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    O estilo de improvisao do guitarrista Kurt Rosenwinkel: uma anlisedo solo sobre a cano How Deep is the Ocean

    Walter Nery Filho

    Universidade de So Paulo (USP)[email protected]

    Resumo: Este artigo pretende trazer luz alguns dos principais elementos que compem odiscurso musical de um dos maiores improvisadores da nova gerao do jazzcontemporneo: o guitarrista norte-americano Kurt Rosenwinkel. Por meio dacontabilizao destes elementos e sua conseqente anlise contextual, pde-se ter umapequena idia de como Rosenwinkel desenvolve e organiza os mesmos ao longo do tempo.A investigao analtica do improviso musical certamente uma das principais formas paraestabelecermos bases na investigao dos aspectos estilsticos de um determinado msico.

    Palavras-chave: Kurt Rosenwinkel, Improvisao Musical, How Deep Is The Ocean, Irving

    Berlin.

    1. INTRODUO

    Da nova gerao de msicos de jazz que emergiram na dcada de 90, incluindoAdam Rogers, Jacob Young e Jeff Parker, aquele que aparece sem dvida como o novoexpoente da guitarra de jazz Kurt Rosenwinkel um msico que est ocupando um lugarde importncia no mundo da msica juntamente com Pat Metheny, John Scofield, JohnAbercrombie e Bill Frisell. Enquanto seu trabalho como lder est apenas comeando a sedesenvolver, ele j tocou e gravou com verdadeiras lendas como o baterista Paul Motian, o

    vibrafonista Gary Burton, o saxofonista Chris Potter, o baterista Brian Blade e o trompetistaTim Hagans.Em uma poca em que as grandes gravadoras fixam seus esforos em encontrar o

    prximo dolo, Rosenwinkel manteve h alguns anos uma relao com a Verve Recordsque a maioria dos artistas sonham em ter. Com quatro discos lanados pela mesma desde oano de 2000, abrangendo desde o elaborado The Enemies of Energy (2000)e o eletrnicoHeartcore (2003), at os dois decididamente mainstream The Next Step (2001) e DeepSong (2005), todos eles representando os diversificados interesses artsticos do guitarrista esua distinta personalidade musical.

    Kurt Rosenwinkel possui componentes de abstrao e criatividade muitoaprimorados, parte deles adquiridos por observao de uma srie de esquemas grficos queseu pai arquiteto mantinha espalhados pela casa. Segundo suas prprias palavras, abstraoe especificidade so termos que esto diretamente ligados msica.

    2. METODOLOGIA ANALTICA

    A metodologia aqui empregada foi aquela voltada para a clssica contabilizao doselementos de improvisao e seu conseqente significado sobre o plano rtmico-harmnicoda cano How Deep is the Ocean, aqui utilizada como base para a improvisao. Estes

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    elementos so aqueles preconizados por alguns dos principais autores ligados ao assuntocomo Mark Levine, Hal Crook, Jerry Coker, David Liebman e tambm o etno-musiclogoCharley Gerard. Segue abaixo a ordem usada na construo do inventrio dos elementos euma breve descrio e exemplificao de acordo com a tipologia de cada um:

    2.1. ArpejosPor possurem um nmero limitado de notas, os arpejos (broken chords) so

    elementos de improvisao muito poderosos e objetivos, podendo, em muitos casos, definira qualidade musical do solista em questo. De acordo com sua aplicao, os arpejos podemser divididos em:

    a) Arpejos que contm somente notas do acorde em questo (tipo a);b) Arpejos que contm notas de tenso do acorde em questo (tipo b);c) Arpejos que contm notas que chocam com as do acorde em questo (tipo c).

    2.2. Improvisao EscalarDesde a dcada de 50, muitos msicos de jazz tm se concentrado no uso da

    improvisao escalar, tanto sobre um determinado acorde quanto sobre vrios acordes deuma progresso. As notas de uma determinada escala podero soar consonantemente ouno sobre os acordes do contexto. Dividimos este tpico da seguinte maneira:

    a) Escalas Diatnicas (Maiores, menores e modos);b) Escalas Artificiais (hexacordal, diminuta, etc.);c) Escalas No-Diatnicas (Pentatnica, Blues, etc.).

    2.3. SeqnciasDesde a poca do Bebop e do Hard Bop os msicos de jazz tm utilizado

    extensivamente as seqncias, que nada mais so do que a transposio de um determinado

    motivo musical. Separamos o tpico nos seguintes itens:

    a) Seqncia onde ocorre transposio aleatria de intervalos e manuteno deritmos;

    b) Seqncia onde nem os intervalos nem os ritmos so alterados (seqncia real);c) Seqncia onde os intervalos so alterados para permanecerem dentro da

    tonalidade (seqncia tonal);d) Seqncia onde a frase transposta como uma seqncia real ou tonal, porm

    com variao rtmica;e) Seqncia onde a frase no transposta nota por nota, mas mantm uma certa

    semelhana com a original.

    2.4. Improvisao Distante do Contexto Harmnico (Outside)Em muitos casos possvel ocorrer um desligamento momentneo do msico com

    relao malha harmnica sobre a qual ele est solando. importante salientar que nestecaso, o improvisador poder voltar no devido momento ao contexto dos acordes,justificando assim a sua sada e criando um tipo dramtico de contraste que umacaracterstica dos improvisadores experientes.

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    2.5. Improvisao Temtica (Parfrase)Neste tipo de improvisao o tema ou partes isoladas dele usado como base para

    improvisao. Um dos maiores mestres neste assunto foi sem dvida o saxofonista SonnyRollins. Podemos dividir este tpico do seguinte modo:

    a) Improvisao Temtica com adio de notas melodia;b) Improvisao Temtica com modificao do contedo rtmico;c) Improvisao Temtica com ornamentao ou embelezamento do contorno geral.

    2.6. Sncope e Atraso (Delay)Sncope um tpico fundamento do jazz e da msica popular em geral e o delay

    ato de tocar atrs do tempo, como se as notas fossem executadas um pouco depois do queesperssemos ouv-las um expediente que tambm pode ser ouvido em muitos discos dejazz. Em um tipo de msica onde a frmula de compasso bsica (por exemplo o 4/4) asncope ocorre quando os tempos fracos ou as subdivises dos tempos so acentuadas.

    2.7. G. Repetio de FraseA repetio prende a ateno do ouvinte em uma determinada melodia e a fixa no

    interior de sua mente. Este sempre foi um importante aspecto da msica popular e do jazz.Para este tpico podemos fazer a seguinte subdiviso:

    a) Repetio literal do trecho;b) Repetio de frase com deslocamento, onde o motivo repetido em tempos

    diferentes;c) Repetio de uma mesma nota;d) Repetio onde ocorre alternncia entre duas notas;e) Repetio com reagrupamento rtmico, ou seja, as notas mas no os ritmos so

    mantidos.

    2.8. AntecipaoAntecipao o ato de executar uma frase ou motivo onde as notas pertencem a um

    acorde que est por ser executado. Este expediente muito comum em cadncias que voda dominante para a tnica (V para I) ou subdominante para a tnica (IV para I).

    2.9. Resoluo RetardadaOcorre quando o msico, numa mudana de acorde, continua improvisando com

    base no acorde anterior mudana. Funciona como se ele ignorasse a mudana de acorde.

    2.10. Improvisao MotvicaSo trechos da improvisao onde claramente o executante trabalha sobre algum

    motivo musical. Um motivo musical pode ser desenvolvido segundo os itens a seguir:

    a) Repetio;b) Transposio.c) Mudana de Modo;d) Fragmentao;e) Expanso;f) Reduo;

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    g) Adio (prefixo, sufixo, interna);h) Ornamentao;i) Inverso;j) Retrogradao;k) Retrogradao Invertida;

    l) Deslocamento.3. ANLISE: ASPECTOS ESTRUTURAIS NO ESTILO DE IMPROVISAO DEKURT ROSENWINKEL

    Aqui faremos a anlise do improviso de Kurt Rosenwinkel no standardde jazz HowDeep Is The Ocean de autoria de Irving Berlin, faixa gravada em 1998 no CD Intuit pelagravadora Criss Cross. Devemos observar que existe uma diferena entre a harmoniaproposta por Irving Berlin daquela utilizada por Kurt nesta gravao. Ele literalmente optoupor simplificar e re-harmonizar algumas passagens de modo a poder executar seu improvisomais fluentemente.

    Por razo da formatao deste artigo, mostraremos apenas alguns resultadospertinentes a cada um dos itens apresentados na sesso anterior.

    3.1. ArpejosJ no incio do solo podemos perceber a aplicao consecutiva de arpejos. Os tipos

    usados so os que possuem notas de tenso do acorde e tambm os que chocam com asnotas do mesmo:

    Figura 1. Trecho da improvisao onde ocorre o uso de arpejos (compassos 1 e 2).

    A seguir, um trecho inteiro que vai do compasso 5 ao compasso 8:

    Figura 2. Trecho da improvisao onde ocorre o uso de arpejos (compasso 5 ao 8).

    Em funo do uso extensivo dos arpejos, segue uma tabela com o inventriocompleto, denotando o tipo de arpejo utilizado em funo da harmonia considerada:

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    Tipo a Tipo b Tipo c Acorde Implicao

    Ab6 C-7 b13,1,b3,11j

    Db D-7(b5) 7M,b3,b5

    Eb G7 b13,1,9#

    G- G-7 1,b3,5jAb A-7(b5) 7M,b3,b5

    Bbadd9 D7(b9) b13,1,9#,b7

    Ab G-7 b9,11j,b13

    Gb F-7 b9,11j,b13

    E Bb7 b5,b7,b9

    Ab9 Ab7 1,3M,5j,b7,9M

    Ab- Ab7 1,9#,5j

    F7(b9) B7 b5,b7,b9,3M,5j

    Abmaj7 Bb7 b7,9M,11j,13MD- G-7 5j,b7,9M

    Eb Db7 9M,b5,13M

    G G7 1,3M,5j

    Bb G-7 3M,5j,b7

    Db Eb7 b7,9M,11j

    Abadd9 A7 1,3M,5j,9M

    F# - B7 5j,b7,9M

    C- C-7 1,3M,5j

    Abmaj7 F-7 3M,5j,b7,9MDb9 G7 b5,b7,b9,3M,b13

    Ebdim D7(b9) b9,3M,5j

    Abmaj7 Eb7 11j,13M,1,3M

    Eb Eb6 1,3M,5j

    G C-7 5j,7M,9M

    F7 C-7 11j,13M,1,b3

    C-(maj7) D-7(b5) b7,b9,11j,13M

    B-7(b5) G7 3M,5j,b7,9M

    D- C-7 9M,11j,13M

    C C-7 1,3M,5j

    C- A-7(b5) b3,5j,b7

    Ab7 A-7(b5) 7M,b3,b5,13M

    Tabela 1. Tipos de arpejos utilizados e sua implicao em relao ao acorde da base.

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    3.2. Improvisao EscalarA seguir um exemplo de aplicao de escala diatnica ao improviso:

    Figura 3. Trecho da improvisao onde existe uso de escala do tipo diatnica (compasso 40ao 41).

    Aqui vemos o uso de escala do tipo no-diatnica:

    Figura 4. Trecho da improvisao onde ocorre uso de escala do tipo no-diatnica(compasso 11).

    Segue um exemplo de aplicao de escala do tipo artificial:

    Figura 5. Trecho da improvisao onde existe uso de escala do tipo artificial (compassos 79

    e 80).

    3.3. SeqnciasTemos a seguir uma seqncia aplicada ao acorde Db7 onde a frase modificada,

    mas mantm uma certa semelhana com o motivo original:

    Figura 6. Trecho da improvisao onde existe uso de seqncia (compasso 60).

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    Um outro exemplo:

    Figura 7. Trecho da improvisao onde ocorre uso de seqncia (compasso 81 ao 82).

    3.4. Improvisao Temtica (Parfrase)Kurt termina seu solo parafraseando o final da melodia de How Deep is the Ocean.

    Aqui ocorre uma combinao dos elementos citados no item metodologia, pois o guitarristaadiciona notas melodia original, muda o contedo rtmico e tambm embeleza a melodiaatravs do uso de acordes:

    Figura 8. Trecho da improvisao onde ocorre o uso de parfrase (compasso 125 ao 128).

    3.5. Sncope e Atraso (Delay)Rosenwinkel executa este solo com um pequeno delay (notas tocadas um pouco

    atrasadas em relao ao beat da msica), tornando assim a execuo um pouco maisrelaxada do que se ele tocasse em cima ou mesmo antes do beat.Como exemplo, segueabaixo uma representao grfica do atraso e, em seguida, uma representao de suaexecuo:

    Figura 9. Representao grfica do atraso.

    Figura 10. Representao da execuo do atraso.

    A seguir, alguns exemplos do uso de sncope no transcorrer do improviso:

    Figura 11. Trecho da improvisao onde ocorre sncope (compassos 35 e 36).

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    Um outro momento:

    Figura 12. Trecho da improvisao onde ocorre sncope (compassos 38 e 39).

    3.6. AntecipaoNa seqncia, alguns exemplos do uso de antecipao pelo guitarrista:

    Figura 13. Trecho da improvisao onde existe antecipao (compasso 10 para o 11).

    E tambm:

    Figura 14. Trecho da improvisao onde ocorre antecipao (compasso 102).

    3.7. Resoluo Retardada

    Figura 15. Trecho da improvisao onde ocorre resoluo retardada (compasso 22 para o 23).

    Outro exemplo:

    Figura 16. Trecho da improvisao onde acontece resoluo retardada (compasso 26 para o27).

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    3.8. Improvisao MotvicaO uso de motivos e seu possvel desenvolvimento de acordo com os critrios

    listados no item metodologia so uma das principais formas de se estabelecer um elevadograu de coerncia durante o solo. No improviso analisado neste trabalho, percebemos arecorrncia do motivo seguinte:

    E tambm sua forma retrogradada:

    Em boa parte dos casos onde ele ocorre, notamos a existncia de um ponto deinflexo da melodia, o que, de certa forma, possibilitou a visualizao e a conseqente

    catalogao desta pequena clula musical. A seguir, alguns dos muitos casos onde foidetectada a presena dos motivos acima citados:

    Figura 17. Trecho da improvisao onde ocorre o uso do motivo (compasso 2).

    Um outro caso:

    Figura 18. Trecho da improvisao onde ocorre o uso da forma retrogradada do motivo(compassos 27 e 28).

    E tambm:

    Figura 19. Trecho da improvisao onde ocorre o uso do motivo (compassos 99 e 100).

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    Na seqncia, um caso de fragmentao do motivo:

    Figura 20. Trecho da improvisao onde ocorre fragmentao do motivo (compasso 33 para 34).

    Figura 21. Trecho da improvisao onde ocorre expanso do motivo (compasso 105).

    Um caso de reduo:

    Figura 22. Trecho da improvisao onde ocorre reduo do motivo (compassos 81 e 82).

    Adio:

    Figura 23. Trecho da improvisao onde ocorre adio do motivo por prefixo (compasso 17).

    Figura 24. Trecho da improvisao onde ocorre adio do motivo por sufixo (compasso 30).

    4. GRFICO REPRESENTATIVO DOS ELEMENTOS DE IMPROVISAO

    Fizemos assim um inventrio das idias e, principalmente, dos elementos deimprovisao utilizados pelo guitarrista que foram propostos quando da exposio daMetodologia de Anlise. Consideramos interessante, tanto para efeito de consulta como decomparao, apresentar o grfico seguinte com as informaes quantitativas sobre cada umdestes itens:

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    ARPEJOS

    ESCALAS

    SEQNCIAS

    IMPROVISA OTEMTICA(PARFRASE)

    SNCOPE

    ANTECIPAO

    RESOLUORETARDADA

    IMPROVISA OMOTVICA

    Grfico 1. Representao quantitativa dos elementos de improvisao utilizados no solo deKurt Rosenwinkel na canoHow Deep is the Ocean.

    5. CONCLUSES

    Durante todo o desenvolvimento deste trabalho, norteamos nosso foco sempre emdireo ao ato mgico de se fazer musica atravs da improvisao. Prtica bastante antigadentro de diversas correntes culturais, tem sua maior expresso no universo do jazz .

    Com seus caminhos intrincados, muitas vezes vertiginosos, possibilita verdadeirosvos do imaginrio por entre os meandros da harmonia. Como improvisar por este labirintocom destreza tal de forma que ainda se possa empreender um sentido global ao solo? Umaverdadeira estria contada em notas e idias musicais.

    Este artigo pretendeu trazer luz um pouco do estilo e da capacidade criativa de umdos mais significativos msicos da atualidade. Com uso de metodologia que estabeleceparmetros de anlise baseados em elementos relacionados ao ato da criao musical,compreendemos ser este apenas um trabalho de aproximao, na tentativa de trazer para omundo real um universo inteiro de idias, emoes e tambm reaes.

    Temos em conta que por trs de uma boa estria sempre existe um bom enredo. Apartir da, os elementos e personagens vo surgindo ao longo da narrao. A escolha da

    canoHow Deep is the Oceanpara esta anlise no foi casual: ela abre o disco Intuite decerta forma projeta o guitarrista Kurt Rosenwinkel como um genial improvisador nocenrio do jazz. Principalmente por se tratar de um disco de standards, que de certa formaacaba sendo um campo neutro, como o prprio guitarrista define, mas tambm frtil a ttulode comparaes com outros msicos.

    Estatisticamente podemos notar a preferncia de Kurt Rosenwinkel por algunselementos de improvisao. Visualizando o grfico, percebemos uma ntida diferena nouso de arpejos, escalas e motivos em relao aos demais itens. Este fato pode se tornar um

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    indcio do estilo de improvisar do guitarrista. No entanto, para uma avaliao mais precisa,faz-se necessria uma pesquisa de dimenses significativas que envolva uma amostragemmaior de canes e improvisos.

    Devemos levar em considerao tambm a assim chamada multifuncionalidade demuitos dos itens analisados. Percebemos que um arpejo pode ser tambm um motivo e ao

    mesmo tempo ser parte integrante de uma seqncia. Nosso estudo no leva emconsiderao essa trama to inerente linguagem do improviso musical, porm, de acordocom a proposta inicial, achamos satisfatrios os resultados obtidos aqui.

    6. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    COKER, Jerry. The Complete Method for Improvisation. Lebanon, IN: Alfred PublishingCompany, 1997.

    CROOK, Hal.How to Improvise An Approach to Practicing Improvisation. Rottenberg:Advance Music, 2002.

    GERARD, Charley. Sonny Rollins Jazz Masters Collection. New York, NY: AmscoPublications, 1988.

    KELMAN, John. Kurt rosenwinkel: Latritude acessado em 2007. criado em 2005.LA RUE, Jan. Guidelines for Style Analysis. New York, NY: W.W. Norton & Company,

    Inc., 1970.LEVINE, Mark. The Jazz Theory Book. Pentaluna, CA: Sher Music CO., 1996.LIEBMAN, David.A Chromatic Approach to Jazz Harmony and Melody. Rottenberg:

    Advance Music, 1991.ROSENWINKEL, Kurt. The Official Web Site of Kurt Rosenwinkel. In: acessado em 2007.SLONIMSKY, Nicolas. Thesaurus of Scales and Melodic Patterns. New York, NY: Amsco

    Publications, 1975.