereferirqueosterrenosadquiridosrevertemparaapossedoEstadoaofimde99anos,mantendo-secontudoapropriedadedaobranelerealizada.Noscasosemquenãosejarealizadaaobraouprojectoprevistos,aLei4/2009,doRegimedaPropriedadedeTerras,prevêprazosmaiscurtosparaqueoterrenoregresseàpossedoEstado,semdireitoaindemnização.Os incentivos fiscaisprevistosna legislação(leis2/1994e7/1992)paraoinvestimentoestrangeirocontemplamasse-guintessituações:
• Criaçãodenovosempregosdestinadosacidadãosna-cionais;
• Formaçãoprofissionaldirigidaaempregadoscidadãosnacionais;
• Exportaçãodeprodutosnãotradicionais;• Execuçãodeprojectosdedesenvolvimentoregionalou
localemregiõesafastadasdosgrandescentrosurbanos;• Participaçãodecidadãosequato-guineensesnocapital
daempresa.
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CLUSTER DA ÁGUA
3. O CLUSTER DA ÁGUA
1. O R G A N I Z A Ç Ã O I N S T I T U C I O N A L D O S E C TO R
a) Administração central, regional e localAestruturadoGovernoformadonasequênciadaseleiçõesde24deAbrilde2016écompostapor25Ministérios,5MinistrosdeEstadoeumMinistroSecretário-Geral,paraalémdoPrimei-ro-MinistroedostrêsVice-primeiros-ministros.AtuteladosassuntosdaáguaestarárepartidaentreoMi-nisterio de Pesca y Recursos Hídricos, Ministerio de Bosques y Medio AmbienteeoMinisterio de Economía, Planificación y Inversiones Públicas.OutrosMinistériosdiretamenterelevantesparaaspolíticaseactividadedosectorserãooMinisterio de Sanidad y Bienestar Social, o Ministerio de Obras Públicas y Infraestructura, o Mi-nisterio de Urbanismo, o Ministerio de Agricultura, Ganadería y Alimentación, e o Ministerio de Industria y Energía.Osectorcareceaindadeummodeloinstitucionalorganizadoparaasuagestão.UmdosODMdefinidosnorelatóriodeavaliaçãodesituaçãode2015consistenacriaçãoeaplica-çãoaté2020deumPlanoDirectordeDesenvolvimentodaÁguaeSaneamentoBásico,queincluiráadefiniçãodeummodelodegestãodosserviços.Oobjectivoéodeconsoli-darumapolíticasocialdeabastecimentodeáguapotávelesaneamentoanívelnacional,baseando-senapromoçãodeassociações financeirasentreorganismospúblicos,napromoçãodeparceriaspúblico-privadas,criaçãodeumLa-boratórioNacionaldecontrolodaqualidadedaágua,enumestudodetarifaçãodosserviçosdeformaaimplementarasuaqualidadeeeficiência.DereferirqueaempresaespanholaGlobalOmnium/AguasdeValencia,quedesenvolveumprojectosemelhantedeparceriaemAngolacomaEmpresadeÁguasPúblicasdeMalanje,foivisitadaporumadelegaçãoequato-guineensetendoemvistaumaeventualfuturaparcerianoquedizrespeitoàgestãodociclointegraldaáguanoPaís.
b) Agências e entidades relevantesNãoexistenaGuinéEquatorialumaagênciaouplataformanacional,ouagênciasregionaisoulocais,paraosectordaágua.
c) Maiores operadores de serviços de águasOsserviçosdeáguassãooperadosemtodooterritóriopelaempresaegípciaArabContractors,atravésdecontratoestabe-lecidocomoEstadoparaoefeito.Omodelodeorganizaçãopensadoparaosectorprevê,comoobjetivo,queoserviçopasseaserasseguradoegeridopelasautoridadesmunicipais,estandoemabertoapossibilidadedeadopçãodeumsistemabaseadonoconceitodeparceriapúblico-privada.Oserviçodeabastecimentoéactualmentegratuito,estandotambémprevistaarealizaçãodeumestudoaprofundadosobremodelosdeexploraçãocomercial,edetarifação.
d) Principais entidades adjudicantesAcontrataçãopúblicaégerida tecnicamenteatravésdoGEProyectos,organismopúblicoautónomoquefunciona,emarticulaçãocomoGovernoeseusMinistérioserespectivosórgãos,sobatuteladirectadoPresidentedaRepública.OGEProyectostem,deacordocomoDecreto37/2003queocriaedeterminaasuaestrutura,porobjecto“aplanificação,desenho,revisão,execução,supervisão,seguimentoeavaliaçãodosdiferentesprojectospúblicosdeinfra-estruturas,engenha-riaeconstruçãoquenasçamdoprogramadoGoverno”,e“apreparação,gestãotécnicaeespecializada,regulamentação,seguimentoeavaliaçãodeconcursoseadjudicaçõesdoscontratosdeobrasqueaAdministraçãoCentrale/ouosseusorganismosautónomoscelebremcompessoassingularesoucolectivas,ajustando-osàlegislaçãovigente”.AtravésdoDepartamentodeEstudoseAvaliação,oGEProyec-tosencarrega-seespecificamentedezelarpelascondiçõesdeidoneidadedosprojectosquelhesãosubmetidosparaanálise,emitindoumparecerderecomendaçãooudesaprovação.
e) Principais associações profissionais e empresariaisNãoexistemnoPaísassociaçõesprofissionaisouempresariaisrepresentativasespecificamentedosinteressesdosectordaágua.Anívelgeral,aactividadeempresarialédinamizadaatravésdeduascâmarasoficiaisdecomérciodecarácterregional,organismospúblicoscompersonalidadejurídicaprópria,cujamissãoconsistenofomentoeprotecçãodosinteressesgeraisdaindústria,comércio,agriculturaesilviculturadasrespectivasregiões:aCâmara de Comércio de Bioko,comsedeemMalabo,queabrangeasempresaseactividadeseconómicasdaquelailha,eaCâmara de Comércio de Rio Muni,comsedeemBata,quecobrearegiãocontinental.Osempresáriosencontram-seorganizadosdesde2013atravésda APYMEGE – Asociación de Pequeñas y Medianas Empresas de Guinea Ecuatorial.
f) Principais universidades e centros de investigaçãoNaGuinéEquatorialexistemtrêsuniversidadesqueadministramcursossuperioresnasáreasdasengenharias,meioambienteouenergia.A UNGE – Universidad Nacional de Guinea Ecuatorial,insti-tuiçãopública,éamaioruniversidadedoPaísemtermosdenúmerodealunosedocentes.Asedelocaliza-seemMalabo,possuindotambémumcampusemBata.AUNGEfazpartedaRedeIbero-americanadeCooperaçãoInternacionalUniversitária,promovidapelaOEI–OrganizaçãodosEstadosIbero-americanosparaaEducação,aCiênciaeaCultura,dequePortugalfazparte,emantémdiversosprogramaseprotocolosdecooperaçãocomuniversidadesestrangeiras,nomeadamenteespanholas,francesasenorte-americanas.AEscolaUniversitáriadeEngenhariasTécnicassitua-senocampus deBata,regiãocontinental,comumênfasenaformaçãoem
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CLUSTER DA ÁGUA
áreasrelacionadascomaconstruçãoeobraspúblicas,incluindoserviçosurbanosegestãoenergética.NocampusdeMalabo,ilhadeBioko,situam-seaFaculdadedeMeioAmbiente,queleccionaocursosuperiordeCiênciasMeio-ambientais,eaEscolaUniversitáriadeEstudosAgro-pecuários,PesqueiroseFlorestais,comincidêncianaformaçãodeengenheirostécnicosnestasáreas,eaindaemtecnologiasdopetróleoegeologia.DereferirqueaUniversidadepossuiumCentrodeInvestigaçãono campusdeMalabo.A AUCA – American University of Central Africa,éumainstituiçãoprivadadecarizinternacionalfundadarecentementeem2008,localizadaemDjobloho,futuranovacapitaladministrativadoPaís,nocentrodaregiãocontinental.AofertaformativaincluilicenciaturasemGeologia,Geofísica,UrbanismoeemváriasEngenharias, incluindoCivil,econtacomavançadoslaboratóriosdeinvestigação.O ITNHGE – Instituto Tecnológico Nacional de Hidrocarburos de Guinea Ecuatorialéumainstituiçãopúblicaqueseconstituicomocentrodeformaçãoespecializadaemmecânica,eletrici-dadeeoperaçõesdeproduçãorelacionadascomaexploraçãopetrolífera,inauguradoem2007emMalabo.OInstitutoestáemprocessoderelocalizaçãoemMongomo,naregiãocontinental,numnovoemodernocomplexoquealbergarátambémaENE-GE – Escuela Nacional de Electricidad de Guinea Ecuatorial.Váriasempresasnacionaiseinternacionaisdosectordoshi-drocarbonetoscolaboramcomainstituição.
g) Agências de apoio ao desenvolvimentoA ANGE – Agencia Nacional de Guine Ecuatorial é o organismo responsávelpelaimplementaçãoecontrolodoPlanoNacionaldeDesenvolvimentoEconómicoeSocialHorizonte2020.A Holding Guinea Ecuatorialéumainstituiçãopúblicarespon-sávelpelacaptaçãodeinvestimentosexternosquepromovamodesenvolvimentodeprojectosnoPaísnocontextodopara-digmadadiversificaçãoeconómica,gerindoparaesseefeitoumfundofinanceirodeorigeminteiramentenacionalaatribuiremco-participação.
2. E S T R AT É G I A G O V E R N A M E N TA L PA R A O S E C TO R
Aestratégianacionalparaodesenvolvimentodosectordaáguacarecedeumplanoouprogramadedicado,decorrendodasdeterminaçõesdediversosplanossectoriaisrelacionadoscomomeioambienteeodesenvolvimentosocioeconómicodoPaís,eessencialmentedoPNDES–Horizonte2020,grandemarconacionaltransversaldereferênciaestratégica.OPNDESfoiformalizadoem2007comoinstrumentoestraté-gicoderespostaaosdoisgrandesdesafioscomoqueoPaíssedefronta:adiversificaçãodaeconomia, quase totalmente dependentedaexploraçãodepetróleo,eodesenvolvimentodobem-estardapopulaçãoedacoesãosocial.
OPlanodeclina-seemquatrograndesEixosEstratégicos,pontuadosporLinhasdeAcção:
TABELA 21 - EIXOS ESTRATÉGICOS E LINHAS DE ACÇÃO DO PNDES – HORIZONTE 2020EIXOS ESTRATÉGICOS LINHAS DE ACÇÃOConstruçãodeInfra-estruturasdenívelinternacionalcomomeiodemelhoraraprodutividadeeacelerarocrescimento.
• Garantirumaofertaenergéticanacionalacessíveledequalidade.• Alargaroacessoàstecnologiasdeinformaçãoecomunicação.• Erigirinfra-estruturasdetransportemodernas.• Confiaragestãodeserviçospúblicosestratégicosaosectorprivado.
ReforçosubstancialdoCapitalHumanoemelhoriadaqualidadedevidadoscidadãos.
• Investirnascapacidadeshumanasatravésdamelhoriadosistemaeducativo,dacriaçãodeemprego,dainserçãosocialdosjovens,edaeliminaçãodasdesigualdadesdegénero.
• Acelerarodesenvolvimentodeinfra-estruturaseserviçossociais,nomeadamenteaníveldasaúde,dasredesdeabastecimentodeáguapotáveledesaneamentobásico,edahabitação.
• Desenvolverumnovosistemadesegurançasocial.Desenvolvimento de uma economiadiversificadabaseadanosectorprivado.
• Criarummarcoinstitucionaleregulamentarfavorávelaodesenvolvimentodosectorprivado.
• Valorizarosrecursospetrolíferostransformandoaenergianumsectorchaveparaacompetitividadedaeconomia.
• FazerdoPaísumaplataformadereferêncianoqueàeconomiadomardizrespeito.
• Desenvolverumaagriculturamodernaquegarantaasuficiênciaalimentardapopulaçãoeconstituaumnovomarcodavidarural.
• TransformaroPaísnumdestinodereferêncianoquedizrespeitoaosserviçosdeturismoefinanceiros.
• Favoreceracriaçãodepolosdedesenvolvimentoregionais.
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CLUSTER DA ÁGUA
EIXOS ESTRATÉGICOS LINHAS DE ACÇÃOImplementaçãodeumaboagovernaçãoaoserviçodoscidadãos.
• EstabelecerumEstadoplanificadoreumaadministraçãomoderna.• Reveroquadrolegislativo.• Reformarosistemajudicial.• Favoreceraparticipaçãoerepresentatividadedoscidadãos.• Promoveradescentralização.• Assegurarorespeitopelosdireitoshumanos.• Assegurarumaboagestãodasegurançaedefesacivil.• Reforçaraintegraçãoregionalesub-regional,eacooperaçãointernacional.• Melhoraragovernabilidadeeconómica.
namento,distribuiçãoeabastecimentodeáguapotável,ederedesdesaneamentobásicoedetratamentodeáguasresiduais,masaáguacomotematransversalestátambémpresentenosrespectivosobjectivosaatingirnosProgramas1),3),5),9),10),12),13)e15).
3. PA P E L D A S I N S T I T U I Ç Õ E S F I N A N C E I R A S M U LT I L AT E R A I S
OacessodaGuinéEquatoriala fundosdefinanciamentomultilateraisprovenientesdeinstituiçõesinternacionaistemsidocondicionadoporquestõesrelacionadascomocumpri-mentoderegrasdeelegibilidade,nomeadamentenoqueconcerneaorespeitopelosdireitoshumanos,transparênciadosprocessoseleitorais,edúvidassobreodestinodadoaosfundosconcedidos.Poroutro lado, indicadorescomooPIBper capita, o mais elevadodeÁfricagraçasaorendimentoprovenientedasex-portaçõesdepetróleo,eumIDHmédio,colocamtambémoPaísforadostermosdeacessibilidadeaalgunsprogramasdeajudafinanceiramultilateral.
EstasLinhasdeAcçãomaterializam-seem15programasoperacionaisprincipais:
1. SuficiênciaAlimentar(AlimentosparaTodos);2. EducaçãoparaTodos;3. Habitação(UmTetoparaTodos);4. ÁguaparaTodos;5. ElectricidadeparaTodos;6. AdministraçãoModerna(aoServiçodoCidadão);7. Estatístico(GuinéEquatorialPaísNumérico);8. EmpregoparaTodos(RendimentoparacadaFamília);9. GuinéEquatorialPotênciaEnergética(Petróleo,Gás,
Electricidade);10.GuinéEquatorialPlataformaPesqueiradaÁfricaCentral;11.GuinéEquatorialCentrodeNegóciosdereferência;12.GuinéEquatorialModeloEcológico;13.SaúdeparaTodos;14.CentroFinanceiroRegional;15.UmPlanodeDesenvolvimentoparaTodos.
OsectordaáguaémobilizadodirectamentepeloPrograma4),nomeadamentenoquedizrespeitoaoplaneamento,construçãoemanutençãodesistemasdecaptação,tratamento,armaze-
Figura26-EvoluçãodaAjudaaoDesenvolvimentorecebidaem%doPIB
Comoadventodaexploraçãopetrolífera,aajudamultilateralaoPaíscaiuexpressivamentedesdemeadosdadécadade1990,naturalmenteempercentagemdoPIB,dadooaumento
significativodesteindicador,mastambémemvaloresabsolutos,pelasrazõesdecaracterpolíticoeeconómicocitadas,tendosidosubstituídoporIDE,centradonasindústriasdoshidrocarbonetos
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CLUSTER DA ÁGUA
edaconstrução,emaisrecentementenossectoresflorestaledaspescas,comoprincipalfluxodefinanciamentodoPaís.Assim, o World BanknãotemactualmentequalquerprojectodeapoioactivonoPaís.Projectosanteriorescentraram-senaagricultura,energia,saúdeereforçoinstitucional.Comoprincipaisajudasfinanceirasmultilateraisdestaca-seapapeldoPNUD,nomeadamentenoapoioàimplementaçãodoPNDES–Horizonte2020,cujosfundossãogeridospelaANGE.Paraalémdoapoiofinanceiro,oPNUDparticipatambémnoprogramacomapoiotécnico.Entre2011e2015foramorça-mentadosparaoprojectomaisde2,8milhõesdeUSD.ParaalémdoapoioàANGE,oPNUDdesenvolvediversosprojec-tosnoPaísnasáreasdocombateàpobreza,dagovernabilidadedemocrática,dasaúde,edomeioambienteeenergia.
Nestaúltimaáreasalientam-se:• OPANA-Plan de Acción Nacional para la Adaptación al
Cambio Climático,quecontoucomumapoiofinanceirode220.000USD.
• ProjectodeFortalecimentodasÁreasNacionaisProte-gidas,comumapoiodecercade660.000USD.
• ProjectodeReforçodaGestãoSustentáveldeTerraseBosques,comumapoiodecercadecercade375.000USD.
AFAOtemsidouma instituiçãoparticularmenteactivanoPaís,comdiversosprojectosdeâmbitonacionaledeâmbitoregionalaplicáveis.
TABELA 22 - PROJECTOS NACIONAIS FAO TCP (TECHNICAL COOPERATION PROGRAMME)Referência Descrição De Até OrçamentoTotal(USD)
TCP/EQG/3602 ImprovingvaluechainofartisanalfisheriesinEqua-torialGuinea 2016 2018 293.000
TCP/EQG/3601/C1TCPF:Awarenessraisingandsupporttoforestgo-vernanceandtransparencyforFLEGTandREDD+inEquatorialGuinea
2016 2017 73.025
TCP/EQG/3501 TCPFacility 2014 2017 291.007
TABELA 23 – PROJECTOS NACIONAIS FAO TRUST FUNDS
Referência Descrição De Até Orçamento Total (USD)
UTF/EQG/005/EQG ProyectodeEvaluacióndelosRecursosPesquerosMarinosdeGuineaEcuatorial
2014 2018 3.999.237
UTF/EQG/007/EQG ProgrammadedesarrolodelaaviculturafamiliarenGuineaEcuatorial
2013 2017 3.386.464
UNJP/EQG/010/UNJ DesarrollodelPlanNacionalde InversiónREDD+(PNI-REDD+)deGuineaEcuatorial
2016 2018 1.000.000
TABELA 24 – PROJECTOS REGIONAIS FAO TCP (TECHNICAL COOPERATION PROGRAMME) continua na página seguinte
Referência Descrição De Até Orçamento Total (USD)
TCP/RAF/3607StrengtheninginstitutionalcapacitiestoeffectivelydelivertheMalaboImplementationStrategyandRoadMap
2017 2019 383.000
TCP/RAF/3606/C2TCPF:Appuià la formulationd`undocumentdePolitiqueetStratégieRégionalede l`Irrigationenzone CEDEAO
2017 2018 99.000
TCP/RAF/3513 COMESA:SupportwiththedevelopmentofaRegionalAgricultureInvestmentPlan(RAIP),underCAADP 2016 2018 310.000
TCP/RAF/3602 Assistancetechniquepourlerenforcementdusystèmealimentaireduquinoa-PhaseII 2016 2018 131.000
TCP/RAF/3605 ARegional-basedforestcarbonassessmentforClimateChangeMitigation(REDD+)inWestAfrica 2016 2018 260.000
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CLUSTER DA ÁGUA
Referência Descrição De Até Orçamento Total (USD)
TCP/RAF/3510 Promotingsocialprotection forvulnerableruralworkersandmembersoftheirfamiliesinAfrica 2016 2017 91.000
TCP/RAF/3514 Promouvoir laprotectionsocialepour lasécuritéalimentaireetnutritionnelleauSahel 2016 2017 471.000
TCP/RAF/3515Supportfortheestablishmentofacontinentalagri-businessplatformandcapacitybuildingforeffectiveagribusinessdevelopmentinAfrica
2016 2017 420.000
TCP/RAF/3604Appuiàlaformulationd`undocumentdepolitiqueetstratégierégionalesdedéveloppementdelapetiteirrigationenAfriquedel`Ouest
2016 2017 275.000
TCP/RAF/3505 SupporttostrengtheningECOWASinstitutionalca-pacityforlivestockdevelopment 2015 2017 270.000
TCP/RAF/3506AppuialamiseenoeuvreduPlandeConvergencepourlagestionetl`utilisationdurabledesécosystèmesforestiersenAfriquedel’Ouest
2015 2017 401.000
TCP/RAF/3507 SupporttotheregionalinitiativeonresilienceintheSahelandHornofAfrica 2015 2017 495.000
TCP/RAF/3508
StrengtheningthecapacitiesofMemberStatesoftheAfricanUnion,andtheRegionalEconomicCom-munitiestosustainablymanageanddeveloptheirforestrysectorsforsocialandeconomicdevelopmentandtoprovidelong-termenvironmentalprotection
2015 2017 217.000
TCP/RAF/3509GenderResponsiveNationalandRegionalAgricul-turalInvestmentPlansformeetingtheZeroHungerChallengeinECOWASmembercountries
2015 2017 382.000
TCP/RAF/3512
StrengtheningroutinefisheriesdatacollectioninWestAfrica:Benin,Coted`Ivoire,Ghana,Nigeria,Togo,LiberiaandFisheriesCommitteeforWest-CentralGulfofGuinea(FCWC)
2015 2017 393.000
TCP/RAF/3501 TCPFacility 2014 2017 290.899
TABELA 25 – PROJECTOS REGIONAIS FAO TRUST FUNDS (continua nas páginas seguintes)
Referência Descrição De Até Orçamento Total (USD)
FMM/RAF/507/MULFMMsupporttoSO4–OO401(MTP2014-2017)–TraderelatedcapacitydevelopmentinEasternandSouthernAfrica
2017 2017 500.000
GCP/RAF/489/VEN PartnershipforSustainableRiceSystemsDevelopmentinSub-SaharanAfrica 2016 2018 5.000.000
OSRO/RAF/605/BELRéduire lavulnérabilitédesmoyensd’existenceagricolesàtraversl’approche«CaissesdeRésilien-ce»auSahel
2016 2018 4.459.310
FMM/RAF/508/MULFMMsupporttoSO3andSO4–OO301andOO402(MTP2014-2017)–ValuechaindevelopmentinsupportofsustainableintensificationinAfrica
2016 2017
OSRO/RAF/601/USAWestAfricaregionalprogrammetostrengthenlive-lihoodsresilienceandtosupportfoodandnutritionsecuritycoordination
2016 2017 500.000
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CLUSTER DA ÁGUA
Referência Descrição De Até Orçamento Total (USD)
OSRO/RAF/602/USA Enhancingtheroleofconservationagriculture indisasterriskreductioninsouthernAfrica 2016 2017 500.000
OSRO/RAF/604/USA FAOcoordinationoffoodandagriculturaldisasterriskreductionandmanagementinsouthernAfrica 2016 2017 500.000
OSRO/RAF/606/EC
AnalysedesdispositifslocauxdeRéductionderisquesdecatastrophe(RRC)pourlapromotionetlamiseàl’échelled’initiativeslocalesinnovantesenfaveurdelarésiliencedescommunautésvulnérablesauSahel
2016 2017 443.952
MTF/RAF/499/IMA ImprovingfoodpackagingforSmallandMediumAgro-EnterprisesinSub-SaharanAfrica 2015 2018 450.001
GCP/RAF/490/ITAImprovingsupplyofsafeandqualitylivestockandmeatexportedfromtheHornofAfricatoMiddleEastandGulfcountries
2015 2017 2.764.528
GCP/RAF/495/MUL Africa’sSouth-SouthCooperationFacilityforAgricul-tureandFoodSecurity 2015 2017 1.000.000
OSRO/RAF/502/FIN Productivesafetynetsasatool toreinforcetheresilienceintheSahel 2015 2017 1.274.302
GCP/RAF/498/BRA ExchangeofExperienceandDialogueaboutPublicPoliciesforFamilyFarminginAfrica 2014 2017 594.628
OSRO/RAF/407/USACollaborativeInternationalEngagementtoPreventandMitigateThreats fromEspeciallyDangerousPathogensinTargetedEastAfricanCountries
2014 2017 558.732
GCP/RAF/455/GFF CBSPSustainablemanagementofthewildlifeandbushmeatsector-(FSP) 2012 2017 4.245.210
OSRO/RAF/118/EC ReinforcingVeterinaryGovernanceinAfrica 2012 2017 1.711.698
GCP/RAF/506/MUL Adoptionofefficientandclimate-smartagriculturepracticesinAfricanSIDS 2017 2020 1.500.000
GCP/RAF/500/JPN Advisoryandanalyticalworktowardsthedevelopmentofefficient&inclusivericevaluechains 2016 2018 456.303
GCP/RAF/503/RRFSupporttoAfricanUnion inthedevelopmentofpoliciesandstrategiesforcountry-specificplanstoreducepost-harvestfoodlosses
2016 2018 1.298.596
GCP/RAF/504/MUL RuralWomen`sEmpowermentinAgriculturePro-gramme(RWEAP) 2016 2018 1.000.000
GCP/RAF/501/IRE AdaptingtheInclusiveBusinessModelsapproachtoaddresssustainabilitychallenges 2016 2017 188.574
GCP/RAF/502/ITA Improvingfoodsecurity insub-SaharanAfricabysupportingtheprogressivereductionoftsetse-tran 2016 2017 1.000.000
GCP/RAF/494/MUL PromotingDecentRuralYouthEmploymentandEntrepreneurshipinAgricultureandAgribusiness 2015 2018 4.000.000
GCP/RAF/496/NOR SupportTransitionTowardsClimateSmartAgricultureFoodSystems 2015 2017 1.159.634
GCP/RAF/448/EC Strengthening linkagesbetweensmallactorsandbuyersintheRootsandTuberssectorinAfrica 2014 2018 5.688.285
GCP/RAF/464/SPA InitiativeEauetSecuriteAlimentaireenAfrique,PhaseII(IESAII)ComposanteI-Mali-Niger 2014 2018 2.320.221
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CLUSTER DA ÁGUA
Referência Descrição De Até Orçamento Total (USD)
GCP/RAF/480/GER EnhancedCapacitiesforEffectiveMobilizationandUseofResourcesforFoodSecurityandNutrition 2014 2018 2.060.819
GCP/RAF/497/ROKCapacityDevelopmentandExperienceSharingforSustainableRiceValueChainDevelopmentinAfricathroughSouth-SouthCooperation
2014 2018 1.897.533
GCP/RAF/254/MULCreatingAgribusinessEmploymentOpportunitiesforYouththroughSustainableAquacultureSystemsandCassavaValueChainsinWestAfrica
2014 2017 3.955.004
GCP/RAF/466/EC “ImplementationofaregionalstrategyfortheEasternandSouthernAfricaandIndianOceanregion–PhaseII” 2014 2017 4.159.754
GCP/RAF/477/GER MainstreamingNutritioninCAADPandAgriculturePoliciesandProgrammesinSub-SaharanAfrica 2014 2017 2.000.001
GCP/RAF/486/SWI CodexCapacityBuildingWorkshopforAfrica 2014 2017 458.917
MTF/RAF/487/STFStrengtheningrisk-basedfoodcontrolinSub-SaharanAfrica:implementationofaregionalTotalDietStudyasatooltoassessfoodchemicalcontamination
2014 2017 1.191.353
GCP/RAF/476/GER StrengtheningRegionalInitiativestoEndHungerandMalnutritioninWestAfrica 2013 2017 2.581.318
GCP/RAF/483/BRA StrengtheningofSchoolFeedingProgrammesinAfrica 2013 2017 1.555.079
MTF/RAF/372/MUL-AFDBAfricanDevelopmentBank-RegionalComponentinAfrica-GlobalStrategytoImproveAgriculturalandRuralStatistics
2013 2017 7.081.669
GCP/RAF/461/SPA “BuildingCapacityofECOWASforeffectiveCAADPImplementationinWestAfrica” 2012 2017 4.016.064
GCP/RAF/482/EC
Supportingcompetitivenessandsustainableinten-sificationofAfricancottonsectorsthroughcapacitydevelopmenton IntegratedProductionandPestManagement
2012 2017 3.315.650
GCP/RAF/424/GFF Transboundaryagro-ecosystemmanagementprogram-mefortheKagerariverbasin(KageraTamp)-(FSP) 2010 2017 6.363.706
NocontextodacooperaçãodaUniãoEuropeiacomospaísesemviasdedesenvolvimento,geridaatravésdaDGDEVCO–Di-recção-GeraldaCooperaçãoInternacionaledoDesenvolvimen-to,aGuinéEquatorialnãofoiabrangidapelos10ºe11ºFED–FundoEuropeudeDesenvolvimento,pornãocumprimentodatotalidadedascondiçõesdeelegibilidade,oqueimpedeaformalizaçãodeprojectoscomoPaís.NasuaqualidadedemembrodaUniãoAfricanaedoAfDB,aGuinéEquatorialébeneficiáriadosprogramasdedesenvolvi-mentopromovidosporestasinstituições,equeincluemassis-tênciatécnicaefinanceiraaprojectosnacionais,transnacionaiseregionaiscomoobjectivodeestimularodesenvolvimentoeconómicosustentável,oprogressosocialeareduçãodapo-brezanocontinenteafricano.NestecontextoháadestacaroPIDA–Programme for Infrastruc-ture Development in Africa,programadeapoioaodesenvolvi-mentodeinfra-estruturasregionaisecontinentaisdeenergia,transportes,tecnologiasdainformaçãoeabastecimentode
água,geridopelaUniãoAfricanaedequeoAfDBseconstituicomoagênciadeexecuçãofinanceira.OprojectoPIDAdemaiordimensãoalançarnoPaísdizrespeitoàconstruçãodaestradaKribi–Campo–Bata,incluindoapontesobreoRioNtem,queligaráoPaísaosCamarões,tendooAfDBaprovadoemNovembrode2016umfinanciamentodecercade3milhõesdeUSDparaarealizaçãodosrespectivosestudos.Em2015foramassinadostrêsacordosdeprojectocomoAfDB,novalortotalde70milhõesdeeuros,umdosquaisvisaodesenvolvimentodesistemasdesaneamentobásiconoPaís,equejáseencontraemexecução.Noquedizrespeitoàcooperaçãobilateral,édedestacaropapelcrescentequeaChinavemdesempenhandocomoprincipalparceirodeinvestimento,traduzidonaaberturadeumalinhadecréditode2.000milhõesdeUSDem2009,ampliadaem2015comumempréstimoadicionalde2.500milhõesdeUSD.Apesardasrecentesrestriçõesorçamentais,Espanhatem-semantidocomoumdosEstadosquemaisajudasnãoreem-
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CLUSTER DA ÁGUA
bolsáveisprestaàGuinéEquatorial.Desde1980,anoemqueosdoispaísesassinaramumTratadodeCooperação,foramlevadasacaboonzecomissõesmistasemmatériadecoope-raçãoedesenvolvimento,aúltimadasquaiscomumenvelopefinanceirode50milhõesdeeurosadesembolsarpelogovernoespanhol,relativaaoperíodo2009-12.Actualmenteestáemfasedeconclusãoadefiniçãoda12ªcomissãomista.Acoope-raçãoespanholatemincididoparticularmentenosdomíniosdaEducação,SaúdeeCultura.
4. PA R T I C I PA Ç Ã O D O S E C TO R P R I VA D O, I N C L U I N D O R E G I M E A P L I C ÁV E L A PA R C E R I A S P Ú B L I C O - P R I VA D A S
OPNDES–Horizonte2020estabelececomoumadasprincipaisprioridadesdoPaísadiversificaçãoeconómica,eidentificaoenvolvimentodosectorprivadocomomeiofundamentalparaatingiresseobjectivo.AConstituiçãodaRepública,revistaem2011,passouapreveroenvolvimentodosectorprivadonagestãodosrecursosnaturaisenodesenvolvimentodeserviçospúblicos,comoéocasodoabastecimentodeágua,sejaatravésdeconcessõessejaatravésdeparceriaspúblico-privadas.Contudo,oPaíscareceaindadelegislaçãoespecíficasobrecontrataçãopública,econcretamentedenormativalegalquereguleoregimedefuncionamentodasparceriaspúblico-privadas.Oquadrolegalaplicávelsãoasnormativasgeraisqueregulamo investimento,nomeadamenteaLei7/1992,Régimen de Inversiones en la Republica de Guinea Ecuatorial.Comoobjectivodedinamizaraconstruçãodeumaeconomiadiversificadacomoaportedosectorprivado(essencialmentedeproveniênciaexterior,devidoàinexistênciadeempresasprivadasequato-guineensessuficientementecapacitadasemtermosdemeios),oGovernocriouem2014oFCI–Fondo de Co-Inversión,comumadotaçãodeUSD1.000.000.000prove-nientedosexcedentesorçamentaisdoEstado,eaempresapúblicaHolding Guinea Ecuatorial, Sociedad de Inversiones y Participación del Estado(tambémconhecidaporHolding2020)comoobjectivodeogerir.AHoldingG.E.constitui-seassimcomoagêncianacionalpro-motoradeinvestimentosco-financiadosnoPaís,ouseja,naprática,promotoradarealizaçãodeinvestimentosemregimedeparceriapúblico-privada.OssectoresprivilegiadosnesteregimedeinvestimentosãoosdefinidoscomoestratégicosparadiversificaçãoeconómicadoPaís,nomeadamente,aagriculturaepecuária,incluindoagro--indústrias,aspescas,incluindoaquaculturaemáguasdocesesalgadas,aindústriapetroquímica,amineração,oturismo,eostransportes.Osprojectossãoapresentadosàinstituição,queavaliaoseuinteresseestratégicoerentabilidade,sendovalorizadaacriaçãodeempregoedevaloracrescentadonacional.Casooparecersejapositivo,aHoldingG.E.determinaoseugraudeparticipação(investimento)noprojecto.OmontantedesbloqueadoapartirdoFCIdáorigemaumanovaempresanacional,naqualaHol-
dingG.E.seconstituisóciominoritário,comumaparticipaçãoentre1%e49%docapitalsocial(deacordocomoseugraudeinvestimento),estandoadirecçãoegestãodanovasociedadeacargodosóciomaioritário.Paraalémdoapoiofinanceiro,aHoldingG.E.temumpapelactivonadesburocratizaçãodetodooprocessodeconstituiçãodaempresaeseuiníciodeactividade,colabora,senecessário,naobtençãodecréditoporpartedoparceiroprivado,ezelapelaformaçãoprofissionaltécnicadopessoalnacional.
5. Q UA D R O L E G A L E R E G U L ATÓ R I O E S P E C Í F I C O A O S E C TO R
AConstituiçãodaRepública,leisupremadanação,determinaaáguacomosendoumrecursonaturalpúblicoeoabastecimentodeáguapotávelcomosendoumserviçopúblico.DeterminaaindaqueoEstadopodedelegaraconcessãodagestãodorecursoeaexploraçãodoserviçoaosectorprivado,oucomesteestabelecerparceriascomessafinalidade,sendoqueasactividadestêmdeestarcircunscritasnosectorpúblico.OsectordaságuaséespecificamenteregulamentadopelaLei3/2007,Reguladora de Aguas y Costas en la Republica de Guinea Ecuatorial,atravésdaqualsãoenquadradas legal-menteasactuaçõessobreosdomíniospúblicoshidrológicoemarítimo-terrestre,assegurandooseuordenamento,gestãoeadministração.
Pertencemaodomíniopúblicohidrológico,comasressalvasexpressasnaLei:
• Aságuascontinentaissuperficiaisesubterrâneasreno-váveis,independentementedoseucicloderenovação.
• Osleitosdoscursosdeáguanatural,contínuosoudes-contínuos.
• Osfundosdelagoselagoasedosembalsesartificiaisresultantesdapresadecursosdeáguapertencentesaodomíniopúblico.
• Osaquíferossubterrâneossurgidosporefeitodeactosdedisposiçãoouafectaçãoderecursoshidrológicos.
• Aságuastermais,mineraisoumedicinais,sejaqualforolocaldeondebrotem.
• Aságuasprocedentesdedessalinizaçãodaáguadomarapóssaíremdasinstalaçõesdeprodução,sejaqualforoelementoemqueseintegrem.
Esta lei determina ou regula nomeadamente os seguintes as-pectosdodomíniopúblicohidrológico:
• Ousoegestãodaságuascontinentaissuperficiaisedaságuassubterrâneasrenováveisintegradasnociclohidrológico,equesãoconsideradasumrecursounitáriosubordinadoaointeressegeral.
• Aplanificaçãohidrológica,àqualsedeverásubmetertodaequalquerintervençãosobreodomíniopúblicohidrológico.
• A integridadeeadequadaconservaçãododomíniopúblicomarítimo-terrestre,assegurandoasmedidasdeprotecçãoerestauraçãonecessárias.
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CLUSTER DA ÁGUA
• Ousopúblicodomaredaorlacosteira.• Autilizaçãoracionaldosbensemacordocomasua
naturezaefinalidade,respeitandoapaisagem,omeioambienteeopatrimóniohistórico.
• Oadequadoníveldequalidadedaságuasesuasmargens.ALei7/2003,Reguladora del Medio Ambiente,fixaomarcojurídicoporquesedeveregeragestãoambientaldoPaís,regulandoasnormasbásicasdeconservação,protecçãoe
recuperação,epromovendoousosustentáveldosrecursosnaturais,incluindoaágua,comoobjectivofinaldeassegurarumdesenvolvimentohumanosustentado.Estaleidefinenomeadamenteosstandards de qualidade da águaacumprir,eonormativodecontrolodepoluiçãodaságuascontinentaissuperficiaisesubterrâneasedaságuasmarítimas,edetratamentoedeposiçãodaságuasresiduais.Regulaaindaoregimedeatribuiçãodelicençasambientais.
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CLUSTER DA ÁGUA
4. OS PRINCIPAIS MERCADOS DO “CLUSTER DA ÁGUA”
1. E S T R U T U R A D O S E C TO R
a) Principais actividades e funçõesNaGuinéEquatorialnãoexisteumclusterdaáguasuficiente-menteestruturadonassuasdiferentesdimensõesdeserviço,nemtãopoucoumacadeiadevalorarticuladaentreosdiver-sosoperadoreseconómicos,daproduçãoedistribuiçãoaocontroloemanutenção,quesustentamofuncionamentodaeconomiadaágua.OPaísregistavaem2015,deacordocomestatísticasdaOMS,umadaspiorestaxasmundiaisdeacessoaáguapotável,en-contrando-seaindaessencialmentenumafasedeconstruçãodainfra-estrutura.AimplementaçãodoPNDES–Horizonte2020apartirde2008,econcretamentedosubprograma“ÁguaparaTodos”, levouàrealizaçãodeestudosderedesdeabastecimentodeáguapotáveledesistemasdesaneamentoetratamentodeáguasresiduaisemtodasasprincipaiscidadesesedesdemunicípiodoPaís,eaoiníciodaexecuçãodosprojectosnaslocalidadesconsideradasprioritárias,comoMalabo,Djibloho,Bata,Mon-gomo,Ebebiyin,Evinayong,Baney,RibaouLuba,entreoutras,pelomenosparcialmente.Contudo,dificuldadesdeordemorçamentalderivadasdasi-tuaçãoeconómicadoPaísemvirtudedaquebradospreçosdopetróleolevaramaquemuitasdestasobrassofressematrasos,paragensouadiamentos,sobretudoapartirdefinaisde2014,comprometendoocumprimentodosobjectivosdefinidosparaoprograma,queaindaassimsemantêmpara2020.Destaforma,nasuafaseactualdedesenvolvimento,asactividadesdosectortêm-secircunscrito,emboradeformacondicionadanosúltimostrêsanos,aosestudoseconsultoria,projectosdeengenhariaeconstruçãoerespectivafiscalizaçãoefornecimentodeequipamentoseprodutostécnicos,ouseja,aestudar,pro-jectareconstruir.Estasactividadessãobasicamenterealizadasporempresasestrangeiras,oudecapitaismistoscriadasparaoefeitosegundoaleiequato-guineense.Asfunçõesdeoperação,manutençãoeassistênciatécnica,correspondentesàgestãoeexploraçãodas redesedosserviços,nãoseencontramaindaestruturadas,conformereferidoanteriormentenadescriçãodaenvolventeinstitu-cionaldosector,sendogarantidasporcontratopelaArabContractors
b) Tipo de organizaçãoNãoexisteummercadoafuncionarquepossaassociar-seaummodelooutipologiadeorganizaçãointegrados,empartedevidoaoestádiodedesenvolvimentodosector,aindaemfasedeconstruçãodeinfra-estruturas.Osestudos,projectos,obrasefiscalizaçãosãoadjudicadospeloGEProyectos,muitasvezesdeformadirecta,aempresasouconsórciosquetêmaseucargoarespectivaexecução,e,conformereferido,aope-raçãoemanutençãoporumperíododetempocontratado.
O procurementdosrecursosparaaexecuçãodosprojectoséfeitoporestasnoexterior.Agestãoeexploraçãodosserviçosnãoestáaindaorganizadasobumaperspectivaempresarial.ÉentendimentoeobjectivodoGovernoestruturarosectoraté2020,comapossibilidadederecursoaparceriaspúblico-privadascomogarantedaprestaçãosustentáveldosserviços.
c) Dimensão e área de negócio das empresasAactividadeempresarialnosectordaságuasdizrespeitoàrealizaçãodeestudos,projectos,construçãoefiscalização,tratando-sedeempresasestrangeirasou,nocasodasfiliaisdegruposestrangeiros,decapitaismistos,dossectoresdaconsultoria,engenhariaouconstrução,nãoexistindoempresasimplantadaslocalmentededicadasemexclusividadeaonegóciodaágua,ouemqueesterepresenteocore business da sua facturaçãoouactividade.
d) Distribuição regionalAsempresasdeconsultoria,engenhariaeconstruçãocomimplantaçãofísicanoPaísestãolocalizadasmaioritariamenteemMalabo,BataeDjibloho.
2. P R I N C I PA I S P L AY E R S
a) Autoridades municipais e serviços de águasNãoseconhecemactualmentenoPaísautoridadesmunicipais,ouempresaspúblicas,degestãodosserviçosdeáguas.
b) Principais consumidores não urbanosOperfilempresarialequato-guineensegravitaessencialmenteemtornodosectorpetrolíferoeserviçosassociados.OPaíscarecedeindústriastransformadoraseagro-indústrias,sendoestaumasituaçãoquetendeamodificar-senocurtoemédioprazoporforçadaimplementaçãodoPNDES–Horizonte2020ecorrespondentespolíticasdeincentivoàdiversificaçãoeco-nómica.Entreossectoresdefinidoscomoestratégicosestãoaindústriapetroquímica,agricultura,pecuária,pescaserespec-tivasindústriastransformadorasagro-alimentares,eoturismo.AsprincipaisempresaspresentesnoPaíssãoasseguintes,porsector:
Energia• SEGESA–Sociedad de Electricidad de Guinea Ecuatorial,
empresapública,éoúnicooperadordosectorelétricodoPaís.ASEGESAHoldinggaranteagestãodastrêsunidadesdenegóciodaempresa:SEGESAGeneración,responsávelpelaprodução,SEGESATransmissión,responsávelpeladistribuição,eSEGESAComercial,responsávelpelavendaefacturação.EstãoemcursoouprevistosinvestimentossignificativosnascentraishidroeléctricasdeDjoblohoedeSendje,enascentraistérmicasagásdePuntaEuropaeBata.
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CLUSTER DA ÁGUA
• EG LNG–UnidadedeproduçãoedistribuiçãodeGásNaturalLiquefeito, resultantedoconsórcioentreaSonagas–Sociedad Nacional de Gas de Guinea Ecua-torial,empresapública,aMarathonOilCorporation(EUA),aMitsui&Co.(Japão)eaMarubeniCorporation(Japão).
• Exxon Mobil –MaiorcompanhiadeexploraçãopetrolíferaaoperarnoPaís,deorigemnorte-americana.
• GEPETROL–CompanhianacionalpetrolíferadaGuinéEquatorial.
• Hess –Companhianorte-americanadeexploraçãope-trolífera.
• Loteg, Luba Oil Terminal–EmpresaquegereoterminalmarítimopetrolíferodeLuba,nailhadeBioko.
• LFL, Luba Freeport –Empresaprestadoradeserviçosdelogísticaaosectorpetrolífero.
• Marathon Oil –Companhiapetrolíferaedeexploraçãodegásnorte-americana.
• Noble Energy –Companhiapetrolíferaedeexploraçãodegásnorte-americana,asuapresençanoPaísincluiaindaumaunidadedeproduçãodemetanoledepro-cessamentodeGásPropanoLiquefeito(LPG).
• Ophyr Energy –Companhiapetrolíferadeorigembritâni-ca,principalparceiradoprojectoFortunaFLNG(FloatingLiquifiedNaturalGas).
• SONAGAS –CompanhianacionaldegásnaturaldaGuinéEquatorial.
• Total Guinea Ecuatorial –Empresadedistribuiçãoecomercializaçãodecombustíveise lubrificantes,deorigemfrancesa.
Indústria pesada• Riaba Fertilizers–Empresapúblicadesenvolvidaaoabrigo
doprojectoindustrialREPEGE(Revolución Petroquímica de Guinea Ecuatorial).Ocomplexo,quesepretendeconstituircomoumnúcleoempresarial internacionaldenegóciosnaáreadaindústriapetroquímica,contarácomumainfra-estruturacompletacriadaderaiz,queincluiumacentraldedessalinizaçãodedicada,parafornecimentodeágua.
• Atlantic Methanol (AMPCO) –Empresanorte-americanadeproduçãodemetanolapartirdegásnatural.
Indústria ligeira• Enbasa–Empresaprodutoraeengarrafadoradeáguas,
vinhosesumos.• Ecoaguas–Empresadeengarrafamentoecomerciali-
zaçãodeáguasminerais.• Ticev –Empresafabricantedeguardanaposelençosde
papel.Agroindústria• SONAPESCA, Sociedad Nacional de Pesca Maritima de
Guinea Ecuatorial–Companhianacionaldepescas.• Foresgesa –Empresadegestãoflorestal.• Camasa –Empresaprodutoradecacau.
Impulsionados pela acção da Holding G.E., come-çam a surgir no País projectos empresariais nos domínios agro-pecuário, agro-industrial e das pescas, destacando-se os seguintes:• Unidadedeproduçãoindustrialdecarnedesuíno;• Fábricaderaçõesparaanimais;• Unidadedepiscicultura;• Unidadedecultivoetransformaçãodemandioca,in-
cluindoproduçãodefarinha;• Unidadedeproduçãodehortícolas;• Reabilitaçãodoscamposdecultivodecacau;• Fábricadeprocessamentodecacau;• Unidadedecultivoeprocessamentoindustrialdearroz;• Unidadedecultivodepalmeirasefabricodeóleode
palmarefinado;• Unidadeagro-industrialintegrada,paraocultivoepro-
duçãodemilho,sojaemandiocadestinadasaconsumoeatransformaçãopararação,ecriaçãodegadobovino.
EstessãoexemplosdeprojectosaprovadospelaHoldingG.E.,equeseencontramemfasedeexecuçãoouarranquedeactividade.
c) Perfil das principais entidades adjudicantes e dos processos de decisão adoptadosOEstadoé,directaouindirectamente,ograndeclientedeprojectoseobrasnaGuinéEquatorial,nãoexistindoumsectorempresarialprivadoexpressivonoPaís.Osrecursosnaturais(petróleo,gás,minérios,floresta,etc…)eosserviçosbásicos(energia,água,saneamento,saúde,educação,etc…)sãoexploradosporentidadesouempresaspúblicas,oucomcapitaispúblicos,emalgunscasosemconsórciocomem-presasestrangeiras(comonaexploraçãodehidrocarbonetos).Acontrataçãopúblicaparaprojectosde infra-estruturaçãoedesenvolvimentodeserviçoségeridapeloGEProyectos,entidadepúblicadeplanificaçãoeacompanhamentodepro-jectosdeinvestimento.OGEProyectoséumorganismocomentidadejurídicaprópriaeautonomiadegestão,decaráctereminentementetécnico-consultivoesupervisor,quefuncionasobatutelaedependênciadirectadoPresidentedaRepública.DereferirquenaGuinéEquatorialnãoexistelegislaçãoespecíficasobrecontrataçãopública.Deumaformageral,apenasospro-jectoscomfinanciamentoexternodeorganismosmultilateraisinternacionaissãopublicadosepassamporumprocessodeconcurso.Namaioriadosprojectoseobrasprevaleceaadjudi-caçãodirecta.Umavezadjudicadooprojecto,oPresidentedaRepúblicaassinaumaOrdemdeServiçoeprocede-seàelaboraçãodocontrato,naqualparticipamoministériodaáreadeinves-timentorelevante,oMinistériodasFinançaseoGEProyectos.Acontrataçãopúblicaénormalmenteumprocessolento,quepodedemorar1a2anosdesdeolançamentodoconcursooudaelaboraçãodostermosdereferência,equepoderequererváriasviagensaoPaís.AnãopublicaçãosistematizadadosprojectosaadjudicaraconselhaàmanutençãodeumcontactofluídoeregularjuntodosministériosrelevantesoudoGEProyectos,demodoaacederainformação.
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CLUSTER DA ÁGUA
OsprojectosqueenvolvemaaberturadenovosnegóciosnasáreasindustrialeagrícolapassamtambémemgrandemedidapeloEstado,devidoaoseupapeldeparceirodenegócio,as-sumidoatravésdaagênciapúblicaHoldingG.E,namobilizaçãodefundos(comoentidadeadministradoradoFCI–Fondo de Co-Inversion)enaapreciaçãotécnico-económicadaviabilidadeeinteresseestratégicodosprojectossubmetidos.EstetipodeinvestimentosenvolvemacriaçãodeumaempresaemqueoEstadoésóciominoritário(atravésdaparticipaçãodaHoldingG.E.),competindoagestãodonegócioaosóciomaioritárioprivado, incluindo,pelomenosteoricamente,aselecçãodefornecedoreseagestãodascompras.
d) Principais fornecedores Omercadolocaldefornecedoresérelativamentereduzido.AsempresascomprojectoseobrasnoPaísimportamnormalmenteosequipamentos,bens,serviçoseknow-hownecessáriosàexecuçãodostrabalhos.Váriasdasempresasestabelecidassãofiliaisdegruposinter-nacionais,estandoprincipalmentevocacionadasparaoapoioaossectoresdoshidrocarbonetosedaconstrução,ouparaaexecuçãodedeterminadoprojectoemconcreto.Asprincipaisempresaspresentes no Paíssãoasseguintes:
Equipamentos e produtos técnicos• Certex EG–Empresaquecomercializaequipamentose
serviçosparaoperaçõesindustriaisdeelevação,manu-seamentoemovimentodecargas,transporteeoutrasrelacionadas.
• Codirel GE –Empresafornecedoradematerialeequi-pamentoseléctricos.
• Enfebi Fifty-Fifty–Grupoafricanodecomérciodema-teriaisdeconstrução.
• Grupo Agem–Grupodeorigemespanhola,presenteemváriossectoresdeactividade,incluindoadistribuiçãodeequipamentosparaaexecuçãodeprojectoseobrasnossectoresdaconstrução,indústria,energiaemeioambiente.
• Suministros Generales–Empresadecomercializaçãodeprodutosinformáticos.
• Tractafric Equipment GE –Empresadeorigemfrancesaespecialistaemequipamentosindustriaiseparaacons-truçãoemineração.
• Uriarte GE –Empresadistribuidoradeprodutoseléctricosedeeficiênciaenergética.
Construção• Afrom Guinea–Empresanacionaldeconstruçãocivil.• Arab Contractors –Empresaegípciadeengenhariacivil
eobraspúblicas.• China Gezhouba Group Company –Grupochinêsde
obraspúblicaseengenhariacivil.• China Road & Bridge Corporation –Grupochinêsde
obraspúblicaseengenhariacivil.• Cororasa –Empresaespanhola(canária)deengenharia
civileobraspúblicas.• Efes & Costa Group –Grupointernacionaldeorigem
brasileira.
• Elite Construcciones –Empresanacionaldeconstruçãocivileobraspúblicas.
• Horizon Construción –Empresanacionaldeconstruçãocivil.
• Razel-Bec (Fayat Group)–Grupofrancêsdeobraspú-blicaseengenhariacivil.
• Sogeco-Ecocsa, Sociedad Ecuatoguineana de Construc-cion–Empresanacionaldeobraspúblicas.
• Seguibat –Empresanacionaldeconstruçãocivileobraspúblicas.
• Somagec –Empresadeorigemmarroquinadeconstruçãoeengenhariacivil.
Engenharia• ATEG, Oficina de Estudios–Empresanacionaldearqui-
tecturaeengenhariacivil.• Atland Global –Empresadeengenhariaespecializada
emprojectosdeenergia,águaetransportes.• EA Engineering–Empresanacionaldeconsultoria
especializadaemserviçosdeengenharia,incluindocon-sultoriatécnicaeintegraçãodesistemasinformáticos,eletrónicosedetelecomunicações.
• BK Architects–Empresadearquitecturaeengenhariadeorigembelgaespecializadanosmercadosafricanoedomédio-oriente.
• Deltatek – Empresadeorigemnorte-americanaespecializadaemsoluçõesdeengenhariaparaossectorespetrolífero,daenergia, infra-estruturasemeioambiente.
• Etermar –Empresaportuguesadeengenhariaecons-trução,especialistaemengenhariacosteira,recursoshídricosesaneamento.
• Guinea Instalaciones –Empresanacionaldedesenvol-vimentodeprojectosnasáreasdaconstrução,energiasrenováveiseclimatização.
• IDEA–EmpresaespecialistaemconsultoriatécnicaeindustrialesoluçõesIT.
• INCLAM –Grupoespanholespecialistaemengenhariasdaágua.
• Mosaique Ingenierie –Empresadeorigemtunisinaes-pecialistaeminfra-estruturas,desenvolvimentourbano,recursoshídricosegestãodeenergia.
• Prospectiva GE –Empresadeorigemportuguesadeconsultoriaemengenharia.
• Saraiva e Associados –Empresaportuguesaespecialistaemarquitectura,planeamentourbanoesustentabilidade.
• Seaweld Engineering –Empresabritânicadeengenhariasdopetróleo.
• Weatherford –Empresanorte-americanadeserviçoseengenhariasdopetróleo.
• Welltec A/S –Empresadinamarquesadeengenhariasdopetróleo.
Serviços de operação, manutenção e assistência técnica• Abellan Guinea–Empresadeorigemespanholade
instalaçõestécnicasemanutençãodeedifícios.
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CLUSTER DA ÁGUA
• Auditel –Empresaespanholadeserviçosdeinstalaçãoemanutençãoindustrialedesistemastecnológicos.
• Golden Swan –Empresadegestãoderesíduossólidos.• Services Algoa International –Empresadeorigemnor-
te-americanaespecializadanaprestaçãodeserviçosdemanutençãoàindústriapetrolífera.
• Steel Proyect–Empresadeinstalaçõestécnicasemedi-fícios,incluindoclimatização,canalizações,electricidade,telecomunicaçõesesistemasdeincêndio.
Outros serviços• Ber Chartered Accounts–Empresanacionaldeauditoria
econsultorianasáreasdefiscalidade,contabilidadeegestãoeconómicaefinanceira.
• Boston Solux –Empresadeconsultoriadeorigemnorte-americana,comforte implantaçãonasregiõesocidentalecentraldeÁfrica,especializadanodesenhoedesenvolvimentodesoluçõesdenegócio.
• Bureau Veritas –Multinacionalprestadoradeserviçosnasáreasdaauditoriaecertificação.
• EG Global Investments –Empresanacionaldeconsulto-riaespecializadaemplanosdenegócio,recrutamento,formaçãoeimagemecomunicaçãoempresarial.
• Fimac Services –Agênciadecontrataçãoegestãodepessoal.
• Global Solutions –Empresadeserviçosempresariaiseoutsourcing.
• Iberoguineana de Gestión –Empresa import - export especializadanodespachodecomérciocomaUniãoEuropeia.
• L&S Abogados –Empresadeorigemespanholadeofertadeserviçosjurídicoseapoiolegalaprocessosdeinternacionalização.
• Multiservicios Guinea –Empresanacionaldeserviçosdelogística.
• Reditus –Empresadeorigemportuguesadeconsultoriadenegócios,tecnologiasdainformaçãoeserviçosdeoutsourcing.
• Ngomo Asociados –Escritóriodeadvogadosnacionalespecializadonaconsultoriajurídicaaempresas.
• White Storm Capital –Empresadeconsultoriaestratégicaedeinvestimento,decapitaisnacionaisenorte-ameri-canos.
O websitedoGEProyectosdestacaaindaasseguintesempresasdeconstrução,obraspúblicaseengenhariacivil,oudecon-sultorianestesdomínios,sem presença física no País,comoparceirasemprojectosdedesenvolvimentoeconstruçãodeinfra-estruturas:
• A.R.G.–Brasil.• Besix–Bélgica.• Bnetd –CostadoMarfim.• Bouygues Construction –França.• Ceso, Development Consultants –Portugal.• China Anhui Construction Engineering –China.• CDIG, China Dalian International –China.• China State Construction Engineering –China.
• China Wu Yi Corporation –China.• CMEC, China Machinery Engineering Corporation –
China.• Dion Phoenix Holdings –Holanda.• Fomento al Desarrollo –Espanha.• Gemacor International –Canadá.• Hyundai Engineering –Coreia.• MSF –Portugal.• Queiroz Galvão –Brasil.• RMT Clemessy –Alemanha.• Setraco –Nigéria.• Shandong International –China.• Sinohydro –China.• SNC Lavalin –Canadá.• SUMMA –Turquia.• Zagope (AG EAA) –Portugal.
e) Caracterização de potenciais parceiros locaisConformereferidoanteriormente,osectorempresarialprivadoequato-guineenseencontra-seaindapoucodesenvolvidonoPaís.Estarealidadetraduz-se,porumlado,numadificuldadeemencontrarpotenciaisparceirosdenegócio locaiscomoperfiladequado,mas,poroutro,numaoportunidade,dadaanecessidadeexistentededinamizaçãodaactividadeeconómica,sendoorecursoàiniciativaprivada,comoaportedeknow-how estrangeiro,reconhecidospeloGovernocomofundamentaisparaatingiresseobjectivo.AagênciaestatalHoldingG.E.assume-seoficialmentecomoentidadeparceiraporexcelêncianoquedizrespeitoaprojectosquecumpramodesígnioestratégiconacionaldecontribuirparaadiversificaçãoeconómica,masocore businessdosprojectoselegíveisdentrodestesistemadeimplementaçãoconfina-se,pelomenosa priori,anegóciosnossectoresdaindústriapetro-químicaemineira,agriculturaeagro-indústria,pescas,turismoetransportes,definidoscomoestratégicos.AsparceriasdenegóciocomaHoldingG.E.envolvemacriaçãodeumanovaempresa,emcujaparticipaçãonoca-pital(atéummáximode49%)aHoldingmaterializaoseuapoiofinanceiro.Acriaçãodaempresateránaturalmentederespeitaralegislaçãonacionalquantoàsregrasdeinves-timentoestrangeiro,nomeadamenteummínimode35%docapitalterádeserequato-guineense(viaHoldingououtrossócioslocais).OGEProyectos,nasuaqualidadedeorganismogestordosinves-timentoseobraspúblicasnacionais,constitui-secomoveículodeparceriacomoEstadonoquedizrespeitoaprojectosdeinfra-estruturasededesenvolvimento,organizaçãoeprestaçãodeserviçospúblicos.DereferirqueoEstadoprevê,deformaenquadradapelasalteraçõesaotextoconstitucionalrealizadasem2011,queosserviçospúblicospossamserprestadosemregimedeparceriapúblico-privada,masnãoexisteainda legislaçãoespecíficaregulamentadora,nemnenhumcontratoconcretizado.Basicamente,todasasempresasestrangeirasestabelecidasnoPaís(identificadasacima,essencialmenteempresasdirectaou
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CLUSTER DA ÁGUA
indirectamenterelacionadascomaexploraçãodehidrocarbo-netose/ouindústriaseserviçosassociados,eempresasrela-cionadascomodesenvolvimentodeprojectoseconstruçãodeinfra-estruturas)celebraramacordosdeparceriacomoEstado.Noquedizrespeitoàsobraspúblicas,estasparceriasdão-seprincipalmentenosdomíniosdosestudoseconsultoria,pro-jectosdeengenhariaeconstrução,noâmbitodosprogramasdeinfra-estruturaçãodoPaís.
3. P R I N C I PA I S P R O J E C TO S
Foipossívelidentificarosprojectosemcurso,ourecentementedesenvolvidosapresentadosnaTabelaseguinte.AsempresasmencionadassãoasadjudicadaspeloGEProyectos.DereferirqueocumprimentodocalendáriodeexecuçãodeváriosdestesprojectostemconhecidodificuldadesdevidoacondicionalismosfinanceirosderivadosdasituaçãoeconómicarecessivaqueoPaísatravessa.
a) Abastecimento
TABELA 26 - PROJECTOS DE ABASTECIMENTO (continua na página seguinte)
PROJECTO EMPRESA TIPO DE INTERVENÇÃORedesdeáguapotáveldeBaney,CupapaeRiaba AngeliqueInternational(Índia) Projecto/ConstruçãoRedesdeáguapotáveldeMalabo,SemueBuenaEsperanza ArabContractors(Egito) Projecto/ConstruçãoAbastecimentodeáguapotáveldeMalaboeperiferia ArabContractors Projecto/ConstruçãoAbastecimentodeáguapotáveldeRiabaeMaula ArabContractors Projecto/ConstruçãoAbastecimentodeáguapotáveldeMoka ArabContractors Projecto/ConstruçãoAbastecimentodeáguapotáveldeBuenaEsperanza AtlandGlobal(Espanha) Controle/Supervisão/FiscalizaçãoSistemadeáguapotáveldeNsok-Nsomo Ceso Controle/Supervisão/FiscalizaçãoAbastecimentodeáguapotáveldeSipopo Ceso Controle/Supervisão/FiscalizaçãoSistemadeabastecimentodeáguapotáveldeSanAntonio de Pale
Ceso Estudo
SistemadeabastecimentodeáguapotáveldeAkurenam Ceso EstudoSistemadeabastecimentodeáguapotáveldoDistritodeMbini
CGCOC(China) Projecto/Construção
SistemadeabastecimentodeáguapotáveldoDistritodeNiefang
CGCOC Projecto/Construção
SistemadeabastecimentodeáguapotáveldeMicomiseng CGCOC Projecto/ConstruçãoCaptaçãodeáguapotávelporperfuraçãodepoçosemEla Nguema
ChinaGezhoubaGroup Projecto/Construção
AbastecimentodeáguapotávelemBaneyeRiaba Consultec Controle/Supervisão/FiscalizaçãoAbastecimentodeáguadeDjibloho EgisEyser(Espanha) EstudoSistemadeabastecimentodeáguapotáveldoensanchedeAñisok
EuroMarfil Estudo
SistemadeabastecimentodeáguapotáveldoensanchedeAyene
EuroMarfil Estudo
RedededistribuiçãodeáguapotáveldeMongomo FichnerWaterTransportation(Alemanha)
Controle/Supervisão/Fiscalização
MelhoriadoabastecimentodeáguapotávelemMalabo FichnerWaterTransportation(Alemanha)
Controle/Supervisão/Fiscalização
SistemadedistribuiçãodeáguapotáveldeSipopo FichnerWaterTransportation(Alemanha)
Estudo
RededeabastecimentodeáguapotáveldeCorisco GAECO(Espanha) Controle/Supervisão/FiscalizaçãoRededeabastecimentodeáguapotáveldaRegiãodeKogo GAECO(Espanha) Controle/Supervisão/FiscalizaçãoReabilitaçãodacapacidadedeaprovisionamentodeáguapotáveldeMalabo
GAECO(Espanha) Estudo
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CLUSTER DA ÁGUA
PROJECTO EMPRESA TIPO DE INTERVENÇÃOMelhoriadoabastecimentodeáguapotáveldeBuenaEsperanza
Hidrowatt(Espanha) Projecto/Construção
AbastecimentodeáguapotáveldeMongomo Hyundai(Coreia) Projecto/ConstruçãoSistemadeabastecimentodeNsok-Nsomo Hyundai Projecto/ConstruçãoSistemadeabastecimentodeEvinayong Hyundai Projecto/ConstruçãoSistemadeabastecimentodeAñisok Hyundai Projecto/ConstruçãoSistemadeabastecimentoeligaçõesdomiciliáriasdeMicomiseng
IMSConsultoria Controle/Supervisão/Fiscalização
SistemadeabastecimentodeNkue ImpeesaIngenieria(Argentina) EstudoSistemadeabastecimentodeNzanganyong ImpeesaIngenieria EstudoSistemadeabastecimentodeNsok-Nsomo INASO EstudoSistemadeabastecimentodeNsang INASO EstudoEstaçãodetratamentodeBuenaEsperanza INCLAM(Espanha) Projecto/ConstruçãoSistemadeabastecimentodeMbini JummaWork Controle/Supervisão/FiscalizaçãoEstaçãodetratamentoesistemadeabastecimentodeMongomo
KWater(Coreia) Projecto/Construção
SistemadeabastecimentoeligaçõesdomiciliáriasdeNsork KastraInternational Projecto/ConstruçãoSistemadeabastecimentoeligaçõesdomiciliáriasdeNiefang
MultiserviciosLosMios Controle/Supervisão/Fiscalização
Tratamentodeáguapotávelem60comunidadesrurais NichiInvestment(Índia) EstudoSistemadeabastecimentodeBikurgo Proser EstudoSistemadeabastecimentodeNkumekieñ Proser EstudoSistemadeabastecimentodeDjibloho QueirozGalvão(Brasil) Projecto/ConstruçãoSistemadeabastecimentodeAyene Sercom Projecto/ConstruçãoSistemadeabastecimentodeAkonibe GlobalOmnium(Espanha) EstudoSistemadeabastecimentodeAkonibe Sercom Projecto/ConstruçãoAmpliaçãodarededeáguapotáveldoBairroParaíso,Malabo
Setraco(Roménia) Projecto/Construção
SistemadeaduçãodeEbebiyin SFP Projecto/ConstruçãoSistemadeabastecimentodeBidjabidjang SFP EstudoSistemadeabastecimentodeNkimi SFP EstudoSistemadeabastecimentodeBata Somagec Projecto/ConstruçãoSistemadeabastecimentodeCorisco Somagec Projecto/ConstruçãoSistemadeabastecimentodeAnnóbon Somagec Projecto/ConstruçãoSistemadeabastecimentodeSendje Somagec Projecto/ConstruçãoSistemadeaduçãodeBata Tectone Controle/Supervisão/FiscalizaçãoSistemadeabastecimentodeBitika TransAfricaServicesInternational EstudoSistemadeabastecimentodeTeguete TransAfricaServicesInternational Estudo
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CLUSTER DA ÁGUA
b) Irrigação
TABELA 27 – PROJECTOS DE IRRIGAÇÃOPROJECTO EMPRESA TIPO DE INTERVENÇÃOMelhoramentohídricodoRioKieemMongomo BeijingMunicipalConstruction
Group(China)Projecto/Construção
SaneamentoecanalizaçãodoRioNgoloemBata BeijingMunicipalConstructionGroup
Projecto/Construção
CanalizaçãodoRioAndemeemMongomo CadarsoS.A. Controle/Supervisão/FiscalizaçãoCanalizaçãoesaneamentodoRioMonsueñemMongomo Ceso Controle/Supervisão/FiscalizaçãoCanalizaçãodoRioMazadjiba ChinaWuYiCo. Projecto/ConstruçãoCanalizaçãoesaneamentodosriosMbanganeEsimboemBata
ChinaWuYiCo. Projecto/Construção
CanalizaçãodosriosConsuleSanNicolasemMalabo Corage Controle/Supervisão/FiscalizaçãoCanalizaçãodosriosConsuleSanNicolasemMalabo Cororasa(Espanha) Projecto/ConstruçãoCanalizaçãoeacondicionamentodoRioAndemeemMongomo
LACosta Projecto/Construção
CanalizaçãoesaneamentodoRioNgoloemBata MCConsulting(Índia) Controle/Supervisão/FiscalizaçãoCanalizaçãoesaneamentodosriosMbanganeEsimbo NASServices Controle/Supervisão/FiscalizaçãoCanalizaçãoesaneamentodoRioMonsueñemMongomo Omega Projecto/ConstruçãoCanalizaçãoesaneamentodoRioMangazinemLuba Procoma Controle/Supervisão/FiscalizaçãoCanalizaçãodoRioTimbabéemMalabo Setraco(Roménia) Projecto/Construção
c) Rede de saneamento
TABELA 28 – PROJECTOS DE SANEAMENTO (continua na página seguinte)
PROJECTO EMPRESA TIPODEINTERVENÇÃOSistemadedrenagemesaneamentodeBuenaEsperanza ArabContractors(Egito) ProjectoSistemadedrenagemesaneamentodeBuenaEsperanza AtlandGlobal(Espanha) Controle/Supervisão/FiscalizaçãoRededesaneamentodeMalabo Ceso Controle/Supervisão/FiscalizaçãoSistemadesaneamentodeNsok-Nsomo Ceso Controle/Supervisão/FiscalizaçãoRededesaneamentoeesgotosdeMalabo Ceso Controle/Supervisão/FiscalizaçãoSistemadesaneamentodeSipopo Ceso Controle/Supervisão/FiscalizaçãoSistema de saneamento de San Antonio de Pale Ceso EstudoSistemadesaneamentodeAkurenam Ceso EstudoSistema de saneamento e tratamento de esgotos do DistritodeMbini
CGCOC(China) Projecto/Construção
Sistema de saneamento e tratamento de esgotos do DistritodeNiefang
CGCOC Projecto/Construção
Sistema de saneamento e tratamento de esgotos de Micomiseng
CGCOC Projecto/Construção
InterconexãodomiciliáriadarededesaneamentodeMalaboebairrosperiféricos
ChinaGezhoubaGroup Projecto/Construção
RededecanalizaçãoetratamentodeáguasresiduaisepluviaisdeMalabo
ChinaGezhoubaGroup Projecto/Construção
SistemadetratamentodeáguasresiduaisdeDjibloho EgisEyser(Espanha) Estudo
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CLUSTER DA ÁGUA
PROJECTO EMPRESA TIPODEINTERVENÇÃOSistemadesaneamentodoensanchedeAñisok EuroMarfil EstudoSistemadesaneamentodoensanchedeAyene EuroMarfil EstudoSistemadesaneamentodeMongomo FichnerWaterTransportation
(Alemanha)Controle/Supervisão/Fiscalização
SistemadesaneamentoecanalizaçãodeáguaspluviaisdeSipopo
FichnerWaterTransportation(Alemanha)
Estudo
SistemadesaneamentodeCorisco GAECO(Espanha) Controle/Supervisão/FiscalizaçãoSistemadesaneamentodaRegiãodeKogo GAECO Controle/Supervisão/FiscalizaçãoSistemadesaneamentodeRioCampo GeneralWork Projecto/ConstruçãoSistema de saneamento e tratamento de esgotos deNsok-Nsomo
Hyundai(Coreia) Projecto/Construção
SistemadesaneamentodeEvinayong Hyundai Projecto/ConstruçãoSistemadesaneamentodeAñisok Hyundai Projecto/ConstruçãoSistemadesaneamentodeMongomo Hyundai Projecto/ConstruçãoSistemadesaneamentodeNsok-Nsomo INASO EstudoSistema de saneamento de Nsang INASO EstudoSistemadesaneamentodeMbini JummaWork Controle/Supervisão/FiscalizaçãoSistemadesaneamentodeNsork KastraInternational Projecto/ConstruçãoSistemadesaneamentodeNiefang MultiserviciosLosMios Controle/Supervisão/FiscalizaçãoSistemadesaneamentodeBikurgo Proser EstudoSistemadesaneamentodeNkumekieñ Proser EstudoSistemadesaneamentodeDjibloho QueirozGalvão(Brasil) Projecto/ConstruçãoSistema de saneamento e tratamento de águas residuais deAyene
Sercom Projecto/Construção
Sistema de saneamento e tratamento de águas residuais deAkonibe
Sercom Projecto/Construção
AmpliaçãodosistemadesaneamentoedrenagemdoBairroParaíso,Malabo
Setraco(Roménia) Projecto/Construção
EstaçãodepuradoradeáguasresiduaisdoBairroParaíso,Malabo
Setraco(Roménia) Projecto/Construção
CanalizaçãodaságuaspluviaisdeMalabo Sogeco Projecto/ConstruçãoSistemadesaneamentodeCorisco Somagec Projecto/ConstruçãoSistemadesaneamentodeBata Somagec Projecto/ConstruçãoSistemadedrenagemdeáguaspluviaisdeSanAntoniode Palé
Somagec Projecto/Construção
RededesaneamentodeBata Tectone Controle/Supervisão/FiscalizaçãoSistemadesaneamentodeBitika TransAfricaServicesInternational EstudoSistema de saneamento de Teguete TransAfricaServicesInternational Estudo
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CLUSTER DA ÁGUA
d) Dessalinização
TABELA 29 – PROJECTOS DE DESSALINIZAÇÃOPROJECTO EMPRESA TIPO DE INTERVENÇÃOCentraldeDessalinizaçãodoComplexoPetroquímicodeRiaba
e) Energia hídrica
TABELA 30 - PROJECTOS DE ENERGIA HÍDRICAPROJECTO EMPRESA TIPO DE INTERVENÇÃO
CentralHidroeléctricadeSendje DuglasAlliance(Ucrânia) Projecto/Construção
CentralHidroeléctricadeSendje GemacorInternational(Canadá) Controle/Supervisão/Fiscalização
EmbalsederegulaçãodeDjibloho IMSConsultoria Controle/Supervisão/Fiscalização
EmbalsederegulaçãodeDjibloho Sinohydro(China) Projecto/Construção
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CLUSTER DA ÁGUA
5. ABORDAGEM AO MERCADO
1. P O L Í T I C A D E C O M P R A S E C A D E I A D E F O R N E C I M E N TO
Omercadolocaldebens,equipamentoseserviçostécnicoséinexpressivo,nãoexistindovirtualmenteumsectorempresarialequato-guineenseparaalémdascompanhiasdeorigemes-trangeira,decapitaismistos,instaladasnoPaísparaoperaremnomercadodoshidrocarbonetos(exploraçãodepetróleoegásnatural,algumaindústriapetroquímica),ounomercadodaconstruçãoeobraspúblicas(contratoscomoEstadoparaasobrasdeinfra-estruturação).Estasempresasfazempartedegruposinternacionais,atravésdosquaisrealizamassuasactividadesdeprocurementecompras.Aofertanacionallimita-seaalgunsprodutosgenéricos(econo-mato,consumíveis,etc…)eserviços(jurídicos,contabilísticos,recursoshumanos,import-export).Contudo,aofertaéescassaelimitada,etodososprodutosdisponíveislocalmentesãoimpor-tados.Pornorma,asempresasimportamelasprópriasosbens,equipamentoseserviçosdequenecessitamparaaexecuçãodosprojectosadjudicadoserealizaçãodassuasactividades,controlandoassimfactoresessenciaiscomocumprimentodosrequerimentoseespecificaçõestécnicasadequadas,preçoou
prazosdeentrega.Oprocurementé,portanto,feitonospaísesdeorigemounomercadoglobal.Conformereferidonocapítulopróprio,alegislaçãoreguladoradoinvestimentoestrangeiroprevêa importaçãotemporáriadeequipamentoseoutrosactivosparaaexecuçãodeprojectosespecíficos.
2. P R I N C I PA I S E V E N TO S D O S E C TO R
Nãoforamencontradosregistosdeeventosinstitucionais,téc-nicosoucomerciaissobreosectordaáguanaGuinéEquatorial.Concretamentenoquedizrespeitoàrealizaçãodefeirasouexposições,oPaísnãoapresentanenhumaentidadepromotoraouorganizadora,enãofoidetectadaqualqueractividaderea-lizadaouprevistaparaoanocorrenteoupróximosorganizadaporentidadessediadasemoutrosmercados.Estarealidadeéextensivaaoutrossectorescorrelacionados,comoaconstrução,aenergiaouomeio-ambiente.Deumaformageralparatodosossectoresdeactividade,asfeirascomerciaisnaregiãoCentro-OestedeÁfricaconcentram-senaNigériaenoGana.Apresenta-sedeseguidaasprincipaisfeirasprevistasnaregiãoconsideradasrelevantesparaosectordaágua.
TABELA 31 – PRINCIPAIS EVENTOS REGIONAISEVENTO LOCAL DATA WEBSITEEnergyzon Salon International des Energies
Propres et de l’Environnement en Afrique
Douala, Camarões 13-15/4/2017 salon.energyzon
WaterAfricaandWestAfricaBuildingandConstruction
Accra,Gana 14-16/6/2017 ace-events
HVACWestAfrica International Heating, Refrigera-tion, Air Conditioning Installation System, Water Treatment and Insulation Exhibition
Lagos,Nigéria 13-15/7/2107 westafricahvacexpo
NigeriaAgrofood International Food and Agriculture Technologies Exhibition
Lagos,Nigéria 13-15/7/2017 nigeriaagrofood
PowerNigeria Trade Fair for the Power Sector Lagos,Nigeria 5-7/9/2017 power-nigeriaWACEE West African Clean Energy & Envi-
ronment Exhibition & ConferenceAccra,Gana ??-??/9/2017 ghana.ahk
WaterAfricaandWestAfricaBuildingandConstruction
Abuja,Nigéria 14-16/11/2017 ace-events
WestAfricaAgrofood International Trade Show on Agri-culture
Accra,Gana 5-7/12/2017 agrofood-westafrica
AfricaBuildLagos International Building & Interiors Event
Lagos,Nigéria ??-??/2/2018 africabuild-lagos
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CLUSTER DA ÁGUA
3. I D E N T I F I C A Ç Ã O, C A R A C T E R I Z A Ç Ã O E P R I O R I Z A Ç Ã O D E E M P R E S A S L O C A I S P O T E N C I A I S PA R C E I R A S
TABELA 32 – POTENCIAIS PARCEIROS INSTITUCIONAISEntidade Descrição ContactosGEProyectos Organismoestataldeplanificaçãoeacompanhamentodos
investimentospúblicos.Gereosconcursos.ge-proyectos.com
HoldingG.E. Agênciaestataldeapoioaodesenvolvimentoediversificaçãoeconómica.AdministraofundodeinvestimentopúblicoFCI.
holdingequatorialguinea.com
PNUD OrganismodasNaçõesUnidasdepromoçãododesenvol-vimentoeeliminaçãodapobreza.
gq.undp.org
FAO OrganismodasNaçõesUnidasdepromoçãodasegurançaalimentar.
fao.org
AfDB BancoAfricanodeDesenvolvimento,entidadefinanceiramultilateraldeapoioaprojectosdedesenvolvimentoemÁfrica.
afdb.org
TABELA 33 – POTENCIAIS PARCEIROS EMPRESARIAIS LOCAISEntidade Principal área de negócio ContactosEliteConstrucciones ConstruçãoCivileObrasPúblicas eliteconstruccionessl.comHorizonConstrución ConstruçãoCivileObrasPúblicas horizonconstruction.orgSogeco-Ecocsa ConstruçãoCivileObrasPúblicas sogeco-ge.comSeguibat ConstruçãoCivileObrasPúblicas facebook.com/SEGUIBATATEG Consultoria,EstudoseProjectos ateg-oficina-de-estudiosAtlandGlobal Consultoria,EstudoseProjectos atlandglobal.comGuineaInstalaciones InstalaçõesTécnicas guineainstalaciones.comSteelProyect InstalaçõesTécnicas steelproyectsl.com
Natabelaacimaconsideram-secomo“parceirosempresariaislocais”apenasempresasdecapitalmaioritárioequato-gui-neense.Empresasdeorigemestrangeiracompresençafísica(sedeoufilial)estabelecidanoPaísestãoidentificadasnoponto6.2.d).Paraumarelaçãocompletadasempresas–nacionais,estran-geirasoudecapitalmisto,ecomousempresençafísicanoPaís–comhistóricodeprojectosadjudicadospeloGEProyectos(deacordocomowebsitedoorganismo),consultaraqui.
4. I D E N T I F I C A Ç Ã O E C A R A C T E R I Z A Ç Ã O D A S A C T I V I D A D E S D E E M P R E S A S P O R T U G U E S A S J Á P R E S E N T E S N E S S E M E R C A D O ( N O S E C TO R D A Á G UA )
Aactividadeempresarialportuguesanomercadoincideso-bretudonasáreasdosestudoseconsultoria,projectosde
engenharia,construção,efiscalizaçãodeobras,noâmbitodosprogramasdeinfra-estruturaçãodoPaís(clientefinalGovernodaGuiné-Equatorial).Váriasempresasportuguesasligadasàconsultoriaeplaneamentonestasáreas,àengenharia,ouàconstruçãocivileobraspúblicas,desenvolveramoudesenvolvemprojectosnoPaís,contratadasdirectamentepeloGoverno,emconsórcio,ousubcontratadas.AlgumasestãopresentesfisicamentenoPaísatravésdefiliais,outrabalhamcomumrepresentantedenegócios,queprospectaomercadoecultivacontactos.Apresenta-sedeseguidaumpanoramadasempresasportu-guesascomtrabalhofeitonoPaís,comousempresençafísica(empresadeDireitolocalaberta),nosúltimos10anos,utilizandoumcritériolargoqueabrangetodaaactividaderelacionávelcomagestãoderecursoshídricos,incluindoaconstrução,edi-ficaçãodeestruturaseserviços,desdeaconsultoriaeestudosàexecuçãoefiscalizaçãodeobras.
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CLUSTER DA ÁGUA
TABELA 34 – EMPRESAS PORTUGUESAS COM HISTÓRICO DE PRESENÇA NO MERCADOEmpresa Core Business Presença Física na G.E. Tipologia de trabalhos executados na G.E.ARMANDOCUNHA ConstruçãoeObrasPúblicas Representante ObrasdeConstruçãoCivil (ITNHGE,
ComplexoIndustrialdeRiaba,etc…)CARLDORA FabricodeestruturasparaaCons-
trução,cofragens,escoramentos,etc…
Não Entivaçãodevalaseconstruçãodereser-vatórioselevadoseapoiados(CidadedeDjibloho),construçãodegaleriaseblocos(AutoestradaMongomeyen-Ebebiyin)
CESO ConsultoriaeDesenvolvimento,AssistênciaTécnica
Não Controle,supervisãoefiscalizaçãodeobras
COBA ConsultoriadeEngenhariaeAm-biente
Não Rededeabastecimentodeáguapotável(Bata)
CONSULGEO EngenhariaeConsultoriaemGeo-tecnia
Não Fundaçõesdepontes(Bioko)
ETERMAR ConstruçãoCivileObrasPúblicas,EngenhariaHidráulica
Delegação PortosMarítimos(Malabo,Cogo)
GEOIBÉRICOS Serviçosdetopografiaegeotecnia Não Redesdeáguapotávelesaneamento(Djibloho)
MSF ConstruçãoCivileObrasPúblicas,EngenhariaHidráulica
Não EstradaEvinayong–Acurenam-Me-douneu
PROSPECTIVA Estudos,projectoseserviçosdeengenharia
Filial Edifícioshospitalares(Malabo,Bata),CampusUniversitário(Bata),Reserva-tóriosdehidrocarbonetos(Bata)
SARAIVA&ASSOCIADOS ArquitecturaeUrbanismo Delegação DiversosedifíciospúblicosemMongomo,Bata,Malabo,Mbini,etc….)
SEABRAGLOBALSERVICES(Grupo)
EngenhariaeConstrução,ÁguaeMeioAmbiente,Frio Industrial,AVACeoutras
Delegação ObrasdeConstruçãoCivil(ITNHGE)
TPFPLANEGECENOR ConsultoriaeServiçosdeEngenha-ria,ArquiteturaeGestão
Filial Redesdeabastecimentodeáguapotável(Mongomeyen,etc…)
VHM Coordenaçãoegestãodeprojectoseempreitadas
Não GestãodaempreitadadoHospitalUniversitáriodeDjibloho
ZAGOPE(AGEAA) Engenharia,ConstruçãoCivileObrasPúblicas,eoutros
Delegação UrbanizaçãodesectordacidadedeDjibloho,diversasestradas
5. E T I Q U E TA D E N E G Ó C I O S
AtendendoaopapeldoEstadonaactividadeeconómica,oscontactosestabelecem-senormalmentecomorganismosdaAdministraçãoPúblicaoucomEmpresasPúblicas,seguindoosdevidostrâmitesburocráticoserespeitandoashierarquiasestabelecidasnasestruturas,quesãomuitovincadas.Umaabordagemcomcondiçõesdesucessopassaemgrandemedidapelacapacidadedeacederainformaçãoprivilegiada,algoqueédifícildeconseguirsemumapresençafísicaconstante,oupelomenosregular,noPaís,ousemosdevidosconhecimentoslocais.NestesentidosãoimportantesnumafaseinicialviagensregularesaoPaísafimdecultivarrelacionamentosecontactos,ede,idealmente,estabelecerlocalmenteumaparceriaourepre-sentaçãodenegócios.ContactosapartirdePortugalpore-mail ouviatelefónicaestãonormalmentecondenadosaoinsucesso.
Asreuniõesdevemsersolicitadascomadevidaantecedência(recomenda-seummínimode15dias),eserprestadainfor-maçãodetalhadaa priorisobreosseusobjectivosetemasaabordar.Emcomparaçãocomoutrospaísesafricanos,existemaiorpontualidadeepercepciona-seummaiorsentidodeorganização.Oambienteédeformalismonaapresentação(fatoegravata)enotrato(tratamentopelotítulo).Édeevitarabordartemaspolíticos,nacionaisou internacionais.Paraalémdoespanhol(idiomaoficial),oinglêseofrancêsestãocomummentedisseminadoscomolínguasdetrabalho.Écon-sideradoexistirumapredisposiçãopositivaparacomPortugaleasempresasportuguesas.Àsemelhançadoquesucedenamaioriadospaísesafricanos,otrabalhodeabordagemeprospecçãopodedemorarmeses(ouanos)asurtirefeito,sendoimportantesaberesperare,dadaareduzidadimensãodomercadoerespectivasredesecanais
58
CLUSTER DA ÁGUA
deacesso,nãodarnenhumpassoemfalso.Aconquistadeconfiança,inclusivamenteanívelpessoal,éfactordeterminante,eumprocessohabitualmentelento.Referênciaspositivasdeoutrasempresas,entidadesoupessoasbemcolocadassãomuitovalorizadas.
6. A N Á L I S E S W O T
MatrizSWOTdosectordaáguanaGuinéEquatorial,naperspectivadeintervençãodasempresasportuguesasnoquedizres-peitoaoportunidadeseameaças:
TABELA 35 - – ANÁLISE SWOT DO SECTOR DA ÁGUA NA GUINÉ EQUATORIALPONTOS FORTES PONTOS FRACOS• Abundânciaderecursoshídricos.• Característicasclimatológicas(fortepluviosi-
dade)egeográficas(orlacosteiramarítima,continentaleinsular,elevadacapilaridadedaredefluvial)favorecemaindústria.
• AcessouniversalaáguapotáveleacondiçõesdesaneamentobásicoplasmadonoPlanodeDesenvolvimentoHorizonte2020comoobjectivonacional.
• Estudosde implementaçãodossistemasdeabastecimentoesaneamentorealizadosparaagrandemaioriadascidadesesedesdemunicípio.
• DimensãodoMercado(1Mdehabitantes,28milkm2).• Inexistênciadeumplanonacionaldirectorespecíficoparaosector.• Inexistênciadeenquadramentoinstitucionalemtermosdeentidadese
organismospúblicosreguladoresecapacitadoresdaactividade.• Inexistênciadeumacadeiadevalorestabelecidaeincipiênciadomercado
localdefornecedoreseprocurement.• Déficedeknow-howecarênciadetécnicoslocaiscomíndicesdeformação
adequados.• Déficederedesdomésticasdeabastecimentodeáguapotáveledesa-
neamentoafuncionar.• Reduzidonúmerodeclientesnão-domésticosdevidoaofracograude
industrializaçãodoPaísedaactividadeagro-pecuária.• Estágiodedesenvolvimentodosectoraindanafasedeinfra-estruturação,
não-orientadoparaagestãodaprestaçãodeserviços.• Envolventeinstitucionaldacontrataçãopública,nomeadamentenoque
dizrespeitoaoacessoainformaçãoeàtransparênciaderegrasepráticas.
OPORTUNIDADES AMEAÇAS
• Aadesãorecente(2014)àCPLPreforçaopotencialdasrelaçõeseconómicasbilaterais.
• Diversificaçãodaactividadeeconómicadefinidacomograndeobjectivoestratégiconacionalalavancaráasac-tividadesindustriais,agro-pecuáriaseturísticasnoPaís,exercendoumefeitodinamizadorsobreosectordaáguatraduzidoemmaisemaioresclientes.
• Grandepartedosprojectosdeabastecimentoesaneamentoencontram-seporimplementarouconcluir,principalmentenaszonasperiurbanasdasmaiorescidadesenomeiorural.
• Planoenergéticonacionalenfatizaaproduçãohidroeléctrica.• Regularizaçãodocursodosrioseseusaneamento,nomea-
damentenaszonasdeatravessamentodelocalidades.• Ordenamentodaorlamarítimacosteira,esuaarticulação
comadinamizaçãodasactividadesdapesca,doturismoedaindústriaemgeral.
• Projectosdeirrigaçãoedrenagemparagestãodossoloscomoferramentadeplaneamentoterritorialedeapoioàdinamizaçãodaagricultura.
• Serviçosdemanutençãoeoperaçãodossistemasdeabastecimentoesaneamento,eassistênciatécnica.
• Formaçãoprofissionalnasáreasdemanutenção,operaçãoeassistênciaaopessoaltécnicolocal.
• UmprolongamentonotempodacriserecessivaprovocadanoPaíspelaquedadospreçosdopetróleoteráefeitosimprevisíveissobreocalendáriodeexecuçãodaspolíticaspúblicasdeinvestimento,dadasasnecessidadesderestri-çãoorçamental(quejásefazsentirdesdefinaisde2014),adiandoecondicionandoeventualmenteaadjudicaçãodeestudos,projectos,obraseserviços.
• Problemasnofinanciamentodaeconomia:paraalémdasrestriçõesorçamentaisdopróprioEstado,osfluxosdeajudafinanceiraexternaaoabrigodacooperaçãomultilateralebilateraltêmdiminuídoporrazõespolíticas(característicasdoregimeequato-guineense)eeconómicas(indicadores“inflacionados”pelaactividadepetrolífera),etudoapontaparaqueessasrazõessemantenhamválidasnocurtoemédio-prazo,oquelimitaráosrecursosdisponíveisparaolançamentoeexecuçãodeprojectos.
• TambémofluxodeIDE,principalfontedefinanciamen-tonosúltimosanos,tradicionalmentealavancadopelaindústriapetrolífera,correoriscodediminuiramédioelongo-prazo,comaquebradereceitasdaindústriaatraduzir-senumadiminuiçãodosinvestimentos,comorespectivoefeitomultiplicadornegativosobreosoutrossectoresdaeconomia,nomeadamenteaconstruçãoe
(continua)
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OPORTUNIDADES AMEAÇAS
• Aberturacrescenteaosectorprivadoemuitoconcreta-menteaoestabelecimentodeparceriaspúblico-privadasnãosóparaoinvestimentoeminfra-estruturaseserviçospúblicoscomoparaasuagestãoeexploraçãoeconómica.
• LegislaçãosobreinvestimentoestrangeiroprogressivamentemaisconvidativaaoestabelecimentoeoperaçãonoPaís.
obraspúblicas,ecomaagravantedasreservasdopaísseencontraremjáemfasededeclínio.
7. P R O P O S TA D E A C Ç Õ E S
Emsíntese,arealidadeactualdomercadoequato-guineenseapontaparaoseguinte:
• Atrasosgeneralizadosnainfra-estruturaçãodacaptação,tratamento,abastecimentoedistribuiçãodeáguapo-táveldomiciliáriaedasredesdesaneamentobásicoedetratamentodeáguasresiduais,agravadospelacrisefinanceiraqueoPaísatravessa,quecoincidiucomaprioridadedadaàconclusãodoprojectourbanísticodanovacapitaladministrativaDjibloho.
• PerspectivasincertassobrearetomaeconómicadoPaíseoavançodosprogramasdeinfra-estruturação,quedependerãoemúltimaanálisedaevoluçãodospreçosdopetróleo,e,maisaprazo,dosucessodoPaísnasuaestratégiadediversificaçãoeconómica.
• Carênciasorganizativas,desdelogopordéficedeen-quadramentoinstitucional,quelançamindefiniçãoeincertezasobreasustentabilidadedaoperaçãoeconómicadosector.
• Estadoquecontinuaaconstituir-secomopraticamenteúnicoclientefinalrelevantenoPaís,econtrataçãopúblicaquesebaseiacomfrequêncianoconviteaapresentaçãodepropostasouadjudicaçãodirecta,revelandoumaacessibilidadecomplexa.
• Mercadoempresarialquesebaseiaemempresaspúblicas,estrangeiras,oudecapitalmisto,estascomparticipaçãodecapitaispúblicosoudesóciosligadosàgovernaçãoouvidapolíticapartidária,quefazemoseuprocurement noexteriordevidoàausênciadeumacadeiadevalorlocal.
Assim,sendoinquestionávelaexistênciadeoportunidadesdenegócioemtodosossegmentos(commenorincidêncianosestudos,consultoriaeprojectos,dadootrabalhojárealizado,emaiornaconstruçãoefiscalização,e,sobretudonofuturo,naoperação,manutenção,formaçãoeassistênciatécnica,sendoqueomodelodegestãoinstitucionaldosectorseencontrapormontar)aatractividadedoPaísencontra-secondicionadanaactualidade,epresumívelfuturopróximo,pordificuldadesdeordemeconómica,econsequentesrepercussõessobreoritmodeadjudicaçãoeexecuçãodosprojectos.
Aestasdificuldades,denaturezamaisconjuntural(masquesepodemprolongarnotempo),juntam-seoutrasdenaturezamaisestrutural,equeseprendemcomocomplexosistemadeacessoaomercado.Assim,paraumaempresaquepretendaentrarpelaprimeiraveznoPaís,osucessonaabordagemaomercadopassaprima-riamentepelosseguintesfactores:
• Conhecimentodoscanaisdeacessoaomercado,no-meadamentedepessoascolocadasnoGEProyectosououtrosórgãosdoEstado,oudepessoas,empresasouentidadescomessescontactosprivilegiados.
• DeslocaçõesregularesaoPaísparaestabelecimentodecontactos,econtrataçãodeumparceirorepresentantedenegócioslocal,ou,sendodifícilpelasrazõesapon-tadas,umparceiroeuropeu(depreferênciaespanhol,francêsouportuguês)ouafricano(gabonês,camaronês,nigeriano,marroquino)residente.Apersistênciaéfactordeterminante.Aprazo,paraumdesenvolvimentosus-tentadodenegócio,seráfundamentalestabelecer-sefisicamentenoPaís,comumafilialdedireitojurídicoequato-guineense.
• Envolvimentoemconsórcio,oucomo fornecedor,deempresasjáestabelecidascomofornecedorasouparceirasdoEstado.Estaestratégiaexigeumesforçode market intelligence,desdeapesquisadeempresasjáenvolvidasnoPaís(muitasdelasidentificadasnesteEstudo)aacçõesdemarketingdirecto,comapresentaçãodo portfoliodecompetênciastécnicaseprojectosrealiza-dos,àpresençaemfeirasinternacionaisrelevantesparafomentodecontactos(sendoquenaGuinéEquatorialnãoserealizanenhuma).Édedestacar,nestesentido,aproeminênciadeempresasespanholasechinesasnomercadoequato-guineense,mastambémapresençadeempresasbrasileiras,donortedeÁfricae,claro,portuguesas.
• Apesardomomentonãoserfavorávelemtermosdeambienteeconómico,asorganizações internacionaisdequeaGuinéEquatorialfazpartepodemconstituirumaboaplataformaparaarealizaçãodeacçõesdedivulgação.Nesteparticulardestacam-seaCEMAC,aCEEACe,naturalmente,aCPLP.
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6. REFERÊNCIAS
• CensodePoblación2015,ResultadosPreliminares(INEGE)• ElSectorEléctricoenGuineaEcuatorial• EncuestaDemograficaydeSalud(EDSGE-I)• EquatorialGuineaInvestmentGuide2015(Embassyofthe
RepublicofGuineaEquatorialinTheUnitedKingdom)• FAOAQUASTATCountryFactSheet• FAOAQUASTATRenewableWaterResourcesbyCountry• GuinéEquatorial–CondiçõesLegaisdeAcessoaoMercado
(Aicep)• GuinéEquatorial–FichadeMercado(Aicep)• GuinéEquatorial–InformaçõeseContatosÚteis(Aicep)• GuinéEquatorial–SíntesePaís(Aicep)• GuineaEcuatorialenCifras2016(INEGE)• GuineaEcuatorial–FichaPaís(Icex)• GuineaEcuatorial–GuíaPaís(OficinaEconómicayComercial
deEspañaenMalabo)• IMFCountryReportNo.15/260,September2015• InformeNacionaldeGuineaEcuatorialparalaConferencia
delasNacionesUnidassobreDesarrolloSustenible,Rio+20• InformeNacionaldeGuineaEcuatorialsobrelosObjetivos
deDesarrollodelMilenio2015• PlandeAcciónNacionaldeAdaptaciónalCambioClimatico
(PANA)• PlanNacionaldeDesarrolloEconomicoySocialHorizonte
2020(PNDES)• Portugal/CPLP–AcordosBilateraisCelebradosnaÁrea
Económica(Aicep)• Programa de Acción Nacional de Lucha Contra la Defores-
tación y Degradación de Suelos en Guinea Ecuatorial (PAN / LCD – G.E.)
• Programa Nacional para la Seguridad Alimentaria (PNSA)
• Sanitation and Hygiene in Africa at a Glance – A Synthesis of Country Priority Actions
• guineaecuatorialpress.com• ge-proyectos.com• holdingequatorialguinea.com• inege.gq• camarabioko.com• leydeguinea.wordpress.com• aicep.portugalglobal.pt• portaldascomunidades.mne.pt• cplp.org• cecplp.org• icex.es• ec.europa.eu• ec.europa.eu/europeaid• ceeac-eccas.org• cemac.int• ohada.com• au.int• eiu.com• imf.org• afdb.org• worldbank.org• gq.undp.org• fao.org• who.int• unesco-ihe.org• cia.gov• africainfomarket.org• guineainfomarket.com• guineaecuatorial360.com
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