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1) De acordo com estudos em sala complete o sentido abaixo: As línguas possuem as chamadas____________________________________. São locuções ou frases de sentido figurado, consagradas pelo uso, cujo significado, portanto, não pode ser entendido “ ao pé da letra”. Variam de região para região. 2) O conto é um genro textual que apresenta a tipologia narrativa. Qual a diferença entre um conto e um conto fantástico? ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 3) Qual diferença entre tempo psicológico e tempo cronológico em uma narrativa? ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ Leia o texto abaixo: Ao perdedor, as latinhas Nem a mais visionária das mães-dinás poderia imaginar: o ofício de catador de latinhas tornou-se uma profissão como outra qualquer. Com os ecos da crise econômica se abatendo sobre todos nós, o zé-povinho precisa usar a criatividade para continuar vivo ou, pelo menos, emitindo alguns, ainda que mínimos, sinais vitais. Resultado: à Lavoisier, o lixo metálico produzido pelas classes A, B, C e D ajuda a comprar brioches para alimentar a classe Z, aquele lumpesinato que cada vez aumenta mais de consistência e volume nas grandes e pequenas cidades do país. Carnaval é festa esperada com ansiedade por essa nova categoria de profissionais que os IBGEs da vida ainda não catalogaram. Nada mais justo: nesse período, de alto consumo de produtos armazenados em invólucros de alumínio, tiram o pé da lama. E o que se viu por aí, pelas ruas do país, foi um aguerrido exército, sempre à espreita para catar aquela latinha que, COLÉGIO SHALOM Ensino Fundamental 9º Ano Profª: Lauciene Lopes Redação Aluno (a): ____________________________. No. _____ Trabalho de recuperação 1º semestre 2015 Valor: 30% Nota:_____

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ão

1) De acordo com estudos em sala complete o sentido abaixo:

As línguas possuem as chamadas____________________________________. São

locuções ou frases de sentido figurado, consagradas pelo uso, cujo significado, portanto,

não pode ser entendido “ ao pé da letra”. Variam de região para região.

2) O conto é um genro textual que apresenta a tipologia narrativa. Qual a diferença

entre um conto e um conto fantástico?

______________________________________________________________________________

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3) Qual diferença entre tempo psicológico e tempo cronológico em uma narrativa?

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Leia o texto abaixo:

Ao perdedor, as latinhas

Nem a mais visionária das mães-dinás poderia imaginar: o ofício de catador de latinhas

tornou-se uma profissão como outra qualquer. Com os ecos da crise econômica se abatendo

sobre todos nós, o zé-povinho precisa usar a criatividade para continuar vivo – ou, pelo menos,

emitindo alguns, ainda que mínimos, sinais vitais. Resultado: à Lavoisier, o lixo metálico

produzido pelas classes A, B, C e D ajuda a comprar brioches para alimentar a classe Z, aquele

lumpesinato que cada vez aumenta mais de consistência e volume nas grandes e pequenas

cidades do país.

Carnaval é festa esperada com ansiedade por essa nova categoria de profissionais que os

IBGEs da vida ainda não catalogaram. Nada mais justo: nesse período, de alto consumo de

produtos armazenados em invólucros de alumínio, tiram o pé da lama. E o que se viu por aí,

pelas ruas do país, foi um aguerrido exército, sempre à espreita para catar aquela latinha que,

COLÉGIO SHALOM

Ensino Fundamental – 9º Ano

Profª: Lauciene Lopes – Redação

Aluno (a): ____________________________. No. _____

Trabalho de

recuperação 1º

semestre 2015

Valor: 30% Nota:_____

displicentemente, alguém acabou de jogar no chão.

Não existe limitação de idade para o exercício da profissão de catador de latinhas. Também

não exige formação específica, nem o ensino fundamental completo, nem rudimento de

alfabetização. O básico para se tornar exímio profissional do setor é aquela condição humana

que nos leva a fazer seja lá que diabo for para não virar comida de abutres.

Salvador, no Carnaval, uma das maiores usinas de geração de latinhas de cerveja e

refrigerantes do planeta, é a Meca, o lugar ideal, a cidade dos sonhos de todos esses valentes

profissionais que vivem das sobras do lixo ocidental: a Las Vegas deles.

Os catadores de latinhas podem ser família completa: pai, mãe e muitos filhos, todos

imersos na faina diária de coletar o maior número possível de peças de alumínio para revenda.

Ao final de suada semana de trabalho, podem faturar talvez R$5, talvez R$10, o que pode

parecer pouco para gente como a gente, que está na base da pirâmide invertida, também

conhecida como elite. Para eles, não. Serve ao menos para adiar a morte por fome, bala ou

vício.

No Carnaval de Salvador, o espaço nobre para os catadores de latinhas é aquele, virtual,

criado entre a passagem de um bloco de trio e outro. Em ritmo de emboscada, espremidos entre

as paredes dos prédios e a multidão que saracoteia ao redor, mergulham sem medo no lixo

alumínico recém-jogado e enchem muitos sacos com as cobiçadas peças.

Ser catador de latinhas pode parecer fácil, mas não é. OK., não precisa de exame

vestibular. Muito menos daquela série de documentos que se costuma exigir quando somos

admitidos em algum emprego. Mas o exercício dessa profissão requer rapidez, agilidade,

disposição física, fôlego e certo estoicismo. Afinal de contas, não deve ser muito reconfortante

para o ego viver das sobras do lixo produzido por outros homens, aparentemente tão filhos de

Deus quanto.

De qualquer forma, não será de todo absurdo se, da próxima vez que perguntarmos a

alguma criança da periferia das metrópoles o que gostaria de ser quando crescer, ouvirmos:

“Quero ser catador de latinhas, tiô!”

(Rogério Menezes, Revista Época de 19 de março de 2001)

4) Assinale a ÚNICA alternativa que NÃO corresponde às ideias apresentadas pelo

autor.

A) As pessoas são levadas a catar latinhas para não morrer de fome.

B) A luta pela sobrevivência nas cidades fez surgir uma nova profissão: catador de

latinhas.

C) Catar latinhas é uma profissão rendosa, pois permite aos seus profissionais comprar

brioches.

D) É humilhante precisar catar latinhas para sobreviver.

5) Neste texto, o autor critica :

A) as pessoas que jogam latinhas de cervejas ou refrigerantes no chão, sujando as

cidades.

B) a desigualdade social, fazendo com que algumas pessoas tenham que viver do lixo

produzido por outras.

C) o alto consumo de bebidas durante o Carnaval, gerando um aumento excessivo de

lixo metálico.

D) o fato de o zé-povinho catar latas na rua, atrapalhando a imagem do país no exterior.

6) Assinale a ÚNICA alternativa em que a palavra ou expressão em destaque NÃO está

adequadamente interpretada de acordo com seu sentido no texto.

A) “...pai, mãe e muitos filhos, todos imersos na faina diária de coletar o maior número

possível de peças de alumínio...” (linhas 19-20) = trabalho

B) “Nem a mais visionária das mães-dinás poderia imaginar: o ofício de catador de

latinhas tornou-se uma profissão...” (linhas 1-2) = videntes

C) “Resultado: à Lavoisier, o lixo metálico produzido pelas classes A, B, C e D ajuda a

comprar brioches para alimentar a classe Z...” (linhas 4-5) = nada se perde, mas se

transforma

D) “...não será de todo absurdo se, da próxima vez que perguntarmos a alguma criança

daperiferia das metrópoles...” (linhas 33-34) = vizinhança

7) Assinale a ÚNICA alternativa em que as palavras ou expressões NÃO denunciam as

condições sub-humanas dos catadores de latinhas:

A) profissionais que vivem das sobras do lixo ocidental. B) categoria de profissionais que os IBGEs da vida ainda não catalogaram. C) classe Z.

D) aguerrido exército.

8) Cite e explique as partes estruturais de um conto.

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9) Para responder as questões, leia atentamente os textos a seguir:

Texto 1 Livro da vida

Um projeto de cinco anos vai recolher amostras

de DNA de 100 mil pessoas dos cinco continentes para

contar a história da colonização do planeta. A iniciativa

de US$40 milhões, pagos pela IBM e pela National

Geographic, vai usar a genética para traçar o processo

migratório que começou

na África, há pelo menos

60 mil anos. Por US$

100, qualquer pessoa

pode doar seu DNA para

análise. A Universidade

Federal de Minas Gerais

será um dos dez centros de coleta do Projeto

Genográfico. A maior resistência é dos grupos

indígenas, que temem o uso indevido das amostras de

seu sangue. A partir desse banco de dados genético

devem surgir respostas para questões como: qual a

população mais antiga da África?, quais os primeiros

colonizadores da Índia? E até se o exército de

Alexandre, o Grande, deixou herança genética. Isto É, São Paulo, 20abr. 2005.

Texto 2 Felicidade

[...] Felicidade é um “stop” no tempo que

guardamos na memória. E é essa memória que nos

guia para reconhecer quando ela aparece de novo.

São momentos fugazes que vivem os torcedores

diante do gol da vitória, os atletas quando rompem a

fita de chegada. Tornamo-nos um todo orgânico e

existencial.

[...] Evocamos esses momentos pelo resto

de nossas vidas. É a sensação de que os limites se

diluem. A felicidade é sempre fugaz no real e

permanente na memória. É o jogo do negativo e da

foto. O negativo pode ser revelado mil vezes, mas

nem por isso ele se perde. Folha de São Paulo. São Paulo, 22 de maio 2009. Folha Equilibrio

(fragmento)

Texto 3 Canção Excêntrica Ando à procura de espaço

para um desenho da vida.

Em números me embarço

e perco sempre a medida.

Se penso encontrar saída,

em vez de abrir um compasso,

projeto-me num abraço

e gero uma despedida.

Se volto sobre o meu passo,

E já distância perdida.

[...] Cecília Meireles. Obra poética. Rio de Janeiro: Aguilar, 1978. (Fragmento)

Texto 4

O Estado de São Paulo, São Paulo, 31 dez 2009.

Texto 5 Um certo capitão Rodrigo [...] O outono se foi, começaram as chuvas e os frios de inverno, e Rodrigo não chegava. Juvenal inquietava-

se porque já era tempo de o cunhado estar de volta. Fazia-se perguntas a si mesmo, imaginava coisas, mas não dizia

nada à irmã para não inquietá-la.

E em certos dias em que o minuano soprava, enrolada num xale e pedalando na roca (pois agora que estava

cada vez mais pesada não podia ir ajudar o irmão na venda) Bibiana pensava na avó, que costumava dizer-lhe que o

destino das mulheres da família era fiar, chorar e esperar.

Junho ia em maio quando um dia Rodrigo apareceu com a carreta. Os amigos o receberam com grande

alvoroço. Juvenal alegou-se de vê-lo, mas limitou-se a apertar-lhe a mão e dar-lhe duas palmadinhas no ombro,

perguntando apenas:

- Fez boa viagem?

Rodrigo não ouviu a pergunta. Precipitou-se para casa, entrou e tomou Bibiana nos braços, cobrindo-lhe o

rosto de beijos. Ela não pôde falar, engasgada. À vista do marido, cuja voz ouvira antes de ele entrar em casa, sentira

uma onda de Carlo tomar-lhe conta do corpo. Era como se ela voltasse à vida depois de estar morta e fechada num

túmulo; era como se o sol se abrisse de repente depois duma temporada longa de chuva e céu nublado. VERÍSSIMO, Erico.Um certo capitão Rodrigo. Porto Alegre; Rio de Janeiro: Globo, 1978,

Texto 6 Cuide-se e tenha bem mais do que quatro dias de felicidade.

Evite ficar beliscando o dia todo.

Coma mais saladas, frutas, alimentos leves e frescos, que farão com que

você fique mais disposto para a folia.

Evite alimentos cuja origem vocês desconheça, como sanduíches, caldos e

frituras de ambulantes.

Use camisinha sempre! Além de prevenir contra doenças sexualmente

transmissíveis, pode evitar uma gravidez indesejada.

Use roupas leves. (fontes: Gisele Araújo (nutricionista do Hospital Socor e João Pedro Junqueira (presidente da Associação dos Ginecologistas e Obstetras)

Texto 7 Viajando com o inimigo

Contratei uma operadora para um passeio de fim de semana a Itatitaia. Ao chegarmos, de madrugada,

ficamos sabendo que não havia vagas suficientes para nós na pousada. Um rapaz teve de dividir o quarto

com o motorista, e uma mulher que havia chegado antes e já estava instalada (de pijama e tudo) foi

retirada do quarto e posta para dormir numa van. Na manhã seguinte, o guia foi preparar o lanche para a

trilha no nosso quarto – sim, no nosso quarto – e, quando fui ao banheiro escovar os dentes, encontrei a

moça da van tomando banho lá, já que não tinha outro lugar. As confusões só continuaram: durante o

passeio ao topo dos Três Picos, o guia não conseguiu coordenar o grupo, dando informações confusas e

contraditórias. Denise, A. Viagem e Turismo. 2006.

Os textos lidos apresentam linguagem, conteúdo e estrutura diferentes, de acordo com a situação

comunicacional. Vejamos como distingui-los.

1. No texto 7, Viajando com o inimigo, uma leitora conta uma experiência de viagem nada

agradável. Trata-se de uma narrativa, já que a jovem relata diversos fatos que aconteceram em

determinado tempo e lugar, sendo ela a personagem principal.

Com que objetivo a narradora-personagem relata seus problemas com uma operada de turismo?

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2. Além do texto 7, há outro texto entre os apresentados que também relata acontecimentos

ocorridos no passado.

a) Qual texto é esse e que características o identificam como narrativo? Justifique.

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b) Compare o texto 7 com o texto que você identificou na questão anterior. Qual deles relata uma

história real, cujos fatos podem ser comprovados? _____________________________

c) Explique por que o outro texto conta uma história de ficção.

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3. Alguns textos têm como objetivo a defesa de um ponto de vista pessoal.

a) Em que texto o autor expõe suas opiniões e argumentos sobre determinado assunto em defesa de

suas ideias?______________________________________________________________________

b) Qual é o ponto de vista defendido no texto mencionado?

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4. Observe os textos 3 e 6.

a) Qual a intenção de cada um deles?

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b) Explique por que o texto 3 pode ser considerado poético.

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d) Interprete a linguagem poética empregada no texto 3.

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5. Observe o texto 1, cujo título é Livro da Vida.

a) Qual era a intenção principal do autor ao elaborar esse texto?

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b) Compare a linguagem desse texto com a do texto 7. O que eles têm de diferente?

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6. Releia o texto 4

a) Qual é o conteúdo desenvolvido pelo autor nesse texto verbo-visual?

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b) Qual era o verdadeiro objetivo do autor ao criar esse texto?

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c) Quanto à intenção, de qual outro texto a tira de Calvin mais se aproxima. Por quê?

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Observe os textos a seguir:

Texto I

Dialogo final

- É tudo que tem a me dizer? – perguntou ele.

- É – respondeu ela.

- Você disse tão pouco.

- Disse o que tinha pra dizer.

- Sempre se pode dizer mais alguma coisa.

- Que coisa?

- Sei lá. Alguma coisa.

- Você queria que eu repetisse?

- Não. Queria outra coisa.

- Que coisa é outra coisa?

- Não sei. Você que devia saber.

- Por que eu deveria saber o que você não sabe?

- Qualquer pessoa sabe mais alguma coisa que outro

não sabe.

- Eu só sei o que eu sei.

- então não vai mesmo me dizer mais nada?

- Se você quisesse...

- Quisesse o quê?

- Dizer o que você não tem pra me dizer. Dizer o que

não sabe, o que eu queria ouvir de você. Em amor é o

que há de mais importante: o que a gente não sabe.

- Mas tudo acabou entre nós.

- Pois isso é o mais importante de tudo: o que acabou.

Você não me diz mais nada sobre o que acabou? Seria

uma forma de continuarmos. (Carlos Drummond de Andrade. Contos plausíveis. Rio de

Janeiro: J. Olympio, 1985. p.70)

Texto III Já não sei o que sou, nem que faço, nem o que

Texto III

Amor aos pedaços Ingredientes 250 g de manteiga

250 g de açúcar

4 ovos

250 g de farinha de trigo

1 xícara de leite

1 colher (sopa) de fermento em pó

Raspas de limão

Preparo

Na batedeira, bata bem a manteiga junto com o açúcar. Adicione

as gemas e acrescente alternadamente a farinha de trigo, o leite,

o fermento e as raspas de limão. Por último, acrescente as claras

em neve e mexa com uma colher. Leva a mistura ao forno pré-

aquecido por aproximadamente vinte minutos. Para cobertura,

misture o suco de uma laranja, o suco de um limão e, aos

poucos, uma xícara de açúcar, até formar uma calda grossa, que

deverá ser despejada sobre o bolo assim que ele for retirado do

forno.

Texto V

Texto II a.mor: sm 1. afeição acentuado de uma pessoa por

outra; 2. objeto de afeição; 3.[...] pessoa amada; 4. zelo,

cuidado.

(Soares Amora. Minidicionário. 18ed. São Paulo: Saraiva, 2008)

desejo! Espedaçam-me mil comoções contrárias...

Há lá mais lastimoso estado! Amo-te

perdidamente e modero-me o bastante para não

desejar que sejas assim atribulado... [...] Adeus,

mais uma vez!... Escrevo-te cartas compridas!

Não tenho consideração por ti! Peço-te perdão e

ouso esperar que tenhas indulgência por esta

pobre louca, que o não era, bem sabes, antes de

ter amar. Adeus, parece-me que falo em demasia

do lastimoso estado em que me encontro. Mas, do

fundo do coração, te agradeço o desespero que me

causas e detesto a tranqüilidade em que vivia

antes de conhecer-te. Adeus! A minha paixão

aumenta a cada hora.

Ai! Quantas coisas tinha ainda para te dizer!... (Soro Mariana Alcoforado. Cartas de Amor. In: Massaud Moíses. A

literatura portuguesa através de textos, 17ed. São Paulo: Cultrix,

1988.

(Revista Veja-2008)

1. Os textos são bastante diferentes entre si, pois foram produzidos em situações diversas, com

finalidades específicas. Apesar disso, todos eles têm algo em comum. Qual é a semelhança entre

eles?

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2. O texto “Dialogo final’ apresenta frases curtas, linguagem truncada, e esse traço formal pode

estar relacionado com o conteúdo do texto.

a) Que situação, vivida pelo casal, o texto aborda?

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b) Que relação pode haver entre essa situação e o modo como as personagens travam o diálogo?

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c) O que supostamente o homem gostaria que a mulher dissesse?

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d) Qual é a verdadeira intenção do homem ao insistir nas perguntas?

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Talento Intense é um chocolate nobre e especial feito para mulheres como você: modernas, atualizadas e com

bom gosto. Além da nobreza das amêndoas, ele traz

também detalhes importantes para seu bem-estar: 55% de cacau e antioxidantes naturais. Experimente. Você

merece.

3. O título do texto III, “Amor aos pedaços”, apresenta mais de um sentido.

a) Indique ao menos dois dos sentidos possíveis.

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b) Esse título poderia ser atribuído também a quais dos outros textos? Justifique.

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4. A respeito do texto V, responda:

a) Qual é a finalidade principal do texto?

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b) Que tipo de interlocutor o texto pretende atingir, principalmente?

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c) Para convencer o interlocutor a adquirir o produto, o texto apresenta argumentos, motivos. Quais

são eles?

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d) Considerando a parte não verbal do anúncio e a frase “Intenso como as coisas do coração”, por

que o chocolate aparece envolvido por mãos masculinas, em forma de coração?

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5. Apesar de todos os textos abordarem o tema amoroso, eles constituem gêneros diferentes, pois

apresentam várias características específicas, como estrutura, linguagem, finalidade, tipo de

situação de produção, suporte, etc.

a) Qual dos textos se refere a uma situação ficcional?

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b) Qual relata experiências vividas, fatos que aconteceram na realidade?

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c) Qual ensina a fazer alguma coisa?

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d) Qual expõe ou transmite um conceito, um conhecimento formal?

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e) Qual pretende persuadir o interlocutor por meio de argumentos?

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Leia a tira a seguir.

6. A tira retrata uma situação comunicativa, e, ao fazer isso, joga com os papéis sociais dos

interlocutores. Levante hipóteses:

a) Que papel social representa o homem em pé, com um papel na mão?

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b) Que papel social representa o homem sentado?

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c) Qual era a intenção do homem em pé ao produzir seu enunciado?

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7. Observe a resposta do homem sentado.

a) Ela é coerente com o enunciado de seu interlocutor? Por quê?

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b) O texto é uma história em quadrinhos, gênero cuja finalidade é criar humor. O autor da tira, para

criar humor, pôs em destaque um dos elementos da produção dos discursos. Identifique qual é esse

elemento e explique como isso ocorre.

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8. Leia esta anedota:

Que elementos da situação de produção do discurso não foram levados em conta pelo cliente da

barbearia?

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8. Considere a seguinte situação:

Levando em conta a situação de produção do enunciado da mãe, inclusive a intencionalidade,

responda:

a) Qual o sentido da pergunta feita pela mãe na situação?

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b) Imagine outra situação em que a pergunta feita pela mãe tivesse um sentido diferente.

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Leia a 2º proposta de Redação do livro na página 90, em seguida produza o que é pedido em

uma folha e a junte ao trabalho.

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DeBom

¨6O caçador de borb

Eduardo Agualusa

Vladimir recebeu muitas prendas no Natal, entre livros, discos, legos, jogos de computador, mas gostou

s O caçador de borboletas

José Eduardo Agualusa

Vladimir recebeu muitas prendas no Natal, entre livros, discos, legos, jogos de computador, mas

gostou sobretudo do equipamento para caçar borboletas. O equipamento incluía uma rede, um frasco de

vidro, algodão, éter, uma caixa de madeira com o fundo de cortiça, e alfinetes coloridos. O pai explicou-

lhe que a caixa servia para guardar as borboletas. Matam-se as borboletas com o éter, espetam-se na

cortiça, de asas estacadas, e dessa forma, mesmo mortas, elas duram muito tempo. É assim que fazem os

colecionadores.

Aquilo deixou-o entusiasmado. Ele gostava de insetos, mas não sabia que era possível colecioná-

los, como quem coleciona selos, conchas ou postais, talvez até trocar exemplares repetidos com os

amigos.

Nessa mesma tarde saiu para caçar borboletas. Foi para o matagal junto ao rio, atrás de casa, um

lugar onde se juntavam insetos de todo o tipo. Já tinha apanhado cinco borboletas que guardara dentro

do frasco de vidro, quando ouviu alguém cantar com uma voz de algodão-doce – uma voz tão doce e tão

macia que ele julgou que sonhava. Espreitou e viu uma linda borboleta, linda como um arco-íris, mas

ainda mais colorida e luminosa. Sentiu o que deve sentir em momentos assim todo o caçador: sentiu que

o ar lhe faltava, sentiu que as mãos lhe tremiam, sentiu uma espécie de alegria muito grande. Lançou a

rede e viu a borboleta soltar-se num voo curto e depois debater-se, já presa, nas malhas de náilon.

Passou-a para o frasco e ficou um longo momento a olhar para ela.

— Agora és minha – disse-lhe. — Toda a tua beleza me pertence.

A borboleta agitou as asas muito levemente e ele ouviu a mesma voz que há instantes o

encantara:

— Isso não é possível – era a borboleta que falava. — Sabes como surgiram as borboletas? Foi

há muito, muito tempo, na Índia. Vivia ali um homem sábio e bom, chamado Buda…

Vladimir esfregou os olhos:

— Meu Deus! Estou a sonhar?

A borboleta riu-se:

— Isso não tem importância. Ouve a minha história. Buda, o tal homem sábio e bom, achou que

faltava alegria ao ar. Então colheu uma mão cheia de flores e lançou-as ao vento e disse: “Voem!” E foi

assim que surgiram as primeiras borboletas. A beleza das borboletas é para ser vista no ar, entendes? É

uma beleza para ser voada.

— Não! – disse Vladimir abanando a cabeça. — Eu sou um caçador de borboletas. As borboletas

nascem, voam e morrem e se não forem colecionadores como eu, desaparecem para sempre.

A borboleta riu-se de novo (um riso calmo, como um regato correndo, não era um riso de troça):

— Estás enganado. Há certas coisas que não se podem guardar. Por exemplo, não podes guardar

a luz do luar, ou a brisa perfumada de um pomar de macieiras. Não podes guardar as estrelas dentro de

uma caixa. No entanto podes colecionar estrelas. Escolhe uma quando a noite chegar. Será tua. Mas

deixa-a guardada na noite. É ali o lugar dela.

Vladimir começava a achar que ela tinha razão.

— Se eu te libertar agora – perguntou – tu serás minha?

A borboleta fechou e abriu as asas iluminando o frasco com uma luz de todas as cores.

— Já sou tua – disse – e tu já és meu. Sabes? Eu coleciono caçadores de borboletas.

Vladimir regressou à casa alegre como um pássaro. O pai quis saber se ele tinha feito uma boa

caçada. O menino mostrou-lhe com orgulho o frasco vazio:

— Muito boa – disse. — Estás a ver? Deixei fugir a borboleta mais bela do mundo.