Comes_180709

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Salada Talheres Vinhos Curso Pão Pode ser pendurado na gola quando o menu inclui pratos com muito molho. De resto, deve ficar sobre as pernas. Exposição Havendo três copos ou taças do mesmo tipo, o maior será o de uso comum, para água, refrigerante, suco ou cerveja. O segundo menor é para vinho tinto e o último, para vinho branco. Cortar, nunca. Mesmo no caso das folhas, o correto é dobrar com a ajuda dos talheres, até formar uma trouxinha. DANIELA CASTRO [email protected]

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8 | CADERNO 2 | SALVADOR, SÁBADO, 18/7/2009

A PE R I T I VO Scomes&bebesc o m e s e b e b e s @ g r u p o a t a rd e . c o m . b r

ExposiçãoArte no copo àbase de vodcaO barman Bllue, do bar MariaJoão, é o representante daBahia na exposição itinerantede drinks que a marca devodca Absolut promove a partirde hoje, em São Paulo. Bebidascriadas por barmen de 11cidades aparecem emmolduras, como obras de arte.

CursoCozinha tailandesapasso a passoO Senac está com inscriçõesabertas para seu novo curso deCulinária Tailandesa. Aprimeira turma tem inícioprevisto para 17 de agosto, comaulas de segunda a sexta pelamanhã, totalizando 20 horas. Oinvestimento fica em R$ 100.Informações pelo 3186-4000.

V inhosEnólogo faz tourpelo litoral baianoO enólogo gaúcho João Valdugaestá em um tour pelo Nordestepara conduzir eventosharmonizados com vinhos eespumantes da Casa Valduga. ABahia entra no circuito terça,com uma palestra em Itacaré.Até dia 23, ele passa tambémpor Itabuna e Porto Seguro.

ETIQUETA ❚ Não é preciso sofrer para colocar em prática regras adequadas de comportamentona hora da refeição, que têm como premissa facilitar os relacionamentos e promover o bem-estar

Boas maneiras semperder o bom da mesa

PA L E S T R A ❚

Seis caminhos para conhecer os vinhos do Novo MundoARQUIVO PESSOAL

Enólogo Sérgio Inglez promete bate-papo sem ‘enochatices‘

Para beber um bom vinho, a Eu-ropa já não é a única rota segura.É nisso que o enólogo paulistaSérgio Inglez aposta na palestraVinhos do Novo Mundo, que eleapresenta na próxima quar-ta-feira, às 19 horas, na Perini daPituba, como parte da progra-mação do Ateliê Perini.

“Fala-se mundo nos vinhosdo Velho Mundo, mas é bomlembrar que a Europa recebeuuvas levadas de outros povos,como os fenícios. O que aconte-ceu foi que cada região adotou auva que se adaptou melhor”, en-sina Inglez, que é presidente daSBAV (Sociedade Brasileira dosAmigos do Vinho), com sede emSão Paulo desde 1980.

“Hoje em dia, é possível en-contrar vinhos de boa qualidadeno mundo todo”, acrescenta In-glez. Ele escolheu seis represen-

tantes para ilustrar suas lições,que foram selecionados de acor-do como o país de origem e a va-riedade da uva.

O elenco inclui vinhos fabri-cados no Brasil (cabernet sau-vignon), Chile (carmenère), Ar-gentina (malbec), Uruguai (tan-nat), Austrália (shiraz) e Áfricado Sul (pinotage), que serãoapresentados ao público atravésde degustação comentada.

A proposta é apresentar asparticularidades de cada região,levando em conta que, além davariedade de uvas, a produçãode vinhos no chamado NovoMundo conta com o aparato datecnologia. “Essas vinícolas emgeral são novas, com instalaçõesmoderníssimas. O próprio VelhoMundo já está atento a isso e semodernizando também”, pon-tua o palestrante.

FOTOS IRACEMA CHEQUER | AG. A TARDE

Garfo na mão esquerda é herança da corte de Luís XV, mas o conforto pode mudar a re g r a

DANIELA CASTROd c a s t ro @ g r u p o a t a rd e . c o m . b r

Quando surge um convite paraum jantar mais sofisticado, asdúvidas dos convidados vãomuito além do traje adequadopara a ocasião. O jeito correto dese comportar à mesa tambémdeixa muita gente com uma pul-ga atrás da orelha.

A boa notícia é que etiquetanão precisa ser um bicho de setecabeças. Pelo menos é isso que oprofessor Elionarde Santos, doSenac, tenta transmitir aos alu-nos há cinco anos. Com a ajudade Érica Martins e Miguel Anjos,ele reproduziu algumas regri-nhas especialmente para Comes& Bebes.

“Etiqueta é, sobretudo,bem-estar. O conforto deve estaracima da regra”, defende. Por is-so, não se sinta deselegante se,por exemplo, só conseguir segu-rar o garfo com a mão direita.

“Fala-se que a regra de segu-rar o garfo com a mão esquerdanasceu na época do rei Luís XV,na França, o berço da alta gastro-nomia. Como ele era canhoto,os subordinados o imitavam pa-ra agradá-lo”, relata Santos.“Mas isso é desconfortável paraa grande maioria das pessoas,que é destra, então não chega aser uma gafe imperdoável”,completa.

Ainda no quesito talheres,não é preciso entrar em pânicoao ver aquela sequência inter-minável de garfos e facas dife-rentes ao lado do prato, à mesa. Aprimeira coisa para lembrar éque a ordem de uso é de fora parad e n t ro.

“E o próprio talher dá a dicado prato que está por vir. Se temuma espátula em vez de faca,certamente é um peixe, que temuma carne mais macia e não pre-cisa ser cerrado. Os talheres dasobremesa ficam em frente aoprato. Se tiver colher, é sinal deque se trata de algo com calda”,e n u m e ra .

DURO DE ROER – Outra regraque deixa os comensais em dú-vida envolve o frango nosso decada dia. Pegar ou não pegarcom a mão? Qualquer proteínaque venha para o prato com osso

permite a ajuda das mãos na ho-ra da degustação, garante o pro-fessor. O incômodo de ficar comas mãos engorduradas se resolvecom uma lavanda ou uma toalhaúmida.

No caso dos pães, que costu-mam ser servidos de entrada, amão também é o instrumentocorreto. A faca deve ser usada se,por acaso, houver um patê oumanteiga para acompanhá-lo.

Já outras regrinhas são maisdifíceis de digerir. De acordocom os manuais de boas manei-ras, uma simples azeitona deveser descaroçada no prato mes-mo, com garfo e faca. “O ruim éque sempre se perde uma boaparte da polpa”, brinca o profes-sor de etiqueta.

Se a azeitona fizer parte deuma salada com legumes folho-sos, o trabalho será sempre do-brado. Saladas não devem sercortadas em hipótese alguma.Mesmo folhas grandes, como asde alface, devem ficar a salvo dafaca. O correto é dobrar até for-mar uma trouxinha e, aí sim, le-var à boca.

Falando nisso, qualquer queseja o alimento, convém nuncaexagerar na garfada. “Uma por-ção grande obriga a pessoa aabrir muito a boca”, observaElionarde Santos. “Também ébom lembrar que o garfo não de-ve vir de frente, mas um poucode lado”, acrescenta.

RELACIONAMENTO – Um pou-co de prática e atenção ajuda aincorporar as regrinhas aos pou-cos. O importante é não deixarque a prática das boas maneirasse torne algo tenso e burocráti-co. “Seria triste se etiqueta ser-visse para dificultar o relaciona-mento entre as pessoas, não é?”,chama a atenção Santos.

Por isso, além do jeito certo demanusear talheres e alimentos,é imprescindível cultivar o jeitocerto de tratar o outro. “Cotoveloem cima da mesa é indelicadoporque indica falta de atençãocom seu acompanhante”, exem-plifica o professor.

ETIQUETA À MESA I Próxima turmade 20 a 27 de agosto, de ter a sex,das 18h às 22h | Valor: R$ 50 |Informações: 3186-4000

Ta l h e re sA ordem de uso é de forapara dentro. O garfo deveficar na mão esquerda e afaca, na direita. Os talheresdevem ficar abertos sobre oprato caso a refeição aindanão tenha sido concluída.Garfo e faca em paraleloindicam que o comensal jáestá satisfeito.

CoposHavendo três copos outaças do mesmo tipo, omaior será o de usocomum, para água,refrigerante, suco oucerveja. O segundo menor épara vinho tinto e o último,para vinho branco.

DICAS

O enólogo garante que a de-gustação e o papo foram plane-jados para agradar tanto aos es-pecialistas quanto aos leigos noassunto. “Procuro usar uma lin-guagem simples, sem ‘enochati-ces’”, brinca Inglez, que já publi-cou quatro livros e centenas deartigos sobre vinhos, em publi-cações especializadas.

“Quem está apenas come-çando a se interessar passa a en-tender melhor os conceitos, co-mo lágrima e aroma. Quem jáconhece, vai sempre tirar algumproveito ao conhecer a históriade cada uva”, garante. ( Da n i e l aCa s t ro )

VINHOS DO NOVO MUNDO |Palestra com Sérgio Inglez | Qua,19h | Perini (R. Maranhão, 64,Pituba | Inscrição: R$ 115 | Reservas:3346-9974

Sopas e molhos justificam guardanapo na gola As folhas devem ser dobradas em trouxinhas

Elionarde Santos dá aulas deetiqueta há cinco anos

G u a rd a n a p oPode ser pendurado na golaquando o menu incluipratos com muito molho.De resto, deve ficar sobre asper nas.

PãoNão se deve cortar com afaca, e sim “lascar” com asmão. A faca serve parapassar patê ou manteiga.

AzeitonaA regra manda descaroçar aazeitona no prato, com aajuda do garfo e da faca.

FrangoÉ permitido pegar com amão, se houver osso. Umalavanda na mesa ajuda atirar a gordura nas mãos.

SaladaCortar, nunca. Mesmo nocaso das folhas, o correto édobrar com a ajuda dostalheres, até formar umat ro u x i n h a .

SopaÉ indelicado fazer barulhoao sorver o líquido. Mesmoque venha para a mesamuito quente, não é debom tom soprar.