Comissário Engg.º Tiago Farias - Lisboa · 2020. 1. 6. · Comissário Engg.º Tiago Farias. ......

82
C Comissá ário Eng g.º Tiago o Farias

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CComissáário Engg.º Tiagoo Farias

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ÍND

SUMÁ

1.  E

2.  M

3.  CENERG

Intro

Solu

A im

4.  M

5.  B

6.  A

7.  R

ANEXO

ICE

ÁRIO EXECUT

ENQUADRAM

METODOLOG

COMO TORNGETICAMENT

odução .......

uções de rup

mportância d

MEDIDAS ESP

BIBLIOGRAFIA

AGRADECIME

REFERÊNCIAS

OS .............

TIVO ............

ENTO..........

IA ...............

NAR LISBOTE EFICIENTE

...................

ptura ...........

de uma visão

PECÍFICAS ID

A DE SUPOR

ENTOS .........

S BIBLIOGRÁ

..................

..................

..................

..................

OA UMA CE? ..............

...................

...................

o integrada .

DENTIFICADA

RTE .............

..................

ÁFICAS .......

..................

..................

..................

..................

IDADE AMB..................

...................

...................

...................

AS PELOS PE

..................

..................

..................

..................

..................

..................

..................

BIENTALMEN..................

...................

...................

...................

ERITOS ........

..................

..................

..................

..................

..................

..................

..................

NTE SUSTEN..................

...................

...................

...................

..................

..................

..................

..................

..................

.............. 3

.............. 5

.............. 7

NTÁVEL E .............. 9

............... 9

............. 10

............. 14

............ 16

............ 19

............ 21

............ 22

............ 23

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O des

e solu

pergun

energ

É unâ

pensa

sentid

recorre

mais i

soluçã

Natura

ponto

menos

resídu

ficou c

estrate

respon

poluen

Relativ

nível e

de apo

renová

centro

se, as

mesm

cidade

Quant

tem de

com q

Ao rep

SUMÁR

afio que foi

uções que p

nta “Comoeticamente

nime a conv

ada, planead

o, a susten

endo a uma

novadoras d

ão chave do

almente que

de vista e

s combustív

uos sólidos u

claro da refle

egicamente

nsáveis pela

ntes atmosfé

vamente ao

estrutural. S

ostar não ap

áveis, mas

o urbano lisb

ssim, urgente

os, no sen

e.

to ao sector

e ser dimen

que o eleme

pensar toda

IO EXECU

proposto à p

permitissem

o tornar Le eficiente?”

vicção de qu

da e assum

ntabilidade e

a nova forma

deverão surg

problema.

e uma cidad

nergético d

veis fósseis

urbanos, e e

exão realiza

ao nível d

a esmagado

éricos e ruíd

sector dos

abendo que

penas nas re

também na

boeta que, e

e fomentar

tido de dev

dos transpo

nsionado cad

nto central d

a estrutura

UTIVO presente eq

contribuir (

isboa uma”

ue a cidade

mida para n

energética e

a de encara

gir numa óp

de mais sus

everá consu

s per capita

emitir menos

ada pelos es

de dois sec

ra maioria d

o.

edifícios é n

e a vida útil d

egras futura

a forma com

m parte, se

ainda mais

volver aos r

ortes, ficou

da vez mais

devam ser a

de mobilida

uipa de trab

(pelo menos

a cidade a

de Lisboa d

no futuro se

e ambiental

r o espaço p

ptica de com

stentável am

umir menos

a, assim co

s poluentes

specialistas q

ctores: o do

os consumo

necessária u

dos edifícios

as de constru

mo potenciar

apresentam

as medidas

residentes o

claro que o

s a pensar e

as pessoas

ade urbana

alho foi o de

s parcialmen

ambientalm

deve ser um

er de e par

da cidade

público, sen

mplementarid

mbientalment

s energia e

omo reduzir

atmosférico

que em Lisb

os edifícios

os de energi

uma interven

s é de várias

ução e da p

rá a revitali

m degradado

s já em curs

o espaço u

sistema de

em quem nã

enquanto p

para os mod

e encontrar e

nte) para re

mente sust

ma “cidade d

ra as pesso

poderá ser

ndo que as t

dade, mas n

te e mais e

léctrica, me

r a sua pro

s e ruído ur

boa é prioritá

e o dos tr

a e pelas em

nção essenc

s décadas, L

romoção da

zação de e

s ou devolut

so de revitali

rbano mais

mobilidade

ão tem carr

peões e não

dos suaves

estratégias

esponder à

entável e

de bairros”,

oas. Neste

alcançada

tecnologias

ão como a

eficiente do

enos água,

odução de

rbano. Mas

ário intervir

ransportes,

missões de

cialmente a

Lisboa terá

as energias

edifícios no

tos. Torna-

ização dos

s nobre da

de Lisboa

ro, fazendo

os carros.

estaremos

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a con

autom

cada b

rodovi

bairro

colect

diferen

A uniã

estrutu

perfeit

mais e

Ou se

revolu

assim

gestão

bairro,

curta

centro

primor

geraçã

E para

govern

cidade

Resum

eficiên

recupe

de ba

dos ed

cidade

questã

coloca

ntribuir para

móvel nas su

bairro terá d

ários passe

recorrendo

ivos forem a

ntes bairros

ão dos bair

ura ecológic

tamente. Se

eficiente e sa

eja, o futuro

ções tecnoló

, urgente c

o do espaço

, a utilizaçã

duração e q

o da cidade

rdial o inves

ão mais nov

a implement

nança, torna

e.

mindo, a pri

ncia energét

eração de p

irro, da exis

difícios, dos

e de investi

ão em aná

ados pelas re

a que mais

uas viagens

de ser mais

em a ser um

o aos modo

ainda mais e

assim como

rros deverá

ca de supo

eria assim a

audável entr

mais eficien

ógicas, e ma

onseguir co

o público, d

ão dos modo

que penalize

. Mas, para

stimento em

va que condu

tar as soluçõ

a-se um el

incipal conc

tica de Lisbo

opulação pa

stência de u

transportes

r nas soluç

lise assenta

estantes 5 q

pessoas d

pendulares

envolvente,

m compleme

os suaves

eficientes e

o os concelh

igualmente

orte à cidad

liar a susten

re bairros.

nte e susten

ais numa re

onsensos po

dos edifícios

os suaves e

em fortemen

a além de t

m sensibiliza

uzirá o futuro

ões identifica

emento fun

clusão a ret

oa estão ex

ara o centro

um ambiente

s e dos espa

ções propos

a no suces

questões.

deixem de

s. Para que

, levando a

ento e não o

atingirá a s

capazes de

hos vizinhos.

e surgir de

de onde os

ntabilidade e

ntável da cid

volução de

olíticos para

s e da mob

e dos trans

nte a mobili

todas estas

ação, educa

o da cidade

adas, o Mun

ndamental e

tirar é que

xtremamente

urbano leva

e seguro e a

aços público

stas. Em su

sso que se

sentir nece

tal aconteça

que o estac

o centro das

sua plenitud

unir de uma

.

uma forma

s modos s

ecológica da

dade (2024)

gestão local

a implement

bilidade que

portes colec

idade em tr

medidas, a

ação e form

nicípio ou, m

enquanto co

a sustentab

e dependent

ando ao ren

agradável, n

os, e na capa

uma, grande

venha a a

essidade de

a o espaço

cionamento

s atenções.

de se os t

a forma con

natural rec

uaves se e

a cidade à

assentará m

l e comporta

tação de m

encorajem

ctivos nas v

ansporte ind

a curto/méd

ação, em e

mais especific

ondutor da

bilidade amb

tes da gove

ascimento d

na partilha d

acidade eco

e parte da r

alcançar no

e utilizar o

urbano de

e os eixos

A vida de

transportes

ntinuada os

correndo à

enquadram

mobilidade

menos nas

amental. É,

medidas de

a vida de

viagens de

dividual no

io prazo é

especial da

camente, a

gestão da

biental e a

rnança, da

do conceito

da energia,

onómica da

resposta à

s desafios

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1.

A Áre

econó

conce

Nesta

empre

Hoje

depen

com a

conce

susten

Neste

interve

imputá

Assum

dos co

Apena

de 15

Contin

A elec

seguin

por últ

menos

Os tra

de en

indúst

corres

O sec

energé

. ENQUAD

a Metropolit

ómica de P

lhos, num to

área, enco

ego nacional

em dia, é

ndente da en

as questões

rtadas que

ntabilidade a

sentido, o

enção já qu

ável aos ed

mem particu

onsumos do

as no Conce

mil GWh, o

nental e a 32

ctricidade re

ndo-se o gas

timo, os gas

s de 3% do c

ansportes su

nergia primá

ria cujo pe

spondem a 2

ctor dos tran

éticos mas t

DRAMENT

tana de Lisb

Portugal. Co

otal de 207

ontra-se 25%

l [1].

sabido que

nergia e que

s ambientai

conduzam

ambiental e à

o sector do

ue 46% do c

difícios, princ

lar destaque

parque edif

elho de Lisbo

o que corres

2% do consu

presenta, po

sóleo (23%)

ses de petró

consumo [2]

urgem igualm

ária, com u

eso é de

2% dos cons

nsportes ass

também às e

TO

boa (AML)

om cerca d

freguesias,

% da popul

e o crescim

as questõe

is. Assim, é

Lisboa, num

à eficiência

s edifícios

consumo de

cipais respo

e os edifício

ficado do Co

oa, o consu

sponde a ap

umo de ener

or si só, cer

), a gasolina

leo liquefeito

].

mente como

uma contribu

apenas 1

sumos energ

sume espec

emissões de

regista a m

de 2,7 milh

que represe

ação activa

mento econ

s energética

é necessár

m contexto m

energética.

surge com

e energia p

onsáveis pe

os de serviço

oncelho [2].

mo total de

proximadame

rgia primária

rca de 41%

(16%), o fu

o (GPL – bu

um dos ma

uição que

0% e, por

géticos [2].

cial relevânc

e gases polu

aior concen

hões de ha

entam 3,3%

a, 30% das

nómico e so

as estão intim

io procurar

metropolitan

o uma das

rimária no C

lo consumo

os que são

energia prim

ente 6% do

a do distrito d

do consum

uelóleo (8%)

utano e prop

aiores respo

ultrapassa

r último ou

cia não só

uentes locais

ntração popu

abitantes, ab

% do território

empresas

ocial está

mamente re

estabelece

no, simultane

s principais

Concelho de

o de energia

responsávei

mária ascen

consumo d

de Lisboa [2

o de energi

, o gás natu

pano) que re

nsáveis pelo

os 42%. S

utras utiliza

devido aos

s e com efei

ulacional e

brange 18

o nacional.

e 33% do

fortemente

lacionadas

er políticas

eamente à

áreas de

e Lisboa é

a eléctrica.

is por 65%

de a cerca

de Portugal

2].

a primária,

ural (8%) e,

epresentam

o consumo

egue-se a

ações que

consumos

ito ao nível

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das

interna

encon

até 20

É de s

sofreu

habita

em pa

Import

cerca

460 m

Para

estacio

poluiçã

qualid

atmos

import

saúde

aborda

Neste

questõ

encon

planea

Sendo

inques

docum

levem

1 EstasNacionaveículosMobilida

alterações

acionalment

tra já em vig

012, o que ob

salientar que

u um forte a

antes1. Facto

arte o grande

ta ainda sal

de 1,19 milh

mil são realiza

além de pr

onamento, o

ão urbana.

ade do ar,

sfera. Torna

tância para

e pública, se

agem metro

âmbito, a C

ões que con

trar as melh

ando e conc

o a sustent

stionável re

mento aprese

a cidade pa

s taxas de motal de Seguross registados ade, Câmara M

climáticas,

te, especialm

gor visando

briga à toma

e em apenas

aumento pa

o que, aliado

e número de

ientar que d

hões de viag

adas apenas

oblemas de

o excesso d

Lisboa é,

, sobretudo

-se então p

o desempen

endo que pa

politana.

Carta Estraté

nstituem os

hores soluçõ

cretizando aq

tabilidade a

levância no

entam-se, e

ara um 2024

torização forams, relativamentpelas empres

Municipal de Lis

tema ob

mente após

a redução

ada de medi

s uma décad

assando, na

o à dispersã

e viagens pe

diariamente

gens com p

s em transp

e congestion

de carros e

das capita

o no que t

premente a

nho ambient

ara tal é cru

égica de Lis

actuais de

ões para enf

quilo que se

ambiental e

planeamen

m linhas ge

4 mais suste

m calculadas cte ao parque sas e estabelesboa, 2005)

bjecto de

a ratificação

das emissõ

das urgente

da, entre 19

a AML de 2

ão residenci

endulares re

a população

pelo menos u

orte individu

namento e

em circulaçã

is europeia

oca aos n

necessidad

tal do país m

ucial que se

sboa pretend

safios estra

frentar esses

ambiciona p

e a eficiênc

nto estratég

erais, as visõ

ntável.

com base nas ligeiro seguradecimentos com

extrema

o do Protoc

es de gases

emente.

992 e 2002,

291 para 47

ial na área

ealizadas em

o não reside

um extremo

ual [3].

da necessid

ão acarreta

s, uma das

íveis de pa

de de altera

mas também

eja adoptada

de dar respo

atégicos da

s desafios e

para a cidad

cia energét

ico de uma

ões e as pro

estatísticas disdo por concelmerciais. (Fon

atenção n

colo de Quio

s com efeito

a taxa de m

71 veículos

metropolitan

m transporte

ente em Lisb

em Lisboa,

dade de es

graves pro

s que apre

artículas ina

ar esta situa

m para a pro

a uma estra

osta a um c

cidade. O o

e perspectiva

de.

ica problem

a cidade, no

opostas de r

sponibilizadas ho, incluindo,

nte: Lisboa: o

acional e

oto, que se

o de Estufa

motorização

s por 1000

na, justifica

individual.

boa realiza

, das quais

spaço para

blemas de

esenta pior

aláveis da

ação, com

omoção da

atégia com

conjunto de

objectivo é

ar o futuro,

máticas de

o presente

uptura que

pelo Instituto portanto, os

o desafio da

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2.

Fruto d

à Cart

que as

O com

propos

-

-

para a

-

-

. METODO

do resultado

ta Estratégic

ssentou nos

Recolher i

e ambienta

modo a po

identificar s

Selecciona

ruptura atr

pessoais d

energetica

temática e

Organizaç

Desenvolv

de sugest

modo de u

Desenvolv

nas propo

contribuiçõ

missário da

sta tendo op

Ana Serpa

Ana Marta

apoio na apli

Pedro Mac

Mário Alve

OLOGIA

o de várias r

ca de Lisboa

seguintes q

nformação d

ais para a c

oder diagnos

soluções e m

ar um conju

ravés da ela

de Como to

amente eficie

m debate

ão de um

vimento e da

tões e com

uma forma a

vimento por

ostas apre

ões feitas pe

pergunta 3

ptado por for

a Vasconcelo

Faria;

icação da m

chado

es

reuniões ent

a, o Comissá

quatro fases

de base já e

cidade, matr

sticar os pro

medidas já a

nto de espe

aboração de

ornar Lisboa

ente, e da

Seminário

as Acções i

entários po

berta à parti

parte do co

esentadas p

elo público;

3, Tiago Lo

rmar uma eq

os;

etodologia,

tre os Comis

ário-Geral re

:

existente, no

rizes energé

blemas amb

adoptadas p

ecialistas qu

e document

a uma cidad

sua particip

aberto par

dentificadas

or parte dos

icipação púb

omissário de

pelos espe

opes Farias,

quipa execut

complemen

ssários das 6

ecomendou u

omeadamen

ticas, e estr

bientais e en

para a cidade

ue contribuís

os sumários

de ambienta

pação num

ra apresent

s por cada e

s participant

blica;

e um docum

ecialistas n

, entendeu

tiva compos

tada pelos e

6 questões a

uma metodo

nte planos e

ratégias amb

nergéticos da

e

ssem para a

s com as su

almente sus

seminário d

tação das

especialista:

tes, recorre

mento síntes

o Seminár

seguir a m

ta por:

especialistas

associadas

ologia base

energéticos

bientais de

a cidade e,

a visão de

uas visões

stentável e

dedicado à

Linhas de

: e recolha

endo deste

e baseado

rio e das

metodologia

s:

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consid

de pen

paradi

O des

soluçõ

pergun

energ

Assim

vasto

de con

-

-

-

-

-

-

-

-

O eve

susten

que 3

sido fe

O prog

anexa

derados pelo

nsadores no

igma no cam

safio que foi

ões que pe

nta “Comoeticamente

, após a rec

conjunto de

ntribuir para

Professor

Professor J

Professor

Professor

Professor Á

Professor J

Eng.º Pedr

Eng.º Mári

ento de deba

ntável e ene

dos orador

eita uma gra

grama do e

ados ao pres

o comissário

o mundo da s

mpo da mob

proposto à

rmitissem c

o tornar Le eficiente?”

colha bibliog

e especialista

a resposta à

Eduardo Oli

José Delgad

Manuel Pinh

Fernando N

Álvaro Costa

José Manue

ro Machado

o Alves

ate sobre o

ergeticament

res, por razõ

avação prévi

vento, contr

sente docum

o como inqu

sustentabilid

ilidade urban

esta equipa

contribuir (p

isboa uma”

gráfica que s

as dos quais

à pergunta e

veira Fernan

do Domingos

heiro – IST

unes da Silv

a – FEUP

el Viegas – I

tema “Com

te eficiente”

ões de força

a da suas co

ribuições do

mento.

uestionáveis

dade energé

na.

a de trabalh

pelo menos

a cidade a

se apresenta

s os seguint

em debate:

ndes – FEU

s – IST

va – IST

ST

mo tornar Lis

realizou-se

a maior, não

omunicaçõe

os oradores

s representa

ética e ambie

o foi o de e

parcialmen

ambientalm

a em anexo

tes aceitaram

P

sboa uma c

no dia 15 d

o puderam

es.

e dos partic

antes da nov

ental e da al

encontrar es

te) para re

mente sust

foram conv

m participar

cidade ambie

e Maio de 2

estar prese

cipantes enc

va geração

lteração de

stratégias e

esponder à

entável e

vidados um

no desafio

entalmente

2009 sendo

ntes tendo

contram-se

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3.

Intro

Torna

implica

avalia

É unâ

pensa

essen

suave

habita

e criar

vulner

uma v

assum

Neste

alcanç

tecnol

não c

energi

urbana

compo

deciso

O que

vivenc

dificilm

tornar

acess

todos;

. COMO

SUSTEN

odução

r Lisboa um

a uma alte

mos os desa

nime a conv

ada, planead

cial que o a

s (modo pe

acional, inves

r espaços p

ráveis: os ido

visão estraté

mam um pap

sentido, a

çada recorre

ogias mais

como a solu

ias renováve

a deverão

ortamental

ores políticos

e se pretend

ciada por tod

mente se en

mos a cidad

ível para tod

partilhada

TORNAR

NTÁVEL E

ma cidade a

eração com

afios, levand

vicção de qu

da e assumi

automóvel pa

edonal e u

stir em políti

úblicos agra

osos e as cr

égica que pr

pel relevante

a sustentab

endo a uma

inovadoras

ução chave

eis, sistema

servir como

quer dos c

s e da forma

de no fundo

dos em gera

ncontram a

de mais conf

dos. É preci

energética

LISBOA

ENERGE

ambientalme

portamental

do a que sej

ue a cidade

ida para no

asse a ser a

uso da bicic

icas de ince

adáveis e se

rianças. É, t

romova a eq

e como meio

ilidade ene

nova forma

deverão sur

do problem

s de optimiz

o reforço a

cidadãos de

a de gestão

o é “construi

al, e em esp

passear ou

fortável e ac

so que Lisb

e ambienta

A UMA CI

ETICAMEN

ente sustent

l profunda

a fundamen

de Lisboa d

futuro ser d

acessório e

cleta). É fu

entivo à fixaç

eguros. É pr

ambém, ind

quidade, de

para atingir

rgética e a

a de encara

rgir numa ó

ma. Naturalm

zação energ

uma soluç

e Lisboa e

do espaço p

ir” uma Cida

pecial por id

a brincar n

cessível para

oa seja uma

almente, no

IDADE AM

NTE EFICI

tável e ene

nomeadame

tal uma mud

deve ser um

de e para a

que a priori

undamental

ção das pess

reciso pensa

ispensável a

e tal forma q

r a sustentab

ambiental d

r o espaço

ptica de com

mente que

gética ou ou

ção que ass

dos seus

público e do

ade agradáv

dosos e cria

nas ruas e j

a estes, torn

a cidade de

o que toca

MBIENTA

ENTE?

rgeticament

ente na fo

dança de pa

ma “cidade d

as pessoas.

dade sejam

requalificar

soas no cen

ar sobretudo

assumir e im

que as políti

bilidade.

a cidade p

público, sen

mplementari

veículos ma

utras formas

senta numa

visitantes,

edificado.

vel e segura

anças que h

ardins lisbo

naremos a c

todos e par

aos transp

LMENTE

te eficiente

rma como

aradigma.

de bairros”,

Para tal é

os modos

o parque

ntro urbano

o nos mais

mplementar

icas fiscais

poderá ser

ndo que as

dade, mas

ais limpos,

de gestão

a alteração

quer dos

a, para ser

oje em dia

etas. E ao

idade mais

rtilhada por

portes, aos

Page 10: Comissário Engg.º Tiago Farias - Lisboa · 2020. 1. 6. · Comissário Engg.º Tiago Farias. ... m extremo al [3]. da necessid o acarreta s, uma das íveis de pa e de altera as

edifício

estrutu

precis

estacio

precis

Solu

Uma

energé

combu

sólidos

claro

estrate

respon

poluen

Relativ

nível e

de apo

potenc

aprese

as me

reside

Seria

sobret

Sabe-

cidadã

econó

certific

térmic

susten

os, aos es

uras existen

o que a ru

onamento a

o mudar me

uções de

cidade mais

ético deve

ustíveis fóss

s urbanos,

da reflexão

egicamente

nsáveis pela

ntes atmosfé

vamente ao

estrutural. S

ostar não ap

ciará a revit

entam degra

edidas já em

entes o espa

ainda de ex

tudo assegu

se que, em

ão é sensíve

ómico. Assim

cados, prom

cos, fotovolta

ntabilidade d

spaços públ

ntes e const

ua seja das

abusivo e o

entalidades,

ruptura

s sustentáv

rá consum

seis per cap

e emitir me

o realizada

ao nível d

a esmagado

éricos e ruíd

sector dos

abendo que

penas nas re

talização de

adados ou d

m curso de

ço urbano m

xtrema relev

urar a sua i

mbora se es

el ao tema d

m, seria de to

mover as f

aicos) e a re

dos edifícios

icos. É pre

ruir novas q

s pessoas e

o défice de

e logo altera

vel ambienta

mir menos

pita, assim

enos poluen

pelos espec

de dois sec

ra maioria d

o.

edifícios é n

e a vida útil d

egras futuras

e edifícios n

devolutos. T

revitalizaçã

mais nobre d

vância inves

implementaç

steja a assis

da eficiência

odo o interes

fontes ener

edução / reu

seria impor

eciso cuida

que permitam

e não do a

cidadania

ar comporta

almente e m

energia e

como redu

ntes atmosfé

cialistas que

ctores: o do

os consumo

necessária u

dos edifícios

s de constru

no centro ur

Torna-se, as

ão dos mesm

da cidade.

stir em polít

ção através

stir a uma

a energética

sse apostar

rgéticas ren

tilização de

r os preços m

r do espaç

m o retorno

automóvel;

a que se a

mentos.

mais eficien

eléctrica, m

uzir a sua p

éricos e ruí

e em Lisbo

os edifícios

os de energi

uma interven

s é de várias

ução, mas ta

rbano lisboe

sim, urgente

mos, no se

ticas de cer

de monitor

mudança g

se daí lhe a

em reduçõe

nováveis (p

água. Outra

mais reais da

ço público,

das pessoa

é preciso c

assiste diari

nte do pont

menos águ

produção de

ído urbano.

oa é prioritá

e o dos tr

a e pelas em

nção essenc

s décadas, L

ambém na fo

eta que, em

e fomentar a

ntido de de

rtificação en

rização e fis

radual, actu

advier algum

es fiscais pa

p.ex. painéi

a forma de p

a água e da

das infra-

as à rua; é

controlar o

amente. É

o de vista

a, menos

e resíduos

Mas ficou

ário intervir

ransportes,

missões de

cialmente a

Lisboa terá

orma como

m parte, se

ainda mais

evolver aos

nergética e

scalização.

ualmente o

m benefício

ra edifícios

s solares,

promover a

energia.

Page 11: Comissário Engg.º Tiago Farias - Lisboa · 2020. 1. 6. · Comissário Engg.º Tiago Farias. ... m extremo al [3]. da necessid o acarreta s, uma das íveis de pa e de altera as

Para

constr

govern

o loca

É, ain

edifica

edifício

acentu

Quant

uma p

metrop

um cre

servid

que e

ao tra

pendu

signific

estrutu

estacio

assoc

ocupa

que a

neces

Mitiga

passa

trazen

desde

transp

O siste

em qu

enqua

para o

além da r

rução de nov

nos central e

l enquanto e

da, importa

ado (cerca d

os de serviç

uados.

to ao sector

perda continu

politana de

escimento d

os em term

m parte just

ansporte col

ulares. É, no

cativo nas t

uras rodoviá

onamento e

iados ao u

ação do espa

a estratégia

sidades, bas

r o problem

rá necessar

ndo, de nov

e logo uma d

porte individu

ema de mob

uem não tem

anto peões e

os modos su

reabilitação

vos edifícios

e local têm u

entidade que

nte relembr

de 65% do to

ços pelo que

dos transpo

uada da pop

Lisboa se te

da populaçã

os de infra-

tifica o aum

ectivo e ao

o entanto, n

taxas de mo

árias. Está já

e a melhor

so do auto

aço público)

a para a c

seadas num

a da entrad

riamente po

vo, as pesso

diminuição d

ual.

bilidade de L

m carro, faze

e não os ca

uaves estare

e reestrutu

s deveria es

um papel cru

e aprova e m

rar que a m

otal imputad

e uma interv

ortes, é sabid

pulação resi

em assistido

o dos conce

-estruturas e

ento da imp

os modos su

necessário

otorização e

á comprova

ria das via

omóvel (con

, muito pelo

cidade de

ma estratégia

da de milhar

or rever as

oas para ju

das suas nec

Lisboa tem d

endo com q

rros. Ao rep

emos a contr

uração do

star depende

ucial. O gov

monitoriza os

maioria dos c

do aos edifíc

venção neste

do que nas

dente em Li

o a um aume

elhos perifér

e de serviço

portância do

uaves, em p

relembrar q

e que se te

ado que o au

as rodoviária

ngestioname

contrário, a

Lisboa con

a de longo p

res de veícu

políticas de

unto do emp

cessidades d

de ser dime

ue o elemen

pensar toda

ribuir para q

parque ha

ente de rígid

erno central

s projectos.

consumos e

cios) é atribu

es seria prio

últimas déca

isboa mas, p

ento popula

ricos a Lisbo

os de transp

o transporte

particular pa

que houve u

em investido

umento do

as não res

nto, ruído,

agravam-nos

temple o d

razo, e não

ulos diariame

e preços da

prego e do

de deslocaç

ensionado ca

nto central d

a estrutura

ue mais pes

abitacional t

das normas

l enquanto le

energéticos

uída às utiliz

oritária e com

adas se tem

pelo contrár

cional. Exist

oa, estando

portes colect

individual, e

ara satisfaz

um crescime

o sobretudo

número de

solvem os

poluição at

s. É então fu

dimensionam

o aumento d

ente no cen

habitação

s serviços

ção, especia

ada vez mai

devam ser a

de mobilida

ssoas deixem

também a

e, aqui, os

egislador e

do parque

zações em

m impactes

m verificado

rio, na área

te portanto

estes pior

tivos, facto

em relação

er viagens

ento muito

nas infra-

lugares de

problemas

tmosférica,

undamental

mento das

da oferta.

ntro urbano

em Lisboa

implicando

almente em

s a pensar

as pessoas

ade urbana

m de sentir

Page 12: Comissário Engg.º Tiago Farias - Lisboa · 2020. 1. 6. · Comissário Engg.º Tiago Farias. ... m extremo al [3]. da necessid o acarreta s, uma das íveis de pa e de altera as

neces

aconte

o esta

centro

plenitu

de um

No pla

a sua

desen

por co

espéc

de sup

Seria,

saudá

Em su

eleme

funcio

Mobilid

promo

a utiliz

aumen

das vi

de ofe

entre

particu

melho

mobilid

das zo

No qu

com o

vezes

mini-a

sidade de

eça o espaç

acionamento

o das atençõ

ude se os tr

ma forma con

aneamento d

estrutura ec

volver nova

orredores ve

ies de fauna

porte à mob

assim, aliar

ável.

uma, é nec

ento fundam

na perfeita

dade e Tra

over o retorn

zação do a

nto do temp

as estrutura

erta de estac

outros. A v

ular para os

or forma de

dade lisboet

onas de exp

ue diz respe

o automóve

isto implica

autocarros,

utilizar o a

ço urbano de

o e os eixo

ões. A vida

ransportes c

ntinuada os d

de uma Lisb

cológica. Lis

as áreas ver

erdes, criand

a e flora entr

bilidade urba

r a sustentab

cessário pro

mental em q

mente com

nsportes no

no das pesso

automóvel. I

po de verde

antes (aume

cionamento,

vida de bair

s modos sua

e contribuir

ta. Todos es

ansão da cid

eito aos tran

el, dando-lhe

a o recurso a

que comp

automóvel n

e cada bairr

s rodoviário

de bairro r

colectivos fo

diferentes ba

boa ambient

sboa precisa

rdes. As zon

do uma rede

re elas. Esta

ana onde os

bilidade eco

omover uma

ualquer red

mo articulaç

os modos m

oas à rua (“

sto é possí

para os pe

ntando os p

, a criação d

rro associad

aves comple

para a s

stes factore

dade.

nsportes co

es boa freq

a serviços de

plementariam

nas suas vi

o terá de se

os passem

recorrendo a

orem ainda m

airros assim

almente sau

a de redesen

nas verdes d

e biótica con

a rede de un

modos sua

lógica da cid

a conscienc

de de transp

ão entre m

mais vulnerá

cidade de b

ível com int

eões, a redu

passeios, po

de Zonas 30

da a uma tr

ementados c

sustentabilida

s são també

olectivos, é

quência, rap

e transporte

m a rede

agens pend

er mais envo

a ser um c

aos modos

mais eficien

m como os co

udável, um a

nhar as zona

dos bairros

ntínua que p

nião dos bair

aves se enqu

dade à mobi

cialização d

portes públi

modos. Ao

áveis estamo

bairros”) e a

tervenções

ução da cap

r exemplo),

0 e Zonas d

ransferência

com os tran

ade energé

ém fundame

necessário

pidez e serv

es de proxim

e de tran

dulares. Pa

olvente, leva

complemento

suaves atin

tes e capaz

oncelhos viz

aspecto fund

as verdes ex

deverão es

permita a m

rros servirá i

uadram perf

ilidade mais

de que o p

cos e que

focar os P

os simultane

desincentiva

tão simples

pacidade e

a redução d

de Prioridade

a modal do

sportes cole

ética e am

entais no pla

torná-los co

viços directo

midade, como

nsportes pú

ra que tal

ando a que

o e não o

ngirá a sua

zes de unir

zinhos.

damental é

xistentes e

star ligadas

igração de

igualmente

feitamente.

eficiente e

eão é um

a bicicleta

Planos de

eamente a

ar/dificultar

s quanto o

velocidade

dos índices

e ao peão,

automóvel

ectivos é a

biental da

aneamento

ompetitivos

os. Muitas

o sejam os

úblicos já

Page 13: Comissário Engg.º Tiago Farias - Lisboa · 2020. 1. 6. · Comissário Engg.º Tiago Farias. ... m extremo al [3]. da necessid o acarreta s, uma das íveis de pa e de altera as

implem

colect

de par

Igualm

equipa

público

Mobilid

assoc

levem

gerado

simulta

frotas

Conjug

no cen

um ele

estacio

num f

seguro

Fica c

numa

conse

encora

colect

transp

curto/m

formaç

As no

cidade

limpos

igualm

mentada. D

ivos para re

rques de est

mente com e

amentos (u

os, etc.), no

dade Locai

iados aos t

a uma re

os pelas de

aneamente

da empresa

gando todas

ntro urbano,

emento diss

onamento e

uturo próxim

os e confortá

claro que o f

revolução

nsos polític

ajem a vid

ivos nas via

porte individu

médio praz

ção, em esp

ovas tecnolo

e de Lisboa

s, sejam eléc

mente ser po

eve também

ebatimento d

tacionament

elevado pote

universidade

omeadament

s. Estes P

trabalhadore

edução efec

eslocações

a análise e

a.

s estas solu

, com politic

suasor e em

em superfície

mo uma cida

áveis.

futuro (2024

de gestão

os para imp

a de bairro

agens de cur

ual no centr

zo é primo

pecial da ger

ogias deverã

a mas semp

ctricos, “plug

otenciados.

m haver um

dos modos fe

to nas zonas

encial de me

es, hospitais

te através d

lanos prevê

es e permit

ctiva dos im

pendulares.

e melhoria d

uções com r

cas de estac

m que, contr

e seja pena

ade para as

4) assentará

local e co

plementação

o, a utilizaç

rta duração

ro da cidade

ordial o inv

ração mais n

ão igualmen

pre numa ó

g ins”, ou re

m investime

erroviário e

s periféricas

elhoria ao ní

s, escolas,

da elaboraçã

êem a aná

tem identific

mpactes (am

Os Planos

de desempe

restrições à

cionamento

rariamente a

lizado face

s pessoas, c

á menos nas

mportament

o de medid

ção dos m

e que pena

e. Mas, para

vestimento

nova que co

nte fazer pa

óptica de co

correndo a c

ento signific

rodoviário (e

da cidade).

ível da mobi

centros e

ão e implem

lise dos pa

car e imple

mbientais, e

s de Mobilid

enho energé

utilização d

mais rígidas

ao que se v

ao subterrâ

com espaços

s revoluções

tal. É, assi

as de gestã

odos suave

lizem fortem

a além de to

em sensibi

nduzirá o fu

arte da solu

omplementa

combustívei

cativo nos t

em caso de

ilidade são o

empresarias

mentação de

adrões de

ementar solu

energéticos

dade Locais

ético e amb

e transporte

s em que o

verifica actu

neo, seria p

s públicos a

s tecnológic

m, urgente

ão da mobi

es e dos t

mente a mob

odas estas m

ilização, ed

turo da cida

ução a defi

ridade. Veíc

s mais limpo

transportes

existência

os grandes

, edifícios

Planos de

mobilidade

uções que

e sociais)

s permitem

biental das

e individual

preço seja

almente, o

possível ter

agradáveis,

cas, e mais

conseguir

lidade que

transportes

bilidade em

medidas, a

ducação e

ade.

inir para a

culos mais

os deverão

Page 14: Comissário Engg.º Tiago Farias - Lisboa · 2020. 1. 6. · Comissário Engg.º Tiago Farias. ... m extremo al [3]. da necessid o acarreta s, uma das íveis de pa e de altera as

É inev

ponto

capac

A im

A prin

energé

recupe

e agra

compo

“verde

assoc

Estraté

particu

1.

Respo

pendu

simulta

també

contrib

2.

Sendo

as pes

coesã

4.

vitável que s

de ruptura

idade das g

mportância

ncipal concl

ética de L

eração de po

adável, da r

ortamentais.

e” é também

iado mais r

égica será

ular podemo

“Como reLisboa?”

ondendo a e

ulares realiz

aneamente

ém a partilh

buindo para

“Como totodos?” –

o Lisboa um

ssoas de vo

o social e re

“Como tcompetir Augusto M

se encontrem

em que ex

erações futu

a de uma

usão a reti

Lisboa estã

opulação pa

riqueza gera

É também

m uma cida

rico. Ou se

de inques

os destacar:

ecuperar, re– Comissári

esta questão

zadas diaria

a coesão e

a geral do

uma maior s

ornar Lisbo– Comissário

ma cidade am

olta à rua, im

eduzindo con

ransformarnum conte

Mateus

m resistênci

xiste a obrig

uras satisfaz

a visão in

irar é que

ão extrema

ara o centro

ada pela e n

claro que

de com um

eja, a respo

stionável im

ejuvenesceria Ana Pinho

o contribui,

amente em

e aumentand

espaço, do

sustentabilid

oa uma cio Manuel Gra

migável, seg

mpulsionar a

nsumos e em

r Lisboa nuexto global,

as, descren

gatoriedade

zerem as sua

ntegrada

a sustentab

amente de

urbano, da e

na cidade, m

uma cidade

ma imagem

osta dada à

mportância p

r e equilibro-se,

por exemplo

m modo ind

do a proxim

os equipame

dade da cida

dade amigraça Dias 

gura e inclus

utilização d

missões.

uma cidadegerando riq

ças e boico

de agir par

as necessid

bilidade am

pendentes

existência d

mas também

e mais limpa

mais forte

às restantes

para a que

rar socialm

o, para uma

dividual mot

midade casa

entos de tra

ade

gável, segu

siva para tod

dos modos s

e inovadoraqueza e em

tes mas est

ra não comp

ades de mo

biental e a

da govern

e um ambie

m de fortes

a, mais efici

e com um

s perguntas

estão em c

ente a pop

a redução da

torizado, po

a-trabalho. P

ansporte, do

ura e inclu

dos é possív

suaves, aum

a, criativa, mprego?” – C

tamos num

prometer a

bilidade.

a eficiência

nança, da

ente seguro

alterações

ente, mais

património

s da Carta

causa. Em

pulação de

as viagens

otenciando

Potencia-se

os edifícios

usiva para

vel “trazer”

mentando a

capaz de Comissário

Page 15: Comissário Engg.º Tiago Farias - Lisboa · 2020. 1. 6. · Comissário Engg.º Tiago Farias. ... m extremo al [3]. da necessid o acarreta s, uma das íveis de pa e de altera as

A cria

alteraç

partilh

suport

5.

A red

ecológ

riquez

melho

6.

A gov

energé

estacio

norma

alteraç

que pr

A “cid

próxim

import

transp

centra

and-pr

estas

ação de riq

ção compor

a e transpa

te aos edifíc

“Como AComissári

ução da po

gica, mais p

za natural, s

oram a qualid

“Como financeira

vernança te

ética enqua

onamento e

as e regras.

ções compo

rime pela tra

ade de bair

ma das pess

tância ou

parência será

al para conse

rovide” para

três compon

ueza e de

rtamental fa

arência, ass

cios, assim c

Afirmar A Iia Simonetta

oluição urba

partilha de e

são factores

dade do seu

criar um amente sus

em um pap

anto meio d

e enquanto

É igualmen

ortamentais.

ansparência

ros” tem de

soas; o para

então não

á nisto de in

eguir alterar

a o “aim-and

nentes: desc

emprego n

ce ao conc

sim como d

como aos tra

dentidade a Luz Afonso

ana, a melh

espaços púb

s que potenc

u património

modelo stentado?” –

pel crucial

de gestão lo

legislador q

nte fundame

É essencia

e pela partic

ser criada

adigma de

será poss

nquestionáv

comportam

d-manage” e

centralização

no centro u

ceito de mob

da aplicaçã

ansportes rod

De Lisboao

oria dos es

blicos e urba

ciam a imag

de gover– Comissário

na sustent

ocal, do es

que estipula

ental devido

al que a go

cipação púb

e gerida po

planeament

sível altera

vel importânc

entos. No fu

e para o con

o, transparê

rbano é um

bilidade urb

ão de tecno

doviários.

Num Mun

spaços públ

anos, assim

gem de ma

rno eficieo João Seixa

tabilidade a

paço públic

a e fiscaliza

à exigência

overnança s

blica.

r uma orgân

to centraliza

ar padrões

cia uma vez

undo, é prec

nseguir a go

ncia e partic

ma questão

bana, susten

ologias inov

ndo Global

icos, uma m

como a pro

rca de uma

nte, particas

ambiental e

co, dos edif

a a impleme

a futura em

seja descent

nica de serv

ado terá de

comportam

z que a conf

ciso passar d

overnança c

cipação, é de

chave na

ntabilidade,

vadores de

izado?” –

maior rede

otecção da

a cidade, e

cipado e

eficiência

fícios e do

entação de

termos de

tralizada e

viços ágil e

ter menos

mentais. A

fiança será

do “predict-

conjugando

ecisiva.

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4.

De se

peritos

nomea

No sec

2 O efeide vegeágua) emuito mcidade. criação

. MEDIDA

eguida são

s que partici

adamente pa

ctor dos edif

Implement

Potenciar

quente que

Renovar e

materiais u

energética

Projectar a

de forma a

Investir n

consumido

Dar prima

(compacid

espaços v

de calor”2)

Melhorar a

os milhare

ao repovoa

ito das “ilhas detação, imperme da existênciamais calor do

Este efeito pode espaços ve

AS ESPEC

apresentad

param activ

ara os dois s

fícios destac

tar a certifica

a introduçã

er na geraçã

e requalificar

utilizados na

as dos edifíc

a desconstr

a minimizar o

na eficiênci

ores de ener

zia às funç

ade – redu

erdes e húm

e criando u

as condições

es de fogos

amento do c

de calor” resultameabilização da em grande qque a vegetaç

ode ser minimizerdes, fontes e

CÍFICAS ID

das medida

vamente na e

sectores dom

caram-se as

ação energé

ão de energ

ão de energi

r o edificado

a construção

ios;

ução do ed

os impactes

ia energéti

rgia;

ções ecológ

uzir a área

midos para r

m espaço p

s de habitab

devolutos e

centro urban

a da redução ddos solos e squantidade de ção e que prozado aumentan

e lagos) e torna

DENTIFICA

s específica

elaboração d

minantes: os

s seguintes s

ética dos edif

gias renová

ia eléctrica;

o, melhorand

o, potencian

ificado aqua

que daí adv

ca dos ed

icas, reduzi

a urbanizada

reduzir o efe

úblico para v

bilidade e de

e desenvolve

no;

dos processos istemas de drasfalto e betã

ovocam um aundo a quantida

ando a cidade m

ADAS PEL

as identifica

da resposta

s edifícios e

sugestões:

fícios;

veis quer n

do a qualida

ndo a eficiên

ando do pro

vêm;

difícios de

indo as áre

a e aumen

eito a que s

vivências;

e acesso à h

endo política

de evaporaçãrenagem que ão nas cidademento das tem

ade de humidamais clara para

LOS PERI

adas pelos

à questão e

os transpor

na produção

ade e durab

ncia e a div

ocesso de c

serviços,

eas imperme

ntar a quan

e dá o nom

abitação, re

as fiscais de

ão (poucas árearemovem eficis, materiais qumperaturas à de nas cidade

a aumentar a re

ITOS

diferentes

em análise,

rtes.

o de água

ilidade dos

versificação

construção,

principais

eabilizadas

ntidade de

e de “ilhas

ecuperando

e incentivo

as revestidas ientemente a ue absorvem superfície da s (através da eflexão.

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Relativ

Considera

para o con

Reduzir, R

na utilizaç

implement

pluviais e

resíduos n

vamente ao

Dar priorid

elaboração

Criar Zona

Promover

Potenciar

públicos;

Expandir e

Construir u

garantindo

Investir em

Redesenh

(rodoviário

Repensar

Densificar

Reduzir a

de entrad

estacionam

r o efeito da

nforto bioclim

Reutilizar e R

ção dos rec

tar sistemas

separação d

não reutilizáv

sector dos t

dade ao pe

o dos Planos

as 30 e Zona

percursos u

a utilização

e melhorar o

uma rede de

o serviços di

m transportes

ar a rede

o e ferroviário

os sistemas

qualificadam

utilização d

da no cen

mento e atra

a geometria

mático;

Reciclar – ap

cursos (águ

s de reutiliz

de águas cin

veis.

transportes f

eão na gest

s de Mobilid

as de Priorid

rbanos pede

da bicicleta

os transporte

e transporte

rectos e com

s públicos d

de autoca

o);

s tarifários, in

mente as áre

do transporte

ntro urbano

avés do preç

e da orient

postar em p

ua e energi

zação de á

nzentas e n

foi considera

tão corrente

ade e Trans

dade ao peão

estres e ciclá

a como com

es públicos;

es públicos f

m boas veloc

e proximidad

arros para

nclusivamen

eas bem ser

e individual

o, redução

ço de estacio

tação dos e

políticas que

ia) e na pr

água (aprov

egras); e in

ado prioritár

e dos serviç

sportes;

o;

áveis;

mplemento d

frequentes,

cidades;

de;

rebatiment

nte de estaci

rvidas por tra

motorizado

o no núm

onamento;

difícios, rua

incentivem

rodução de

veitamento d

citar à recic

rio:

ços da Câm

da rede de t

fiáveis e co

to de outro

ionamento;

ansportes pú

através de

ero de lu

s e praças

a redução

e resíduos;

das águas

clagem dos

mara e na

transportes

onfortáveis,

os modos

úblicos;

e restrições

ugares de

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Alterar os

baseados

de valores

Reduzir a

passeios e

Criar parq

transportes

Favorecer

Estimular a

standards

na acessibil

mínimos po

capacidade

e o tempo de

ques de es

s públicos rá

a intermoda

a criação de

de oferta d

lidade em tra

or fogo;

e e velocida

e verde para

stacionamen

ápidos e efic

alidade;

e Planos de M

de estaciona

ansporte pú

ade das via

a o peão, p. e

nto nas pe

cientes;

Mobilidade L

amento par

blico, em de

as estrutura

ex.)

riferias que

Locais.

ra valores m

etrimento da

antes (aume

e sejam se

máximos e

imposição

entando os

rvidos por

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5.

. BIBLIOG

Anteceden

Plano

Visão Urbanismo

UmQuaPrePróAcç

Relatóem elaborDirecção M

Cidade Am

MatrizEstratégia Saudáveis

MatrizEstratégia Empresa Pdos MunicRegulador

MatrizEstratégia Centro de Instituto Su

EstudTIS, 2004.

LisboaEMEL, CA– Vereado

GRAFIA D

ntes de Pla

Estratégico

Estratégico, 2007.

ma Visão paratro Eixos d

eparar a Cidaóximos Passções e Proje

ório de Estaração pelo Municipal de

mbientalme

z EnergéticAmbiental

, 2004.

z da ÁguaAmbiental

Portuguesa dcípios do Te

de Águas e

z dos MateAmbiental

Estudos emuperior Técn

do de Mobil

a, o desafioARRIS, ML, 2

r Manuel Sa

DE SUPOR

neamento E

o de Lisboa

ca – Lisboa

ra Lisboa e Desenvolvade para o F

sos ectos

ado do Ordepelouro do Planeamen

ente Susten

ca de Lisbde Lisboa,

a de Lisbode Lisboa

das Águas Lejo e Trancãe Resíduos,

eriais de Lisde Lisboa,

m Inovação, Tnico, 2007.

idade e Tra

o da Mobili2005 (Actua

algado).

RTE

Estratégico

a (1992)

a 2002 – 2

vimento UrbFuturo

enamento do Urbanismonto Urbano (

tável e Ene

boa, elabora, Coord. Ag

oa, elabora, Coord. ALivres, SA, São, INAG ‐2008.

sboa, elabo Coord. AgTecnologia e

ansportes, C

dade, Coordalização em

o e Estudos:

2012, CML

ano Sustent

do Territórioo – VereadDMPU), 200

ergeticamen

ada no âmgência Lisb

da no âmbAgência LisbSIMTEJO ‐ SInstituto da

orada no âmgência Lisboe Políticas d

Coord. Prof.

d. Prof. Josécurso pelo

:

/ DPE / P

tável

o de Lisboador Manuel 09

nte Eficiente

mbito da deboa E‐Nova

bito da deboa E‐NovaSaneamentoa Água, IRA

mbito da deoa E‐Nova, de Desenvolv

. José Manu

é Manuel VPelouro do

Pelouro do

a (REOT) – Salgado /

e:

efinição da a, Edifícios

efinição da a, EPAL ‐ o Integrado AR Instituto

efinição da IST/IN+ ‐

vimento do

uel Viegas,

iegas, TIS, Urbanismo

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OrientLisboa, C(CEG), Un

Cidadde Zonas Centro de

Carta 2008.

LevanLisboa, Co

tações e PCoord. Prof M

iversidade d

de de LisboAcústicas,Análise e Pr

do Risco

ntamento Coord. Maria

rincípios CMaria João de Lisboa (U

oa ‐ Zonam, Coord. Prorocessamen

Sísmico n

CartográficoJ. Rebelo de

Climáticos pAlcoforado,

UL), 2005

ento Acústof. Bento Conto de Sinais

na Cidade

o de Locaise Sousa Pin

para o Plan, Centro de

tico, Propooelho, Institus, 2005.

de Lisboa,

s de Pedreito, 2005

neamento Ue Estudos G

osta de Clasuto Superior

, CML/DMP

iras no Co

Urbano em Geográficos

ssificação r Técnico /

PCST/DPC,

ncelho de

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6.

O SemCarta entida

Gostaruptura

Pelo eno seVideot

SeguidEstraté

E, por

. AGRAD

minário sobrEstratégica

ades especia

ria então da:

Professor

Professor J

Professor

Professor

Professor Á

Professor J

Eng.º Pedr

Eng.º Mári

excelente traeminário gosteca Municip

Dr. António

Sr. Fernan

Sra. Fátim

damente goégico da CM

Dra. Teres

Arq. João

Arq. Jorge

r fim deixo o

Eng.ª Mart

Eng.ª Ana

ECIMENT

re Sustentab de Lisboa

alizadas na á

de agradece

Eduardo Oli

José Delgad

Manuel Pinh

Fernando N

Álvaro Costa

José Manue

ro Machado

o Alves

abalho realizstaria tambépal, em parti

o Cunha – V

ndo Carrilho

a Rocha – V

ostaria de aML:

sa Craveiro –

Basto – DPE

Mourão – D

meu agrade

ta Faria

Vasconcelo

TOS

bilidade Amcontou com

área em disc

er aos orad

veira Fernan

do Domingos

heiro – IST

unes da Silv

a – FEUP

el Viegas – I

zado na graém de deixcular:

Videoteca Mu

– Videoteca

Videoteca M

agradecer à

– DPE/CML

E/CML

DPE/CML

ecimento à e

os

mbiental e Efm a colaboracussão.

dores que a

ndes – FEU

s – IST

va – IST

ST

avação e reaxar um agra

unicipal/CM

a Municipal/C

unicipal/CM

à equipa do

equipa de ap

ficiência Eneação de vár

apresentaram

P

alização dosadecimento

L

CML

L

o Departame

poio:

 

ergética no rias individu

m as suas

s vídeos aprà equipa t

ento de Pla

âmbito da ualidades e

visões de

resentados técnica da

aneamento

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7.

[1] Á

[2] Li

[3] C

. REFERÊ

rea Metropo

sboa E-Nov

âmara Muni

ÊNCIAS B

olitana de Lis

va (2005). M

icipal de Lisb

BIBLIOGRÁ

sboa (AML)

atriz Energé

boa (2005).

ÁFICAS

– http://www

ética do Con

Lisboa: o de

w.aml.pt/

celho de Lis

esafio da Mo

sboa;

obilidade;

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ANE 

I.  P

II.  F

a) 

III. 

a) 

b) 

c) 

d) 

e) 

f) 

XOS

PROGRAMA D

ICHA DO PA

Opiniões / S

CONTRIBUT

Professor E

Professor J

Professor M

Professor J

Eng.º Mário

Eng.º Pedro

DO SEMINÁR

ARTICIPANTE

Sugestões d

TOS DOS OR

Eduardo Oliv

José Delgad

Manuel Pinh

José Manue

o Alves .......

o Machado .

RIO ..............

.................

de participan

RADORES .....

veira Fernan

o Domingos

eiro .............

l Viegas ......

...................

...................

..................

..................

ntes ............

..................

ndes ............

s .................

...................

...................

...................

...................

..................

..................

...................

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...................

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...................

..................

..................

...................

..................

...................

...................

...................

...................

...................

...................

............... i

............. iii

............... iii

........... viii

............. viii

..............xx

........... xxiii

........... xxvi

........... xxix

......... xxxiii

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I. PPROGRAMAA DO S

SEMINÁRIOO

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II. a)

FICHOpiniõe

A DO es / Suge

PARTestões d

TICIPAde partic

ANTEcipantes

s

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NOME

INSTIT

A Cartas questraté

O futimport

Relativgrande

E: Armando

TUIÇÃO: Cida

ta Estratégicuais a cidadégicos no pl

uro de Listantes. Parti

vamente à áes desafios

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Uma cidad

podia ser u

Menos car

Maior facil

de Lisboa

Grande fal

Precisamo

FIC

Cristina de

adão

ca de Lisboade de Lisbaneamento

sboa tambécipe! Faça a

área da enecom que se

spaços verd

de com tant

uma zona pa

rros e ruído é

lidade para

lta de sítios

os mais linha

CHA DO P

e Sousa

a pretende dboa se debda Cidade.

ém está naas suas perg

rgia e do am depara a ci

es, lúdicos n

to vento, so

ara destacar

é de enorme

os peões c

seguros par

as de eléctric

PARTICIP

dar respostabate e que

as suas mguntas. Dê a

mbiente apredade actual

nos bairros h

ol e corrent

r as energias

e importânci

hegarem ao

ra onde se p

cos

PANTE

a a um conjconstituem

ãos. Todosas suas resp

esente aquemente:

históricos

es no Tejo

s renováveis

a

o Parque de

possa andar

unto de quem os actuais

s os contriostas.

eles que são

– A frente

s – E.D.P

e Monsanto

de bicicleta

estões com s desafios

butos são

o para si os

ribeirinha

do centro

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Propouma c

onha soluçõcidade am

Tenho um

é zona mo

destacar n

no Tejo ca

habitação

para estac

entravam n

ões de ruptmbientalmen

sonho de v

oderna e se

novas modal

aptação da

devia ter me

cionamento

na baixa de

tura para rente susten

er a zona de

em o charm

idades de tr

energia da

ercados / lo

quando ho

transporte c

Muito O

esponder à ntável e en

e Santos / C

me do resto

ransporte, en

as correntes

ojas de 24 ho

ouver neces

colectivo.

Obrigado

questão “Cergeticame

Cais do Sodr

da zona, p

nergias sola

s do rio. Co

oras, e o 24

sidade de m

o!

O C

Tia

Como tornaente eficie

ré / 24 de Ju

podia ser us

r, geradores

omo área co

4 de Julho s

mais espaç

Comissário

ago Farias

ar Lisboa ente?”:

ulho como

sada para

s eólicos e

om pouca

ervia bem

o. Depois

o

s

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NOME

INSTIT

A Cartas questraté

O futimport

Relativgrande

E: Isabel Ma

TUIÇÃO: -

ta Estratégicuais a cidadégicos no pl

uro de Listantes. Parti

vamente à áes desafios

Redução d

Promoção

Como aum

(segundo a

de equipam

FIC

atos Rosa

ca de Lisboade de Lisbaneamento

sboa tambécipe! Faça a

área da enecom que se

das emissõe

e incremen

mentar a efic

a Agência In

mentos

CHA DO P

a pretende dboa se debda Cidade.

ém está naas suas perg

rgia e do am depara a ci

es de CO2

to das fonte

ciência energ

nternaciona

PARTICIP

dar respostabate e que

as suas mguntas. Dê a

mbiente apredade actual

s de energia

gética tendo

l de Energia

PANTE

a a um conjconstituem

ãos. Todosas suas resp

esente aquemente:

a renováveis

o em conta o

a a procura

unto de quem os actuais

s os contriostas.

eles que são

s

o aumento d

vai triplicar

estões com s desafios

butos são

o para si os

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até 2030)

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Propouma c

onha soluçõcidade am

(Elaborar)

participaçã

Melhor art

os compro

comunitári

Devolver a

ões de ruptmbientalmen

e cumprir u

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tura para rente susten

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s cidadãos.

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Muito O

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s centrais afi

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O C

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Como tornaente eficie

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Comissário

ago Farias

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mente para

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III.

. COa) P

ONTRIBProfess

BUTOor Edua

OS DOardo Oliv

OS ORAveira Fe

ADORrnandes

RES s

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III.

. COb

ONTRIBb) Profes

BUTOssor Jos

OS DOsé Delga

OS ORAado Dom

ADORmingos

RES

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Page 53: Comissário Engg.º Tiago Farias - Lisboa · 2020. 1. 6. · Comissário Engg.º Tiago Farias. ... m extremo al [3]. da necessid o acarreta s, uma das íveis de pa e de altera as
Page 54: Comissário Engg.º Tiago Farias - Lisboa · 2020. 1. 6. · Comissário Engg.º Tiago Farias. ... m extremo al [3]. da necessid o acarreta s, uma das íveis de pa e de altera as

III.

CONNTRIBc) Pr

BUTOSrofessor

S DOSr Manue

S ORAel Pinhei

ADORiro

ES

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José M Viegas - Para uma Mobilidade Agradável e Sustentável em Lisboa Contributo para a Carta Estratégica de Lisboa, Maio 2009  xxvii 

PARA UMA MOBILIDADE AGRADÁVEL E SUSTENTÁVEL EM LISBOA Da Visão ao Projecto e à Intervenção

José Manuel Viegas – Instituto Superior Técnico

Contributo para a Carta Estratégica de Lisboa, Maio de 2009

1 – A Visão

A busca de uma mobilidade agradável e sustentável em Lisboa tem de começar por uma Visão que seja simultaneamente coerente, viável, fácil de comunicar e motivadora do envolvimento de múltiplos agentes. A minha visão é a seguinte:

O sistema de mobilidade em Lisboa e sua área metropolitana tem de proporcionar acesso a todas as oportunidades de emprego, serviços e lazer com soluções de transporte muito agradáveis para quem não tiver carro.

Assim, se concebermos e desenvolvermos o sistema pensando em quem não tem carro (porque não pode ou porque não quer ter), estaremos a contribuir para que mais pessoas não sintam necessidade ou sequer desejo de o ter, pelo menos para a sua mobilidade quotidiana. E além de ajudar a preservar o ambiente e a consumir menos energia, estaremos a construir uma sociedade mais coesa, porque mais equitativa no que respeita a este direito essencial.

Só através de uma mudança do paradigma como esta seremos capazes de reduzir a pressão que o automóvel exerce sobre a cidade sem pôr em causa a vitalidade da própria cidade.

Curiosamente, muitos dos nossos visitantes referem que Lisboa é uma cidade fantástica para descobrir a pé, pela multiplicidade de estímulos que oferece, seja no domínio das perspectivas, da luminosidade e cores, ou mesmo das brisas. Essa apreciação diz respeito sobretudo às zonas mais consolidadas do casco urbano, mas permite pelo menos reconhecer que há uma boa base de partida.

2 – O Projecto

Se queremos dar boas soluções de transporte para quem não tem carro, o elemento central nas fases de Plano e de Projecto tem de ser o peão e a marcha a pé, tendo em vista proporcionar condições de conforto, segurança e prazer nesse exercício. A rede viária pedonal tem por isso de passar a ser o ponto de partida na elaboração dos Planos de Mobilidade e Transportes, e não um elemento quase remanescente, em que se discutem larguras mínimas de passeios, tempos mínimos de verde para o atravessamento das avenidas, etc.

Também o uso da bicicleta, seja como modo único numa deslocação, seja como modo de articulação com o transporte público, tem um enorme potencial desde que seja

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adoptado um “modelo de uso e de negócio” adequado, como bem demonstram as experiências recentes de várias cidades europeias.

Não se trata de pretender que a marcha a pé ou a bicicleta sejam os modos de transporte com que se satisfaz a maior parte das deslocações, mas sim reconhecer que só assim se consegue combater o conceito de que a única deslocação agradável é de garagem a garagem, como hoje sucede com tanta gente. Ao investir na qualidade com que se anda a pé ou de bicicleta em Lisboa, estaremos a viabilizar a adopção voluntária de outros modos de transporte motorizados, acessíveis ao público mas de serviço descontínuo no tempo e no espaço.

O uso desses modos exige a deslocação (a pé ou em bicicleta) até às suas paragens ou estações, mas a necessidade de garantir tempos de deslocação competitivos com o do automóvel implica que se adoptem modelos de produção e de exploração com boas frequências e paragens mais espaçadas.

Para tal, teremos de desenvolver um sistema de transportes públicos mais elástico e flexível que o que hoje conhecemos. Continuarão a ser essenciais ofertas de grande capacidade, frequência de serviço e fluidez para atender os fluxos densos, mas a quantidade de destinos a servir e a multiplicidade de linhas de desejo implica que uma parte muito considerável das deslocações não possa ser servida com esses modos mais pesados.

É nesses “flancos” servidos de forma menos eficiente para o viajante que o automóvel tem conquistado quota de mercado, o que por sua vez tem estimulado o desenvolvimento de soluções urbanísticas muito viradas para as soluções “garagem a garagem”.

Numa cidade que se pretende plena de vitalidade e qualidade de vida, é importante que possamos ter períodos de lentidão, mas esses períodos devem ser os desejados por cada um de nós e não os que são forçados pelo sistema de transportes, seja no congestionamento do tráfego ou à espera pelos transportes colectivos.

O sistema de mobilidade urbana tem por isso de evoluir no sentido de oferecer a um maior número de cidadãos serviços directos, com boa velocidade e baixos tempos de espera (eficiência do lado do viajante) e bons níveis de ocupação dos veículos (eficiência do lado do produtor e da sociedade). Da conjugação destes quatro requisitos resultam, para muitas linhas de desejo não atendidas pelos modos pesados, serviços com veículos de menor dimensão (entre 4 a 20 passageiros de capacidade), com paragens pré-definidas e mais espaçadas (mini expresso) ou com paragens a pedido (táxis colectivos).

Só em primeira análise este sistema parece menos sustentável que a actual oferta de superfície, muito baseada em autocarros de 100 lugares já que, sendo verdade que um autocarro de 100 lugares com bom nível de ocupação consome menos energia por passageiro.quilómetro que um veículo intermédio com o mesmo nível de ocupação, dois factores jogam em sentido contrário:

a) Em muitas horas de cada dia os autocarros standard circulam com baixa frequência de serviço e com níveis de ocupação muito baixos, e o mesmo número de passageiros seria transportado com maior satisfação em

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veículos de menor capacidade, com maior frequência de serviço e melhor nível de ocupação;

b) Nessa nova oferta, a maior frequência de serviço e velocidade comercial, associadas à oferta de muito maior número de ligações directas (sem necessidade de transbordo), levaria a recuperar muitos viajantes que têm vindo a passar-se para o transporte individual

O conceito geral deve ser o de serviços frequentes (intervalos até 6 minutos no corpo do dia e até 10 minutos nos períodos “fora de horas”), substituídos por serviços a pedido quando essas frequências se revelem excessivas para a procura existente. Os modos mais potentes (comboios suburbanos, metro pesado e ligeiro, autocarros standard e articulados) continuam a ter um papel muito importante, mas devem integrar-se neste conceito, com uma escolha de modo adaptada à intensidade da procura.

Muitos destes serviços deveriam ser oferecidos em alimentação dos modos pesados, nos quais já há boas frequências ou pontualidade nos horários.

Alguns outros conceitos podem ser mobilizados, em complemento dos aqui já expostos. Porventura o de maior ganho potencial é o de Clube de Car-pools, uma evolução do conceito base de car-pool, que não é mais que a partilha rotativa dos carros num pequeno grupo (3 a 4 pessoas) que residem e trabalham próximas umas das outras. Sendo a maior causa de fragilidade das experiências de car-pool os diferentes desejos de actividade ocasional ao fim da tarde entre os seus membros, o Clube – formado por umas largas dezenas de car-pools elementares – permite que o viajante disponha de soluções alternativas ao seu grupo habitual nos dias em que a hora a que se despachou seja diferente da do resto do seu grupo.

A introdução destes serviços permitiria legitimar uma intervenção mais firme no domínio da oferta de estacionamento e da sua fiscalização, assumindo o estacionamento como a principal variável de controlo da intensidade de uso do automóvel, já que as alternativas de qualidade comparável à do automóvel passariam a estar disponíveis para todos. Mas ao ser assim, a transferência de viajantes do automóvel para os transportes públicos (sobretudo para estes serviços mais frequentes e rápidos) reduziria fortemente o número de veículos em circulação, o congestionamento, o consumo de energia e as emissões poluentes.

A análise de custos de produção mostra que um táxi colectivo pode ter custos para o viajante semelhantes ao do seu automóvel (sem contar com os custos de estacionamento), e que os mini- expressos têm custos equivalentes por passageiro.quilómetro aos autocarros standard (proporcionando deslocações muito mais rápidas a uma parte muito elevada dos viajantes). E como é evidente, os custos do car-pool, mesmo com algum back-office para apoio ao clube, são no máximo da ordem da metade dos custos de uso individual do carro próprio.

Para um cenário verosímil de plena implementação destes conceitos, e para o mesmo conjunto de viagens, conseguem-se reduções de mais de 20% no consumo de energia e emissões e de mais de 25% nos veículos.quilómetro rodoviários produzidos, com um aumento de 40% nos passageiros.quilómetro transportados no caminho de ferro suburbano (alimentado pelos mini-expressos), mas sem aumento do custo económico

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global da nossa mobilidade, e com muito maior equidade no que respeita ao tempo gasto em transportes, e portanto na qualidade de vida.

3 – A Intervenção

Não adianta muito apresentar uma visão, um conceito operacional e uma simulação de quanto se ganharia com a sua concretização, se não se tiver uma ideia de como chegar lá. Como é de esperar sempre que se pretende romper com um paradigma dominante, é inevitável que se encontrem descrenças, resistências e até boicotes.

Mas já se viu que “mais do mesmo” só agrava a situação, apesar do significativo progresso tecnológico nos veículos e na sua eficiência energética. Nessa via ficam largamente por resolver os problemas de emissões de Gases de Efeito de Estufa, de congestionamento, e de equidade.

Numa sociedade democrática, a implementação de um conceito bastante radical como o que aqui se apresenta, em que as soluções de mobilidade são construídas a partir de quem não tem carro, mas sem reduzir a eficiência para aqueles que a ele recorrem diariamente, tem necessariamente de começar pela divulgação e apologia desse conceito, e pela remoção, inevitavelmente gradual, dos principais obstáculos à sua aplicação.

A divulgação e apologia do conceito exigem uma grande capacidade de liderança e de comunicação dos líderes políticos que nele acreditem e o queiram implementar, bem como um suporte técnico muito eficaz ao discurso político. Trata-se nessa frente não só de explicar e ser convincente, mas também de entusiasmar e conquistar adesão e apoios.

Quanto aos obstáculos, eles são de vária ordem no caso pendente, mesmo citando só os principais de entre os conhecidos ou esperados:

• Regulamentar – Algumas das soluções de mobilidade aqui propostas são actualmente ilegais, nomeadamente os táxis colectivos, enquanto outras se defrontam com ambientes de oferta em regime de monopólio ou fortemente regulada (caso das ligações rodoviárias regulares);

• Institucional – A montagem de um sistema de mobilidade alinhado com este conceito exige uma actuação concertada a uma escala supra-municipal, o que está longe de ser fácil no contexto actual, mesmo com algum optimismo relativamente á Autoridade Metropolitana de Transportes;

• Orgânica / Corporativa – Os modelos de negócio de algumas das empresas activas na AML sofreriam impactos muito significativos, nomeadamente as empresas de autocarros e as de táxis. Ainda que as mudanças preconizadas abram muitas oportunidades para tipos inovadores de serviços em autocarros e em táxis (com aumento das quotas de mercado globais desses modos), será necessário introduzir algumas mudanças, e algumas dessas empresas não deixarão de tentar manter as posições de reserva de mercado de que hoje desfrutam;

• Técnica – Um sistema de mobilidade como o aqui descrito terá um muito maior ajuste da oferta aos requisitos dos cidadãos, do que decorre inevitavelmente

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um muito maior número de serviços regulares e variedade de regimes de oferta e da sua integração. Por isso, a implementação deste conceito não seria concebível sem a sofisticação e penetração de mercado, actual e futura, das tecnologias de informação.

Outros obstáculos serão certamente detectados mais adiante, caso se decida ir neste sentido. As opções quanto à sequência de operações e às soluções de transição serão decisivas para manter níveis elevados de aceitabilidade pública do projecto, indispensável num projecto como este, cuja implementação exige no mínimo o prazo de dois mandatos eleitorais.

Haverá que trabalhar para identificar com antecipação esses obstáculos e para os mitigar ou contornar, com a humildade de reconhecer que não se formularam da melhor forma todas as respostas desde o início, mas com a determinação de que é possível atingir um sistema de mobilidade que sirva bem os visitantes e os cidadãos de Lisboa, e do qual estes de orgulhem porque foram dos primeiros em todo o mundo a ter a coragem de mudar de rumo e procurar um novo paradigma.

José Manuel Viegas / 9 de Maio de 2009

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Carta Estratégica de Lisboa 2010/2024

Seminário 3 - Sustentabilidade Ambiental e Energética

Como tornar Lisboa uma cidade ambientalmente sustentável e energeticamente eficiente?

15 de Maio de 2009 | S Luiz Pedro Machado

Uma visão de ruptura para a cidade de Lisboa: comentários e provocações

Pedro Machado

Metade da população mundial vive actualmente em cidades. Ter milhões de pessoas a viver numa cidade, um espaço comum com identidade própria, e ser capaz de a tornar simultaneamente produtiva, equitativa, educadora, agradável e sustentável é um desafio espantoso. Um desafio que, com a herança que recebemos, exige opções de ruptura. As cidades mais progressistas são actualmente as mais sustentáveis. Não tiveram medo de estudar e testar novas formas de urbanismo. Romperam barreiras e, sem perderem a sua identidade, partindo da rua e do bairro, redesenharam os espaços públicos, inventaram novas políticas e encontraram novas formas de viver a cidade. São hoje as mais interessantes e competitivas do mundo.

Uma visão de ruptura para a cidade de Lisboa

Há uma necessidade fundamental para que Lisboa consiga caminhar para a sustentabilidade: a recuperação dos seus bairros. Os bairros já existem, pertencem à história de Lisboa, mas a maioria hoje não funciona como bairro. Foram tornando-se bairros especialistas (residenciais, de serviços, de laser) e deviam voltar a ser generalistas (com um mix de funções – residência, trabalho, socialização, educação, saúde, cultura, desporto…). O ordenamento do território, a definição de usos do espaço público e a estrutura do edificado são portanto fundamentais.

A recuperação dos bairros permitiria que as pessoas reduzissem as causas que as fazem sair do bairro (trabalho, escola, socialização, cultura…) e consequentemente o número de viagens para fora do bairro. Um bairro bem recuperado teria uma ou mais zonas centrais, tendencialmente pedestres e verdes, onde a vida de bairro aconteceria, onde as pessoas se encontrariam para conviver e onde as crianças brincariam em segurança. Nas ruas do bairro a circulação e estacionamento automóvel seriam desencorajados. O estacionamento regulado e maioritariamente confinado aos interstícios entre bairros libertaria o espaço público para funções mais dignificantes. A mobilidade no bairro far-se-ia maioritariamente em modos suaves e uma rede eficaz, rápida e confortável de transportes públicos faria a ligação entre os bairros. A intermodalidade eficaz modos suaves – transportes públicos seria o sustentáculo fulcral do funcionamento do sistema. A utilização do carro seria assim reduzida ao mínimo e com ela teríamos excelentes ganhos energéticos e ambientais (e sociais). Tecnologias inovadoras nos transportes podem permitir ainda maiores ganhos, mas a prioridade deverá ser sempre garantir a o máximo de acessibilidade com o mínimo de mobilidade.

A sustentabilidade de uma cidade exige que se consiga encontrar uma forma de gerar riqueza sem sacrificar (e preferencialmente potenciando) a vida social da cidade e o ambiente em que ela se desenrola. A obsessão pelo crescimento económico em que se vive actualmente tem matado a vida social e o ambiente de Lisboa. A recuperação dos bairros permitirá recuperar também a saúde social da cidade e o seu ambiente. Um bairro bem recuperado, leva a uma estrutura social com dinâmica, equidade e

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Carta Estratégica de Lisboa 2010/2024

Seminário 3 - Sustentabilidade Ambiental e Energética

Como tornar Lisboa uma cidade ambientalmente sustentável e energeticamente eficiente?

15 de Maio de 2009 | S Luiz Pedro Machado

solidariedade, o que é garante de geração de riqueza local (nomeadamente através do comércio). Entramos assim num ciclo virtuoso. Aceitando que o ambiente duma cidade é essencialmente condicionado (negativamente) pela utilização intensiva do carro, a recuperação dos bairros de Lisboa e a consequente substituição da utilização do carro pelo uso dos modos suaves e transportes públicos conduziria a ganhos ambientais importantíssimos em termos de qualidade do ar, ruído, etc.

Em termos estruturais, a eficiência energética de uma cidade faz-se também pela partilha de recursos. A partilha é aliás uma das géneses da criação do conceito de cidade. E esta partilha pode ser feita a nível da cidade, do bairro, do edifício. Se faz sentido que a população de uma cidade partilhe um aeroporto, um estádio de futebol ou uma universidade, já a maioria dos serviços e do comércio devem ser partilhados por um bairro (escolas, centros de saúde, recintos de desporto, edifícios de culto, centros culturais, etc). No edificado a partilha de espaços, funções e equipamentos deve também ser promovida. Um edifício residencial pode, tal como um hotel, ter espaços partilhados sem que haja perda de conforto e com claros ganhos energéticos e sociais. Num edifício de serviços, essa partilha é ainda mais fundamental. E tal como se partilha um elevador, partilhar máquinas de lavar, colectores solares ou fotocopiadoras deve passar a fazer parte da normalidade.

Os edifícios, a maior fonte de consumo energético de Lisboa, devem tender a ser energeticamente eficientes. É difícil proceder a reordenamentos do território e a alterações estruturais no edificado de espaços consolidados, mas é possível utilizar a nova regulamentação nacional e complementá-la com regulamentação urbanística municipal para obrigar a que os novos edifícios sejam energeticamente eficientes e a que os edifícios existentes sejam recuperados de forma a passarem a sê-lo. Na maioria dos casos de recuperações de edifícios pode ser difícil mexer na sua orientação, mas pode trabalhar-se o seu isolamento, o controlo dos ganhos solares, a correcção das pontes térmicas, os materiais a utilizar… E um edifício trabalhado de forma a ter necessidades energéticas mínimas, pode além disso passar a ter novas funções: ser produtor de energia, armazenador de águas pluviais, abrigar plantas e animais na sua cobertura, etc. É fundamental procurar novas formas de urbanismo mas também de arquitectura do edificado.

No planeamento de uma Lisboa ambientalmente saudável, um aspecto fundamental é a sua estrutura ecológica. Lisboa precisa de redesenhar as zonas verdes existentes, desenvolver novas áreas verdes e conectá-las todas. As zonas verdes dos bairros estariam ligadas por corredores verdes, criando uma rede biótica contínua que permitisse a migração de espécies de fauna e flora entre elas.

Além da redução dos consumos energéticos, que conduz à mitigação das emissões dos gases com efeito de estufa, a recuperação de Lisboa necessita também de ter em atenção que o clima está a mudar e que é necessário haver adaptações. Em particular, na requalificação dos espaços públicos e na recuperação do edificado deve ter-se presente as alterações climáticas que as zonas mediterrânicas vão sofrer, nomeadamente (mas não só) a evolução da temperatura e dos regimes de precipitação dos próximos anos e os impactos que isso terá em Lisboa.

Proposta de checklist para uma cidade sustentável e energeticamente eficiente.

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Seminário 3 - Sustentabilidade Ambiental e Energética

Como tornar Lisboa uma cidade ambientalmente sustentável e energeticamente eficiente?

15 de Maio de 2009 | S Luiz Pedro Machado

Definir Estratégias de sustentabilidade numa cidade:

1. Conhecer aprofundadamente a história da cidade e das suas dinâmicas sociais e económicas: porque existe ali, como é que evoluiu, quais é que foram os factores determinantes que a fizeram como actualmente é…

2. Compreender a estrutura actual da cidade: a sua população, a sua identidade, a sua disposição geográfica, a sua envolvente, a sua estrutura de planeamento urbano, as suas células fundamentais (bairros) e a ligação entre elas, as suas dinâmicas sociais, a sua estrutura económica, as hierarquias, o seu modelo de governação, as suas arquitecturas, as suas construções, os seus espaços verdes, os seus espaços lúdicos, a estrutura do seu comercio, os seus posicionamentos éticos, morais, religiosos e filosóficos, a sua posição face ao país em que se insere e às outras cidades, etc…

3. Definir uma Visão de sustentabilidade urbana tendo em conta a história e a realidade actual mas projectando uma cidade social, económica e ambientalmente harmoniosa que garanta uma boa qualidade de vida aos seus cidadãos, integrando coerentemente:

• Estrutura urbana

• Mobilidade e acessibilidades

• Habitação

• Estrutura ecológica

• Espaços verdes

• Linhas de água e frentes de água

• Biodiversidade

• Ar, Ruído, Resíduos

• Integração social

• Emprego

• Comércio

• Serviços

• Industria

• Agricultura e pescas

• Desporto

• Cultura, lazer e divertimento

• Tipo de governação local

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• …

4. Construir a Cidade perseguindo essa Visão: criar uma cidade como um organismo vivo, composto por um conjunto integrado de células fundamentais (bairros), com identidade e pulsar próprios, que permitam uma vivência harmoniosa e saudável com qualidade de vida social, económica e ambiental

Definir Estratégias específicas e Planos de Acção:

1. Mobilidade

• Diagnosticar a estrutura da sua mobilidade e acessibilidades: os padrões de mobilidade, os actores da mobilidade, as necessidades de acessibilidade, os modos de transporte, as distribuições modais, as vantagens e desvantagens da estrutura vigente, os problemas e as consequências do sistema imperante…

• Conceber uma Visão: definir um sonho de cidade, a cidade ideal com base na real, a cidade que todos os que nela vivem (não só os habitantes) gostariam de ter, a cidade utópica, concebida em função da sua história e da sua estrutura actual mas sem restrições à idealidade.

• Definir Estratégias e conceber Planos de Acção: conhecendo a história da cidade, compreendendo a sua estrutura, percebendo os seus padrões de mobilidade, definem-se estratégias de actuação, concebem-se planos de acção e desenvolvem-se ferramentas que permitam construir uma cidade real com vista para a cidade ideal.

• Possibilidades de actuação na construção de uma nova cidade:

o Business as usual: continuar a piorar

o Paliativos: manter a estrutura e emendar pontualmente pequenas situações específicas

o Mudanças estruturais suaves: ainda que de sentido positivo têm impactos pequenos e/ou de longo termo

o Mudanças de ruptura na estrutura e dinâmicas da cidade: se bem estruturadas e planeadas podem conduzir a uma rápida recuperação de padrões de qualidade na mobilidade e acessibilidades e a uma redução brusca dos impactos negativos da estrutura actual

Consequências desta deficiente estrutura de mobilidade:

• Acessibilidades difíceis

• Ocupação abusiva do espaço público

• Redução dos índices de sociabilidade da população local

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• Dificuldade de implementação de políticas de acessibilidade universal

• Baixa qualidade do ar

• Elevadas emissões de GEEs

• Elevados índices de ruído

• Impactos significativos na saúde pública

• Danificação do edificado

• Condicionamento da estrutura ecológica da cidade

• Redução da qualidade de vida

Estrutura de mobilidade de Lisboa:

• Incentivo (nacional e local) à circulação em transporte individual motorizado, domínio do automóvel sobre os restantes modos

• Rede de TP satisfatória, com muita margem de melhoria mas muito prejudicada pelo domínio do automóvel

• Desincentivo à circulação a pé, de bicicleta e de outros modos suaves, elevadas dificuldades de circulação e segurança reduzida devido ao volume e velocidades do tráfego automóvel

Algumas consequências sociais específicas em Lisboa:

• Não há crianças a brincar na rua

• Há poucos idosos a passear

• Há muita dificuldade de circulação para pessoas com mobilidade reduzida (incluindo idosos, carrinhos de bebé…)

• A bicicleta quase não é utilizada como veículo

• As praças e locais de encontro e socialização não funcionam

• O rio é pouco usufruído pela população por ser de acesso muito difícil

• As áreas verdes são pouco usufruídas pela população por serem de acesso difícil

• A cidade está espartilhada, com áreas específicas com funcionalidades próprias, o que incentiva às deslocações entre zonas apartadas

• Só alguns bairros têm vida própria, aglomerando diversas funcionalidades e convidando à convivência (Graça, BA, Chiado…)

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Como tornar Lisboa uma cidade ambientalmente sustentável e energeticamente eficiente?

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Início de esboço de uma Visão para Lisboa

• Criar uma Lisboa Amiga das Crianças

• Criar uma Lisboa planeada com base em bairros funcionais, onde haja proximidade suficiente entre residência, escolas, locais de trabalho, serviços, comércio e áreas de lazer que permitam maximizar as deslocações em modos suaves e em transportes públicos e que desincentive os movimentos pendulares

• Criar uma Lisboa onde os espaços urbanos, agradáveis e seguros, promovem a convivência entre os seus cidadãos

• Criar uma Lisboa inovadora e tecnologicamente avançada que permita eliminar deslocações com recurso a serviços via internet

• Criar uma Lisboa onde todos os cidadãos se deslocam com facilidade e segurança em modos suaves e em transportes colectivos amigos do ambiente

• Criar uma Lisboa onde a circulação a pé e de bicicleta assumem o papel central nas deslocações curtas (dentro do bairro e entre bairros próximos) e os transportes colectivos nas deslocações longas (bairros afastados)

• Criar uma Lisboa onde a intermodalidade entre modos de transporte é total e eficaz

• Criar uma Lisboa que não convide à circulação de automóvel

• Criar uma Lisboa onde a mobilidade é um instrumento de construção de uma sociedade solidária, coerente e responsável

• Criar uma Lisboa onde que promove o equilíbrio ecológico do Planeta também através da sua estrutura de mobilidade e acessibilidades

• Criar uma Lisboa sustentável e com qualidade de vida

Algumas boas práticas em Lisboa:

• Existência de alguns instrumentos de planeamento ainda que com defeitos

• Existência de alguns regulamentos ainda que com defeitos

• Novas formas de governação, incluindo a participação pública na discussão de projectos e na atribuição de orçamentos

• Vontade política de combater a utilização do automóvel

• Instalação de radares de velocidade

• Alguma modernização dos TP

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• Aumento da rede dos TP

• Criação de um sistema de bicicletas partilhadas

• Criação de percursos cicláveis

• …

Práticas a eliminar

• Planeamento urbano que não promove a independência e a identidade dos bairros

• Planeamento urbano que incentiva os movimentos pendulares, já que a maioria dos bairros não acumulam as funcionalidades de habitação, educação, comércio e trabalho

• Criação de bairros com funções específicas que os tornam desumanizados,

• Divórcio do rio

• Incentivo à circulação automóvel (criação de infraestruturas que tragam mais automóveis para a cidade ou facilitem a sua circulação, como a TTT ou as faixas de entrada do túnel do marquês)

• Incentivo ao estacionamento no centro da cidade

• Permissividade do estacionamento abusivo

• Permissividade às velocidades elevadas

• Ausência de uma autoridade metropolitana de transportes

• Sistema de bilhética dos TP confusa

• Intermodalidade pouco eficaz ou pelo menos com muitos problemas para resolver

• Permissividade às paragens de mais de 1 min com motor ligado por parte dos TP

• Desincentivo à circulação a pé, de bicicleta e de outros modos suaves

• Desincentivo à habitação nos bairros do centro da cidade

• …

1. Edifícios

• Diagnosticar as regras de planeamento e construção: regulamentos, incentivos práticas correntes, fiscalização, inovação…

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Como tornar Lisboa uma cidade ambientalmente sustentável e energeticamente eficiente?

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• Diagnosticar a estrutura do seu edificado: tipo de edifícios, função social, orientação, materiais de construção, origem e destino dos materiais, soluções construtivas, iluminação, climatização, estrutura …

• Conceber uma Visão: definir uma cidade de arquitectura integradora e universal, com espaços promotores das interacções sociais, espaços verdes, de edificado bioclimático, utilizando materiais de construção locais, encaminhando os resíduos para reutilização, com isolamentos adequados, sem pontes térmicas, privilegiando a iluminação natural, privilegiando a ventilação natural, com baixas necessidades energéticas (iluminação, climatização, …), com produção com recurso a energias renováveis (solar térmico, fotovoltáico, eólico, etc), com partilha de equipamentos, com partilha de espaços, com estendais, com telhados verdes, com armazenamento e aproveitamento das àguas das chuvas, com parqueamento adequado de bicicletas, com proximidade aos TP, com limitações rígidas ao parqueamento automóvel…

• Definir Estratégias e conceber Planos de Acção: conhecendo a história da cidade, entendendo o seu ordenamento territorial e a sua estrutura urbanística, conhecendo os instrumentos de gestão territorial e os regulamentos urbanísticos, actualizando os conhecimentos quanto às novas concepções urbanísticas, às novas soluções construtivas, aos novos materiais e conhecendo os limites tecnológicas, definem-se estratégias de actuação, concebem-se planos de acção, moldam-se os regulamentos e os instrumentos de gestão territorial e desenvolvem-se ferramentas que permitam construir uma estrutura urbana coerente com as possibilidades e constrangimentos sociais, económicos e ambientais da cidade e um edificado energeticamente sustentável.

• Possibilidades de actuação na construção de uma nova cidade:

o Business as usual: continuar a construir com planeamento sectorizado (cada bairro com as suas funções) em vez de homogeneizado (cada bairro acumula em si várias funções) e sem qualidade de edificado (que exige consumos energéticos artificiais para compensar a má concepção)

o Paliativos: manter a estrutura de ordenamento de território e de construção e emendar pontualmente pequenas situações específicas

o Mudanças estruturais suaves: ainda que de sentido positivo têm impactos pequenos e/ou de longo termo

o Mudanças de ruptura no ordenamento da cidade e no edificado: utilizando os instrumentos de gestão territorial e os regulamentos urbanísticos (os nacionais RCCTE, RSECE e SCE e os locais que devem ser akind mais exigentes), é possível alterar radicalmente a forma de desenhar bairros e construir e renovar o seu edificado, o que pode conduzir a padrões significativos de qualidade e sustentabilidade ligados ao edificado e a uma redução brusca dos impactos negativos da estrutura actual

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Consequências desta deficiente estrutura de edificado:

• Consumos elevados de energia associados a necessidades evitáveis de iluminação, climatização e ventilação dos edifícios

• Problemas de saúde inerentes a deficientes condições de habitabilidade

• Elevadas necessidades de manutenção do edificado

• Necessidades de aquisição de equipamentos de iluminação e climatização

• Falta de sentimento de posse e responsabilidade dos espaços comuns

• Baixa qualidade do ar interior

• Elevadas emissões de GEEs

• Redução da qualidade de vida

Início de esboço de uma Visão para Lisboa

• Criar uma Lisboa Amiga das Crianças, com espaços de educação aprendizagem, de brincadeira e divertimento em todos os edifícios, ruas e bairros da cidade.

• Criar uma Lisboa onde o ordenamento territorial a estrutura do edificado promove a convivência entre os seus cidadãos através de espaços comuns de desporto, lazer e divertimento, mas também da partilha de espaços e equipamentos do dia a dia comuns, como salas de estar, cozinhas, salas de estudo e trabalho, etc…

• Criar uma Lisboa planeada com base em bairros funcionais, onde haja proximidade suficiente entre residência, escolas, locais de trabalho, serviços, comércio e áreas de lazer que permitam maximizar a utilização de equipamentos colectivos de qualidade e a partilha de espaços fechados comuns, reduzindo as áreas de edificado unifamiliares.

• Criar uma Lisboa que exige mais sustentabilidade do que a obrigatória, onde os regulamentos urbanísticos municipais são mais exigentes que os regulamentos nacionais (RCCTE, RSECE e SCE) e onde se verifica o seu cumprimento em fase de projecto e fiscaliza a sua execução em fase de obra.

• Criar uma Lisboa inovadora e tecnologicamente avançada que permita tomar partido das soluções construtivas mais sustentáveis e das materiais e equipamentos mais actualizados para reduzir consumos e produzir energia dos seus edifícios (banalização da micro-geração térmica e eléctrica)

• Criar uma Lisboa onde todos os cidadãos têm uma habitação capaz num bairro agradável e funcional

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• Criar uma Lisboa onde os edifícios de comércio e serviços, tal como os habitacionais, são energeticamente eficientes e produzem energia.

• Criar uma Lisboa onde todos os cidadãos são conscientes das suas responsabilidades e direitos no que concerne aos espaços comuns, públicos ou do edifício, e deles usufruem mas também respeitam e cuidam.

• Criar uma Lisboa que é uma casa (cidade) de todos e para todos, feita de pequenas casas (bairros) funcionais onde moram comunidades com identidade própria e onde existem casas (edifícios) onde habitam famílias que têm o seu espaço próprio e espaços partilhados

• Criar uma Lisboa onde um edificado digno e sustentável é um instrumento de construção de uma sociedade solidária, coerente e responsável

• Criar uma Lisboa que promove o equilíbrio ecológico do Planeta também através do ordenamento e das soluções construtivas dos seus edifícios

• Criar uma Lisboa sustentável e com qualidade de vida