Condicionamento Do GN-Desidratação

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Condicionamento do GN- Desidratação

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condicionamento de gás natural

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Condicionamento do GN-Desidratação

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Hidratos

Em uma estrutura cristalina de hidrato, os hidrocarbonetos ficam encapsulados, isto

é, presos no interior da estrutura. Tal fato explica o favorecimento da formação de

hidratos com moléculas de metano e etano (moléculas de pequeno tamanho). Note

que hidrocarbonetos de maior peso molecular como o butano, pentano, etc., devido

ao tamanho de suas cadeias tendem a atrapalhar a formação da estrutura cristalina,

dificultando a sua formação. Logo poderemos dizer que gases com alto peso

molecular, isto é , com maior teor de componentes pesados, tem menor tendência a

formar hidratos, enquanto gases com elevados teores de H2S e CO2 apresentam maior

tendência, pois estes contaminantes são mais solúveis em água do que a maioria dos

hidrocarbonetos.

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Como os hidratos são formados?

Água + HC

Alta Pressão

Baixa temperatura

gás natural quando submetido a alta pressão e baixa temperatura, tal como em gasodutos submarinos e manifolds de gás lift, há tendência a formação de hidratos.

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Formação de Hidratos

Portanto pontos de acúmulo de água, tais como curvas, conexões e válvulas, são locais prováveis de ocorrência de hidratos. A figura abaixo exemplifica a sequência de formação de cristais até a sua obstrução.

Com a redução da temperatura do ambiente, a medida que o duto

de gás alcança profundidades maiores, ocorre condensação da

água presente na fase vapor, acumulado-se então no duto. Tal fato

só não ocorre para gás desidratado, onde então o seu ponto de

orvalho (dew point), está especificado para as condições do

escoamento. Nesse caso o ponto de orvalho fica abaixo da

temperatura do gás no fundo do mar (menor temperatura a ser

atingida num escoamento para terra).

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CURVA DE FORMAÇÃO DE HIDRATO PARA O GÁS DE ALTA PRESSÃOSIMULAÇÃO REALIZADA PELO PROGRAMA HYD - CENPES)

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Previsão de Formação de Hidrato

A previsão do ponto de formação de hidratos, poderá ser feita

rapidamente, segundo o Método de Katz. Segundo tal método,

tem-se a apresentação de um gráfico, onde é possível

determinar os limites de variação de temperatura e pressão de

um gás, para que não ocorra formação de hidratos. A sua

aplicação está restrita a gases naturais contendo menos de 3%

molar de N2 + CO2 + H2S e menos de 7% molar de

hidrocarbonetos mais pesados que o C3+.

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CONDIÇÕES DE FORMAÇÃO DE HIDRATOS

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Remoção de Hidratos

Descompressão

Aquecimento

Injeção de inibidores de hidrato.

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Descompressão e aquecimento

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Descompressão

A descompressão é bastante utilizada para decompor um hidrato

formado e baseia-se no abaixamento da pressão até atingir valores

inferiores a pressão de formação do mesmo. Apesar deste procedimento,

sempre ficam pequenos cristais remanescentes no sistema, pois esta

decomposição se processa lentamente. Principalmente quando a

descompressão ocorre de forma acelerada, há grandes possibilidades da

permanência destes cristais, pois em tal procedimento ocorre intensa

queda de temperatura, dificultando a desestruturação destes sólidos.

Este método é o mais viável de utilização em plataformas marítimas.

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Aquecimento

No processo de aquecimento, normalmente se utiliza gás

quente próximo ao local obstruído, ao mesmo tempo em que se

reduz a pressão do sistema. Tal método não é viável de

utilização em plataformas marítimas.

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Aquecimento

O processo de aquecimento para fins de remoção de hidrato é mais

comum de ocorrência em sistemas definitivos de produção (plataformas

fixas), que dispõe de árvore de natal seca. Nesse sistema o local mais

propenso a ocorrência de hidratos é a jusante dos chokes de gás lift,

pois a queda de pressão nos mesmos poderá atingir valores muito alto,

como por exemplo 30 Kgf/cm2, e daí a temperatura resultante poderá

atingir valores muito baixos (próximo a 0 °C). Nessa situação um artifício

bastante utilizado pela operação é a injeção de água quente na

superfície do choke afetado, de forma que o hidrato formado se

desmanche. Tal operação não tem se mostrado eficiente, até porque

quando é utilizado, a ducha de hidrato já se encontra em estado

avançado de desenvolvimento, e daí o processo se torna lento e

ineficiente.

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...

Após a utilização do método de descompressão, torna-se

necessário o uso de um “colchão de álcool anidro” antes de

voltar a operação do sistema. Tal “colchão” tem a finalidade

de evitar que volte a ocorrer hidrato, quando o gás for

pressurizado.

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Exemplificando uma situação de despressurização de um duto que interliga duas plataformas marítimas

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Identificação Prática da Formação de Hidratos

Conhecer as limitações operacionais da planta

de processo

temperatura de formação de hidrato

vazão mínima de injeção de álcool

queda de pressão

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Temperatura

Quando o escoamento do gás natural ocorre em dutos de exportação, onde

não há quedas de pressão significativas, a menor temperatura que o gás

atinge é aquela ditada pela temperatura de fundo do mar.

O cálculo do consumo de injeção de inibidor leva em consideração a maior

temperatura do gás após sofrer o último estágio de separação gás/líquido, e

não considerando tal fato leva a erros significativos na vazão de injeção de

álcool.

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Vazão

Esta variável é fundamental para a verificação da formação de hidratos. No caso de

dutos de exportação, normalmente existem nas plataformas um sistema de medição (FR

ou FQI) onde é possível a identificação da queda de vazão de gás face ao tamponamento

da linha. No caso de FR, o indicador de pressão diferencial registra valores bem abaixo

do normal e o indicador de pressão estática apresenta valores acima do normal. No caso

de separadores de produção é possível verificar o poço com problemas de hidrato à

partir do alinhamento da produção para o separador de teste. Se a produção for oriunda

de um manifold submarino onde vários poços estão produzindo através de uma linha,

teremos como sintoma de formação de hidrato, a queda na vazão (e decréscimo na

temperatura de chegada) do óleo bruto. Outra forma de verificar a formação de hidrato é

observar o FR de gás lift teste ou total, uma vez que o poço com problema de hidrato

não consumirá mais gás e com isso ocorre uma diminuição da vazão de gás lift (teste ou

total). Vejamos a seguir os seguintes exemplos práticos de ocorrência de hidrato em

manifold de Gás Lift .

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Sistema de desidratação do gás natural

Objetivo: Especificar o Teor de Umidade do Gás

Tratado para Fins de Escoamento para Terra, Gás

Lift e Gás Combustível, evitando a Formação de

Hidratos nestes Sistemas, além da presença de

água livre( responsável pela formação de

processos corrosivos).

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GN +água

encontra-se saturado com vapor d’água.

Superfície

começa a ocorrer formação de água

livre

começa a ocorrer formação de água

livre

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Com o desenvolvimento de novos campos de produção

situados à lâmina d água profunda (maior do que 500 m),

onde a temperatura do fundo do mar atinge valores

extremamente baixos (2 a 4o C) e pressões de escoamento

acima de 1500 psi, a preocupação com a formação de

hidratos passa a ser prioritária.

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Absorção: Alguns Aspectos Conceituais e Práticos

Soluto

Solvente

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Absorção

a força motriz para provocar a absorção é a diferença de

concentrações de soluto no gás e no líqüido. Vamos ser

mais rigorosos nessa afirmação. A diferença de

concentrações que importa é a do gás "em contato" com o

líqüido, ou seja, o gás e o líqüido numa mesma seção da

coluna, que são exatamente as correntes passantes.

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Absorção com glicol.

Trata-se de um processo que envolve o contato íntimo entre

duas fases, geralmente uma gasosa e outra líquida.O

objetivo é a remoção de compostos indesejáveis presentes

na corrente gasosa , atendendo as especificações do

processo

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Propriedades do material higroscópico

alta solubilidade com a água

baixa volatilidade

baixa viscosidade

estabilidade química

não inflamável , etc

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Produtos químicos utilizados

O glicol é um álcool (produto orgânico) que é comercializado

nas seguintes formas :

MEG (monoetilenoglicol);

DEG (dietilenoglicol);

TEG (trietilenoglicol), porém este último é o mais

recomendado para absorção de umidade no gás natural. Em

seguida apresentaremos algumas características importantes

dos glicóis.

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O poder higroscópio das soluções de glicol é diretamente afetado pela concentração do TEG na solução TEG e água , sendo tanto maior quanto for a participação de teg na mistura.

Componentes produtos

Pressão de vapor

(mmHg) a 25ºC

Viscosidade (cP) a 25ºC

Peso molecular

Temperatura de

degredação

MEG 0,12 16,5 62,1 164

DEG <0,01 28,2 106,1 164

TEG <0,01 37,3 150,2 206

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Gás

Comprimido (turbocompressores)

Unidade de Desidratação

Gás úmido

ponto de orvalho acima de 30o C

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Desidratação