Como prevenir acidentes domesticos

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Como prevenir acidentes domésticos Como prevenir acidentes domésticos

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Como prevenir acidentes domésticos

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Como prevenir acidentes domésticos

Como prevenir acidentes domésticos

Projeto Gráfico, produção e ilustrações: Linea Creativa

Apoio: Planitox

Desenhos: Pierre Trabbold e Luiz Rodrigues

Redatora: Sandra Aymone

Coordenação em Toxicologia: Dr. Flávio Zambrone

Revisão Pedagógica: Dra. Patricia Lupion Torres

Coordenação Geral: Roberto Araújo

Setembro/2005

— Oi galera! Meu nome é Gabriel. Eu queria contar a você certas coisas que aprendi e fizeram muita diferença no meu dia-a-dia. Então, se liga, que eu vou começar!

Minha namorada se chama Aline. Ela tem uma sobrinha de 3 anos, a Duda. Uma vez, a mãe da Duda precisou viajar a trabalho e nós concordamos em tomar conta da criança. Ficamos na sala da casa dela, assistindo TV. De repente, percebemos que a Duda não estava na sala. Corremos na hora, e a encontramos na área de serviço, chorando. Ela tinha achado uma garrafa de refrigerante, tipo PET, sem rótulo, tirou a tampa e o líquido caiu em cima dela. Senti um cheiro esquisito e gritei:

— Caramba! Isso não é refrigerante!

Parecia querosene. Aline pegou a Duda depressa, tirou sua roupinha e vimos que não tinha nenhuma queimadura ou irritação. Mesmo assim, a colocamos no chuveiro. Mas ela continuava chorando. Resolvemos levá-la a um hospital. Levei também a tal garrafa, que ainda tinha líquido. Foi a maior correria!

Depois de examinar, o médico colocou Duda em observação. Ele era gente boa e começou a explicar sobre os riscos de intoxicações com produtos químicos em nossas casas. Vou repetir para você o que ele me falou.

Para começar, nunca se deve trocar a embalagem de produtos químicos. Muito menos colocar em embalagens de alimentos! Pessoas desavisadas podem se intoxicar.

Os produtos químicos fazem parte de nosso dia-a-dia, trazendo conforto e praticidade à nossa vida. Quando são usados do jeito certo, não fazem mal nenhum. Mas quando se usa errado...

Você sabe com quem acontece o maior número de acidentes de intoxicação dentro de casa? Com as crianças! Elas são curiosas e colocam tudo na boca!

Mas os adultos também se enganam. Por exemplo, muita gente quando vai matar uma barata, exagera na dose e “afoga” o inseto no veneno, aumentando a chance de pessoas e animais domésticos se acidentarem com o produto aplicado em excesso. A melhor forma de evitar as baratas é manter a casa limpa e tampar os ralos com tela. Se a infestação for grande, chame uma dedetizadora.

As embalagens dos produtos trazem instruções importantes sobre o uso, o que fazer em caso de intoxicação e também informam a composição do produto. Para evitar acidentes, elas devem ser lidas sempre.

É muito perigoso usar produtos “piratas”, que não têm número de registro no Ministério da Saúde e são vendidos por ambulantes sem nota fiscal, e às vezes até sem rótulo. Minha mãe tinha mania de comprar esses, porque são mais baratos, mas agora ela já sabe que o risco não compensa!

Se alguém comer, beber ou sujar a pele com alguns produtos químicos que temos em casa, pode se intoxicar e até morrer! Só que esses produtos fazem parte da vida moderna. Você consegue viver sem usar sabonete, pasta de dente, xampu, remédios, álcool, detergente, sabão em pó, cosméticos e muitos outros? Difícil, né? Então, o jeito é usar corretamente!

Nossa casa tem produtos químicos em quase todos os lugares. Duvida? Então vamos olhar cômodo por cômodo.

COZINHA não é lugar de criança. Além do fogão e dos aparelhos elétricos, lá existem vários produtos que devem ficar bem guardados: desentupidores, limpa-fornos, desinfetantes, sabões e detergentes. Alguns têm tampas difíceis de abrir, mas se a embalagem não estiver bem limpa, a criança pode botar na boca, o que poderá provocar irritações na pele ou queimaduras. Outro erro grave é guardar produtos químicos dentro da geladeira, principalmente se estiverem sem rótulo ou acondicionados indevidamente em embalagens de alimento.

A ÁREA DE SERVIÇO é o “paraíso dos produtos perigosos”! Tem solventes, limpadores à base de amoníaco, amaciantes, água sanitária, inseticidas, álcool, botijão de gás, sabão em pó, ceras, fertilizantes para as plantas e mais um monte! Deixe tudo trancado e esconda a chave!

O BANHEIRO é outra área em que todo cuidado é pouco. Tem desodorantes, creme de barbear, tinturas para cabelo, xampus, perfumes, cosméticos e desodorizadores de ambientes. Deixe tudo longe dos olhos e das mãos das crianças!

Em muitas SALAS são guardadas bebidas alcoólicas. Se não estiverem trancadas, a criança pode encontrar. Mesmo no alto, ela dá um jeito de subir.

Nos QUARTOS, é fácil encontrar perfumes, cosméticos, naftalina nas gavetas e inseticidas. Não se deve guardar remédios no criado mudo, ou em armários fáceis de abrir. Anticoncepcionais ou calmantes são pílulas coloridas e podem provocar sérios problemas se forem ingeridos por crianças. Nunca deixe medicamentos ao alcance delas. Já pensou se a criança pensar que o comprimido é uma bala?

• Quando estiver fazendo compras, não misture no carrinho alimentos com produtos de limpeza e higiene. Eles podem apresentar vazamentos e contaminar os alimentos.

• Leia os rótulos antes de usar qualquer produto e siga todas as instruções.

• Guarde produtos de limpeza, inseticidas e outros desse tipo longe dos alimentos e dos medicamentos, e fora do alcance das crianças.

• Mantenha os produtos nas suas embalagens originais.

Como usar e guardar remédios:

• Não use remédios sem orientação médica. Mesmo os remédios naturais, como os que são feitos com plantas medicinais, devem ser usados com acompanhamento médico.

• Leia a bula antes de usar qualquer medicamento.

• Nunca tome remédio na frente de crianças, elas gostam de nos imitar.

• Não dê remédio no escuro para não haver trocas perigosas.

• Mantenha os medicamentos nas embalagens originais.

• Nunca use medicamentos com prazo de validade vencido.

• Descarte remédios vencidos.

• Quando der remédio a uma criança, nunca diga que é uma bala ou guloseima.

Dicas importantes:

• Em caso de intoxicação, não tente tratar em casa. Procure logo um médico, levando a embalagem e a bula do produto.

Agora vamos para o JARDIM. Você sabia que muitos casos de intoxicação ainda são causados por plantas venenosas, como o comigo-ninguém-pode e muitas outras?

Alamanda Allamanda cathartica

Bico-de-papagaio Euphorbia pulcherrima

Chapéu-de-napoleão Thevetia peruviana

Comigo-ninguém-pode Dieffenbachia picta

Copo-de-leite Zantedeschia aethiopica

Coroa-de-cristo Euphorbia milli

Cróton Codiaeum variegatum

Mamona Ricinus communis

Tinhorão Calladium bicolor

Taioba-brava Callocasia antiquorum

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Também devemos tomar cuidado para evitar picadas de animais peçonhentos, como aranhas e escorpiões e cobras, que existem nos jardins e, às vezes, dentro de casa. Se você achar uma cobra ou escorpião, não tente matá-los e não mexa com eles. Peça ajuda a especialistas da Vigilância Sanitária de sua cidade, prefeitura, IBAMA ou até mesmo do Corpo de Bombeiros.

Como evitar acidentes com animais peçonhentos em áreas rurais.

• Tampe as frestas e buracos nas paredes, portas, chão e teto.

• Limpe sempre atrás de móveis, cortinas e quadros.

• Afaste camas das paredes e não pendure roupas fora de armários.

• Examine calçados, roupas, lençóis e toalhas antes de usá-los.

• Use calçados e luvas nas atividades de jardinagem e trabalho no campo.

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• Não coloque mãos ou pés em buracos, cupinzeiros, montes de pedra ou lenha, troncos podres etc.

• Não acumule lixo orgânico, entulhos e materiais de construção. • Limpe terrenos baldios.

• Evite plantas junto da casa e apare a grama.

• Preserve os inimigos naturais de aranhas e escorpiões, como lagartixas, corujas, sapos e galinhas.

• Utilize telas em portas, janelas e ralos.

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Bem, no fim dessa conversa, ficamos sabendo que a Duda não tinha bebido o líquido e estava liberada. Ufa! Que alívio! Quando a mãe dela chegou em casa, contamos tudo o que o médico tinha ensinado.

Ela agradeceu e pediu nossa ajuda para colocarmos a casa toda do jeito que aprendemos. Fizemos uma superarrumação!

Resumindo...• Compre apenas produtos legais (registrados). Diga não aos clandestinos.

• Leia o rótulo e siga as instruções.

• Armazene corretamente, fora do alcance de crianças.

• Mantenha os produtos em suas embalagens originais.

• Fique atento aos prazos de validade.

• Em caso de intoxicação, procure um médico imediatamente, levando a embalagem do produto (e a bula, se for o caso).

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NA HORA DE COMPRAR:

Nunca compre produtos químicos por meio de ambulantes ou camelôs, pois estes produtos são piratas, não possuem registro e colocam em risco a saúde das pessoas. Exija sempre a nota fiscal e verifique se o produto possui instruções de uso, recomendações de primeiros socorros e telefone para atendimento ao consumidor.

NO TRANSPORTE: Produtos químicos devem ser transportados separadamente de alimentos, medicamentos e de rações para animais, para prevenir contaminações provocadas por vazamentos.

ONDE GUARDAR: os produtos químicos devem ser mantidos dentro de suas embalagens originais e fora do alcance de crianças e de animais domésticos. A maioria dos acidentes que ocorrem com produtos químicos dentro de casa é porque eles estavam guardados em local errado.

USO: Produtos químicos só devem ser utilizados por pessoas que sabem ler o rótulo e que seguem as instruções de uso.

PRIMEIROS SOCORROS: Em caso de acidente com produtos químicos, siga as instruções de primeiros socorros e procure logo um médico, levando o rótulo, a bula e/ou a embalagem do produto.

MãOS à OBRA!

Após assistir ao vídeo e ler o texto desta revista, faça uma pesquisa em sua própria casa.

Para cada produto encontrado em local perigoso, pense numa solução para evitar que o produto continue oferecendo perigo às crianças e pessoas desavisadas.

FIM

Resumo dos Principais Cuidados:

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Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Atualizado em 4 de abril de 2005)

Brasília Centro de Referência Nacional Agência Nacional de Vigilância Sanitária Telefone: (61) 3448.1082/3448.1099/3448.1451 Fax: (61) 3448.1076 Site: www.anvisa.gov.br E-mail: [email protected]

Centro de Informação e Assitência Toxicológica Telefone: (61) 3225.6512 / 0800.6446774 e-mail: [email protected]

Belém Centro de Informações Toxicológicas de Belém Telefone: (91) 249.6370 (tel. CIT) Fax: (91) 249.5365 (Diretoria) E-mail: [email protected]

Belo Horizonte Serviço de Toxicologia de Minas Gerais Telefone: (31) 3239.9224/3239.9223 (Hospital) Telefone: (31) 3239-9308 / 3224-4000 (Tel. CIT) Fax: (31) 3239.9260(CIT) E-mail: [email protected] ou [email protected]

Botucatu Centro de Assistência Toxicológica de Botucatu Telefone: (14) 3815-3048 / 3811-6017 / 3811-6034 Fax: (14) 6822.1385 Site: laser.com.br/ceatox E-mail: [email protected] ou [email protected]

Campina Grande Centro de Assistência Toxicológica de Campina Grande Fone (83) 310.9238 E-mail: [email protected]

Campinas Centro de Controle de Intoxicações de Campinas Telefones: (19) 3788-7555 / 3788-6700 (atendimento 24 horas) / 3788-7573 (supervisão) / 3788-7373 (laboratório) Fax: (19) 3788-7232 E-mail: [email protected]

Campo Grande Centro de Informações Toxicológicas de Campo Grande Telefone: (67) 386-8655 e 378-2558 Fax: (67) 381.2996 (CIT) E-mail: [email protected]

Cuiabá Centro de Informação Anti-Veneno de Mato Grosso Fone/Fax: (65) 617-1700 (Tel. Hospital) Telefone: (65) 617-1715 (Tel. CIT) E-mail: [email protected]

Curitiba Centro de Informações Toxicológicas de Curitiba Telefone: (41) 264-8290 / 363-7820 Fax: (41) 360-1800 - R. 6619 - Atendimento: 0800 41 01 48 E-mail: [email protected]

Florianópolis Centro de Informações Toxicológicas de Santa Catarina Telefone: (48) 331.9535/ 331.9173 (Tel. CIT) Atendimento: 0800 643 52 52 - Fax: (48) 331.9083 (CIT) E-mail: [email protected] / [email protected]

Fortaleza Centro de Assistência Toxicológica de Fortaleza Telefone: (85) 255.5050 / 255.5012 (Tel. CIT) Fax: (85) 255.5048 (CIT) E-mail: [email protected]; [email protected]

Goiânia Centro de Informações Tóxico-Farmacológicas de Goiás Telefone: (62) 201.4113 - Fax: (62) 291-4350 Atendimento: 0800 646 43 50 E-mail: [email protected]

João Pessoa Centro de Assistência Toxicológica da Paraíba Telefone: (83) 216-7007 - Fax: (83) 224.6688 Site: www.ufpb.br/ceatox E-mail: [email protected]

Londrina Centro de Controle de Intoxicações de Londrina Telefone: (43) 3371.2244 - Fax: (43) 3371-2422 E-mail : [email protected]

Manaus Centro de Informações Toxicológicas de Manaus Fone: (92) 622-1972 - Fax: (92) 621-6532 E-mail: [email protected]

Marília Centro de Informação Toxicológica de Marília Telefone: (14) 3433.8795 ou (14) 3421.1744 R. 1008 Fax: (14) 433.1888 e 422.5457 E-mail: [email protected]

Maringá Centro de Informação Toxicológica de Maringá Telefone: (44) 2101.9100 ou (44) 3262.1131 Fone/Fax: (44) 262.1131 (Tel. CIT) E-mail: [email protected]

Centros de Informações Toxicológicas

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Natal Centro de Informação Toxicológica de Natal Telefone: (84) 232-7969 Fax: (84) 232-7909 E-mail: [email protected]

Niterói Centro de Controle de Intoxicações de Niterói Telefone: (21) 2717-0148; (21) 2717-0521 E-mail: [email protected]

Porto Alegre Centro de Informações Toxicológicas do Rio Grande do Sul Telefone: (51) 2139.9200 e fax: 2139.9201 Atendimento: 0800 78 02 00 Site: www.cit.rs.gov.br E-mail: [email protected]

Presidente Prudente Centro de Atendimento Toxicológico de Presidente Prudente Fone/Fax: (18) 231.4422 Telefone: (18) 229-1500 (Plantão) Telefone: (18) 9771-2286 Site: www.unoeste.br/ceatox E-mail : [email protected]

Recife Centro de Assistência Toxicológica de Pernambuco Telefone: (81) 3421.5444 R. 151 (Tel. Hospital) Fax: (81) 3421.5927 / 3423-8263 E-mail: [email protected]

Ribeirão Preto Centro de Controle de Intoxicações de Ribeirão Preto Telefone: (16) 602-1000 (Tel. Hospital) Telefone: (16) 602.1190 (Tel. CIT) Fax: (16) 610.1375

Rio de Janeiro Centro de Controle de Intoxicações do Rio de Janeiro Telefone: (21) 2521-4271 E-mail: [email protected]

FIOCRUZ Telefone: (21) 3865-3246 Fax: (21) 2260.9944/22702668 Site: www.fiocruz.br/sinitox E-mail: [email protected]

São Jose do Rio Preto Centro de Informação Toxicológica de São José do Rio Preto Telefone:(17) 3201.5000 Ramal 1380 Fax: (17) 210-5000 R. 1560 E-mail: [email protected]

São Jose dos Campos Centro de Informação Toxicológica de São José dos Campos Telefone:(12) 3901.3400 R. 3431 ou 3449 Fax: (12) 3912-1232 E-mail: [email protected]

Salvador Centro de Informações Anti-Veneno da Bahia - CIAVE Telefone: (71) 387.3414/387-4343 e 0800 284 43 43 Fax: (71) 387.3414 Site: www.ciave.hpg.com.br E-mail: [email protected]

Santos Centro de Controle de Intoxicações de Santos Telefone: (13) 3222.2878 Fax: (13) 3222.2654 E-mail: [email protected]

São Paulo Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo Fone/Fax: (11) 5012/2399 CIT Fone: (11) 5012-5311 Atendimento médico Fone: (11) 5011-5111 Ramais: 250 - Laboratório 251 - Atendimento Médico 252 - Administração 253 e 254 Atendimento: 0800 771 37 33 E-mail: [email protected] Centro de Assitência Toxicológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Fone: (11) 3069.8571 - Fax: (11) 3088.9431 Atendimento: 0800.148110 Site: www.ucr.hcnet.usp.br/ceatox e-mail: [email protected]

Sergipe Centro de Informação Toxicológica Fones: (79) 3259-3645, (79) 3216-2600 - Ramal: 2677 E-mail: [email protected]

Taubaté Centro de Controle de Intoxicações de Taubaté Telefone: (12) 232.6565 - Fax: (12) 232.6565 E-mail: [email protected]

Vitória Centro de Atendimento Toxicológico (Toxcen) Fone/Fax: (27) 3137-2400 / 3137-2406 Atendimento: 0800 283 99 04 E-mail: [email protected] ou [email protected]

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BASF S/A Divisão de Produtos para Agricultura Estr. Samuel Aizemberg, 1707 Bloco C Térreo - 09851-550 S. B. do Campo - SP