COLEGIO ESTADUAL JOSÉ FRESSATO ENSINO … · Neste ano deu-se início a construção de mais 4...

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COLEGIO ESTADUAL JOSÉ FRESSATO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO REGIMENTO ESCOLAR CURITIBA JANEIRO/2008

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COLEGIO ESTADUAL JOSÉ FRESSATO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

REGIMENTO ESCOLAR

CURITIBAJANEIRO/2008

SUMÁRIO

PREÂMBULO

TÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES .................................................................... 01

CAPÍTULO I

IDENTIFICAÇÃO, LOCALIZAÇÃO E MANTEDEDORA ............................................ 01

CAPÍTULO II

DAS FINALIDADES E OBJETIVOS ........................................................................... 01

TÍTULO II

ORGANIZAÇÃO ESCOLAR ............................................................................ 02

CAPÍTULO I

DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO ................................................ 02

Seção I

Do Conselho Escolar ..................................................................................... 02

Seção II

Da Equipe de Direção .................................................................................... 04

Seção III

Dos Órgãos Colegiados da Representação da Comunidade Escolar ............. 06

Seção IV

Do Conselho de Classe ................................................................................... 06

Seção V

Da Equipe Pedagógica .................................................................................. 08

Seção VI

Da Equipe Docente ........................................................................................ 12

Seção VII

Da Equipe Técnico-Administrativa e dos Assistentes de Execução ............... 15

Seção VIII

Da Equipe Auxiliar Operacional ..................................................................... 20

CAPÍTULO II

DA ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA ........................................................ 24

Seção I

Dos Níveis e Modalidades de Ensino da Educação Básica ............................ 25

Seção II

Dos fins e Objetivos da Educação Básica de cada Nível e Modalidade de

Ensino ............................................................................................................ 25

Seção III

Da Organização Curricular, Estrutura e Funcionamento .............................. 26

Seção IV

Da Matrícula .................................................................................................. 29

Seção V

Do processo de Classificação ........................................................................ 31

Seção VI

Do processo de Reclassificarão ..................................................................... 32

Seção VII

Da Transferência ........................................................................................... 33

Seção VIII

Da Progressão Parcial ................................................................................... 34

Seção IX

Da Freqüência ............................................................................................... 34

Seção X

Da Avaliação da Aprendizagem, de Recuperação de Estudos e da

Promoção ...................................................................................................... 35

Seção XI

Do Aproveitamento de Estudos ...................................................................... 38

Seção XII

Da Adaptação ................................................................................................. 39

Seção XIII

Da Revalidação e Equivalência ...................................................................... 39

Seção XIV

Da Regularização da Vida Escolar ................................................................ 41

Seção XV

Do Calendário Escolar ................................................................................... 42

Seção XVI

Dos Registros e Arquivos Escolares ............................................................... 42

Seção XVII

Da Eliminação de Documentos Escolares ...................................................... 43

Seção XVIII

Da Avaliação Institucional ............................................................................. 44

Seção XIX

Dos Espaços Pedagógicos .............................................................................. 44

TÍTULO III

DIREITOS E DEVERES DA COMUNIDADE ESCOLAR ...................................... 45

CAPÍTULO I

DOS DIREITOS, DEVERES E PROIBIÇÕES DOS DOCENTES, EQUIPE

PEDAGÓGICA E DIREÇÃO ....................................................................................... 45

Seção I

Dos Direitos ................................................................................................... 45

Seção II

Dos Deveres ................................................................................................... 46

Seção III

Das Proibições ............................................................................................... 48

CAPÍTULO II

DOS DIREITOS, DEVERES E PROIBIÇÕES DA EQUIPE TÉCNICO

ADMINISTRATIVA, ASSISTENTES DE EXECUÇÃO E EQUIPE AUXILIAR

OPERACIONAL ....................................................................................................... 49

Seção I

Dos Direitos ................................................................................................... 49

Seção II

Dos Deveres ................................................................................................... 50

Seção III

Das Proibições ............................................................................................... 51

CAPÍTULO III

DOS DIREITOS, DEVERES, PROIBIÇÕES E MEDIDAS DISCIPLINARES DOS

ALUNOS .................................................................................................................. 52

Seção I

Dos Direitos ................................................................................................... 52

Seção II

Dos Deveres ................................................................................................... 54

Seção III

Das proibições ................................................................................................ 55

Seção IV

Das Ações Educativas, Pedagógicas e Disciplinares ..................................... 56

CAPÍTULO IV

DOS DIREITOS, DEVERES E PROIBIÇÕES DOS PAIS OU RESPONSÁVEIS .......... 57

Seção I

Dos Direitos ................................................................................................... 57

Seção II

Dos Deveres ................................................................................................... 58

Seção III

Das Proibições ............................................................................................... 59

TÍTULO IV

DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS .................................................... 60

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS ...................................................................................... 60

INTRODUÇÃO

A busca por uma sociedade justa, que garanta às classes populares

instrumentos para o exercício de sua cidadania, não é responsabilidade

exclusiva do âmbito escolar.

Para que a cidadania se torne uma construção efetiva no cotidiano da sociedade,

todas as instituições que fazem parte desta mesma sociedade (família, escola, igreja,

cooperativas, entre outros) devem ter como base princípios de igualdade, respeito,

democracia, participação e justiça.

Entretanto, apesar de não ser a única comprometida com a transformação social,

ela é um dos importantes componentes da mesma. Para que a escola seja um meio das

classes desprivilegiadas, serem incluídas na participação social é necessário

compreender, que ela é atingida diretamente por fatores externos e internos.

A maneira que a escola entende a sociedade irá atingir sua prática diária, esta terá

como base o tipo de homem que se pretende formar. Deseja-se um homem crítico,

participativo, consciente ou um homem alienado que faça parte da massa existente

apenas para movimentação de capital.

A forma como a sociedade está estruturada atingirá diretamente o sistema escolar,

pois suas injustiças serão refletidas e reproduzidas no interior da escola, até mesmo

dentro da sala de aula.

Outro fator que atinge a escola é o Estado, pois dele advém os recursos, as leis

que normatizam as funções escolares, entre outros. Ainda há fatores externos à

instituição escolar, como as relações de trabalho que afetarão as questões mais

corriqueiras da sala de aula. Como por exemplo, o aluno faltar ou abandonar os estudos,

pois precisa ajudar a complementar a renda familiar.

A gestão escolar e o Projeto Político Pedagógico apresentam-se como

importantes fatores internos e podem ser entendidos até mesmo como ponto

de partida para compreensão e responsabilidade coletiva. Junto a eles o

currículo, planejamento e avaliação irão refletir a forma como a escola

percebe a construção da cidadania.

1 APRESENTAÇÃO

A construção do Projeto Político Pedagógico significa repensar, refletir e incorporar novas idéias e formas democráticas à prática educativa numa perspectiva emancipatória e transformadora da educação, exigindo compromisso político – pedagógico dos profissionais da escola.

O Projeto Político Pedagógico explicita os fundamentos teóricos – metodológicos, os objetivos, o tipo de organização e as formas de implementação e avaliação da escola. As modificações que se fizerem necessárias resultam de um processo de discussão, avaliação e ajustes permanentes do projeto. O projeto alicerça o trabalho pedagógico escolar enquanto processo de construção contínua, nunca está pronto e acabado, está sempre em construção.

O Projeto Político Pedagógico possibilita a organização do trabalho pedagógico que supere os conflitos, elimine as relações competitivas e autoritárias; a ruptura da rotina do mando impessoal e da burocracia que permeia as relações no interior da escola; eliminação dos efeitos fragmentários da divisão do trabalho que reforça as desigualdades e hierarquiza as desigualdades e hierarquiza os poderes de decisão.

A partir da discussão conjunta com a comunidade, através de suas representações e dos diferentes segmentos escolares, buscou-se traçar as diretrizes que nortearão o perfil da escola que almejamos apresentadas através deste.

2 IDENTIFICAÇÃO

O Colégio Estadual José Fressato – Ensino Fundamental e Médio está localizado à

rua Nova Londrina, nº 30, Vila São José, bairro Augusta, Município de Curitiba, Estado do

Paraná. Dista aproximadamente 14 quilômetros do centro de Curitiba. Está próximo ao

mirante do Passaúna.

Este estabelecimento pertence à rede Estadual de Ensino, cuja entidade

mantenedora é o Governo do Estado do Paraná, é administrado pela Secretaria de

Estado da Educação, nos termos da legislação em vigor e regido pelo Regimento Escolar.

Oferta o Ensino Fundamental – Ciclo Básico de Alfabetização (1a a 4a série); 5a a 8a

série e Ensino Médio.

2.1 HISTÓRICO

O Colégio Estadual José Fressato – EFM, está localizado à rua Nova londrina, n°

30 no Bairro Augusta, Cidade Industrial.

Este Estabelecimento de Ensino começou a funcionar há mais de 50 anos, sendo

denominada Escola Isolada Capão da Imbuia, porque existia muita árvore da espécie

imbuia nas proximidades. A Escola era mantida pelo município de Curitiba e pertencia ao

Núcleo do grupo Escolar Embaixador Lincon Gordon, hoje denominada Escola

Monsenhor Ivo Zanlorenzi.

A Escola Isolada Capão da Imbuia comportava somente duas salas de madeira e

acoplada a ela duas peças que serviam de morada para um caseiro, sendo este um

professor ou não. A primeira professora morou por muitos anos neste espaço até se

aposentar. Em seguida, veio outra professora, que passou a morar ali e também lecionar.

Em troca o morador limpava as salas e mantinha o terreno em ordem, as cercas eram de

arame farpado e as vezes necessitavam de reparos, os banheiros eram antigas casinhas

de madeira que ficavam num pequeno barranco atrás das salas. A merenda dos alunos

era feita pela própria professora, com alimentos que eles mesmos traziam. O fogão tinha

apenas uma boca e ficava num espaço no fundo da sala.

A Escola possuía quatro turmas, sendo dois primeiros anos a tarde e um segundo

e terceiro ano pela manhã. Os alunos que desejavam e podiam se deslocavam até a

Escola Grupo Escolar Lincon Gordon, no Bairro Campo Comprido, para a 4ª série.

No dia 30 de dezembro de 1982 foi promulgado o Ato de Resolução N° 3925/82 de

autorização e funcionamento deste Estabelecimento de Ensino. Só então, no ano de

1983, foi designada uma diretora, Carmem Cavassin, a qual permaneceu por três anos na

direção. Em 1984, a Prefeitura Municipal de Curitiba construiu uma pequena Escola em

alvenaria ao lado da invasão que se formava. Neste mesmo ano, a Prefeitura transferiu a

Escola, pois ambos os terrenos pertenciam ao mesmo dono, o pioneiro José Fressato.

Quando as professoras souberam da Escola Nova e que a mesma pertencia a

prefeitura foram reivindicar seus direitos e num acordo entre Município e Estado a Escola

foi concluída pelo Governo Estadual.

Acompanharam a mudança de endereço da Escola, duas professoras que

trouxeram seus alunos da 1ª série naquele ano, uma ainda exerce função, completando

25 anos neste Colégio, Glaci Dolores Scremin Laffites, moradora do bairro há 27 anos e

única professora que acompanhou de perto toda trajetória da Escola.

Em 26 de fevereiro de 1985, foi firmado o Termo de Cessão do uso do imóvel entre

o Município de Curitiba e a Secretaria do Estado de Educação, passando a ser mantida

pelo governo do Estado do Paraná, com denominação de Escola Estadual Capão da

Imbuia. No ano seguinte o governo designou outra diretora, Maria Helena Davi, a qual

permaneceu por dez anos sem eleições, com ela abriu a turma de 4ª série, e os

professores foram mantidos sempre os mesmos.

Durante esses anos, a escola permaneceu com quatro salas de aula, oferecendo

ensino de 1ª a 4ª série tanto pela manhã, quanto a tarde, ofertava-se também, a pré-

escola. Esta só foi fechada porque a prioridade era a 1ª série e não havia mais salas

disponíveis.

Após reivindicações da comunidade em 02 de dezembro de 1991, foi sancionada a

lei Nº 9830 que estabelece a mudança de nome da Escola, passando a ser chamada

Escola Estadual José Fressato, em homenagem ao morador da região.

Em 24 de julho de 1992 foi implantado o Ensino Supletivo (Função Suplência de

Educação Geral Fase II) pela Secretaria Estadual de Educação e neste mesmo ano,

aprovado o CBA (Ciclo Básico de Alfabetização) de 4 anos e o funcionamento de, na

Resolução Secretarial Nº 585/95, e no Parecer 283/97 o Conselho Estadual de Educação

autoriza o funcionamento de uma Classe Especial, área de deficiência mental.

Em 17 de fevereiro de 1998 é implantado o ensino fundamental, Resolução n.º

508/98, de 5ª a 8ª séries, com isso os alunos que estudavam de 1ª a 4ª série passaram a

freqüentar aulas no período da tarde. Neste ano deu-se início a construção de mais 4

salas de aula.

No ano de 2000, houve o processo de cassação do Supletivo fase II junto à

Secretaria do estado da Educação, devido a falta de alunos. Atendendo as solicitações da

comunidade, em 2001 foi aberto o 2° grau noturno, iniciando com uma sala de 1° ano e

assim sucessivamente. Devido a isso, a escola passou a ser chamada de Colégio

estadual José Fressato.

A clientela apresenta uma faixa etária entre 06 e 16 anos sendo, que em sua

maioria, residem próximo ao Colégio. Pertencem a famílias cujo rendimento não

ultrapassa a dois salários mínimos e cujos pais, pelo menos uma grande parcela, não

possui escolaridade nenhuma e os mais novos demonstram grande desinteresse mesmo

quando o pai é alfabetizado e letrado e apóia o filho.

Na ausência dos pais os filhos ficam só grande parte do dia, entregue as ruas.

Ainda existem casos de rotatividade e conseqüentemente alunos fora da faixa

etária para sua série, na qual muitos ainda permanecem sem o domínio dos conceitos

fundamentais para sua vida.

Muitos pais sentem e expressam, a necessidade que os precisam estudar, mas

não conseguem dar o apoio necessário para que este fato se efetue.

Pensando nestes alunos e buscando afasta-los dos vícios que se aproximam cada

vez mais, o Colégio está com alguns projetos em desenvolvimento. Estes projetos têm a

finalidade de ocupar a criança e o adolescente que antes permaneciam nas ruas, no

período oposto ao das suas aulas, fazendo com que se interessem ainda mais por

crescer, tornando-se cidadãos capazes de guiar o seu próprio destino.

O Segundo Tempo é um projeto do Governo Federal em parceria com o Governo

do Estado, vinculado com o Paraná Esportes.

Capoeira e o teatro, uma parceira com o Volvo do Brasil.

Foram doadas 20 bolsas de natação e taycondô às crianças de 2ª série, promovida

por uma de nossa colaboradoras, a Mari, com intuito de melhorar o aprendizado em sala

de aula.

Doação de materiais escolares e matérias de construção feitos por um colaborador

local residente no bairro, pelo Sandro e Mari.

Os alunos também contam com atendimento de psicólogas da Universidade

UNICENP e duas voluntárias.

O corpo docente e de funcionários é composto de uma direção geral, um vice-

diretor, um coordenador do CBA, 3 pedagogas, onze professores de 1ª a 4ª serie do

Ensino Fundamental e catorze professores do ensino fundamental 5ª a 8ª, para o Ensino

Médio, há dez professores, uma secretaria, 3 auxiliares administrativos e quatro serviços

gerais.

2.2 ESPAÇO FÍSICO

O Colégio José Fressato possui no seu espaço coberto: seis salas de aula no bloco

principal e 3 salas no bloco ao lado; uma sala para os professores; um laboratório de

informática; uma biblioteca; uma secretaria; uma sala de pedagogas, uma sala para

direção; um almoxarifado; uma dispensa; dois banheiros para alunos; dois banheiros para

professores, uma cozinha e um pátio coberto.

No espaço externo há uma quadra esportiva de cimento, uma cancha de areia para

vôlei, um pequeno estacionamento, a casa do caseiro.

2.3 SETORES (RECURSOS HUMANOS)

• Diretor: 1

• Vice-direção: 1

• Pedagogos: 3 (um para cada turno)

• Coordenador do CBA: 1 (tarde)

• Secretária: 1

• Auxiliar administrativo: 3 (porte para 3)

• Auxiliar serviços gerais: 4(porte para 6)

• Professores CBA: 11

• Professor de classe especial (tarde): 1

• Professor sala de recursos (manhã): 1

• Professores de 5a a 8a: 14

• Professores Ensino Médio: 10

2.4 ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA

O Colégio Estadual José Fressato – Ensino Fundamental e Médio, atende a

comunidade escolar em três turnos: manhã 7h 30min às 11h 45min, tarde 13h 15min às

17h 30min, e noite das 19h às 23h, com intervalo de 15 minutos em cada período.

Atualmente iniciou o ano letivo com 444 alunos nos três turnos, sendo que no

período matutino o colégio atende 186 alunos de 5a a 8ª série do Ensino Fundamental. No

período da tarde 150 alunos de 1ª a 4ª série do Ensino Fundamental. No período noturno

atende 72 alunos do 1º, 2º e 3º ano do Ensino Médio.

Este Estabelecimento de Ensino tem por finalidade, atender ao disposto nas

Constituições Federal e Estadual na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nos

Estatutos do Magistério e da Criança e do Adolescente, ministrar o Ciclo Básico de

Alfabetização e Classe Especial (D. M.), no período vespertino, Ensino Fundamental de 5ª

a 8ª série, no período matutino e Ensino Médio, no período noturno, observados em cada

caso, a legislação e as normas especificamente aplicáveis.

Organização das turmas:

- 1a A: 31 alunos

- 2a A: 20 alunos

- 2a B: 20 alunos

- 3a A: 18 alunos

- 3a B: 18 alunos

- 4a A: 18 alunos

- 4ª B: 18 alunos

- Classe Especial D. M. : 07 alunos

- 5a A: 25 alunos

- 5a B: 25 alunos

- 6a A: 29 alunos

- 6a B: 28 alunos

- 7a A: 23 alunos

- 7ª B: 22 alunos

- 8a A: 34 alunos

- 1o ano do Ensino Médio: 33 alunos

- 2o ano do Ensino Médio: 18 alunos

- 3o ano do Ensino Médio: 21 alunos

A escola que queremos construir deve ser um espaço acolhedor que garanta o

acesso, a permanência e os avanços efetivos na aprendizagem do aluno. Nesta escola as

diferenças individuais estão sempre presentes e a atenção à diversidade é o eixo

norteador da inclusão educacional.

Para um bom desempenho no trabalho deve-se seguir normas de convívio

próprias. Estas normas estão divididas em direitos e deveres. Os direitos, deveres,

sanções e proibições estão contidos no Regimento Escolar deste estabelecimento. Faz –

se necessário ressaltar alguns aspectos:

Cabe à Direção, Equipe Pedagógica e Administrativa:

A gestão e administração dos serviços escolares, no sentido de garantir o alcance

dos objetivos educacionais deste Estabelecimento de Ensino, como também, coordenar,

implantar e implementar, neste Colégio, as diretrizes pedagógicas emanadas da

Secretaria de Estado da Educação e Legislação Vigente.

Cabe aos professores:

Desenvolver o processo de ensino - aprendizagem resguardando sempre o

respeito humano ao aluno.

Planejar e executar os processos coletivos de avaliação, do seu próprio

trabalho pedagógico e da escola visando a qualidade do processo ensino -

aprendizagem do aluno.

Utilizar os horários de hora – atividade para estudos, pesquisas, planejamento e

atividades relacionadas a sua atuação pedagógica.

2.5 DIREÇÃO

A direção do Colégio é formada pelo diretor e vice-diretor.

NOME FORMAÇÃO VÍNCULO COM O

ESTADOCarlos Henrique F. dos Santos Letras: Português

Especialização em Psicopedagogia,

Literatura e Pastoral

QPM

Luiz Antônio Vital Geografia QPM

2.6 EQUIPE PEDAGÓGICA

A equipe pedagógica do Colégio Estadual José Fressato é comporta por 2

pedagogas, uma para cada turno.

NOME TURNO FORMAÇÃO VÍNCULO COM O

ESTADOCamila Born Manhã Pedagoga QPMOsmar Castorino B. Leal Tarde Pedagogo QPMGlaci Dolores Scremin Laffites Tarde Magistério Superior QPMEranilde Rolim Noite Pedagoga QPM

2.7 PROFESSORES

Nome: Estela Gatzke Ambrósio

Formação: Licenciatura em Letras Português / Inglês

Vínculo profissional com o estado: QPM

Carga horária semanal no Colégio Estadual José Fressato: 20 horas

Nome: Jurecê Curupaná

Formação: Educação Física e Psicologia

Especialização: Psicopedagogia

Vínculo profissional com o estado: QPM

Carga horária semanal no Colégio Estadual José Fressato: 40 horas

Nome: Solange Nunes

Formação: Português e Inglês

Especialização: Língua Portuguesa e Magistério Superior

Vínculo profissional com o estado: QPM

Carga horária semanal no Colégio Estadual José Fressato: 20 horas

Nome: Lauro Czarnecki

Formação: Ciências Econômicas

Especialização: Psicopedagogia

Vínculo profissional com o estado: QPM

Carga horária semanal no Colégio Estadual José Fressato: 20 horas

Nome: Adilson José de Souza

Formação: Estudos Sociais / Licenciatura em Historia

Vínculo profissional com o estado: QPM/ SCO2

Carga horária semanal no Colégio Estadual José Fressato: 31 horas

Nome: Cristiane de Jesus Yakjmiu

Formação: Licenciatura em Geografia

Vínculo profissional com o estado: QPM

Carga horária semanal no Colégio Estadual José Fressato: 17 horas

Nome: Ana Lúcia T. Bartapelle

Formação: Educação Artística

Especialização: Música

Vínculo profissional com o estado: QPM

Carga horária semanal no Colégio Estadual José Fressato: 25 horas

Nome: Maria Bonete de Souza

Formação: Magistério

Vínculo profissional com o estado: PSS

Carga horária semanal no Colégio Estadual José Fressato: 16 horas

Nome: Susielane Melissa Rolim

Formação: Licenciatura Plena / Bacharelado em Química

Vínculo profissional com o estado: QPM

Carga horária semanal no Colégio Estadual José Fressato: 33 horas

Nome: Luciane Scapine Livramento da Fonseca

Formação: Magistério e Pedagogia

Vínculo profissional com o estado: PSS

Carga horária semanal no Colégio Estadual José Fressato: 16 horas

Nome: Sauzinha Maria Cegam

Formação: Licenciatura em Educação Física

Vínculo profissional com o estado: QPM

Carga horária semanal no Colégio Estadual José Fressato: 6 horas

Nome: Fabiane Aparecida de Oliveira

Formação: Licenciatura Plena Letras Português / Inglês

Vínculo profissional com o estado: PSS

Carga horária semanal no Colégio Estadual José Fressato: 16 horas

Nome: Magaly Beraldo

Formação: Educação Artística

Especialização: Música

Vínculo profissional com o estado: QPM

Carga horária semanal no Colégio Estadual José Fressato: 14 horas

Nome: Maria da Luz N. Fae

Formação: Licenciatura Plena em Biologia

Especialização: Magistério

Vínculo profissional com o estado: PSS

Carga horária semanal no Colégio Estadual José Fressato: 16 horas

Nome: Rosana de Matos C. Pereira

Formação: Matemática

Vínculo profissional com o estado: PSS

Carga horária semanal no Colégio Estadual José Fressato: 8 horas

Nome: Sebastiana Carvalho Alves

Formação: Pedagogia

Especialização: Metodologia Inivadoras aplicadas à educação

Vínculo profissional com o estado: PSS

Carga horária semanal no Colégio Estadual José Fressato: 16 horas

Nome: Sueli da Silva

Formação: Magistério

Vínculo profissional com o estado: PSS

Carga horária semanal no Colégio Estadual José Fressato: 16 horas

Nome: Rosana Gomes de Araujo

Formação:

Vínculo profissional com o estado: PSS

Carga horária semanal no Colégio Estadual José Fressato: 16 horas

Nome: Giovanna Cascardo Dalla Palma

Formação: Ciências

Vínculo profissional com o estado: PSS

Carga horária semanal no Colégio Estadual José Fressato: 7 horas

Nome: Anildo Almeida Silva

Formação: Biologia

Especialização: Supervisão, Orientação, Direção Escolar

Vínculo profissional com o estado: SCO2

Carga horária semanal no Colégio Estadual José Fressato: 19 horas

Nome: Felícia Maria de Oliveira

Formação: Magistério

Vínculo profissional com o estado: PSS

Carga horária semanal no Colégio Estadual José Fressato: 20 horas

Nome: Edison E. da Silva Junior

Formação: Educação Física

Vínculo profissional com o estado: SCO2

Carga horária semanal no Colégio Estadual José Fressato: 9 horas

Nome: Gisele Gabriel Cristo

Formação: Geografia e História

Vínculo profissional com o estado: PSS

Carga horária semanal no Colégio Estadual José Fressato: 13 horas

Nome: José Pereira de Almeida

Formação: Magistério

Vínculo profissional com o estado: QPM

Carga horária semanal no Colégio Estadual José Fressato: 20 horas

Nome: Lúcia Helena Gonçalves Pires

Formação: Licenciatura em Letras

Vínculo profissional com o estado: QPM

Carga horária semanal no Colégio Estadual José Fressato: 16 horas

Nome: Luiz Antônio Vital

Formação: Geografia

Vínculo profissional com o estado: SCO2

Carga horária semanal no Colégio Estadual José Fressato: 2 horas + vice direção

tarde

Nome: Cicero

Formação: Geografia

Vínculo profissional com o estado: SCO2

Carga horária semanal no Colégio Estadual José Fressato: 4 horas

Nome: Arildo

Formação: Física

Vínculo profissional com o estado: PSS

Carga horária semanal no Colégio Estadual José Fressato: 7 horas

3 OBJETIVOS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

OBJETIVO GERAL

Promover mudanças significativas e concretas no Colégio, possibilitando condições

para uma práxis transformadora, definindo valores universais como liberdade,

solidariedade, democracia, igualdade, promovendo os direitos humanos, na formação de

um novo homem, comprometido com os problemas e com as transformações sociais.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Refletir sobre a ação educativa, com todos os elementos envolvidos no processo.

• Reorganizar coletivamente o trabalho escolar objetivando coerência teórico – prática.

• Repensar a prática pedagógica.

• Promover aos professores e funcionários aperfeiçoamento profissional mediante

capacitações que relacionam a teoria com a prática.

4 MARCO SITUACIONAL

Atualmente, o homem, vive inserido dentro de uma ótica neoliberal excludente, pois

privilegia o individualismo em detrimento da coletividade, a igualdade pregada é aquela

que atende aos interesses das nações que dominam economicamente as regiões. Nessa

ótica, o mercado é o mecanismo regulador da economia e da vida social.

As propostas de reestruturação educacional neoliberais fazem com que a

educação pública funcione na mesma ótica do mercado.

Nesse sentido, a globalização de uma forma geral, acelera o processo de

massificação e alienação na medida em que promove o estreitamento das inter – relações

culturais, em nível da política e da economia, criando uma pseudo – idéia de que todos

têm o mesmo poder de decisão e participação do mercado. Consequentemente, isto

gerará um ser voltado para a acumulação de objetos diferentes, preocupações com

capitais, lançando as pessoas na busca desenfreada de uma realidade aparente, virtual,

sendo que essa realidade se torna um desejo nunca plenamente concretizável devido aos

avanços tecnológicos e às condições estruturais da sociedade atual, o que promoverá a

formação de aparências e não de estruturas de relação afetivo – humana, isto gerará

grandes exclusões sociais.

A realidade do Brasil, historicamente, desde o seu princípio, vive profundas

contradições sociais, reflexos do colonialismo, imperialismo e, atualmente, da falsa

globalização do mundo.

Frente a esta realidade, cabe nos perguntar como é ser cidadão no Brasil. A falta

de consciência dos deveres e direitos, promovida muitas vezes pela própria família,

escola e comunidade, deve nos elevar à complexas e profundas discussões para tomadas

de decisões concretas e práticas, na construção de uma nova nação.

Os meios de comunicação social, pela abrangência que atingem, devem expressar

os interesses da sociedade e não de classes privilegiadas, transmitindo valores,

conceitos, formação e informações despidas de preconceitos e mobilismo que acarretam

na formação de sociedades fragmentadas e desumanas. Esta nova sociedade proposta

deverá aprender a respeitar as individualidades e a conviver com as diferenças, rumo a

uma evolução humana, política, econômica e social.

Frente a essa realidade a qual nos encontramos e tendo em vista a condição de

cidadão, pode-se ir muito além do que as circunstâncias sugerem, buscando soluções

para uma revalorização do ser humano, ou seja, promover a emancipação humana.

Mediante o acesso ao conhecimento de forma total e dialética que possibilite a

compreensão do real.

O desequilíbrio sócio – econômico

Há enormes desigualdades sociais entre os brasileiros. Apenas uma minoria pode

usufruir de condições adequadas de alimentação, saúde, moradia, ao contrário do que

ocorre nos países desenvolvidos.

Em relação à alimentação e a saúde, uma grande porcentagem da população

brasileira é desnutrida ou passa fome. A desnutrição e a subnutrição, que atingem parcela

considerável dos brasileiros, decorrem da baixa renda familiar, insuficiente para a compra

de alimentos indispensáveis à manutenção de boa saúde. A pobreza atinge milhões de

brasileiros.

Segundo o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) do Ministério do

Planejamento, cerca de 50 milhões de brasileiros vivem abaixo da linha da pobreza. Mais

da metade desse total encontra-se no Nordeste.

Os serviços públicos de atendimento à saúde são insuficientes para o grande

número de pessoas carentes, que também não têm condições de comprar os

medicamentos, em razão de seu alto preço. Por conseguinte, tanto o aspecto saúde como

alimentar estão estreitamente vinculados às desigualdades econômicas da população,

que por sua vez, resultam da má distribuição da renda no Brasil.

As condições precárias de alimentação e saúde são responsáveis pelos altos

índices de mortalidade infantil. Em cada grupo de 1.000 crianças vivas e com menos de

um ano de vida morrem 30 no Brasil, enquanto no Japão, Canadá, França e Portugal

morrem apenas 5. Segundo o Ministério da Saúde, das crianças com até 5 anos de idade

que morrem no Brasil, metade dessas mortes acorrem por causas relacionadas com a

desnutrição.

A média de vida dos brasileiros é de 71 anos.

A educação, como mostram dados do Inep, ONU e IBGE, é outro indicador

importante para avaliar o grau de desenvolvimento de uma região. Nesse aspecto, o

Brasil mostra também uma situação de atraso em relação aos países ricos e, ao mesmo

tempo, profundas desigualdades entre as diferentes regiões e classes sociais.

Segundo o PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, 2005),

número de analfabetos no Brasil é ainda muito grande, cerca de 11,6% da população com

15 anos ou mais é analfabeta, o que coloca o país em 91º lugar no ranking mundial. Nos

países desenvolvidos, a taxa de analfabetismo é inferior a 5%. Na América Latina, alguns

países têm taxas bem menores, Uruguai 2%, Argentina 3%, Chile e Costa Rica 4%. Os

contrastes são maiores quando se analisa a situação das diversas regiões brasileiras. A

situação desfavorável do Nordeste em relação às demais regiões, onde há o percentual

de 24,3% analfabetos entre as pessoas de 15 anos ou mais, contra cerca de 7,1% no Sul

e 7,5% no Sudeste, nas regiões Norte e Centro – Oeste, 11,2% e 10,2% respectivamente.

Contudo, quando se leva em conta a cor, percebe-se também o desnível entre a

população branca e amarela (92,3% são alfabetizados) e a população negra e parda

(83,4%). As condições de moradia da população brasileira revelam disparidades entre as

classes sociais. A urbanização crescente, com o êxodo em massa da população rural às

cidades, tem agravado o problema habitacional do Brasil, especialmente nos grandes

centros. As famílias de baixa renda têm condições precárias ou até subumanas de

habitação. Os baixos salários, as altas taxas de desemprego, o subemprego levam à

multiplicação das favelas nas periferias urbanas.

Segundo dados do IBGE (2005) há mais de 16.433 favelas no Brasil. São Paulo é a

cidade onde há maior número de favelas 612, seguidas por Rio de Janeiro, onde há 513 e

Fortaleza, na terceira colocação, com 157 favelas. Curitiba aparece na 5a colocação com

122 favelas. (IBGE, 2005).

O problema agrava-se com as péssimas condições de saneamento básico (água,

esgoto, coleta de lixo), higiene, segurança, entre outros. A má qualidade de vida contribui

para a proliferação de doenças, da violência e de outros males que afligem principalmente

as populações mais pobres. Tudo isso se relaciona com a enorme desigualdade na

distribuição da renda no Brasil.

O Brasil, segundo dados do Banco Mundial, é um dos países que apresentam

maior concentração de renda do mundo. Isso significa que grande parte da renda está

concentrada na mão de poucos. Há uma grande distância entre os mais ricos e os mais

pobres, 10% dos lares mais ricos do Brasil têm 70 vezes a renda dos 10% mais pobres.

Essa desigualdade na distribuição da renda ocorre também entre os diferentes

grupos étnicos. Os brancos ganham em média 1,49 vez mais que os negros (R$ 406,53 e

R$ 162,74 mensais, respectivamente). O Estado do Brasil com maior desigualdade de

renda entre brancos e negros é o Rio de Janeiro. (Banco Mundial, 2005).

A renda per capita do brasileiro (total da renda nacional dividido pelo número de

habitantes) passou de R$ 7.349 para R$ 7.360.

No Brasil, quase um terço da população vive com até meio salário mínimo. Em

termos absolutos são cerca de 49 milhões de pessoas. Se acrescentar ao grupo as cinco

milhões de pessoas sem rendimento, chega-se a 54 milhões dos que podem ser

considerados pobres. Também dentro do país as diferenças são acentuadas: no

Nordeste, a proporção de pessoas que vivem com até um salário mínimo é de 51%,

enquanto no Sudeste não chega a 18%. (Banco Mundial, 2005).

As precárias condições sociais e econômicas da maioria da população brasileira

explicam porque o Brasil, que já foi classificado como um país de alto desenvolvimento

humano, foi rebaixado para médio, ficando no 65º lugar, no ano de 2005, quando se

considera o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Esse índice proposto pela ONU

permite avaliar a qualidade de vida da população de cada país. Para isso, leva em

consideração não apenas a renda per capita, mas também a esperança de vida, a taxa de

alfabetização e o número de anos de escolaridade. A esse respeito, o Brasil coloca-se em

posição inferior a vários países da América Latina, como Uruguai, Argentina, Venezuela,

Chile, Cuba, México, Costa Rica, mas na frente de Venezuela, Peru, Paraguai e Equador.

A posição é desconfortável, mas mostra um crescimento em relação ao ano de 2004,

quando o país foi classificado como o 73º país no ranking. (ONU, 2005).

A cidade de Curitiba, em relação aos seus aspectos sociais, tem uma população

com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,856, considerado mediano; a

expectativa de vida é de 71,6 anos (igual à da Hungria), com uma taxa de alfabetização

de 96,6%, superior à taxa do Brasil, que é 88,4% de alfabetizados. A mortalidade infantil

na cidade é de 12 crianças por mil nascidas vivas, muito melhor que a média brasileira.

O modo de como a sociedade está organizada determina o tipo de educação, por

isso a prática escolar sofre a influência dessa realidade econômica e social do Brasil, pois

a escola não é neutra, ela reflete a organização social vigente, reproduzindo e

consagrando a desigualdade social.

4.1 ANÁLISE DAS CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA

PRÁTICA PEDAGÓGICA

A prática escolar sofre as determinações da sociedade através das pressões e das

forças políticas educacionais, das diretrizes curriculares nacionais, das exigências dos

pais, as quais interferem na dinâmica escolar e se confrontam com todo movimento social

no interior da escola.

Devido à realidade que estamos vivendo, a escola que temos está inadequada em

se tratando de sua estrutura física, pois temos salas sem fechaduras, com goteiras, sem

vidros nas janelas, sem local apropriado para a exposição de trabalhos, com quadros de

péssima qualidade; os banheiros são escuros e fétidos devido a pouca ventilação, bem

como o local onde os alunos têm para lavar as mãos e beber água, têm seus ralos sujos e

quebrados, com azulejos partidos; o banheiro dos professores possui portas que mal

fecham, com largas frestas, azulejos faltando, assento do vaso sanitário quebrado, entre

outros; a sala dos professores é pequena para comportar todos os professores, inclusive

com falta de cadeiras, armários; a secretaria também possui um espaço muito pequeno

para os serviços que ali são desenvolvidos e pela quantidade de material que acomoda,

faltando armários para guardar novos documentos de forma organizada, bem como uma

tecnologia mais avançada; a cozinha também possui um espaço reduzido, não possuindo

espaço suficiente para comportar o freezer onde é guardado o leite que é entregue aos

pais, ficando este alojado na biblioteca, o que faz com que esta tenha um fluxo de pais e

pessoas da comunidade impossibilitando o uso desta nos dias e horários de entrega.

Há falta na cozinha também de uma janela maior para a entrega do lanche e

também do leite, sem falar na pouco ventilação e espaço físico.

O terreno onde nosso colégio foi construído deveria ter sido aterrado, possibilitando

maior aproveitamento de seu espaço, no entanto não foi isto que se deu. Temos várias

escadas, rampas danificadas com grandes buracos, que impossibilitam acesso de

portadores de necessidades especiais, grandes degraus, que mais parecem

arquibancadas, além do que os alunos que estão no pátio têm acesso a algumas turmas

por meio das janelas, o que atrapalha o rendimento das aulas. Temos espaços não

aproveitados, barrancos, quadra toda esburacada e não coberta, sem arquibancada e

sem preparação para jogar basquete, vôlei e nas traves faltam as redes. Os portões, bem

como os muros do Colégio estão danificados. A escola inteira necessita de uma pintura e

colocação de lixeiras.

Portanto, para inclusão a nossa escola está inadequada, devido a falta de estrutura

física, banheiros preparados aos cadeirantes, entre outros, e sem condições de atender a

diversidade dos alunos, com poucos recursos humanos, materiais físicos e financeiros e

com falta de professores, que aos poucos estão chegando

Dos alunos que estudam no Colégio, muitos está com defasagem e com

dificuldade na aprendizagem, disparidade idade/série, desestrutura familiar (sem

referências, valores, limites, afetividade e com baixa auto-estima), com problemas

financeiros e com comportamentos inadequados (agressividade, sexualidade precoce,

desrespeito ao próximo).

Algumas das conseqüências da presença desses aspectos são as reprovações, as

evasões e o alto índice de desacato aos professores.

Os alunos, em sua maioria, não dão importância necessária às notas, freqüência,

aprendizado, educação para com os demais. Possuem um vocabulário chulo e agressivo.

No ano de 2006, o rendimento escolar dos alunos do Colégio José Fressato, foi

aproximadamente o seguinte:

Ensino Taxa de Aprovação Taxa de

Reprovação

Taxa de Abandono

Fundamental 78% 10% 12%Médio 54% 303% 34,5%

Como pode ser observado no quadro acima, há altas taxas de reprovação e

evasão, neste ano de 2007, estão sendo combatidas com algumas estratégias, entre elas,

palestras com psicóloga, oficinas de teatro, capoeira, entre outros.

Quanto aos casos de indisciplinas são de diversas ordens considerando tudo o que

já foi mencionado, porém os mais graves são anotados em fichas individuais e os pais

são chamados para tomar ciência e assinar. Os casos de faltas, os pais também são

comunicados e se houver persistência o Conselho Tutelar é informado imediatamente,

ocorrendo o mesmo procedimento nos casos de evasão.

Em contrapartida, há também alunos participativos, interessados, dedicados e com

ótimo desempenho escolar, que aos poucos estão saindo da escola devido ao “domínio”

daqueles ditos maus alunos.

Os professores encontram-se desmotivados, estressados, desvalorizados,

despreparados para enfrentar os problemas apresentados, mal remunerados e há

também constante rotatividade destes profissionais, em alguns casos associada à

indisciplina dos alunos.

Os funcionários estão também desmotivados, insatisfeitos com o salário e alguns

com pouca ou nenhuma formação.

Outro aspecto que dificulta o processo ensino – aprendizagem e disciplinar é a

ausência dos pais no ambiente escolar, que se faz de suma importância visto a

comunidade que atendemos com sua complexidade.

4.2 CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE

A comunidade é formada por famílias compostas de quatro a seis filhos. A renda

familiar média é de um a três salários mínimos.

Existe desestruturação familiar e as causas são as mais diversas.

É cada vez mais visível, as mães assumindo os dois papéis (pai e mãe).

Há todo tipo de organização familiar, desde famílias compostas por pais, mães e

filhos, alunos que estão sob responsabilidade da avó, da tia, da irmã mais velha, que

moram sozinhos, e aqueles que com 16 anos, que conseguiram a emancipação.

Há altos índices de alcoolismo e de envolvimento com drogas nas famílias.

As profissões mais encontradas estão ligadas a mão de obra não especializada,

sendo a maioria desempregada. O pai quase sempre é pedreiro ou ajudante e a mãe

empregada doméstica.

Meninas já no início da adolescência engravidam, trazendo para dentro de casa

mais uma criança, aumentando assim, os gastos dentro de uma família já desestruturada.

Essas meninas em sua maioria não voltam a estudar.

Em relação à escolaridade dos pais, a maioria não terminou o ensino fundamental

e muitos adultos são analfabetos.

Todos esses aspectos afetam diretamente o rendimento escolar e o

relacionamento destas crianças e adolescentes com o grupo.

As casas, geralmente são construídas pelos próprios moradores. Uma grande

parcela das famílias moram numa área de invasão próxima a escola e outras moram de

aluguel, sem condições básicas de saneamento.

A maioria das famílias possui aparelho de televisão, rádio, geladeira e fogão a gás.

Quanto aos serviços de utilidade pública, a comunidade é servida pelo transporte

urbano, limpeza, iluminação pública, correios, telefones particulares e comunitários, há

também várias igrejas e uma creche da Prefeitura Municipal de Curitiba.

A comunidade é atendida na área de saúde pelos postos de saúde São José e

Campo Comprido 24 horas.

Para os pais os maiores problemas do Brasil, nos dias de hoje, são a fome, a

violência e a corrupção. Já no bairro onde moram, os maiores problemas são a violência.

No ano de 2005, quando foi entregue o questionário aos pais e alunos como uma

das bases deste projeto, os pais julgaram que aumentar o muro e a presença da Patrulha

Escolar eram e ainda continuam (conforme conversas) sendo fatores importantes para

melhorar a segurança da escola. A implantação de mesas para os alunos lancharem (o

que no ano de 2006) e a reforma na quadra poderia auxiliar na melhora do colégio.

Ainda na mesma época (2005), a maioria dos pais achava que, naquele momento,

atividade mais importante realizada pela escola era a oficina de teatro, que estava sendo

oferecida pela escola para os alunos de 1a a 8a série, com a parceria da Volvo.

Os pais sabem que os filhos precisam estudar, mas não conseguem dar o apoio

para que tenham maior sucesso na escola. Na sua maioria, reclamam que não possuem

tempo para acompanhar as atividades escolares de seus filhos.

4.3 CARACTERIZAÇÃO DOS ALUNOS

Os alunos de 5a a 8a série, do período matutino, encontram-se em uma faixa etária

que varia entre 11 a 18 anos. A maioria dos alunos reside numa área de ocupação

próxima ao Colégio.

Os alunos permanecem a maior parte do dia na ausência dos pais ou

responsáveis.

Os altos índices de reprovação e evasão ocasionam a disparidade idade/série.

Muitos alunos estudam neste Colégio desde a primeira série do ensino

fundamental.

O sexo masculino predomina entre os alunos. A maioria não trabalha e quando não

estão na escola utilizam as horas de lazer para ir à igreja, com brincadeiras, jogando

fliperama e vídeo - game, lendo e assistindo televisão, ou simplesmente ficar nas ruas

com grupos.

A grande parte dos discentes consideram a relação entre professor e aluno e entre

direção e aluno boa, afirmam que a metodologia usada pelos professores, em muitos

casos, dificulta a sua aprendizagem.

Para os alunos, a função social da escola é ensinar. Esperam que a escola auxilie

a terem um futuro melhor. Gostariam de ter na escola uma cancha coberta e um local

adequado aos alunos.

Em relação ao que desejam para o futuro, esperam ser bem sucedidos e terem um

bom emprego.

Muitos alunos já experimentaram, por meio dos amigos, algum tipo de droga, como

cigarro, álcool, maconha, cola e solvente.

Os alunos consideram que em seu país e em sua cidade há muita violência, roubo

e vandalismo.

A maior parte dos alunos considera que o bairro não é bom para morar

por haver vandalismo, roubos, troca de tiros, drogas, violência e brigas1.

1 Dados retirados das entrevistas realizadas com os alunos no processo de construção deste Projeto, por meio de questionário individual - 2005.

4.4 AVALIAÇÃO

O sistema de avaliação realizado no Colégio José Fressato não vem obedecendo

ao disposto na legislação vigente, bem como às diretrizes pedagógicas definidas pela

Secretaria Estadual de Educação.

A avaliação que deveria ser diagnostica, contínua, permanente e cumulativa com a

finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos,

obedecendo a ordenação e seqüência do ensino, bem como a orientação do currículo, é

totalmente oposta, visto o ensino etapista que seguimos levado adiante pelo nosso

currículo.

As técnicas de avaliação, contudo, contemplam a utilização de instrumentos

diversificados tais como: testes de aproveitamentos orais (para alunos que necessitam de

algum tratamento mais individualizado – portadores de necessidades especiais) e

escritos, pesquisas, relatórios, trabalhos práticos, dinâmica de grupo, tarefas específicas,

trabalhos de criação, deixando em outro plano as observações espontâneas ou dirigidas,

discussões, dramatizações, jogos didáticos, entre outros, devendo considerar o

desempenho do aluno nas diferentes situações de aprendizagens.

Para o professor, a avaliação, que subsidiaria sua prática, como análise e reflexão

para retomada de aspectos que precisam ser revistos, ajustados ou reconhecidos,

adequando o processo de aprendizagem, não passa de mero instrumento de

classificação. Apesar de averiguar a aprendizagem, sem, contudo, haver retomada de

conteúdos.

Para o aluno, avaliação na nossa realidade escolar ou não tem sentido algum, ou

se tem é meramente de se atingir, em sua maioria, a pontuação necessária à aprovação,

não sendo, portanto, um o instrumento de tomada de consciência de suas conquistas,

dificuldades e possibilidades para reorganização de seu investimento na tarefa de

aprender.

Nesta organização, a visão da escola - indica onde se localizar e quais as

prioridades que demandam maior apoio na ação educacional – também deixa de ser

prioridade para centrar-se nas aprovações e reprovações.

Devendo ser desenvolvida através de um trabalho cooperativo entre Direção,

Corpo Docente e Equipe Pedagógica, com objetivo de analisar e debater os dados

intervenientes da aprendizagem, a avaliação perdeu sua real conotação no Fressato por

mais que se procure direcionar a pratica avaliativa para seu verdadeiro rumo ela acaba

sendo distorcida por outras inadmissíveis.

Os resultados da avaliação são expressos através de notas numa escala de 0 a 10.

É vedada uma única avaliação dos alunos e retirar nota por atitudes comportamentais,

embora nos dois primeiros bimestres tenha sido percebido muito esse fator nas práticas.

A Recuperação Paralela de Estudos destinada aos alunos de aproveitamento

escolar insuficiente, sendo paralela aos períodos letivos e proporcionada pelo

Estabelecimento de Ensino, que deve ocorrer no mesmo período de aula, após uma prova

ou trabalho, dependendo do instrumento de avaliação utilizado pelo professor, para os

alunos com aproveitamento insuficiente, e um meio que muitos professores estão

esbarrando nas orientações atuais, tentando camufla-la com outra pratica (recuperação

final). Muitos professores têm reclamado da recuperação paralela por ter que dispor de

maior cuidado na correção das provas, ao mesmo tempo em que o processo denota

tempo para que haja uma retomada de conteúdo e nova avaliação.

4.5 AVALIAÇÃO CLASSE ESPECIAL

Os alunos portadores de necessidade especiais são direcionados as classes

especiais na qual receberam atendimento adequado as suas disponibilidades. Para

adentrar em uma classe especial, o aluno passa por uma triagem e após laudo é

encaminhado a freqüentar essa nova modalidade de ensino. Nessa os alunos param de

seguir o nível seriado, seguindo agora as suas evoluções.

O Colégio avalia os alunos da classe especial de forma diagnostica, cumulativa,

conforme as necessidades de cada um.

As atividades desenvolvidas buscam minimizar as dificuldades de aprendizagem e

reafirmar o direito à educação a todas as pessoas, bem como o desenvolvimento de suas

potencialidades.

A partir dos conteúdos trabalhados, serão extraídos os critérios de avaliação,

observando as diferenças na aprendizagem e no modo de viver do grupo a que pertence.

Para cada aluno é aplicada uma metodologia de trabalho diferenciada, justamente

por compreendermos que cada indivíduo é particular e único, cada um está em uma fase

diferenciada de aquisição do saber.

O processo avaliativo contempla observação dos avanços e da qualidade da

aprendizagem obtida pelos alunos ao final de um período de trabalho. A avaliação

contínua do processo subsidia a avaliação final. O professor acompanha o aluno

sistematicamente ao longo do processo, diagnosticando o que aprendeu dos conteúdos

trabalhados.

A atividade de avaliação exige critérios claros que orientem a leitura dos aspectos a

serem avaliados. Os critérios de avaliação explicitam as expectativas de aprendizagem,

considerando os objetivos e conteúdos, a organização lógica e interna dos conteúdos, as

particularidades de cada momento da escolaridade e as possibilidades de aprendizagem

decorrentes de cada etapa do desenvolvimento cognitivo, afetivo e social, considerando

os aspectos estruturais de cada realidade.

Cabe a escola promover o ensino e a aprendizagem, contribuir para a formação de

cidadãos, responder a sociedade como testemunho social e oficial, sobre o

aproveitamento do aluno.

4.6 AVALIAÇÃO SALA DE RECURSOS

Modalidade de Educação Especial que tem como objetivo atender educandos cujo

desenvolvimento educacional requer atendimento complementar diferenciado, de forma a

subsidiar com métodos, atividades diversificadas e extracurriculares os conceitos e

conteúdos defasados no processo ensino aprendizagem.

A sala de recursos, como parte integrante da educação, constitui-se num conjunto

de recursos pedagógicos e de serviços de apoio que facilitem a aprendizagem de todos

os alunos com déficit de aprendizagem.

Ao trabalhar com a identificação de potencialidades, torna-se possível ressaltar o

sentimento de auto – estima, resultante de um trabalho bem feito, podendo dessa forma

encorajar a criança a enfrentar desafios que poderiam, anteriormente, ser intimidantes.

A sala de recursos não substitui a Classe Especial, ela é mais uma alternativa de

atendimento realizado pela Educação Especial.

É importante ressaltar, que a responsabilidade básica pelo aluno, que, freqüenta

essa modalidade de atendimento, é do sistema regular de ensino, onde o mesmo está

matriculado.

O educando a ser atendido na Sala de Recursos tanto poderá ser da escola em

que ele está matriculado, como de outras escolas das imediações.

A programação desenvolvida atende as necessidades individuais do aluno, sendo

observados os processos básico envolvidos na socialização, compreensão ou uso da

linguagem oral e escrita e/ou cálculos matemáticos, tais como a atenção, percepção,

memória, raciocínio, formação de conceitos, entre outros, em consonância com o

currículo da classe comum.

O processo avaliativo contempla a observação dos avanços e da qualidade da

aprendizagem obtida pelos alunos ao final de um período de trabalho ou num

encerramento de projeto.

A avaliação contínua do processo subsidia a avaliação final. O professor

acompanha o aluno sistematicamente ao longo do processo, diagnosticando

periodicamente o que aprendeu dos projetos desenvolvidos.

O aluno deverá freqüentar a Sala de Recursos durante o tempo necessário, sendo

desligado através de relatórios escrito elaborado em conjunto pelos professores da classe

comum e da Sala de Recursos.

4.7 CONSELHO ESCOLAR

O Conselho Escolar tem por finalidade promover a articulação entre os vários

segmentos organizados da sociedade e os setores do Colégio, a fim de garantir a

eficiência e a qualidade do seu funcionamento.

O Conselho Escolar é constituído pelo:

• Presidente: Carlos Henrique de Fresta dos Santos

• Representantes da Equipe Pedagógica:

• Titular: Camila Born;

• Suplente: Eranilde Rolin;

• Representantes da Equipe Administrativa:

• Titular: Vanice Aleixo;

• Suplente: Cleverson Nico;

• Representantes dos professores por grau e modalidades de ensino:

• Titular (fundamental): Fabiane Aparecida de Oliveira;

• Suplente (fundamental): Michele Cristina Matheus;

• Titular (Ensino Médio): Adilson José de Souza;

• Suplente (Ensino Médio): Giovana C. Dalla Palma;

• Representantes dos alunos por grau e modalidades de ensino;

• Titular: Cheiva Chawana Medeiros;

• Suplente: Alysson Felipe Azedo Antunes

• Representantes dos pais ou responsáveis por alunos regularmente matriculados, por

grau e modalidades de ensino:

• Titular: Glaci Dolores Scremim Laffites;

• Suplente: Adalton Alves Ferreira;

• Representantes da APMF:

• Lucimara da Mata Azedo;

• Maria Ap. Mariano

• Representantes da comunidade;

• Titular: Neide Silva Souza;

• Suplente: Élcio Marcos Barbosa.

4.8 CONSELHO DE CLASSE

O Conselho de Classe tem por finalidade:

• Estudar e interpretar os dados da aprendizagem na sua relação com o trabalho do

professor, na direção do processo ensino – aprendizagem, proposto pelo plano

curricular.

• Acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos.

• Analisar os resultados da aprendizagem na relação com o desempenho da turma, com

a organização dos conteúdos e o encaminhamento metodológico.

• Utilizar procedimentos que assegurem a comparação com parâmetros indicados pelos

conteúdos necessários de ensino, evitando a comparação dos alunos entre si.

Aos professores e distribuída uma ficha constando diversos aspectos a serem

analisados individualmente de cada aluno/turma, a saber, nome, do aluno, turma,

professor, série, observações, aluno destaque, baixo rendimento, atrasos, faltoso,

indisciplina, apresenta potencialidade, notas nas disciplinas. Com esse documento em

mãos os professores devem marcar com um X nos aspectos apresentados pelo aluno,

sendo que aqueles serão numerados de 1 a 8, constando legenda. Tal documento e

posteriormente devolvido pelo coletivo de professores a pedagoga que fará um

levantamento dos dados, passando-os em uma única ficha. (Exemplo Anexo I).

Com as fichas individuais dos professores em mãos e a coletiva (geral), partimos

para a reunião do conselho que ocorre na sala dos professores, discutindo sobre os

alunos problemas, bem como as possíveis soluções. Todos estes aspectos ao longo das

discussões vão sendo anotados em ata e posteriormente assinados pelos participantes.

4.9 ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS

A APMF (Associação de pais, mestres e funcionários) é um órgão de

representação dos pais, professores e funcionários do Estabelecimento de Ensino, que

trabalha em prol do Colégio em todos os aspectos.

A APMF tem por objetivo discutir, colaborar e decidir sobre as ações para a

assistência ao educando, o aprimoramento do ensino e para a integração família – escola

– comunidade.

Nossa APMF, até o fim de 2006 estava um pouco defasada, não se mostrado

interessada na realização de eventos e na melhora da escola.

Os membros nunca se apresentaram para a nova equipe pedagógica e os

professores que ingressaram no mesmo ano (2006), o que indicava estar necessitando de

algumas modificações, a fim, de se rever suas funções.

No fim do ano letivo, portanto, formou-se uma chapa única para a APMF, que foi

eleita, sendo composta por:

Presidente: Maria Aparecida Mariano;

Vice – presidente: Edson Borges Martins;

Secretária: Glaci Dolores Scremim Laffites;

2ª Secretária: Camila Born;

Tesoureira; Lucimara da Mata Azevedo;

2ª Tesoureira Marlene Miglioli;

Diretor Esportivo: Cleverson Nico;

Diretora Cultural: Ana Lúcia Theriba Bartapelli;

Diretora Social: Vanice do Carmo Aleixo;

4.9.1 CALENDÁRIO ESCOLAR

O Calendário Escolar, a ser elaborado anualmente pelo estabelecimento de ensino,

deverá atender ao disposto na legislação vigente, bem como às diretrizes emanadas da

Secretaria Estadual de Educação.

Na elaboração do Calendário Escolar participarão todos os segmentos da

comunidade escolar, devendo ter aprovação do Conselho de Escola.

O Calendário aprovado pelo Conselho de Escola deverá ser encaminhado à

Secretaria Estadual de Educação, que tomará as medidas cabíveis.

As alterações no Calendário Escolar, aprovadas pelo Conselho de Escola por

motivos relevantes, serão comunicadas em tempo hábil à Secretaria Estadual de

Educação, para as providências cabíveis.

As organizações do calendário escolares, em alguns casos, são dificultadas pelo

curto espaço de tempo que temos para elaborar e desenvolver as atividades, muitas

vezes não ocorrendo em tempo hábil. As informações chegam do núcleo e da Secretaria

como imposições de trabalhos a serem desenvolvidos em datas especificas e quase de

um dia para o outro. Para um Colégio com problemas de disciplina como o nosso. Esse

calendário imposto de fora para dentro impede um melhor planejamento e

desenvolvimento das atividades/trabalhos.

O calendário Escolar José Fressato, aprovado pela SEED neste ano letivo de 2007

consta em anexo. (anexo II).

5 MARCO CONCEITUAL

5.1 CONCEITO DE EDUCAÇÃO

A palavra educação vem do latim “educare” que significa extrair, tirar,

desenvolver. É um processo onde o homem se constitui, ou seja, é pela

educação que o homem adquire humanidade.

A educação é prática social que ocorre nas diversas instâncias da sociedade. Seu objetivo é a humanização dos homens, isto é, fazer dos seres humanos participantes dos frutos e da construção da civilização, dos progressos da civilização, resultado do trabalho dos homens. Não há educação a não ser na sociedade humana, nas relações sociais que os homens estabelecem entre si para assegurar a sua existência.(Pimenta, 1995, p. 84).

Não é um processo pronto e acabado, ocorre durante todo o transcorrer

da vida, pois não se vive isolado. A educação além de ser processual, pode ser

definida também como histórica, pois representa a história individual e

coletiva dos seres humanos.

A suposta ”natureza humana” não é um dado de partida: ela vai se construindo no espaço natural e social, bem como no tempo histórico, num processo contínuo de interação do sujeito com a natureza física e com a sociedade, numa práxis entendida como atividade atravessada por determinantes objetivos e por intencionalidades subjetivas. (Severino, 1992, p. 10).

Entende-se a educação como um processo dialético de desenvolvimento

do homem historicamente situado.

O processo educativo pode ser definido como um fenômeno social que acontece

em vários espaços, não apenas na escola, para que este processo se desenvolva é

necessário apenas que exista uma interação entre os indivíduos.

Segundo Álvaro Vieira Pinto (s/d, p. 26), “O ensino formal é o momento em que a

educação se sujeita a pedagogia (teoria da educação), cria situações próprias para o seu

exercício, produz os seus métodos, estabelece suas regras e tempos e constitui

executores especializados”. Portanto, educação não é ensino, pois é uma prática social

mais abrangente, não é sistematizada, organizada ou elaborada, ocorre em qualquer local

e nunca acaba. Já o ensino é metódico, sistematizado é um dos aspectos da educação.

Para Saviani (1992, p. 23), “se a educação não se reduz ao ensino, é certo, entretanto,

que ensino é educação e, como tal, participa da natureza própria do fenômeno educativo”.

Carlos Rodrigues Brandão (1981, p. 24), também afirma que: “A educação existe

por toda parte, é muito mais do que a escola é o resultado da ação de todo o meio sócio -

cultural sobre os seus participantes”. Assim sendo, para que ocorra a educação basta

apenas o exercício de viver e conviver.

O processo educativo, como já foi dito acima, é uma prática social, mas que

necessita de uma relação com a teoria: “A atividade teórica é que possibilita de modo

indissociável o conhecimento da realidade e o estabelecimento de finalidades para a sua

transformação. Mas para produzir tal transformação não é suficiente a atividade teórica, é

preciso atuar praticamente.” (Pimenta, 1995, p. 92) Portanto, o processo educativo

caracterizado como práxis social, a atividade teórica e prática apresentam-se

indissociáveis. Por práxis, entende-se, “Práxis é atitude (teórica e prática) humana de

transformação da natureza e da sociedade”. (Pimenta, apud Marx, 1986, s/p). A unidade

desses dois elementos pode tornar o ensino um dos caminhos para que ocorra a

mudança social, pois se pode apenas modificar o que realmente se conhece.

Para Saviani a educação trata da produção do saber, está inserida na categoria do

trabalho não-material, onde o produto não se separa no ato de produção, ou seja, a

produção e o consumo ocorrem simultaneamente. Sua especificidade pode ser definida

como sendo o conhecimento, as idéias, os valores, ou seja, todos os elementos

necessários para a formação humana. Apresenta-se como algo próprio do ser humano,

não encontrada em outras espécies.

A sociedade que se apresenta atualmente, possui como modo de produção o

capitalismo, dividida em duas classes antagônicas, a classe dominada e a classe

dominante, onde o desenvolvimento econômico define os rumos da educação. Não é

interesse da classe dominante, oferecer uma educação uniforme para todos os cidadãos,

pois pretende manter a desigualdade social vigente.

O autor Álvaro Vieira Pinto (s/d, p. 29), levando em consideração a afirmação

acima, define a educação como “Um processo pelo qual a sociedade forma seus

membros à sua imagem e em função de seus interesses”. Portanto, a educação não é

neutra está a serviço dos interesses da burguesia. A própria escola também não é neutra

e nem acessível para todos, pois aceita e reproduz a divisão social, criando uma escola

dual, sendo uma para a classe dominante e outra para a classe dominada, onde a

primeira detém melhor qualidade e melhores condições.

O conceito de educação é por natureza contraditório, pois é onde a sociedade se

reproduz, mas também pode ser definida como uma oportunidade de transformação

social. Em relação a esta última definição, quando se coloca a possibilidade para a

mudança social apenas na escola, esquece que o modo de como a sociedade está

organizada determina o tipo de educação. A educação reflete então, a organização social

vigente, reproduzindo e consagrando a desigualdade social, ela sozinha não transformará

a sociedade, pode ser apenas um caminho.

Para a educação tornar-se realmente universal, para todos e sem diferenças, ou

seja, deixar de ser um privilégio para se tornar um direito de fato, depende de vários

fatores como o modo de produção, do homem que a sociedade pretende formar, do grau

de desenvolvimento social, da participação e decisão coletiva, da importância dos

movimentos sociais, e principalmente, dos interesses dos grupos dirigentes de propiciar

esta transformação, entre outros fatores.

Para finalizar, a educação deve ser um processo de mediação para a construção

da cidadania, por esta entende-se: “A cidadania é uma qualificação do exercício da

própria condição humana. O gozo dos direitos civis, políticos e sociais é a expressão

concreta desse exercício. O homem, afinal só é plenamente humano se for cidadão”.

(Severino, 1992, p.10).

O processo de humanização, ou seja, a prática educativa deve possibilitar uma

construção efetiva do conceito de cidadania, pois são dois conceitos que devem estar

relacionados intrinsecamente. No entanto, a escola sendo uns dos meios para

transformar a sociedade mais justa, no seu interior ela também deve ser justa,

democrática, com a presença de uma gestão participativa e proporcionar a construção da

cidadania, caso contrário, será apenas reprodutora das desigualdades inerentes a

sociedade.

5.2 CONCEITO DE HOMEM

A principal diferença entre os homens e os outros animais é a forma como

historicamente vêm construindo a sua existência. Enquanto estes atendem suas

necessidades de forma repetitiva, instintiva, candidatando-se à extinção, os homens, dada

a sua capacidade ímpar de pré-conceber o que vão fazer, isto é, a consciência humana,

potencialmente pode resolver os problemas da alimentação, habitação, vestuário,

transporte, educação, de formas infinitamente recriadoras, de acordo com as suas

potencialidades e os desafios que as inter-relações e o meio foram e continuam criando

historicamente.

Só poderemos entender a história da humanidade se conseguirmos aprender

como, nos diferentes momentos históricos, os homens foram atendendo suas

necessidades básicas, isto é, como foram construindo a sua existência.

[...] o primeiro pressuposto de toda a existência humana e, portanto, de toda a história, é que os homens devem estar em condições de viver para poder ‘fazer história’. Mas para viver, é preciso antes de tudo comer, beber, ter habitação, vestir-se e algumas coisas mais. O primeiro ato histórico é, portanto, a produção dos meios que permitam a satisfação destas necessidades, a produção da própria vida material, e de fato este é um ato histórico, uma condição fundamental de toda a história, que ainda hoje, como há milhares de anos, deve ser cumprido todos os dias e todas as horas, simplesmente para manter os homens vivos. (Marx e Engels, 1987, p.39).

F. Engels por sua vez, ao discursar diante da sepultura de Marx, em 1883,

afirmava:

[...] Marx descobriu a lei do desenvolvimento da história humana: o fato tão simples, mas que até ele se mantinha oculto pelo ervaçal ideológico, de que o homem precisa, em primeiro lugar, comer, beber, ter um teto e vestir-se, antes de poder fazer política, ciência, arte, religião etc. que, portanto, a produção dos meios de subsistência imediatos, materiais e, por conseguinte, a correspondente fase econômica de desenvolvimento de um povo ou de uma época é a base [...] (Engels, s/d, p. 351).

Por outro lado, a explicitação da essencial diferença entre a forma como

historicamente os homens e os outros animais constróem a existência é fundamental, na

medida em que permite se diferencie aquilo que é considerado ‘natural’ do socialmente

construído, bem como da atuação consciente, decidida, daquela instintiva:

Não se trata aqui das formas instintivas, animal, do trabalho. [...] Pressupomos o trabalho sob a forma exclusivamente humana. Uma aranha executa operações semelhantes às do tecelão, e a abelha supera mais de um arquiteto ao construir sua colmeia. Mas o que distingue o pior arquiteto da melhor abelha é que ele figura na mente sua construção antes (destaque nosso) de transformá-la em realidade. (Marx, 1987, p. 202).

Duarte Junior (1991, p. 97), expressa esta questão da seguinte forma: “... não

sendo o homem determinado biologicamente, ele inventa a sua maneira de viver, cria a

sua realidade culturalmente”. Finalmente Berger & Luckmann (1990, p. 69) explicitam de

forma mais clara esta problemática:

O homem ocupa uma posição peculiar no reino animal. Ao contrário dos outros mamíferos superiores não possui um ambiente específico da espécie, um ambiente firmemente estruturado por sua própria organização instintiva. [...] os cachorros e os cavalos, em comparação com o homem, são muito mais restritos a uma distribuição geográfica específica [...]. Refere-se ao caráter biologicamente fixo de sua relação com o ambiente [...] vivem em mundos fechados [...]. Em contraste, a relação do homem com seu ambiente caracteriza-se pela abertura para o mundo [...]. Isto significa que o organismo humano é capaz de aplicar o equipamento que possui por constituição a uma ampla escala de atividades e, além disso, constantemente variável e em variação.

Com isso, concepção de homem é histórica e social, pois ele se produz humano

dependendo das condições existentes. Portanto, os homens não produzem a sua

existência da mesma forma, devido às desigualdades sociais (separação entre o “fazer” e

o “pensar”).

O homem precisa aprender a conviver com as contradições da sociedade, visto

que há uma ordem política, visando manter o povo ignorante do saber sistematizado e da

percepção de que se constituem classe, sujeitos históricos e cidadãos.

A luta política travada diariamente pelo saber, cultura e ensino é o modo pelo qual

o povo entra na história e se constitui cidadão. A educação que visa formar o homem

cidadão, vê o educando como produtor do saber, e não apenas como receptor.

Os estudantes são também sujeitos inseridos em uma classe social. Assim a

formação do homem deve perpassar não apenas a escola, mas o social, no real e na

escola como parte desse real, formando o homem nas relações sociais. Para que desta

forma, haja a tomada de consciência crítica da realidade escolar e social. Constituindo-se

cidadãos possam tomar parte na sociedade, participando de modo revolucionário e

articulado aos interessem que anseiam.

5.3 CONCEITO DE TRABALHO

O trabalho surge na vida dos seres humanos quando o homem começa criar

necessidades que a natureza por si só não mais satisfazia. Então, ele mesmo começa a

produzir o que necessita a fim de atender as suas necessidades.

O trabalho é uma ação intencional e planejada é uma “atividade adequada a um

fim” (Marx, s/d, p.202), pode ser definido como uma característica essencialmente

humana, pois “O homem necessita produzir continuamente a sua própria existência. Para

tanto, em lugar de se adaptar a natureza ele tem que adaptar a natureza a si, isto é,

transformá-la. E isto é feito pelo trabalho. Portanto, o que diferencia o homem dos outros

animais é o trabalho”.(Saviani, 1992, p. 21) É um processo social de criação, recriação e

transformação da natureza, no qual diferencia o homem dos outros animais.

O animal também trabalha, mas é um trabalho de adaptação, este se adapta ao

meio ambiente, é uma ação limitada para satisfazer as necessidades imediatas e

instintivas, “A atividade dos animais, em relação à natureza, é biologicamente

determinada, a sobrevivência da espécie se dá através da sua adaptação ao meio”.

(Andery, 1988, p. 11). Portanto, é inadequado usar a expressão “adaptar o aluno a

sociedade”, a educação deve visar a transformação, pois se a educação tem como

finalidade a adaptação, o educando será adaptado a uma sociedade capitalista, dividida

em classes, e principalmente, com a presença de desigualdades sociais.

O homem não quer apenas sobreviver como o animal, quer também qualidade de

vida. Por isso trabalha para satisfazer suas necessidades e continuamente está criando

novas, pois “O homem não se limita à imediaticidade das situações com que se depara,

ultrapassa limites, já que produz universalmente (para além de sua sobrevivência pessoal

e de sua prole), não se restringindo às necessidades que se revelam no aqui e agora”.

(Andery, 1988, p. 12).

Além de produzir a sua existência, em determinadas condições históricas, o

homem desenvolve idéias, valores, técnicas, métodos, instrumentos, assim, o

conhecimento é produzido socialmente mediante o trabalho.

A sociedade vigente que se apresenta no âmbito mundial é capitalista, organizada

numa divisão de classes, os capitalistas donos dos meios necessários à produção e os

trabalhadores donos da força de trabalho. São duas classes antagônicas que se

relacionam de uma maneira injusta e desigual, pois como os trabalhadores não são os

donos dos instrumentos de produção, para poderem realizar o seu próprio trabalho,

precisam vender as suas forças de trabalho para os donos da produção em troca de um

salário. Para poder adquirir os produtos do seu próprio trabalho, os trabalhadores

dependem do salário, pois se este está desempregado, ele simplesmente não tem

condições de sobreviver. Assim, a sua qualidade de vida depende do salário que recebe.

Portanto, a organização social está baseada na exploração do homem pelo próprio

homem, pois os capitalistas exploram os trabalhadores através de um acordo desigual.

Essa exploração ocorre mediante a mais valia, onde o valor a mais do salário fica com o

proprietário dono dos meios de produção no final da produção, é deste excedente que os

capitalistas obtém o seu lucro. Todos os trabalhadores são explorados, mesmo que o

trabalhador ganhe um salário alto, o proprietário também extrai o seu lucro mediante a

mais valia, como o emprego é a única garantia de vida para os trabalhadores, estes não

possuem outra alternativa, e assim a exploração continua.

Leandro Konder cita Marx em relação a esta questão da exploração do trabalho

que resulta na alienação do trabalhador “Por isso, em lugar de realizar-se no seu trabalho,

o ser humano se aliena nele, em lugar de reconhecer-se em suas próprias criações, os

ser humano se sente ameaçado por elas, em lugar de libertar-se, acaba enrolado em

novas opressões”.(Konder, apud Marx, 1981, p. 30).

Pode-se concluir então, que os homens não produzem a sua existência da mesma

forma devido a desigualdade social, pois a qualidade de vida dos indivíduos depende do

seu salário, quanto mais o trabalhador receber, terá maiores oportunidades de apropriar-

se dos bens produzidos socialmente, para garantir a sua sobrevivência.

Segundo Saviani (1992, p.22), “Dizer, pois, que a educação é um fenômeno próprio

dos seres humanos significa afirmar que ela é, ao mesmo tempo, uma exigência do e

para o processo de trabalho, bem como é, ela própria, um processo de trabalho”. Divide o

trabalho em trabalho material e não material, o primeiro refere-se a garantia da

subsistência material, por meio da produção de bens materiais, já o segundo, refere-se a

produção do saber, ou seja, toda a produção humana e o seu produto são um serviço. Há

dois tipos de trabalho não material, onde há a separação entre a produção e o consumo,

por exemplo, livros, e onde a produção e o consumo ocorrem simultaneamente, como por

exemplo, a aula.

Considerando o processo pedagógico enquanto processo de trabalho:

Não há dúvida de que o aluno é verdadeiramente o objeto de trabalho, pois é ele que é objeto da ação educativa. Como em qualquer outro processo de trabalho, o educando é quem “sofre” as ações com que se pretende alcançar o objetivo é ele, transformado (em sua personalidade viva, pela apreensão do saber), que se constituirá no produto desse trabalho, ou seja, o “aluno educado” (ou o aluno com a “porção” de educação que se pretendeu oferecer). (Paro, 1999, p. 64)

Há um elemento que diferencia o trabalho pedagógico do trabalho de produção

material, no primeiro o objeto reage a transformação apenas enquanto objeto, já no

segundo, além de ser objeto é um sujeito, este precisa estar disposto a querer aprender

para que a aprendizagem ocorra, caso contrário o aprendizado não se concretizará.

5.4 CONCEITO DE SOCIEDADE

Segundo Klein (200, p. 11), a nossa sociedade está organizada numa divisão de

classes.

Um grupo de homens donos dos instrumentos ou meios de produção, esse grupo

ou classe é chamado capitalista, porque obtém os recursos necessários à produção. O

outro grupo de homens só possuem a própria força física e mental para realizar o

trabalho.

E é em meio a essa sociedade desigual que está inserida a escola, que sofre a

mesma desigualdade.

Segundo Émile Durkeim a sociedade não é uma mera soma de indivíduos; ao

contrário, o sistema formado por sua associação representa uma realidade específica que

tem suas próprias características.

A sociedade produz a miséria e limita as condições de educação.

As crianças que estão em condição de miséria, não têm horizontes, referências

positivas, modelos. O modo que ela tem é da marginalidade, não tem assim motivação.

As pessoas nascem iguais e se tornam desiguais na sociedade. O conhecimento não é

produzido individual, mas sim socialmente, pois está sempre pautado num outro

conhecimento já produzido por diversas pessoas. Todos nós participamos do processo de

produção do conhecimento.

Para Gramsci, nem tudo o que faz parte da sociedade civil é "bom" (ela pode, por

exemplo, ser hegemonizada pela direita) e nem tudo o que provém do Estado é "mau"

(ele pode expressar demandas universalistas que se originam nas lutas das classes

subalternas). Somente uma concreta análise histórica da correlação de forças presente

em cada momento pode definir, do ângulo das classes subalternas, a função e as

potencialidades positivas ou negativas tanto da sociedade civil como do Estado.

Quando falamos de sociedade, o que temos em mente é sempre a idéia de que

homens e mulheres (seres humanos) estabelecendo relações de interdependência. Pois,

os homens não vivem isolados, mas juntos, ocorrendo à formação de agrupamentos

estáveis onde se dá o encontro do homem com o homem, estabelecendo ligações de

cooperação, luta e domínio entre os homens no interior desses agrupamentos.

Organizar é uma atividade contínua que constitui a essência da vida social. Sem

organização não há sociedade.

Quando paramos para analisar uma determinada sociedade, a primeira vista, o que

se apresenta diante de nossos olhos é nada mais, nada menos, que um conjunto de

homens desenvolvendo diferentes atividades. Aprofundando ainda mais nossa

observação, chegaremos a conclusão de que essas ações se interligam de alguma forma,

em algum momento.

O desenvolvimento da sociedade para Karl Marx tem como estrutura fator

econômico, para ele a sociedade divide-se em infra-estrutura e supra-estrutura: Infra-

estrutura é a estrutura econômica, relações de produção e peças produtivas. Supra-

estrutura divide-se em dois níveis: primeiro Jurídico - Política e segundo Ideológica.

Para Marx, forças produtivas e relações de produção é fundamental para

compreender como se organiza e funciona a sociedade. A sociedade é constituída de

relações de conflito e de sua dinâmica que surge a mudança social. Ao contrário de Marx

Weber que acredita que fenômenos como luta, conflito, revolução e exploração são

constituintes dos diversos momentos históricos e não disfunções sociais.

A escola tem papel fundamental dentro da escola, visto que pode haver cultura

sem sociedade, embora não possa haver sociedade sem cultura. Não podemos

compreender a evolução histórica da sociedade sem os grupos sociais.

5.5 CONCEITO DE GESTÃO ESCOLAR

Assim como qualquer outra instituição social, a escola é composta por

diversos setores que precisam ser organizados. Essa organização é um dos

aspectos que possibilitam que os objetivos da mesma sejam atingidos. A

organização da escola é a GESTÃO ESCOLAR, que é uma atividade

administrativa, ou seja, é a utilização racional de recursos para a realização

de determinados fins. (PARO, 2000). Está sujeita às determinações sociais e à

serviço de forças variadas. Neste sentido, “pode articular-se tanto com a

conservação do status quo quanto com a transformação social”. (Paro, 2000,

p. 123) Na primeira situação a administração mediará a exploração do

trabalho pelo capital, se mostrando extremamente conservadora. Na segunda

situação, referente à transformação social, a administração tem a ver com a

eliminação da dominação de uma pequena parte da população sobre o

restante da sociedade.

Na escola, a gestão precisa buscar os objetivos escolares e articulá-los

com as determinações emanadas dos órgãos superiores, através de um

comportamento organizacional. Os diretores escolares devem estar atentos

para que a escola não perca sua identidade e assuma uma outra puramente

econômica capitalista. Essa não é uma tarefa das mais fáceis, pois a escola

visa fins de difícil identificação e mensuração, quer devido ao seu caráter, de

certa forma, abstrato, quer em razão do envolvimento inevitável de juízos de

valor em sua avaliação.

A prática da gestão escolar deve buscar a relação entre ela e a prática

pedagógica. Essa relação acontece com uma maior consistência quando se

aplica a administração escolar na sua forma colegiada. Nesse tipo de

administração existe uma participação mais efetiva dos diferentes setores

escolares e, devido a isso um comprometimento maior destes em efetivar o

projeto político pedagógico da escola, pois todos seriam responsáveis pelo

mesmo. “Ao preservar a autonomia soa diferentes grupos que compõem a

comunidade escolar, na tomada de decisões, este tipo de administração

efetiva a co-gestão administrativa pedagógica, possibilitando a consolidação

de uma prática pedagógica progressista”. (Prais, 1990, p. 77). Deve –se

afirmar que essa não é uma prática de fácil execução se for vista a realidade

histórica da sociedade brasileira que por muito tempo foi privada de práticas

democráticas. Os cidadãos brasileiros carecem de vivências democráticas na

ordem política social maior e isso acaba sendo refletido no ambiente escolar

em situações de desordem e medo de perda de poder. A verdade é que a

sociedade não está acostumada e organizada para viver democraticamente,

mas isto é algo que a escola deve lutar.

Para que seja possível compreender o tipo de gestão própria do

ambiente escolar, torna-se indispensável o entendimento de que o trabalho em

educação deve ser tratado em termos de trabalho não material num campo em

que o produto não se separa do ato de produção. Em suma, o trabalho escolar

não é como o da fábrica em que sua administração lida essencialmente com

produtos separáveis do ato da produção. Sendo assim, fica claro que não se

pode administrar uma escola da mesma maneira que uma fábrica, empresa,

indústria são administradas.

A administração que ocorre nas empresas é a capitalista, preocupada

em organizar os recursos de todo tipo existente na instituição, buscando o

lucro e uma melhor eficiência do trabalho. Muitos acreditam que sua

aplicação pode acontecer em qualquer instituição, pois é vista com caráter

universal. Porém, o fato de vivermos numa sociedade capitalista não deve

tornar-se justificativa para que tal estrutura seja aplicada na escola sem levar

em conta as características de tal instituição. A administração capitalista

media a exploração do trabalho pelo capital e na escola essa exploração

apresenta-se na desvalorização da especificidade própria da escola e também

do professor. Se a escola utiliza as mesmas regras dessa administração ele

acaba por reforçar a relação de exploração. Sendo assim, é importante

ressaltar que “... no processo de produção material, as transformações são de

ordem puramente material; enquanto que, no processo educativo elas dizem

respeito a valores, atitudes, conhecimentos, tudo enfim que se refira à

apropriação do saber acumulado pelos homens...” (Paro, 2000, p.142). A

administração capitalista trabalha com um modo de produzir que está

fundamentado nas relações sociais de produção que se dão ao nível da infra-

estrutura econômica. Se aplicada à escola dirá descaracteriza-la de sua

condição específica de identidade pertencente à super estrutura da sociedade.

... assim, o tipo de Gestão escolar constituído à imagem e semelhança da administração empresarial se mostra incompatível com uma proposta de articulação da escola com os interesses dos dominados. Em termos políticos, os objetivos da empresa capitalista e da escola revolucionária não são apenas diferentes, mas antagônicos entre si. É que, sob o capitalismo, o fim último da empresa não é a simples produção de bens e serviços, mas reprodução ampliada do capital, através da produção da mais-valia, a que tudo o mais está subordinado, constituindo a produção de mercadorias apenas meio para atingir esse objetivo. Como a produção da mais-valia só se realiza a partir da exploração da força de trabalho, instala-se, através da gerência todo um sistema de dominação e controle do trabalhador,..., e que por tudo, é inteiramente antagônico à especificidade de uma ação educativa revolucionária, já que esta, quer pela transmissão de um saber objetivo, quer pela promoção de uma consciência crítica da realidade social, visa precisamente a servir de instrumento de superação da dominação e da exploração vigentes na sociedade. (Paro, 2000, p. 150)

Levando em consideração os aspectos apresentados, fica claro que a

escola deve ter uma gestão articulada com a especificidade da instituição e

com os interesses de todos. E isso só é alcançado se a participação de todos é

devidamente garantida e organizada. Na verdade este é um dos primeiros

passos para que a sociedade como um todo aprenda o que é democracia. “A

escola, como campo privilegiado da intervenção política e ideológica traz na

sua essência pedagógica a possibilidade de construção de novos paradigmas e

práticas que priorizem a via democrática na escola e na sociedade”. (Cardoso,

1996, p. 32). É importante ressaltar que é através de práticas democráticas

desenvolvidas no interior do ambiente escolar que o aluno encontrará

possibilidades de formar-se um cidadão social, histórico e sujeito de relações.

Uma gestão escolar que instale mecanismos de estimulação para a

participação das questões escolares não só de educadores e de funcionários,

mas também dos usuários e seus responsáveis, abre importantes caminhos de

controle democrático do Estado. “Assim os cidadãos vão conhecendo meios de

fiscalizar e exigir a concretização dos serviços que o Estado tem o dever”.

(Paro, 1999)

Dentro dessas relações, o diretor teria a responsabilidade de garantir o

bom funcionamento da escola, de forma democrática, articulando os

interesses e as funções dos diferentes setores nela situados. “Ao diretor cabe,

então o papel de garantir o cumprimento da função educativa que é a razão de

ser da escola (...) antes de ser um administrador ele é um educador”. (Saviani,

1989, p. 55). O diretor tem a função de subordinar e adequar as

determinações administrativas à finalidade educativa da escola. Nesse sentido

tornar-se-á mais educador se sua autonomia for maior, do contrário as

questões educativas estarão subordinadas às administrativas. Na gestão

democrática, o diretor não deve ter o caráter de “dono do poder”. Ele não é o

dono da escola, é um profissional que deve prezar para o funcionamento da

mesma. “O poder legítimo é aquele que se funda no consentimento dos

dirigidos, isto é daqueles em relação aos quais o poder é exercido.” (Saviani,

1989, p. 55)

A APMF, O Grêmio Estudantil, os Conselhos de Classe, Conselho

escolar, quando bem organizados e com objetivos bem definidos apresentam-

se como ótimos espaços para um caminho da democratização da escola, na

medida que podem assessorar e, dependendo do órgão, deliberar,

contribuindo na tomada de decisões.

A APMF não deve ser vista apenas como mera arrecadadora de fundos

de emergência para a escola. Este não deve ser seu único papel. Deve ser um

espaço para que a escola, através da ação conjunta de dirigentes do ensino

professores e da sociedade como um todo, discutam uma educação que atenda

aos interesses de todos. Deve ser um espaço de aproximação entre pais e

professores.

Mais do que um espaço físico para reuniões, a comunidade quer poder opinar sobre questões pedagógicas. Contando com um nível de representação local estas associações podem em cada comunidade em particular e na sociedade como um todo, iniciar um processo de discussão que culmina na formação de um saber que seja útil às camadas populares...(Bussinger, s/d, p. 55)

Se a escola realmente está comprometida com uma gestão democrática,

não pode destituir dos alunos a participação que lhes diz respeito. Através de

um Grêmio Estudantil bem organizado os alunos podem vir a exercer sua

cidadania dentro dos espaços da escola. As propostas vindas com o Grêmio

“servem para reforçar o sentimento de grupo, socializar as informações,

favorecer o surgimento de novas lideranças, estreitar a comunicação dos

alunos entre si e com os outros participantes da comunidade escolar, etc.“.

(Gracio, s/d, p. 76). Enfim, o grêmio representa um momento riquíssimo para

o desenvolvimento de cidadãos comprometidos e participantes das diversas

relações sociais.

É claro que estas não são as únicas instâncias em que a gestão

democrática pode existir, mas representam importantes aspectos a serem

defendidos pela escola na busca pela concretização de seus objetivos.

5.6 CONCEITO DE CURRÍCULO

O currículo é um importante elemento constitutivo da organização

escolar, implica a interação entre sujeitos que têm um mesmo objetivo e a

opção por um referencial teórico que o sustente. Pode-se definir currículo

como “... o conjunto das atividades nucleares desenvolvidas na escola”.

(Saviani, 1992, p. 27).

Atividade nuclear da escola é o processo de transmissão do saber sistematizado,

da cultura erudita. As escolas ultimamente estão mais preocupadas com atividades

extracurriculares (datas comemorativas), estas acabam ocupando o lugar das atividades

curriculares. As atividades extracurriculares são importantes para o processo educativo,

mas quando se caracterizam como um complemento das atividades curriculares, pois se

ocorrer o contrário perde-se a verdadeira função social da escola. (SAVIANI, 1992).

Segundo Veiga (1995, p. 26-27) o currículo precisa ser entendido como:

[...] uma construção social do conhecimento, pressupondo a sistematização dos meios para esta construção se efetive, a transmissão dos conhecimentos historicamente produzidos e as formas de assimilá-lo, portanto, transmissão e assimilação são processos que compõem uma metodologia de construção coletiva do conhecimento escolar, ou seja, o currículo propriamente dito.

É necessário viabilizar as condições de transmissão e assimilação do saber

sistematizado, e para tanto dosá-lo e seqüenciá-lo de modo que o estudante passe

gradativamente a dominá-lo. Esta é tarefa do currículo, uma escola desempenhando a

função que lhe é própria, dispondo o tempo, os agentes e os instrumentos necessários

para que os esforços do alfabetizando tenham êxito.

O currículo diz respeito à organização da instituição escolar, contudo reflete outros

determinantes exteriores à instituição, não é um instrumento neutro. O currículo passa

ideologias, e a escola precisa identificar e desvelar os componentes ideológicos do

conhecimento escolar que a classe dominante utiliza para manutenção de privilégios.

Implica uma análise crítica da cultura dominante, e da cultura popular.

O controle social é instrumentalizado pelo currículo oculto, entendido como “[...] as

mensagens transmitidas pela sala de aula e pelo ambiente escolar.” (Cornbleth, 1992, p.

56). As visões de mundo, as normas e os valores dominantes são passados aos alunos

no ambiente escolar, no material didático e nas relações pedagógicas. Estimulando com

isso, a conformidade a convenções sociais e mantendo as desigualdades socio-

econômicas e culturais. Assim:

Os processos de aprendizagem dependem de fatores externos e internos escolares, anteriores e simultâneos a tal processo. Circunstância que explica por que as funções da educação escolarizada são mais amplas que as expressas em qualquer currículo, por amplo que este pretenda ser: reprodução, seleção, hierarquização, controle etc. O currículo, às vezes, as reflete explicitamente, mas também estão nas condições dentro das quais ele desenvolve.(Sacristán, 1998, p. 90)

O contexto social tem de ser levado em consideração na constituição e trabalho

com o currículo, tendo em vista que é determinado histórica e culturalmente. Desta forma

o currículo pode tanto servir para dominação, quanto para emancipação.

Orientar a organização curricular para fins emancipatórios implica, inicialmente, desvelar as visões simplificadas de sociedade, concebida como um todo homogêneo, e de ser humano, como alguém que tende aceitar papéis necessários à sua adaptação ao contexto em que vive. Controle social, na visão crítica, é uma contribuição e uma ajuda para a contestação e a resistência à ideologia veiculada por intermédio dos currículos escolares.(Veiga, 1995, p. 29)

Faz-se mister uma concepção de currículo ampliada, com ênfase nas habilidades

básicas para que os educandos continuem adquirindo cultura. Exige uma transformação

pedagógica nos conteúdos que podem ser selecionados de diferentes campos culturais.

Transformando a cultura elaborada em cultura válida para a formação do cidadão que ao

sair da instituição escolar necessita de uma preparação básica, na qual esteja incluído o

desenvolvimento de uma consciência crítica, em razão das contradições desta sociedade

dividida em classes.

5.7 CONCEITO DE PLANEJAMENTO

Os seres humanos estão constantemente planejando a sua vida, percebe-se a presença de atos de planejar em todas as atividades humanas.

O professor também planeja todos os dias as suas aulas, no entanto é um planejamento espontâneo. Esta é a questão norteada presente neste tema, fazer o docente superar este plano espontâneo para construí-lo de uma maneira mais elaborada que vise mudanças significativas no processo ensino - aprendizagem.

“Planejar é antecipar mentalmente uma ação a ser realizada” (Vasconcelos, 1995,

p. 43) É uma ação que visa uma finalidade, ambos devem proporcionar a transformação

de uma dada realidade, como também o comprometimento da efetiva concretização do

que foi planejado. O planejamento não pode ser caracterizado apenas como um processo

reflexivo, deve ser colocado em prática para transformar o processo educativo. Entende-

se o planejamento como um processo contínuo, sua construção ocorre antes do ano

letivo, durante e depois do seu término, sendo também, constantemente avaliado.

Todos os indivíduos pertencentes a comunidade escolar devem ser responsáveis e

comprometidos por essa nova prática. Mas, o principal agente de transformação é o

docente, pois é ele que presencia as maiores dificuldades no que tange a educação, no

cotidiano da sua prática, mediante o contato com os alunos e a realidade a que

pertencem.

Um dos fatores necessários para que ocorra esta transformação é conhecer a

realidade a ser transformada, como também acreditar que as mudanças podem

acontecer. “O pressuposto fundamental de qualquer trabalho educacional é crer na

possibilidade de mudança do outro. A atividade do professor está relacionada à

transformação do sujeito – educando, se não acreditar nesta possibilidade, seu trabalho

carece de sentido”. (Vasconcelos,1995, p.33)

Portanto, o professor compreendido como um agente histórico de transformação da

realidade escolar relacionado com a realidade social, a construção do planejamento deve

ser um instrumento de trabalho para o docente, e não para os demais profissionais, para

tornar-se um projeto efetivo de intervenção da realidade. O planejamento deve ser uma

construção do professor, junto com os demais professores e também com a equipe

pedagógica, não pode ser algo que o docente receba pronto.

As competências do educador vão crescendo na mesma proporção em que vai aprendendo a transformar a sua prática pedagógica. A mera repetição – ainda que de práticas interessantes – não fazem um bom professor. Nesse sentido, o planejamento pode ser instrumento de ajuda para o seu crescimento. (Vasconcelos, 1995, p. 50)

A transformação que o planejamento pode proporcionar não pode limitar-se em

relação apenas a prática do professor em sala de aula, deve possibilitar também a

mudança da gestão escolar para uma gestão mais participativa para que todos possam

pensar e modificar a prática educativa. “Quando os participantes dos serviços e os

professores começam a ter consciência da necessidade de se organizar

participativamente para conquistar espaço dentro da escola, é sinal que são possíveis

transformações mais profundas”.(Cruz, 1995, p. 64)

No entanto, deve ser uma participação de fato e não concebida, pois “A forma

usual de camuflar o poder é exatamente a permissão de espaços isolados de

participação, enquanto concessão do poder, e não como mecanismos estruturais de

participação como construção conjunta do grupo.” (Cruz, 1995, p. 64)

O planejamento além de promover mudanças pode contribui também para a

organização do currículo, estabelecer as interações entre os professores visando a

integração curricular, racionalizar o tempo para não desperdiçar oportunidades e

atividades de aprendizagens, possibilitar maior reflexão e sistematização do professor

perante a sua prática para evitar a improvisação e o distanciamento entre teoria e prática.

Segundo Gandin (1994, p.157), “O planejamento tem que se tornar para

as pessoas (para os grupos) tão simples como o andar. Para isto, há uma

receita infalível e, ao mesmo tempo, desprezada pelas pessoas: buscar o

óbvio”. Quando o autor refere-se ao óbvio, não é no sentido de fácil de ser

descoberto, pelo contrário, para descobrir o óbvio é necessário muito estudo e

também prática. No que tange ao planejamento, o óbvio deve ser pensado em

duas dimensões em relação às técnicas, metodologias, processos e os

instrumentos do planejamento, e em relação ao conteúdo da análise da

realidade das propostas e das teorias que norteiam o planejamento, bem como

visar a relação intrínseca entre teoria e prática.

Conclui-se então, planejar para quê? Para transformar o processo

educativo, a relação entre professor e aluno, entre a equipe pedagógica e os

professores, a escola como um todo, a comunidade, a sociedade, entre muitas

outras possibilidades que a transformação possa ocorrer. “Concebemos o

planejar como uma oportunidade de repensar todo o fazer da escola, como um

instrumento de formação dos educadores e dos educandos, bem como de

humanização, de desalienação e de libertação”. (Vasconcelos, 1995, p. 51)

Para o planejamento torna-se significativo é necessário que a prática

pedagógica possua como objetivo a transformação da realidade, para

promover uma mudança qualitativa.

5.8 CONCEITO DE AVALIAÇÃO

É preciso ter em mente que a avaliação está a serviço de um modelo teórico de

educação e, portanto de sociedade, não é uma atividade neutra. “Avaliação da

aprendizagem, por ser, avaliação, é amorosa, inclusiva dinâmica e construtiva, diversa

dos exames, que não são amorosos, são excludentes, não são construtivos, mas

classificatórios”. (Pátio, 2000, p.7)

A prática atual da avaliação educacional escolar serve a um modelo social

dominante e conservador. Sendo autoritário exige controle e enquadramento das pessoas

para o equilíbrio social. A avaliação educacional acaba servindo para disciplinar as

condutas escolares e sociais.

A forma de encarar e realizar a avaliação também reflete a atitude do professor em

sua interação com a classe e sua relação com o aluno. Assim, um professor autoritário

poderá ver na avaliação uma arma de tortura ou punição para alunos apáticos ou

indisciplinados.

As provas e exames são realizados conforme o interesse do professor ou do sistema de ensino. Nem sempre se leva em consideração o que foi ensinado. Mais importante do que ser uma oportunidade de aprendizagem significativa, a avaliação tem sido uma oportunidade de resistência do aluno aos ataques do professor. As notas são operadas como se nada tivessem a ver com a aprendizagem.(Luckesi,1986, p. 23)

A definição de avaliação consiste na coleta de dados quantitativos e qualitativos e

na interpretação destes dados com base em critérios anteriormente definidos, é um

processo interpretativo, pois é um julgamento com base em padrões e critérios. Segundo

Luckesi (1986, p.31), “A avaliação pode ser caracterizada como uma forma de

ajuizamento da qualidade do objeto avaliado. Fator que implica uma tomada de posição a

respeito do mesmo, para aceitá-lo ou para transformá-lo”.

A avaliação da aprendizagem precisa ser vista como uma forma de

diagnóstico dos avanços e dificuldades dos estudantes, e como indicador para

o replanejamento do trabalho docente. Nessa perspectiva, a avaliação ajuda o

educando a progredir na aprendizagem, e o professor a aperfeiçoar sua

prática pedagógica.

Por intermédio da avaliação dos avanços e dificuldade dos alunos na

aprendizagem o professor adquire indicações de como deve encaminhar e reorientar a

sua prática pedagógica, visando aperfeiçoá-la. Com isso, a avaliação contribui para

melhoria da qualidade da aprendizagem e do ensino.

A avaliação assume dimensões mais abrangentes. Ela não se reduz apenas a atribuir notas e classificar. Sua conotação amplia e se desloca, no sentido de verificar em que

medida os alunos estão alcançando os objetivos propostos para o processo de ensino-aprendizagem. [...] Nessa perspectiva, a avaliação assume um sentido orientador e cooperativo.(Haidt, 1994, p. 286 - 287).

A avaliação deve ser um instrumento para estimular o interesse e motivar o aluno a

ter um maior esforço e aproveitamento e não como castigo, para gerar medo. Quando a

avaliação é utilizada como coação, acaba por servir para a seletividade social. Em

contrapartida, a avaliação deve desempenhar uma função estimuladora incentivando ao

estudo. “O trabalho escolar precisa ser avaliado, não como julgamento definitivo e

dogmático do professor, mas como uma comprovação para o aluno do seu progresso em

direção a noções mais sistematizadas”.(Libâneo, p. 18)

É através da avaliação diagnostica e formativa que o aluno conhece seus avanços

e necessidade e encontra estímulo para estudar. A avaliação é vista como orientadora,

pois orienta tanto o estudo do estudante quanto do professor. O propósito da avaliação

não é detectar o sucesso ou fracasso dos alunos para classificação. Mas sim, para

verificar suas dificuldades para poder indicar as intervenções mais adequadas no ensino e

planejar atividades que os ajudem a atingir níveis ou estágios mais complexos de

aprendizagem.

Para que a avaliação seja observada adequadamente, precisa também contribuir

para permanência dos estudantes das classes trabalhadoras na instituição escolar.

A avaliação, do ponto de vista crítico, não pode ser instrumento de exclusão dos alunos provenientes das classes trabalhadoras. Portanto deve ser democrática, deve favorecer o desenvolvimento da capacidade do aluno apropriar-se de conhecimentos científicos, sociais e tecnológicos produzidos historicamente e deve se resultante de um processo coletivo de avaliação diagnostica. (Passos, 1995, p. 32)

5.9 FILOSOFIA DA ESCOLA

A reflexão sistemática sobre a prática pedagógica possibilita-nos compreende-la

nas suas profundas relações, contribuindo para que o desempenho na condução do

processo de ensino e de aprendizagem tenha uma direção mais segura com base na

explicitação da realidade.

Quando se fala em realidade, estamos nos referindo à realidade humana porque

ela é produzida pelos homens que produzem e conceituam os elementos da sua realidade

atribuindo-lhes significações que têm sentido se compreendidas no interior da prática

social.

A forma como pensamos a realidade pode determinar a forma de encaminharmos

as nossas ações independe de termos consciência dessa determinação.

A realidade à qual fazemos referência é o próprio homem que precisamos

compreender para formularmos propostas pedagógicas coerentes com esse

entendimento.

A concepção pedagógica escolhida e assumida no Colégio Estadual José Fressato

é a Pedagogia Progressista, concepção esta, que parte da compreensão da realidade

humana na sua totalidade, tendo como pressuposto fundamental o caráter histórico do

homem. Sua historicidade é um conceito básico, é o foco central para compreensão da

abordagem tomada no contexto das áreas do conhecimento.

Parte-se do enfoque de que história é todo processo humano de criação da

realidade.

O homem é aquilo que ele vive e a sua forma de vida depende de como os

homens, em conjunto, estão produzindo essa vida. A este conjunto de homens

produzindo a vida de uma determinada maneira, ou seja, vivendo de uma determinada

maneira, chamamos de sociedade.

As relações que se estabelecem entre os homens, em sociedade, num esforço

conjunto de organizar o seu modo de vida, constituem a realidade.

Visto dessa forma, resgata-se a historicidade do conteúdo (resultado da

experiência humana), pois este, é temporal, tem um ritmo histórico dependendo do projeto

de sociedade em que se insere. No entanto, estas reflexões não podem ser deslocadas

da função social dos conteúdos curriculares. O conteúdo é a categoria de análise por

excelência para a organização curricular.

É no cotidiano que se efetiva a história, podemos dizer que é no momento em que

o currículo se faz ação na sala de aula que podemos ver a intencionalidade da proposta

pedagógica. Ressalta dessa afirmação um elemento fundamental para que essa

intencionalidade do ato de ensinar se efetive no processo pedagógico: a mediação do

professor como articulador entre a prática social global e a experiência social do aluno.

É na sala de aula que constatamos a intencionalidade do ato de ensinar, onde o

professor tem a função social de possibilitar ao aluno a aquisição dos conteúdos

selecionados pela escola e que representam a experiência humana que o aluno não

conhece. Essa mediação é essencial no processo de ensino e de aprendizagem para que

a aquisição dessa experiência humana se dê na forma de compreensão do processo

humano de produção da realidade. É através do contato imediato do aluno com o

professor que se processa essa mediação.

A educação escolar representa a possibilidade de apropriação dos fatos humanos

gerados no interior da prática social global compreendendo como ocorre esse processo.

A escola é a instância que procede à mediação entre o cotidiano do aluno e a

prática social global, é no interior dela que a educação escolar irá se efetivar.

Se o homem é a síntese das relações sociais, nada há nele que não tenha origem

nas suas relações sociais.

À escola cabe, como instituição responsável pela educação formal, cumprir a

função social de possibilitar ao aluno o exercício das relações humanas que não estão ao

seu alcance, pois é no exercício dessas relações que a aprendizagem se realiza.

No processo pedagógico, o exercício dessas relações deverá constituir-se no

fundamento básico desse processo: no ambiente da sala de aula (ambiente de relações

humanas), aquele que ensina (professor) deverá instigar o raciocínio daquele que

aprende (aluno), propondo questões que possam levá-lo a refletir sobre os conteúdos

propostos, questionando, investigando, desenvolvendo a sua capacidade de

compreensão dos fatos humanos produzidos na prática social.

6 MARCO OPERACIONAL

6.1 PLANO DE GESTÃO

O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual José Fressato articula-se com a ação

coletiva entre a comunidade, alunos, professores e funcionários, onde todos os objetivos

estabelecidos partem de interesses comuns para o avanço qualitativo da educação em

nosso complexo escolar.

Ações estas, que passam pelas melhorias físicas da escola e se ampliam nas

melhorias do trabalho pedagógico, aqui, mais claramente, a organização da Proposta

Curricular de modo articulado, não etapista, buscando a formação verdadeira do ser

critico-reflexivo, utilizando para tanto uma avaliação de cunho diagnostico.

O Conselho de Escola enquanto órgão máximo de direção define todas as ações

necessárias para o desenvolvimento do processo educativo, desde aplicação de verbas

até decisões que impliquem em qualidade do processo ensino – aprendizagem.

É o Conselho de Escola que rege todo o funcionamento escolar e promove a

articulação entre os segmentos da comunidade, efetivando o seu envolvimento através de

seus representantes.

Durante a atual gestão administrativa os objetivos giram em torno de atividades

que envolvam a participação da família e a sua integração com a escola.

Os pais participam de reuniões ao longo do ano letivo, que possibilitam o

acompanhamento do desenvolvimento do seu filho, participam também de eventos

promovidos pelo colégio que lhes permite maior entrosamento no processo pedagógico

(palestras, festividades, exposições e apresentações elaboradas pelos professores com

alunos – danças, teatros, entre outras atividades).

Com esse Plano de Gestão será enfocado a reflexão, a decisão conjunta e a

interação, bem como o comprometimento com a melhoria e a inovação.

Dentre as metas estabelecidas está o compromisso permanente com a qualidade

do ensino, as quais implicam em aquisição de materiais didáticos atualizados,

equipamentos necessários para as atividades escolares (televisores, equipamentos de

som, substituição de mobiliário com vida útil vencida, melhorias no espaço físico e

adequação de ambientes). Quanto as melhorias do espaço físico, prevê-se a reforma da

quadra de esportes, a construção de mais uma sala de aula, a pintura externa e interna

do colégio e a ampliação do muro externo.

Também é meta estabelecida a dinamização da atuação da APMF, onde pais,

professores e funcionários têm participação efetiva nas decisões.

A valorização do professor e funcionário, respeitando a sua individualidade e

também uma preocupação constante, pois o profissional que é incentivado trabalha com

mais motivação e sua dedicação é efetiva.

Para melhorar a qualidade do processo ensino – aprendizagem seria necessário

mudanças, entre elas, há algumas que não dependem exclusivamente da escola, mas

também do Sistema Estadual de Educação:

• Possibilitar que a recuperação paralela, como está na lei das Diretrizes e

Bases da Educação 9394/96, realmente aconteça, disponibilizando salas de

aula e professores;

• Solicitar à SEED que efetive a organização das equipes multidisciplinares

nos NRES para atendimento de alunos;

• Encaminhar em caráter de urgência, projetos de adaptação do espaço

escolar para deficientes físico, com rampas, banheiros adaptados,

corrimões e o aperfeiçoamento dos profissionais para atender os alunos de

inclusão, com mais qualidade. Do mesmo modo, se fazem necessários

projetos para pintura e reforma deste estabelecimento de ensino;

• Projeto de melhoria do acondicionamento e local de entrega do leite;

• Desenvolvimento e efetivação de novas propostas para melhoria da qualidade de

ensino e disciplina junto com o coletivo da escola;

• Busca de recursos e licença junto a FUNDEPAR para a cobertura e reforma da quadra

poliesportiva;

• Desenvolvimento de um projeto de educação ambiental e paisagismo, tornando os

espaços melhores dimensionados, bem como de uma horta;

• Projeto de leitura;

• Projeto de reforma elétrica e manutenção da rede de esgoto;

• Projeto de criação do Laboratório de Física, Química e Biologia e notificação de

abertura à SEED;

• Desenvolvimento conjuntamente a Unidade de Saúde do Bairro, a APMF, Conselho

Escolar, Patrulha Escolar, Representante Comunitário de projetos que busquem

desenvolver palestras e dinâmicas variadas abordando uma gama de assuntos

pertinentes a nossa escola e comunidade.

• Desenvolver projetos junto à APMF e ao Conselho Escolar, proporcionando aos

alunos feiras, amostras culturais, oficinas diversas, gincanas, campeonatos,

garantindo a participação de nossos alunos nos diversos eventos esportivos ofertados

pela mantenedora (SEED).

• Fortalecer parceria com Posto de Saúde, propondo palestras, abordando os seguintes

temas: Sexualidade, Prevenção do uso de drogas, Prevenção de cáries (escovação e

aplicação de flúor) e com a UNICENP, que disponibiliza profissionais para

acompanhamento psicológico de nossos alunos;

• Proporcionar melhor direcionamento aos equipamentos e demais utensílios que fazem

parte do patrimônio escolar e que se encontram danificados, buscando junto aos

órgãos competentes maneiras de solucionar nosso problema de espaço e/ou

arrumação dos mesmos, pois ficam expostos ao tempo.

6.2 PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADA

Na Lei de Diretrizes e Bases, a formação de professores é um tema chave.

Segundo a lei: “a formação de docentes para atuar na educação básica, far-se-á em nível

superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos

superiores de educação ...”. (art. 62); nas disposições transitórias (art. 87), dispõe que a

partir de 2007, “somente serão admitidos professores habilitados em nível superior ou

formados por treinamento em serviço”.

Melhorar e garantir a qualidade da educação é um grande desafio, principalmente

no que se refere à formação do professor. O crescimento profissional do professor é um

processo permanente que envolve a formação e reflexão. Este processo abrange suporte

metodológico, científico e profissional e depende do trabalho de cada um num contexto

coletivo.

A qualidade na educação depende também de profissionais qualificados e

principalmente, compromissados com a tarefa de ensinar, que busquem o

aperfeiçoamento visando a melhoria do processo ensino – aprendizagem bem como a

sua qualidade de vida. Para isso há de se investir nos professores. Uma formação que

valorize a prática no sentido de conduzir à análise e à reflexão, concebe o professor como

um profissional crítico e reflexivo, tendo como ponto de partida o real, seus

conhecimentos já adquiridos e dominados, suas experiências. A formação do educador

demanda um processo de constante reflexão, sistematização e avaliação da prática

educativa.

“Não basta entendermos a aprendizagem somente a partir de quem aprende,

importa entendê-la, igualmente, na atuação daquele com quem se aprende ...“. (Marques,

1992, p.203).

A escola, como hoje está posta, exige profissional competente no sentido

ético e pedagógico. A função de formar cidadãos nos cobra a obrigatoriedade

de vivermos o termo “cidadania” em sua amplitude e sobre tudo no sentido de

indivíduos participantes do processo de formação humana e de aprendizes no

processo de ensinar.

No Colégio Estadual José Fressato o objetivo é ampliar horizontes e oportunidades

para os profissionais que aqui trabalham, nesta perspectiva, os professores participam de

cursos, palestras, seminários, grupo de estudo, sempre que houver a oportunidade e a

necessidade, a fim de que o processo de ensino e aprendizagem, que hora esbarra no

tradicionalismo, não buscando, de forma ampla, concreta, contextualizar os

conhecimentos, desenvolver alunos críticos, possa se reverter nessa prática tão almejada,

oposta a em questão. As avaliações escritas e trabalhos devem superar a cópia, o

moderno recorta e cola da internet, para a leitura e sistematização das opiniões e

assimilações críticas dos alunos.

Com a concretização do Paraná Digital ma Escola, as horas atividades poderão ser

melhoras direcionadas, desde que professor e equipe pedagógica trabalhem num mesmo

rumo e na organização e melhoria do processo de ensino – aprendizagem, sem desvios

de objetivos.

7 AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

A avaliação do Projeto Político Pedagógico acontecerá anualmente, durante o

processo pedagógico, com a participação da comunidade escolar.

Este processo de avaliação é extensivo aos componentes do Conselho de Escola e

APMF, que representam o elo entre o cotidiano da escola e as necessidades da

comunidade; exige trabalho coletivo e participação efetiva para decidir os rumos da escola

e possibilitar que todos se envolvam e se comprometam com os encaminhamentos

pedagógicos (pais, professores e alunos), trabalhando por um anseio comum, por uma

escola de qualidade, planejando, realizando e acompanhando as ações, revendo o que

não deu certo, alterando os encaminhamentos dos trabalhos que necessitarem de

reformulações, sempre retornando aos objetivos propostos, visando à melhoria dos

resultados.

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