COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO ENSINO ......Celem/Língua Espanhola, com 43 turmas, sendo 22 turmas...
Transcript of COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO ENSINO ......Celem/Língua Espanhola, com 43 turmas, sendo 22 turmas...
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - EFM Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro –
Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR
E-mail: [email protected]
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Projeto elaborado coletivamen-
te pela comunidade escolar do
Colégio Estadual Unidade Polo
e aprovado em Assembleia.
Campo Mourão
2018
GOVERNO DO ESTADO DOPARANÁ
CIDA BORGHETTI – GOVERNADORA
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
LUCIA APARECIDA CORTEZ MARTINS
DIRETORIA GERAL
JOSÉ CARLOS RODRIGUES PEREIRA
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
INES CARNIELETTO
SUPERINTENDÊNCIA DO DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
ANA LÚCIA DE ALBUQUERQUE SCHULHAN
CHEFE DO NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CAMPO MOURÃO
JULIANA MARTINS SENA VIEIRA DA ROSA
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO – ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E
PROFISSIONAL
ROSINEIDE DE JESUS CAETANO – DIREÇÃO
LUCIANA BARANDAS SANTINONI – DIREÇÃO AUXILIAR
SUMÁRIO
SUMÁRIO ................................................................................................................................................ 3
1.0 IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO ............................................................................... 7
1.1 Localização e dependência administrativa .......................................................................................... 7
1.2 Aspectos Históricos da Instituição....................................................................................................... 7
1.3 Caracterização do atendimento na Instituição e quantidade de estudantes ..................................... 9
1.4 Estruturas físicas, materiais e espaços pedagógicos .........................................................................10
1.5 Recursos Humanos ............................................................................................................................13
1.6 Instâncias Colegiadas ........................................................................................................................13
2.0 DIAGNÓSTICO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO .......................................................................................23
2.1 Gestão Escolar ...................................................................................................................................23
2.2 Ensino e Aprendizagem .....................................................................................................................25
2.2.1 Plano de Trabalho Docente .......................................................................................................25
2.2.2 Avaliação....................................................................................................................................31
2.2.3 Conselho de Classe ....................................................................................................................33
2.2.4 Registros da Prática Pedagógica ................................................................................................35
2.3 Atendimento Educacional Especializado ao público-alvo da Educação Especial ...............................36
2.4 Articulação entre as etapas de ensino ...............................................................................................37
2.5 Articulação entre diretores, pedagogos, professores, Agentes Educacionais I e II ...........................39
2.6 Articulação da instituição de ensino com os pais e/ou responsáveis ................................................40
2.7 Formação Continuada dos profissionais da educação .......................................................................40
2.8 Acompanhamento e realização da hora-atividade ............................................................................41
2.9 Organização do tempo, espaço pedagógico e critérios de organização das turmas .........................43
2.9.1 Ensino Fundamental – Anos Finais .............................................................................................43
2.9.2 Ensino Médio ..............................................................................................................................43
2.9.5.4 Salas de Apoio à Aprendizagem ..............................................................................................45
2.9.5.5 Sala de Recursos Multifuncional .............................................................................................45
2.9.5.6 CELEM ......................................................................................................................................45
2.9.5.7 Biblioteca .................................................................................................................................45
2.10 Laboratórios .....................................................................................................................................46
2.11 Índice de aproveitamento Escolar....................................................................................................46
2.11.1 Abandono Escolar......................................................................................................................49
2.11.2 Prevenção ao uso de álcool e outras drogas / enfrentamento às violências na instituição de ensino ...................................................................................................................................................49
2.12 Relação entre profissionais da Educação e discentes ..................................................................50
3.0 FUNDAMENTOS TEÓRICOS (MARCO CONCEITUAL) ..........................................................................51
3.1- Educação, Homem (infância, adolescência, juventude, adulto e idoso), Mundo, Sociedade e Cidadania. .................................................................................................................................................51
3.2- Formação humana integral, Cultura, Ciência, Tecnologia, Escola e Trabalho. .................................61
3.3 - Gestão escolar, Currículo (questões socioeducacionais), Cuidar e educar. .....................................69
3.4- Ensino e aprendizagem, Alfabetização e letramento, Conhecimento, Avaliação. ...........................83
3.5 - Tempo e espaço pedagógico, Educação na perspectiva da educação inclusiva e Diversidade. ......97
3.6- Formação Continuada .....................................................................................................................105
3.7 – Educação em Direitos Humanos ...................................................................................................107
3.8 – Violências, o uso de álcool e outras drogas no âmbito escolar ....................................................109
3.9 – Educação Ambiental ......................................................................................................................113
4.0 PLANEJAMENTO (MARCO OPERACIONAL) ......................................................................................117
4.1 Calendário Escolar ............................................................................................................................117
4.2 Ações Didático-pedagógicas .............................................................................................................117
4.2.1 PROEMI ......................................................................................................................................117
4.2.2 CELEM ........................................................................................................................................118
4.2.3 Sala de Recursos Multifuncional ...............................................................................................118
4.2.4 Brigada Escolar – Defesa Civil na Escola ....................................................................................122
4.2.5 Projetos desenvolvidos na instituição .......................................................................................122
4.2.6 Estágio não Obrigatório .............................................................................................................127
4.3 Ações referentes à flexibilização curricular .....................................................................................128
4.3.1 SAREH ........................................................................................................................................128
4.3.2 Ações referentes à flexibilização curricular na Educação Especial ...........................................129
5.0 PROSPOSTAS PEDAGÓGICAS CURRICULARES ..................................................................................130
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTE ...................................................................................130
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA ...........................................................................147
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR –CIÊNCIAS ................................................................................165
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – EDUCAÇÃO FÍSICA ................................................................174
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – FILOSOFIA .............................................................................189
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FÍSICA .................................................................................206
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA ........................................................................215
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – HISTÓRIA ..............................................................................233
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LEM: INGLÊS .......................................................................245
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – LÍNGUA PORTUGUESA ..........................................................273
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – MATEMÁTICA .......................................................................300
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – QUIMICA ...............................................................................323
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA .......................................................................335
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ESPANHOL – CELEM ...........................................................356
6.0 LEGISLAÇÕES ARTICULADAS AO CURRÍCULO ...................................................................................364
7.0 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ..................................365
8.0 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL .............................................................................................................366
9.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................................................368
10.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................................369
2.0 ANEXOS .................................................................................................................................374
APRESENTAÇÃO
O presente Projeto Político Pedagógico tem a finalidade de organizar,
coletivamente, o trabalho escolar do Colégio Estadual Unidade Polo, garantindo a
democratização do ensino e a formação da consciência crítica e coletiva a fim de
possibilitar ao ser humano o direito à cidadania.
A perspectiva deste Projeto é provocar as mudanças básicas em nossa escola
onde, a participação se tornará o aspecto fundamental em todo o processo de ensino-
aprendizagem, com avaliação constante para atingir as metas propostas. Não
aceitamos mecanicamente a ideia de que a escola é simplesmente o local da
reprodução da ideologia dominante e que os seres humanos são sujeitos determinados
e programados. Concebemos os seres humanos como criativos e ativos construtores
de cultura e história, por isso propomos a intervenção nos destinos escolares como
educadores responsáveis por construirmos outra história.
Sendo assim, estabelecemos o debate, a discussão e a reflexão coletiva,
envolvendo alunos, professores, funcionários, pais, direção, equipe pedagógica e
demais membros da sociedade local a fim de formularmos as
concepçõesqueembasarão as ações educativas que serão desenvolvidas por este
estabelecimento de ensino com o propósito de construir uma sociedade justa,
igualitária e democrática.
7
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
1.0 IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO
1.1 Localização e dependência administrativa
O Colégio Estadual Unidade Polo – Ensino Fundamental, Médio e Profissional
(código 00047), está situado na Rua Santos Dumont, nº 1984, centro, CEP 87303-250,
na cidade de Campo Mourão (código 0430), e-mail <[email protected]>. O
Colégio é mantido pelo Governo do Estado do Paraná e administrado pela Secretaria de
Estado da Educação encontra-se jurisdicionado ao Núcleo Regional de Educação de
Campo Mourão (código 0005).
1.2 Aspectos Históricos da Instituição
O Colégio Estadual Unidade Polo iniciou suas atividades no dia 01 de março de
1976, sob o nome de Escola Estadual Unidade Polo – Ensino de 1º Grau, atuação de 5ª
à 8ª séries, com autorização de funcionamento, através da Resoluçãonº 1968/77, DOEM
de 09/11/1977.
Em 08 de agosto de 1978, através do Decreto nº5.340/78 de 02/08/1978e DOE de
08/08/1978, integrou-se ao Complexo Escolar “Marechal Rondon”.
O Colégio oferecia até 1982, o ensino de 5ª à 8ª séries com as disciplinas
profissionalizantes de Técnicas Agrícolas, Técnicas Industriais, Técnico Comercial e
Técnicas Caseiras (Pedagogia Tecnicista).
O Ensino de 2º Grau Propedêutico foi autorizado a funcionar através da Resolução
935/83 de 14/03/1983. Em 29 de novembro de 1983, através da Resolução nº 4.023/83
de 13/01/1984, obteve o reconhecimento do 1º Grau e passou a denominar-se Colégio
Estadual Unidade Polo – Ensino de 1º e 2ºGraus.
O Ensino de 2º Grau Propedêutico foi reconhecido através da Resolução nº 902/85
de 01/03/1985, DOE de 12/03/1985, e em 1998 extinto, sendo implantado o curso de
Ensino Médio.
8
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
O Colégio passou a chamar-se Colégio Estadual Unidade Polo – Ensino
Fundamental e Médio, conforme Resolução da Secretaria de Estado da Educaçãonº
3.120/98 – DOE de 11/09/1998, abrangendo os cursos de Ensino Fundamental Regular,
reconhecido pela Resolução – DOE 13/01/1984 e o curso do Ensino Médio Regular
reconhecido, através da Resolução nº 902/85 de 12/03/1985.
Em 2010, foi denominado Colégio Estadual Unidade Polo – Ensino Fundamental,
Médio e Profissional, abarcando o curso fundamental de 5ª a 8ªséries, o Ensino Médio,
e a partir deste mesmo ano foi autorizado o funcionamento do Curso de Educação
Profissional Técnico de Nível Médio em Serviços de Restaurante e Bar, Eixo Tecnológico:
Hospitalidade e Lazer. Aprovado em 09/02/2010, Processo nº 505/09 Câmara de
Educação Básica, com 800 Horas/aulas.
Alguns outros atos legais que respaldam o funcionamento do Colégio:
1.1.1 Ato de Reconhecimentodo Ensino Fundamental – Resoluçãonº
4023/1983 – DOE de13/01/1984;
1.1.2 Ato de Reconhecimento do Ensino Médio - Resolução nº 902/1985 –
DOE12/03/1985;
1.1.3 Ato de Renovação do Reconhecimento do Ensino Fundamental - Resolução
nº 3419/2014
1.1.4 Ato de Renovação do Reconhecimento do Ensino Médio - Resolução
4173/2014;
1.1.5 Ato de Aprovação do Regimento Escolar do Ensino Fundamental e Médio –
Parecer nº 114/2017 de 24/07/2017 homologado pela Resolução 3011/2011-SEED e
Deliberação nº016/99-CEE.
Além do curso regular e profissionalizante, o Colégio também oferta:
Duas Salas de Recursos Multifuncional – uma Tipo I para o Ensino Fundamental
do 6°ao 9° ano, e uma Tipo II para Ensino Médio do 1º ao 3º ano dando
atendimento ao Educando com Deficiência Intelectual e Transtornos Funcionais
Específicos, autorizado seu funcionamento através da Resolução 195/2007 – DOE
de 26/02/2007, com seu funcionamento prorrogado através da Resolução
3886/2017.
9
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
O Curso Básico de Língua Espanhola/CELEM, como oferta de atividade
extracurricular e gratuita de ensino de língua estrangeira, destinado a alunos,
professores, funcionários e à comunidade do Colégio, autorizado por meio do
Protocolo nº 9.767.040-4 de 11/03/2008 da Secretaria de Estado da Educação no
colégio.
O Programa de Apoio a Aprendizagem, implantado desde 2004, objetivando
atender às defasagens de aprendizagem apresentadas pelos alunos que
frequentam a 5ª série/6º ano do Ensino Fundamental. De acordo com a
Instrução nº 05/2017, foi garantido a abertura de Salas de Apoio à
Aprendizagem para as(os) estudantes matriculadas(os) nos 6º e 7º anos do
Ensino Fundamental, das instituições de ensino da rede pública estadual.
O Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar - SAREH,
praticado a partirde 2008, objetivando o atendimento educacional aos alunos que
estão impossibilitados de frequentar a escola em virtude de situação de
internamento hospitalar ou tratamento de saúde, permitindo-lhes a continuidade
do processo de escolarização, a inserção ou a reinserção em seu ambiente
escolar.
1.3 Caracterização do atendimento na Instituição e quantidade de estudantes
Atualmente o Colégio funciona nos períodos, matutino, vespertino e noturno
ofertando o Ensino Fundamental (do 6°ao 9°ano), o Ensino Médio Regular e
Celem/Língua Espanhola, com 43 turmas, sendo 22 turmas de Ensino Fundamental
(06 matutino e 16 vespertino), 12 de Ensino Médio (09 diurno e 03 noturno), 03 de
Língua Espanhola/Celem (01 matutino e 02 intermediário), 01 Sala de Recurso
Multifuncional – Tipo I (matutino), 01 Sala de Recurso Multifuncional – Tipo II
(vespertino), 02 turmas de Apoio a Aprendizagem para 6º ano e 02 turmas de Apoio a
Aprendizagem para 7º ano totalizando 1118 alunos, distribuídos em 17 salas de aula.
10
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
A organização do tempo escolar é efetivada do 6° ao 9°ano no Ensino
Fundamental, 1° ao 3° ano no Ensino Médio. A matriz curricular do Ensino Fundamental
e Médio é estruturada por disciplina, constituído pela Base Nacional Comum e Parte
Diversificada.
O registro da avaliação da aprendizagem dos alunos é realizado por meio de
notas t r imestrais. Desde 2007 o Colégio não proporciona o Regime de Progressão
Parcial no Ensino Médio determinado sua extinção por Assembleia Geral de pais,
professores e funcionários.
As normatizações do Colégio encontram-se inseridas no Regimento Escolar e
Regulamento Interno.
O Colégio Estadual Unidade Polo é uma instituição educacional inclusiva
aceitando alunos com necessidades educativas especiais. Desde o ano de 2007
passou a atender, com apoio pedagógico e professor devidamente formado e
concursado, no período contraturno, os alunos avaliados para Sala de Recursos
Multifuncional. Oferta e atende ainda a Sala de Apoio à Aprendizagem, 02 turmas
deLíngua Portuguesa e 02 turmas de Matemática, destinada aos alunos do 6° e 7° ano
do Ensino Fundamental, no período matutino.
Tanto a Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I e Tipo II como a Sala de Apoio
a Aprendizagem são programas essenciais para a obtenção de melhores resultados na
aprendizagem.
1.4 Estruturas físicas, materiais e espaços pedagógicos
O trabalho pedagógico é realizado contando com:
Dezessete salas de aula, com televisão pendrive e smart, sendo duas
readequadas (49,30m²cada)
Dois banheiros (um masculino e um feminino) (37,61m²cada)
Uma sala de multimídia com televisão, data show e acesso à internet (48,60m2
Uma sala para Laboratório de Física e Biologia (73,09m²)
Uma sala para Laboratório de Química e Ciências (73,09m²)
11
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Uma sala para Biblioteca (112,88m²)
Uma sala para Laboratório de Informática com 74,28m², dispondo de 36 (trinta e
seis) computadores, em estado re gu la r para uso, provenientes do PR Digital e
PROINFO.
Uma cozinha (35,92m²)
Um Refeitório utilizado também para palestras, reuniões, comemorações
(203,36m²)
Um Ginásio de Esportes (1.450m²)
Um Miniginásio de Esportes (780m²)
Uma Sala de Recursos Multifuncional–Tipo I e Tipo II e Sala de Apoio à
Aprendizagem (55,09m²).
Uma sala para a Secretaria (43,05m²)
Uma sala para a Direção (13,94m²)
Uma sala para Atendimento Financeiro (14,14m²)
Uma sala para a impressão (13,00m2)
Duas salas para atendimento Pedagógico (24,21m2)
Uma sala para Professores (39,78m2)
Uma sala para Hora Atividade dos professores (42,21m2)
Uma sala para o Depósito/Projeto Rádio Polo (3m2)
Dois banheiros para professores (um masculino e um feminino) (5m2cada)
Um pátio coberto (171,19m²)
O Colégio Estadual Unidade Polo conta com uma área aberta de 18.071,00 m2.
Nesta área encontra-se o Bosque Robson Paitach (Reserva Ambiental tombada através
do ITCF e Prefeitura Municipal), um espaço destinado a Horta Escolar contando com
5.874,86m2, uma pista de atletismo/campo de futebol suíço com 2.079m2, a casa do
zelador com 56,21m2, a casa do permissionário com 52,50m² e ampla área de
jardinagem.
12
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
No mês de julho de 2010 houve nesta Instituição de Ensino uma importante
reunião para dar início, as obras da reforma de diversas áreas físicas do nosso espaço
escolar, estiveram presentes participando da mesma a Chefia da SEOP, Núcleo Regional
de Educação, Direção do Colégio, Presidente da APMF, representante da Empresa
contratada para executar a obra, o Prefeito do Município e vários secretários, onde o valor
total repassado para a obra ficou contabilizada em um montante de R$484.184,36. No
mês deagosto/2010 as reformas se iniciaram, onde a empresa contratada e outros
parceiros realizaram as seguintes melhorias:
• A cozinha foi toda equipada e reformada de acordo com as normas da Vigilância
Sanitária e com o recurso financeiro da APMF, houve a reforma do imobiliário;
• Central de gás e parte elétrica da cozinha totalmente nova;
• Reforma dos banheiros feminino/masculino e adequação para deficiente físico ou
cadeirante, onde ficaram amplos, arejados e higiênicos podendo os mesmos serem
usados nos períodos de jogos escolares, pois oferecem toda estrutura necessária.
• Foram colocados dois ventiladores em cada sala de aula, tornando o ambiente mais
arejado;
• Pintura geral e mudança das cores existentes favorecendo a arquitetura do Colégio;
• Troca de piso e forros;
• E através de um Projeto da Copel todas as luminárias também foram trocadas.
A conclusão destas melhorias e reformas ocorreu no início do ano de2011.
A partir de 2012, através de recursos da APMF, verbas estaduais e/ou federais,
foram realizadas diversas melhorias nas dependências do colégio como: substituição de
janelas vasculantes por outras de vidro temperado nas salas de aulas, ampliação da
sala de impressão de provas, aberturas de portas no final dos corredores para saída de
emergência, adaptação e ampliação da Biblioteca, sala de hora atividade, sala de
orientação, depósito de merenda, sala de materiais de limpeza e recepção, colocação
de exaustores para melhor ventilação nos pavilhões das salas de aula, manutenção do
telhado e piso dos ginásios de esportes, construção de rampas com verbas específicas
para acessibilidade, acesso a internet em todas as salas, instalação de câmeras de
segurança, monitoramento e ramais telefônicos, bebedouros para alunos , pintura em
13
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
salas de aula, ginásio de esportes, refeitório, sala dos profissionais da educação e muro
do colégio, aquisição de TVs smart para as salas de aula e construção de muro para
jardim de inverno.
Em janeiro de 2018 iniciaram-se as obras do Programa Escola Mil do governo
estadual que contemplará a reforma do banheiro feminino, a troca das portas, batentes
e fechaduras de 15 salas de aula, a instalação de grades protetoras para canaletas e
reforma da cobertura da rampa de acessibilidade, substituição do piso do corredor do
pavilhão administrativo, todas em andamento.
1.5 Recursos Humanos
O Colégio conta com 76 (setenta e seis) professores efetivos, 13 (treze) professores
contratados; 12 (doze) Agentes Educacionais I efetivos, 01 (um) Agente Educacional I
contratado e 01 (um) Agente Educacional I Paraná Educação; 10 (dez) Agente
Educacional II efetivos; 05 (cinco) pedagogos efetivos destes 03 (três) com 40 horas; a
equipe de Direção Escolar é composta por 01 Diretor Geral e 01 Diretor Auxiliar (ambos
com 40 horas semanais).
1.6 Instâncias Colegiadas
Conselho Escolar
O Conselho Escolar é um órgão colegiado representativo da comunidade escolar,
de natureza deliberativa, consultiva e fiscalizadora sobre a organização e realização do
trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar, conforme as políticas e
diretrizes educacionais da SEED, observando a Constituição Federativa do Brasil, a Lei
de Diretrizes e Bases da Educação, o Estatuto da Criança e do Adolescente, o Projeto
Político Pedagógico da escola e o Regimento Escolar.
14
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
O Conselho Escolar é concebido enquanto um instrumento de gestão colegiada
que abrange toda a comunidade escolar numa perspectiva de democratização da escola
pública, constituindo-se como órgão máximo de direção do Estabelecimento de Ensino.
Sua função deliberativa refere-se à tomada de decisões relativas às diretrizes e
linhas gerais das ações às questões pedagógicas e financeiras quanto ao direcionamento
das políticas públicas desenvolvidas no âmbito escolar. A função consultiva refere-se à
emissão de pareceres para diminuir dúvidas e tomar decisões quanto às questões
pedagógicas, administrativas e financeiras, no âmbito de sua competência.
Sua função avaliativa refere-se ao acompanhamento sistemático das ações
educativas desenvolvidas pela unidade escolar, objetivando a identificação de problemas
e alternativas para a melhoria de seu desempenho, garantindo o cumprimento das
normas da escola e a qualidade social da instituição escolar.
E por fim, a função fiscalizadora a qual se refere ao acompanhamento e fiscalização
da gestão pedagógica, administrativa e financeira da unidade escolar, garantindo a
legitimidade de suas ações.
Os membros do Conselho Escolar não são remunerados e não recebem benefícios
pela participação no colegiado, por se tratar de órgão sem fins lucrativos. Poderão
participar do Conselho Escolar, todos os segmentos da comunidade escolar,
representantes dos movimentos sociais organizados e comprometidos com a escola
pública.
Associação de Pais, Mestres e Funcionários
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários é um órgão de representação dos
pais, professores e funcionários do estabelecimento de ensino. A APMF é pessoa jurídica
de direito privado, instituição auxiliar do estabelecimento de ensino e não tem caráter
político-partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus
dirigentes e conselheiros. A APMF rege-se por Estatuto próprio. Esse órgão é de extrema
importância para as ações da escola, tendo como objetivos:
15
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
•Discutir e decidir sobre as ações para a assistência ao educando, o aprimoramento do
ensino e para a integração da família, da comunidade e da escola.
• Prestar assistência ao educando assegurando-lhe melhores condições de eficiência
escolar.
• Integrar a comunidade no contexto escolar, discutindo a política educacional, visando
sempre à realidade dessa mesma comunidade.
• Proporcionar condições ao educando, criticar, participar de todo o processo escolar,
estimulando sua organização livre em grêmios estudantis.
• Representar os reais interesses da comunidade e dos pais de alunos junto à escola
contribuindo, dessa forma para a melhoria do ensino e da melhor adequação dos planos
curriculares.
• Promover o entrosamento entre pais, alunos, professores, funcionários e membros da
comunidade através de atividades sociais, educativas, culturais e desportivas.
• Contribuir para a melhoria e conservação do aparelhamento e do estabelecimento
escolar, sempre dentro de critérios de prioridade, onde as condições do educando é fator
de máxima prioridade.
São inúmeras as atividades que poderão ser desenvolvidas pela APMF,
objetivando a colaboração, promovendo desta forma uma escola de qualidade onde
todos aqueles que dela fazem parte direta ou indiretamente, sintam-se corresponsáveis
pelos resultados obtidos. Porém, todas as iniciativas deverão estar em consonância com
o Projeto Político Pedagógico elaborado coletivamente.
Conselho de Classe
O Conselho de Classe é um órgão de natureza deliberativo/consultiva e não de
voto em assuntos didático-pedagógicos, com atuação restrita a cada turma do
estabelecimento de ensino. Constitui-se num momento/espaço previamente planejado
para a avaliação, reflexão e redefinição das práticas pedagógicas, buscando superar a
fragmentação do trabalho escolar e oportunizar formas diferenciadas de ensino que
realmente garantam a todos os alunos a aprendizagem.
16
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
O Conselho de Classe busca a tomada de decisões relativas aos
encaminhamentos necessários tendo em vista os resultados obtidos e a superação dos
problemas diagnosticados; definição de atribuições/ações a serem implementadas para
a melhoria do processo de ensino-aprendizagem e prazos/espaços para implementação
das propostas acordadas.
O Conselho de Classe das turmas do Colégio Estadual Unidade Polo é composto
pela direção, equipe pedagógica, secretária, professores e alunos. À direção cabe a
função de acompanhar todas as discussões e sugerir encaminhamentos. À equipe
pedagógica cabe a escolha do tema/assunto para a reflexão; a explanação de dados
sobre a turma; a organização da pauta do conselho; a retomada e avaliação dos
conselhos anteriores. A secretária tem a incumbência de disponibilizar os dados e as
informações sobre a vida escolar dos alunos como, notas, transferências, desistências e
outros.
Os professores devem retomar e avaliar os encaminhamentos do Conselho de
Classe anterior; explanar sobre os resultados positivos e negativos obtidos e as
alternativas de atividades/procedimentos que obtiveram êxito; sugerir encaminhamentos
para os alunos e a turma; anotar decisões referentes à sua prática; comprometer-se a
redefinir, quando necessário, a metodologia, os instrumentos de avaliação e outros
procedimentos. Os alunos participam do Conselho de Classe de duas formas, sendo que
a primeira é para todas as turmas e consiste no pré-conselho, isto é, preenchimento de
uma ficha de avaliação e sugestão em relação à turma, pela direção, equipe pedagógica,
funcionários e professores; a segunda forma é através do Conselho participativo quando
toda a turma participa do Conselho de Classe. Os Conselhos participativos são sugeridos
pelos professores para algumas turmas em especial.
Ao encerrar o Conselho de Classe com o colegiado, constituído pela direção,
equipes pedagógicas e docentes dos anos, o resultado é socializado aos pais através de
reunião, informando, orientando e repassando as medidas pedagógicas deliberadas ao
aluno ou turma, utilizando também como meio de corroborar os dados, uma ficha de
acompanhamento individual, anexada junto com o boletim. Para os alunos, a socialização
17
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
ocorre com reuniões promovidas pela equipe pedagógica com as turmas e ou
individualmente.
Grêmio Estudantil
O Grêmio Estudantil viabiliza a luta coletiva dos jovens educandos e estimula o
relacionamento e a convivência entre os jovens. Por serem institucionalizados, podem
representar melhor a rica experiência na busca coletiva dos anseios, desejos e
aspirações dos estudantes.
São os jovens que devem reconhecer a sua importância e definir o seu perfil, pois
os Grêmios organizados exercem influência na formação do aluno, que deve ter um bom
relacionamento social, cultural e político.
O Grêmio é formado apenas por alunos, de forma independente, desenvolvendo
atividades culturais e esportivas, produzindo jornal, organizando debates sobre assuntos
de seus interesses e que fazem parte do Currículo Escolar. É muito importante a
existência do Grêmio Estudantil na escola, pois ele é um órgão que auxilia a Direção
escolar.
Representante de turma
O Representante de Turma é o aluno que, eleito democraticamente por sua turma,
ajuda na organização, na participação e representa o pensamento da maioria dos alunos
de sua sala junto à Direção, à Equipe Pedagógica, ao Professor Monitor e ao
Representante de Alunos no Conselho Escolar deste estabelecimento de ensino.
São atribuições do Representante de Turma:
• Manter o bom relacionamento com todos os alunos de sua turma.
• Acolher e levar sugestões votadas pela maioria dos alunos da sala para o representante
dos alunos no Conselho Escolar, o Professor Monitor, a Direção e a Equipe Pedagógica,
de acordo com o teor da questão votada.
18
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
• Participar das reuniões de Representantes de Turma sempre que convocado pela
Direção, pela Equipe Pedagógica ou pelo Representante dos alunos no Conselho
Escolar.
• Oportunizar discussões com a turma acerca dos problemas de ensino e de
aprendizagem ou relacionamentos entre os alunos da turma.
• Cuidar do ambiente físico da escola no tocante à conservação e limpeza.
• Manter-se, continuamente informado sobre os problemas dos colegas de sua turma com
relação à data de aniversários, motivos de faltas, problemas de doenças e/ou outros.
• Promover o bom relacionamento e entrosamento da turma e desta com as demais
turmas da escola.
• Auxiliar na organização da turma em eventos culturais esportivos e de lazer.
• Participar, sempre que convocado, das reuniões de organização da classe estudantil
como a UMES, UPES e UBES.
• Intermediar as relações entre os alunos da turma e o Professor Monitor.
Professor Monitor de Turma
O Professor Monitor de Turma é eleito democraticamente pelos alunos da turma.
Este professor é escolhido entre todos os professores que atuam diretamente na escola
e na turma.
São atribuições do Professor Monitor de Turma:
• Manter o bom relacionamento com os alunos da turma.
• Acompanhar o rendimento escolar do educando.
• Acolher e levar aos responsáveis pela área pedagógica as sugestões dos alunos que
visem à melhoria do processo ensino e aprendizagem.
• Oportunizar discussão com a turma na busca de mecanismos e estratégias que visem
o melhor aproveitamento de estudos.
• Manter-se informado das condições disciplinares de sua turma e colaborar, na medida
do possível, com recursos preventivos com o corpo docente e direção da escola.
19
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
• Acompanhar o aproveitamento de suas turmas, procurando entrar em contato com os
professores da referida turma, para que se conscientizem dos problemas existentes e
solucioná-los.
• Assegurar, que no âmbito escolar, não ocorra discriminação de cor, raça, sexo, religião
ou classe social.
• Realizar atendimento individual nos casos simples e procurar auxílio da Equipe
Pedagógica da escola, nos casos mais complexos.
• Promover o entrosamento e o bom relacionamento entre sua turma e as demais turmas
da escola.
• Estimular e orientar a organização democrática de sua turma, assim como as
obrigações e limites de autoridades do Representante de Turma.
• Desenvolver um sadio espírito de grupo, incentivando a cooperação entre os
componentes de sua turma.
• Incentivar e promover as boas iniciativas culturais, esportivas e de lazer de sua turma.
• Colaborar com o Representante de Turma, ajudar a coordenar a organização de
atividades paralelas ou complementares.
• Levar, sempre que necessário, junto ao Professor Representante no Conselho Escolar,
as sugestões ou reivindicações da turma para análise e deliberação daquele órgão.
• Comparecer em todos os Conselhos de Classe de sua turma quando solicitado.
1.7 Perfil da comunidade
Com o propósito de conhecer a realidade sócio-econômico-cultural e de
subsidiar a reelaboração do Projeto Político Pedagógico desta instituição de ensino, no
primeiro semestre do ano de 2018, foi realizada uma pesquisa, através de questionário,
com os alunos, abrangendo 22,54% do total de estudantes que frequentam os
períodos, matutino, vespertino e noturno, sendo detectada a seguinte situação descrita
abaixo.
20
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Os alunos, em sua grande maioria são solteiros, não tem filhos residem com
os pais e irmãos. Moram em zona urbana, tanto nos bairros que circundam o
estabelecimento de ensino como outros mais distantes. Grande parte mora em casa
própria de alvenaria enquanto que outros a casa é alugada ou financiada, mas todos
tem acesso à energia elétrica, saneamento básico, coleta de lixo, rua calçada e
asfaltada. Praticamente todos tem acesso as novas tecnologias e possuem em casa
os aparelhos eletrônicos básicos como: TV, máquina de lavar roupa, rádio, geladeira,
microcomputador, celular, acesso à internet e outros, um ou outro não tem um meio de
locomoção particular.
As famílias, em um índice de aproximadamente 60%, são compostas de pais,
mães e irmãos, entretanto há de considerar que o restante encontra-se em outras
situações, vivem com mãe e irmãos; com avós, entre outros. A renda mensal se
enquadra de 02 até 05 salários mínimos, sendo duas a três pessoas trabalhadoras,
80% dos alunos trabalhadores, que cursam o Ensino Médio, estudam no período
noturno e 15% no período matutino e vespertino.
Em relação ao nível de escolaridade e atividades socioculturais da família, os
adultos, numa média de 80%, estão classificados entre Ensino Fundamental
incompleto, Ensino Fundamental completo e Ensino Médio incompleto, e 20% em
Ensino Superior incompleto, Ensino Superior Completo e Pós-graduação. Quanto ao
lazer eles participam de atividades esportivas, cinema e outros,
Sobre o comprometimento e envolvimento dos pais com a vida educacional dos
filhos, tem melhorado muito, principalmente a presença deles nas reuniões de entregas
de boletins e quando o serviço de orientação educacional ou professor regente solicita
sua presença. De acordo com o parecer dos pais que participam das diversas reuniões
que a escola convoca, observamos que os motivos que os levam a matricular seus
filhos neste estabelecimento de ensino são: a proximidade da residência, a qualidade
de ensino, ser uma escola pública e gratuita. Consideram que o ensino/aprendizagem
oferecido é de bom nível e esperam que seus filhos adquiram conhecimento suficiente
para prestarem o vestibular e ingressarem no Ensino Superior, que sejam preparados
21
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
para o mundo do trabalho melhorando assim seu nível de instrução global e a
humanização.
As perspectivas que os nossos alunos do Ensino Fundamental apresentam em
relação a esta escola é receber um ensino que possa dar-lhes uma boa formação para
cursarem o ensino superior e exercerem uma profissão, possibilitando melhores
condições de vida, independência financeira e autonomia. Eles solicitam a ampliação
de oportunidades para participarem das principais decisões da escola, especialmente
das escolhas de melhorias para o colégio. Os alunos desejam ter uma escola onde eles
tenham o direito de opinar, desenvolver sua autonomia, seu senso crítico e a cidadania
de modo que a apropriação do conhecimento os permita compreender e transformar o
mundo em que vivem.
Na avaliação dos alunos, o Colégio é composto por uma boa direção e equipe
pedagógica, os professores apresentam uma boa metodologia e domínio de conteúdo.
Quanto as iniciativas da escola no que se refere, a biblioteca, as condições das salas
de aula, do laboratório de informática e práticas esportivas também está bom, a
segurança física e emocional no espaço escolar também é boa, o respeito que os
funcionários e professores tem para com os alunos é excelente, enquanto que o
respeito dos alunos para com os professores está bom, mas precisa melhorar ainda
mais. Enfim de modo geral podemos observar que os alunos gostam da escola, nos
intervalos (o recreio) se tornou um momento prazeroso pois através da Administração
da Rádio Escola por alguns alunos que fazem parte do Grêmio Estudantil, os alunos
ouvem músicas, recados e outros. Opinião deles, “podemos observar que os alunos
estão desmotivados, desinteressados, indisciplinados e a maioria não faz tarefas”. Para
sanar estas dificuldades, eles sugerem que os professores sejam mais rígidos em sala
de aula, a fim de acabar com a indisciplina, possibilitando que todos aprendam. Para
tanto, solicitam que seja aplicado aos alunos indisciplinados medidas previstas no
Regimento Escolar Interno. Eles reconhecem que estão falhando e solicitam mudanças
no ensino. De acordo com os mesmos, o “nosso ensino deve basear-se na
solidariedade, amizade e respeito. Devemos ser cidadãos conscientes dos nossos
22
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
direitos e deveres e, dentro dessa comunidade, não podemos deixar de cumprir com
nossas tarefas. Essa transformação depende um pouco de cada um”.
De acordo com o ponto de vista dos alunos, a escola precisa melhorar a
limpeza de todo ambiente escolar para que este se torne mais saudável, os professores
devem procurar desenvolver mais atividades com os alunos fora da sala de aula;
uniforme completo para as merendeiras; construção de uma passarela coberta até o
ginásio de esportes e instalação de armários para os materiais dos alunos.
A respeito da participação deles no Projeto Político Pedagógico, os alunos
afirmam que podem participar da elaboração e execução, dando ideais e sugestões, a
fim de melhorar o aprendizado no Colégio, ajudando a transformá-lo em um ambiente
mais organizado, limpo, educativo, respeitado, solidário, com alunos cuidadosos e
estudiosos que elaborem projetos com atividades esportivas e culturais para incentivar
os estudos, a leitura e o bom relacionamento. Querem que a escola procure melhorar
cada vez mais a sua qualidade de ensino.
De acordo com os alunos do Ensino Fundamental, os Projetos devem continuar
sendo elaborados coletivamente, contemplando a opinião de todos a fim de melhorar a
escola cada vez mais. Para eles, o que falta é a consciência e a participação de todos
na elaboração dos trabalhos. Eles sugerem que além dos já existentes, devemos
implantar os seguintes projetos: curso de canto, de dança, teatro, artesanato,
computação, informativo escolar (jornal), som ambiente, duchas após a Educação
Física, projetos culturais, olimpíadas em todas as disciplinas, grupos de estudos
ampliados para outras disciplinas, projetos de higiene e boas maneiras, aula de circo,
visitas educativas, banda musical, festas folclóricas.
Os alunos do Ensino Médio esperam receber uma boa educação com ensino
de qualidade, possibilitando adquirir os conhecimentos necessários para o mundo do
trabalho. Para tanto, é importante que tenham acesso a bons materiais didáticos,
palestras sobre emprego e os diversos cursos do ensino superior, materiais atualizados
na biblioteca, informações acerca do acesso a cursos profissionalizantes. Os
alunostambém demonstram preocupações em relação ao vestibular e ENEM. A esse
respeito eles sugerem que os professores apliquem as provas dos vestibulares das
23
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
universidades e do ENEM da região para conhecerem como são e que conteúdos
exigem.
Os alunos do Ensino Médio também solicitam maior rigidez dos professores em
relação à disciplina. Eles declaram que, “não podemos reclamar dos professores, pois
somos nós os culpados pela bagunça e notas baixas, só que os professores deveriam
ser mais rígidos e nós, mais responsáveis, por exemplo: se um aluno está fazendo
bagunça, o professor deve tirá-lo da sala e lhe aplicar as medidas cabíveis”. Eles
exigem e esperam que o Colégio siga à risca o que prevê o Regimento Interno no que
se refere aos alunos indisciplinados.
Quando foram novamente consultados sobre o que se relatou, tanto alunos do
Ensino Fundamental como os do Ensino Médio, decidiram manter o que esperam da
escola e acrescentam ainda o seguinte: que esperam mais responsabilidades dos
professores, evitando faltar, que tenham atenção especial aos alunos com mais
dificuldades, que o sistema de avaliação seja rigoroso e que os pais tenham maior
participação na escola.
2.0 DIAGNÓSTICO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO
2.1 Gestão Escolar
A Gestão Escolar se dá pela vertente democrático-participativa onde o poder é
compartilhado com as instâncias colegiadas, pois elas se constituem em órgãos de
representação dos diferentes atores da Comunidade Escolar, assim, as decisões são de
responsabilidades de um coletivo que analisa e delibera sobre situações diversas na
escola.
A gestão escolar é responsável diretamente pela organização da instituição e o
Diretor responde legalmente por tudo o que acontece no interior da escola. O gestor é
escolhido por eleição direta secreta, podendo votar no processo de escolha todos os
24
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
profissionais da instituição, pais ou responsáveis legais dos alunos menores, alunos
matriculados no Ensino Médio maiores ou não.
Atualmente o Gestor gerencia recursos descentralizados, tais como o Fundo
Rotativo, recurso do governo estadual distribuído em 10 parcelas anuais em que o valor
depende do número de alunos matriculados na instituição. Também gerencia junto a
APMF (Associação de Pais Mestres e Funcionários) os recursos descentralizados do
Governo Federal, nominado PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola) que representa
uma verba anual, cujo valor depende de dados do censo escolar, os recursos captados
pela própria organização da instituição em eventos e atividades lucrativas, além de
administrados pela APMF e Gestor, é acompanhado pelo Conselho Escolar e Grêmio
Estudantil.
A gestão escolar elabora sua organização institucional com o auxílio de sua Equipe
Pedagógica composta por professores e pedagogos. Assim, as estratégias para a
participação do coletivo, são estruturadas pela equipe que promove reuniões
pedagógicas, formação continuada, Conselho de Classe, grupos de estudos, elaboração
e acompanhamento de projetos educacionais disciplinares, festas folclóricas, Gincanas,
Seminários, reuniões com pais, Projetos Desportivos, dentre outros.
A gestão escolar é responsável pelo apoio físico/pedagógico necessário ao
processo educativo, assim a aquisição de equipamentos, melhoria da estrutura física e
material são prioridades da gestão escolar.
A instituição adquiriu projetores multimídia, televisores tela plana e Smart, livros
de literatura, materiais pedagógicos, como jogos didáticos e recreativos, mapas
geográficos, materiais esportivos, mesa de ping pong, materiais de expediente,
computadores, notebook, impressoras, impressoras de cartões PVC para carteirinha
estudantil e crachá Servidores, equipamentos de som para projeto Radio Escola e para
Som Ambiente, Instrumentos musicais painel de Projeção, dentre outros. Também o
ambiente físico foi adaptado para criar a sala de hora-atividade para professores, nova
cantina escolar, melhoria no refeitório, sala de merenda, sala de servidores Agente I,
ampliação da cozinha, criação de jardim integrado à Biblioteca e salas de aulas,
substituição de janelas basculantes por janelas de vidro temperado com ampla abertura,
25
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
depósito e materiais de limpeza, criação da sala de orientação para alunos e sala de
orientação aos pais dos alunos, instalação de câmeras de segurança, pinturas nas salas
de aulas etc.
A tomada de decisão e organização do trabalho pedagógico é realizado sempre
no coletivo respeitando a legislação vigente, as orientações da SEED e os princípios da
organização sindical dos trabalhadores em educação e cada segmento, pais,
professores, funcionários e alunos são ouvidos e opinam sobre o que é o melhor para
cada segmento, sendo que após as análises o coletivo delibera por meio do consenso ou
pelo voto democrático.
2.2 Ensino e Aprendizagem
2.2.1 Plano de Trabalho Docente
Vasconcellos afirma sobre o Plano de Trabalho Docente: É a proposta de trabalho
do professor para uma determinada aula ouconjunto de aulas (por isso também chamado
de plano de unidade). Corresponde ao nível de maior detalhamento e objetividade do
processo de planejamento. É o “que fazer” concreto. Muitos professores consideram que
“este é o planejamento que importa mesmo”, o que não deixa de revelar um profundo
bom senso. Apenas lembramos que este plano poderá ter maior consistência e
organicidade se estiver articulado ao Plano de Curso e ao Projeto Educativo da Escola
(VASCONCELLOS, 1995, p. 124). Diante da importância do planejamento na prática
docente em suas atividades diárias, constata-se a necessidade de ter um Plano de
Trabalho Docente articulado com o Projeto Político Pedagógico da escola. No PPP é
onde constam os sonhos e anseios da comunidade escolar, amplamente discutido e
construído conforme as concepções de aluno, de sociedade, de escola e de mundo.
Sendo a escola um espaço privilegiado de aprendizagem, onde se busca uma relação de
conhecimento, onde o aprender transforma-se numa atitude prático-reflexiva que leva,
portanto, a construir o saber.
26
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
O Projeto Político Pedagógico deve recuperar ou construir a identidade da escola
e dos sujeitos que compõem esse espaço. Da mesma forma que o Plano de Trabalho
Docente deve manter uma intencionalidade e a lógica da proposta que fora construída
pelo coletivo, ou seja, acomunidade escolar. Com base nessa descrição, podemos
afirmar que não é possível existir o PDT sem a existência do PPP, constatando que
educação é um processo de construção coletiva e que acontece ao longo de toda vida.
Planejamos para ter em mente o que ensinar, elencamos as ações que
pretendemos desenvolver, com objetivos claros, com metodologias diferenciadas, com
um único fim: a aprendizagem do aluno. No Plano de Trabalho Docente da Instituiçãosão
contemplados os itens abaixo (uma espécie de tutorial enviado a cada docente):
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES (ANUAL)
Definidos por conteúdos estruturantes, ou seja, saberes – conhecimentos de
grande amplitude, conceitos ou práticas – que identificam e organizam os diferentes
campos de estudo das disciplinas escolares, sendo fundamentais para a compreensão
do objeto de estudo das áreas do conhecimento (Arco-Verde, 2006).
O desdobramento dos conteúdos estruturantes em conteúdos específicos será
feito pelo professor em discussão com os demais professores da área que atuam na
escola. O professor deve dominar o conteúdo escolhido em sua essência, de forma a
tomar o conhecimento em sua totalidade e em seu contexto, o que exige uma relação
com as demais áreas do conhecimento. Esse processo de contextualização visa a
atualização e aprofundamento do conteúdo pelo professor, possibilitando ao aluno
estabelecer relações e análises críticas sobre o conteúdo.
Os conteúdos trabalhados serão flexibilizados aos educandos com NEE
(necessidades educacionais especiais) no âmbito da temporalidade, na essência dos
conteúdos e no momento da avaliação.
1º TRIMESTRE
• Conteúdos Básicos e Específicos:
• 2º TRIMESTRE
27
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
• Conteúdos Básicos e Específicos:
• 3º TRIMESTRE
• Conteúdos Básicos e Específicos:
JUSTIFICATIVA
Explicita a escolha dos conteúdos estruturantes e específicos como opção política,
educativa e formativa. Refere-se às intenções educativas. Expressam as intenções de
mudanças no plano individual, institucional e estrutural. Estão voltados aos conteúdos e
não às atividades.
O estudo de ... (disciplina) objetiva ... (professor, coloque como vai desenvolver a
atitude de curiosidade científica, de investigação da realidade para a formação de
conceitos científicos da sua (disciplina)...
Os objetivos referentes aos conteúdos, serão adequados sempre que houver
necessidade de ajustes para que o aluno com necessidades educacionais especiais
(NEE), tenha acesso e assimilação de igual forma a dos outros educandos.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO E RECURSOS DIDÁTICOS
O conjunto de determinados princípios e recursos para chegar aos objetivos, o
processo de investigação teórica e de ação prática.
Professor, coloque/esclareça aqui qual método e metodologia que vc vai seguir.
Deve deixar claro a relação entre os conteúdos estruturantes e os problemas a
serem trabalhados com os alunos.
O ensino de (disciplina), que articula vários elementos, deve pressupor um bom
planejamento de aulas, com a inclusão de diversificado número de atividades individuais
e coletivas, de leitura, de pesquisas, de debates e produção de textos e outras formas de
apresentação a fim de que a investigação seja de fato a linha condutora da aula. Nesta
perspectiva, deve acontecer a preocupação em atender os alunos com necessidades
28
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
educacionais especiais e à diversidade social, econômica e cultural existente na escola,
para a inclusão social de todos os indivíduos.
Tem-se como desafio o estabelecimento de uma proposta de ensino que
reconheça e valorize práticas culturais de tais sujeitos, sem perder de vista o
conhecimento historicamente produzido, que constitui patrimônio de todos. Para essa
efetivação, deverá ocorrer em sala de aula, a adaptação curricular necessária,
observando a flexibilização e a temporalidade nos conteúdos, objetivos e estratégias
metodológicas específicas. Evidencia-se a responsabilidade social de prever e prover
meios de satisfazer essas necessidades, ao invés, de destacar o sujeito que a apresenta.
Como ponto de partida (e não como um fim), temos o Livro Didático e o Portal Dia
a dia Educação, que desenvolvem os conteúdos específicos a partir de recortes dos
conteúdos estruturantes, condizentes com as Diretrizes Curriculares Estaduais. É
importante utilizar recursos didáticos e tecnológicos atuais, tais como: aula expositiva
mesclada com todo o aparato tecnológico à disposição da clientela escolar, trabalhar com
leituras e releituras de textos, jornais, revistas, filmes e figuras, que possam ser
contextualizados, com de pesquisas bibliográficas, produções escritas, laboratório de
informática, internet, multimídias “data show” e TV Pen drive, bem como seminários,
palestras e debates para reflexão, argumentação e conceitualização.
Nesse sentido, as aulas poderão ser desenvolvidas por meio de: Dinâmica de
integração; Aula expositiva dialogada a partir do livro didático fornecido aos alunos.
Quando for possível, a sala será organizada em semi-círculo para melhor contato com os
alunos; Usar os recursos da TV pendrive; Aula na biblioteca organizada em duplas e/ou
trio para pesquisa e conceituação, pois além de facilita no diálogo a compreensão dos
conceitos, ele mesmo inconsciente, estará aprendendo a arte pesquisa bibliográfica; Aula
na sala de informática para desenvolver o processo de pesquisa e aprofundar temas;
Quando for possível as aulas poderão ocorrer no pátio da escola aproveitado do espaço
físico para trabalhar conteúdos específicos; poderão ser utilizados documentários, filmes
e músicas.
Conforme determina lei nº. 11.645/08, que trata da obrigatoriedade do ensino da
história e cultura afro-brasileira, africana e indígena, o professor abordará a temática a
29
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
partir dos conteúdos específicos demonstrando o diálogo do conteúdo filosófico com o
conteúdo de cultura afro-brasileira e indígena, propostos pela própria Lei.
Em atendimento à instrução 009/2011, os seguintes conteúdos serão trabalhados
pela instituição de ensino: História e Cultura afro-brasileira, africana e indígena (Lei nº
11.645/08); História do Paraná (Lei nº 13381/01); Música (Lei nº 11.769/08); Prevenção
ao uso indevido de drogas e sexualidade humana; Educação Ambiental (Lei nº 9.795/99)
Dec.4.201/02; Educação Fiscal; Enfretamento à violência contra a Criança e ao
Adolescente ( Lei Federal nº 11.525/07); Educação Tributária Dec. nº 1.143/99, portaria
nº 413/02; Resolução nº 1, de 30 de maio de 2012, que estabelece Diretrizes Nacionais
para a Educação em Direitos Humanos, serão abordados de forma contextualizada e
relacionadas aos conteúdos específicos da disciplina, sempre que for possível a
articulação entre os mesmos, demonstrando diálogo pedagógico com o conteúdo
proposto pela própria Lei. Estes temas e desafios educacionais contemporâneos
(Educação Ambiental, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência nas escolas,
Prevenção ao uso indevido de drogas e sexualidade) serão contemplados à medida que
o conteúdo da disciplina permitir contemplá-los, fazendo a contextualização sócio
histórica e cultural, considerando na concepção de conhecimento, as dimensões
científicas e artísticas, além da filosófica, condizendo com as DCEPR.
Nesta perspectiva, deve acontecer a preocupação em atender os alunos com
necessidades educacionais especiais e à diversidade social, econômica e cultural
existente na turma, para a inclusão social de todos os indivíduos bem como promover a
Educação em Direitos Humanos, um dos eixos fundamentais do direito à educação, que
refere-se ao uso de concepções e práticas educativas fundadas nos Direitos Humanos e
em seus processos de promoção, proteção, defesa e aplicação na vida cotidiana e cidadã
de sujeitos de direitos e de responsabilidades individuais e coletivas.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO / RECUPERAÇÃO
30
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Critérios definem os propósitos e a dimensão do que se avalia. Para cada conteúdo
precisa-se ter claro o que dentro dele se deseja ensinar, desenvolver e, portanto, avaliar.
Os critérios refletem de que forma vai se avaliar, são as formas, previamente,
estabelecidas para se avaliar um conteúdo. Deve constar a proposta de recuperação dos
conteúdos.
A avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica, isto é, ela não possui
uma finalidade em si mesma, mas tem por função subsidiar e mesmo redirecionar o curso
da ação do processo ensino e aprendizagem, tendo em vista garantir a qualidade do
processo educacional, que professores, estudantes e a própria instituição de ensino
estão construindo coletivamente.
Professor, definir claramente os instrumentos e os critérios de avaliação, ver slides
referentes, por exemplo:
O professor, nesse processo educativo, poderá utilizar-se de diversos
instrumentos de avaliação, individual ou em grupo, partindo da leitura de textos,
pesquisas bibliográficas (contextualização, problema e justificativa), figuras e filmes, onde
poderá verificar junto aos alunos, a compreensão das ideias abordadas, a interação por
meio de questionamentos, concordâncias e discordâncias. É importante diversificar os
instrumentos de avaliação utilizando debate que possibilite a exposição de ideias e a
avaliação da argumentação, garantindo, dinamicamente, a participação de todos.
No processo de uma inclusão social responsável e cidadã, a avaliação da
aprendizagem deve garantir qualidade e atendimento aos alunos com necessidades
educacionais especiais e à diversidade social, econômica e cultural, buscando respeitar
as diferenças e os direitos humanos individuais a partir da flexibilização do currículo e
adaptação de temporalidade na execução.
Serão oportunizadas no mínimo 3 (três) avaliações diferenciadas, somatórias,
totalizando 10,0 pontos de avaliação formal, sendo que a divisão dos valores ficará a
critério do professor. A Recuperação Paralela de Estudos, Conteúdos e Notas, no mínimo
2 (duas), será oferecida aos alunos que não atingirem 60% (sessenta por cento) do valor
de cada avaliação, totalizando 100% (cem por cento) de recuperação, em conformidade
com o Projeto, Político Pedagógico, a Proposta Pedagógica Curricular e o Regimento
31
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Escolar, as quais deverão ser registradas no Livro Registro de Classe (LRC) ou do
Registro de Classe Online (RCO).
2.2.2 Avaliação
Concebemos a avaliação, conforme Paraná (2010), no materialismo histórico
dialético, entendendo que a concepção de homem é a de ser histórico, produtor de sua
existência, transcendência da natureza e, portanto, livre no sentido de agir
intencionalmente de modo a construir possibilidades não previstas, não naturais, optar
por uma coisa ou outra, decidir entre o que é bom e o que não é. Desse modo a avaliação
no contexto escolar não é um processo isolado, mas está intrinsecamente ligada aos
objetivos da escola e dos cursos, é a análise da prática pedagógica de todos os
envolvidos, com o objetivo de corrigir rumos e repensar situações para que a
aprendizagem ocorra. Ao avaliar a aprendizagem dos alunos também se avalia a prática
dos professores, a gestão e o currículo escolar, bem como o próprio sistema de ensino
como um todo.
A avaliação da aprendizagem deve centrar-se na forma como o aluno aprende,
sem descuidar da qualidade do saber. A aprendizagem se dá numa construção pessoal
do sujeito que aprende influenciada tanto pelas características pessoais quanto pelo
contexto social. Com tal abrangência, a avaliação é contínua e formativa, na perspectiva
do desenvolvimento integral do aluno, com objetivo de detectar e prevenir os problemas
identificados, estabelecendo um diagnóstico correto para cada aluno e identificando as
possíveis causas de seus fracassos ou dificuldades, visando uma maior qualificação da
aprendizagem, promovendo a participação efetiva do professor nesse processo.
A avaliação deve configurar-se como uma prática de investigação do processo
educacional e como meio de transformação da realidade escolar partindo da observação,
da análise, de reflexão crítica sobre a realidade/contexto. Esse processo exige o
envolvimento, o comprometimento e a responsabilidade de todos no processo de
avaliação, onde estabelecem as necessidades, prioridades e as propostas de ação para
os processos de ensino e de aprendizagem, na construção de uma educação
transformadora, cidadã e responsável socialmente. De acordo com Cipriano Luckesi, “a
32
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
prática da avaliação nas pedagogias preocupadas com a transformação deverá estar
atenta aos modos de superação do autoritarismo e ao estabelecimento da autonomia do
educando, pois o novo modelo social exige a participação democrática de todos”.
(LUCKESI, 2002, p. 32).
A avaliação democrática é aquela que não exclui o educando, mas o inclui no
círculo da aprendizagem. É o diagnóstico que permite a decisão de direcionar ou
redirecionar o processo de ensino e aprendizagem. Para que a avaliação diagnóstica seja
possível, é preciso compreendê-la e realizá-la comprometida com uma concepção
pedagógica. Sendo essa preocupada com a perspectiva de que o educando deverá
apropriar-se criticamente do conhecimento.
Pensar em mudanças na prática avaliativa é partir para novos rumos, inovar o
ensino-aprendizagem, pensar na forma que ensinamos a quem ensinamos e porque
ensinamos para chegar ao e como avaliar, quem avaliar e para que avaliar.
Nesta perspectiva, a avaliação serve para verificar a apropriação do conhecimento
por parte do aluno. O ensino, aprendizagem e a avaliação não são momentos separados,
acontecem de forma contínua em interação permanente. Os objetivos devem ser bem
claros e os conteúdos selecionados pelo seu grau de importância para a vida do aluno.
A avaliação deve ser parte integrante do processo de aprendizagem, deve ser
incorporada às atividades normais da sala de aula, envolvendo os alunos no processo
chamado de autoavaliação, a fim de que possam refletir sobre como e o quanto
aprenderam.
A avaliação não se limita apenas na etapa final de uma determinada prática. Ela
deve estar sempre presente, indicando o caminho a seguir. Quando se constata que o
aluno não aprendeu o que foi ensinado, o professor deve rever os programas, retificá-los,
repensar a metodologia, descobrir falhas no processo, buscar outros caminhos, lançar
novas indagações e, partir para novas práticas em busca de melhores resultados. Mudar
a avaliação não é tarefa simples e fácil, porém é imprescindível.
Para transformar a prática avaliativa, é necessário questionar a educação desde
suas concepções, seus fundamentos, sua organização, suas normas burocráticas. Isso
implica em mudanças conceituais, redefinição de conteúdos, das funções docentes e
33
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
discentes, entre outros. A transformação da avaliação abre caminhos para a construção
de novas possibilidades e de novas questões. É mais um meio para fazer avançar o
processo de ensino e de aprendizagem, garantindo a qualidade social do ensino. Sendo
assim, é necessário pensar em conjunto, envolvendo todos os interessados para propor
uma reestruturação interna da escola, quanto a sua forma de avaliar e se efetivar a
aprendizagem. Para Celso Vasconcellos, “os educadores devem se comprometer com o
processo de transformação da realidade, alimentando um novo projeto comum de escola
e sociedade” (VASCONCELLOS, 1994, p. 85). Assim, o educador estará consciente que
seu trabalho servirá para construir uma sociedade mais humana e mais justa, onde o
direito do saber não pertence só a uma determinada classe de pessoas.
Com base nos preceitos já elencados o Colégio adota a avaliação dentro das
disposições orientadas como regras comuns ao Ensino Fundamental e Médio, previstas
na LDB 9394/96, Art. 24, Inciso V e Deliberação nº 007/99, e de acordo com as DCES de
cada disciplina, sendo contínua, cumulativa, processual e diagnóstica, com prevalência
dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
Ainda no aspecto avaliação, deve-se dar relevância a Recuperação de Estudos,
direito dos alunos, independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos
básicos, e dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo ensino-
aprendizagem.
Buscam-se processos de recuperação de estudos, porque os processos de ensino
e aprendizagem não foram completamente efetivados. De acordo com Vasconcellos
(2003, p.82) a recuperação de Estudos consiste na retomada de conteúdos durante o
processo de ensino e aprendizagem, permitindo que todos os alunos tenham
oportunidades de apropriar-se do conhecimento historicamente acumulado, por meio de
metodologia diversificada e participativa.
2.2.3 Conselho de Classe
O Conselho de Classe constitui-se parte integrante do processo avaliativo, onde
todos os sujeitos, de forma coletiva, se posicionam frente ao diagnóstico, analisam e
34
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
discutem acerca dos dados, avanços, problemas e proposições, para a tomada de
decisões que contemplem encaminhamentos relacionados às metodologias, ações e
estratégias que visem à aprendizagem e que levem em conta as
necessidades/dificuldades dos(as) estudantes.
A reunião de Conselho de Classe deverá ser registrada em Ata, a qual deverá
expressar os dados, avanços, dificuldades/necessidades e os encaminhamentos
definidos coletivamente.
A organização do Conselho de Classe compreende três etapas: Pré conselho
(levantamento de dados), reunião do Conselho de Classe (proposição) e Pós-conselho
(encaminhamentos das ações previstas na reunião do Conselho de Classe).
Os encaminhamentos demandados na reunião de Conselho de Classe podem
implicar em ações pertinentes:
a) à Equipe Pedagógica, como orientação aos estudantes, orientação ou retorno
aos pais ou responsáveis, subsídios aos planejamentos dos docentes, entre outras;
b) aos Docentes, como a retomada do Plano de Trabalho Docente (conteúdos,
encaminhamentos metodológicos, recursos, critérios e instrumentos de avaliação), na
gestão da sala de aula, em encaminhamentos para situações específicas ou individuais;
c) à Equipe Diretiva, dando suporte para as decisões tomadas pelo colegiado.
O Conselho de Classe Final é o momento em que o colegiado retoma as ações e
registros realizados (Pré-conselhos, Conselhos e Pós-conselhos), para fundamentar,
avaliar e definir, dentre os(as) estudantes com rendimento insuficiente, aqueles que
possuem ou não condições para prosseguir e acompanhar o período/ano subsequente,
desde que apresentem frequência igual ou superior à 75% (setenta e cinco por cento) no
cômputo geral do total de horas letivas.
a) neste momento, os Conselhos de Classe anteriores e os resultados dos
encaminhamentos realizados são referenciais que devem servir para definer parâmetros
– que não são quantitativos ou restritivos, mas sim qualitativos;
b) os parâmetros para promoção estão nos critérios definidos em conjunto. O
parecer dos docentes das disciplinas sobre os componentes curriculares obrigatórios ou
35
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
eletivos deve ser equânime, sendo que a situação de cada estudante a ser discutida no
Conselho Final, passa pela análise pedagógica de todos(as);
c) os professores das Atividades dos Programas que compõem a Educação
Integral em Turno Complementar deverão participar do Conselho de Classe e apresentar
o percurso formativo dos estudantes de forma a contribuir para aconsolidação do
processo educativo na instituição de ensino.
d) o registro na Ata final deve expressar a relação entre os parâmetros, as
discussões e os encaminhamentos realizados durante o ano/período letivo;
e) o(a) estudante aprovado por deliberação do colegiado no Conselho de Classe
Final não terá a sua nota alterada no LRC ou RCO.
2.2.4 Registros da Prática Pedagógica
Orientação aos docentes quanto a elaboração e correlação entre o PPP, a PPC e o PTD;
Orientação e verificação quanto a elaboração do PTD, visando o processo de ensino e
de aprendizagem; preparar, organizar e coordenar a Formação Continuada oferecida
pela SEED, com a finalidade da realização e o aprimoramento do trabalho pedagógico
escolar.
Discussão sobre dificuldades de aprendizagem e possíveis encaminhamentos na
Hora/atividade do professor (análise e orientação sobre a elaboração das avaliações
antes da impressão; registro da data e dos conteúdos a serem avaliados pelos
professores no site da instituição; divulgação de aulas e atividades diferenciadas no
referido site);
Reflexão com os profissionais da escola sobre as concepções de currículo, os
encaminhamentos metodológicos e avaliativos e sobre o processo de mediação do
conhecimento;
Subsídio e suporte aos docentes na análise, seleção e sequenciação dos conteúdos;
Subsídio teórico às ações e discussões escolares para a socialização do conhecimento;
Controle de faltas dos alunos e registro de relatórios do Sistema Educacional da Rede
de Proteção – SERP, com envio de casos às redes de proteção.
36
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Registro e acompanhamento do rendimento, comportamento e laudos dos alunos em
fichas individuais para tomada de decisões conjuntas com o conselho de classe e
familiares, bem como mediação construtiva dos conflitos que ocorrem no ambiente
escolar, fazendo cumprir as regras escolares pautadas no Regimento Escolar na busca
por uma cultura de Direitos Humanos.
Coordenação e acompanhamento da efetivação de procedimentos didático-pedagógicos
referentes à avaliação processual e aos processos de classificação, reclassificação,
aproveitamento de estudos, adaptação e progressão parcial, conforme legislação em
vigor;
Orientação e verificação quanto ao preenchimento do Livro Registro de Classe – RCO;
aos Planos de Reposição;
Orientação e verificação quanto a flexibilização curricular no intuito de atender as
necessidades educacionais dos estudantes;
Acompanhar a oferta e o desenvolvimento do Centro de Línguas Estrangeiras Modernas
– CELEM;
2.3 Atendimento Educacional Especializado ao público-alvo da Educação Especial
No Estado do Paraná, em cumprimento aos preceitos legais e às recomendações
de documentos nacionais e internacionais, que destacam diretrizes para a construção de
espaços educacionais inclusivos, a oferta de serviços de apoio complementar e
suplementar especializados, nas escolas da rede pública de ensino, para o público-alvo
da Educação Especial, é acrescido do atendimento aos alunos com transtornos
funcionais específicos, organizado na Sala de Recurso Multifuncional (SRM). O
atendimento especializado é ofertado a alunos com Deficiência Intelectual (DI),
Deficiência Física Neuromotora (DFN), Deficiência Visual e Baixa Visão (DV), Surdez,
Surdocegueira, Transtorno Global doDesenvolvimento (TGD), Transtornos Funcionais
Específicos (TFE) e Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD).
37
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
A ação pedagógica da SRM deve respeitar todas as particularidades do aluno, pois
cada um é único em suas características, que dependem de uma série de fatores dos
aspectos de desenvolvimento físico e socioemocional. Apesar de suas necessidades de
aprendizagem acadêmica, os alunos nas diferentes áreas de abrangência da Educação
Especial trazem conhecimentos de vida bastante valiosos, que precisam ser respeitados
e valorizados. Assim, os professores, tanto da SRM, quanto da classe comum, devem
acreditar na potencialidade deste aluno, estimulando a busca pelo conhecimento
acadêmico, e intervindo positivamente no desenvolvimento de suas habilidades
cognitivas e adaptativas, propondo um plano de intervenção pedagógica individualizado.
É necessário conhecer cada aluno na sua individualidade, respeitar o seu tempo,
reconhecer aquilo que é importante para cada um, formar vínculo, ajudá-lo a se perceber
e, principalmente, entender que a agressão nos momentos de agitação motora não se
dirige a professores, mas sim, às manifestações sintomáticas da sua estrutura psíquica.
Para que o trabalho colaborativo da SRM e das diferentes disciplinas ocorra com
sucesso, é necessário que os profissionais envolvidos mantenham um diálogo constante,
somem suas responsabilidades quanto ao processo de ensino, e após conhecer as
necessidades e potencialidadesdo aluno, estabeleçam objetivos comuns a serem
alcançados, como possibilitar o acesso e a flexibilização curricular, a avaliação
diferenciada, a organização de metodologia e estratégias pedagógicas, de forma a
atender às necessidades educacionais especiais dos educandos.
2.4 Articulação entre as etapas de ensino
A transição entre as duas etapas da Educação Básica requer muita atenção, para
que haja equilíbrio entre as mudanças introduzidas, garantindo integração e continuidade
dos processos de aprendizagens das crianças, respeitando suas singularidades e as
diferentes relações que elas estabelecem com os conhecimentos, assim como a natureza
das mediações de cada etapa. Torna-se necessário estabelecer estratégias de
acolhimento e adaptação tanto para as crianças quanto para os docentes, de modo que
38
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
a nova etapa se construa com base no que a criança sabe e é capaz de fazer, em uma
perspectivade continuidade de seu percurso educativo.
Além disso, para que as crianças superem com sucesso os desafios da transição,
é indispensável um equilíbrio entre as mudanças introduzidas, a continuidade das
aprendizagens e o acolhimento afetivo, de modo que a nova etapa se construa com base
no que os educandos sabem e são capazes de fazer, evitando a fragmentação e a
descontinuidade do trabalho pedagógico.
O Ensino Fundamental, com nove anos de duração, é a etapa mais longa da
Educação Básica, atendendo estudantes entre 6 e 14 anos. Há, portanto, crianças e
adolescentes que, ao longo desse período, passam por uma série de mudanças
relacionadas a aspectos físicos, cognitivos, afetivos, sociais, emocionais, entre outros.
Como já indicado nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de
Nove Anos (Resolução CNE/CEB nº 7/2010)28, essas mudanças impõem desafios à
elaboração de currículos para essa etapa de escolarização, de modo a superar as
rupturas que ocorrem na passagem não somente entre as etapas da Educação Básica,
mas também entre as duas fases do Ensino Fundamental: Anos Iniciais e Anos Finais.
Essa transição se caracteriza por mudanças pedagógicas na estrutura
educacional, decorrentes principalmente da diferenciação dos componentes curriculares.
Como bem destaca o Parecer CNE/CEB nº 11/2010, “os alunos, ao mudarem do
professor generalista dos anos iniciais para os professores especialistas dos diferentes
componentes curriculares, costumam se ressentir diante das muitas exigências que têm
de atender, feitas pelo grande número de docentes dos anos finais” (BRASIL, 2010).
Realizar as necessárias adaptações e articulações, tanto no 5º quanto no 6º ano, para
apoiar os alunos nesse processo de transição, pode evitar ruptura no processo de
aprendizagem, garantindo-lhes maiores condições de sucesso.
Ao longo do Ensino Fundamental – Anos Finais, os estudantes se deparam com
desafios de maior complexidade, sobretudo devido à necessidade de se apropriarem das
diferentes lógicas de organização dos conhecimentos relacionados às áreas. Tendo em
vista essa maior especialização, é importante, nos vários componentes curriculares,
retomar e ressignificar as aprendizagens do Ensino Fundamental– Anos Iniciais no
39
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
contexto das diferentes áreas, visando ao aprofundamento e à ampliação de repertórios
dos estudantes. Nesse sentido, também é importante fortalecer a autonomia desses
adolescentes, oferecendo-lhes condições e ferramentas para acessar e interagir
criticamente com diferentes conhecimentos e fontes de informação.
Os estudantes dessa fase inserem-se em uma faixa etária que corresponde à
transição entre infância e adolescência, marcada por intensas mudanças decorrentes de
transformações biológicas, psicológicas, sociais e emocionais. Nesse período de vida,
como bem aponta o Parecer CNE/CEB nº 11/2010, ampliam-se os vínculos sociais e os
laços afetivos, as possibilidades intelectuais e a capacidadede raciocínios mais abstratos.
Os estudantes tornam-se mais capazes de ver e avaliar os fatos pelo ponto de vista do
outro, exercendo a capacidade de descentração, “importante na construção da
autonomia e na aquisição de valores morais e éticos” (BRASIL, 2010).
2.5 Articulação entre diretores, pedagogos, professores, Agentes Educacionais I e II
O ano letivo não se inicia sem que haja um primeiro encontro envolvendo
principalmente os agentes internos do processo de organização escolar assim, ocorre as
chamadas “Semanas Pedagógicas”.
Nesse período os educadores se reúnem para fazer um balanço avaliativo do ano
letivo anterior e apontar caminhos para o planejamento do ano letivo que se inicia. Nesse
espaço coletivo os segmentos de professores, funcionários, direção e equipe
pedagógica, principalmente, tem a oportunidade de analisar o trabalho pedagógico
realizado, avaliar os avanços ou não e chamar a responsabilidade de cada um para que
este trabalho possa ter sucesso. Também são realizadas reuniões pedagógicas durante
o ano letivo, grupo de estudos em que todos os segmentos são chamados a participar,
Conselho de Classe e reuniões por segmentos, onde os assuntos específicos a cada
setor são tratados com a direção.
Também são realizadas confraternizações envolvendo o coletivo escolar a fim de
estabelecer laços de amizades, companheirismo e fortalecimento do trabalho em grupo.
40
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
2.6 Articulação da instituição de ensino com os pais e/ou responsáveis
A presença dos pais na escola é muito importante na construção da educação.
Conhecer a família de um aluno é conhecer e compreender o próprio aluno, a
convivência no seio familiar resulta na vida dos educandos de forma positiva ou negativa.
Se uma criança está envolvida diariamente em um ambiente hostil certamente agirá
assim, o contrário acontece com uma criança que vive em um lar de muita calma, carinho
e educação, pois será assim que se apresentará na escola.
Com base nessa afirmativa fica claro que, se não houver a participação efetiva dos
pais, o processo educativo restrito à escola é insuficiente para uma educação completa.
O primeiro passo que um professor deve desenvolver é o de criar manobras em conjunto
com a família dos educandos com intuito de facilitar o enfrentamento de situações
inusitadas que ocorrem continuamente na escola, mais especificamente, na sala de aula.
Isto pode acontecer por meio de reuniões para dialogar sobre o cotidiano da sala de aula,
entrega de boletins, assembleias, atividades de socialização como festa junina,
interclasse, Gincana de Leitura e outros.
2.7 Formação Continuada dos profissionais da educação
A formação continuada para os profissionais da educação acontece durante os
Encontros Pedagógicos previstos em calendário escolar estabelecida pela mantenedora,
por meio do Núcleo Regional de Ensino/SEED e quando organizada pela escola,
sobrevém nos momentos de Conselho de Classe, por meio de Projetos de Grupos de
Estudos organizados pelos profissionais da educação sobre análise de conjuntura
internacional, nacional, estadual e municipal, discussões acerca da carreira e condições
41
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
de trabalho dos profissionais da educação e debates sobre a aprendizagem e avaliação
do processo de ensino-aprendizagem.
2.8 Acompanhamento e realização da hora-atividade
Hora-atividade constitui-se no tempo reservado aos professores em exercício de
docência para estudos, avaliação, planejamento, participação em formações continuadas
e em outras atividades de caráter pedagógico, preferencialmente de forma coletiva,
devendo ser cumprida integralmente na instituição de ensino na qual o profissional esteja
suprido e no mesmo turno das aulas a ele atribuídas.
A hora-atividade será organizada de forma a promover ao professor junto com o
pedagogo:
a) participar dos cursos de formação continuada ofertados pela mantenedora;
b) elaborar, avaliar e acompanhar continuamente o processo ensino e aprendizagem
desenvolvido em sala de aula;
c) planejar ações e intervenções pedagógicas a partir do diagnóstico da realidade
escolar, tendo como subsídios o Projeto Político-Pedagógico, a Proposta Pedagógica
Curricular/Plano de Curso, o Regimento Escolar e o Plano de Ação da instituição de
ensino;
d) participar em atividades de estudos e reuniões técnico-pedagógicas promovidas pela
instituição de ensino e/ou pelo NRE;
e) participar em grupos de estudos disciplinares e interdisciplinares com os demais
professores, objetivando discutir e planejar encaminhamentos teórico metodológicos, no
intuito de obter uma prática pedagógica interdisciplinar e o desenvolvimento de ações
relativas ao Plano de Ação da instituição de ensino;
f) planejar ações de intervenção didático-pedagógicas para os estudantes com
dificuldades no desempenho escolar;
42
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
g) analisar e planejar ações de intervenção sobre os resultados das avaliações internas
e externas dos estudantes, com vista à organização das ações pedagógicas de melhoria
do processo ensino-aprendizagem;
h) o professor que atua no Atendimento Educacional Especializado deverá reunir-se com
os professores das disciplinas das turmas para elaborar, avaliar e acompanhar
continuamente o processo ensino-aprendizagem desenvolvido neste atendimento de
forma colaborativa;
i) apresentar à equipe pedagógica os registros do Livro Registro de Classe On-line –
LRCO;
j) atender os responsáveis pelos estudantes, quando necessário.
43
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
2.9 Organização do tempo, espaço pedagógico e critérios de organização das turmas
2.9.1 – Ensino Fundamental – Anos Finais
SERIAÇÃO TURNO TURMA QTDE ALUNOS
6º ano Tarde A 29
6º ano Tarde B 28
6º ano Tarde C 27
6º ano Tarde D 25
6º ano Tarde E 26
6º ano Tarde F 26
7º ano Tarde A 28
7º ano Tarde B 26
7º ano Tarde C 27
7º ano Tarde D 26
7º ano Tarde E 30
7º ano Tarde F 29
8º ano Tarde A 28
8º ano Tarde B 29
8º ano Tarde C 29
8º ano Tarde D 28
9º ano Manhã A 33
9º ano Manhã B 33
9º ano Manhã C 31
9º ano Manhã D 30
9º ano Manhã E 32
9º ano Manhã F 32
2.9.2 – Ensino Médio
SERIAÇÃO TURNO TURMA QTDE ALUNOS
1ªsérie Manhã A 38
1ªsérie Manhã B 39
1ªsérie Manhã C 36
1ªsérie Manhã D 39
1ªsérie Noite E 33
2ªsérie Manhã A 30
2ªsérie Manhã B 31
2ªsérie Manhã C 31
2ªsérie Noite D 20
3ªsérie Manhã A 28
3ªsérie Manhã B 30
3ªsérie Noite C 22
44
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
45
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
2.9.5.4 – Salas de Apoio à Aprendizagem
SERIAÇÃO TURNO TURMA DISCIPLINA QTDE
ALUNOS
6ºano Manhã A Língua
Portuguesa 18
6ºano Manhã A Matemática 18
7ºano Manhã B Língua
Portuguesa 15
7ºano Manhã B Matemática 18
2.9.5.5 – Sala de Recursos Multifuncional
SERIAÇÃO TURNA TURMA QTDE
ALUNOS
Sem Seriação Manhã A 7
Sem Seriação Manhã B 5
Sem Seriação Manhã C 7
Sem Seriação Tarde A 8
Sem Seriação Tarde B 5
Sem Seriação Tarde C 6
2.9.5.6– CELEM
SERIAÇÃO TURNO TURMA QTDE ALUNOS
Espanhol 2 Intermediário
Tarde A 19
Espanhol 1 Manhã A 26
Espanhol 1 Intermediário
Tarde B 28
2.9.5.7- Biblioteca
A Biblioteca deve cumprir importante papel no ambiente escolar, promovendo
não apenas o hábito de leitura, mas também o hábito de estudar, para Campello (2009,
p.8) a biblioteca escola é capaz de promover “maior autonomia dos alunos no uso da
46
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
biblioteca, melhor qualidade dos trabalhos escolares, desenvolvimento do hábito de
estudar”.
Nossa Biblioteca possui um acervo de livros vindos do FNDE, PROEMI
adquiridos em parte com recursos da APMF, e livros didático-pedagógicos de apoio para
os professores.
No ano de 2017 foi inaugurado um espaço de leitura integrado a biblioteca com
bancos e paisagismo onde os alunos possuem um lugar agradável e aconchegante para
cultivar o hábito de ler.
2.10 Laboratórios
O colégio possui uma sala para laboratório de Física e Biologia e uma sala para
laboratório de Química e Ciências ambas com imobiliário e instrumentos necessários
para funcionamento, porem sem laboratorista habilitadas para auxilio dos professores.
2.11 Índice de aproveitamento Escolar
Para chegarmos ao índice de aproveitamento escolar leva-se em conta os
indicadores internos (aprovação, reprovação e evasão) e externos (IDEB, INEP eSAEP).
Todos estes dados são utilizados nas formações e reuniões com os profissionais de
educação como elemento importante no comprometimento de todos para tomada de
decisões e encaminhamentos de atividades do ano letivo.
O IDEB é o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, criado em 2007, pelo
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), formulado
para medir a qualidade do aprendizado nacional e estabelecer metas para a melhoria do
ensino.
O Ideb funciona como um indicador nacional que possibilita o monitoramento da
qualidade da Educação pela população por meio de dados concretos, com o qual a
47
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
sociedade pode se mobilizar em busca de melhorias. Para tanto, o Ideb é calculado a
partir de dois componentes: a taxa de rendimento escolar (aprovação) e as médias de
desempenho nos exames aplicados pelo Inep. Os índices de aprovação são obtidos a
partir do Censo Escolar, realizado anualmente.
As médias de desempenho utilizadas são as da Prova Brasil, para escolas e
municípios, e do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), para os estados e o
País, realizados a cada dois anos. As metas estabelecidas pelo Ideb são diferenciadas
para cada escola e rede de ensino, com o objetivo único de alcançar 6 pontos até 2022,
média correspondente ao sistema educacional dos países desenvolvidos.
O INEP divulga a cada edição do Saeb, resultados agregados para os estratos
Brasil, Unidades da Federação e Regiões, desagregados por dependência administrativa
e localização. A partir de 2005, com a criação da Prova Brasil, municípios e escolas
também passaram a ter seus resultados divulgados. A disponibilização dos resultados
variou ao longo das edições entre relatórios consolidados, sistemas de acesso a
resultados ou boletins de desempenho.
IDEB - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
ANO ÍNDICE
Ens. Fundamental Anos Finais 2013 4,5
Ens. Fundamental Anos Finais 2015 3,9
Ens. Fundamental Anos Finais 2017 *
* Número de participantes no SAEB insuficiente para que os resultados sejam divulgados.
O SAEP é um sistema próprio de avaliação do Estado do Paraná e tem como
objetivo disponibilizar informações relevantes quanto ao desenvolvimento cognitivo dos
estudantes, descrevendo os conhecimentos desenvolvidos em Língua Portuguesa e
Matemática, além de se deter nos fatores associados a esse desempenho, com
resultados e análises produzidos desde o nível do estudante até o do Estado. A avaliação
externa fornece informações para que gestores da escola e professores possam realizar
48
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
um diagnóstico nas áreas em que atuam e planejar ações educativas mais eficientes. Em
Língua Portuguesa é avaliada a leitura, prática que perpassa todas as disciplinas da
escola. Na disciplina de Matemática, os conceitos são avaliados por meio da metodologia
de resolução de problemas. Essa metodologia pode proporcionar ao estudante condições
para que pense matematicamente, aplicando conhecimentos matemáticos, também, em
situações problemas do cotidiano.
A avaliação é um processo fundamental para a administração do ensino, como
condição para melhoria da educação e da aprendizagem, assim ela apresenta três
objetivos básicos:
- a definição de subsídios para a formulação de políticas educacionais;
- o acompanhamento ao longo do tempo da qualidade da educação;
- a produção de informações capazes de desenvolver relações significativas entre as
unidades escolares e órgãos centrais ou distritais de secretarias, bem como iniciativas
dentro das escolas.
Resultados do SAEP 2017
SÉRIE/TURMA DISCIPLINA PROFICIÊNCIA MÉDIA
9º ano Língua Portuguesa 256,7
9º ano Matemática 262,5
3ª série Língua Portuguesa 248,4
3ª série Matemática 251,4
RENDIMENTO ESCOLAR INDICADORES APROVAÇÃO 2016 2017
Ensino Fundamental - Anos Finais 72,1% 79,38%
Ensino Médio 73,7% 73,56%
INDICADORES REPROVAÇÃO 2016 2017 Ensino Fundamental - Anos Finais 26,5% 20,18%
Ensino Médio 17,0% 17,53%
49
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
INDICADORES ABANDONO 2016 2017 Ensino Fundamental - Anos Finais 1,4% 0,44%
Ensino Médio 9,3% 8,91%
2.11.1 Abandono Escolar
Para combater a Evasão Escolar desde 2013 o governo do estado lançou o
Programa de Combate ao Abandono Escolar. O programa é um plano de ação destinado
a combater o abandono escolar nas instituições de ensino da Rede Estadual de
Educação. Seu objetivo principal é resgatar estudantes com 5 (cinco) faltas/dias
consecutivas ou 7(sete) faltas/dias alternados por meio de ações integradas entre a
escola e a Rede de Proteção à criança e ao adolescente, para evitar que essas faltas se
efetivem como evasão escolar.A partir de 2015 o Programa de Combate ao Abandono
Escolar tornou-se informatizado através do SERP (Sistema Educacional da Rede de
Proteção) que promete mais agilidade e eficácia ao programa .
Para que a evasão não aconteça, a instituição escolar deve ficar atenta, a fim de
perceber em que momento as causas que levam à infrequência extrapolam a sua
competência, para então acionar as demais instituições que compõem a Rede de
Proteção da criança e do adolescente para promover a reintegração escolar do estudante
infrequente.
2.11.2 Prevenção ao uso de álcool e outras drogas / enfrentamento às violências na instituição de ensino
O enfrentamento e prevenção a todas as formas de violências, uso de drogas e
álcool que se manifestam em âmbito escolar, não são tarefas fáceis, devido à
complexidade própria destes fenômenos. Tais ações devem ser tratadas
pedagogicamente e exigem conhecimento sobre essa temática e acerca da legislação
educacional, pois os princípios teóricos que embasam estas discussões não podem estar
descolados dos procedimentos à prevenção e enfrentamento às violências.
50
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
É na escola que a criança/adolescente passa a maior parte do tempo, portanto a
escola é um espaço para desenvolver atividades educativas, visando à qualidade de vida
e educação para a saúde. Ela tem a responsabilidade da prevenção primária e
secundária.
A Educação em Direitos Humanos é a maneira mais efetiva na prevenção às
violências, pois visa o fortalecimento de direitos que buscam a proteção e promoção dos
sujeitos de direitos e de responsabilidades. A EDH vem ser a possibilidade de
transformação social, dado que a escola se configura como o lócus privilegiado para o
desenvolvimento e universalização desta premissa, como espaço propício para
discussões de maneira permanente e contínua sobre o respeito às diversidades de ordem
sexual, religiosa, étnica, racial, cultural, social, como forma de efetivar uma educação em
e para os direitos humanos.
2.12 Relação entre profissionais da Educação e discentes
A sala de aula não é um lugar apenas para a transmissão de conteúdos teóricos,
é também um local de transmitir valores, dar a liberdade de expressar opiniões, dar a
possibilidade de o estudante entrar em debates e questionar o próprio pensamento,
desenvolvendo uma interpretação e transformação da sociedade.
Educadores que estão aptos a respeitar o desenvolvimento que o educando vem
adquirindo no decorrer do ano letivo precisam saber da necessidade de se manter um
diálogo, se colocando na posição de quem sabe que também está ali para aprender.
Levando os seus alunos a praticarem uma reflexão crítica, comprometidos com uma
produção de conhecimento em sala, mantendo a liberdade de também desenvolver com
seus alunos uma amizade, podendo ensinar e aprender através de experiências
trocadas.
Não podemos nos esquecer que tão importante quanto manter uma confiança
entre docente e discente é a preocupação em manter o cumprimento ético do dever de
educador. Situações de diferenciação em determinados alunos, permitindo a livre escolha
51
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
quanto a entrega de trabalhos ou a aprovação apenas por empatia, não devem fazer
parte da personalidade de um educador, base para uma educação ética.
“A afetividade não se acha excluída da cognoscibilidade. O que não posso obviamente permitir é que minha afetividade interfira no cumprimento ético de meu dever de professor no exercício de minha autoridade. Não posso condicionar a avaliação do trabalho escolar de um aluno ao maior ou menor bem querer que tenha por ele.” (FREIRE, p.159-60)
3.0 FUNDAMENTOS TEÓRICOS (MARCO CONCEITUAL)
3.1- Educação, Homem (infância, adolescência, juventude, adulto e idoso), Mundo, Sociedade e Cidadania.
O Projeto Político-Pedagógico da instituição busca, no marco conceitual,
expressar as concepções de sujeito, de educação, de mundo, de sociedade e cidadania,
de formação humana integral, envolvendo Cultura, Ciência, Tecnologia, Escola e
Trabalho e demais aspectos em que está inserida curricularmente. Este documento trata
da organização do trabalho pedagógico da instituição como um todo, preservando a
totalidade, sendo que “a principal possibilidade de construção do projeto político-
pedagógico passa pela relativa autonomia da escola, de sua capacidade de delinear sua
própria identidade. Isto significa resgatar a escola como espaço público, lugar de debate,
do diálogo, fundado na reflexão coletiva” (VEIGA, 2005, p. 14).
Os conceitos aqui expressos definem as discussões realizadas entre os
segmentos no coletivo da instituição, por meio de grupo de estudos e reuniões,
verificando-se a preferência pela Pedagogia Progressista1, onde a educação possibilita
a compreensão da realidade histórico-social e explicita o papel do sujeito construtor e
transformador dessa mesma realidade.
Ligada a esta, seguimos a Teoria Crítica, que sustenta a finalidade sócio política
da educação e a Tendência Histórico-crítica, pelo fato desta defender a escola como
1Ver tabela das tendências pedagógicas de Maria M. F. FEIGES - UFPR, 2003, p. 8, disponível em:
http://projetosntenoite.pbworks.com/w/file/fetch/59664135/tendencias_pedagogicas.pdf . Acesso em 03/03/2018.
52
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
socializadora dos conhecimentos universais, além de articular entre o ato político e
pedagógico, além de adotar as bases psicológicas da Teoria Histórico-cultural –
vigotskiana, por seguirem a mesma concepção filosófica: o Materialismo Histórico-
dialético, uma vez que valorizam os conteúdos científicos, questionando o modelo
hegemônico vigente.
A opção por esta linha metodológica é que ela pressupõe uma práxis educativa
fundamentada teoricamente, havendo a concepção dialética da história (movimento e
transformação) e da materialidade de cada conteúdo, onde a intersubjetividade e a
interação social são mediadas pela competência do professor em situações objetivas.
Como “modelo de conhecimento, ocorre a ênfase nas relações histórico-sociais que
constituem o objeto e o sujeito numa relação dialética” (FEIGES, 2003, p. 12).
Comungando com esta linha, definem-se como metodologias adotadas pela
maioria docente da Instituição em questão, a “Metodologia da Mediação Dialética” – de
Maria Eliza Brefere Arnoni (UNESP) e a “Didática para a Pedagogia Histórico-crítica” –
de João Luiz Gasparin (UEM) citada nas DCEPR (2008), que serão descritas na
sequência.
Por sua vez, a tarefa desta linha pedagógica em relação à educação escolar
implica na identificação das formas mais desenvolvidas em que se demonstra o saber
objetivo produzido historicamente, reconhecendo as condições de sua produção e
compreendendo as suas principais manifestações; a conversão do saber objetivo em
saber escolar de modo a torná-lo assimilável pelos alunos das camadas populares no
espaço e tempo escolares; o fornecimento dos meios necessários para que os alunos,
além de assimilarem o saber objetivo enquanto resultado, também apreendam o
processo de sua produção, bem como as tendências de sua transformação.
A educação é uma prática social, uma atividade específica dos homens situando-
os dentro da história. De acordo com SAVIANI (2008, p. 12), a” educação é um fenômeno
próprio dos seres humanos, o que significa afirmar que ela é, ao mesmo tempo, uma
experiência do e para o processo de trabalho, bem como é ela própria, um processo de
trabalho”.
53
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Na obra ‘Pedagogia Histórico-crítica’, Saviani (2008, p. 13) considera a educação
como “o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a
humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens”. É
papel da educação tornar o ser humano contemporâneo, atualizado, a sua época por
meio da apropriação do conjunto cultural acumulado historicamente. Assim, educação é
processo de apropriação da totalidade das objetivações humanas que resultaram de todo
o processo histórico desenvolvido pela humanidade, que, por não ser herdada, deve ser
assimilada pelo homem (SAVIANI, 2013, p. 80)2.
Esse processo de humanização se dá por meio da sociabilização. O ato de
transmissão/assimilação da cultura que caracteriza o ato de educar, enquanto formação
humana. Isso significa entender a educação dentro de uma perspectiva que a considera
intrínseca ao homem, pois, por meio dela, o homem torna-se homem. A educação escolar
se diferencia da educação geral, uma vez que o campo no qual a escola está voltada
está direcionada não a produção da ciência, mas ao seu ensino, isto é, a capacidade de
transformar do saber científico e elaborado em saber escolar, em conteúdo curricular.
Nesta perspectiva, na concepção de homem como sujeito transformador, entende-
se que é um ser natural, histórico e social. Para sobreviver, precisa relacionar-se com a
natureza, pois dela provêm condições que lhe permite perpetuar-se enquanto espécie.
Na busca das condições para a sua sobrevivência, o ser humano atua sobre a natureza
transformando-a segundo suas necessidades e para além delas. Nesse processo de
transformação, ele envolve múltiplas relações em determinado momento histórico,
acumulando experiências, e em decorrência, produz conhecimentos que são transmitidos
de geração a geração por meio da educação e da cultura.
As Diretrizes Curriculares Estaduais do Estado do Paraná referem-se que na
educação básica “o sujeito é fruto de seu tempo histórico, das relações sociais em que
está inserido, mas é, também, um ser singular, que atua no mundo a partir do modo como
o compreende e como dele lhe é possível participar” (DCEPR, 2008, p. 14). O mesmo
documento diz (2008, p. 14), na fala de Frigotto, que a esta etapa pertencem crianças,
2SAVIANI, Dermeval. Aberturas para a história da educação: do debate teórico metodológico no campo da história ao
debate sobre a construção do sistema nacional de educação no Brasil. Campinas, SP: Autores Associados, 2013.
54
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
jovens e adultos, “[...] em geral oriundos das classes assalariadas, urbanas ou rurais, de
diversas regiões e com diferentes origens étnicas e culturais, os quais devem ter acesso
ao conhecimento produzido pela humanidade que, na escola, é veiculado pelos
conteúdos das disciplinas escolares”.
Neste sentido, para entender o aluno, aborda-se a ideia do Caderno de Debates
da VII Conferência Estadual de Educação da APP-Sindicato (2017, p.108), que ressalta
ser necessário superar a noção homogênea e natural, passando a percebê-lo como:
[...] sujeito com valores, comportamentos, visões de mundo, interesses e necessidades singulares. Trata-se de considerá-lo em suas múltiplas dimensões, com especificidades próprias que não estão restritas às dimensões biológicas e etária, mas que se encontram articuladas com uma multiplicidade de atravessamentos históricos, sociais e culturais, produzindo múltiplas culturas juvenis. Além disso, deve-se também aceitar a existência de pontos em comum que permitam tratá-lo como uma “categoria social”. Dentre suas características, podemos destacar sua ansiedade em relação ao futuro, sua necessidade de se fazer ouvir e sua valorização da sociabilidade.
Geralmente coloca-se o mundo adulto como sendo a referência para as ações
educativas, negando-se a importância do fazer no e para o tempo presente, produzindo,
assim, uma educação pautada apenas no futuro. Reduz-se com isso as oportunidades
de se planejar a escola como um espaço de formação para o presente, podendo relegá-
la a uma obrigação tediosa e sem sentido. Sobretudo no Ensino Médio e quando são
oriundos de famílias com menor renda, diz o mesmo documento da Conferência Estadual
de Educação (2017, p.109), que os estudantes:
[...] vivenciam uma relação paradoxal com a escola porque, ao mesmo tempo em que reconhecem seu papel fundamental no que se refere à empregabilidade, não conseguem atribuir-lhe um sentido imediato. Vivem ansiosos(as) por uma escola que lhes proporcione chances mínimas de trabalho e que também se relacione com suas experiências e necessidades presentes. Muitos(as) abandonam a escola ao conseguir emprego, alegando falta de tempo para continuar estudando. Todavia, é possível que, se os(as) adolescentes e jovens atribuíssem um sentido mais vivo e uma maior importância à sua escolarização, uma parcela maior continuaria frequentando as aulas, mesmo depois de empregados(as).
55
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Entender o processo de transformação é relevante para a compreensão das
dificuldades constatadas nas relações entre jovens e escola. O desencaixe entre eles
não deve ser encarado como oriundo de incompetência da instituição, nem desinteresse
dos alunos, mas de transformações sociais em curso que produzem sujeitos com
costumes, valores e práticas sociais que os tornam muito distintos das gerações
anteriores.
Brota, então, a necessidade de definir qual a melhor formação e tipo de
participação social que estes sujeitos devem assumir. Para dar conta disto, a escola deve
pautar seu trabalho pedagógico fundamentado em metodologias dialéticas, valorizando
o conhecimento e os conteúdos de ensino, a fim de consentir aos docentes e estudantes,
juntos, conscientizarem-se e emanciparem-se, contestando-se as configurações
alienantes e colonialistas de educação. E esse processo educativo se constitui como
produção da existência humana.
Estes sujeitos fazem parte do alunado da Educação Fundamental II como crianças
e adolescentes. Caracteriza-se a infância como o período de crescimento que vai do
nascimento até o ingresso na puberdade, por volta dos onze anos de idade – onde inicia
a pré-adolescência. Esse significado é em função das transformações sociais. Percebe-
se que toda a sociedade tem seus sistemas de classes de idades e a cada uma delas é
associado um sistema de status e de papel. Sobre a educação deste alunado, sob o
ponto de vista histórico,
A educação da criança esteve sob a responsabilidade exclusiva da família durante séculos, porque era no convívio com os adultos e outras crianças que ela participava das tradições e aprendia as normas e regras da sua cultura. Na sociedade contemporânea, por sua vez, a criança tem a oportunidade de frequentar um ambiente de socialização, convivendo e aprendendo sobre sua cultura mediante diferentes interações com seus pares (PASCHOAL e MACHADO, 2009, p. 79)3.
3PASCHOAL, Jaqueline Delgado e MACHADO, Maria Cristina Gomes. “A história da educação infantil no brasil:
avanços, retrocessos e desafios dessa modalidade educacional”. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n.33, p. 79, mar.2009 - ISSN: 1676-2584. Disponível em: http://www.ceap.br/material/MAT14092013163751.pdf. Acessado em 07/04/2018.
56
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
De acordo com estudos de Marilda Gonçalves Dias Facci, pesquisadora do
Departamento de Psicologia da UEM (2004, p. 724), “É a sociedade que determina o
conteúdo e a motivação na vida da criança, pois todas as atividades dominantes
aparecem como elementos da cultura humana. E, de acordo com as características
objetais e de conteúdos das atividades dominantes, [...]” destacam-se as atividades de
estudo.
O ensino desta Instituição deve, portanto, nesse estágio, introduzir o aluno na
atividade de estudo, de forma que se aproprie dos conhecimentos científicos, pois
“surgem a consciência e o pensamento teórico e desenvolvem-se, entre outras funções,
as capacidades de reflexão, análise e planificação mental” (Idem, ibidem, p. 69). E ainda
explicita que o “[...] pensamento da criança evolui em função do domínio dos meios
sociais do pensamento, quer dizer, em função da linguagem”.
O documento acatado pela Instituição de Ensino, que normatiza direitos e deveres
desta faixa etária é o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA5 – sob a Lei nº 8.069,
de 13 de julho de 1990, que dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente,
considerando-se, no artigo 2º, “criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos
de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade”.
Assim como a infância, a adolescência – alunado do Ensino Fundamental II e do
Ensino Médio – deve ser pensada para além da idade cronológica, da puberdade e
transformações que ela acarreta, ou de elementos determinados de modo natural. A
adolescência deve ser pensada como uma categoria que se constrói, se exercita e se
reconstrói dentro de uma história e tempo específicos. Ainda em conformidade com os
textos de FACCI (2004a, p. 71), a adolescência é o período de desenvolvimento mais
crítico e, nessa idade
4FACCI, Marilda Gonçalves Dias. “A periodização do desenvolvimento psicológico individual na perspectiva de
Leontiev, Elkonin e Vigotski”. Cad. Cedes. Campinas, vol. 24, n. 62, 2004a. Disponível em http://www.cedes.unicamp.br . Acessado em 09/04/2018. 5ECA (atualizado em 2017): Disponível em : http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acessado em
09/04/2018.
57
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
A interação com os companheiros é mediatizada por determinadas normas morais e éticas (regras de grupo). A atividade de estudo ainda continua sendo considerada importante para os jovens e ocorre, por parte dos alunos, o domínio da estrutura geral da atividade de estudo, a formação de seu caráter voluntário, a tomada de consciência das particularidades individuais de trabalho e a utilização desta atividade como meio para organizar as interações sociais com os companheiros de estudo. Segundo Vigotski (1996), nessa fase de desenvolvimento se produz no adolescente um importante avanço no desenvolvimento intelectual, formando-se os verdadeiros conceitos. O pensamento por conceito abre para o jovem um mundo da consciência social, e o conhecimento da ciência, da arte e as diversas esferas da vida cultural podem ser corretamente assimiladas. O pensamento abstrato desenvolve-se cada vez mais e o pensamento concreto começa a pertencer ao passado. O conteúdo do pensamento do jovem converte-se em convicção interna, em orientações dos seus interesses, em normas de conduta, em sentido ético, em seus desejos e seus propósitos. Por meio da comunicação pessoal com seus iguais, o adolescente forma os pontos de vista gerais sobre o mundo, sobre as relações entre as pessoas, sobre o próprio futuro e estrutura-se o sentido pessoal da vida. Esse comportamento em grupo ainda dá origem a novas tarefas e motivos de atividade dirigida ao futuro, e adquire o caráter de atividade profissional de estudo.
Do mesmo modo, Ozella e Fonseca6, nos estudos Vigotskianos, afiançam que a
adolescência é compreendida como um momento de um processo e, como tal, em
construção, que pode ser diferente do que está sendo para o próprio adolescente e para
uma sociedade. E ainda, esse processo
É entendido como não natural e universal, mas produto de sua história de vida, enquanto sujeito pertencente a um grupo social, a uma cultura, da qual recebe influência e sobre a qual age dialeticamente; [...] a chamada crise da adolescência – pode ser saudável, possibilitando que cada um seja sujeito de sua própria história, capaz de fazer suas escolhas dentro de suas possibilidades objetivas e subjetivas, desenvolvendo uma autoconsciência e autonomia diante do contexto. Essa compreensão não nega as mudanças biológicas, mas as entende também como significadas histórica e socialmente.
6OZELLA, Sérgio e FONSECA, Débora Cristina. “As concepções de adolescência”. 2009. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832010000200014. Acessado em: 10/04/2018.
58
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
O jovem e o adulto (este em minoria nesta Instituição de Ensino), também são
sujeitos do Ensino Médio. De acordo com o Estatuto da Juventude, que trata dos
princípios e diretrizes das políticas públicas, no seu parágrafo 1º, são consideradas
jovens as pessoas com idade entre 15 (quinze) e 29 (vinte e nove) anos de idade. No seu
artigo 7º, o jovem tem direito à educação de qualidade, com a garantia de educação
básica, obrigatória e gratuita, inclusive para os que a ela não tiveram acesso na idade
adequada.
A partir do determinante biológico, juventude seria a definição de um período
cronológico da vida do sujeito. Contudo, questiona-se a unicidade do conceito de
juventude e propõe o tratamento diferenciado deste fenômeno de acordo com a
heterogeneidade das trajetórias individuais imposta pela estratificação social.
No Brasil, pessoas acima de 60 (sessenta) anos são consideradas idosas –
esclarecido no artigo 1º da Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, que dispõe sobre o
Estatuto do Idoso7. Em seu artigo 10, normatiza que “É obrigação do Estado e da
sociedade, assegurar à pessoa idosa a liberdade, o respeito e a dignidade, como pessoa
humana e sujeito de direitos civis, políticos, individuais e sociais, garantidos na
Constituição e nas leis”. Por conta disto, tem-se ensinado o alunado da Instituição sobre
os benefícios de se envelhecer de modo ativo, inserido na sociedade e culturalmente
produtivo. O processo de envelhecimento está sendo estudado de forma ampla e
interdisciplinar e gera um desafio aos recursos adaptativos, devido à existência de perdas
e limitações inerentes a ele, os quais demandam do idoso a reflexão sobre sua existência,
conquistas e sua qualidade de vida desde o seu existir.
Diante de todas estas faixas etárias, dentre as ideias que as pessoas produzem,
parte delas constitui o conhecimento referente à concepção de mundo. Há necessidade,
em sala de aula, de se combater a neutralidade, a generalidade e a forma acrítica de
mundo, onde predomina na matriz social a ideia de um senso comum, que por si mesmo
já é uma visão de mundo, no sentido de manter em funcionamento uma sociedade onde
predomina uma classe social sobre a outra, que faz calar, consentir e sedimentar, como
7Estatuto do Idoso. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.741.htm . Atualizado em 2017.
Acessado em 10/04/2018
59
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
se não houvesse outra forma de existência social. Romper com esta normalidade de
pensar ou, pelo menos, apresentar argumentos de que podem desacomodar a forma de
perceber a organização social, e despertar para uma nova visão de mundo, torna-se um
desafio diário na escola. De acordo com a visão de Gramsci,
[...] é preferível elaborar a própria concepção do mundo de uma maneira crítica e consciente e, portanto, em ligação com este trabalho do próprio cérebro, escolher a própria esfera de atividade, participar ativamente na produção da história do mundo, ser o guia de si mesmo e não aceitar do exterior, passiva e servilmente, a marca da própria personalidade (Gramsci, 1984, p. 11-12).
Delineando um paralelo entre a visão de Gramsci e a escolaridade dos dias atuais,
com todo o conhecimento científico que é trabalhado na escola básica, ressalta-se a
necessidade de buscar um pensamento contra hegemônico. Se isto não acontece, talvez
todo o saber trabalhado em sala de aula, não seja ainda percebido como o principal
instrumento para mudar a realidade, com seu individualismo, na luta pela imposição de
um pensamento contra hegemônico.
É, pois, complexo conhecer este processo na sociedade em que vivemos, que
estrutura-se em classes, com diferentes ideologias, histórias e culturas. Por ser
capitalista, na qual a maioria dos sujeitos não tem acesso ao desenvolvimento, oferece
poucas oportunidades sobre a ação social, para exercer a cidadania – a condição de
quem possui direitos civis, políticos e sociais, que garante a participação na vida política,
praticando seus direitos e deveres em sociedade.
Contudo, esta coletividade passou a viver profundas transformações causadas,
especialmente, pelas enormes inovações que começaram a surgir, tais como as novas
tecnologias. O acesso a essa nova sociedade de informações propiciou que mudanças
monumentais acontecessem na sociedade em geral, entretanto, questões de suma
importância permaneceram intactas, como o aumento desenfreado do desemprego que
se cristalizou mundialmente e o número de pessoas que vivem abaixo do nível de
pobreza. Além disso, avolumou-se a instabilidade emocional da maioria da população
60
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
devido à violência e ao temor que tomou conta dos indivíduos de se tornarem também
excluídos e de sofrerem perda ou redução do poder aquisitivo.
Segundo Dermeval Saviani (2008), o entendimento do modo como funciona a
sociedade não pode se limitar às aparências. É necessário compreender as leis que
regem o seu desenvolvimento. Estas leis não são naturais, mas sim históricas, ou seja,
são leis que se constituem historicamente. Para a sociedade que queremos, faz-se
necessário efetivar ações que contribuam para o pleno desenvolvimento dos sujeitos,
construindo uma coletividade mais esclarecida, que tenha conhecimento do seu processo
histórico-cultural e compreenda que as relações que ocorrem entre os indivíduos não são
naturais, mas sim construídas historicamente.
Para Tonet, citando Arroyo (p. 79, 1987), na construção da cidadania, o mais
importante não é o atendimento das demandas, uma vez que estas podem ser
incorporadas pela lógica capitalista, mas as formas sociais organizativas, os processos
políticos em que se inserem os sujeitos. O autor coloca ainda, que a educação deve estar
articulada com a cidadania, devendo haver uma estreita relação entre ambas:
Há relação entre ambas? Há e muita, no sentido de que a luta pela cidadania, pelo legítimo, pelos direitos é o espaço pedagógico onde se dá o verdadeiro processo de formação e constituição do cidadão. A educação não é uma pré-condição da democracia e da participação, mas é parte, fruto e expressão do processo de sua constituição (ARROYO apud TONET, p. 10).
As condições econômicas em uma sociedade baseada na propriedade privada
resultam em grupos com interesses conflitantes, com possibilidades diferentes no interior
da sociedade, ou seja, resultam num conflito entre classes. Em qualquer sociedade onde
existem relações que envolvem interesses antagônicos, as ideologias refletem essas
diferenças e as que predominam são aquelas que representam os interesses do grupo
dominante. Há que se quebrar estas forças hegemônicas por meio do conhecimento
escolar.
61
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
3.2- Formação humana integral, Cultura, Ciência, Tecnologia, Escola e Trabalho.
Apresenta-se a escola como lócus de formação humana integral, como território
educativo. Assim, articula as expectativas dos diferentes sujeitos e idades do Ensino
Fundamental e Médio, além da trajetória docente no cenário educacional brasileiro. Na
apostila do Pacto do Ensino Médio, fica claro que esse pressuposto como ponto de
partida, permite discutir pelo menos dois modelos de organização da escola, sobretudo
de Ensino Médio, que se constituíram na história da educação brasileira:
O primeiro decorrente da lógica econômica – formar perfis profissionais para o mercado de trabalho, em especial destinado aos alunos das classes populares. E o segundo, destinado à formação das elites dirigentes com vistas ao acesso à educação superior. A escola organizada nesta segunda lógica, transformou-se em uma importante agência de seleção e distribuição de posições sociais (BRASIL, p. 14, 2014).
O objetivo final da Educação integral é a promoção do desenvolvimento absoluto
dos alunos, por meio dos aspectos intelectual, afetivo, social e físico. Ficar mais tempo
na escola não é necessariamente sinônimo de educação integral; passar mais tempo em
aprendizagens significativas, sim.
Em contrapartida, a Reforma do Ensino Médio, sancionada no início deste ano,
pode colaborar para precarizar a trajetória escolar destes jovens, pois é uma reforma que
pretende jogar, o mais cedo possível, o jovem para escolher uma profissão (ou pelo
menos uma área), não dando-lhes condições de terminar a Educação Básica como era
anteriormente – de acordo com o Caderno de Debates da VII Conferência Estadual de
Educação da APP-Sindicato (2017, p.109).
A educação integral ganhou espaço no contexto de um projeto democrático de
sociedade, voltado à melhoria da qualidade do ensino público e à superação das
desigualdades. Legalmente, a oferta de Educação Integral encontra respaldo na
Constituição Federal, artigos 205, 206, e 207. A Lei de Diretrizes e Bases (LDBEN) da
Educação traz, em seu texto, um conceito de educação que se aproxima da Educação
62
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Integral. No Art. 34º.§ 2º, diz que o Ensino Fundamental será ministrado
progressivamente em tempo integral, a critério dos sistemas de ensino.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), promulgado em 1990, também
reforça a educação integral em alguns artigos, mostrando a importância de aprender além
do âmbito da escola. O artigo 53º mostra que toda criança e todo adolescente têm direito
à uma educação que o prepare para seu desenvolvimento pleno, para a vida em uma
perspectiva cidadã e o qualifique para o mundo do trabalho.
Sancionado pela Presidência da República em 25 de junho de 2014 por meio da
Lei 13.005/2014, o II Plano Nacional de Educação (PNE II) traz um avanço para a
Educação Integral, tornando esse novo paradigma da educação uma meta a ser atingida
em todo o país. O PNE II prevê na meta de número 6, a oferta de educação em tempo
integral para no mínimo 50% das escolas públicas e o atendimento de ao menos 25%
dos estudantes de educação básica do Brasil.
Surgiram iniciativas diversas, impulsionadas por governos, que objetivam propiciar
a crianças e adolescentes múltiplas oportunidades de aprendizagem por meio da
ampliação do acesso à cultura, à arte, ao esporte, à ciência e à tecnologia. De acordo
com esta meta, as administrações públicas deverão rever ou elaborar planos municipais
de Educação de acordo com a realidade local, pautadas pelas metas que serão
estabelecidas para os próximos dez anos, entre elas a extensão da oferta de Educação
Integral a 25% dos alunos das escolas de Educação Básica.
Diz na meta 6 do PNE II8 – Plano Nacional de Educação, referindo-se à Educação
Integral, que a União deve oferecer Educação em tempo integral em, no mínimo, 50%
das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% dos(as) alunos(as) da
Educação Básica. Ampliar a exposição das crianças e jovens a situações de ensino é
bandeira fundamental na busca pela equidade e pela qualidade na Educação. Aos alunos
matriculados nesse novo paradigma de ensino é preciso propiciar múltiplas
oportunidades de aprendizagem por meio do acesso à cultura, à arte, ao esporte, à
8Com vigência de 2014 até 2024, o Plano Nacional de Educação (PNE) conta com 20 metas.
63
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
ciência e à tecnologia, por meio de atividades planejadas com intenção pedagógica e
sempre alinhadas a este documento escolar.
A Secretaria de Estado da Educação do Estado do Paraná, por meio da
Coordenação do Ensino Fundamental, vinculada ao Departamento de Educação Básica
– DEB, responde pela implantação da oferta de Educação em Tempo Integral em Turno
Único nas escolas da rede pública, bem como gerencia os programas de atividades
complementares curriculares desenvolvidos nas escolas da rede estadual, os quais já
possibilitam a ampliação de jornada.
Todos estes fatores incidem sobre a cultura, que é “um produto, ao mesmo tempo,
da vida social e da atividade social do homem” (Vigotski, 1997, p. 106). Portanto, para o
autor, é a totalidade das produções humanas (técnicas, artísticas, científicas, tradições,
instituições sociais e práticas sociais). Tudo que, ao contrário do que é dado pela
natureza, é obra do homem. Cultura é o que é produzido pelo homem, por meio de sua
ação sobre a natureza. A essa ação dá-se o nome de trabalho.
Quando o aluno adentra na cultura, não somente toma algo dela, nem apenas se
enriquece com o que está fora dela, mas com ela reelabora em profundidade a
composição natural da conduta, originando uma reorientação ao curso do
desenvolvimento cultural do psiquismo e as relações com a educação escolar.
Sabe-se que o primeiro passo do homem na constituição da cultura se deu no ato
instrumental de transformação da natureza, engendrando, esta, o movimento histórico de
sua formação. Analisando a concepção de cultura em uma perspectiva materialista
histórico-dialética, esteio filosófico da produção vigotskiana, vê-se que o trabalho atua
como mediador do processo dialético de transformação da natureza em cultura social.
O desenvolvimento cultural, pontua Vigotski, influência uma série de casos sobre
as faculdades sociais, intelectuais e torna-se um processo crítico para a capacidade do
estudante. E ainda, na mesma obra, acrescenta:
Sabemos que o curso do desenvolvimento cultural expande grandemente as possibilidades naturais. As diferenças nas faculdades - insignificantes no comportamento natural, prático – são transformar, quando um poderoso auge cultural impulsiona o desenvolvimento de funções
64
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
psíquicas formas profundamente diferentes de adaptação. Deve-se dizer que o desenvolvimento cultural pode intensificar a escala das diferenças que existem na faculdade natural (Obras Escogidas III, 1995, p. 221).
Na concepção vigotskiana, no mesmo documento, a cultura objetiva-se nos signos
ou instrumentos culturais, dispostos sob a forma de instrumento cultural material e
instrumento psicológico, como é o caso da linguagem. Pautado nisso, o autor toma a
cultura como eixo central no desenvolvimento do ser humano. Nesse sentido ao analisar
as categorias "social" e "cultural" na obra de Vigotski, aponta-se que o significado de
ambas é permeado pelo conceito de história revelando o referencial materialista histórico-
dialético.
Ligado à cultura, a ciência, no decorrer da história, esteve sempre presente para
reproduzir ou transformar. Na sociedade capitalista, o conhecimento científico é
produzido de forma desigual, estando a serviço de interesses políticos, econômicos e
sociais da classe dominante, não atingindo a totalidade da população. Nas diretrizes
curriculares que seguimos, a concepção de conhecimento considera suas dimensões
histórica, científica, filosófica e artística, destacando a importância de todas as disciplinas.
Sendo assim, “a ciência é uma atividade humana complexa, histórica e coletivamente
construída, que influencia e sofre influências de questões sociais, tecnológicas, culturais,
éticas e políticas. [...] não revela a verdade, mas propõe modelos explicativos construídos
a partir da aplicabilidade de método(s) científico(s)” (DCEPR, 2008, p. 41).
Portanto, estudar a produção científica de cada área é conhecer não apenas o que
está sendo produzido, mas quais são as principais discussões e disputas que se
processam no espaço acadêmico e compreender sua historicidade, ou seja, porque estas
questões estão sendo postas neste momento histórico e qual o contexto em que surgem.
A ciência não é neutra; ela é produzida em torno de discordâncias e disputas.
O conhecimento acadêmico é transformado em conhecimento escolar ao adentrar
a escola, adquirindo objetivos próprios. A incorporação dos avanços da ciência e da
tecnologia aos programas escolares deve passar pelo estudo do caráter histórico da
produção do conhecimento. Cabe à escola socializar e, possibilitar a apropriação deste
conhecimento pelo educando, representantes da classe trabalhadora, permitindo aos
65
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
mesmos, reconhecer e defender seus interesses. A cerca disso, as mesmas diretrizes
propõem que:
Na relação com as ciências de referência, é importante destacar que as disciplinas escolares, apesar de serem diferentes na abordagem, estruturam-se nos mesmos princípios epistemológicos e cognitivos, tais como os mecanismos conceituais e simbólicos. Esses princípios são critérios de sentido que organizam a relação do conhecimento com as orientações para a vida como prática social, servindo inclusive para organizar o saber escolar (DCEPR, 2008, p. 20).
Pretendemos uma educação voltada para a transformação social, sendo essa,
libertadora, crítica e humanitária, oportunizando ao educando um conhecimento
científico, político e cultural, visando formar um sujeito crítico e consciente de seus
direitos e deveres, preparado para a vida, capaz de interagir com o outro e com o meio
ambiente de forma equilibrada.
Uma ferramenta alternativa essencial na promoção da cultura e da ciência, na
inclusão social e educacional, é a Internet, que deve ser usufruída de forma a estabelecer
mediações entre o aluno e o conhecimento em todas as áreas. Para efetivar isso,
salientam Almeida e Moran (2005), a escola deve incluir a Tecnologia de Informação e
Comunicação (TIC) na educação, levando o aprendiz a lançar mão das mídias para
potencializar a aprendizagem de um conteúdo curricular e contribuindo pedagogicamente
para a inclusão deste na cibercultura”. Assim,
O professor que associa a TIC aos métodos ativos de aprendizagem desenvolve a habilidade técnica relacionada ao domínio da tecnologia e, sobretudo, articula esse domínio com a prática pedagógica e com as teorias educacionais que o auxiliem a refletir sobre a própria prática e a transformá-la, visando explorar as potencialidades pedagógicas da TIC em relação à aprendizagem e à consequente constituição de redes de conhecimentos (ALMEIDA; MORAN, 2005, p. 72).
Portanto, demanda-se ao professor, atualmente, mais do que um conjunto de
desenvolturas cognitivas. Espera-se que o docente se aproprie da lógica própria do
66
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
mundo digital e das mídias em geral, o que pressupõe aprender a lidar com os nativos
digitais. Além disso,
[...] lhe é exigida, como pré-requisito para o exercício da docência, a capacidade de trabalhar cooperativamente em equipe, e de compreender, interpretar e aplicar a linguagem e os instrumentos produzidos ao longo da evolução tecnológica, econômica e organizativa. Isso, sem dúvida, lhe exige utilizar conhecimentos científicos e tecnológicos, em detrimento da sua experiência em regência, isto é, exige habilidades que o curso que o titulou, na sua maioria, não desenvolveu. Desse ponto de vista, o conjunto de atividades docentes vem ampliando o seu raio de atuação, pois, além do domínio do conhecimento específico, são solicitadas atividades pluridisciplinares que antecedem a regência e a sucedem ou a permeiam (DCNEB, 2010, p. 59)
Melhor ainda seria o uso da TIC na criação de “rede de conhecimentos”, pois traz
implícito a provisoriedade e a transitoriedade na formação do conceito dos conteúdos.
Em rede, diz o mesmo documento, o alunado aprende descobrindo significados,
elaborando novas sínteses, ligando parte e todo, unidade e diversidade, individual e
global, por meio da investigação de dúvidas temporárias ou a novos questionamentos.
Apreende a realidade por meio de uma rede de colaboração na qual cada ser ajuda o
outro a desenvolver-se, ao mesmo tempo que também se desenvolve.
Inserir-se na sociedade da informação não quer dizer apenas ter acesso à tecnologia de informação e comunicação (TIC), mas principalmente saber utilizar essa tecnologia para a busca e a seleção de informações que permitam a cada pessoa resolver os problemas do cotidiano, compreender o mundo e atuar na transformação de seu contexto. Assim, o uso da TIC com vistas à criação de uma rede de conhecimentos favorece a democratização do acesso à informação, a troca de informações e experiências, a compreensão crítica da realidade e o desenvolvimento humano, social, cultural e educacional. Tudo isso poderá levar à criação de uma sociedade mais justa e igualitária (ibidem, p. 71).
Uma vez que ensinar é organizar situações de aprendizagem, criando condições
que favoreçam a compreensão da complexidade do mundo, do contexto, do grupo, do
ser humano e da própria identidade, cabe ao professor criar ambientes de aprendizagem
67
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
com a presença da TIC e com ela, incentivar a identificação de problemas para
investigação, possibilitar a articulação entre diferentes pontos de vista para sua
compreensão ou solução, estimular a busca de informações e a formalização de
conceitos que proporcionem a aprendizagem significativa, fugindo, assim, do
analfabetismo tecnológico.
Ter no currículo uma concepção de educação tecnológica não será suficiente para
o acesso de todos à escola sem que haja vontade e ação política, possibilitando
investimentos para que esses recursos tecnológicos, elementares e sofisticados, existam
e possam contribuir para a aprendizagem e o desenvolvimento. Os recursos tecnológicos
auxiliam no estabelecimento de relações entre o conhecimento científico, tecnológico,
histórico e social, possibilitando que o aluno passe a pensar sobre a realidade em que se
encontra, tornando-se um sujeito consciente. Contudo, esse conhecimento não é dado
naturalmente, acontece num lugar específico, com pessoas específicas – a escola.
A escola é o espaço social responsável pela apropriação do saber universal. Tem
a função social de garantir o acesso de todos aos conhecimentos científicos produzidos
pela humanidade e permitir que os estudantes desvelem os fatos reais. Esse processo é
indispensável para que não apenas conheçam e saibam o mundo em que vivem, mas
com isso saibam nele atuar e transformá-lo. Há necessidade da socialização do saber
elaborado às camadas populares, entendendo a apropriação crítica e histórica do
conhecimento enquanto instrumento de compreensão da realidade social e atuação
crítica e democrática para a transformação desta realidade.
Deve-se proporcionar ao alunado da Educação Básica, um saber dinâmico com
liberdade na troca de experiências, que busque inovações, procurando sair das
atividades rotineiras, instigando o aluno a ousar, pôr em prática o conhecimento científico
mediado pela escola, adquirindo senso crítico e autonomia para tomada de decisões. O
conhecimento é percebido quando há manifestação de mudança de atitudes e
comportamentos, na prática e transformação social. Assim,
A Educação Básica é direito universal e alicerce indispensável para a capacidade de exercer em plenitude o direto à cidadania. É o tempo, o
68
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
espaço e o contexto em que o sujeito aprende a constituir e reconstituir a sua identidade, em meio a transformações corporais, afetivo emocionais, soco emocionais, cognitivas e socioculturais, respeitando e valorizando as diferenças. Liberdade e pluralidade tornam-se, portanto, exigências do projeto educacional (DCNEB, 2013, p. 17).
Este projeto educacional se efetiva com a produção ou transmissão de
conhecimento num processo social, uma vez que o ser humano não vive isoladamente,
ao contrário, depende de outros para sobreviver, pois é um ser prático e social. Portanto,
existe interdependência dos seres humanos em todas as formas da atividade humana,
sejam quais forem suas necessidades, desde a produção de bens até a elaboração de
conhecimentos, costumes, valores.
Sendo assim, o trabalho está na base de todas as relações humanas,
determinando e condicionando a vida. Essas necessidades são criadas, atendidas e
transformadas a partir da organização e do estabelecimento de relações entre os sujeitos,
uma vez que ao alterar a natureza, o homem altera a si mesmo. Essa interação entre
ambos é um processo permanente, de mútua transformação e se constitui no processo
de produção da existência humana. Sua ação é intencional, planejada, participativa,
mediada pelo trabalho, onde o produto (bens materiais e não-materiais) já estava
idealizado na consciência do trabalhador.
Assim, o trabalho é a forma especificamente humana que o homem utiliza para
agir sobre a natureza. Envolve formas de organização, objetivando a produção dos bens
necessários à vida humana. Essa organização implica uma dada maneira de dividir o
trabalho necessário à sociedade, ao mesmo tempo em que o condiciona. A forma de
dividir e organizar o trabalho determina também a relação entre os sujeitos na
organização política e social, sobretudo quanto à propriedade dos instrumentos e
materiais utilizados e à apropriação do produto do trabalho.
Por sua vez, na visão marxista, o trabalho é um intercâmbiodohomem – pondo em
movimento as forças naturais de seu corpo – com a natureza, que se dá
inseparavelmente da autoconstrução humana, expandindo-se em conhecimento,
aperfeiçoando-se. Inclusive, se esta relação com a natureza “[...] se realize sob a forma
69
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
mercantil, que a desumaniza e desumaniza o próprio homem, não é da natureza
ontológica do processo social, mas é uma forma histórica marcada pela alienação”
(TONET, p. 38). Assim, continua o autor, para desalienar é preciso uma educação
emancipadora, que exige o claro conhecimento dos fins e o conhecimento do processo
histórico.
Este trabalho9, ao tornar-se alienado, sem visão de totalidade por parte do homem
trabalhador, adquire conotação negativa. O mesmo pode ocorrer com a educação, que
também se torna alienada e, em vez de formar o ser humano, deforma-o. “Educar é
formar o homem em sua totalidade, é construir o homem omnilateral10, ou seja, a
educação deve ser uma formação que assegura o desenvolvimento, a potencialidade do
ser humano em toda a sua integralidade” (MANACORDA, 2007, p. 89).
3.3 - Gestão escolar, Currículo (questões socioeducacionais), Cuidar e educar.
Procurando formar este sujeito omnilateral, busca-se a gestão democrática, onde
a escola é um espaço coletivo de contradições e diferenças em que o exercício do
diálogo, do respeito às diferenças e da garantia de liberdade de expressão devem ser
garantidos para que haja a democratização da escola para a tomada de decisões
coletivas. Neste aspecto, a garantia de uma gestão democrática não se configura apenas
pela previsão deste princípio na legislação. É necessário que cada ator do processo
educativo conheça estes princípios e busque meios que possibilitem a efetivação da
Gestão Democrática na Escola.
O projeto político-pedagógico, nomeado na LDBEN, mais que um documento, é
um dos meios de viabilizar a escola democrática e autônoma para todos, com qualidade
social. O exercício da autonomia administrativa e pedagógica da escola – que pressupõe
9Concepção de trabalho: “a ação produtora, ação criadora por meio da qual o homem estabelece relações com a
natureza e com os outros homens. Portanto, trabalho é elemento fundamental de constituição da sociabilidade humana”. 10 Se refere a uma formação humana oposta à formação unilateral provocada pelo trabalho alienado, pela divisão do trabalho.
70
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
liberdade e capacidade de decidir a partir de regras relacionais – pode ser traduzido como
a capacidade de governar a si mesmo, por meio de normas próprias.
Esta autonomia da escola, numa sociedade democrática é, sobretudo, de acordo
com as Diretrizes Curiculares Nacionais da Educação Básica (DCNEB, 2013, p. 47):
[...] a possibilidade de ter uma compreensão particular das metas da tarefa de educar e cuidar, das relações de interdependência, da possibilidade de fazer escolhas visando a um trabalho educativo eticamente responsável, que devem ser postas em prática nas instituições educacionais, no cumprimento do artigo 3º da LDB, em que vários princípios derivam da Constituição Federal. Essa autonomia tem como suporte a Constituição Federal e o disposto no artigo 15 da LDB: “Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de Educação Básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas gerais de direito financeiro público” (grifos nossos).
Neste contexto a figura do Diretor é importantíssima, pois é dele a
responsabilidade para que haja a realização de um trabalho participativo, autônomo e
democrático com envolvimento de todos os segmentos do coletivo escolar.
Assim a gestão escolar deve ser adequada de modo que seja submetida a
natureza educativa da escola pública. “Por esta razão, em nenhuma hipótese deve ser
administrada e organizada de forma empresarial, com racionalidade meramente
financeira e sim que atenda às necessidades educativas” (Caderno de Debates da VII
Conferência Estadual de Educação da APP-Sindicato, 2017).
Tanto na Constituição Federal (CF) de 1988 como na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDBEN) de 1996 estão inscritos os princípios de educação. A
Gestão Democrática é garantida pela legislação nacional, os artigos 206 da CF e 3° da
LDBEN estabelecem que o ensino público deve seguir os preceitos da Gestão
Democrática. Nos artigos 14 e 15 da LDBEN n°9394 de 20 de dezembro, temos a
definição de como esse princípio de gestão democrática deve se concretizar:
Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:
71
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. Art. 15. Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas gerais de direito financeiro público.
A organização do trabalho pedagógico e a gestão da escola, no exposto e no que
dispõem os artigos 12 e 13 da LDBEN 9.394/96, pressupõe planear a organização e
gestão de pessoas, espaços, processos e procedimentos que viabilizem o trabalho de
todos aqueles que se envolvem no currículo em movimento, expresso neste projeto e nos
planos da escola, voltada ao labor democrático-participativo, com poder compartilhado,
definido pelos órgãos gestores em nível macro. Esta instituição de ensino terá, segundo
o artigo 12 (e com as DCNEB, 2013, p. 54), a incumbência de:
I – elaborar e executar sua proposta pedagógica;
II – administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros;
III – assegurar o cumprimento dos anos, dias e horas mínimos letivos
estabelecidos;
IV – velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente;
V – prover meios para a recuperação dos estudantes de menor rendimento;
VI – articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de
integração da sociedade com a escola;
VII – informar os pais e responsáveis sobre a frequência e o rendimento dos
estudantes, bem como sobre a execução de sua proposta pedagógica;
VIII – notificar ao Conselho Tutelar do Município, ao juiz competente da Comarca
e ao respectivo representante do Ministério Público a relação dos estudantes menores
que apresentem quantidade de faltas acima de cinquenta por cento do percentual
permitido em lei (inciso incluído pela Lei nº 10.287/2001 - LDBEN 9.394/96)
Para que o coletivo escolar se organize e tenha a participação democrática, é
importante que eleições diretas para a escolha dos dirigentes escolares, com relevância
das instâncias colegiadas – Conselho Escolar, APMF, Grêmio Estudantil, assim como a
72
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
construção coletiva do Projeto Político Pedagógico, sejam realizadas e garantidas no
âmbito escolar.
Importante é salientar que a gestão deve descentralizar, compartilhar as relações
de poder, em busca da autonomia e qualidade do processo de ensino e de aprendizagem.
Na visão de Ilma Passos A. Veiga (2005, p. 15), “o ponto que nos interessa reforçar é
que a escola não tem mais possibilidade de ser dirigida de cima para baixo e na ótica do
poder centralizador que dita as normas e exerce o controle técnico burocrático”.
Assim, a Gestão Escolar operacionalizará o currículo na instituição. Toda a
organização curricular, por sua natureza e especificidade precisa contemplar várias
dimensões da ação humana, entre elas a concepção de cultura. Na escola, em sua
prática há a necessidade da consciência de tais diversidades culturais, especialmente da
sua função de trabalhar as culturas populares de forma a levá-las à produção de uma
cultura erudita, como afirma SAVIANI (2008, p. 21), “pela mediação da escola, acontece
a passagem do saber espontâneo ao saber sistematizado, da cultura popular à cultura
erudita”, assumindo um papel político fundamental”.
No artigo 26 da LDBEN citada, na redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013,
consta que os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio
devem ter base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e
em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas
características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos
educandos.
O currículo da instituição cita na sua Matriz Curricular do Ensino Fundamental II
as seguintes disciplinas da base nacional comum: Artes, Ciências, Educação Física,
Ensino Religioso (matrícula Facultativa), Geografia, História, Língua Portuguesa,
Matemática e as disciplinas da parte diversificada: L.E.M. –Inglês e L.E.M. – Espanhol
(esta disciplina é de matrícula facultativa, ofertada no horário contra turno no CELEM).
Já na Matriz Curricular do Ensino Médio, cita Artes, Biologia, Filosofia, Educação
Física, Física, Geografia, História, Língua Portuguesa, Matemática, Química, Sociologia
– como disciplinas da base nacional comum e L.E.M. – Inglês e L.E.M. – Espanhol (esta
73
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
disciplina é de matrícula facultativa, ofertada no horário contra turno no CELEM) como as
disciplinas da parte diversificada.
As Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica – DCNEB, definida na
Resolução nº 4, de 13 de julho de 2010, conceituam currículo, por meio das concepções
de MOREIRA e CANDAU como sendo “experiências escolares que se desdobram em
torno do conhecimento, permeadas pelas relações sociais, buscando articular vivências
e saberes dos alunos com os conhecimentos historicamente acumulados e contribuindo
para construir as identidades dos estudantes” (2007, p. 22). O documento refere-se que
é criação, recriação, contestação. Acrescenta-se:
Daí entenderem que toda política curricular é uma política cultural, pois o currículo é fruto de uma seleção e produção de saberes: campo conflituoso de produção de cultura, de embate entre pessoas concretas, concepções de conhecimento e aprendizagem, formas de imaginar e perceber o mundo. Assim, as políticas curriculares não se resumem apenas a propostas e práticas enquanto documentos escritos, mas incluem os processos de planejamento, vivenciados e reconstruídos em múltiplos espaços e por múltiplas singularidades no corpo social da educação (DCNEB, 2013, p. 24).
O mesmo documento enaltece que na elaboração deste projeto, a concepção de
currículo e de conhecimento escolar deve ser enriquecida pela compreensão de como
lidar com temas significativos que se relacionem com problemas e fatos culturais
relevantes da realidade em que a escola se inscreve. E ainda:
A natureza e a finalidade da unidade escolar, o papel socioeducativo, artístico, cultural, ambiental, as questões de gênero, etnia, classe social e diversidade cultural que compõem as ações educativas, particularmente a organização e a gestão curricular, são os componentes que subsidiam as demais partes integrantes do projeto político-pedagógico. Nele, devem ser previstas as prioridades institucionais que a identificam (DCNEB, 2013, p. 48).
Já as Diretrizes Curriculares Estaduais – DCEPR, remetem uma análise crítica
sobre o currículo – configurador da práxis educativa, clareando a intenção política que
74
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
ele traduz e a tensão constante entre seu caráter normativo e a prática docente no chão
da escola. Para tal, abordam conceitos selecionados por Sacristan:
[...] o currículo como conjunto de conhecimentos ou matérias a serem superadas pelo aluno dentro de um ciclo – nível educativo ou modalidade de ensino é a acepção mais clássica e desenvolvida; o currículo como programa de atividades planejadas, devidamente sequencializadas, ordenadas metodologicamente tal como se mostram num manual ou num guia do professor; o currículo, também foi entendido, às vezes, como resultados pretendidos de aprendizagem; o currículo como concretização do plano reprodutor para a escola de determinada sociedade, contendo conhecimentos, valores e atitudes; o currículo como experiência recriada nos alunos por meio da qual podem desenvolver-se; o currículo como tarefa e habilidade a serem dominadas como é o caso da formação profissional; o currículo como programa que proporciona conteúdos e valores para que os alunos melhorem a sociedade em relação à reconstrução social da mesma (SACRISTAN, 2000, p. 14 apud DCEPR, 2008, p. 15).
Os profissionais da educação da Instituição acatam a concepção de currículo de
Saviani (2008, p. 18), o qual recupera o conceito dizendo que é a “organização do
conjunto das atividades nucleares distribuídas no espaço e tempo escolares” – já que o
currículo é disciplinar, ou seja, a instituição desempenhando o papel que lhe é próprio.
Melhor cumprirá sua função se estiver fundamentada em metodologias voltadas à lógica
dialética, valorizando a práxis do ensino, da aprendizagem e da avaliação, permitindo,
ainda, aos professores e estudantes, conscientizarem-se da necessidade de “[...] uma
transformação emancipadora. É desse modo que uma contra consciência,
estrategicamente concebida como alternativa necessária à internalização dominada
colonialmente, poderia realizar sua grandiosa missão educativa” (MÈSZÁROS, 2007, p.
212).
Na organização, gestão e efetivação do currículo, “as abordagens disciplinar,
pluridisciplinar, interdisciplinar e transdisciplinar requerem a atenção criteriosa da
instituição escolar, porque revelam a visão de mundo que orienta as práticas pedagógicas
dos educadores e organizam o trabalho do estudante” (DCNEB, 2010, p. 27).
75
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Na Resolução nº 4 de 13 de julho de 2010 do MEC/CNE, que define as Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação Básica – DCNEB, em seu artigo 13, parágrafo
3º, inciso V alerta para que:
[...] a organização da matriz curricular entendida como alternativa operacional que embase a gestão do currículo escolar e represente subsídio para a gestão da escola (na organização do tempo e do espaço curricular, distribuição e controle do tempo dos trabalhos docentes), passo para uma gestão centrada na abordagem interdisciplinar, organizada por eixos temáticos, mediante interlocução entre os diferentes campos do conhecimento (grifos nossos).
A interdisciplinaridade é uma orientação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDBEN) para o Ensino Médio, um instrumento que aponta para estabelecer –
na prática escolar – interconexões e passagens entre os conhecimentos através de
relações de complementaridade, convergência ou divergência – conforme as Diretrizes
Curriculares Nacionais par o Ensino Médio. Ainda, dialeticamente, apresenta-se como:
Perspectiva de articulação interativa entre as diversas disciplinas no sentido de enriquecê-las através de relações dialógicas entre os métodos e conteúdos que as constituem. A interdisciplinaridade parte da ideia de que a especialização sem limites das disciplinas científicas culminou numa fragmentação crescente do conhecimento. Dessa forma, pela interdisciplinaridade há um movimento constante que inclui a integração entre as disciplinas, mas a ultrapassa – o grupo é mais que a simples soma de seus membros. Supõe troca de experiências e reciprocidade entre disciplinas e áreas do conhecimento (MENEZES e SANTOS, 200111).
Ensinar por meio desta abordagem interdisciplinar abre as portas para a
contextualização, para a totalidade, ou seja, ao pensar um problema sob vários pontos
de vista, a escola libera professores e alunos para que selecionem conteúdos que tenham
relação com as questões ligadas às suas vidas e à vida das suas comunidades. Com
essa proposta, para que haja aprendizagem significativa, o aluno tem que se identificar
11MENEZES, Ebenezer Takuno de; SANTOS, Thais Helena dos. Interdisciplinaridade. São Paulo: Midiamix, 2001.
Disponível em: <http://www.educabrasil.com.br/interdisciplinaridade/>. Acesso em: 25/03/2018.
76
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
com o que lhe é proposto e, com isso, poder intervir na realidade. Esta abordagem
também está disposta nas DCEPR (2008, p. 27), relacionada ao conceito de
contextualização sócio histórica como princípio integrador do currículo, sendo “uma
questão epistemológica e está na abordagem teórica e conceitual dada ao conteúdo em
estudo, concretizando-se na articulação das disciplinas cujos conceitos, teorias e práticas
enriquecem a compreensão desse conteúdo”.
Nesse sentido, abordando MELLO (1999) a interdisciplinaridade fica mais clara
quando se considera o fato de que todo conhecimento nutre um diálogo permanente com
outros conhecimentos, que pode ser de indagação, confirmação, complementação,
negação, ampliação, de ilustração de alguns aspectos.
A LDBEN – por não ser da vertente dialética dado o momento histórico de sua
elaboração, mais designadamente no que se refere ao Ensino Médio, nos artigos 35 e
36, abre-se para um currículo voltado mais para aptidões do que para conteúdos. Este
currículo ou doutrina curricular, tem como referência não mais a disciplina escolar
clássica, mas sim as capacidades que cada uma das disciplinas pode criar nos alunos.
Os conteúdos disciplinares se concebem assim como meios e não como fins em si
mesmos – o que diferem das Diretrizes Curriculares Estaduais, de vertente dialética,
construída pelos profissionais da educação paranaense entre os anos de 2004 e 2008 e
amplamente aceita pela sua coerência.
A lei citada é bastante explícita: ao findar a escola básica, o aluno deverá ter
compreensão do significado das ciências, das artes e das letras. Ela não diz que ele
deverá saber Língua Portuguesa, mas dominá-la como instrumento de comunicação,
exercício de cidadania e acesso ao conhecimento. Em outros termos, a língua e as
demais linguagens são posicionadas como recursos para constituir significados.
Para conceituar currículo, as DCEPR (2008, p. 19) aproximam dois eixos
indissociáveis: a intenção política que o currículo traduz e a tensão constante entre seu
caráter prescritivo e a prática docente. Além do mais, o documento traz o currículo como
configurador da prática, vinculado e fundamentado nas teorias críticas e com organização
disciplinar.
77
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Não se pode falar em organização curricular sem diferenciar e conceituar
adequadamente os termos método e metodologia, sendo que “[...] todo método de análise
é teórico, portanto não há método prático, e todo método expressa uma visão de mundo
que é diferente das veiculadas por outros métodos” (ARNONI, ALMEIDA & OLIVEIRA,
2007, p. 86). Está atrelado a um posicionamento, com fundamentos filosóficos e tem por
finalidade orientar e organizar o caminho a percorrer, baseando-se na teoria, na ciência,
na posição política e filosófica, por isso, completo. Ele é constituído por categorias que
lhe conferem a possibilidade de explicar a realidade.
Já metodologia, é “[...] a operacionalização do método de análise. [...] é a
aplicação das categorias do método à realidade” (Idem, ibidem, p. 86), tornando a teoria
aplicável didaticamente. Portanto,
Essa operacionalização envolve a mediação entre o professor e o aluno, por meio dos conhecimentos, originando a aprendizagem, buscando dimensões científicas, artísticas, filosóficas, políticas e culturais dispostas dialeticamente, que permitem o acesso a uma plena participação social, o que entra em total consonância com as DCEPR (TEIXEIRA, 2012, p. 6).
O método anuído pela Secretaria de Estado da Educação – SEED, por meio das
DCEPR, traz como princípio norteador o materialismo histórico dialético12. Este método
pode ser compreendido a partir da lógica dialética, diferenciada da lógica formal
clássica13, a qual norteia a produção do conhecimento científico.
De acordo com Saviani (2008, p. 144) lógica dialética é uma lógica concreta,
ontológica, a dos conteúdos em sua articulação com as formas – lógica formal é abstrata.
E ainda, a lógica dialética, que norteia e se apresenta como uma lógica para o ensino,
[…] caracteriza-se como um sistema de pensamento racional, que reflete o movimento
12Todo método de análise atende às leis da lógica e é constituído por categorias de análise. Geralmente, as categorias
do materialismo histórico dialético são apresentadas como o movimento, a totalidade, a contradição, a superação e a mediação. A mediação é essencial para a compreensão da Ontologia do Ser Social (ARNONI, ALMEIDA & OLIVEIRA, 2007, p. 89).
13É regida por três princípios definidos pelo filósofo Aristóteles: 1) Princípio da não-contradição: entre duas proposições contraditórias, uma delas é falsa; 2) Princípio do terceiro excluído: de duas proposições contraditórias, uma delas é verdadeira; 3) Princípio da identidade: todo objeto é idêntico a si mesmo (ARNONI; ALMEIDA & OLIVEIRA, 2007, p. 21) .
78
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
real das transformações em curso no mundo físico e social, o qual se fundamenta […] a
partir da relação que se estabelece entre o “Ser” humano organizado em sociedade, ou
seja, de um dado do mundo material apropriado pelo pensamento e aceito por este na
qualidade de um fato. (ARNONI; ALMEIDA & OLIVEIRA, 2007, p.41).
Nesta lógica, o desenvolvimento do pensamento está ligado à atividade material
e à relação dos seres humanos entre si, como parte de uma totalidade, por meio de
contradições, movimentos e transformações. O que distingue o ser humano dos demais
seres é sua ação transformadora prática – ou práxis, de criar, recriar, transformar. Esta
capacidade essencial do ser humano é ontológica, consciente e planejada.
Esta práxis se expressa através do trabalho sendo, ao mesmo tempo, atividade
produtora consciente, histórica e prática. Teoria e prática são indissociáveis: teoria é a
reflexão da realidade prática e prática é a ação refletida. Por isso, limitar a compreensão
de educação à dimensão do saber e do conhecimento concebidos em si mesmos, e dar
à escola o papel exclusivo de produção e transmissão abstratas desse conhecimento, é
concebê‐la apenas de forma unilateral. Mais do que isso, a instituição deve proporcionar
uma formação integral, omnilateral do mesmo. Deve ser capaz de formar o educando em
suas múltiplas dimensões (intelectual, corporal e tecnológica).
Convergindo com Saviani e a Pedagogia Histórico Crítica, Maria Eliza Brefere
Arnoni, propõe a Metodologia da Mediação Dialética – M.M.D., que responde a muitos
dos questionamentos feitos pelos professores a respeito do processo do ensino e da
aprendizagem, pois permite compreender categoricamente a organização metodológica
dos conceitos. Sendo assim, a M.M.D. é uma proposta teórico-metodológica que se
fundamenta na mediação dialética, um pressuposto filosófico, e centra-se na
problematização de situações capazes de gerar contradições entre o ponto de partida
(imediato) e o de chegada (mediato) do processo educativo e, por intermédio dessa
problematização, provocar a superação do imediato no mediato pretendido,
possibilitando, assim, a elaboração de sínteses pelo aluno, entendidas como saber
aprendido (ARNONI, 2008, p.8).
Somente com um currículo efetivado nesta práxis – a dialética – levará a respeitar,
cuidar e educar o alunado, com condição efetiva de participação social, ciente e
79
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
consciente de seus direitos e deveres civis, sociais, políticos, econômicos e éticos. É
cabível e necessário considerar as dimensões do educar e do cuidar, em sua
inseparabilidade, buscando recuperar a função social da Educação Básica em sua
centralidade – o aluno.
A escola – lugar de acolhimento – é o espaço público para atender, principalmente,
os filhos da classe trabalhadora. Por essa razão não é ambiente para alimentar uma
cultura de exclusão social, de atitudes preconceituosas e de uma rigidez tradicional em
que oprime e promove a evasão escolar. Nesse sentido, todo o coletivo escolar deve
promover ações que motivem os alunos a permanecer na escola, de desenvolver laços
afetivos deste com as pessoas e um sentimento de promoção de oportunidades e de
conquistas; o aluno deve perceber-se como o ator principal do processo educativo, pois
é a essência do ensino escolar.
A este respeito, além das finalidades da educação nacional enunciadas na
Constituição Federal (artigo 205) e na LDBEN (artigo 2º), que têm como foco o pleno
desenvolvimento da pessoa, a preparação para o exercício da cidadania e a qualificação
para o trabalho, deve-se considerar integradamente o previsto no ECA (Lei nº 8.069/90),
o qual assegura, à criança e ao adolescente de até 18 anos, todos os direitos
fundamentais inerentes à pessoa, as oportunidades oferecidas para o desenvolvimento
físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. São
direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito mútuo, à liberdade, à convivência
familiar e comunitária (artigos 2º, 3º e 4º).
Do alcance pleno desse direito dependerá a possibilidade de exercitar todos os
demais direitos, definidos na Constituição, no ECA, na legislação ordinária e nas
inúmeras disposições legais que consagram as prerrogativas do cidadão brasileiro. Isso
posto, todo o coletivo desta Instituição de Ensino deve centrar-se nas questões
essenciais da aprendizagem e do desenvolvimento do educando. Tendo como base este
princípio, a Resolução nº 4, já mencionada, que define as Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação Básica – DCNEB para todo o país, cita a importância do
Cuidar e Educar:
80
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Compreender que o direito à educação parte do princípio da formação da pessoa em sua essência humana. Trata-se de considerar o cuidado no sentido profundo do que seja acolhimento de todos – crianças, adolescentes, jovens e adultos – com respeito e, com atenção adequada, de estudantes com deficiência, jovens e adultos defasados na relação idade-escolaridade, indígenas, afrodescendentes, quilombolas e povos do campo (DCNEB, 2010, p. 18).
De conformidade com estas diretrizes, educar exige cuidado; cuidar é educar,
envolvendo acolher, ouvir, encorajar, apoiar, no sentido de desenvolver o aprendizado
de pensar e agir, cuidar de si, do outro, da escola, da natureza, da água, do Planeta.
Educar é, enfim, enfrentar o desafio de lidar com gente, isto é, com criaturas tão
imprevisíveis e diferentes quanto semelhantes, ao longo de uma existência inscrita na
teia das relações humanas, neste mundo complexo. Educar com cuidado significa
aprender a amar sem dependência, desenvolver a sensibilidade humana na relação de
cada um consigo, com o outro e com tudo o que existe, com zelo, ante uma situação que
requer cautela em busca da formação humana plena.
A mesma Resolução, no seu artigo 2º destaca os seguintes objetivos:
I - sistematizar os princípios e as diretrizes gerais da Educação Básica contidos na
Constituição, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e demais
dispositivos legais, traduzindo-os em orientações que contribuam para assegurar a
formação básica comum nacional, tendo como foco os sujeitos que dão vida ao currículo
e à escola;
II - estimular a reflexão crítica e propositiva que deve subsidiar a formulação, a execução
e a avaliação do projeto político-pedagógico da escola de Educação Básica;
III - orientar os cursos de formação inicial e continuada de docentes e demais
profissionais da Educação Básica, os sistemas educativos dos diferentes entes federados
e as escolas que os integram, indistintamente da rede a que pertençam.
81
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Entende-se que o processo de Cuidar e Educar14 nossos alunos é uma
responsabilidade coletiva, assim o artigo 4º da mesma Resolução, estabelece que
As bases que dão sustentação ao projeto nacional de educação responsabilizam o poder público, a família, a sociedade e a escola pela garantia a todos os educandos de um ensino ministrado de acordo com os princípios de: I - igualdade de condições para o acesso, inclusão, permanência e sucesso na escola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; IV - respeito à liberdade e aos direitos; V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; VII - valorização do profissional da educação escolar; VIII - gestão democrática do ensino público, na forma da legislação e das normas dos respectivos sistemas de ensino; IX - garantia de padrão de qualidade; X - valorização da experiência extraescolar; XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais (DCNEB, 2010, p. 17).
Ainda, o artigo 6º estabelece que “na Educação Básica, é necessário considerar
as dimensões do educar e do cuidar, em sua inseparabilidade, buscando recuperar, para
a função social desse nível da educação, a sua centralidade, que é o educando, pessoa
em formação na sua essência humana”.
Considera-se que toda escola que adota o estudante e sua aprendizagem como
sujeito central, deve atender os seguintes requisitos destacados no artigo 9º da referida
Resolução:
I - revisão das referências conceituais quanto aos diferentes espaços e tempos
educativos, abrangendo espaços sociais na escola e fora dela;
II - consideração sobre a inclusão, a valorização das diferenças e o atendimento à
pluralidade e à diversidade cultural, resgatando e respeitando as várias manifestações
de cada comunidade; III - foco no projeto político-pedagógico, no gosto pela
aprendizagem e na avaliação das aprendizagens como instrumento de contínua
progressão dos estudantes;
14 As ações de Cuidar e Educar os alunos serão aprofundadas nas sessões específicas (projetos e programs educacionais) deste documento.
82
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
IV - inter-relação entre organização do currículo, do trabalho pedagógico e da jornada
de trabalho do professor, tendo como objetivo a aprendizagem do estudante;
V - preparação dos profissionais da educação, gestores, professores, especialistas,
técnicos, monitores e outros;
VI - compatibilidade entre a proposta curricular e a infraestrutura entendida como espaço
formativo dotado de efetiva disponibilidade de tempos para a sua utilização e
acessibilidade; VII - integração dos profissionais da educação, dos estudantes, das
famílias, dos agentes da comunidade interessados na educação;
VIII - valorização dos profissionais da educação, com programa de formação continuada,
critérios de acesso, permanência, remuneração compatível com a jornada de trabalho
definida no projeto político-pedagógico;
IX - realização de parceria com órgãos, tais como os de assistência social e
desenvolvimento humano, cidadania, ciência e tecnologia, esporte, turismo, cultura e
arte, saúde, meio ambiente.
O conjunto de ações que a escola realiza deve corroborar para que o educando
possa ter acesso a todas as oportunidades para a aprendizagem e para os bens culturais,
assim no Parágrafo único da Resolução abordada, os termos acolher e educar são
utilizados para que além da garantia da aprendizagem dos conteúdos curriculares o
estudante possa sentir-se inserido no processo de apreensão e produção de
conhecimentos, compreendendo o seu próprio valor intelectual sua própria identidade,
seu papel social ao apreender os conteúdos. Ao ter consciência que o Cuidar e Educar
perpassa a compreensão científica dos conteúdos, se obterá, então, a dimensão macro
do processo educativo.
Continua o documento (DCNEB, 2010) alertando que a responsabilidade por sua
efetivação exige corresponsabilidade: de um lado, a responsabilidade estatal na
realização de procedimentos que assegurem o disposto nos incisos VII e VIII, do artigo
12 e VI do artigo 13, da LDB; de outro, a articulação com a família, com o Conselho
Tutelar, com o juiz competente da Comarca, com o representante do Ministério Público e
com os demais segmentos da sociedade. Para que isso se efetive, torna-se exigência,
83
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
também, a corresponsabilidade exercida pelos profissionais da educação,
necessariamente articulando a escola com as famílias e a comunidade.
3.4- Ensino e aprendizagem, Alfabetização e letramento, Conhecimento, Avaliação.
A escola atual exige muito mais que promover o ensino, demanda a preocupação
com a efetivação da aprendizagem. Por isto, há necessidade de adentrar em alguns
aspectos do campo psicológico e entender como se dá o processo de aprendizagem e
de desenvolvimento no aluno.
A Teoria Histórico-cultural (THC) da Escola de Vigotski, demonstra coerência no
que se refere à aprendizagem, ao desenvolvimento, à importância dos conceitos, do
pensamento, da linguagem e da atividade no processo de formação/movimentação das
Funções Psicológicas Superiores – FPS. Deve ficar claro, ainda que o desenvolvimento
do pensamento e da linguagem, relevantes no processo de ensinar e de aprender deve
ser de responsabilidade de todas as disciplinas. Por conta da complexidade do processo
de ensino e de aprendizagem, a instituição tem buscado
[...] aprofundamentos na Psicologia Histórico-cultural dos soviéticos Vigotski, Luria e Leontiev, sobre o entendimento do psiquismo humano. Esta teoria tem guiado pesquisas na área do ensino e na sistematização de propostas curriculares, pois demonstram coerência no que se refere à aprendizagem, ao desenvolvimento, à importância dos conceitos, do pensamento, da linguagem e da atividade no processo de formação/movimentação das Funções Psicológicas Superiores – FPS (TEIXEIRA, 2012, p. 12).
Mas como se dão as bases psicológicas no ensino, na aprendizagem e no
desenvolvimento dos conteúdos escolares? Para a linha vigotskiana, o processo de
ensino e de aprendizagem abarca aquele que aprende, aquele que ensina e a relação
entre ambos. O desenvolvimento do alunado se dá como resultado de um processo sócio
histórico e cultural, observando o papel da linguagem e da aprendizagem à medida que
84
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
este sujeito interage com seu meio. A linguagem é o principal instrumento de mediação,
constituindo-se como um sistema simbólico fundamental para a mediação entre o aluno
e o objeto de estudo.
Cabe à esta Instituição de Ensino ensinar os alunos a pensar, a desenvolver
ativamente neles os fundamentos do pensamento contemporâneo, para o qual é
necessário organizar um ensinamento que impulsione o desenvolvimento.Ao docente
cabe solicitar a atenção do discente às atividades diversificadas (vídeos, figuras, jogos)
da aula, enfatizando a necessidade, o motivo, a importância e a intenção do referido
conteúdo de ensino, para que se torne algo voluntário, conforme aborda Teixeira (2012,
p. 17). É importante ainda auxiliar o aluno no planejamento objetivo de suas atividades
escolares, mostrando que a aula e o conteúdo de ensino têm sua intencionalidade.
Para Vigotski, a escola deve formar uma criança ou adolescente capaz de
interagir com o conhecimento e com o outro, através da mediação. O que é mediação
nesta teoria? É “[...] o processo de intervenção de um elemento numa relação
estabelecida entre o sujeito e um fenômeno ou fato da realidade. Para os teóricos da
Psicologia Histórico-cultural, a relação humana com o mundo é sempre uma relação
mediada” (BORGHI & GALUCH, 2008, p. 3)15.
Para os profissionais da educação entenderem esse processo e poderem atuar
na raiz dos problemas educacionais, alterando a realidade de baixa aprendizagem e
defasagem de conteúdos da Instituição, precisa-se de propostas pedagógicas relevantes,
como estudar e voltar-se à dialética vigotskiana, na tentativa de torna-la práxis. Há,
portanto, que se considerar as variáveis que interferem na filogênese16 e na ontogênese17
do alunado, sob os cuidados de pedagogos e professores que organizam a
aprendizagem com base nessas leis. Filogeneticamente, o ser humano já nasce
hominizado, mas “[...] é o convívio com outros homens, a interação e a apropriação dos
15BORGHI, M. F. A. & GALUCH, M. T. B. A mediação nos processos de ensino e aprendizagem na perspectiva histórico-cultural. 2008. Disponível em: <http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/ arquivos/File/producoes_pde/artigo_maria_florentina_alves_borghi.pdf> Acessado em 03/04/2018. 16 História evolutiva da espécie (humana) a partir da formação social histórico-cultural definida; características biogenéticas. 17 História individual de cada ser humano: descreve origem e desenvolvimento, por meio do processo histórico e sócio cultural.
85
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
bens culturais, no desenvolvimento ontogenético, que permitirão que haja o
desenvolvimento do complexo psiquismo humano” (FACCI, 2004, p. 204). O estudo
pedológico também determina os níveis de desenvolvimento do aluno, citado por Vigotski
(2004, p. 537). Facci traduz estes apontamentos de Vigotski em Obras escogidas II:
O primeiro nível é denominado de desenvolvimento real ou efetivo. Ele é constituído pelas funções psicológicas já efetivadas. O segundo nível é o desenvolvimento próximo e define-se como aquelas funções que estão em vias de amadurecer e que podem ser identificadas por meio da solução de tarefas com auxílio de adultos e outras crianças mais experientes. [...] Vigotski ressalta que “[...] a zona de desenvolvimento próximo tem um valor mais direto para a dinâmica da instrução que o nível atual de seu desenvolvimento” (FACCI, 2004a, pp.77-78).
Esclarecendo, esse conceito representa a distância entre o que o estudante já
sabe e consegue efetivamente fazer ou resolver por ele mesmo (nível de
desenvolvimento real) e o que ele ainda não sabe, mas pode vir a saber, com a mediação
de outras pessoas (nível de desenvolvimento potencial). Cada estudante, então,
encontra-se num nível de desenvolvimento cognitivo diferenciado.
Por conta destes conceitos (ZDR e ZDP) defende-se o pressuposto que as
atividades de ensino necessitam ser mediadas a partir da zona de desenvolvimento
próximo, sendo organizadas com a finalidade de conduzir o aluno à apropriação de
conceitos elaborados pela humanidade e que isso requer uma práxis metodológica. Opta-
se pelo materialismo histórico dialético conforme indicação das Diretrizes Curriculares da
Educação Básica do Estado do Paraná.
Isso posto, para evidenciar o mecanismo psicológico da formação de conceitos, é
de suma importância a abordagem da análise e síntese pelo professor, propondo
atividades que permitam decompor o conteúdo em partes ou elementos isolados e depois
construir a partir desses elementos, novas formações que ajudam a entender a realidade.
Ou seja, analisar cada parte para compreender o todo, referindo-se a uma classe.
Contudo, é necessário que o professor saiba o que, como e quanto o aluno sabe a
respeito de tal conteúdo para depois iniciar o processo de ensino. A respeito da formação
86
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
dos conceitos por meio da linguagem, Marilda Facci, cita Obras escogidas II (VIGOTSKI,
1993, p. 169) e traduz:
O conceito surge quando uma série de atributos que haviam sido abstraídos sintetizam-se de novo e quando a síntese abstrata conseguida desse modo se converte na forma fundamental do pensamento, por meio da qual a criança percebe e atribui sentido à realidade que a rodeia. Aí, como já dissemos, o papel decisivo no processo de formação do verdadeiro conceito corresponde à palavra. Servindo-se da palavra, a criança dirige deliberadamente sua atenção para determinados atributos, servindo-se da palavra os sintetiza, simboliza o conceito abstrato e opera com ele como o signo superior entre todos os que o pensamento humano criou (FACCI, 2004, p. 219).
Estudando as obras deste autor, Facci explica que na infância, os processos
psicológicos primários ou elementares e são determinados pelas características
biológicas, tais como reflexos, reações automáticas, associações simples, memória
imediata, recordação etc. Este desenvolvimento natural produz funções com formas
primárias, enquanto que a cultura na coletividade os transforma em processos superiores
ou Funções Psicológicas Superiores – as FPS, tais como “[...] atenção voluntária,
memorização ativa, pensamento abstrato, planejamento, generalização – nascem
durante o processo de desenvolvimento cultural, representando uma forma de conduta
geneticamente mais complexa e superior” (FACCI, 2004, p. 205). O corpo docente da
Instituição deve planejar o ensino dos conteúdos desenvolvendo estas funções.
Na adolescência, etapa de maior número de alunos da Instituição, após a
aquisição de conhecimento por meio de materiais concretos na infância, aparece o
pensamento abstrato que, “[…] com a ajuda das funções de abstração e de
generalização, torna-se tão desenvolvido que [...] são convertidos em formas complexas
de análise e sínteses lógicas e as pessoas começam a perceber ou recordar por meio da
reflexão” (FACCI, 2004, p. 208). A respeito da generalização, Davídov esclarece:
O processo de generalização consiste em que a criança, por meio da comparação, separa do grupo de objetos algumas propriedades (qualidades) repetidas. [...] Se realiza generalização, a saber, se reconhecem como comuns as qualidades parecidas em todos os objetos
87
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
do mesmo tipo ou classe”. […] A generalização se examina numa relação inseparável da operação de abstração (DAVÍDOV, 1988, p. 100-101, tradução nossa)
Para desenvolver na sala de aula a formação de conceitos dos conteúdos de
ensino, facilitando a aprendizagem, há necessidade de fazer o movimento de análise e
síntese “propondo atividades que permitam decompor o conteúdo em partes ou
elementos isolados e depois construir a partir desses elementos, novas formações que
ajudam a entender a realidade. [...] analisando cada parte para compreender o todo”
(TEIXEIRA, 2012, p. 16).
Outra maneira de abordar o conhecimento que possibilita o desenvolvimento
humano na escola é ensinar tais conteúdos, de acordo com Sforni e Galuch (2009, p.
122-124), objetivando e preparando as aulas com o auxílio dos instrumentos físicos – que
nos orientam na efetivação das ações externas (objetos, livros, vídeos, atividades) e dos
instrumentos simbólicos: os signos – que nos orientam na realização das ações internas
(palavras, mapas, gravuras, fórmulas, símbolos). Então, “[...] o material sensorial e a
palavra são partes indispensáveis [e indissociáveis] do processo de formação dos
conceitos” (VIGOTSKI, 2001, p. 152, acréscimo nosso). É fundamental superar a ideia
simplista de compreensão por associação (idem, ibidem, p. 156) e compreensão
espontânea dos conteúdos, salienta o autor.
Enquanto os instrumentos físicos potencializam as ações do aluno (e também do
professor) para o seu objetivo externo, os signos, por sua vez, como instrumentos
simbólicos, agem como reguladores da atividade psicológica e auxiliam o
desenvolvimento do conteúdo da atividade mental do aluno sobre o mundo. Ambos são
denominados por Vigotski (2001) de mediadores culturais, pois possibilitam ao aluno a
internalização de toda a cultura neles objetivados pelas gerações que os criaram. A
função, portanto, dos instrumentos é de auxiliar o processo de internalização, o qual,
quando bem realizado, pode promover a aprendizagem e o desenvolvimento.
A teoria estudada proposta, ao ser operacionalizada por meio das metodologias
dialéticas, como a M.M.D. e a didática de Gasparin (2007), trazem contribuições
qualitativas e quantitativas ao ensino e à aprendizagem dos sujeitos envolvidos. São as
88
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
metodologias mais aceitas, estudadas e utilizadas no coletivo desta Instituição por
estarem ancoradas no Materialismo Histórico-dialético, ou seja, comungando dos
mesmos princípios, fundamentos e pressupostos teóricos (filosófico-epistemológicos)
que a Pedagogia Histórico-crítica e a Teoria Histórico-cultural – e por constituírem
referências para repensarmos a aula.
Assim como a Didática de Gasparin, com as cinco etapas, baseando-se nos
passos de Saviani (2009, pp. 63-65), a professora Maria Eliza B. Arnoni fez uma
proposição metodológica, em quatro momentos interligados e interdependentes entre si,
operacionalizando o método dialético com rigor filosófico e aprofundamento teórico,
divulgados em livro e artigos: Resgatando, Problematizando, Sistematizando e
Produzindo. Essa operacionalização, explica Cristina Margarete Barili Teixeira,
Envolve a mediação por meio dos conhecimentos dispostos dialeticamente, pois o caráter ontológico da M.M.D. justifica-se pela mediação dialética e pedagógica que ocorre entre dois seres sociais em situação de aula – o professor e o aluno – que se encontram em diferentes planos de conhecimentos sobre o conceito a ser ensinado. Daí, a possibilidade de eles estabelecerem a relação dialética entre os processos de ensino e de aprendizagem, o que entra em consonância com as DCE (TEIXEIRA, 2012, p. 19).
Os parâmetros entre alfabetização e letramento devem estar bem claros para a
escola: a alfabetização é o processo de aquisição de códigos – alfabético e numérico,
considerada uma competência individual necessária para o sucesso na escola, deixando
de enfocar o letramento como prática social; já o letramento extrapola o mundo da escrita
e pode ser desenvolvido por todos os segmentos sociais, podendo ser chamados de
Agências de Letramento.
O conceito de letramento envolve dois fenômenos diferentes, mas
complementares: a leitura e a escrita, que se constituem como um “conjunto de
habilidades, comportamentos, conhecimentos que compõem um longo e complexo
continum” (SOARES, 2001, p.48). Uma pessoa pode ser capaz de ler um bilhete e não
ser capaz de ler um romance; pode ser capaz de escrever o nome e não ser capaz de
escrever uma carta e assim por diante. “Há diferentes tipos e níveis de letramento,
89
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
dependendo das necessidades, das demandas do indivíduo e de seu meio, do contexto
social e cultural” (SOARES, 2001, p.49).
Segundo Kleiman (1995), a escrita é uma tecnologia onipresente, pois está em
todos os lugares e momentos da nossa vida, que se aprende e se aprimora na escola, a
qual é considerada a mais importante das agências de letramento. Ela tem várias funções
individuais e sociais, sendo uma delas o acesso às várias esferas que compõem a
sociedade: burocracia, tecnologia, mídia, ambientes públicos e institucionais, etc., além
de proporcionar ao sujeito o acesso ao poder por meio da manipulação da informação.
Para a autorasupracitada (2004), letramento pode ser definido como um conjunto
de práticas sociais que usam a escrita, enquanto sistema simbólicoe enquanto
tecnologia, em contextos específicos para fins específicos.
Assim, os estudos de letramento surgiram por uma necessidade de definir o que
era e o que representava aquela parcela dos alunos que terminavam a Educação Básica
sem o desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita, incapazes de, numa prática
social, demonstrarem intimidade com o texto escrito.
Nesta perspectiva, a escola tem papel preponderante no que concerne ao
desenvolvimento do letramento, pois ela pode proporcionar ao aluno oportunidades de
conhecimento, o que significa dar acesso aos letramentos relacionados à leitura.
Cada agência tem orientações de letramento diferentes: família, igreja, rua, lugar
de trabalho etc. O sujeito será letrado com as habilidades adquiridas no seu contexto
social. Ex: uma criança que trabalha na feira livre desenvolverá um raciocínio matemático
grande porque fazer contas “de cabeça” faz parte de sua realidade. Por isso, é importante
que o aluno adquira experiências com a leitura para que as habilidades aprendidas sejam
utilizadas em vários tipos de suportes e textos, como: “literatura, livros didáticos, obras
técnicas, dicionários, listas, enciclopédias, quadros de horário, catálogos, jornais,
revistas, anúncios, cartas formais e informais, rótulos, cardápios, sinais de trânsito,
sinalização urbana, receitas…” (SOARES, 2001, p. 69). O letramento, portanto, é uma
prática social: “letramento é o que as pessoas fazem com as habilidades de leitura e
escrita, em um contexto específico, e como essas habilidades se relacionam com as
necessidades, valores e práticas sociais” (SOARES, 2001, p. 72).
90
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Sobre os conceitos de letramento já mencionados, Soares (2001, p. 76) ressalta,
ainda, que “Paulo Freire foi um dos primeiros educadores a realçar o poder
'revolucionário' do letramento”, apesar de na época de suas publicações, o termo ainda
não existir. Segundo ele, observa Soares (2001), “ser alfabetizado é tornar-se capaz de
usar a leitura e a escrita como um meio de tomar consciência da realidade e de
transformá-la” (SOARES, 2001, p.76). Desta forma, nas palavras de Freire, a
alfabetização pode contribuir para a libertação do homem, pois envolve a formação do
sujeito crítico, a utilização da leitura e da escrita e não apenas à aquisição da tecnologia
da escrita.
Segundo Kleiman (1985), ainda, “O termo letramento começou a ser utilizado nos
meios acadêmicos numa tentativa de separar estudos sobre alfabetização, cuja
conotação escolar destaca as competências individuais no uso e na prática da escrita”
(KLEIMAN, 1985, p.18).
O primeiro uso da palavra no Brasil teria sido uma tradução literal do inglês literacy
e, segundo Rojo (2009) não se diferenciavam os conceitos de alfabetização de
letramento. O termo que se utilizava para indicar o “conjunto de habilidades e
competências ou de capacidades envolvidas nos atos de leitura ou de escrita dos
indivíduos era analfabetismo funcional, cuja manifestação se diferenciava e se
particularizava de um para outro sujeito, sendo medido e conceituado pelos exames
nacionais os seus níveis de desenvolvimento.
Assim, espera-se que a escola proporcione ao aluno oportunidades de
conhecimento, o que significa dar acesso aos letramentos relacionados à leitura. Neste
sentido, assevera Rojo (2009):
[...] trabalhar com a leitura e escrita na escola hoje é mais do que trabalhar com a alfabetização ou alfabetismos: é trabalhar com os letramentos múltiplos, com as leituras múltiplas – a leitura na vida e na escola – e que os conceitos de gêneros discursivos e suas esferas de circulação podem nos ajudar e organizar esses textos, eventos e práticas de letramento. (ROJO, 2009, p. 118)
Oportunizar o aluno aos multiletramentos é um desafio para a escola que
desenvolveu uma forma peculiar de ensinar leitura, originando um tipo de letramento
91
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
específico escolar. Assim, os estudos mostraram que houve a necessidade de se
conceituar os dois tipos de letramento: o autônomo e o ideológico. Segundo os autores
Garcia, Silva e Felício (2012)18 em artigo intitulado Projet (o) Arte: uma proposta didática,
explicam de qual preocupação surgiu a necessidade de definir os letramentos:
Houve uma explosão de contextos sociais investigados pelos novos estudos dos letramentos e passaram a ser distinguidos letramentos autônomos de letramentos ideológicos. Paralelamente, formou-se o Grupo de Nova Londres que, fundado nos EUA em 1996, vem procurando articular os estudos dos letramentos aos estudos educacionais (com sua “pedagogia dos multiletramentos”), realizando a discussão acerca dos multiletramentos. (GARCIA, SILVA e FELÍCIO, 2012, p.130)
Rojo, recuperando Street, 2009, p.99, também cita que, segundo pesquisas
realizadas, o letramento pode ser dividido em dois enfoques: o enfoque autônomo e o
ideológico. O letramento autônomo pressupõe o conhecimento independente do contexto
social, ou seja, o contato com a escrita e com a leitura na escola já “faria com que o
indivíduo aprendesse gradualmente habilidades que o levariam a estágios universais de
desenvolvimento (níveis). É o que denominamos níveis de alfabetismo” (ROJO, 2009,
p.99). Para Kleiman (1995):
Pode-se afirmar que a escola, a mais importante das agências de letramento, preocupa-se, não com o letramento, prática social, mas com apenas um tipo de prática de letramento, a alfabetização, o processo de aquisição de códigos (alfabético, numérico), processo geralmente percebido em termos de uma competência individual necessária para o sucesso promoção na escola. (KLEIMAN, 1995, p. 20)
Esse modelo de letramento, de acordo com Kleiman (1995, p.22) apresenta outras
características que o fazem fechado em si mesmo, pois “atribui poderes e características
próprias da escrita para os povos que a dominam; faz relação entre a escrita e o
18 Este é um dos artigos que compõem a obra Multiletramentos na Escola de Roxane Rojo e Eduardo Moura, de 2012.
92
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
desenvolvimento cognitivo e faz distinção entre oralidade e escrita”. A autora ainda
continua:
A característica de “autonomia” refere-se ao fato de que a escrita seria, nesse modelo, um produto completo em si mesmo, que não estaria preso a contexto de sua produção para ser interpretado; o processo de interpretação estaria determinado pelo funcionamento lógico interno ao texto escrito, não dependendo das (nem refletindo, portanto) reformulações estratégias que caracterizam a oralidade, pois, nela, em função do interlocutor, mudam-se rumos, improvisa-se, enfim, utilizam-se outros princípios que os regidos pela lógica, a racionalidade, ou consistência interna, que acabam influenciando a forma da mensagem. (KLEIMAN, 1995, p.22)
Neste contexto, esse modelo autônomo pressupõe uma relação forte entre
aquisição da escrita e desenvolvimento cognitivo, estando relacionado às habilidades e
competências individuais advindas da alfabetização escolar, que, conforme a
aprendizagem vai acontecendo e o sujeito vai sendo promovido a níveis mais elevados,
ou seja, a aprovação. Contudo, essa concepção sugere outras formas de mensurar esse
desenvolvimento, como por exemplo, fazendo certas divisões entre povos letrados e não-
letrados, desenvolvidos e não desenvolvidos, tradicionais e modernos entre outros,
podendo desencadear preconceito contra esta ou aquela comunidade, este ou aquele
povo, esta ou aquela cultura, bem como atribuir o fracasso escolar do indivíduo, pelo fato
de pertencer a grupo marginalizado numa sociedade tecnológica.
Há que se observar que, ao contrário do modelo autônomo de letramento, existe
o modelo ideológico de letramento, o qual não praticado pela escola. As suas práticas
são consideradas plurais, “estando elas relacionadas às estruturas culturais e de poder
da sociedade” (ROJO, 2009, p. 99). Neste modelo, reconhece-se a variedade de práticas
sociais ligadas à leitura, em diferentes contextos entre diferentes interlocutores e o
significado de letramento varia conforme o tempo e a cultura. Por isso, diferentes práticas
realizadas em diferentes contextos são considerados letramentos e valorizados como tal.
Neste sentido, a escola não se constitui como a única agência de letramento, mas
todas as esferas que compõem a sociedade possuem as regras e conhecimentos
93
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
próprios daquele contexto, o que favorece o aprendizado delas, àquele que estiver em
seus domínios. O modelo ideológico, segundo Rojo (2009), enfoca um letramento que
extrapola os muros escolares e vão direto para a sociedade, onde se reconhece uma
variedade muito grande de práticas sociais, muitas delas valorizadas e ligadas ao poder
e outras tantas desvalorizadas ligadas à cultura de uma determinada região ou local.
Soares (1988) recuperando os estudos de Brian Street faz uma reflexão sobre a
distinção entre os dois modelos de letramento apresentando mais duas variantes dos
letramentos, a versão fraca e forte. A versão fraca estaria ligada ao modelo autônomo de
letramento em que se configura com base neoliberale acomodação do sujeito à
sociedade posta. Nessa versão, não há a preocupação de se formar sujeitos críticos e
transformadores, mas sujeitos que se adequem às regras sociais, econômicas, políticas
dentre outras, vigentes, as quais nem sempre se mostram justas e democráticas. Esse
modelo trata o letramento independentemente do contexto social. Já a versão forte,
segundo Soares (1988)
Mais próxima do enfoque ideológico e da visão paulo-freiriana de alfabetização, seria revolucionária, crítica, na medida em que colaboraria não para a adaptação do cidadão às exigências sociais, mas para o resgate da autoestima, para a construção de identidades fortes, par a potencialização de poderes (empoderamento, empowerment) dos agentes sociais, em sua cultura local valorizada, na contra-hegemonia global. (SOARES, 1988, p. 23)
Desta forma, essas dimensões de letramento implicam no “reconhecimento dos
múltiplos letramentos que variam no tempo e no espaço, mas que são também
contestados nas relações de poder” (ROJO, 2009 p.102). Quais são dominantes e quais
são dominados, só o contexto e o momento histórico podem estabelecer. Para a autora,
os letramentos dominantes estão relacionados às instituições: escola, igreja, local de
trabalho etc.
Confirma-se, desta forma, que a leitura proposta pela escola pressupõe o
letramento autônomo, pois a maioria dos trabalhos realizados com a leitura concebe-a
fechada em si, sem relacioná-la às práticas sociais. Essa afirmativa já nos diz muito sobre
94
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
o processo ensino e aprendizagem escolar ainda praticado. No entanto, a escola deve
se repensar o conceito e a prática do letramento, focando seu trabalho na premissa de
que o sujeito, para exercer plenamente sua cidadania, precisa apossar-se da linguagem
e tornar-se seu usuário competente.
Quanto melhor for desenvolvido o letramento, maior será o conhecimento. O
conhecimento humano exprime as condições materiais de um dado momento histórico.
É construído através das relações culturais, sociais, econômicas e de poder de trabalho
dos homens. Esse conhecimento é influenciado pelo modo de produção, gerando uma
concepção de homem, ideologia, cultura e as transformações de um modo de produção
a outro, são transpostos para as ideias científicas elaboradas pelos mesmos. Ele é
construído na interação sujeito e objeto a partir de ações socialmente mediadas. Suas
bases são constituídas sobre o trabalho e o uso de instrumentos, na sociedade e na
interação dialética entre e homem e a natureza.
Exprime-se em diferentes formas nos sujeitos: o conhecimento empírico trata do
conhecimento popular, que se aprende a partir da interação e observação do mundo; o
conhecimento filosófico brota a partir de reflexões sobre questões imateriais e subjetivas;
o conhecimento teológico baseia-se na fé religiosa, acreditando que ela detém a verdade
absoluta e, por fim, o conhecimento científico compreende as informações e fatos que
são comprovados por meio da ciência, com base em análises e testes científicos. Cabe
ao docente transportar este conhecimento para conteúdo de ensino, favorecendo a
aprendizagem:
Nessa perspectiva, a ação de ensinar não pode ser entendida como mera transmissão (declamação) do saber científico e nem como simplificação deste. O ensinar deve estar comprometido com o aprender e, para isso, torna-se necessário realizar a conversão do saber científico em conteúdo de ensino, para que ele se torne ensinável (ensino-professor), assimilável (aprendizagem-aluno) e preservador do saber científico (socialização do saber cultural) (ARNONI, 2004, pp. 4-5).
Sendo assim, para o professorado transmitir o conhecimento, deve “[...] centrar-se
na problematização de situações capazes de gerar contradições entre o ponto de partida
95
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
(imediato) e o de chegada (mediato) [...] possibilitando, assim, a elaboração de sínteses
pelo aluno, entendidas como saber aprendido” (ARNONI, 2008, p.8).
Deste modo, reforçando a importância de problematizar o saber, chamando a
atenção para a práxis, também contribui “[...] para que o conhecimento científico ganhe
significado para o aluno, de forma que aquilo que lhe parece sem sentido seja
problematizado e apreendido” (DCE, 2008, p.28). Para a efetivação da aprendizagem dos
conhecimentos, há que se investigar a relação entre a lógica formal (produção do
conhecimento), a lógica dialética (práxis educativa) e a organização metodológica do
conceito e na perspectiva da mediação dialético-pedagógica.
Todo o conhecimento é avaliado, sobretudo o saber escolar. Esta Instituição de
Ensino normatiza a avaliação conforme a LDBEN (2017) no artigo 35-A, incluído pela Lei
nº 13.415, de 2017, que diz, em seu parágrafo oitavo, que os conteúdos, as metodologias
e as formas de avaliação processual e formativa serão organizados nas redes de ensino
por meio de atividades teóricas e práticas, provas orais e escritas, seminários, projetos e
atividades on-line, de tal forma que ao final do ensino médio o educando demonstre
domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a produção moderna e
conhecimento das formas contemporâneas de linguagem. Também efetiva a Instrução nº
15/2017, que trata da Avaliação do Aproveitamento Escolar (PARANÁ, 2017).
Procura seguir as recomendações das DCEPR (2008) no materialismo histórico
dialético, entendendo que a concepção de homem é a de ser histórico, produtor de sua
existência, transcendência da natureza e, portanto, livre no sentido de agir
intencionalmente de modo a construir possibilidades não previstas, não naturais, optar
por uma coisa ou outra, decidir entre o que é bom e o que não é. Desse modo a avaliação
no contexto escolar não é um processo isolado, mas está intrinsecamente ligada aos
objetivos da escola e dos cursos, é a análise da prática pedagógica de todos os
envolvidos, com o objetivo de corrigir rumos e repensar situações para que a
aprendizagem ocorra. A avaliação, nesta perspectiva, visa contribuir para a compreensão
das dificuldades de aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias para
que essa aprendizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da comunidade,
da sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço onde os alunos
96
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
estão inseridos (DCEPR, 2008, p. 31). Ao avaliar a aprendizagem dos alunos também se
avalia a prática dos professores, a gestão e o currículo escolar, bem como o próprio
sistema de ensino como um todo.
Feiges (2003) percebe a avaliação como prática emancipadora, função
diagnóstica (permanente e contínua) sendo meio de obter informações necessárias sobre
o desenvolvimento da prática pedagógica para a intervenção/reformulação desta prática
e dos processos de aprendizagem, pressupõe tomada de decisão, uma vez que o aluno
toma conhecimento dos resultados de sua aprendizagem e organiza-se para as
mudanças necessárias.
Com tal abrangência, a avaliação é contínua e formativa, na perspectiva do
desenvolvimento integral do aluno, com objetivo de detectar e prevenir os problemas
identificados, estabelecendo um diagnóstico correto para cada aluno e identificando as
possíveis causas de seus fracassos ou dificuldades, visando uma maior qualificação da
aprendizagem, promovendo a participação efetiva do professor nesse processo.
Para transformar a prática avaliativa, é necessário questionar a educação desde
suas concepções, seus fundamentos, sua organização, suas normas burocráticas. Isso
implica em mudanças conceituais, redefinição de conteúdos, das funções docentes e
discentes, entre outros. A transformação da avaliação abre caminhos para a construção
de novas possibilidades e de novas questões. É mais um meio para fazer avançar o
processo de ensino-aprendizagem, garantindo a qualidade social do ensino. Sendo
assim, é necessário pensar em conjunto, envolvendo todos os interessados para propor
uma reestruturação interna da escola, quanto a sua forma de avaliar e se efetivar a
aprendizagem. A respeito disso, as DCEPR ressaltam que “a avaliação se concretiza de
acordo com o que se estabelece nos documentos escolares como o Projeto Político
Pedagógico e, mais especificamente, a Proposta Pedagógica Curricular e o Plano de
Trabalho Docente” (2008, p. 31).
Ainda no aspecto avaliação, deve-se dar relevância a Recuperação de Estudos,
direito dos alunos, independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos
básicos, e se dará de forma permanente e concomitante ao processo de ensino e de
97
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
aprendizagem. Buscam-se processos de recuperação de estudos, porque os processos
de ensino e aprendizagem não foram completamente efetivados. Assim,
A recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples: os conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno, então, é preciso investir em todas as estratégias e recursos possíveis para que ele aprenda. A recuperação é justamente isso: o esforço de retomar, de voltar ao conteúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a possibilidade de aprendizagem. Nesse sentido, a recuperação da nota é simples decorrência da recuperação de conteúdo (DCEPR, 2008, p. 33).
De acordo com Vasconcellos (2003, p.82) a recuperação de Estudos consiste “na
retomada de conteúdos durante o processo de ensino e aprendizagem, permitindo que
todos os alunos tenham oportunidades de apropriar-se do conhecimento historicamente
acumulado, por meio de metodologia diversificada e participativa”.
3.5 - Tempo e espaço pedagógico, Educação na perspectiva da educação inclusiva e Diversidade.
Na relação de organização do ambiente escolar, o que se demonstra é uma
escola democrática que se opõem ao modelo tradicional de escola autoritária,
enciclopédica, seletiva, excludente e sem nenhum vínculo ou compromisso com
uma função social de educação que venha formar o homem em suas necessidades
vitais para o mundo do trabalho, da ética e das necessidades sociais e culturais.
Nela, enfatiza Aparecida da Silva Orrutea19 , o tempo escolar se organiza de acordo
com a natureza biológica e social de cada um e compreende três dimensões:
• Tempo físico, que está relacionado ao calendário escolar
19 Disponível no material de Formação em Ação, in: www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/formacao_ acao/2... · PDF file . Acesso em 04/10/2018.
98
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
• Tempo vivido pelo professor, enquanto profissional, sua trajetória na escola e
sua formação inicial e continuada. Tempo dos alunos, suas experiências dentro e fora da
escola
• Tempo pedagógico, destinado à escolarização e socialização do
conhecimento, o tempo de dedicação dos alunos nas tarefas em casa e na escola.
Veiga-Neto enfatiza em seu artigo (2002) que “ao imprimir uma ordem
geométrica, reticular, diferencial e disciplinar aos saberes e práticas escolares, o
currículo promoveu a abstração do espaço e do tempo e contribuiu para o
estabelecimento de novas articulações entre ambos”. Continua o autor, que o
“currículo contribuiu para a espacialização do tempo, isto é, para o entendimento de
que o tempo é redutível ao espaço, pode ser pensado em função do espaço, na
medida em que passou a ser visto como rebatível ao espaço”.
Já para Ilma Passos A. Veiga (2005, p. 29), o tempo é um dos elementos que
constituem a organização do trabalho pedagógico e quem ordena o tempo é o
calendário escolar, pois “determina o início e o fim do ano, prevendo os dias letivos,
as férias, os períodos escolares em que o ano se divide, os feriados cívicos e
religiosos, as datas reservadas à avaliação, os períodos para reuniões técnicas,
etc.”. Inclusive o horário da instituição, demonstra o número de aulas por disciplina,
por professor, de horas por semana. A respeito do tempo curricular
A organização do tempo do conhecimento escolar é marcada pela segmentação do dia letivo, e o currículo é, consequentemente, organizado em períodos fixos de tempo para disciplinas supostamente separadas. O controle hierárquico utiliza o tempo que muitas vezes é desperdiçado e controlado pela administração e pelo professor. Em resumo, quanto mais compartimentado for o tempo, mais hierarquizadas e ritualizadas serão as relações sociais, reduzindo, também, as possibilidades de se institucionalizar o currículo integração que conduz a um ensino em extensão (Idem, ibidem, p. 29-30).
Veiga (2005), ao abordar o assunto de como a escola contribui para a
inculcação do tempo nas atividades escolares, que deveria ser de acordo com o
interesse dos estudantes, explana:
99
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
A sucessão de períodos muito breves – sempre de menos de uma hora – dedicados a matérias muito diferentes entre si, sem necessidade de sequência lógica entre elas, sem atender à melhor ou à pior adequação de seu conteúdo a períodos mais longos ou mais curtos e sem prestar nenhuma atenção à cadência do interesse e do trabalho dos estudantes; em suma, a organização habitual do horário escolar ensina ao estudante que o importante não é a qualidade precisa de seu trabalho, a que o dedica, mas sua duração. A escola é o primeiro cenário em que a criança e o jovem presenciam, aceitam e sofrem a redução de seu trabalho a trabalho abstrato. (ENGUITA, 1989 apud VEIGA, 2005, p. 30)
Para que ocorra melhorias na aprendizagem do alunado da Instituição, torna-
se indispensável que a escola reformule seu tempo, estabelecendo períodos de
estudo e reflexão, tanto por parte da equipe pedagógica, diretiva e docente,
fortalecendo, assim, a escola como instância de educação continuada.
Ao pensar o espaço ideal da Instituição e sua organização espaço-temporal,
deve haver a certeza de constituir-se de ambiente vivos com diferentes
representações, sentido e significados, considerando a pluralidade de vozes, de
experiências, de ritmos, de culturas, de interesses, do coletivo escolar, sem contudo,
abandonar a dimensão do tempo cronológico e dos espaços formais na organização
da escola.
Trata-se de reconhecer e considerar que cada sujeito tem seu ritmo próprio
de aprendizagem e um modo singular de pensamento, movimento e ação, e essa
aprendizagem só ganha sentido na relação que esse sujeito estabelece com o outro,
com o conhecimento e com o mundo. À escola cabe o papel de integrar, por
intermédio de sua dinâmica curricular e pedagógica, os tempos e os espaços
individuais aos coletivos.
Os espaços e tempos fixos que a Modernidade buscou levaram à
homogeneização das turmas, afinal, era preciso que todos estivessem em um
mesmo ponto do desenvolvimento para ocupar um determinado lugar e um
determinado tempo. (VEIGA-NETO, 2002)
100
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Respeitando a diversidade cultural e valorizando a cultura popular e erudita,
cabe à escola aproveitar essa distinção existente para conhecê-las e vivenciá-las,
visando a transformação do ser humano, da sociedade e do mundo. Não existe uma
cultura inferior ou superior a outra, o que temos é uma heterogeneidade cultural que
precisa ser valorizada, respeitada e reconhecida como parte do ser humano, para
ser aceita.
Dentro deste panorama diverso, incide na Instituição a educação inclusiva – que é
um direito à diversidade – como fruto da formação continuada de gestores e educadores,
para que sejam capazes de oferecer educação especial na perspectiva de inclusão. O
objetivo é atender com qualidade e incluir nas classes comuns do ensino regular os
alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação, prioritariamente nas Salas de Recursos Multifuncionais – SRM da
Instituição.
O Colégio Estadual Unidade Polo situa sua política numa posição, que tem sido
denominada de inclusão responsável, onde
O desafio da inclusão escolar é enfrentado como nova forma de repensar e reestruturar políticas e estratégias educativas, de maneira a criar oportunidades efetivas de acesso para crianças e adolescentes com necessidades educacionais especiais, e, sobretudo, garantir condições indispensáveis para que possam manter-se na escola e aprender. [...] Adota-se como um referencial filosófico dessa política a idéia de que a inclusão educacional é mais que a presença física, é mais que acessibilidade arquitetônica, é mais que matricular alunos com deficiência nas salas de aula do ensino regular, é bem mais que um movimento da Educação Especial, pois se impõe como movimento responsável que não pode abrir mão de uma rede de ajuda e apoio aos educadores, alunos e familiares (SEED, 2006, p. 39).20
Os docentes possuem experiência acumulada em suas áreas de atuação que
devem ser mutuamente valorizadas no contexto escolar. Dessa forma, não há que se
perder de vista a necessidade de um trabalho conjunto e interligado que se concretize
20 Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de currículos inclusivos – SEED, Curitiba, 2006. In: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/diretrizes/dce_edespecial.pdf . Acesso em 04/10/2018
101
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
interdisciplinarmente na aprendizagem do aluno, de modo a se caracterizarem processos
vinculados na regular e na especial.
Continua a ressaltar o documento acima (2006, p. 40-41), que o processo de
inclusão educacional exige mudanças sistemáticas político-administrativas na gestão
educacional, que envolvem desde a alocação de recursos governamentais até a
flexibilização curricular que ocorre em sala de aula. A legislação vigente, tanto nacional
como estadual, tem delineado os caminhos para uma educação inclusiva na Instituição.
Em 1988, a Constituição federal, no Art. 205, define a educação como um direito
de todos, que garante o pleno desenvolvimento da pessoa, o exercício da cidadania e a
qualificação para o trabalho. Estabelece a igualdade de condições de acesso e
permanência na escola como um princípio. Por fim, garante que é dever do Estado
oferecer o atendimento educacional especializado (AEE), preferencialmente na rede
regular de ensino.
Ainda as demais legislações: A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (1996), o
Plano Nacional de Educação (2001), as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial
para a Educação Básica (2001), a Lei nº 13.146 (2015) – Lei brasileira de inclusão da
pessoa com deficiência (LBI) , que no capítulo IV aborda o direito à educação, com base
na Convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência, que deve ser inclusiva e
de qualidade em todos os níveis de ensino; garantir condições de acesso, permanência,
participação e aprendizagem, por meio da oferta de serviços e recursos de acessibilidade
que eliminem as barreiras, onde o AEE também está contemplado, e, particularmente, a
Deliberação CEE/PR n. 02/2003, no seu Art. 5°, diz que as necessidades educacionais
especiais são definidas pelos problemas de aprendizagem apresentados pelo aluno, em
caráter temporário ou permanente, bem como pelos recursos e apoios que a escola
deverá proporcionar, objetivando a remoção das barreiras para a aprendizagem.
No Art. 24 trata de que o estabelecimento de ensino deve realizar avaliação, no
contexto escolar, para a identificação das necessidades educacionais do aluno, do
professor e da escola e para a tomada de decisões quanto aos recursos e apoios
necessários à aprendizagem.
102
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
O termo ‘necessidades especiais’, continua o documento (2006, p. 43), não deve
ser tomado como sinônimo de deficiências – mentais, sensoriais, físicas ou múltiplas –
pois abrange uma série de situações e/ou condições pelas quais qualquer um pode estar
submetido em decorrência de uma limitação, temporária ou permanente, oferecendo
obstáculos à vida em sociedade, considerando-se idade, sexo, fatores culturais,
condições de saúde, quadros afetivo-emocionais, entre outros.
No Estatuto da Juventude, na Seção IV, que trata do direito à Diversidade e à
Igualdade, diz no artigo 17, que o jovem tem direito à diversidade e à igualdade de direitos
e de oportunidades e não será discriminado por motivo de: I - etnia, raça, cor da pele,
cultura, origem, idade e sexo; II - orientação sexual, idioma ou religião; III - opinião,
deficiência e condição social ou econômica.
Como as Instituições de Ensino são diversas, é imprescindível aprender e exercitar
o respeito com a diferença e com as/os diferentes, pois, da mesma forma que se aprende
a ser preconceituoso, é possível desaprender a ser.
O reconhecimento e a valorização dos sujeitos da diversidade, a promoção da
igualdade de gênero e do respeito à diversidade sexual e étnico racial são imprescindíveis
para a concretização da política pública educacional da Secretaria de Estado da
Educação, a fim de efetivar o direito à educação para todas as pessoas. Educar com
essas perspectivas contribui para a desconstrução e desnaturalização do machismo e da
homofobia, do preconceito e do racismo nas escolas, e afirmar o direito às diferentes
possibilidades de expressão e vivência da sexualidade, orientações sexuais e
identidades de gênero. (SEED, 2012)
Enaltecendo a importância deste assunto, bem como gerenciando este
acolhimento como práxis educativa, obrigatoriamente em nosso Estado, tem-se formado
anualmente a Equipe Multidisciplinar no chão da escola, para a construição de uma
educação de qualidade, a consolidação da política educacional e, assim, ocorrer o
respeito à diversidade étnico-racial.
Elas são instâncias do trabalho escolar oficialmente legitimadas e normatiza-se na
Instituição, por meio das leis a seguir:
103
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003: Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro
de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no
currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-
brasileira", e dá outras providências.
Lei nº 11.645, de 10 março Dde 2008: Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro
de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as
diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino
a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.
Resolução nº 3399/2010 – GS/SEED: Resolve compor Equipes Multidisciplinares
nos Núcleos Regionais de Educação – NREs e Estabelecimentos de Ensino da Rede
Estadual de Educação Básica.
São constadas nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das
Relações Étnico-Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e
Indígena no currículo escolar das instituições de ensino da rede pública estadual e
escolas conveniadas do Paraná. Têm como prerrogativa articular os segmentos
profissionais da educação, instâncias colegiadas e comunidade escolar.
O uso do termo “raça” para se referir ao segmento negro sempre produziu uma
longa discussão no campo das Ciências Sociais de um modo geral e na vida cotidiana
do povo brasileiro, em específico. Na realidade, quando alguém pergunta: “qual é a sua
raça?”, nem sempre recebe como resposta uma reação positiva da outra pessoa.
O Movimento Negro e alguns sociólogos, quando usam o termo raça, não o fazem
alicerçados na ideia de raças superiores e inferiores, como originalmente era usada no
século XIX. Pelo contrário, usam-no com uma nova interpretação, que se baseia na
dimensão social e política do referido termo. E, ainda, usam-no porque a discriminação
racial e o racismo existentes na sociedade brasileira se dão não apenas devido aos
aspectos culturais dos representantes de diversos grupos étnico-raciais, mas também
devido à relação que se faz na nossa sociedade entre esses e os aspectos físicos
observáveis na estética corporal dos pertencentes às mesmas. (GOMES, 2005, p.45)
No campo intelectual, muitos profissionais preferem usar o termo etnia para se
referir aos negros e negras, entre outros grupos sociais, discordando do uso do termo
104
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
raça. Ao usarem o termo etnia, estes intelectuais o fazem por acharem que, se falarmos
em raça ficamos presos ao determinismo biológico, à ideia de que a humanidade se
divide em raças superiores e inferiores, a qual já foi abolida pela biologia e pela genética.
(GOMES, 2005, p.49)
O racismo é, por um lado, um comportamento, uma ação resultante da aversão,
por vezes, do ódio, em relação a pessoas que possuem um pertencimento racial
observável por meio de sinais, tais como: cor da pele, tipo de cabelo, etc. Ele é por outro
lado um conjunto de ideias e imagens referente aos grupos humanos que acreditam na
existência de raças superiores e inferiores. O racismo também resulta da vontade de se
impor uma verdade ou uma crença particular como única e verdadeira. (GOMES, 2005,
p.52)
Tratando-se da diversidade sexual e de gênero, procura-se incentivar o estudo de
documentos destinados a subsidiar a prática pedagógica destas temáticas, em busca de
transformação da realidade social de preconceito, discriminação e exclusão existente nas
escolas. O reconhecimento e a valorização dos sujeitos da diversidade, a promoção da
igualdade de gênero e do respeito à diversidade sexual são imprescindíveis para a
concretização da política pública educacional da Secretaria de Estado da Educação, a
fim de efetivar o direito à educação para todas as pessoas.
O objetivo da Instituição é educar com essas perspectivas, o que contribui para a
desconstrução e desnaturalização do machismo e da homofobia nas escolas, e afirma o
direito e o respeito às diferentes possibilidades de expressão e vivência da sexualidade,
orientações sexuais e identidades de gênero. A instituição, sendo um espaço privilegiado
para a formação humana, aborda essas temáticas por meio dos conteúdos das diferentes
disciplinas. Essas abordagens estão pautadas nos conhecimentos científicos – e não em
valores e crenças pessoais; por isso, as/os profissionais da educação buscam
fundamentação na formação continuada e nos materiais de apoio didático-pedagógico
105
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
referente aos temas no site estatal21. O que tem normatizado estas ações na instituição
é o que se segue:
● Orientação Conjunta nº 02/2017 - SUED/SEED - inclusão do nome social nos
registros escolares internos do aluno e/ou da aluna menor de 18 (dezoito) anos.
● Instrução Conjunta nº 02/2010 - SEED/SUED/DAE - Instrui que o nome civil,
constituído por prenome e sobrenome é um dos principais direitos de personalidade ou
direitos personalíssimos, e estes, segundo o Código Civil, são intransmissíveis e
irrenunciáveis. O nome social é o nome pelo qual travestis e transexuais, femininos ou
masculinos se reconhecem e preferem ser chamados.
● Resolução nº. 12, de 16 de janeiro de 2015 - Conselho Nacional de Combate às
Discriminações e promoções dos direitos de lésbicas, gays, bissexuais travestis e
transexuais CNCD/LGBT. Sobre o reconhecimento institucional da identidade de gênero.
Além da Nota Técnica 32/2015 - CGDH - Diretrizes de Gênero e Orientação Sexual.
Como sempre há possibilidades de receber transferência de alunos que estão em
situação de itinerância, normatiza-se com a Resolução n° 03/2012–CNE/CEB que define
diretrizes para o atendimento de educação escolar para estas populações:
Art. 1º As crianças, adolescentes e jovens em situação de itinerância deverão ter
garantido o direito à matrícula em escola pública, gratuita, com qualidade social e que
garanta a liberdade de consciência e de crença.
Parágrafo único. São considerados crianças, adolescentes e jovens em situação
de itinerância aquelas pertencentes a grupos sociais que vivem em tal condição por
motivos culturais, políticos, econômicos, de saúde, tais como ciganos, indígenas, povos
nômades, trabalhadores itinerantes, acampados, circenses, artistas e/ou trabalhadores
de parques de diversão, de teatro mambembe, dentre outros.
3.6- Formação Continuada
21 Disponível in: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=550 . Acesso em 25/09/2018.
106
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
A formação dos profissionais da educação, de modo a atender às especificidades
do exercício de suas atividades, bem como aos objetivos das diferentes etapas e
modalidades da educação básica, tem como fundamentos a presença de sólida formação
básica, que propicie o conhecimento dos fundamentos científicos e sociais de suas
competências de trabalho; a associação entre teorias e práticas.
Há necessidade de os professores estarem comprometidos em fazer leituras da
realidade, organizando situações de ensino em que as interações com o conhecimento
proporcionem a transformação da informação do senso comum em uma abordagem
científica. Para isso, faz-se necessária uma formação continuada que considere a ação
docente em sua amplitude e complexidade e de maneira concreta e contínua.
A formação continuada entende as ações, oficinas e cursos que ocorrem nas
escolas e em outras instituições, promovendo o aperfeiçoamento que abordam
conteúdos curriculares e específicos da demanda escolar. É destinada a todos os
profissionais da educação da rede estadual de ensino.
É um compromisso governamental de formar seus profissionais da educação. Na
LDBEN (1996), diz no Art. 62-A que a formação dos profissionais a que se refere o inciso
III do art. 61, far-se-á por meio de cursos de conteúdo técnico-pedagógico, em nível
médio ou superior, incluindo habilitações tecnológicas. (Incluído pela Lei nº 12.796, de
2013). No Parágrafo único: Garantir-se-á formação continuada para os profissionais a
que se refere o caput, no local de trabalho ou em instituições de educação básica e
superior, incluindo cursos de educação profissional, cursos superiores de graduação
plena ou tecnológicos e de pós-graduação.
No Art. 67, diz que os sistemas de ensino promoverão a valorização dos
profissionais da educação, assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos
planos de carreira do magistério público, e, o inciso II, trata do aperfeiçoamento
profissional continuado, inclusive com licenciamento periódico remunerado para esse fim.
Ilma Passos Veiga, em uma de suas obras, também trata da formação inicial e
continuada do professor. A formação e a valorização do magistério é um principio central
na discussão do projeto político-pedagógico. De acordo com ela,
107
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
A qualidade do ensino ministrado na escola e seu sucesso na tarefa de formar cidadãos capazes de participar da vida socioeconômica, política e cultural do país relacionam-se estreitamente a formação (inicial e continuada), condições de trabalho (recursos didáticos, recursos físicos e materiais, dedicação integral à escola, redução do número de alunos na sala de aula etc.), remuneração, elementos esses indispensáveis àprofissionalização do magistério. [...] A formação profissional implica, também, a indissociabilidade entre a formação inicial e a formação continuada (2005, p. 20).
Além de tudo, a formação continuada é um direito de todos os profissionais da
educação, uma vez que possibilita a progressão funcional baseada na titulação, na
qualificação e na competência dos profissionais. Deve estar centrada na escola e fazer
parte do projeto político pedagógico, ir além de limitar-se aos conteúdos curriculares, mas
estender-se à discussão da escola como um todo e suas relações com a sociedade.
Precisam fazer parte dos programas de formação continuada, questões como cidadania,
gestão democrática, avaliação, metodologia de pesquisa e ensino, novas tecnologias de
ensino, entre outras (VEIGA, p. 19-21). Assim, compete à instituição:
a) proceder ao levantamento de necessidades de formação continuada de seus
profissionais;
b) elaborar seu programa de formação, contando com a participação e o apoio dos
órgãos centrais, no sentido de fortalecer seu papel na concepção, na execução e na
avaliação do referido programa.
3.7 – Educação em Direitos Humanos
Percebe-se que quanto mais desenvolvida é a formação continuada dos
profissionais da educação, mais garantidos estarão seus próprios direitos e mais
respeitam os direitos do alunado. Enfim, há um contexto histórico. Os direitos humanos,
como são conhecidos hoje, resultaram de uma construção conceitual ao longo da
História.
O texto “Cidadania e violência: um desafio para os direitos humanos” de Maysa
Solheid e Robson Stigar, trata do contexto histórico, onde a Organização das Nações
108
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Unidas (ONU), elabora, em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos. A partir
dessa declaração surgem documentos que integram e articulam mecanismos jurídicos e
institucionais de promoção e proteção aos direitos humanos (2010, p. 19)22. O texto
segue esclarecendo:
Torna-se necessário entender educação como formação do cidadão participativo e solidário, consciente de seus deveres e direitos e, então, associá-la à educação em direitos humanos. Assim, teremos base para uma visão mais global do que seja uma educação democrática, que é, afinal, o que desejamos com a educação em direitos humanos, entendendo democracia como o regime da soberania popular, com pleno respeito aos direitos humanos (2010, p. 22).
Os direitos humanos preconizam as condições necessárias e imprescindíveis para
que qualquer ser humano possa viver com dignidade, desenvolver-se integralmente
como pessoa e participar plenamente da vida, independente de sexo, raça, religião,
opiniões políticas, condições socioeconômicas e orientação sexual. Contudo, o Brasil
acumulou uma dívida histórica, principalmente com os excluídos, maiores vítimas da
violência e da falta de acesso aos direitos humanos básicos. Além disso, afirma os
autores Solheid e Stigar:
O Estado tem dificuldade em implantar políticas públicas de incorporação dos direitos mais elementares de uma sociedade democrática a largas parcelas da população. Especialmente os pobres são penalizados ora com a leniência frente aos arbítrios institucionais, ora com a inércia em punir – rápida e eficazmente – os responsáveis pela violência e criminalidade (2010, p. 23).
Na instituição tem-se como primícia laboral, a Resolução nº 123, de 30 de maio de
2012, que estabelece Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos, as
quais são abordados de forma contextualizada e relacionada aos conteúdos específicos
das disciplinas, sempre que for possível a articulação entre os mesmos, demonstrando
22 In: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/cadernos_tematicos/tematico_violencia_vol1.pdf 23 Resolução: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rcp001_12.pdf. Acesso em 23/09/2018.
109
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
diálogo pedagógico com o conteúdo proposto pela própria Lei. Este tema e desafio
educacional contemporâneo é contemplado, fazendo a contextualização sócio histórica,
considerando na concepção de conhecimento, as dimensões científicas e artísticas, além
da filosófica, condizendo com as DCEPR.
O documento esclarece, no Art. 2º – § 1º que os Direitos Humanos,
internacionalmente reconhecidos como um conjunto de direitos civis, políticos, sociais,
econômicos, culturais e ambientais, sejam eles individuais, coletivos, transindividuais ou
difusos, referem-se à necessidade de igualdade e de defesa da dignidade humana.
Já, no Art. 5º, aborda o objetivo central da Educação em Direitos Humanos: a
formação para a vida e para a convivência, no exercício cotidiano dos Direitos Humanos
como forma de vida e de organização social, política, econômica e cultural nos níveis
regionais, nacionais e planetário.
§ 1º Este objetivo deverá orientar os sistemas de ensino e suas instituições no que
se refere ao planejamento e ao desenvolvimento de ações de Educação em Direitos
Humanos adequadas às necessidades, às características biopsicossociais e culturais dos
diferentes sujeitos e seus contextos.
3.8 – Violências, o uso de álcool e outras drogas no âmbito escolar
Um dos resultados do desrespeito com os direitos humanos é a violência. De onde
advém a violência em nossas instituições de ensino? Quais tipos de violência que
existem? Há uma relação profunda e estreita entre a violência – da guerra, do tráfico de
drogas, do crime organizado, da criminalidade urbana violenta, desorganizada ou
semiorganizada – e o poder econômico.
No artigo “Indisciplina, violência e o desafio dos direitos humanos nas escolas”, de
Flávia Schilling, do caderno temático “Enfrentamento à Violência na Escola”24, a autora
afirma que
24 In: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/cadernos_tematicos/tematico_violencia_vol1.pdf. Acesso em 24/09/2018.
110
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Engana-se quem pensa que a violência é uma questão prioritariamente cultural: é uma atividade lucrativa, sustentada por um grande número de atividades econômicas ilegais, rapidamente transformadas em legais, gerando, ainda, a indústria da “segurança” (ou da insegurança e do medo) com suas câmeras, muros, seguranças particulares, novos equipamentos e tecnologias. A indústria de armas, movimenta grandes quantias nos bancos (2010, p. 14).
Portanto, para que este documento não se torne ingênuo, é importante perceber o
contexto da violência atual, sua relação estrutural com o sistema econômico. Há
interesses que se beneficiam com a violência, com a guerra. O crime é uma das
atividades econômicas mais lucrativas no sistema mundial.
Não se pode ignorar a dimensão econômica, bem como a relação estrutural da
violência. Há uma parte da violência que aparece na escola e que é a face mais visível
da violência econômico-social: desemprego, má distribuição da renda (2010, p. 14). Uma
das demandas que têm aqueles que trabalham com educação, é que a escola seja o
grande remédio contra a violência. Seria a salvadora da sociedade. Contudo, não pode
dar conta das outras reformas, estas sim essenciais, que mudem a situação relatada.
Tudo o que acontece no interior da escola, suas práticas de violência e de cuidado,
o modo como opera com o currículo, o estilo de suas relações interpessoais, os
silenciamentos e as transgressões, por exemplo, têm interconexão com o dado social. A
escola é auto gerativa de suas ações, mas também reproduz aquilo que é gerado no
tecido social.
Entre estas causas, ocorreu, nas últimas décadas, pelo predomínio do capital
financeiro, a crise do trabalho assalariado – que permeia o profundo questionamento e
esvaziamento de sentido da instituição. Para que servirá a escola? O que se faz na
escola? É esse o contexto da chamada “indisciplina”. Há escolas que, pelos alunos não
terem mais a centralidade do aprender, por não assumirem a realização do direito
humano à educação (condição para a realização de outros direitos humanos), parecem
outras instâncias e não instituições de ensino e de aprendizagem. Mas que tipos de
violências ocorrem?
111
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Violência física – Uso da força física de forma intencional, não-acidental, por um
agente agressor adulto (ou mais velho que a criança ou o adolescente). Geralmente,
esses agentes são os próprios pais ou responsáveis, que muitas vezes machucam a
criança ou adolescente sem a intenção de fazê-lo. A violência física pode deixar marcas
evidentes e, em casos extremos, até causar a morte (Fonte: Guia Escolar, 2004)25.
Violência Psicológica – Conjunto de atitudes, palavras e ações para envergonhar,
censurar e pressionar a criança de modo permanente. Ela ocorre quando xingamos,
rejeitamos, isolamos, aterrorizamos, exigimos demais das crianças e dos adolescentes,
ou, mesmo, os utilizamos para atender a necessidades dos adultos (Fonte: Guia Escolar,
2004).
Violência escolar – A escola, enquanto espaço de violência, é constituída de um
movimento ambíguo, que por um lado, visa o cumprimento das leis e normas
estabelecidas pelos órgãos centrais, e de outro, pela dinâmica de seus grupos internos
que estabelecem interações, rupturas e permitem a troca de ideias, palavras e
sentimentos.
Bullyng é comportamento agressivo de intimidação e que apresenta um conjunto
de características comuns, entre as quais se identificam várias estratégias de intimidação
do outro e que resultam em práticas violentas exercidas por um indivíduo ou por
pequenos grupos, com caráter regular frequente.
Em geral, o exemplo dado para caracterizar a violência contra a escola são as
pichações, depredações, bombas no banheiro.
Quanto ao combate à violência na Instituição, segue-se o rigor da Constituição
Federal, de 1988, que prevê, no Art. 5º que “Todos são iguais perante a lei, sem distinção
de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País
a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”
(BRASIL, 1988).
Ainda, a LDBEN de 1996 prevê, em seu Art. 2º, que a educação, dever da família
e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana,
2525 In: Portal do MEC : http://portal.mec.gov.br/component. Acesso em: 25/09/2018.
112
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício
da cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 1996). No Art.13, III da mesma
Lei, subentende que o educadores e dirigentes cumpram o que foi determinado e zelem
pela aprendizagem dos alunos os temas relacionados à violência e à indisciplina, que
tanto incomodam e atrapalham as ações educativas.
Outra Lei que normatiza as ações da Instituição é a Lei 8.069, de 13 de julho de
1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, que trata dos direitos e
dos deveres desta faixa etária dos alunos. O ECA procurou reforçar a ideia de que
crianças e adolescentes também são sujeitos de direitos como todo cidadão, no mais
puro espírito do artigo 5º, inciso I da Constituição Federal/88, que estabelece a igualdade
de direitos e obrigações para homens e mulheres, independentemente de sua idade.
A Lei Nº 11.525, de 25 de setembro de 2007, acrescenta § 5º ao Art. 32 da Lei no
9.394, de 20 de dezembro de 1996, para incluir conteúdo que trate dos direitos das
crianças e dos adolescentes no currículo do ensino fundamental.
Quanto à prevenção ao uso indevido de álcool e outras drogas, a Lei nº
11.343/2006 colocou o Brasil em destaque no cenário internacional ao instituir o Sistema
Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas – SISNAD e prescrever medidas para
prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de
drogas, em consonância com a atual política sobre drogas. A lei prescreve medidas para
prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de
drogas; estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito
de drogas; define crimes.
O Brasil, seguindo tendência mundial, entendeu que usuários e dependentes não
devem ser penalizados pela justiça com a privação de liberdade. Esta abordagem em
relação ao porte de drogas para uso pessoal tem sido apoiada por especialistas que
apontam resultados consistentes de estudos.
Droga é definida, em um sentido amplo, como qualquer substância capaz de
exercer um efeito sobre o organismo. As drogas chamadas psicotrópicas ou psicoativas
– palavra originária do grego que pode ser traduzida como aquilo que age sobre a mente
113
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
– alteram os sentidos, induzem à calma ou à excitação, potencializam alegrias, tristezas
e fantasias (ABRAMOVAY, 2005, p. 63).
Pesquisas apontam que a relação entre drogas e rendimento escolar envolve uma
multiplicidade de fatores internos e externos ao indivíduo e ao meio social no qual ele
insere-se, fazendo com que a linha que separa as causas e as consequências do
desencantamento com a escola – que podem repercutir no uso de drogas – sejam muito
tênues (ABRAMOVAY, 2005, p. 112).
A escola é um lugar onde os jovens socializam-se, fazem amizades e onde podem
ter uma interação com adultos significativos (como os professores) e cabe, inclusive, a
ela difundir informações sobre os serviços disponíveis de aconselhamento e terapia sobre
o uso indevido de drogas. Assim, a escola:
É também um lugar que possui como massa/objeto, conhecimentos, valores e afetos. Vários vetores sociais contam a favor desta instituição como um lugar privilegiado para acionarem-se programas preventivos e de atenção. No caso dos consumidores, faz-se necessário o apoio de serviços e profissionais especializados (ABRAMOVAY, 2005, p. 118).
É importante advertir para o fato de que, na Instituição, recorre-se ao termo drogas
lícitas, segundo a classificação da Organização Mundial de Saúde, para analisar as
percepções sobre o consumo de bebidas alcoólicas e tabaco. A prevalência do uso de
bebidas alcoólicas entre alunos, considerando suas auto-representações, não sugere,
necessariamente, um consumo endêmico – ou seja, não aponta para a existência de um
surto de consumo. Mas indicam, ao mesmo tempo, a necessidade de mais discussões
sobre o que seria consumir álcool socialmente – esta sim, prática mais extensiva, conclui
o mesmo texto (ABRAMOVAY, 2005).
3.9 – Educação Ambiental
114
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
A educação ambiental, de acordo com a Conferência de Tbilisi de 197726, é um
processo de reconhecimento de valores e clarificação de conceitos, objetivando o
desenvolvimento das habilidades e modificando as atitudes em relação ao meio, para
entender e apreciar as inter-relações entre os seres humanos, suas culturas e seus meios
biofísicos. A educação ambiental também está relacionada com a prática das tomadas
de decisões e a ética que conduzem para a melhoria da qualidade de vida.
Já, a Lei nº 9.795 de 27 de Abril de 1999, conceitua Educação Ambiental no Art.
1º, como sendo “os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem
valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a
conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade
de vida e sua sustentabilidade” (BRASIL, 1999, p. 1)27.
Entretanto, busca-se na instituição de ensino uma educação ambiental que vá
além dessa concepção legal, uma vez que ela implica na formação de pensamentos
críticos e reflexivos, capazes de analisar as complexas relações que se travam na
realidade natural e social. Não se trata, simplesmente, de conservar a natureza como um
marco do desenvolvimento sustentável, mas sim de construir novas realidades e novas
relações sociais, que possibilitem o desenvolvimento de novas ações humanas mais
sustentáveis na natureza.
Na instituição, procura-se vivenciar a Educação Ambiental Crítica, acreditando-se
que a transformação da sociedade é causa e consequência (relação dialética) da
transformação de cada indivíduo, que há uma reciprocidade dos processos no qual
propicia a transformação de ambos. Nesta visão, na ótica de Mauro Guimarães:
Educando e educador são agentes sociais que atuam no processo de transformações sociais e nesse processo se transformam; portanto, o ensino é teoria prática, é práxis. Ensino que se abre para a comunidade com seus problemas socioambientais, sendo a intervenção nesta realidade a promoção do ambiente educativo e o conteúdo do trabalho pedagógico (GUIMARÃES, 2016, p. 17).
26 In: http://www.meioambiente.pr.gov.br/arquivos/File/coea/Tbilisi.pdf . Acesso em 23/09/2018. 27 In: https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11751087/artigo-1-da-lei-n-9795-de-27-de-abril-de-1999 . Acesso em 23/09/2018.
115
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
A educação ambiental crítica objetiva relacionar-se à intervenção da realidade a
partir das ações do sujeito ativo. Baseia-se em:
[...] em planejar ações em que as práticas sejam viabilizadas, superando a relação cognitivo (razão) e afetivo (emoção), acrescentando a estar um caráter mais transformador, capaz de fazer com o sujeito exerça a prática da educação ambiental na realidade onde está inserido [...]” (PINTO; GOUVEIA; SILVA, 2015, p. 02).
A Educação Ambiental ofertada aos alunos da Instituição, dá-se por ser uma
exigência, contida em Lei Nacional, bem como na legislação estadual. O Estado do
Paraná e esta Instituição de Ensino, em conformidade com a legislação vigente, institui,
no Art. 12 da Lei 17.505/2013, que: “A educação ambiental será desenvolvida como uma
prática educativa integrada, interdisciplinar, transdisciplinar e transversal no currículo
escolar de forma crítica, transformadora, emancipatória, contínua e permanente em todos
os níveis e modalidades”; e no Art. 13, que “os profissionais da educação, em suas áreas
de atuação, devem receber formação continuada no período de suas atividades
regulamentares com o propósito de atender adequadamente ao cumprimento dos
princípios e objetivos da Política Nacional de Educação Ambiental e da Política Estadual
de Educação Ambiental” (PARANÁ, 2013)28.
A referida Lei ainda explicita no Art. 2º, que tanto o indivíduo quanto a coletividade
de forma participativa devem construir, compartilhar e privilegiar saberes, conceitos,
valores socioculturais, atitudes, práticas, experiências e conhecimentos voltados ao
exercício de uma cidadania comprometida com a preservação, conservação,
recuperação e melhoria do meio ambiente e da qualidade de vida, para todas as
espécies.
No Art. 3º, enfatiza-se que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, cabendo ao Poder Público e à coletividade o compromisso de desenvolver a
28 In: http://www.legislacao.pr.gov.br/legislacao/listarAtosAno.do?action. Acesso em 23/09/2018.
116
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
sustentabilidade, o respeito e a valorização da vida em todas as suas formas de
manifestação, na presente e nas futuras gerações.
Na mesma lei, Art. 5º, constam os objetivos da E.A., dos quais selecionam-se:
I - desenvolver práticas integradas que contemplem suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos de saúde, históricos, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais, filosóficos, estéticos, tecnológicos, éticos, psicológicos, legais e ecológicos; III - estimular o fortalecimento de uma consciência crítica sobre as questões ambientais e sociais; IV - promover e incentivar o envolvimento e a participação individual e coletiva, de forma permanente e responsável, como um valor inseparável do direito e do exercício da cidadania, visando à promoção da saúde ambiental; VI - fomentar e fortalecer a integração com a ciência, as tecnologias apropriadas e os saberes tradicionais e inovadores, tendo como base a ética de respeito à vida, assegurados os princípios desta Lei;
A implementação da E. A. na Instituição, se dá por meio da Deliberação 04/2013
– CEE/SEED, a qual afirma que a Educação Ambiental deve seguir a seguinte
organização curricular:
Art. 14 A inserção dos conhecimentos concernentes à educação ambiental nos currículos da educação básica, se dará: I - no contexto da interdisciplinaridade e transversalidade, ao tratar de temas de meio ambiente e sustentabilidade socioambiental; II - como conteúdo dos componentes curriculares/disciplinas na dimensão socioambiental; III - pela inserção dos conteúdos relacionados à integração das políticas públicas nas áreas tratadas em educação, meio ambiente, agricultura, saúde, cultura, entre outras; IV - por meio dos conteúdos multidisciplinares e interdisciplinares, a partir da escola como referência de liderança socioambiental no espaço geográfico da bacia hidrográfica; V - pelo favorecimento de práticas educativas ambientais em áreas de conservação ambiental, fortalecendo a abordagem da percepção dos impactos socioambientais no âmbito da educação contextualizada, da conservação da biodiversidade e de vivências na natureza; VI - por meio de ações socioambientais, elencadas em seus Projetos Político Pedagógicos, e/ou em seus Planos de Trabalho Docente, desenvolvidos nas instituições de ensino de Educação Básica com a participação da comunidade. (PARANÁ, 2013).
117
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Há a necessidade de valorizar o contato direto do educando com os elementos da
natureza, os processos cognitivos de solução dos problemas ambientais, os materiais de
ensino e os conteúdos e métodos interdisciplinares; a interdisciplinaridade aparece como
uma prática pedagógica que tem por base as ciências naturais e sociais. Na Instituição,
o próprio espaço físico visa o desenvolvimento de uma sociedade sustentável, apropriado
aos padrões da sustentabilidade, respeito às condições locais, com saneamento
adequado e destinação adequada de resíduos, conservação das áreas verdes, contendo
um bosque preservado.
O histórico da Educação Ambiental no Brasil data de 1960, onde começa a se
debater a relação entre o homem e a natureza, no intuito de alcançar uma saída
sustentável para a mesma; em 1970, a Conferência da ONU sobre o Ambiente Humano
(Estocolmo – 1972), apresenta a necessidade de se estabelecer um Programa
Internacional de Educação Ambiental. E dali em diante o mundo procura a preservação
dos ambientes naturais.
4.0 PLANEJAMENTO (MARCO OPERACIONAL)
4.1 Calendário Escolar
Atendendo ao disposto na LDB nº 9394/1996, art. 23 e 24 e legislação vigente o
calendário escolar se constitui com carga horária mínima anual de oitocentas horas para
o ensino fundamental e para o ensino médio, distribuídas por um mínimo de duzentos
dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando
houver.
4.2 Ações Didático-pedagógicas
4.2.1 PROEMI
118
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
O programa Ensino Médio Inovador – PROEMI foi instituído pela Portaria nº 971,
de 9 de outubro de 2009, no contexto da implementação das ações voltadas ao Plano de
Desenvolvimento da Educação – PDE. A edição atual do Programa está alinhada às
diretrizes e metas do Plano Nacional de Educação 2014-2024 e à reforma do Ensino
Médio proposta pela Medida Provisória 746/2016 e é regulamentada pela Resolução
FNDE nº 4 de 25 de outubro de 2016.
O objetivo do EMI é apoiar e fortalecer os Sistemas de Ensino Estaduais e Distrital
no desenvolvimento de propostas curriculares inovadoras nas escolas de Ensino Médio,
disponibilizando apoio técnico e financeiro, consoante à disseminação da cultura de um
currículo dinâmico, flexível, que atenda às expectativas e necessidades dos estudantes
e às demandas da sociedade atual. Deste modo, busca promover a formação integral
dos estudantes e fortalecer o protagonismo juvenil com a oferta de atividades que
promovam a educação científica e humanística, a valorização da leitura, da cultura, o
aprimoramento da relação teoria e prática, da utilização de novas tecnologias e o
desenvolvimento de metodologias criativas e emancipadoras (ver tabela no Anexo IV).
4.2.2 CELEM
O Centro de Línguas Estrangeiras Modernas – Celem, criado no ano de 1986 pela
Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED tem por objetivo ofertar o ensino
plurilíngue e gratuito de cursos básicos e de aprimoramento, aos alunos da Rede Pública
Estadual de Educação Básica matriculados no Ensino Fundamental (anos finais), no
Ensino Médio, Educação Profissional e na Educação de Jovens e Adultos (EJA), aos
professores e funcionários que estejam no efetivo exercício de suas funções na rede
estadual e também à comunidade. Os CELEM promovem o conhecimento da cultura das
etnias formadoras do povo paranaense, bem como o aperfeiçoamento cultural e
profissional dos alunos”.
4.2.3 Sala de Recursos Multifuncional
119
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Na perspectiva do Direito, defende-se que a Educação Especial contribua para a
perspectiva de fortalecimento e qualificação do processo de educação inclusiva, pois se
sabe que a tendência atual é que as ações educativas da educação especial se
movimentem de forma a promover condições aos estudantes com deficiência à
escolaridade, eliminando barreiras, favorecendo e qualificando a permanência destes nas
salas de aula regular.
Nesse sentido, sabe-se que as orientações introduzidas pela nova Política
Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva Site externo (que
dispõe sobre o Atendimento Educacional Especializado, o AEE, como um dos serviços
da modalidade educação especial que perpassa todas as outras modalidades) ampliaram
a necessidade de discussão sobre a organização das políticas públicas para a oferta
desse serviço.
O atendimento educacional especializado é, portanto, uma forma de garantir que
o educando com deficiência tenha acesso a um conjunto de apoio e de recursos que
minimizem as dificuldades enfrentadas com base em sua deficiência. É importante
acrescentar que o AEE pode ser ofertado tanto na própria rede regular de ensino,
atendendo o estudante no contraturno, ou ser realizado pelas instituições especializadas,
porém nunca numa perspectiva de substituição ou reforço ao ensino regular.
O papel das instituições especializadas frente a esse serviço, segundo os
dispositivos legais (Fávero, 2007, p. 33), “é o de oferecer aos alunos com deficiência
conhecimentos que não são próprios dos currículos da base nacional comum”. Afinal, o
processo de escolaridade dos educandos com deficiência compete às escolas.
Nesse alinhamento reflexivo, quando o AEE é ofertado dentro da escola regular,
nas salas de recursos multifuncionais (SRM), deve ser parte integrante das discussões
coletivas. Compreende-se, portanto, que os estudantes fazem parte da instituição e seus
professores são os mesmos que participam do processo de construção do projeto político
pedagógico (PPP) da escola, cabendo acrescentar que, se as salas de recursos
multifuncionais forem concebidas distanciadas das reflexões do coletivo, correm o risco
de serem constituídas apenas como apêndices do processo educativo.
120
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Nesse sentido, ainda há muito que problematizar sobre a transversalidade da
educação especial na perspectiva da educação inclusiva quando se entende que o
desafio maior se encontra frente à necessidade de construção de uma cultura
educacional inclusiva, na qual todos os sujeitos possam participar proativamente do
processo educativo para que este avance.
Um dos mecanismos que podem viabilizar e qualificar essa ação é justamente o
PPP, como aponta as Diretrizes Operacionais para o atendimento educacional
especializado, com base na resolução nº 4/2009, quando no Art. 10º, Brasil (2010, p. 71),
que afirma que “o Projeto Pedagógico da escola de ensino regular deve institucionalizar
a oferta do AEE prevendo sua organização”.
O artigo 10º dessa mesma resolução aponta para uma organização possível das
SRMs com base na otimização de espaço físico adequado, equipado com mobiliários e
materiais didáticos, garantia de acessibilidade com o uso de equipamentos específicos
que possam potencializar os estudantes pedagogicamente.
Além dos recursos físicos e tecnológicos, há a necessidade de investir em
recursos humanos – como professores para o exercício da docência na sala de recurso
multifuncional, além de guias-intérpretes, tradutores e intérpretes de Língua Brasileira de
Sinais (Libras) e outros – para que essses profissionais possam atuar no apoio às
necessidades de locomoção, higiene e alimentação.
O atendimento educacional especializado como parte do PPP das escolas precisa
ser debatido coletivamente, pois se sabe que a estrutura social, política e econômica
dificulta o avanço do processo educativo na perspectiva de cumprir sua finalidade.
Ao reconhecer que os profissionais dos sistemas de ensino enfrentam dificuldades
para garantir a plena participação social e pedagógica dos educandos com deficiência,
busca-se destacar o que foi proposto pelo decreto Nº 6.571 Site externo, de 17 de
Setembro de 2008, que dispõe sobre o AEE, que regulamenta o parágrafo único do art.
60 da Lei nº 9.394 Site externo, de 20 de dezembro de 1996 e acrescenta dispositivos ao
Decreto nº 6.253 Site externo, de 13 de novembro de 2007, indicando a obrigatoriedade
de investimentos das políticas públicas na implantação de serviços que se direcionem a
121
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
atender as necessidades dos profissionais da educação que atuarão junto ao estudante
com deficiência declarando que:
Art 2º: São objetivos do atendimento educacional especializado:
I – prover condições de acesso, participação e aprendizagem no ensino regular […]
II – garantir a transversalidade das ações da educação especial no ensino regular
III – fomentar o desenvolvimento de recursos didáticos e pedagógicos que eliminem as
barreiras no processo de ensino e aprendizagem […]” (BRASIL, 2010, p. 27)
Ao entender que o AEE enquanto serviço da educação especial tem como objetivo
suplementar as necessidades advindas das demandas das deficiências, defronta-se com
a expectativa de que esse possa vir a garantir ações que potencializem os recursos dos
educandos para que possa usufruir da escola regular acessando seu direito à educação.
Na continuidade desse alinhamento reflexivo, apresenta-se a legislação vigente
através do Decreto Nº 7.611 Site externo, de 17 de novembro de 2011, quando desse
destaca-se o Art. 2º, ao declarar que:
Art. 2º A educação especial deve garantir os serviços de apoio especializado
voltado a eliminar as barreiras que possam obstruir o processo de escolarização de
estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades
ou superdotação.
§ 2º O atendimento educacional especializado deve integrar a proposta
pedagógica da escola, envolver a participação da família para garantir pleno acesso e
participação dos estudantes, atender às necessidades específicas das pessoas público-
alvo da educação especial, e ser realizado em articulação com as demais políticas
públicas. (BRASIL, 2011)
Levando-se em consideração tal proposição, compreende-se que o AEE poderá
agregar contribuições ao coletivo das escolas, uma vez que, participando do processo,
os professores, familiares e demais profissionais poderão promover ações educativas
que equiparem oportunidades a todos os estudantes, incluindo os com ou sem
deficiência.
Na perspectiva de ações que visem mudanças significativas junto ao processo
educacional inclusivo, o atendimento educacional especializado é só mais uma das ações
122
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
que precisam ser desencadeadas pelas políticas públicas quando se aponta a
necessidade e a importância de investimentos no processo de formação de seus
professores, de modo a potencializar as reflexões que se direcionem objetivando a
construção de uma cultura educacional inclusiva cabendo afirmar que os professores do
AEE precisam se integrar pedagogicamente ao coletivo das escolas.
Concluindo: o atendimento educacional especializado não é um serviço formatado
e idealizado, pronto a ser aplicado, mas implica em uma concepção com base no
processo de participação e colaboração recíproca entre todos os envolvidos, pois, nessa
perspectiva, pode vir a contribuir para a construção da cultura educacional inclusiva.
4.2.4 Brigada Escolar – Defesa Civil na Escola
O Programa Brigadas Escolares – Defesa Civil na Escola é uma parceria da
Secretaria de Estado da Educação e da Casa Militar da Governadoria – Divisão de
Defesa Civil, que visa promover a conscientização e a capacitação da Comunidade
Escolar do Estado do Paraná, para ações de enfrentamento de eventos danosos, naturais
ou antropogênicos, bem como o enfrentamento de situações emergenciais no interior das
escolas. Objetivos:
- construir uma cultura de prevenção a partir do ambiente escolar;
- proporcionar aos alunos da rede estadual de ensino condições mínimas para
enfrentamento de situações emergenciais no interior das escolas;
- promover o levantamento das necessidades de adequação do ambiente escolar;
- articular os trabalhos entre os integrantes da Defesa Civil Estadual, do Corpo de
Bombeiros, da Polícia Militar (Patrulha Escolar Comunitária) e dos Núcleos de Educação;
- adequar as edificações escolares estaduais às normas mais recentes de prevenção
contra incêndio e pânico do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Paraná.
4.2.5 Projetos desenvolvidos na instituição
Projeto de leitura – GINCANA DE LEITURA: “É BRINCANDO QUE SE LÊ”
123
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Justificativa: A grande quantidade de jovens que não mais se interessam pela
leitura, principalmente a leitura de livros em que exige, a dispensa de um tempo maior e
a paciência de correr os olhos sobre diversas páginas escritas com poucos ou nenhum
recurso imagético exige das instituições de ensino um esforço, para promover essa
prática tão necessária aos nossos jovens nas escolas, principalmente numa época em
que os meios midiáticos são tão dinâmicos. As redes sociais, principalmente, e a
comunicação via WhatsApp tem roubado grande parte do interesse e tempo das crianças
e jovens adolescentes atingindo também os adultos que pouco estão realizando leituras
formativas que contribuem para o enriquecimento profissional, humano e cidadão.
Estamos diante de uma avalanche de informações rápidas que tem produzido
conhecimentos artificiais, rasos e pouco funcionais para nossa sociedade. Assim, a arte
de se debruçar sobre leituras consistentes e formativas é o grande desafio da escola
hoje.
O Colégio Estadual Unidade Polo de Campo Mourão, por meio de sua gestão vê
essa gritante necessidade e vem buscando aprimorar o gosto e a prática da leitura por
meio da realização de uma gincana de leitura, com ações previstas no regulamento
próprio revisto a cada ano afim de atualizar e melhorar as atividades planejadas.
Objetivo: Promover a participação dos estudantes nas atividades da gincana de
leitura envolvendo leitura de livros infanto juvenil e clássicos literários, atividades
recreativas e intelectuais, permitindo a aproximação e o gosto maior com essa prática.
Procedimentos metodológicos: A gincana de leitura: é brincando que se lê é
uma atividade prevista para ser em sua maioria realizada no próprio colégio com todos
os alunos da instituição com apoio dos professores e funcionários que participarão da
leitura prévia das obras para a realização das perguntas em forma objetiva de múltipla
escolha.
Serão indicados livros de literatura infanto juvenil e clássicos literários para as
séries/anos. Cada grupo fará a leitura de três a quatro livros diferentes.
Os alunos obedecerão ao regulamento previsto para a gincana específica em que
estão estipulados as atividades e prazos estabelecidos.
124
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
A indicação do colégio às obras se dá por meio de pesquisa prévia sobre
preferências dos alunos e professores.
As séries/anos desenvolverão as atividades monitoradas e orientadas pelo
professor monitor, aluno representante de turma, professor de língua portuguesa e
equipe pedagógica e direção, sendo os recursos materiais necessários ficando a cargo
do colégio em termos de espaço físico, equipe de som e estruturas necessárias. E os
materiais referentes a apresentação dos teatros e caracterização de equipes ficarão a
cargo de cada turma.
Os gastos referentes as premiações ficarão a cargo do colégio.
Os alunos serão avaliados pelo professor de língua portuguesa nas provinhas
literárias dos livros indicados durante o decorrer dos trimestres e por corpo de jurados
nas apresentações de teatros e atividades da gincana geral (momento de perguntas
sobre os livros no grande público entre as turmas concorrentes e das provas recreativas)
utilizando as fichas do anexo II e III. As fichas avaliativas são atualizadas conforme
mudança no regulamento.
Cronograma: O cronograma inicia no início do ano com as definições de datas na
Semana Pedagógica. A indicação dos livros ocorre entre os quase dois primeiros meses
de aula com estudo entre professores e alunos.
As datas e prazos são estabelecidos no Regulamento da Gincana (anexo I)
atualizados.
Avaliação/ análise de dados: O projeto é avaliado todos os anos, mas
precisamente na Semana Pedagógica, onde são corrigidas algumas distorções,
atualizando o Regulamento, assim como, se os objetivos foram alcançados e os ajustes
necessários. O instrumento é a exposição dialogada do coletivo escolar.
Referências
Documento Orientador sobre etapas para a elaboração do projeto. Curso formação
continuada de professores-Programa BATEA/Fundação José Lazzarini. Universidade
Federal de São Carlos/ CESCAR.
125
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Projeto “SIMULADO COMO INSTRUMENTO MOBILIZADOR DA
APRENDIZAGEM”
Justificativa: Com o objetivo de melhorar o desempenho e os índices das
avaliações internas e externas, acreditamos que oportunizar ao aluno a experiência em
provas com caráter analítico do processo de apreensão do conhecimento como as
realizadas pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) – Prova Brasil e
ENEM pode promover habilidades necessárias na compreensão de tais provas, assim
como estimular a busca pelo aperfeiçoamento intelectual. Assim, a proposta da
realização de simulados pretende ser um exercício dos processos interpretativos
necessários na análise, tanto de busca de soluções de um instrumento investigador do
conhecimento, quanto do processo de conhecimento oportunizado pelo próprio
instrumento avaliador.
A aplicação dos simulados pautados em conteúdos estruturantes e específicos
estabelecidos nos planos de trabalho docente, reforçará o caráter de resgate e reforço
dos conteúdos estudados, verificando o nível de compreensão dos mesmos, servindo de
parâmetro para rever processos metodológicos de ensino. Como instrumento avaliativo
deverá compor as atividades mensuráveis em 20% das avaliações realizadas no 3º
Bimestre preferencialmente.
Diante do exposto, a elaboração dos simulados do Colégio Estadual Unidade Polo
deve ser feita por uma equipe que analise os descritores indicados para a verificação de
habilidades em Língua Portuguesa e Matemática da Prova Brasil e reconheça descritores
importantes nas demais disciplinas do currículo em cada série/ano, assim como
reconheça o perfil de saída do aluno da escolaridade básica citadas no caderno do ENEM
elaborado pela SEED/DEB.
Objetivo:
- Promover avaliações internas em forma de simulados similares aos da Prova Brasil e
ENEM para aplicação aos alunos de todas as séries e turmas do Ensino Fundamental e
Médio.
126
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
- Oportunizar aos alunos, o desenvolvimento das habilidades interpretativas, assim como
apropriação de novos conhecimentos oferecidos nos textos das questões dos Simulados.
- Melhorar os hábitos de estudo e os índices das avaliações internas e externas.
- Refletir sobre a prática pedagógica no intuito de rever processos metodológicos de
ensino.
- Realizar a análise dos descritores indicados para a verificação de habilidades em Língua
Portuguesa e Matemática da Prova Brasil, assim como a análise das competências dos
quatro eixos apresentados da matriz de referência do ENEM confrontando com os
objetivos e critérios avaliativos das Diretrizes Curriculares do Paraná a fim de atender a
aprendizagem qualitativa tanto à âmbito Estadual como Nacional em todas as disciplinas.
Conteúdos
- A Estudo dos Descritores de Língua Portuguesa e Matemática da Prova Brasil 2011.
- Estudo das questões da Prova Brasil e ENEM.
- Análise das competências e habilidades descritas no Plano de Desenvolvimento da
Educação – PDE.
- Elaboração de questões para Simulado da disciplina ministrada pelo professor.
Metodologia a ser utilizada:
- Grupo de Estudo dos professores das diferentes disciplinas.
- Análise dos descritores de Língua Portuguesa e Matemática da Prova Brasil por todos
os professores das diferentes disciplinas para estabelecimento de descritores para suas
respectivas disciplinas.
- Análise das competências e habilidades descritas no PDE por professores do Ensino
Médio.
- Seleção de questões da Prova Brasil pertinentes aos conteúdos trabalhados até o 3º
Bimestre das disciplinas de Português e Matemática para compor o total de questões
para Simulado do Colégio nas referidas disciplinas.
- Elaboração de questões para simulado nos grupos de cada disciplina nas datas
estipuladas para encontro.
- Digitação e impressão de Simulados.
- Aplicação do Simulado para cada série em data previamente estipulada.
127
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
- Correção dos Gabaritos.
- Colaboração de estagiários da Instituição de Ensino Superior da UNESPAR de Campo
Mourão para correção das redações realizadas por cada série.
4.2.6 Estágio Não Obrigatório
A função social da escola ultrapassa o aprendizado de aptidões próprias da
atividade profissional e, nesta perspectiva, vai para além da formação articulada às
necessidades do mercado de trabalho.
Conceber trabalho como princípio educativo pressupõe oferecer subsídios nas
diferentes disciplinas, para se analisar as relações e contradições sociais, as quais
se explicam a partir das relações de trabalho. Isto implica em oferecer instrumentos
conceituais ao aluno para analisar as relações de produção, de dominação, bem
como as possibilidades de emancipação do sujeito a partir do trabalho.
O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da atividade
profissional e à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do
educando para a vida cidadã e para o trabalho. Segundo a Lei do Estágio Nº 11.788,
de setembro de 2008, “estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido
no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de
educandos”.
Formar para o mundo do trabalho, portanto, requer o acesso aos conhecimentos
produzidos historicamente pelo conjunto da humanidade, a fim de possibilitar ao
futuro trabalhador se apropriar das etapas do processo de forma conceitual e
operacional.
O acesso aos conhecimentos universais possibilita ao aluno estagiário, não
somente sua integração nas atividades produtivas, mas a sua participação nela, de
forma plena, integrando as práticas aos conhecimentos teóricos que as sustentam.
128
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Nesta perspectiva, o estágio pode e deve permitir ao estagiário que as ações
desenvolvidas no ambiente de trabalho sejam trazidas para a escola e vice-versa,
relacionando-as aos conhecimentos universais necessários para compreendê-las a
partir das relações de trabalho.
Assim, cabe ao pedagogo acompanhar as práticas de estágio desenvolvidas
pelo aluno, ainda que em via não presencial, para que este possa mediar a natureza
do estágio e as contribuições do aluno estagiário com o Plano de Trabalho Docente –
PTD, fazendo com que os conhecimentos transmitidos sejam instrumentos para se
compreender de que forma tais relações se estabelecem histórica, econômica, política,
cultural e socialmente. Cabe ao pedagogo, também, manter os professores das turmas,
cujos alunos desenvolvem atividades de estágio, informados sobre as atividades
desenvolvidas, de modo que estes possam contribuir para esta relação prática.
4.3 Ações referentes à flexibilização curricular 4.3.1 SAREH
O Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar objetiva o
atendimento educacional aos estudantes que se encontram impossibilitados de
frequentar a escola, em virtude de situação de internamento hospitalar ou tratamento de
saúde, permitindo-lhes a continuidade do processo de escolarização, a inserção ou a
reinserção em seu ambiente escolar.
É um serviço de atendimento à escolarização ofertado em hospitais, casas de
apoio e comunidades terapêuticas que mantêm convênio com a Secretaria de Estado da
Educação do PR e a Secretaria de Estado da Saúde, objetivando prestar o atendimento
educacional público aos estudantes matriculados na Educação Básica, que se encontram
impossibilitados de frequentar as aulas por motivo de tratamento de saúde, de acordo
com o contido na legislação vigente.
129
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
● O atendimento garante a continuidade do processo de escolarização e a manutenção
do vínculo com o ambiente escolar àqueles que estão afastados da escola por motivo de
tratamento de saúde, em virtude de internamento hospitalar. Estende-se a todos os
estudantes matriculados na rede pública estadual em qualquer modalidade de ensino.
● Este mesmo serviço oferece o Atendimento Educacional Domiciliar, após alta
hospitalar, constituindo-se na presença do professor em domicílio de discentes que se
encontram impedidos de frequentar o ambiente escolar, por mais de 90 dias e que
tenham atestado ou parecer médico que recomende cuidados de saúde mais intensos,
junto à família. O professor age em conjunto com a escola de origem do estudante.
Na Instituição de Ensino, caso seja necessário o atendimento pelo Serviço de
Apoio à Rede de Escolarização Hospitalar- SAREH, a equipe pedagógica, baseando-se
na Resolução nº 03/2014 SEED/SESA e nas orientações ao NRE para o atendimento
educacional domiciliar do serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospital-
Sareh, solicitará este encaminhamento junto ao Núcleo Regional de Educação.
4.3.2 Ações referentes à flexibilização curricular na Educação Especial
Historicamente, as políticas e práticas pautadas nos paradigmas da segregação e
da integração responsabilizavam as próprias crianças e adolescentes com deficiência
intelectual pelo assim chamado “fracasso escolar”, legitimando sua exclusão com base
no diagnóstico.
Há alguns anos, o modelo social de deficiência passou a considerar, além dos
aspectos clínicos representados por impedimentos na pessoa, fatores que são externos
a ela: as barreiras presentes no ambiente. Esse novo conceito fundamenta a abordagem
inclusiva, que concebe a educação como um direito de todos, sem exceção.
Deu-se início, então, a um intenso processo de mudanças no contexto escolar
cuja preocupação inicial era eliminar os impedimentos físicos/arquitetônicos e incluir
recursos e serviços por meio de tecnologias assistivas (TAs). O conceito foi se
ampliando, vindo a considerar as barreiras atitudinais. A escola passou a valorizar o
130
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
acolhimento, o bem-estar dos estudantes e questões como preconceito e bullying
ganharam espaço nos momentos de trabalho pedagógico coletivo.
Contudo, apesar de tantos esforços, alguns alunos continuam não aprendendo.
E no caso daqueles com hipótese ou diagnóstico de deficiência intelectual, a tendência
é, muitas vezes, responsabilizá-los novamente por isso. Mas se partimos do
pressuposto de que toda pessoa aprende e tem direito à educação e compreendemos a
deficiência a partir do modelo social, havemos de reconhecer que a origem do problema
não está, necessariamente, nas características intelectuais do estudante, mas nas
estratégias para incluí-lo.
A inclusão implica em oferecer uma mesma proposta ao grupo como um todo e,
ao mesmo tempo, atender às necessidades de cada um, em especial daqueles que
correm risco de exclusão em termos de aprendizagem e participação. Ou seja, o que
pode (e deve) diferir são as estratégias pedagógicas e aspectos como complexidade,
quantidade e temporalidade para acessar um mesmo currículo.
5.0 PROSPOSTAS PEDAGÓGICAS CURRICULARES
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTE
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A disciplina de Arte nos mostra a necessidade do ser humano se comunicar. E
mais, ela se dá, também, pela necessidade da humanização do nosso educando. E
segundo, Arco-Verde (2003), quando o aluno entra em contato com este instrumento,
a arte, tende a perceber quem somos e a que viemos. Assim, estamos possibilitando
a eles o domínio dos sentidos para a vida; instrumentalizando-os para as batalhas que
se apresentam no dia-a-dia.
131
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
A arte possibilita, dentro do seu processo de criação, o recriar do ser humano.
E nessa produção dialética nasce um ser propenso a perceber a si e ao outro.
Acreditamos, também, que o processo histórico de formação desta disciplina é
imprescindível para a compreensão de quem realmente somos.
De acordo coma Diretriz Curricular do Estado do Paraná 2008, arte é uma
forma de expressar emoções, idéias, vivências, entre outros sentimentos. É também
uma forma de comunicação, presume a capacidade de atingir o outro. Essa
compreensão só é possível se houver o entendimento “código”, se ele domina, na
maior parte das vezes, de modo inconsciente, os princípios desorganização da
mensagem. Mensagem que se concretiza seja através de sons, na música, e daí por
diante.
Se o interesse depende da capacidade e de compreensão, a distância que a
maioria do povo brasileiro mantém das formas de arte, principalmente daquelas ditas
eruditas, é gerada pela falta de referência adequadas, que permitem aprender as
linguagens artísticas como significativas. A capacidade de compreender não se deve a
um dom inato ou algo assim; deve-se sim, a certas formas de perceber, de pensar e
mesmo de sentir que dependem da vivência, da experiência de contato com as obras
de arte. Em outros termos, a capacidade de aprender as linguagens artísticas, o que
podemos chamar de “competência artística”, depende da posse de esquemas de
percepção, pensamento e apreciação que são gerados pela familiarização.
A competência artística depende, assim, do ambiente sócio cultural em que se
vive, uma vez que depende das possibilidades de contato com as obras artísticas. Esse
contato continuado, essa freqüência, vai construindo gradativamente a familiarização,
vai formando, lentamente e de forma imperceptível, os referenciais necessários para a
apreensão e compreensão das linguagens artísticas.
Valendo-se de todas as linguagens disponíveis, no momento, nas artes (meios
tecnológicos para sua produção e veiculação) para a construção do pensamento de
uma sociedade realmente preocupada com o seu meio, faz-se a reorganização e
132
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
reordenação dos conteúdos em Estruturantes e Básicos em consonância com as
Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná (2008).
2. OBJETIVO GERAL
O objetivo da disciplina de Arte é formar um cidadão apto a construir
gradualmente sua identidade cultural, conhecedor de seus direitos e deveres; tendo na
arte desenvolvidas as suas possibilidades de corporeidade holística. Partindo da
utilização da estrutura desenvolvida para o ensino fundamental e médio das diretrizes
curriculares que são os elementos básicos das linguagens artísticas,
produções/manifestações artísticas e elementos contextualizadores.
3. CONTEÚDOS
3.1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
● ArtesVisuais;
● Música;
● Teatro;
● Dança.
3.2 CONTEÚDOS BÁSICOS
6°ANO
MÚSICA
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS/PERÍ
ODOS
Altura Ritmo Greco-romana
Duração Melodia Oriental
Timbre Escala:diatônica Ocidental
133
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Intensidade pentatônica, cromática Africana
Densidade Improvisação Indígena
ARTES VISUAIS
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS/
PERÍODOS
Ponto Bidimensional
Figurativa
Geométrica, simetria
Técnicas: pintura, escultura,
arquitetura...
Gêneros: cenas da mitologia
Arte greco-romana
Linha Arte africana
Textura Arte oriental
Forma Arte pré-histórica
Superfície Arte Indígena
Volume
Cor
Luz
TEATRO
ELEMENTOS
FORMAIS COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS/ PERÍODOS
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
Ação
Espaço
Enredo, roteiro.
Espaço cênico, adereços.
Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscara...
Gênero: tragédia, comédia e circo.
Greco-romana
Teatro oriental
Teatro medieval
Renascimento
Indígena
Africana
DANÇA
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS/
PERÍODOS
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
Kinesfera; Eixo. Ponto de apoio,
Movimentos articulares, Fluxo
(livre e interrompido); Rápido e
lento; Formação, Níveis (alto,
Pré-história
Greco Romana
Renascimento
Dança Clássica
134
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
médio e baixo); Deslocamento
(direto e indireto), Dimensões
(pequeno e grande), Técnica:
improvisação; Gênero: circular)
Indígena
Africana
135
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
7°ANO
MÚSICA
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS/
PERÍODOS
Altura
Duração
Intensidade
Densidade
Ritmo, Melodia, Escalas
Gêneros: folclórico, indígena, popular e étnico Técnicas Vocais: Vocal,
instrumental e mista
Improvisação
Música e étnica
(ocidental e oriental)
Indígena
Africana
ARTES VISUAIS
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS/
PERÍODOS
Ponto
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Proporção
Tridimensional
Figura efundo
Abstrata
Perspectiva
Técnica: tintura, escultura,
modelagem, gravura…
Gêneros: paisagem, retrato,
natureza morta…
Arte indígena
Arte popular
Brasileira e paranaense
Renascimento
Barroco
Africana
TEATRO
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS/PERÍ
ODOS
Personagem:
Expressões
corporais, vocais,
gestuais e faciais
Ação
Espaço
Representação, leitura
dramática, cenografia.
Técnicas: jogos teatrais, mímica,
improvisação.
Formas animadas....
Gêneros:rua e arena,
caracterização.
Comédia dell’arte
Teatro popular
Brasileiro
Paranaense
Teatro africano
Indígena
136
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
DANÇA
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS/
PERÍODOS
Movimento corporal
Teatro
Espaço
Ponto de apoio; Rotação;
Coreografia; Salto e queda
Peso (leve e pesado)
Fluxo (livre, interrompido e
conduzido; Lento, rápido e
moderado; Níveis (alto, médio e
Baixo); Formação; Direção
Gênero: folclórico, Popular e
africano.
Dança popular
Brasileira
Paranaense
Africana
Indígena
8°ANO
MÚSICA
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS/
PERÍODOS
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Tonal, modal e a fusão de
ambos.
Técnicas: vocal, instrumental e
mista
Indústria Cultural
Eletrônica
Minimalista
Rap, Rock, Tecno
Indígena
Africana
ARTES VISUAIS
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS/
PERÍODOS
137
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor; Luz
Semelhanças; Contrastes
Ritmo Visual; Estilização
Deformação; Técnicas: desenho,
Fotografia, audiovisual; e mista
Indústria Cultural
Arte no Séc. XX
Arte Contemporânea
Indígena
Africana
TEATRO
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS/
PERÍODOS
Personagem:
expressões
corporais, vocais,
Gestuais e faciais
Ação
Espaço
Representação no
Cinema e Mídias
Texto dramático
Maquiagem
Sonoplastia
Roteiro
Técnicas: jogos teatrais, sombra,
Adaptação cênica...
Indústria Cultural
Realismo
Expressionismo
Cinema Novo
Indígena
Africana
DANÇA
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS/
PERÍODOS
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
Giro; Rolamento; Saltos;
Aceleração; desaceleração;
Direções (frente, atrás, direita e
esquerda); Improvisação;
Coreografia; Sonoplastia;
Gênero: Indústria Cultural e
espetáculo.
Hip Hop
Musicais
Expressionismo
Indústria Cultural
Dança Moderna
Indígena
Africana
9°ANO
MÚSICA
138
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS/
PERÍODOS
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Técnicas: vocal, instrumental e
mista
Gêneros: popular, folclórico e
étnico
Música Engajada
Música Popular
Brasileira.
Música
Contemporânea
Indígena
Africana
ARTES VISUAIS
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS/
PERÍODOS
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Tridimensional
Figura-fundo
Ritmo Visual
Técnica: Pintura, grafitte,
performance...
Gêneros: Paisagem urbana,
cenas do cotidiano... cotidiano
Realismo
Vanguardas
Muralismo e Arte
Latino-Americana
Hip Hop
Indígena
Africana
TEATRO
ELEMENTOSFORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS/
PERÍODOS
Personagem:
Expressões
corporais, vocais,
Gestuais e faciais
Ação
Espaço
Técnicas: Monólogo,
Jogos teatrais, direção, ensaio,
Teatro-Fórum... Dramaturgia
Cenografia; Sonoplastia
Iluminação/Figurino
Teatro Engajado/
Teatro do
Oprimido
Teatro Pobre
Teatro do
Absurdo
Vanguardas
Indígena
Africana
DANÇA
139
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
ELEMENTOSFORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS/
PERÍODOS
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
Kinesfera; Ponto de Apoio
Peso; Fluxo; Quedas; Saltos
Giros; Rolamentos
Extensão (perto e longe)
Coreografia; Deslocamento
Gênero: performance
E moderna
Vanguardas
Dança Moderna
Dança
Contemporânea
Indígena
Africana
ENSINO MÉDIO
1ºANO
MÚSICA
ELEMENTOSFORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS/
PERÍODOS
Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo; Melodia, Harmonia, Escalas Modal, Tonal e fusão de ambos. Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, pop. Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista Improvisação
Música Popular Brasileira Paranaense Popular Indústria Cultural Engajada Vanguarda Ocidental Oriental, Africana, Latino-Americana Indígena
ARTES VISUAIS
ELEMENTOSFORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
/PERÍODOS
140
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Ponto Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz
Bidimensional; Tridimensional; Figura efundo; Figurativo; Abstrato; Perspectiva; Semelhanças; Contrastes; Ritmo Visual; Simetria; Deformação; estilização; Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação; performance, Fotografia, gravura e esculturas, Arquitetura, história em quadrinhos... Gêneros: paisagem, natureza-morta, Cenas do Cotidiano, Histórica, Religiosa, da Mitologia...
Arte Ocidental Arte Oriental Arte Africana Arte Brasileira Arte Paranaense Arte Popular Arte de Vanguarda Indústria Cultural Arte Contemporânea Arte Latino-Americana Indígena
141
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
TEATRO
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
/PERÍODOS
Personagem: Expressões corporais, vocais, Gestuais e Faciais Ação Espaço
Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, Teatro-Fórum Roteiro Encenação e leitura dramática Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e Épico Dramaturgia Representação nas mídias Caracterização e Cenografia, sonoplastia, figurino e iluminação Direção; Produção
Teatro Greco-omano Teatro Medieval Teatro Brasileiro Teatro Paranaense Teatro Popular Indústria Cultural Teatro Engajado Teatro Dialético Teatro Essencial Teatro do Oprimido Teatro Pobre Teatro de Vanguarda Teatro Renascentista Teatro Latino-Americano Teatro Realista Teatro Simbolista Indígena Africana
DANÇA
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS/PERÍODOS
Movimento Corporal Tempo Espaço
Kinesfera; Fluxo; Peso Eixo, Salto e Queda Giro; Rolamento Movimentos Articulares Lento, rápido e oderado Aceleração e Desaceleração Níveis; Deslocamento; Direções; Planos; Improvisação; coreografia Gêneros: Espetáculo, Indústria cultural, Étnica, folclórica, populares e salão...
Pré-história; Greco-Romana; Medieval; Renascimento; Dança Clássica; Dança Popular Brasileira; Paranaense; Africana; Indígena; Hip Hop; Indústria Cultural Dança Moderna Vanguardas Dança Contemporânea
142
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
143
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
2. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A educação pela Arte possibilita ao educando a ampliação de sua visão
construindo sua corporeidade holística. Entendendo visão não só como olhar e ver um
objeto, mas sim a compreensão desse objeto em relação a si e ao outro.
A arte é um instrumento que alavanca os sentidos, as percepções, auxiliando
na construção de sua identidade cultural, independente das diversidades sócio
culturais e das necessidades especiais. Ao utilizar os recursos artísticos, é importante
que ocorra dentro da visão de ensino-aprendizagem da pedagogia Histórico-Crítica.
Para tanto a escola deve ser percebida como um todo e vista como um centro de
experiência permanente. Deve também possibilitar a co-responsabilidade do professor
e aluno no processo de aprendizagem.
É fundamental que durante as aulas o professor, num primeiro momento, deixe
claro para os alunos a importância do conteúdo, partindo do seu ponto de vista e indo
para a explicação dos porquês e dos como serão os trabalhos. A postura do professor
deve ser a de quem: explica, informa, questiona, corrige. Isso é agir na zona de
desenvolvimento imediato do aluno, segundo Vigotski. Com isso buscar a catarse no
aluno para que este possa explicar, agir e interagir as informações adquiridas com os
colegas, como professor, com a escola, enfim como meio que o cerca, o mundo.
Os conteúdos devem ser, como já dito acima, abordados partindo do
conhecimento prévio dos alunos, incluindo as suas ideias pré-concebidas sobreo
ensino da arte. Para tanto a cada conteúdo serão realizadas discussões em sala de
aula sobre a importância que estes na vida prática do aluno. Os trabalhos serão
realizados em grupos ou individuais, pesquisas, oficinas, visitas a museus, teatros e
bibliotecas; visando a atender a toda diversidade que se encontra na comunidade
escolar.
Em atendimento à instrução 009/2011, os seguintes conteúdos serão trabalhados
pela instituição de ensino: História e Cultura afro-brasileira, africana e indígena (Lei nº
144
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
11.645/08); História do Paraná (Lei nº 13381/01); Música (Lei nº 11.769/08); Prevenção
ao uso indevido de drogas e sexualidade humana; Educação Ambiental (Lei nº 9.795/99)
Dec.4.201/02; Educação Fiscal; Enfretamento à violência contra a Criança e ao
Adolescente ( Lei Federal nº 11.525/07); Educação Tributária Dec. nº 1.143/99, portaria
nº 413/02; Resolução nº 1, de 30 de maio de 2012, que estabelece Diretrizes Nacionais
para a Educação em Direitos Humanos, serão abordados de forma contextualizada e
relacionadas aos conteúdos específicos da disciplina, sempre que for possível a
articulação entre os mesmos, demonstrando diálogo pedagógico com o conteúdo
proposto pela própria Lei. Estes temas e desafios educacionais contemporâneos
(Educação Ambiental, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência nas escolas,
Prevenção ao uso indevido de drogas e sexualidade) serão contemplados à medida que
o conteúdo da disciplina permitir contemplá-los, fazendo a contextualização sócio
histórica e cultural, considerando na concepção de conhecimento, as dimensões
científicas e artísticas, além da filosófica, condizendo com as DCE.
Ao trabalharmos com o ensino da arte devemos ter em mente o tripé: do fazer,
do sentir e do perceber as dimensões artísticas. Assim, a aula poderá iniciar por
qualquer desses eixos ou pelos três simultaneamente. Uma vez que para o Ensino
Fundamental as formas de relação da arte com a sociedade serão tratadas numa
dimensão ampliada, enfatizando a associação da arte coma cultura e da arte com a
linguagem.
Resumidamente, o ensino de Arte neste estabelecimento de ensino parte da
concepção das Diretrizes Curriculares adotadas para a disciplina, cabendo ao
professor na sua prática pedagógica considerar:
● As várias manifestações artísticas presentes na comunidade e na região e
as várias dimensões de cultura, entendendo toda manifestação artística
como produção cultural;
● As peculiaridades culturais de cada aluno/comunidade escolar como ponto
de partida para a ampliação dos saberes em arte;
145
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
● As situações de aprendizagem que permitam ao aluno a compreensão dos
processos de criação e execução nas linguagens artísticas.
● A experimentação como meio fundamental para ressignificação desse
componente curricular levando em conta que esta prática favorece o
desenvolvimento e o reconhecimento da percepção por meio dos sentidos.
É importante ressaltar que está incluso em cada série, tanto no ensino
fundamental como médio, as seguintesleis:Leino.11.645/08-HistóriaeCultura afro-
brasileira, africana e indígena; Lei no. 13381/01- História do Paraná; Lei 11.769/08 –
Música; Lei 9795/99-Educação Ambiental; Lei 11525/07-Enfrentamento à violência
contra a criança e ao Adolescente; Educação Tributaria e Educação Fiscal. Tendo em
vista, que estas serão trabalhadas conforme o conteúdo.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A Arte em toda sua trajetória contou a história da humanidade e o seu meio, e
dentro da disciplina de Artes procuramos contemplar todos os alunos,
independentemente das suas características físicas, mental, social e espiritual,
buscando dentro do social abranger o maior conhecimento, numa obstante se
esquecendo que cada ser é único em seu universo e que respeitar estas diferenças é
nos respeitar.
Deixando o fluir das artes aflorar diante dos alunos para que estes busquem o
conhecimento na compreensão das realidades e que, ao se ampliar sua sensibilidade,
possa discutir assuntos os mais variados com propriedade, aguçando os seus sentidos.
De acordo com a LDBEN (nº9.394/96, art.24, incisoV) e com Deliberação
07/99do Conselho Estadual de Educação (CapítuloI, art.8º.), a avaliaçãoemArte deverá
levar em conta as relações estabelecidas pelo aluno entre os conhecimentos em arte
e a sua realidade, evidenciada tanto no processo, quanto na produção individual e
coletiva desenvolvidas a partir desses saberes. Não obstante, devemos dentre estes
146
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
conhecimentos aplicados, reforçarmos a recuperação de conteúdos e não só de notas.
A recuperação de notas fica estabelecido que terá no mínimo 2 avaliações e máximo 6
avaliações, e que terá valor máximo de cada uma 5,0 (cinco virgula zero) e de no
mínimo 1,0 (um virgula zero), isto por bimestre.
Avaliar exige que a façamos formal e informal e contemplar as várias formas
de avaliar, acima de tudo, que se defina onde se quer chegar, que se estabeleçam os
critérios para em seguida, escolherem seus procedimentos, inclusive aqueles
referentes a seleção dos instrumentos que serão usados no processo de ensino
aprendizagem. E se tratando de avaliação devemos ter o cuidado de conduzir a teoria
de forma específica, contextualizando, trazendo para a Arte a realidade de
Cada sala de aula e para a realidade de cada aluno e, sendo neste ou no momento
oportuno, dispor de materiais expositivos, para maior clareza e para que possam atuar
na prática com o conhecimento, diante disso é notório que o professor deva ter um
conhecimento de linguagem artística em questão, bem como da relação entre criador
e o que foi criado, pois sim, que o aluno dentro do conhecimento gerando critérios
adquiridos, possa se expressar de uma forma pessoal, ampla e irrestrita, abandonando
a prática pragmática.
Neste processo oportunizamos o surgir da pessoa crítica, conhecedora de sua
realidade, diante de um social a que envolve, podendo traçar metas, objetivos para
poder mudar a realidade dos seus, buscando a felicidade. Isto nos dará com clareza a
solução da problematização apresentada.
Assim a avaliação será contínua, ou seja, se dará constantemente a cada
encontro, e será considerado o avanço individual de cada aluno em relação a suas
potencialidades. E em cada atividade serão focados os pontos determinados pelos
conteúdos estruturantes.
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
147
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
BERTELLO, Maria Augusta. Palavra em ação – Mini manual de Pesquisa – ARTE– Uberlândia: AclarantoEditora,2003.
CANTELLE, Bruna R.&LEONARDI, Ângela C. Arte Linguagem Visual.SãoPaulo:IBEP,2000.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 8º edição. São Paulo: EditoraÁtica,1997.
D’ANDREA; Flavio Fortes. Desenvolvimento da Personalidade; enfoque psicodinâmico. 9º edição. São Paulo: Bertrand Brasil,1989.
MARCHESI JUNIOR, Isaías. Atividade de Educação Artística. São Paulo :Editora Ática,1995.
MANGE, Marilyn Dias. ARTE BRASILEIRA para crianças. São Paulo: Martins Fontes,1995.
NEWBERY, Elizabete.Os segredos da Arte. São Paulo: Ed. Ática, 2004.PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: Ed. Ática.1990. REVERBEL, Olga. Teatro na Escola. Porto Alegre: Ed. Ática.
WELL, Pierre &TOMPAKOW, Roland. O Corpo Fala; A linguagem silenciosa da comunicação não verbal. 3º edição. Petrópolis: Ed. Vozes,1973.
Diretrizes Curriculares de Arte do PR –2009.
POLO, Unidade Colégio Estadual – Projeto Político Pedagógico. CampoMourão,2010.
POLO, Unidade Colégio Estadual – Regimento Escolar. Campo Mourão,2010.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA
A Proposta Pedagógica está presente nos Artigos 12, e 13 da Lei de Diretrizes
e Bases - 9394/96, e no artigo 14, da mesma lei, como Proposta Curricular, não
existindo diferença entre os termos. Portanto, a Coordenação de Gestão Escolar (CGE)
da Secretaria de Estadual de Educação optou pelo termo Proposta Pedagógica
Curricular. CGE/2009
148
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
1. APRESENTAÇÃO
O fenômeno VIDA é o objeto de estudo da biologia, este por sua vez, ao longo
da história da humanidade, recebeu muitos conceitos no intuito de explicá-lo e
compreende-lo. Segundo Fernandes (2005, p. 04) muitos estudiosos desde filósofos,
naturalistas e pioneiros no campo da medicina contribuíram no desenvolvimento de
campos de saber que acabaram reunidos, na escola, sob o nome de ciências; ciências
físicas e biológicas, ciências da vida, ou ciências naturais.
A necessidade de garantir a sobrevivência humana foi um dos motivos que
levou os estudiosos a se preocuparem com a descrição dos seres vivos e os fenômenos
naturais o que permitiu o ser humano a possuir diferentes concepções de VIDA, de
mundo e de seu papel como parte deste. Assim, os pensamentos que impulsionaram
a compreensão e construção das concepções sobre o fenômeno VIDA e suas
implicações no ensino, estão pautados na história da ciência e nos contextos históricos
religiosos, econômicos, políticos e sociais.
Sob a influência de filósofos da antiguidade como Platão e Aristóteles, da Igreja
na Idade Média, da Política e economia na Revolução Industrial, enfim, teocentrismo,
descritivo, mecanicismo, evolucionismo e da manipulação genética, os conhecimentos
construídos e acumulados vieram a contribuir para o que é hoje a Biologia (Paraná,
2006). Assim, as Diretrizes Curriculares fundamentam-se na concepção histórica da
ciência articulada aos princípios da filosofia da ciência. Portanto, ao partir da dimensão
histórica da disciplina de Biologia, foram identificados os marcos conceituais da
construção do pensamento biológico, que foram adotados como critérios para
escolhados conteúdos estruturantes e dos encaminhamentos metodológicos.
(Diretrizes Curriculares de Biologia para a Educação Básica.2006).
Como elemento de construção científica, a Biologia deve ser entendida como
processo de produção do próprio desenvolvimento humano (ANDERY, 1988). O
149
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Avanço da Biologia, portanto, é determinado pelas necessidades materiais do ser
humano com vistas ao seu desenvolvimento, em cada momento histórico.
No contexto dessas reflexões, entende-se, que a disciplina de biologia contribui
para formar sujeitos críticos e atuantes, por meio de conteúdos que ampliem seu
entendimento acerca do fenômeno VIDA e em sua complexidade de relações, ou seja,
na organização dos seres vivos; no funcionamento dos mecanismos biológicos; no
estudo da biodiversidade em processos biológicos de variabilidade genética,
hereditariedade e relações ecológicas; e na análise da manipulação genética.
O ensino de Biologia deve propiciar condições que possibilitem o
reconhecimento pelo aluno dos fundamentos básicos da investigação cientifica; da
ciência como atividade humana em constante transformação, não neutra, ou seja, que
sofrem fluência de fatores históricos, sociais, políticos, econômicos, culturais, religiosos
e tecnológicos na sociedade e no ambiente (BRASIL, 2006). O ensino de Biologia deve
superar a condição de memorização direta e comportamentalista. É necessária a
adoção de uma prática pedagógica fundamentada nas teorias críticas assegurando ao
professor e ao aluno a participação ativa no processo pedagógico. Ao professor
compete direcionar o processo pedagógico, interferir e criar condições necessárias à
apropriação do conhecimento pelo aluno como especificidade de seu papel social na
relação pedagógica, contribuindo na formação do sujeito crítico, reflexivo e analítico.
2. OBJETIVO GERAL
A Proposta Pedagógica da disciplina de Biologia tem como objetivo geral
valorizar os conteúdos científicos próprios da disciplina sem que ocorra o esvaziamento
dos mesmos, permitindo que tais conteúdos estejam articulados aos conteúdos
estruturantes e básicos da Biologia, aprimorando o conhecimento científico a partir da
vivência do aluno.
150
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
● Organização dos Seres Vivos;
● Mecanismos Biológicos;
● Biodiversidade;
● Manipulação Genética.
CONTEÚDOS BÁSICOS:
● Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos;
● Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia;
● Mecanismo de desenvolvimento embriológico;
● Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos;
● Teorias Evolutivas;
● Transmissão das características hereditárias;
● Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e
interdependência com o ambiente;
● Organismos geneticamente modificados.
4. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Essa Proposta Pedagógica Curricular baseada nas Diretrizes Curricular e se
ancorada na história e filosofia da ciência orienta uma nova relação entre professor,
aluno e conhecimento. A partir dessa reflexão foi construído o conceito de conteúdo
estruturante, que resgata a importância dos conteúdos disciplinares e do professor
como autor de seu plano de ensino, contrapondo-se, assim, aos modelos de
151
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
organização curricular que vigoram na década de 1990, os quais esvaziaram os
conteúdos disciplinares para dar destaque aos chamados temas transversais.
Os conteúdos estruturantes são os saberes, conhecimentos de grande amplitude,
que identificam e organizam os campos de estudo de uma disciplina escolar,
considerados fundamentais para as abordagens pedagógicas dos conteúdos básicos e
específicos e consequente compreensão de seu objeto de estudo e ensino.
Outro aspecto importante a ser mencionado é o conceito de conteúdo básico, que
se refere aos conhecimentos fundamentais para cada série da etapa final do ensino
médio, considerados imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes nas
diversas disciplinas da Educação Básica. O acesso a esses conhecimentos é direito do
aluno na fase de escolarização em que se encontra e o trabalho pedagógico com tais
conteúdos é de responsabilidade do professor.
“Em concordância com a Diretriz Curricular do Ensino de Biologia a abordagem
dos conteúdos deve permitir a integração dos quatro conteúdos estruturantes de
modo que ao introduzir a classificação dos seres vivos como tentativa de conhecer e
compreender a diversidade biológica, agrupando-se categorizando-os, seja possível
também, discutir o mecanismo de funcionamento, o processo evolutivo, a extinção das
espécies e o surgimento natural e induzido de novos seres vivos. Deste modo, a
abordagem do conteúdo classificação dos seres vivos não se restringe a um único
conteúdo estruturante. Ao adotar esta abordagem pedagógica, o início do trabalho
poderia ser o conteúdo específico organismos geneticamente modificados, partindo-se
da compreensão das técnicas de manipulação do DNA comparando-as com os
processos naturais que determinam a diversidade biológica, chegando à classificação
dos Seres Vivos. Portanto, é imprescindível que se perceba a interdependência entre
os quatro conteúdos estruturantes. Outro exemplo é a abordagem do funcionamento
dos Sistemas que constituem os diferentes grupos de seres vivos. Parte-se do
conteúdo estruturante Mecanismos Biológicos incluindo-se o conteúdo estruturante
Organização dos Seres Vivos que permitirá estabelecer a comparação entre os
sistemas, envolvendo inclusive a célula, seus componentes e respectivas funções.
Neste contexto, é importante que se perceba que a célula tanto pode ser compreendida
152
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
como elemento da estrutura dos seres vivos quanto um elemento que permite observar,
comparar, agrupar e classificar os seres vivos. Da mesma forma, a abordagem do
conteúdo estruturante Biodiversidade envolve o reconhecimento da existência dos
diferentes grupos e mecanismos biológicos que determinam a diversidade, envolvendo
a variabilidade genética, as relações ecológicas estabelecidas entre eles e o meio
ambiente, e os processos evolutivos pelos quais os seres vivos têm sofrido
modificações naturais e produzidas pelo homem” (DCE,2009).
No ensino de biologia, o aluno deverá compreender o fenômeno VIDA e sua
complexidade de relações, cujo caráter provisório garante a reavaliação dos seus
resultados, possibilitando o repensar e a mudança constante de conceitos e teorias
elaboradas em cada momento histórico, social, político, econômico e cultural. Para
tanto é necessário considerar o que o aluno já detém, contextualizando o
conhecimento, e a partir disso sistematizar os conteúdos com a desconstrução de
conceitos e reconstrução / apropriação de outros, mas vendo o aluno como sujeito ativo
e crítico no processo (Ramos/d).
Atendendo a Legislação: Lei 11734/97 – prevenção AIDS – alunos educação
básica PR; Lei 11645/08 – História e Cultura afro-brasileira, africana e indígena, Lei
9795/99 – política nacional de educação ambiental, os conteúdos referentes a esses
temas serão contemplados no decorrer do ano, fazendo sempre a articulação com os
conteúdos estruturante, básicos e específicos da disciplina de Biologia. A abordagem
pedagógica sobre a história e cultura afro-brasileira e indígena, poderá ser
desenvolvida por meio de conteúdos que envolvam estudos sobre a origem, a evolução
e a constituição genotípica e fenotípica da espécie humana e suas populações (Paraná,
2008), com o objetivo de propor a discussão do porque somos todos muito parecidos
e, ao mesmo tempo, muito diferentes. Ao Considerando a lei nº 11.645, de 10 de março
de 2008 que altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei nº
10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação
nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da
153
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
temática "História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena". Assim, o Congresso Nacional
decreta e sanciona a seguinte Lei:
Art. 1º O art. 26-A da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar
com a seguinte redação:
"Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio,
públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e
indígena.
O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos
da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir
desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a
luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira
e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas
contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil.
Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos
indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em
especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras."
(Disponível em http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2008/lei-11645-10-marco-2008-
572787-publicacaooriginal-96087-pl.html, acesso 20/11/2018)
Segundo a à Lei Estadual nº 19.121/17, que Instituiu o mês "Junho Paraná Sem
Drogas", dedicado a ações de esclarecimento e incentivo à prevenção e ao tratamento
contra o uso indevido de drogas, pretende; congregar, planejar e programar a Política
Estadual Antidrogas, sob a ótica de prevenção, de forma a diminuir e minimizar os efeitos
decorrentes da utilização das drogas ilícitas e das lícitas; promover esclarecimentos que
visem conscientizar o conjunto da população sobre as ações de prevenção e programas
de tratamento voltados para os usuários de drogas; incentivar o desenvolvimento e a
realização de campanhas de conscientização permanentes, que visem informar e
estimular o diálogo, a solidariedade e a inserção social dos usuários de drogas, não os
estigmatizando ou discriminando; estimular a inserção na escola e no trabalho do usuário
ou do dependente de drogas, e em tratamento, quando ele assim precisar; conscientizar
sobre a necessidade de se prover as condições indispensáveis à garantia do pleno
154
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
atendimento e acesso igualitário dos usuários de drogas aos serviços e ações da área
de saúde, bem como destacar a importância do desenvolvimento de atividades
permanentes que busquem prevenir a infecção dos usuários de drogas pelo vírus da
imunodeficiência humana – HIV, Hepatite C ou outras patologias conexas. Disponível em
https://www.legislacao.pr.gov.br/legislacao/pesquisarAto.do?action=exibir&codAto=1814
36&codItemAto=1127864#1127864, acesso 201/11/2018.
Em se tratando da lei nº 9.795 de 27 de abril de 1999, dispõe sobre a educação
ambiental na educação básica e superior. Assim, entende-se por educação ambiental
os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais,
conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do
meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua
sustentabilidade; A educação ambiental é um componente essencial e permanente da
educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e
modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal. No art. 8o da
política nacional de educação ambiental
As atividades vinculadas à Política Nacional de Educação Ambiental devem ser
desenvolvidas na educação em geral e na educação escolar, por meio das seguintes
linhas de atuação inter-relacionadas: capacitação de recursos humanos; II -
desenvolvimento de estudos, pesquisas e experimentações; III - produção e divulgação
de material educativo; IV - acompanhamento e avaliação. Levando em consideração a
lei Estadual do Paraná n. 14.037, de 20 de março de 2003, que institui o Código
Estadual de Proteção aos Animais; a lei de Biossegurança e as demais resoluções do
Conama/MMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente);
Disponível em: http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=321,
acesso 20/11/2018.
5. AVALIAÇÃO
155
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Produzir bons e adequados instrumentos para coletar dados na avaliação da
aprendizagem do nosso educando, sem subterfúgios, sem enganos, sem complicações
desnecessárias, sem armadilhas, significa preparar uma avaliação intencional e bem
planejada. Esse processo de avaliação requer instrumentos e estratégias que:
1. Ofereçam desafios, situações-problema a serem resolvidas;
2. Sejam contextualizadas, coerentes com as expectativas de ensino e
aprendizagem;
3. Possibilitem a identificação de conhecimentos do aluno e as estratégias por
ele empregadas;
4. Possibilitem que o aluno reflita, elabore hipóteses, expresse seu
pensamento;
5. Permitam que o aluno aprenda com o erro;
6. Exponham, com clareza, o que se pretende;
7. Revelem, claramente, o que e como se pretende avaliar.
Qualquer instrumento de coleta de dados sobre o desempenho da
aprendizagem é bom, contanto que seja adequado como recurso de investigação
(pesquisa) sobre as aprendizagens do educando, de tal forma que possibilitem uma
intervenção adequada de reorientação do trabalho pedagógico. A avaliação contínua
e formativa, em sua abrangência alcança todo o processo de construção de
conhecimentos que acontece nas salas de aula. Ou seja, se os conteúdos são
importantes para estarem na proposta pedagógica curricular e, por conseguinte, em
nossos planos de trabalho docente, então eles serão objeto de nossa avaliação.
A diversificação dos instrumentos de avaliação está indissociavelmente ligada
à concepção de avaliação contínua e formativa. Se a avaliação contínua e formativa
visa à aprendizagem, à formação do aluno, então essa continuidade precisa se
concretizar, de fato, nas diferentes atividades de ensino/aprendizagem que acontecem
na sala de aula. Para tanto, apresentamos nessa Proposta Pedagógica Curricular
alguns modelos de atividades avaliativas que serão postas em prática:
• Atividade de Leitura Compreensiva de Textos: A avaliação da
156
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
leitura de textos é uma das possibilidades para que o professor verifique a
compreensão dos conteúdos abordados em aula, analisando o conhecimento
prévio do aluno e aquele adquirido na Educação Básica.
• Projeto de Pesquisa Bibliográfica: O Projeto de pesquisa
bibliográfica, para os alunos da Educação Básica, constitui-se numa consulta
bibliográfica que tem como finalidade proporcionar ao aluno o contato como
que já foi escrito ou pensado sobre o tema que ele está pesquisando. Esse
contato, entretanto, não poderá se resumir à mera cópia. O aluno precisa
construir esse conhecimento e, para isso, não é suficiente que se dê para ele
apenas o título da pesquisa. A solicitação de uma pesquisa exige enunciado
claro e recortes precisos do que se propõe ao aluno.
• Produção de Texto: Neste tipo de atividade é preciso considerar, as
circunstâncias de produção dos textos que são solicitados ao aluno para que
ele possa assumir-se como locutor e, desta forma, conforme propõe Giraldi
(1997), ter o que dizer; razão para dizer; como dizer, interlocutores para quem
dizer.
• Palestra/Apresentação Oral: A apresentação oral é uma atividade
que possibilita avaliar a compreensão do aluno a respeito do conteúdo
abordado; a qualidade da argumentação; a organização e exposição das
ideias. Tanto pode será apresentação oral de um trabalho que foi escrito,
como pode ter a forma de uma palestra, logicamente adequada em questões
como tempo de duração.
• Atividades Experimentais: São aquelas atividades que têm, de
fato, a característica de experimentação. São práticas que dão espaço para
que o aluno crie hipóteses sobre o fenômeno que está ocorrendo. As
atividades experimentais levam em consideração as dúvidas, o erro, o acaso,
a intuição. A atividade experimental possibilita que se avalie o estudante
quanto à sua compreensão do fenômeno experimentado, do conceito a ser
157
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
construído ou já construído, a qualidade da interação quando o trabalho se
realiza em grupo, entre outras possibilidades. Entretanto, ao introduzir a
experimentação como integrante do processo pedagógico, faz-se necessário
considerar os aspectos éticos da experimentação animal que envolva a
vivissecção de animais domésticos ou exóticos, ou ainda, experimentos que
causem danos à fauna e flora nativa, à biodiversidade e, de modo mais
amplo, ao próprio ser humano. Os experimentos, ao serem planejados,
devem estar sempre amparados pelos dispositivos legais vigentes
supracitados.
• Projeto de Pesquisa de Campo: O trabalho de campo é um
método capaz de auxiliar o professor na busca de novas alternativas para o
processo de ensino-aprendizagem, colaborando com eficácia a construção
de conhecimentos e para a formação dos alunos como agentes sociais.
• Relatório: O Relatório é um conjunto de descrições e análise da
atividade desenvolvida. Na Educação Básica, os relatórios auxiliam no
aprimoramento da habilidade nesta área específica da comunicação escrita.
É, também, um instrumento de ensino, pois possibilita ao estudante a
reflexão sobre o que foi realizado, reconstruindo seu conhecimento, o qual
foi desenvolvido na aula de campo, pesquisa, laboratório, atividade
experimental, entre outras.
• Seminário: O seminário é um procedimento metodológico que tem
por objetivos a pesquisa, a leitura e a interpretação de textos. Trata-se de
uma discussão rica de ideais, onde cada um participa questionando, de
modo fundamentado, os argumentos apresentados. A elaboração de um
seminário, além de aprofundar complementar as explicações feitas em aula
cria, ainda, a possibilidade de colocar o estudante em contato direto com a
atividade científica e engajá-lo na pesquisa. Portanto, temas relacionados à
área biológica ligada a História do Paraná (Lei n°13381/01), Música (Lei
158
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
11.769/08), Educação Fiscal serão temas a serem trabalhados de forma
contextualizada e relacionados aos conteúdos de biologia sempre que for
possível a articulação entre os mesmos, nesta forma metodológica ou em
qualquer outra forma que seja pertinente. Assim para atender tais
demandas de conteúdos os mesmos serão definidos a partir de estudos
aprofundados sobrea disciplina de biologia e os conteúdos exigidos em tais
Leis pela SEED, os quais serão elencados no Plano de Trabalho Docente.
• Debate: É no debate que podemos expor nossas ideais e, ouvindo
os outros, nos tornarmos capazes de avaliar nossos argumentos, sendo,
portanto um excelente recurso didático para atender a Lei Federal n°
11525/07 Enfrentamento à Violência Contra a Criança e ao Adolescente e
também a Educação Tributária Dec. n° 1143/99, portaria n°413/02.
• Atividades A Partir De Recursos Audiovisuais: Os recursos
audiovisuais permitem situações de ensino/aprendizagem que podem
enriquecer o trabalho com os conteúdos das disciplinas. O trabalho com
filmes, documentários, músicas, teatro, entre outros, demanda a pesquisa
do professor sobre o recurso a ser levado para os alunos. Qualquer que seja
o recurso escolhido, é preciso considerar que o conteúdo abordado naquela
mídia não está didatizado. Cabe ao professor a didatização do conteúdo
apresentado.
• Trabalho em Grupo: O objetivo do trabalho em grupo é
desenvolver dinâmicas com pequenos grupos, na tentativa de proporcionar,
aos alunos, experiências que facilitem o processo de aprendizagem. A
perspectiva para o trabalho em grupo é aquela em que as ações
pedagógicas envolvam o aluno, seja nas tarefas realizadas por seu grupo,
e já na definição de atitudes que promovam uma interação social; é aquela
em que as ações de um aluno o conduzem a compartilhar conhecimento,
contribuindo de forma significativa para a sua aprendizagem. Nesta prática
159
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
pedagógica, as ações do professor são as deum orientador que a companha
o trabalho do grupo e que, na medida da necessidade, redireciona as
atividades.
• Questões Discursivas: Essas questões fazem parte do cotidiano
escolar dos alunos e possibilitam verificar a qualidade da interação do aluno
com o conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão discursiva
possibilita que o professor avalie o processo de investigação e reflexão
realizado pelo aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos
conceitos. Além disso, a resposta a uma questão discursiva permite que o
professor identifique com maior clareza o erro do aluno, para que possa dar
a ele a importância pedagógica que tem no processo de construção do
conhecimento.
Todos os instrumentos podem e devem, haja vista a concepção de educação numa
perspectiva dialética, ser entendidos pelo menos em três dimensões:
• A compreensão dos conteúdos por parte do aluno – ele entendeu o que é?
Lembrar que repetir o que o livro diz não dá conta de dimensionar de fato o que ele
entendeu, por isso da necessidade em ser romper com modelos positivistas de
avaliação e de metodologia de ensino.
• A capacidade de fazer relações entre esse conteúdo com outros e com sua
vida, relações estas que são históricas, sociais, políticas, culturais e econômicas.
Lembrar que o conteúdo em sua totalidade dá essa dimensão, e que conhecer, significa
fazer da gênese do conteúdo seu significado, portanto, contextualizar é trabalhar o
conteúdo no seu sentido de origem. Aos poucos os alunos devem ser levados a fazer
estas relações e perceber essa totalidade.
• Capacidade de posicionar-se, emitir julgamento, criticar. Essa é uma atitude
de superar o senso comum, posicionar-se implica em usar referenciais, ou seja, lançar
mão de todos os fundamentos conceituais (históricos, políticos, culturais, econômicos,
etc.) para defender seu posicionamento.
160
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Assim, em relação ao ensino de Biologia a avaliação precisa ser compreendida
como meio de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem, bem como de investigação
da prática pedagógica tendo uma dimensão formativa, buscando informações
necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para nela intervir e
reformular os processos de aprendizagem. Portanto, é necessário que o critério de
avaliação esteja diretamente ligado à intencionalidade do ensino de um determinado
conteúdo, bem como, com o objetivo de acompanhar o processo de aprendizagem dos
alunos. Assim espera-se que o aluno do Ensino Médio no:
1°ANO ● Compreenda a organização, constituição, funcionamento e importância das diferentes
células dos sistemas biológicos;
● Identifique e compare as características dos diferentes grupos de seres vivos;
● Estabeleça as características específicas dos microrganismos, dos organismos
vegetais e animais, e dos vírus;
● Classifique os seres vivos quanto ao nº de células (unicelular e pluricelular), tipo de
organização celular (procarionte e eucarionte), forma de obtenção de energia (autótrofo
e heterótrofo) e tipo de reprodução (sexuada e assexuada);
● Compreenda a anatomia, morfologia, fisiologia e embriologia dos sistemas biológicos
(digestório, reprodutor, cardiovascular, respiratório, endócrino, muscular, esquelético,
excretor, sensorial e nervoso);
● Identifique a estrutura e o funcionamento das organelas citoplasmáticas;
● Reconheça a importância e identifique os mecanismos bioquímicos e biofísicos que
ocorrem no interior das células;
● Compreenda os mecanismos de funcionamento de uma célula: digestão, reprodução,
respiração, excreção, sensorial, transporte de substâncias;
● Compare e estabeleça diferenças morfológicas entre os tipos celulares mais frequentes
nos sistemas biológicos (histologia);
161
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
● Conheça e analise as diferentes teorias sobre a origem da vida e a evolução das
espécies;
● Reconheça a importância da estrutura genética para manutenção da diversidade dos
seres vivos;
● Relacione os conhecimentos biotecnológicos às alterações produzidas pelo homem
na diversidade biológica;
● Analise e discuta interesses econômicos, políticos, aspectos éticos e bioéticos da
pesquisa científica que envolve a manipulação genética.
2°ANO
● Identifique e compare as características dos diferentes grupos de seres vivos;
● Estabeleça as características específicas dos micro-organismos, dos organismos
vegetais e animais, e dos vírus;
● Classifique os seres vivos quanto ao nº de células (unicelular e pluricelular), tipo de
organização celular (procarionte e eucarionte), forma de obtenção de energia (autótrofo
e heterótrofo) e tipo de reprodução (sexuada e assexuada);
● Conheça e compreenda a classificação filogenética (morfológica, estrutural e
molecular) dos seres vivos.
● Compreenda a anatomia, morfologia, fisiologia e embriologia dos sistemas biológicos
(digestório, reprodutor, cardiovascular, respiratório, endócrino, muscular, esquelético,
excretor, sensorial e nervoso);
● Identifique a estrutura e o funcionamento das organelas citoplasmáticas;
● Reconheça a importância e identifique os mecanismos bioquímicos e biofísicos que
ocorrem no interior das células;
● Compreenda os mecanismos de funcionamento de uma célula: digestão, reprodução,
respiração, excreção, sensorial, transporte de substâncias;
● Compare e estabelece diferenças morfológicas entre os tipos celulares mais frequentes
nos sistemas biológicos(histologia).
● Conheça e analise as diferentes teorias sobre a origem da vida e a evolução das
espécies;
162
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
● Reconheça a importância da estrutura genética para manutenção da diversidade dos
seres vivos;
● Compreenda o processo de transmissão das características hereditárias entre os seres
vivos;
● Identifique os fatores bióticos e abióticos que constituem os ecossistemas e as relações
existentes entre estes;
● Compreenda a importância e valorize a diversidade biológica para manutenção do
equilíbrio dos ecossistemas;
● Conheça as relações de interdependência entre os seres vivos e destes com o meio
em que vivem.
● Identifique algumas técnicas de manipulação do material genético e os resultados
decorrentes de sua aplicação/utilização;
● Compreenda a evolução histórica da construção dos conhecimentos biotecnológicos
aplicados à melhoria da qualidade de vida da população e à solução de problemas
socioambientais;
● Relacione os conhecimentos biotecnológicos às alterações produzidas pelo homem na
diversidade biológica;
● Analise e discuta interesses econômicos, políticos, aspectos éticos e bioéticos da
pesquisa científica que envolve a manipulação genética.
3ºANO
● Reconheça a importância da estrutura genética para manutenção da diversidade dos
seres vivos;
● Compreenda o processo de transmissão das características hereditárias entre os seres
vivos;
● Conheça e analise as diferentes teorias sobre a origem da vida e a evolução das
espécies;
● Identifique os fatores bióticos e abióticos que constituem os ecossistemas e as relações
existentes entre estes;
163
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
● Compreenda a importância e valorize a diversidade biológica para manutenção do
equilíbrio dos ecossistemas;
● Conheça as relações de interdependência entre os seres vivos e destes como meio em
que vivem.
● Identifique algumas técnicas de manipulação do material genético e os resultados
decorrentes de sua aplicação/utilização;
● Compreenda a evolução histórica da construção dos conhecimentos biotecnológicos
aplicados à melhoria da qualidade de vida da população e à solução de problemas
socioambientais;
● Relacione os conhecimentos biotecnológicos às alterações produzidas pelo homem na
diversidade biológica;
● Analise e discuta interesses econômicos, políticos, aspectos éticos e bioéticos da
pesquisa científica que envolve a manipulação genética.
5. RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
A recuperação de estudos será concomitante ao processo letivo, tendo por
lógica pedagógica recuperar os conteúdos não apropriados e não os instrumentos de
avaliação. Os diferentes instrumentos de avaliação, serão meios para perceber os
conteúdos que não foram apreendidos e que deverão ser retomados no processo de
recuperação de estudos. Portanto, é necessária a retomada do conteúdo a partir do
diagnóstico oferecido pelos instrumentos de avaliação e a reavaliação do conteúdo já
“reexplicado” em sala de aula. Cabe ao professor perceber, através dos instrumentos
de avaliação, em que dimensões os conteúdos devem ser retomados e reavaliados.
A reavaliação será ofertada sob diferentes formas podendo ser formal ou
informal. O peso e a proporcionalidade das avaliações estarão de acordo com o
Regimento Escolar, sendo que, o peso das provas não será maior que o peso das
outras atividades, daí a importância da definição dos critérios de avaliação para cada
instrumento utilizado.
164
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
O peso da recuperação de estudos será proporcional aos valores das
avaliações (como um todo), ou seja, se o processo vai de 0 a100%de apreensão,
diagnóstica e retomada dos conteúdos, a recuperação terá peso de 0 a100%.
Enfim, ao adotar a avaliação e reavaliação como instrumentos analíticos do
processo de ensino aprendizagem com um conjunto de ações pedagógicas pensadas
e realizadas ao longo do ano letivo possam professores e alunos tornarem-se
observadores dos avanços e dificuldades a fim de superaremos obstáculos existentes.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R. Biologia: volumes 1, 2 e 3. Ed. São Paulo:Moderna,2004.
ANDERY, M. A. et al. Para compreender a ciência: uma perspectiva histórica. São Paulo: EDUC,1988.
BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Orientações curriculares para o Ensino Médio: ciências da natureza, matemática e suas tecnologias. v. 2. Brasília: Ministério da Educação,2006.
FERNANDES, J. A. B. Ensino de ciências: a biologia na disciplina de ciências. Revista da Sociedade Brasileira de Ensino de Biologia, São Paulo, v.1, n.0, ago 2005. GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas: Autores Associados,2002.
KRASILCHIK, M. Prática de ensino de biologia. São Paulo: EDUSP,2004.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Biologia para a Educação Básica. Curitiba: SEED,2006.
PARANÁ. Avaliação – um processo Intencional e Planejado. Departamento de educação Básica. Grupos de Estudos 2008. 2° Encontro. Disponívelem:http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/sem_ped_2009/textos_apoio/CGE/Segundo_Encontro.pdf.
RAMOS, M. N. A contextualização no currículo de Ensino Médio: a necessidade da crítica na construção do saber científico. Mime o, sem data.
165
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
GOVERNO DO PARANÁ. https://www.legislacao.pr.gov.br/legislacao/pesquisarAto.do?action=exibir&codAto=181436&codItemAto=1127864#1127864 acesso 201/11/2018.
Disponível em http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2008/lei-11645-10-marco-2008-
572787-publicacaooriginal-96087-pl.html, acesso 20/11/2018)
Disponível em: http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=321, acesso 20/11/2018.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – CIÊNCIAS 1. APRESENTAÇÃO
A ciência é uma atividade humana complexa, histórica e coletivamente
construída, que influencia e sofre influências de questões sociais, tecnológicas,
culturais, éticas e políticas (KNELLER, 1980; ANDERY et al.,1998).
A ciência não revela a verdade, mas propõe modelos explicativos construídos
a partir da aplicabilidade de método(s) científico(s). A historicidade da ciência está
ligada não somente ao conhecimento científico, mas também às técnicas pelas quais
esse conhecimento é produzido, sendo assim, analisar o passado da ciência e
daqueles que a construíram, significa identificar, interpretar e compreender as
diferentes formas de pensar sobre a Natureza.
Vemos através da história e a da filosofia da ciência que a sistematização do
conhecimento científico evoluiu pela observação de regularidades percebidas na
natureza, o que permitiu sua apropriação por meio da compreensão dos fenômenos
que nela ocorrem. Tal conhecimento proporciona ao ser humano uma cultura científica
com repercussões sociais, econômicas, éticas e políticas.
Ressalta-se que o pensamento humano é marca de sua sociedade e é também
marcado por ela. Por isso, é impossível procurar explicar a ciência sem mencionar os
grandes acontecimentos da humanidade: a descoberta do fogo, o uso da pedra e dos
metais, as grandes navegações, a máquina a vapor, os grandes conflitos armados, a
166
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
cura e prevenção das enfermidades, a corrida tecnológica, o pensamento abstrato, as
artes, entre tantos outros.
Na verdade, tudo isso só aconteceu porque o conhecimento humano foi
organizado e assim estabelecido o que hoje chamamos de pensamento científico, um
conjunto de saberes organizados e sistematizados.
O ensino de Ciências deve possibilitar a apropriação do conhecimento científico
de seus conceitos e procedimentos, contribuindo para a compreensão do mundo e suas
transformações a fim de nos reconhecermos como parte do Universo e como indivíduos
capazes de interferir de forma significativa no espaço em que vivemos.
Nesse contexto, a disciplina de Ciências, está embasada numa concepção de
mundo que se constrói historicamente e com a participação e esforço de todos. Assim
as transformações, direcionadas pelo homem sobre o meio ambiente, é condição para
uma análise articulada dos conteúdos.
Ensinar ciências é possibilitar ao aluno compreender os fenômenos da natureza
e as possíveis relações e inter-relações que se estabelecem entre a sociedade, o
homem, a natureza e a tecnologia. Além disso, despertar uma consciência crítica acerca
dos procedimentos científicos, levando em consideração à organização do tempo-
espaço escolar, da intencionalidade e contextualização em que as oportunidades de
aprendizagem serão produtos da interação professor-aluno e do objeto do
conhecimento, respeitando e atendendo as necessidades, as diferenças dos
educandos.
Nessa perspectiva, o ensino de ciências deve possibilitar aos alunos o
estabelecimento de relações entre o mundo natural (ciência), o mundo construído pelo
homem (tecnologia) e seu cotidiano (sociedade). Além disso, potencializar a função social
da disciplina que orienta uma tomada de consciência por parte dos alunos e,
consequentemente influi nas decisões desses sujeitos como agentes transformadores.
2. OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA
167
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Fornecer subsídios para que se estabeleçam atitudes individuais e coletivas
onde se compreenda situações envolvendo a transformação da natureza, a melhoria
da saúde, os avanços tecnológicos, os modos de produção e as relações que se
estabelecem entre os seres vivos, empregando conhecimentos científicos básicos,
buscando a valorização da vida no planeta.
3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS
Os conteúdos estarão distribuídos por série da seguinte maneira:
6ºano:
Conteúdos estruturante Conteúdos básicos
Astronomia
Universo
Sistema solar
Movimentos terrestres
Movimentos celestes
Matéria Constituição da matéria
Sistemas biológicos Níveis de organização celular
Energia Formas de energia
Conversão de energia e Transmissão de energia
Biodiversidade Organização dos seres vivos Ecossistema
Evolução dos seres vivos
7ºano:
Conteúdos estruturante Conteúdos básicos
Astronomia Astros
Movimentosterrestres Movimentoscelestes
Matéria Constituição da matéria
Sistemas biológicos Célula; Morfologia e fisiologia dos seres vivos
168
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Energia Formas de energia; Conversão de energia e Transmissão de energia
Biodiversidade Origem da vida Organização dos seres vivos
Classificação dos seres vivos Sistemática
8ºano:
Conteúdos estruturante Conteúdos básicos
Astronomia Origem e evolução do Universo
Matéria Constituição da matéria
Sistemas biológicos Célula; Morfologia e fisiologia dos seres vivos
Energia Formas de energia
Biodiversidade Evolução dos seres vivos
9ºano
Conteúdos estruturante Conteúdos básicos
Astronomia Astros; Gravitação Universal
Matéria Propriedades da matéria
Sistemas biológicos Morfologia e fisiologia dos seres vivos Mecanismos de herança genética
Energia Formas de energia; Conservação e energia
Biodiversidade Interações ecológicas
4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O encaminhamento metodológico para o ensino dos conceitos científicos se dará
principalmente pela ação do professor, principal agente mediador do ensino, que se
utilizará de diferentes abordagens. Dentre os encaminhamentos necessários, a análise
criteriosa de manuais didáticos, revistas científicas, livros didáticos e paradidáticos com
olhar crítico, a fim de evitar o ensino de conceitos equivocados.
169
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
O professor deverá observar as implicações necessárias à abordagem do trabalho
pedagógico, objetivando para o ensino dos conteúdos, portanto, deverá selecionar os
conteúdos específicos de acordo com o número de aulas de cada série, com o calendário
escolar e, com o Projeto Político Pedagógico da Escola.
O ensino dos conteúdos científicos deve ocorrer de maneira integradora, ou seja, o
professor deverá estabelecer as relações do conceito estudado com outros conceitos que
permitem a compreensão de um fenômeno e as inter-relações desses conceitos no
sistema (relações interdisciplinares). Também, deve analisar o aspecto
Contextual do fenômeno ou sistema estudado permitindo situar o conhecimento em
relação à sua determinação política, histórica, social e econômica.
Em atendimento à instrução 009/2011, os seguintes conteúdos serão trabalhados pela
instituição de ensino: História e Cultura afro-brasileira, africana e indígena (Lei nº
11.645/08); História do Paraná (Lei nº 13381/01); Música (Lei nº 11.769/08); Prevenção
ao uso indevido de drogas e sexualidade humana; Educação Ambiental (Lei nº 9.795/99)
Dec.4.201/02; Educação Fiscal; Enfretamento à violência contra a Criança e ao
Adolescente ( Lei Federal nº 11.525/07); Educação Tributária Dec. nº 1.143/99, portaria
nº 413/02; Resolução nº 1, de 30 de maio de 2012, que estabelece Diretrizes Nacionais
para a Educação em Direitos Humanos; Lei Estadual nº 19.121/17, que instituiu o mês
"Junho Paraná Sem Drogas", dedicado a ações de esclarecimento e incentivo à
prevenção e ao tratamento contra o uso indevido de drogas. Esses temas serão
abordados de forma contextualizada e relacionadas aos conteúdos específicos da
disciplina, sempre que for possível a articulação entre os mesmos, demonstrando diálogo
pedagógico com o conteúdo proposto pela própria Lei. Estes temas e desafios
educacionais contemporâneos (Educação Ambiental, Educação Fiscal, Enfrentamento à
Violência nas escolas, Prevenção ao uso indevido de drogas e sexualidade) serão
contemplados à medida que o conteúdo da disciplina permitir contemplá-los, fazendo a
contextualização sócio histórica e cultural, considerando na concepção de conhecimento,
as dimensões científicas e artísticas, além da filosófica, condizendo com as DCE.
A variedade de metodologias para abordagem do conteúdo proporciona vê-lo sobre
diferentes ângulos, portanto problematizar uma situação em que exija o usodo conceito,
170
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
utilizar a investigação científica por meio de pesquisas, promover atividades em grupo,
tanto experimentais como de debate e, promover situações lúdicas sobre o conteúdo,
são elementos que valorizam, motivam e promovem o ensino dinâmico do conteúdo
disciplinar.
O processo ensino-aprendizagem pode ser mais bem articulado com o uso de:
recursos pedagógicos e tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais como
livros didáticos, texto de jornal, revistas científicas, figuras, música, mapas
(geográficos, sistemas biológicos entre outros), globo, modelos didáticos (torso,
esqueleto, célula, olho, desenvolvimento embrionário, entre outros), microscópio, lupa,
jogos, telescópios, televisor multimídia, computador, etc.
De recursos instrucionais com os organogramas, mapas conceituais, mapas de
relações, diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, etc.
5. AVALIAÇÃO
A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos
conteúdos científicos e, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases n.9394/96, deve ser
contínua e cumulativa em relação ao desempenho do estudante, comprevalência dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
A ação avaliativa é importante no processo ensino-aprendizagem, pois pode
propiciar um momento de interação e construção de significados no qual o estudante
aprende. Para que tal ação torne-se significativa, o professor precisa refletire planejar
sobre os procedimentos a serem utilizados e superar o modelo consolidado da
avaliação tão somente classificatória e excludente. A investigação da aprendizagem
significativa pelo professor pode ser por meio de problematizações envolvendo
relações conceituais, interdisciplinares ou contextuais, ou mesmo apartir da utilização
de jogos educativos, entre outras possibilidades, como o uso de recursos instrucionais
que representem como o estudante tem solucionado os problemas propostos e as
171
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
relações estabelecidas diante dessas problematizações.Dentre essas possibilidades, a
prova pode ser um excelente instrumentode investigação do aprendizado do estudante
e de diagnóstico dos conceitos científicos escolares ainda não compreendidos por
ele,além de indicar o quanto o nível de desenvolvimento potencial tornou-se um nível
real (VYGOTSKY, 1991b). Para isso, as questões da prova precisam ser diversificadas
e considerar outras relaçõesalém daquelas trabalhadas em sala deaula.
As modalidades de avaliação estarão diretamente relacionadas aos objetivos
e os tipos de conteúdo que o professor seja avaliar, podendo utilizar para isso atividade
de leitura, projeto de pesquisa bibliográfica, produção de texto, apresentações orais,
atividades experimentais, relatórios, seminários, debates, atividades a partir de
recursos audiovisuais, trabalhos em grupo, questões discursivas, questões objetivas,
sendo que os critérios de avaliação serão estabelecidos observando-se a série e o
conteúdo trabalhado (DCE,2008).
Quanto aos instrumentos utilizados para as atividades de sondagem de
aprendizagem, serão considerados os seguintes critérios:
● Numa atividade de leitura dos alunos o professor deve considerar se houve
compreensão das ideias presentes no texto, com o aluno interagindo com o
texto por meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias;
● O aluno ao falar sobre o texto, analisar se ele expressa suas ideias com
clareza e sistematiza o conhecimento de forma adequada;
● Nas atividades de pesquisa bibliográficas, deve-se considerar se o aluno
compreende os passos de uma apresentação de trabalho científico,
expressando por meio da escrita, a sistematização da pesquisa e
compreendendo a importância de apresentar conclusões a respeito do que
foi pesquisado;
● As produções textuais devem obedecer às circunstâncias de produção
(gênero, interlocutor, finalidade, etc.);
● A apresentação oral deve expressar a compreensão do conhecimento sobre
o conteúdo abordado com criatividade e deverá cuidadosamente prepará-lo
172
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
para o desenvolvimento de habilidades de expressão oral para grupos.
● As atividades deverão proporcionar ao aluno a oportunidade de fazer
conclusões a respeito do fenômeno observado e levantar hipóteses que
poderão ser comprovadas ou testadas com outras atividades experimentais
ou por meio de pesquisa.
● Na pesquisa de campo o aluno deverá ser capaz de compreender os
procedimentos necessários à coleta de dados e o exame do material para a
conclusão do trabalho prático.
● Em debates sobre os resultados obtidos deverá se observar se aceita a
lógica da confrontação de posições, ultrapassa os limites das suas posições
pessoais, explica racionalmente os conceitos e valores que fundamentam
sua posição, se apresenta compreensão sobre o assunto específico
debatido e sua relação com o conteúdo da disciplina.
● O uso de questões discursivas deve considerar se o aluno consegue se
expressar por escrito, com clareza, utilizando-se da norma padrão da língua
portuguesa;
● O uso de questões objetivas deve expressar o quanto o aluno entende o
enunciado da questão e analisou minuciosamente as possibilidades
apresentadas.
Os relatórios deverão ser analisados considerando os seguintes tópicos:
● Introdução: fornece informações iniciais apresentando o trabalho que deu
origem ao relatório, apontando quais são os objetivos desta atividade, bem
como a relevância do conteúdo abordado, dos conteúdos construídos.
● Metodologia e material: descreve, objetiva e claramente, como realmente se
deu o trabalho desenvolvido. Embora seja uma descrição suscinta, não pode
omitir informações que sejam relevantes para que oleitor compreenda a
respeito do que se está falando.
● Análise: consta os elementos e situações interessantes quetenham
173
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
acontecido. Estabelece as relações entre a atividade, os procedimentos
realizados e o objeto de estudo que deram origem à atividade em questão;
● Considerações finais: apresentaos resultados obtidos de forma crítica,
confrontando-os com os objetivos da atividade realizada.
● Os seminários oportunizam a pesquisa, a leitura e a interpretação de textos,
possibilitando uma discussão rica de ideias, na qual cada um participa
questionando, de modo fundamentado, os argumentos apresentados.
A avaliação na inclusão:
É importante que o professor, dentro desse processo, seja flexível, verifique e
valorize o processo do aluno envolvendo-o num trabalho que inclua uma variedade de
situações de aprendizagem, possibilitando aos alunos de inclusão que expressem seu
conhecimento de diversas maneiras, respeitando sempre suas limitações e
possibilidades.
Será oportunizada a recuperação de estudos de forma permanente e
concomitante ao processo de ensino e aprendizagem. Esta será organizada com
atividades significativas, por meio de procedimentos didáticos metodológicos
diversificados e os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações
efetuadas durante o processo, constituindo-se em mais um componente do
aproveitamento.
Para o fechamento da nota Trimestral serão somados os valores atribuídos em
cada instrumento avaliativo, de forma a atender o que consta no Projeto Político
Pedagógico, Regimento Escolar o estabelecimento e também as orientações da LDB,
conforme segue:
● A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em
uma escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero).
● Para apromoção e a certificação a média final mínima exigida é de 6,0
174
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
(seis vírgula zero).
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência daEducação.Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Ciências. Curitiba,2008. PROJETO ARARIBÁ:Ciências/ obra coletiva. 1 ed. São Paulo: Moderna,2006.
GEWANDSZNAJDER, Fernando. Projeto Telaris: Ciências. 2ª ed. SãoPaulo:ática,2015. CRUZ, Daniel. Ciências e Educação Ambiental / obra coletiva. 26ª ed. São Paulo: Atica,2001. COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO – Projeto Político Pedagógico. Campo Mourão,2010. POLO, Unidade Colégio Estadual – Regimento Escolar. Campo Mourão,2010.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – EDUCAÇÃO FÍSICA 1. APRESENTAÇÃO
O trabalho na área da Educação Física nos faz conceber uma prática não apenas
como princípio esportivo, mas, sobretudo educativo. Pensamos a Educação Física como
uma ferramenta gestora de conhecimento e socializadora. Portanto, fundamental para o
bem-estar físico e mental dos estudantes.
Ghiraldelli Junior (1992) diz que profissional em Educação Física é, antes de tudo,
um intelectual, progressista e transformador, buscando uma nova cultura e uma
concepção de um mundo superior e democrático. Atualmente, a análise crítica e a busca
de superação dessa concepção apontam a necessidade de que, além daqueles se
175
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
considerem também as dimensões cultural, social, política e afetiva, presentes no corpo
vivo, isto é, no corpo das pessoas, que interagem e se movimentam como sujeitos
sociais e como cidadãos.
O processo de ensino e aprendizagem em Educação Física passa por uma
compreensão que se estabelece nas relações sociais, que requerem ações pedagógicas
afim de estimular essas relações e, portanto, não se restringe ao simples exercício de
certas habilidades e destrezas, mas sim de capacitar o indivíduo a refletir sobre suas
possibilidades corporais e, com autonomia, exercê-las de maneira social e culturalmente
significativa e adequada.
Trata-se de compreender como o indivíduo utiliza suas habilidades e estilos
pessoais dentro de linguagens e contextos sociais, pois um mesmo gesto adquire
significados diferentes conforme a intenção de quem o realiza e a situação em que isso
ocorre. É necessário que o indivíduo conheça a natureza e as características de cada
situação de ação corporal, como são socialmente construídas e valorizadas, para que
possa organizar e utilizar sua motricidade na expressão de sentimentos e emoções de
forma adequada e significativa. Por isso, é fundamental a participação em atividades de
caráter recreativo, cooperativo, competitivo, entre outros, para aprender a diferenciá-las.
Castellani Filho (1988) chama a atenção que a prática da Educação Física nem
sempre foi benquista e aceita. Sua introdução no ambiente educacional não se deu sem
uma certa resistência, pois esta prática, "ainda que de conformidade com uma visão de
saúde corporal, saúde física, eugênica, enfrentava barreiras arraigadas nos valores
dominantes do período colonial. Sustentáculos do ordenamento social escravocrata, que
estigmatizavam a Educação Física por vinculá-la ao trabalho manual, físico,
desprestigiadíssimo em relação ao trabalho intelectual." Mesmo assim, há num primeiro
momento uma influência militar e médica na Educação Física brasileira. As primeiras
escolas na área foram formadas sob a tutela dos militares.
As práticas pedagógicas escolares de Educação Física, também foram
fortemente influenciadas pela instituição militar e pela medicina, emergente dos séculos
XVIII e XIX. Os exercícios foram sistematizados pela instituição militar e reelaborados
pelo conhecimento médico dentro de uma visão pedagógica. Para atender aos objetivos
176
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
de adquirir, promover e restabelecer a saúde através da atividade física. Na década de
30, firmam-se as bases de lançamento de um novo modelo, ou seja, no país deu-se a
transição de uma sociedade agroexportadora para uma sociedade de base urbano
industrial. Com a ascensão de Vargas, a Educação em geral, a Educação Física e a
Educação Moral e Cívica em particular passam, de acordo com Castellani Filho, a ter
um papel essencial na sustentação da política de governo, onde "as diretrizes
ideológicas que nortearam apolítica educacional naquele período possuíam como
substância a exaltação da nacionalidade, as críticas ao liberalismo, o anticomunismo e
a valorização do ensino profissional”.
Nessa época, o esporte começou a se popularizar, confundindo-se coma
Educação Física. Houve um incentivo às práticas desportivas com o intuito de promover
políticas nacionalistas para o país. Uma série de medidas foi implantada para ressaltar
o sentimento de valorização da pátria por meio dos esportes.
Essa concepção esportivizada da Educação Física Escolar foi duramente
criticada pela corrente pedagógica da Psicomotricidade, a qual surgia com muita força
no período. Apesar de não apresentar um novo modelo de ensino, a Psicomotricidade
privilegiava o desenvolvimento integral, a partir das relações afetivas, cognitivas e
motoras. Com o passar do tempo, o panorama foi se alterando. De acordo com Betti
(1988), a década de 80, vai se caracterizar por um questionamento da situação
estabelecida nos períodos anteriores, pela percepção de uma situação de crise no setor
educacional, e por uma radical mudança de discursos e de referenciais conceituais na
Educação Física, caracterizando uma verdadeira crise de identidade.
Já se pôde falar não só de uma comunidade científica na Educação Física, mas
também no surgimento de tendências ou correntes, suscitando assim os primeiros
debates voltados à criticidade. Nessa época, ainda, o sistema educacional brasileiro
passou por um processo de reformulação, inclusive trazendo uma renovação do
pensamento pedagógico da Educação Física, destacando-se as abordagens
desenvolvimentista, construtivista e crítico-superadora.
No início da década de 90, surge a abordagem crítico-emancipatória, que
considerava o movimento como significativo no processo ensino/aprendizagem, por
177
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
estar presente em todas as vivências e relações expressivas que constituem o “ser no
mundo”. A partir de então, surgem as discussões para a elaboração do Currículo Básico,
que, na área da educação Física, que se fundamentava na pedagogia histórico-crítica,
numa perspectiva progressista e crítica. Mesmo assim, o Currículo Básico apresentava
uma rígida lista de conteúdo, que enfraqueciam os pressupostos teórico-metodológicos
da pedagogia crítica, pois o enfoque privilegiava outras abordagens, como a
desenvolvimentista, crítica e psicomotora.
Um grande marco para a Educação Física foi o documento “Reestruturação da
Proposta Curricular do Ensino de Segundo Grau”, que veio resgatar o compromisso
social da ação pedagógica da disciplina, consolidando um no entendimento em relação
ao movimento humano. Houve um retrocesso nos avanços teóricos da Educação Física
na década de 90, após a apresentação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN),
que, ao invés de ser um referencial curricular, tornou- se um currículo mínimo. A inclusão
dos temas transversais, por exemplo, trouxe um esvaziamento dos conteúdos próprios
da disciplina.
Dentro desse contexto das teorizações críticas em Educação e Educação Física,
no final da década de 1980 e início de 1990, no Estado do Paraná, iniciaram-se as
discussões para a elaboração do Currículo Básico. Esse processo envolveu
profissionais comprometidos com a Educação Pública do Paraná, em um contexto
nacional de redemocratização do país e resultou em um documento que tinha como
objetivo responder a demandas sociais e históricas da educação brasileira.
O Currículo Básico, para a Educação Física, caracterizou-se por ser uma
proposta avançada em que o mero exercício físico deveria dar lugar a uma formação
humana do aluno em amplas dimensões. O reflexo desse contexto para a Educação
Física configurou-se em um projeto escolar que possibilitasse a tomada de consciência
dos educandos sobre seus próprios corpos, não no sentido biológico, mas
especialmente em relação ao meio social em que vivem.
Diante desse quadro, cabe à Educação Física interrogar a hegemonia que
entende esta disciplina apenas como treinamento do corpo, garantindo aos alunos o
acesso ao conhecimento produzido pela humanidade. Nesse sentido, partindo de seu
178
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
objeto de estudo, Cultura Corporal, a Educação Física deve levar à reflexão crítica das
manifestações culturais historicamente produzidas, contribuindo com a formação de um
ser humano crítico e reflexivo, que se reconhece como sujeito e como agente histórico,
político, social e cultural.
Aprender a movimentar-se implica em planejar, experimentar, avaliar, optar entre
alternativas, coordenar ações do corpo com objetos no tempo e no espaço, interagir com
outras pessoas, enfim, uma série de procedimentos cognitivos que devem ser
favorecidos e considerados no processo de ensino e aprendizagem na área de
Educação Física.
2.OBJETIVO GERAL
Manifestar a cultura corporal ligando-a ao esporte, a dança, a ginástica, as lutas,
os jogos e brincadeiras. Explorar as diversas formas de manifestação nas mais diversas
situações, em relação às questões ligadas ao corpo. Analisaras preocupações com o
corpo e com os significados que o mesmo assume na sociedade.
A Cultura Corporal em sua complexidade, ou seja, na relação com as múltiplas
dimensões da vida humana, deve ser vista, tanto pelas ciências humanas, sociais, da
saúde e da natureza, não como mera repetição de movimentos, mas sim como o meio
para garantir ao aluno o acesso ao conhecimento e à reflexão crítica das inúmeras
manifestações ou práticas corporais historicamente produzidas pela humanidade, na
busca de contribuir com um ideal mais amplo de formação de um ser humano crítico e
reflexivo, reconhecendo-se como sujeito, que é produto, mas também agente histórico,
político, social e cultural.
Segundo Geertz (1989), é por meio desse mecanismo chamado cultura que o
homem adquiriu a capacidade de ser o construtor de sua própria história, desde a
utilização de ferramentas, passando pelo convívio social, pela linguagem chegando a
outras formas mais complexas de significar o fazer humano.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS
179
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
ENSINO FUNDAMENTAL
6º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Esporte Coletivos; Individuas
Jogos e brincadeiras Jogos e brincadeiras populares Brincadeiras e cantigas
de roda; Jogos de tabuleiro; Jogos cooperativos
Dança Danças folclóricas; Danças criativas
Ginástica Ginástica rítmica; Ginástica circense; Ginástica geral
Lutas Lutas de aproximação; Capoeira
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Física para a Educação Básica. Governo do Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Curitiba,2008.
7° ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Esporte Coletivos; Individuais
Jogos e brincadeiras Jogos e brincadeiras populares; Brincadeiras e cantigas
de roda; Jogos de tabuleiro; Jogos cooperativos
Dança Danças folclóricas; Danças de rua
Ginástica Ginástica rítmica; Ginástica geral
Lutas Lutas de aproximação; Capoeira
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Física para a Educação Básica. Governo do Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Curitiba,2008.
8° ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Esporte Coletivos; Individuais
Jogos e brincadeiras Jogos de tabuleiro; Jogos dramáticos; Jogos
cooperativos
180
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Dança Danças criativas; Danças circulares
Ginástica Ginástica rítmica; Ginástica geral
Lutas Lutas com instrumento mediador; Capoeira
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Física para a Educação Básica. Governo do Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Curitiba,2008.
9° ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Esporte Coletivos; Radicais
Jogos e brincadeiras Jogos e brincadeiras populares; Jogos de tabuleiro;
Jogos dramáticos
Dança Danças criativas; Danças circulares
Ginástica Ginástica rítmica; Ginástica geral
Lutas Capoeira
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Física para a Educação Básica. Governo do Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Curitiba,2008.
ENSINO MÉDIO
1° ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Esporte Coletivos; Individuais
Jogos e brincadeiras Jogos de tabuleiro; Jogos dramáticos Jogos cooperativos
Dança Danças folclóricas, Danças de rua
Ginástica Ginástica artística, Ginástica de condicionamento físico Ginástica geral
Lutas Lutas com aproximação
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Física para a Educação Básica. Governo do Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Curitiba,2008.
2° ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Esporte Coletivos; Individuais
181
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Jogos e brincadeiras Jogos de tabuleiro; Jogos dramáticos; Jogos cooperativos
Dança Danças folclóricas; Danças de rua
Ginástica Ginástica artística; Ginástica (condicionamento físico); Ginástica geral
Lutas Capoeira; Lutas com instrumento mediador
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Física para a Educação Básica. Governo do Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Curitiba,2008.
3° ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Esporte Radicais; Coletivos Individuais
Jogos e brincadeiras Jogos de tabuleiro; Jogos dramáticos; Jogos cooperativos
Dança Danças folclóricas; Danças de rua
Ginástica Ginástica de condicionamento físico; Ginástica geral
Lutas Capoeira; Lutas com aproximação
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Física para a Educação Básica. Governo do Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Curitiba,2008.
3.METODOLOGIA
O ensino da Educação Física, que articula vários elementos, deve pressupor um
bom planejamento de aulas, com a inclusão de diversificado número de atividades
individuais e coletivas, de leitura, de pesquisas, de debates e produção de textos e
outras formas de apresentação a fim de que a investigação seja de fato a linha condutora
da aula. Nesta perspectiva, deve acontecer a preocupação em atender os alunos com
necessidades educacionais especiais (NEE) e à diversidade social, econômica e cultural
existente na escola, para a inclusão social de todos os indivíduos.
Tem-se como desafio o estabelecimento de uma proposta de ensino que
reconheça e valorize práticas culturais de tais sujeitos, sem perder de vista o
conhecimento historicamente produzido, que constitui patrimônio de todos. Para essa
efetivação, deverá ocorrer em sala de aula a adaptação curricular necessária,
observando a flexibilização e a temporalidade nos conteúdos, objetivos e estratégias
182
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
metodológicas específicas. Evidencia-se a responsabilidade social de prever e prover
meios de satisfazer essas necessidades, ao invés, de destacar o sujeito que a
apresenta.
Como ponto de partida (e não como um fim), temos o Livro Didático e o Portal Dia
a Dia Educação, que desenvolvem os conteúdos específicos a partir de recortes dos
conteúdos estruturantes, condizentes com as Diretrizes Curriculares Estaduais.
É importante utilizar recursos didáticos e tecnológicos atuais, tais como: aula
expositiva mesclada com todo o aparato tecnológico à disposição da clientela escolar,
trabalhar com leituras e releituras de textos, jornais, revistas, filmes e figuras, que
possam ser contextualizados, com de pesquisas bibliográficas, produções escritas,
laboratório de informática, internet, multimídias “data show” e TV Pen drive, bem como
seminários, palestras e debates para reflexão, argumentação e conceitualização.
Devemos compreender a Educação Física sob um contexto mais amplo, sabendo
que ela é composta por interações que são estabelecidas nas relações sociais, levando
em consideração os conhecimentos já adquiridos pelos alunos, portanto, partindo deles,
será feita a abordagem dos conteúdos de Educação Física por meio de ações
pedagógicas estimulando a reflexão de formas produzidas pelo ser humano.
As aulas de Educação Física terão como ponto de referência a metodologia crítico-
superadora, e serão desenvolvidas por meio da discussão e análise crítica dos
conteúdos, aulas práticas com demonstração, explicação, experimentação, repetição e
correção; atividades individuais e em pequenos e grandes grupos, bem como a
apresentação de proposta de trabalho para os alunos através da dança, artes circenses,
dramatizações e canto. Para o bom desenvolvimento das atividades serão utilizados
locais diversos, tais como sala de aula, ginásio de esportes, minipista de atletismo, sala
de informática e multimídia.
A metodologia crítico-superadora tem como ponto de partida a concepção
histórico-crítica, e encara as práticas da cultura corporal como “práticas sociais”,
necessárias às ações humanas na sociedade. O conhecimento resulta da mediação
entre o aluno e sua forma de aprender a realidade complexa do meio em que vive e as
atividades corporais são vivenciadas no “fazer” corporal e na reflexão sobre o seu
183
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
significado. A metodologia crítico-superadora valoriza a intenção dos diversos
elementos do processo de ensino-aprendizagem e dos segmentos sociais componentes
do sistema educacional. Aborda os temas relativos à cultura do homem e da mulher
brasileiros como uma dimensão da cultura. A proposta busca estruturar-se durante todos
os ciclos de escolarização e o processo ensino-aprendizagem é privilegiado pela
avaliação (GRESPAN, 2012).
De acordo com as DCES (2008), propõem-se os seguintes elementos articuladores:
• Cultura Corporal e Corpo;
• Cultura Corporal e Ludicidade;
• Cultura Corporal e Saúde;
• Cultura Corporal e Mundo do Trabalho;
• Cultura Corporal e Desportivização;
• Cultura Corporal – Técnica e Tática;
• Cultura Corporal e Lazer;
• Cultura Corporal e Diversidade;
• Cultura Corporal e Mídia.
A proposta dos Elementos Articuladores se aproxima daquilo que Pistrak (2000)
denomina por Sistema de Complexos Temáticos, isto é, aquilo que permite ampliar o
conhecimento da realidade estabelecendo relações e nexos entre os fenômenos sociais
e culturais. A organização do trabalho pedagógico através de um sistema de complexo
temático garante uma compreensão da realidade atual de acordo com o método dialético
pelo qual se estudam os fenômenos ou temas articulados entre si e com nexos com a
realidade atual mais geral, numa interdependência transformadora. O complexo,
segundo Pistrak (2000), deve estar embasado no plano social, permitindo aos
estudantes, além da percepção crítica real, uma intervenção ativa na sociedade, com
seus problemas, interesses, objetivos e ideais.
Em atendimento à instrução 009/2011, os seguintes conteúdos serão trabalhados
obrigatoriamente pela instituição de ensino: História e Cultura afro-brasileira, africana e
184
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
indígena (Lei nº 11.645/08); História do Paraná (Lei nº 13381/01); Música (Lei nº
11.769/08); Prevenção ao uso indevido de drogas e sexualidade humana; Educação
Ambiental (Lei nº 9.795/99) Dec.4.201/02; Educação Fiscal; Enfretamento à violência
contra a Criança e ao Adolescente (Lei Federal nº 11.525/07); Educação Tributária Dec.
nº 1.143/99, portaria nº 413/02; Resolução nº 1, de 30 de maio de 2012, que estabelece
Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos, serão abordados de forma
contextualizada e relacionadas aos conteúdos específicos da disciplina, sempre que for
possível a articulação entre os mesmos, demonstrando diálogo pedagógico com o
conteúdo proposto pela própria Lei. Estes temas e desafios educacionais
contemporâneos serão contemplados, fazendo a contextualização sócio histórica,
considerando na concepção de conhecimento, as dimensões científicas e artísticas,
além da filosófica, condizendo com as DCE.
Nesta perspectiva, deve acontecer a preocupação em atender os alunos com
necessidades educacionais especiais e à diversidade social, econômica e cultural
existente na turma, para a inclusão social de todos os indivíduos bem como promover a
Educação em Direitos Humanos, um dos eixos fundamentais do direito à educação, que
refere-se ao uso de concepções e práticas educativas fundadas nos Direitos Humanos
e em seus processos de promoção, proteção, defesa e aplicação na vida cotidiana e
cidadã de sujeitos de direitos e de responsabilidades individuais e coletivas.
Os temas e desafios educacionais contemporâneos (Educação Ambiental,
Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência nas escolas, Prevenção ao uso indevido de
drogas e sexualidade) serão trabalhados à medida que o conteúdo de Educação Física
permitir contemplá-los, fazendo a real contextualização sócio histórica, considerando na
concepção de conhecimento, as dimensões científicas e artísticas, além da filosófica,
condizendo com as DCE.
Conforme determina lei nº. 11.645/08, que trata da obrigatoriedade do ensino da
história e cultura afro-brasileira, africana e indígena, na disciplina de Educação Física o
professor abordará a temática a partir dos conteúdos específicos demonstrando o
diálogo do conteúdo filosófico com o conteúdo de cultura afro-brasileira e indígena,
propostos pela própria Lei.
185
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
4. AVALIAÇÃO
Avaliar em Educação Física significa reconhecer a insuficiência das discussões e
teorizações sobre esse tema no âmbito desta disciplina curricular no Brasil (COLETIVO
DE AUTORES, 1992). No entanto, mesmo diante dessa realidade, é necessário assumir
o compromisso pela busca constante de novas ferramentas e estratégias metodológicas
que sirvam para garantir maior coerência com o par dialético objetivos-avaliação.
A avaliação tem como premissa o diagnóstico do processo ensino- aprendizagem
e a investigação da prática pedagógica, objetivando fornecer informações e dados
necessários à reflexão docente, assim como, conscientizar o educando sobre suas
potencialidades e possibilidades. Essa identificação serve para o professor propor
revisões e novas elaborações de conceitos e procedimentos, ainda parcialmente
consolidados.
Um dos primeiros aspectos que precisa ser garantido é a não exclusão, isto é, a
avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo que
permeie o conjunto das ações pedagógicas e não seja um elemento externo a esse
processo.
Assim, é fundamental que o processo de avaliação ocorra deforma diagnóstica e
formativa, envolvendo um trabalho que inclua uma variedade de situações de
aprendizagem, tais como a compreensão de definições, estabelecimento de relações,
argumentação oral; as explicações, as justificativas e o uso de recursos tecnológicos.
Para tanto, serão utilizados instrumentos de avaliação como testes práticos e teóricos,
participação efetiva dos alunos nas atividades propostas e apresentação de trabalhos
práticos e teóricos, incluindo seminários.
A recuperação dos conteúdos será realizada através da retomada e reforço dos
mesmos, investindo em novas estratégias e recursos, com a modificação de
encaminhamentos metodológicos, para que o aluno aprenda e, em consequência,
recupere também sua nota.
186
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
No processo de uma inclusão social responsável e cidadã, que é de direito de
todos, a avaliação da aprendizagem deve garantir qualidade e atendimento aos alunos
com necessidades educacionais especiais e à diversidade social, econômica e cultural,
buscando respeitar as diferenças e os direitos humanos individuais a partir da
flexibilização do currículo e adaptação de temporalidade na execução. Serão levados
em conta possíveis fatores que dificultem ou impossibilitem o aluno de realizar
determinados tipos de atividades com o mesmo nível de desempenho dos demais,
como, por exemplo, disfunções na coordenação motora geral, distúrbios psíquicos e
emocionais e incapacidade física temporária ou permanente. Em seguida, indicaremos
algumas formas e critérios de avaliação a serem utilizados.
1.Projeto de Pesquisa Bibliográfica - a solicitação de uma pesquisa exige enunciado
claro e recortes precisos do que se pretende.
Critérios
O aluno, quanto:
● À contextualização, identifica a situação e o contexto com clareza;
● Ao problema, apresenta de forma clara, objetiva o tem a levantado,
delimitando o foco da pesquisa na busca de solução;
● À justificativa, aponta argumentos sobre a importância da pesquisa;
● O aluno, na escrita, remete-se aos textos lidos, por meio de citações ou
paráfrases, referenciando-os adequadamente.
2.Seminário - oportuniza a pesquisa, a leitura e a interpretação de textos. Trata-se de
uma discussão rica de ideias, na qual cada um participa questionando,
de modo fundamentado, os argumentos apresentados, colocando o estudante em
contato direto com a atividade científica e engajando-o na pesquisa.
Critérios
O aluno:
● Demonstra consistência nos argumentos, tanto na apresentação quanto
187
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
nas réplicas;
● Apresenta compreensão do conteúdo abordado (a leitura compreensiva
dos textos utilizados);
● Faz adequação da linguagem;
● Demonstra pertinência quanto as fontes de pesquisa;
● Traz relatos para enriquecer a apresentação;
● Faz adequação e toma como relevante as intervenções dos integrantes do
grupo que assiste à apresentação.
3.Trabalho em grupo – desenvolve dinâmicas com pequenos grupos, na tentativa de
proporcionar, aos alunos, experiências que facilitem o processo de aprendizagem.
Nesse sentido, possibilita a interação social, conduzindo o aluno a compartilhar seu
conhecimento. O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de diferentes atividades,
sejam elas, escritas, orais, gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis, mural,
jogos e outros, abrangendo os conhecimentos artísticos, filosóficos e científicos.
Critérios
O aluno:
● Interagir com o grupo;
● Compartilha o conhecimento;
● Demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de
aula, na produção coletiva de trabalhos;
● Compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados
e sua relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano.
4.Questões discursivas - Essas questões possibilitam verificar a qualidade da
interação do aluno como conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão discursiva
possibilita que o professor avalie o processo de investigação e reflexão realizado pelo
188
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos.
Além disso, a resposta a uma questão discursiva permite que o professor identifique
com maior clareza o erro do aluno, para que possa dar a ele a importância pedagógica
que tem no processo de construção do conhecimento.
Critérios
O aluno:
● Compreende o enunciado da questão.
● Planeja a solução, de forma adequada.
● Comunica-se por escrito, com clareza, utilizando-se da norma padrão da
língua portuguesa.
● Sistematiza o conhecimento de forma adequada
5.Questões objetivas - Este tipo de questão tem como principal objetivo a fixação do
conteúdo. Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor,
usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno a compreensão do
que foi solicitado. Para a construção desse tipo de questão o professor não deve
desconsiderar um bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade de cada
questão direcionada para cada série com vistas a não cometer injustiças.
Critérios
O aluno:
● Realiza leitura compreensiva do enunciado;
● Demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo;
● Utiliza de conhecimentos adquiridos.
5.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BETTI, Mauro. A Educação Física na Escola Brasileira de 1º e 2º graus, no período 1930-1986: Uma abordagem sociológica, USP, São Paulo, 1988. Diss.de Mestrado.
189
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
CASTELLANI FILHO, Lino. Educação Física no Brasil: A História que não se conta, Campinas, S.P: Papirus,1988. COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. SãoPaulo:Cortez,1992. GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: GuanabaraKoogan,1989. GHIRALDELLI JUNIOR, Paulo. Educação Física progressista. São Paulo:Loyola,1988. GRESPAN, Marcia Regina. Educação Física no ensino fundamental: Primeiro ciclo. Campinas: Papirus, 2012.
PISTRAK, M. Fundamentos da escola do trabalho. São Paulo: Expressão popular, 2000. PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Física para a Educação Básica. Governo do Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Curitiba,2008. POLO, Unidade Colégio Estadual – Projeto Político Pedagógico. CampoMourão,2010. POLO, Unidade Colégio Estadual – Regimento Escolar. Campo Mourão,2010.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – FILOSOFIA
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Nas Diretrizes Curriculares Estaduais, a disciplina de Filosofia a ser ministrada na
sala de aula da escola pública paranaense, aborde questões das ciências, do mito, da
ética, da estética, da política, do conhecimento. Se por um lado, a dificuldade para seu
ensino está no fato de nela residir o pensamento racional e sistemático de mais de 2500
anos, por outro lado, a facilidade para o seu ensino está no fato de que nela se pode
encontrar pedagogias e métodos que trazem luz para a definição da pedagogia e do
método a ser adotado pelo professor para o ensino da filosofia.
A importância do conhecimento proporcionado por essa disciplina, no contexto
escolar, resulta no aprimoramento das capacidades intelectuais, éticas, morais e sociais
190
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
que pode favorecer a expressão do pensamento e a construção de uma inserção social
mais crítica.
Diferente de outras disciplinas, a filosofia faz chegar a resultados que não são tidos
como definitivos/absolutos. Assim, ela pode não oferecer a segurança que uma ciência
exata dá ao aluno e isso pode ser prejudicial ao ensino da mesma; por outro lado, se bem
entendida pelos alunos as possibilidades ilimitadas que essa não exatidão dá, pode ser
fator estimulante ao aprendizado dos mesmos.
O ensino da filosofia apresenta inúmeras possibilidades de abordagem. As mais
tradicionais são: a divisão cronológica linear, geográfica e por conteúdos estruturantes,
mas, para não ser apenas História da Filosofia, faz-se mister preservar suas
características específicas como: o diálogo, a problematização, a argumentação, a
sistematização e a imparcialidade numa busca constante.
A experiência mais recentemente do ensino de filosofia no Brasil reporta ao
período da publicação da nova LDB 9394/96, mas foi os Parâmetros Curriculares
Nacionais–PCN, que normatizou como seria o ensino de filosofia. No documento
PCN/Ensino Médio, Conhecimentos de Filosofia, o conteúdo filosófico passa para a
perspectiva da transversalidade. Permanece na antessala, algo que se atribuía
importância, mas que no limite na passava de um objeto de decoração. Foram vários os
encontros e debates de professores e a comunidade propondo recolocara
obrigatoriedade do ensino de filosofia e o resulta do foi o projeto de Leinº3.178/97,
aprovado na Câmara e no Senado (2001), vetado pelo presidente FHC.
Em 2003 foi realizada na Câmara dos Deputados, a audiência pública em defesa
da volta da Filosofia e Sociologia ao currículo do Ensino Médio. OCNE/CEB, atende tais
aspirações e aprova o Parecer sob n.º 38/2006 e no Paraná é aprovada a lei Nº 15. 228
de 25/07/2006, que no Art. 2º, lê-se que “a Filosofia objetiva consolidara base humanista
da formação do educando, propiciar a capacidade do pensar e repensar de modo crítico
o conhecimento produzido pela humanidade, sua relação com o mundo e a constituição
o de valores culturais, históricos e sociais, fundamental na construção e aprimoramento
da cidadania”.
191
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Na esfera federal, a Lei nº 11.684 de 2 de junho de 2008, instituía obrigatoriedade
da disciplina no território nacional e nesse sentido, o Conselho Estadual de Educação/PR,
aprovouem07/11/08adeliberaçãoN.º03/08, como seguinte teor: uma série em 2009; duas
em 2010; três em 2011; quatro em 2012nos cursos de 4 anos. Do ponto de vista legal
está demarcado o retorno da disciplina de Filosofia à Matriz Curricular do Ensino Médio.
O desafio posto é como ensinar filosofia e que filosofia ensinar. A filosofia busca
compreender a vida humana que se manifesta no cotidiano em busca de um sentido, seu
objeto é “os sentidos, os significados se os valores que dimensionam e norteiam a vida e
a prática histórica humana, trata dos fundamentos últimos do existir humano na história”
(LUCKESI,2002). Nesse sentido, a filosofia é um instrumento para os estudantes lerem
a realidade histórico-social. Tal instrumento se diferencia das outras disciplinas em seu
próprio método de ensino, pois “o ato de ensiná-la se confunde com a transmissão do
estilo reflexivo, e o ensino da filosofia somente logrará algum êxito na medida em que tal
estilo for efetivamente transmitido, pensar e repensar a cultura não se confunde com
compatibilização de método se sistematização de resultados; é uma atividade autônoma
e de índole crítica” (LEOPOLDO, 1992, p.163).
É nessa perspectiva que se deve ler a diretriz de Filosofia/SEED/PR, que propõe
o ensino de filosofia a partir dos conteúdos elaborados pela tradição filosófica,
denominados de Conteúdos Estruturantes. A presente Proposta Pedagógica Curricular é
uma ferramenta de orientação para o trabalho coma disciplina de Filosofia na escola que,
em conjunto com a Diretriz da Disciplina, o Livro Didático Público, a Ontologia de textos
filosóficos e os matérias disponíveis na biblioteca do professor contribuem para o trabalho
com a filosofia no espaço escolar.
2. OBJETIVO DA DISCIPLINA
Aprimorar a capacidade intelectual, ética, moral e social para a formação da
personalidade crítica do aluno, através da expressão de pensamentos e da busca do
192
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
conhecimento racional, problematizando, investigando, analisando e criando conceitos,
virtudes e valores.
JUSTIFICATIVA
A Filosofia é um modo de pensar, é uma postura diante do mundo. A filosofia
não é um conjunto de conhecimentos prontos, um sistema acabado, fechado em si
mesmo. Ela é, antes de tudo, uma prática de vida que procura pensar os
acontecimentos além de sua pura aparência. Assim, ela pode se voltar para qualquer
objeto. Pode pensar a ciência, seus valores, seus métodos, seus mitos; pode pensar a
religião; pode pensar a arte; pode pensar o próprio homem em sua vida cotidiana, a
economia, apolítica, a ética. Diz-se que a Filosofia incomoda certos indivíduos e
instituições porque questiona o modo de ser das pessoas, das culturas, do mundo. Isto
é, questiona a prática política, científica, técnica, ética, econômica, cultural e artística.
Desse modo, compreender a importância do ensino da Filosofia no Ensino
Médio é entendê-la como um conhecimento que contribui para a formação do aluno.
Cabe a ela indagar a realidade, refletir sobre as questões que são fundamentais para
os homens, em cada época.
A reflexão filosófica não é, pois, qualquer reflexão, mas rigorosa, sistemática e
deve sempre pensar o problema em relação à totalidade, para alcançar a radicalidade
do problema, isto é, ir à sua raiz. Esta é a preocupação da Instituição ao instituir a
disciplina de Filosofia no Ensino Médio; a busca pelo ensino a reflexão filosófica,
instrumentalizando os alunos para estarem aptos a compreender e atuar em sua
realidade.
A Filosofia objetiva consolidar a base humanista da formação do educando,
propiciar a capacidade do pensar e repensar de modo crítico o conhecimento produzido
pela humanidade, sua relação com o mundo e a constituição de valores culturais,
históricos e sociais, fundamental na construção e aprimoramento da cidadania.
3. CONTEÚDOS DE FILOSOFIA
193
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Os conteúdos apresentados nesse planejamento seguem as orientações da
DCE de Filosofia, o qual organizou-se também o livro didático público de Filosofia, a
partir de conteúdos denominados conteúdos estruturantes e básicos. Os conteúdos
específicos serão apresentados pelo professor no Plano de Trabalho Docente -PTD.
EXPECTATIVAS GERAIS PARA A DISCIPLINA
Campos didático-metodológicos Expectativas
Leitura propriamente filosófica de textos
diversos.
01. Leia e interprete, de forma filosófica, textos
específicos de Filosofia, assim como textos de outras
esferas e gêneros.
Leitura e interpretação de textos filosóficos e
estabelecimento de relações entre
conceitos/conteúdos de diversos matizes, bem
como entre conceitos/conteúdos e aspectos da
experiência particular e da realidade vivida.
02. Compreenda conceitos presentes nos registros
textuais propriamente filosóficos (textos de filósofos e
de comentadores), relacionando seus conteúdos a
conhecimentos de outras áreas e às questões da
realidade presente.
Elaboração de textos de argumentação
providos de lógica interna.
03. Elabore registros textuais que demonstrem
capacidade argumentativa e encadeamento lógico em
relação às questões filosóficas.
Problematização, investigação e produção de
conceito
04. Demonstre capacidade de problematizar,
investigar e criar conceitos, tanto por meio da
expressão oral, quanto da produção escrita e/ou
artística.
Elaboração e expressão de discursos e
argumentação dialógica de produção de
conceitos
05. Demonstre coerência discursiva e capacidade de
diálogo em relação às questões e aos conceitos
filosóficos.
Utilização e reconhecimento, segundo limites
e peculiaridades próprias da faixa etária e grau
de maturidade dos estudantes, da linguagem
típica e forma peculiar de abordagem da
Filosofia.
06. Demonstre familiaridade com a forma peculiar de
problematização e expressão da Filosofia, enquanto
pensamento reflexivo, crítico, sistemático e rigoroso,
em sua indagação radical acerca do mundo, do homem
e do próprio pensamento.
Diferenciação da Filosofia, a partir de sua
tipificação linguística e analítica, analogia
entre as identidades da Filosofia, em suas
diversas áreas de concentração, e demais
campos do saber.
07. Compreenda os pontos de aproximação e as
contradições entre a Filosofia e o conjunto das
Ciências.
Elaboração e aplicação de conceitos e
formulações filosóficas (assim entendidos,
como categorias interpretativas e, ao mesmo
tempo, explicativas), a partir de dada
realidade ou de estrutura abstrata.
08. Desenvolva as condições (intelectivas,
argumentativas, reflexivas, etc.) necessárias à
elaboração e/ou reelaboração de conceitos, bem como
à formulação e à mediação de questões filosóficas.
Análise criteriosa de problemas e situações,
presumindo-se as seguintes capacidades:
elaboração e aplicação de conceitos e
formulações, elaboração e expressão de
09. Elabore análises e críticas propriamente filosóficas
acerca de temas, situações e problemas diversos.
194
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
EXPECTATIVAS GERAIS PARA A DISCIPLINA
Campos didático-metodológicos Expectativas
discursos e argumentação dialógica, leitura,
propriamente filosófica, de textos específicos
da ou sobre a Filosofia, assim como de textos
diversos.
II CONTEÚDO ESTRUTURANTE MITO E FILOSOFIA
Conteúdo(s) Básico(s) Expectativas
Saber mítico.
10. Identifique e relacione as características gerais e funções sociais dos
mitos e da mitologia clássica, enquanto elaborações peculiares para um
entendimento do mundo, da natureza e do homem e suas relações.
Saber mítico e atualidade
do mito.
11. Compreenda o sentido e o papel dos mitos na Antiguidade Clássica,
na Modernidade e na Contemporaneidade.
Relação mito e Filosofia.
12. Reconheça e reflita sobre os elementos constitutivos da linguagem
mítica e da linguagem filosófica.
13. Entenda as relações de conflito e de aproximação entre as
concepções míticas e as racionais.
O que é Filosofia?
14. Compreenda as condições que, historicamente, possibilitaram a
instituição da Filosofia no Ocidente. 15. Reconheça a importância das
especulações dos pensadores naturalistas, também denominados pré-
socráticos, para instituição da Filosofia no Ocidente.
16. Compreenda a Filosofia como um saber fundamental para a
construção do conhecimento sistematizado.
17. Reconheça a Filosofia enquanto campo do saber humano,
caracterizada pelo pensamento rigoroso, racional, crítico, sistemático e
que visa à totalidade. 18. Compreenda a relevância, para a estruturação
das ciências, das tentativas de explicação da origem do mundo, da
constituição da natureza e da matéria pelos filósofos gregos.
III- CONTEÚDO ESTRUTURANTE TEORIA DO CONHECIMENTO
Conteúdo(s) Básico(s) Expectativas
Possibilidade do
conhecimento.
19. Identifique e compare diferentes perspectivas filosóficas que
investigam as condições e as possibilidades do conhecimento.
Possibilidade do
conhecimento, as formas
do conhecimento e o
problema da verdade.
20. Diferencie e analise concepções da Ciência e da Filosofia quanto à
produção e à validade do conhecimento.
As formas do
conhecimento
21. Compreenda os problemas, conceitos e argumentos relacionados às
possibilidades do conhecimento, presentes nas teorias dogmáticas,
céticas, criticistas e fenomenológicas.
22. Analise os elementos que tipificam o conhecimento científico, o
conhecimento técnico e o conhecimento vulgar.
23. Distinga os elementos característicos do senso comum e do
pensamento filosófico.
195
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
24. Problematize a relação entre sujeito e objeto no processo de
aquisição de conhecimento e apreensão da realidade, de forma a
identificar teorias, discursos e outros tipos de argumentos que se
caracterizam como realistas, idealistas e dialéticos.
O problema da verdade.
25. Compreenda a relevância da busca filosófica da verdade,
relacionando-a a diferentes concepções e teorias existentes.
26. Problematize os conceitos de verdade e falsidade, verdade absoluta e
verdade relativa, conhecimento perene e conhecimento provisório.
27. Identifique e relacione os problemas filosóficos que envolvem o
conhecimento da verdade, refletindo sobre a contemporânea
desconstrução desse conceito.
A questão do método.
28. Identifique diferentes concepções de método e compreenda sua
importância para a elaboração e expressão de conceitos, teorias e
discursos filosóficos.
29. Reflita sobre o método como instrumento para a elaboração e
expressão de discursos e argumentações coerentes.
Conhecimento e lógica,
conhecimento e método.
30. Relacione os discursos, teorias e conceitos filosóficos estudados aos
res–pectivos campos teórico metodológicos que as alicerçam.
A questão do método.
31. Compreenda os principais elementos da lógica formal (proposições,
raciocínio indutivo e dedutivo, silogismos, falácias), enquanto
instrumental de apreensão e expressão do real.
Conhecimento e lógica,
conhecimento e método.
32. Compreenda os principais elementos da lógica e do método dialético
(totalidade, contradição, tese antítese-síntese, mudança qualitativa),
enquanto instrumental de apreensão e expressão do real.
IV - CONTEÚDO ESTRUTURANTE ÉTICA
Conteúdo(s) Básico(s) Expectativas
Ética e Moral
33. Diferencie os campos filosóficos da Ética e da Moral. 34. Identifique e
compreenda conceitos e concepções filosóficas que se dedicaram a debater a
temática da ética, a partir de diversas perspectivas.
35. Compreenda os elementos constituintes do campo ético, tais como valores,
deveres, liberdade, vontade, desejo, consciência, responsabilidade, autonomia,
meios e fins.
36. Entenda os conceitos de moral e de ética, ponderando sobre a importância
da constituição de valores e normas para a vida em sociedade.
37. Problematize os temas da formação ética e da formação moral dos sujeitos.
38. Compreenda, do ponto de vista filosófico, a constituição das normas e dos
valores.
39. Reflita sobre as questões da moral autônoma e da moral heterônoma,
identificando os elementos que as condicionam.
40. Diferencie, no campo ético, a vivência baseada na autonomia do sujeito e a
vivência com base na heteronomia.
Ética e Moral, Ética e
violência, pluralidade ética.
41. Compreenda os parâmetros éticos observáveis na realidade presente,
relacionando-os com as construções de novas identidades.
Ética e Moral, Ética e
violência
42. Analise a temática da construção e desconstrução das dimensões éticas e
morais do sujeito na modernidade e contemporaneidade.
196
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Pluralidade ética
43. Compreenda a importância e o sentido da pluralidade ética no mundo
contemporâneo, relacionando-a com o respeito às diversas identidades sociais e
culturais.
Razão, desejo e vontade. 44. Reconheça as relações intrínsecas entre desejo, vontade e razão para a
determinação do agir moral.
Liberdade, autonomia do
sujeito e a necessidade das
normas.
46. Identifique os fundamentos éticos presentes nas relações políticas e
problematize os pontos conflitantes desta relação.
Liberdade, autonomia do
sujeito e a necessidade das
normas.
47. Entenda as interligações e as contradições entre a autonomia e liberdade dos
sujeitos e as normas éticas.
Liberdade, autonomia do
sujeito e a necessidade das
normas.
48. Reflita sobre o problema da liberdade.
Liberdade, autonomia do
sujeito e a necessidade das
normas.
49. Compreenda o princípio ético da responsabilidade, relacionando-o com as
ações, as escolhas e a liberdade dos sujeitos.
V - CONTEÚDO ESTRUTURANTE FILOSOFIA POLÍTICA
Conteúdo(s) Básico(s) Expectativas
Relação entre
comunidade e poder,
política e ideologia.
50. Produza, de forma filosófica, interpretações sobre o fenômeno do
poder, tanto em sentido amplo, quanto nas suas expressões cotidianas.
Relação entre
comunidade e poder.
51. Reconheça a importância da política e sua relação com o exercício
do poder. 52. Reconheça e entenda como se processam as relações de
poder, sobretudo nos campos da ideologia, da economia e das relações
familiares e comunitárias.
Liberdade e igualdade
política.
53. Problematize, no campo da política, o conceito de liberdade.
54. Problematize, no campo da política, o conceito de igualdade.
55. Reflita sobre os conceitos de liberdade e de igualdade,
compreendendo seu alcance no universo mais amplo das relações
políticas.
56. Compreenda, de forma filosófica, o conceito de justiça e suas
expressões nos campos político, social e das relações pessoais.
57. Compreenda o papel da autoridade nos diversos sistemas políticos.
Política e ideologia.
58. Investigue o conceito de poder político, amparado em concepções
filosóficas.
59. Desenvolva a compreensão, do ponto de vista da Filosofia, em
relação aos modelos tradicionais de organização política.
60. Relacione política e ideologia.
61. Reconheça os mecanismos pelos quais são estabelecidas as relações
de poder e os mecanismos que estruturam e legitimam os diversos
sistemas políticos.
62. Entenda o papel desempenhado pelos mecanismos de massificação
na elaboração de ideologias e na configuração do pensamento e do
comportamento dos sujeitos.
197
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Esferas pública e privada
63. Faça a distinção entre as estruturas e relações presentes nas esferas
pública e privada. 64. Pondere acerca das interfaces entre os domínios do
público e do privado, relacionando-as ao individualismo, à tomada de
consciência de si pelos sujeitos e à constituição da consciência social.
Cidadania formal e/ou
participativa.
65. Identifique e compreenda fatores que alicerçam formas de
organização política contrárias ou contraditórias ao exercício da
democracia.
66. Reflita sobre a diferença entre democracia formal (também
denominada incompleta) e democracia substantiva (também denominada
completa e efetiva), relacionando as características destas duas
tipificações à realidade presente.
67. Elabore análises sobre os limites e as possibilidades da participação
dos diversos grupos sociais nas decisões políticas.
68. Problematize o conceito e os sentidos atribuídos ao termo cidadania.
69. Analise, do ponto de vista da democracia, os limites do modelo de
representação política, amparado em produções filosóficas
contemporâneas.
Cidadania formal e/ou
participativa, liberdade e
igualdade política.
70. Compreenda os elementos que configuram a política no Estado
Contemporâneo, tais como a virtualização de capitais, a expansão das
cadeias produtivas, a velocidade de circulação de informações, entre
outros.
VI - CONTEÚDO ESTRUTURANTE FILOSOFIA DA CIÊNCIA
Conteúdo(s) Básico(s) Expectativas
Concepção de Ciência,
contribuições e limites da
Ciência.
71. Compreenda o que é Ciência, suas metodologias de investigação,
suas possibilidades e seus alcances e limites.
72. Investigue as diversas concepções de Ciência e discuta o problema
da demarcação entre Ciência e Filosofia.
Concepção de Ciência.
73. Compreenda o que é Filosofia da Ciência, identificando seu campo
de reflexão e seus principais problemas.
74. Diferencie filosoficamente ciência e técnica.
75. Diferencie, no campo da linguagem, discursos científicos e discursos
filosóficos.
A questão do método
científico.
76. Compreenda as linhas gerais do pensamento de filósofos clássicos e
contemporâneos que investigaram ou investigam o problema do
conhecimento científico e da ciência.
77. Discuta a respeito do problema do método que deve direcionar a
pesquisa científica.
Contribuições e limites da
Ciência, concepção de
Ciência.
78. Identifique, do ponto de vista epistemológico, as rupturas e
mudanças de paradigmas relacionados à evolução da Ciência.
79. Problematize as ratauências dos avanços científicos e tecnológicos.
Contribuições e limites da
Ciência.
80. Analise filosoficamente o processo de construção e especialização da
Ciência.
81. Apresente capacidade de análise e crítica sobre os limites
gnosiológicos, éticos e técnicos do conhecimento científico.
198
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
82. Compreenda as contribuições da Ciência, bem como reflita acerca de
seus limites e de suas implicações sobre a natureza e a sociedade.
Contribuições e limites da
Ciência, Ciência e
Ideologia e Ciência e
Ética
83. Reflita sobre as contribuições e limites do conhecimento científico e
sua relação com o poder, a ideologia e a Ética.
Ciência e Ideologia. 84. Analise as relações entre Ciência e poder. 85. Analise criticamente a
produção científica em relação à ética, à política e à ecologia.
Ciência e Ética.
86. Identifique interesses políticos e econômicos no campo da Ciência,
sobretudo no que tange às prioridades de financiamento para a pesquisa
científica.
87. Reconheça conceitos fundamentais da bioética e identifique suas
implicações éticas, políticas e sociais.
88. Identifique o movimento de constante evolução e sofisticação
científica, avaliando suas implicações nos diversos setores da vida social
e no âmbito da natureza
VII- CONTEÚDO ESTRUTURANTE ESTÉTICA
Conteúdo(s) Básico(s) Expectativas
Natureza da Arte.
89. Conceitue Arte, identificando, historicamente, aspectos relativos à
sua natureza e ao papel que as manifestações artísticas assumem nas
diversas dimensões humanas.
Estética e sociedade 90. Compreenda os problemas da relação entre meios de comunicação e
concepções estéticas.
Filosofia e Arte
91. Identifique e utilize os conceitos e categorias estéticas
tradicionalmente referenciados na história da Filosofia, tais como: o belo
e a beleza, o sublime, o gosto, o senso estético, o grotesco, o trágico, o
cômico e a contemplação. 92. Reflita sobre a natureza e a função da
Arte.
Categorias estéticas.
93. Diferencie o conceito de belo do juízo de gosto. 94. Reconheça a
possibilidade de apreensão da realidade pela sensibilidade, considerando
processos intelectivos que presumem a mobilização dos sentidos, tais
como a intuição, a imaginação, a contemplação e a fruição.
95. Relacione os padrões estéticos às ideologias dominantes.
96. Identifique, no cotidiano, a massificação de produtos culturais
(literários, musicais, teatrais, visuais, televisivos, etc.) e diferencie esse
fenômeno da produção e expressão artística e cultural propriamente dita.
97. Reflita sobre os modelos de beleza difundidos pelos meios de
comunicação social.
98. Entenda a crítica ao fenômeno da massificação cultural.
99. Reflita sobre as discussões filosóficas contemporâneas acerca da
cultura erudita, cultura popular, cultura de massa e da indústria cultural.
ENSINO MÉDIO
1º ANO
199
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Conteúdo Estruturante: Mito e Filosofia
Conteúdo Básico
● Saber mítico;
● Saber filosófico;
● Relação Mito e Filosofia;
● Atualidade do mito;
● O que é Filosofia?
Conteúdo Estruturante: Teoria do Conhecimento
Conteúdo Básico
● Possibilidade do conhecimento;
● As formas de conhecimento;
● O problema da verdade;
● A questão do método;
● Conhecimento e lógica.
2º ANO
Conteúdo Estruturante: Ética
Conteúdo Básico
● Ética e moral;
● Pluralidade ética;
● Ética e violência;
● Razão, desejo e vontade;
● Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das Normas;
Conteúdo Estruturante: Filosofia Política
Conteúdo Básico
200
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
● Relações entre comunidade e poder;
● Liberdade e igualdade política;
● Política e Ideologia;
● Esfera pública e privada;
● Cidadania formal e/ou Participativa;
3º ANO
Conteúdo Estruturante: Filosofia da Ciência
Conteúdo Básico
● Concepções de ciência;
● A questão do método Científico;
● Contribuições e limites da Ciência;
● Ciência e ideologia;
● Ciência e ética;
Conteúdo Estruturante: Estética
Conteúdo Básico
● Natureza da arte;
● Filosofia e arte;
● Categorias estéticas – feio, Belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto
etc.
● Estética e sociedade;
4. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A Diretriz de Filosofia propõe quatro passos para orientar o professor no
trabalho escolar, tais passos devem ser tomados numa perspectiva dialética para um
201
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
ensino significativo, que contemple a formação cidadã e democrática. Para tanto, é
possível viabilizar interfaces com as outras disciplinas para a compreensão do mundo
da linguagem, da literatura, da história, das ciências e das artes, dialogando
criticamente com todos os conceitos. A Diretriz propõe ao professor relacionar os
conteúdos estruturantes e básicos com os problemas vivenciados pelos alunos, para
que na investigação o estudante perceba como tais problemas foram resolvidos na
história da filosofia como auxílio de textos filosóficos. A leitura do texto de vedar
subsídios para que o aluno possa pensar o problema, pesquisar, fazer relações, criar
conceito se desenvolver o exercício do próprio pensamento, isto é, problematizar
filosoficamente situações da vida atual, sem doutrinação, dogmatismo e niilismo.
Mobilização para o conhecimento:
É o momento de “ganhar” os alunos para estudar o tema proposto.
Normalmente os alunos se apresentam em posição de desconfiança em relação ao que
o professor propõe, mas se o tema for apresentado nas perspectivas da mobilização,
penso que é possível iniciar um processo de ensino significativo. É interessante iniciar
tal processo com uma música; uma figura; um vídeo; um poema; uma brincadeira; um
jogral. Enfim, algo que seja convidativo para o início de uma aprendizagem.
Problematização
Esse é um passo central na aprendizagem, pois inicia com um problema e/ou
problematização. Isso significa que o convite realizado na mobilização passa
necessariamente por um processo de questionamento. O professor instiga os alunos a
proporem problemas para investigar. São esses questionamentos que vão nortear os
passos seguintes. (exemplo: Porque o Mito serviu como a primeira forma para homem
explicar a realidade?)
Investigação
Aqui o papel do professor é central, pois é ele que vai auxiliar os alunos a
avançarem no conceito e no entendimento filosófico do estudo. Aqui se deixar o aluno
202
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
por conta, corre-se o risco de ficar na superficialidade. Promova formas dos alunos se
expressarem nesse momento. Assim, cabe ao professor proporcionar um ambiente
propício a partir da realidade em que se encontra o aluno para iniciar sua prática
docente.
Criação de conceitos
Esse processo só ocorrerá a partir do trabalho realizado na “Investigação”, aqui
nunca será possível saber de fato o quanto o aluno avançou no conceito, mas ele pode
dar algumas dicas nas brincadeiras, na sala quando se possibilita o momento, etc. e
até mesmo na avaliação.
Outra possibilidade é o professor trabalhar princípios que estruturam a
pedagogia histórico-crítica desenvolvidas por João Luiz Gasparin: Prática social inicial
do conteúdo, problematização, instrumentalização, catarse e prática social final do
conteúdo (GASPARIN, 2007, p.9). Tal proposta metodológica corrobora com a descrita
na Diretriz de Filosofia, conforme apresentado acima. Nesse sentido, o conteúdo
filosófico trabalhado em sala de aula será abordado a partir da necessidade do aluno.
Nesse sentido, as aulas poderão ser desenvolvidas por meio de: Dinâmica de
integração; Aula expositiva dialogada a partir do livro didático fornecido aos alunos.
Quando for possível, a sala será organizada em semicírculo para melhor contato com
os alunos; Usar os recursos da TV pendrive; Aula na biblioteca organizada em duplas
e/outro para pesquisa e conceituação, pois além de facilitar no diálogo a compreensão
dos conceitos, ele mesmo inconsciente, estará aprendendo a arte pesquisa
bibliográfica; Aula na sala de informática para desenvolver o processo de pesquisa e
aprofundar temas; Quando for possível as aulas poderão ocorrer no pátio da escola
aproveitado do espaço físico para trabalhar conteúdos específicos; poderão ser
utilizados documentários, filmes e músicas.
Em atendimento à instrução 009/2011, os seguintes conteúdos serão
trabalhados obrigatoriamente pela instituição de ensino: História e Cultura afro-
brasileira, africana e indígena (Lei nº 11.645/08); História do Paraná (Lei nº13381/01);
Música (Leinº11.769/08); Prevenção a o uso indevido de drogas e sexualidade
203
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
humana; Educação Ambiental (Lei nº 9.795/99) Dec.4.201/02; Educação Fiscal;
Enfretamento à violência contra a Criança e ao Adolescente ( Lei Federal nº 11.525/07);
Educação Tributária Dec. nº 1.143/99, portaria nº 413/02,serão abordados de forma
contextualizada e relacionadas aos conteúdos de ensino de Filosofia, sempre que for
possível a articulação entre os mesmos.
Conformedeterminaleinº.11645/08, que trata da obrigatoriedade do ensino da
história e cultura afro-brasileira, africana e indígena, na disciplina de Filosofia o
professor abordará a temática a partir dos conteúdos específicos demonstrando o
diálogo do conteúdo filosófico com o conteúdo de cultura afro-brasileira e indígena.
5. PROCESSO DE AVALIAÇÃO
Segundo Vasconcellos (1999, p. 43), “avaliação é um processo abrangente da
existência humana, que implica uma reflexão crítica sobre a prática, no sentido de
captar seus avanços, suas resistências, suas dificuldades e possibilitar uma tomada e
decisão sobre o que fazer para superar os obstáculos”. Nesse sentido, a avaliação é
uma busca de alternativas para que ocorra um verdadeiro processo de ensino-
aprendizagem.
A avaliação é o aspecto mais difícil em todas as áreas. O que avaliarem filosofia
e como? A Diretriz propõe que se siga quatro pressupostos:
• qual discurso tinha antes;
• qual conceito trabalhou;
• qual discurso tem após;
A proposta de trabalho de avaliar ocorrerá no sentido de contribuir tanto para o
professor, possibilitando avaliar a própria prática, como para o desenvolvimento do
aluno, permitindo-lhe perceber seu próprio crescimento e sua contribuição para a
204
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
coletividade. Será, portanto, de caráter diagnóstico e processual, podendo ser
adotados como instrumentos, além da autoavaliação:
● Produção de texto/redação individual e/ou dupla em sala e/ou extraclasse
para que o aluno demonstre a apreensão e o domínio dos conceitos
filosóficos trabalhados e os relacione com o cotidiano vivido;
● Atividades em sala e participação nas discussões se reflexões sobreo tema
de estudo;
● Avaliação bimestral individual de caráter reflexivo;
● Para a recuperação paralela o professor adotará os critérios estabelecidos
pelo estabelecimento de ensino.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. 4aed. São Paulo: Martins Fontes,
2000.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando:
Introdução à filosofia. 2a ed. São Paulo: Moderna,1993.
ASPIS, R. O professor de filosofia: o ensino da filosofia no ensino médio como
experiência filosófica. In: Cadernos CEDES, n.º 64. A Filosofia e seu ensino. São
Paulo: Cortez,2004.
BUZZI, Arcângelo. Filosofia para principiantes: a existência humana no mundo.6a
ed. Petrópolis: Vozes,1997.
CHÂTELET, F. História da Filosofia, ideias e doutrinas o século XX. Rio de
Janeiro: Zahar, s/d, 8vol.
CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática,1995.
CHAUI, Marilena. Filosofia, Série Novo Ensino Médio, São Paulo, Ática,2004
205
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia: História e Grandes Temas. São
Paulo:Saraiva,2005.
COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia: História e Grandes Temas. São
Paulo:Saraiva,2005.
FOLSCHEID, Dominique; WUNEMBURGER, Jean-Jacques. Metodologia Filosófica.
São Paulo: Martins Fontes,1999.
GALLO, S.; KOHAN, W. (Orgs) Filosofia no ensino médio. Petrópolis: Vozes,2000.
JAPIASSÚ, Hilton e MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de Filosofia. 4.ed.
Rio de Janeiro. Jorge Zahar Ed.,2006.
KOHAM&WAKSMAN. Perspectivas atuais do ensino de Filosofia no Brasil. In:
PARANÁ, Inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira nos
currículos escolares. Curitiba,2005.
KOHAN, Walter O. (org.) Filosofia: Caminhos para seu Ensino. Rio de Janeiro:
Lamparina,2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da educação
básica: Filosofia. Curitiba: SEED, 2008.
POLO, Unidade Colégio Estadual – Regimento Escolar. Campo Mourão,2010.
POLO, Unidade Colégio Estadual–Projeto Político Pedagógico. Campo Mourão,
2010.
REALE, Giovanni. História da Filosofia. São Paulo: Paulus, 2003. (Vol. I, II e III, IV,
V, VI, VII).
REZENDE, Antônio(org.). Curso de Filosofia: para professor e seus alunos dos
cursos de segundo grau e de graduação. 13.ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.2005.
SCHIMDT, MARIA A.[org.], Diálogos e Perspectivas de Investigação, Coleção
cultura Escola e Ensino. Ed. Unijuí.
SEED, Departamento de Educação Básica. Caderno de expectativas de
aprendizagem. Curitiba, 2011.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Filosofia. São Paulo: Cortez,1993.
TOMELIN, Janes F. e TOMELIN, Karina N. Diálogos Filosóficos. 3. Ed. Blumenau.
Nova Letra,2007.
206
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras
da Educação Básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. Filosofia. Curitiba:
Seed/DEB, 2008.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FÍSICA
1 - APRESENTAÇÃO
A física permite-nos conhecer as leis gerais da natureza que regulam o
desenvolvimento dos processos que se verificam, tanto no universo circundante como no
universo geral. O objetivo da física consiste em descobrir as leis gerais da natureza e
esclarecer, com base nelas, processos concretos. Os cientistas, à medida que se
aproximavam desse objetivo, iam compreendendo melhor o panorama grandioso e
complexo da unidade universal da natureza. O universo não é um conjunto simples de
acontecimentos independentes, mas todos eles constituem manifestações evidentes do
universo considerado como um todo. O objetivo principal da ciência é buscar conhecer o
mundo e as leis que o regem, por este motivo ela está presente em todas as civilizações,
porém em maior ou menor grau de desenvolvimento.
Espera-se que os educandos com os estudos da disciplina possam conhecer as
unidades e as relações entre as unidades de uma mesma grandeza física para fazer
traduções entre elas e utiliza-las adequadamente, construir sentenças ou esquemas para
a resolução de problemas; construir tabelas e transforma-los em gráficos, ler e interpretar
informações apresentadas em diferentes linguagens e representações técnicas, elaborar
relatórios analíticos, apresentando e discutindo dados e resultados, seja de experimentos
ou de avaliações críticas de situações, fazendo uso, sempre que necessário, da
linguagem física apropriada. Um dos cientistas que mais deixou descobertas
tecnológicas para a sociedade atual, foi Leonardo Da Vinci, que além de pintor era um
grande inventor, criando projetos de helicópteros, tanques de guerra, asa delta,
instrumentos musicais, salva vidas, etc.... Quando ele viveu em Milão, construiu um
207
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
sistema de abastecimento de água e esgoto, estudou perspectiva, ótica e anatomia.
A física é uma das principais ciências, responsável por todo o desenvolvimento
tecnológico desde o começo do mundo. Foi através da física que hoje temos carros,
aviões, helicópteros, telescópio, satélites, ônibus espacial, televisão, rádio, armas,
bombas, trens e muitas outras coisas, e é através da mesma que hoje estamos
melhorando essas descobertas, pois já temos metrôs que flutuam devido ao magnetismo,
temos aviões muito mais rápidos e confortáveis. Devemos lembrar que é devido à física
que descobrimos os movimentos da Terra e assim estabelecemos um sistema de horas
para dividir nosso tempo, e é através dela que podemos estudar outros planetas, galáxias
e estrelas.
Quando observamos a História, percebemos que a física sempre esteve presente,
talvez de modos diferentes, mas, a partir do momento em que o homem começou a
observar a natureza que o envolvia e procurou entendê-la, a física se desenvolveu
grandemente. Um dos primeiros homens que começou a compreender isto, e contribuiu
muito para sua sociedade e o mundo, foi Arquimedes. Ele estudou, descobriu e
formalizou as leis da mecânica, tendo inventado o sistema de roldanas, a alavanca e
muitas outras máquinas. Querendo demonstrar o poder da alavanca, ele disse: "Dêem-
me um outro lugar onde eu possa colocar-me, e uma alavanca de tamanho adequado, e
eu deslocarei a terra". Foi baseado no princípio da alavanca que ele também criou a
catapulta, a qual ajudou muito seu povo em resistir à invasão dos romanos. Além disso,
ele descobriu os princípios da hidrostática, no qual formulou o que é conhecido como
princípio de Arquimedes, que dizia que "todo corpo mergulhado num fluído, recebe um
impulso de baixo para cima igual ao peso do volume do fluído deslocado", explicando o
porquê os corpos mais densos afundam na água e os menos densos flutuam.
Também existiram outros gregos, como Heron, o qual propôs os princípios da
pneumática, Ptolomeu, que foi o responsável pelos estudos da óptica geométrica. E foi
devido a todo este desenvolvimento que a Grécia se tornou uma potência de sua época,
porém devemos lembrar que foi esta mesma ciência que causou sua queda.
Durante o renascimento, pouco desenvolvimento ocorreu nas ciências, porém um
208
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
grande nome da renascença, foi Galileu Galilei, que foi um dos primeiros cientistas a levar
a experimentação as suas conclusões. Ele estabeleceu a lei da queda dos corpos,
afirmando que "quando um corpo cai livremente, sua aceleração é constante, e é a
mesma para todos os corpos, leves ou pesados, pequenos ou grandes". A história diz
que ele provou isto deixando cair livremente dois corpos diferentes da torre de Pisa. Na
astronomia, ele foi o primeiro homem a observar o céu com um telescópio, concluindo
que todos os outros astros são constituídos por substâncias iguais à do nosso planeta.
Ele era grande defensor do sistema heliocêntrico, proposto por Copérnico, segundo o
qual dizia que os planetas, inclusive a Terra, giram em torno do sol. Porém, foi no século
dezessete, que a física se impôs e desenvolveu-se grandemente com os estudos de
Isaac Newton. Suas principais contribuições estão no campo da matemática e no campo
da ciência natural, com desenvolvimento e sistematização da mecânica, a criação da
teoria da gravitação universal, o estudo e o estabelecimento de leis a respeito da refração
luminosa e a natureza corpuscular da luz.
Entretanto, foi no século dezenove que a ciência se desenvolveu numa velocidade
nunca antes visto, pois, as experiências se firmaram, surgiram grandes cientistas e o uso
tecnológico começou a desenvolver-se muito rápido. A indústria começou a se espalhar
pelo mundo e máquinas começaram a substituir os homens. Foi o desenvolvimento desse
século que começaram a determinar quais eram os países mais desenvolvidos. No século
vinte, a rapidez do desenvolvimento da ciência, está evidente. Existe um número bem
maior de cientistas, os meios de comunicação estão em todo o mundo, a sofisticação
está tomando conta da tecnologia e percebe-se que a ciência controla um grande
mercado financeiro, gerando grande capital para as nações que a tem em
desenvolvimento. E para que uma nação se desenvolva, é necessário ter ciência, e para
ter ciência, deve ter uma educação capaz de proporcionar pessoas bem intelectuais e
que querem melhorar o mundo em que vivem, pois todos os cientistas citados nesta obra,
tiveram uma educação muito "forte". E os cientistas atuais estão preocupados em como
os países estão investindo em sua educação, pois só assim a ciência poderá se
desenvolver.
209
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
2 - OBJETIVO GERAL
Possibilitar a estudante uma reflexão crítica sobre o mundo das ciências;
educando-os para cidadania, considerando a dimensão crítica do conhecimento científico
sobre o Universo de fenômenos e a não-neutralidade da produção desse conhecimento,
mas seu comprometimento e envolvimento com aspectos sociais, políticos, econômicos
e culturais.
3- CONTEÚDOS
Os conteúdos estruturantes e básicos servem para orientar o trabalho docente,
através dele o educador pode planejar as aulas de forma a otimizar o processo ensino
aprendizagem, também para a orientação de métodos a serem adotados.
Os conteúdos estruturantes e básicos a serem trabalhados em física seguem
abaixo. Os conteúdos trabalhados serão flexibilizados aos educandos com NEE
(necessidades educacionais especiais) no âmbito da temporalidade, na essência dos
conteúdos e no momento da avaliação.
ESTRUTURANTES BÁSICOS
Movimento
- Momentum, Inércia e a conservação do
Momentum;
- Variação da quantidade de movimento =
Impulso e a 2ª Lei de Newton;
- Gravidade; - 3ª Lei de Newton e
Condições de equilíbrio;
- Energia e o Principio da Conservação da
Energia; - Fluidos; - Oscilações.
Termodinâmica
- Lei zero da Termodinâmica;
- 1ª Lei da Termodinâmica;
- 2ª Lei da Termodinâmica;
210
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
ESTRUTURANTES BÁSICOS
- Entropia e a 3ª Lei da Termodinâmica.
Eletromagnetismo
- Eletrostática
- Eletrodinâmica
- Eletromagnetismo
- Luz
4 - ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO E RECURSOS DIDÁTICOS
Buscar-se-á estratégias que provoquem a participação constante dos alunos,
despertando a interação aluno – aluno, aluno – professor versus conhecimento partindo
do saber do aluno, problematizando este para despertar a busca de instrumentos teóricos
– práticos para a construção de conhecimentos importantes para interferir na prática
social.
Os conteúdos de Física serão trabalhados de forma contextualizada, para a
formação de conceitos, contemplando os conhecimentos trazidos pelos alunos, fazendo
com que os mesmos entendam a matemática como instrumento para compreender e
solucionar os problemas do cotidiano.
Os conteúdos serão trabalhados com aulas expositivas, resolução e correção de
exercícios para eliminar dúvidas, lista de exercícios complementares, material concreto,
pesquisas de campo, bem como o uso de recursos áudio visuais como laboratório de
informática e a tv pendrive para a apresentação de conteúdos.
As aulas serão desenvolvidas respeitando as diferenças e valorizando a
singularidade de cada educando.
Nesta proposta, para o encaminhamento metodológico, há necessidade de
considerar as especificidades e preocupação em atender os alunos com necessidades
educacionais especiais e à diversidade social, econômica e cultural existente na escola,
para a inclusão social de todos os indivíduos. Para essa efetivação, deverá ocorrer em
211
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
sala de aula, a adaptação curricular necessária, observando a flexibilização e a
temporalidade nos conteúdos, objetivos e estratégias metodológicas
Conforme determina lei nº. 11.645/08, que trata da obrigatoriedade do ensino da
história e cultura afro-brasileira, africana e indígena, na disciplina de (DISCIPLINA) o
professor abordará a temática a partir dos conteúdos específicos demonstrando o diálogo
do conteúdo filosófico com o conteúdo de cultura afro-brasileira e indígena, propostos
pela própria Lei.
Em atendimento à instrução 009/2011, os seguintes conteúdos serão trabalhados
pela instituição de ensino: História e Cultura afro-brasileira, africana e indígena (Lei nº
11.645/08); História do Paraná (Lei nº 13381/01); Música (Lei nº 11.769/08); Prevenção
ao uso indevido de drogas e sexualidade humana; Educação Ambiental (Lei nº 9.795/99)
Dec.4.201/02; Educação Fiscal; Enfretamento à violência contra a Criança e ao
Adolescente ( Lei Federal nº 11.525/07); Educação Tributária Dec. nº 1.143/99, portaria
nº 413/02; Resolução nº 1, de 30 de maio de 2012, que estabelece Diretrizes Nacionais
para a Educação em Direitos Humanos, serão abordados de forma contextualizada e
relacionadas aos conteúdos específicos da disciplina, sempre que for possível a
articulação entre os mesmos, demonstrando diálogo pedagógico com o conteúdo
proposto pela própria Lei. Estes temas e desafios educacionais contemporâneos
(Educação Ambiental, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência nas escolas,
Prevenção ao uso indevido de drogas e sexualidade) serão contemplados à medida que
o conteúdo da disciplina permitir contemplá-los, fazendo a contextualização sócio
histórica e cultural, considerando na concepção de conhecimento, as dimensões
científicas e artísticas, além da filosófica, condizendo com as DCE.
Nesta perspectiva, deve acontecer a preocupação em atender os alunos com
necessidades educacionais especiais e à diversidade social, econômica e cultural
existente na turma, para a inclusão social de todos os indivíduos bem como promover a
Educação em Direitos Humanos, um dos eixos fundamentais do direito à educação, que
refere-se ao uso de concepções e práticas educativas fundadas nos Direitos Humanos e
212
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
em seus processos de promoção, proteção, defesa e aplicação na vida cotidiana e cidadã
de sujeitos de direitos e de responsabilidades individuais e coletivas.
5 - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO / RECUPERAÇÃO
A avaliação tem função diagnóstica, formativa e somativa, ocorrem em espaços e
tempos diferenciados do Ensino Regular. Na maioria das vezes é feit de forma
individualizada, pois a abordagem dos conteúdos, no Atendimento Individual, ocorre em
tempos diferentes para cada aluno. No Atendimento Coletivo, o professor também
precisa ter um olhar diferenciado para este público, tendo em vista que muitos alunos são
trabalhadores e nem sempre podem estar presente no dia em que ficou definido para
avaliação.
A quantidade de registro é definido de acordo com a carga horária da disciplina e
para chegar ao resultado final, o professor, utilizará de diferentes instrumentos
avaliativos.
Os objetivos referentes aos conteúdos, serão adequados sempre que houver
necessidade de ajustes para que o aluno com necessidades educacionais especiais
(NEE), tenha acesso e assimilação de igual forma a dos outros educandos
A avaliação será realizada de modo a contemplar os diferentes momentos do
processo de ensino e aprendizagem e sendo coerente com a proposta pedagógica da
escola e com a metodologia utilizada. Assim deve servir como instrumento que orienta a
prática do professor e possibilitar ao educando uma aprendizagem sólida e significativa.
A avaliação será feita de uma forma contínua cumulativa e global focada no
processo de ensino-aprendizagem e não apenas no aluno.
Na avaliação do processo ensino aprendizagem será considerado: a avaliação dos
próprios alunos sobre o quanto aprenderam e sobre suas dificuldades nesse
213
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
aprendizado. Também será considerado o resultado global dos alunos aferidos nas
diversas atividades realizadas.
No processo de uma inclusão social responsável e cidadã, a avaliação da
aprendizagem deve garantir qualidade e atendimento aos alunos com necessidades
educacionais especiais e à diversidade social, econômica e cultural, buscando respeitar
as diferenças e os direitos humanos individuais a partir da flexibilização do currículo e
adaptação de temporalidade na execução.
Serão oportunizadas no mínimo 3 (três) avaliações diferenciadas, somatórias,
totalizando 10,0 pontos de avaliação formal, sendo que a divisão dos valores ficará a
critério do professor. A Recuperação Paralela de Estudos, Conteúdos e Notas, no mínimo
2 (duas), será oferecida aos alunos que não atingirem 60% (sessenta por cento) do valor
de cada avaliação, totalizando 100% (cem por cento) de recuperação, em conformidade
com o Projeto, Político Pedagógico, a Proposta Pedagógica Curricular e o Regimento
Escolar, as quais deverão ser registradas no Livro Registro de Classe (LRC) ou do
Registro de Classe Online (RCO).O quadro abaixo apresenta os instrumentos e critérios
de avaliação observando e respeitando as diferenças e valorizando a singularidade de
cada educando.
INSTRUMENTOS
DE AVALIAÇÃO CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Pesquisa de Campo
- registrar informações, no local de pesquisa;
- organiza e examina os dados coletados, conforme
orientações;
- apresenta sua compreensão a respeito do conhecimento
construído;
- atende ao que foi solicitado como conclusão do trabalho.
Trabalho em Grupo - interage com o grupo;
214
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
INSTRUMENTOS
DE AVALIAÇÃO CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
- compartilha o conhecimento;
- demonstra os conhecimentos formais da disciplina;
- compreende a origem da construção histórica dos
conteúdos trabalhados e sua relação com a
contemporaneidade e o seu cotidiano.
Questões Objetivas
- realiza leitura compreensiva do enunciado;
- demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do
conteúdo;
- utiliza de conhecimentos adquiridos.
Pesquisa
bibliográfica
- a contextualização, identifica a situação e o contexto com
clareza;
- ao problema, apresenta de forma clara, o tema levantado,
delimitando o foco da pesquisa na busca de solução;
- a justificativa, aponta argumentos sobre a importância da
pesquisa.
6 - REFERÊNCIAS
LDB - Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LEI No
. 9.394, de 20 de
dezembro de 1996. D.O. U. de 23 de dezembro de 1996. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Livro Didático Público. Física. Vários autores. Secretaria de Estado da Educação - SEED: Curitiba, 2006. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes curriculares da educação especial para a construção de Currículos inclusivos. Secretaria de Estado da Educação - SEED: Curitiba, junho de 2006.
215
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Física. Curitiba, 2008 PPP – Projeto Político Pedagógico: Colégio Estadual Unidade Polo – EFMP. Disponível em <http://www.cpmunidadepolo.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/ conteudo.php?conteudo=13>. Direitos humanos: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias =10889-rcp001-12&Itemid=30192 Regimento Escolar: Colégio Estadual Unidade Polo – EFMP. Disponível em: http://www.cpmunidadepolo.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=7
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA 1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Desde a antiguidade os grupos humanos precisam criar estratégias para se
relacionarem com a natureza. Para os povos caçadores e coletores, a interpretação
dos fenômenos naturais lhes garantia a sobrevivência, portanto era fundamental a
observação da dinâmica das estações do ano e o conhecimento do ciclo reprodutivo
da natureza. Para os povos navegadores e predominantemente pescadores, conhecer
a direção e a dinâmica dos ventos, o movimento das marés e as correntes marítimas
lhes favoreceu, assim como para os primeiros povos agricultores, entender o clima e a
alternância entre períodos secos e chuvosos, foi essencial. Através desses
conhecimentos, os seres humanos conseguiram se relacionar com a natureza e
modificá-la de acordo com o seu interesse.
Na antiguidade muito se avançou na elaboração dos saberes geográficos.
Ampliaram-se os conhecimentos sobre a relação dos seres humanos com a natureza,
extensão e características físicas e humanas dos territórios. Estudos descritivos das
216
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
áreas conquistadas, de informações sobre a localização, o acesso e as características
das cidades e regiões dos impérios, eram conhecimentos fundamentais para suas
organizações políticas e econômicas.
Ao longo dos anos, desenvolveram-se outros conhecimentos como a
elaboração de mapas, discussões a respeito das características do Planeta, da
distribuição de terras e águas, cálculos sobre latitude, definições climáticas eoutros. O
ensino da geografia já esteve focado na descrição do espaço, na formação e
fortalecimento do nacionalismo, para a consolidação do Estado Nacional brasileiro,
principalmente nos períodos dos governos autoritários. Esse modo de ensinar ficou
conhecido como Geografia Tradicional e prevaleceu até o início dos anos de 1980.
A geografia enquanto disciplina isolada não pode abarcar a totalidade dos
fenômenos físicos, biológicos e humanos que ocorrem sobre a superfície terrestre.
Enquanto a geografia humana procura se aproximar das ciências sociais, a geografia
física se volta para os métodos de análise das ciências naturais. O desafio é integrar
essas duas áreas de conhecimento numa perspectiva de construção deum
pensamento interdisciplinar que contemple as noções de espaço, tempo e lugar, no
Brasil e no mundo e o estudo das transformações contemporâneas.
A partir do processo de ensino-aprendizagem da disciplina de geografia,
pressupõe-se que o aluno consiga se localizar no espaço, se posicionando deforma
crítica e construtiva diante de sua realidade, compreendendo a necessidade de
preservar os recursos naturais e utilizando-os de forma consciente. O aluno deverá
também se posicionar diante das novas tecnologias, tornando-se um cidadão que
exerça corretamente o seu papel na sociedade e para tanto, é necessário que ele saiba
ler, interpretar mapas, gráficos e tabelas.
Durante o desenvolvimento dos conteúdos propostos para as aulas de
geografia, sempre que houver oportunidade, de acordo com as leis nº 10.639/03,
11.645/08, 9795/99 e 12.986, o professor deverá introduzir os chamados "desafios
educacionais contemporâneos", como cultura afro brasileira e indígena, educação
217
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
fiscal, agenda 21, enfrentamento à violência nas escolas, direitos humanos, e
prevenção ao uso indevido de drogas e gênero. Os desafios contemporâneos devem
estar no contexto do assunto trabalhado pelo professor, caso contrário o aprendizado
será fragmentado e a geografia não terá cumprido seu papel social.
Atualmente, a forma como a geografia é ensinada nas escolas proporciona aos
alunos, maior participação nas aulas, pois os conteúdos são abordados de maneira
mais fácil de serem compreendidos, sendo relacionados com seu cotidiano, para formar
cidadãos mais críticos, preparados para se orientarem no espaço, conquistarem seu
lugar na sociedade, respeitando e preservando o ambiente em que vivem.
Para tanto é interessante a utilização da Metodologia da Mediação Dialética
(M.M.D), onde se trabalha o cotidiano do educando (senso comum), valorizando seu
conhecimento inicial (resgatando) e introduzindo o conteúdo científico nas etapas
seguintes (ARNONI, 2004).
2.CONTEÚDOS ESTRUTURANTES /BÁSICOS
6ºANO
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão sócioambiental do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
● Formação e transformação das paisagens naturais e culturais;
● Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração
e produção;
● A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais;
● A distribuição espacial das atividades produtivas e a reorganização do espaço
geográfico;
● As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista;
● A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos
218
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
da população;
● A mobilidade populacional e as manifestações sócio espaciais da diversidade
cultural;
● As diversas regionalizações do espaço geográfico.
7º ANO Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão sócioambiental do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
● A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro;
● A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração
e produção;
● As diversas regionalizações do espaço brasileiro;
● As manifestações sócio espaciais da diversidade cultural;
● A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos
da população;
● Movimentos migratórios e suas motivações;
● O espaço rural e a modernização da agricultura;
● A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização;
● A distribuição espacial das atividades produtivas, a reorganização do espaço
geográfico;
● A circulação da mão de obra, das mercadorias e das informações.
8º ANO Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão sócio ambiental do espaço geográfico
219
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
● As diversas regionalizações do espaço geográfico;
● A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do
continente americano;
● A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do estado;
● O comércio em suas implicações socioespaciais;
● A circulação de mão de obra, do capital, das mercadorias e das informações;
● A distribuição espacial das atividades produtivas, a reorganização do espaço
geográfico;
● As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;
● O espaço rural e a modernização da agricultura;
● A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos
da população;
● As manifestações sócio espaciais da diversidade cultural;
● Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais;
● Os movimentos migratórios e suas motivações.
9º ANO Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão sócioambiental do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
● As diversas regionalizações do espaço geográfico;
● A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel doestado;
● A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da
produção;
● O comércio mundial e as implicações socioespaciais;
● A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território;
220
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
● A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos
da população;
● As manifestações sócias espaciais da diversidade cultural;
● Os movimentos migratórios e suas motivações;
● A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a
reorganização do espaço geográfico;
● A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração
e produção;
● O espaço em rede: produção, transporte, e comunicação na atual configuração
territorial.
1ªSÉRIE:
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão sócio ambiental do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
● A formação e transformação das paisagens.
● A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração
e produção.
● A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço
geográfico.
● A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
● A revolução técnico científica-informacional e os novos arranjos no espaço da
produção.
2ªSÉRIE: Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
221
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Dimensão sócio ambiental do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
● O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração
territorial.
● A circulação de mão de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.
● Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
● As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
● A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização recente.
● A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos
da população.
3ªSÉRIE Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão sócio ambiental do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
● Os movimentos migratórios e suas motivações.
● As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
● O comércio e as implicações socioespaciais.
● As diversas regionalizações do espaço geográfico.
● As implicações socioespaciais do processo de mundialização.
● A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
2. METODOLOGIA
A Geografia apresenta um duplo desafio: a integração às demais áreas do
conhecimento, na perspectiva da construção de um pensamento interdisciplinar, capaz
222
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
de superar a divisão entre as ciências e a discussão interna, acerca da relação entre
Geografia Humana e Geografia Física. O professor de Geografia deve entender o seu
papel no ensino, ter conhecimento profundo do campo do qual é especialista, pois é
ele que estabelecerá interfaces com as demais disciplinas.
O conteúdo da Geografia é o mundo, o espaço e sua dinâmica contínua. O
caminho do geógrafo precisa ser repensado e as alternativas para isso são múltiplas.
Quanto ao ensino, de nada adianta trabalhar sobre uma estrutura tradicional, se os
alunos são jovens que vivem num mundo, onde as mudanças ganham cada vez mais
velocidade e que quando adultos, viverão numa sociedade mais desafiadora. É preciso
romper com a atual estrutura e habilitá-los a pensar e a agir.
O ensino da Geografia é fundamental para que o aluno possa viver melhor em
sociedade; compreendendo o mundo, posicionando-se como a gente transformadora,
localizando-se no espaço, reconhecendo e transitando entre as diferentes escalas
espaciais, atuando criticamente e compreendendo a relação sociedade/ natureza. Os
conceitos de espaço geográfico, paisagem, região, lugar e território, são fundamentais
para que o aluno entenda essas escalas. Da observação do meio, da sua localização,
a Geografia levará o aluno a conhecer o ambiente que o rodeia e a buscar caminhos
para apropriação do domínio espacial.
No desenvolvimento dos conteúdos, o professor trabalhará no sentido de
constatar que a sociedade, ao ocupar um determinado lugar de acordo com seus
interesses e necessidades, vai modificar esse espaço, alterando assim a natureza.
Serão usados recursos e algumas práticas pedagógicas que facilitarão o
aprendizado, como: recursos áudio visuais (filmes, trechos de filmes, programas de
reportagem e imagens em geral (fotografias, slides, charges, ilustrações), jornais, smart
tv, relatórios, debates, seminários, interpretação de textos, projetos e pesquisas
bibliográficas, aula de campo, visitas à comunidade, e ao espaço físico da escola. A
partir da análise com os alunos, das mudanças ocorridas no seu meio, relacionando-
as com o estado de conservação e/ou de gradação da superfície terrestre, professor
223
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
deverá também, mostrar quais as mudanças que a natureza sofreu e qual o
aproveitamento que a sociedade faz da mesma.
Partindo do ponto de vista, de que vivemos em uma sociedade globalizada,
torna-se necessário que o aluno, apresentando ou não necessidades educacionais
especiais, seja preparado para enfrentar essa realidade de forma crítica e construtiva,
pois o conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar a todos os
alunos possibilidades de aprendizagem.
As ações de adequação/flexibilização a serem realizadas nos componentes
curriculares dessa disciplina serão realizadas a partir dos interesses e possibilidades
dos alunos matriculados em cada ano. Portanto, as decisões serão coletivas com os
professores de todas as disciplinas e a equipe pedagógica da escola, buscando,
quando necessário, o atendimento dos serviços educacionais especializados que
constituem a rede de apoio da Educação Especial no Paraná, conforme apresentado
nasDiretrizesCurricularesdaEducaçãoEspecialparaaConstruçãodeCurrículos
Inclusivos.
É fundamental que nas aulas de geografia sejam trabalhados os chamados "
desafios educacionais contemporâneos" como Cultura afro Brasileira e indígena, Lei
11.645/08; Educação Ambiental Lei 9795/99 Dec. 3201/02; os direitos humanos Lei
12.986/ 2014, sempre que houver possibilidade de abordagem dos mesmos.
3. AVALIAÇÃO
A avaliação é um momento de grande importância no processo ensino
aprendizagem. É necessário que esteja presente em todas as etapas, para que o aluno
e o professor percebam em que grau está envolvido. Sendo a avaliação um processo
permanente, torna-se necessário iniciá-lo mesmo antes de introduzir novos conteúdos
para avaliar os conhecimentos já adquiridos pelos alunos. Os alunos que apresentarem
224
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
dificuldade de aprendizagem, terão suas atividades adaptadas de acordo com a
necessidade apontada pela equipe pedagógica e professores da educação especial.
No que diz respeito ao ensino de Geografia, a avaliação deve ser
compreendida como um conjunto de ações organizadas com a finalidade de obter
informações sobre o que o aluno aprendeu, de que forma e em quais condições. Nesse
sentido as avaliações o correrão nas modalidades:
● Formal– acontece a cada instante da relação com os estudantes por meio de
diferentes instrumentos avaliativos;
● Contínua – permite avaliar o grau de aprendizagem do estudante ao longo do
período, neste caso, trimestralmente, de modo contínuo e cumulativo do
desempenho, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos;
● Diagnóstica – verifica como está o processo de construção do conhecimento, se a
metodologia oferece resultados efetivos e a partir destas constatações toma-se
decisões e promove mudanças em relação à continuidade do trabalho,
● Formativa – após avaliar o processo como um todo, o objetivo é sanar falhas e
atingir resultados positivos, priorizando sempre o repensar sobre as ações.
● Somativa – dá uma visão geral, de maneira concentrada, dos resultados obtidos no
processo de ensino e aprendizagem. Sua aplicação informa quanto ao nível de
aprendizagem alcançada; visa a atribuição de notas; fornece feedback ao aluno, de
forma que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos.
Sob esse enfoque, adota-se como princípio fundamental avaliar o que se
ensina, encadeando a avaliação no processo de ensino-aprendizagem, ou seja, parte-
se da avaliação inicial, retomando sempre que necessário o processo de
aprendizagem, até que se chegue à avaliação final. Para que se efetive essa proposta
avaliativa lançar-se-á mão de diferentes instrumentos e critérios de avaliação,
conforme segue:
1. Atividade de leitura – a avaliação de leitura possibilita ao professor verificar
a compreensão dos conteúdos abordados em aula e, nesse sentido, faz-se necessário
225
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
a escolha criteriosa do texto, o roteiro de análise e os critérios de avaliação, de forma
a permitira reflexão e a discussão, bem como a ampliação de conhecimento.
Critérios
Aluno:
● Compreende as ideias presentes no texto e interage com o texto por meio de
questionamentos, concordâncias ou discordâncias?
● Ao falar sobre o texto, expressa suas ideias com clareza e sistematizando o
conhecimento de forma adequada?
● Estabelece relações entre os textos e os conteúdos abordados nas aulas?
2- Projeto de Pesquisa Bibliográfica - a solicitação de uma pesquisa exige
enunciado claro e recortes precisos do que se pretende.
Critérios
O aluno quanto:
● À contextualização identifica a situação e o contexto com clareza?
● Ao problema, apresenta de forma clara, objetiva o tema levantado, delimitando o
foco da pesquisa na busca da resolução?
● A justificativa, aponta argumentos sobre a importância da pesquisa?
● O aluno, na escrita, remete-se aos textos lidos, por meio de citações ou paráfrases,
referenciando-os adequadamente?
3. Produção de Texto- a atividade de produção escrita deve considerara
característica dialógica e interativa da linguagem e o processo interlocutor. Portanto,
precisa ser relacionada ao que se escreve fora da escola, atendendo aos diferentes
gêneros textuais.
Critérios
Aluno:
● Produz textos atendendo às circunstâncias de produção (gênero, interlocutor,
226
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
finalidade, etc.)?
● Adequa a linguagem às exigências do contexto de produção, dando-lhe diferentes
graus de formalidade ou informalidade, atendendo especificidades da disciplina em
termos de léxico, de estrutura?
● Expressa as ideias com clareza (coerência e coesão)?
● Elabora argumentos consistentes?
● Estabelece relações entre as partes do texto?
● Estabelece relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la?
4. Palestra/Apresentação Oral - a atividade de palestra/apresentação oral
possibilita ao aluno demonstrar sua compreensão a respeito do conteúdo abordado,
bem como argumentar, organizar e expor suas ideias.
Critério
Aluno:
● Demonstra conhecimento do conteúdo?
● Apresenta argumentos selecionados?
● Demonstra sequência lógica e clareza na apresentação?
● Faz uso de recursos para ajudar na sua produção?
5. Atividades Experimentais – estas atividades requerem clareza no
enunciado e propiciam ao aluno criar hipóteses sobre o fenômeno que está
ocorrendo, levando em consideração as dúvidas, o erro, o acaso, a intuição, de forma
significativa. Nessa atividade, o aluno pode expressar sua compreensão do fenômeno
experimentado, do conceito a ser construído ou já construído, a qualidade da
interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre outras possibilidades.
Critérios:
O aluno ao realizar seu experimento:
● Registra as hipóteses e os passos seguidos?
227
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
● Demonstra compreender o fenômeno experimentado?
● Sabe usar adequadamente e de forma conveniente os materiais?
● Consegue utilizar apropriadamente o ambiente e os instrumentos necessários?
6. Projeto de Pesquisa de Campo – essa atividade exige um planejamento
prévio que demande a busca de informações nos lugares que se pretende trabalhar.
Nesse sentido, colabora para a construção de conhecimentos e formação dos alunos
como agentes sociais.
Critérios:
O aluno ao proceder sua pesquisa de Campo:
• Registra as informações no local de pesquisa?
• Organiza e examina os dados coletados conforme orientações?
• Apresenta sua compreensão a respeito do conhecimento construído, sua capacidade
de análise dos dados coletados e capacidade de síntese?
• Atende ao que foi solicitado como conclusão do projeto (relatório, elaboração de
croquis, produção de texto, cartazes, avaliação escrita, entre outros)?
7. O Relatório - é um conjunto de descrições e análise da atividade
desenvolvida, auxiliando no aprimoramento da habilidade escrita, possibilitando
ainda, a reflexão sobre o que foi realizado e a reconstrução deseuconhecimento.
O relatório deve apresentar quais dados ou informações foram coletadas ou
desenvolvidas e como esses dados foram analisados, bem como quais resultados
podem ser extraídos deles. São elementos do relatório: introdução, metodologia e
materiais, análise e considerações finais.
Critérios
Aluno:
● Apontando quais os objetivos da atividade, bem como a relevância do conteúdo
abordado faz a introdução com informações que esclareçam a origem de seu
228
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
relatório, e dos conceitos construídos?
● Descreve objetiva e claramente como se deu o trabalho ou atividade desenvolvida,
possibilitando ao leitor a compreensão do que se está falando, para uma reflexão
que permita que se aprimore a atividade?
● Faz a descrição dos dados coletados durante os procedimentos e dos resultados
obtidos, estabelecendo uma relação entre eles e as discussões teóricas que
deram origem à atividade em questão?
8. Seminário-oportuniza a pesquisa, leitura e a interpretação de textos.
Trata-se de uma discussão rica de ideias, na qual cada um participa questionando, de
modo fundamentado, os argumentos apresentados, colocando o estudante em
contato direto com a atividade científica e engajando-o na pesquisa.
Critérios
O aluno quanto às réplicas:
● Apresenta compreensão do conteúdo abordado (a leitura compreensiva dos textos
utilizados)?
● Demonstra consistência nos argumentos, tanto na apresentação e adequação da
linguagem?
● Demonstra pertinência quanto as fontes de pesquisa?
● Traz relatos para enriquecer a apresentação?
● Faz adequação e toma como relevantes as intervenções dos integrantes do grupo
que assiste à apresentação?
9. Debate: possibilitando que haja turno de fala entre os ouvintes. Mas, para
que isso ocorra, é preciso garantir a participação de todos.
Critérios
Aluno:
● Aceita a lógica da confrontação de posições, ou seja, respeita os pensamentos
229
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
divergentes?
● Ultrapassa os limites das suas posições pessoais?
● Explicita racionalmente os conceitos e valores que fundamenta mas uma posição?
● Faz uso adequado da língua portuguesa em situações formais?
● Busca, por meio do debate, da persuasão e da superação deposições particulares,
uma posição de unidade, ou uma maior aproximação possível entre as posições
dos participantes?
● Registra, por escrito, as ideias surgidas no debate?
● Demonstra conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate?
● Apresenta compreensão sobre o assunto específico debatido e sua relação com o
conteúdo da disciplina?
10. Atividades com textos literários - possibilita discussões acercado
conteúdo que está sendo discutido, no contexto de outra linguagem. Esse trabalho
passa por três momentos necessários para sua efetivação: a escolha do texto, a
elaboração da atividade em si (seja através de questões, seja por um roteiro de
leitura), os critérios de avaliação.
Critérios
Aluno:
● Compreende e interpreta a linguagem utilizada no texto?
● Faz a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas como texto
literário lido?
● Reconhece os recursos expressivos específicos do texto literário?
11. Atividades a partir de recursos Audiovisuais - o trabalho com filmes,
documentários, músicas, teatro, entre outros. Qualquer que seja o recurso escolhido,
é preciso considerar que o conteúdo abordado naquela mídia não está no contexto
didático, vem apresentado em linguagem específica e com intencionalidade diferente
230
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
daquela que existe na escola. A didatização do conteúdo cabe ao professor.
Critérios
Aluno:
● Compreende e interpreta a linguagem utilizada?
● Articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo
apresentado pelo audiovisual?
● Reconhece os recursos expressivos específicos daquele recurso?
12. Trabalho em grupo - desenvolve dinâmicas com pequenos grupos, na
tentativa de proporcionar, aos alunos, experiências que facilitem o processo de
aprendizagem. Nesse sentido, possibilita a interação social, conduzindo o aluno a
compartilhar seu conhecimento.
O trabalho em grupo pode ser proposto apartir de diferentes atividades, sejam
elas, escritas, orais, gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis, mural, jogos
e outros, abrangendo os conhecimentos artísticos, filosóficos e científicos.
Critérios
Aluno:
● Interage com o grupo?
● Compartilha o conhecimento?
● Demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula, na
produção coletiva de trabalhos?
● Compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua
relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano?
13. Questões discursivas - Essas questões possibilitam verificara
qualidade da interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula. Uma
questãodiscursivapossibilitaqueoprofessoravalieoprocessodeinvestigaçãoe reflexão
realizado pelo aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos.
231
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Além disso, a resposta a uma questão discursiva permite que o professor
identifique com maior clareza o erro do aluno, para que possa dar a ele a importância
pedagógica que tem no processo de construção do conhecimento.
Critérios
Aluno:
● Realiza leitura compreensiva do enunciado?
● Demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo?
● Utiliza de conhecimentos adquiridos?
● Compreende o enunciado da questão?
● Planeja a solução de forma adequada?
● Comunica-se por escrito com clareza, utilizando-se da norma padrão da língua
portuguesa?
● Sistematiza o conhecimento de forma adequada?
14. Questões objetivas - Este tipo de questão tem como principal objetivo a
fixação do conteúdo. Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e
esclarecedor, usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno a
compreensão do que foi solicitado.
Para a construção desse tipo de questão o professor não deve desconsiderar
um bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade de cada questão
direcionada para cada série com vistas a não cometer injustiças.
Critérios do aluno:
● Realiza leitura compreensiva do enunciado?
● Demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo?
● Utiliza de conhecimentos adquiridos?
Desta forma, torna-se fundamental em toda atividade trabalhada, seja de
interpretação e produção de textos, que o aluno compreenda as ideias e interaja como
mesmo por meio de questionamentos, concordâncias e discordâncias; na análise de
fotos, imagens, tabelas e mapas, reconheçam os recursos expressivos e específicos;
232
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
nas pesquisas bibliográficas, identifique a situação e o contexto com clareza; nos
relatórios de aulas de campo, descreva compreensão e uma reflexão que permita o
aprimoramento da atividade. Nesse contexto deve-se considerar também o
atendimento aos alunos com necessidades especiais, atendendo às especificidades
de cada um.
A recuperação de estudos será feita paralelamente durante o trimestre com o com
intuito de recuperar o conteúdo. Ela poderá ser feita através de trabalhos
individuais/grupos ou teste formal. A mesma dar-se-á por meio de uma ou mais
avaliações com valor 10,0 (total), que substituirá a nota trimestral desde que seja
superior a anterior.
5. REFERÊNCIAS
ADAS, Melhem. Sérgio Adas. Expedições Geográficas. 2 ed. _ São Paulo: Moderna, 2015. ARNONI, Maria Eliza Brefere. Metodologia da Mediação Dialética e o Ensino de Conceitos Científicos. In: Anais: XII ENDIPE - Conhecimento local e Motivação para a aprendizagem conhecimento universal. Curitiba, 2004. LEVON, Boligian. Et. al. Introdução à ciência geográfica. São Paulo: Atual.2002. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência daEducação Livro Didático Público. Geografia.2,Ed. Curitiba: SEED –PR,2006. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência daEducação.Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da EducaçãoBásica.Geografia.Curitiba,2008.http://www.seed.pr.gov.br/portals/bancoquestaoavaliativa/OrientacoesGeraisGE2008.pdf?PHPSESSID=2010080411160589 acesso em04/08/2010. PARANÁ.DiretrizesCurricularesdaEducaçãoEspecialparaaconstruçãode Currículos Inclusivos. Curitiba: SEED,2006. PASSINI, Elza Y. Alfabetização cartográfica. Belo Horizonte: Lê,1994.SANTOS, Milton. Metamorfose do espaço habitado. São Paulo: Hucitec,1991. ALMEIDA, LUCIA MARINA ALVES DE. GEOGRAFIA GERAL E DO BRASIL,volume único. Editora Ática. SãoPaulo,2005.
233
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
VESENTINI, José William; VLACH, V. Geografia crítica. SãoPaulo.
PROJETO ARARIBÁ: GEOGRAFIA / OBRA COLETIVA. 1ª ed. São Paulo:Moderna.
MAACK, Reinhard. GeografiaFísica do Estado do Paraná. 2.ed.Apresen-tação,RiadSalamuni;introduçãoAzizNacibAbʼSabber.1981.
POLO, Unidade Colégio Estadual – Projeto Político Pedagógico. CampoMourão,2010. POLO Unidade Colégio Estadual – Regimento Escolar. Campo Mourão,2010.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – HISTÓRIA
1. APRESENTAÇÃO
O desvelamento das contradições da sociedade contemporânea quanto a
“desumanização do homem” e sua relação com a natureza nos instiga a buscar
compreensão dos modelos de organização nos diferentes tempos e espaços. neste
contexto que a História propicia a análise das ações humanas no tempo a interpretação
científica pela disciplina de História. A elaboração e a prática da disciplina da História
garantem uma visão crítica pelos alunos sobre a sociedade, consequentemente seu
processo de formação contribui com a superação do senso comum.
O ensino da disciplina de História interage o saber popular com o científico,e é
neste processo dinâmico de ensino e aprendizagem que se constrói à consciência
crítica sobre a história das sociedades para “identificar processos históricos,reconhecer
criticamente as relações de poder neles existentes, bem como intervenham no mundo
histórico em que vivem, de modo a se fazerem sujeitos da própria História”. (DCE, 2008,
p.83)
2. OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA
234
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
O objetivo geral da disciplina de História nesta escola é garantir o
desenvolvimento do sentimento de pertença no seu contexto e interpretação crítica das
transformações econômicas, políticas e socioculturais do mundo e de seu meio.
3. CONTEÚDOS DISCIPLINARES
6º ANO
Os diferentes sujeitos suas culturas suas histórias
Conteúdos Estruturantes:
● Relações de trabalho;
● Relações de poder;
● Relações culturais;
Conteúdos Básicos:
● A experiência humana no tempo.
● Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.
● As culturas locais e a cultura comum.
● Os homens e as relações de trabalho.
7º ANO
A constituição histórica do mundo rural e urbano e a formação da propriedade
em diferentes tempos e espaços.
Conteúdos Estruturantes:
● Relações de trabalho;
● Relações de poder;
235
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
● Relações culturais;
Conteúdos Básicos:
● As relações de propriedade.
● A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.
● As relações entre o campo e a cidade.
● Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade.
8º ANO
O mundo do trabalho e os movimentos de resistência.
Conteúdos Estruturantes:
● Relações de trabalho;
● Relações de poder;
● Relações culturais;
Conteúdos Básicos:
● História das relações da humanidade com o trabalho.
● O trabalho e a vida em sociedade.
● O trabalho e as contradições da modernidade.
● Os trabalhadores e as conquistas de direito.
● Direitos humanos e o mundo do trabalho
9º ANO
Relações de dominação e resistência: a formação do estado e das instituições
sociais.
Conteúdos Estruturantes:
● Relações de trabalho;
● Relações de poder;
236
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
● Relações culturais;
Conteúdos Básicos:
● A constituição das instituições sociais e políticas
● A formação do Estado democrático.
● Sujeitos, Guerras e revoluções.
● Os homens e as relações de trabalho
ENSINO MÉDIO 1ªSÉRIE
Conteúdos Estruturantes:
● Relações de trabalho;
● Relações de poder;
● Relações culturais;
Conteúdos Básicos:
● Conceito de trabalho.
● Trabalho escravo, servil, assalariado e trabalho livre.
● Urbanização e industrialização
2ªSÉRIE
Conteúdos Estruturantes:
● Relações de trabalho;
● Relações de poder;
● Relações culturais;
● Relações econômicas
Conteúdos Básicos:
237
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
● O Estado e as relações de poder.
● Os sujeitos, as revoltas e as guerras
● Etnocentrismo e violência cultural
3ªSÉRIE
Conteúdos Estruturantes:
● Relações de trabalho;
● Relações de poder;
● Relações culturais;
Conteúdos Básicos:
● Movimentos sociais, políticos e culturais
● Guerras e revoluções.
● Cultura e religiosidade.
4. METODOLOGIA
A concepção teórica assumida é a proposta da Escola dos Annales, que
propõem novas abordagens, novos problemas e novos objetos para a história. Partindo
do pressuposto que a história não é uma disciplina estanque e separada de outras
áreas do saber, os conhecimentos a serem trabalhados incluem toda a esfera de ação
do homem no tempo: seus modos de agir, sentir e fazer. Assim, entendemos que o
conhecimento histórico não se resume ao estudo do passado, mas deve refletir sobre
os eventos presentes e sua interpretação histórica.
Conforme as DCE do Paraná, o currículo disciplinar deve estar vinculado às
subjetividades e experiências vividas pelos alunos, utilizando os conhecimentos prévios
e vivências destes na construção do conhecimento científico.
Durante o processo pedagógico caberá ao professor fazer a mediação entre os
conceitos trazidos pelo aluno e o conhecimento acadêmico. Reconhecendo estes
238
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
saberes o aluno reflete, interpreta e realiza ações sociais, políticas assertivas na
sociedade, apesar das contradições existentes.
O encaminhamento metodológico dar-se-á pela seleção de temas e
problematização, atendendo às especificidades das turmas e dos conteúdos básicos.
No desenvolvimento desta metodologia serão utilizados vários instrumentos, narração,
descrição, argumentação, pesquisa, relatório, trabalho em grupos, questões
discursivas e objetivas, para subsidiar os professores conforme suas especificidades,
e assim, garantir a proposta inicial da disciplina.
Como prática educacional e política desta escola o processo de ensino-
aprendizagem da História como ação intencional para a formação da consciência
histórica e crítica, atribuindo valorização dos diversos segmentos sociais, a inclusão
dos alunos com necessidades educacionais especiais, às comunidades afro-
descendentes e indígenas e aos segmentos desprivilegiados social e economicamente,
ao cumprimento da Lei n.11645/08,e a história das comunidades indígenas, Lei
13381/01. A Educação Fiscal e Tributária, Dec. 1143/99, portaria nº 413/02 serão
trabalhados como implementação do PDE-2010/2012. Estes conteúdos serão
abordados de forma contextualizada e relacionados aos conteúdos de ensino de
História, sempre que possível a articulação entre os mesmos.
5. AVALIAÇÃO
A avaliação disciplina de História deve ser formal, processual, continuada e
diagnóstica, atendendo ao Projeto Político Pedagógico da escola e contemplada no
Plano de Trabalho Docente com registro formal e criterioso. Assim, o professor
acompanha o processo, percebendo o quanto cada educando desenvolve uma
apropriação do conhecimento histórico e a interação ocorrida com o seu conhecimento
pessoal.
239
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
No Ensino Básico a disciplina de História deve propiciar ao aluno o
entendimento entre as relações de trabalho, as relações de poder e as relações
culturais nos diferentes tempos e espaços. Esta articulação constitui o processo de
construção do conhecimento histórico. Ele compreende que o estudo do passado se
realiza a partir de questionamentos feitos no presente, com à análise de diferentes
documentos históricos e suas diferentes interpretações historiográficas.
A recuperação é o instrumento de retomada do conteúdo proposto com a
utilização de determinado instrumento avaliativo, para resgatar aprendizados
deficitários. Cabe ao professor reorientar sua prática com outras estratégias avaliativas
para garantir ao aluno a sua aprendizagem. O professor utilizará diferentes
instrumentos avaliativos como interpretação de imagens, quadrinhos, charges e análise
de mapas e textos historiográficos e literários, produção de narrativas históricas,
pesquisas bibliográficas, sistematização de conceitos históricos, apresentação oral ou
seminários, questões objetivas e discursivas, atividades de campo, trabalho em grupo.
As atividades avaliativas e de Recuperação serão explicitados no Plano de
Trabalho Docente para cada ano para garantir o processo de ensino aprendizagem o
atendimento das expectativas dos alunos para o reconhecimento das ações sociais, e
culturais promovidas pelos sujeitos históricos.
O processo avaliativo deve respeitar as diferenças sociais, culturais e pessoais
(física e cognitiva) dos alunos utilizando instrumentos diversos, pois cada indivíduo
possui uma forma de expressar o seu aprendizado e estas diferenças devem ser
valorizadas, para que o aluno possa desenvolver sua auto-estima e consequentemente
o seu aprendizado escolar.
Instrumentos e critérios avaliativos:
1. Atividade de leitura – a avaliação de leitura possibilita ao professor
verificar a compreensão dos conteúdos abordados em aula e, nesse sentido, faz-se
necessário a escolha criteriosa do texto, o roteiro de análise e os critérios de
240
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
avaliação, forma a permitir a reflexão e a discussão, bem como a ampliação de
conhecimento.
Critérios
O aluno:
● Compreende as idéias presentes no texto e interage com o texto por meio
de questionamentos, concordâncias ou discordâncias.
● Ao falar sobre o texto, expressa suas idéias com clareza e sistematiza o
conhecimento de forma adequada.
● Estabelece relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de aula.
2. Projeto de Pesquisa Bibliográfica - a solicitação de uma pesquisa exige
enunciado claro e recortes precisos do que se pretende.
Critérios
O aluno, quanto:
● A contextualização, identifica a situação e o contexto com clareza;
● Ao problema, apresenta de forma clara, objetiva o tema levantado,
delimitando o foco da pesquisa na busca de solução;
● A justificativa, aponta argumentos sobre a importância da pesquisa;
● O aluno, na escrita, remete-se aos textos lidos, por meio de citações ou
paráfrases, referenciando-os adequadamente.
3. Produção de Texto- a atividade produção escrita considerará
característica dialógica e interativa da linguagem e o processo interlocutivo. Portanto,
precisa ser relacionada ao que se escreve fora da escola, atendendo aos diferentes
gêneros textuais.
241
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Critérios
O aluno:
● Produzir textos atendendo às circunstâncias de produção (gênero,
interlocutor, finalidade, etc.);
● Adequar a linguagem às exigências do contexto de produção, dando-lhe
diferentes graus de formalidade ou informalidade, atendendo
especificidades da disciplina em termos de léxico, de estrutura;
● Expressar as idéias com clareza (coerência e coesão);
● Elaborar argumentos consistentes;
● Estabelecer relações entre as partes do texto;
● Estabelecer relação entre a tese e os argumentos elaborados para
sustentá-la.
4. Palestra/Apresentação Oral - a atividade de palestra/apresentação oral
possibilita ao aluno demonstrar sua compreensão a respeito do conteúdo
abordado,bem como argumentar, organizar e expor suas idéias.
Critérios
O aluno:
● Demonstrar conhecimento do conteúdo;
● Apresentar argumentos selecionados;
● Demonstrar seqüência lógica e clareza na apresentação;
● Fazer uso de recursos para ajudar na sua produção.
5. Debate – possibilita a exposição de idéias, avaliação dos argumentos,
permitindo que haja turno de fala entre os ouvintes. Mas, para que isso ocorra, é
preciso garantir a participação de todos.
242
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Critérios
O Aluno: ● Aceitar a lógica da confrontação de posições, ou seja, respeita os
pensamentos divergentes;
● Ultrapassar os limites das suas posições pessoais;
● Explicitarracionalmenteosconceitosevaloresquefundamentamasua posição;
● Fazer uso adequado da língua portuguesa em situações formais;
● Buscar, meio de debate, persuasão da superação de posições particulares,
uma posição de unidade, ou uma maior aproximação possível entre as
posições dos participantes;
● Registrar, por escrito, as idéias surgidas no debate;
● Demonstrarconhecimentosobreoconteúdodadisciplinaenvolvidono debate;
● Apresentar compreensão sobre o assunto específico debatido e sua
relação com o conteúdo da disciplina.
6. Atividades a partir de recursos Audiovisuais - o trabalho com filmes,
músicas, teatro, entre outros. Qualquer que seja o recurso escolhido, vem
apresentado em linguagem específica e com intencionalidade diferente daquela que
existe na escola. A didatização do conteúdo cabe ao professor.
Critérios
O aluno:
● Compreender e interpretar a linguagem utilizada;
● Articular o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo
apresentado pelo audiovisual;
● Reconhecer os recursos expressivos específicos daquele recurso.
7. Trabalho em grupo – desenvolve dinâmicas com pequenos grupos, na
tentativa de proporcionar, aos alunos, experiências que facilitem o processo de
aprendizagem. Nesse sentido, possibilita a interação social, conduzindo o aluno a
243
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
compartilhar seu conhecimento. O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de
diferentes atividades, sejam elas, escritas, orais, gráficas, corporais, construção de
maquetes, painéis, mural, jogos e outros, abrangendo os conhecimentos artísticos,
filosóficos e científicos.
Critérios
O aluno:
● Interagir com o grupo;
● Compartilhar o conhecimento;
● Demonstrar os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de
aula, na produção coletiva de trabalhos;
● Compreender a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados
e sua relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano.
8. Questões discursivas - Essas questões possibilitam verificar à qualidade
da interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula.Uma questão
discursiva possibilita que o professor avalie o processo de investigação reflexão
realizado pelo aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos.Além
disso, a resposta a uma questão discursiva permite que o professor identifique com
maior clareza o erro do aluno, para que possa dar a ele à importância pedagógica que
tem no processo de construção do conhecimento.
Critérios
O aluno:
● Compreender o enunciado da questão;
● Planejar a solução, de forma adequada;
● Comunicar-se por escrito, com clareza, utilizando-se da norma padrão da
língua portuguesa;
● Sistematizar o conhecimento de forma adequada.
244
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
9. Questões objetivas - Este tipo de questão tem como principal objetivo a
fixação do conteúdo. Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e
esclarecedor, usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno a
compreensão do que foi solicitado. Para a construção desse tipo de questão o
professor não deve desconsiderar bom planejamento, ou seja, definir o grau de
dificuldade de cada questão direcionada para cada série com vistas à não cometer
injustiças.
Critérios
O aluno:
● Realizar leitura compreensiva do enunciado;
● Demonstrar apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo;
● Utilizar os conhecimentos adquiridos.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARCO-VERDE, Y. F. de S. Introdução as Diretrizes Curriculares. Superintendente da Educação da SEED-PR. BUENO, E. Náufragos, Traficantes e Degredados. Rio de Janeiro: Objetiva,1998. CABRINI, Conceiçãoetalli.HistóriaTemática–6ºao9ºano.SãoPaulo:Scipione,2009. FENELON, D. 50 Textos de história do Brasil. São Paulo: HUCITEC, 1974.FORSTER, E. M. Passagem para a Índia. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,1981 FREITAS, G. de. 900 textos e documentos de história. Lisboa: Plátano, 1977. v. 1e 2. GASPARIN, J. L. Uma didática para a Pedagogia Histórico-Crítica.Campinas:Autores Associados,2007.
HECKER, A. Ditadura (Teoria), in: Enciclopédia de Guerras e Revoluções doséculo XX: as grandes transformações do mundo contemporâneo. SILVA, F. C. T. da(org.). Rio de Janeiro: Elsevier,2004.
245
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
LIBÂNEO, J.C. A didática e a aprendizagem do pensar e do aprender:aTeoria Histórico-Cultural da Atividade e a contribuição de DAVYDOV, V. In:Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n. 27,2004 MEGALE, N. B. Folclore brasileiro. Petrópolis: Vozes,1999. MELLO E SOUZA, L. de (org). História da vida privada no Brasil. São Paulo: Cia.Das Letras, 1997.v.1. MONTELLATO, A. R. D. História Temática: Diversidade Cultura e Conflitos.São Paulo: Scipione,2000. NOVAES, CarlosEduardoeLOBO, César.Cidadania para principiantes: a história dos direitos do homem. São Paulo: Ática,2003. PARANÁ.SecretariadeEstadodaEducação.DepartamentodeEducaçãoBásica.Diretrizes Curriculares da Educação Básica – História. Curitiba: SEED,2008. PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – História. SEED,2008 PINSKY, J. e PINSKY, C. B. História da Cidadania. São Paulo: Contexto, 2005.POVOS indígenas no Brasil: 1991 a 1995. São Paulo: Instituto Socioambiental,1996. PROJETO ARARIBÁ: História/Obra coletiva. 1ª edição. São Paulo: Moderna,2006 RODRIGUES, J.E.História em Documento–ImagemeTexto.SãoPaulo:FTD,2002.
SCHMIDT, M. Nova História Crítica. 2ª edição. São Paulo: Ática6,2004. SILVA, F. A. História. Moderna. São Paulo,2001. SOUZA, Herbert de. Revoluções da minha geração. São Paulo: Moderna,1990. POLO, UnidadeColégioEstadual–ProjetoPolíticoPedagógico.CampoMourão,2010. POLO, Unidade Colégio Estadual – Regimento Escolar. Campo Mourão,2010.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LEM: INGLÊS
1. APRESENTAÇÃO
A Construção das Diretrizes Curriculares, coordenada pela Superintendência da
Educação da Secretaria de Estado da Educação, assim como os estudos e as discussões
246
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
realizados nas semanas pedagógicas apontaram os referenciais teóricos e
metodológicos para construção desta Proposta Pedagógica Curricular.
Com relação ao ensino de línguas estrangeiras, uma nova perspectiva chegou ao
Paraná em 1990 com a publicação do Currículo Básico que trazia uma concepção de
língua entendida como prática social e historicamente construída. No entanto, este
documento direcionava o trabalho com língua estrangeira para a prática de leitura,
limitando assim as possibilidades de interação do aluno com a língua. A SEED
estabeleceu parcerias para a formação e aprimoramento pedagógico e adquiriu livros de
fundamentação teórica em língua estrangeira para escolas de Ensino Médio (EM) de toda
a rede estadual e elaborou o livro didático do EM.
O conjunto de ações desenvolvido pela SEED, a partir de 2004, teve como foco
principal promover a construção de novas Diretrizes Curriculares que favorecessem a
formação continuada de professores na perspectiva de efetivarem-se como sujeitos
epistêmicos, capazes de refletir, analisar e propor as indicações mais apropriadas para o
processo de ensino aprendizagem.
No ano de 2008 foram realizados encontros organizados também pela SEED
como DEB Itinerante, encontros por disciplinas realizados pelo Núcleo Regional de
Educação de Campo Mourão e semanas pedagógicas descentralizadas visando à
disseminação das políticas curriculares do Estado, refletindo sobre a função social da
escola pública e os processos de secundarização de seu papel. Esses encontros
contemplaram a participação de toda a comunidade escolar na perspectiva de uma
gestão democrática e na construção de uma proposta pedagógica curricular que
superassem os descaminhos de uma política educacional fortemente marcada pela
concepção neoliberal que permeou a educação na década de 90.
Como resultado dessas ações e visando a superação do contexto anterior, a
SEED fez opção pelo currículo disciplinar, que toma o conteúdo como via de acesso ao
conhecimento, considerando as dimensões científica, filosófica e artística dos mesmos,
visto que a opção pelos conteúdos curriculares, em sua totalidade: [...] significa
compreendê-los como síntese de múltiplos fatos e determinações, como um todo
estruturado, marcado pela disciplinaridade didática. Tratar os conteúdos em sua
247
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
dimensão práxica é compreender que a atividade educativa é uma ação verdadeiramente
humana e que requer consciência de uma finalidade em face à realidade, por meio dos
conteúdos, impossibilitando o tratamento evasivo e fenomênico destes. (PARANÁ,
SEED, SUED, 2008, p.9).
Evidenciou-se igualmente, uma organização do processo de aprendizagem que
possibilitaria a flexibilização/adaptação de conteúdos, metodologias e avaliações de
modo a contemplar a participação e aprendizagem de todos os alunos, considerando
seus conhecimentos prévios, suas necessidades linguísticas diferenciadas e o contexto
social, vislumbrando a construção de uma sociedade justa, fraterna e igualitária.
Nesse contexto, o ensino de língua inglesa, no ensino fundamental e médio,
embasado na corrente sociológica e nos conceitos teórico-metodológicos do círculo de
Bakhtin, configura-se como um espaço para que o aluno reconheça e compreenda a
diversidade linguística e cultural, oportunizando-lhe engajar-se discursivamente e
compreender que a língua e a cultura são práticas sociais historicamente construídas e,
portanto, passíveis de transformação. A língua é realizada num contexto concreto e
preciso, levando o aluno à prática significativa com acesso a gêneros textuais orais,
escritos e imagéticos. O aluno passa a sentir-se inserido em determinada realidade,
sendo capaz de interagir com ela, ampliando seu conhecimento de mundo e
desenvolvendo seu espírito crítico com relação ao outro e a si mesmo.
O objetivo da inclusão da Língua Inglesa no currículo do Colégio Estadual Unidade
Polo- EFM, parte da afirmação de que os estudantes têm o direito de acessar outras
possibilidades culturais, ampliando e alargando sua visão de mundo, em um processo de
afirmação de sua própria identidade e de possibilidades de aprendizagem. Para isso tem
na língua materna a mais importante referência como ser coletivo.
O aprendizado de uma língua estrangeira não pode ser identificado apenas com a
submissão econômica. Ao apropriar-se de outra língua, o ser particular apropria-se da
herança cultural de toda a sociedade. Sendo assim, os professores precisam buscar
alternativas que coloquem o ensino-aprendizagem da Língua Inglesa, seus métodos e
suas metodologias nas relações entre as línguas e a formação de identidades no mundo
globalizado, como preconizam as DCE:
248
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
[...] ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentido, formar subjetividades, permitir que se reconheça no uso da língua os diferentes propósitos comunicativos independentemente do grau de proficiência atingido [...] analisar as questões sociais-político-econômicas da nova ordem mundial, suas implicações e desenvolver uma consciência crítica a respeito do papel das línguas na sociedade” (PARANÁ, 2008, p.55)
2. OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA
Tem-se como objetivo geral no ensino de línguas que o aluno seja capaz de: usar
a língua em situações de comunicação oral e escrita; vivenciar, na aula de Língua
Estrangeira, as formas de participação que lhe possibilitem estabelecer relações entre
ações individuais e coletivas; compreender que os significados são sociais e
historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social; ter
maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade, bem como ser capaz de
reconhecer e compreender a diversidade linguística e cultural, assim como seus
benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
3.CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
O Conteúdo Estruturante é o discurso como prática social materializado nas
práticas discursivas de leitura, oralidade e escrita, as quais efetivarão o desenvolvimento
do trabalho em sala de aula e a construção do significado por meio do engajamento
discursivo.
Os conteúdos básicos serão trabalhados sempre a partir de um texto significativo,
atendendo às especificidades de cada um dos anos.
6º ANO
249
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Gêneros Textuais
● Marcas do Gênero
- Conteúdo Temático
- Estilo
- Elementos Composicionais
● Esfera social de circulação
● Suporte
Práticas discursivas:
LEITURA ORALIDADE ESCRITA
● Tema do texto;
● Interlocutor;
● Finalidade;
● Aceitabilidade do texto;
● Informatividade;
● Léxico;
● Repetição proposital de
palavras;
● Semântica:
-Operadores argumentativos;
● Marcas linguísticas:
coesão, coerência, função
das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos
gráficos (como aspas,
travessão, negrito), figuras de
linguagem.
● Tema do texto;
● Finalidade;
● Papel do locutor e
interlocutor;
● Elementos
extralinguísticos:
entonação, pausas,
gestos...;
● Adequação do
discurso ao gênero;
● Turnos de fala;
● Variações linguísticas;
● Marcas linguísticas:
coesão, coerência,
gírias, repetição,
recursos semânticos.
● Tema do texto;
● Interlocutor;
● Finalidade do texto;
● Informatividade;
● Marcas linguísticas:
coesão, coerência, função
das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos
gráficos (como aspas,
travessão, negrito), figuras
de linguagem;
● Ortografia;
● Concordância
verbal/nominal.
EXPECTATIVAS DA PRÁTICA DISCURSIVA LEITURA:
250
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
● Compreender textos verbais e não verbais na forma de gêneros textuais,
considerando seu contexto de produção e sua esfera de circulação.
● Identificar o tema do texto.
● Reconhecer a ideia principal e localize as informações explícitas no texto.
● Compreender as principais características dos gêneros textuais estudados.
● Ampliar o vocabulário a partir dos diferentes gêneros textuais, bem como seu
contexto de produção e esfera de circulação.
● Identificar nos textos a presença de cognatos e falsos cognatos.
● Compreender, a partir de textos de diferentes gêneros, as classes gramaticais -
como artigos, pronomes, substantivos, adjetivos, verbos e seus tempos, etc. -, e
suas funções dentro do texto, de acordo com as especificidades de cada série.
● Perceber e compreender o uso dos recursos linguísticos como ponto, vírgula,
interrogação, exclamação, etc.
● Reconhecer alguns elementos básicos responsáveis pela coesão e coerência do
texto.
● Identificar no texto estudado sua finalidade (instruir, explicar, convencer, advertir,
divertir, etc.).
● Perceber que a Língua Estrangeira Moderna oferece meios de compreensão de
diferentes culturas e de apropriação e valorização de sua própria cultura.
EXPECTATIVAS DA PRÁTICA DISCURSIVA ESCRITA
251
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
● Apresentar coerentemente suas ideias nas produções de textos, atendendo aos
elementos composicionais do gênero estudado e considerando seu contexto de
produção e esfera de circulação.
● Compreender e utilizar elementos básicos responsáveis pela coesão e coerência
do texto.
● Reconhecer no texto a função e o uso dos recursos gráficos expressivos, como
negrito, tamanho da fonte, sublinhado, etc.
● Reconhecer o contexto de uso da linguagem formal e informal.
● Na elaboração de textos, compreender o sentido de cognatos e falsos cognatos.
● Utilizar adequadamente os recursos linguísticos do texto, como ponto, vírgula,
interrogação, exclamação, etc.
● Compreender, a partir de textos de diferentes gêneros, as classes gramaticais -
como artigos, pronomes, substantivos, adjetivos, verbos e seus tempos, etc. - e
suas funções dentro do texto, de acordo com as especificidades de cada série.
● Empregar adequadamente letras maiúsculas e minúsculas, de acordo com a
especificidade de cada língua.
EXPECTATIVAS DA PRÁTICA DISCURSIVA ORALIDADE
● Apresentar suas ideias com clareza, nas discussões em língua materna.
● Apropriar-se da pronúncia das palavras, considerando as variações linguísticas.
● Reconhecer a diferença entre a linguagem formal e informal presente nos
gêneros discursivos orais.
● Respeitar os turnos de fala.
● Perceber e compreender os recursos extralinguísticos (entonação, pausas,
252
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
gestos, etc.), presentes nos gêneros orais.
7º ANO
Gêneros Textuais
● Marcas do Gênero
- Conteúdo Temático
- Estilo
- Elementos Composicionais
● Esfera social de circulação
● Suporte
Práticas discursivas
LEITURA ORALIDADE ESCRITA
● Tema do texto;
● Interlocutor;
● Finalidade;
● Aceitabilidade do texto;
● Informatividade;
● Léxico;
● Repetição proposital de
palavras;
● Situacionalidade;
● Informações explícitas;
● Discurso direto e indireto.
● Semântica: operadores
argumentativos; ambiguidade;
sentido conotativo e denotativo
das palavras no texto;
● Tema do texto;
● Interlocutor;
● Finalidade do texto;
● Informatividade;
● Marcas linguísticas:
coesão, coerência,
função das classes
gramaticais no texto,
pontuação, recursos
gráficos (como aspas,
travessão, negrito),
figuras de linguagem;
● Ortografia;
● Concordância
verbal/nominal.
● Tema do texto;
● Finalidade;
● Papel do locutor e
interlocutor;
● Elementos
extralinguísticos:
entonação, pausas,
gestos...;
● Adequação do discurso
ao gênero;
● Turnos de fala;
● Variações linguísticas;
● Marcas linguísticas:
coesão, coerência, gírias,
253
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
LEITURA ORALIDADE ESCRITA
expressões que denotam
ironia e humor no texto.
repetição, recursos
semânticos.
EXPECTATIVAS DA PRÁTICA DISCURSIVA LEITURA
● Identificar nos textos a presença de cognatos e falsos cognatos.
● Compreender os textos verbais e não verbais na forma de gêneros textuais
estudados.
● Reconhecer a ideia principal e localizar informações explícitas e implícitas no
texto.
● Ampliar o vocabulário a partir dos diferentes gêneros textuais.
● Identificar o tema do texto e refletir sobre as vozes sociais presentes nele.
● Reconhecer a ideia principal e localizar as informações explícitas no texto.
● Compreender as principais características dos gêneros textuais estudados,
considerando seu contexto de produção e esfera de circulação.
● Reconhecer no texto a função e o uso dos recursos gráficos expressivos, como
negrito, tamanho da fonte, sublinhado, etc.
● Compreender, a partir de textos de diferentes gêneros, as classes gramaticais -
como artigos, pronomes, substantivos, adjetivos, verbos e seus tempos, etc. -, e
suas funções dentro do texto, de acordo com as especificidades de cada série.
● Perceber e compreender o uso dos recursos linguísticos, como ponto, vírgula,
interrogação, exclamação, etc.
● Identificar no texto estudado sua finalidade (instruir, explicar, convencer, advertir,
divertir, etc.).
254
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
● Perceber que a Língua Estrangeira Moderna oferece meios de compreensão de
diferentes culturas e de apropriação e valorização de sua própria cultura.
EXPECTATIVAS DA PRÁTICA DISCURSIVA ESCRITA
● Apresentar coerentemente suas ideias nas produções de textos, atendendo aos
elementos composicionais do gênero estudado e considerando seu contexto de
produção e esfera social de circulação.
● Compreender e utilizar adequadamente elementos responsáveis pela coesão e
coerência do texto.
● Reconhecer a função e o uso dos recursos gráficos expressivos, como negrito,
tamanho da fonte, sublinhado, etc.
● Compreender a, a partir de textos de diferentes gêneros, as classes gramaticais -
como artigos, pronomes, substantivos, adjetivos, verbos e seus tempos, etc. - e
suas funções dentro do texto, de acordo com as especificidades de cada série.
● Utilizar adequadamente os recursos linguísticos, como ponto, virgula,
interrogação, exclamação, etc.
● Identificar no texto estudado sua finalidade (instruir, explicar, convencer, advertir,
divertir, etc.).
● Na elaboração de textos, compreender o sentido de palavras cognatas e falsos
cognatos.
● Reconhecer o contexto de uso da linguagem formal e informal.
EXPECTATIVAS DA PRÁTICA DISCURSIVA ORALIDADE
● Perceber e compreender os recursos extralinguísticos (entonação, pausas,
gestos, etc.), presentes nos gêneros orais.
255
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
● Reconhecer a diferença entre a linguagem formal e informal presente nos
gêneros discursivos orais.
● Apresentar suas ideias com clareza nas discussões em língua materna e ou
língua estrangeira.
● Apropriar-se da pronúncia das palavras, considerando as variedades linguísticas.
● Respeitar os turnos da fala.
8º ANO
Gêneros Textuais
● Marcas do Gênero
- Conteúdo Temático
- Estilo
- Elementos Composicionais
● Esfera social de circulação
● Suporte
Práticas discursivas
LEITURA ORALIDADE ESCRITA
● Tema do texto;
● Interlocutor;
● Finalidade;
● Aceitabilidade do texto;
● Informatividade;
● Léxico;
● Intertextualidade;
● Vozes sociais
presentes no texto;
● Semântica:
● -operadores
argumentativos;
● - ambiguidade;
● Tema do texto;
● Finalidade;
● Papel do locutor e
interlocutor;
● Elementos extralinguísticos:
entonação, pausas, gestos...;
256
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
● Repetição proposital de
palavras;
● Semântica:
● Operadores argumentativos;
● Marcas linguísticas: coesão,
coerência, função das classes
gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos
(como aspas, travessão,
negrito), figuras de linguagem.
● Intertextualidade;
● Vozes sociais presentes no
texto
● - significado das
palavras;
● - sentido conotativo
e denotativo;
● - expressões que
denotam ironia e
humor no texto.
● Adequação do discurso ao
gênero;
● Turnos de fala;
● Variações linguísticas;
● Marcas linguísticas: coesão,
coerência, gírias, repetição,
recursos semânticos.
● Elementos semânticos;
● Adequação da fala ao
contexto (uso de conectivos,
gírias, repetições, etc);
● Diferenças e semelhanças
entre o discurso oral e o
escrito.
EXPECTATIVAS DA PRÁTICA DISCURSIVA LEITURA
● Identificar nos textos a presença de cognatos e falsos cognatos.
● Compreender os textos verbais e não verbais na forma de gêneros textuais
estudados.
● Identificar o tema do texto e refletir sobre as vozes sociais presentes nele.
● Reconhecer a ideia principal e identificar as informações explícitas e implícitas no
texto.
● Compreender as principais características dos gêneros textuais estudados, bem
como seu contexto de produção e esfera de circulação.
● Ampliar o vocabulário a partir dos diferentes gêneros textuais.
257
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
● Reconhecer no texto a função e o uso dos recursos gráficos expressivos, como
negrito, tamanho da fonte, sublinhado, etc.
● Compreender, a partir de textos de diferentes gêneros, as classes gramaticais -
como artigos, pronomes, substantivos, adjetivos, verbos e seus tempos, etc. -, e
suas funções dentro do texto, de acordo com as especificidades de cada série.
● Perceber e compreender os recursos linguísticos, como ponto, vírgula,
interrogação, exclamação, etc.
● Identificar no texto estudado sua finalidade (instruir, explicar, convencer, advertir,
divertir, etc.).
● Perceber que a Língua Estrangeira Moderna oferece meios de compreensão de
diferentes culturas e de apropriação e valorização de sua própria cultura.
EXPECTATIVAS DA PRÁTICA DISCURSIVA ESCRITA
● Apresentar coerentemente suas ideias nas produções de textos, atendendo aos
elementos composicionais do gênero estudado e considerando seu contexto de
produção e esfera social de circulação.
● Compreender e utilizar adequadamente alguns elementos responsáveis pela
coesão e coerência do texto.
● Na elaboração de textos, compreender o sentido de palavras cognatas e falsos
cognatos.
● Compreender e utilizar adequadamente os recursos linguísticos, como ponto,
vírgula, interrogação, exclamação, etc.
● Compreender, a partir de textos de diferentes gêneros, as classes gramaticais -
como artigos, pronomes, substantivos, adjetivos, verbos e seus tempos, etc. - e
suas funções dentro do texto, de acordo com as especificidades de cada série.
● Reconhecer o contexto de uso da linguagem formal e informal.
258
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
● Reconhecer no texto a função e o uso dos recursos gráficos expressivos, como
negrito, tamanho da fonte, sublinhado, etc.
● Utilizar vocabulário adequado ao texto produzido.
EXPECTATIVAS DA PRÁTICA DISCURSIVA ORALIDADE
● Compreender e utilizar os recursos extralinguísticos (entonação, pausas, gestos
etc.), presentes nos gêneros orais.
● Apresentar coerentemente suas ideias nas discussões em língua materna e/ou
língua estrangeira.
● Reconhecer a diferença entre linguagem formal e informal presente nos gêneros
discursivos orais.
● Apropriar-se da pronúncia das palavras, considerando as variedades linguísticas.
● Respeitar os turnos da fala.
9º ANO
Gêneros Textuais
● Marcas do Gênero
- Conteúdo Temático
- Estilo
- Elementos Composicionais
● Esfera social de circulação
● Suporte
Práticas discursivas
259
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
LEITURA ORALIDADE ESCRITA
● Tema do texto;
● Interlocutor;
● Finalidade;
● Aceitabilidade;
● Informatividade;
● Léxico;
● Repetição proposital de
palavras;
● Semântica
● Operadores
argumentativos;
● Marcas linguísticas:
coesão, coerência, função
das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos
gráficos (como aspas,
travessão, negrito), figuras de
linguagem.
● Temporalidade;
● Discurso direto e indireto;
● Polissemia.
● Tema do texto;
● Interlocutor;
● Finalidade do texto;
● Informatividade;
● Marcas linguísticas: coesão,
coerência, função das
classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos
(como aspas, travessão,
negrito), figuras de
linguagem;
● Ortografia;
● Concordância
verbal/nominal.
● Temporalidade;
● Discurso direto e indireto;
● Relação de causa e
consequência entre as partes
e elementos do texto;
● Polissemia;
● Processo de formação de
palavras.
● Tema do texto;
● Finalidade;
● Papel do locutor e
interlocutor;
● Elementos
extralinguísticos:
entonação, pausas,
gestos...;
● Adequação do
discurso ao gênero;
● Turnos de fala;
● Variações linguísticas;
● Marcas linguísticas:
coesão, coerência,
gírias, repetição,
recursos semânticos.
● Semântica.
EXPECTATIVAS DA PRÁTICA DISCURSIVA LEITURA
● Compreender os textos verbais e não verbais na forma de gêneros textuais
estudados.
● Identificar nos textos a presença de cognatos e falsos cognatos.
260
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
● Identificar o tema do texto e reflita sobre as vozes sociais presentes nele.
● Reconhecer a ideia principal, identificar e analisar as informações explícitas e
implícitas no texto.
● Compreender as características do gênero textual estudado, bem como seu
contexto de produção e esfera de circulação.
● Ampliar o vocabulário a partir dos diferentes gêneros textuais.
● Reconhecer no texto a função e o uso dos recursos gráficos expressivos, como
negrito, tamanho da fonte, sublinhado, etc.
● Compreender, a partir de textos de diferentes gêneros, as classes gramaticais -
como artigos, pronomes, substantivos, adjetivos, verbos e seus tempos, etc. -, e
suas funções dentro do texto, de acordo com as especificidades de cada série.
● Perceber e compreender os recursos linguísticos, como ponto, vírgula,
interrogação, exclamação, etc.
● Identificar no texto estudado sua finalidade (instruir, explicar, convencer, advertir,
divertir, etc.).
● Perceber que a Língua Estrangeira Moderna oferece meios de compreensão de
diferentes culturas e de apropriação e valorização de sua própria cultura.
EXPECTATIVAS DA PRÁTICA DISCURSIVA ESCRITA
● Apresentar coerentemente suas ideias nas produções de textos, atendendo aos
elementos composicionais do gênero estudado e considerando seu contexto de
produção e esfera de circulação.
● Compreender e utilizar adequadamente os elementos responsáveis pela coesão
e coerência do texto.
● Reconhecer o contexto de uso da linguagem formal e informal.
261
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
● Na elaboração de textos, compreender o sentido de palavras cognatas e falsos
cognatos.
● Utilizar vocabulário adequado ao texto produzido.
● Utilizar adequadamente os recursos linguísticos do texto, como ponto, vírgula,
interrogação, exclamação, etc.
● Compreender, a partir de textos de diferentes gêneros, as classes gramaticais -
como artigos, pronomes, substantivos, adjetivos, verbos e seus tempos, etc. -, e
suas funções dentro do texto, de acordo com as especificidades de cada série.
● Reconhecer no texto a função e o uso dos recursos gráficos expressivos como
negrito, tamanhos da fonte, sublinhado, etc.
EXPECTATIVAS DA PRÁTICA DISCURSIVA ORALIDADE
● Compreender e utilizar os recursos extralinguísticos (entonação, pausas, gestos
etc.), presentes nos gêneros orais.
● Apresentar suas ideias com clareza, nas discussões em língua materna e/ou
língua estrangeira.
● Reconhecer a diferença entre linguagem formal e informal presentes nos
gêneros discursivos orais.
● Respeitar os turnos da fala.
● Apropriar-se da pronúncia das palavras, considerando as variações linguísticas.
ENSINO MÉDIO: 1ª, 2ª e 3ª ANOS
Gêneros Textuais
262
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
● Marcas do Gênero
- Conteúdo Temático
- Estilo
- Elementos Composicionais
● Esfera social de circulação
● Suporte
Práticas discursivas:
LEITURA ORALIDADE ESCRITA
● Tema do texto;
● Interlocutor;
● Finalidade do texto;
● Aceitabilidade do texto;
● Informatividade;
● Situacionalidade;
● Intertextualidade;
● Temporalidade;
● Referência textual;
● Partículas conectivas do
texto;
● Discurso direto e
indireto;
● Elementos
composicionais do
gênero;
● Emprego do sentido
conotativo e denotativo
no texto;
● Conteúdo temático;
● Finalidade;
● Aceitabilidade do texto;
● Informatividade;
● Papel do locutor e
interlocutor;
● Elementos
extralinguísticos:
entonação, expressões
facial, corporal e
gestual, pausas;
● Adequação do discurso
ao gênero;
● Turnos de fala;
● Variações linguísticas;
● Marcas linguísticas:
coesão, coerência,
gírias, repetição,
semântica;
● Adequação da fala ao
contexto (uso de
● Tema do texto;
● Interlocutor;
● Finalidade do texto;
● Aceitabilidade do texto;
● Informatividade;
● Situacionalidade;
● Intertextualidade;
● Temporalidade;
● Referência textual;
● Partículas conectivas do
texto;
● Discurso direto e
indireto;
● Elementos
composicionais do
gênero;
● Emprego do sentido
conotativo e denotativo
no texto;
263
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
LEITURA ORALIDADE ESCRITA
● Palavras e/ou
expressões que
denotam ironia e humor
no texto;
● Polissemia;
● Marcas linguísticas:
coesão, coerência,
função das classes
gramaticais no texto,
pontuação, recursos
gráficos (como aspas,
travessão, negrito),
figuras de linguagem;
● Léxico.
conectivos, gírias,
repetições, etc.);
● Diferenças e
semelhanças entre o
discurso oral ou escrito.
● Palavras e/ou
expressões que
denotam ironia e humor
no texto;
● Polissemia;
● Marcas linguísticas:
coesão, coerência,
função das classes
gramaticais no texto,
pontuação, recursos
gráficos (como aspas,
travessão, negrito),
figuras de linguagem;
● Ortografia;
● Concordância
verbal/nominal.
EXPECTATIVAS DA PRÁTICA DISCURSIVA ENSINO MÉDIO
● Compreender os elementos composicionais dos textos verbais e não verbais na
forma de gêneros textuais, considerando seu contexto de produção e esferas de
circulação.
● Identificar o tema do texto, considerando seu contexto de produção e a sua
esfera de circulação, refletindo sobre as vozes sociais presentes nele.
● Perceber a intencionalidade presente no texto (quem escreveu o texto, por quê,
para quê, de que forma, etc.).
● Identificar e analisar informações explícitas e implícitas no texto.
● Compreender o vocabulário que auxilia o entendimento a partir do contexto
(palavras transparentes; processos de formação de palavras: prefixação,
sufixação e composição, marcas de gênero e número; significado de palavras
264
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
desconhecidas, com base no contexto; reconhecimento de
tempos/aspectos/modos verbais com relação ao seu propósito).
● Identificar nos textos sua tipologia (narrativo, instrutivo, argumentativo, etc.).
● Realizar a leitura linear e não linear.
● Identificar os aspectos da organização textual.
● Identificar e compreender as figuras de linguagem e relacionar as mesmas ao
contexto em que estão inseridas.
● Reconhecer e usar os elementos que tornam o texto coeso e coerente, como
referências de tempo e lugar, referência lexical, referência pronominal,
conectivos e sua função de marcar relações de contraste, causa, consequência,
etc.
● Compreender, a partir de textos de diferentes gêneros, as classes gramaticais -
como artigos, pronomes, substantivos, adjetivos, verbos e seus tempos, etc., e
suas funções dentro do texto; e apropriar-se do conhecimento linguístico
necessário para a compreensão e produção do gênero textual estudado.
● Usar adequadamente a grafia.
● Pronunciar adequadamente as palavras em apresentações orais ou em leituras
de textos.
● Reconhecer e utilizar as variedades linguísticas.
● Compreender os elementos extralinguísticos (entonação, pausa, expressão
corporal).
● Respeitar os turnos da fala.
● Apropriar-se da pronúncia das palavras, considerando as variações linguísticas.
● Perceber que a Língua Estrangeira Moderna oferece meios de compreensão de
265
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
diferentes culturas e de apropriação e valorização de sua própria cultura.
METODOLOGIA
A partir do conteúdo estruturante e dos conteúdos básicos serão desenvolvidas
atividades que contemplem o uso da língua na leitura, na escrita, na oralidade. Tendo o
texto como unidade de comunicação verbal, que pode ser escrita, oral ou visual.
Esse texto terá uma problematização, o que despertará o interesse dos alunos
fazendo com que eles, na busca pela solução, desenvolvam uma prática reflexiva e
crítica, ampliem seus conhecimentos linguísticos e percebam as implicações sociais,
históricas, e ideológicos presentes em todo o discurso.
Importante trabalhar o vocabulário do texto, dependendo do grau de conhecimento
do aluno tendo como objetivo o uso efetivo da língua e não apenas memorização de
palavras soltas, descontextualizadas. Deste modo, a língua não será restrita ao ensino
de estruturas linguísticas, mas sim estabelecerão objetivos realistas e sensíveis às
diferenças regionais e individuais.
E a partir das necessidades surgidas durante o processo de interação do aluno
com o texto, o professor abordará as questões linguísticas de modo a refletir e discutir
sobre as mesmas. E nesses momentos o professor poderá mostrar aos alunos a
importância de considerar quem disse o quê, para quem, onde, quando e porque, para
entender a língua como uma prática social e que acontece em contextos diferentes o que
o levará a uma compreensão mais efetiva de um enunciado particular.
É fundamental que os textos trabalhados pertençam a vários gêneros do discurso,
pois segundo Bakhtin, esses organizam nossa fala da mesma maneira que dispõe as
formas gramaticais e seria impossível ter que criá-los pela primeira vez no processo da
fala.
Assim, o aluno deverá ter contato com diferentes gêneros de textos, ressaltando
suas diferenças estruturais e funcionais, a sua autoria o seu caráter público e ao mesmo
tempo aproveitar o conhecimento da língua materna para que esse aluno seja um leitor
266
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
crítico, sabendo que por trás de cada texto há um sujeito, com uma história, com uma
ideologia e com valores particulares e próprios da comunidade em que estão inseridos.
Isso favorecerá também a percepção de que as formas linguísticas não são sempre
idênticas, nem tem sempre o mesmo significado, flexibilidade esta que depende e varia
de acordo com o contexto e com a situação em que a prática social da língua ocorre.
A partir dessas considerações a efetivação do discurso como prática social
acontecerá por meio das práticas discursivas a seguir:
● A oralidade: expor os alunos a textos orais, pertencentes aos diferentes
discursos e incentivá-los a expressar suas ideias em língua estrangeiras,
respeitando seu nível linguístico, possibilitando a interação com sons específicos
da língua.
● A escrita: propor atividades sócio-interativas, significativas para que o aluno
perceba o uso real da língua, levando em consideração para quem se escreve e
através desse diálogo, construir um texto coerente tanto ao gênero discursivo
quanto a variedade linguística.
● A leitura: apresentar diferentes gêneros de textos aos alunos e propor atividades
de reflexão, levando-os a percebê-los como uma prática social de uma
sociedade em determinado contexto sócio-cultural. Além disso, instrumentalizar
os alunos com conhecimentos linguísticos, discursivos, sócio-pragmáticos e
sócio-culturais que necessitem para interagir melhor com esses textos.
Serão utilizadas alternativas viáveis para garantir ao aluno a aquisição e domínio
dos mecanismos que compõem a estrutura da língua, possibilitando o emprego desses
mecanismos num contexto específico para que se processe a comunicação.
Gradativamente o aluno irá ampliando seus conhecimentos linguísticos e a medida que
for superando dificuldades, serão apresentadas estruturas mais complexas e criadas
situações para que ele possa perceber o verdadeiro sentido da função social da língua
inglesa.
267
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Os alunos laudados, atendidos por professores de Sala de Recursos
Multifuncional, serão assistidos com a diferenciação curricular. O currículo deverá
contemplar a interação dos alunos e sequenciar os conteúdos, considerando os
diferentes ritmos e estilos de aprendizagem, com adequação de conteúdos, e/ou de
objetivos, e/ou de encaminhamentos metodológicos, e/ou do tempo, e/ou de instrumento,
ou critérios de avaliação, em atendimento às necessidades educativas, individuais dos
estudantes, em relação a construção do conhecimento, para sua aprendizagem. O(a)
professor(a) da sala de aula comum manterá contato com o professor da Sala de
Recursos e vice-versa.
2.0 A presente proposta também contempla a inclusão das temáticas “História e
Cultura Afro-Brasileira e Indígena (Lei nº 11.645/08), Prevenção ao uso Indevido às
Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência contra a
Criança e o Adolescente, Direito da Criança e Adolescente (L.F. Nº 11.525/07), Educação
Tributária (Dec. Nº 1143/99, Portaria no 413/02), Educação Ambiental (L.F. Nº 9795/99,
Dec. No 4201/02)” nos conteúdos a serem trabalhados, de acordo com o que for
oportunizado pelo texto, dada a importância que essas temáticas trazem para a
construção de um Estado Democrático de Direito, de acordo com o que dispõe a
Constituição da República Federativa do Brasil e a obrigatoriedade de seu ensino,
segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais, bem como a Deliberação Estadual 04/06 e
a instrução 009/2011.
Os recursos didáticos utilizados serão aqueles disponibilizados pela escola. Dentre
eles: Quadro-branco, livro didático, pincel atômico, material fotocopiado, aparelho de
som, televisão, aparelho de DVD/vídeo, data show, dicionários, Laboratório de
Informática e Internet.
AVALIAÇÃO
“A avaliação subsidia o professor com elementos para uma reflexão contínua
sobre sua prática, sobre a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de
268
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados para o
processo de aprendizagem individual ou de todo o grupo.” (LUCKESI, 1995)
A avaliação deve estar atrelada aos objetivos para o ensino de LEM já explicitados
na fundamentação teórica. O aluno precisa ser envolvido no processo de avaliação uma
vez que também é construtor do conhecimento. Seu esforço precisa ser reconhecido
através de ações como o fornecimento de “feedback” sobre o seu desempenho e
entendimento do “erro” como parte integrante da aprendizagem. É fundamental haver
coerência entre o ensino e a avaliação, partes inseparáveis do mesmo processo.
Deve ser avaliada a capacidade de perceber a linguagem nos códigos específicos,
a capacidade de compreender linguagens diferentes, em determinados momentos do
cotidiano, a capacidade de perceber os diferentes interesses vinculados pela linguagem,
a capacidade de realizar-se enquanto ser humano pela e na língua.
Portanto, essa avaliação será processual, contínua e participativa, envolvendo
diferentes instrumentos e critérios ao longo do processo, conforme segue:
2.1 Atividades de leitura compreensiva de textos - Ao fazer uso deste instrumento, os
professores deverão considerar se o aluno: compreende as ideias presentes no texto;
interage com o texto por meio de questionamentos, concordância ou discordâncias;
fala sobre o texto, expressa suas ideias com clareza e sistematiza o conhecimento de
forma adequada; estabelece relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala.
● Projeto de pesquisa bibliográfica - Ao fazer uso deste instrumento, os professores
deverão considerar se o aluno apresenta em seu texto os seguintes passos: 1.
Contextualização – introdução ao tema; 2. Problema - questões levantadas sobre
o tema; 3. Justificativa argumentando sobre a importância da pesquisa; 4. Consulta
bibliográfica - texto produzido pelo aluno a partir das leituras que fez, através de
paráfrases, citações referenciando adequadamente. 5. Referência – cita as fontes
pesquisadas.
● Produção de textos - Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão
considerar se o aluno: atende as três etapas articuladas da prática escrita como:
269
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
planeja o que será produzido, faz a escrita da primeira versão sobre a proposta
apresentada a partir daí, revisa, reestrutura e reescreve o texto na perspectiva da
intencionalidade definida. A partir disso, o professor observará se o aluno: produz
o texto atendendo às circunstâncias de produção (gênero, interlocutor, finalidades,
etc.); expressa as ideias com clareza (coerência e coesão); adequa a linguagem
às exigências do contexto de produção, dando diferentes graus de formalidade ou
informalidade, atende os termos de léxico, de estrutura; elabora argumentos
consistentes; respeita o tema; estabelece relações entre as partes do texto e
estabelece relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la.
● Palestra/apresentação Oral - Ao fazer uso deste instrumento, os professores
deverão considerar se o aluno: demonstra conhecimento do conteúdo; apresenta
argumentos selecionados; adequa a linguagem; apresenta sequência lógica e
clareza na exposição oral e se usa os recursos adequadamente.
● Relatório - Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se
o aluno atende aos seguintes tópicos: 1. Introdução - fornece informações iniciais
apresentando o trabalho (atividade) que deu origem ao relatório, apontando quais
são (foram) os objetivos desta atividade, bem como a relevância do conteúdo
abordado, dos conceitos construídos; 2. Metodologia e materiais - descreve,
objetiva e claramente, como realmente se deu o trabalho ou atividade
desenvolvida. Embora seja uma descrição sucinta, não pode omitir informações
que sejam relevantes para que o leitor compreenda a respeito do que se está
falando, ou para que o leitor faça uma reflexão que permita o aprimoramento da
atividade; 3. Análise - constam os elementos e situações interessantes que
tenham acontecido. É importante, na análise, que se estabeleça as relações entre
a atividade, os procedimentos realizados e o objeto de estudo que deram origem
à atividade em questão; 4. Considerações Finais - apresenta os resultados obtidos
de forma crítica, confrontando-os com os objetivos da atividade realizada. Este é
um item importante, pois vai possibilitar que o aluno faça a apreciação sobre o
trabalho (atividade) realizado, seus objetivos, a aprendizagem alcançada.
270
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
● Seminário: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se
o aluno: apresenta os argumentos com consistência; compreende o conteúdo
abordado, faz adequação da linguagem, faz uso e referência às fontes de pesquisa
com pertinência, traz relatos para o enriquecimento da apresentação, adequação
e relevância das intervenções dos integrantes do grupo que assiste a
apresentação.
● Debate - Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o
aluno: aceita a lógica da confrontação de posições; está disposto e aberto a
ultrapassar os limites das suas posições pessoais; explicita racionalmente os
conceitos e valores que fundamentam a posição e admite o caráter, por vezes
contraditório, da sua argumentação; faz uso adequado da língua portuguesa em
situações formais; apresenta o conhecimento sobre o conteúdo da disciplina
envolvido no debate, demonstra compreensão do assunto específico debatido e
sua relação com o conteúdo da disciplina.
● Atividades com textos literários - Ao fazer uso deste instrumento, os professores
deverão considerar se o aluno: compreende e interpreta a linguagem utilizada no
texto; articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto literário
lido; reconhece os recursos expressivos específicos do texto literário.
● Atividades a partir de recursos Audiovisuais - Ao fazer uso deste instrumento, os
professores deverão considerar se o aluno: compreende e interpreta a linguagem
utilizada; articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo
apresentado pelo audiovisual; reconhece os recursos expressivos específicos
daquele recurso.
● Trabalho de grupo - Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão
considerar se o aluno: demonstra conhecimentos formais da disciplina, estudados
em sala de aula, na produção coletiva de trabalhos na sala de aula ou em espaços
diferenciados; compreende a origem da construção histórica dos conteúdos
trabalhados e sua relação com a contemporaneidade.
271
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
● Questões discursivas - Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão
considerar se o aluno: demonstra compreensão do enunciado da questão;
comunica por escrito, com clareza utilizando-se da norma padrão da Língua
Portuguesa, sistematiza o conhecimento de forma adequada.
● Questões objetivas - Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão
considerar se o aluno: realiza leitura compreensiva do enunciado; demonstra
apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; é capaz de utilizar os
conhecimentos adquiridos e principalmente a fixação do conteúdo.
A avaliação na inclusão
É fundamental que o professor, dentro desse processo seja flexível, verifique e
valorize o progresso do aluno envolvendo-o num trabalho que inclua uma variedade de
situações de aprendizagem.
Será oportunizada ao estudante a recuperação de estudos de forma permanente
e concomitante ao processo de ensino e aprendizagem. Esta será organizada com
atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos
diversificados e os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações
efetuadas durante o processo, constituindo-se em mais um componente do
aproveitamento.
Para o fechamento da nota trimestral serão somados os valores atribuídos em cada
instrumento avaliativo, de forma a atender o que consta no Projeto Político Pedagógico,
Regimento Escolar do estabelecimento e também as orientações da LDB.
É fundamental que o professor, dentro desse processo de avaliação seja flexível,
verifique e valorize o progresso do aluno envolvendo-o num trabalho que inclua uma
variedade de situações de aprendizagem.
272
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
REFERÊNCIAS
BRASIL, Lei Nº 11.645, de 10 Março de 2008 . ______. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. ______. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. In: BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996. LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1995. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Introdução às Diretrizes Curriculares. Diretrizes Curriculares da Educação Básica para a rede Pública Estadual de Ensino. SEED-PR. ____. Lei nº11525/07 Enfrentamento à violência contra a Criança e ao Adolescente Enfrentamento à Violência na Escola/ Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretoria Políticas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. – Curitiba: SEED – Pr., - 2008 p. –93 (Cadernos Temáticos dos desafios educacionais contemporâneos, 4). ____. Lei nº 11525/07 História e Cultura Afro-brasileira, africana e indígena. História e Cultura afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico- raciais/Paraná. Secretaria de Estado e Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. - Curitiba: SEED-PR, 2006. -110p. – (Cadernos Temáticos). ________. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008. ____. Sexualidade/ Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de diversidade. Núcleo de Gênero e Diversidade Sexual. – Curitiba: SEED – Pr., - 2009 p. –216. (Cadernos Temáticos dos desafios educacionais contemporâneos, 3). ____. Decreto 4201/02; Lei nº 9795/99. Educação Ambiental/ Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento da Diversidade. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. – Curitiba: SEED – Pr., - 2008 p. –112 (Cadernos Temáticos da Diversidade, 1). ______. Grupo de estudos. Disponível em
273
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
http://www.seed.pr.gov.br/portals/bancoquestaoavaliativa/OrientacoesGeraisGE2008.pdf?PHPSESSID=2010080411160589 acesso em 04/08/2010 POLO, Colégio Estadual Unidade- Projeto Político Pedagógico. Campo Mourão, 2018. POLO, Colégio Estadual Unidade- Regimento Escolar. Campo Mourão, 2018. VYGOTSKY, L, S. Pensamento e linguagem. 2ed. São Paulo: 1999
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – LÍNGUA PORTUGUESA 1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Língua Portuguesa, desde as últimas décadas do século XIX, quando passou
a integrar os currículos escolares, teve diferentes enfoques. Inicialmente, ocupava um
espaço pouco significativo e fragmentava-se entre Gramática, Retórica e Poética.A
industrialização passou a requerer uma ampliação escolar a camadas maiores da
população, e a educação passou a conceder a cada classe o nível linguístico que lhe
era necessário, privilegiando o estudo do funcionamento da língua padrão através do
ensino de gramática.
Apartir da década de 60, a concepção tecnicista baseada em exercícios de
memorização impunha uma formação acrítica e passiva. A Lei 5692/71 aprofundou a
ideia do ensino voltado à qualificação para o trabalho e a concepção de linguagem
como meio de comunicação.
Ainda na década de 70, discutiam-se novas teorias como a Sociolinguística,
Análise do Discurso, Semântica e a Linguística Textual, mas os livros didáticos
continuavam a reproduzir as concepções tradicionais de linguagem e poucas inovações
foram observadas na prática de produção detextos.
274
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
No final dos anos 70, início da década de 80, nos meios acadêmicos,
intensificaram-se os estudos, principalmente de Bakhtin, acerca da natureza
sociológicada linguagem. O Currículo Básico do Paraná, em 1990, orientava um
trabalho focado na leitura e produção, voltado ao domínio de falar, ler e escrever.
Os PCN também fundamentavam a proposta de Língua Portuguesa na
concepção interacionista, porém o aprofundamento dos estudos dialógicos e
discursivos da linguagem consolidaram-se com as DCE.
As Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Portuguesa propõemnovos
posicionamentos em relação às práticas de ensino, enfatizando a língua viva, dialógica,
em constante movimentação, permanentemente reflexiva e produtiva.
Dessa forma, o trabalho na disciplina será pautado na concepção de linguagem
como forma de interação entre as pessoas. A linguagem passa a ser considerada em
sua relação como os sujeitos que a utilizam, levando-se em conta a enunciação, ou
seja, o contexto de produção do enunciado ou do discurso que se materializa em
práticas discursivas no texto. Por isso, a necessidade de o texto ser entendido e
trabalhado em sua dimensão discursiva, como espaço de constituição do sujeito e de
suas relações sociais.
Assim, o trabalho com a língua deve considerar as práticas linguísticas que os
alunos trazem ao ingressar na escola, propiciar a inclusão de conceitos e definições
necessários ao uso da norma padrão e aprimorar sua competência linguística. Além
disso, deve proporcionar uma prática significativa com gêneros textuais orais, escritos
e imagéticos, no intuito de que o aluno seja inserido em determinada realidade,
interagindo, ampliando seu conhecimento de mundo e desenvolvendo o senso crítico
com relação ao outro e a si mesmo.
Nessa perspectiva, o papel da disciplina é essencial na educação formal do
indivíduo uma vez que a linguagem permeia todas as atividades humanas, em todas
as esferas sociais. No âmbito escolar, a linguagem tanto oral quanto escrita é uma
275
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
ferramenta indispensável ao letramento e à construção de conhecimentos nas mais
diferentes áreas e disciplinas.
Nesse processo de ensino e de aprendizagem, a ação pedagógica referente à
linguagem precisa pautar-se na interlocução, em atividades planejadas que
possibilitem ao aluno a leitura e a produção oral e escrita. A leitura é um processo que
implica uma resposta do leitor ao que ele lê, é dialógica, acontece num tempo e num
espaço. No ato de leitura, um texto leva a outro e orienta para uma política de
singularização do leitor que, convocado pelo texto, participa da elaboração dos
significados, confrontando-o com o próprio saber e com a sua experiência devida.
Na oralidade, tomam-se como ponto de partida os conhecimentos linguísticos
dos alunos para promover situações que os incentivem a falar, ou seja, fazer uso da
variedade de linguagem que empregam em suas relações sociais, mostrando que as
diferenças de registro não constituem, científica e legalmente, objeto de classificação
e que é importante a adequação do registro nas diferentes instâncias discursivas.
A escrita se faz a partir da produção de diferentes gêneros, por meio das
experiências sociais, tanto singular quanto coletivamente vividas. A produção textual
começa no contato do aluno com a maior variedade de gêneros discursivos possíveis.
Cabe ao professor mostrar o papel desses gêneros no processo social de interação
verbal, como forma de garantir a adequação discursiva do aluno para as mais variadas
situações de interação sócio-verbal a que ele poderá ser exposto dentro e fora dos
limites escolares.
Quanto à análise linguística, a interlocução deve ser considerada como ponto
de partida para o trabalho com o texto. Os conteúdos gramaticais devem ser estudados
a partir de seus aspectos funcionais na constituição da unidade de sentido dos
enunciados. Essa prática abre espaço para as atividades de reflexão dos recursos
linguísticos e seus efeitos de sentido nos textos. Por isso, não se deve considerar
somente a gramática normativa, mas também as outras, como a descritiva, a
internalizada e, em especial, a reflexiva no processo de ensino de Língua Portuguesa.
276
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
1. OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA
O objetivo geral da disciplina é aprimorar os conhecimentos linguístico-
discursivos quanto ao uso da língua materna nas diferentes práticas sociais e
discursivas contempladas pela oralidade e pela escrita, com o intuito de o sujeito
compreender que os significados são ideológico-sociais e historicamente construídos,
passíveis de transformaçãona prática social. Nesse sentido, o sujeito deverá
reconhecer o papel dialógico da língua materna no seu uso discursivo, levando-o a
desenvolver o senso crítico necessário ao processo de transformação de seu contexto
social.
3. CONTEÚDO
ENSINO FUNDAMENTAL 6ºANO DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO -
METODOLÓGICA AVALIAÇÃO
GÊNEROS DISCURSIVOS:
• Cartão postal; blog, diário, receita culinária, fábulas, anedotas, anúncios publicitários, poemas, convites, tiras, histórias em quadrinhos, relatos cotidianos, letras de músicas, trava-línguas parlendas, provérbios causos textos imagéticos.
• Serão aprofundados e trabalhados na produção textual: Bilhetes, Cartas, Contos maravilhosos, Resumos, cartazes (com o nível de complexidade adequado à série).
LEITURA
• Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros considerando os conhecimentos prévios dos alunos;
• Questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; Encaminhamento de discussões sobre: tema, Intenções, intertextualidade; contextualização da produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;
• Utilização de textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos, fotos, imagens, mapas e outros;
• Contextualização do tema com a atualidade;
• Socialização das ideias dos alunos
LEITURA Espera-se que o aluno:
• Identifique o tema; Realize leitura compreensiva do texto;
• Localize informações explícitas no texto;
• Posicione-se argumentativamente;
• Amplie seu horizonte de expectativas;
• Amplie seu léxico;
• Identifique a ideia principal do texto. ESCRITA
• Espera-se que o aluno:
277
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO -
METODOLÓGICA AVALIAÇÃO
LEITURA
• Tema do texto; Interlocutor; Finalidade; Argumentos do texto;
• Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Léxico;
• Marcas linguísticas:coesão, coerência, função das classes gramaticais notexto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. ESCRITA
• Contexto de produção; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Argumentatividade; Discurso direto e indireto; Elementos Composicionais do gênero; Divisão do texto em parágrafos; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; Processode formação de palavras; Acentuação gráfica; Ortografia; Concordância verbal/nominal. ORALIDADE
• Tema do texto; Finalidade; Argumentos; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
sobre o texto. ESCRITA
• Planejamento daprodução textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade; Estimulo à ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;
• Acompanhamento da produção do texto;
• Encaminhamento à reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos elementos que compõe o gênero.
• Análise da coesão e coerência da produção textual, Continuidade temática, finalidade, adequação da linguagem ao contexto;
• Condução na reescrita, auma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. ORALIDADE
• Organização de apresentações de textos produzidos pelos alunos;
• Orientações sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
• Preparação de apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal;
• Estímulo à contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como entonação, pausas, expressão facial e outros;
• Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros.
Expresse as ideias com clareza;
• Elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do Professor, atendendo: − às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); à continuidade temática;
• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
• Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc;
• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral, substantivo, etc. ORALIDADE Espera-se que o aluno:
• Utilize discurso de acordo com a situação de Produção (formal/informal);
• Apresente suas ideias com clareza, coerência e argumentatividade;
• Compreenda argumentos no discurso do outro; Explane diferentes textos, utilizando adequadamente entonação, pausas, gestos, etc;
• Respeite os turnos de fala.
7ºANO
278
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-
METODOLÓGICA AVALIAÇÃO
GÊNEROS DISCURSIVOS
História em quadrinhos; Mitos; Poema-imagem; Campanha comunitária; Texto de opinião; Debate; Seminário; Entrevista; Conto; Notícia; Charge; Tiras; Cartaz; Relato cotidiano; Textos imagéticos (Gravuras, mapas, fotos)
Serão aprofundados e trabalhados na produção textual: quadrinhos, poemas; contos fantásticos/de mistério
Relatório (com o nível de complexidade adequado à série.) LEITURA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Argumentos do texto;
Contexto de produção;
Intertextualidade;
Informações
Explícitas e implícitas;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Repetição proposital de palavras;
Léxico;
Ambiguidade;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
Pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem ESCRITA
Contexto de produção;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
LEITURA
Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros, ampliando o léxico e considerando os conhecimentos prévios dos alunos;
Questionamentos que possibilitem inferência s sobre o texto;
Encaminhamento de discussões sobre: tema e intenções;
Contextualização de produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;
Utilização de textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos, fotos, imagens, mapas e outros;
Contextualização do tema com a atualidade, com as diferentes possibilidades de sentido (ambiguidade) e com outros textos;
Socialização das ideias dos alunos sobre o texto. ESCRITA
Planejamento da produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade;
Estímulo ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos;
Acompanhamento da produção do texto;
Encaminhamento à reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for uma narrativa de enigma, observar se há o narrador,
Quem são os personagens, tempo, espaço, se o texto remete a um mistério, etc.);
Analise da coerência e coesão textuais, continuidade temática, finalidade, adequação da linguagem ao contexto;
Condução na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. ORALIDADE
Organização de Apresentações de textos produzidos pelos alunos;
LEITURA
Espera-se que o aluno:
Realize leitura compreensiva do texto;
Localize informações explícitas e implícitas no texto;
Posicione-se argumentativamente;
Amplie seu horizonte de expectativas;
Amplie seu léxico;
Perceba o ambiente no qual circula o gênero;
Identifique a ideia principal do texto;
Analise as intenções do autor;
Identifique o tema;
Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto ESCRITA Espera-se que o aluno:
Expresse suas ideias com clareza;
Elabore textos
Atendendo:
- às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);
- à continuidade temática;
Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc.;
Utilize adequadamente recursos linguísticos
Como pontuação, uso
E função do artigo,
Pronome, substantivo, etc. ORALIDADE
Espera-se que o aluno:
279
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-
METODOLÓGICA AVALIAÇÃO
Marcas linguísticas: Coesão, coerência,
Função das classes gramaticais no texto,
Pontuação, recursos gráficos (como Aspas, travessão, Negrito), figuras de Linguagem;
Processo de formação de Palavras; acentuação gráfica; ortografia; Concordância verbal/nominal ORALIDADE
Tema do texto; Finalidade;
Papel do locutor e Interlocutor;
Elementos Extralinguísticos:
Entonação, pausas, Gestos, etc;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações Linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição Semântica.
Propostas de reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos;
Orientações sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
Preparação de apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal;
Estímulo à contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como entonação, pausas, expressão facial e outros.
Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros.
Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (Formal/informal);
Apresente suas ideias com clareza;
Expresse oralmente suas ideias de modo fluente e adequado ao gênero proposto;
Compreenda os argumentos no discurso do outro;
Exponha objetivamente seus argumentos;
Organize a sequência de sua fala;
Respeite os turnos de fala;
Analise os argumentos dos colegas de classe em suas apresentações se/ou nos gêneros orais trabalhados;
Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, etc.
8ºANO DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO
METODOLÓGICA AVALIAÇÃO
GÊNEROS DISCURSIVOS
• Anúncio publicitário
• Charge
• Resenha crítica
• Peça teatral
• Resumo
• Debate regrado
• Infográfico
• Letra de música
• Reportagem
• Panfleto Textos imagéticos serão aprofundados e trabalhados na produção textual:
LEITURA
• Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros considerando os conhecimentos prévios dos alunos;
• Questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
• Encaminhamento de discussões e reflexões sobre: tema, finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade;
• Contextualização de produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;
• Utilização de textos verbais diversos
LEITURA Espera-se que o aluno:
• Realize leitura compreensiva do texto;
• Localize de informações explícitas e implícitas no texto;
• Posicione-se argumentativamente;
• Amplie seu horizonte de expectativas;
• Amplie; Perceba o ambiente no qual circula o gênero;
280
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO
METODOLÓGICA AVALIAÇÃO
• Crônica
• Seminário
• Notícia
• Resenha (Com o nível de complexidade adequado à série.) LEITURA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Intencionalidade do texto;
• Argumentos do texto;
• Contexto de produção;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); Semântica:
• Operadores argumentativos; Ambiguidade; Sentido figurado; Expressões que denota ironia e humor no texto. Gráficos como aspas, travessão, negrito; Concordância verbal e nominal; Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomada se sequenciação do texto; Semântica: operadores argumentativos; Ambiguidade; significado das palavras; Sentido figurado; Analise recursos da Oralidade em cenas de desenhos, programas Infanto-juvenis, entrevistas, Expressões que denotam ironia e humor no texto. Prosódicas, entre
que dialoguem com não-verbais, como gráficos, fotos, imagens, mapas, e outros;
• Contextualização do tema com a atualidade;
• Socialização das ideias dos alunos sobre o texto;
• Instigação à identificação e reflexão sobre os sentidos de palavras e/ou expressões figuradas, bem como de expressões que denotam ironia e humor;
• Estímulo à observação e percepção de recursos utilizados para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto. ESCRITA
• Planejamento da produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade;
• Estímulo à ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos;
• Acompanhamento da produção do texto;
• Análise da coesão e coerência textuais, continuidade temática, finalidade, adequação da linguagem ao contexto;
• Estímulo ao uso de figuras de linguagem no texto;
• Incentivo à utilização e recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Discussões para entendimento do papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto;
• Encaminhamento à reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for uma notícia, observar se o fato relatado é relevante, se apresenta dados coerentes, se a linguagem é própria do suporte (ex. jornal), se traz vozes de autoridade, etc.).
• Condução, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. ORALIDADE
• Identifique a ideia principal do texto;
• Analise as intenções do autor;
• Identifique o tema;
• Reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto;
• Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras
• e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo;
• Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto;
• Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto. ESCRITA Espera-se que o aluno:
• Expresse suas deias com clareza;
• Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, Finalidade); - à continuidade temática;
• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
• Utilize recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc.;
• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, etc;
• Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo;
• Entenda o papel sintático e estilístico dos pronomes na
281
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO
METODOLÓGICA AVALIAÇÃO
outras);
• Marcas linguísticas:
• Coesão, coerência,
• Gírias, repetição;
• Elementos semânticos;
• Adequação da fala ao
• Contexto (uso de conectivos, gírias,
• Repetições, etc.);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
• Organização de apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto;
• Propostas de reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Orientações sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
• Preparação de apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal;
• Estímulo à contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros;
• Análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes como jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio, etc., a fim de perceber a ideologia dos discursos dessas esferas;
• Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros.
organização, retomada e sequenciação do texto; Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos.
• Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros.
9ºANO
DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-
METODOLÓGICA AVALIAÇÃO
GÊNEROS DISCURSIVOS
• Infográfico
• Entrevista
• Conto
• Poema
• Seminário
• Editorial
• Anúncio
LEITURA
• Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros, considerando conhecimentos prévios dos alunos;
• Questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
• Encaminhamento de discussões e reflexões sobre:tema, finalidade, intenções, intertextualidade,
LEITURA Espera-se que o aluno:
• Realize leitura compreensiva do texto e das partículas conectivas;
• Localize informações explícitas e implícitas no texto;
• Posicione-se
282
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-
METODOLÓGICA AVALIAÇÃO
• Notícia
• Resumo
• Resenha
• Debate
• Cartaz
• Texto imagético Serão aprofundados e trabalhados na produção textual:
• Charge
• Crônica
• Textos argumentativos
• Reportagem LEITURA Conteúdo temático:
• Interlocutor;
• Intencionalidade do texto;
• Argumentos do texto;
• Contexto de produção;
• Intertextualidade;
• Discurso ideológico presente no texto;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Relação de causae consequência entreas partes e elementosdo texto;
• Partículas conectivas do texto;
• Progressão referencial no texto;
• Marcas linguísticas:coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
• Semântica: -operadores argumentativos; -polissemia; - expressões que denotam ironia e humor no texto. ESCRITA
• Conteúdo temático;
aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia;
• Análises para estabelecer a referência textual;
• Contextualização da produção:suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;
• Utilização de textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, comográficos, fotos, imagens, mapas e outros;
• Contextualização do tema com a atualidade;
• Socialização das ideias dos alunos sobre o texto;
• Instigação ao entendimento/reflexão sobre palavras em sentido figurado;
• Estímulo a leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, o que é próprio de cada gênero
• Incentiva à percepção dos recursos utilizados para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Condução de leituras para a compreensão das partículas conectivas. ESCRITA
• Planejamento da produção textual a partir:da delimitação tema, do interlocutor, finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e ideologia;
• Suporte para o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual;
• Estímulo a ampliação de leituras sobre o tema eo gênero proposto;
• Acompanhamentoda produção do texto;
• Análise da coesão e coerência textuais, continuidade temática, finalidade, adequação da linguagem ao contexto;
• Estímulo ao uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e
argumentativamente;
• Amplie seu horizonte de expectativas;
• Amplie seu léxico;
• Perceba o ambiente no qual circula o gênero;
• Identifique a ideia principal do texto;
• Analise as intenções do autor;
• Identifique o tema;
• Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;
• Compreenda as diferenças de corridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo;
• Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial;
• Reconheça o estilo, próprio de diferentes gêneros. ESCRITA Espera-se que o aluno:
• Expresse ideias com clareza;
• Elabore textos atendendo: às situações deprodução propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); e à continuidade temática;
• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
• Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, intertextualidade, etc;
• Utilize adequadamente
283
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-
METODOLÓGICA AVALIAÇÃO
• Interlocutor;
• Intencionalidade do texto;
• Informatividade;
• Contexto de produção;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Partículas conectivas do texto;
• Progressão referencial no texto;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;
• Sintaxe de concordância;
denotativo, bem com o de expressões que denotam ironia e humor; figuras de linguagem no texto;
• Incentivo àutilização de recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Orientação sobre a utilização adequada das partículas conectivas;
• Encaminhamento à reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos
• Elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for uma crônica, verificar se a temática está relacionada ao cotidiano, se há relações estabelecidas entre os personagens, o local, o tempo em que a história acontece, etc.);
• Condução, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. ORALIDADE
• Organização de apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade finalidadedo texto;
• Propostas de reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos, e sobre a Utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Orientação sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
• Preparação de apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal;
• Estímulo à contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como entonação, expressões facial, corporal e gestual, Pausas e outros;
• Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade; como cenas dedesenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagens, entre outros.
recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc.;
• Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo;
• Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e formativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial. ORALIDADE Espera-se que o aluno:
• Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);
• Apresente ideias com clareza;
• Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;
• Compreenda argumentos no discurso do outro;
• Exponha objetivamente argumentos;
• Organize a sequência da fala;
• Respeite os turnos de fala;
• Analise os argumentos apresentados pelos colegas em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;
• Participe ativamente de diálogos, relatos, discussões, etc.;
• Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e
284
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-
METODOLÓGICA AVALIAÇÃO
entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos;
• Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.
ENSINO MÉDIO
1º ANO
DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
GÊNEROS DISCURSIVOS
• Conto
• Romance
• Charge
• Tira
• Cartaz,
• Peça teatral
• Contrato,
• Relato pessoal,
• Editorial,
• Letra de música LEITURA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade;
• Argumentos do texto;
• Contexto de produção;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Discurso ideológico presente no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Contexto de produção da obra literária;
LEITURA
• Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros, considerando os conhecimentos prévios dos alunos;
• Questionamentos que possibilitem inferências a partir de pistas textuais;
• Encaminhamento de discussões e reflexões sobre: tema, finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia;
• Contextualização da produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade,
• Época; referente à obra literária, explore os estilos do autor, da época, situe o momento de produçãoda obra e dialogue como momento atual, bemcomo com outras áreas do conhecimento;
• Utilização de textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, comográficos, fotos, imagens, mapas e outros;
• Contextualização do tema com a atualidade;
• Socialização das ideias dos alunos sobre o texto;
• Instigação ao entendimento/reflexão sobre palavras em sentido figurado;
• Estímulo a leituras que suscitem o
LEITURA Espera-se que o aluno:
• Efetue leitura compreensiva, global, crítica e analítica de textos verbais e não-verbais;
• Localize informações explícitas e implícitas no texto;
• Produza inferências a partir de pistas textuais;
• Posicione-se argumentativamente;
• Amplie seu léxico;
• Perceba o ambiente no qual circula o gênero;
• Identifique a ideia principal do texto;
• Analise as intenções do autor;
• Identifique o tema referente à obra literária: amplie seu horizonte de expectativas, perceba os diferentes estilos e estabeleça relações entre obras de diferentes épocas com o contexto histórico atual;
• Deduza os sentidos de
285
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
• Progressão referencial;
• Partículas conectivas do texto;
• Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;
• Semântica: -operadores argumentativos; modalizadores; figuras de linguagem. ESCRITA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade;
• Informatividade;
• Contexto de produção;
• Intertextualidade;
• Referência textual;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Ideologia presenteno texto;
• Elementos composicionaisdo gênero;
• Progressão referencial;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Semântica: operadores argumentativos; modalizadores; figuras de linguagem;
• Marcaslinguísticas:coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;
reconhecimento do estilo, que é próprio de cada gênero;
• Incentivo à percepção dos recursos utilizados para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Análises para estabelecer a progressão referencial do texto;
• Condução a leituras para a compreensão das partículas conectivas. ESCRITA
• Planejamento da produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, intenções, contexto de produção do gênero;
• Orientação para o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual;
• Condução à utilização adequada dos conectivos;
• Estímulo à ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;
• Acompanhamento da produção do texto;
• Instigação ao uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo;
• Estímulo a produções que suscitem o reconhecimento do estilo, que é próprio de cada gênero;
• Incentivo à utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Encaminhamento da reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos elementos que compõe o gênero (por exemplo: se for um artigo de opinião, bservar se há uma questão problema, se apresenta defesa de argumentos, se a linguagem está apropriada, se há continuida de temática, etc.);
• Análise da coesãoe coerência textuais, continuidade temática, finalidade, adequação da linguagem ao contexto;
• Condução, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.
palavras e/ou expressões a partir do contexto;
• Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo;
• Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial;
• Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero. ESCRITA Espera-se que o aluno:
• Expresse ideias com clareza;
• Elabore textos atendendo: - às situações deprodução propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática;
• Diferencie o contexto de uso da Linguagem formal e informal;
• Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, intertextualidade, etc.;
• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc.;
• Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo;
• Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos;
• Reconheça palavras e/ou
286
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
• Vícios de linguagem;
• Sintaxe de concordância; Sintaxe de regência. ORALIDADE
• Conteúdo temático; Finalidade;
• Intencionalidade;
• Argumentos;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, Corporal e gestual, pausas...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; Elementos semânticos;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
ORALIDADE
• Organização de apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto;
• Reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Orientações sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
• Preparação de apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal;
• Estímulo à contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros;
• Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como seminários, telejornais, entrevistas, reportagens, entre outros;
• Análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes como jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio, etc., a fim de perceber a ideologia dos discursos dessas esferas.
expressões que estabelecem a progressão referencial;
• Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero. ORALIDADE Espera-se que o aluno:
• Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);
• Apresente ideias com clareza;
• Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;
• Compreenda os argumentos do discurso do outro;
• Exponha objetivamente seus argumentos e defenda claramente suas ideias;
• Organize a sequência da fala de modo que as informações não se percam;
• Respeite os turnos de fala;
• Analise, contraponha, discuta os argumentos apresentados pelos colegas em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;
• Contra-argumente ideias formuladas pelos colegas em discussões, debates, mesas redondas, diálogos, discussões;
• Utilize de forma intencional e consciente expressões faciais, corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos.
287
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
2º ANO
DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO - METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
GÊNEROS DISCURSIVOS
• Texto imagético; Texto publicitário; Notícia; Entrevista, Reportagem, Gráfico; Curriculum vitae
• Serão aprofundados e trabalhados na produção textual: Resumo, Resenha, Debate regrado público, Seminário; Poema, Artigo de opinião, Crônica, Carta do leitor (argumentação, reclamação, solicitação); Dissertação escolar LEITURA
• Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto; Intencionalidade; Argumentos do texto;
• Contexto de produção; Intertextualidade; Vozes sociais presentes no texto;
• Discurso ideológico presente no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Contexto de produção da obra literária;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticaisno texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
LEITURA
• Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros, considerando os conhecimentos prévios dos alunos;
• Questionamentos que possibilitem inferências a partir de pistas textuais;
• Encaminhamento de discussões e reflexões sobre: tema, finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia;
• Contextualização da produção:suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; referente à obra literária, explore os estilos do autor, da época, situe o momento de produção da obra e dialogue como momento atual, bem como com outras áreas do conhecimento;
• Utilização de textos verbais diversos que dialoguem com não- verbais, comográficos, fotos, imagens, mapas e outros;
• Contextualização do tema com a atualidade
• Socialização das ideias dos alunos sobre o texto;
• Instigação ao entendimento/reflexão sobre palavras em sentido figurado;
• Estímulo a leituras que suscitem o reconhecimento do estilo, que é próprio decada gênero;
• Incentivo à percepção dos recursos utilizados para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Análises para estabelecer a progressão referencial do texto;
• Condução a leituras para a compreensão das partículas conectivas.
LEITURA Espera-se que o aluno:
• Efetue leitura compreensiva, global, crítica e analítica de textos verbais e não-verbais;
• Localize informações explícitas e implícitas no texto;
• Produza inferências a partir de pistas textuais;
• Posicione-se argumentativamente;
• Amplie seu léxico;
• Perceba o ambiente no qual circula o gênero;
• Identifique a ideia principal do texto;
• Analise as intenções do autor;
• Identifique o tema;
• Referente à obra literária, amplie seu horizonte de expectativas, perceba os diferentes estilos e estabeleça relações entre obras de diferentes épocas com o contexto histórico atual;
• Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;
• Compreenda as diferenças de corridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo;
• Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
288
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO - METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
• Progressão referencial;
• Partículas conectivas do texto;
• Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;
• Semântica: operadores argumentativos; modalizadores; - figuras de linguagem. ESCRITA
• Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto; Intencionalidade; Informatividade; Contexto de produção; Intertextualidade; Referência textual; Vozes sociais presentes no texto; Ideologia presente no texto; Elementos composicionais do gênero; Progressão referencial;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Semântica: -operadores argumentativos; modalizadores; figuras de linguagem;
• Marcas linguísticas:coesão, coerência, função das classes gramaticaisno texto, conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas,
ESCRITA
• Planejamentoda produção textual apartir:da delimitação do tema, do interlocutor, intenções, contexto de produção do gênero;
• Orientação para o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual;
• Condução à utilização adequada dos conectivos;
• Estímulo à ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;
• Acompanhamento da produção do texto;
• Instigação ao uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo;
• Estímulo a produções que suscitem o reconhecimento do estilo, que é próprio de cada gênero;
• Incentivo à utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Encaminhamento da reescrita textual:revisão dos argumentos/das ideias, dos elementos que compõe o gênero (por exemplo: se for um artigo de opinião, observar se há uma questão problema, se apresenta defesa de argumentos, se a linguagem está apropriada, se há continuidade temática, etc.);
• Análise da coesão e coerência textuais, continuidade temática, finalidade, adequação da linguagem ao contexto;
• Condução, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturai se normativos. ORALIDADE
• Organização de apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e
• Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial;
• Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero. ESCRITA Espera-se que o aluno:
• Expresse ideias com clareza;
• Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática;
• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
• Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, intertextualidade, etc.;
• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc.;
• Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo;
• Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos;
• Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial;
• Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero.
289
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO - METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
travessão, negrito, etc.;
• Vícios de linguagem;
• Sintaxe de concordância;
• Sintaxe de regência. ORALIDADE
• Conteúdo temático; Finalidade; Intencionalidade; Argumentos; Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...;
• Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala;
• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Elementos semânticos;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
finalidade do texto;
• Reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos, e sobre autilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Orientações sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
• Prepare ação de apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal;
• Estímulo à contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como entonação, expressões aciais, corporal e gestual, pausas e outros;
• Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como seminários, telejornais, entrevistas, reportagens, entre outros; •Análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes como jornais, emissoras deTV, emissoras de rádio, etc., a fim de perceber a ideologia dos discursos dessas esferas.
ORALIDADE Espera-se que o aluno:
• Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);
• Apresente ideias com clareza;
• Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto; Compreenda os argumentos do discurso do outro;
• Exponha objetivamente seus argumentos e defenda claramente suas ideias; Organize a sequência da fala de modo que as informações não se percam; Respeite os turnos de fala;
• Analise, contraponha, discuta os argumentos apresentados pelos colegas em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;
• Contra-argumente ideias formuladas pelos colegas em discussões, debates, mesas redondas, diálogos, discussões;
• Utilize de forma intencional e consciente: Expressões faciais, corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos.
290
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
3 ºANO
DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA AVALIAÇÃO
GÊNERO DISCURSIVO
• Curriculum vitae
• Serão aprofundados e trabalhados na produção textual: resumo, resenha, debate regra do público, seminário, poema, artigo de opinião, crônica, carta do leitor (argumentação, reclamação, solicitação); dissertação escolar
• LEITURA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade;
• Argumentos do texto;
• Contexto de produção;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Discurso ideológico presente no texto;
• Elementos composicionaisdo gênero;
• Contexto de produção da obra literária;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
• Progressão referencial;
• Partículas conectivas do texto;
• Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;
• Semântica: -operadores argumentativos; -modalizadores; - figuras de
LEITURA
• Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros, considerando os conhecimentos prévios dos alunos;
• Questionamentos que possibilitem inferências a partir de pistas textuais;
• Encaminhamento de discussões e reflexões sobre: tema, finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia;
• Contextualização da produção:suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; referente à obra literária, explore os estilos do autor, da época, situe o momento de produção da obra e dialogue como momento atual, bem como com outras áreas do conhecimento;
• Utilização de textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos, fotos, imagens, mapas e outros;
• Contextualização do tema com a atualidade
• Socialização das ideias dos alunos sobre o texto;
• Instigação ao entendimento/reflexão sobre palavras em sentido figurado;
• Estímulo a leituras que suscitem o reconhecimento do estilo, que é próprio de cada gênero;
• Incentivo à percepção dos recursos utilizados para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do
LEITURA Espera-se que o aluno:
• Efetue leitura compreensiva, global, crítica e analítica de textos verbais e não-verbais;
• Localize informações explícitas e implícitas no texto;
• Produza inferências a partir de pistas textuais;
• Posicione-se argumentativamente;
• Amplie seu léxico;
• Perceba o ambiente no qual circula o gênero;
• Identifique a ideia principal do texto;
• Analise as intenções do autor;
• Identifique o tema referente à obra literária, amplie seu horizonte de expectativas, perceba os diferentes estilos e estabeleça relações entre obras de diferentes épocas como contexto histórico atual;
• Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;
• Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo;
• Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Reconheça palavras
291
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA AVALIAÇÃO
linguagem. ESCRITA
• Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto; Intencionalidade; Informatividade; Contexto de produção; Intertextualidade; Referência textual;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Ideologia presente no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Progressão referencial;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Semântica: -operadores argumentativos; modalizadores; figuras de linguagem;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;
• Vícios de linguagem;
• Sintaxe de concordância;
• Sintaxe de regência. ORALIDADE
• Conteúdo temático; Finalidade; Intencionalidade; Argumentos;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...;
• Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala;
• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
texto;
• •Análises para estabelecer a progressão referencial do texto;
• Condução a leituras para a compreensão das partículas conectivas. ESCRITA
• Planejamento da produção textual a partir:da delimitação do tema, do interlocutor, intenções, contexto de produção do gênero;
• Orientação para o uso adequado de palavras e Expressões para estabelecer a referência textual;
• Condução à utilização adequada dos conectivos;
• Estímulo à ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;
• Acompanhamento da produção do texto;
• Instigação ao uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo;
• Estímulo a produções que suscitem o reconhecimento do estilo, que é próprio de cada gênero;
• Incentivo à utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Encaminhamento da reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos elementos que compõe o gênero (por exemplo: se for um artigo de opinião, observar se há uma questão problema, se apresenta defesa de argumentos, se a linguagem está apropriada, se há continuidade temática, etc.);
• Análise da coesão e coerência textuais, continuidade temática,
e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial;
• Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero. ESCRITA Espera-se que o aluno:
• Expresse ideias com clareza;
• Elabore textos atendendo: - às situações de Produção propostas (gênero, interlocutor, à finalidade...); - à continuidade temática;
• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
• Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, intertextualidade, etc.;
• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc.;
• Empregue palavras e/ou xpressões no sentido conotativo;
• Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos;
• Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a Progressão referencial;
• Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero. ORALIDADE
292
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA AVALIAÇÃO
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; Elementos semânticos; Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
finalidade, adequação da linguagem ao contexto;
• Condução, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. ORALIDADE
• Organização de apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto;
• Reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos, e sobre autilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Orientações sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
• Prepareação de apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal;
• Estímulo à contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como entonação, expressão facial, corporal e gestual, pausas e outros;
• Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como seminários, telejornais, entrevistas, reportagens, entre outros;
• Análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes como jornais, emissoras deTV, emissoras de rádio, etc., a fim de perceber a ideologia dos discursos dessas esferas.
• Espera-se que o aluno:
• Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);
• Apresente ideias com clareza;
• Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;
• Compreenda os argumentos do discurso do outro;
• Exponha objetivamente seus argumentos e defenda claramente suas ideias;
• Organize a sequência da fala de modo que as informações não se percam;
• Respeite os turnos de fala;
• Analise, contraponha, discuta os argumentos apresentados pelos colegas em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;
• Contra-argumente ideias formuladas pelos colegas em discussões, debates, Mesas redondas, diálogos, discussões.
• Utilize de forma intencional e consciente expressões faciais, corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos.
293
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
4. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A leitura será trabalhada como um processo de produção de sentido quese
dá a partir de interações sociais ou relações dialógicas que acontecem entre o texto
e o leitor, que fará inferências, de acordo com os conhecimentos prévios que possui.
Cabe ao professor uma ação pedagógica que permita diferentes leituras dos textos.
A prática com a escrita se desenvolverá por meio da produção de diferentes
gêneros textuais que circularão na sala de aula como experiências reais de uso,
fazendo com que os alunos se envolvam com os textos que produzem.
A prática de análise lingüística constitui-se-á num trabalho de reflexão
sobrea organização do texto escrito com a finalidade de que o aluno perceba o texto
como resultado de opções temáticas e estruturais feitas pelo autor, tendo em vista
seu interlocutor. O professor criará oportunidades para o aluno refletir, construir,
levantar hipóteses, apartir da leitura e da escrita de diferentes textos,
compreendendo como a língua funciona.
O trabalho com a Literatura em sala de aula permitirá a constituição de um
campo de interação em torno do objeto estético que, mais que o agenciamento de
instâncias de controle, abre-se para o espaço incontrolável da linguagem. O professor
reservará um espaço para a leitura em suas aulas. Ao trabalhar com textos
selecionados, o professor estimulará as relações dos textos escolhidos como contexto
presente.
Além dos conteúdos específicos da disciplina, procurar-se-á trabalhar com
temas que abordam as questões sociais do cotidiano e que extrapolam os saberes
curriculares desenvolvidos com outras disciplinas. Entende-se que a professor de
Língua Portuguesa e Literatura é ajudar seus alunos a ampliarem o domínio de uso
das linguagens verbais e não verbais no contexto sócio-cultural.
A presente proposta também contempla a inclusão das temáticas: História e
Cultura Afro-brasileira e Indígena Lei nº 11.645/08; História do Paraná Leinº 13.381/01;
294
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Música Lei nº 11.769/08; Prevenção ao uso indevido de drogase sexualidade humana;
Educação Ambiental Lei nº 9.795/99 DEC.4.201/02;Enfrentamento à Violência contra
a Criança e ao adolescente Lei Federalnº 1.1525/07 e Educação Tributária DEC. Nº 1.
143/ 99, Portaria nº 413/02, nos conteúdos a serem trabalhados durante o ano letivo,
dada a importância que as mesmas trazem para a construção de um Estado
Democrático de Direito. De acordo com o que dispõe a Constituição da República
Federativa do Brasil e a obrigatoriedade de seu ensino, segundo as Diretrizes
Curriculares Nacionais, bem como a Deliberação Estadual 04/06. É válido enfatizar que
os conteúdos citados serão abordados de forma contextualizada e relacionada aos
conteúdos de ensino de LEM, sempre que for possível a articulação entre os mesmos.
É necessário dizer que haverá adequação aos conteúdos aos alunos com
necessidades educacionais especiais (NEE) para que os mesmos tenham acesso e
assimilação de igual forma aos conteúdos básicos. Os recursos didáticos e
tecnológicos para a realização das atividades da prática da leitura, da oralidade, da
escrita serão: livros e revistas, jornais, fitas de vídeo, DVDs, CDs, TV Multimídia,
cartazes, desenhos, recortes, letras de músicas e cópias de atividades diversas.
5.AVALIAÇÃO
No que diz respeito ao ensino de Língua Portuguesa, a avaliação deve ser
compreendida como um conjunto de ações organizadas com a finalidade de obter
informações sobre o que o aluno aprendeu, de que forma e em quais condições. Nesse
sentido, a avaliação será:
● formal–acontece a cada instante da relação com os estudantes por meio
de diferentes instrumentos avaliativos;
● Contínua – permite avaliar o grau de aprendizagem do estudante ao longo
do período, neste caso, trimestralmente, de modo contínuo e cumulativo do
desempenho, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os
quantitativos;
295
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
● Diagnóstica – verifica como está o processo de construção do
conhecimento, se a metodologia está dando resultado efetivo se apartir
destas constatações toma-se decisões e promove mudanças em relação à
continuidade do trabalho,
● Formativa – após avaliar o processo como um todo, realimenta-se o
processo para sanar falhas e atingir objetivos proposto sempre priorizando
o repensar sobre as ações e não o resultado;
● Somativa – dá uma visão geral, de maneira concentrada, dos resultados
obtidos no processo de ensino e aprendizagem. Sua aplicação informa
quanto ao nível de aprendizagem alcançada; visa a atribuição de notas;
fornece retorno ao aluno, de forma que os aspectos qualitativos
prevaleçam sobre os quantitativos.
Ao se adotar a perspectiva do trabalho como texto significativo, seja ele verbal
ou não verbal, o processo avaliativo será norteado, principalmente, pela avaliação
formativa, a qual se fundamenta nos processos de aprendizagem, em seus aspectos
cognitivos, afetivos e relacionais; partindo de aprendizagens significativas e funcionais
que se aplicam em diversos contextos e se atualizam o quanto for preciso para que o
estudante possa se apropriar do conhecimento.
Sob esse enfoque, adota-se como princípio fundamental que deve-se avaliar o
que se ensina, encadeando a avaliação no processo de ensino e aprendizagem, ou
seja, parte-se da avaliação inicial, retomando sempre que necessário o processo de
aprendizagem, até que se chegue à avaliação final.
Ao longo do processo, as avaliações serão constantes e deverão abranger:a
leitura, a produção oral e escrita. Atividades extraclasse serão solicitadas como
complementação dos estudos de sala de aula e de acordo com o Plano deTrabalho
Docente. Para que se efetive essa proposta avaliativa lançar-se-á mão de diferentes
instrumentos e critérios de avaliação, conforme segue:
296
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Atividades de leitura compreensiva de textos: Os professores deverão
considerar se o aluno compreende as ideias presentes no texto; interage com o texto
por meio de questionamentos, concordância ou discordâncias; fala sobre o texto,
expressa suas ideais com clareza e sistematiza o conhecimento de forma adequada;
estabelece relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala.
Produção de textos: Os professores deverão considerar se o aluno: atende as
três etapas articuladas da prática escrita como: planeja o que será produzido, faz a
escrita da primeira versão sobre a proposta apresentada a partir daí, revisa, reestrutura
e reescreve o texto na perspectiva da intencionalidade definida. Apartir disso, o
professor observará se o aluno: produz o texto atendendo as circunstâncias de
produção (gênero, interlocutor, finalidades, etc.); expressa as idéias com
clareza(coerência e coesão); adequa a linguagem às exigências do contexto de
produção, dando diferentes graus de formalidade ou informalidade, atende os termos
de léxico, de estrutura; elabora argumentos consistentes; respeita o tema; estabelece
relações entre as partes do texto e estabelece relação entre a tese e os argumentos
elaborados para sustentá-la.
Palestra/apresentação Oral: Os professores deverão considerar se o aluno
demonstra conhecimento do conteúdo; apresenta argumentos selecionados; adequa a
linguagem; apresenta sequência lógica e esclarece na exposição oral e se usa os
recursos adequadamente.
Relatório: Os professores deverão considerar se o aluno atende aos seguintes
tópicos:
1.Introdução: fornece informações iniciais apresentando o trabalho (atividade)
que deu origem ao relatório, apontando quais são(foram) os objetivos desta
atividade, bem como a relevância do conteúdo abordado, dos conceitos
construídos.
297
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
2.Metodologia e materiais: descreve, objetiva e claramente, como realmente se
deu o trabalho ou atividade desenvolvida. Embora seja uma descrição
suscinta, não pode omitir informações que sejam relevantes para que o
leitor compreenda a respeito do que se está falando, ou para que o leitor
faça uma reflexão que permita o aprimoramento da atividade.
3.Análise: consta os elementos e situações interessantes que tenham
acontecido. É importante, na análise, que se estabeleçam as relações entre
a atividade, os procedimentos realizados e o objeto de estudo que deram
origem à atividade em questão.
4.ConsideraçõesFinais: apresenta os resultados obtidos de forma crítica,
confrontando-os com os objetivos da atividade realizada. Este é umitem
importante, pois vai possibilitar que o aluno faça a apreciação sobreo
trabalho (atividade) realizado, seus objetivos, a aprendizagemalcançada.
Seminário: Os professores deverão considerar se o aluno: apresenta os
argumentos com consistência; compreende o conteúdo abordado, faz adequação da
linguagem, faz uso e referência as fontes de pesquisa com pertinência, traz relatos para
o enriquecimento da apresentação, adequação e relevância das intervenções dos
integrantes do grupo que assiste à apresentação.
Debate: Os professores deverão considerar se o aluno: aceita a lógica da
confrontação de posições; está disposto e abertoa ultrapassar os limites das suas
posições pessoais; explicita racionalmenteos conceitos e valores que fundamentam a
posição e admite o caráter, por vezes contraditório, da sua argumentação; faz uso
adequado da língua portuguesa em situações formais; apresenta o conhecimento sobre
o conteúdo da disciplina envolvido no debate, demonstra compreensão do assunto
específico debatido e sua relação com o conteúdo da disciplina.
298
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Atividades com textos literários: Os professores deverão considerar se o
aluno: compreende e interpreta a linguagem utilizada no texto; articula o
conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto literário lido; reconhece os
recursos expressivos específicos do texto literário.
Atividades a partir de recursos Audiovisuais: Os professores deverão
considerar se o aluno: compreende e interpreta alinguagem utilizada; articula o
conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo apresentado pelo
audiovisual; reconhece os recursos expressivos específicos daquele recurso.
Trabalho de grupo: Os professores deverão considerar se o aluno: demonstra
conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula, na produção coletiva
de trabalhos na sala de aula ou em espaços diferenciados; compreende a origem da
construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua relação com
acontemporaneidade.
Questões discursivas: Os professores deverão considerar se o aluno:
demonstra compreensão do enunciado da questão; comunica por escrito, com clareza
utilizando-se da norma padrão da Língua Portuguesa, sistematiza o conhecimento de
forma adequada.
Questões objetivas: Os professores deverão considerar se o aluno: realiza
leitura compreensiva do enunciado; demonstra apropriação de alguns aspectos
definidos do conteúdo; é capaz de utilizar os conhecimentos adquiridos e
principalmente a fixação do conteúdo.
Será oportunizada ao estudante a recuperação de estudos de forma
permanente e concomitante ao processo de ensino e aprendizagem. Esta será
organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-
metodológicos diversificados e os resultados da recuperação serão incorporados às
299
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
avaliações efetuadas durante o processo, constituindo-se em mais um componente do
aproveitamento.
Para o fechamento da nota bimestral serão somados os valores atribuídos em
cada instrumento avaliativo, de forma a atender o que consta no Projeto Político
Pedagógico, Regimento Escolar do estabelecimento e também as orientações da LDB,
conforme segue:
● A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma
escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero).
● Para a promoção e a certificação a média final mínima exigida é de 6,0
(seis vírgula zero).
6.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BAGNO, Marcos. O preconceito linguístico. 2. ed. São Paulo: Loyola,1999.
BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1979.BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 37. ed. Rio deJaneiro:Lucerna2004.
BRASIL. Relações étnico-raciais, história e cultura afro-brasileira e africana na escola.Brasília: MEC,2005.
CEREJA, Willian Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: linguagens.São Paulo: Atual,2002.
KOCK. Ingedore G. V. A coerência textual. São Paulo: Contexto,1991. PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental.Curitiba: SEED.2008. PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de Currículos Inclusivos.Curitiba:SEED
300
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática no 1º e 2º graus. São Paulo: Cortez,1996.
POLO, Unidade Colégio Estadual–Projeto Político Pedagógico.Campo Mourão,2010.
POLO, Unidade Colégio Estadual – Regimento Escolar. Campo Mourão,2010.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – MATEMÁTICA
1. APRESENTAÇÃO
A palavra Matemática vem do grego (máthēma) que significa ciência,
conhecimento, aprendizagem. A Matemática surgiu da necessidade do homem
primitivo, de quantificar, contar e realizar trocas, ou seja, de contar e assinalar
quantidades, em forma de marcas ou símbolos, remonta ainda à época na qual o
homem vivia ainda em cavernas. Já nessa altura, quando o homem ia caçar, registrava
os animais que tinha conseguido matar fazendo riscos em paus de madeira ou em
ossos de animais. Mais tarde, servindo-se os pastores de pedras para contar a
quantidade de ovelhas do seu rebanho, e para confirmar que nenhuma se tinha
afastado, iniciaram, inconscientemente, aquilo a que deu o nome de cálculo,
aperfeiçoado muitas centenas de anos depois.
De fato, ao longo do processo de desenvolvimento histórico, esse
conhecimento foi se desenvolvendo a partir das necessidades de sobrevivência,
fazendo com que os homens, gradativamente, elaborassem códigos de
representações, sejam de quantidades ou objetos por eles manipulados. Os povos das
antigas civilizações desenvolveram os primeiros conhecimentos que vieram compôr a
matemática conhecida hoje.
A Matemática como campo de conhecimento, emergiu em solo grego, nos
séculos VI e V a.C. Com a civilização grega, regras, princípios lógicos e exatidão de
301
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
resultados foram registrados. Com os pitagóricos ocorreram as primeiras discussões
sobre a importância e o papel da Matemática no ensino e na formação das pessoas.
Com os platônicos, buscava-se, pela Matemática, um instrumento que, para
eles, instigaria o pensamento do Homem. Essa concepção arquitetou as interpretações
e o pensamento matemático de tal forma que influencia no ensino de Matemática até
os dias de hoje.
Por volta do século VI a.C. a educação grega começou a valorizar o ensino da
leitura e da escrita na formação dos filhos da aristocracia. No entanto, a Matemática se
inseriu no contexto educacional grego somente um século depois, pelo raciocínio
abstrato, em busca de respostas para questões relacionadas, por exemplo, à origem
do mundo. Pelo estudo da Matemática e a necessária abstração, tentava-se justificar
a existência de uma ordem universal e imutável, tanto na natureza como na sociedade.
Essa concepção estabeleceu para a disciplina de Matemática uma base racional que
perdurou até o século XVIId.C.
A Matemática se configurou como disciplina básica na formação de pessoas a
partir do século I a. C, inserida no quadrivium, ou seja, desdobrada nas disciplinas de
aritmética, geometria, música e astronomia. O ensino da geometria e da aritmética
ocorria de acordo como pensamento euclidiano, fundado no rigor das demonstrações.
A partir do século II d.C., o ensino da aritmética teve outra orientação e privilegiou uma
exposição mais completa de seus conceitos.
O século XVI demarcou um novo período de sistematizaçãodo conhecimento
matemático, denominado de matemáticas de grandezas variáveis. Isso ocorreu pela
forte influência dos estudos referentes à geometria analítica e à projetiva, o cálculo
diferencial e integral, à teoria das séries e a das equações diferenciais.
As descobertas matemáticas desse período contribuíram para uma fase de
grande progresso científico e econômico aplicado na construção, aperfeiçoamento e
uso produtivo de máquinas e equipamentos, tais como, armas de fogo, imprensa,
moinhos de vento, relógios e embarcações. O valor da técnica e a concepção
mecanicista de mundo propiciaram estudos que se concentraram, principalmente, no
que hoje chamamos Matemática Aplicada.
302
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
No século XVII, a Matemática desempenhou papel fundamental para a
comprovação e generalização de resultados. Surgiu a concepção de lei quantitativa
que levou ao conceito de função e do cálculo infinitesimal. Esses elementos
caracterizaram as bases da Matemática como se conhece hoje. A partir das discussões
entre educadores matemáticos no início do século XX procuravam trazer para a
educação escolar um ensino da Matemática diferente daquele proveniente das
engenharias que prescrevia métodos puramente sintéticos, pauta dos no rigor das
demonstrações. Surgiram, então, proposições para um ensino da Matemática baseado
nas explorações indutivas e intuitivas, o que configurou o campo de estudo da
Educação Matemática.
“Em todos os lugares do mundo, independente de raças, credos ou sistemas
políticos, desde os primeiros anos da escolaridade, a Matemática faz parte dos
currículos escolares, ao dado da Linguagem Natural, como uma disciplina básica.
Parece haver um consenso com relação ao fato de que seu ensino é indispensável e
sem ele é como se a alfabetização não se tivesse completado” (MACHADO, Nilson
José).
2 . OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA
Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para compreender e
transformar o mundo à sua volta e perceber o caráter de jogo intelectual, característico
da Matemática, como aspecto que estimula o interesse, a curiosidade, o espírito de
investigação e o desenvolvimento da capacidade para resolver problemas, bem como
utilizar o conhecimento matemático em sua prática social. A educação matemática
entendida desse modo terá como meta a incorporação do conhecimento matemático,
objetivando que o aluno seja capaz de superar o senso comum. Assim, a alfabetização
matemática, como processo educativo, tem como função desenvolver a consciência
crítica, provocando alterações de concepções e atitudes, permitindo a interpretação do
mundo e a compreensão das relações sociais.
303
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
3. CONTEÚDOS:
6oANO
Conteúdo estruturante
Conteúdos Básicos
Avaliação
NÚMEROS E ÁLGEBRA
● Sistemas de Numeração;
● Números Naturais;
● Múltiplos e divisores;
● Potenciação e radiciação;
● Números Fracionários;
● Números decimais.
- Conheça os diferentes sistemas de numeração;
- Sistemas de numeração; -Identifique o conjunto dos números naturais, comparando e reconhecendo seus elementos; -Realize operações com números naturais; -Expresse matematicamente, oral ou por escrito, situações-problema que envolvam (as) operações com números naturais; -Estabeleça relação desigualdade e transformação entre: fração e número decimal; fração e número misto;
- Reconheça o MMC e MDC entre dois ou mais números naturais;
- Reconheça as potências como multiplicação de mesmo fator e a radiciação como sua operação inversa;
- Relacione as potências e as raízes quadradas com padrões numéricos e geométricos.
GRANDEZAS
E MEDIDAS
● Medidas de comprimento;
● Medidas de massa;
● Medidas de área;
● Medidas de volume;
● Medidas de tempo;
● Medidas de ângulos;
● Sistema Monetário.
-Identifique o metro como unidade-padrão de medida de comprimento; -Reconheça e compreenda os diversos sistemas de medidas; -Opere com múltiplos e submúltiplos do quilograma; -Calcule o perímetro usando unidades de medida padronizadas; -Compreenda e utilize o metro cúbico como padrão de medida de volume; -Realize transformações de unidades de medida de tempo. -Reconheça e classifique ângulos (retos, agudos e obtusos); -Relacione a evolução do Sistema Monetário Brasileiro com os demais sistemas mundiais; -Calcule a área de uma superfície usando unidades de medida de superfície padronizada;
GEOMETRIAS Geometria Plana; Geometria Espacial.
- Reconheça e represente ponto, reta, plano, semi-reta e segmento de reta; - Conceitue e classifique polígonos; - Identifique corpos redondos; - Identifique e relacione os elementos geométricos
304
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Conteúdo estruturante
Conteúdos Básicos
Avaliação
que envolvem o cálculo de área e perímetro de diferentes figuras planas; - Diferencie círculo e circunferência, identificando seus elementos; - Reconheça os sólidos geométricos em sua forma planificada e seus elementos.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Dados, tabelas e gráficos; Porcentagem.
- Interprete e identifique os diferentes tipos de gráficos e compilação de dados, sendo capaz de fazer a leitura desses recursos nas diversas formas em que se apresenta; - Resolva as situações-problema que envolvam porcentagem e relacione-as com os números na forma decimal e fracionária.
7o ANO
Conteúdo Estruturante
Conteúdos Básicos
Avaliação
NÚMEROS E
ÁLGEBRA
- Números Inteiros;
- Números racionais;
-Equação e Inequação do 1ºgrau;
- Razão e proporção;
- Regra de três.
- Reconheça números inteiros em diferentes contextos;
- Realize operações com números inteiros;
- Reconheça números racionais em diferentes contextos;
- Realize operações com números racionais;
-Compreenda o princípio de equivalência da igualdade e desigualdade;
-Compreenda o conceito de incógnita;
-Utilize e interprete a linguagem algébrica para expressar valores numéricos através de incógnitas;
-Compreenda a razão como uma comparação entre duas grandezas numa ordem determinada e a proporção como uma igualdade entre duas razões;
-Reconheça sucessões de grandezas direta e inversamente proporcionais;
-Resolva situações-problema aplicando regra de três simples.
GRANDEZASE MEDIDAS
-Medidas de tempo;
-Medidas de temperatura
-Ângulo
-Estudo do tempo, de seus múltiplos e submúltiplos.
-Compreenda as medidas de temperatura em diferentes contextos;
-Compreenda o conceito de ângulo;
-Classifique ângulos e faça uso do transferidor e esquadros paramedi-los.
305
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Conteúdo Estruturante
Conteúdos Básicos
Avaliação
GEOMETRIAS
-Geometria Plana;
-Geometria Espacial;
-Classifique e construa, a partir de figuras planas, sólidos geométricos;
TRATAMENTO DA
INFORMAÇÃO
-Pesquisa Estatística;
-Média Aritmética;
-Moda emediana;
-Juros simples.
-Analise e interprete informações de pesquisas e estatísticas;
-Leia, interprete, construa e analise gráficos;
-Calcule a média aritmética e amoda estatística;
- Resolva problemas envolvendo cálculo de juros simples.
8o ANO
Conteúdo Estruturante
Conteúdos Básicos
Avaliação
NÚMEROS E
ÁLGEBRA
- Números Irracionais;
- Sistemas de Equações do 1º grau;
- Potências;
- Monômios e Polinômios;
- Produtos Notáveis.
- Extraia a raiz quadrada exata e aproximada de números racionais;
- Reconheça números irracionais em diferentes contextos;
- Realize operações com números irracionais;
- Compreenda, identifique e reconheçao número π (pi) como um número irracional especial
- Compreenda o objetivo da notação científica e sua aplicação;
- Opere com sistema de equações do1º grau;
- Identifique monômios e polinômios e efetue suas operações;
- Utilize as regras de Produtos Notáveis para resolver problemas que envolvam expressões algébricas.
GRANDEZASE
MEDIDAS
- Medida de comprimento
- Medida de área;
- Medidas de
ângulos.
- Calcule o comprimento da circunferência e semicircunferência.
- Calcule a área do círculo e semicírculo.
- Identifique ângulos formados entre retas paralelas interceptadas portransversal;
- Realize cálculo de área e volumede poliedros.
GEOMETRIAS
- Geometria Plana
- Geometria Espacial;
- Reconheça triângulos semelhantes;
- Identifique e some os ângulos internos de um triângulo e de polígonos regulares;
- Desenvolva a noção de paralelismo, trace e reconheça retas paralelas num plano;
306
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
- Geometria Analítica;
TRATAMENTO
DA
INFORMAÇÃO
- Gráfico e Informação;
- População e
- Amostra.
- Interprete e represente dado sem diferentes gráficos;
- Utilize o conceito de amostra para
- Levantamento de dados.
9º ANO
Conteúdo Estruturante
Conteúdos Básicos
Avaliação
NÚMEROS E ÁLGEBRA
- Números Reais;
- Propriedades dos radicais; Equação do 2º grau;
- Teoremade Pitágoras;
- Equações Irracionais;
- Equações Biquadradas;
- Regra deTrês Composta.
- Opere com expoentes fracionários;
- Identifique a potência de expoente fracionário como um radical e aplique as propriedades para a suas implificação;
- Extraia uma raiz usando fatoração;
- Identifique uma equação do 2o grau na forma completa e incompleta, reconhecendo seus elementos;
- Determine as raízes de uma equação do 2o grau utilizando diferentes processos;
- Interprete problemas em linguagem gráfica e algébricas;
- Identifique e resolva equações irracionais;
- Resolva equações biquadradas através das equações do 2ºgrau;
- Utilize a regra de três composta em situações-problema.
GRANDEZASE MEDIDAS
- Relações Métricas no Triângulo Retângulo;
- Trigonometria no Triângulo Retângulo;
- Conheça e aplique as relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo;
- Utilize o teorema de Pitágoras na determinação das medidas dos lados de um triângulo retângulo;
- Realize cálculo da superfície e volume de poliedros.
FUNÇÕES
- Noção intuitiva de Função Afim.
- Noção intuitiva de Função Quadrática.
- Expresse a dependência de uma variável em relação àoutra;
- Reconheça uma função afim e sua representação gráfica, inclusive sua declividade em relação ao sinal da função;
- Relacione gráficos com tabelas que descrevem uma função;
307
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Conteúdo Estruturante
Conteúdos Básicos
Avaliação
- Reconheça a função quadrática e sua representação gráfica e associe a concavidade da parábola em relação ao sinal da função;
- Analise graficamente as funções afins;
- Analise graficamente as funções quadráticas.
GEOMETRIA
- Geometria Plana;
- Geometria Espacial;
- Geometria Analítica;
- Geometria Não- Euclidiana.
- Compreenda o Sistema de Coordenadas Cartesianas, marque pontos, identifique os pares ordenados (Abscissa e ordenada) e analise seus elementos sob diversos contestos.
- Verifique se dois polígonos são semelhantes, estabelecendo relações entre eles;
- Compreenda e utilize o conceito de semelhança de triângulos para resolver situações-problemas;
- Conheça e aplique os critérios de semelhança dos triângulos;
- Aplique o Teorema de Tales em situações-problemas;
- Calcule a área de circunferências inscritas e subscritas em polígonos;
- Volume e área de superfície de cilindros e cones; - Noções básicas de geometria projetiva.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
- Noções de Análise Combinatória;
- Noções de Probabilidade;
- Estatística;
- Desenvolva o raciocínio combinatório por meio de situações problemas que envolvam contagens, aplicando o princípio multiplicativo;
- Descreva o espaço amostral em um experimento aleatório;
- Calcule as chances de ocorrência de um determina do evento;
1oANO
Conteúdo Estruturante
Conteúdos Básicos
Avaliação
NUMEROS E ALGEBRA
- Números Reais;
- Equação e
- Inequações;
- Amplie os conhecimentos sobre
- Conjuntos numéricos e apliquem
- Diferentes contextos;
- Identifique e resolva equações, sistemas de
- Equações e inequações,
- Inclusive as
FUNÇOES
- Função Afim; Função Quadrática; Função polinomial;
- Identifique diferentes funções e realize cálculos envolvendo-as; Aplique os conhecimentos sobre funções para resolver situações- problema;
- Realize análise gráfica de diferentes funções;
308
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Conteúdo Estruturante
Conteúdos Básicos
Avaliação
Função exponencial; Função logarítmicas; Função Modular.
2º ANO
Conteúdo
Estruturante
Conteúdos Básicos
Avaliação
NUMEROS E ALGEBRA
- Matrizes e determinantes; Sistemas lineares.
- Conceitue e interprete matrizes e suas operações;
- Conheça e domine o conceito e as soluções de problemas que se realizam por meio de determinante.
GRANDEZAS E MEDIDAS
- Trigonometria. - Aplique as leis dos senos e a lei dos cossenos de um
triângulo para determinar elementos desconhecidos.
FUNÇÕES
- Função trigonométricas
- Progressões Aritmética e Geométrica
- Identifique diferentes funções trigonométricas e realize cálculos envolvendo-as;
- Aplique os conhecimentos sobre funções para resolver situações-problema; realize análise gráfica de diferentes funções.
- Reconheça, nas sequências numéricas, particularidades que remetam ao conceito das progressões aritméticas e geométricas;
- Generalize cálculos para a determinação de termos de uma sequência numérica.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
- Analise Combinatória; Binômio de Newton; Estudos das Probabilidades; Estatísticas.
- Recolha, interprete e analise dados através de cálculos, permitindo-lhe uma leitura crítica dos mesmos;
- Realize cálculos utilizando Binômio de Newton;
- Compreenda a idéia de probabilidade; realize estimativas, conjecturas a respeito de dados e informações estatísticas.
309
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
3º ANO
Conteúdo
Estruturante
Conteúdos Básicos
Avaliação
NUMEROS E ALGEBRA
- Números complexos;
- Polinômios;
- Equações e
- Inequações.
- Compreenda os números complexos e Suas operações;
- Identifique e realize operações com polinômios;
- Identifique e resolva equações, inequações.
GRANDEZAS E MEDIDAS
- Medida de tempo;
- Medidas de Grandezas Vetoriais;
- Medidas de Informática;
- Medidas de Energias.
- Perceba que as unidades de medidas
- São utilizadas para a determinação de diferentes grandezas e compreenda as relações matemáticas existentes nas suas unidades.
GEOMETRIAS - Geometria Analítica
- Geometria Plana e Espacial.
- Determine posições e medidas de elementos geométricos através da Geometria Analítica.
- Amplie e a profunde os conhecimentos de geometria Plana e Espacial;
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
- Estatística; matemática financeira.
- Realize estimativas, conjecturas a respeito de dados e informações estatísticas;
- Compreenda a Matemática Financeira aplicada aos diversos ramos da atividade humana.
4. METODOLOGIA
O encaminhamento dado aos conteúdos acontecerá de maneira organizada
para que o educando tenha argumentos e embasamento para posicionar-se frente às
produções científicas contemporâneas no seu contexto social, exercendo sua
cidadania. Os conhecimentos adquiridos devem estar contextualizados como
cotidiano do aluno, com a realidade eda escola e com as características locais e
regionais.
O professor deve intervir nesse processo, de modo a criar condições que
permitam a reelaboração e ampliação dos conhecimentos prévios dos alunos,
propondo articulações entre os conteúdos construídos e organizá-los como corpo de
conhecimento sistematizado, sendo que para isso se faz necessário a construção de
uma estrutura que favoreça a relação entre o aluno, o professor e o saber científico,
310
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
numa perspectiva de aprendizagem significativa do conhecimento historicamente
acumulado.
Os conteúdos serão trabalhados baseando-se na investigação, comparação
e estabelecimento de relações entre os conceitos e suas aplicações, organização de
Informações, confronto de dados obtidos, possibilitando a sistematização de
conhecimentos.
Os conteúdos de História e Cultura Afro-brasileira, africana e indígena (Lei
11.645/08); Educação Fiscal; Educação Tributária (Dec. No 1143/99, portariano413/02)
serão abordados de forma contextualizada e relacionados aos conteúdos de ensino de
matemática, sempre que possível a articulação entre os mesmos. Desta forma, os
conteúdos abordados estarão de acordo com as tendências metodológicas da
Educação Matemática que fundamentam a prática docente, das quais se destaca:
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
Na resolução de problemas o estudante tem oportunidade de aplicar
conhecimentos matemáticos adquiridos em novas situações, de modo a resolver a
questão proposta. Cabe ao professor fazer uso de práticas metodológicas para a
resolução de problemas, podendo com isso tornar as aulas mais dinâmicas não
restringindo o ensino de Matemática a modelos clássicos, como exposição oral e
resolução de exercícios. A resolução de problemas poderá possibilitar a compreensão
dos argumentos matemáticos e ajudar a vê-los como um conhecimento passível de ser
apreendido pelos sujeitos do processo de ensino e aprendizagem.
ETNO MATEMÁTICA
311
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar questões de relevância
social que produzem o conhecimento matemático. Essa tendência leva em
consideração que não existe um único, mas vários e distintos conhecimentose nenhum
é menos importante que outro. As manifestações matemáticas são percebidas por meio
de diferentes teorias e práticas, das mais diversas áreas que emergem dos ambientes
culturais. Desta forma, o trabalho pedagógico relacionará o conteúdo matemático com
essa questão maior–o ambiente do indivíduo e suas manifestações culturais e relações
de produção e trabalho.
MODELAGEM MATEMÁTICA
A modelagem matemática tem como pressuposto a problematização de
situações do cotidiano. Ao mesmo tempo em que propõe a valorização do aluno no
contexto social, procura levantar problemas que sugerem questionamentos sobre
situações devida.
Por meio da modelagem matemática, fenômenos diários, sejam eles: físicos, biológicos e sociais, constituem elementos para análises críticas e compreensões diversas de mundo, assim sendo, “a modelagem Matemática consiste na arte de transformar problemas reais com os problemas matemáticos e resolvê-los interpretando suas soluções na linguagem do mundo real”. (BASSANEZI, 2004, p.16).
O trabalho pedagógico com a modelagem matemática possibilitará a
intervenção do estudante nos problemas reais do meio social e cultural em que vive,
por isso, contribuirá ainda mais para sua formação crítica. A modelagem matemática é,
assim, uma arte, ao formular, resolver e elaborar expressões que valham não apenas
para uma solução particular, mas que também sirvam, posteriormente, como suporte
para outras aplicações e teorias.
USO DE MÍDIAS TECNOLÓGICAS
312
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
No contexto da Educação Matemática, os ambientes gerados por aplicativos
informáticos dinamizam os conteúdos curriculares e potencializam o processo
pedagógico, por isso seu uso será estimulado nas aulas desta disciplina. Visto que os
recursos tecnológicos sejam eles o software, a televisão, as calculadoras, os aplicativos
da Internet, entre outros, têm favorecido as experimentações matemáticas e
potencializado formas de resolução de problemas.
Aplicativos de modelagem e simulação serão utilizados, no decorrer das aulas,
sempre que necessários, pois têm auxiliado estudantes e professores a visualizarem,
generalizarem e representarem o fazer matemático de uma maneira passível de
manipulação, pois permitem construção, interação, trabalho colaborativo, processos de
descoberta de forma dinâmica e o confronto entre a teoria e a prática.
As ferramentas tecnológicas são interfaces importantes no desenvolvimento de
ações em Educação Matemática. Crê-se que abordar atividades matemáticas com os
recursos tecnológicos enfatiza um aspecto fundamental da disciplina, que é a
experimentação e tais recursos serão utilizados como meios que instrumentalizam o
ensino da matemática.
HISTÓRIA DA MATEMÁTICA
É importante entender a História da Matemática no contexto da prática escolar
como componente necessário de um dos objetivos primordiais da disciplina, qual seja,
que os estudantes compreendam a natureza da Matemática e sua relevância na vida
da humanidade. A abordagem histórica possibilitará aos alunos vincular as descobertas
matemáticas aos fatos sociais e políticos, às circunstâncias históricas e às correntes
filosóficas que determinaram o pensamento e influenciaram o avanço científico de cada
época.
A História da Matemática será um elemento orientador na elaboração de
atividades, na criação das situações-problema, na busca de referências para
313
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
compreender melhor os conceitos matemáticos. Possibilitando ao aluno analisar e
discutir razões para aceitação de determinados fatos, raciocínios e procedimentos.
A História serão fio condutor que direcionará as explicações dadas aos porquês
da Matemática. Assim, promoverá uma aprendizagem significativa, pois propicia ao
estudante entender que o conhecimento matemático é construído historicamente a
partir de situações concretas e necessidades reais.
INVESTIGAÇÕES MATEMÁTICAS
As investigações matemáticas (semelhantes às realizadas pelos matemáticos)
serão desencadeadas a partir da resolução de exercícios e se relacionarão também
com a resolução de problemas. Nas investigações matemáticas o aluno terá que
estabelecer uma estratégia heurística, isto é, ele não dispõe de um método que permita
a sua resolução imediata, enquanto que um exercício é uma questão que pode ser
resolvida usando um método já conhecido.
Uma investigação é um problema em aberto e por isso, as coisas acontecem
de forma diferente do que na resolução de problemas e exercícios. O objeto a ser
investigado não é explicitado pelo professor, porém o método de investigação será
indicado através, por exemplo, de uma introdução oral, de maneira que o aluno
compreenda o significado de investigar. Assim, uma mesma situação apresentada
poderá ter objetos de investigação distintos por diferentes grupos de alunos. E mais,
se os grupos partirem de pontos de investigação diferentes, com certeza obterão
resultados também diferentes.
Na investigação matemática o aluno é chamado a agir como um matemático,
não apenas porque é solicitado a propor questões, mas, principalmente, porque formula
conjecturas a respeito do que está investigando.
Como são estabelecidas diferentes conjecturas, os alunos precisarão verificar
qual é a mais adequada à questão investigada e, para isso, deverão realizar provas e
314
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
refutações, discutindo e argumentando com seus colegas e como professor, pois afinal,
investigar significa procurar conhecer o que não se sabe, que é o objetivo maior de
toda ação pedagógica.
5. AVALIAÇÃO
A avaliação do processo ensino-aprendizagem se constitui num procedimento
necessário e importante que tem por objetivo refletir sobre todos os esforços
desempenhados na execução dos objetivos propostos, tanto pela instituição escolar
quanto pelos objetivos da disciplina específica, portanto ao avaliar o aluno,o professor
deverá produzir bons e adequados instrumentos para coletar dados sobre a
aprendizagem, sem subterfúgios, sem enganos, sem complicações desnecessárias,
sem armadilhas (DEB-Grupo de estudos 2008 – 2 Encontro), numa avaliação que tenha
a intenção de investigar para intervir. Essa intervenção refere-se ao processo de
reorganização e reorientação do trabalho pedagógico com os conteúdos de ensino,
revendo metodologias e adequações necessárias às finalidades.
O instrumento de coleta de dados para a avaliação do desempenho do
educando, seja qual for o modelo escolhido, deverá respeitá-lo em seus esforços de
estudar e aprender, portanto deverá apresentar um enunciado preciso, (sem
ambiguidades), em linguagem clara e que atenda aos critérios estabelecidos. Para
tanto, os instrumentos de avaliação selecionados pelo professor, deverão observar
estratégias que:
● ofereçam desafios, situações-problema a serem resolvidos;
● sejam contextualizadas, coerentes com as expectativas de ensino e
aprendizagem;
● possibilitem que o aluno reflita, elabore hipóteses, expresse seu
pensamento;
● permitam que o aluno aprenda com o erro;
315
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
● exponham, com clareza, o que se pretende;
● revelem, claramente, o que e como se pretende avaliar.
Para atingir tais objetivos, a avaliação não pode ser fundamentada apenas em
provas bimestrais, mas deve ocorrer ao longo do processo de aprendizagem,
propiciando ao aluno múltiplas possibilidades de expressar e aprofundar a sua visão
do conteúdo trabalhado. Apesar dessa diferenciação quanto os diferentes métodos de
avaliação, não se pode perder de vista que há um conhecimento cuja apropriação pelo
aluno é fundamental.
A avaliação também é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos
e instrumentos diversificados, portanto deverá ser avaliado o desenvolvimento da
aprendizagem, de modo que a avaliação da aprendizagem auxilie o educando no seu
desenvolvimento pessoal e na apropriação dos conteúdos significativos. Definindo-a
com oum procedimento sistemático e compreensivo em que se utilizam múltiplos
instrumentos, conforme consta no Projeto Político Pedagógico desta escola.
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente, do nível
de apropriação dos conhecimentos básicos. A recuperação de estudos dar-se-á de
forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem. E será
organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-
metodológicos diversificados. Esta deverá indicar na área de estudos e os conteúdos
da disciplina a proposta de recuperação. Os resultados da recuperação deverão ser
incorporados às avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais
um componente do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua Livro Registro de
Classe.
Cabe ressaltar que os alunos com necessidades educacionais especiais no
processo de ensino-aprendizagem serão avaliados a partir da flexibilização curricular
que facilitará a integração dos mesmos, assim respeitando a diversidade e o tempo de
cada aluno.
316
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
5.1 INSTRUMENTOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Além de escolher com atenção os instrumentos mais adequados e que
favoreçam o ensino aprendizagem, o professor deve também atentar para os critérios
de avaliação que utilizará para que os alunos sejam estimulados à aprendizagem dos
conceitos matemáticos. Assim, os critérios utilizados nesta proposta estarão de acordo
com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica pág. 69:
Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo
professor. Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:
● Comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO,2004);
● Compreende, por meio da leitura, o problema matemático;
● Elabora um plano que possibilite a solução do problema;
● Encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;
● Realiza o retrospecto da solução de um problema.
Dessa forma, no processo pedagógico, o aluno deve ser estimulado a:
● Partir de situações-problema internas ou externas à matemática;
● Pesquisar acerca de conhecimentos que possam auxiliar na solução dos problemas;
● Elaborar conjecturas, fazer afirmações sobre elas e testá-las;
● Perseverar na busca de soluções, mesmo diante de dificuldades;
● Sistematizar o conhecimento construído a partir da solução encontrada,
● Generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas as condições particulares;
● Socializar os resultados obtidos, utilizando, para isso, uma linguagem adequada;
● Argumentar a favor ou contra os resultados (PAVANELLO &NOGUEIRA,2006, p.29).
A avaliação será efetivada através de diferentes atividades, tais como:
317
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Trabalhos individuais e em grupo – desenvolve dinâmicas com pequenos
grupos, na tentativa de proporcionar, aos alunos, experiências que facilitem o processo
de aprendizagem. Nesse sentido, possibilita a interação social, conduzindo o aluno a
compartilhar seu conhecimento. O trabalho em grupo pode ser propostoa partir de
diferentes atividades, sejam elas, escritas, orais, gráficas, corporais, construção de
maquetes, painéis, mural, jogos e outros, abrangendo os conhecimentos artísticos
filosóficos e científicos.
CRITÉRIOS
O aluno: ● Interage com o grupo;
● Compartilha o conhecimento;
● Demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de
aula, na produção coletiva de trabalhos;
● Compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e
sua relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano.
Leitura de textos – a avaliação de leitura possibilita ao professor verificar a
compreensão dos conteúdos abordados em aula e, nesse sentido, faz-se necessário a
escolha criteriosa do texto, o roteiro de análise e os critérios de avaliação, de forma a
permitir a reflexão e a discussão, bem como a ampliação de conhecimento.
CRITÉRIOS:
O aluno: ● Compreende as ideias presentes no texto e interage com o texto por meio
de questionamentos, concordâncias ou discordâncias.
● Ao falar sobre o texto, expressa suas idéias com clareza e sistematiza o
conhecimento de forma adequada.
318
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
● Estabelece relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de aula.
Pesquisas bibliográficas – a solicitação de uma pesquisa exige enunciado
claro e recortes precisos do que se pretende.
CRITÉRIOS:
O aluno, quanto: ● A contextualização, identifica a situação e o contexto com clareza;
● Ao problema, apresenta de forma clara, objetiva o tema levantado,
delimitando o foco da pesquisa na busca de solução;
● A justificativa, aponta argumentos sobre a importância da pesquisa.
● O aluno na escrita, remete-se aos textos lidos, por meio de citações sou
paráfrases, referenciando-os adequadamente.
Seminário–oportuniza a pesquisa, a leitura e a interpretação de textos. Trata-
se de uma discussão rica de idéias, na qual cada um participa questionando, de modo
fundamentado, os argumentos apresentados, colocando o estudante em contato direto
com a atividade científica e engajando-o na pesquisa.
CRITÉRIOS
O aluno: ● O aluno demonstra consistência nos argumentos, tanto na apresentação
quanto nas réplicas;
● Apresenta compreensão do conteúdo abordado (a leitura compreensiva dos
textos utilizados);
● Faz adequação da linguagem;
● Demonstra pertinência quanto as fontes de pesquisa;
● Traz relatos para enriquecer a apresentação;
● Faz adequação e toma como relevante as intervenções dos integrantes do
319
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
grupo que assiste à apresentação.
Debate – possibilita a exposição de idéias, avaliação dos argumentos,
permitindo que haja turno de fala entre ouvintes. Mas, para que isso ocorra, é preciso
garantir a participação de todos.
CRITÉRIOS
O aluno: ● Aceita a lógica da confrontação de posições, ou seja, respeita os
pensamentos divergentes;
● Ultrapassa os limites da suas posiçõespessoais;
● Explicita racionalmente os conceitos e valores que fundamentam asua
posição;
● Faz uso adequado da língua portuguesa em situações formais. busca, por
meio do debate da persuasão e da superação de posições particulares, uma
posição de unidade, ou uma maior aproximação possível entre as posições
dos participantes;
● Registra, por escrito, as idéias surgidas no debate; demonstra conhecimento
sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate;
● Apresenta compreensão sobre o assunto específico debatido e sua relação
com o conteúdo da disciplina.
Questões objetivas – este tipo de questão tem como principal objetivo a
fixação do conteúdo. Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e
esclarecedor, usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno a
compreensão do que foi solicitado. Para a construção desse tipo de questão o professor
não deve desconsiderar um bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade
de cada questão direcionada para cada série com vistas a não cometer injustiças.
320
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
CRITÉRIOS
O aluno:
● Realiza a leitura compreensiva do enunciado;
● Demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo;
● Utiliza do conhecimento adquirido.
Questões discursivas – Essas questões possibilitam verificar a qualidade da
interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão discursiva
possibilita que o professor avalie o processo de investigação e reflexão realizado pelo
aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos. Além disso, a
resposta a uma questão discursiva permite que o professor identifique com maior
clareza o erro do aluno, para que possa dar a ele a importância pedagógica que tem
no processo de construção do conhecimento.
CRITÉRIOS
O aluno:
● Compreende o enunciado da questão;
● Planeja a solução, de forma adequada;
● Comunica-se por escrito, com clareza, sistematiza o conhecimento de forma
adequada.
Pesquisa de campo– essa atividade exige um planejamento prévio que
demande a busca de informações nos lugares que se pretende trabalhar. Nesse
sentido, colabora para a construção de conhecimentos e formação dos alunos como
agentes sociais.
CRITÉRIOS
321
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
O aluno:
● Registra as informações, no local da pesquisa;
● Organiza e examina os dados coletados, conforme orientações;
● Apresenta sua compreensão a respeito do conhecimento construído, sua
capacidade de análise dos dados coletados, capacidade de síntese;
● Atende ao que foi solicitado como conclusão do projeto (relatório,
elaboração de croquis, produção de texto, cartazes, avaliação escrita, entre
outros).
Atividades apartir dos recursos áudio visuais– o trabalho com filmes,
documentários, músicas, teatro, entre outros. Qualquer que seja o recurso escolhido,
é preciso considerar que os conteúdos abordados naquela mídia não está didatizado,
vem apresentado em linguagem específica e com intencionalidade diferente daquela
que existe na escola. A didatização do conteúdo cabe ao professor.
CRITÉRIOS
O aluno:
● Compreende e interpreta a linguagem utilizada;
● Articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo
apresentado pelo áudio visual;
● Reconhece os recursos expressivos específicos daquele recurso.
Serão utilizados os recursos que estiverem disponíveis na escola, tais como:
● Calculadoras;
● Réguas;
● Trenas;
● Compassos;
322
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
● Transferidores, esquadros;
● Fitas métricas;
● Vídeos;
● Retro-projetor;
● Material dourado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BONGIOVANNI, Vicenzo, LAUREANO, José Luiz Tavares, LATTE, Olímpio Reudinin Vissoto. Matemática e Vida. São Paulo: Ática,1991.
CARAÇA, Bento de Jesus. Conceitos Fundamentais da Matemática. Editora Gradiva.
DANTE, Luiz Roberto. Didática da Resolução de Problemas Matemática. Editora Ática.
DANTE, Luiz Roberto. Tudo é Matemática: Ensino Fundamental. São Paulo:Ática,2005.
LELLIS, Marcelo Cestari. JAKUBOVIC, José. IMENES, Luis Mareio. Pra que serve a matemática? São Paulo: Atual,1992.
GUELLI, Oscar. Coleção contando a história da matemática. São Paulo:Ática,1995.
PPP – Projeto PolíticoPedagógico do Colégio Estadual Unidade Polo, Campo Mourão, 2013.
GIOVANNI, José Ruy, CASTRUCCI, Benedito, GIOVANNI Jr. José Ruy. A conquista da Matemática. São Paulo: Editora FTD,2002.
LOPES, C.A.E.; FERREIRA, A.C.Aestatísticaeaprobabilidadenocurrículode matemática da escola básica. In: Encontro Nacional de Educação Matemática,7, Recife, 2004. Anais. Recife: UFPE, 2004.p.1-30. LUCKESI, Cipriano C. Verificação de avaliação, o que prática na escola? In:Avaliação de aprendizagem escolar, estudos e proposição. 15 ed. SãoPaulo:Cortez, 2003, pág. 85 a101.
323
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
BURIASCO, R.L.C.de. Análise da produção escrita: abusca do conhecimento escondido.In:ROMANOWSKI, J.P.; MARTINS, P.L.O.; JUNQUEIRA, S.R.A. (Orgs.) Conhecimento local e conhecimento universal: a aula, aulas nasciências naturais e exatas, aulas nas letras e nas artes. Curitiba: Champagnat,2004. MACHADO, N. J. Interdisciplinaridade e Matemática. Revista Quadrimestral da Faculdade de Educação – Unicamp – Proposições. Campinas, n. 1 [10], p.25-34, mar.1993.
BASSANEZI, R. C. Ensino-aprendizagem com modelagem matemática: uma nova estratégia. São Paulo: Contexto,2006.
PAVANELO, R. M. ; NOGUEIRA, C. M. I. Avaliação em Matemática:algumas considerações. Avaliação Educacional. 2006, v. 17, n. 33. Disponívelem:www.fcc.org.br/pesquisa/publicacoes/eae/arquivos/1275/arquivoAnexado.pdf.Acesso em: 21 jan2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência daEducação.Departamento de Educação Básica. Diretrizes curriculares da educaçãobásica.Matemática. Curitiba,2008.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – QUIMICA
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O conhecimento Químico foi construído historicamente nas re l açõe s
políticas, econômicas sociais e culturais das diferentes sociedades. Questões
ideológicas possibilitaram o desenvolvimento de concepções mais críticas a respeito
das relações da Química na sociedade. Como exemplo, a superação da idéia do
flogisto desenvolvida por Stahl a partir de uma adaptação da teoria de um dos seus
mentores, Johann Joachim Becher pelo esclarecimento da combustão por Lavoisier no
século XVII, assim começou o desvendar para a Química Clássica, como era
chamada, a partir do século XVIII e XIX, com Lavoisier, Berzélius, Gay-Lussac, Dalton,
Wöhler, Avogadro, Berthelot, Kékule, e tantos outros.
324
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
É importante ressaltar, que a sociedade Oriental influenciou na construção
do conhecimento da Química, com as práticas alquímicas, dos boticários, perfumistas
e da medicina oriental, que foram difundidas pelos árabes em séculos anteriores ao
estabelecimento da Química como Ciência Moderna, não ficando apenas restrito em
dizer que a constituição desse saber como ciência teve seu cenário de
desenvolvimento no modo de produção capitalista Europeu.
Porém, os avanços científicos químicos atrelados com os tecnológicos
favoreceram o desenvolvimento de numerosas indústrias. A fabricação de substâncias
e materiais, desenvolvida na indústria química após a Revolução Industrial, possibilitou
um aumento notável no crescimento das indústrias de petróleo e derivados, entre eles
os plásticos e vários tipos de polímeros, o que influenciou nos hábitos do ser humano,
uma vez que foram lançados no mercado de consumo inovadores utensílios fabricados
com diversos materiais. Além disso, no decorrer do desenvolvimento das civilizações,
outros aspectos da vida cotidiana, como alimentação, agricultura e o uso de
combustíveis fósseis ganharam novos enfoques paralelamente às descobertas da
ciência Química. Com esses avanços começou a exigir desta ciência respostas
precisas e específicas às suas demandas econômicas, sociais e políticas.
Para adquirir tantos avanços tecnológicos acredita-se numa abordagem de
ensino de Química voltada à construção e reconstrução de significados dos conceitos
científicos nas atividades em sala de aula (MALDANER, 2003, p. 144). O ensino de
Química, na perspectiva conceitual, retoma a cada passo o conceito estudado, na
intenção de construí-lo com a ajuda de outros conceitos envolvidos, dando-lhe
significado em diferentes contextos. Isso ocorre por meio da inserção do aluno
na cultura científica, seja no desenvolvimento de práticas experimentais, na análise de
situações cotidianas, e ainda na busca de relações da Química com a sociedade e a
tecnologia. Isso implica compreender o conhecimento científico e tecnológico para
além do domínio estrito dos conceitos de Química.
O ensino de Química deve ter em vista não só a aquisição dos conhecimentos
que constituem esta ciência em seu conteúdo, em suas relações com as ciências afins
325
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
e em suas aplicações à vida corrente, mas também, e como finalidade educativa de
particular interesse, a formação do espírito científico. – Reforma Gustavo Capanema
– 1942 a 1960. (SENNA apud SCHNETZLER, 1981, p. 10).
2. CONTEÚDOS
2.1 Conteúdos Estruturantes
Matéria e sua natureza
Biogeoquímica
Química sintética
2.2 Conteúdos Básicos
1ª ANO
Matéria
Tabela períodica
Ligação química
Gases
Química ambiental
Funções químicas
2º ANO
Tabela períodica
Solução
Velocidade das reações
326
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Equilíbrio químico
Reações químicas
Radioatividade
Velocidade das reações
Química ambiental
3º ANO
Funções químicas
Tabela periódica
Química ambiental
A intercalação dos conteúdos é de fundamental importância para estabelecer
os conhecimentos químicos, por isso devem ser trabalhados em conjuntos e não
expostos de maneira fragmentada.
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Segundo FOURQUIN, 1993,
[...] ninguém pode ensinar, verdadeiramente, se não ensina alguma coisa que
seja verdadeira ou válida a seus próprios olhos. Esta noção de valor intrínseco
da coisa ensinada, tão difícil de definir e de justificar quanto de refutar ou
rejeitar, está no próprio centro daquilo que constitui a especificidade da
intenção docente, como projeto de comunicação formadora.
Os conteúdos básicos de Química deverão ser abordados em sala de aula
partindo do conhecimento prévio dos alunos, no qual se incluem as idéias pré-
concebidas sobre Química e/ou concepções espontâneas que os mesmos fazem
327
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
durante a convivência do dia-a-dia, reunindo a vivência individual com a coletiva, das
quais será construído o saber socialmente sistematizado (conhecimento científico).
Para que a aquisição dos conhecimentos científicos seja efetiva, os mesmos
devem ser trabalhados de forma contextualizada e interdisciplinar, para que esta
ciência auxilie o aluno a compreender melhor o funcionamento e sua interação no
ambiente em que ele está inserido.
No âmbito da disciplina de química deve ser tratado sobre aspectos da História
e Cultura Afro-brasileira e Indígena, de acordo com a Lei n. 11.645/08, a Educação
Ambiental com base na Lei 9.795/99 que institui a Política Nacional de Educação
Ambiental, bem como a Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Sexualidade
Humana, sempre que os conteúdos da disciplina permitam uma abordagem
contextualizada dessas temáticas.
As atividades experimentais serão abordadas de forma com que seja o ponto
de partida para a apreensão de conceitos e sua relação com as idéias a serem
discutidas em aula. É um encaminhamento metodológico que contribui para que o
aluno estabeleça relações entre a teoria e a prática e, ao mesmo tempo, exponha
suas idéias sobre o conceito científico que está sendo abordado, melhor entendê-lo ou
até modificá-lo, além de que propicia para despertar a curiosidade do aluno.
A cada conteúdo, serão feitas discussões em sala de aula sobre a importância
que estes possuem na vida prática do aluno. Serão propostos exercícios em sala de
aula que de preferência, devem estar ligados a situações do cotidiano do aluno,
embora possam exigir tratamento em diferentes níveis de abstração. O professor
deverá estimular o aluno a fazer leituras e pesquisas em livros, revistas, jornais,
páginas eletrônicas, etc., realizando trabalhos e atividades em grupos ou individuais,
que ao longo do ano letivo poderão ser apresentados em eventos diversos, como por
exemplo, a mostra interdisciplinar da escola.
328
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
4. AVALIAÇÃO
De acordo com o Projeto Político Pedagógico da escola a avaliação:
[...] deve centrar-se na forma como o aluno aprende, sem descuidar da
qualidade do saber. A aprendizagem se dá numa construção pessoal do sujeito
que aprende, influenciada tanto pelas características pessoais quanto pelo
contexto social. Assim, a avaliação deve ser de forma contínua, formativa, na
perspectiva do desenvolvimento integral do aluno com o objetivo de detectar e
prevenir os problemas identificando as possíveis causas de seus fracassos ou
dificuldades, visando uma maior qualificação da aprendizagem, promovendo a
participação efetiva do professor nesse processo (PPP, p. 44).
Partindo desse pressuposto, a avaliação deverá levar em consideração todo
conhecimento prévio do aluno, permitindo ao mesmo construir e reconstruir os
significados dos conceitos científicos, e essa (re)construção está articulada às
abordagens histórica, sociológica, ambiental e experimental desses conceitos. Para
tanto deve-se usar vários instrumentos de avaliação que possibilitem várias formas
de expressão do aluno, como: leitura e interpretação de textos relacionados com a
disciplina, produção de texto, leitura e interpretação da tabela periódica, pesquisas
bibliográficas, relatórios ou questões discursivas referentes às aulas práticas,
apresentação de seminários ou palestras, provas escrita e oral, trabalhos com jogos,
cruzadinhas e dinâmicas com os alunos, atividades a partir de recursos audiovisuais
visando atender a todos os alunos. Ressaltando que esses instrumentos de avaliação
devem ser selecionados de acordo com cada conteúdo e objetivo de ensino.
A avaliação deverá ser tal maneira que o conhecimento de conceitos químicos
seja articulado às questões sociais, econômicas e políticas, ou seja, a construção
coletiva do conhecimento deverá ser diagnóstica e cumulativa. A recuperação assim
como a avaliação, devera estar de acordo com o regimento interno da escola.
Dessa forma, espera-se que o aluno no final de todo o processo pedagógico
entenda e questione a Ciência de seu tempo e os avanços tecnológicos na área de
329
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Química. Tome posições críticas frente às situações sociais e ambientais
desencadeadas pela produção do conhecimento químico. Para tanto o professor
poderá utilizar de diversos critérios de avaliação, como alguns utilizados na Disciplina
de Química:
5. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
O aluno será avaliado por várias formas descritas abaixo:
➢ Projeto de pesquisa bibliográfica – a solicitação de uma pesquisa exige
enunciado claro e recortes preciosos do que se pretende.
Critérios
O aluno quanto:
A contextualização, identifica a situação e o contexto com clareza;
Ao problema, apresenta de forma clara, objetiva o tema levantado,
delimitando o foco da pesquisa na busca de solução;
A justificativa, aponta argumentos sobre a importância da pesquisa;
O aluno, na escrita, remete-se aos textos lidos, por meio de citações ou
paráfrases, referenciando-os adequadamente.
➢ Palestra/Apresentação Oral – a atividade de palestra/apresentação oral
possibilita ao aluno demonstrar sua compreensão sobre o conteúdo aborbado, bem
como argumentar, organizar e expor suas idéias.
Critérios
O aluno:
Demonstra conhecimento do conteúdo;
Apresenta argumentos selecionados;
Demonstra seqüência lógica e clareza na apresentação;
Faz uso de recursos para ajudar na sua produção.
330
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
➢ Atividades experimentais – estas atividades requerem clareza no
enunciado e propicia ao aluno criar hipóteses sobre o fenômeno que esta ocorrendo,
levando em consideração as dúvidas, o erro, o acaso, a intuição, de forma significativa.
Nessa atividade, o aluno pode expressar sua compreensão do fenômeno
experimentado, do conceito a ser construído ou já construído, a qualidade da interação
quando ao trabalho se realiza em grupo, entre outra possibilidade.
Critérios:
O aluno ao realizar seu experimento:
Registra as hipóteses e os passos seguidos;
Demonstra compreender o fenômeno experimentado;
Sabe usar adequadamente e de forma conveniente os materiais;
Consegue utilizar apropriadamente o ambiente e os instrumentos.
➢ O relatório – é um conjunto de descrições e analise da atividade
desenvolvida, auxiliando no aprimoramento da habilidade escrita, possibilitando ainda,
a reflexão sobre o que foi realizado e a reconstrução de seu conhecimento. No relatório
deve apresentar quais dados ou informações foram coletadas ou desenvolvidas e
como esses dados foram analisados, bem como quais resultados podem-se extrair
deles. São elementos do relatório: introdução, metodologia e materiais, análise e
consideração finais.
Critérios
O aluno:
Faz a introdução como informações que esclareçam a origem de seu
relatório, apontando quais os objetivos da atividade bem como a relevância
do conteúdo abordado e conceitos construídos;
Descreve objetiva e claramente como se deu o trabalho ou atividade
desenvolvida, possibilitando ao leitor a compreensão do que se esta
falando ou para uma reflexão que permita que se aprimore a atividade.
331
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Faz a descrição dos dados coletados durante os procedimentos e dos
resultados obtidos, estabelecendo uma relação entre eles e as discussões
teóricas que deram origem á atividades em questão.
➢ Atividades a partir de Recursos Audiovisuais – o trabalho com filmes
documentários, músicas, teatro, entre outros. Qualquer que seja o recurso
escolhidos é preciso considerar que o conteúdo abordado naquela mídia não esta
didatizado, vem apresentado em linguagem especifica e com intencionalidade diferente
daquela que existe na escola. A didatização do conteúdo cabe ao professor.
Critérios
O aluno:
Compreende a interpreta a linguagem;
Articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo
apresentado pelo audiovisual.
Reconhece os recursos expressivos específicos daquele recurso.
➢ Trabalho em Equipe – desenvolvendo dinâmicas com pequenos grupos,
na tentativa de proporcionar aos alunos experiências que facilitem o processo de
aprendizagem. Nesse sentido, possibilita a interação social, conduzindo o aluno a
compartilhar seu conhecimento.
O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de diferentes atividades,
sejam elas, escritas, orais, gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis, mural,
jogos e outros, abrangendo os conhecimentos artísticos, filosóficos e científicos.
Critérios
O aluno:
Interage com o grupo;
Compartilha o conhecimento;
Demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de
aula, na produção coletiva de trabalhos;
332
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados
e sua relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano.
➢ Questões discursivas – essas questões possibilitam verificar a
qualidade da interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula. Uma
questão discursiva possibilita que o professor avalie o processo de investigação e
reflexão realizado pelo aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos
conceitos.
Alem disso, a resposta a uma a uma questão discursiva permite que o
professor identifique com maior clareza o erro do aluno, para que possa dar a ele a
importância pedagógica que tem no processo de construção do conhecimento.
➢ Questões objetivas – este tipo de questão tem como principal objetivo
a fixação do conteúdo. Uma questão objetiva deve apresentar u enunciado objetivo e
esclarecedor, usando um vocabulário contextual adequado, possibilitado ao aluno a
compreensão do que foi solicitado.
Para a construção desse tipo de questão o professor não deve desconsiderar
um bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade de cada questão
direcionada para cada serie com vistas a não cometer injustiças.
Critérios
O aluno:
Realiza leitura compreensiva do enunciado;
Demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo;
Utiliza de conhecimentos adquiridos.
Outros instrumentos poderão ser empregados desde que se mostrem
adequados aos critérios estabelecidos para cada conteúdo. Logo, espera-se que o
aluno entenda e questione a Ciência de seu tempo e os avanços tecnológicos na
área de Química; construa e reconstrua o significado dos conceitos químicos; tome
333
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
posições críticas frente às situações sociais e ambientais desencadeadas pela
produção do conhecimento químico; compreenda a constituição química da matéria a
partir dos conhecimentos sobre modelos atômicos, estados de agregação e natureza
elétrica da matéria.
Espera-se ainda que o aluno formule o conceito de soluções a partir dos
desdobramentos deste conteúdo básico, associando substâncias, misturas, métodos
de separação, solubilidade, concentração, forças intermoleculares; identifique a ação
dos fatores que influenciam a velocidade das reações químicas; compreenda o
conceito de equilíbrio químico, a partir da concentração, pressão, temperatura e
efeito dos catalisadores; elabore o conceito de ligação química, na perspectiva da
interação entre o núcleo de um átomo e a eletrosfera de outro a partir dos
desdobramento desse conteúdo básico.
Por fim, espera-se que entendam as reações químicas como transformações
da matéria a nível microscópico e diferencie as reações nucleares das demais reações
que ocorrem na natureza; diferencie gás de vapor, a partir dos estados físicos da
matéria, propriedades dos gases, modelo de partículas e as leis dos gases; reconheça
as funções químicas, ácidos, bases, sais e óxido em relação a outras funções com
a qual estabelece interação.
Esse processo avaliativo tem como finalidade não separar teoria e prática, e
sim, observar a posição do aluno em relação à leitura de mundo, que se espera, seja
crítica nos debates conceituais, articule o conhecimento químico às questões sociais,
econômicas e políticas agindo assim no meio em que está inserido.
6. REFÊRENCIAS
MARQUES, Martha Reis. Completamente química - ciência, tecnologia e sociedade: Química Geral, v.1. São Paulo: FTD, 2001. 624 p. PARANA. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica. Química. Curitiba: SEED/DEB, 2008.
334
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
POLO, Unidade Colégio Estadual – Projeto Político Pedagógico. Campo Mourão, 2010. POLO, Unidade Colégio Estadual – Regimento Escolar. Campo Mourão, 2018. FILGUEIRAS, CARLOS A.L.. A Evolução da Química vista de uma Perspectiva Brasileira. In: Carlos Alberto dos Santos. (Org.). Energia e Matéria - da Fundamentação Conceitual às Aplicações Tecnológicas. 1ed.São Paulo: Editora Livraria da Física, 2015, v. 1, p. 239-263. ERUZZO. F.M.; CANTO. E.L., Química na abordagem do cotidiano, volume 1, 4ª edição, ed moderna, São Paulo, 2006
SANTOS, P.O.; BISPO, J.S.; OMENA, M.L.R. de A. O Ensino de Ciências Naturais e Cidadania sob a ótica de professores inseridos no Programa de Aceleração de Aprendizagem da EJA, Ciência & Educação, v.11, n.3, p. 411-426, 2005. MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de química: professor/pesquisador. 2.ed. Ijuí: Editora Unijuí, 2003. SANTOS, W.L.P dos; MÓL, G. de S. Química&Sociedade. Livro do professor. São Paulo, Editora Nova Geração, 2005. FELTRE, Ricardo. Química. Vol 1, 2 e 3. 6.ed. São Paulo: Moderna, 2004. LEE, John D. Química Inorgânica não tão Concisa. ’Tradução de’ TOMA, Henrique E; ARAKI, Koiti; ROCHA, Reginaldo. 5.ed. São Paulo: Edgard Blucher, 1999. PARANA. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Livro Didático Público. Química - Ensino Médio. 2 ed. Curitiba: SEED, 2008. SARDELLA, Antônio. Química – Volume Único. 5.ed. São Paulo: Ática, 2005. SOLOMONS, Graham; FRYHLE, Craig. Química Orgânica. ‘Tradução de’ LIN, Whei Oh. 7.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2001. SCHNETZLER, R.Um estudo sobre o tratamento do conhecimento químico em livros didáticos dirigidos ao estudo secundário de química de 1875 a 1978.Quimica Nova, V.4, n.1, p.6-15, 1981. FORQUIN, Jean-Claude. Escola e Cultura. As bases sociais epistemológicas do conhecimento escolar. Porto Alegre, ARTMED, 1993.
335
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA
1. INTRODUÇÃO
De acordo com Celso Vasconcelos (2009), há duas tarefas básicas em relação à
Proposta Curricular: definir os saberes necessários e organizar a forma de trabalhá-los
no âmbito da instituição de ensino. Cabe aqui, esclarecer os propósitos da própria
proposta curricular, apresentar a disciplina de Sociologia, seus conteúdos e sua
importância, além do processo histórico que a levaram a fazer parte da grade curricular
nacional a partir de 2008, como disciplina obrigatória. O currículo alcança uma dimensão
política e social e neste contexto, a disciplina de Sociologia teve uma trajetória de idas e
vindas, no histórico escolar do ensino médio no Brasil.
Evidencia-se a necessidade de relatar brevemente a trajetória desta disciplina
exatamente pela instabilidade nos currículos escolares, ora presente, ora ausente, ao
sabor dos interesses dos governantes em determinar os saberes e os conteúdos que
deveriam ser ensinados nas escolas de nível médio. Os saberes e os conteúdos
relacionados a esta disciplina devem ser contextualizados exatamente porque se faz
necessário problematizar e discutir nas escolas as questões políticas e sociais.
Segue-se a orientação por uma proposta pedagógica que seja articulada a partir
das noções de trabalho e conhecimento. Parte-se da noção de trabalho porque é o
elemento organizador da vida social, pois é a única atividade que permite ao ser humano
desenvolver uma auto-reflexão sobre a natureza a ponto de transformá-la, segundo suas
necessidades. Sendo o trabalho uma atividade coletiva, percebe-se que os seres
humanos atuam uns com os outros e tecem assim as relações sociais. Parte-se também
do conhecimento porque é uma dimensão do próprio ato de trabalhar: nos gestos da
produção e reprodução da sua existência, os indivíduos organizam e acumulam
experiências, desenvolvem uma reflexão (sistematizada ou não), que lhes permitem
336
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
aperfeiçoar sua vida. O conhecimento também é, portanto, expressão de um determinado
modo de organização social. (Meksenas, 1994)
De acordo com o sociólogo Paulo Meksenas (1994, p. 23-24), “ser cidadão é ter
direito ao trabalho, à participação consciente das riquezas sociais que o indivíduo ajuda
a construir. O que só é possível plenamente quando o sujeito compreende a organização
do trabalho e do conhecimento na sociedade contemporânea em que ele vive e atua”.
Para atingir o objetivo de que o aluno obtenha o domínio dos conhecimentos de
Sociologia para o exercício da cidadania como está escrito na Lei n° 9394/94 - Lei de
Diretrizes e Bases da Educação (LDB) é necessário ir além dos conteúdos programáticos.
Enxergar o aluno como sujeito de direitos. É preciso apreender, professores e alunos, a
importância de todas as disciplinas e como elas se inter-relacionam no intuito de formar
para a vida em comunidade. Nesse sentido, esta Proposta Pedagógica Curricular (PPC)
busca orientar o trabalho em relação à disciplina de Sociologia no âmbito das escolas
públicas jurisdicionadas ao Núcleo Regional de Ensino (NRE) de Campo Mourão.
2. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Com o título de Sociologia: O que estuda e como se relaciona com as disciplinas
afins, Alfredo Guilherme Galliano em seu livro Introdução à Sociologia, explica que a
palavra Sociologia é de origem recente, do mesmo modo que a própria disciplina. É uma
mistura composta de elementos de duas línguas, criada pelo francês Augusto Comte em
1839. Do latim vem o termo sócio, que exprime a ideia de “social”, e do grego vem o
termo logos, que significa “palavra” ou “estudo”. A definição etimológica de Sociologia
significaria então, simplesmente, “o estudo do social” ou “o estudo da sociedade”
(GALLIANO, 1981, p. 5). Logicamente que a etimologia da palavra não é suficiente para
definir e entender o que é a Sociologia. Nesta ótica Galliano explica:
Quando se fala em sociedade, o que se tem em mente é sempre a ideia de homens (seres humanos) em interdependência. A noção de interdependência
337
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
diz respeito, aqui, ao fato básico de que os homens não vivem isolados, mas juntos; à formação de agrupamentos estáveis onde se dá o encontro do homem com o homem; ao estabelecimento de relações de cooperação, luta e domínio entre os homens no interior desses agrupamentos; e ao desenvolvimento ou destruição das culturas humanas que decorrem de tais relações (Id. Ibid.).
Assim aproxima-se um pouco mais da definição do termo Sociologia, e também
se define melhor o objeto de estudo desta disciplina. Ainda segundo Galliano: “Sociologia
é o estudo dos homens em interdependência” (Id. Ibid.).
Um dos autores que melhor sintetizou a trajetória da Sociologia no Brasil e da
Sociologia no ensino médio no Brasil é Nelson Dácio Tomazi, professor da Universidade
Estadual de Londrina (UEL). Com base em suas análises aponta-se aqui um breve
histórico desta disciplina. Para esse autor, desde 1865, a Sociologia começa a dar os
primeiros passos no Brasil. Com forte influência do positivismo comtiano foi publicada a
obra A escravatura no Brasil, de F. A. Brandão Júnior. Em seguida, um dos precursores
da Sociologia no Brasil, Sílvio Romero, publicou Etnologia selvagem, em 1872, e
Etnografia brasileira, em 1888. No início da década de 1920, a Sociologia inicia sua
trajetória no Ensino Médio através das escolas de São Paulo e Rio de Janeiro (TOMAZI,
2000, p. 9)
Pode-se afirmar que é no período 1930/1940 que a Sociologia coloca as suas
bases no Brasil, pois procura, por um lado, definir mais claramente as fronteiras com
outras áreas do conhecimento afins, como a literatura, a história e a geografia. Por outro
lado, institucionaliza-se com a criação de escolas e universidades, nas quais a disciplina
de Sociologia passa a ter um espaço e é promovida a formação de sociólogos (Id. Ibid.).
Assim, foi criada em 1933 a Escola Livre de Sociologia e Política (ELSE), em São
Paulo, com o objetivo de formar técnicos, assessores e consultores capazes de produzir
conhecimento científico sobre a realidade brasileira e, principalmente, que aliassem esse
conhecimento à tomada de decisões no interior do aparato estatal/governamental federal,
estadual e municipal (Id. Ibid.).
A seguir foram fundadas a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade
do Distrito Federal (UDF), respectivamente, em 1934 e 1935. Nelas, através das
338
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Faculdades de Filosofia, a preocupação maior era formar professores para o ensino
médio, principalmente para as escolas normais, formadores de professores para o ensino
fundamental. Definia-se, assim, o espaço profissional dos sociólogos: trabalhar nas
estruturas governamentais ou serem professores (Id. Ibid.).
Foram muitos os professores estrangeiros que aqui vieram principalmente para
a implantação da Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo; por isso, pode-
se afirmar que foram eles que deram o grande arranque inicial para o desenvolvimento
da Sociologia no Brasil. Entre eles podem ser citados: Donald Pierson, Radcliff Brown,
Claude Levi-Strauss, Georges Gurvitch, Roger Bastide, Charles Mozaré, e Jacques
Lambert, que estiveram tanto em São Paulo como no Rio de Janeiro e permitiram a
formação e o desenvolvimento de inúmeros sociólogos no Brasil (Id. Ibid.).
Com as obras de Gilberto Freire, Oliveira Vianna, Fernando Azevedo, Sérgio
Buarque de Holanda e Caio Prado Júnior já se encontrava uma produção sociológica
significativa. Agora com a presença dos professores estrangeiros, essa produção
aumenta e a Sociologia no Brasil se firma, surgindo uma nova geração que vai definir
claramente os rumos dessa disciplina no Brasil. Os trabalhos de Egon Shaden, Florestan
Fernandes, Antonio Cândido, Azis Simão, Rui Coelho, Maria Izaura de Queiroz, em São
Paulo, e A. Guerreiro Ramos, A. Costa Pinto e Hélio Jaguaribe, no Rio de Janeiro, terão
seguidores em todo o território nacional (Id. Ibid., p. 9-10).
A partir das décadas de 1950/1960 disseminam-se as Faculdades de Filosofia,
Ciências e Letras no Brasil, em universidades ou fora delas, e a Sociologia vai fazer parte
do currículo dos cursos de Ciências Sociais ou apresentar-se como independente em
outros cursos. O objetivo dos cursos de Ciências Sociais era formar pessoas (técnicos e
professores) capazes de produzir uma “solução racional”, isto é, baseada na razão e na
ciência, para as questões nacionais. Assim, a Sociologia, nessas décadas, tornou-se
disciplina hegemônica no quadro das Ciências Sociais no Brasil, a primeira a formar uma
“escola” ou uma “tradição”, tendo em Florestan Fernandes um dos seus principais
mentores (Id. Ibid., p.10).
Como decorrência desse projeto, vários autores surgem em diferentes áreas do
pensamento sociológico e estes desenvolverão pesquisas e ensino. Apenas para citar
339
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
alguns daqueles que a partir das décadas de 1960/1970 passam a ter suas obras lidas e
reconhecidas: Octavio Ianni, Fernando Henrique Cardoso, Francisco Weffort, Francisco
de Oliveira, José de Souza Martins, Leôncio Martins Rodrigues, Juarez Brandão Lopes,
Maurício Tragtenberg, entre outros (TOMAZI, 2000, p. 10)
Em relação à presença da Sociologia no ensino médio, o mesmo autor aponta
que pela primeira vez no Brasil, a disciplina de Sociologia foi apresentada como
integrante do currículo do ensino fundamental e médio através da reforma proposta por
Benjamim Constant, cuja morte não permitiu a continuidade de discussão do projeto.
Somente a partir de 1925 é que a disciplina passou a integrar o currículo do curso médio
do Colégio Dom Pedro II, no Rio de Janeiro, por iniciativa de Fernando de Azevedo (Id.
Ibid.).
A partir de então, a disciplina de Sociologia teve um percurso de difícil presença
no currículo do ensino médio. A Reforma Rocha Vaz (1928) integrou os currículos dos
cursos das Escolas Normais do Distrito Federal e de Recife. Nesta última cidade a
Sociologia foi incluída por iniciativa de Gilberto Freire, cuja obra marcaria a consolidação
da pesquisa científica na área (Id. Ibid.)
A Reforma Francisco Campos (1931) ampliou a inserção da disciplina nas
escolas de nível médio, mas a reforma educacional de Gustavo Capanema (1942)
restringiu seu ensino, determinando sua presença obrigatória apenas nas Escolas
Normais e no período de 1964 até 1982 foram promulgadas a Lei 7.044 e a Resolução
SE/236/83. Esta última recomendava, explicitamente, a inserção da Sociologia na grade
curricular optativa das escolas de nível médio, ela estava fora do currículo (Id. Ibid.)
Mais recentemente, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), Lei n°
9394/1996, recolocou a disciplina na estrutura curricular do ensino médio. Afirma que os
alunos, ao final do período, devem deter os conhecimentos sociológicos, deixando,
portanto, para os governos estaduais, núcleos regionais de ensino e até para as escolas
a liberdade da definição do modo como serão passados esses conhecimentos (Id. Ibid.)
A luta pela reinserção das disciplinas de Sociologia e Filosofia extrapolou os
âmbitos do Ministério da Educação e das Secretarias Estaduais de Educação e ganhou
força em toda a sociedade civil organizada. Partidos políticos, grêmios estudantis,
340
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
sindicatos de professores entre outras organizações, todos no intuito de que essas
disciplinas voltassem a ser obrigatórias nas grades curriculares do Ensino Médio em todo
o Brasil. Na década de 1990 foi aprovada no Congresso Nacional uma lei que incluía as
disciplinas de Sociologia e Filosofia no ensino médio. Em 2001 essa lei foi vetada pelo
então presidente da República Fernando Henrique Cardoso, dizendo que não haveria
professores suficientes para ministrarem essas aulas entre outras alegações.
A partir de 2002 as reivindicações continuaram e os atores envolvidos na questão
não desistiram da luta pela obrigatoriedade do ensino destas disciplinas nas escolas de
nível médio. Em 24 de novembro de 2005 foi protocolado no Conselho Nacional de
Educação o Ofício n° 9647/GAB/SEB/MEC. Neste ofício o Secretário de Educação
Básica do Ministério da Educação encaminhou para apreciação um documento anexado
sobre as “Diretrizes Curriculares das disciplinas de Filosofia e Sociologia do ensino
médio”, elaborado pela Secretaria com a participação de representantes de várias
entidades. O documento juntado continha uma série de considerações favoráveis à
inclusão obrigatória das disciplinas no currículo do ensino médio. Com apoio na própria
LDB, mas com a necessidade de alterá-la, os componentes desta comissão
desenvolveram uma argumentação que defende a presença da Sociologia e Filosofia
como disciplinas obrigatórias.
O Conselho Nacional de Educação - CNE aprovou parecer favorável à inclusão
das disciplinas de forma obrigatória no Ensino Médio e abriu caminho para a deliberação
no Congresso Nacional. Estas disciplinas passaram a ser obrigatórias no Ensino Médio
após a aprovação da Lei Federal n° 11.684, de 02 de junho de 2008. No Paraná a
obrigatoriedade da Sociologia já havia sido determinada pela lei nº 15.228 de 25/07/2006.
Mas, diante da nova determinação legal de que a disciplina deve estar presente em todas
as séries/anos do Ensino Médio, o Conselho Estadual de Educação/PR, aprovou em 07
de novembro de 2008 a deliberação n.º 03/08, com o seguinte teor: uma série em 2009;
duas em 2010; três em 2011; quatro em 2012 nos cursos de 4 anos.
341
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
3. CONTEÚDOS
As Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica (DCEs) trazem uma
definição dos conteúdos estruturantes que devem orientar as Propostas Pedagógicas
Curriculares (PPCs) das escolas. Os conteúdos básicos e específicos devem ser
acrescentados pelo professor da disciplina em seu Plano de Trabalho Docente (PTD),
seguindo os delineamentos dos conteúdos estruturantes constantes nas Diretrizes. Os
livros didáticos adotados pelos professores também devem estar de acordo com as
orientações das Diretrizes Curriculares Estaduais, mas esses livros já chegam à escola
aprovados pelo Ministério da Educação (MEC), através da Secretaria de Educação
Básica. Seguem os conteúdos estruturantes conforme constam nas Diretrizes
Curriculares Estaduais da Educação Básica:
Conteúdos Estruturantes
O processo de socialização e as instituições sociais;
Cultura e indústria cultural;
Trabalho, produção e classes sociais;
Poder, política e ideologia;
Direitos, cidadania e movimentos sociais.
Em atendimento à Instrução Normativa n° 009/2011 da Secretaria de Estado da
Educação do Paraná (SEED) estão contemplados os conteúdos de que trata a Lei nº
11645/08 – obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira, africana e
indígena. Serão observadas as seguintes leis, decretos e portarias: Lei n° 13381/01 –
História do Paraná; Lei n° 9795/99 e Decreto n° 4201/02 – Educação ambiental; Lei
Federal n° 11525/07 – Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente;
Decreto n° 1143/99 e portaria n° 413/02 – Educação tributária. Por fim os temas,
prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade na adolescência e educação fiscal
estarão articulados relacionados com os conteúdos específicos da disciplina.
342
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Observações: 1) Adequar os objetivos referentes aos conteúdos sempre que
houver necessidade de ajustes para que o aluno com necessidades educacionais
especiais (NEE) tenha acesso e assimilação de igual forma a dos outros educandos; 2)
Os conteúdos trabalhados serão flexibilizados aos educandos com NEE no âmbito da
temporalidade, na essência dos conteúdos e no momento da avaliação.
4. METODO
Quando se analisa um quadro de referência, como neste caso, numa proposta
curricular é importante a questão do método. Aqui a ideia é compreender este quadro
como uma totalidade abrangendo uma teoria, um método e uma didática específica desta
teoria. O método utilizado como professor pesquisador é o método dialético. Trata-se de
uma escolha, e por estar presente nas ciências sociais.
Deve-se entender que a teoria do materialismo histórico abrange o método
dialético. Em uma nomenclatura mais abrangente se diria método materialista histórico
dialético. Este método engloba as análises históricas e as comparações existentes e
analisadas no decorrer do processo de pesquisa e também na relação ensino-
aprendizagem. Segundo Gaudêncio Frigotto: “A dialética situa-se, então, no plano da
realidade, no plano histórico, sob a forma da trama de relações contraditórias,
conflitantes, de leis de construção, desenvolvimento e transformação dos fatos”
(FRIGOTTO, 2008, p. 75).
Tratando o método como uma conduta, como uma postura, ou seja, quando se
utiliza um método para pesquisar, também se usa este mesmo método para ensinar. É
neste sentido que fala Frigotto:
Na perspectiva materialista histórica, o método está vinculado a uma concepção de realidade, de mundo e de vida no seu conjunto. A questão da postura, neste sentido, antecede ao método. Este constitui-se numa espécie de mediação no processo de aprender, revelar e expor a estruturação, o desenvolvimento e transformação dos fenômenos sociais (Id. Ibid. p. 77).
343
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
As Diretrizes Curriculares Estaduais (DCEs) incorporaram a Teoria Histórico-
crítica de Dermeval Saviani e a didática para esta pedagogia proposta por João Luiz
Gasparin. Embora as diretrizes apontem um método e uma proposta metodológica, não
significa que o professor esteja proibido de trabalhar com outras abordagens. Muitos
professores que atuam nas escolas são materialistas históricos dialéticos, conhecem e
trabalham com a proposta formulada nesta teoria e adotada pela escola, mas outros são
adeptos de métodos diversos, outras metodologias, outras abordagens que são utilizadas
e aplicadas no dia a dia escolar.
5. METODOLOGIA
A metodologia aplicada está fundamentada no princípio da democratização das
relações tendo como perspectiva a construção do espaço coletivo por meio do diálogo
permanente. O atendimento será personalizado quando as situações assim exigirem e
de acordo com as possibilidades. De modo geral as relações de ensino-aprendizagem
são tratadas coletivamente. Serão sempre respeitados pelo professor os pontos de vista
do aluno, mas a coerência dos argumentos é questão fundamental para a discussão dos
temas que envolvem o relacionamento entre aluno e professor e entre os próprios alunos.
Para que o aluno possa incluir-se à comunidade de forma autônoma e cidadã,
deve ser incentivado a agir como sujeito participante da metodologia aplicada, porque
segundo Giroux (1988), “o sujeito do processo político-pedagógico só aprenderá a sentir,
sentindo; a agir agindo; a perceber, percebendo; a criticar, criticando e a pensar sobre a
ação, pensando”.
As aulas serão pautadas em processo dialógico, buscando identificar a causa de
possíveis dificuldades no aprendizado. Deve-se observar na medida do possível o
histórico de vida do aluno, se há situações de carência, déficit cognitivo ou de
aprendizagem, para poder realizar os encaminhamentos necessários e adequados.
Paulo Freire em sua obra “O Papel do Educador”, analisa a postura do educador
na relação com o educando. Partindo da ideia de que o educador deve ter clareza da
perspectiva ideológica e política que fundamenta a sua prática. É possível que este
344
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
pergunte a si mesmo se sua prática é coerente com a teoria à qual se vincula. Somente
desta forma pode definir com clareza suas ações, que dependendo de sua escolha,
estarão a serviço da transformação ou conservação das relações sociais. E argumenta:
Não existe um papel do educador social que seja geral, aplicável a qualquer educador ou educadora. Admitir que haja um papel universal da educadora ou do educador, é cair numa posição ingênua. É desconhecer, por exemplo, a natureza política do ato educativo. A educação na verdade é um ato político e, nessa medida, o educador é um político também, no seu papel que necessariamente tem a ver com a sua opção política, com aquilo que ele sonha politicamente (FREIRE, 1984, p. 5).
Segundo este autor, todo educador que diga ao educando que ele é igual ao
educando, ou é ingênuo ou está mentindo, está fazendo demagogia, porque na verdade
não é igual. Existe uma diferença entre educador e educando que está explícita na
relação entre autoridade e liberdade. Paulo Freire afirma que reconhecer esta diferença
é condição necessária para que haja a transformação da realidade. Porém a autoridade
fundamental e necessária não pode ser confundida com o autoritarismo que abafa a
liberdade do educando e que pode levar futuramente a reações de rebelião ou
passividade (FREIRE, 1984, p. 6).
Dessa forma, o educador atua em uma dada realidade social. Tem a visão crítica
de que suas opções, posicionamentos, atitudes, articulações com pessoas e segmentos
sociais são o reflexo da ideologia política adotada, seja consciente ou inconscientemente.
Segundo Paulo Freire, todos os indivíduos devem participar do processo de discussão
das propostas e do planejamento das ações. Porque a educação não se dá apenas na
aplicação das aulas, dos trabalhos, mas envolve todas as relações humanas dentro do
espaço institucional. A educação acontece em todos os momentos, de modo simples,
informal e espontâneo. (Id. Ibid.)
A metodologia utilizada parte de uma estratégia propositiva com o intuito de
valorizar as ideias e o imaginário dos alunos, assim como resgatar a condição de sujeitos
sociais capazes de intervir no processo histórico ao qual estão inseridos. Um trabalho
voltado para o desenvolvimento da cidadania não combina com a ideia de dependência
345
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
e tutela. Portanto, os professores devem acreditar na capacidade humana de
transformação coletiva.
Dá-se ênfase às ideias de Paulo Freire devido à importância desse autor para a
educação. No entanto, nessa proposta pedagógica utiliza-se no processo de ensino-
aprendizagem a metodologia vinculada à pedagogia histórico-crítica. Pode-se dizer que
a forma de organização social pautada na acumulação de bens, na propriedade privada,
na busca desmesurada pelo lucro, na reprodução das classes sociais, condiciona e tem
condicionado o sentido da escola. Contudo, permite ao mesmo tempo à escola o
movimento contraditório de formar sujeitos para além dessas determinações. Isso
equivale dizer, pode formar para além do conservadorismo e da reprodução da sociedade
atual estabelecida. A escola é palco e alvo de disputa de interesses distintos. A escola
tem a função precípua de tornar o homem cada vez mais capaz de conhecer os
elementos de sua situação no mundo, para intervir nela e transformá-la (SAVIANI, 1986).
A educação é um direito inalienável. Compreende-se que o processo educativo
escolar é uma contribuição fundamental para a formação do homem. É na herança
cultural e por meio da cultura que o homem se faz homem. Deste modo, o aprendizado
escolar integra o processo de formação humana para a vida em sociedade pela oferta de
condições adequadas para o desenvolvimento e apropriação da cultura. “A escola existe,
pois, para propiciar a aquisição de instrumentos que possibilitem o acesso ao saber
elaborado (ciência) [...]. As atividades escolares devem organizar-se a partir desta
questão” (Id. 2003, p. 15).
O trabalho docente em sala de aula, como está explicitado nessa PPC, deve ser
realizado seguindo a teoria elaborada por Dermeval Saviani, denominada Pedagogia
Histórico-crítica. Os cinco momentos nos quais o autor explicita em sua teoria foram
trabalhados de forma prática pelo professor João Luiz Gasparin em sua obra: Uma
didática para a pedagogia histórico-crítica.
Nessa visão adota-se o princípio da aprendizagem significativa, em que o aluno
se reconhece como sujeito histórico no tempo e no espaço. Diferencia-se o que é natural
do que é cultural, considerando as relações sociais no processo de transformação da
natureza através do trabalho. Os passos a serem seguidos devem ser:
346
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
1) Prática Social Inicial – 1.1) Conteúdo: Qualquer que seja o conteúdo deve-se situar esses conteúdos no tempo e no espaço, contextualizar. – 1.2) Vivência do conteúdo: Partir daquilo que o aluno já sabe sobre o conteúdo. Podem ser feitas perguntas que aproximam a realidade dos alunos ao conteúdo que vai ser ensinado. A curiosidade pode ser despertada quando se pergunta o que os alunos gostariam de saber a mais, além daquilo que já se sabe sobre o assunto. 2) Problematização – A questão principal é formular perguntas sobre o conteúdo que será estudado. Essas questões devem contemplar as dimensões conceitual, histórica, econômica, social, política, geográfica, legal, religiosa, cultural. 3) Instrumentalização – 3.1) Ações docentes e discentes: A apresentação das experiências dos alunos sobre a classe social a que pertence; A observação das relações de poder existentes nos diversos setores da sociedade; A participação dos alunos nas decisões na sala de aula e na escola; A forma de exposição dos conteúdos pelo professor, com ou sem a participação do aluno; A promoção de debates sobre os direitos de participação de todos nos diversos setores da sociedade. – 3.2) Recursos materiais: Livros, textos, filmes, figuras, charges, jornais, revistas, imagens entre outros. 4) Catarse – 4.1) Síntese mental do aluno: A aprendizagem acontece quando se realiza a síntese, isto é, quando o aluno supera sua visão de senso comum ou parcial e adquire uma visão mais elaborada sobre aquilo que se aprende, ou seja, o aprendizado dos conteúdos científicos. – 4.2) Expressão da síntese: É o momento de avaliar. Não somente o aluno, mas também o conteúdo em suas diversas dimensões, o professor e o sistema de ensino. A atitude mental pede ser representada de várias formas: Dissertação, teatro, exposição oral, síntese [...] momento em que o educando sistematiza e manifesta o que assimilou [...]. A síntese é a tradução oral ou escrita sobre a compreensão que o aluno teve de todo o processo de trabalho. 5) Prática Social Final – Em relação ao aprendizado, este é o momento de colocar em prática. Tornar mais clara a questão dos direitos e dos deveres. Evidenciar que todos devem ser participantes nas tomadas de decisões dentro de uma sociedade democrática. Respeitar as diferenças. Compreender que determinados comportamentos podem se influenciados pela classe social a que o indivíduo pertence (GASPARIN, 2002, p. 128).
6. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO E RECURSOS DIDÁTICOS
A Diretriz Curricular Estadual (DCE) da disciplina de Sociologia traz uma proposta
de abordagem metodológica para o trabalho em sala de aula e observa: “os conteúdos
devem ser trabalhados com rigor metodológico para a construção do pensamento
científico e o desenvolvimento do espírito crítico - pesquisa de campo; análise crítica de
filmes e vídeos; leitura crítica de textos sociológicos” (PARANÁ, 2008, p. 95).
Ao apresentar cada uma dessas abordagens, ressalta a importância do trabalho
com os estudantes na perspectiva de desenvolver um aprendizado significativo e crítico.
Sobre o trabalho com a pesquisa de campo salienta:
347
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
A pesquisa de campo pode ser iniciada antes ou depois de se apresentar o conteúdo a ser desenvolvido. Quando a pesquisa preceder a apresentação do conteúdo, os resultados obtidos devem servir como base para problematizações a serem desenvolvidas. Se a pesquisa suceder o desenvolvimento dos conteúdos, os resultados deverão comprovar ou refutar o que foi discutido à luz das teorias sociológicas (Id. Ibid.).
A prática da pesquisa de campo é uma boa opção para envolver os estudantes
em um trabalho mais dinâmico, mas para isso é necessário um bom planejamento. Cabe
ao professor a tarefa de planejar e conduzir a execução da pesquisa que pode ser
realizada no próprio ambiente escolar e na comunidade ao entorno.
A opção por “filmes e vídeos sob um olhar crítico” é uma alternativa para o ensino
de Sociologia. Para tanto, uma advertência: “um filme deve ser entendido também como
texto e, como tal, é passível de leitura pelos alunos. Os filmes são dotados de linguagem
própria e compreendê-los não significa apenas apreciar imagens e sons” (Id. Ibid., p. 96).
É preciso ter claro a dificuldade de se trabalhar com tais ferramentas e o planejamento
deve ser rigoroso. Conforme as DCEs, cabe aos professores proporem:
[...] uma interpretação analítica e contextual e, assim sendo, alguns passos devem ser seguidos: a) a escolha do filme não deve estar relacionada somente ao conteúdo, mas também à faixa etária e o repertório cultural dos alunos; b) aspectos da ficha técnica do filme devem estar incluídos na atividade como o ano, o local de produção, a direção, premiações, assunto da obra, onde e quando se passa; c) a elaboração de um roteiro que contemple aspectos fundamentais para o conteúdo em estudo possibilitará uma melhor compreensão do trabalho, chamando a atenção dos alunos para questões sociológicas que possam estar correlacionadas; d) a discussão das temáticas contempladas deve estar articulada às teorias sociológicas e à realidade histórica referida; e) a sistematização das análises a partir do filme e/ou vídeo, pode ser feita por meio da produção de um texto ou de outro meio de expressão – visual, musical, literário – para completar a atividade (Id. Ibid. p. 96 - 97).
As Diretrizes Curriculares da Educação Básica (DCEs) propõem o trabalho em
sala de aula a partir da leitura e análise de textos sociológicos, organizado pelo professor,
a partir dos recortes permitidos pelos conteúdos. Tais recortes precisam ser
contextualizados com a obra dos autores e com outros textos para que os estudantes
percebam as contradições entre os autores e, dessa forma, consigam romper com a visão
dogmática de “verdades” estabelecidas. Para tanto “recomenda-se articular os excertos
dos textos sociológicos acadêmicos a textos de livros didáticos”. É fundamental garantir
348
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
a cientificidade dos conteúdos adequando-os ao saber espontâneo e ao universo cultural
do aluno (Id. Ibid., p. 97).
Uma das dificuldades para tal proposta diz respeito à falta de obras disponíveis
ao alcance dos professores e alunos. Tal dificuldade pode ser amenizada com o “acervo
bibliográfico formado pela Biblioteca do Professor, pela Biblioteca do Ensino Médio e pela
Biblioteca de Temas Paranaenses. Nelas, estão disponíveis fontes de pesquisa para o
professor, seja para seu próprio estudo e aperfeiçoamento, seja como material para dar
suporte ao trabalho com os alunos”. Não se pode esquecer que o “Livro Didático Público
de Sociologia é outro importante suporte teórico e metodológico desta disciplina e
constitui um ponto de partida para professores e alunos” (Id. Ibid.).
O professor conta ainda com uma orientação dos recursos didático-pedagógicos:
1) Aulas expositivas seguidas de dinâmicas de grupo, ou seja, discussão dos
conceitos, teorias e temas propostos;
2) Leituras de: textos clássicos, contemporâneos, temáticos, literários,
jornalísticos, livros didáticos e outros livros, revistas, periódicos e outros materiais
complementares;
3) Trabalhos em grupos;
4) Debates e dinâmicas articulando conceitos, teorias e temas;
5) Exposições, diálogos organizados e discussões em sala;
6) Realização de atividades;
7) Utilização de vídeos, imagens e filmes ou recorte de filmes, relacionando os
conteúdos discutidos segundo a linguagem do cinema;
8) Apresentação de músicas, relacionando os conteúdos discutidos segundo a
linguagem da música;
9) Visitas a museus e outras instituições públicas e privadas;
10) Debates e seminários de temas relevantes fundamentados em leitura e
pesquisa;
11) Pesquisa de campo;
12) Pesquisa bibliográfica;
349
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
13) Análises críticas de filmes, documentários, músicas, imagens (fotografias,
charges, tiras, publicidade), programas audiovisuais, noticiário impresso, de rádio e
televisão; internet, imprensa nacional e internacional, entre outros;
14) Ainda podemos contar com os recursos materiais e audiovisuais: quadro,
aparelho de som e vídeo, TV multimídia e outros recursos disponíveis na escola.
7. AVALIAÇÃO
O conceito de avaliação que consta na Lei de Diretrizes e Bases da Educação
(LDB), assim como as propostas de avaliação constantes nas DCEs, no Projeto político
Pedagógico (PPP) da escola, serão levados em consideração no ato da formulação e
aplicação desta PPC. Também serão seguidas as instruções do Regimento Escolar e em
consequência estarão presentes no Plano de Trabalho Docente (PTD), para posterior
aplicação em sala de aula. Uma avaliação que seja diagnóstica, formativa, processual e
continuada, de acordo com as DCEs:
A avaliação no ensino de Sociologia, proposta nestas Diretrizes, pauta-se numa concepção formativa e continuada, onde os objetivos da disciplina estejam afinados com os critérios de avaliação propostos pelo professor em sala de aula. Concebendo a avaliação como mecanismo de transformação social e articulando-a aos objetivos da disciplina, pretende-se a efetivação de uma prática avaliativa que vise “desnaturalizar” conceitos tomados historicamente como irrefutáveis e propicie o melhoramento de senso crítico e a conquista de uma maior participação na sociedade. (PARANÁ, 2008, p. 98)
As avaliações poderão ser realizadas individualmente ou em grupos, com ou sem
consultas aos materiais didáticos. Poderão ser desenvolvidas em sala de aula ou
extraclasse, de forma escrita ou oral. Os alunos ainda poderão ser avaliados levando-se
em consideração o processo cognitivo de aprendizagem ou o processo relacional ou
atitudinal de aprendizagem. A participação do aluno durante as aulas, nos debates, nas
discussões também podem e devem ser objetos de avaliação. Os instrumentos de
avaliação deverão sempre estar acompanhados de seus critérios, para que o aluno saiba
como proceder durante a realização das atividades avaliativas. O professor de Sociologia
350
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
pode ainda aplicar aos seus alunos a autoavaliação com procedimentos e critérios
adequados.
Em relação às aferições, deverá ser atribuída nota de 0 a 10,0, para as avaliações
no decorrer do bimestre com direito à recuperação também valendo 10,0. Aplicar no
mínimo três avaliações por bimestre. A nota do bimestre será a média ponderada de
todas as avaliações aplicadas. Realizar a recuperação paralela de conteúdos, se
necessário.
Em consonância com os estudos realizados nos Grupos de Estudos – 2008,
sobre avaliação, proposto pelo Departamento de Educação Básica - DEB, com o título:
Avaliação – Um Processo Intencional e Planejado reescrevem-se aqui os instrumentos
de avaliação que podem ser utilizados na disciplina de Sociologia juntamente com seus
devidos critérios de avaliação.
Instrumentos de Avaliação e seus Critérios:
1 – Leitura
A avaliação de leitura possibilita ao professor verificar a compreensão dos conteúdos abordados em aula, e nesse sentido, faz-se necessário a escolha criteriosa do texto, o roteiro de análise e os critérios de avaliação, de forma a permitir a reflexão e a discussão, bem como a ampliação dos conhecimentos.
Critérios O aluno:
1. Compreende as ideias presentes no texto e interage por
meio de questionamentos, concordâncias ou
discordâncias?Ao falar sobre o texto, expressa suas ideias
com clareza e sistematiza o conhecimento de forma
adequada.
2. Estabelece relações entre o texto e o conteúdo abordado
em sala de aula.
2 – Pesquisa Bibliográfica A solicitação de uma pesquisa bibliográfica exige que o enunciado seja claro. O tema deve ser bem delimitado. O professor deve orientar a pesquisa, de modo que o aluno não fique perdido no universo da biblioteca ou da internet.
Critérios O aluno:
1. Contextualiza o tema que está sendo pesquisado; identifica
situações que se ligam ao conteúdo estudado;
2. Problematiza; apresenta de forma clara e objetiva tema;
delimita o foco da pesquisa; busca soluções;
3. A justificativa aponta argumentos sobre a importância da
pesquisa;
4. Remete-se aos textos lidos, por meio de citações ou
paráfrases referenciando-os adequadamente.
351
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
3 – Produção de texto A produção de texto deve considerar a característica dialógica e interativa da linguagem e o processo interlocutivo. Portanto, precisa estar relacionada ao que se escreve fora da escola, atendendo aos diversos gêneros textuais.
Critérios O aluno:
1. Produz textos atendendo às circunstâncias de produção
(gênero, interlocutor, finalidades, etc.)
2. Adéqua a linguagem às exigências do contexto de
produção, dando-lhe diferentes graus de formalidade ou
informalidade, atendendo especificidades, da disciplina em
termos de léxico, a estrutura;
3. Expressa as ideias com clareza (coerência e coesão);
Elabora argumentos consistentes;
4. Estabelece relações entre as partes do texto;
5. Estabelece relação entre a tese e os argumentos
elaborados para sustentá-la.
4 – Apresentação Oral A atividade de apresentação oral possibilita ao aluno demonstrar sua compreensão a respeito do conteúdo abordado, bem como argumentar, organizar e expor suas ideias.
Critérios O aluno:
1. Demonstra conhecimento do conteúdo;
2. Apresenta argumentos selecionados;
3. Demonstra sequência lógica e clareza na apresentação;
4. Faz uso de recursos para ajudar na sua produção.
5 – Atividades Experimentais Estas atividades requerem clareza no enunciado e propiciam ao aluno criar hipóteses sobre o fenômeno que está ocorrendo, levando em consideração as dúvidas, o erro, e acaso, a intuição, de forma significativa. Nessa atividade, o aluno pode expressar sua compreensão do fenômeno experimentado, do conceito a ser construído, a qualidade de interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre outras possibilidades.
Critérios O aluno:
1. Realiza seu experimento de forma adequada;
2. Registra as hipóteses e os passos seguidos;
3. Demonstra compreender o fenômeno experimentado;
4. Usa adequadamente e de forma conveniente os materiais;
5. Consegue utilizar apropriadamente o ambiente e os
instrumentos necessários.
6 – Pesquisas de Campo A pesquisa de campo exige um planejamento prévio que demande a
Critérios O aluno:
352
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
busca de informações nos lugares que se pretende trabalhar. Nesse sentido, colabora para a construção de conhecimentos e formação dos alunos como agentes sociais.
1. Procede a sua pesquisa de campo;
2. Registra as informações, no local de pesquisa;
3. Organiza e examina os dados coletados, conforme
orientações;
4. Apresenta sua compreensão a respeito do conhecimento
construído, sua capacidade de análise dos dados
coletados, capacidade de síntese;
5. Atende ao que foi solicitado como conclusão do projeto
(relatório, elaboração de croquis, produção de texto,
cartazes, avaliação escrita, entre outros).
7 – Relatório É um conjunto de descrições e análises da atividade desenvolvida, auxiliando no aprimoramento da habilidade escrita, possibilitando ainda, a reflexão sobre o que foi realizado e a reconstrução de seu conhecimento. No relatório deve apresentar quais dados ou informações foram coletadas ou desenvolvidas e como esses dados foram analisados, bem como quais resultados podem-se extrair deles. São elementos do relatório: Introdução, metodologia e materiais, análise e considerações finais.
Critérios O aluno:
1. Faz a introdução com informações que esclareçam a
origem de seu relatório, apontando quais os objetivos da
atividade, bem como a relevância do conteúdo abordado e
dos conceitos construídos;
2. Descreve objetiva e claramente como se deu o trabalho ou
atividade desenvolvida, possibilitando ao leitor a
compreensão do que se está falando, ou para uma reflexão
que permita que se aprimore a atividade.
3. Faz a descrição dos dados coletados durante os
procedimentos e dos resultados obtidos, estabelecendo
uma relação entre eles e as discussões teóricas que deram
origem à atividade em questão.
8 – Seminário Oportuniza a pesquisa, a leitura, a interpretação de textos. Trata-se de uma discussão rica de ideias, na qual cada um participa questionando, de modo fundamentado, os argumentos apresentados, colocando o estudante em contato direto com a atividade científica e engajando-o na pesquisa.
Critérios O aluno:
1. Demonstra consistência nos argumentos, tanto na
apresentação quanto nas réplicas;
2. Apresenta compreensão do conteúdo abordado (a leitura
compreensiva dos textos utilizados);
3. Faz adequação de linguagem;
4. Demonstra pertinência quanto às fontes de pesquisa;
5. Traz relatos para enriquecer a apresentação;
6. Faz adequação e toma como relevante as intervenções
dos integrantes do grupo que assiste a apresentação.
353
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
9 – Debate Possibilita a exposição de ideias, avaliação dos argumentos, permitindo que haja turno de fala entre os ouvintes. Mas, para que isso ocorra, é preciso garantir a participação de todos.
Critérios O aluno:
1. Aceita a lógica da confrontação de posições, ou seja,
respeita os pensamentos divergentes;
2. Ultrapassa os limites das suas posições pessoais;
3. Explicita racionalmente os conceitos e valores que
fundamentam a sua posição;
4. Faz uso adequado da língua portuguesa em situações
formais;
5. Busca por meio do debate, da persuasão e da superação
de posições particulares, uma posição de unidade, ou uma
maior aproximação possível entre as posições dos
participantes;
6. Registra, por escrito, as ideias surgidas no debate;
7. Demonstra conhecimento sobre o conteúdo da disciplina
envolvido no debate;
8. Apresenta compreensão sobre o assunto específico
debatido e sua relação com o conteúdo da disciplina.
10 – Atividades com textos literários Possibilita discussões acerca do conteúdo que está sendo discutido, no contexto de outra linguagem. Esse trabalho passa por três momentos necessários para a sua efetivação: a escolha do texto, a elaboração da atividade em si, (seja através de questões, seja por um roteiro de leitura), os critérios de avaliação.
Critérios O aluno:
1. Compreende e interpreta a linguagem utilizada no texto;
2. Faz a articulação entre conceito, teoria e tema relacionado
aos conteúdos discutidos nas aulas;
3. Reconhece os recursos expressivos específicos do texto
literário.
11 – Atividades com recursos audiovisuais O trabalho com filmes, documentários, musicais, teatro, entre outros. Qualquer que seja o recurso escolhido é preciso considerar que o conteúdo abordado naquela mídia não está didatizado, vem apresentando em linguagem específica e com intencionalidade
Critérios O aluno:
1. Compreende e interpreta a linguagem utilizada;
2. Articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com
o conteúdo apresentado pelo audiovisual;
3. Reconhece os recursos expressivos específicos daquele
recurso.
354
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
diferente daquela que existe na escola. A didatização do conteúdo cabe ao professor.
12 – Trabalhos em grupos Desenvolvem dinâmicas com pequenos grupos na tentativa de proporcionar, aos alunos, experiências que facilitem o processo de aprendizagem. Nesse sentido, possibilita a interação social, conduzindo o aluno a compartilhar seu conhecimento. O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de diferentes atividades, sejam elas, escritas, orais, gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis, mural, jogos e outros, abrangendo os conhecimentos artísticos, filosóficos e científicos.
Critérios O aluno:
1. Interage com o grupo;
2. Compartilha o conhecimento;
3. Demonstra os conhecimentos formais da disciplina,
estudados em sala de aula, na produção coletiva de
trabalhos;
4. Compreende a origem da construção histórica dos
conteúdos trabalhados e sua relação com a
contemporaneidade e o seu cotidiano.
13 – Questões discursivas Essas questões possibilitam verificar a qualidade da interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão discursiva possibilita que o professor avalie o processo de investigação e reflexão realizado pelo aluno durante a exposição e discussão dos conteúdos. Além disso, a resposta a uma questão discursiva permite que o professor identifique com maior clareza o erro do aluno, para que possa dar a ele a importância pedagógica que tem o processo de construção do conhecimento.
Critérios O aluno:
1. Compreende o enunciado da questão;
2. Planeja a solução, de forma adequada;
3. Comunica-se por escrito, com clareza, utilizando-se de
norma padrão da língua portuguesa;
4. Sistematiza o conhecimento de forma adequada.
14 – Questões de múltipla escolha Este tipo de questão tem como principal objetivo a fixação do conteúdo. Uma questão de múltipla escolha deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor, usando um vocabulário conceitual adequado,
Critérios O aluno:
1. Realiza leitura compreensiva do enunciado;
2. Demonstra apropriação de alguns aspectos definidos no
conteúdo;
355
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
possibilitando ao aluno a compreensão do que foi solicitado. Para a construção desse tipo de questão o professor não deve desconsiderar um bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade de cada questão direcionada para cada série com vistas a não cometer injustiças.
3. Utiliza de conhecimentos adquiridos.
Estes instrumentos de avaliação, juntamente com seus critérios, podem ser utilizados
por qualquer professor de qualquer disciplina ou área do conhecimento. Estas sugestões foram
apresentadas de uma maneira geral para que se pudesse auxiliar alunos e professores no
desenvolvimento do ensino/aprendizagem.
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO. Projeto Político Pedagógico (PPP). Campo Mourão, 2018 ________ Regimento Escolar. Campo Mourão, 2018
GALLIANO A. G. Introdução à Sociologia. São Paulo: Harper & Row do Brasil, 1981. GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas – SP: Autores Associados, 2002. – (Coleção Educação Contemporânea) GIROUX, H. Pedagogia Social. São Paulo: Cortez, 1983. MEKSENAS, Paulo. Sociologia. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 1994. (Coleção Magistério 2º grau) PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Sociologia. Curitiba: SEED, 2008. SAVIANI, Dermeval. Do senso comum à consciência filosófica. São Paulo: Cortez – Autores Associados, 1986. _______. Sobre a natureza e a especificidade da educação. In: SAVIANI, D. Pedagogia Histórico-Crítica. 8ª ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2003, p. 11-22.
356
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
SFORNI, Marta Sueli de Faria. Os conceitos científicos na formação do pensamento teórico. In: Aprendizagem conceitual e organização do ensino: contribuições da teoria da atividade. Araraquara: JM Editora, 2004, p. 73-113. TOMAZI, Nelson D. Sociologia para o Ensino Médio. 2ª ed. rev. e ampl. São Paulo: Editora Saraiva, 2010. Volume único e com manual do professor.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ESPANHOL – CELEM
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Sabe-se que toda língua é constituída a partir da história e dos valores culturais
de um povo. Sendo assim, partimos do pressuposto que a Língua Estrangeira é “[...] um
princípio social e dinâmico que não se limita a uma visão sistêmica e estrutural do código
linguístico” (DCE, 2008). Nesse sentido, a sala de aula se configura num espaço
discursivo em que professor e educando se constituem socialmente.
O ensino da Língua Estrangeira Moderna (LEM), nesse caso, a Língua
Espanhola, tem por objetivo expandir as formas de conhecimento, logo pode ser
propiciadora da construção das identidades dos sujeitos (educando) ao oportunizar o
desenvolvimento da consciência sobre o papel exercido pela língua estrangeira na
sociedade brasileira e no panorama internacional, favorecendo ligações entre a
comunidade local e a de fronteira latino-americana.
Dessa forma, a oferta do ensino da Língua Espanhola no CELEM atende às
expectativas e demandas sociais contemporâneas, propiciando a aprendizagem dos
conhecimentos historicamente produzidos às novas gerações. Para tanto, o ensino
partirá do trabalho com textos significativos, orais ou escritos, oriundos de diferentes
esferas sociais, bem como pertencentes a diferentes gêneros discursivos.
Diante do exposto, a oferta da Língua Espanhola, em nosso estabelecimento de
ensino, oportunizará ao educando, profissionais da educação e membros da comunidade
357
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
a interação com a língua alvo, envolvendo o conhecimento linguístico, discursivo, cultural
e sócio-pragmático, o que resultará no desenvolvimento das capacidades de ação,
discursiva, linguístico-discursiva (DOLZ E SCHNEUWLY, 1998 ) exigidas dos seus
atores, nas diferentes práticas sociais - entendidas aqui como formas de organização de
uma sociedade, das atividades e das ações realizadas pelos indivíduos em grupos
organizados, as quais diferem-se de época para época, de cultura para cultura e de lugar
para lugar.
2. CONTEÚDOS
Para o ensino e aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna são considerados
os conhecimentos construídos ao longo da história. Nesse sentido, as DCE (2008)
definem o discurso como prática social como conteúdo estruturante para a Língua
Estrangeira Moderna, pois entende que a língua é dinâmica e se efetiva nas práticas de
leitura, oralidade e escrita. No que tange aos conteúdos específicos, estes serão
norteados por gêneros de textos de diferentes esferas sociais, conforme segue:
1º ANO
COTIDIANA
Exposição Oral; Álbum de Família; Fotos; Cartão pessoal; Carta Pessoal; Cartão Felicitações; Cartão Postal; Bilhetes; Convites; Músicas/Cantigas (Folclore); Quadrinhas; Provérbios; Receitas; Relatos de experiências vividas; Trava-línguas.
LITERÁRIA ARTÍSTICA
Autobiografia; Biografias; Histórias em quadrinho; Lendas; Letras de Músicas; Narrativas; Poemas.
ESCOLAR
Exposição Oral; Cartazes; Diálogo/Discussão; Mapas; Resumo. IMPRENSA Artigo de Opinião; Caricatura; Cartum; Charge; Classificados; Entrevista (oral e escrita); Fotos; Horóscopo; Infográfico; Manchete; Notícia; Reportagens; Sinopses de Filmes; Tiras.
PUBLICITÁRIA Anúncios; Cartazes; Comercial para TV; E-mail; Folder; Fotos; Slogan; Músicas; Outdoor; Paródia; Placas; Publicidade Comercial.
PRODUÇÃO/ CONSUMO
Bulas; Regras de jogo; Placas; Rótulos/embalagens.
MIDIÁTICA Chat; Desenho Animado; E-mail; Entrevista; Filmes; Telejornal, Telenovelas, Torpedos, Vídeo Clip.
358
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
2º ANO
COTIDIANA Exposição oral; Cartão pessoal; Cartas (pessoal); Cartões (sociais); Convites; Advinhas; Anedotas; Diário; Canções (culturais); Curriculum Vitae.
LITERÁRIA ARTÍSTICA
Biografias; Contos Fadas/ Contemporâneos; Histórias em quadrinho; Lendas; Letras de Músicas; Narrativas (Aventura, Ficção, etc.) Paródias; Poemas; Romances; Textos dramáticos.
ESCOLAR Diálogo/Discussão Argumentativa; Resenha; Exposição Oral; Mapas; Resumo; Relatos; Texto Argumentativo; Texto de Opinião; Verbetes de Enciclopédias.
IMPRENSA
Artigo de Opinião; Caricatura; Cartazes; Carta ao Leitor; Carta do Leitor; Cartum; Charge; Classificados; Crônica Jornalística; Editorial; Entrevista (oral e escrita); Fotos; Horóscopo; Infográfico; Manchete; Mapas; Notícia; Reportagens; Sinopses de Filmes; Tiras.
PUBLICITÁRIA Anúncios; Caricatura; Comercial para TV; E-mail; Folder; Fotos; Slogan; Músicas; Outdoor; Paródia; Placas; Publicidade Comercial; Publicidade Institucional; Publicidade Oficial; Texto Político.
PRODUÇÃO/ CONSUMO
Bulas; Regras de Jogo; Placas; Rótulos/ Embalagens;
MIDIÁTICA Blog; Chat; Desenho Animado; E-mail; Entrevista, Filmes; Fotoblog; Home Page; Reality Show; Talk Show; Telejornal; Telenovelas; Torpedos; Vídeo Clip; Vídeo Conferência
Partindo, pois, dos gêneros, os conteúdos básicos serão desmembrados de
acordo com a prática discursiva priorizada em momentos específicos. Assim, elencamos,
a seguir, os que são considerados comuns aos dois anos do CELEM e que serão
trabalhados sempre a partir de um texto significativo, atendendo as especificidades de
cada texto/ano. No que diz respeito aos gêneros textuais, serão abordados os seguintes
aspectos:
Marcas do Gênero
• Conteúdo Temático
• Estilo
• Elementos Composicionais
359
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
• Esfera social de circulação
• Análise Linguística Já no tocante às práticas discursivas que permeiam as práticas
sociais serão trabalhados na:
LEITURA
Tema do texto; interlocutor; finalidade; aceitabilidade do texto; informatividade; léxico; repetição proposital de palavras; semântica: operadores argumentativos; ambiguidade; sentido conotativo e denotativo das palavras no texto; expressões que denotam ironia e humor no texto; situacionalidade; informações explícitas; discurso direto e indireto; intertextualidade; vozes sociais presentes no texto; temporalidade; polissemia marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA
Tema do texto; interlocutor; finalidade do texto; informatividade; intertextualidade; vozes sociais presentes no texto; semântica: operadores argumentativos, ambigüidade, significado das palavras, sentido conotativo e denotativo, expressões que denotam ironia e humor no texto; temporalidade; discurso direto e indireto; relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; polissemia; processo de formação de palavras; marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; ortografia; concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
Tema do texto; finalidade; papel do locutor e interlocutor; elementos semânticos; adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc); diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito; elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...; adequação do discurso ao gênero; turnos de fala; variações linguísticas; marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
3. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Para a realização do trabalho norteado pelo discurso e em atendimento ao que
propõem as DCE (2008, p.63) ao apontar que, o trabalho com a Língua Estrangeira em
sala parte do entendimento do papel das línguas nas sociedades como mais que meros
instrumentos de acesso à informação: as línguas estrangeiras são possibilidades de
conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir
360
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
significados, far-se-á um estudo que considere a funcionalidade da língua alvo,
propiciando que o educando vivencie situações concretas de uso dessa língua.
Para tanto, elaborar-se-á atividades que envolvam os gêneros delimitados nos
conteúdos básicos, suas características linguísticas, a função social de cada texto –
conteúdo, estilo, elementos composicionais, bem como a problemática dos elementos da
situação de comunicação que condicionam o funcionamento de todo ato de linguagem
(quem fala, sobre o que fala, com quem fala, com qual finalidade, qual o suporte),
perpassando pelas questões linguísticas, sócio-pragmáticas, culturais e discursivas.
Nesse sentido, uma possibilidade para a efetivação do trabalho com gêneros de
texto é apontada por Petreche (2008), quando esta, fundamentada em Dolz e Schneuwly
(2004), menciona que o trabalho com os gêneros, desenvolvido por meio das sequências
didáticas pode contribuir para o desenvolvimento crítico do aluno, pois esse tipo de
material didático tanto melhora a apropriação das características típicas dos gêneros,
quanto desenvolve as capacidades de linguagem – ação, discursiva e lingüístico-
discursiva.
Dessa forma, as aulas poderão ser organizadas conforme a proposta dos autores
Dolz, Noverraz &Schnewly (2004):
Apresentação da situação
PRODUÇÃO INICIAL
Módulo 1 Módulo 2 Módulo 3 PRODUÇÃO FINAL
De acordo com Nascimento (2008, pp. 70-71), na apresentação da situação o
aluno, primeiramente, entrará em contato com o projeto coletivo de produção do gênero
em foco, a quem se dirige a produção, qual o suporte material da produção, as razões e
o objetivo. Em seguida, acontecerá a sensibilização, por meio de leitura ou audição, ao
gênero textual na forma como este circula na sociedade. Por último, haverá
sensibilização para o que é dizível no gênero em questão.
361
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Na produção inicial o professor vai avaliar as capacidades de produção que o
aluno já domina, para, a partir daí, definir os pontos em que precisará intervir. É nessa
etapa que o professor determina o percurso que o aluno percorrerá.
Os módulos (ou oficinas) são compostos por diversas atividades
compreendidas em cinco campos: motivacionais, enunciativos, procedimentais, textuais,
linguísticos e as que estão relacionadas à apropriação do sistema de escrita,
desmembradas da seguinte forma:
• Atividades de leitura nos níveis de compreensão, inferência e interpretação;
• Atividades para a construção de significados: estratégias de seleção, de antecipação,
de verificação;
• Atividades de leitura compartilhadas e individuais;
• Atividades de observação da gestão monológica do texto: locutor e leitor ausentes nos
textos produzidos pelos alunos;
• Planejamento, leitura e revisão do texto produzido pelos alunos;
• Atividades que propiciem o estudo do tipo textual predominante: sequência narrativa,
argumentativa, injuntiva, descritiva, dialogal;
• Atividades que abordem os mecanismos de coesão por conexão, por coesão nominal e
verbal, bem como tratem de unidades gramaticais, lexicais e sintáticas;
• Atividades envolvendo a pontuação e paragrafação;
• Atividade de escrita com delimitação do gênero, da finalidade, do objetivo da produção
e para quem se escreve. Nesse sentido, caberá ao professor “oferecer ao aluno
elementos discursivos, linguísticos, sociopragmáticos e culturais para que ele melhore
sua produção” (DCE, 2008, p. 67).
• Atividades relacionadas às dificuldades de escrita diagnosticadas;
• Atividades orais, as quais terão “como objetivo expor os alunos a textos orais,
pertencentes aos diferentes discursos” e que essa exposição implica no uso e
“adequação da variedade linguística para as diferentes situações [...] de forma que o
aluno se familiariza com os sons específicos da língua que está aprendendo” (DCE, 2008,
p. 66).
362
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
• Os conteúdos de História e Cultura afro-brasileira, africana e indígena(Lei nº11.645/08),
História do Paraná (Lei nº13381/01), prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade
humana, Educação Ambiental(Lei nº9795/99) Dec.4201/02, Enfrentamento à violência
contra a Criança e ao Adolescente (Lei Federal nº 11525/07).
Na produção final o aluno faz uso das noções e instrumentos elaborados
separadamente nas oficinas para produzir o texto. Para que o aluno alcance os objetivos
almejados, propõem-se estratégias de ensino que visem multiplicar as oportunidades de
construção de conhecimentos e capacidades por meio dos seguintes instrumentos: livros
didáticos, dicionários, livros paradidáticos, vídeos, DVD, CD-ROM, Internet, TV
multimídia, dentre outros que se fizerem necessários.
4. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
As avaliações ocorrerão nas modalidades formal, contínua, diagnóstica,
formativa e somativa, em que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos.
Ao se adotar a perspectiva do trabalho com as sequências didáticas, o processo
avaliativo será norteado, principalmente, pela avaliação formativa, a qual se fundamenta
nos processos de aprendizagem, em seus aspectos cognitivos, afetivos e relacionais;
partindo de aprendizagens significativas e funcionais que se aplicam em diversos
contextos e se atualizam o quanto for preciso para que se continue a aprender.
Sob esse enfoque, adota-se como princípio fundamental que deve-se avaliar o
que se ensina, encadeando a avaliação no processo de ensino-aprendizagem, ou seja,
parte-se da avaliação inicial (produção inicial) até que se chegue à avaliação final
(produção final). Ao longo do desenvolvimento das sequências as avaliações serão
constantes e deverão abranger:
• a aprendizagem escrita (produção: de texto de gêneros variados, respostas discursivas,
relatórios)
• a aprendizagem oral (apresentação oral, seminário, debate)
363
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
• a aprendizagem de leitura (atividade de leitura compreensiva de textos, questões
discursivas e questões objetivas)
• atividades extraclasse que serão solicitadas como complementação dos estudos de
sala de aula e de acordo com o Plano de Trabalho Docente.
• Sob esse pressuposto, a avaliação, com critérios previamente estabelecidos, servirá
para que o professor repense sua metodologia e planeje suas aulas de acordo com as
necessidades de seus alunos. Será por meio dela que o professor perceberá quais são
os conhecimentos que ainda não foram suficientemente trabalhados e que precisam ser
abordados mais exaustivamente para garantir a efetiva interação do aluno com os
discursos em/na Língua Espanhola.
• A nota trimestral será a somatória dos valores atribuídos em cada instrumento avaliativo
e atenderá ao que consta na Proposta Pedagógica Curricular, bem como na Instrução
Normativa nº 019/2008 de 31 de outubro de 2008, conforme segue:
• A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma escala de
0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero).
• Na promoção e certificação de conclusão a média final mínima exigida é de 6,0 (seis
vírgula zero), conforme o disposto na Resolução 3794/2004.
Além disso, será oportunizada ao aluno a recuperação de estudos, a qual dar-
se-á de forma permanente e concomitante ao processo de ensino e aprendizagem. A
recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos
didáticos-metodológicos diversificados e os resultados da recuperação deverão ser
incorporados às avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo em mais um
componente do aproveitamento escolar como é garantido pelo Projeto Político
Pedagógico e o Regimento Escolar deste Estabelecimento de Ensino.
364
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRONCKART, Jean-Paul. Atividade de linguagem, textos e discursos. Por um
interacionismo sócio-discursivo. Trad. Anna Rachel Machado e Péricles Cunha. 2ª
ed. São Paulo: EDUC, 2007.
PETRECHE, Célia Regina Capelllini. A Seqüência Didática nas Aulas de Língua Inglesa
do Ensino Médio e o Desenvolvimento de Capacidades de Linguagem. In: Estudos da
Linguagem à luz do Interacionismo Sociodiscursivo. Londrina: UEL, 2008. p. 249 -
258.
DOLZ, Joaquim, NOVERRAZ, Michèle & SCHNEWLY, Bernard. “Sequências Didáticas
para o oral e a escrita: apresentação de um procedimento”. In: Gêneros orais e
escritos na escola. Campinas: Mercado de Letras, 2004.
NASCIMENTO, Elvira Lopes. Gênero da Atividade, Gêneros Textuais: Repensando a
Interação em Sala de Aula. In: Gêneros Textuais da didática das línguas aos
objetos de ensino. São Carlos: Claraluz, 2009. p. 51-90.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação – Seed. Superintendência da Educação.
Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Língua
Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação –
Seed. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Instrução
Normativa nº 019/2008. Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM). Curitiba,
2008. 22p. Disponível em:
http://www.diaadia.pr.gov.br/sued/arquivos/File/Instrucao_2008/Instrucao_019_CELE
M.pdf> Acesso em 24 de jan. 2009.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação – Seed. Superintendência da Educação.
Departamento de Educação Básica. Resolução nº 3904/2008. Centro de Línguas
Estrangeiras (CELEM). Curitiba, 2008. 01 p.
POLO, Unidade Colégio Estadual – Projeto Político Pedagógico. Campo Mourão,
2010.
POLO, Unidade Colégio Estadual – Regimento Escolar. Campo Mourão, 2010.
6.0 LEGISLAÇÕES ARTICULADAS AO CURRÍCULO A legislação vigente aborda temas para a formação crítica, emancipação e
conscientização do discente, aproximando-o à conteúdos que retratam realidades vividas
socialmente.
365
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
● Os conteúdos/temas devem permear todo o currículo de forma interdisciplinar e
transdisciplinar. Dessa forma, os conteúdos podem atuar como questões norteadoras de
algumas aulas, fazendo com que as disciplinas curriculares girem em torno deles,
● O Plano de Trabalho Docente deve estar coerente com o Projeto Político Pedagógico
e Proposta Pedagógica Curricular da Instituição de Ensino. Sendo assim, deve
contemplar nos conteúdos e encaminhamentos metodológicos em que momento e de
que maneira será a prática desenvolvida a partir da legislação vigente.
7.0 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
O Projeto Político Pedagógico será acompanhado por todos os envolvidos na sua
construção. As avaliações pontuais ocorrerão bimestralmente e acontecerão, em
especial, no momento do Conselho de Classe ou quando se fizer necessário. A grande
avaliação e reformulação do Projeto deverá acontecer no início de cada ano letivo. Para
a realização destas avaliações semestrais serão convocados os pais, alunos,
funcionários, direção, professores e pedagogos objetivando analisar os pontos positivos
e negativos. Após esta análise, serão efetuadas as mudanças que se fizerem
necessárias.
Professores, funcionários, direção e equipe pedagógica decidiram estabelecer
assembleia de alunos nos períodos matutino, vespertino e noturno para reformular o texto
sobre a comunidade escolar. Ficou definido que a cada dois anos a equipe pedagógica
realizará uma pesquisa por meio de questionário sócio- econômico utilizando uma
amostragem de 20% para atualizar os dados acerca do diagnóstico dessa comunidade
escolar.
Os dados acerca dos índices de alunos matriculados, aprovados, reprovados,
desistentes e transferidos devem ser analisados e discutidos anualmente e, no PPP
devem constar todos os dados analisados nos últimos cinco anos.
366
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
8.0 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9394/96, aborda em
diferentes artigos a necessidade de a escola manter padrão de qualidade na oferta do
processo de ensino e de aprendizagem.
Por exemplo, o artigo 3º quando declara os princípios da educação, no inciso IX,
registra garantia de padrão de qualidade. No artigo 4º, ao referir-se ao dever do estado
com a educação, expressa a garantia de padrão de qualidade, no inciso IX, “padrões
mínimos de qualidade de ensino definidos como variedade e quantidade mínimas por
aluno de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-
aprendizagem”.
A Resolução Nº 4/2010 do Conselho Nacional de Educação (CNE), que trata das
Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica, sendo que o inciso II
do art. 46 trata da avaliação institucional interna e externa no ambiente educacional e, o
inciso III trata da avaliação de redes de Educação Básica, temas explicitados nos art. 52
e 53 da mesma Resolução. Para o CNE (2010, p. 16):
Art. 52. A avaliação institucional interna deve ser prevista no projeto político
pedagógico e detalhada no plano de gestão, realizada anualmente, levando em
consideração as orientações contidas na regulamentação vigente, para rever o conjunto
de objetivos e metas a serem concretizados, mediante ação dos diversos segmentos da
comunidade educativa, o que pressupõe delimitação de indicadores compatíveis com a
missão da escola, além de clareza quanto ao que seja qualidade social da aprendizagem
e da escola.
Art. 53. A avaliação de redes de Educação Básica ocorre periodicamente, é
realizada por órgãos externos à escola e engloba os resultados da avaliação institucional,
sendo que os resultados dessa avaliação sinalizam para a sociedade se a escola
apresenta qualidade suficiente para continuar funcionando como está.
Portanto a garantia de uma educação de qualidade aos alunos fica evidenciada na
lei. A escola então, para garantir o que prescreve a lei e como reflexo de sua atividade
educativa deve acompanhar a aprendizagem dos alunos por meio dos processos
367
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
avaliativos e ainda avaliar seu processo pedagógico e administrativo e promover
intervenções por meio de metas e ações.
Tendo expressado seus objetivos prescritos no Projeto Pedagógico e alicerçados
nas Diretrizes Nacionais e Estaduais, a escola deve então, realizar a avaliação
institucional que contempla a análise dos resultados apresentados pelos alunos e a
análise da avaliação da organização administrativa, pedagógica e financeira da
instituição.
Nesse sentido há a necessidade da participação de todos os segmentos da escola
na discussão e definição dos processos que assegurem o padrão de qualidade almejado.
Outro fator a considerar são os resultados de provas externas como as realizadas
pelo Ministério da Educação, gerenciada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (INEP), que se aplica aos instrumentos de avaliação do
rendimento dos alunos nas escolas, como a Prova Brasil, que geram o Índice de
Desenvolvimento da Escola (IDEB).
A Avaliação Institucional é importante porque permite saber o que pensam cada
segmento da Comunidade escolar, seus anseios em relação ao ensino, à administração
e suas fragilidades e pontos fortes. Permite que se tenha uma visão geral de como cada
segmento percebe a engrenagem educativa e quais rumos ela deve seguir para alcançar
um trabalho coletivo focado nos objetivos traçados.
Para que a avaliação institucional se efetive é necessário aplicar instrumentos de
avaliação que investiguem alguns aspectos importantes para qualquer organização: a
garantia de que todos os segmentos da escola sejam avaliados e se auto avaliem, bem
como o gestor escolar; a cientificidade do processo seguindo etapas como a coleta de
dados, de maneira fidedigna, sigilosa, preservando o autor das informações; a divulgação
e utilização dos resultados da avaliação.
Podemos realizar a avaliação institucional de diversas maneiras. Ela pode ser
realizada em diferentes espaços e por variados instrumentos (em reuniões do coletivo
escolar, via internet por meio de formulários, uso de questionários ou urnas, dentre
outros). O importante é permitir que todos se manifestem, pais, alunos, professores,
gestores e funcionários, pensem nos desafios coletivos que a escola enfrenta e se
368
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
responsabilizem pelas mudanças necessárias na superação de dificuldades e alcance
das metas e objetivos educacionais. Ou seja, é preciso pensar em tudo aquilo que o
grupo identifica como sendo um problema que afeta a todos ou como estão acontecendo
a realização das atividades e metas traçadas.
Sabemos que é um desafio a realização da avaliação institucional, pois passamos
a refletir sobre a prática de todos os envolvidos no processo educacional, seus direitos,
seus deveres, as falhas e sobre o desafio e envolvimento de cada um. É processo
trabalhoso, conflituoso e exige tempo, disposição e muita reflexão. Porém, ao mesmo
tempo, ele promete resultados bastante significativos para toda a escola, os alunos e a
comunidade.
Em nosso estabelecimento até o momento a avaliação institucional é realizada por
meio de reuniões do coletivo escolar, por meio de reuniões dos diferentes segmentos e
por meio de questionário específico nos pré-conselhos de classe realizado com os
alunos, porém o coletivo estuda ainda formas de realização dessa avaliação que seja
mais completa. Todos os anos, nas reuniões de formação continuada, avaliamos os
instrumentos utilizados e promovemos adaptações ou criamos novos instrumentos.
9.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerando o que foi descrito anteriormente pode-se dizer que o Projeto
Político Pedagógico é um documento de grande necessidade dentro de uma escola, uma
vez que ele dará suporte para um trabalho que precisa ser coletivo e por isso deverá ser
construído com representantes de todas as categorias presentes na escola. Para que
assim nenhuma delas sinta-se preterida perante as outras. Mas também que acima de
tudo todos tenham a mesma responsabilidade dentro da escola.
Contudo é preciso deixar claro que nenhum PPP fará milagre e para isso antes
de tudo a escola precisa ter uma gestão verdadeiramente democrática, onde as decisões
são discutidas coletivamente e respeitadas, pois sabemos que há gestores que discutem
369
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
o PPP, mas a decisão no final é sempre dele. Não havendo assim democracia e sim uma
imposição.
10.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABRAMOVAY, Miriam. Drogas nas escolas: versão resumida, Mary Garcia Castro – Brasília: UNESCO, Rede Pitágoras, 2005. ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini; MORAN, Jose Manuel. Integração das tecnologias na educação. Brasília: Ministério da Educação (MEC), 2005. ARNONI, M. E. B.; ALMEIDA, J. L. V. & OLIVEIRA, E. M. Mediação dialética na educação escolar: teoria e prática. São Paulo: Edições Loyola, 2007. ISBN 978-85-15-03440-6 ARNONI, Maria Eliza Brefere. “Metodologia da Mediação dialética” e o ensino de conceitos científicos. In: CD-Rom XII ENDIPE – Conhecimento local e Motivação para a aprendizagem conhecimento universal, Curitiba, PR. 2004. ISBN: 85 7292-125-7 2004. Disponível em: http://www.ibilce.unesp.br/.../arnoni/.../6metodologia mediacaodialetica_endipe_curitiba_2004.pdf Acessado em 27/03/2018. ARNONI, Maria Eliza Brefere. Metodologia da Mediação Dialética e a Operacionalização do Método Dialético no trabalho em sala de aula. 2008. Disponível em: http://www.ibilce.unesp.br/departamentos/edu/docentes/arnoni/ trabalhos_publicados2008/artigo_congresso18.pdf .Acessado em 27/03/2018. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília:Senado Federal,1998.
BRASIL. Decreto Federal nº7611/11, Casa Civil, 2011. _______. Educação Inclusiva: Atendimento Educacional Especializado para a Deficiência Mental.Brasília: MEC/SEESP, 2007.
BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN nº 9.394/96. Atualizada em 2017. Disponível: http://www.planalto.gov.br/ Ccivil_03/leis/L9394.htm. Acessado em 20/03/2018. Acessada em 13/03/2018. BRASIL. Ministério da Educação. Secretária de Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica – DCNEB. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2010.
370
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Formação de professores do ensino médio, Etapa II - Caderno I: Organização do Trabalho Pedagógico no Ensino Médio / Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica; [autores: Erisevelton Silva Lima... et al.]. – Curitiba: UFPR/Setor de Educação, 2014. ISBN 9788589799966 (coleção); 9788589799973 (v.1) BRIZOLLA, F. Para além da formação inicial ou continuada, a form(a)ção permanente: o trabalho docente cooperativo como oportunidade para a formação docente dos professores que atuam com alunos com necessidades educacionais especiais. Universidade Federal do Paraná, setor litoral.
CADEP. A Construção Coletiva do Projeto Político Pedagógico. Caderno de Debates da VII Conferência Estadual de Educação da APP-Sindicato. “Democrática e crítica: a educação pública não está à venda!”. Curitiba – PR. 2017. Disponível em: http://appsindicato.org.br/vii-conferencia-estadual-da-app-debate-a-melhoria-da-educacao-basica-paranaense. Acessado em: 13/03/2018. FACCI, M. G. D. O trabalho do professor na perspectiva da psicologia vigotskiana. In: Valorização ou esvaziamento do trabalho do professor? Um estudo crítico-comparativo da teoria do professor reflexivo, do construtivismo e da psicologia vigotskiana. Campinas – SP: Autores Associados, 2004. ISBN 978-85-7496-103-3 FACCI, Marilda Gonçalves Dias. “A periodização do desenvolvimento psicológico individual na perspectiva de Leontiev, Elkonin e Vigotski”. Cad. Cedes. Campinas, vol. 24, n. 62, 2004a. Disponível em http://www.cedes.unicamp.br. Acessado em 09/04/2018. FEIGES, Maria Madselva Ferreira. Concepções e tendências da educação e suas manifestações na prática pedagógica escolar. Universidade Federal do Paraná: Setor de Educação - Departamento de planejamento e administração escolar. Curitiba – PR, 2003. Disponível em: http://projetosntenoite.pbworks.com/w/file/fetch/59664135/ tendencias_pedagogicas.pdf. Acessado em: 14/03/2018.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário da LínguaPortuguesa.Rio de Janeiro: Nova Fronteira,1986.
GARCIA, C. B.; SILVA, F. D. S.; FELÍCIO, R. P. Projet(o) arte: uma proposta didática. In: ROJO, R.; MOURA, E. Multiletramentos na escola. São Paulo: Parábola Editorial, 2012, p. 123-146. GASPARIN, João Luiz. Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. 5ª ed. Campinas: Autores Associados, 2009.
371
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
GOMES, Nilma Lino. Alguns termos e conceitos presentes no debate sobre relações raciais no Brasil: uma breve discussão. Disponível in: http://www.acaoeducativa.org.br/ fdh/wp-content/uploads/2012/10/Alguns-termos-e-conceitos-presentes-no-debate-sobre-Rela%C3%A7%C3%B5es-Raciais-no-Brasil-uma-breve-discuss%C3%A3o.pdf GRAMSCI, Antonio. Concepção dialética da história. 5. ed. São Paulo: Civilização Brasileira, 1984. GUIMARÃES, M. Por uma educação ambiental crítica na sociedade atual. Revista Margens Interdisciplinar, [S.l.], v. 7, n. 9, p. 11-22, maio 2016. ISSN 1982-5374. Disponível em: <http://periodicos.ufpa.br/index.php/revistamargens/ article/view/2767>. Acesso em: 23/09/2018. KLEIMAN, A. B. Introdução: O que é letramento? Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola. In:_______(org.). Os significados do letramento. São Paulo: Mercado de Letras, 2004. KLEIMAN, A. B. Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola. In: KLEIMAN, A. B. (Org.). Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita. Campinas, SP: Mercado de Letras, 1995. p. 15-61. MANACORDA, Mario A. Marx e a pedagogia moderna. São Paulo: Cortez, 2007. MELLO, Guiomar Namo de. Diretrizes curriculares para o ensino médio: por uma escola vinculada à vida. Revista Iberoamericana de Educación - Número 20. 1999. Disponível em: https://rieoei.org/historico/documentos/rie20a06.htm. Acessado em: 05/04/2018. MÈSZÁROS, I. A educação para além do capital. In: O desafio e o fardo do tempo histórico: o socialismo no século XXI. São Paulo: Boitempo, 2007, p. 195-224. MOREIRA, A. F. B.; CANDAU, V. M. Indagações sobre currículo: currículo, conhecimento e cultura. BEAUCHAMP, Jeanete; PAGEL, Sandra Denise; NASCIMENTO, Aricélia Ribeiro do (org.). Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2007, 48 p. PARANÁ, Recursos Pedagógicos na Aprendizagem: Subsídios e Orientações. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Especial. Curitiba, 1999. PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais do Estado do Paraná - DCEPR. Curitiba: SEED, 2008.
372
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretoria de Políticas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. Enfrentamento à violência na escola. Curitiba: 2010. ISBN: 978.85-8015006-3 PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação e Superintendência da Educação – SUED/ SEED. Instrução Normativa nº 15/2017. Avaliação do Aproveitamento Escolar/ Recuperação de Estudos e Promoção dos(as) Estudantes das Instituições de Ensino da Rede Pública Estadual de Ensino do Estado do Paraná. Curitiba: SUED, 2017. Paulo: Libertad, 2003. PINTO, V. F.; GOUVEIA, L. A. de M.; SILVA, F. F. da. Educação Ambiental Crítica através de uma Aula de Campo sobre Recursos Hídricos. X Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – X ENPEC Águas de Lindóia, SP – 24 a 27 de Novembro de 2015. ROJO, R. Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola, 2009. SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia. 41ª ed. rev. - Campinas, SP: Autores Associados, 2009. ISBN 978-85-85701-23-9 SAVIANI, Dermeval. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 10 ed., Campinas, SP: Autores Associados, 2008. Seminário Nacional de Pesquisa em Educação Especial: Formação de Professores em foco – V, São Paulo – SP, 2009. SFORNI, M. S. de F. & GALUCH, M. T. B. Procedimentos investigativos com base em pressupostos da Teoria Histórico-cultural e da Teoria da Atividade. In: MACIEL, L. S. P. & MORI, N. N. R. (orgs.). Pesquisas em educação: múltiplos olhares. Maringá – PR: Eduem, 2009. SOARES. Magda. Letramento: um tema em três gêneros. 2.ed. Belo Horizonte:Autêntic. 2001. TEIXEIRA, Cristina Margarete Barili. A contribuição da Teoria Histórico-cultural e da Metodologia da Mediação Dialética – M.M.D. – para o ensino e a aprendizagem em sala de aula. 2012. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/ portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2010/2010_fecilcam_ped_artigo_cristina_margarete_barili_teixeira.pdf. Acessado em 26/03/2018.
373
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
TONET, Ivo. Educação, cidadania e emancipação humana. Disponível in: http://www.ivotonet.xpg.com.br/arquivos/educacao_cidadania_e_emancipacao_ humana.pdf. Acesso em 08/03/2018. VASCONCELLOS, Celso dos S. Avaliação – concepção dialético-libertadora. São VEIGA, Ilma Passos A. (Org.). Projeto Político-pedagógico da escola: uma construção possível. 20 ed., Campinas: Papirus, 2005. ISBN 85-308-0370-1 VEIGA-NETO, Alfredo. De geometrias, currículo e diferenças. 2002. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-73302002000300009&lng=en&nrm=iso&tlng=pt. Acessado em: 10/04/2018. VIGOTSKI, L. S. A construção do pensamento e da linguagem. Tradução Paulo Bezerra. São Paulo: Martins Fontes, 2001. ISBN 85-336-1361-X VIGOTSKI, Lev S. Estudo do desenvolvimento dos conceitos científicos na infância. In: A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2000. p.241-394 VIGOTSKI, Lev S. Historia del Desarrollo de las Funciones Psíquicas Superiores. Em Lev S. Vigotski. Obras Escogidas. Tomo III. Madri: 1995. Visor/MEC. VIGOTSKI, Lev S. Obras Escogidas II. Disponível em: http://www.taringa.net/perfil/vygotsky, ou: http://www.proletarios.org/books/ Vygotsky_ Obras_escogidas.pdf. Acessado em 15/03/2018.
374
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
2.0 ANEXOS
ANEXO I - Matriz curricular do Ensino Fundamental do 6° ao 9°ªano
ANEXO II - Matriz curricular do Ensino Médio
ANEXO III - Tabela PROEMI
ANEXO I – MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL
NRE-05: Campo Mourão MUNICÍPIO-0430: Campo Mourão
ESTABELECIMENTO-047: Colégio Estadual Unidade Polo -EFMP
ENDEREÇO: Rua Santos Dumont,1984
TELEFONE: (44)3525-6690
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
CURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL 6º/9ºANO
TURNO: MANHÃ e TARDE MÓDULO: 40 SEMANAS
ANO DE IMPLANTAÇÃO:2013 FORMA:SIMULTÂNEA
BA
SE
NA
CIO
NA
L
CO
MU
M
DISCIPLINAS/ANOS 6° 7° 8° 9°
Artes
2 2 2 2
Ciências 3 3 3 3
EducaçãoFísica 2 2 2 2
EnsinoReligioso* 1 1 - -
Geografia 2 3 3 3
História 3 2 3 3
LínguaPortuguesa 5 5 5 5
Matemática 5 5 5 5
SUBTOTAL 23 23 23 23
PA
RT
E
DIV
ER
SI
FIC
AD
A
L.E.M -Inglês 2 2 2 2
SUBTOTAL
2 2 2 2
TOTAL GERAL 25 25 25 25
Matriz Curricular de acordo com a LDB nº9394/96
*Ensino Religioso – Disciplina de matrícula Facultativa
375
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
ANEXO II – MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO
NRE: 05 – CAMPO MOURÃO MUNICÍPIO: 0430 – CAMPO MOURÃO
ESTABELECIMENTO: 00047 – UNIDADE POLO, C.E. – ENS. FUND., MÉDIO E PROFISSIONAL
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO TURNO: MANHÃ/NOITE
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS
BA
SE
NA
CIO
NA
L C
OM
UM
DISCIPLINAS/SÉRIES 1ª 2ª 3ª
ARTE
BIOLOGIA
EDUCAÇÃOFÍSICA
FÍSICA
GEOGRAFIA
HISTÓRIA
LÍNGUAPORTUGUESA
MATEMÁTICA
QUÍMICA
FILOSOFIA
SOCIOLOGIA
2
2
2
2
2
2
2
3
2
2
2
0
2
2
2
2
2
4
3
2
2
2
0
2
2
2
2
2
4
3
2
2
2
SUBTOTAL 23 23 23
PA
RT
E
DIV
ER
SIF
.
L.E.M.INGLÊS 2 2 2
L.E.M.ESPANHOL* 4 4 4
SUB.TOTAL 6 6 6
TOTALGERAL 25 25 25
NOTA: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº9394/96 *Disciplina de matricula facultativa, ofertada no horário contraturno no CELEM
376
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
ANEXO III – TABELA PROEMI
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
PROPOSTA DE REDESENHO CURRICULAR - PRC
Código INEP: 41015975
Escola: UNIDADE POLO C E EF M PROFIS.
Dados da escola: Município: CAMPO MOURAO, Unidade Federativa: PR,
Rede: Estadual
Localização: Urbana
Ano do censo: 2015
TABELA PROEMI
CAMPOS DE INTEGRAÇÃO CURRICULAR
PROPOSTA DE REDESENHO CURRICULAR
AÇÃO
PROPOSTA DE REDESENHO CURRICULAR
1 - Acompanha-mento Pedagógico (Língua Portuguesa e Matemática)
AÇÃO
DETALHAMENTO DA AÇÃO
ÁREA DE CONHECIMEN
TO / COMPONENTE CURRICULAR
ITENS
Gincana de Leitura – Oficinas de Matemática - Simulados - Calendário da Leitura coletiva - Viagens e visitas para enriquecimento cultural - Cozinhando com as Palavras -
-Realização de Gincana de Leitura - Indicação de Leituras (livros de literatura e/ou paradidáticos por série e turma para realização de atividades conforme Regulamento, visando o gosto pela leitura e o desenvolvimento das habilidades de linguagem; -Realização de oficinas de matemática de
- Ciências Humanas - História - Sociologia - Geografia Matemática - Matemática Linguagens - Língua Portuguesa
Microfone(s), Impressão de documentos, jornais, boletins, encartes, Livro(s) para uso do(s) aluno(s), Transporte de docentes e/ou estudantes para realização de pesquisa de campo ou atividade educativa externa.
377
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
diversos conteúdos em parceria com a Unespar Campo Mourão e outras instituições; -Realização de Simulados tipo ENEM para todas as séries/turmas e turnos com conteúdos que representem as noções básicas até aquela série utilizando confecção de provas (simulado) e produção de Redação (parceria UNESPAR na correção das redações) com impressão em gráfica com Aproximadamente 600 provas, objetivando a experiência com esse tipo de avaliação exigida principalmente em provas externas. -Realização de leituras para todos da escola em dia alternados agendando em cada semana; - Agendar passeios ou visitas em museus, parques, reservas, e lugares que são considerados patrimônios culturais da humanidade na cidade de Fênix, parque arqueológico/ ou Quênio Guartela, com data prevista para 06 de maio, atendendo cerca de 40 alunos visando contato com os registros históricos e visualizando o desenvolvimento da humanidade e de sua cultura. - Realizar uma atividade que envolva, literatura, música e culinária chamado Cozinhando com as Palavras (Já realizado em 2014 no
378
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Colégio), atividade apresentada na Bienal do Livro de São Paulo, onde o prazer da culinária se mistura com os aspectos históricos e sociais que envolvem o alimento.
AÇÃO
PROPOSTA DE REDESENHO CURRICULAR
AÇÃO
DETALHAMENTO
DA AÇÃO
ÁREA DE CONHECIMEN
TO / COMPONENTE CURRICULAR
ITENS
2 - Iniciação Científica e Pesquisa
-Realizar pesquisa científica sobre as técnicas de produção de alimentos industrializados e orgânicos. - Produção científica por Relato de experiência vivenciada no PROEMI - Visitas a Universidades e Indústrias - Germinação de sementes.
1) Realizar pesquisa científica sobre as técnicas de produção de Alimentos industrializados e orgânicos. 1.1 Estabelecer com os professores de física a pesquisa sobre os aspectos físicos que envolvem a produção de alguns alimentos. Ex: animal confinado e modo primitivo de criação. 1.2 Estabelecer com o professor de física a pesquisa sobre os aditivos químicos na produção e conservação de alimentos, como também na produção orgânica. 1.3 Estabelecer com o professor de biologia a pesquisa de fatores biológicos da matéria prima (alimentos) e trangenia. * Os alunos farão pesquisa bibliográfica, por youtube e de campo em indústrias, se possível, visitar universidades, colégios agrícolas; terão laboratórios naturais na
Ciências Humanas - História - Geografia Ciências da Natureza - Química - Física - Biologia Matemática - Matemática
Computador(es) tipo notebook, Adubo, Mangueira(s), Mangueira(s), Semente(s), Fertilizante(s), Serviços de pedreiro(s).
379
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
própria escola acompanhando e participando do projeto Horta de temperos e Horto de plantas medicinais. Farão seminário, Análise de componentes e funções nos rótulos de produtos industrializados; Participarão do Cozinhando com as palavras do macrocampo Acompanhamento Pedagógico na confecção de pratos, apresentação de pesquisa histórica desses pratos e apresentação musical sobre a influência dos alimentos (culinária) na música brasileira em conexão com o macrocampo Participação e Fruição das Artes. 2. Projeto Horta de Temperos. 2.1 Ponto de partida, pesquisa com familiares sobre utilização e conhecimento de ervas aromáticas utilizadas na culinária de sua familia; 2.2 Equipes com no máximo três tipos de ervas para pesquisa bibliográfica da produção, função e utilização na culinária; 2.3 Produção de relatórios e filmagens; 2.4 Socialização dos conhecimentos e resultados em rodas de conversa, seminários e outros; 2.5 Participação no Cozinhando com as Palavras. 3. Horto de Plantas
380
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
Medicinais 3.1 Parceria com a Faculdade Integrado de Campo Mourão pelo projeto de pesquisa da Faculdade, utilizando canteiros na escola e principalmente horta suspensa para alunos do noturno facilitando o trabalho nesse turno. 3.2 Pesquisa empírica e bibliográfica das propriedades de algumas plantas medicinais utilizadas pelas famílias dos alunos; 3.3 Plantio, germinação e transplante de mudas; 3.4 Cultivo, coleta e preparo de amostras; 3.5 Controle de qualidade 3.6 Elaboração de cartilha sobre as plantas pesquisadas e cultivadas nos canteiros; 3.7 Filmagens; 3.8 Seminário para apresentação de resultados e conscientização da importância das plantas com uso medicinal representando uma economia e ajudando no aspecto de um corpo mais saudável. 3.9 Parceria na atividade Cozinhando com as Palavras. 4. Produção Científica de Relato de experiência das atividades realizados no Projeto Ensino Médio Inovador coordenado por professor orientador utilizando as técnicas de produção acadêmica, proporcionando ao aluno a organização
381
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
écnica de trabalhos científicos.
AÇÃO PROPOSTA DE REDESENHO CURRICULAR
AÇÃO
DETALHAMENTO DA
AÇÃO
ÁREA DE CONHECIMEN
TO / COMPONENTE CURRICULAR
ITENS
3 - Mundo do Trabalho
- Projeto de orientação às Profissões; - Oficina de Técnicas para obtenção de empregos; - Treinamento da Redação Comercial; - Aplicação de Dinâmicas sobre "Onde Vou" (metas, Mundo do trabalho, empreendedorismo). -Oficinas /Palestra - Ação
- Realização de palestras com diversos profissionais de diferentes áreas para a exposição das vantagens e desvantagens das profissões e sondagem de aptidões para o ingresso na carreira profissional de tendência dos alunos, permitindo que eles possam conhecer e analisar em que área estão mais propensos a atuar; - Realização de oficinas, palestras com profissional Doutorando em Sociologia da UNESPAR/CAMPO MOURÂO com temas sobre o Trabalho na visão do uso da força de trabalho e alienação, utilizando a reflexão crítica da força do trabalho e as possíveis e diferentes formas de trabalho ao longo da história; - Realizar pesquisa na disciplina de Geografia sobre como o Trabalho é realizado nos diferentes países, a divisão do trabalho em relação ao gênero e as relações da
Ciências Humanas - História - Sociologia - Filosofia - Geografia Matemática - Matemática Linguagens - Língua Estrangeira, Arte, Educação Física - Língua Portuguesa
Papel sulfite, Computador(es) tipo desktop.
382
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
produção e distribuição de renda daquela sociedade. Experiência que pode ser exposta por meio de painéis, produção de vídeos ou apresentação de Slides e socializada em seminários. - Realização de oficina em parceria com agentes externos sobre as técnicas para obtenção de emprego e sondagem de campos de atuação e exigências de mercado (desafios e perspectivas, assim como por meio da pesquisa, descobrir qual é o campo de afinidade em relação ao mundo do trabalho); - Aplicação de dinâmica e/ou exercícios por professores das turmas (treinados anteriormente), sobre Estabelecimento de Metas e tomada de decisão: pensar sobre o futuro (Apotila Adolescência Administrando o Futuro - SEBRAI); - Aplicação de dinâmica e/ou exercícios por professores das turmas (treinados anteriormente) sobre O Mundo do Trabalho: Estou preparado? (Apostila Adolescência Administrando do Futuro - SEBRAI); - Aplicação de dinâmica e/ou
383
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
exercícios por professores das turmas (treinados anteriormente) sobre Como posso tornar-me um jovem empreendedor - Oficina de Língua Portuguesa aplicada pelo próprio professor da turma para a produção de textos comerciais, tais como Ofícios, memorandos, requerimentos, declarações, dentre outros, possibilitando a comunicação técnica exigida nas relações de trabalho, assim o aluno será capaz de se comunicar adequadamente com documentos oficiais que traduzam formalmente as solicitações desejadas. - Estudo das diferentes formas de comunicação aplicada por professor que pode ser de língua portuguesa, artes, sociologia ou outras, principalmente a construção de imagens utilizadas no mundo comercial por meio das mídias utilizando textos de apoio da coleção Gastronomia Cortes e Recortes editora Senac (livro adquirido PROEMI 2014.
384
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
AÇÃO
PROPOSTA DE REDESENHO CURRICULAR
AÇÃO
DETALHAMENTO DA
AÇÃO
ÁREA DE CONHECIMEN
TO / COMPONENTE CURRICULAR
ITENS
4 - Protagonismo Juvenil
- Renovação da Chapa do Grêmio Estudantil do Colégio; - Rádio Escola nas horas do intervalo e eventos do Colégio; - Oficinas promovidas pelo Grêmio; - Realização de Palestras; - Visitas nas Universidades, cidades históricas e museus - Melhorias
- Eleições dos representantes do novo Grêmio Estudantil em Março; - Funcionar na hora do intervalo a radio escola com músicas monitoradas pelo professor responsável pelo projeto, assim como utilização da rádio para divulgação de informações importantes para os estudantes e das atividades do colégio com equipamentos de som já existentes; - Oficinas de arte, música, teatro, dança, artes marciais, dentre outras com ajuda de profissionais externos e utilizando acesso ao Youtube por meio das TVs Smart com internet já existente no colégio. - Realização de palestras de temas diversos, tais como: cotas sociais e raciais, gênero, Multiculturalismo, reforma agrária, gravidez na adolescência, drogas, uso de eletrônicos:
Ciências Humanas - História - Sociologia - Geografia Ciências da Natureza - Biologia Linguagens - Língua Estrangeira
Aparelho(s) de TV, Rede(s)para futebol, Bola(s) de futebol de salão, Bola(s) de vôlei, Bola(s) de futebol de campo, Bola(s) de tênis de mesa, Raquete(s) para tênis, Rede(s) para vôlei, Transporte de docentes e/ou estudantes para realização de pesquisa de campo ou atividade educativa externa, Brita, Almofada(s)
385
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
vantagens e desvantagens. - Promover a participação dos estudantes e Conselhos de Classe; Reunião do Conselho Escolar, Congressos e Seminários de Grêmios Estudantis; participação em Campanhas da Saúde, Trânsito e outras, assim como em atividades da vida política da cidade (acompanhamento das reuniões da Câmara de Vereadores e Conselhos Municipais); - Realizar dinâmicas de reflexão sobre temas diversos envolvendo valores, reconhecimento de identidade; paternidade e maternidade, mundo do trabalho; planejamento familiar, dentre outras utilizando apostila Adolescente Administrando o Futuro (SEBRAI); - Realização de visitas monitoradas em Universidades; cidades históricas como a Lapa-Pr e Vila Velha prevista para 10 e 11 de outubro de 2017 com a participação de aproximadamente 40 alunos. - Realização de atividades recreativas e
386
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
desportivas de interesse e gosto dos alunos, tais como interclasse, show de talentos e outros; - Reformar as quadras de atletismo, janelas para ventilação na quadra fechada.
AÇÃO
PROPOSTA DE REDESENHO CURRICULAR
AÇÃO
DETALHAMENTO DA
AÇÃO
ÁREA DE CONHECIMEN
TO / COMPONENTE CURRICULAR
ITENS
5 - Produção e Fruição das Artes
- Apresentação de teatros - Apresentação de Danças Folclóricas - Oficinas de Percussão - Atividades circenses
- Realização de peças teatrais ligadas a gincana de leitura a todas as séries/anos e outras; - Apresentação de danças folclóricas ligadas a festas juninas e show de talentos no dia do Estudante e nos intervalos em dias agendados; - Oficinas de percussão corporal e introdução a percussão de instrumento despertando a sensibilidade musical; - Apresentação de espetáculo circense realizado por nossos alunos em parceria com o Projeto ‘Sou Arte’.
Ciências Humanas - História - Filosofia - Geografia Linguagens - Língua Estrangeira, Arte, Educação Física - Língua Portuguesa
Atabaque(s).
387
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
388
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978
389
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - Ensino Fundamental e Médio
Rua: Santos Dumont nº: 1984 – Centro – Fone: (44) 3525-6690 CEP: 87303-250 – CAMPO MOURÃO – PR – E-mail: [email protected]
Decreto de funcionamento da Instituição de Ensino: 5340/78 de 02/08/1978