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COLÉGIO ESTADUAL “ALBERTO SANTOS DUMONT” ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

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COLÉGIO ESTADUAL “ALBERTO SANTOS DUMONT”ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETOPOLÍTICO-PEDAGÓGICO

APUCARANA - PARANÁ AGOSTO / 2008

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ÍNDICE

1. APRESENTAÇÃO......................................................................................................... 04

2. JUSTIFICATIVA ............................................................................................................ 07

3. INTRODUÇÃO.............................................................................................................. 07

3.1. Identificação............................................................................................................. 07

3.2. Histórico................................................................................................................... 09

3.3. Organização do Espaço Físico.................................................................................. 10

3.4. Cursos e Modalidades Oferecidas............................................................................ 11

3.5. Recursos Humanos................................................................................................... 11

4. OBJETIVOS GERAIS.................................................................................................... 18

5. MARCO SITUACIONAL............................................................................................... 19

5.1. Visão Geral.............................................................................................................. 19

5.2. Análise das Contradições e Conflitos da Prática Docente ..................................... 21

6. MARCO CONCEITUAL................................................................................................ 22

6.1. Visão Geral.............................................................................................................. 22

6.2. Elementos do Ato Conceitual.................................................................................. 22

6.2.1. Princípios de Gestão............................................................................................. 22

6.2.2. Concepções........................................................................................................... 25

6.2.3. Instrumentos de Ação Colegiada.......................................................................... 29

7. MARCO OPERACIONAL.............................................................................................. 31

7.1. Visão Geral.............................................................................................................. 31

7.2. Decisões Operacionais............................................................................................. 32

7.3. Instâncias Colegiadas............................................................................................... 33

7.3.1. Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF).......................................... 33

7.3.2. Conselho Escolar.................................................................................................. 34

7.3.3. Grêmio Estudantil................................................................................................. 35

7.3.4. Voluntariado......................................................................................................... 35

8. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL..................................................................................... 35

8.1. Fundamentos............................................................................................................ 35

8.2. Avaliação Institucional Externa............................................................................... 37

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8.2.1. Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).......................................................... 37

8.2.2. Prova Brasil........................................................................................................... 38

8.2.3. Olimpíadas de Matemática................................................................................... 39

ENSINO FUNDAMENTAL......................................................................................... 40

ARTES............................................................................................................................ 40

CIÊNCIAS...................................................................................................................... 45

EDUCAÇÃO FÍSICA..................................................................................................... 52

ENSINO RELIGIOSO.................................................................................................... 58

GEOGRAFIA................................................................................................................. 63

HISTÓRIA...................................................................................................................... 68

LÍNGUA PORTUGUESA ............................................................................................. 80

MATEMÁTICA............................................................................................................. 96

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS..................................................... 104

ENSINO MÉDIO.......................................................................................................... 108

ARTE.............................................................................................................................. 108

BIOLOGIA..................................................................................................................... 114

EDUCAÇÃO FÍSICA..................................................................................................... 117

FILOSOFIA.................................................................................................................... 122

FÍSICA............................................................................................................................ 126

GEOGRAFIA................................................................................................................. 131

HISTÓRIA...................................................................................................................... 139

LÍNGUA PORTUGUESA.............................................................................................. 143

MATEMÁTICA............................................................................................................. 159

QUÍMICA....................................................................................................................... 166

SOCIOLOGIA................................................................................................................ 172

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS ..................................................... 176

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS.............................................................................182

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1. APRESENTAÇÃO

A EDUCAÇÃO é um fenômeno próprio dos seres humanos, sendo ao

mesmo tempo uma exigência do e para o processo de trabalho, sendo ela própria, um

processo de trabalho. Trabalho não-material, ou seja, a produção de idéias, conceitos,

valores, símbolos, hábitos, atitudes, habilidades. Saviani afirma que:

“o trabalho educativo é o ato de produzir , direta e intencionalmente em

cada indivíduo, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente

pelo conjunto dos homens. Desse modo, o objeto da educação é, por um

lado, a identificação dos elementos culturais que precisam ser assimilados

pelos indivíduos a fim de que se tornem parte da humanidade; por outro

lado, diz respeito à descoberta das formas mais adequadas para atingir esse

objetivo.” (2000, p.23)

O Projeto Político-Pedagógico (PPP) tem como objetivo expressar o produto da

reflexão, realizado pela comunidade escolar, com vistas a: (a) promover a melhoria da

qualidade do ensino, (b) organizar integralmente o trabalho pedagógico e (c) inserir a

instituição escolar no contexto educacional em nível nacional, estadual e municipal.

Nesta reflexão coletiva promovida pelo processo de elaboração do PPP, almeja-se

construir uma nova organização para a escola, à luz do estado da arte do conhecimento

acadêmico e científico na área de educação. Tal conhecimento ajudará a concretizar os

compromissos assumidos e, partindo da prática social, a estabelecer o pacto de solução dos

problemas da educação e do ensino em nossa escola.

Este projeto vai muito além de um simples agrupamento de planos de ensino e

atividades diversas. Não será construído e arquivado, ou simplesmente encaminhado às

instâncias superiores como prova de cumprimento de tarefas administrativas. Este projeto

será colocado em prática na vivência diária, em todos os momentos e por todos os

envolvidos, como um processo educativo na escola, muitas vezes necessitando ser

repensado em reuniões coletivas, e modificado constantemente.

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Alguns conceitos básicos perpassam a elaboração deste projeto, tais como: a

finalidade da escola, a estrutura organizacional, o currículo, o tempo escolar, o processo de

decisão, as relações de trabalho e a avaliação.

Paulo Freire, no livro Pedagogia da Autonomia (1996), contribui para a

concepção de ensino refletindo que ensinar não é transmitir conhecimento. Ensinar exige

consciência de algo inacabado, reconhecimento de ser condicionado pelas forças sociais,

culturais e históricas. Exige respeito à autonomia do ser do educando, sua curiosidade,

inquietude, linguagem e identidade. Ensinar também requer bom senso, apreensão da

realidade, alegria, esperança e a convicção de que a mudança é possível.

Neste processo de construção coletiva, alguns pressupostos são incontornáveis,

como a definição da finalidade da escola, a inclusão e observação da legislação vigente, a

constância de preparação cultural dos atores – para que estes tenham uma melhor

compreensão da sociedade em que vivem –, além da participação de todos os indivíduos no

contexto político e social, assegurando os direitos e deveres da cidadania.

A construção do projeto político-pedagógico deve ser vista como um instrumento de

democratização e de luta política, contrapondo-se à fragmentação do trabalho pedagógico,

superando a dependência e os efeitos negativos do poder autoritário e centralizador.

Assim, almejando uma gestão efetiva, novos horizontes e direções para esta

comunidade educativa, nossa intenção é a de transformar o que sonhamos coletivamente

em ações, alicerçando o trabalho pedagógico em um processo contínuo, refletindo

criticamente os problemas da sociedade e do setor, possibilitando, deste modo, a

intervenção consciente na realidade em que estamos inseridos.

E é com esta visão que nossa instituição busca ampliar a oferta de ensino, dando

maiores condição e oportunidade à nossa comunidade. Sendo assim, a partir do próximo

ano, contaremos com o ensino profissionalizante. Fazendo parte, neste momento, do

Projeto Brasil Profissionalizado.

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2. JUSTIFICATIVA

Paulo Freire, no livro Pedagogia da Autonomia (1996), contribui para a

concepção de ensino refletindo que “ensinar não é transmitir conhecimento. Ensinar exige

consciência de algo inacabado, reconhecimento de ser condicionado pelas forças sociais,

culturais e históricas. Exige respeito à autonomia do ser do educando, sua curiosidade,

inquietude, linguagem e identidade. Ensinar também requer bom senso, apreensão da

realidade, alegria, esperança e a convicção de que a mudança é possível”.

Ruy Leite Berger Filho - Secretário de Educação Média e Tecnológica do

Ministério da Educação, diz que: as mudanças profundas pelas quais vem passando o

mundo nesta segunda metade do século, produziram transformações na prática social e no

trabalho. A educação, que por muito tempo as desconheceu, não pôde mais ficar alheia a

elas. Por isso verificamos em todo o planeta uma grande inquietação nos meios ligados ao

setor educacional, provocando reformas que buscam sua adequação às novas exigências.

São muitas as pesquisas que tratam da Educação Profissional no Brasil. Os estudos

mais recentes adotam abordagens teóricas diferentes. A grande maioria privilegia a ótica

institucional, enfocando o sistema escolar brasileiro e as políticas públicas. Contudo, tem

crescido o interesse pela abordagem que investiga as relações entre trabalho e educação.

A educação dita secundária ou secundária superior, a que corresponde o ensino

médio no Brasil, é a grande questão com que se debatem atualmente os sistemas

educacionais. Como conciliar os objetivos de preparação para o prosseguimento de estudos,

de preparação para o trabalho e de desenvolvimento pessoal nos cânones contemporâneos?

Que vínculos estão sendo estabelecidos entre a educação geral e a educação profissional?

Os grandes desafios que esses sistemas enfrentam assumem na realidade brasileira

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características específicas de um país que está passando por grandes transformações. Os

sistemas educacionais estão obsoletos quer na sua concepção, quer nas possibilidades de

trajetos que oferecem ou ainda no estágio tecnológico em que se encontram, embora que

haja exceções. A estrutura educacional e o modelo de oferta têm que ser construídos de

forma bastante flexível para atender a diferentes situações no tempo e no espaço,

considerando tanto as rápidas mudanças tecnológicas e as necessidades da vida cidadã

como as tendências regionais e do mercado internacional.

Segundo Dereymez (1995), o trabalho constitui uma das bases fundadoras da

economia de qualquer sociedade, uma força social de produção de bens e serviços e uma

fonte de renda e sobrevivência de grandes segmentos das populações humanas. Além de ser

uma fonte de in-come, constitui também um instrumento de inserção social.

O trabalho é base para a estruturação de categorias socioprofissionais, faz nascer

práticas coletivas, ordena os ritmos e a qualidade de vida, enfim, determinam as relações

entre os diferentes grupos, classes e setores da sociedade, mediante os quais se definem

parâmetros de identidade social e cultural.

O Decreto nº. 2.208/97 regulamentou o § 2º do Art. 36, da LDB, que trata da

educação profissional de nível médio. Em seu Art. 5º dispõe que “a educação profissional

de nível técnico terá organização curricular própria e independente do Ensino Médio,

podendo ser oferecida de forma concomitante ou seqüencial a este”.

3. INTRODUÇÃO

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3.1. Identificação

O Colégio Estadual “Alberto Santos Dumont” – Ensino Fundamental e Médio –

situa-se à Rua Erasto Gaertner nº 64, na zona urbana central do município de Apucarana,

Estado do Paraná.

3.2. Histórico

Em fevereiro de 1943, foi inaugurada em Apucarana a primeira escola, denominada

“Grupo Escolar de Apucarana”, atendendo aos educandos de 1ª a 4ª séries, sob a direção da

professora Maria de Lourdes Cherubin Consentino.

No dia 12 de março de 1949, às 09h30m, instalou-se o “Curso Normal Regional de

Apucarana”, conforme Decretos nº 6.165 de 12 de fevereiro de 1949, o que foi, na época,

um marco para a Educação do Paraná e de nossa cidade.

No mesmo ano, com a presença de autoridades da época, sob o governo estadual de

Moisés Lupion e a gestão do primeiro Prefeito de Apucarana, Carlos Massaretto, foi

oficialmente inaugurado, em sede própria, o “Grupo Escolar de Apucarana”, situado à Rua

Erasto Gaertner, nº 64.

O “Grupo Escolar de Apucarana” passou-se a chamar, em 1956, “Grupo Escolar

Alberto Santos Dumont”.

Através do Decreto nº 2.429/76, o “Grupo Escolar Alberto Santos Dumont” e o

“Grupo Escolar Alberto Santos Dumont – Noturno” reuniram-se em um único

estabelecimento, sob a denominação de “Escola Alberto Santos Dumont” – Ensino Regular

e Supletivo de 1º Grau.

Pela Resolução nº 2.881/81, de 02 de dezembro de 1981, publicada no “Diário

Oficial” de 04 de janeiro de 1982, foram reconhecidos os atos do Decreto 2.429/76.

Em 1983, a Resolução nº 65/83, publicada no Diário Oficial de 06 de abril de 1983,

cria o “Complexo Escolar Estadual Pestalozzi – Ensino de 1º Grau Regular e Supletivo”,

composto pelas seguintes escolas: Alberto Santos Dumont, Pestalozzi, Papa João XXIII e

Ébano Pereira.

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Em 27 de julho de 1983, realizou-se uma reunião no Salão Nobre da Escola

“Alberto Santos Dumont”, sob a presidência da Inspetora Auxiliar de Ensino, professora

Ilda Felizardo Soni, e presentes as Diretoras da Escola “Alberto Santos Dumont”,

professora Marlene Maria Biachi Capelari, e da Escola “Pestalozzi”, professora Marly Riva

Cardoso, e ainda professores de ambos os estabelecimentos, para analisaram a possibilidade

de unificação das duas Escolas.

A Resolução nº 2.932/83, publicada no Diário Oficial de 29 de agosto de 1983,

determinou que as duas Escolas passassem a constituir um único estabelecimento de

ensino, com uma única Direção e sob a denominação de “Escola Estadual Alberto Santos

Dumont” - Ensino de 1º Grau Regular e Supletivo.

Em 19 de julho de 1990, devido à municipalização do ensino de 1ª a 4ª séries, a

Resolução nº 1.706/90 determinou que este segmento da Escola, em funcionamento no

período vespertino, recebesse a denominação de Escola Municipal “Durval Pinto”.

Em 1999, foi implantado na instituição o Ensino Médio, passando então a Escola a

denominar-se “Colégio Estadual Alberto Santos Dumont” – Ensino Fundamental e Médio.

Figura 2. Fachada do Grupo Escolar “Alberto Santos Dumont” cerca de1950.

Atualmente, o Colégio compreende 1179 (hum mil, cento e setenta e nove) alunos,

dos quais 757 (setecentos e cinqüenta e sete) estão matriculados no Ensino Fundamental,

sendo 422 (quatrocentos e vinte e dois) no período matutino, 197 (cento e noventa e sete)

no período vespertino e 247 (duzentos e quarenta e sete) no período noturno; no Ensino

Médio, encontram-se matriculados 383 (trezentos e oitenta e três) alunos, sendo 199 (cento

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e noventa e nove) no período matutino e 184 (cento e oitenta e quatro) no período noturno.

Adicionalmente, o Colégio abriga em suas instalações o Centro de Estudos de Línguas

Estrangeiras Modernas (CELEM), que conta com Secretaria própria e oferece o curso de

Espanhol, em regime semestral, com 200 (duzentos) alunos matriculados.

3.3. Organização do Espaço Físico

O Colégio Estadual “Alberto Santos Dumont” – Ensino Fundamental e Médio é um

dos maiores estabelecimentos de ensino público do município, tanto em termos de território

quanto de área construída, possuindo 21 (vinte e uma) salas de aula com 48m² (quarenta e

oito metros quadrados) em média. No decorrer do ano de 2005, o Colégio sofreu reformas

de suas instalações, aprimorando significativamente sua estrutura física.

O Colégio conta com 01 (um) salão nobre, secretaria, salas de direção, laboratórios

de ciências biológicas e de informática, biblioteca, vídeo, refeitório, cantina, pátios

calçados, áreas cobertas, instalações sanitárias completas, ginásio de esportes, quadra de

vôlei e de basquete.

3.4. Cursos e Modalidades Oferecidas

O Colégio Estadual “Alberto Santos Dumont” – Ensino Fundamental e Médio

funciona com turmas organizadas por séries anuais, nos períodos matutino, vespertino e

noturno e conta, no ano de 2007, com as seguintes turmas:

3.4.1. Ensino Fundamental (5ª a 8ª séries)

3.4.1.1. Período Matutino: 12 (doze) turmas

3.4.1.2. Período Vespertino: 06 (seis) turmas

3.4.1.3. Período Noturno: 05 (seis) turmas

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3.4.2. Ensino Médio

3.4.2.1. Período Matutino: 07 (cinco) turmas

3.4.2.2. Período Noturno: 06 (cinco) turmas

3.4.3. Ensino Profissionalizante

3.4.3.1. Período Noturno:

Técnico em Química (subseqüente) – 02 turmas com início em 2009.

Técnico em Controle Ambiental (integrado) – 01 turma com início em 2010.

Técnico em Farmácia (integrado) – 01 turma com início em 2011.

3.5. Recursos Humanos

O Colégio Estadual “Alberto Santos Dumont” – Ensino Fundamental e Médio conta

com recursos humanos para os setores: administrativo, pedagógico e funcional, corpos

docente e discente, alocados da seguinte forma:

3.5.1. Setor Administrativo

3.5.1.1. Direção

Professora Mara Regina Titericz

3.5.1.2. Auxiliar de Direção

Professora Luci Helena Gasparotto Moser

3.5.1.3. Secretaria

Solange Aparecida Peres

3.5.1.4. Apoio Ténico-Administrativo

Andreia Ross Biazeto de Souza

Benilde Colombo – Responsável pela Biblioteca

Cleonice de Lurdes Balan dos Santos

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Juliano Delgado – Agente de execução do Laboratório

Maria de Lourdes Vidal

Neusa Maria Pedro

Silvia Renata Sakalauskas

Wilson Aparecido Ghizellini

Yayeko Tashima Endo

3.5.2. Setor Pedagógico

O Colégio Estadual “Alberto Santos Dumont” – Ensino Fundamental e Médio

possui uma equipe técnico-pedagógica, composta por pedagogos ou profissionais de ensino

com pós-graduação em pedagogia. Relaciona-se abaixo a equipe técnico-pedagógica por

período de atuação.

3.5.2.1. Período Matutino

Maria Conceição Cardoso

Maria de Lourdes Pereira Pavezi

Marines Guerra da Silva

Magda Marilia Tricai Cavalini

3.5.2.2. Período Vespertino

Alteni Lauer Fegury

Magda Marilia Tricai Cavalini

Maria de Lourdes Pereira Pavezi

Marines Guerra da Silva

3.5.2.3. Período Noturno

Neide Dias Rastelli

Elisa Aparecida Valim

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3.5.3. Setor Funcional

A instituição conta com um quadro funcional composto de 14 (quatorze) servidores,

abaixo relacionados.

3.5.3.1. Auxiliar de Serviços Gerais

Conceição Aparecida de Souza

Eli Dias de Oliveira

Joanice dos Reis Bevilacqua

Maria Aparecida Batista da Silva

Maria Madalena Carvalho Laverde

Neusa Almeida da Silva

Vanilda Pontes de Almeida

Vilma Ferreira de Oliveira

Zenilda Costa de Oliveira

Sueli Tristão Franco

Regina Célia Tomal

3.5.4. Corpo Docente

Todo o corpo docente é habilitado para a função que exerce, a maior parte tendo

formação em nível de pós-graduação, com vínculo efetivo e trabalhando na instituição há

vários anos. Todos participam das reciclagens e dos cursos de atualização propostos pela

Secretaria Estadual de Educação.

3.5.4.1. Arte

Leila de Lourdes Sanches

Patrícia Helena Hegeto Canezin

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3.5.4.2. Artes

Dioneri Pedro Domingos de Souza

Francieli Cristina Leuche

Leila de Lourdes Sanches

Mara Laís Nascimento

Patrícia Helena Hegeto Canezin

3.5.4.3. Biologia

Daniele Fernanda Costa

Glaci Cecília Machado

Luciana Aparecida Pereira Silva

Neusa Marli Ramos

Silvia Regina Belezi Monteiro

Susimeire Roberta Santos

3.5.4.4. Ciências

Alice Hiroko Fujita

Charles Alberto Crepe

Claudete Hanna Bou Chemone

Evilma Lúcia da Cunha Glovascki

Guiomar Hegeto Canezin

Ivonilde dos Santos Reislce Mara Cordeiro

Santa Vantini

3.5.4.5. Educação Física

Aparecida Mercadante (Projeto Unilever)

Cláudia Medeiros

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Denise Cristina Mazia Facio Pires

Jair Darienso

Simone Ribeiro da Silva (Projeto Unilever)

3.5.4.6. Ensino Religioso

Édimo Martinez Fernandes

3.5.4.7. Espanhol e Francês (CELEM)

Andréia Cristina Carmona

Amábile Piacentine Diogui

Leonilda Carmona Fonteque

Nílvia Inês de Godoy Gonçalves

3.5.4.8. Filosofia

Camila Zukovski

Sérgio Aparecido Flausino

Onésimo de Oliveira Moraes

3.5.4.9. Física

Edson Plath

3.5.4.10. Geografia

Ana Rosa Mangolin

Cristiane Aparecida Jonas Francisconi

Eliete Aparecida Champan

Marilda de Fátima Costa

Neuza Aparecida

3.5.4.11. História

Ana Rosa Mangolin

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Irene Martins

Lúcia Rodrigues Nogueira

Marilúcia Marones

Onésimo Oliveira Moraes

Roseli Sanches Espejo

Sibélia Lino dos Santos

3.5.4.12. Inglês

Adriana de Fátima Darienzo

Celeste Rosa de Oliveira

Denize Pereira Soares Muller

Fabiana Patrícia Pires Neri

Iolanda Cirino de Jesus Sanches

Léa Plaza Pomim

Marisa Elaine Gonçalves

Nilza Brischiliari Rezende

3.5.4.13. Língua Portuguesa

Adélia Severino da Silva

Andréia Zingara Miranda

Andréia Cristina Roder Carmona

Ilsa Maria Gomes

Iolanda Cirino de Jesus Sanches

Lauzinha Rosa de Jesus Andolfato

Marta Biasi Mezaro

Meire Andreotte

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Neide Aparecida Pereira

Rosa Maria Sobreiro

Orzolina Siqueira

Vânia Suzi Bagnoli Cilião

3.5.4.14. Matemática

Alice Hiroko Fugita

Claudete Hanna Bou Chemone

Conceição Geni Nicoli

José Ney Titericz

José Pecorari

Marinete Ribeiro

Rita de Cássia Ribeiro

3.5.4.15. Química

Angélica Cristina da Silva

João Pezotti Sobrinho

Mara Lúcia Mazaro

Vilma Cavalaro Janólio

3.5.4.16. Sala de Recursos

Fabiana Patrícia Neri

Iolanda Cirino de Jesus

Rosangela Barreto de Macedo Beje

Sonia Marilea Canezim Pereira

3.5.4.17. Sociologia

Claudia Suzi da Conceição

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Onésimo de Oliveira Moraes

3.5.5. Corpo Discente

O Colégio Estadual “Alberto Santos Dumont” – Ensino Fundamental e Médio é

procurado por alunos de várias classes sociais, oriundos de diferentes pontos do município,

especialmente as seguintes localidades: Barra Funda, Distrito de São Domingos, Jardim

Trabalhista, Km 10, Núcleo da Fraternidade, Núcleo Dom Romeu Alberti, Patrimônio do

Barreiro, Vale Verde, Vila Apucaraninha, Vila Capanema, Vila Regina e Vila São Carlos.

A demanda descentralizada pela instituição dá-se pela sua localização central e pela grande

oferta de vagas de ensino fundamental e médio. Há ainda alunos de outros pontos extremos

do município que, ao término da 4ª série do ensino fundamental em outras escolas

municipais, procuram esta instituição, a fim de prosseguirem seus estudos em ambiente de

maiores recursos pedagógicos e didáticos.

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4. OBJETIVOS GERAIS

O Colégio Estadual “Alberto Santos Dumont” – Ensino Fundamental e Médio tem

seus objetivos gerais fundamentados na visão de que o conhecimento é o resultado de um

processo humano histórico e social, de caráter teórico-prático, e visa explicitar as

necessidades históricas que conduzem o homem na busca da compreensão e apropriação

das leis que produzem, movimentam e regem os fenômenos naturais e sociais. Entende-se,

assim, o aluno como um ser sócio-histórico, síntese de múltiplas determinações sociais.

A construção coletiva do Projeto Político-Pedagógico tem por objetivo:

a) Cumprir a legislação no que dispõe a Lei 9394/96 em seu

artigo 12, I; Artigo 13, I e Artigo 14, I.

b) Exercer o direito de decidir, observadas as diretrizes

nacionais e da SEED, o projeto de educação que se

considera viável para a comunidade escolar.

c) Garantir a participação de todos os segmentos da

comunidade escolar na gestão democrática.

d) Organizar o trabalho pedagógico, de forma propiciar ao

educando conhecimentos e princípios que contribuam para

a formação da sua identidade e cidadania, em uma

perspectiva transformadora.

e) Superar o caráter fragmentário das práticas educativas.

f) Definir prioridades a serem trabalhadas no Plano de Ação.

Todo projeto político-pedagógico tem como objetivo organizar a instituição

escolar, buscando a formação dos educandos dentro de posicionamentos políticos e

pedagógicos de quem o construiu. A visão de homem, sociedade, educação, conhecimento,

ensino/aprendizagem e avaliação o direcionam para uma concepção crítica ou não crítica de

educação.

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5. MARCO SITUACIONAL

5.1. Visão Geral

A sociedade moderna fomenta múltiplos processos de desumanização, que geram

degradação, opressão e alienação da pessoa humana. O trabalho, atividade essencial para a

produção e reprodução no sistema econômico capitalista, torna-se o lugar e a causa da

instituição de uma existência degradada, humilhante produtor de condições deterioradas de

vida. A inserção num grupo social, fundamental para o homem, pode se caracterizar em um

processo de opressão, na prevalência de relações de poder e de dominação entre as pessoas,

seja no âmbito dos pequenos ou dos grandes grupos sociais.

A adoção do ideário neoliberal como vestimenta contemporânea do capitalismo

tenta radicalizar os mecanismos de obtenção do máximo lucro inerentes a este sistema

econômico. Seus processos e conseqüências (individualismo exacerbado, atomização e

anomia social, enfraquecimento do Estado nacional, burocratização das relações sociais,

questionamento e relativização das Luzes) criam vácuos econômicos, políticos e sociais,

gerando necessidades insatisfeitas e tensões não resolvidas.

Este cenário apresenta, inevitavelmente, conseqüências sociais, como o desemprego,

o salário defasado, encarecimento dos itens básicos e dos bens e serviços sociais essenciais,

o aprofundamento da barbárie social e familiar. A escola, como elemento integrante desta

sociedade, recebe os reflexos desta situação, o que resulta em degeneração das relações na

escola.

Na articulação entre desagregação social e desmonte do Estado, os sistemas

educacionais enfrentam uma profunda crise e enfrentam a emergência de um falso conceito

de cidadania, que leva os atores sociais presentes na escola a encararem a instituição

somente pelo que podem extrair dela de vantagens individuais. Isso tira o foco do real papel

da escola, desorienta e desmotiva os atores, ao mesmo tempo em que cria ansiedades sobre

o cumprimento de seus respectivos papéis.

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Em nossa instituição, a desigualdade social brasileira tem seu reflexo. Essa situação

faz com que a vivência de problemas relacionados à permanência dos alunos na escola seja

uma constante, principalmente no período noturno.

Os maiores determinantes dos problemas relativos ao ensino no período noturno

são:

a) Falta de motivação para o estudo, devido ao esgotamento produzido pela jornada

de trabalho;

b) Dificuldades cognitivas para a apreensão dos conteúdos;

c) Carência de transporte entre a escola e o domicílio;

c) Calendário letivo até o mês de dezembro, que coincide com o período de vendas

noturnas, compulsório para os alunos comerciários;

d) Obrigatoriedade ou necessidade de cumprimento de horas-extras, com

periodicidade regular ou irregular (campanhas políticas, eventos esportivos, Natal e Ano

Novo), pelos alunos empregados nas manufaturas de bonés (que representa uma grande

oferta de postos de trabalho no município);

e) Priorização do trabalho para a garantia de subsistência;

f) Falta de uma maior adequação da escola para atender às necessidades do aluno

trabalhador. Causa grande preocupação a evasão escolar. Os aspectos acima abordados para

o ensino fundamental noturno podem ser aqui aplicados, ao que se acrescentam os

seguintes determinantes:

g) Necessidade de ingresso no mercado de trabalho, o que ocorre com alunos

adolescentes de famílias de baixa renda;

h) Ineficiência da sociedade e do setor público de educação em conscientizar o

aluno e a família em relação a importância da educação formal e para a cidadania;

i) Ausência de recursos didáticos e práticas pedagógicas mais estimulantes que

proporcionem um ambiente escolar mais motivador.

Os dados consolidados relativos ao aproveitamento dos alunos têm demonstrado

que uma parcela significativa dos alunos tem obtido resultados insuficientes nas avaliações.

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Esse cenário levanta alguns pontos a serem repensados, ressaltando que o planejamento de

reuniões constantes (pelo menos bimestrais) é primordial para analisar estas situações e

outras, visando a melhoria contínua da qualidade no ensino.

5.2. Análise das Contradições e Conflitos da Prática Docente

A análise dos problemas encontrados deve estar pautada na cobertura das seguintes

questões:

a) A forma avaliativa está adequada ou está excludente? Ela está sendo avaliada em

termos de sua adequação, visando demonstrar aspectos do processo de ensino-aprendizado

que precisam ser reforçados, nos quais o professor irá nortear seu trabalho em sala de aula?

Ou, simplesmente, tem uma função punitiva e autoritária?

b) Qual a intensidade da rotatividade dos professores no decorrer do ano letivo? A

substituição, muitas vezes lenta, dos vários professores que entraram em licença (médica ou

prêmio), prejudicou a temporalidade do processo ensino-aprendizado em nossa escola?

c) Nossa escola tem necessidade de um corpo permanente de professores

substitutos, para trabalho de temas sociais contemporâneos com os alunos, em situações de

falta ou licença (até a substituição definitiva)?

d) A mudança constante de horário para a adequação de professores substitutos é

prejudicial ao processo ensino-aprendizado?

e) A retirada excessiva dos alunos da sala de aula pelos professores, muitas vezes

por motivos de fácil resolução, é uma prática didático-pedagógica recomendável?

f) As ações para propiciar o processo de inclusão de alunos com necessidades

especiais, em nossa escola, são adequadas em função da demanda?

g) A organização da hora-atividade está sendo viabilizada a contento?

Estes tópicos, entre outros, são o ponto de partida para o reconhecimento da

necessidade de melhorias na educação de forma geral, na qual a prática seja intencional,

fecundada na real construção e formação dos nossos alunos em cidadãos conscientes e

dotados de conhecimentos para as práticas diárias de suas vidas.

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6. MARCO CONCEITUAL

6.1. Visão Geral

A Filosofia do Colégio Estadual “Alberto Santos Dumont” – Ensino Fundamental e

Médio baseia-se na busca de uma educação consciente, direcionada para a formação do

cidadão com direito de expressão livre e responsável, ético, crítico e criativo, cooperativo e

otimista, sujeito de sua própria evolução, que integre, transfigurando, uma sociedade mais

justa e mais humana.

Construir a cidadania, atualmente, é: (a) tornar viável a existência dos homens, na

realidade histórica e social em que estes estejam inseridos, (b) garantir a todos os

indivíduos humanos, sem qualquer discriminação, as condições para o exercício pleno de

todas os aspectos da vida, (c) prover o benefício universal dos produtos do trabalho

humano, dos bens sociais e dos bens culturais de uma sociedade. Assim, para acontecer a

plena cidadania, é necessário que todos compartilhem da consecução deste três processos.

Baseando-se nestes conceitos, a construção do Projeto Político-Pedagógico, de

forma coletiva e democrática, deve buscar valorizar todos os atores vinculados à instituição,

para, assim, construir uma educação de caráter transformador, que compreenda as

contradições, limites e também as possibilidades existentes, dentro de uma prática

reflexiva.

Esta participação coletiva amplia o debate sobre as práticas sociais e culturais,

desmascarando as diversas formas da manifestação das relações autoritárias estabelecidas

na prática escolar vigente, e amplia a contribuição coletiva para a construção de novas

formas de organização escolar.

6.2. Elementos do Ato Conceitual

6.2.1. Princípios de Gestão

Uma concepção voltada para a inclusão, a fim de atender a diversidade de alunos,

sejam quais forem suas procedências sociais, necessidades e expectativas educacionais. A

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escola projeta-se, assim, em uma utopia, inevitavelmente cheia de incertezas, ao

comprometer-se com os desafios do tratamento das desigualdades educacionais e do êxito e

fracasso escolar.

A partir das leituras e discussões, a comunidade escolar defende como valores e

princípios da gestão democrática:

a) O aluno é o sujeito do processo, razão de ser da escola.

b) O Projeto Político-Pedagógico define as políticas de educação da escola.

c) O eixo do poder está situado no Conselho Escolar.

d) Abertura de espaços para a implementação de experiências inovadoras,

para o espírito científico criador e para a livre expressão da pluralidade.

e) A coerência entre o discurso e a prática.

f) A cultura do querer fazer em lugar do dever fazer.

g) O cultivo do clima organizacional positivo que leva as pessoas ao desafio

da construção coletiva e à valorização profissional e afetiva, que gera o

prazer de freqüentar o ambiente de trabalho.

h) O compromisso com a democracia, com a defesa dos direitos humanos,

com a não-discriminação e com a preservação do meio ambiente.

A partir destes princípios, alguns elementos são essenciais à prática da gestão democrática:

a) Autonomia: luta para resgatar o papel e o lugar da escola como eixo do

processo educativo autônomo, não sendo a escola uma mera reprodutora

de ordens e decisões elaboradas fora do seu contexto.

b) Participação: a participação é condição para a gestão democrática, uma

não é possível sem a outra. Participar é todos contribuírem com

igualdade de oportunidades de algo que pertence a todos: a escola

pública. Requer a repartição coletiva do sucesso, não apenas da

responsabilidade. A participação não diz respeito somente à comunidade

interna, mas à comunidade externa a quem a escola serve.

c) Clima organizacional: determina a vontade dos membros de participar

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ou alienar-se do processo educativo. É importante que as pessoas gostem

do que fazem e sintam prazer em estar ali.

Para isso é fundamental que:

1) A finalidade e os objetivos estejam claramente definidos e sejam

conhecidos de todos os participantes.

2) As responsabilidades e ações de cada um estejam claramente

atribuídas pelo coletivo.

3) A direção seja concebida como a coordenação das “alteridades”,

das diferenças entre os iguais.

4) As pessoas sejam situadas como sujeitos, porque somente

sujeitos são cidadãos, capazes de se comprometer e participar

com autonomia.

5) Os conflitos não sejam negados, mas mediados dialeticamente,

pois são inerentes à condição humana emancipada e resultam da

pluralidade dos saberes e visões de mundo, que constituem a

riqueza da instituição.

6) A informação flua límpida e transparente, pois é a matéria-prima

da gestão.

7) O respeito profissional seja cultivado acima das divergências.

Uma concepção voltada para a inclusão, a fim de atender a diversidade de alunos,

sejam quais forem suas procedências sociais, necessidades e expectativas educacionais. A

escola projeta-se, assim, em uma utopia, inevitavelmente cheia de incertezas, ao

comprometer-se com os desafios do tratamento das desigualdades educacionais e do êxito e

fracasso escolar.

O processo ensino-aprendizado, coletivo e integrador, quando elaborado, executado

e avaliado, requer o desenvolvimento de um clima de confiança que favoreça o diálogo, a

cooperação, a negociação e o direito das pessoas de intervirem na tomada de decisões que

afetam a vida da instituição educativa e de comprometerem-se com a ação. O processo

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ensino-aprendizado não é apenas perpassado por sentimentos, emoções e valores. Um

processo de construção coletiva fundada no princípio da gestão democrática reúne

diferentes vozes, dando margem para a construção da hegemonia da vontade comum. A

gestão democrática nada tem a ver com a proposta burocrática, fragmentada e excludente;

ao contrário, a construção coletiva do processo ensino-aprendizado inovador procura

ultrapassar as práticas sociais alicerçadas na exclusão, na discriminação, que inviabilizam a

construção histórico-social dos sujeitos.

Há a necessidade da consciência em relação ao vínculo muito estreito entre

autonomia e processo ensino-aprendizado. A autonomia possui o sentido sócio-político e

está voltada para o delineamento da identidade institucional. A identidade representa a

substância de uma nova organização do trabalho pedagógico. A autonomia anula a

dependência e assegura a definição de critérios para a vida escolar e acadêmica. Autonomia

e gestão democrática fazem parte da especificidade do processo pedagógico.

A legitimidade de um processo ensino-aprendizado está estreitamente ligada ao grau

e ao tipo de participação de todos os envolvidos com o mesmo, o que requer continuidade

de ações.

O processo educativo deve se configurar com unicidade e coerência ao deixar claro

que a preocupação com o trabalho pedagógico enfatiza não só a especificidade

metodológica e técnica, mas volta-se também para as questões mais amplas, ou seja, a das

relações da instituição educativa com o contexto social.

6.2.2. Concepções

O CONHECIMENTO como construção histórica é matéria – prima ( objeto de

estudo) do professor e do aluno, que indagando sobre o mesmo irá produzir novos

conhecimentos, dando – lhes condições de entender o viver, propondo, modificações para

a sociedade em que vive , permitindo ao cidadão – produtor chegar ao domínio intelectual

do técnico e das formas de organização social sendo, portanto, capaz de criar soluções

originais para problemas novos que exigem criatividade, a partir do domínio do

conhecimento” ( Kuenzer, p.1985, p33 e 35)

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O TRABALHO é uma atividade que está na base de todas as relações humanas

condicionando e determinando a vida. É (...uma atividade humana intencional que envolve

forma de organização , objetivando a produção dos bens necessários à vida” (Andery,

1998,p, 13).

Nesta perspectiva entender o trabalho como ação intencional , o homem em suas

relações sociais, dentro da sociedade capitalista produz bens. Porém, é preciso

compreender que o trabalho não acontece de forma tranqüila, estando sobrecarregado

pelas relações de poder.

Quando produz bens, estes são classificados em materiais ou não materiais. Os bens

materiais são produzidos para posterior consumo, gerando o comércio. Já nos bens não

materiais produção e consumo acontece simultaneamente.

No trabalho educativo o fazer e o pensar entrelaçam-se dialeticamente e nesta

dimensão que esta posta a formação do homem.

Ao considerarmos o trabalho uma práxis humana, é importante o entendimento de

que o processo educativo é um trabalho não material, uma atividade intencional que

envolve , formas de organização necessária para formação do ser humano.

A CIÊNCIA nasce da necessidade de explicar os fatos observados de forma

sistematizada utilizando métodos.

Para Andery (1980) “ A ciência é uma das formas do conhecimento produzido pelo

homem no decorrer de sua história. Portanto, a ciência também é determinada pelas

necessidades materiais do homem em cada momento histórico, ao mesmo tempo em que

nela interfere.”

Dependendo de como se concebe o mundo, o homem e o conhecimento será a

concepção da ciência.

No decorrer da história, a ciência está sempre presente para reproduzir ou

transformar.

Na sociedade capitalista, o conhecimento científico é produzido de forma desigual,

estando a serviço de interesses políticos, econômicos e sociais do processo histórico, não

atingindo a totalidade da população.

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A escola tem a função de garantir o acesso de todos aos saberes científicos

produzidos pela humanidade. Nereide Saviani afirma que a ciência merece lugar

destacado no ensino como meio de cognição e enquanto objeto de conhecimento, ou seja,

ao mesmo tempo em que eleva o nível de pensamento dos estudantes, permite-lhes o

conhecimento da realidade, o que é indispensável para que não apenas conheçam e saibam

interpretar o mundo em que vivem, mas com isto saibam nele atuar r transformá-lo.

O HOMEM – ou ser humano, para não usarmos uma linguagem sexista – “é um ser

inacabado, que se constitui ao longo de sua existência social,” (Pinto, 1994) sendo,

portanto “um sujeito histórico, que se diferencia dos outros animais pelo trabalho.”

(Saviani, 1992, p. 19). É capaz de assimilar conhecimento e reproduzi-lo, bem como

produzir conhecimento. É capaz de transformar a sociedade em que está inserido. Esta

visão se aplica ao entendimento de educando.

A ESCOLA para Saviani “é uma instituição que tem o papel de socializar o saber

sistematizado”. É ela que propicia a aquisição dos instrumentos que possibilitam o acesso a

tal saber. “O que torna necessária a sua existência é a exigência de apropriação deste

conhecimento pelas novas gerações”. (Saviani,1992. p. 22-23). A cultura da escola moderna

pode ser concebida como um projeto de organização da sociedade. Definir a identidade da

escola como instituição requer indagar dela seu projeto, mas, requer como contraponto,

interrogar também o meio social onde a instituição se coloca, ou seja, identificar o que

esperam da escola seus diferentes atores e seus contemporâneos.

Revelar a estrutura formal da instituição não é suficiente para apreender as

operações intelectuais e rituais das quais ela se vale para conferir significado ao mundo. Na

vida escolar, observam-se os sentidos sociológicos das formas e do traçado de um dado

ritual que confere lugares, posições e jogos de linguagens, tanto verbais quanto gestuais e

corporais.

A CULTURA escolar enfrenta e incorpora simultaneamente outras culturas,

expressas pelo impacto dos meios de comunicação de massa, pela família, além de,

especialmente, pelo que se tem hoje caracterizado como cultura infanto-juvenil.

Cultura escolar é, portanto, uma dada distribuição do espaço e do tempo escolares:

mas compõe-se também dos espaços e dos tempos de inscrição das transgressões. “Cultura

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escolar é a ordenação de comportamentos prescritos pelos adultos; mas é, sobretudo, a

apropriação diferenciada que novas e sempre novas gerações farão com aquilo que se

pretende fazer delas.

A cultura é resultado de toda a produção humana, segundo Saviani,” para

sobreviver o homem necessita extrair na natureza, ativa é intencionalmente, os meios de

sua subsistência. “Ao fazer isso, ele inicia o processo de transformação da natureza,

criando um mundo humano (o mundo da cultura)” (1992, p,19)

Podemos considerar que, “de um ponto de vista antropológico, cultura é tudo o que

elabora, e elaborou, o ser humano, desde a mais sublime música ou obra literária até as

formas de destruir- se a si mesmo e as técnicas de tortura , a arte,, a ciência, a linguagem,

os costumes, os hábitos de vida, os sistemas morais, as instituições sociais, as crenças, as

religiões , as formas de trabalhar .” Sacristan, 2001,p, 205)

Todo conhecimento, na medida em que se constitui num sistema de significação, é

cultural. Além disso, como sistema de significação, todo conhecimento está estritamente

vinculado com relações de poder.. (Tomas Tadeu, 1999)

É necessário considerar, portanto, a importância do texto de Silova, “tornou-se lugar

comum destacar a diversidade das formas culturais do mundo contemporâneo. É um fato

paradoxical, entretanto, que essa suposta diversidade conviva com fenômenos igualmente

surpreendentes de homogeneização cultural.

Ao mesmo tempo em que se tornam visíveis manifestações e expressões culturais

de grupos dominados, observa-se o predomínio de formas culturais produzidas e

vinculadas pelos meios de comunicação de massa, nas quais aparecem de forma destacada

as produções culturais em sua dimensão material e não – material.

Toda a organização curricular, por sua natureza e especificidade precisa completar

várias dimensões da ação humana, entre elas a concepção de cultura. Na escola, em sua

prática há a necessidade da consciência de tais diversidades culturais, especialmente de sua

função de trabalhar as culturas populares de forma a levá-los à produção de uma cultura

erudita, como afirma Saviani “ a mediação da escola, instituição especializada para operar

a passagem do saber espontâneo ao saber sistematizado, da cultura popular à cultura

erudita, assume um papel político fundamental, “(Saviani, apud, Frigotto, 1994 p, 189).

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Respeitando a diversidade cultural e valorizando a cultura popular e erudita cabe a

escola aproveitar essa diversidade, existente, para fazer dela um espaço motivador, aberto e

democrático.

A concepção de CURRÍCULO observa, para além da norma, os procedimentos

efetivamente usados na rotina de sala de aula. As práticas didáticas que prescrevem os

modos autorizados por meio dos quais a escolarização deverá fazer uso do texto estarão,

contudo, sempre para além daquela orientação normativa que pretende defini-la, descrevê-

la e circunscrevê-la.

As teorias do currículo há tempos já referenciam a acepção de currículo – que, a

princípio, correspondia à idéia de ordem e de disciplina – como o conjunto das ações e

interações – manifestas ou implícitas – que acontecem na escola.

Os currículos, elaborados através de propostas curriculares e projetos,

compreendem, portanto, um conjunto de conhecimentos, centrado nos eixos da

interdisciplinaridade e da indissociabilidade dos eixos prático-conceitual e teórico-

demonstrativo, ou seja, as disciplinas têm que estar integradas e o aspecto teórico não

podem estar dissociado da prática.

Essa concepção pedagógica coloca o aluno no centro da dinâmica do processo de

ensino e aprendizagem e submete a organização do trabalho escolar e a proposta curricular

à formação e vivência sócio-cultural própria de cada idade ou ciclo de formação dos

educandos.

O desenvolvimento dos conteúdos curriculares por meio dos projetos e a definição

de diretrizes e requisitos essenciais devem garantir a unidade, quanto aos níveis adequados

de output a serem desenvolvidos em todas as crianças.

A construção do saber anda a par com a reconstituição do campo do poder dentro

das escolas. Neste espaço, os atores lutam pelo poder sobre a regulação dos instrumentos de

diagnóstico e avaliação, pois há consciência de que a avaliação é indispensável para a

mudança.

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Uma concepção de AVALIAÇÃO – qualitativa formativa e includente – requer o

questionamento de formas punitivas de resposta aos eventos insatisfatórios do processo

ensino-aprendizagem (como a repetência) e um novo ordenamento dos tempos escolares.

Os maiores desafios para a incorporação, ao habitus institucional, de uma avaliação

mais formativa e democrática deve-se ao aspecto decisório da avaliação, que é sócio-

historicamente construído. Ou seja, avaliar sempre implicou fundamentar uma decisão

sobre o prosseguimento do processo ensino-aprendizado e, de forma muito sensível, sobre a

certificação. Para enfrentar este desafio, a ênfase avaliativa, centrada nos resultados da

aprendizagem, é superada pela priorização do processo educativo formativo e igualitário.

O colégio utilizará a avaliação diagnóstica, formativa e somativa, realizada

cooperativamente, visando determinar até que nível os objetivos curriculares previamente

estabelecidos, foram ou deixaram de ser alcançados pelos alunos.

A sistemática da avaliação de desempenho do aluno e de seu rendimento escolar

será contínua e cumulativa, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os

quantitativos, de acordo com o currículo e objetivos propostos pelo estabelecimento de

ensino e os resultados expressos em nota de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula

zero), organizado bimestralmente; onde a média necessária para aprovação deverá ser igual

ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) e freqüência igual ou superior a 75% (setenta e cinco

por cento).

Para os alunos de baixo rendimento escolar, será proporcionada a recuperação de

estudos, de forma paralela, durante o processo ensino aprendizagem ao longo da série ou

do período letivo, à medida que forem constatadas dificuldades ou falhas de aprendizagem.

Na aplicação de uma segunda ou terceira avaliação na unidade de estudos, a(s)

nota(s) será (ao) considerada(s) como recuperação, prevalecendo sempre a maior.

Com relação ao registro da avaliação, prevalecerá o registro qualitativo que

expresse o processo escolar do aluno da forma mais ampla possível, englobando aspectos

cognitivos, afetivos, de socialização, entre outros, tendo a escola autonomia para criar o

layout próprio dos seus registros. Os conceitos registrados devem incluir não apenas as

disciplinas curriculares, como também de aspectos comuns a todas as disciplinas, tais como

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cumprimento de tarefas, participação nas aulas, freqüência, pontualidade, relacionamento

com professores e colegas, além de um espaço para livres observações acerca do aluno.

Por fim, entende-se que democratizar a gestão das escolas implica gerar condições

de autonomia para que as escolas possam administrar seu projeto educativo com

responsabilidade. Exige-se a instalação de um processo de discussão da avaliação, não

apenas da aprendizagem dos alunos, mas também do processo de trabalho na escola. Assim,

a avaliação supera a orientação por princípios da racionalidade técnica, que acabam

servindo à regulação e à manutenção do status quo sob diferentes formas. Este é o desafio a

ser enfrentado: compreender a educação no interior das políticas públicas para buscar novas

trilhas.

A Escola apresenta índices de aprovação de 48,4% (quarenta e oito virgula quatro

por cento) e de reprovação de 19% (dezenove por cento), indicando que a escola necessita

de um investimento intenso para a melhoria destes índices, que se apresentam

insatisfatórios. Uma questão importante é a alta freqüência de aprovações por conselho de

classe, dado que não há mais uma nota mínima para a inclusão de um aluno nessa

modalidade de avaliação.

O tempo escolar é concebido, tradicionalmente, como um artifício ordenador de

uma dada forma cultural a ser apreendida, aquela que se apropria de parte da infância e da

juventude, e captura o imaginário coletivo de tal maneira que naturaliza a escola graduada,

dividida por séries, por idades, com exames regulares, que avaliam sistematicamente graus

de aprendizado.

A temporalidade escolar, pois, tem pressa e não olha para trás. O ritmo deve ser

simultâneo: todos os alunos aprendendo, na mesma proporção, as mesmas matérias. Trata-

se de cronometrar o tempo pela "hora-aula", e enquadrar o conhecimento na "grade

curricular".

Entretanto, são ideológicas as medições exatas no campo da educação. O tempo

escolar, portanto, deve ser concebido um tempo, simultaneamente, institucional e pessoal,

cultural e individual. Institucionalmente prescrito e uniforme, torna-se plural e diverso sob

uma perspectiva individual. Ou seja, não existe apenas um tempo, mas uma variedade de

tempos: no mínimo, o do professor e o do aluno. Enquanto tempo cultural, o tempo escolar

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é uma construção social historicamente cambiante, um produto cultural que implica uma

determinada vivência ou experiência temporal. É um tempo vivido não apenas pelos

professores e pelos alunos, mas também pelas famílias e pela comunidade em seu conjunto,

mediante sua inserção e relações com os demais ritmos e tempos sociais. De certo modo,

procurando tornar o tempo um artifício sob seu controle, mediante elaboração de

convenções e consensos, a escola cria cultura.

5.2.3. Instrumentos de Ação Colegiada

A ação de projetar, buscando transformar o real, procura assegurar a plena qualidade

do processo de ensino-aprendizagem. O processo decisório da gestão escolar deve

assegurar o conflito de idéias e de valores – que é a essência das relações democráticas –

bem como a interlocução permanente nas instâncias de controle social legitimadas e

reconhecidas dentro do setor de educação: Conselho de Escola, Associação de Pais e

Mestres e Funcionários, Grêmios estudantis e todos os sujeitos da comunidade escolar, o

que inclui as autoridades públicas.

A escola deve traçar seu próprio caminho educativo, através de uma proposta

escolar autônoma, que ressalte a importância da participação dos profissionais da educação

e da comunidade escolar nos conselhos escolares, para estimular a autonomia da escola, e

para superar a gestão dos meios e produtos, apelando para iniciativas inovadoras, orientadas

por valores mais humanos e que levem em conta vivências e sentimentos, condições de

vida e de trabalho, a cultura e o processo de trabalho na escola.

A autonomia escolar deve ser assegurada pela destinação de recursos diretos, a

serem geridos pelo conselho escolar. A autonomia financeira fortalece a identidade da

escola e incentiva a participação da comunidade em seu apoio. A melhoria da qualidade do

ensino também pode ser assegurada por este mecanismo de alocação dos recursos, que

podem ter sua utilização otimizada, incluindo o investimento em insumos e inovações,

como materiais didáticos e tecnológicos. Paralelamente, a dimensão relativa ao processo de

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arrecadação e aplicação de recursos para o funcionamento do setor de educação deve ser

amplamente debatida, no âmbito das instâncias colegiadas, de modo que os conselhos

municipais e os conselhos escolares tenham a competência para supervisionar o processo de

administração dos recursos orçamentários e extra-orçamentários, estabelecendo-se,

portanto, procedimentos de controle social sobre as ações do setor de educação, em nível

local, regional e nacional.

A ação colegiada implica planejamento e avaliação contínuos e sua implementação

depende dos limites e das potencialidades humanas e materiais historicamente

determinados. Por considerar a comunidade escolar como construtora de política, nos

espaços formais e informais, a ação colegiada libertária é local e universalista, em intenção

e abrangência, pois a educação para a liberdade só se efetivará no processo de lutas sociais

globais, que conquistem, para todos os indivíduos, condições de auto-emancipação

intelectual, política e econômica.

Na prática da escola, tem-se buscado discutir, no coletivo, a Gestão Democrática,

através das formas de participação consolidadas para o setor da educação. Assim, garante-

se a eleição dos dirigentes escolares, a participação colegiada no Conselho da escola, e na

construção coletiva do Roteiro de Atividades da Semana Pedagógica. No entanto, há a

percepção de que tais iniciativas somente serão integralmente bem sucedidas se contarem

com o apoio da comunidade escolar e das instâncias superiores da gestão da educação.

7. MARCO OPERACIONAL

7.1. Visão Geral

A escola é uma instituição que demanda um projeto educacional que englobe o agir

humano, articulando o projeto político coletivo da sociedade e os projetos pessoais dos

sujeitos envolvidos no processo ensino-aprendizado.

Todo projeto implica uma intencionalidade de condições reais, objetivas e

concretas. Todo educador constrói sua prática em valores sociais e em ideologia, o que o

faz optar pelo reforço de valores alienantes ou transformadores em sua prática.

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Assim, a especificidade do trabalho pedagógico exige uma institucionalização de

meios que vincule educadores e educandos. Assim, a escola se empondera para enfrentar os

sistemas de informação e comunicação de massa, pretensamente educativos – pois toda a

relação pedagógica depende de um relacionamento humano direto.

Sabendo que, ao investir na construção da cidadania dos indivíduos, a educação

escolar está articulando o projeto político da sociedade, que precisa ter seus membros como

cidadãos e, assim, os projetos pessoais desses indivíduos encontram um espaço para existir

humanamente.

Dessa forma, os instrumentos de que dispõem os educadores são, prioritariamente,

aqueles fornecidos pelo conhecimento que, aliado à crítica, à competência e à criatividade,

permite aos educadores exercer seu papel de atores políticos de modo integral.

Desta maneira, verifica-se que os projetos educativos vêm ao encontro da melhoria

do ensino, mediante a utilização de recursos metodológicos diferenciados, que enriqueçam

a prática docente e motivem o querer aprender dos alunos.

7.2. Decisões Operacionais

Apresentamos algumas ações que, implementadas, apresentam potencial de

superação dos principais desafios situacionais da nossa escola, tais como: a evasão escolar,

baixa motivação do binômio professor-aluno, os transtornos de comportamento e as ações

docentes. Estas são ações de implementação a médio e longo prazo, pois dependem do

engajamento político da comunidade escolar e da instituição de um processo continuado de

discussão com professores, equipe pedagógica, pais e instâncias colegiadas para o

aprimoramento das propostas. As propostas são elencadas a seguir:

a) Desenvolvimento de projetos que englobem maneiras diversificadas de ensinar e

aprender, com a utilização de recursos com grande potencial didático, como a música, a

poesia, dança, entre outros, que manipulando os objetivos e os conteúdos curriculares,

nortearão as atividades educativas a serem desenvolvidas;

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b) A equipe pedagógica possibilitará momentos de estudos para revisão da linha

teórica das ações educativas, procurando, de forma inovadora, despertar no professor e no

aluno a busca de sentido na construção do conhecimento. As ações propostas como

formação continuada para os professores, equipe pedagógica, direção, funcionários e pais

compreendem: cursos de capacitação, Semana Pedagógica, grupos de estudos, Livro

Público e Projeto Folhas, reuniões pedagógicas, reuniões das instâncias colegiadas,

palestras e informes de periodicidade regular (semanal, mensal) ou irregular;

c) Estímulo ao querer e ao buscar a melhoria e ao aprendizado constante, mediante o

desenvolvimento de atividades atrativas e significativas;

d) Capacitação e motivação do professor, de modo a modificar e aprimorar

continuadamente suas atividades educativas, buscando a formação pedagógica permanente;

e) Estímulo à organização interna da escola, com a definição das funções, papéis

específicos e atribuições;

f) Promoção do relacionamento institucional entre os aspectos administrativos e

pedagógicos, na vigência de dificuldades pedagógicas que demandem ações

administrativas, de acordo com o diagnóstico realizado no marco situacional.

g) Atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais, para integrá-

los no ensino regular, promovendo assim a inclusão; bem como os alunos da zona rural,

criando condições para que freqüentem assiduamente as salas de apoio e recursos, uma vez

que as mesmas funcionam em contra turno e esses alunos ficam impossibilitados de irem às

suas casas para o almoço e retornarem ao colégio, necessitando portanto, realizarem suas

refeições no colégio, além dos horários de transportes que não coincidem com suas

necessidades.

h) Promover a consciência e difusão da Cultura Afro-brasileira na comunidade

escolar, visto que a relevância do estudo de temas decorrentes da cultura e historia da

cultura afro-brasileira e africana não se restringe à população negra, ao contrário, dizem

respeito a todos os brasileiros uma vez que devem educar-se enquanto cidadãos atuantes no

seio de uma sociedade multicultural e pluriétnica, capazes de construir uma nação

democrática; baseando nas disposições contidas na Lei nº 10.639, de 09 de janeiro de 2003.

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i) Encaminhamento de alunos ao mercado de trabalho através de parcerias com

empresas por intermédio do CIEE e outras entidades.

7.3. Instâncias Colegiadas

O Colégio Estadual “Alberto Santos Dumont” – Ensino Fundamental e Médio

possui as seguintes instâncias colegiadas: Associação de Pais, Mestres e Funcionários

(APMF), Conselho Escolar, Grêmio Estudantil e Voluntariado.

7.3.1. Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF)

Associação de Pais, Mestres e Funcionários, e similares, - pessoa jurídica de direito

privado, é um órgão de representação dos pais e profissionais dos estabelecimento, não

tendo caráter político partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo

remunerados os seus Dirigentes e Conselheiros, sendo constituído por prazo indeterminado.

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários é um órgão formado por membros de

toda a comunidade escolar envolvidos no processo educacional, igualmente responsáveis

pelo sucesso do desempenho da Escola Pública, que objetiva dar apoio à Direção das

escolas, primando pelo entrosamento entre pais, alunos, professores, funcionários, e toda a

comunidade, com atividades sócio-educativas, culturais e desportivas.

A sua formação e suas ações estão contidas em Estatuto próprio da APMF,

registrado em cartório e à disposição a todos os interessados no estabelecimento de ensino.

7.3.1.1. Presidente: Ednise da Conceição Yancoski

7.3.1.2. Vice-Presidente: Arisângeli Fernandes Penharbel da Silva

7.3.1.3. 1ª Secretária: Sandra Regina Nantes dos Santos

7.3.1.4. 2ª Secretária: Vânia Suzi Ruiz Bagnoli

7.3.1.5. 1ª Tesoureira: Maria Aparecida Batista da Silva

7.3.1.6. 2ª Tesoureira: Vanilda Pontes de Almeida

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7.3.1.7. Conselho Fiscal: Onésimo de Oliveira Moraes, Geraldo Domingues Dias,

Darcy de Fátima Luiz da Silva

7.3.1.8. Suplentes: Maria Elizabeth Carvalho do Nascimento, Wellington dos Santos

Carvalho, Elizabete Nunes Gomes, Maria Carneiro Lopes

7.3.1.9. Diretoria Social e Cultural: Laíde Lopes Suzuki

7.3.1.11. Diretora de Esportes:Denise Cristina Mazia Facio Pires

7.3.2. Conselho Escolar

O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa e

fiscal, com o objetivo de estabelecer o PPP da escola e os mecanismos para sua execução,

organização, funcionamento e relacionamento com a comunidade, nos limites da legislação

em vigor, e em compatibilidade com as diretrizes da política educacional traçadas pela

SEED. O Conselho Escolar também tem como finalidade promover a articulação entre os

vários segmentos organizados da sociedade e a instituição escolar, de modo a garantir a

eficiência e a qualidade do seu funcionamento.

É um órgão organizado para promover a democracia no interior da escola e no seu

Estatuto estão bem evidenciadas a forma de eleições, as definições dos direitos e deveres

dos conselheiros, as atribuições, as proibições, medidas disciplinares, forma e a

periodicidade das reuniões, a forma de tomada de decisões, etc.

7.3.3. Grêmio Estudantil

O Grêmio Estudantil é uma entidade autônoma representativa dos interesses dos

estudantes, com finalidades educacionais, culturais, científicas, desportivas, sociais e

também política. Está em fase de organização seguindo as orientações contidas na

publicação da SEED “Grêmio Estudantil na Rede Estadual de Ensino do Paraná”.

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A Comissão PRÓ-GRÊMIO já elaborou o Estatuto, que será apresentado na

Assembléia para esclarecimento a todos os estudantes o que é e qual a finalidade do

Grêmio Estudantil e deverá ser registrado em Cartório no ano de 2007.

7.3.4. Voluntariado

A comunidade participa da vida na escola através do Projeto Amigos da Escola, do

grupo de Teatro “Juntando Cacos” e da Fanfarra Escolar.

8. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

8.1. Fundamentos

A busca pela qualidade, elemento fundamental no processo de avaliação pressupõe

que esta deve ter um caráter negociável, participativo, auto-reflexivo, contextual, plural,

processual e transformador.

Para Luckesi:

“a avaliação da aprendizagem escolar adquire seu sentido na medida em que

se articula a um projeto pedagógico e com seu conseqüente projeto de

ensino, não possuindo uma finalidade em si. (2003, p.85)

Ela subsidia decisões a respeito da aprendizagem do educando, visando a

garantia do resultado que estamos construindo, articulado e delineado num projeto coletivo.

A proposta de Avaliação Institucional (AI) implica na mobilização da escola em

processos participativos. Esse processo deve ser alimentado por diferentes dados

procedentes da realidade da escola, inclusive ações que acompanhem o desempenho dos

alunos de forma contínua e sistemática, garantindo, assim, que as melhorias introduzidas

nas escolas também tenham como destinatário final o aluno.

Neste sentido, é importante que se recupere o espírito de serviço público como base

para o compromisso moral e ético da escola pública com a qualidade da assistência ao

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público de forma equânime. Assim, pode-se obter o comprometimento da comunidade

escolar em um processo de AI, à luz do seu projeto pedagógico, como uma forma de

estabelecer um pacto pela melhoria da qualidade, tendo como contrapartida a assunção de

responsabilidades pela comunidade interna da escola, com reflexos positivos na sua

organização.

Um aspecto essencial na produção de qualidade é a definição, seleção e produção de

indicadores, compreendidos como significados compartilhados, ou seja, sinalizações, linhas

que indicam um percurso possível de realização de objetivos que os diferentes atores

sociais se empenham em buscar, contribuindo, para isso, cada um de acordo com o próprio

nível de responsabilidade.

Criticados pelo ideário neoliberal como instrumentos de corporativismo e lentidão

dos processos de trabalho no setor público, os indicadores são importantes, muito mais pelo

significado de compartilhamento entre os atores da escola, do que pelo valor numérico ou

de análise que possam gerar.

O AI, articulada à avaliação dos alunos, deve criar as condições necessárias para

mobilizar a comunidade local das escolas na construção da sua qualidade e na melhoria de

sua organização. É essa comunidade local que tem melhores condições para se erguer como

um coletivo que faça com que as forças vivas do serviço público pense sobre si, sobre a

ética de suas condutas, sobre a responsabilidade na denúncia da falta de condições de

trabalho e sobre a responsabilidade do bom uso das condições de trabalho quando elas são

atendidas.

Uma negociação ampla e responsável com os atores da escola – acerca do seu

projeto pedagógico e das suas demandas, incluindo um sistema público de monitoramento

de qualidade, construído coletivamente – pode ser a maneira de fazer alguma diferença. As

justificativas para o AI são as seguintes: em primeiro lugar, a população atendida tem

direito à melhor qualidade possível oferecida pelo serviço público; segundo, porque o

exercício de novas formas de participação na instituição se constitui em um importante

meio para desenvolver a contra-regulação, quando o serviço público sofre a ação predatória

das políticas públicas neoliberais e conservadoras.

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Sendo assim, visando a participação permanente de toda a comunidade escolar na

vida da instituição, a AI será implementada de forma constante, analisando, criticando e

atualizando o conteúdo do PPP, produzindo indicadores, compilando relatos e promovendo,

assim, o verdadeiro diagnóstico em educação, através da definição do marco situacional.

Este processo será balizado pela incorporação das reflexões contidas no marco conceitual, e

as metas previstas no marco operacional.

8.2. Avaliação Institucional Externa

8.2.1. Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi instituído em 1998 pelo Ministério

da Educação para ser aplicado, em caráter voluntário, aos estudantes e egressos deste nível

de ensino. Realizado anualmente, tem como objetivo principal avaliar o desempenho do

aluno ao término da escolaridade básica, para aferir o desenvolvimento de competências

fundamentais ao exercício pleno da cidadania.

Também são objetivos do Enem: (a) oferecer uma referência para que cada cidadão

possa proceder à sua auto-avaliação com vistas às suas escolhas futuras, tanto em relação

ao mundo de trabalho quanto em relação à continuidade dos estudos; (b) estruturar uma

avaliação ao final da educação básica que sirva como modalidade alternativa ou

complementar aos processos de seleção nos diferentes setores do mundo de trabalho; (c)

estruturar uma avaliação ao final da educação básica que sirva como modalidade alternativa

ou complementar aos exames de acesso aos cursos profissionalizantes pós-médios e à

Educação Superior; (d) possibilitar a participação e criar condições de acesso a programas

governamentais.

A estrutura do Exame tem como base uma matriz com a indicação de competências

e habilidades associadas ao conteúdo do Ensino Fundamental e Médio que são próprias ao

sujeito na fase de desenvolvimento cognitivo, correspondente ao término da escolaridade

básica. O Enem é constituído por uma prova única contendo 63 questões objetivas de

múltipla escolha e uma proposta para redação.

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Os resultados obtidos pela escola no Enem 2006 registram que das 117 matrículas

efetuadas, 45 (38,5%) participaram efetivamente da prova. A média ajustada na Prova

Objetiva foi de 28,79, colocando a Escola no 9º lugar entre as 9 Escolas Estaduais do

município de Apucarana, porém acima da média geral do Brasil (31,22), do Estado do

Paraná (32,91) e do município (33,31). A média ajustada de Redação e Prova Objetiva foi

de 42,62, tendo obtido 7º lugar entre as 9 Escolas Estaduais do município de Apucarana,

acima da média geral do Brasil (39,37), do Estado do Paraná (41,72) e abaixo da média do

município (42,75).

Estes resultados evidenciam a necessidade de estímulo, por parte dos professores e

da comunidade escolar como um todo, para a participação e o empenho dos alunos na

participação do Enem, visto que esta prova é aproveitada, hoje em dia, em diversos

processos seletivos de instituições de ensino superior e para a obtenção de bolsas de estudo.

8.2.2. Prova Brasil

A Prova Brasil expandiu a avaliação feita, desde 1995, pelo Sistema Nacional de

Avaliação da Educação Básica (Saeb). Enquanto o Saeb é feito por amostragem e oferece

resultados no âmbito dos estados e redes de ensino, a Prova Brasil é aplicada a todos os

estudantes das séries avaliadas e apresenta médias de proficiência por unidade escolar. Ela

foi idealizada com o objetivo de auxiliar os gestores nas decisões e no direcionamento de

recursos técnicos e financeiros, assim como a comunidade escolar no estabelecimento de

metas e implantação de ações pedagógicas e administrativas, visando à melhoria da

qualidade do ensino.

O resultado do desempenho da escola na Prova Brasil não pôde ser apresentado,

pois a página do endereço eletrônico do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas

Educacionais Anísio Teixeira (Inep) que contém os resultados encontra-se em manutenção.

8.2.3. Olimpíadas de Matemática

O governo federal lançou em conjunto com os Ministérios de Ciência e Tecnologia

e Educação este ano as Olimpíadas de Matemática para as Escolas Públicas de todo o país.

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A olimpíada é dividida em três níveis, sendo o primeiro de 5ª e 6ª série, o segundo de 7ª e

8ª série e o terceiro para os alunos do ensino médio. Em média, cinco milhões de alunos de

todo o Brasil participam do desafio, configurando a segunda maior olimpíada de

matemática do mundo, só perdendo para os Estado Unidos. As provas são realizadas em

duas fases. A primeira apresenta 20 questões de múltipla escolha e a segunda contém entre

seis e oito questões discursivas. Os prêmios vão desde medalhas para os alunos que

apresentam melhor desempenho até quadras de esportes para os colégios e estágios de 15

dias para os professores no Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa).

O resultado do desempenho da escola nas duas Olimpíadas de Matemática já

realizadas não pôde ser apresentado, pois a página do endereço eletrônico das Olimpíadas

de Matemática das Escolas Públicas não publica os resultados.

Apucarana, 12 de agosto de 2008.

ENSINO FUNDAMENTAL

PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA

ARTES

1 - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE ARTES

O ensino da Arte possibilita o estudo como campo de conhecimento, constituído de

saberes específicos, envolvendo as manifestações culturais – locais, nacionais e globais – o contexto

histórico-social e o repertório de conhecimento do aluno.

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A sistematização do ensino da Arte na Escola desempenha o papel social na

medida em que democratiza um conhecimento específico e interfere na formação do

indivíduo enquanto fruidor de cultura e conhecedor da construção de sua própria nação

(BARBOSA, 2002, p. 14).

A dimensão social das manifestações artísticas revela modos de perceber, sentir e

articular significados e valores que orientam os diferentes tipos de relações entre os

indivíduos da sociedade.

O ensino da arte visa estimular no educando a liberdade de expressão, a

criatividade e espontaneidade e a apropriação do conhecimento científico.

A atividade criadora é uma necessidade humana, através da qual o indivíduo

descobre sua integridade. Sua função consiste, assim, em aplicar o conhecimento no que se

refere aos conteúdos específicos das línguas artísticas, aliando o Ver, o Pensar, o Fazer e o

Criar. Consiste também a pretensão de analisar o espaço da arte na escola a partir de uma

perspectiva histórica, que visa desenvolver no educando uma percepção exigente, ativa em

relação a realidade; proporcionando a aquisição de instrumentos necessários para a

compreensão dessa realidade expressa na arte, bem como as possibilidades de expressão

nas atividades artísticas, tendo como elementos norteadores as quatro áreas do ensino da

arte: artes visuais, dança, música e teatro.

2 - OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

Instrumentalizar o aluno com um conjunto de saberes em arte que lhe permita

utilizar o conhecimento estético na compreensão das diversas manifestações

culturais;

Observar as relações entre a Arte e a realidade, investigando, indagando interesse e

curiosidade, exercitando a discussão, a sensibilidade, argumentando e apreciando a

arte de modo criativo;

Desenvolver no educando potencialidades crítico-expressivas, estruturando seu

conhecimento, segundo sua percepção e consciência do mundo em que vive, aliando

o ver, o pensar, o fazer e o criar.

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Possibilitar a formação de um leitor de mundo mais crítico e eficiente dos seus

posicionamentos e tomadas de atitudes;

Entender o homem como um todo: razão, emoção, pensamento, percepção,

imaginação e reflexão, buscando ajudá-lo a compreender a realidade e a transformá-

la;

Oportunizar ao aluno o conhecimento tanto erudito como popular, através dos

movimentos artísticos, patrimoniais e seus precursores.

3 – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS BÁSICOS DAS LINGUAGENS ARTÍSTICAS

Esse conteúdo estruturante estará presente em todas as linguagens artísticas,

desdobrando-se em conteúdos específicos em cada uma delas. O artista/autor organiza esses

elementos da(s) linguagem(s), visando a criação artística; gerando signos que possibilitam a

interpretação para o espectador/fruidor.

PRODUÇÕES/MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS

Esse conteúdo estruturante também vai estar presente em todas as linguagens

artísticas, configurando-se na organização e articulação dos elementos básicos das mesmas

na forma de composição, improvisação ou interpretação, ou seja, nas

produções/manifestações percebidas pelos sentidos humanos.

ELEMENTOS CONTEXTUALIZADORES

Ampliam e aprofundam a apreensão do objeto de estudos. Abrangem a

contextualização histórica (social, política, econômica e cultural), elementos e rituais de

matriz africana nas manifestações populares brasileiras, autores/artistas, os gêneros, os

estilos, as técnicas, as várias correntes artísticas e as relações identitárias

(local/regional/global) tanto do autor, como do aluno com a obra.

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CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Elementos básicos das linguagens artísticas

Artes visuais:

Figurativo, abstrato, bidimensional e tridimensional, ritmo visual, gêneros e técnicas.

Elementos formais: ponto, linha, superfície, textura, volume, cor, perspectiva.

Dança : movimento (espaço, ações ,dinâmica, ritmo, inter-relacionamentos).

Elementos formais: altura, duração, intensidade, movimento corporal, tempo e espaço.

Música: som (sucessivos, simultâneos, qualidades, estruturas musicais).

Elementos formais: altura, duração, timbre, intensidade e densidade.

Teatro: representação, sonoplastia, caracterização, cenografia, figurino, maquiagem e

adereços, jogos teatrais, improvisação.

Elementos formais:personagem (expressão corporal/ gestual/ vocal/ facial).

Produções / manifestações artísticas

Artes visuais: imagens tridimensionais/bidimensionais/ virtuais.

Elementos formais: imagens bidimensionais (desenho, pintura, gravura, propaganda

visual);

Imagens tridimensionais (esculturas e construções arquitetônicas);

Imagens virtuais (cinema, televisão, computação gráfica).

Dança: composições coreográficas; improvisações.

Elementos formais: apresentação artística, espetáculos.

Música: composições; improvisações; interpretações.

Elementos formais, melodia, harmonia, ritmo, altura, duração, timbre, intensidade e

densidade).

Teatro: representação teatral direta e indireta; improvisação cênica; dramatização.

Elementos formais: personagem (expressões corporais, vocais, gestuais e faciais); ação;

espaço cênico.

Elementos contextualizadores

Nas linguagens das artes visuais, dança, música e teatro: contextualização histórica;

autores/ artistas; gêneros; estilos; técnicas, correntes artísticas; relações identidárias locais /

regionais / globais (cultura Afro Brasileira e outros).

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4 - METODOLOGIA DA DISCIPLINA DE ARTES

No Ensino Fundamental, o enfoque cultural permeia as discussões em Arte, pois

é na associação entre a Arte e a Cultura que podem se dar as reflexões sobre a diversidade

cultural e as produções/manifestações culturais que dela decorrem.

Buscar-se-á formas originais e interdisciplinares de expressar idéias com o grupo,

promovendo observações, experimentações, discussões e análises para que se possa entrar

em contato, não só com as formas e linguagens técnicas, mas também com idéias e

reflexões propostas pelas diferentes linguagens artísticas.

A cultura será abordada como resultante do trabalho que abrange as práticas

sociais historicamente construídas pelos sujeitos, assim propiciando o autoconhecimento;

desse modo, ela funciona como uma lente, através da qual se vê, se compreende, se inclui,

se localiza, se insere na diversidade.

Entende-se, assim, que aprender arte envolve não apenas uma atividade de

produção artística pelos alunos, mas também compreende o que fazer e o que os outros

fazem, pelo desenvolvimento da percepção estética, no contato com o fenômeno artístico,

visto como objeto de cultura na história humana e como conjunto das relações.

Sabe-se, também, que ao fazer e conhecer arte, o aluno percorre os trajetos de

aprendizagem que proporcionam conhecimentos específicos sobre sua relação com o

mundo. Além disso, desenvolve potencialidades que podem contribuir para a consciência

de seu lugar no mundo e para compreensão de conteúdos das outras áreas de conhecimento.

5 - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA DE ARTES

A disciplina de Artes apresenta-se como componente curricular responsável por

viabilizar ao aluno o acesso sistematizado aos conhecimentos em arte, por meio das

diferentes linguagens artísticas.

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Assim sendo, o objetivo da arte no ensino fundamental é propiciar ao aluno o

acesso aos conhecimentos presentes nos bens culturais, por meio de um conjunto de

saberes, permitindo que utilize esses conhecimentos na compreensão das realidades

levando em conta as relações estabelecidas pelos alunos entre os conhecimentos em arte e a

sua realidade que se tornam evidentes tanto no processo, quanto na produção individual e

coletiva.

Dessa forma, a avaliação em Artes será diagnóstica e processual e sem

estabelecimento de parâmetros comparativos entre os alunos; estará, portanto, discutindo

dificuldades e progressos de cada um a partir de sua própria produção. Sendo diagnóstica a

avaliação será referência do professor para o planejamento das aulas e de avaliação dos

alunos. Sendo processual abrange todos os momentos da prática pedagógica. A avaliação

será feita por meio de observação e registro, considerando aspectos experienciais (práticos)

e conceituais (teóricos), buscando o desenvolvimento do pensamento estático e a

sistematização do conhecimento para a leitura da realidade.

O planejamento deve ser constantemente direcionado, utilizando a avaliação do

professor, da turma sobre o desenvolvimento das aulas e também a auto-avaliação dos

alunos.

6 - BIBLIOGRAFIA

ARCO VERDE, Y.F de Souza. Introdução às Diretrizes Curriculares. Curitiba. SEED.

2006.

FISCHER, Ernst. A necessidade da Arte. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1987.

OSTROWER, Fayga. Universo da Arte. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1991.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.

Departamento de Ensino Fundamental. Diretrizes curriculares da Educação Fundamental

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da Rede de Educação Básica do Estado do Paraná: Ensino Fundamental – Arte. Curitiba,

2004.

______. Cadernos temáticos: a inserção dos conteúdos de História e cultura afro-brasileira

e africana nos currículos escolares. Curitiba: SEED-PR, 2005. 43 p.

______. Orientações curriculares de Educação Artística. Texto preliminar, julho 2005.

______. Diretrizes curriculares de Educação Artística para o Ensino Fundamental.

Versão preliminar, julho 2006.

CIÊNCIAS

A. Apresentação geral da disciplina

Desde que o homem começou a se interessar pelos fenômenos à sua volta e

aprender com eles, a Ciência já estava presente, embora não apresentasse o caráter

sistematizador do conhecimento. Mesmo antes da descoberta do fogo o homem já utilizava

técnicas para apanhar alimentos, caçar com instrumentos feitos de pedra e usar outros

materiais disponíveis na natureza, procurando satisfazer suas necessidades cotidianas.

A partir do século XI, acontecimentos nortearam o pensamento do homem em

relação à Ciência, como: as Cruzadas, Revolução Científica, as grandes navegações e a

invenção da imprensa . Podemos inferir também que muitos pensadores e cientistas como

Leonardo da Vinci (1452 – 1519), Nicolau Copérnico (1473-1547), Galileu Galilei (1564-

1662), Francis Bacon (1561-1626), René Descartes (1596-1650), Isaac Newton (1642-

1727), dentre outros contribuíram para o desenvolvimento do pensamento científico.

No século XX, a Ciência teve uma grande evolução em relação ao passado,

promovendo grandes descobertas para a humanidade, mas sofrendo conseqüências

negativas ao incentivar as guerras e influenciar a miséria de muitos, já que suas aplicações

são falíveis, intencionais e agem sobre a tecnologia e as relações sociais.

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No Brasil, o currículo de Ciências sofreu influências de épocas, destacando-se o

ensino das verdades clássicas (década de 20); a experiência pela experiência (década de

50); a solução de problemas pelo método científico (década de 60); as unidades de trabalho

com base na tecnologia educacional (década de 70).

O ensino de “Ciências Físicas e Naturais” só foi introduzido na educação básica a

partir de 1931, onde os conteúdos programáticos propostos englobavam o estudo do ar, da

água e da Terra e consideravam os aspectos físicos, químicos, cósmicos, biológicos e

sociais ao abordar os conteúdos específicos dessas áreas científicas.

Na década de 1950, a importância do ensino de Ciências cresceu em todos os níveis

e passou a ser objeto de movimentos em busca de reformas educacionais, à medida que a

tecnologia e a ciência foram reconhecidas essenciais para o desenvolvimento econômico,

cultural e social.

Nas décadas de 1960 e 70 fatos históricos, como a crescente degradação ambiental e

o atrelamento do desenvolvimento científico-tecnológico às guerras, fizeram ampliar as

discussões sobre a interação entre Ciência e Tecnologia, incluindo a sociedade e os efeitos

nela provocados.

Ao analisar a educação e o currículo de Ciências, em cada momento histórico,

percebeu-se que o seu desenvolvimento seguiu uma trajetória de acordo com os interesses

políticos, econômicos e sociais de cada período, determinando assim, a mudança de foco do

processo de ensino e de aprendizagem. A partir de 2003, com o processo de reformulação

da política educacional paranaense, resgata-se a função da escola, e o tratamento dado aos

conteúdos específicos explicitados no currículo escolar.

Atualmente, a disciplina de Ciências se constitui num conjunto de conhecimentos

científicos, que tem como princípios, a historicidade, a intencionalidade, a provisoriedade e

as inter-relações, que são essenciais para compreender e explicar os “Fenômenos naturais”,

dentro dos conteúdos estruturantes: Ambiente, Matéria e Energia, Corpo Humano e Saúde e

Tecnologia; abrangendo os aspectos físicos, químicos e biológicos, e estabelecendo as

relações destes com o mundo construído pelo homem em seu cotidiano, favorecendo dessa

forma a discussão, análise, argumentação, compreensão e a articulação que promove assim

a socialização dos conhecimentos científicos tecnológicos, a democratização dos

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procedimentos de natureza social e colabora para a construção da autonomia de pensamento

e de ação, que influi na tomada de decisões relevantes.

Enfim, ao se pensar em Ciência como construção humana, falível e intencional,

numa perspectiva histórica, é fundamental considerar a evolução do pensamento do ser

humano, pois é a partir dele que a história da Ciência se constrói.

B. Objetivos Gerais

- Estabelecer relações entre o mundo natural (conteúdo de ciências), o mundo construído

pelo homem (tecnologia) e seu cotidiano (sociedade).

- Conhecer e compreender as transformações e, principalmente a integração entre os

sistemas que compõem o corpo humano, bem como as questões relacionadas à saúde e à

sua manutenção.

- Entender o funcionamento dos ambientes da natureza, de como a vida se renova, se

mantém e de como as ações humanas interferem nela.

- Considerar as interações, as transformações, as propriedades, as transferências, as diversas

fontes e formas, os modos de comportamento, as relações com o ambiente, assim como os

problemas sociais e ambientais inerentes a matéria e a energia.

- Analisar e refletir sobre o papel da tecnologia, no cotidiano das pessoas, na construção

e/ou alterações provocadas no ambiente.

- Possibilitar a capacidade de entender a realidade, situar-se no mundo participando de

forma ativa, na sociedade, sendo capaz de compreender criticamente uma notícia, de ler um

texto científico, de entender e avaliar questões de ordem social e política.

- Promover a compreensão das causas e efeitos explícitos e implícitos decorrentes dos

problemas sócio-ambientais e tecnológicos.

- Retomar a função social da disciplina de Ciências, por meio de tratamento crítico e

histórico dos conteúdos;

C. Conteúdos Estruturantes

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Com base nos fundamentos teórico-metodológicos de Ciências, os conteúdos

estruturantes:

1. Corpo Humano e Saúde;

2. Ambiente;

3. Matéria e Energia;

4. Tecnologia.

são explicitados através dos seguintes conteúdos específicos:

- Biodiversidade: características básicas dos seres vivos, classificação e

adaptação morfofisiológica;

- Inter-relações entre os seres vivos e o ambiente;

- Água no ecossistema;

- Ar no ecossistema;

- Solo no ecossistema;

- Poluição e contaminação da água, do ar e do solo;

- Níveis de organização dos seres vivos – organização celular;

- Corpo humano como um todo integrado;

- Doenças, infecções, intoxicações e defesas do organismo;

- Transformações da matéria e da energia;

- Astronomia e Astronáutica;

- Segurança no trânsito.

- Educação das relações étnico-raciais e o ensino da história e cultura afro-

brasileira e africana.

E. Metodologia

O processo de ensino e aprendizagem de Ciências valoriza a dúvida, a contradição,

a diversidade e a divergência, o questionamento das certezas e incertezas, superando o

tratamento curricular dos conteúdos por eles mesmos, orientando-se por uma abordagem

mais crítica, que considere a sua função social.

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O tratamento que deve ser dado aos conteúdos, exige conhecimentos científicos de

outras ciências para explicar os inúmeros fenômenos naturais que ocorrem no mundo. A

química, física, biologia, ecologia, astronomia, dentre outras contribuem para o estudo, a

explicação e a compreensão dos fenômenos naturais e suas implicações no cotidiano.

É importante estabelecer as inter-relações entre os diversos conteúdos específicos,

onde se torna imprescindível que se reconheça que existem conhecimentos físicos,

químicos e biológicos basilares, para o processo de ensino e de aprendizagem, que

necessitam ser abordados nas quatro séries finais do ensino fundamental.

É necessário que os conteúdos sejam explorados a partir dos aspectos relacionados à

historicidade da produção do conhecimento em questão, identificando a sua

intencionalidade, aplicabilidade, não se esquecendo da provisoriedade da produção

científica, pois a ciência é dinâmica e a todo momento ocorrem novas pesquisas, que geram

novas teorias e tecnologias.

É importante dar preferências a problemas locais que possam ser ampliados para

problemáticas mais abrangentes, onde o professor provoca a discussão, análise e reflexão

sobre as diferentes formas que possam levar alunos e professores a assumir uma postura

diferente frente ao problema inicial, buscando um novo posicionamento.

Diante disto, a responsabilidade maior ao ensinar Ciências está intimamente ligada a

um ensino que promova à alfabetização científica como um conjunto de conhecimentos que

facilitariam aos homens e mulheres uma leitura crítica do mundo em que vivem, como

também o entendimento da necessidade das transformações que ocorrem no âmbito da

Ciência.

Mediante o exposto faz-se necessário:

- organizar atividades interessantes que permitam a exploração e a sistematização dos

conteúdos, enfatizando as relações no âmbito da vida, do Universo, do ambiente e dos

equipamentos tecnológicos;

- auxiliar o aluno na construção de explicações, mediado pela interação com o professor e

outros alunos e pelos instrumentos culturais próprios do conhecimento científico;

- a atuação do professor, informando, apontando relações, questionando a classe com

perguntas e problemas desafiadores, trazendo exemplos, organizando o trabalho com

diferentes materiais;

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- a associação daquilo que os estudantes já conhecem com os desafios e os novos conceitos

propostos, mediante o debate e o diálogo entre professor e a alunos;

- variar a forma de se buscar, organizar e comunicar os conhecimentos, fazendo uso da

observação, da experimentação, da comparação, da elaboração de hipóteses, o debate oral,

o estabelecimento de relações entre fatos e fenômenos e idéias, a leitura e a escrita de textos

informativos, a elaboração de pesquisa bibliográfica, a busca de informações variadas em

jornal, revista, vídeos e televisão, a elaboração de questões, a organização de informações

por meio de desenhos, esquemas e textos, a elaboração de perguntas e problemas, a

proposição para a solução de problemas;

- articular-se com o Portal Educacional Dia-a-Dia Educação, Projeto Educação com

Ciência, Festival de Arte Estudantil – FERA, Jogos Escolares, Parque das Aves, Parque da

Raposa, Parque das Araucárias, Lago Jaboti, TV Paulo Freire, dentre outros.

- realizar atividades que criam condições do aluno desenvolver valores morais, étnicos,

religiosos, culturais, etc., voltados para uma formação humana permanente, continua e

interdisciplinar, abordando temas polêmicos indiretamente;

- valorizar e resgatar os valores da cultura do campo, enfatizando a qualidade de vida e a

importância do papel da produção do campo para a viabilização da vida na cidade,

garantindo sua permanência no espaço em que vive.

D. Avaliação

A avaliação se dará ao longo do processo de ensino e de aprendizagem

possibilitando ao professor, por meio de uma interação diária (diagnóstica) com os alunos,

contribuições importantes para verificar em que medida os alunos se apropriam dos

conteúdos específicos tratados nesse processo. Para tanto o professor fará uma revisão de

sua prática e se necessário uma retomada de conceitos e metodologias. Isso se dará através

do confronto de textos, trabalhos de pesquisa, realização de experimentos, produção de

textos, maquetes, modelos, provas dissertativas e de múltipla escolha, provas com consulta

em textos, observação direta e indireta, participação e execução das mais diversas

atividades escolares.

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É por meio desses instrumentos avaliativos diversificados que os alunos podem

expressar os avanços na aprendizagem, à medida que interpretam, produzem, discutem,

relacionam, refletem, analisam, justificam, se posicionam e argumentam, defendendo o

próprio ponto de vista.

Esse instrumento deverá ser entendido como uma alavanca que impulsiona o êxito

dos alunos e da escola como um todo, sendo assim um meio auxiliador da ação pedagógica,

considerando a série e o nível cognitivo dos alunos, portanto, deve ser contínua

(processual) e evolutiva, a qual se dará ao professor subsídios para percepção de

dificuldades bem como os avanços dos alunos, dando condições para que seja reestruturada

continuamente no decorrer do processo educativo, dando assim condições do professor

fazer uma auto-avaliação para orienta-se em sua prática pedagógica.

E. Bibliografia

ARCO VERDE, Y.F de Souza. Introdução às Diretrizes Curriculares. Curitiba. SEED.

2006.

- Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da Rede Pública de Educação Básica do

Estado do Paraná – Ciências, 2006;

- Diretrizes Curriculares da Educação do Campo – versão preliminar;

- Lei Nº. 9394/96 – LDB – lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional;

- Lei Nº. 10639/03 – dispõe sobre o ensino da história e cultura afro-brasileiras;

- Livro Didático de Ciências – Carlos Barros e Wilson Roberto Paulino, Ed. Ática;

EDUCAÇÃO FÍSICA

1 Conteúdo :

Serão aplicadas aulas que através de exercícios físicos, corridas, brincadeiras recreativas e jogos, atinjam as necessidades básicas corporais dos alunos em sua idade cronológica

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corporal, aumentando assim sua FORÇA, RESISTÊNCIA, AGILIDADE, EQUILÍBRIO, VELOCIDADE, RACIOCÍNIO E RITMO. Será aplicado também, jogos e brincadeiras que desenvolvam as capacidades cardíacas e pulmonares dos alunos, trabalhando assim, o corpo humano como um todo.

2 Objetivo :

Desenvolver nas aulas de Educação Física, nas séries da segunda etapa do Ensino Fundamental e Ensino Médio, as qualidades físicas básicas, necessárias para o bom desenvolvimento corporal e mental dos alunos.

3 Desenvolvimento Metodológico :

Além dos esportes tradicionais (vôlei,basquete, handebol, futsal), serão ministrados aos alunos, aulas de ginástica corporal com e sem aparelhos, provas de atletismo (corrida, salto e arremesso ), jogos de estafeta, gincanas, danças, xadrez, recreação, brincadeiras cantadas, brincadeiras em roda,circuitos, teatro, calistenia, marcha. Sempre envolvendo atividades individuais e em grupo. Serão utilizados também : Aulas expositivas, teóricas e práticas, com processo pedagógico para o aprendizado dos fundamentos, trabalhos em pequenos e grandes grupos, aulas em vídeo e seminários pelos alunos.

4 Recursos didáticos :

Cordas e Cordas elásticas, Bastões; Bolas; Bancos; Arcos; Colchões de ginástica; Colchões de saltos; Pneus; Plinto; Marcações de solo (cones, latas etc.), TV e Vídeo Cassete e o Acervo bibliográfico da escola.

5 Critérios de avaliação específicas da disciplina:

Será um processo contínuo, permanente e cumulativo, onde o professor estará organizando e reorganizando o seu trabalho tendo no horizonte as diversas manifestações corporais, evidenciadas nas formas da ginástica, do esporte, dos jogos, da dança e das lutas, levando os alunos a refletirem e a se posicionarem criticamente com o intuito de construir uma suposta relação com o mundo .

5ª. Série

Conteúdo Estruturantes :

A Expressividade corporal

Conteúdos específicos

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1-Manifestações Esportivas

Princípios básicos dos esportes História dos diferentes esportes Jogos pré-desportivo Materiais e equipamentos utilizados e alternativos Jogos de salão (xadrez, dama, dominó, etc.)

2-Manifestações Ginásticas

Histórico e origem da ginástica Ginástica como condicionamento físico, preparação para outras atividades e como

forma de aquecimento. Cultura de circo : malabares e movimentos acrobáticos (rolamentos, roda, parada

de mão)

3-Brincadeiras, Brinquedos e Jogos

Jogos e brincadeiras com e sem material Por Que brincamos ? Objetivo e ala das brincadeiras Oficinas e construção de brinquedos Brincadeiras tradicionais, contadas e de roda.

Elementos Articulados

1- O desenvolvimento corporal e a construção da saúde

Conceituação sobre saúde Hábitos posturais e higiene pessoal Saúde e prática da atividade física Todos têm direito à atividade física = portadores de necessidades especiais Atividade física e preservação ambiental

2- O corpo que brinca e aprende

Todos podem brincar e aprender independente de sua raça, etnia, gênero ou classe social

Necessidade ou não de materiais pra a prática a brincadeiras (diversão X movimento corporal humano X mundo moderno)

Brincando descobrimos nossos limites e os limites dos outros Entender e respeitar o diferente Através da brincadeira é possível a construção de autonomia

3- Manifestações estético corporal

Montagem de danças populares com ou sem ajuda do professor Apreciação de coreografias

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Atividades envolvendo mímica – imitação e representação Expressão corporal

6ª. Série

Conteúdos Estruturantes

Expressividade corporal

Conteúdos específicos

1-Manifestações esportivas

Principio básico do esporte Jogos pré-desportivos Regras oficiais Materiais e equipamentos utilizados e alternativos na prática de esporte Diferença entre jogo e esporte O sentido da competição esportiva Possibilidades dos esportes como atividade corporal (importância) Jogos de salão (xadrez, dama, dominó)

2 Manifestações Ginásticas

Ginástica como condicionamento físico e aquecimento Cultura de circo : malabares e movimentos acrobáticos

3 Brincadeiras –brinquedos e jogos

Jogos e brincadeiras com ou sem material Objetivos e valor das brincadeiras Oficina e construção de brinquedos Brincadeiras tradicionais

4 Manifestações estético corporais

Objetivos da dança Importância da música na coreografia (reflexão sobre as letras) Dança da cultura afro Montagem de danças (populares, tradicionais) e folclore Apreciação de coreografias Teatro

Elementos Articulados

1 desenvolvimento corporal e a construção da saúde

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conceituação sobre saúde saúde e a prática da atividade física hábitos posturais e higiene pessoal todos têm direito à atividade física = portadores de necessidades especiais atividade física e preservação ambiental

7ª. Série

Conteúdos Estruturantes

Expessividade corporal

Conteúdos específicos

1. Manifestações esportivas

Fundamentos Jogos pré desportivos Regras oficiais Materiais e equipamentos utilizados e alternativos na prática dos esportes Sentido da competição esportiva Objetivo dos esportes como atividade corporal Jogos de salão Tática nos vários esportes

2 Manifestações Ginástica

Ginástica como condicionamento físico e aquecimento Cultura de circo : malabares e movimentos acrobáticos (parada de mão , roda) Diferentes tipos de ginástica (teoria e prática)

3 Brinquedos brincadeiras e jogos

Jogos e brincadeiras Oficina de brinquedos Brincadeiras tradicionais

4 Manifestações estético e corporais

Importância da música Dança da cultura afro Montagem de danças Apreciação de coreografias Teatro

Elementos articulados

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1. Desenvolvimento corporal e a construção da saúde

Todos têm direito a prática de atividade corporal = portadores de necessidades especiais

O corpo como sujeito e vítima de violência Atividade física e alimentação Obesidade e anorexia males do nosso tempo A busca pelo corpo perfeito O corpo sua natureza e altura

2 A relação do corpo com o mundo do trabalho

O que é lazer ?

8ª. Série

Conteúdos Estruturantes

Expressividade corporal

Conteúdos específicos

1 Manifestações esportivas

Fundamentos Jogos pré desportivos Regras oficiais Materiais e equipamentos utilizados e alternativos na prática dos esportes Sentido da competição esportiva Objetivo dos esportes como atividade corporal Jogos de salão Tática nos vários esportes

2 Manifestações Ginástica

Ginástica como condicionamento físico e aquecimento Cultura de circo : malabares e movimentos acrobáticos (parada de mão , roda) Diferentes tipos de ginástica (teoria e prática)

3 Brinquedos brincadeiras e jogos

Jogos e brincadeiras Oficina de brinquedos Brincadeiras tradicionais

4 Manifestações estético e corporais

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Importância da música Dança da cultura afro Montagem de danças Apreciação de coreografias Teatro

Elementos articulados

1 Desenvolvimento corporal e a construção da saúde

Todos têm direito a prática de atividade corporal = portadores de necessidades especiais

O corpo como sujeito e vítima de violência Atividade física e alimentação Obesidade e anorexia males do nosso tempo A busca pelo corpo perfeito O corpo sua natureza e altura Controle e freqüência cardíaca Produção de energia através dos alimentos Saúde X prática de atividade física X direito a condições pra uma vida digna Elementos sociais, culturais, políticos e econômicos

2 A relação do corpo com o mundo do trabalho

O que é qualidade de vida ? O que é preciso pra se ter qualidade de vida ? Possibilidades corporais e mundo do trabalho A vida dos atletas de alto nível O que é ginástica laboral? O por quê da ginástica laboral ?

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ARCO VERDE, Y.F de Souza. Introdução às Diretrizes Curriculares. Curitiba. SEED. 2006.

ENSINO MÉDIO. Educação Física. Curitiba, SEED. 2006

DCE. Educação Física.Curitiba, SEED, 2006

FRIRE, João Batista. Educação de corpo inteiro: Teoria e prática da Educação Física. São Paulo, Scipione. 1992.

EDUCAÇÃO FÍSICA. Idéias que mudaram o mundo. Ensino Fundamental – 2ª. fase volume 1. Curitiba, ed. Positivo 2007.

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EDUCAÇAÕ FÍSICA. Idéias que mudaram o mundo . Ensino Médio, volume 1.

Curitiba, ed. Positivo 2007.

ENSINO RELIGIOSO

Reflexões sobre os seguintes tópicos:

a) Ementa (apresentação geral da disciplina):

Art.5°, inciso VI da Constituição Brasileira diz;

É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre

exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma de lei, a proteção aos locais de culto e

suas liturgias.

Em 2002 o Conselho Estadual de Educação do Paraná aprovou a deliberação 03/02

que regulamenta o Ensino Religioso nas Escolas Públicas do Sistema Estadual de Ensino

do Paraná.

Os professores, aqueles que ministram aulas de Ensino Religioso passaram a ser

envolvidos num processo de formação continuada voltada à legitimação da disciplina na

rede pública estadual.

Por meio dos Simpósios realizados em 2004 e 2005 os Professores participaram das

discussões da elaboração das diretrizes curriculares do Ensino Religioso.

Em 10/02/2006 o C.E.E Conselho Estadual de Educação aprovou a Deliberação n°

01/06 que visa instruir novas normas para o Ensino Religioso no Sistema Estadual do

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Ensino do Paraná.

b) Objetivos Gerais da Disciplina;

Propiciar aos educando oportunidade de identificação, de entendimento, de

conhecimento, de aprendizagem em relação as diferentes manifestações religiosas presente

na sociedade, deve favorecer o respeito a diversidade cultural religiosa.

c) Conteúdos por série/ano;

5ª SÉRIE

CO

NT

DO

S E

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UT

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TE

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ISA

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IOSA

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S O Ensino Religioso na Escola Pública, Orientações legais ObjetivosPrincipais diferenças entre as aulas de Religião e o Ensino Religioso como disciplina Escolar

I. RESPEITO À DIVERSIDADE RELIGIOSAInstrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa.-Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira: respeito à liberdade religiosa.-Direto a professor fé e liberdade de opinião e expressão-Direto à liberdade de reunião e associação pacíficas-Direitos Humanos e sua vinculação com o Sagrado

II.LUGARES SAGRADOSCaracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação, de reverência, de culto, de identidade, principais praticas de expressão do sagrado nestes locais:

-Lugares na natureza: Rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeira, etc.- Lugares construídos: Templos, Cidades sagradas, etc.

III.TEXTOS ORAIS E ESCRITOS - SAGRADOSEnsinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escritos pelas diferentes culturas religiosas.-Literatura oral e escrita (Canto, narrativas, poemas, orações, etc.)

Exemplos: Vedas - Hinduismo, Escrituras Bahá is - Fé Bahá I, Tradições Orais Africanas, Afro-brasileiros e Ameríndias, Alcorão -Islamismo, etc

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SAG

RA

DO

IV ORGANIZAÇÕES RELIGIOSASAs organizações religiosas compõem os sistemas religiosos organizados institucionalmente. Serão tratados como conteúdos, destacando-se as suas principais características de organização, estrutura e dinâmica social dos sistemas religiosos que expressam as diferentes formas de compreensão e de relações com o sagrado.- Fundadores e/ou Líderes Religiosos.- Estruturas Hierárquicas

Exemplos de Organizações Religiosas Mundiais e Regionais: Budismo (Sidarta Gautama), Confucionismo (Confúcio) Espiritismo (Allan Kardec), Taoísmo (Lao Tse), Etc.

6ª SÉRIE

CO

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GE

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IOSA

S

ÍMB

OL

O I UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO

Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos:

- Nos Ritos- Nos Mitos- No Cotidiano

Exemplos: Arquitetura Religiosa, Mantras, Paramentos, Objetos, etcII RITOS

São práticas celebrativas das tradições/manifestações religiosas, formadas por um conjunto de rituais. Podem ser compreendidos como a recapitulação de um acontecimento sagrado anterior, é imitação, serve à memória e à preservação da identidade de diferentes tradições/manifestações religiosas e também podem remeter a possibilidades futuras a partir de transformações presentes.

- Ritos de passagem- Mortuários- Propiciatórios- Outros

Exemplos: Dança (Xire) - Candomblé, Kiki ( Kaingang - ritual fúnebre), Via Sacra, Festejo indígena de colheita, etc

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TE

XT

OS

S

AG

RA

DO

III FESTAS RELIGIOSASSão os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com

objetivos diversos: Confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas importantes.- Peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas comemorativas.

Exemplos: Festa do Dente Sagrado (Budismo), Ramadã (Islãmica), Kuarup (indígena), Festa de Iemanjá (Afro-brasileira), Pessach (Judaísmo), etc.

IV VIDA E MORTEAs respostas elaboradas para além da morte nas diversas

tradições/manifestações religiosas e sua relação com o sagrado.

- O sentido da vida nas tradições/manifestações religiosas- Reencarnação- Ressurreição - ação de voltar à vida- Além Morte- Ancestralidade - vida dos antepassados - espíritos dos antepassados se tornam presentes- Outras interpretações

d) Metodologia da disciplina;

lº Respeitar à pluralidade religiosa da sociedade, aluno.

2º Não fazer prosetelismo.

3º Não é catequização.

4º Mostrar que o fenômeno religioso é uma realidade em todos os povos.

e) Critérios de avaliação específicos da disciplina; A avaliação não deixa de ser um dos elementos integrantes do processo educativo

na disciplina do Ensino Religioso.

Para atender a esses propósitos, o professor terá que elaborar instrumentos que o

auxiliem a registrar o quanto o aluno e a turma se apropriem ou têm se apropriado dos

conteúdos tratados nas aulas de Ensino Religioso.

Pode-se avaliar, por exemplo, em que medida o aluno expressa uma relação

respeitosa com os colegas de classe que têm opções religiosas diferentes da sua.

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Mudança de comportamento para melhorar num todo.

Não haverá nota para e educando na avaliação, mas sim um instrumento para

orientação do professor.

BIBLIGRAFIA:

ARCO VERDE, Y.F de Souza. Introdução às Diretrizes Curriculares. Curitiba.

SEED. 2006.

GEOGRAFIA

A. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A Geografia é uma Ciência que tem por objetivo estudar o espaço geográfico, resultado da

inter-relação entre objetos e ações. Para a compreensão desse espaço geográfico essa

ciência/disciplina possui um quadro conceitual de referência: lugar, paisagem, território,

redes, região, sociedade e natureza.

B. OBEJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

Desenvolver o raciocínio geográfico;

Formar uma consciência espacial

C. CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO

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5ª SÉRIE

A DIMENSÃO ECONOMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO

Os setores de economia

Sistemas de circulação de mercadorias, pessoas, capitais e informações.

GEOPOLICA:

Meio ambiente e Desenvolvimento.

Movimentos Sociais.

A DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL:

Os movimentos da terra no Universo e suas influencias (Rotação e translação).

As rochas e Minerais

O ambiente urbano e rural.

Rios e bacias hidrográficas.

A DINAMICA CULTURAL DEMOGRAFICA:

Estrutura etária.

Estudos dos gêneros (masculino, feminino, entre outros).

6ª SÉRIE.

A DIMENSAO ECONOMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO:

Agroindústria

Economia e desigualdade social

GEOPOLÍTICA:

biopirataria.

Terrorismo.

Narcotráfico.

A DIMENSÃO SOCIAMBIENTAL:

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Classificação, fenômenos atmosféricos e mudanças climáticas.

Sistemas de energia.

Circulação e poluição atmosférica.

Ocupação de áreas irregulares.

A DINAMICA CULTURAL DEMOGRAFICA:

Historia das migrações mundiais.

Movimentos sociais.

Meios de comunicação.

7ª SÉRIE

A DIMENSÃO ECONOMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO:

Sistema de produção industrial.

Dependência tecnológica.

GEOPOLITICA:

Guerra Fria

Conflitos Mundiais

Órgãos Internacionais.

A DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL:

Desmatamento

Chuva acida

Buraco na Camada de Ozônio.

Efeito Estufa (Aquecimento Global)

A DINAMICA CULTURAL DEMOGRAFICO:

O êxodo rural.

Urbanização e favelização

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Fatores e tipos de migração e imigração e suas influencias no Espaço geográficos.

8ª SÉRIE

A DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO:

Globalização

Acordos e blocos econômicos

GEOPOLITICA:

Estado, Nação e Território.

Formação dos Estados Nacionais.

Blocos econômicos

Globalização

A DIMENSÃO SOCIOABIENTAL:

Movimentos socioambientais.

Desigualdade social e problemas ambientais.

A DINÂMICA CULTURAL DEMOGRAFICO:

Formação e conflitos étnico-religiosos e raciais.

Consumo e consumismo

A identidade Nacional e processo de globalização.

D JUSTIFICATIVA

Relações de produção e de trabalho. Discutir como as sociedades produzem o espaço

geográfico sob a perspectiva da produção de objetos (fixos e moveis) necessários para a

manutenção da dinâmica da sociedade (capitalista).

Ênfase nas desigualdades econômicas, na produção de necessidades, nas diferentes classes

sociais, na configuração socioespacial.

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Os espaços de produção industrial e agropecuário; as aproximações e especificidades de

cada um; a hierarquia dos lugares; as relações econômicas entre as diferentes porções

territoriais como as cidades, os estados/províncias, os países e regiões.

Todos os conceitos geográficos são desenvolvidos nesse Conteúdos Estruturante.

GEOPOLÍTICA

Neste conteúdo estruturante aborda-se:

Relações de poder e domínio sobre os territórios.

As instancias e instituições, oficiais ou não, que governam os territórios.

As relações de poder sobre territórios da escala micro (rua, bairro) até a escala

macro (país, institucionais);

O papel do Estado e das forças políticas não estatais (ongs, narcotráfico, crime

organizado, associações),

As redefinições de fronteiras, orientadas por motivos econômicos, culturais, sociais,

são fundamentais para a discussão dos conteúdos específicos.

Conceitos geográficos enfatizados neste conteúdo estruturantes:

Território e Lugar.

DINÂMICA CULTURAL E DEMOGRAFICA

As questões demográficas da constituição do espaço geográfico são centrais neste conteúdo

estruturante, bem como as constituições regionais em funções das especificidades culturais.

As marcas culturais na produção das paisagens (rural e urbana) e suas razões históricas,

econômicas, naturais;

A ocupação e distribuição da população no espaço geográfico e suas conseqüências

econômicas, culturais, sociais;

Os grupo sociais e étnicos em sua configuração espacial urbana, rural, regional;

Os conceitos geográficos enfatizados neste conteúdo estruturante são os de Região

(singularidades e generalidades) e Paisagem.

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METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

O ensino da Geografia hoje foi pensado como uma coleção de conteúdos renovados e

críticos, cuja preocupação pedagógica é levar o aluno a construção de conceitos e não

meramente recebe-los pronto e memoriza-los.

Assim, o aluno é incentivado a refletir e discutir, se motivar com o estudo da dinâmica da

sociedade e da natureza.

Para que isso ocorra é preciso que o aluno passe a observar, descrever, representar

cartograficamente os espaços geográficos.

É fundamental, que se trabalhe diferentes tipos de mapas, Atlas, globo terrestre atualizados

em situações em que os alunos possam interagir com eles.

O estudo do meio o trabalho com imagens, representação dos lugares próximos e distantes

são recursos didáticos interessantes, por meio dos quais os aluno poderão construir e

reconstruir as imagens e as percepções da imagem local e global.

O ensino da Geografia, de uma forma geral, é realizado mediante aulas expositivas ou

leituras dos textos do livro didático, mapas, jornais, visitas e etc...

E. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECIFICOS DA DISCIPLINA.

A avaliação deverá ser feita de varias formas, num processo de observação direta e indireta

no dia a dia, levando em consideração as desigualdades, usando praticas variadas como

leitura, interpretação e produção de textos obtidos nos livros didáticos, jornais, revistas;

leitura e interpretação de fotos, mapas, imagens, tabelas gráficos, relatórios, maquetes e

relatos de fatos vivenciados.

F BIBLIGRAFIA:

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ARCO VERDE, Y.F de Souza. Introdução às Diretrizes Curriculares. Curitiba. SEED.

2006.

- Versão preliminar de Geografia julho/2006.

HISTÓRIA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA

A disciplina de História foi introduzida nos currículos escolares brasileiros a partir

do século XIX, passou por diversas fases e alterações no seu processo de ensino em virtude

das influências teóricas e correntes de organização do pensamento.

Neste processo consolidou-se o que historiadores e pesquisadores vêm considerando como

ensino tradicional de História, ou seja, um ensino que privilegia visões factuais e

desarticuladas das relações sociais, um ensino que privilegia o estudo do passado em

concepções despolitizadas e acríticas, mantendo o professor como transmissor de

informações e o estudante como receptor passivo.

Em vista do contexto vivido pelo país na década de 1980, de fim dos governos da

ditadura militar e redemocratização, ocorreram diversas discussões em torno de novas

concepções sobre o ensino de História, metodologias, avaliações e finalidades da disciplina.

Este movimento ajudou a diagnosticar a compreensão que os estudantes vinham tendo da

História por meio de seu ensino e canalizar esforços para a reestruturação de novas

diretrizes curriculares.

No Estado do Paraná, desde 2004, dando continuidade ao processo de discussão

sobre o ensino e aprendizagem desta disciplina e realizando a proposta de formação

continuada de professores também no contexto de produção coletiva das Diretrizes

Curriculares da Secretaria de Estado da Educação - SEED nos propomos a repensar o

ensino de História, estabelecer alguns parâmetros, conteúdos estruturantes e resgatar

finalidades para que essa disciplina possa assumir sua contribuição e responsabilidade com

a produção de conhecimento e a formação da consciência crítica e cidadã.

Dessa forma, buscamos ampliar e melhor fundamentar o desenvolvimento da

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disciplina relacionando-o com uma História critica da realidade vivida de acordo com as

produções e pesquisas mais recentes. Elaboramos propostas de inclusão de conteúdos e

temas pertinentes, especialmente os indicados pela Lei n. 13.381/01, que torna obrigatório,

no Ensino Fundamental e Médio da rede pública estadual, os conteúdos de História do

Paraná e pela Lei n.10.639/03, que inclui no currículo oficial da rede de ensino a

obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-brasileira, seguidas das Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação das relações étnico-raciais e para o ensino de

História e Cultura Afro-brasileira e Africana.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

O ensino da História tem como objetivos, possibilitar o entendimento e a

formação da noção de identidade social, estabelecendo relações entre os

indivíduos, o social e o coletivo;

Relacionar o particular com o geral situando a localidade específica, a nacional

e a mundial interligando-as;

Aumentar o conhecimento do aluno sobre si mesmo;

Compreender os fatos históricos como ações humanas significativas em

determinado período histórico;

Compreender os sujeitos da história enquanto agentes de ação social, por isso

significativo para os assuntos históricos.

Compreender o conceito de tempo histórico, dimensionando-o em diferentes

estâncias tais como: tempo biológico (nascimento, envelhecimento) tempo

psicológico (sucessão, mudança), tempo institucionalizado, ou seja,

cronológico e astronômico (calendário, dias, meses, anos e séculos).

Formar alunos capazes de ler e compreender a realidade, posicionar-se

escolhendo e agindo criteriosamente.

Discutir questões e hipóteses e expor idéias sobre o tema estudado.

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CONTEÚDOS

5ª SERIE

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CONTEÚDOS ESPECÍFICOSCONTEÚDOS

COMPLEMENTARES

Produção do conhecimento

Histórico:

Introdução ao ensino da

História.

Produção do

conhecimento histórico.

Tempo, Temporalidade.

Fontes, documentos,

patrimônio material e

imaterial.

Pesquisa.

A Humanidade e a História:

De onde viemos, quem somos,

como sabemos?

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Articulação da História com

outras áreas do conhecimento:

Arqueologia no Brasil e

antropologia do Brasil.

Lagoa Santa: Luzia - MG.

Serra da Capivara - PI.

Sambaquis - PR.

Surgimento, desenvolvimento da

humanidade e grandes migrações:

Teorias do surgimento do

homem na América.

Mitos e Lendas da origem do

homem.

Povos ágrafos-memória-história

oral.

Povos indígenas no Brasil e no

Paraná:

Ameríndios do Território

brasileiro.

Ameríndios do Território

Paranaense.

Chegada dos europeus na

América.

Resistência e dominação.

Escravização.

Catequização.

As primeiras civilizações na

América:

Matas.

Incas.

Astecas.

Ameríndios da América do

norte.

As 1ªs civilizações na África, Europa

e Ásia:

Egito – Núbia – Gana e Mali.

Mesopotâmia.

Hebreus.

Persas – Fenícios.

Gregos.

Romanos.

75

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Mineração e a pecuária no Sul do

Brasil:

Surgimento das 1ªs cidades

paranaenses.

Contribuição cultural africana

no Brasil.

Quilombos – Brasil e Paraná.

6ª SÉRIE

CO

NT

DO

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ÍTIC

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O-S

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IAL

CU

LT

UR

AL

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

Brasil no processo de expansão

mercantil européia:

Grandes navegações.

Brasil – ciclos

econômicos.

Nordeste açucareiro.

Negro – mãos e pés do

Brasil.

Ocupação territorial.

Missões.

Bandeiras / Estradas.

Invasões estrangeiras.

Religião no Brasil

Colonial.

Cultura no Brasil

Colonial.

Consolidação dos estados

nacionais europeus e a Reforma

Pombalina:

Formação dos reinos ibéricos.

Mercantilismo.

Reforma.

Contra-Reforma.

Diáspora africana.

Mundo Árabe.

Economia feudal.

76

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Colonização do Território

paranaense:

Economia – Ciclos

econômicos.

Organização Social –

política e administração.

Revoltas ocorridas no Paraná.

Movimentos e Contestação:

Revoltas nativistas e

nacionalistas.

Inconfidência Mineira.

Conjuração Baiana.

Revolta da Cachaça.

Revolta dos Mascates.

Independência das treze

colônias inglesas na América

do Norte.

Chegada da Família real no

Brasil:

Da vinda de D. João VI a

emancipação:

De colônia a reino Unido.

Governo de D. Pedro I.

Constituição Outorgada.

Unidade Territorial.

Confederação do Equador.

Invasão napoleônica na

Península Ibérica.

Independência das colônias

Espanholas.

77

Page 78: COLÉGIO ESTADUAL “ALBERTO SANTOS … · Web viewÉ necessário considerar, portanto, a importância do texto de Silova, “tornou-se lugar comum destacar a diversidade das formas

7ª SÉRIE

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POL

ÍTIC

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MIC

O-S

OC

IAL

CU

LT

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AL

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

Construção:

Governo de D. Pedro II.

Lei de Terras.

Lei Eusébio de Queiroz –

Início da imigração

européia.

Movimentos

abolicionistas.

Grécia – aspectos econômicos –

política social e cultural.

Antiga Roma e a República.

Sistema feudal.

Emancipação política do

Paraná:

Organização política e

administrativa.

Migrações internas e

externas.

Guerra do Paraguai:

O processo de abolição da

escravatura:

Imigração – miscigenação.

Colonização da África e da

Ásia.

78

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República:

Idéias positivistas.

Imigração asiática.

Coronelismo / Oligarquias

/ Clientelismo .

Movimentos de

Constatação: campo e

cidade.

Movimentos messiânicos.

Revoltas urbanas e rurais

– movimento operário.

Guerra Contestada.

Revolução Federalista.

Acontecimentos de grande

importância do Paraná no

final do século XIX e XX.

Revolta Mexicana.

1ª Guerra.

Revolta da Rússia.

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Page 80: COLÉGIO ESTADUAL “ALBERTO SANTOS … · Web viewÉ necessário considerar, portanto, a importância do texto de Silova, “tornou-se lugar comum destacar a diversidade das formas

8ª SÉRIE

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CONTEÚDOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

O repensar no Brasil:

Semana de Arte Moderna.

Coluna Prestes.

Revolução de 30 – Período

Vargas.

Leis Trabalhistas.

Voto.

Participação do Brasil na II

Guerra Mundial.

Crise de 29.

Entre-guerras.

2ª Guerra Mundial.

Populismo no Brasil e na

América Latina.

Governo Vargas.

Governo J.K.

Jânio Quadros.

João Goulart.

Movimentos populares da

América Latina.

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TU

RA

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Construção do Paraná

Moderno:

Governos do Paraná.

Frentes de Colonização do

Estado.

Criação da Estrutura

Administrativa.

Copel – Banestado –

Sanepar – Codepar.

Movimentos culturais.

Movimentos sociais no

Campo e na Cidade.

Política da Boa Vizinhança.

Revolução Cubana.

Ásia e África Contemporânea.

Regime militar no Brasil e no

Paraná:

Governos Militares.

Modernização do Paraná.

Movimentos de Contestação no

Brasil:

Resistência armada.

Tropicalismo.

Jovem-Guarda.

Novo Sindicalismo.

Movimento estudantil.

Movimentos de Contestação no

Mundo,

Movimento Negro.

Movimento Hippie.

Movimento Homossexual.

Movimento Feminista.

Movimento Punk.

Movimento Ambiental.

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Redemocratização:

Constituição de 1988.

Movimentos populares

rurais e urbanos.

Zumbi dos palmares.

Mercosul.

ALCA.

Fim da Bipolarização Mundial.

Desintegração do Bloco

Socialista.

Neoliberalismo.

Globalização.

11 de Setembro nos EUA.

África e América Latina no

contexto atual.

O Brasil e o Paraná no

Contexto atual.

METODOLOGIA

O encaminhamento metodológico contemplara em todas as séries os

conteúdos estruturantes baseados na dimensão política, econômico-social e cultural.

O livro didático será utilizado como ferramenta de apoio, sem a pretensão

de esgotar o conteúdo e a dinâmica do ensino de História.

Para tanto o professor se valerá de recursos como: imagens provenientes

de filmes, gravuras, histórias em quadrinhos, jornais, revistas , fotografias.

Serão utilizados ainda músicas, documentos históricos, visitas a museus,

acervos públicos e particulares que representam o patrimônio histórico local e mundial.

O professor se utilizará de narrativas históricas e diálogos que favoreçam

a compreensão dos fatos históricos e estimulem a descoberta de novos fatos, analisando

sobre todas as óticas possíveis sempre levando em conta a realidade sócio educacional do

aluno.

O uso da biblioteca é imprescindível para o ensino de história, porém faz-

se necessário a delimitação prévia dos temas e das diversas obras, por parte do professor

para que o objetivo final seja alcançado.

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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

No processo de avaliação torna-se importantíssimo levar em conta

conhecimento prévio do aluno.

A avaliação do processo ensino aprendizagem pode realizar-se por meio

de diversos recursos. È importante que o professor adote o que achar mais adequado às suas

propostas e às características dos alunos.

A avaliação será feita de forma diagnóstica e continuada, mantendo

uma coerência entre as práticas educativas e os fundamentos teóricos metodológicos.

O uso da avaliação diagnóstica e continuada permite ao professor

identificar possíveis lacunas no processo ensino-aprendizagem, mudando a metodologia se

assim o achar o necessário.

BIBLIOGRAFIA

ARCO VERDE, Y.F de Souza. Introdução às Diretrizes Curriculares. Curitiba. SEED.

2006.

PARANÁ.. Secretaria de Estado e da Educação. Diretrizes Curriculares de História para o

Ensino Fundamental.

LÍNGUA PORTUGUESA

I. Apresentação geral da disciplina

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1. Histórico

A Língua Portuguesa, enquanto disciplina escolar, passou a integrar os

currículos escolares brasileiros nas últimas décadas do século XIX, e a preocupação com a

formação do professor dessa disciplina teve início apenas nos anos 30 do século XX.

Depois de institucionalizada como disciplina, o Latim moldou as

primeiras práticas de ensino.

Em meados do século XVIII, o Marquês de Pombal torna obrigatório o

ensino da Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil. Em 1837, o estudo da língua

Portuguesa foi incluído no currículo sob as formas das disciplinas Gramática, Retórica e

Poética, abrangendo, esta última, a Literatura. Somente no século XIX, o conteúdo

gramatical ganhou a denominação de Português e, em 1871 foi criado, no Brasil, por

decreto imperial o cargo de professor de português.

O ensino de Língua Portuguesa manteve sua característica elitista até

meados do século XX, quando se iniciou, no Brasil, a partir de 1967, “um processo de

democratização do ensino, com a ampliação de vagas, eliminação dos chamados exames de

admissão, entre outros fatores (...).” (Frederico & Osakabe, 2004, p.61)

Com a Lei 5692/71, o ensino da Língua Portuguesa, se pautou em teorias

da comunicação, sendo mais pragmática e utilitária e não se preocupando com o

aprimoramento das capacidades lingüísticas do falante.

A partir dessa Lei, a disciplina de Português passou a denominar-se, no

primeiro grau, Comunicação e Expressão (nas quatro primeiras séries) e Comunicação em

Língua Portuguesa (nas quatro últimas séries) baseando-se, principalmente nos estudos de

Jakobson, referentes à teoria da comunicação.

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Durante a década de 70 e até os primeiros anos da década de 80, o ensino

da Língua pautava-se em exercícios estruturais, técnicas de redação e treinamento de

habilidades de leitura.

Os estudos lingüísticos, centrados no texto e na interação social das

práticas discursivas, e as novas concepções sobre a aquisição da língua materna chegaram

ao Brasil em meados da década de 70 e contribuíram para fazer frente à pedagogia

tecnicista, geradora de um ensino baseado na memorização. A dimensão tradicional de

ensino da língua cedeu espaço a novos paradigmas, envolvendo questões de uso,

contextuais, valorizando o texto como unidade fundamental de análise. No Brasil, essas

idéias tomaram corpo, efetivamente, a partir dos anos 80, com as contribuições teóricas dos

pensadores que integraram o Círculo de Bakhtin.

Quanto ao ensino da literatura, vigorou, até meados do século XX, a

predominância do cânone. A partir dos anos 70 o ensino de Literatura restringiu-se ao então

2º grau, com abordagens estruturalistas ou historiográficas do texto literário.

A partir dos anos 80, os estudos lingüísticos levaram os professores à

discussão e ao repensar sobre o ensino da língua materna bem como para a reflexão sobre o

trabalho realizado na sala de aula.

No final da década de 90, os Parâmetros Curriculares Nacionais

fundamentaram a proposta para a disciplina de Língua Portuguesa nas concepções

interacionistas ou discursivas, propondo uma reflexão acerca dos usos da linguagem oral e

escrita.

2. Concepção da Língua Portuguesa

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Na concepção interacionista ou sociointeracionista a linguagem é interação,

ou seja, forma de ação entre sujeito histórica e socialmente situados que se constituem e

constituem uns aos outros em suas relações dialógicas. Fruto da criação humana, ela pode

ser considerada como trabalho e produto do trabalho. Como afirma Geraldi n(1991, p. 6),

“a linguagem não é o trabalho de um artesão, mas trabalho social e histórico seu e dos

outros e é para os outros e com os outros que ela se constitui.”

Através da linguagem o homem se reconhece como ser humano, pois ao

comunicar-se com outros homens e trocar experiências, certifica-se de seu conhecimento do

mundo e dos outros com quem interage. Isso lhe permite compreender melhor a realidade

em que está inserido e o seu papel como sujeito social.

Ressaltando esse caráter social da linguagem, Bakhtin (1992) a vê, também,

como enunciação, como discurso, ou seja, como forma de interlocução em que aquele que

fala ou escreve é um sujeito que em determinada situação interage com um interlocutor,

levado por um objetivo, uma intenção, uma necessidade de interação.

Na realidade, toda palavra comporta duas faces. Ela é determinada tanto pelo

fato de que precede de alguém, como pelo fato de que se dirige a alguém. Ela constitui

justamente o produto da interação do locutor e do ouvinte. Toda palavra serve de expressão

a um em relação ao outro. Tais palavras evidenciam que todo texto é articulação de

discursos – palavras minhas e de outros que, alheias, tornam-se também minhas. São vozes

que se materializam através do texto que, como todo sistema de signos, tem sua coerência

atrelada à capacidade de compreensão do homem na sua vida comunicativa e expressiva. O

texto não é, portanto, uma coisa sem voz; é, sobretudo, um ato humano.

Assim, as condições em que a produção escrita acontece é que determinam o

texto: quem escreve, o que escreve, para quem escreve, com que objetivo, quando e onde

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escreve, fato esse que conduz ao uso de uma certa variedade de língua, um certo registro,

um como escrever. Ao pensar no como escrever e, de modo especial, na intenção que

permeia o ato da escrita, o produtor/autor inevitavelmente terá que fazer opção por um

determinado gênero textual.

II – OBJETIVOS

Assumindo-se a concepção de língua como discurso que se efetiva

nas diferentes práticas sociais, os objetivos a seguir fundamentarão todo o processo de

ensino:

empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a cada

contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas nos

discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;

desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por meio

de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o

assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;

refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e tipo

de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização;

aprimorar, pelo contato com textos literários, a capacidade de pensamento

crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando, através da literatura, a

constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho

com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita.

Propiciar o contato com a cultura africana e afro-descendentes através de

atividades que tenham como foco a criança e o jovem negros, bem como suas

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famílias em diferentes contextos sociais e profissionais, para a valorização da

diversidade étnica brasileira.

Estes objetivos e as práticas deles decorrentes supõem um processo continuado de

ensino e aprendizagem que, por meio da inserção e participação dos alunos em processos

interativos com a língua oral e escrita, inicia-se na alfabetização, consolida-se no decurso

da vida acadêmica do aluno e não se esgota no período escolar, mas estende-se por toda a

sua vida.

III – CONTEÚDO ESTRUTURANTE : DISCURSO

Os conteúdos estruturantes adotados na disciplina de Língua Portuguesa

constituem práticas sociointeracionais presentes na vida e, na escola, trabalhadas na

perspectiva dos sujeitos históricos que as vivenciam em situações concretas: a oralidade, a

leitura e a escrita.

ORALIDADE

As possibilidades de trabalho com a oralidade são muito ricas e apontam diferentes

caminhos.

Considerando-se a língua em sua perspectiva histórica e social, esse trabalho precisa

pautar-se em situações reais de uso da fala, valorizando-se a produção de discursos nos

quais o aluno realmente se constitua como sujeito do processo interativo. É função da

escola, no processo ensino e aprendizagem da língua,valorizar os conhecimentos

lingüísticos dos alunos, propiciando situações que os incentivem a falar, fazendo uso da

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variedade de linguagem que eles empregam no cotidiano. A escola deve possibilitar ao

aluno tornar-se um falante cada vez mais ativo e competente, capaz de compreender os

discursos dos outros e de organizar os seus com clareza, coesão e coerência.

Do ponto de vista sociolingüístico, todas as variedades constituem sistemas lingüísticos

perfeitamente adequados, falares que atendem a diferentes propósitos comunicativos,

dadas as práticas sociais e os hábitos culturais das comunidades.

As variedades lingüísticas devem levar o professor a promover o diálogo entre os

diferentes falares, porém, a sala de aula deve ser o espaço que permita ao aluno a

apropriação da norma padrão e levá-los a entender a necessidade desse uso em

determinados contextos sociais.

Serão desenvolvidas, em sala de aula, atividades que favoreçam o desenvolvimento das

habilidades de falar e ouvir, como as relacionadas:

apresentação de temas variados: histórias de família, das comunidades,

filmes, livros etc;

depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo próprio aluno

ou pessoas de seu convívio;

uso do discurso oral para emitir opiniões, justificar ou defender opções

tomadas, colher e dar informações, fazer e dar entrevistas, apresentar

resumos, expor programações, dar avisos, fazer convites etc;

confronto entre os mesmos níveis de registro de forma a constatar as

similaridades e diferenças entre as modalidades oral e escrita;

relato de acontecimentos, mantendo-se a unidade temática;

debates, seminários, júris-simulados e outras atividades que possibilitem o

desenvolvimento da argumentação;análise de entrevistas televisivas ou

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radiofônicas a partir de gravações para serem ouvidas, transcritas e

analisadas, observando-se as pausas, hesitações, truncamentos, mudanças

de construção textual, descontinuidade do discurso, grau de formalidade,

comparação com outros textos etc.

Nessas e em outras atividades que envolvem o discurso oral, devem ser

levadas em conta as diferenças que há entre a oralidade e escrita. Enquanto esta é

planejada, completa elaborada, aquela é, em geral, não-planejada, fragmentária,

incompleta, pouco elaborada, e apresenta comumente frases curtas. Também deve ser

valorizado o saber ouvir, escutar com atenção e respeito os diferentes tipos de

interlocutores.

LEITURA

A leitura compreende o contato do aluno com um vasto universo de textos

verbais e não-verbais, produzidos numa ampla variedade de práticas sociais.

O desenvolvimento de uma atitude crítica de leitura conduz o aluno a fazer

previsões e inferências sobre o texto. O leitor constrói e não apenas recebe um significado

global para o texto: ele procura pistas formais, formula e reformula hipóteses, aceita ou

rejeita conclusões, com base no seu conhecimento lingüístico e na sua vivência

sociocultural.

Assim, o ato de ler deve levar o aluno a familiarizar-se com diferentes textos

produzidos em variadas práticas sociais, propostos pelo professor e também levando em

conta a preferência e opinião do leitor.

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Para favorecer o envolvimento do aluno com a leitura pode-se fazer uso das

seguintes estratégias: cercar os alunos de livros que podem ser folheados, selecionados,

levados para casa; proporcionar um ambiente iluminado e atrativo; organizar exposições de

livros; ler trechos de obras e expô-los em cartazes; produzir, com os alunos, um quadro de

avisos sobre o prazer de ler; leitura oral, desde poemas até histórias prediletas; comentários

do professor a respeito do livro que está lendo e vice-versa; levar, à sala de aula,

convidados para ler e comentar sua história de leitura com a classe; produzir coletivamente

peças de teatro e dramatizações sobre os textos lidos; discutir, antes da leitura, o título e as

ilustrações da história; encontrar músicas apropriadas para o momento da leitura; criar

momentos em que os alunos exponham suas idéias, opiniões e experiências de leitura; não

vincular a leitura a questionários; organizar um clube do livro, escolher o autor do mês ou

do bimestre e trabalhar a leitura de suas obras. percebendo em cada texto a presença de um

sujeito histórico e de sua ideologia.

Além dos textos literários, pode-se contemplar também os textos de

imprensa (notícias, editoriais, artigos, reportagens, cartas de leitores, entrevistas), os textos

lúdicos (trava-línguas, quadrinhas, adivinhas, parlendas , piadas), textos científicos

(verbetes, enciclopédicos, relatórios de experiências, artigos e textos didáticos), textos de

publicidade (propagandas, classificados) dentre outros.

O trabalho com a literatura em sala de aula deve levar o aluno a perceber

em cada texto a presença de um sujeito histórico e de sua ideologia.

ESCRITA

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A escrita enquanto prática de linguagem, é sociointeracional, pois as

condições em que a produção acontece (quem escreve, o que, para quem, para que, por que,

quando, onde e como se escreve) são fatores determinantes do texto.

A capacidade de escrita, a criatividade e outros fatores comumente

relacionados ao ato de escrever, só se aprende quando se pratica em suas diferentes

modalidades genéricas.Tanto o professor quanto o aluno precisam planejar o que será

produzido, em seguida escrever a primeira versão e, finalmente, revisar, reestrutura e

reescrever o texto. É importante, após esse processo, garantir a socialização do texto

produzido.

Quanto aos gêneros previstos para a prática da produção de texto podem ser

trabalhados, dentre outros, relatos de histórias, bilhetes, cartas, cartazes, avisos, poemas,

contos, crônicas, noticias, editoriais, cartas de leitor, entrevistas, relatórios, resumos de

artigos e verbetes de enciclopédia. Assim, essa prática orientará não apenas a produção de

textos significativos, como incentivará a pratica da leitura.

ANÁLISE LINGUÍSTICA

A Análise Lingüística tem como objetivo formar usuários competentes da língua

que, através da fala, leitura e escrita, exercitem a linguagem de forma consistente e flexível,

adaptando-se a diferentes situações de uso.

Possenti (1999) procura simplificar a definição de gramática a partir da noção de um

conjunto de regras que devem ser seguidas e apresenta três tipos básicos de gramática,

normativa, descritiva e internalizada.

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A gramática normativa considera a língua como uma série de regras que devem ser

seguidas e obedecidas dando muita importância à forma escrita.

A gramática descritiva dá preferência às manifestações orais da língua, trabalhando

a descrição das variantes lingüísticas a partir do seu uso pelos falantes.

A gramática internalizada é o conjunto de regras que é dominado pelo falante tanto

em nível fonético, como sintático e semântico, possibilitando o entendimento entre os

falantes de uma mesma língua.

Conteúdos decorrentes da produção oral em função da reflexão e do uso: a prática

da análise lingüística na oralidade

materialidade fônica dos textos poéticos

reconhecimento das diferentes possibilidades de uso da língua

recursos lingüísticos próprios da oralidade

as variedades lingüísticas e a adequação da linguagem ao contexto de uso: diferentes

registros, grau de formalidade em relação à fala e a escrita

aspectos formais e estruturais do texto.

Conteúdos decorrentes da leitura em função da reflexão e do uso: a prática da análise

lingüística na leitura

organização do plano textual: conteúdo veiculado, possíveis interlocutores, assunto,

fonte, papéis sociais representados, intencionalidade e valor estético

diferentes vozes presentes no texto

reconhecimento e importância dos elementos coesivos e marcadores de discurso para a

progressão textual, encadeamento das idéias e para a coerência do texto, incluindo o

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estudo, a análise e a importância contextual de conteúdos gramaticais na organização do

texto:

- a importância e função das conjunções no conjunto do texto e seus

efeitos de sentido

- expressividade dos nomes e função referencial no texto

(substantivos, adjetivos, advérbios) e efeitos de sentido

- o uso do artigo como recurso referencial e expressivo em função da

intencionalidade do conteúdo textual

- papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomada e

seqüenciação do texto

- valor sintático e estilístico dos tempos verbais em função dos

propósitos do texto, estilo composicional e natureza do gênero

discursivo

- a pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos

efeitos de sentido, entonação e ritmo, intenção, significação e

objetivos do texto

o estudo das obras literárias de escritores afro-descendentes.

Conteúdos decorrentes da produção escrita em função da reflexão e do uso: a prática da

análise lingüística na escrita

Conteúdos relacionados à norma padrão em função do aprimoramento das

práticas discursivas, tendo em vista o uso e o princípio da regularidade: concordância

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verbal e nominal, regência verbal e nominal, acentuação, crase, ortografia, pontuação,

tempos verbais.

elementos de coesão e coerência na constituição textual, incluindo os conteúdos

relacionados aos aspectos semânticos e léxicos: sinônimos, antônimos, polissemia,

nominalizações, hiperonímia

elementos composicionais formais e estruturais dos diferentes gêneros discursivos.

elementos que mostrem as diferenças escritas nos diversos países falantes da língua

portuguesa no mundo, enfocando a particularidade cultural.

Cabe ao professor planejar e desenvolver atividades que possibilitem aos alunos a

reflexão sobre seu próprio texto, tais como atividade de revisão, de reestruturação ou

refacção do texto, de análise coletiva de um texto selecionado e sobre outros textos de

diversos gêneros.

IV– Metodologia da disciplina

Segundo Bakhtin, a língua configura um espaço de interação entre sujeitos

que se constituem através dessa interação. Ela mesma, a língua, também só se constitui pelo

seu uso, ou seja, movida pelos sujeitos que interagem. Isto significa compreender a língua

como “um conjunto aberto e múltiplo de práticas sociointeracionais, orais ou escritas,

desenvolvidas por sujeitos historicamente situados. Pensar a linguagem (e a língua) desse

modo, é perceber que ela não existe em si, mas só existe efetivamente no contexto das

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relações sociais: ela é o elemento constitutivo dessas múltiplas relações e nelas se constitui

continuamente.” (Faraco,2003)

A linguagem será vista assim como uma atividade que se realiza

historicamente entre sujeitos, constituindo-se os sujeitos e a linguagem, nos múltiplos

discursos e vozes que a integram. Se os gêneros discursivos são fundamento para o trabalho

pedagógico com a linguagem verbal, os conceitos, de texto, de leitura não se restringem à

linguagem escrita: eles abrangem, além de textos escritos e falados, a integração da

linguagem verbal com “as outras linguagens (as artes visuais, a música, o cinema, a

fotografia, a semiologia gráfica, o vídeo, a televisão, o radio, a publicidade, os quadrinhos,

as charges, a multimídia e todas as formas infográficas ou qualquer outro meio linguageiro

criado pelo homem), percebendo seu chão comum (são todas as práticas discursivas

sociointeracionais) e suas especificidades (seus diferentes suportes tecnológicos, seus

diferentes modos de composição e de geração de significados.)” (Faraco, 2000)

A função do professor de Língua Portuguesa e Literatura é ajudar seus

alunos a ampliarem seu domínio de uso das linguagens verbais e não-verbais, através do

contato direto com textos dos mais variados gêneros., orais ou escritos. É necessário que a

inclusão da diversidade textual dê conta de relacionar os gêneros com as atividades sociais

onde eles se constituem.

Um professor de Língua Portuguesa, além de preocupar-se em mostrar aos

alunos uma variada gama textual de gêneros distintos, ressaltando as suas diferenças

estruturais e funcionais, desvelando em cada um o lugar de sua autoria bem como o caráter

do público a que se destina, fará ver que determinados usos lingüísticos válidos para um

nível informal do discurso podem não ser válidos para um outro discurso no nível mais

formal. Fará ver aos alunos as relações de poder existentes atrás de cada gênero. Deve-se

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propiciar ao aluno, além de contato com diferentes textos, a possibilidade de expressar-se

através dos diferentes gêneros e até mesmo de, exercendo sua criatividade, participar da

caracterização do próprio gênero.

Antes disso tudo, no nível oral e escrito, a interpretação que faz proliferar o

pensamento. O conteúdo maior da disciplina é a própria língua em suas instancias de uso

afetivo.

Quanto ao ensino de Literatura, deverá ser o professor um contínuo leitor,

capaz ele mesmo de selecionar os textos que irá trabalhar com os alunos, estabelecendo

como critérios para a seleção dos mesmos. não a linearidade da historiografia, nem a

adaptabilidade do texto ou tema à linguagem dos alunos, subestimando suas capacidades

cognitivas. Não levará em conta a facilidade do texto, mas, fundamentado no seu percurso

de leitura, levará aos alunos textos com maiores possibilidades de libertação de

pensamento.

O professor de Língua Portuguesa e Literatura deve se valer de todos os

meios de que dispõe tais como: televisão, DVDs, informática, CDs, cinemas, rádios, data-

show, retro-projetor, para, ao aperfeiçoar a expressão e a compreensão dos alunos nos

níveis da oralidade, leitura e escrita, faz com que o pensamento prolifere, permitindo que

os alunos façam suas próprias escolhas ante as oportunidades que a vida colocar na sua

frente e assim caminhem com suas próprias pernas Um professor de língua Portuguesa e

Literatura educa para a criatividade, para a liberdade.

V – Critérios específicos de avaliação

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A avaliação será formativa - considerando ritmos e processos de

aprendizagens diferentes, contínua e diagnóstica - apontando as dificuldades e

possibilitando a intervenção pedagógica.

A oralidade será avaliada em função da adequação discurso / texto aos

diferentes interlocutores e situações.

As exigências de adequação da fala são avaliadas diferentemente nos

seminários, debates, trocas de idéias, entrevistas, relatos de histórias, e isso será

considerado numa análise da produção oral levando em conta o desembaraço, clareza ao

expor as idéias, fluência da fala, argumentação e a capacidade do aluno adequar discurso

texto.

Na avaliação da leitura serão consideradas as estratégias que o aluno

emprega no decorrer da atividade, a compreensão do texto lido, o sentido construído, sua

reflexão e sua resposta ao mesmo, considerando as diferenças de leituras de mundo e

repertório de experiências dos alunos.

Na avaliação da escrita serão levadas em conta as circunstâncias da produção

e o resultado dessa prática. O texto escrito será avaliado nos seus aspectos discursivos,

textuais, ortográficos e gramaticais. Os elementos lingüísticos presentes nas produções dos

alunos serão avaliados em uma prática reflexiva e contextualizada.

Tanto na oralidade como na escrita, o aluno se posicionará como avaliador

dos textos que o rodeiam e de seu próprio texto, adquirindo autonomia. É necessário que o

professor perceba a dimensão deste posicionamento:

Porque escrever (e falar) com clareza implica automático compromisso com

as palavras transmitidas, pois os outros vão entendê-las. E vão reagir a

elas, favorável ou desfavoravelmente. (...) Pois facilitar a leitura do outro

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representa facilitar seu acesso às nossas idéias, em última instância, a nós

mesmos. (BERNARDO, 1998, p. 20)

A língua não é uma estrutura fixa, ela é um ser vivo, e por isso

respeita e incorpora as transformações por que passa a sociedade.

VI – Bibliografia:

ARCO VERDE, Y.F de Souza. Introdução às Diretrizes Curriculares. Curitiba. SEED.

2006.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos – História e Cultura

Afro-Brasileira e Africana, Curitiba: 2005.

FERREIRA MAURO. Português – Entre Palavras, São Paulo: FTD, 2002

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação . Currículo Básico para a escola pública do

estado do Paraná. 3ª ed. Curitiba, 1997.

PARANÁ / SEED. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para o Ensino Médio –

Versão preliminar, SEED, 2006.

MATEMÁTICA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

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O conhecimento do indivíduo é constantemente transformado pelas novas

informações que ele recebe e, pelas experiências pelas quais ele passa. A escola é a

instituição que propicia ao indivíduo a formação integrada, transmitindo-lhe valores

práticos e morais, aliados ao conhecimento científico e cultural, tendo como agente

formador, o professor, elemento de ligação entre a realidade do educando e o nível de

evolução que se ambiciona.

O Ensino Fundamental tem como objetivo a formação básica do cidadão mediante:

o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o domínio da

leitura, da escrita e do cálculo, o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem,

habilidades e a formação de atitudes e valores.

Para exercer plenamente a cidadania, é preciso saber contar, comparar, medir,

calcular, resolver problemas, construir estratégias, comprovar e justificar resultados,

argumentar logicamente, conhecer formas geométricas, organizar, analisar e interpretar

criticamente as informações, localizar, representar, etc.

Perceber isso é compreender o mundo à nossa volta e poder atuar nele. É preciso

que o saber informal, cultural, se incorpore ao trabalho matemático escolar, diminuindo a

distância entre a Matemática da escola e a Matemática da vida.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

A matéria deve ser ensinada de forma onde a teoria, a prática, o conteúdo e a forma

se integrem para desenvolver o raciocínio lógico, a criatividade e o espírito crítico, a partir

do resgate da questão cultural, já que a matemática é um bem cultural constituindo-se a

partir das relações do homem com o mundo em que vive.

Sendo assim o ensino de Matemática do ensino fundamental deve levar o aluno a:

. Adotar uma altitude positiva em relação à Matemática, ou seja, desenvolver sua

capacidade de “fazer matemática” construindo conceitos e procedimentos para resolver

problemas.

. Aumentar sua auto-estima e perseverança na busca de soluções para um problema.

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. Pensar logicamente, relacionar idéias estimulando sua curiosidade, seu espírito de

investigação e sua criatividade.

. Observar sistematicamente a presença da Matemática no dia-a-dia.

. Representar as idéias matemáticas escrevendo e representando de várias maneiras

(com números, tabelas, gráficos, diagramas, etc.).

. Interagir cooperativamente com os colegas.

CONTEÚDOS DE MATEMÁTICA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Número, Operações e Álgebra

Propõe-se o estudo dos números, tendo como meta primordial, no campo da

aritmética, a resolução de problemas e a investigação de situações concretas relacionadas

ao conceito de quantidade e com o cotidiano dos alunos.

Medidas

Propõe-se o uso das medidas como elemento de ligação entre os conteúdos de

numeração e os conteúdos de geometria; a idéia principal é a de que medir é comparar.

Geometria

Propõe-se a partir da realidade explorar o espaço para situar-se nele e analisa-lo,

percebendo os objetos neste espaço para poder representá-los, através da construção de

formas e medições.

Tratamento da Informação

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Propõe-se o uso de conceitos e métodos para coletar, organizar, interpretar e analisar

dados, que permitem ler e compreender uma realidade.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E SEUS DESDOBRAMENTOS

CONTEÚDO POR SÉRIE

5ª série

Números, Operações e Álgebra

. Números Naturais (história e outras numerações)

. Expressões numéricas

. Resolução de problemas envolvendo as quatro operações.

. Noções de incógnita e de variável (termo desconhecido)

. Potenciação

. Múltiplos e Divisores

. Frações

. Números Decimais

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Medidas

. Medidas de tempo

. A reta numerada

. Medidas de comprimento

. Medidas de capacidade

. Medidas de Massa

. Operações com medidas mistas.

Geometria

. Noções fundamentais da Geometria (ângulo, polígonos e circunferência).

. Simetria

. Perímetro e área de figuras planas.

Tratamento da Informação

. Noções de Estatística

. Gráficos e tabelas

. Porcentagem.

6ª Série

Números, Operações e Álgebra

. Sistema de numeração decimal

. Potenciação e radiciação

. Múltiplos e divisores-divisibilidade

. Frações e números decimais

. Razão e porcentagem

. Números Inteiros.

. Operações com números inteiros

. Números Racionais.

Operações com racionais

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. Equações do 1º Grau

Medidas

. Ângulos

A reta numerada (números inteiros e números racionais)

. Medidas de comprimento, massa, capacidade e tempo

Geometria

. Polígonos

. Perímetro e área

Tratamento da Informação

. Razão e Proporção

. Porcentagens e Juros

. Tabelas e gráficos

7ª série

Números, Operações e Álgebra

. Conjuntos Numéricos (N, z, q e I).

. Números Reais

. Potenciação

. Radiciação

. Expressões Algébricas

. Operações com polinômios

. Produtos Notáveis

. Fatoração

. Equações

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8ª série

Números, Operações e Álgebra

. Potenciação

. Notação Científica

. Radicais

. Produtos Notáveis

. Fatoração

. Equações e sistema de equação do 2º Grau

. Classificação dos números

. Funções

. Matemática comercial

Medidas

. Medidas de comprimento

Geometria

. Geometria dedutiva

. Trigonometria

. Semelhança

. Teorema de Pitágoras

. Relações Métricas nos Triângulos Retângulos

. Construções geométricas: Simetria

. Círculo e cilindro

Tratamento da Informação

. Estatística

. Probabilidade

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

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A escola não é a única instância de transmissão de conhecimentos científicos, mas

por excelência é a instituição incumbida disso. A posse desses conhecimentos,

históricamente acumulados, oportuniza outras formas de ver e compreender o mundo

abrindo possibilidades de mudanças na ação cotidiana das pessoas. São as relações que se

estabelecem entre professor-aluno, em seu contexto escolar.

A definição de conteúdos é considerada fator fundamental para o conhecimento

matemático, anteriormente fragmentado, seja, agora visto em sua totalidade, em

necessidade de desenvolvimento conjunto.

O conhecimento não é construído de um dia para o outro, de uma situação para

outra, do não saber ao saber tudo. Cada indivíduo reelabora as informações recebidas, daí a

necessidade de se considerar, no processo, não somente o produto, mas sim o próprio.

Só a consideração conjunta do resultado e do processo nos permite estabelecer

interpretações significativas, para isso podemos articular os conteúdos utilizando a

modelagem, etnomatemática, resolução de problemas, uso de tecnologias e história da

matemática.

A teoria deve ser distribuída em seções, de modo equilibrado; e os temas devem ser

abordados por meio de uma linguagem simples, mas precisa, estabelecendo um diálogo

com o aluno, permitindo que ele progrida sem dificuldades e sempre que necessário

retomar assuntos que fazem parte do conhecimento do aluno, isto é, assuntos que são

relacionados a prática cotidiana do aluno com o intuito de atrair-lhe a atenção e o

conseqüente interesse. Os textos complementares devem enriquecer os temas, para que a

leitura fique prazerosa.

A proposta do trabalho é ampliar as experiências do professor e dos alunos, para que,

na exploração das idéias, possam, além de desenvolver a capacidade de pensar e inventar,

fazer do processo de ensino algo dotado de significado e alegria.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍCOS DA DISCIPLINA

A avaliação é um instrumento fundamental para fornecer informações sobre como

está se realizando o processo ensino-aprendizagem tanto para educandos quanto para

educadores e deve ser entendida pelo professor como processo de acompanhamento e

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compreensão dos avanços, dos limites e das dificuldades dos alunos para atingirem os

objetivos dos conteúdos, quando forem trabalhados.

Visto a necessidade da mudança no ensino da Matemática na forma de avaliar o

aluno devemos dar ênfase:

- ao que os alunos sabem e pensam matematicamente;

- na compreensão dos conceitos e se desenvolveu atitudes positivas em relação a

matemática;

- no processo e grau de criatividade das soluções dadas pelo aluno;

- nas situações-problema que envolvam aplicações de conjunto de idéias

matemáticas;

- nas várias formas de avaliação, incluindo as escritas (provas, testes, trabalhos,

auto-avaliação), as orais (exposições, entrevistas, conversas informais);

- num processo avaliativo contínuo olhando o educando como todo desde o início da

sua aprendizagem até a formação de conceitos apropriados à disciplina.

Quanto mais o professor diversificar a avaliação e conseguir interpretá-la como um

meio para analisar se juntamente com os aluno está conseguindo alcançar os objetivos

proposto, mais ele se aproximará de um novo tipo de avaliação que leva em conta os

sonhos e projetos dos alunos, até mesmo a auto-avaliação.

A recuperação paralela será quando se fizer necessária, baseada na revisão dos

conteúdos que o aluno não se apropriou e será através de teste escrito/oral, trabalhos ou

pesquisas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- ARCO VERDE, Y.F de Souza. Introdução às Diretrizes Curriculares. Curitiba.

SEED. 2006.

- IMENES, Luíz Márcio Pereira. Matemática/Imenes & Lellis. São Paulo: Scipione ,

2002.

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- DANTE, Luiz Roberto. Tudo é Matemática – 1ª Edição – São Paulo: Ed.Ática,

2004.

- ANDRINI, Álvaro. Novo Praticando Matemática/Álvaro Andrini, Maria José C. de

V. Zampirolo. São Paulo: Editora Brasil, 2002.

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O ensino das línguas estrangeiras modernas começou a ser valorizado depois da

chegada da família real ao Brasil em 1808 e contemplava o ensino de francês, inglês e

alemão. A partir de 1906, com Saussure, inauguram-se os estudos da língua em caráter

científico. Em 1942 as línguas privilegiadas passaram a ser o francês, inglês e espanhol. Em

1996, a Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional, n. 9394, determinou a oferta

obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna, escolhida pela comunidade

escolar, no Ensino Fundamental. Já para o Ensino Médio, poderia haver uma segunda, em

caráter optativo, dependendo das disponibilidades da instituição, permanecendo apenas o

inglês, até 2005, pelo fato de este ter sido escolhido como língua universal.

Ensinar e aprender línguas é também ensinar e aprender percepções de mundo e

maneiras de construir sentidos, é formar subjetividades, independentemente do grau de

proficiência atingido. O ensino de língua estrangeira amplia as perspectivas de ver o

mundo, de avaliar paradigmas já existentes e cria novas possibilidades de construir sentidos

do e no mundo. A língua estrangeira tem o objetivo de proporcionar: a inclusão social; o

desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade; o reconhecimento da

diversidade cultural e o processo de construção das identidades transformadoras.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

O conteúdo estruturante é o “Discurso” enquanto prática social – efetivado por

meio das práticas discursivas, as quais envolvem a leitura, oralidade e escrita.

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Para que os alunos-sujeitos percebam a interdiscursividade nas diferentes relações

sociais é preciso que os níveis de organização lingüística sirvam ao uso da linguagem na

compreensão e na produção escrita, oral, verbal e não-verbal.

De acordo com a abordagem crítica da leitura, a ênfase do trabalho pedagógico

recai sobre a necessidade dos sujeitos interagirem ativamente com o discurso, sendo

capazes de comunicar-se com e em diferentes textos, os quais definirão os conteúdos

lingüísticos discursivos, bem como as práticas discursivas a serem trabalhadas.

Vale explicitar que de acordo com a Lei 10.639/03, referente a “História da Cultura

Afro-Brasileira e Africana”, esta será trabalhada continuamente nos conteúdos do LEM –

Inglês.

METODOLOGIA

Para ensino de LEM – inglês é relevante apresentar o discurso nos seus mais

variados gêneros: oral, escrito e visual. Estes recursos estimulam o aluno ao ingresso no

mundo da língua alvo.

A cultura, que sempre funciona como pano de fundo para as interações, pode e

deve ser apresentada através de materiais autênticos como músicas, recortes de jornais e

revistas, processo de aprendizagem, descobrindo o novo universo oferecido pela LEM-

Inglês.

A língua estrangeira precisa ser trabalhada procurando compreender sua prática

social significativa. A pragmática, ou seja, a língua em uso, revela a esfera ideológica que

envolve os diferentes enunciados comunicativos. O aluno, em contato com essa língua em

uso, cresce enquanto indivíduo, pois percebe as diferentes maneiras de se ver e viver no

mundo, sentindo-se, com isto, um ser histórico e socialmente construído.

O livro didático serve como um apoio, pois nele encontram-se as informações

básicas que auxiliam professor e aluno no processo de organização dos conteúdos a serem

adquiridos.

O professor de inglês deve propiciar a seus alunos momentos de expressão oral,

compreensão auditiva, produção escrita e prática de leituras. Sempre pautando-se em temas

interessantes que remetam os alunos à cultura da língua alvo.

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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE LEM-INGLÊS

A avaliação deve ser parte integrante do processo de aprendizagem e contribuir

para a construção de saberes.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional determina que a avaliação seja

contínua e que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos.

Além de ser útil para a verificação da aprendizagem dos alunos, a avaliação

servirá, principalmente, ara que o professor repense a sua metodologia e planeje as suas

aulas de acordo com as necessidades de seus alunos. É através dela que é possível perceber

quais são os conhecimentos – lingüísticos, discursivos, sócio-pragmáticos ou culturais – e

as práticas – leitura, escrita e oralidade – que ainda não foram suficientemente trabalhados

e que precisam ser abordados mais exaustivamente para garantir a efetiva interação do

aluno com os discursos em íngua estrangeira.

Avaliação é uma das questões cruciais em educação, não pode ser vista como algo

que se realiza após a aprendizagem. Ela é “parte integrante e intrínseca ao processo

educacional”. É diagnostica, concretiza-se na observação e possibilita ao professor

identificar como se dão os processos de construção do conhecimento em seus alunos

redirecionar o trabalho que vem desenvolvendo, conforme as necessidade e dificuldades

encontradas.

Ressalta-se a importância do Livro Didático de inglês, que não esgota todas as

necessidades, nem abrange todos os conteúdos de língua estrangeira, mas se constitui como

suporte e ponto de partida para professores e alunos.

BIBLIOGRAFIA

ARCO VERDE, Y.F de Souza. Introdução às Diretrizes Curriculares. Curitiba. SEED.

2006.

LEFFA, Vilson J. O Professor de Línguas: Construindo a Profissão. Pelotas: Educat,

2006.

MÜLLER, Vera.; SARMENTO, Simone (orgs). O Ensino do Inglês como Língua

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Estrangeira: estudos e reflexões. Porto Alegre: APIRS 5,2004

PAIVA, Vera Lucia M.O. Ensino de Língua Inglesa: Reflexões e Experiências.

3 Ed. Campinas, SP: Pontes Editores, 2005

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Língua Estrangeira Moderna:

Espanhol – Inglês. Ensino Médio. Curitiba: SEED-PR, 2006

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.

Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para a Educação

Básica. Curitiba, 2006.

ENSINO MÉDIO

PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE

ARTE

1- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE ARTE

O ensino da Arte no Ensino Médio possibilita o estudo como campo de

conhecimento, constituído de saberes cognitivos, sensíveis e sócio-históricos, dessa forma

ampliando o repertório de conhecimento do aluno.

Sendo assim, o ensino da Arte na escola desempenha o papel social, na medida

em que democratiza o conhecimento, características de cada indivíduo, através da sensação

de se estar contido num espaço e de se conter esse espaço dentro de nós, criando,

ampliando, enriquecendo , transformando o mundo e o homem, numa ação conjunta do

fazer, do olhar e do pensar e articular significados e valores que orientam os diferentes tipos

de relações entre os indivíduos e a sociedade.

A atividade criadora é uma necessidade humana, através da qual o indivíduo

descobre sua integridade, sua função consiste em aplicar o conhecimento que se refere aos

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conteúdos específicos das linguagens artísticas, tendo como elementos norteadores as

quatro áreas da Arte: artes visuais, dança, música e teatro.

O objeto de estudo/ensino em Arte é: arte e ideologia, arte e o seu conhecimento

e arte e trabalho criador, que será organizado através dos conteúdos estruturantes:

Elementos Formais, Composição, Movimentos e Períodos, Tempo e Espaço.

2 OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

Instrumentalizar o aluno, permitindo utilizar o conhecimento estético das diversas

manifestações culturais;

Observar as relações entre a Arte e a realidade;

Desenvolver o potencial crítico-expressivo, seu conhecimento, percepção e

consciência do mundo em que vive, aliando o ver, o pensar e o criar;

Entender o homem como um todo: razão, pensamento, percepção, imaginação e

reflexão;

Oportunizar ao aluno o conhecimento erudito e popular, através dos movimentos

artísticos.

3 CONTEÚDOS

Áre

a ELEMENTOSFORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS EPERÍODOS

Conteúdos EspecíficosARTES

VISUAISPontoLinhaSuperfícieTexturaVolumeLuzCor

FigurativaAbstrataFigura/fundoBidimensional/tridimensionalSemelhançasContrastesRitmo visualGênerosTécnicas

Arte Pré-históricaArte no Egito AntigoArte Grego-RomanaArte Pré-Colombiana nas AméricasArte OrientalArte AfricanaArte MedievalRenascimento

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BarrocoNeoclassicismoRomantismoRealismoImpressionismoExpressionismoFauvismoCubismoAbstracionismoDadaísmoSurrealismoOp-artPop-artTeatro pobreTeatro do OprimidoMúsica SerialMúsica EletrônicaRap, Funk, TechoMúsica MinimalistaArte ParanaenseCultura Afro Brasileira

MÚSICA

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

RitmoMelodiaHarmoniaIntervalo melódicoIntervalo harmônicoTonalModalGênerosTécnicasImprovisação

TEATRO

Personagem:ExpressõesCorporais, vocais, gestuais e faciais

Ação

Espaço Cênico

RepresentaçãoSonoplastia/iluminação/cenografia/figurino/caracterização/maquiagem/adereçosJogos teatraisEnredoGênerosTécnicas

DANÇA Movimento corporal

Tempo

Espaço

Ponto de apoioSalto e quedaRotaçãoFormaçãoDeslocamentoSonoplastiaCoreografiaGênerosTécnicas

Arte EngajadaHip HopDança ModernaVanguardasartísticasArte brasileiraArte paranaenseIndústria culturalCultura Afro BrasileiraArte Indígena

4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA DE ARTE

No ensino médio, o enfoque da Arte dar-se-á em três momentos da organização

pedagógica: através do CONHECIMENTO EM ARTE – momento privilegiado da

cognição, onde a racionalização opera para a apreensão do conhecimento historicamente

produzido sobre arte; do SENTIR E PERCEBER, ou seja, da apreciação e apropriação das

obras artísticas; do TRABALHO ARTÍSTICO, que é a prática, o fazer artístico. Estes

momentos são interdependentes.

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Page 114: COLÉGIO ESTADUAL “ALBERTO SANTOS … · Web viewÉ necessário considerar, portanto, a importância do texto de Silova, “tornou-se lugar comum destacar a diversidade das formas

A arte é organizada e estruturada por um conhecimento próprio e ao mesmo

tempo possui um conteúdo social, que tem como objeto o ser humano em suas múltiplas

dimensões, sendo a arte uma forma de trabalho onde ao criar o ser humano se recria,

constituindo-se como ser que toma posição ante o mundo. O trabalho artístico além de

representar, objetivamente ou não, uma dada realidade constitui-se, em si mesma, numa

nova realidade. Sem a criação e o trabalho, a arte deixa de ser arte e não há aprendizagem.

O educando precisa passar pelo fazer artístico.

A partir das concepções da arte e de seu ensino já abordadas, consideraremos alguns

campos conceituais que contribuem para as reflexões a respeito do objeto de estudo desta

disciplina: o conhecimento estético, o conhecimento artístico,o conhecimento tecnológico

voltado para a arte e o conhecimento contextualizado.

Norteados pelo conjunto desses campos conceituais, a construção do conhecimento

em arte se efetiva na inter-relação de saberes que se concretiza na experienciação estética

por meio da percepção, da análise, da criação/produção e da contextualização histórica.

Apesar de suas especificidades, esses campos conceituais são interdependentes e

articulados entre si, abrangendo todos os aspectos do objeto de estudo.

A arte é criação e manifestação do poder criador do homem. Criar é transformar e

nesse processo o sujeito também se recria. A arte, quando cria uma nova realidade, reflete a

essência do real. O sujeito, por meio de suas criações artísticas, amplia e enriquece a

realidade já humanizada pelo trabalho.

A arte, compreendida como área de conhecimento, apresenta relações com a cultura

por meio das manifestações expressas em bens materiais (bens físicos) e imateriais (práticas

culturais coletivas).

A linguagem, na construção do conhecimento em arte, passa a ser compreendida

como o elo de ligação entre o conteúdo do sujeito e a cultura em suas diversas produções e

manifestações artísticas. Entende-se que ao se apropriar dos elementos básicos ou formais

das mesmas, o sujeito torna-se capaz de refletir, de interpretar e de se posicionar diante do

objeto de estudo.

Sendo a educação básica um processo que se inicia no Ensino Fundamental e se

conclui no Ensino Médio, é necessário considerar nesta proposta pedagógica, as

características e necessidades dos alunos do Ensino Médio. A partir de um aprofundamento

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Page 115: COLÉGIO ESTADUAL “ALBERTO SANTOS … · Web viewÉ necessário considerar, portanto, a importância do texto de Silova, “tornou-se lugar comum destacar a diversidade das formas

dos conteúdos, a ênfase será maior na associação da arte e conhecimento, da arte e trabalho

criador e da arte e ideologia. Dessa forma, o aluno deste Colégio terá acesso ao

conhecimento presente nessas diferentes formas de relação da arte com a sociedade, de

acordo com a proximidade das mesmas com o seu universo. O professor, por sua vez, ao

selecionar os conteúdos específicos que irá desenvolver, enfocará essas formas de relação

da arte com a sociedade com maior ou menor ênfase, abordando o objeto de estudo por

meio dos conteúdos estruturantes.

Para tanto, é necessário no processo de ensino e de aprendizagem, o

desenvolvimento de uma práxis no ensino de Arte, entendida como a articulação entre os

aspectos teóricos e metodológicos propostos para essa disciplina. Nessa proposta, pretende-

se que os alunos possam criar formas singulares de pensamento, apreender e expandir suas

potencialidades criativas.

A articulação dos conhecimentos estéticos, artístico e contextualizado, aliados à

práxis no ensino de Arte, possibilita a apreensão dos conteúdos da disciplina e das possíveis

relações entre seus elementos constitutivos. Os conteúdos são selecionados a partir de uma

análise histórica, com base num projeto de sociedade que visa a superação das

desigualdades e injustiças, vindo a constituir-se em uma abordagem fundamental para a

compreensão desta disciplina.

Em Arte, a prática pedagógica deste Colégio contemplará as Artes Visuais, a Dança,

a Música e o Teatro; adotando como referência as relações estabelecidas entre a arte e a

sociedade.

Ao considerar a arte como fruto da percepção, da necessidade de expressão e da

manifestação da capacidade criadora humana, ela converte-se numa síntese superior do

trabalho dos sujeitos, na medida em que a arte é um dos modos pelos quais o homem supera

no seu fazer, os limites da utilidade material imediata, que ultrapassem os

condicionamentos da sobrevivência física e torna-se parte fundamental do processo de

humanização, isto é, de como os seres humanos se constroem continuamente.

Os recursos de multimídia utilizados nas práticas metodológicas são:

* televisor;

*DVD

*Retroprojetor

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*Projetor de slides

*Aparelho de som

*Computadores com programas específicos para arte gráfica, e acessórios como :

Pen drive e Internet

5 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA DE ARTE

A disciplina de Arte apresenta-se como componente curricular responsável por

viabilizar ao aluno o acesso sistematizado aos conhecimentos em arte, por meio das

diferentes linguagens artísticas.

Assim sendo, o objetivo da arte no Ensino Médio é propiciar ao aluno o acesso

aos conhecimentos presentes nos bens culturais, por meio de um conjunto de saberes,

permitindo que utilize esses conhecimentos na compreensão das realidades levando em

conta as relações estabelecidas pelos alunos entre os conhecimentos em arte e a sua

realidade que se tornam evidentes tanto no processo, quanto na produção individual e

coletiva.

Dessa forma, a avaliação em Arte será diagnóstica, processual e cumulativa, sem

estabelecimento de parâmetros comparativos entre os alunos; estará, portanto, discutindo

dificuldades e progressos de cada um a partir de sua própria produção. Sendo diagnóstica a

avaliação será referência do professor para o planejamento das aulas e de avaliação dos

alunos. Sendo processual abrange todos os momentos da prática pedagógica. A avaliação

será feita por meio de observação e registro, considerando aspectos experienciais (práticos)

e conceituais (teóricos), buscando o desenvolvimento do pensamento estético e a

sistematização do conhecimento para a leitura da realidade.

O planejamento deve ser constantemente direcionado, utilizando a avaliação do

professor, da turma sobre o desenvolvimento das aulas e também a auto-avaliação dos

alunos.

6 BIBLIOGRAFIA

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ARCO VERDE, Y.F de Souza. Introdução às Diretrizes Curriculares. Curitiba. SEED.

2006.

FISCHER, Ernst. A necessidade da Arte. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1987.

OSTROWER, Fayga. Universo da Arte. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1991.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.

Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos temáticos: a inserção dos

conteúdos de História e cultura afro-brasileira e africana nos currículos escolares. Curitiba:

SEED-PR, 2005. 43 p.

______. Orientações curriculares de Educação Artística. Texto preliminar, julho 2005.

______. Diretrizes curriculares de Educação Artística para o Ensino Fundamental. Versão preliminar, julho 2006.

BIOLOGIA

A- CARACTERÍSTICAS GERAIS DA DISCIPLINA.

O aprendizado disciplinar em biologia é essencial. Deve ser colocado em prática

de forma que os conteúdos sejam abordados de forma integrada, destacando o objeto de

estudo. É necessário que o aprendizado se desenvolva ao longo de sua vida social, político,

econômico, cultural, ambiental, histórico, religioso, filosófico, ético. Altruísta, exercendo a

verdadeira compaixão, fazendo a humanidade evoluir.

O Ensino de Biologia desenvolve o papel aglutinador das outras ciências.

Possibilita a formação de uma visão holística que colabora para o desenvolvimento

crítico e consciente do indivíduo. A Biologia, em função dos avanços tecnológicos, requer

constante atualização através de literatura adequada, acesso a Internet a fim de incentivar a

investigação, aguçar a curiosidade e possibilitar a compreensão das transformações no

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mundo e a perceber a importância do conhecimento científico como mudanças na história

da humanidade. Para organizar a proposta do ensino de Biologia faz-se necessário delimitar

os conteúdos por unidades temáticas:

Organização dos seres vivos

Mecanismos biológicos

Biodiversidade

Implicações dos avanços Biológicos no fenômeno da vida.

B- Objetivos Gerais.

A Biologia, como parte do processo de construção científica deve ser entendida e

compreendida como processo em produção do próprio desenvolvimento humano.

Compreendida assim, é uma das formas de conhecimento produzido pelo próprio

desenvolvimento do homem e determinada pelas necessidades matérias deste em

cada momento histórico.

A Biologia contribui para a formação de sujeitos críticos, reflexivos e atuantes,

por meio de conteúdos, desde que ao mesmo proporcionem o entendimento do

objeto de estudo- o fenômeno Vida – em toda a sua complexidade de relação ou

seja, na organização dos seres vivos; funcionamento dos mecanismos biológicos;

no estudo da biodiversidade no âmbito dos processos biológicos de variabilidade

genética, hereditariedade e relações ecológicas;e das implicações dos avanços

biológicos no fenômeno da vida.

C- METODOLOGIA

Para organizar a proposta do ensino de Biologia faz-se necessário delimitar os conteúdos

por unidades temáticas:

Organização dos seres vivos

Mecanismos biológicos

Biodiversidade

Implicações dos avanços Biológicos no fenômeno da vida.

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O ensino dos conteúdos específicos de Biologia deverá abranger as seguintes estratégias

metodológicas:

1- Prática Social: caracteriza-se por ser o ponto de partida onde o objetivo é perceber e denotar,

dar significação às concepções alternativas do aluno a partir de uma visão sincrética, desorganizada,

de senso comum a respeito do conteúdo a ser trabalhado.

2- Problematização : é o momento para detectar e apontar as questões que precisam ser resolvidas

no âmbito da prática social e, em conseqüência , estabelecer que conhecimentos são necessários

para a resolução destas questões, e as exigências sociais de aplicação desse conhecimento.

3- Instrumentalização: Consiste em apresentar os conteúdos sistematizados para que os alunos

assimilem e os transformem em instrumentos de construção pessoal e profissional. Neste contexto,

que os alunos apropriem-se das ferramentas culturais necessárias à luta social para superar a

condição de exploração em que vivem.

4- Catarse: é a fase de aproximação entre o que o aluno adquiriu de conhecimento e o problema em

questão. A partir, transformados em elementos ativos de transformação social,e assim sendo, o

aluno passa o entendimento e elaboração de novas estruturas de conhecimento, ou seja, passa da

ação para a conscientização.

5- Retorno à prática social: Caracteriza-se com o saber concreto e pensado para atuar e

transformar as relações de produção que impendem a construção de uma sociedade mais igualitária.

A situação de compreensão sincrética apresentada pelo aluno no inicio do processo, passa de um

estágio de menor compreensão do conhecimento científico a uma fase de maior clareza e

compreensão, explicitada numa visão sintética. Neste contexto, o processo educacional põe-se a

serviço da referida transformação das relações de produção.

D- AVALIAÇÃO

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A avaliação e um processo que precisa ser definido pela unidade escolar, e em

especial, pelos professores, que atuam diretamente com os alunos.

A avaliação deverá:

- Ser entendida como uma alavanca que impulsiona o êxito dos alunos e da escola

como um todo. Por tanto, deve ser contínua e evolutiva o que dará ao professor subsídios

para a percepção de dificuldades e dos avanços dos alunos.

- Ser considerada um instrumento para auxiliar a ação pedagogia.

O professor poderá avaliar, por exemplo:

-A postura do aluno diante dos problemas

-Os caminhos que o aluno percorre para solucionar esses problemas

- As estratégias que utiliza para construir e sistematizar novos conhecimentos.

- A maneira como sintetiza seus conhecimentos

- A forma como socializa seus conhecimentos

- O que o aluno diz e como diz.

“É preciso valorizar as diferenças individuais sem jamais perder de vista o contexto

interativo. Escola é sinônimo de interação”.

E- BIBLIOGRAFIA

ARCO VERDE, Y.F de Souza. Introdução às Diretrizes Curriculares. Curitiba. SEED. 2006.

Favaretto,José Arnaldo

Biologia: volume único /José Arnaldo

Favaretto, Clarinda Mercadante,- 1.ed.-

São Paulo : Moderna, 2005

Diretrizes curriculares para o ensino fundamental e médio 2006. SEED

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EDUCAÇÃO FÍSICA

1 Conteúdo :

Serão aplicadas aulas que através de exercícios físicos, corridas, brincadeiras recreativas

e jogos, atinjam as necessidades básicas corporais dos alunos em sua idade cronológica

corporal, aumentando assim sua FORÇA, RESISTÊNCIA, AGILIDADE, EQUILÍBRIO,

VELOCIDADE, RACIOCÍNIO E RITMO.

Será aplicado também, jogos e brincadeiras que desenvolvam as capacidades cardíacas e

pulmonares dos alunos, trabalhando assim, o corpo humano como um todo.

2 Objetivo :

Contribuir para o desenvolvimento geral do educando, dimensionando a Educação Física

Escolar, pra além de uma visão somente prática e seletiva, valorizando os aspectos afetivos,

cognitivos, sociais, culturais e econômico dos alunos.

Propiciar ao aluno uma visão crítica do mundo e da sociedade na qual esta

inserido.

Ampliar o campo de intervenção da Educação Física, para além das abordagens

centradas na motricidade

Desenvolver conteúdos elencados no currículo de maneira que sejam relevantes e

estejam de acordo com a capacidade cognoscitiva do aluno

Desenvolver as práticas corporais, tendo como principio básico o

desenvolvimento do sujeito unilateral.

3 Desenvolvimento Metodológico :

Além dos esportes tradicionais (vôlei,basquete, handebol, futsal ), serão ministrados aos

alunos, aulas de ginástica corporal com e sem aparelhos,

provas de atletismo (corrida, salto e arremesso ), jogos de estafeta, gincanas, danças,

xadrez, recreação, brincadeiras cantadas, brincadeiras em roda,circuitos, teatro, calistenia,

marcha. Sempre envolvendo atividades individuais e em grupo.

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Serão utilizados também : Aulas expositivas, teóricas e práticas, com processo

pedagógico para o aprendizado dos fundamentos, trabalhos em pequenos e grandes grupos,

aulas em vídeo e seminários pelos alunos.

4 Conteúdo Estruturante :

A Expressividade Corporal

Do conteúdo estruturante emergem aqueles elementos da cultura que constituirão

específicos de ensino, conforme as finalidades, os objetivos e os pressupostos para a

disciplina de Educação Física.

Conteúdos Específicos

ESPORTES:

Fundamentos técnicos

Regras

Táticas

Análise crítica das regras

Origem e história

Para que e a quem servem

Modelo de sociedade que os produziram

Incorporação pela sociedade brasileira

Influência nos esportes dos diferentes modelos de sociedade

O esporte enquanto fenômeno social

O esporte na sociedade capitalista

Profissionalização do esporte

JOGOS:

Análise das relações sociais

Proposta de desafios

Compreensão de regras e normas de convivência social

Análise crítica e criação de novas regras

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GINÁSTICA:

Possibilitar ao aluno reconhecer as possibilidades de seu corpo,afastando – se da

ginástica competitiva, com movimentos obrigatórios, presos a técnica da

repetição

o O papel da mídia

o Ginástica imitativa

o Ginástica geral

o Ginástica esportivizada

o Olímpica e rítmica

DANÇA

Problematização a erotização da dança

Manifestação da cultura milenar

Históricos e a espiritulidade das danças

Ritmo

Danças em geral

Danças folclóricas

Danças populares e afro – brasileiras

Consciência corporal

Relação histórico-social dos movimentos folclóricos

Análise crítica dos costumes

História e cultura dos temas desenvolvidos

ELEMENTOS ARTICULADORES

O corpo que brinca e aprende

Manifestações lúdicas

Desenvolvimento corporal e construção da saúde

O corpo e o mundo do trabalho

TEMAS SOCIAIS COMTEMPORÂNEOS

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Ética

Cultura da paz

Sexualidade

Prevenção de entorpecentes

Meio ambiente

Cidadania

A mídia

O corpo

A saúde

O lazer

A diversidade (étnico-racial, sexual, indígena, alunos portadores de necessidades

especiais)

CONTEÚDOS DO ENSINO MÉDIO

1ª. SÉRIE:

Alimentação saudável e obesidade

Aspectos históricos e sociais do esporte e jogos

Atividades físicas e saúde, suas relações, mitos e verdades.

Definição de lazer

Táticas e sistema do esporte.

Esporte como fenômeno global

Jogos locais e regionais

O corpo como objetivo de trabalho, sacrifício e violência.

Jogos cooperativos

2ª.SÉRIE:

Envelhecer com saúde

Jogos esportivos, amadorismo e profissionalismo

Ginástica de academia : modismo e exagero

Stress e auto-estima

Lazer e seus benefícios para saúde e bem estar

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O corpo visto como lazer e estética

Suplementação esportiva e o uso de anabolizantes

Cálculo do IMC (índice de massa corporal) e o gasto calórico.

Lutas regionais

3ª SÉRIE:

Competições esportivas

Noções de súmula

Produção de energia através dos alimentos e a fisiologia dessa produção.

Distúrbios alimentares

Danças Contemporâneas

A influência da mídia no esporte

Aspectos culturais do teatro, dança e expressões e movimento.

Jogos esportivos amadorismo e profissionalismo

Ginástica de academia : modismo e exagero

5 Critérios de avaliação específicas da disciplina

Será um processo contínuo, permanente e cumulativo, onde o professor estará

organizando e reorganizando o seu trabalho tendo no horizonte as diversas manifestações

corporais, evidenciadas nas formas da ginástica, do esporte, dos jogos, da dança e das lutas,

levando os alunos a refletirem e a se posicionarem criticamente com o intuito de construir

uma suposta relação com o mundo .

REFERÊNCIA:

ARCO VERDE, Y.F de Souza. Introdução às Diretrizes Curriculares. Curitiba. SEED. 2006.

BRACHT. Valter . A constituição das teorias pedagógicas da Educação física.Cadernos CEDES, v . 19, n. 48. Campinas, 1999.

PARANÁ. Secretaria da Estado da Educação. Currículo básico para a escola pública do Estado do Paraná: SEED, 1999.

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PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.Diretrizes curriculares da Educação Física para o ensino médio. Versão preliminar, julho 2006.

FILOSOFIA

JUSTIFICATIVA:JUSTIFICATIVA:

Considerando que todos os conteúdos filosóficos configuram-se como

discursos, os quais apresentam um caráter crítico-reflexivo e problematizador, o papel

formativo específico da Filosofia no Ensino Médio volta-se, primariamente,  para a tarefa

de fazer o educando aceder a uma competência discursivo-filosófica, à medida que este,

indissociavelmente constrói e exercita a capacidade de problematização e apropria-se

reflexivamente do conteúdo. De fato, a conexão interna entre conteúdo (discurso) e método

(forma de análise, interpretação, crítica, reconstrução de conceito racional, argumentação e

posicionamento) deve tornar-se evidente, sem o qual esvazia-se o específico do ensino

filosófico.

EMENTA DA DISCIPLINA:EMENTA DA DISCIPLINA:

A disciplina de filosofia tem como comprometimento de fazer dos

estudantes pessoas com a capacidade de ler textos filosóficos de modo significativo, a partir

do desenvolvimento: a) da capacidade de entender mito e filosofia b) com condições de

interpretação da teoria do conhecimento, c) da abordagem e compreensão do texto de Ética,

d) da reflexão crítica da filosofia Política a) de problematização sobre Filosofia da ciência

e) da reconstrução racional de estética filosófica. Pois entendemos ser a filosofia de uma

amplitude de seus conteúdos, historia e seus filósofos fazem-se necessários recortes já

expressos nas diretrizes.

OBJETIVOS:OBJETIVOS:

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Objetivos Gerais:

Possibilitar ao estudante do ensino médio uma reflexão clara de ensino-aprendizagem em filosofia com uma peculiaridade que a faz diferente de todas as outras disciplinas. Numa relação que se concretizará na experiência na relação docente e discente e com o texto filosófico.

Objetivos EspecíficosObjetivos Específicos::

Superar através da filosofia a passividade, o senso comum e os preconceitos que os

estudantes trazem do seu dia-a-dia que destona da linguagem filosófica. Levar a

filosofia no ensino médio com uma problemática central, a preocupação com o

posicionamento teórico e prático dos agentes inseridos no processo visando esclarecer,

sair da menoridade como pessoas autônomas e conscientes.

PLANEJAMENTO POR SEMESTRE:PLANEJAMENTO POR SEMESTRE:

2º ano de Ensino Médio2º ano de Ensino Médio

1º Semestre1º Semestre::

Do mito para o Logos – Nascimento da filosofia

Do mito para o Logos – panorama histórico da filosofia

Os Pré-Socráticos - Tales, Anaxágoras – Pitágoras - Empédocles,

Parmênides = Demócrito = Heráclito.

Teoria do conhecimento ou epistemologia

As formas de conhecimento, Ordinário, teológico, filosófico e cientifico

O que é conhecer? Questão do Ser. A verdade.

Antigüidade -Sócrates, Platão e Aristóteles Descartes, Galileu, Francis Bacon, Locke,

Hume, Kant, Popper e Thomas Kuhn.

2º Semestre2º Semestre::

127

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Problemas epistemológicos na Filosofia

. O problema da ciência, conhecimento e método na Filosofia

• A questão da sensibilidade, razão e verdade.

• A questão do método.

• A questão da ciência e a crítica ao positivismo.

Autores de referência: Platão, Aristóteles, Descartes, Galileu, Francis Bacon, Hume, Kant e

Popper.

Problemas éticos ou morais na Filosofia

A discussão sobre liberdade .A discussão sobre liberdade .

Liberdade e desejo.Liberdade e desejo.

Liberdade como problema.Liberdade como problema.

Liberdade e responsabilidade.Liberdade e responsabilidade.

Liberdade como utopia.Liberdade como utopia.

Problema ético: emancipação e dever.

A questão da justiça.

A questão da liberdade e autonomia.

Implicações éticas na tecnologia -.Bioética. =Eutanásia.- Revolução tecnológica.Implicações éticas na tecnologia -.Bioética. =Eutanásia.- Revolução tecnológica.

Autores de referência: Platão, Aristóteles, Spinoza Rousseau, Kant, Nietzsche, Habermas e

Hans Jonas.

3º ano de Ensino Médio3º ano de Ensino Médio

1º Semestre1º Semestre::

Problemas éticos e políticos na Filosofia

Problema político: Estado, sociedade e poder

Questões de referência:

• A questão da democracia.

• A questão da constituição da cidadania.

• A questão do jusnaturalismo e contratualismo.

• A questão do poder.

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Page 129: COLÉGIO ESTADUAL “ALBERTO SANTOS … · Web viewÉ necessário considerar, portanto, a importância do texto de Silova, “tornou-se lugar comum destacar a diversidade das formas

Autores de referência: Platão, Aristóteles, Maquiavel, Hobbes, Locke, Rousseau, Norberto

Bobbio, Rawls e Habermas.

2º Semestre2º Semestre::

Problemas estéticos: a arte como imitação da Vidaarte como imitação da Vida..

. O problema do belo e da experiência estético

O que é estética? O que é estética?

A questão da mímesis.

A Poética é mais verdadeira que a história?

Autores de referência: Platão e Aristóteles.

O problema da relação da arte com a sociedade: a Indústria Cultural e cultura de

massa

Questões de referências decorrentes das principais concepções estéticas do pensamento

filosófico contemporâneo:

• A questão da reprodutibilidade técnica da arte.

• A questão da arte e da indústria cultural.

Autores de referência: Adorno e Benjamin.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:

A abordagem se dará por meio da sensibilização, da problematização, da investigação e da

criação /recriação de conceitos.

AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA:AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA:

Serão realizados exercícios intelectuais, avaliações diagnosticas individuais por escrito

para demonstrar as condições de argumentação, identificando os limites e êxitos das

idéias com condições para rever seus prismas.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA DA DISCIPLINA:BIBLIOGRAFIA BÁSICA DA DISCIPLINA:

129

Page 130: COLÉGIO ESTADUAL “ALBERTO SANTOS … · Web viewÉ necessário considerar, portanto, a importância do texto de Silova, “tornou-se lugar comum destacar a diversidade das formas

ARCO VERDE, Y.F de Souza. Introdução às Diretrizes Curriculares. Curitiba. SEED. 2006.

FILOSOFIA, Vários autores – Curitiba: SEED -PR, 2006..

CHAUÍ, Marilena. Convite a Filosofia: 13ª edição. São Paulo. Ática, 2003.

__________, Filosofia: série Brasil. São Paulo. Ática, 2005.

------------------,Temas de filosofia 1ª ed. São Paulo. Moderna. 1995.

FÍSICA

1. A FÍSICA NO ENSINO MÉDIO

A presença do conhecimento de Física na escola média ganhou um novo sentido. de

construir uma visão que esteja voltada para a formação de um cidadão contemporâneo,

atuante e solidário, com instrumentos para compreender, intervir e participar na realidade.

Nesse sentido, mesmo os jovens que, após a conclusão do ensino médio não venham a ter

mais qualquer contato escolar com o conhecimento em Física, em outras instâncias

profissionais ou universitárias ainda assim terão adquirido a formação necessária para

compreender e participar do mundo em que vivem.

A Física deve apresentar-se, portanto, como um conjunto de competências

específicas que permitam perceber e lidar com os fenômenos naturais e tecnológicos,

presentes tanto no cotidiano mais imediato quanto na compreensão do universo distante, a

partir de princípios, leis e modelos por ela construídos. Isso implica, também, na introdução

à linguagem própria da Física, que faz uso de conceitos e terminologia bem definidos, além

de suas formas de expressão, que envolvem, muitas vezes, tabelas, gráficos ou relações

matemáticas. Ao mesmo tempo, a Física deve vir a ser reconhecida como um processo cuja

construção ocorreu ao longo da história da humanidade, impregnada de contribuições

culturais, econômicas e sociais, que vem resultando no desenvolvimento de diferentes

tecnologias e, por sua vez, por elas impulsionado.

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No entanto, as competências para lidar com o mundo físico não têm qualquer

significado quando trabalhadas de forma isolada. Competências em Física para a vida se

constroem em um presente contextualizado, em articulação com competências de outras

áreas, impregnadas de outros conhecimentos. Elas passam a ganhar sentido somente

quando colocadas lado a lado, e de forma integrada, com as demais competências desejadas

para a realidade desses jovens. Em outras palavras, a realidade educacional e os projetos

pedagógicos das escolas, que expressam os objetivos formativos mais amplos a serem

alcançados, é que devem direcionar o trabalho de construção do conhecimento físico a ser

empreendido.

Não é, entretanto, suficiente, sinalizar a direção a seguir e explicitar a mudança de

rumos desejada, em relação ao ensino de Física que vinha sendo praticado. Entre o discurso

e novas práticas, há um longo percurso.

O ensino de Física vem deixando de concentrar-se na simples memorização de

fórmulas ou repetição automatizada de procedimentos, em situações artificiais ou

extremamente abstratas, ganhando consciência de que é preciso dar-lhe um significado,

explicitando seu sentido já no momento do aprendizado, na própria escola média.

Nosso desafio é, portanto, buscar meios para concretizar esses novos horizontes,

especialmente dentro da realidade escolar hoje existente no país. Como conseguir realizar

tanto com tão pouco espaço, tempo, recursos materiais, carências formativas e afetivas dos

alunos, condições de trabalho dos professores? Passada a tempestade inicial, os professores

de Física têm ousado mudar, mas sentem-se, muitas vezes, inseguros, desamparados e

pouco confiantes quanto aos resultados obtidos.

Esse processo depende, ao contrário, de um movimento contínuo de

reflexão,investigação e atuação, necessariamente permeado de diálogo constante. Depende

de um movimento permanente, com idas e vindas, através do qual possam ser identificadas

as várias dimensões das questões a serem enfrentadas, e constantemente realimentadas

pelos resultados das ações realizadas. E para isso será indispensável estabelecer espaços

coletivos de discussão sobre os diferentes entendimentos e sobre as experiências

vivenciadas a partir dessas novas propostas, incluindo-se possíveis interpretações,

implicações, desdobramentos, assim como também recursos, estratégias e meios

necessários ao seu desenvolvimento e instauração.

131

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2- EMENTA

MOVIMENTOS TERMODINÂMICA ELETROMAGNETISMO

3- OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:

* Compreender a Física como ciência presente em todos os momentos da nossa vida, capaz

de explicar avanços tecnológicos e científicos que fazem parte do nosso cotidiano.

* Compreender a Física como a busca de novos conhecimentos e descobertas, incentivando

o aluno a participar do processo de ensino rumo ao desconhecido e instigante mundo

cientifica, para que possam se sentir valorizados e, sua postura em relação ao aprendizado,

uma etapa cumprida de forma prazerosa e realmente significativa.

* Propiciar ao educando a busca pela aquisição da cultura elaborada e da cultura cotidiana

resultante da atividade humana, possibilitando ao estudante o pleno exercício da cidadania.

4- CONTEUDO POR SÉRIE ( ANO):

1- ANO

MOVIMENTOS:

Conceitos fundamentais: espaço, tempo, massa; paradigmas newtonianos, posição e

tempo: Deslocamentos, velocidade, referencial inércias e não inerciais, espaço e

tempo a luz da relatividade ( galileana, newtoniana e de Einsten-quadrivetor espaço

tempo); Momentum impulso.

Conservação do momentum e Energia, Leis de Newton .

Mecânica dos fluidos.

2- ANO

TERMODINÂMICA

* Leis da termodinâmica: Temperatura, Calor como energia, Teoria cinética dos gases,

Equivalente mecânico do calor, Entropia.

132

Page 133: COLÉGIO ESTADUAL “ALBERTO SANTOS … · Web viewÉ necessário considerar, portanto, a importância do texto de Silova, “tornou-se lugar comum destacar a diversidade das formas

* Ondas: Movimentos ondulatórios: Ondas em cordas, ondas sonoras, Refração e Reflexão

de ondas, interferência e difração.

Óptica: Natureza da luz, efeito fotoelétrico, quanta de luz.

3- ANO

ELETROMAGNETISMO:

Eletrostática: Conceito fundamental; carga e campo elétrico, força elétrica. Trabalho

e Potencial elétrico, Capacidade de um condutor e Capacitores.

Eletrodinâmica: Corrente elétrica, Resistores, Medidores elétricos, Geradores e

Receptores e Circuitos elétricos.

Magnetismo: Campo magnético, Fenômenos Magnéticos, Ação do campo

magnético sobre uma corrente-motor elétrico, Indução eletromagnética geradores de

corrente elétrica.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

Partir dos elementos vivenciais, do mundo conhecido dos alunos, através de

levantamentos temáticos ou outras formas de dialogo que permitam explicitar as

relações do mundo com a Física.

Utilizar os meios de informações contemporâneos disponíveis do aluno, tais como

noticia de jornal, livros de ficção cientifica, literatura, programas de televisão,

vídeos e outros, como instrumentos didáticos, incentivando diferentes leituras e ou

analise critica.

Utilizar o saber vivencial de profissionais, especialistas, cientistas ou tecnólogos.

Estimular visitas a instalações de produção do saber ou da informação tais como

museus, planetários, exposições, usinas hidroelétricas, fábricas, instalações sociais

relevantes e outros de forma a permitir ao aluno construir uma percepção

significativa da realidade em que vive.

Propor a envolver turmas de alunos em projetos coletivos de construção do

conhecimento, em torno de temas amplos, como edificações ou veiculo/transporte

133

Page 134: COLÉGIO ESTADUAL “ALBERTO SANTOS … · Web viewÉ necessário considerar, portanto, a importância do texto de Silova, “tornou-se lugar comum destacar a diversidade das formas

ou em torno de temas também interdisciplinares mais próximos da Física, como

produção, distribuição e uso de energia.

AVALIAÇÃO:

A avaliação é concebida como instrumento para ajudar o aluno a aprender, fazendo

parte integrante do dia a dia em sala de aula.

A avaliação deve ser vista como controle de aprendizagem: deve ser continuo e

centralizada no desempenho do aluno. Deve deixar de ser meramente classificatório.

A avaliação tem uma função permanente de diagnostico e acompanhamento do

processo pedagógico: Avalia portanto, o educando, a escola e o sistema escolar. O resultado

devera indicar o ponto em que o conteúdo deve ser retomado e em que aspecto o processo

pedagógico deve ser reformulado.

Avaliar é verificar a principio se realmente ouve assimilação dos conteúdos

estudados por parte dos alunos, procurando fazer posteriormente uma reflexão a partir dos

resultados obtidos, diagnosticando as deficiências apresentadas pelos alunos em seguida

procurar elimina-las e avaliar novamente repetindo o processo, para tal a avaliação devera

ser diagnosticada e somativa.

BIBLIOGRAFIA:

ARCO VERDE, Y.F de Souza. Introdução às Diretrizes Curriculares. Curitiba. SEED.

2006.

Orientações Curriculares (SEED 2005)

Identidade do Ensino Médio ( SEED 2006)

Texto: Introdução às diretrizes curriculares ( SEED 2006)

Diretrizes Curriculares de Física para o Ensino Médio ( SEED 2006)

134

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GEOGRAFIA

1- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

As relações com a natureza e com o espaço geográfico fazem parte das estratégias de

sobrevivência dos grupos humanos desde suas primeiras formas de organização. Atual-

mente a Geografia deixa de ser apenas descritiva, com seu esquema pré-definido ( Terra e

Homem) e passa a abordar o estudo do espaço geográfico compreendendo a dinâmica da

sociedade, onde vive e reproduz constantemente através da ação humana.

As Diretrizes Curriculares apresentam-se como documento norteador para um repensar da

prática pedagógica dos professores de Geografia. Os Conteúdos Estruturantes da Educação

Básica, considerando como seu objeto o estudo do Espaço Geográfico , e para o atual

período são eles : A dimensão econômica da produção do/no espaço, Geopolítica,

Dimensão socioambiental, Dinâmica cultural e demográfica.

2- OBJETIVOS GERAIS

-Identificar e avaliar as ações dos homens em sociedade e suas conseqüências em diferentes

espaços e tempos, de modo que construa referenciais que possibilitem uma participação

propositiva e reativa nas questões sócio-ambientais locais;

-Conhecer o mundo atual em sua diversidade, favorecendo a compreensão, de como as

paisagens, os lugares e os territórios se constroem;

-Compreender a espacialidade e temporalidade dos fenômenos geográficos estudados em

suas dinâmicas e interações;

-Saber utilizar a linguagem gráfica para obter informações e representar a espacialidade dos

fenômenos geográficos;

-Compreender que as melhorias nas condições de vida , os direitos políticos, os avanços

tecnológicos e as transformações sócio-culturais são conquistadas ainda não usufruídas por

todos os seres humanos e, dentro de suas possibilidades, empenhar-se em democratiza-las.

-Valorizar o patrimônio sócio-cultural e respeitar a sócio-diversidade, reconhecendo-os

como direitos dos povos e indivíduos elementos de fortalecimento da democracia.

135

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3-CONTEÚDOS

Cartografia: Construindo mapas A dimensão socioambiental

Cartografia: A leitura dos mapas A dimensão socioambiental

O tempo geológico e as placas tectônicas A dimensão socioambiental

A estrutura da Terra A dimensão socioambiental

A dinâmica interna do relevo A dimensão socioambiental

A dinâmica externa do relevo A dimensão socioambiental

As várias “fisionomias”da superfície

terrestre

A dimensão socioambiental

A atmosfera e os fenômenos meteorológicos A dimensão socioambiental

Os fatores que influenciam o clima A dimensão socioambiental

Tipos de clima A dimensão socioambiental

Os grandes biomas terrestres A dimensão socioambiental

O planeta pede água A dimensão socioambiental

A população da Terra: fatores do

crescimento

A dimensão cultural demográfica/A

dimensão socioambiental/ Geopolítica

Teorias demográficas A dinâmica cultural demográfica

As atividades agropecuárias e os sistemas

agrários

A dimensão econômica da produção no

espaço/A dimensão socioambiental

A atividade industrial no mundo A dimensão econômica da produção no

espaço/A dimensão socioambiental

Energia: O motor da vida moderna A dimensão econômica da produção no

espaço/A dimensão

socioambiental/Geopolítica

Cidades: A urbanização da humanidade A dimensão econômica da produção no

espaço/A dimensão socioambiental

Redes urbanas: A hierarquia das cidades A dimensão econômica da produção no

espaço/ A dimensão socioambiental

A destruição da natureza: Atividades A dimensão econômica da produção no

136

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humanas e impactos ambientais espaço/ A dimensão socioambiental

A destruição da natureza: Erosão e poluição

do solo por agrotóxicos

A dimensão econômica da produção no

espaço/ A dimensão sócioambiental

O lixo urbano e os impactos ambientais

causados pela poluição

A dimensão econômica da produção no

espaço/ A dimensão socioambiental

A poluição do ar: Inversão térmica “ilhas de

calor” e chuva ácida

A dimensão econômica da produção no

espaço/ A dimensão socioambiental

A poluição do ar: Efeito estufa e destruição

da camada de ozônio

A dimensão econômica da produção no

espaço/ A dimensão socioambiental

Em busca do desenvolvimento sustentável A dimensão econômica da produção no

espaço/ A dimensão socioambiental

Os principais conceitos da Geografia A dinâmica cultural demográfica/ A

dimensão econômica da produção no espaço/

A dimensão socioambiental/ Geopolítica

O capitalismo e a construção do espaço

geográfico

A dinâmica cultural demográfica/ A

dimensão econômica da produção no espaço/

A dimensão socioambiental/ Geopolítica

O socialismo A dinâmica cultural demográfica/ A

dinâmica econômica da produção no espaço/

A dimensão sócioambiental/ Geopolítica

Capitalismo x Socialismo: A guerra fria A dinâmica cultural demográfica/A

dimensão econômica da produção no espaço/

A dimensão socioambiental/ Geopolítica

O mundo pós-guerra fria A dinâmica cultural demográfica/ A

dimensão econômica da produção no

espaço/A dimensão sócioambiental/

Geopolítica

A internacionalização do capital A dinâmica cultural demográfica/ A

dimensão econômica da produção no espaço/

Geopolítica

O subdesenvolvimento A dinâmica cultural demográfica/ A

137

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dimensão econômica da produção no espaço/

A dimensão socioambiental/ Geopolítica

Novos países industrializados: Substituição

de importações

A dinâmica cultural demográfica/ A

dimensão econômica da produção no espaço/

A dimensão socioambiental/ Geopolítica

Novos países industrializados: Plataformas

de exportação

A dinâmica cultural demográfica/ A

dimensão econômica da produção no espaço/

A dimensão socioambiental/ Geopolítica

O comércio mundial A dinâmica cultural demográfica/ A

dimensão econômica da produção no espaço/

A dimensão socioambiental/ Geopolítica

União Européia A dinâmica cultural demográfica/ A

dimensão econômica da produção no espaço/

A dimensão socioambiental/ Geopolítica

Outros blocos econômicos A dimensão econômica da produção no

espaço/ Geopolítica

As novas migrações internacionais e a

xenofobia

A dinâmica cultural demográfica/ A

dimensão econômica da produção no espaço/

Geopolítica

Nacionalismo: Minorias étnicas e

separatismo

A dinâmica cultural demográfica/ A

dimensão econômica da produção no espaço/

Geopolítica

O mundo sem a URSS A dinâmica cultural demográfica/ A

dimensão econômica da produção no espaço/

A dimensão socioambiental/ Geopolítica

O novo leste europeu A dinâmica cultural demográfica/ A

dimensão econômica da produção no espaço/

A dimensão socioambiental/ Geopolítica

A comunidade dos Estados Independentes A dinâmica cultural demográfica/ A

dimensão econômica da produção no espaço/

A dimensão socioambiental/ Geopolítica

138

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China: Um país, dois sistemas A dinâmica cultural demográfica/ A

dimensão econômica da produção no espaço/

A dimensão socioambiental/ Geopolítica

América Latina A dinâmica cultural demográfica/ A

dimensão econômica da produção no espaço/

A dimensão socioambiental/ Geopolítica

África A dinâmica cultural demográfica/ A

dimensão econômica da produção no espaço/

A dimensão socioambiental/ Geopolítica

Estados Unidos, potência mundial A dinâmica cultural demográfica/ A

dimensão econômica da produção no espaço/

A dimensão socioambiental/Geopolítica

A formação e a expansão do território

brasileiro

A dinâmica cultural demográfica/ A

dimensão econômica da produção no

espaço/A dimensão socioambiental

Caracterização do espaço brasileiro A dimensão socioambiental/ A dimensão

econômica da produção no espaço

Brasil: Estrutura geológica e relevo A dimensão socioambiental

O clima do Brasil A dimensão socioambiental

Ecossistemas brasileiros A dimensão socioambiental

A hidrografia brasileira A dimensão socioambiental

A organização político-administrativa e a

divisão regional do Brasil

A dinâmica cultural demográfica/ A

dimensão econômica da produção no espaço

Os complexos regionais brasileiros A dinâmica cultural demográfica/ A

dimensão econômica da produção no espaço

Brasil: de agroexportador a país

industrializado subdesenvolvido

A dinâmica cultural demográfica/ A

dimensão econômica da produção no espaço/

A dimensão socioambiental/ Geopolítica

O espaço agropecuário brasileiro A dinâmica cultural demográfica/ A

dimensão econômica da produção no espaço

A estrutura fundiária e os conflitos de terra A dinâmica cultural demográfica/ A

139

Page 140: COLÉGIO ESTADUAL “ALBERTO SANTOS … · Web viewÉ necessário considerar, portanto, a importância do texto de Silova, “tornou-se lugar comum destacar a diversidade das formas

no Brasil dinâmica da produção no espaço

Recursos minerais do Brasil A dimensão econômica da produção no

espaço/ A dimensão socioambiental

Recursos energéticos do Brasil A dimensão econômica da produção no

espaço/ A dimensão socioambiental

A industrialização no Brasil A dinâmica cultural demográfica/ A

dimensão econômica da produção no espaço/

A dimensão socioambiental

Distribuição espacial da indústria brasileira A dinâmica cultural demográfica/ A

dimensão econômica da produção no espaço

Os novos pólos automotivos brasileiros A dinâmica cultural demográfica/ A

dimensão econômica da produção no espaço

Os transportes no Brasil A dinâmica cultural demográfica

A população brasileira: Crescimento e

formação étnica

A dinâmica cultural demográfica

A população brasileira: Distribuição e

estrutura

A dinâmica cultural demográfica

Movimentos da população no Brasil A dinâmica cultural demográfica

Urbanização e regiões metropolitanas

brasileiras

A dimensão cultural demográfica/ A

dimensão econômica da produção no espaço

Impactos ambientais em ecossistemas

brasileiros

A dinâmica cultural demográfica/ A

dimensão econômica da produção no espaço/

A dimensão dimensão socioambiental

4- METODOLOGIA

A discussão acerca do ensino de Geografia inicia-se pelas reflexões epistemológicas do

seu objeto de estudo. Muitas foram as denominações propostas para esse objeto , hoje

entendido como o Espaço Geográfico e sua composição conceitual básica- lugar,

paisagem, região, território, natureza, sociedade, entre outros.

140

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Porém a expressão Espaço Geográfico, bem como sua composição conceitual, não se

auto-explicam. Ao contrário, exigem esclarecimentos, pois, dependendo das correntes

de pensamento à qual se vinculam, assumem posições filosóficas e políticas distintas.

Diante disso, esta diretriz tem como proposta aprofundar a discussão com os

professores no sentido de buscar a superação da dicotomia Geografia Física e Humana,

que faz parte do constructo histórico do pensamento geográfico, com o qual os

professores de Geografia convivem pedagógica e teoricamente há muito tempo.

O conceito adotado para o objeto de estudo da Geografia nessas diretrizes curriculares é

Espaço Geográfico, entendido como o espaço produzido e apropriado pela sociedade,

composto por objetos ( naturais, culturais e técnicos) e ações ( relações sociais,

culturais, políticas e econômicas) inter-relacionados.

Para a formação de um aluno consciente das relações sócio-espaciais de seu tempo,

assume-se, nestas diretrizes o quadro conceitual das teorias críticas da Geografia, que

incorporaram, em suas construções conceituais, os conflitos e as contradições sociais,

econômicas, culturais e políticas que constituem o espaço geográfico.

Cabe hoje à Geografia e ao ensino de Geografia, abordar as relações de poder que

constituem territórios nas mais variadas escalas, desde as que delimitam os micro

espaços urbanos, como os territórios do tráfico, da prostituição ou da segregação sócio-

econômica, até os internacionais e globais.

As teorias criticas da Geografia, adotadas nestas diretrizes, procuram entender a

sociedade em seus aspectos sociais, econômicos, culturais e políticos e nas relações que

estabelece com a natureza para a produção do espaço geográfico. Ou seja, a sociedade é

entendida como aquela que produz um intercâmbio com a natureza, transformando-a

em função de seus interesses econômicos e ao mesmo tempo sendo influenciada por ela,

criando desta forma, seus espaços de acordo com as relações políticas e as

manifestações culturais.

Cabe á escola, como um dos lugares onde se analisa, produz e sistematiza-se

conhecimentos,subsidiar os alunos no enriquecimento e sistematização dos saberes para

que sejam sujeitos capazes de interpretar, com olhar crítico, o mundo que os cerca.

Considerando que o campo das teorias críticas possibilita o ensino de Geografia com

base na análise e na crítica das relações sócio-espaciais, nas diversas escalas

141

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geográficas, do local ao global, retornando ao local. Esta opção teórica é coerente com a

concepção de currículo e com a identidade que esta reformulação curricular quer

atribuir á Educação Básica.

5- CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação é parte do processo de ensino-aprendizagem e, por isso, deve servir não

apenas para acompanhar a aprendizagem dos alunos, mas também o trabalho

pedagógico do professor.

É fundamental que a avaliação seja mais do que apenas para definir uma nota ou

estabelecer um conceito. É imprescindível que a avaliação seja contínua e priorize a

qualidade e o processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do

ano letivo.

Não se trata, porém de excluir a avaliação formal somativa do sistema escolar, mas sim

de desenvolver as duas formas de avaliação, formativa e somativa, registradas de

maneira organizada e criteriosa, pois servem para diferentes finalidades.

É necessário que os critérios e formas de avaliação fiquem bem claros para os alunos,

como direito que têm de acompanhar todo o processo.

6- BIBLIOGRAFIA

ARCO VERDE, Y.F de Souza. Introdução às Diretrizes Curriculares. Curitiba.

SEED. 2006.

Diretrizes Curriculares de Geografia para o Ensino Médio - Versão Preliminar -

Julho 2006.

HISTÓRIA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA

142

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A disciplina de História foi introduzida nos currículos escolares brasileiros a partir

do século XIX, passou por diversas fases e alterações no seu processo de ensino em virtude

das influências teóricas e correntes de organização do pensamento.

Neste processo consolidou-se o que historiadores e pesquisadores vêm considerando

como ensino tradicional de História, ou seja, um ensino que privilegia visões factuais e

desarticuladas das relações sociais, um ensino que privilegia o estudo do passado em

concepções despolitizadas e acríticas, mantendo o professor como transmissor de

informações e o estudante como receptor passivo.

Em vista do contexto vivido pelo país na década de 1980, de fim dos governos da

ditadura militar e redemocratização, ocorreram diversas discussões em torno de novas

concepções sobre o ensino de História, metodologias, avaliações e finalidades da disciplina.

Este movimento ajudou a diagnosticar a compreensão que os estudantes vinham tendo da

História por meio de seu ensino e canalizar esforços para a reestruturação de novas

diretrizes curriculares.

No Estado do Paraná, desde 2004, dando continuidade ao processo de discussão

sobre o ensino e aprendizagem desta disciplina e realizando a proposta de formação

continuada de professores também no contexto de produção coletiva das Diretrizes

Curriculares da Secretaria de Estado da Educação - SEED nos propomos a repensar o

ensino de História, estabelecer alguns parâmetros, conteúdos estruturantes e resgatar

finalidades para que essa disciplina possa assumir sua contribuição e responsabilidade com

a produção de conhecimento e a formação da consciência crítica e cidadã.

Dessa forma, buscamos ampliar e melhor fundamentar o desenvolvimento da

disciplina relacionando-o com uma História critica da realidade vivida de acordo com as

produções e pesquisas mais recentes. Elaboramos propostas de inclusão de conteúdos e

temas pertinentes, especialmente os indicados pela Lei n. 13.381/01, que torna obrigatório,

no Ensino Fundamental e Médio da rede pública estadual, os conteúdos de História do

Paraná e pela Lei n.10.639/03, que inclui no currículo oficial da rede de ensino a

obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-brasileira, seguidas das Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação das relações étnico-raciais e para o ensino de

História e Cultura Afro-brasileira e Africana.

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OBJETIVOS GERAIS

Possibilitar ao aluno o entendimento dos processos históricos relativos às ações e as

relações humanas praticadas no decorrer do tempo, conscientes ou inconscientes.

Desenvolver o trabalho intelectual do aluno a partir dos três pontos chaves que

norteiam a História: as relações de trabalho, as relações de poder e as relações

culturais.

Através de o conhecimento teórico desenvolver o ato de conhecer, imprescindível

para desenvolver a capacidade de colocar em prática os devidos conhecimentos.

Tomar o trabalho como princípio educativo a partir da integração da ciência,

trabalho e cultura.

Ampliar as fronteiras do conhecimento não se prendendo em verdades absolutas,

entendendo a Historia como uma ciência em movimento, em produção e constantes

atualizações.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Proposta de divisão de conteúdos básicos para o Ensino Médio, com implantação gradativa

a partir de 2007, contemplando DCE, LDP, Lei n. 13.381/01 e Lei n. 10.639/03:

Os números referem-se à divisão no LDP.

1ª Série – Ensino Médio

Relações de Cultura:

1 As cidades na História: América, Ásia, Europa e África

2 Relações culturais nas sociedades grega e romana na antiguidade: mulheres, plebeus e

escravos

144

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3 Relações culturais na sociedade medieval européia, asiática e africana: camponeses,

artesãos, mulheres, hereges e doentes

Relações de Poder:

1 O Estado nos mundos antigo e medieval

Relações de Trabalho:

1 Conceito de trabalho

2 O Mundo do trabalho em diferentes sociedades

3 A construção do trabalho assalariado

2ª Série – Ensino Médio

Relações de Cultura:

4 Movimentos sociais, políticos, culturais e religiosos na sociedade moderna

5 Urbanização e industrialização no século XIX

Relações de Poder:

2 O Estado e as relações de poder: formação dos Estados nacionais

3 Relações de poder e violência no Estado

5 Urbanização e industrialização no Paraná

Relações de Trabalho:

4 Transição do trabalho escravo para o trabalho livre:a mão de obra no contexto de

consolidação do capitalismo

6 Urbanização e industrialização no Brasil

3ª Série – Ensino Médio

Relações de Poder:

4 O Estado imperialista e sua crise

Relações de Trabalho:

5 Relações de dominação e resistência no mundo do trabalho contemporâneo (séculos

XVIII e XIX)

7 O trabalho na sociedade contemporânea

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Relações de Cultura:

6 Movimentos sociais, políticos e culturais na sociedade contemporânea: é proibido

proibir?

7 Urbanização e industrialização na sociedade contemporânea

METODOLOGIA

No ensino médio os conteúdos serão abordados de uma forma problematizadora e

contextualizadora articulado com os conteúdos estruturantes aqui propostos e sob

definição previa do professor.

Para melhor assimilação e compreensão serão utilizados fontes bibliográficas,

documentais, audiovisuais e estudo da realidade sócio econômico e cultural

predominante no ambiente da escola.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Evidenciar a coerência entre as praticas avaliativas e os fundamentos teóricos

metodológicos.

Avaliação de forma continuada e diagnostica, de modo a verificar o comportamento

do aluno diante do conhecimento histórico, sua produção e transmissão, grau de

entendimento e comparação entre o saber histórico e a realidade que o cerca,

respeitando a realidade e o conhecimento prévio do aluno.

Avaliação da criticidade sobre a realidade do Brasil e do Mundo.

A avaliação de todos esses pontos se dará por meio de textos, questionamentos,

pesquisas, discussões, trabalhos e seminários.

BIBLIOGRAFIA

ARCO VERDE, Y.F DE SOUZA. INTRODUÇÃO ÀS DIRETRIZES CURRICULARES.

CURITIBA. SEED. 2006.

146

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PARANA. SECRETARIA DO ESTADO E DA EDUCAÇÃO. DIRETRIZES

CURRICULARES PARA O ENSINO DE HISTORIA. ENSINO MÉDIO.

LÍNGUA PORTUGUESA

I. Apresentação geral da disciplina

1. Histórico

A Língua Portuguesa, enquanto disciplina escolar, passou a integrar os

currículos escolares brasileiros nas últimas décadas do século XIX, e a preocupação com a

formação do professor dessa disciplina teve início apenas nos anos 30 do século XX.

Depois de institucionalizada como disciplina, o Latim moldou as

primeiras práticas de ensino.

Em meados do século XVIII, o Marquês de Pombal torna obrigatório o

ensino da Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil. Em 1837, o estudo da língua

Portuguesa foi incluído no currículo sob as formas das disciplinas Gramática, Retórica e

Poética, abrangendo, esta última, a Literatura. Somente no século XIX, o conteúdo

gramatical ganhou a denominação de Português e, em 1871 foi criado, no Brasil, por

decreto imperial o cargo de professor de português.

O ensino de Língua Portuguesa manteve sua característica elitista até

meados do século XX, quando se iniciou, no Brasil, a partir de 1967, “um processo de

democratização do ensino, com a ampliação de vagas, eliminação dos chamados exames de

admissão, entre outros fatores (...).” (Frederico & Osakabe, 2004, p.61)

147

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Com a Lei 5692/71, o ensino da Língua Portuguesa, se pautou em teorias

da comunicação, sendo mais pragmática e utilitária e não se preocupando com o

aprimoramento das capacidades lingüísticas do falante.

A partir dessa Lei, a disciplina de Português passou a denominar-se, no

primeiro grau, Comunicação e Expressão (nas quatro primeiras séries) e Comunicação em

Língua Portuguesa (nas quatro últimas séries) baseando-se, principalmente nos estudos de

Jakobson, referentes à teoria da comunicação.

Durante a década de 70 e até os primeiros anos da década de 80, o ensino

da Língua pautava-se em exercícios estruturais, técnicas de redação e treinamento de

habilidades de leitura.

Os estudos lingüísticos, centrados no texto e na interação social das

práticas discursivas, e as novas concepções sobre a aquisição da língua materna chegaram

ao Brasil em meados da década de 70 e contribuíram para fazer frente à pedagogia

tecnicista, geradora de um ensino baseado na memorização. A dimensão tradicional de

ensino da língua cedeu espaço a novos paradigmas, envolvendo questões de uso,

contextuais, valorizando o texto como unidade fundamental de análise. No Brasil, essas

idéias tomaram corpo, efetivamente, a partir dos anos 80, com as contribuições teóricas dos

pensadores que integraram o Círculo de Bakhtin.

Quanto ao ensino da literatura, vigorou, até meados do século XX, a

predominância do cânone. A partir dos anos 70 o ensino de Literatura restringiu-se ao então

2º grau, com abordagens estruturalistas ou historiográficas do texto literário.

A partir dos anos 80, os estudos lingüísticos levaram os professores à

discussão e ao repensar sobre o ensino da língua materna bem como para a reflexão sobre o

trabalho realizado na sala de aula.

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No final da década de 90, os Parâmetros Curriculares Nacionais

fundamentaram a proposta para a disciplina de Língua Portuguesa nas concepções

interacionistas ou discursivas, propondo uma reflexão acerca dos usos da linguagem oral e

escrita.

2. Concepção da Língua Portuguesa

Na concepção interacionista ou sociointeracionista a linguagem é interação,

ou seja, forma de ação entre sujeito histórica e socialmente situados que se constituem e

constituem uns aos outros em suas relações dialógicas. Fruto da criação humana, ela pode

ser considerada como trabalho e produto do trabalho. Como afirma Geraldi n(1991, p. 6),

“a linguagem não é o trabalho de um artesão, mas trabalho social e histórico seu e dos

outros e é para os outros e com os outros que ela se constitui.”

Através da linguagem o homem se reconhece como ser humano, pois ao

comunicar-se com outros homens e trocar experiências, certifica-se de seu conhecimento do

mundo e dos outros com quem interage. Isso lhe permite compreender melhor a realidade

em que está inserido e o seu papel como sujeito social.

Ressaltando esse caráter social da linguagem, Bakhtin (1992) a vê, também,

como enunciação, como discurso, ou seja, como forma de interlocução em que aquele que

fala ou escreve é um sujeito que em determinada situação interage com um interlocutor,

levado por um objetivo, uma intenção, uma necessidade de interação.

Na realidade, toda palavra comporta duas faces. Ela é determinada tanto pelo

fato de que precede de alguém, como pelo fato de que se dirige a alguém. Ela constitui

justamente o produto da interação do locutor e do ouvinte. Toda palavra serve de expressão

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Page 150: COLÉGIO ESTADUAL “ALBERTO SANTOS … · Web viewÉ necessário considerar, portanto, a importância do texto de Silova, “tornou-se lugar comum destacar a diversidade das formas

a um em relação ao outro. Tais palavras evidenciam que todo texto é articulação de

discursos – palavras minhas e de outros que, alheias, tornam-se também minhas. São vozes

que se materializam através do texto que, como todo sistema de signos, tem sua coerência

atrelada à capacidade de compreensão do homem na sua vida comunicativa e expressiva. O

texto não é, portanto, uma coisa sem voz; é, sobretudo, um ato humano.

Assim, as condições em que a produção escrita acontece é que determinam o

texto: quem escreve, o que escreve, para quem escreve, com que objetivo, quando e onde

escreve, fato esse que conduz ao uso de uma certa variedade de língua, um certo registro,

um como escrever. Ao pensar no como escrever e, de modo especial, na intenção que

permeia o ato da escrita, o produtor/autor inevitavelmente terá que fazer opção por um

determinado gênero textual.

II – OBJETIVOS

Assumindo-se a concepção de língua como discurso que se efetiva

nas diferentes práticas sociais, os objetivos a seguir fundamentarão todo o processo de

ensino:

empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a cada

contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas nos

discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;

desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por meio

de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o

assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;

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Page 151: COLÉGIO ESTADUAL “ALBERTO SANTOS … · Web viewÉ necessário considerar, portanto, a importância do texto de Silova, “tornou-se lugar comum destacar a diversidade das formas

refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e tipo

de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização;

aprimorar, pelo contato com textos literários, a capacidade de pensamento

crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando, através da literatura, a

constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho

com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita.

Propiciar o contato com a cultura africana e afro-descendentes através de

atividades que tenham como foco a criança e o jovem negros, bem como suas

famílias, em diferentes contextos sociais e profissionais, para a valorização da

diversidade étnica brasileira.

Estes objetivos e as práticas deles decorrentes supõem um processo continuado de

ensino e aprendizagem que, por meio da inserção e participação dos alunos em processos

interativos com a língua oral e escrita, inicia-se na alfabetização, consolida-se no decurso

da vida acadêmica do aluno e não se esgota no período escolar, mas estende-se por toda a

sua vida.

III – CONTEÚDO ESTRUTURANTE : DISCURSO

Os conteúdos estruturantes adotados na disciplina de Língua Portuguesa

constituem práticas sociointeracionais presentes na vida e, na escola, trabalhadas na

perspectiva dos sujeitos históricos que as vivenciam em situações concretas: a oralidade, a

leitura e a escrita.

ORALIDADE

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As possibilidades de trabalho com a oralidade são muito ricas e apontam diferentes

caminhos: debates, discussões, transmissão de informações, exposição individual, relato

de histórias, declamação de poesias, representação teatral, entre outras.

Análise da linguagem em uso, em programas televisivos como jornais, novelas,

propagandas; em programas radiofônicos, no discurso do poder em suas diferentes

instâncias, no discurso público, no discurso privado, na literatura oral, enfim, nas mais

diversas realizações do discurso oral.

Comparar estratégias específicas da oralidade e da escrita são componentes da tarefa de

ensinar os alunos expressarem suas idéias com segurança e fluência, nos diferentes

contextos de sua inserção social.

LEITURA

A leitura compreende o contato do aluno com um vasto universo de textos

verbais e não-verbais, produzidos numa ampla variedade de práticas sociais.

O desenvolvimento de uma atitude crítica de leitura conduz o aluno a

perceber a intenção do sujeito presente nos textos e levá-lo a uma atitude responsiva diante

dos mesmos.

Assim, o ato de ler deve levar o aluno a familiarizar-se com diferentes

textos produzidos em variadas práticas sociais: notícias, crônicas, piadas, poemas, artigos

científicos, ensaios, reportagens, propagandas, informações, charges, romances, contos e

outros, percebendo em cada texto a presença de um sujeito histórico e de sua ideologia.

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As atividades de leitura devem considerar a formação do leitor e isso implica

não só considerar diferentes leituras de mundo, diferentes experiências de vida e,

conseqüentemente, diferentes leituras, mas também o diálogo dos estudantes com o texto e

não sobre o texto.

A formação de leitores contará com atividades que contemplem as linhas

que tecem a leitura, que Yunes (1995) aponta como sendo:

Memória: o ato de ler, quando pede a atitude responsiva do leitor suscita suas

memórias, que guardam seus sonhos, suas opiniões, sua visão de mundo. O ato de ler

convoca o leitor ao ato de pensar.

Intersubjetividade: o ato de leitura é interação não apenas do leitor com o texto, mas

com as vozes presentes nos textos, marcas de uso que os falantes fazem da língua,

discursos que atravessam os textos e os leitores.

Interpretação: a leitura não acontece no vazio. O encontro de subjetividades e memórias

resulta na interpretação. As perguntas de interpretação de textos, que tradicionalmente

dirigimos aos alunos, buscam desvendar um possível mistério do texto e esquecem do

mistério do leitor.

Fruição: a fruição do ato de ler não se esgota ao final da leitura e das sensações ela

permanece. E nisso ela difere do prazer que se esgota rapidamente. Ela decorre de “uma

percepção mista de necessidade e prazer (...)” (Yunes, 1995, p.194)

Intertextualidade: o ato de ler envolve resposta a muitos textos, em diferentes

linguagens, que antes do ato de leitura permeiam o mundo e criam uma rede de

referências e recriações: palavras, sons, cores, imagens, versos, ritmos, títulos, gestos,

vozes etc. No ato de ler enquanto conhecimento de mundo, a memória recupera

intertextualidades.

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Além disso, o trabalho com a leitura demanda atividades que percebam a

incompletude dos textos, os vazios que eles apresentam – implícitos, pressupostos,

subentendidos – que devem ser preenchidos pelo leitor.

ESCRITA

A escrita enquanto prática de linguagem, é sociointeracional, pois as

condições em que a produção acontece (quem escreve, o que, para quem, para que, por que,

quando, onde e como se escreve) são fatores determinantes do texto.

A capacidade de escrita, a criatividade e outros fatores comumente

relacionados ao ato de escrever, só se aprende quando se pratica em suas diferentes

modalidades genéricas. Isto significa, o contato do aluno com a produção escrita de

diferentes tipos de texto, a partir das experiências sociais que todos vivem.

O exercício da escrita deve levar em conta a relação pragmática entre o uso e

o aprendizado da língua, percebendo o texto como um elo de ligação social e os gêneros

como construções coletivas.

LITERATURA

Uma nova perspectiva de trabalho com o texto literário será através método

rizomático. O rizoma sugere um movimento que leva à libertação do pensamento em

relação à linha do tempo.

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A partir deste método, o Professor de Literatura selecionará os textos que trabalhará

com seus alunos e estabelecerá como critérios para seleção dos mesmos a ampliação do

conhecimento, possibilitando a eles contato com textos variados interligando as diferentes

escolas literárias.

Através da análise dos textos literários e ligação do conteúdo dos mesmos com o

contexto histórico em que ele foi produzido, o aluno poderá traçar uma ponte para a sua

realidade e interpretar melhor o contexto que ele vive. Cabe ao professor escolher textos

que estimulem essa interação.

ANÁLISE LINGUÍSTICA

A Análise Lingüística tem como objetivo formar usuários competentes da língua

que, através da fala, leitura e escrita, exercitem a linguagem de forma consistente e flexível,

adaptando-se a diferentes situações de uso.

Possenti (1999) procura simplificar a definição de gramática a partir da noção de um

conjunto de regras que devem ser seguidas e apresenta três tipos básicos de gramática,

normativa, descritiva e internalizada.

A gramática normativa considera a língua como uma série de regras que devem ser

seguidas e obedecidas dando muita importância à forma escrita.

A gramática descritiva dá preferência às manifestações orais da língua, trabalhando

a descrição das variantes lingüísticas a partir do seu uso pelos falantes.

A gramática internalizada é o conjunto de regras que é dominado pelo falante tanto

em nível fonético, como sintático e semântico, possibilitando o entendimento entre os

falantes de uma mesma língua.

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Conteúdos decorrentes da produção oral em função da reflexão e do uso: a

prática da análise lingüística na oralidade

materialidade fônica dos textos poéticos

reconhecimento das diferentes possibilidades de uso da língua

recursos lingüísticos próprios da oralidade

as variedades lingüísticas e a adequação da linguagem ao contexto de uso: diferentes

registros, grau de formalidade em relação à fala e a escrita

aspectos formais e estruturais do texto.

Conteúdos decorrentes da leitura em função da reflexão e do uso: a prática da análise

lingüística na leitura

organização do plano textual: conteúdo veiculado, possíveis interlocutores, assunto,

fonte, papéis sociais representados, intencionalidade e valor estético

diferentes vozes presentes no texto

reconhecimento e importância dos elementos coesivos e marcadores de discurso para a

progressão textual, encadeamento das idéias e para a coerência do texto, incluindo o

estudo, a análise e a importância contextual de conteúdos gramaticais na organização do

texto:

- a importância e função das conjunções no conjunto do texto e seus

efeitos de sentido

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- expressividade dos nomes e função referencial no texto

(substantivos, adjetivos, advérbios) e efeitos de sentido

- o uso do artigo como recurso referencial e expressivo em função da

intencionalidade do conteúdo textual

- papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomada e

seqüenciação do texto

- valor sintático e estilístico dos tempos verbais em função dos

propósitos do texto, estilo composicional e natureza do gênero

discursivo

- a pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos

efeitos de sentido, entonação e ritmo, intenção, significação e

objetivos do texto

o estudo das obras literárias de escritores afro-descendentes.

Conteúdos decorrentes da produção escrita em função da reflexão e do uso: a prática

da análise lingüística na escrita

Conteúdos relacionados à norma padrão em função do aprimoramento das práticas

discursivas, tendo em vista o uso e o princípio da regularidade: concordância verbal e

nominal, regência verbal e nominal, acentuação, crase, ortografia, pontuação, tempos

verbais.

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elementos de coesão e coerência na constituição textual, incluindo os conteúdos

relacionados aos aspectos semânticos e léxicos: sinônimos, antônimos, polissemia,

nominalizações, hiperonímia

elementos composicionais formais e estruturais dos diferentes gêneros discursivos.

elementos que mostrem as diferenças escritas nos diversos países falantes da língua

portuguesa no mundo, enfocando a particularidade cultural.

Cabe ao professor planejar e desenvolver atividades que possibilitem aos alunos a

reflexão sobre seu próprio texto, tais como atividade de revisão, de reestruturação ou

refacção do texto, de análise coletiva de um texto selecionado e sobre outros textos de

diversos gêneros.

IV– Metodologia da disciplina

Segundo Bakhtin, a língua configura um espaço de interação entre sujeitos

que se constituem através dessa interação. Ela mesma, a língua, também só se constitui pelo

seu uso, ou seja, movida pelos sujeitos que interagem. Isto significa compreender a língua

como “um conjunto aberto e múltiplo de práticas sociointeracionais, orais ou escritas,

desenvolvidas por sujeitos historicamente situados. Pensar a linguagem (e a língua) desse

modo, é perceber que ela não existe em si, mas só existe efetivamente no contexto das

relações sociais: ela é o elemento constitutivo dessas múltiplas relações e nelas se constitui

continuamente.” (Faraco,2003)

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A linguagem será vista assim como uma atividade que se realiza historicamente entre sujeitos, constituindo-se os sujeitos e a linguagem, nos múltiplos discursos e vozes que a integram. Se os gêneros discursivos são fundamento para o trabalho pedagógico com a linguagem verbal, os conceitos, de texto, de leitura não se restringem à linguagem escrita: eles abrangem, além de textos escritos e falados, a integração da linguagem verbal com “as outras linguagens (as artes visuais, a música, o cinema, a fotografia, a semiologia gráfica, o vídeo, a televisão, o radio, a publicidade, os quadrinhos, as charges, a multimídia e todas as formas infográficas ou qualquer outro meio linguageiro criado pelo homem), percebendo seu chão comum (são todas as práticas discursivas sociointeracionais) e suas especificidades (seus diferentes suportes tecnológicos, seus diferentes modos de composição e de geração de significados.)” (Faraco, 2000)

A função do professor de Língua Portuguesa e Literatura é ajudar seus

alunos a ampliarem seu domínio de uso das linguagens verbais e não-verbais, através do

contato direto com textos dos mais variados gêneros, orais ou escritos. É necessário que a

inclusão da diversidade textual dê conta de relacionar os gêneros com as atividades sociais

onde eles se constituem.

Um professor de Língua Portuguesa, além de preocupar-se em mostrar aos

alunos uma variada gama textual de gêneros distintos, ressaltando as suas diferenças

estruturais e funcionais, desvelando em cada um o lugar de sua autoria bem como o caráter

do público a que se destina, fará ver que determinados usos lingüísticos válidos para um

nível informal do discurso podem não ser válidos para um outro discurso no nível mais

formal. Fará ver aos alunos as relações de poder existentes atrás de cada gênero. Deve-se

propiciar ao aluno, além de contato com diferentes textos, a possibilidade de expressar-se

através dos diferentes gêneros e até mesmo de, exercendo sua criatividade, participar da

caracterização do próprio gênero.

Antes disso tudo, no nível oral e escrito, a interpretação que faz proliferar o

pensamento. O conteúdo maior da disciplina é a própria língua em suas instancias de uso

afetivo.

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Quanto ao ensino de Literatura, deverá ser o professor um contínuo leitor,

capaz ele mesmo de selecionar os textos que irá trabalhar com os alunos, estabelecendo

como critérios para a seleção dos mesmos, não a linearidade da historiografia, nem a

adaptabilidade do texto ou tema à linguagem dos alunos, subestimando suas capacidades

cognitivas. Não levará em conta a facilidade do texto, mas, fundamentado no seu percurso

de leitura, levará aos alunos textos com maiores possibilidades de libertação de

pensamento.

O professor de Língua Portuguesa e Literatura deve se valer de todos os

meios de que dispõe tais como, televisão, DVDs, informática, CDs, cinemas, rádios, data-

show, retro-projetor, para, ao aperfeiçoar a expressão e a compreensão dos alunos nos

níveis da oralidade, leitura e escrita, faz com que o pensamento prolifere, permitindo que os

alunos façam suas próprias escolhas ante as oportunidades que a vida colocar na sua frente

e assim, construa seus conhecimentos. Um professor de língua Portuguesa e Literatura

educa para a criatividade, para a liberdade.

V – Critérios específicos de avaliação

A avaliação será formativa - considerando ritmos e processos de

aprendizagens diferentes, contínua e diagnóstica - apontando as dificuldades e

possibilitando a intervenção pedagógica.

A oralidade será avaliada em função da adequação discurso / texto aos

diferentes interlocutores e situações.

As exigências de adequação da fala são avaliadas diferentemente nos

seminários, debates, trocas de idéias, entrevistas, relatos de histórias, e isso será

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considerado numa análise da produção oral levando em conta o desembaraço, clareza ao

expor as idéias, fluência da fala, argumentação e a capacidade do aluno adequar discurso

texto.

Na avaliação da leitura serão consideradas as estratégias que o aluno

emprega no decorrer da atividade, a compreensão do texto lido, o sentido construído, sua

reflexão e sua resposta ao mesmo, considerando as diferenças de leituras de mundo e

repertório de experiências dos alunos.

Na avaliação da escrita serão levadas em conta as circunstâncias da produção

e o resultado dessa prática. O texto escrito será avaliado nos seus aspectos discursivos,

textuais, ortográficos e gramaticais. Os elementos lingüísticos presentes nas produções dos

alunos serão avaliados em uma prática reflexiva e contextualizada.

Tanto na oralidade como na escrita, o aluno se posicionará como avaliador

dos textos que o rodeiam e de seu próprio texto, adquirindo autonomia. É necessário que o

professor perceba a dimensão deste posicionamento:

Porque escrever (e falar) com clareza implica automático compromisso com

as palavras transmitidas, pois os outros vão entendê-las. E vão reagir a

elas, favorável ou desfavoravelmente. (...) Pois facilitar a leitura do outro

representa facilitar seu acesso às nossas idéias, em última instância, a nós

mesmos. (BERNARDO, 1998, p. 20)

A língua não é uma estrutura fixa, ela é um ser vivo, e por isso

respeita e incorpora as transformações por que passa a sociedade.

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VI – Bibliografia:

ARCO VERDE, Y.F de Souza. Introdução às Diretrizes Curriculares. Curitiba. SEED.

2006.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos – História e Cultura

Afro-Brasileira e Africana, Curitiba: 2005.

FARACO & MOURA. Português – Série Brasil, São Paulo: Ática,2004.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação . Currículo Básico para a escola pública

do estado do Paraná. 3ª ed. Curitiba, 1997.

PARANÁ / SEED. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para o Ensino Médio

– Versão preliminar, SEED, 2006.

FARACO, Carlos Alberto, Português: Língua e Cultura. Base Editora, Curitiba, 2005.

MATEMÁTICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Através da história da Matemática podemos observar que ela surgiu por necessidade

da vida cotidiana, por volta de 2000 a.C, porém, como ciência, iniciou de forma organizada

através dos gregos nos séculos VI e V a.C., através dos pitagóricos, mas somente por volta

do século I a.C., a Matemática configurou-se como disciplina básica na formação das

pessoas.

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Já no século XV o desenvolvimento da Matemática se deu através das escolas

voltadas para atividades práticas que eram exigidas pela navegação, comércio e indústria

possibilitando novas descobertas, contribuindo para uma fase de grande progresso

científico e econômico.

Os jesuítas, na metade do século XVI, instalaram uma educação clássico-humanista,

mas os conteúdos matemáticos como disciplina escolar não alcançaram destaque nas

práticas pedagógicas.

No Brasil, por volta do século XVIII, o ensino da Matemática tinha caráter técnico

objetivando preparar os estudantes para as academias militares.

O seu ensino passou por muitos períodos sempre acompanhando as mudanças que

ocorriam em outros países conseqüentemente passou por várias transformações que até hoje

influenciam na educação Matemática, tais como a Formalista Clássica, Formalista

Moderna, Tecnicista, Construtivista, Socioetnocultural, histórico-Crítica.

Com este breve histórico percebemos que a Matemática está presente no nosso

cotidiano com maior ou menor complexidade propiciando ao homem compreender o

mundo à sua volta e poder assim atuar nele. E a todos deve ser dada essa oportunidade de

compreensão e atuação como cidadão, pois ela está presente em inúmeras situações num

saber informal e cultural.

Em um mundo globalizado onde a comunicação está em evidência, se faz necessário

que os educandos saibam comunicar idéias, desenvolvendo atitudes matemáticas

preparando-se para o terceiro milênio.

Os conteúdos devem ser trabalhados com relevância social envolvendo

conhecimentos básicos para qualquer cidadão que possam ser articulados entre si e

conectados com outras áreas do conhecimento e através deste possibilitar a criação de

relações sociais.

Cabe ao professor refletir sua prática pedagógica trabalhando de maneira

diferenciada, tornando assim um educador matemático num contexto amplo, onde o ensino

da Matemática possa levar a busca de transformações que possibilitem minimizar

problemas de ordem social.

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É necessário que nossos alunos percebam que são pessoas mergulhadas no seu

tempo histórico, em sua sociedade, pesquisando e criando o conhecimento matemático que

conhecemos.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

O ensino de Matemática do ensino médio deve levar o aluno a:

- Formular e resolver problemas;

- Interagir com os colegas cooperativamente, em duplas ou equipes, auxiliando-os e

aprendendo com eles, apresentando suas idéias e respeitando às deles;

- Criar várias formas de raciocínio (estimativa, analogia, indução, busca de padrão ou

regularidade, pequenas inferências lógicas, etc.)

- Ler, interpretar e até produzir textos relacionados à Matemática. Incluímos aqui a

valorização da História da Matemática e sua evolução;

- Ler, interpretar e utilizar representações matemáticas como tabelas, gráficos, diagramas

presentes em veículos de comunicação. É a análise crítica e a valorização de informações

de diferentes origens;

- Utilizar de forma adequada e investigativa os recursos tecnológicos, como a calculadora e

o computador. Incluímos aqui a utilização correta de instrumentos de medidas;

- Compreender e aplicar os conceitos, procedimentos e conhecimentos matemáticos em

situações diversas. Isso permitirá o desenvolvimento necessário para uma formação

científica geral, auxiliando na interpretação da ciência;

- Desenvolver e aplicar conhecimentos matemáticos em situações presentes no real. É a

capacidade de utilizar a Matemática não apenas na interpretação do real, como também,

quando necessário, como forma de intervenção.

CONTEÚDOS DE MATEMÁTICA PARA O ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

NÚMEROS E ÁLGEBRA

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Por conta de relações práticas entre elas a necessidade de facilitar a elaboração de

calendários, administrar as colheitas, a organizar obras públicas e cobrar impostos, surge

uma tendência marcante na Matemática baseada na vivência e no cotidiano das pessoas: o

conhecimento matemático se volta, naturalmente, para a aritmética prática e a medição.

FUNÇÕES:

No estudo das funções permeia as diversas áreas do conhecimento, modelando

matematicamente situações que, a partir de resolução de problemas possam auxiliar as

atividades humanas. A partir das funções, o estudo alcança patamares ligados a modelos

geométricos e algébricos, propiciando a leitura tanto algébrica como geométrica,

inserindo, assim, a noção analítica de leitura de objeto matemático.

GEOMETRIA

O ensino da geometria deve permitir que o estudante realize leituras que exijam a

percepção, e linguagem e raciocínio geométricos, fatores estes que influenciam diretamente

na relação que envolve a construção e apropriação de conceitos abstratos e aqueles que se

referem ao objeto geométrico em si. Muitos problemas do cotidiano do homem e do mundo

científico que não são resolvidos pela Geometria euclidiana, são solucionados pela

Geometria Não-euclidiana.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Esse conteúdo é instituído diante da necessidade do estudante dominar um

conhecimento que lhe dê condições de realizar leituras críticas dos fatos que correm em seu

entorno, interpretando informações que se expressem por tabelas, gráficos, dados

percentuais, indicadores e conhecimento das possibilidades e chances de ocorrência de

eventos. Isso se revela necessário, pois vivemos um momento histórico caracterizado pela

facilidade e rapidez no acesso às informações e que exigem o desenvolvimento do espírito

crítico e a capacidade de analisar e tomar decisões, diante de diversas situações da vida em

sociedade.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E SEUS DESDOBRAMENTOS

CONTEÚDOS POR SÉRIE

1ª série:

Números e álgebra:

. Conjuntos dos Números Reais

. Teoria dos conjuntos

Geometria:

. Geometria plana

. Geometria Analítica

Funções:

. Função afim

. Função quadrática

. Função exponencial

. Função logarítmica

. Função modular

. Função trigonométrica

. Progressão Aritmética

. Progressão Geométrica

2ª série:

Números e álgebra:

. Sistemas lineares

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Geometria:

. Geometria Plana

. Geometria Espacial

Tratamento de Informação:

. Estatística

. Análise Combinatória

. Probabilidades

. Binômio de Newton

3ª série:

Números e álgebra:

. Matrizes

. Determinantes

. Polinômios

. Noções de números complexos

. Matemática Financeira

Geometria:

. Geometria Analítica

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Deve-se trabalhar os conteúdos matemáticos inter-relacionando e articulando os

conceitos de cada conteúdo específico de maneira contextualizada visando romper a

fragmentação dos conteúdos, para que isso ocorra é necessário trabalhar:

- A matemática por meio de situações-problema próprias da vivência do aluno

valorizando a experiência acumulada dentro e fora da escola;

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- Permitindo o uso adequado de calculadoras, computadores, vídeos e a internet;

- Utilizando a História da Matemática como recurso didático do conteúdo a ser

estudado;

- Jogos, sendo estes um excelente recurso didático, ampliando a construção do seu

conhecimento;

- A modelagem Matemática, partindo de situações motivadoras da realidade fazendo

com que o ensino desenvolva-se por meio de modelos matemáticos que se apliquem a

situações cotidianas;

- Com matérias diversificados como jornais, revistas, folhetos de propagandas

envolvendo entre outros gráficos e tabelas;

- A etnomatemática com questões de relevância social produzindo conhecimento

matemático, possibilitando crítica e análise da realidade na atual sociedade em que

vivemos.

A proposta de trabalho é ampliar as experiências do professor e dos alunos, para

que, na exploração das idéias, possam, além de desenvolver a capacidade de pensar e

inventar, fazer do processo de ensino algo dotado de significado e alegria

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍCOS DA DISCIPLINA

A avaliação é um instrumento fundamental para fornecer informações sobre como

está se realizando o processo ensino-aprendizagem tanto para educandos quanto para

educadores e deve ser entendida pelo professor como processo de acompanhamento e

compreensão dos avanços, dos limites e das dificuldades dos alunos para atingirem os

objetivos dos conteúdos, quando forem trabalhados.

Visto a necessidade da mudança no ensino da Matemática na forma de avaliar o

aluno devemos dar ênfase:

- ao que os alunos sabem e pensam matematicamente;

- na compreensão dos conceitos e se desenvolveu atitudes positivas em relação a

matemática;

- no processo e grau de criatividade das soluções dadas pelo aluno;

168

Page 169: COLÉGIO ESTADUAL “ALBERTO SANTOS … · Web viewÉ necessário considerar, portanto, a importância do texto de Silova, “tornou-se lugar comum destacar a diversidade das formas

- nas situações-problema que envolvam aplicações de conjunto de idéias

matemáticas;

- nas várias formas de avaliação, incluindo as escritas (provas, testes, trabalhos,

auto-avaliação), as orais (exposições, entrevistas, conversas informais);

- num processo avaliativo contínuo olhando o educando como todo desde o início da

sua aprendizagem até a formação de conceitos apropriados à disciplina.

Quanto mais o professor diversificar a avaliação e conseguir interpretá-la como um

meio para analisar se juntamente com os aluno está conseguindo alcançar os objetivos

proposto, mais ele se aproximará de um novo tipo de avaliação que leva em conta os

sonhos e projetos dos alunos, até mesmo a auto-avaliação.

A recuperação paralela será quando se fizer necessária, baseada na revisão dos

conteúdos que o aluno não se apropriou e será através de teste escrito/oral, trabalhos ou

pesquisas.

BIBLIOGRAFIA

- ARCO VERDE, Y.F de Souza. Introdução às Diretrizes Curriculares. Curitiba. SEED.

2006.

- LONGEN, Adilson. Coleção Nova Didática, Matemática Ensino Médio. Curitiba: Editora

Positivo, 2004.

- Versão Preliminar - Diretrizes Curriculares de Matemática para Ensino Médio, julho,

2006.

- PAIVA. Manoel . Matemática. 2ª edição. São Paulo: Ed. Moderna.

-YOUSSEF, Antonio Nicolau. Matemática: volume único para o ensino médio/Antonio

Nicolau Youssef, Elizabeth Soares, Vicente Paz Fernandez - São Paulo: Scipione, 2004 -

(Coleção De olho no mundo do trabalho).

169

Page 170: COLÉGIO ESTADUAL “ALBERTO SANTOS … · Web viewÉ necessário considerar, portanto, a importância do texto de Silova, “tornou-se lugar comum destacar a diversidade das formas

QUÍMICA

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Química é uma excelente motivação para a aprendizagem, ao aproximar o

que se ensina do que se vive, ao permitir a compreensão do que ocorre na Natureza e os

benefícios que ela concede ao homem, ao mostrar a necessidade de respeitar o seu

equilíbrio. Para tanto a Química e a Tecnologia Química devem colocar-se dentro de um

contexto em que os alunos terão a possibilidade de compreende-los como um todo, para

analisar criticamente a sua aplicação a serviço da melhoria da qualidade de vida.

Ao desenvolver conteúdos integrados à vida do educando, oportuniza-se o desenvolvimento

de sua capacidade de investigação crítica, posicionando-se junto,os problemas que são

advindos da Química, em seus aspectos econômicos, industriais, sanitários, ambientais,... O

desenvolvimento da disciplina de Química proporcionará a discussão da função da Química

na sociedade e despertará o espírito crítico e o pensamento científico.

Conteúdos Estruturantes:

A partir das discussões realizadas no Encontro do Ensino Médio, os

conteúdos estruturantes para o estudo da Química foram colocados de forma que fossem

representativos do campo de conhecimento da disciplina, constituído historicamente.

Selecionaram-se, então, os seguintes conteúdos estruturantes: Matéria e sua natureza;

Biogeoquímica e Química sintética.

MATÉRIA E SUA NATUREZA

Estuda os aspectos macroscópicos e microscópicos da matéria, a essência da

matéria e caracteriza-se pelo “trabalho” com modelos e representações.

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CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Estrutura da matéria

Substância, Misturas e Métodos de separação.

Fenômenos físicos e químicos

Estrutura atômica, Distribuição eletrônica.

Tabela periódica

Ligações químicas

Funções químicas

Radioatividade

BIOGEOQUÍMICA

Caracterizado pelas interações existentes entre a hidrosfera, litosfera e

atmosfera.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Soluções

Termoquímica

Cinética Química

Equilíbrio Químico

QUÍMICA SINTÉTICA

Caracteriza-se pela síntese de novos materiais: produtos farmacêuticos, a

indústria alimentícia (conservantes, acidulantes, aromatizantes, edulcorantes), fertilizantes,

agrotóxicos.

Avanços tecnológicos, obtenção e produção de materiais artificiais que

podem substituir os naturais.

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CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Química do Carbono

Funções Oxigenadas

Polímeros

Funções Nitrogenadas

Isomeria

Justificativa: CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DEVEM PERMEAR TODAS AS SÉRIES;

CONSIDERANDO A LEI NO 10.639/2003; A DELIBERAÇÃO NO 04/06 CEE E A

INSTRUÇÃO NO 017/2006 SUED QUE ESTABELECE A OBRIGATORIEDADE DA

TEMÁTICA “HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA”, PRPOMOS:

ABORDAGEM DE CONHECIMENTOS E INSTRUMENTALIZAÇÃO SOBRE

ALIMENTOS, REMÉDIOS, CORANTES E OUTROS PRODUTOS, UTILIZADOS NO

NOSSO COTIDIANO ADVINDOS DA CULTURA “AFRO”.

Metodologia da Disciplina:

A atual proposta curricular é totalmente inovadora. Ela permite que o

professor deixe de lado uma metodologia de transmissão de conteúdos para adotar um

maior envolvimento no ato de ensinar, que parta do conhecimento prévio dos alunos, onde

se incluem idéias pré-concebidas ou concepções espontâneas a partir das quais o aluno

elabora um conceito científico.

A escola é, por excelência, o lugar onde se lida com o conhecimento

científico historicamente produzido. Portanto quando os alunos chegam a escola eles não

estão totalmente desprovidos de conhecimentos, pois no seu dia-a-dia e na interação com os

diversos objetos no seu espaço de convivência, muitas concepções são elaboradas.

172

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Numa sala de aula, o processo ensino-aprendizagem ocorre com a reunião de

pessoas com diferentes costumes, tradições, preconceitos e idéias que dependem da sua

vivencia cotidiana. Isso torna impossível a utilização de um único tipo de encaminhamento

metodológico com o objetivo de uniformizar a aprendizagem.

Desta forma considerando os conhecimentos que o aluno traz, é necessário

proporcionar condições para a construção de conhecimentos científicos, através de uma

linguagem clara e acessível a respeito dos conhecimentos químicos.

É importante salientar que a química possui um caráter experimental e

interdisciplinar. A experimentação desempenha uma função essencial na consolidação e

compreensão de conceitos, propiciando uma reflexão sobre a teoria e a prática. Muitas

vezes, para a assimilação destes conceitos é necessário que ela atue em conjunto com outras

ciências.

Estas ações pedem maior engajamento do professor com a abordagem de

temas relevantes, primando sempre pelo rigor conceitual. Estes temas abordados

corretamente devem intervir positivamente na qualidade de vida das pessoas e da

sociedade.

Não se pode negar que a Química tem um papel fundamental na vida das

pessoas, na verdade esta só pode evoluir apoiando-se as outras ciências. Estas ciências

fazem parte do dia-a-dia das pessoas e é importante para o equilíbrio da vida no planeta.

Portanto, ao observar o mundo à sua volta os participantes do processo educativo devem

compreender como é freqüente, intensa e contínua, a aplicação do conhecimento químico

na sociedade atual. E perceber ainda como esse conhecimento tem sido constantemente

reformulado ao longo da história da humanidade.

Avaliação:

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O aluno será avaliado num processo formativo, processual, qualitativo e

contínuo na construção do conhecimento. Este processo envolverá as diversas áreas,

buscando sempre o desenvolvimento das capacidades que possam ser necessárias à vida em

sociedade, para isto pode-se utilizar instrumentos selecionados de acordo com cada

conteúdo e objetivo de ensino, tais como:

- leitura, interpretação e produção de textos;

- pesquisas bibliográficas;

- relatório de aulas experimentais;

- apresentação de seminários;

- trabalhos interdisciplinares individuais e em grupos;

Esses instrumentos visam uma avaliação que não dicotomize teoria e prática, de

forma que em relação à leitura de mundo o aluno deverá posicionar-se criticamente nos

debates conceituais, articulando o conhecimento químico às questões sociais, econômicas e

políticas.

Referências:

ARCO VERDE, Y.F de Souza. Introdução às Diretrizes Curriculares. Curitiba. SEED.

2006.

174

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BAIRD, C. Química Ambiental. 2.ed. Porto Alegre: Bookman, 2002.

Brasil. Lei no. 10.639 de 9 de janeiro de 2003. Brasília

CEE. Deliberação no 04/06. Curitiba

COVRE, G. J. Química Total. São Paulo. FTD.2001.

FONSECA, M.R. M, Química Integral. São Paulo. FTD, 2003.

MORTIMER, E.F; MACHADO A.H. Química para o ensino médio. 1.ed. São Paulo:

Scipione, 2002.

PARANÁ/SEED. Instrução no 017/06 SUED. SEED. Curitiba

PARANÁ/SEED. Diretrizes Curriculares de Química para o Ensino Médio. Versão

preliminar, SEED: 2006.

PARANÁ/SEED. Orientações para organização do projeto político pedagógico. SEED.

2007.

PARANÁ/SEED. Química. Vários autores. SEED: 2006.

PERUZZO, F. M. e CANTO, E. L. Química na abordagem do cotidiano. São Paulo.

Moderna, 2002.

SARDELLA, A; FALCONE, M. Química: Série Brasil. São Paulo: Ática, 2004.

SARDELLA, A.; MATEUS, E. Dicionário Escolar de Química. 3.ed. São Paulo: ÁTICA,

1992.

175

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SOCIOLOGIA

PROPOSTA CURRICULAR.

Augusto Comte (1798-1857) é tradicionalmente considerado o pai da sociologia,

mas foi com Émile Durkheim (1858-1917) que a sociologia passou a ser considerada uma

ciência e como tal se desenvolveu.

A sociologia delineou-se como ciência no rastro do pensamento positivista,

vinculado à ordem das ciências naturais, tendo no centro os pensadores sociológicos a

preocupação na busca de soluções para os graves problemas sociais gerados pelo modo de

produção capitalista, e um olhar crítico e questionador sobre a sociedade.

Objetivos gerais da sociologia:

- Possibilitar a formação do educando em uma perspectiva de compreensão da sociedade e

das relações sociais, tornando-o construtor de conhecimento e transformador da sociedade,

reafirmando assim, sua cidadania.

- Fornecer elementos necessários para a formação de um cidadão consciente de sua

realidade social, econômica, política, de suas potencialidades, capaz de agir e reagir à essa

mesma realidade.

- Aproveitar o cotidiano do aluno como ponto de partida para despertar uma reflexão

rigorosa e sistematizada para se chegar a teorização das relações sociais.

- Compreender a totalidade social com expressão de simultaneidade e complexidade dos

fenômenos sociais, produto de condicionantes diversos;

- Perceber o processo de globalização da economia e de inserção do país no mercado

internacional;

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- Perceber os direitos do cidadão como parte de uma construção social;

- Compreender as diferentes manifestações culturais como expressão de povos, etnias,

nacionalidades, segmentos sociais diversos;

- Construir sua identidade social e pessoal a partir do princípio de alteridade;

- Compreender a industria cultural em suas ações com os contextos econômicos, político,

social e cultural em que se insere;

- Estabelecer relações entre o conhecimento teórico e as práticas sociais;

- Elaborar hipóteses sobre as práticas sociais, exercitando análises, interpretações,

sínteses, servindo-se para tanto dos conhecimentos sociológicos.

Conteúdos estruturantes

O processo de socialização e as instituições sociais:

- A sociedade humana como objeto de estudo;

- A convivência humana;

- As instituições sociais;

Cultura e indústria cultural:

- Agrupamentos sociais;

- Classes sociais e a estratificação;

- Cultura e sociedade.

Trabalho, produção e classes sociais:

- A base econômica da sociedade:

- Capitalismo e socialismo;

- As mudanças sociais

Poder, política e ideologia:

- O subdesenvolvimento;

- Educação e sociedade;

- Ética e moral;

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Direitos, cidadania e movimentos sociais:

- Comunidade, sociedade e cidadania;

- Conflitos rurais e urbanos.

Metodologia

Fundamenta e sustenta-se em teorias originárias de diferentes tradições sociológicas,

cada uma delas com seu potencial explicativo, reconstruindo dialeticamente o

conhecimento que o aluno já dispõe, uma vez que já imerso em uma prática social,

possibilitando ao mesmo o acesso a conhecimentos elaborados de forma rigorosa,

complexa e crítica, acerca da realidade social na qual o mesmo está inserido.

Avaliação

É parte integrante do processo ensino – aprendizagem e requer preparo técnico e

grande capacidade de observação da parte do professor.

A principal função da avaliação é a diagnostica por permitir detectar diariamente, os

pontos de conflito geradores do fracasso escolar.

Sendo assim, a avaliação da disciplina em questão será flexível a partir dos pontos

detectados e utilizados pelo professor como referenciais para as mudanças nas ações

pedagógicas, objetivando em melhor desempenho do aluno.

A avaliação do aproveitamento escolar será procedida na forma estabelecida pelo

regimento escolar, considerando-se:

- Seu desempenho em argüições orais ou em provas e testes escritos;

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- Seu desempenho em trabalhos individuais ou em grupos;

- Seu interesse em pesquisas ou atividades extra-classes;

- Sua participação em atividades, desenvolvidas pela Escola.

Bibliografia

ARCO VERDE, Y.F de Souza. Introdução às Diretrizes Curriculares. Curitiba. SEED.

2006.

VESENTINE, José William. Sociedade e Espaço. Editora Ática. São Paulo,1989.

WEBER, Max. Ensaios de Sociologia. Rio de Janeiro. Zahar:1971.

DURKHEIN, Émile. As regras do método sociológico. São Paulo, Abril Cultural, 1973.

Coleção Os Pensadores.

PRADO, Caio Jr. Evolução Política o Brasil. São Paulo. Brasiliense, 10 ed.1977.

BOTTOMORE, T.B. Introdução a Sociologia. Rio de Janeiro, Zahar, 1973.

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS

APRESENTAÇÃO GERAL DE LEM INGLÊS

O ensino das línguas estrangeiras modernas começou a ser valorizado depois

da chegada da família real ao Brasil em 1808 e contemplava o ensino de Francês, Inglês e

Alemão. A partir de 1906, com Saussure, inauguram-se os estudos da língua em caráter

científico. Em 1942 as línguas privilegiadas passaram a ser a francesa, a inglesa e a

espanhola. Em 1996, a Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional, n. 9394,

determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna, escolhida

pela comunidade escolar, no Ensino Fundamental. Já para o Ensino Médio, poderia haver

ma segunda, em caráter optativo, dependendo das disponibilidades da instituição,

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permanecendo apenas o inglês, até 2005, pelo fato de este ter sido escolhido como língua

universal.

A inclusão da LEM na proposta curricular, em especial das escolas públicas,

faz-se necessária tendo em vista a falta de oportunidade que os alunos oriundos das classes

sociais menos favorecidas têm na escola, muitas vezes, o único espaço de aprender e

conhecer uma Língua Estrangeira. Por outro lado, aprender uma Língua Estrangeira é

oportunizar aos nossos educandos conhecer uma outra cultura, possibilitar a construção de

significados além daqueles permitidos pela Língua Materna, como também alargar as

possibilidades de entendimento do mundo, contribuindo assim, para a formação de um

sujeito ativo capaz de intervir no seu meio social para transformar a realidade.

Objetivos gerais da disciplina LEM Inglês-Ensino Médio

O ensino de LEM deve oportunizar o desenvolvimento da consciência

crítica sobre o papel exercido pelas línguas estrangeiras na sociedade brasileira e no cenário

internacional, para que os alunos possam analisar as questões da nova ordem global e suas

implicações, bem como, construir identidades, aprender percepções de mundo e maneiras

de atribuir sentidos e formar subjetividades.

No Ensino Fundamental, a LEM deve também, contribuir para formar

alunos críticos e transformadores da realidade. Assim, ao final do Ensino Fundamental,

espera-se que o aluno:

Seja capaz de usar a língua em situações de comunicação oral e escrita;

Vivencie, na aula de língua estrangeira, formas de participação que lhe possibilite

estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;

Compreender que os significados são sociais e historicamente construídos e,

portanto, passíveis de transformação na prática social;

Tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;

Reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural, bem como seus

benefícios para o desenvolvimento do país.

Os objetivos acima elencados são flexíveis, posto que as diferenças regionais devam

ser contempladas.

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A língua estrangeira deve possibilitar ao aluno uma visão de mundo mais

ampla, para que ele seja capaz de avaliar os paradigmas já existentes e crie novas

maneiras de construir sentidos do e no mundo, considerando as relações que podem ser

estabelecidas entre a Língua Estrangeira e a inclusão social; o desenvolvimento da

consciência do papel das línguas na sociedade, o reconhecimento da diversidade

cultural e o processo de construção das identidades transformadoras.

Um outro objetivo da disciplina de LEM é que os envolvidos no processo

pedagógico façam uso da língua que está aprendendo em situações significativas e

relevantes. Além disso, o ensino de LEM deve contemplar os discursos sociais que a

compõem, ou seja, desenvolver pedagogicamente maneiras de construção de sentidos,

de relação com os textos, comunicar-se com eles, interagindo ativamente, sendo capaz

de comunicar-se de diferentes formas, com os diferentes tipos de textos, desenvolvendo

a criticidade, de modo a atribuir o próprio sentido aos textos.

O Ensino de LEM favorecerá o contato com os discursos diversos da

língua manifestados em forma de textos de diferentes natureza, buscando alargar a

compreensão dos diversos tipos de linguagem, ativar procedimentos interpretativos,

tornando possível a construção de significados, ampliando suas possibilidades de

entendimento de mundo para contribuir na sua transformação.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

O conteúdo Estruturante da Língua Estrangeira é o “ Discurso” enquanto prática

social – efetivado por meio das práticas discursivas, as quais envolvem a leitura, oralidade

e escrita.

Para que os alunos-sujeitos percebam a interdiscursividade nas diferentes relações

sociais, é preciso que os níveis de organização lingüística sirvam ao uso da linguagem na

compreensão e na produção escrita, oral, verbal e não-verbal.

De acordo com a abordagem crítica da leitura, a ênfase do trabalho pedagógico

recai sobre a necessidade de os sujeitos interagirem ativamente com o discurso, sendo

capazes de comunicar-se com e em diferentes textos, os quais definirão os conteúdos

lingüísticos discursivos, bem como as práticas discursivas a serem trabalhadas.

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A escolha dos conteúdos específicos a serem trabalhados no Ensino Médio, devem

articular-se com o Discurso como prática social, contemplando as quatro habilidades

lingüísticas: Leitura, Oralidade, Escrita e Compreensão Auditiva dependendo do nível dos

alunos e da realidade local.

Lembramos, também que em respeito à Lei Nº 10.639/03, referente a História da

Cultura Afro-Brasileira e Africana, será contemplada nas aulas de LEM- Inglês que textos

que abordam o tema: como música, textos publicitários, literários, além de discutir sobre

atitudes discriminatória na sociedade e pela a mídia em geral.

METODOLOGIA DE LEM-INGLÊS

ENSINO MÉDIO

A partir do Conteúdo Estruturante, enquanto prática social, serão abordadas em sala

de aula, questões lingüísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas, assim como as

práticas do uso da língua: Leitura, Escrita, Oralidade e a Compreensão Auditiva.

O texto, como unidade de comunicação verbal-escrita, será o ponto de partida da aula

de LEM-Inglês. Através de uma problematização em relativa ao tema, o aluno deverá

buscar uma solução e isso despertará o interesse dos alunos para que desenvolvam uma

prática analítica e crítica, ampliem seus conhecimentos lingüísticos e percebam as

implicações sociais, históricas e ideológicas presentes num discurso.

Os conhecimentos lingüísticos serão trabalhados de acordo com o grau de

conhecimento dos alunos e será voltado para a interação verbal, cuja finalidade é o uso

efetivo da linguagem em contexto. Isso posto, será dada ao aluno a oportunidade de

conhecer novas culturas e entender que uma cultura não é melhor nem pior que a outra, mas

sim diferente. Com isso, o aluno perceberá que a língua é algo que se constrói e é

construída por uma determinada comunidade. Desse modo, é fundamental que se apresente

ao aluno diferentes gêneros textuais, para que haja interação com uma infinita variedade

discursiva presente nas diversas práticas sociais.

Serão trabalhados, também, textos de vários gêneros: publicitário, jornalístico,

literário, informativo, poético, entre outros.

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Oralidade: Expor aos alunos os textos orais, pertencentes a diferentes discursos,

procurando compreendê-los em suas especificidades.

Escrita: Deve ser apresentada aos alunos como uma atividade sociointeracional, pois em

situações reais de uso, escreve-se sempre para alguém. E, no contexto escolar, esse alguém

é definido como um sujeito sócio-histórico-ideológico, que com o aluno vai produzir um

diálogo imaginário, fundamental para a construção de textos dentro de um contexto.

Todas as atividades serão desenvolvidas a partir de um texto e, envolverão,

simultaneamente, as práticas da oralidade, da escrita, da leitura e dependendo das condições

estruturais e do nível dos alunos, a prática da compreensão auditiva, que irá proporcionar,

ao educando dessa forma, condições para assumir uma atitude crítica e transformadora com

relação aos discursos que se lhe são apresentados.

AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA LEM- Inglês

A avaliação deve ser parte integrante do processo de aprendizagem e contribuir

para a construção de saberes.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional determina que a avaliação seja

contínua e que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos.

A avaliação além de ser útil para a verificação da aprendizagem dos alunos, servirá,

também, para que o professor repense a sua metodologia e planeje as suas aulas de acordo

com as necessidades de seus alunos. A partir do ato avaliativo, é possível perceber quais os

conhecimentos (lingüísticos, discursivos, sócio-pragmáticos ou culturais – e as práticas –

leitura, escrita e oralidade) merecem mais atenção, ou seja, que ainda não foram

suficientemente trabalhados e que necessitam ser abordados para garantir a efetiva

aprendizagem do aluno em Língua Estrangeira.

A Avaliação é uma das questões cruciais da educação, e não pode ser vista como algo

que se realiza após a aprendizagem. Ela é “parte integrante do processo educacional”.

Portanto, deve ser diagnóstica, para que o professor identifique como seus alunos estão

aprendendo. Assim, o trabalho docente pode ser redirecionado para planejar e propor outros

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encaminhamentos para superar as dificuldades encontradas no processo ensino

aprendizagem.

REFERÊNCIA

ARCO VERDE, Y.F de Souza. Introdução às Diretrizes Curriculares. Curitiba.

SEED. 2006.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Identidade do Ensino Médio. Curitiba,

SEED-PR. 2006.

LEFFA, Vilson J. O Professor de Línguas: Construindo a profissão. Educat, Pelotas.

2006.

LIPSKI, John M. El Espanhol de América. 4 ed. Catedra, Madrid- Espanha. 2005.

MARQUES, Amadeu et al. Graded English. Moderna , São Paulo. V.único1998.

MARQUES, Amadeu et al. Inglês Série Brasil. Àtica, São Paulo. V.único1998.

MARQUES, Amadeu et al. Password: Read and Learn 1. 4 ed. Àtica, São Paulo. 1997.

MULLER, Vera; SARMENTO, Simona Org. O Ensino do Inglês como Língua

Estrangeira: Estudos e reflexões. APIRS5, Porto Alegre. 2004.

PAIVA, Vera Lúcia M.O. O ensino da Língua Inglesa: Reflexões e Experiências. 3 ed.

Pontes Editores. Campinas, São Paulo. 2005.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua

Moderna para o Educação Básica. Curitiba, SEED-PR. 2006.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua

Moderna para o Ensino Médio. Curitiba, SEED-PR. Versão preliminar, Julho 2006.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Língua Estrangeira Moderna:

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184

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CAPELO, Maria Regina Clivati. Diversidade Cultural e Desigualdades Sociais: primeiras

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CONSULTA POPULAR, Um passo à frente na consulta popular, cartilha nº 10.São Paulo,

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