Concretismo

31
(Décio Pignatari)

description

Apresentação de introdução ao Concretismo.

Transcript of Concretismo

Page 1: Concretismo

(Décio Pignatari)

Page 2: Concretismo

(Augusto de Campos)

Page 3: Concretismo

PARKERTEXACO

ESSO FORD ADAMS FABERMELHORALSONRISAL

RINSO LEVER GESSY

RCEGE MOBILOIL KOLYNOS

ELECTRIC COLGATE MOTORS GENERAL

casas pernambucanas (Paulo Leminski)

Page 4: Concretismo

Agosto 1964Entre lojas de flores e de sapatos, bares,mercados, butiques,viajonum ônibus Estrada de Ferro - Leblon.Viajo do trabalho, a noite em meio,fatigado de mentiras.

O ônibus sacoleja. Adeus, Rimbaud,relógios de lilazes, concretismo,neoconcretismo, ficções da juventude, adeus,que a vidaeu a compro à vista aos donos do mundo.Ao peso dos impostos, o verso sufoca,a poesia agora responde a inquéritopolicial-militar.

Digo adeus à ilusãoMas não ao mundo. Mas não à vida,meu reduto e meu reino.Do salário injusto,da punição injusta,da humilhação, da tortura,do terror,retiramos algo e com ele construímos um artefatoUm poemaUma bandeira (Ferreira Gullar)

Page 5: Concretismo

Concretismo

Vanguardas Modernistas

Page 6: Concretismo

Início

São Paulo, 1956:• Décio Pignatari• Augusto de Campos• Haroldo de Campos

• Revista Noigandres (1953) – Grupo Noigrandes• Atende ao propósito da sociedade capitalista

industrial – Comunicação rápida, imagética.

Page 7: Concretismo

Augusto de Campos

Haroldo de Campos

Décio Pignatari

Page 8: Concretismo

Características• Fim do verso como unidade rítmica formal da

poesia• Espaço gráfico: visual, sonoro e verbal• Sem preocupação social• Experimentalismo, formalismo • O poema transforma-se em objeto visual,

valendo-se do espaço gráfico como agente estrutural

• Paronomásias, aliterações, neologismos• Livre associações fônicas e semânticas, poema

lido em várias direções

Page 9: Concretismo

Décio Pignatari: Beba coca-cola , 1957

Page 10: Concretismo

Ronaldo Azeredo: Velocidade, 1958

Page 11: Concretismo

Décio Pignatari: Um movimento, 1956

Page 12: Concretismo

Décio Pignatari. Terra

Page 13: Concretismo

mal me quer se mal me queres mal

se mal me queres bem mal queres

bem mal se bem

queres bem bem me queres se bem mal queres

se bem bem mal queres mal me queres mal me quer

bem bem queres

mal me quer mal me queres

bem me se

 Edgard Braga (1963)

Page 14: Concretismo

f o r m a r e f o r m a

d i s f o r m a t r a n s f o r m a c o n f o r m a i n f o r m a

f o r m a

 José Lino Grünewald (1959)

Page 15: Concretismo

tensão (1956) . Augusto de Campos

Page 16: Concretismo

pós-tudo (1984) . Augusto de Campos

Page 17: Concretismo

Olho por olho; Augusto de Campos

Page 18: Concretismo

Dissidências

• 1. Neoconcretismo e o Não Objeto – Ferreira Gullar

• Recusa de poema como objeto útil• O leitor participa construtivamente do

poema• Expansão do conceito de poema –

instalações artísticas• Obra: O poema enterrado

Page 19: Concretismo

Poemas Neoconcretos II

verde verde verde

verde verde verde

verde verde verde

verde verde verde erva

Ferreira Gullar

Page 20: Concretismo
Page 21: Concretismo
Page 22: Concretismo

29º Bienal de SP

Page 23: Concretismo
Page 24: Concretismo

• 2. Poesia Práxis – Vanguarda Nova • Possui caráter “participante”, “social”;

denuncia a desumanidade da vida moderna,

• Une formalismo e participação – formalismo programático

• Publicação Lavra-lavra, 1962

• Mario Chamie

Page 25: Concretismo

RuralMedir é a medida

medoa terra, medo do homem, a lavra;

lavraduro campo, muito cerco, varia várzea.

Medir é a medidamede

o sítio, dote do homem, o sêmen;some

capim seco, muito buço. tosca sebe.Medir é a medida

medea área, fundo do homem, a sombra;

somatorto galho, muito valo, frágil cana.

Medir é a medidamede

a furna, rumo do homem, o sonho;sonha

fofo brejo, muito lodo, fértil mofo.Medir é a medida

medea choça, cave do homem, a cova;

cavarasa poça, muito barro, planta morta.

Mário Chamie

Page 26: Concretismo

Mário Chamie

Ferreira Gullar

Page 27: Concretismo

3. Poema-Processo

• Wlademir Dias Pino

• Recusa radical à discursividade

• Poesia sem palavras

Page 28: Concretismo
Page 29: Concretismo
Page 30: Concretismo
Page 31: Concretismo

Crie um poema concretista