concretismo resumido

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Introduo O concretismo foi um movimento vanguardista que ocorreu nas artes plsticas, na msica e na poesia. Surgiu na Europa, na dcada de 1950, e teve seu auge at a dcada de 1960. Os artistas precursores deste movimento foram: Max Bill (artes plsticas), Pierre Schaeffer (msica) e Vladimir Mayakovsky (poesia).

Caractersticas principais do Concretismo: - Elaborao artstica em busca da forma precisa; - nfase na racionalidade, no raciocnio e na cincia; - Uso de figuras abstratas nas artes plsticas. - Unio entra a forma e o contedo na obra de arte; - Na literatura, os poetas concretistas buscavam utilizar efeitos grficos, aproximando a poesia da linguagem do design; - Envolvimento com temas sociais (a partir da dcada de 1960);

Autores Os principais autores do Concretismo so seus idealizadores e divulgadores, Dcio Pignatari e os irmos Augusto e Haroldo de Campos. Ao longo dos anos, eles realizaram trabalho decisivo nas reas de teoria literria e lingstica, e desenvolveram linhas particulares de criao potica. Poetas da Internet a poesia virtual marginal grande o nmero de poetas que criam pginas na Internet para a divulgao dos seus poemas. Como fcil obter gratuitamente um espao para criar pginas, qualquer pessoa pode divulgar os seus poemas em publicaes virtuais, inclusive voc. Se voc pesquisar na Internet as palavras poesia, poema ou prosa encontrar milhares de referncias. Porm, publicar poemas na Internet no significa ser um bom poeta e tampouco assegura que eles sero lidos por grande nmero de pessoas. Mas j um caminho. Provavelmente, uma pesquisa sria sobre esta poesia virtual poder revelar grandes nomes ainda desconhecidos pela crtica.

Os princpios do concretismo afastam da arte qualquer conotao lrica ou simblica. O quadro, construdo exclusivamente com elementos plsticos - planos e cores -, no tem outra significao seno ele prprio. A pintura concreta "no abstrata", afirma Van Doesburg em seu manifesto, "pois nada mais concreto, mais real, que uma linha, uma cor, uma superfcie". Max Bill explora essa concepo de arte concreta defendendo a incorporao de processos matemticos composio artstica e a autonomia da arte em relao ao mundo natural. A obra de arte no representa a realidade, mas evidencia estruturas, planos e conjuntos relacionados, que falam por si mesmos. Menos que alardear um novo movimento, a noo de arte concreta visa rediscutir a linguagem plstica moderna. Os suos, especialmente Max Bill, Richard Paul Lohse (1902), Verena Loewensberg (1912-1986), recolocam o problema da bidimensionalidade do espao pictrico introduzido pelo cubismo ao definir o quadro como suporte sobre o qual a realidade reconstruda, e passvel de ser apreendida de mltiplos ngulos. Assim, com os concretos, a pintura se aproxima de modo cada vez mais radical da escultura, da arquitetura e dos relevos. Da pauta do grupo fazem parte tambm pesquisas sobre percepo visual, informadas pela teoria da gestalt, e a defesa da integrao da arte na sociedade pela participao do artista nos vrios setores da vida urbana, nfases da Hochschule fr Gestaltung (HfG) [Escola Superior da Forma], fundada por Max Bill, em Ulm, Alemanha, em 1951, e que d prosseguimento ao projeto Bauhaus. Bill o principal responsvel pela entrada desse iderio plstico na Amrica Latina, sobretudo na Argentina e no Brasil, no perodo aps a Segunda Guerra Mundial (19391945). A exposio do artista em 1951 no Museu de Arte de So Paulo Assis Chateaubriand (Masp) e a presena da delegao sua na 1 Bienal Internacional de So Paulo, no mesmo ano, abrem as portas do pas para as novas tendncias construtivas, que so amplamente exploradas a partir de ento. Os prmios concedidos escultura Unidade Tripartida de Max Bill, e tela Formas, de Ivan Serpa (1923-1973) na 1 Bienal, realizada no Museu de Arte Moderna de So Paulo (MAM/SP), so sintomas da ateno despertada pelas novas linguagens pictricas. O impacto das representaes estrangeiras na bienal se relaciona de perto s modificaes verificadas no meio social e cultural brasileiro. Cidades como Rio de Janeiro e So Paulo iniciam processos de metropolizao, alimentados pelo surto industrial e pela pauta desenvolvimentista, que alteram a paisagem urbana. Do ngulo das artes visuais, a criao dos museus de arte e de galerias criam condies para a experimentao concreta nos anos 1950, com o anncio das novas tendncias no figurativas. importante lembrar nessa direo as exposies 19 Pintores, na Galeria Prestes Maia, em So Paulo, semente do grupo concreto paulista; Do Figurativismo ao Abstracionismo, no MAM/SP, em 1949; A. Calder, no Masp, em 1949; e Fotoformas, de Geraldo de Barros (1923-1998), no Masp, em 1950. O ano de 1952 e a exposio do Grupo Ruptura marcam o incio oficial do movimento concreto em So Paulo. Criado por Anatol Wladyslaw (1913-2004), Lothar Charoux (1912-1987), Fjer (1923-1989), Geraldo de Barros, Leopold Haar (1910-1954), Luiz Sacilotto (1924-2003), liderado pelo artista e crtico Waldemar Cordeiro (1925-1973), o grupo prope em seu manifesto a "renovao dos valores essenciais das artes visuais", por meio das pesquisas geomtricas, pela proximidade entre trabalho artstico e produo industrial, e pelo corte com certa tradio abstracionista anterior.

Os poetas concretos pregavam: o fim da poesia intimista e o desaparecimento do eulrico (acreditavam que a poesia fruto de um trabalho mental e de esforo que implica em refazer o texto vrias vezes at que ele atinja a sua forma mais adequada; e no, fruto de sentimentos e emoes), a linguagem geomtrica e visual, pregavam o fim do verso e da sintaxe tradicional. Brincavam com as formas, cores, decomposio e montagem das palavras. Para conseguir tais efeitos, recorreram ao Futurismo (destruio da sintaxe, verbos no infinitivo, abolio de adjetivos e advrbios, abolio dos sinais de pontuao, estes seriam substitudos pelos sinais matemticos e musicais, etc) e ao Cubismo (ilogismo, humor, linguagem nominal, etc) e deram continuidade a certas experincias formais usadas por Murilo Mendes, Drummond e Joo Cabral de Melo Neto. Abaixo temos um exemplo de um dos textos concretos mais conhecidos. COCA-COLA BEBACOCACOLA BABECOLA BEBACOCA BABECOLACACO CACO COLA CLOACA (Dcio Pignatari) Partindo do Slogan Beba Coca-Cola o autor desmontou as palavras, mudou fonemas e formou novas palavras. Beba Babe Coca Caco Beba Coca babe cola; babe cola caco A partir dos fonemas que existem em coca cola o autor termina o seu poema com a palavra cloaca que significa esgoto. Podemos ler o poema de vrias formas: vertical ou horizontalmente. Outro Exemplo:

VVVVVVVVVV VVVVVVVVVE VVVVVVVVEL VVVVVVVELO VVVVVVELOC VVVVVELOCI VVVVELOCID VVVELOCIDA VVELOCIDAD VELOCIDADE

GLOBALIZAOA Internet vence o mundo. Grita o jovem - Que invento!Jogando o livro querido no fogo do esquecimento

MSN, (des)conversas...Estar no MSN s vezes estranho. Converso com uma, duas, trs, quatro, cinco pessoas ao mesmo tempo e, por vezes, nem as conheo... Olho para a foto de uma e continuo conversando olho para a foto de outra e no converso mais [voc no pode enviar esta mensagem porque fulano parece estar offline] Porque ser que as pessoas so to fteis inteis loucas perversas desumanas?... No sei. S sei que quando estou no MSN converso, (des)converso, incluo, excluo, bloqueio e desbloqueio... mas para qu?

IpNa voz da cibercultura Anexando magia... Conexo-fantasia: Criador e criatura Tornados bits e bytes, Vivos no meio eletrnico; Trovadorismo binico; Poetas de websites! Vo colorindo a internet: Gente que se compromete Co'a poesia atual. Provedores de canes, Compactando emoes... Ondas de amor virtual!

Poesia e Internet

O mercado editorial no apresenta espao, atualmente, para poesia. As chances concretas de que um livro de poemas seja editado dependem quase que exclusivamente de que o autor banque por isso. O fato que livros de poemas no so produtos viveis porque, tendo uma procura muito baixa, isso no proporciona o que se chama "ganho de escala" (mal explicando, o custo de qualquer mercadoria to mais baixo quanto seja maior a quantidade que se produza). Entretanto, por que a Internet est cheia de gente que se dedica com maior interesse pela poesia? Ah! Para isso eu tenho minha prpria tese. Fazer poemas, hoje em dia, vlvula de escape para estresse, meio de terapia para depresso, forma de expressar o "eu interior" para quem busca a iluminao, e por a vai. Qualquer oficina cultural mambembe promove cursos sobre "como fazer poesia". Regras bsicas: escreva pouco, utilize frases curtas, fale somente o essencial, "o que importa o que voc sente!". Assim, no se perca de vista que a maioria dos poetas internautas no tem nenhuma pretenso literria. No mais das vezes, a inteno somente "pr os sentimentos para fora". E...? E seja o que Deus quiser! Danem-se a qualidade, a semntica ou qualquer regra, por mnima que seja, porque o que se pretende "pr-se vontade" e no criar mais um complicador estressante. Qui por isso, excetuando as obras clssicas e as de autores j consagrados, pouca gente "compre" poesia. Porque o leitor quer algo que lhe sirva de entretenimento e no ficar depurando as neuras dos neopoetas que querem, porque querem, ter seus egos massageados. H um ltimo fator que penso que interfira na preferncia pela poesia na Internet. Em

boa parte das vezes o leitor internauta uma contrapartida equivalente ao poeta internauta no que tange sua pouca afinidade com algum senso literrio. Dando mais relevncia forma que ao contedo, ele prefere telas que corram rpidas e letras que saltem coloridas no contexto de uma parafernlia de multimdia. Ele tem pressa e, quase sempre, NO GOSTA DE LER, GOSTA DE VER!!! Talvez, haja exagero. Contudo, quantos internautas que se consideram apaixonados pela poesia teriam a pacincia de ler, ao menos, as primeiras estrofes de Navio Negreiro, ou dos Lusadas ou da Divina Comdia? So poemas, tambm! No estou aqui desmerecendo os internautas - nem poderia, porque sou um tambm e daqueles bem viciadinhos! Apenas estou inferindo que a publicao em papel destinada a um pblico diferente que pode dispensar um computador. De qualquer forma, tudo a seu modo literatura, mas dificilmente possvel transpor um mesmo texto de uma mdia para outra com resultados semelhantes. Digitar ou escrever, portanto, nem sempre so a mesma coisa!

Convenhamos: o hbito da leitura no Brasil cada vez mais raro. Principalmente entre os jovens. Entre familiares mesmo eu encontro exemplos de primos em idade escolar que simplesmente lem livros quando so obrigados pela escola, para um trabalho extraclasse ou para melhorar suas notas em portugus. Quando muito, a leitura exercida pela maioria das pessoas so assuntos de gosto pessoal, geralmente por meio de revistas, semanrios e quadrinhos. Quem opta pelos romances, mais uma vez segue pela linha de assuntos que despertem seu interesse. E de todos os estilos literrios, o mais preterido pela massa a poesia. Rubem Fonseca escreveu a respeito de quantas vezes na histria crticos e especialistas previram a derrocada da publicao e divulgao de novos romances (e aqui tambm pode-se incluir a publicao dos escritos poticos) em O Romance Morreu. Um amigo blogueiro tambm escreveu a respeito. Inspirado por estas leituras vasculhou a internet e encontrei alguns bons blogs dedicados exclusivamente a poemas - o que me levou a concluir que a "salvao" da poesia est justamente na web, uma vez que a proximidade entre autor e leitor muito compensadora. Num pas onde poucos so aqueles que conseguem sobreviver de literatura, a divulgao pelos meios alternativos (internet includa) sempre bem-vinda. E muitos dos novos escritores aclamados pela crtica iniciaram suas publicaes em blogs. O blog em si um mecanismo que traz o leitor at o autor, de forma que uma boa divulgao pode aproximar novos leitores vidos por novidades. Junte-se a isso o fato de que a internet o veculo mais rpido de acesso a informao que a humanidade tem conhecimento. E tambm o fato de a poesia se encaixar muito bem nos moldes da velocidade da informao que o mundo moderno impe como ritmo: a sntese, a correta colocao das palavras, a musicalidade - tudo isso contribui para que a poesia seja uma grande "arma literria" para conquistar as pessoas internet afora. Cabe aos poetas se aventurarem pelas novas mdias, afim de alcanar novas fronteiras (o novas cabeas) para a poesia.