Concurso de leitura em voz alta – Como foi a 2ª fase

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Concurso de Leitura em Voz Alta – 2ª fase Ano letivo 2014/2015

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As professoras Lígia Pereira e Paula Carvalho divulgam à comunidade, como decorreu a 2ª fase do Concurso de Leitura em Voz Alta, promovido pelo Clube de Escrita Criativa, do Agrupamento de Escolas Paulo da Gama.

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Concurso de Leitura em Voz Alta – 2ª

fase

Ano letivo 2014/2015

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Concurso de Leitura em Voz Alta –2ª fase

2º Ciclo: dia 27 de fevereiro, no CRE, das

11h50 às 13h20.

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Concurso de Leitura em Voz Alta –2ª fase

3º Ciclo: dia 11 de março, no CRE, das 11h50 às

13h20.

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Concurso de Leitura em Voz Alta –2ª fase

5ºAno

5ºA: Guilherme Figueiredo

5ºB: Sara Santos

5ºC: Valéria Iovu

5ºC (ninho): Constança Pedro

5ºD: Rúben Chocho

5ºD: (ninho): Marilda Costa

5ºE: Maria Melo

5ºF: Bruna Eduardo

5ºG: Henrique Aranha

5ºH: Mª Beatriz Robalo

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Concurso de Leitura em Voz Alta –2ª fase

6ºAno

6ºA: Mariana Matos

6ºB: Patrícia Silva

6ºC: Beatriz Rodrigues

6ºD: Duarte Rita

6ºE: Filipa Pereira

6ºF: Kélcia José

6ºG: Érica Lima

6ºH: Fábio Martinho

6ºI: Mª Fernanda Carriço

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Concurso de Leitura em Voz Alta –2ª fase

7ºAno

7ºA: Ruben Pepe

7ºB: Ana Oliveira

7ºC: Beatriz Águas

7ºD: Mariana Faísca

7ºE: Mª Inês Andrade

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Concurso de Leitura em Voz Alta –2ª fase

8ºAno

8ºA: Gonçalo Sargo

8ºB: Ana Virgínia

8ºCV: Fábio Quental

8ºE: Rodrigo Piedade

8ºF: Inês Aleixo

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Concurso de Leitura em Voz Alta –2ª fase

9ºAno

9º A:

9ºB: Inês Manuel

9ºC: Simão Silva

9ºE: Patrícia Dantas

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Concurso de Leitura em Voz Alta –2ª fase

Vasco da Gama

Parecia um menino igual aos outros. Parecia, mas não era. O pequeno Vasco estava destinado a mudar o Mundo. Quando

crescesse, iria transformar-se num desbravador de mares e num verdadeiro timoneiro para aqueles que o acompanhavam.

Mas, por enquanto, era apenas uma criança muito teimosa, com um feitio terrível e uma personalidade muito especial. Os

outros meninos tinham muito medo dele. E não era caso para menos, Vasco estava sempre pronto para um combate.

Vasco nunca abandonou as recordações de infância, passadas junto ao mar da vila de Sines.

De jovem mandão transformou-se em homem revoltado. Era uma pessoa que nunca estava satisfeita. Tinha crescido, mas a

rebeldia da juventude continuava a pulsar no seu coração: queria realizar grandes feitos para ganhar o respeito de todos. Só

que, antes disso, precisava de encontrar um rumo para a sua vida. Primeiro quis ser cavaleiro e entrou para a Ordem Militar

de Santiago, seguindo a tradição da sua família. Depois fez alguns conhecimentos na corte para seguir a sua verdadeira

vocação, que era ser navegador.

Naquele tempo, as atenções de Portugal estavam ainda viradas para o mar. O rei D. Manuel I estava decidido a descobrir o

caminho marítimo para a Índia. Era muito importante saber como chegar à Índia por mar para poder baixar o preço das

trocas comerciais e poder controlar o comércio de especiarias.

Tudo estava a postos. Faltava apenas encontrar alguém capaz de comandar a expedição. No dizer das crónicas, a primeira

escolha de D. Manuel I foi o pai de Vasco da Gama, Estêvão, que entretanto tinha falecido. O rei não ficou nada satisfeito

com este contratempo, mas depressa arranjou uma solução para o problema: nomeou Vasco da Gama, de que tinha ouvido

falar muito bem, capitão-mor da armada que viria a descobrir o caminho marítimo para a Índia. O sonho do menino Vasco

da Gama estava prestes a concretizar-se.

in Paulo Cardoso Almeida, Uma aventura até à Índia – A viagem de Vasco da Gama

5ºAno

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Concurso de Leitura em Voz Alta –2ª fase

O RELÓGIO DO JOCA

Deram um relógio ao Joca. O primeiro. Ele queria um de mostrador irrequieto, sempre com os segundos aos saltinhos, mas o padrinho deu-lhe um de pontinhos, à antiga.

- É um relógio do meu tempo – disse o padrinho.

- Então não me serve – disse o Joca. – Estás sempre a dizer que, no teu tempo, não havia tanta pressa. Ora eu não quero chegar atrasado à escola.

O padrinho achou muita graça ao afilhado e explicou que o tempo, embora não pareça, é igual para todos. Todos os relógios estão acertados uns pelos outros.

- E quem os acerta? – quis saber o Joca.

- É o Sol e somos nós que estabelecemos esta regra – respondeu o padrinho com pouca paciência para mais explicações.

Quando se viu sozinho, o Joca pôs-se a regular o tempo, à sua conta. Decidiu que era hora de almoço e impôs aos ponteiros o meio-dia e trinta minutos. Mas ninguém o

chamou para almoçar.

Passou, então, os ponteiros para as cinco. Hora do lanche. Esperou que o chamassem. Nada.

Assim entretido, esqueceu-se das horas.

- Anda deitar-te, Joca – chamou a mãe.

Como podia ser?

- O teu relógio deve estar escangalhado – disse o Joca para a mãe. – No meu ainda falta muito.

A mãe espreitou para o relógio do filho. Marcava duas horas em ponto.

- Mas é tardíssimo. Duas horas da manhã? – fingiu que se assustava a mãe. – Tão tarde e tu ainda a pé? Não pode ser.

- Duas horas da tarde – protestou o Joca.

Mas não levou a dele avante. Aqueles relógios de ponteiros, afinal, ainda eram imperfeitos…

in António Torrado, 100 Histórias Bem-Dispostas

6ºAno

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Concurso de Leitura em Voz Alta –2ª fase

A ESCOLA DOS MEUS SONHOS

Quando saio das aulas estou cansada. Porque tenho que andar à pressa durante todo o

dia. O meu pai diz que não tenho que me queixar: a escola não é para sonhar, mas sim para

trabalhar. Talvez tenha razão, mas eu cá prefiro as férias, porque posso fazer o que me apetece.

Proponho que esqueças por um pouco as aulas, pois gostava de te apresentar uma escola

ideal, que de momento só existe na minha cabeça.

Nessa escola os professores não sabem a idade dos alunos. Não porque lhe tenham

querido esconder, mas porque isso não tem importância nenhuma.

Cada criança trabalha ao seu ritmo, à sua velocidade. E nunca se lhe diz se está adiantada

ou atrasada. Quando um aluno tem dificuldade em acompanhar, pode repetir, se isso lhe

convier. Mas ninguém pensará que se trata de um fracasso.

Nessa escola o aluno pode interessar-se por todo o tipo de coisas, muito diferentes umas

das outras. Tem todo o tempo até ter de escolher, ele próprio, uma formação profissional. De

momento pode continuar a “crescer mentalmente”. Porque lhe ensinam não só a matemática

ou gramática, mas também a liberdade, a curiosidade, a justiça, a camaradagem. Essas

qualidades não se ensinam com palavras. É preciso experimentá-las nas aulas, ver exemplos

delas.

JACQUARD, Albert – Que é ser inteligente?, Ed. Terramar

7ºAno

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Concurso de Leitura em Voz Alta –2ª faseQuando a mãe o chamou para o jantar, já tinha as ideias claras. Iria perguntar aos pais porque é que ler era assim tão

importante. Pensando e repensando nos últimos meses, de facto, dera-se conta de que não tinha havido uma única vez em que lhe

tivessem explicado porque é que era preciso ler. Assim, enquanto a mãe lhe fazia escorregar para o prato uns pasteizinhos meio

queimados, Leopoldo tomou fôlego e então, de uma só vez, disse:

- Mas porque é que é preciso ler?

Àquela pergunta seguiu-se um instante de silêncio. O pai deu uma dentada num pastel e cuspiu-o logo de seguida porque o

recheio estava incandescente.

- O que é que estás para aí a dizer? – perguntou a mãe, sentando-se à mesa.

- Por que é que é preciso ler? – insistiu Leopoldo.

- Porque - respondeu o pai, bufando – quem lê conhece as coisas. E quem as conhece, domina-as.

- Porque ler é importante – prosseguiu a mãe.

Leopoldo tocou com o garfo num pastel.

- O Papa também é importante e nem toda a gente é Papa.

- Ler… bem… - observou a mãe. – Se não se lê, a cabeça começa a girar em roda livre e isso não é nada bom.

- Ler torna-nos diferentes – acrescentou o pai que, no entretanto, lá tinha conseguido engolido um pastel -, sem livros não se

pode ser feliz.

Leopoldo escutou tudo sem responder e sem pôr objeções. Depois, quando acabou de comer, levantou-se, disse obrigado e

voltou para o seu quarto. Apagou a luz e fingiu dormir. De todas as respostas que os pais lhe tinham dado, não havia uma única

que lhe parecesse credível e verdadeira.

(…)TAMARO, Susana – O menino que não gostava de ler, Ed. Presença

8ºAno

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Concurso de Leitura em Voz Alta –2ª faseA Feira do Livro

A Feira do Livro é estar sentado debaixo de um guarda-sol às listras, a dar autógrafos e a comer os gelados que a minha filha

Isabel me vai trazendo de uma barraquinha três editoras adiante, preocupada com as atribulações de um pai suado, de repente da

idade dela, a escrever dedicatórias, de língua de fora, numa aplicação escolar. Isto não é uma queixa: gosto das pessoas, gosto que

me leiam, gosto sobretudo de conhecer as pessoas que me lêem e me ajudam a sentir que não lanço, ao acaso do mar, garrafas

com mensagens corsárias que se não sabe onde vão ter, e gosto dos romances que escrevi. Tenho orgulho neles, e tenho orgulho

em mim por ter sido capaz de o fazer. De modo que ali estou, satisfeito e tímido, acompanhado pelo Nelson de Matos que me

pastoreia com paciência, com uma placa com o meu nome e as capas, em leque, à minha frente, um pouco com a sensação de

vender bijuterias marroquinas nos túneis do Metropolitano do Marquês ou fatos de treino fosforescentes na Feira do Relógio. (…)

Como nos saldos da Avenida de Roma, acontece de tudo: é o senhor de meia-idade e olhinho alcoviteiro, que abre “Os Cus de

Judas”, o folheia com curiosidade primeiro e com desilusão depois, e se afasta a desabafar, para um sócio de unha guitarrista:

- Bolas, nem sequer traz fotografias; (…) é a tia virtuosa, de sapatos tipo caixa de violino, preocupada com a educação dos

sobrinhos, essas tias que se oferecem sempre para os levar a fazer chichi, que me observa com severidade apostólica:

- O que devo comprar para a minha afilhada, coitadinha, que fez anteontem a primeira comunhão?; é o autoritário que espeta

o dedo na página e ordena, em voz de furriel:

- Ora meta aí: para a Fernanda, no seu trigésimo oitavo aniversário, com os melhores votos de felicidade, e, agora, enfie o seu

apelido; é o que fica a seguir, desconfiadíssimo, o aviar da receita, inclinado para diante, de mãos nos bolsos do rabo, e me corrige,

ultrajado:

- Elizabeth é com th, você tem alguma coisa contra as Elizabeths ou não é escritor?

Às sete da tarde, levanto a tenda. O letreiro com o meu nome desaparece, desaparecem os livros e como, por felicidade, não

moro em Loures nem na Damaia de Cima, tenho tempo de celebrar com a Isabel o fim dos saldos, lambendo um último gelado. (…)

ANTUNES, António Lobo – in Público Magazine, 18-07-1993

9ºAno

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Concurso de Leitura em Voz Alta –2ª fase

27 de fevereiro de

2015

O público

O Júri

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Concurso de Leitura em Voz Alta –2ª fase

Os nossos leitores

do 5º ano

Guilherme, 5ºA

Sara, 5ºB

Valéria, 5ºC

Constança, 5ºC

Fénix

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Concurso de Leitura em Voz Alta –2ª fase

Rúben, 5ºD

Marilda, 5ºD-

Fénix

Maria Melo, 5ºE

Bruna, 5ºF

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Concurso de Leitura em Voz Alta –2ª fase

Henrique, 5ºG

Maria Beatriz, 5ºH

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Concurso de Leitura em Voz Alta –2ª fase

Os leitores do 5º Ano

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Os nossos leitores

do 6º ano

Mariana, 6ºAPatrícia, 6ºB

Beatriz, 6ºC

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Duarte, 6ºD

Filipa, 6ºE

Kélcia, 6ºF

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Maria Fernanda, 6ºI

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Concurso de Leitura em Voz Alta –2ª fase

Os leitores do 6º Ano

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Concurso de Leitura em Voz Alta –2ª fase

Parabéns a todos os

participantes!

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Vencedores do 5º Ano

Guilherme, 5ºA

Constança, 5ºC -

Fénix

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Concurso de Leitura em Voz Alta –2ª fase

Vencedor do 6º Ano

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11 de março de 2015

O público e o júri

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Os nossos leitores

do 7º ano

Ruben Pepe, nº20, 7ºA

Ana Oliveira, nº5, 7ºB Beatriz Águas, nº1, 7ºC

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Mariana Faísca,

nº18, 7ºDMª Inês Andrade,

nº20, 7ºE

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Os nossos leitores

do 8º Ano

Ana Virgínia, nº2, 8ºB

Gonçalo Sargo,

nº11, 8ºA

Fábio Quental, nº4,

8ºCV

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Concurso de Leitura em Voz Alta –2ª fase

Parabéns a todos os

participantes!

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Parabéns a todos os

participantes!

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Vencedores do 7º Ano

Ana Oliveira, 7ºB

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As professoras: Lígia Pereira e Paula Carvalho

Quem lê, é mais feliz!