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    LUTAS E MOVIMENTOS PELA EDUCAO NO BRASIL

    Maria da Glria Gohn

    Unicamp/Uninove/CNPq

    Resumo

    O trabalho objetiva apresentar parte dos resultados de uma pesquisa sobre lutas e movimentospela educao no Brasil de 1970 at a atualidade. Ele est construdo em duas partes. A primeirafaz um breve mapeamento histrico das lutas e movimentos pela educao, formal e no-formal,no Brasil ps 1970. A segunda focaliza um dos sujeitos da educao- os profissionais da escolabsica, atuando via sindical ou no.

    O texto analisa, portanto, uma das inmeras possibilidades de manifestao de um movimentosocial - aquela que luta pela educao. No mapeamento histrico das lutas e movimentos pelaeducao no Brasil, destaca -se a luta dos professores outros profissionais da educao da redepblica ocorridas em So Paulo, a partir de 1970, segundo momentos da conjuntura polticabrasileira.

    A Dcada de 1970

    Os anos 70 deixaram tristes registros na Histria brasileira: ditadura militar, prises e

    perseguies polticas, arrocho salarial, tecnocracia estatal no planejamento etc. Mas foi tambm

    um perodo de resistncia e construo das bases para a redemocratizao. A retomada da

    organizao sindical, o surgimento de movimentos e comunidades de base nos bairros, o

    movimento pela Anistia, a reorganizao partidria, a criao de movimentos sociais que vieram

    a ser marcos no processo constituinte dos anos 80 etc. Tudo isso delineou um cenrio de lutas

    onde a rea da educao esteve presente, tanto a educao no-formal (no aprendizado poltico

    que a participao nas CEBs e movimentos sociais geraram), como na educao formal (via a

    expanso do ensino, especialmente o ensino superior), e nas lutas das associaes docentes de

    todos os nveis. Logo no incio da dcada, em 1971, promulgou-se uma nova Lei de Diretrizes e

    Bases da Educao, destinada Educao Bsica. Os efeitos da nova institucionalidade fizeram-

    se sentir na reorganizao do movimento docente. Em 1973 ocorre a transformao da

    APENOESP na APEOESP. A Confederao dos Professores Primrios do Brasil deu origem a

    Confederao dos Professores do Brasil, a CPB (que s ter densidade nacional aps a

    Constituio de 88).

    Novas organizaes surgem nos anos 70 tais como o MUP-Movimento Unificado de

    Professores, em 1976. interessante que a impossibilidade de formar sindicatos na rea dosfuncionrios pblicos, naquela poca, levou a formao de vrios grupos e tendncias dentro do

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    MUP. Pelo menos duas se destacaram: uma de origem trotisquista, a OSI-Organizao e a

    MOAP-Movimento de Oposio Aberta dos Professores - que passou a se organizar pela base,

    em ncleos nas escolas. Estas tendncias nada mais eram do que reflexo do movimento mais

    geral dos trabalhadores que naquele momento se debatia nas formas de organizao do

    sindicalismo de resistncia do ABC, e os grupos das Comisses de Fbrica do Sindicato dos

    Metalrgicos de So Paulo e outras categorias. Ou seja, na segunda metade dos anos 70, a

    organizao dos professores aproxima-se da organizao dos trabalhadores, deixa de ser uma

    organizao especfica da categoria para ampliar seu escopo, incluindo no apenas outros

    profissionais da educao, mas tambm se articulando com as correntes sindicais que vieram a

    dar origem, nos anos 80, a CUT, CGT, posteriormente a Fora Sindical e outras centrais. A

    APEOESP propriamente dita foi recriada ou reformatada nesta conjuntura, a partir da

    APENOESP. Lideranas do movimento dos professores da poca se transformaram, nos anos

    2000, em ministros de estado.

    O crescimento do papel do Estado na economia, durante os anos do "milagre" e do imprio da

    tecnocracia, teve como uma das conseqncias, o crescimento do nmero dos funcionrios

    pblicos. Embora esse crescimento tenha sido maior nos anos 80, quando o Estado absorve

    grandes contingentes de trabalhadores dispensados da indstria e outros ramos na crise de

    1981-83, o final dos anos 70 correspondeu rearticulao daquela categoria de forma nova. A

    novidade foi por conta das alteraes estruturais, na ento escola pblica do 1* e no 2* graus,

    criando uma escola massificada, com um grande nmero de funcionrios, ou no ensino

    superior, tambm ampliado e massificado, dando origem s Associaes de Docentes, de

    Funcionrios etc. O novo sindicalismo do ABC paulista influenciou as associaes dos

    docentes e os profissionais da rea da sade.

    Outro movimento social importante que surgiu na dcada de 70 foi o Movimento de

    Lutas por Creches em So Paulo e em Belo Horizonte , criados em 1979. A origem destes

    movimentos tambm dada por fatores estruturais e conjunturais. No estrutural destacam-se: o

    empobrecimento das camadas populares e a necessidade das mulheres trabalharem fora de suas

    prprias casas, para completar o oramento domstico. No conjuntural destacam-se: a

    organizao das mulheres nas Comunidades Eclesiais de Base da Igreja Catlica, a influncia do

    Movimento Feminista e do Movimento da Anistia. Em S. Paulo a Luta pela Creche pressionou o

    estado, por meio de aes da Prefeitura Municipal, a expandir a rede de creches pblicas, ento

    com quatro unidades apenas, para um plano de 500 unidades.

    No plano da educao no meio rural, no se pode deixar de registrar ao final dos anos 70,

    a criao de movimentos no campo que vieram dar origem ao MST-Movimento dos

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    Trabalhadores Rurais Sem-Terra.Vrios registros histricos assinalam um evento de 1979 em

    Santa Catarina como o incio do movimento dos Sem -Terra no Brasil. De peculiar destacamos,

    nos acampamentos dos Sem-Terra, as escolas para os filhos dos ocupantes, onde se procura fazer

    uma releitura dos ensinamentos prescritos pelos rgos educacionais brasileiros, segundo a tica

    de interesses dos sem - terra. Destaca-se tambm a Cartilha de Formao das Lideranas dos sem

    terra (vide Caldart, 1997).

    Finalmente, ainda nos anos 70, na rea da educao destacam-se a atuao de algumas

    entidades, a exemplo da Sociedade Brasileira para o Progresso da Cincia-SBPC, e suas reunies

    de 1976 a 1980, que representaram momentos de resistncia ao regime militar e de contribuio

    luta pela redemocratizao do pas; a criao de entidades nacionais de pesquisa na rea da Ps

    Graduao-que se implantara no pas de forma mais estruturada nos anos 70. Como exemplos

    citamos a ANPED em 1977 e a ANPOCs em 1976. Em 1978 foi criada a ANDE- Associao

    Nacional de Educao. Entidades voltadas pesquisa, como o CEDES, da UNICAMP, tiveram

    papel importante na articulao com a ANPED e a ANDE na organizao das Conferncias

    Brasileira de Educao, CBE.

    Anos 80-As Lutas pela Redemocratizao e Institucionalizao das Demandas Educativas.

    Em 1981 ocorreu a fundao da ANDES-Associao Nacional de Professores do Ensino

    Superior, ela nasceu da unio das Associaes Docentes das universidades, principalmente

    pblicas e comunitrias. O ano de 1984 entrou para a Histria do Brasil como o grande ano da

    virada, de total esgotamento do regime militar, com o movimento das Diretas J (vide Sader,

    1988). Mas ele teve vrios antecedentes destacando-se, tambm, a luta dos professores. No incio

    dos anos 80, com a crise econmica e o desemprego, ficou famosa a ao do movimento dos

    professores por derrubarem as grades do Palcio dos Bandeirantes, em So Paulo, em uma de

    suas manifestaes.

    Em 1987 formou-se o Frum Nacional de Defesa da Escola Pblica o qual teve um papel

    decisivo no processo constituinte e na elaborao dos artigos relativos Educao na CartaConstitucional de 88. O lanamento do Frum foi acompanhado de um manifesto em defesa da

    escola pblica e gratuita. O Frum demandou um projeto de educao como um todo e no

    apenas reformas no sistema escolar.

    Em 1988 foi lanado nacionalmente o Movimento em Defesa da Escola Pblica . Este

    movimento, em parte representou, na rea da educao, a retomada de movimentos ocorridos nos

    anos 30 pelos Pioneiros da Educao e nos anos 50 pelos intelectuais nacionalistas do perodo. O

    movimento surgiu da articulao em torno da Constituinte, em seu captulo da Educao, e se feznecessrio ante a exigncia constitucional de elaborao de uma nova Lei de Diretrizes e Bases

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    da Educao Nacional. Composto basicamente de intelectuais das universidades e de entidades

    ou de representantes de diversas categorias do magistrio, o movimento logrou o apoio de 25

    entidades da sociedade civil para a defesa de seu projeto bsico. Aps oito anos de luta, baseada

    em lobbies e presses junto aos parlamentares de Braslia, obteve-se a aprovao de um novo

    projeto de Lei de Diretrizes e Bases para a educao nacional.

    Com a nova Constituio Federal de 88 os funcionrios pblicos ganham o direito de se

    sindicalizarem. A APEOESP transforma-se em sindicato. Em 1989 ocorre a criao da CNTE-

    Confederao Nacional dos Trabalhadores da Educao. Esta entidade surgiu a partir da unio da

    CPB-Confederao dos Trabalhadores do Brasil com a FENASE-Federao Nacional dos

    Supervisores de Ensino e a FENOE- Federao Nacional de Orientadores Educacionais e a

    coordenao Nacional de Servidores do Ensino Pblico. A CNT articulou-se CUT.

    A Luta por Creches continuou nos anos 80, de forma diferente. Ela um exemplo do

    carter educativo que as aes coletivas representam para seus participantes. De incio a

    reivindicao bsica era a de creches diretas, construdas e mantidas pelo poder pblico. A

    centralidade da luta era dada pelo atendimento me, por no ter onde deixar seus filhos para

    trabalhar. Com o passar dos anos, a luta perdeu o carter mobilizatrio e a radicalidade inicial,

    vrias militantes dos movimentos foram contratadas para trabalharem nas prprias creches. Para

    estas ltimas, as questes bsicas passaram a ser suas prprias condies de trabalho no interior

    das novas unidades de prestao de servios populao. Entretanto, a alterao nas nfases das

    polticas pblicas, nos primeiros anos da dcada de 80, deixando de priorizar as creches diretas,

    devido a seus altos custos, e a retomada da poltica dos convnios com entidades filantrpicas e

    outras, levou ao ressurgimento de outro movimento social, o das Creches Conveniadas. Houve

    tambm um deslocamento do foco central do movimento de creches quanto da reivindicao,

    antes centrada na figura da me, passando agora para a figura da criana. Isto nos explica a

    questo do carter educativo dado aos equipamentos, e o tratamento das creches sob o ponto de

    vista da Educao-a educao infantil de 0 a 6 anos; e no mais como simples problemaassistencial, como foi tratada nos anos 60 e 70.

    As Lutas educativas nos Anos 90

    Ao longo dos anos 90, o cenrio sociopoltico se transformou radicalmente. Inicialmente

    teve-se um declnio das manifestaes nas ruas que conferiam visibilidade aos movimentos

    populares nas cidades, nos anos 80. Alguns analistas diagnosticaram que eles estavam em crise

    porque haviam perdido seu alvo e inimigo principal-o regime militar. Na realidade, a partir de

    1990 ocorreu o surgimento de outras formas de organizao popular, mais institucionalizadas-como a constituio de Fruns Nacionais de Luta pela Educao, pela Moradia, pela Reforma

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    Urbana; Nacional de Participao Popular etc. Os fruns estabeleceram a prtica de encontros

    nacionais em larga escala gerando grandes diagnsticos dos problemas sociais, definindo metas e

    objetivos estratgicos para solucion-los. No novo cenrio, ocorreram vrias parcerias entre a

    sociedade civil organizada e o poder pblico, impulsionadas por polticas estatais tais como a

    experincia do Oramento Participativo, a poltica de Renda Mnima, bolsa/escola etc., criando

    formas de participao dos cidados na gesto dos negcios pblicos.

    tica na Poltica foi um movimento ocorrido no incio dos anos 90 teve uma grande

    importncia histrica porque contribuiu, decisivamente, para a deposio- via processo

    democrtico- de um Presidente da Repblica por atos de corrupo-fato at ento indito no pas;

    ele contribui tambm, na poca, para o ressurgimento do movimento dos estudantes com novo

    perfil de atuao, os cara-pintadas. Eles expressaram a retomada do movimento estudantil no

    Brasil, de forma nova, alegre, descontrada. moda dos ndios, com seus gritos de guerra, os

    cara-pintadas fizeram escola e tornaram-se um estilo de fazer poltica.

    medida que as polticas neoliberais avanaram foram surgindo outros movimentos

    sociais como: a Ao da Cidadania contra a Fome, movimentos de desempregados, aes de

    aposentados ou pensionistas do sistema previdencirio. Algumas dessas aes coletivas surgiram

    como respostas crise socioeconmica, atuando mais como grupos de presso do que como

    movimentos sociais estruturados. Grupos de mulheres foram organizados nos anos 90 em funo

    de sua atuao na poltica, elas criaram redes de conscientizao de seus direitos, e frentes de

    lutas contra as discriminaes. O mesmo ocorreu com o movimento afro-descendente que alm

    das manifestaes culturais passou a lutar contra a discriminao racial. Os jovens tambm

    geraram inmeros movimentos culturais, especialmente na rea da msica, enfocando temas de

    protesto.Sero os jovens e os afro-descendentes as categorias principais focalizadas nas polticas

    educativas denominadas de incluso social. Cotas para os afro e cursos de incluso digital para

    jovens tornaram-se rotinas nas escolas pblicas.

    Deve-se destacar outros trs outros movimentos sociais importantes no Brasil nos anos90: dos indgenas, dos funcionrios pblicosespecialmente das reas da educao e da sade; e

    dos ecologistas. O primeiro cresceu em nmero e em organizao nesta dcada; os indgenas

    passaram a lutar pela demarcao de suas terras e pela venda de seus produtos a preos justos e

    em mercados competitivos, aps terem obtido uma grande vitria na rea da educao-o direito

    de serem alfabetizados em suas prprias lnguas.Estas conquistas, entretanto, tm gerado novos

    problemas. Os professores ndios Maxakali, de Minas Gerais, por exemplo, passaram a receber

    salrios e isto resultou numa desorganizao no grupo, pois eles cultivavam seus prpriosalimentos e passaram a pagar para outros o seu alimento. A merenda escolar distribuda para

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    todos quando chega, pois eles so uma sociedade sem hierarquia, com relaes de reciprocidade.

    O Kit escolar distribudo tambm gerou conflitos, assim como o fato das escolas serem fora das

    aldeias (vide Oliveira, 2006). Observa-se que no atendimento de demandas, no se respeitou a

    cultura dos Maxakalis. O mesmo pacote urbano foi implantado. Mas os ndios ressignificaram

    as prticas.

    Os ecologistas proliferaram-se aps a conferncia ECO 92, dando origem a inmeras

    ONGs-Organizaes No-Governamentais. Alis, as Ongs passaram a ter muito mais

    importncia nos anos 90 do que prprios movimentos sociais. Tratam-se de Ongs diferentes das

    que atuavam nos anos 80 junto com os movimentos populares. Agora so Ongs inscritas no

    universo do Terceiro Setor, voltadas para a execuo de polticas de parceria entre o poder

    pblico e a sociedade, atuando em reas onde a prestao de servios sociais carente ou at

    mesmo ausente, como na educao e sade, para clientelas como meninos e meninas que vivem

    nas ruas, mulheres com baixa renda, catadores e recicladores de papis etc. A nova LDB de

    1996, ao incluir temas novos, como os transversais, deu espao para a articulao, no currculo

    das escolas, entre prticas sociais e o ensino, e a questo do meio ambiente ganhou destaque.

    Os sindicatos na rea da educao bsicos, de uma maneira geral, alteraram muito

    lentamente suas prticas, apesar de ter crescido numericamente. Ao final dos anos 90, a CNT,

    por exemplo, congregava mais de 30 entidades estaduais e abrangia cerca de dois milhes de

    trabalhadores, seiscentos mil dos quais sindicalizados (vide Gadotti, 1999: 3). Aes para

    intervir efetivamente em espaos e fruns institucionalizados a exemplo dos Conselhos

    Municipais de Educao, conselhos da Alimentao escolar, do FUNDEF etc, foram poucas. Em

    geral, as atribuies dos conselhos tm sido vistas pelos sindicatos dos professores como

    polticas para desonerar o Estado de sua obrigao com as reas sociais; iniciativas para

    privatizar a educao por meio da transferncia de suas responsabilidades-principalmente de

    ordem financeira-para a prpria comunidade administrar a misria ou criar/tomar iniciativas

    para resolver os problemas via parcerias, doaes, trabalho voluntrio etc. Tambm no cremna possibilidade dos conselhos serem canais da sociedade civil intervir na gesto pblica via

    parcerias com o Estado objetivando a formulao e o controle de polticas sociais.

    As reformas governamentais, que progressivamente retiraram direitos sociais,

    reestruturam as profisses e arrocharam os salrios em nome da necessidade dos ajustes fiscais,

    gerando reaes na rea da educao. Houve diversas mobilizaes e greves contra as vrias

    etapas da Reforma da Previdncia dos funcionrios do setor pblico. Na universidade pblica, os

    sindicatos e associaes docentes no conseguiram contrarestar as polticas neoliberais e as

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    reformas foram promulgadas. A expanso do ensino superior privado, onde a organizao

    docente dbil, contribuiu para o enfraquecimento das lutas no setor universitrio.

    Concluses: os desafios do novo milnio

    Concluindo afirmamos: as lutas e movimentos pela educao so antigos, mas s vezes invisveis

    perante a sociedade mais geral e s recentemente ganharam visibilidade na mdia. Os

    movimentos sociais sempre tm um carter educativo. Usualmente os sindicatos dos professores

    e o movimento dos estudantes so os protagonistas que entram em cena com maior freqncia.

    As demandas so histricas-acompanharam o processo e o modelo de desenvolvimento do pas,

    na maioria das vezes voltadas para os interesses da categoria profissional, mas as reivindicaes

    ajudaram a construir as agendas de polticas pblicas.

    A educao, de um modo geral, e a escola, de forma especfica, tm sido lembradas como

    uma das possibilidades de espao civilizatrio numa era de violncia, medo e descrena. A

    escola pode ser plo de formao de cidados ativos a partir de interaes compartilhadas entre a

    escola e a comunidade civil organizada. As lutas pela educao podem ser o alicerce desta nova

    histria. A participao da sociedade civil nas lutas pela educao no para substituir o Estado,

    mas para que este cumpra seu dever: propiciar educao de e com QUALIDADE para todos.

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